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Entrevista com o professor e consultor de cerâmica vermelha Vitor de Souza Nandi
Ano 4
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Novembro/2013
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Edição 43
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Encontro Nacional
Feira deste ano apresenta novas tecnologias e atualiza o setor com palestras focadas em sustentabilidade e inovação
Fabricantes de equipamentos inauguram Anfamec em SP Reunião busca soluções para não fechar curso superior de cerâmica Lançada versão atualizada de livro sobre cerâmica estrutural
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SUMÁRIO
FEIRAS
16: Feira atualiza o setor sobre sustentabilidade e inovação
EDITORIAL
DESENVOLVIMENTO
ENTREVISTA
DESENVOLVIMENTO
12: Carta ao Ceramista
32: Fabricantes de equipamentos inauguram Anfamec em SP
34: Influência da preparação de massa no processo produtivo
40: Reunião busca soluções para não fechar curso superior de cerâmica
Diretor Geraldo Salvador Junior
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Comercial Moara Espindola Salvador
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Administrativo Financeiro Wanessa Maciel
Diagramação & Arte Jefferson Salvador Juliana Nunes
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Redação Juliana Nunes
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Impressão Gráfica Coan
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Tiragem 3500 exemplares
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Jesus Cristo, O Messias
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NovaCer • Ano 4 • Novembro • Edição 43
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
(Vitor Costa, gerente da Cerâmica Argibem)
Novembro 2013 ARTIGO TÉCNICO 44 : Utilização de material particulado da sinterização da indústria siderúrgica em cerâmica vermelha
CONSTRUÇÃO CIVIL 54 : Lançada versão atualizada de livro sobre alvenaria estrutural
SUMÁRIO
Como leitor da Revista NovaCer, fico satisfeito ao ver que está no mercado um órgão de divulgação de assuntos que interessam ao ceramista. Acho que o setor da cerâmica estrutural precisa de um meio de promoção tecnológica e de divulgação técnica que possa servir de cartilha para lançar ideias de como resolver problemas técnicos nas fábricas, por um lado, e por outro que vá ilustrando o que de mais adaptável tecnologicamente vai chegando ao mercado. O barro vermelho está na “moda” para arquitetos e designers, por isso, os fabricantes precisam se dotar de capacidades técnicas e tecnológicas para poderem responder às “loucuras e devaneios” desta nata criativa. A “cerâmica vermelha” tem que ser vista para além do fabricante de tijolo ou telha, mas também de produtos de topo. A NovaCer deve ser este veículo.
ERRATA Cerâmica de Altamira é a primeira do Pará a adquirir forno Móvel
Ao contrário do que foi publicado na reportagem Cerâmica de Altamira é a primeira do Pará adquirir forno Móvel, publicada na edição 42, do mês de outubro, o forno Móvel é revestido por uma fibra cerâmica e tem capacidade para suportar temperatura máxima de 1.200ºC. O texto, que está na página 54, informa que o forno é todo revestido por uma lã de vidro e tem capacidade de suportar temperatura de 2.000ºC.
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A empresa Formattec desenvolve moldes de telhas fabricados com polietileno de Ultra Alto Peso Molecular. O material é mais resistente ao desgaste que o ferro fundido e é praticamente inquebrável. Além disso, tem extrema resistência ao impacto, alta capacidade de absorção de energia sob altas taxas de cisalhamento e apresenta altíssima resistência à abrasão com baixos valores de perda por atrito. Possui excelente resistência química contra ácidos, bases e vapores agressivos e pode ser aplicado com temperaturas entre -200 e +90ºC. Aumenta a vida útil dos equipamentos devido à alta resistência ao desgaste por abrasão. Facilita o fluxo de materiais já que sua propriedade é antiaderente, ou seja, a telha não gruda na prensagem, proporcionando melhoria na produção e também no funcionamento de equipamentos automatizados. “O acabamento da telha melhorou, ficou mais lisa, não gruda, desmolda facilmente, melhorando assim nossa produção”, disse o proprietário da cerâmica Isoppo, Isaac Isoppo. O material utilizado pela Formattec foi especialmente desenvolvido para o setor cerâmico, com características únicas no mercado. A Formattec ainda desenvolve o projeto de acordo com o desejo do cliente, atendendo suas necessidades, criando assim uma telha exclusiva e diferenciada. Para isso, utiliza o que há de mais moderno em tecnologia para produzir o projeto no menor tempo possível. A Formattec prioriza o desejo dos seus clientes, proporcionando-lhes a chance de criar o modelo de telha personalizado no mercado. Para isso, utiliza softwares modernos e tecnologia de ponta. “Com o projeto personalizado, conseguimos deixar a telha como sempre desejamos”, contou Isoppo. A empresa desenvolve um protótipo da telha usinada a partir do projeto em 3D, em material especial para aprovação dos testes a serem feitos antes mesmo da fabricação das formas, agilizando o processo e aperfeiçoando os detalhes, podendo assim, visualizar uma cópia fiel do produto final. Além disso, testamos as formas na fábrica com prensa própria, pois, com isso, podemos analisar todos os detalhes técnicos como espessura, peso, encaixe e testes de telhado, entre outros, atingindo excelência em qualidade.
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EDITORIAL
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p c fo p e
Canal de água veneziano, em Veneza, na Itália
Carta ao Ceramista O 42º Encontro Nacional de Cerâmica Vermelha tem superado as expectativas de expositores e visitantes a cada edição. Promovido pela Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), o evento surpreendeu mais uma vez, com clínicas lotadas, estandes movimentados, visitas técnicas elogiadas e festa de encerramento aprovada. Empresários de diversas partes do Brasil marcaram presença no Encontro Nacional deste ano, que ocorreu de 25 a 28 de outubro, em Recife, no Pernambuco. O que se viu na edição deste ano foi ceramistas do Brasil e também de fora do país focados em buscar novidades tecnológicas e acrescentar na bagagem aprendizados valiosos. O evento é considerado o maior do segmento na América do Sul e o terceiro maior evento mundial de cerâmica estrutural e a cada ano atualiza o ceramista com o que há de mais moderno no mercado e com palestras com temas relevantes para o setor. Nesta ano, foram destaques nas clínicas assuntos como adequação
de processos, licença ambiental, NR12, gestão de resíduos sólidos e eficiência enérgica, entre outros temas. Além da cobertura especial sobre o 42º Encontro Nacional, confira também nesta edição uma entrevista especial com o professor e consultor de cerâmica vermelha Vitor de Souza Nandi, que fala sobre a influência da preparação de massa no processo e no produto final. Conheça como deve ser feita a preparação de massa, sua importância e exemplos de sucesso. Confira ainda na edição deste mês outros assuntos como a inauguração da Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Indústria Cerâmica (Anfamec), a reunião realizada em SC para buscar soluções para não fechar o curso de Engenharia Cerâmica do Unibave (SC) e o lançamento da versão atualizada de livro sobre alvenaria estrutural. Aproveite a leitura!
A Direção 12
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AUTOMAÇÃO PARA CERÂMICA DE TELHAS E TIJOLOS
AUTOMATISMO PARA CERÂMICA VERMELHA SS A 2005 – Alimentação automática SS E 2005 – Extração automática para prensas rotativas de telhas, controlado por CLPs, Sensores fotoelétricos e atuadores pneumáticos. Maior produtividade e menor custo operacional.
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FEIRAS
Feira atualiza o setor sobre sustentabilidade e inovação O 42º Encontro Nacional de Cerâmica Vermelha ocorreu de 25 a 28 de outubro, em Recife (PE) A capital de Pernambuco, Recife, recebeu de 25 a 28 de outubro o 42º Encontro Nacional de Cerâmica Vermelha. Considerado o maior do segmento na América do Sul e o terceiro maior evento mundial de cerâmica estrutural, o encontro ocorreu no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon). Até o dia 27, contou com clínicas tecnológicas e fóruns que discutiram temas atuais relacionados ao setor, além da 16ª Feira de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica (Expoanicer). Durante os três dias, o
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evento recebeu 3.082 visitantes e participantes. Além do Brasil, o evento recebeu pessoas dos Estados Unidos, Grécia, Itália, França, Portugal, Rússia, China, Espanha e Alemanha. Na segunda, 28, as cerâmicas Kitambar, de Caruaru, e Bom Jesus, de Paudalho, abriram as suas portas para as visitas técnicas. A cerimônia de abertura contou com a participação do presidente do Sindicer/PE, Otiniel Gerôncio Barbosa; do diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Roberto Abreu, representando o governador do Estado, Eduardo Campos; do deputado estadual José Humberto, representando o senador Armando Monteiro Neto; do diretor técnico do Sebrae de Pernambuco, Aloísio Ferraz; do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Cerâmica (Anfamec), Matheus Rodrigues;
FEIRAS
do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o deputado federal Jorge Côrte Real; do presidente da Anicer, Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves. Para o presidente do Sindicer/PE, Otiniel Gerôncio Barbosa, a feira é um momento singular. “É uma oportunidade para trocarmos experiências uns com os outros e de enriquecermos nossos conhecimentos na participação das clínicas e fóruns. É também a oportunidade de darmos visibilidade ao setor cerâmico do estado de Pernambuco e seus produtos. E também uma oportunidade para mostrarmos ao público em geral que o setor cerâmico no Brasil vem fazendo seu dever de casa com relação à sustentabilidade e responsabilidade socioambiental”. O presidente do Sistema Fiepe, Jorge Côrte Real, falou sobre sua ligação com o setor, já que começou sua atividade industrial como empresário do ramo de construção civil e mostrou-se um entusiasta da indústria de cerâmica vermelha. “É um dos segmentos mais importantes para o estado e para o país, pois gera emprego e renda para grande parte da população, sobretudo fortalece as MPEs”, disse. Real ainda destacou os benefícios da realização do evento. Ele disse que o evento é importante, pois traz novas ideias não só para o segmento, mas para a indústria da construção como um todo. Representando o governador do Estado, Eduardo Campos, o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – AD Diper, Roberto Abreu, ressaltou a contribuição do setor para o crescimento econômico do estado. “Pernambuco cresce acima da média nacional, sendo um dos estados mais promissores, e a indústria da construção alavancou esse crescimento”. Já o presidente da Anicer, César Gonçalves, agradeceu a presença de todos e o apoio das instituições parceiras, falou sobre a preocupação das indústrias com as adequações às normas, aliando os projetos de sustentabilidade e inovação tecnológica. “Temos uma quantidade enorme de trabalho, por isso, precisamos dar as mãos e seguirmos juntos”. Durante a solenidade de abertura, o ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o senador Armando Monteiro Neto, foi homenageado com a honraria máxima da Anicer, recebendo o título de sócio honorário da associação, em reconhecimento às suas ações em prol do setor de cerâmica vermelha. Repre-
sentando o senador, o deputado estadual José Humberto recebeu a homenagem. A solenidade ainda contou com a premiação Jovem Ceramista, nas categorias Universitário e Técnico, e entrega dos certificados de qualificação do Programa Setorial de Qualidade (PSQ). Autora do projeto “Estudo da Viabilização de Resíduo Vítreo na Formulação de Massa de Cerâmica Vermelha”, a estudante de Engenharia Cerâmica do Unibave (SC), Jordana Mariot Inocente, foi a contemplada na categoria Universitário. Já no nível Técnico, Bárbara Thayna Mesalino dos Santos, do Senai Mario Amato (SP), foi a premiada. Ela concorreu ao prêmio com o projeto “Eflorescência: Como Identificar?”. Ainda na ocasião, mais de 30 indústrias receberam os certificados dos Programas Setoriais da Qualidade (PSQ) do Ministério das Cidades, nas especificações Telhas Cerâmicas e Blocos Cerâmicos. No total, foram contempladas nove empresas fabricantes de telhas e 28 produtoras de blocos.
Bárbara Thayna Mesalino dos Santos foi a ganhadora do Prêmio Jovem Ceramista 2013 no nível Técnico
Jordana Mariot Inocente foi a vencedora do Prêmio Jovem Ceramista 2013 na categoria Universitário
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FEIRAS
Palestras destacam adequação de processos e licenciamento ambiental
Isabelle também falou sobre a morosidade para se conseguir uma licença ambiental no país e o curto período de suas vigências
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O 42º Encontro Nacional começou na manhã no dia 25 de outubro, com duas palestras. A primeira, intitulada “Adequação de processos através da inovação e ferramentas de qualidade”, foi ministrada pelo consultor do Senai Mario Amato Amando Alves de Oliveira e pelo assessor técnico da Anicer Edvaldo Maia. Maia iniciou a clínica apresentando aos presentes os conceitos de inovação e lembrou que é necessário se ter em mente a diferença entre inventar e inovar. “Quando se tem uma ideia, mas não se coloca essa ideia em prática, a pessoa apenas inventa, não inova. Para que uma ideia se torne uma inovação, ela precisa ser implantada e trazer o retorno financeiro”. Depois foi a vez de Alves dar uma aula sobre inovação. Durante a palestra, ele falou sobre o quanto é importante que o ceramista tenha um controle rígido dos processos da cerâmica antes fazer qualquer investimento em tecnologias. “Controlando, eu posso ter qualquer equipamento em minha cerâmica. Se não tiver controle do processo, não adianta modernizar”, relatou. Segundo ele, também não adianta ter equipamentos modernos dentro da fábrica e não saber administrá-los. A dica do consultor é que o ceramista tenha dentro da indústria um especialista qualificado. “É preciso ter um tecnólogo dentro da cerâmica para auxiliar na administração de seus processos. Atualmente, as cerâmicas estão cada vez mais automatizando suas fábricas e, por isso, precisam de um profissional que tenha conhecimento técnico para administrá-las”, acrescentou. Porém, o consultor alertou que este profissional não é o fabricante, e sim
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um especialista com formação na área de cerâmica. “A máquina substitui a mão de obra, mas não pensa. O equipamento pode até amenizar o problema da empresa, mas não a salva. É preciso que se trabalhe lá atrás, ainda nos processos iniciais”, acrescentou. Para o ceramista Manoel Vicente Vieira, da cerâmica Nobre, em Goiás, a primeira palestra foi muito boa. “Ela nos leva a buscar mais conhecimento e a acompanhar as novas tecnologias. Foi mostrado que pra você conseguir se manter no mercado é preciso se atualizar, ou seja, buscar novas tecnologias, pois o meio cerâmico está mudando e mudando muito rápido”. A segunda palestra foi sobre os “Desafios do licenciamento ambiental na indústria cerâmica”. Ministrada pelos consultores do projeto “Cerâmica Sustentável é + Vida” Isabelle Saraiva e Thiago Negreiros Moura e pela gerente de Meio Ambiente da Anicer, Fernanda Duarte, a palestra apresentou aos participantes a importância de estar legalizado. Durante a palestra, Fernanda apresentou aos participantes as principais dificuldades para o ceramista conseguir licença ambiental. Entre elas, a palestrante destacou a falta de conhecimento das exigências legais; a falta de planejamento – compatibilização dos prazos relacionados à disponibilidade de recursos; o não cumprimento das condicionantes da licença e dos prazos; o fato de não colocarem a regularização ambiental como prioridade. “Você deve licenciar sua atividade porque é uma obrigação legal, e como qualquer obrigação legal, o não cumprimento poderá ocasionar sanções administrativas ou criminais”, lembrou a gerente. Isabelle Saraiva complementou dando dicas de como uma cerâmica sem as licenças deve agir no caso de uma fiscalização. “O primeiro passo é manter a calma. Sempre colabore com o fiscal, pois isso o ajudará em uma defesa futura. Assine o que tiver que assinar, converse, seja sincero. E, principalmente, guarde todos os documentos perto de você e mostre tudo, pois pode ajudar”, enfatizou. Mais de 650 pessoas lotaram o auditório do Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon) para as primeiras clínicas tecnológicas.
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FEIRAS
Palestra aborda NR12 Os consultores Clovis Veloso, da CNI, e José Amauri Martins, do Ministério do Trabalho, foram os responsáveis pela clínica tecnológica intitulada “NR12: como atender a norma de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos”. Veloso começou a palestra apresentando um histórico da NR-12. A Norma foi editada em 1978, e passou por cinco alterações ao longo de sua existência, sendo que a sua grande mudança foi em 2010. Segundo Veloso, esta norma passou de pouco mais de 40 itens, versão anterior a 2010, para mais de 300 itens. Para Veloso, a Norma ainda apresenta alguns problemas como a complexidade de seu texto, obrigações iguais para fabricantes
e usuários, retroatividade de obrigações para máquinas usadas, inclusão de conceitos técnicos apenas para máquinas novas e falta de tratamento diferenciado para MPEs, entre outros. Depois foi a vez de José Amauri Martins complementar com uma abordagem mais técnica. Martins lembrou que, como o texto da norma é bastante complexo, é necessário que o empresário faça uma leitura atenta para descobrir quais são os riscos que as máquinas oferecem, onde estão e o que pode ser feito para resolver. “O texto fala em falha segura, mas não existe falha segura. O fabricante de máquinas deve identificar os riscos para solucionar ou minimizar os impactos”, explicou Martins.
Gestão de resíduos sólidos Ministrada pelo ex-catador de lixo Reinaldo Silva de Abreu, “Gestão de resíduos sólidos, o olhar dos catadores” foi tema de clínica no 42º Encontro Nacional. Abreu iniciou a palestra falando sobre sua infância, sobre a crise financeira que o levou a perder o emprego e a trabalhar como catador de lixo e a maneira como deu a
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volta por cima e hoje é um conhecido empresário da reciclagem e palestrante. “Eu vim das ruas, nós somos românticos e imediatos e não nos associamos, o que é, obviamente, um grande erro, mas essa era nossa natureza. Muitos de nós foram parar nas ruas por questão de ostracismo, ou seja, não havia nenhuma outra coisa pra fazer, e descobrimos na catação uma forma de sobrevivência. Não havia nenhuma preocupação com o meio ambiente, e sim com o meu ambiente”, relatou. Em sua palestra, Abreu falou sobre onde acontece a poluição. “Quando se fala em meio ambiente, parece algo distante de nós, mas não é, pois a poluição começa em nossa casa. Se não conseguirmos mudar nossa casa, não vamos mudar o resto do mundo”, explicou. Segundo Abreu, a poluição nada mais é do que a não afinação dos urbanos. “Se os urbanos não estão afinados é porque, alguma coisa, em algum momento, dessa cadeia está quebrada. Ou é um serviço público, ou é a educação, que em princípio não foi estabelecida”. Para Abreu, o maior problema do lixo nas grandes cidades é a má educação do cidadão. “O lixo é de responsabilidade de cada um. A coleta é de responsabilidade do município. É preciso que as pessoas tenham mais educação para tratar dos seus próprios resíduos e não deixar que eles incomodem os outros”, afirmou.
O Encontro Nacional também contou com a palestra “Eficiência Energética e Software de Gestão Integrada”, conduzida pelo assessor Técnico e da Qualidade da Anicer Vagner Oliveira e pelos consultores técnicos da Fundacer Fábio Cruz e Odenir Vagner. Odenir lembrou que a preocupação com a diminuição de custos e com a elevação da qualidade deixou de ser apenas das grandes empresas e agora faz parte do dia a dia das MPEs, que hoje adotam medidas energeticamente eficientes em seus procedimentos. “Quem não se adequar a esta nova ordem mundial vai sofrer sanções, seja por parte dos órgãos de fiscalização com multas e até o fechamento do empreendimento, seja por parte do consumidor que hoje exige produtos sustentáveis”, afirmou. Os congressistas também puderam aproveitar a oportunidade para entender melhor os detalhes das contas de energia elétrica. O consultor Fábio Cruz explicou todas as cobranças que são realizadas pelas concessionárias, como tarifas, horários, tipos de consumo e multas. “Uma grande dificuldade do empresário hoje é inter-
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Eficiência Energética
pretar o que ele está pagando na conta de luz. Ele tem o controle dos gastos, mas paga sem saber o que está pagando”, alertou. Vagner Oliveira encerrou a palestra enfatizando que Eficiência Energética é a utilização racional das variadas formas de energia existentes no processo, seja ela térmica ou elétrica, buscando o máximo de reaproveitamento frente à produtividade e evitando perdas.
Desenvolvimento sustentável na Europa O presidente da Associação Dinamarquesa de Cerâmica, Tommy Bisgaard, foi o responsável pela palestra “Desenvolvimento Sustentável e ambiental na Europa”. Ele apresentou as normas vigentes para o setor na União Europeia, além de números e perspectivas futuras. Segundo Bisgaard, existem hoje 1,4 mil indústrias de cerâmica vermelha em toda a Europa pro-
duzindo pouco mais de 60 milhões de blocos e telhas por ano. “A Europa hoje dorme em termo de construção civil. Somos um continente antigo, diferente de países como o Brasil que estão em plena expansão da construção civil”, explicou. Para tentar reaquecer o mercado, as cerâmicas têm investido em inovação com o lançamento de novos produtos.
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FEIRAS
Ceramistas aprovam evento deste ano
Ceramistas de diversas partes do Brasil marcaram presença nas clínicas, nos fóruns e na 16ª Expoanicer durante o 42º Encontro Nacional de Cerâmica Vermelha. Em busca de novos conhecimentos e tecnologias, os empresários Capital do Pará, a cidade de Bevieram focados nos negócios lém será o próximo destino do Encone contaram que ficaram satistro Nacional de Cerâmica Vermelha. feitos com o que viram e ouO lançamento oficial da 43ª edição do viram durante os três dias de evento e a 17ª Expoanicer foi realizaevento. do durante feira deste ano. Em 2014, Da capital do Amazonas, o evento será de 6 a 9 de agosto no Manaus, o ceramista Sandro Hangar - Convenções e Feiras da Melo veio à feira conhecer Amazônia. novas tecnologias, pois está
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montando uma fábrica de blocos próximo à cidade de Manacapuru. A Golden Blocos Fabricação de Cerâmica Ltda será inaugurada em fevereiro, segundo Melo. A produção inicial será de 1,5 milhão de peças por mês, produção que Melo pretende dobrar até o final do ano de 2014. Conforme ele, o mercado da construção civil em Manaus está muito aquecido e por isso resolveu investir na fábrica. Melo afirmou que a feira estava muito boa e ajudou na busca de novas tecnologias. Ele contou que, no próximo ano, pretende participar de novo e ainda trazer alguns funcionários da nova fábrica. Melo não foi o único a buscar conhecimento para montar uma nova cerâmica. O casal Cédric Richard e Graciete Richard, pela primeira vez na feira, foi a Recife conhecer novas tecnologias e trocar experiências com outros ceramistas, pois está com um projeto para implantar uma cerâmica de telhas e blocos na Bahia. A indústria com o nome cerâmica Itinga deve ser inaugurada na metade do ano de 2014. “Viemos na feira descobrir o que há de novo, visitamos alguns estandes e guardamos alguns contatos interessantes”, acrescentou Graciete. Pela segunda vez no evento, o ceramista baiano Edvaldo Silva veio buscar novos conhecimentos. Silva elogiou a estrutura da feira e ressaltou que o evento a cada ano está melhor. “As clínicas estão muito boas, abordando temas importantes e com palestrantes com conhecimento de causa. O entrosamento e a integração com os ceramistas é muito importante para fortalecer o setor, pois cria uma defesa frente aos concorrentes”, salientou. A cerâmica Boa Esperança, de Glória do Goita, em Pernambuco, foi outra empresa do setor cerâmico que marcou presença no Encontro Nacional. Para o ceramista Fernando Paes, a feira foi uma grata surpresa, pois encontrou bastante opções no que se refere a máquinas, equipamentos, automotivos, serviços e insumos para a indústria cerâmica. “Costumo sempre participar de feiras, pois nos acrescentam mais conhecimento e ficamos atualizados com as inovações do mercado. Sempre saio com a cabeça borbulhando de ideias e, por isso, acho interessante que outros ceramistas participem”, relatou.
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FEIRAS
Movimentação na feira surpreende A Feira de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Serviço e Insumos para a Indústria Cerâmica chegou à sua 16ª edição, consagrando-se a cada ano como o maior evento voltado para o setor cerâmico em toda América Latina. Mais de 100 empresários de dez países, a exemplo dos EUA, Portugal, Grécia, França e Itália, marcaram presença no evento, apresentando o que há de mais moderno no mercado. A movimentação nos estandes chamou a atenção de alguns expositores da feira, que este ano movimentou R$ 48 milhões em negócios. Foi o caso da RRC Fucol, fornecedora de peças de reposição para cerâmica A anicer entregou o Prêmio João-devermelha. Para o sócio da -Barro para os destaques no setor em empresa Carlos Renato 2013. Neste ano, os ganhadores foram Antônio, “a feira foi acima agraciados com uma escultura feita pelo do esperado, pois o númeartista paraense Levi Cardoso. Na catero de visitas foi maior comgoria instituição, o Sebrae foi o vencedor. parado ao evento do ano Na categoria Personalidade, o prêmio foi passado”. Para ele, além concedido in memorian à família do emde divulgar a marca e se presário Gelson Bertan. A escultura foi enaproximar dos clientes, a tregue ao filho Maurício Bertan. A Verdés feira foi uma oportunidade foi a premiada na categoria Fornecedor. de mostrar seus produtos Nas categorias Cerâmica e Melhor Estanpara participantes da rede, a Kitambar e a Raças Máquinas, resgião Norte e Nordeste. pectivamente, foram os destaques. Outra empresa que
Prêmio João-de-Barro
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aprovou o evento deste ano foi a FCR Moldes. Para o sócio da empresa Jonas Ferraz Rodrigues, a feira serve para divulgação dos produtos e para realizar bons negócios. O empresário contou que ficou satisfeito com o resultado da feira. “Para nós, esta feira foi muito boa, pois tivemos oportunidade de ter maior contato e estreitar mais nossos relacionamentos com os clientes”, relatou. A empresa levou para expor na feira moldes para fazer blocos, lajotas, bloco de vedação, bloco estrutural e telhas. Representante da Natreb, empresa de Santa Catarina, Anilson Bortolon, mais conhecido como Polaco, contou que a feira superou as expectativas. “A feira estava ótima, o estante bem movimentado. Todas as feiras estão se superando, em especial esta, pois não esperava o número de vendas que tivemos”. Mesmo assim, Bortolon achou a data inapropriada para o evento. “Como é num lugar turístico, fazer a feira no fim de semana é arriscado, pois o pessoal vem para passear. Acaba sendo uma data inapropriada para o intuito dela”, opinou. A Sabo Impianti foi outra empresa fornecedora de máquinas para o setor que participou do evento deste ano. A empresa levou um robô de carga e descarga para funcionar dentro da feira. “O robô é um símbolo da automação. Ele tem um impacto visual maior e atrai mais olhares, ou seja, chama a atenção de quem passa pelo nosso estande”, comentou o responsável pela engenharia da Sabo no Brasil, Danilo Lins. Para ele, a feira ficou acima das expectativas. “Gostei muito da movimentação na feira e da estrutura. Deu pra notar que o pessoal que visitou a feira nestes três dias não veio para passear. Os ceramistas vieram focados e interessados em buscar novas tecnologias”, relatou. O vendedor Fábio Lopes Araújo, da Rogesesi, também gostou da feira. “Foi muito boa a feira, recebemos muitas visitas durante os três dias. Além disso, a feira contou com a participação de clientes aqui da região e conseguimos realizar bons negócios. Foi uma oportunidade de ficar mais perto de nossos clientes, já que temos muitos clientes aqui no Nordeste”. Mesmo com a boa movimentação, Araújo avaliou o custo de participação na feira alto tanto para expositores quanto para ceramistas. “O preço está caro. A feira tem dificultado a entrada de mais clientes devido ao alto custo”, reclamou.
FEIRAS
Maior durabilidade As empresas Refil e Filiére, empresas de São Paulo, lançaram durante o 42º Encontro Nacional de Cerâmica Vermelha uma boquilha com revestimento de Carbeto de Silício. Segundo o diretor de vendas das duas empresas, Carlos Eduardo, comparando com outras boquilhas, a nova boquilha apresenta maior durabilidade, em torno de 3 a 10%, e fácil manuseio. Além disso, o material não se quebra fácil. Além desta inovação, as empresas exibiram na feira outros tipos de boquilhas, direcionador de argila, revestimento de marombas com HUMW, que ajuda na extrusão, ou seja, facilita a extrusão, conforme Eduardo.
Pela primeira vez na feira, a empresa Strom Brick Making Machinary, da Rússia, apresentou uma novo método de fabricar blocos. Na produção de tijolos de cerâmica por “moldagem seca”, a argila é parcialmente seca num “tambor de secagem” até um teor de umidade de 6 a 7% e, em seguida, reduzido a pó e moldado por uma prensa de tijolos. O tijolo moldado não passa pelo processo de secagem e imediatamente depois da moldagem é colocado ao forno, conforme o diretor da empresa, Grigori Ivanyuta. Segundo ele, “o novo método permite obter um tijolo de qualidade, usando um conjunto de equipamentos tecnológicos simples”, explicou De acordo o diretor da Strom, os gastos para construção de uma indústria com esta tecnologia Russa é significativamente menor que a tecnologia tradicional aplicada em países da União Europeia. “O custo é muito menor que o da Europa, até 10 vezes menor”, garantiu Ivanyuta. A diferença das tradicionais tecnologias, conforme Ivanyuta, é que a água não é introduzida na argila de moldagem. Por conta disso, alcança-se tamanha efetividade econômica e significativa.
Controlador de temperatura automático Com objetivo de divulgar os produtos e prospectar novas oportunidades de negócios, a Alutal, empresa de São Paulo, lançou durante a 16ª Expoanicer um controlador de temperatura. O iTemp faz a queima das peças cerâmicas de forma automática. Além do iTemp, a Alutou expôs na feira outros equipamentos como torre de resfriamento de água, bomba de vácuo, sensores de temperatura, termopares, sistema de monitoramento de imagens – CeramView, equipamento de medição e controle de umidade em estufas, separador magnético e detectores de metais. Segundo o diretor geral da empresa, Guilherme Franciulli, de 12 edições que a empresa participou, pelo menos em oito trouxe lançamentos para o Encontro Nacional.
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FEIRAS
Alta capacidade A MSsouza, de Tubarão (SC), lançou na feira uma maromba MSM 550, com capacidade de produção de até 55 toneladas/hora. Segundo o representante da empresa na região Nordeste, Adilson Correia de Souza, a extrusora foi a maior maromba em exposição durante a 16ª Expoanicer. De estrutura robusta, continuará com dupla extração de vácuo (exclusividade da Mssouza) e vai se destacar pela sua versatillidade operacional, pois poderá trabalhar tanto com canhão paralelo para produção de tijolos quanto com canhão cônico para fabricação de telhas. Os revestimentos são todos parafusados e o percentual de umidade de 18% a 20%.
Planta de cerâmica moderna A Rogefran (SP) nesta edição inovou e trouxe para a feira uma maquete de uma cerâmica moderna com o objetivo de homenagear os ceramistas que participaram do evento. O intuito, conforme o diretor executivo da empresa, Gerson Caum, foi mostrar por meio da maquete o conceito de uma cerâmica moderna de 6 mil metros quadrados e produção de 3 milhões de peças por mês. “O objetivo foi demonstrar a possibilidade de uma mudança de conceito da indústria de hoje para as cerâmicas que já existem. Hoje a maior dificuldade é a mão de obra, na maquete você visualiza uma fábrica de alta produção (3 milhões de peças/mês), com apenas 40 funcionários. Dessa forma, você consegue enxergar uma indústria inteira que tem lucratividade que pode chegar a 50%, enquanto outras lutam para ter 15%”, contou Caum. Segundo ele, oito ceramistas se identificaram com o projeto e quiseram implantar uma nova fábrica.
Secador rápido para blocos Um novo conceito em secagem para produtos cerâmicos foi lançado pela Enaplic durante a 16ª Expoanicer. A empresa apresentou aos visitantes da feira um secador rápido para blocos. Segundo o gerente de programação, Erasmo Júnior, a tecnologia inovadora não existe no Brasil. O secador elimina o uso de vagonetas e de carregadores e descarregadores automáticos, ocupa menor espaço físico, reduz a mão de obra e tem menor consumo de combustível.
Reconhecimento A Verdés prestou homenagem para as cerâmicas que receberam o certificado do Programa Setorial de Qualidade (PSQ) por meio das consultorias do Programa Verdés com Você. Oito cerâmicas receberam a placa “Eu sou + Verdés”. São elas cerâmica Genipapo (PI), cerâmica Três Irmãos (PI), cerâmica Santa Maria (PI), cerâmica Montemar (AM), cerâmica Santa Vitória (PI), cerâmica Ideal (PI), cerâmica Livramento (MA) e cerâmica São Benedito (BA).Com exceção da Montemar, todas receberam o certificado do PSQ na abertura do evento. NC
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Fabricantes de equipamentos inauguram Anfamec em SP O lançamento da associação nacional ocorreu em 11 de outubro na cidade de Itu
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Visando consolidar de maneira clara e objetiva os anseios do setor industrial voltado para produção de equipamentos, serviços e insumos para o setor cerâmico, foi inaugurada no dia 11 de outubro a Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Indústria Cerâmica (Anfamec). O evento de lançamento da entidade, oficialmente registrada em 22 de fevereiro de 2013, foi realizado no Senai ìtalo Bolonha, em Itu, São Paulo. Durante a solenidade, o diretor do Senai de Itu, Helvécio Siqueira de Oliveira, agradeceu a diretoria da Anfamec pela realização do lançamento oficial da associação nacional nas instalações do Senai. "O nosso desejo é estarmos próximo ainda mais deste segmento, na medida em que temos aqui na escola oficinas nas áreas da eletrônica, da informática, da eletromecânica e da mecânica, com o objetivo de formar profis-
a única associação de todo o mercado de máquinas e equipamentos para indústria cerâmica do Brasil. “Quero desejar a todos nós e à nossa associação um grande sucesso para que se torne cada vez mais forte, cada vez mais importante, cada vez mais útil para o ceramista”, desejou Rodrigues durante a solenidade de lançamento. Ao final da solenidade de inauguração, foi servido um coquetel para celebrar o lançamento da Anfamec. NC
Primeira diretoria - Matheus Rodrigues (Máquinas Man), presidente; - Amauri Gelenski (Gelenski Indústria), vice-presidente; - Jair Correa Xavier (Raça Máquinas), secretário; - Peter Luís dos Santos (Pneucorte), tesoureiro; - Agnaldo Bertan (Natreb) segundo tesoureiro.
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D E S E N VO LV I M E N T O
sionais para o segmento da indústria de equipamentos cerâmicos”, relatou. Sediada na cidade de Itu, interior de São Paulo, o objetivo da criação da associação foi de fortalecer o segmento que fornece máquinas para as empresas produtoras de telhas, tijolos e demais peças cerâmicas do Brasil. Além disso, a intenção é ser a legítima representante dos interesses do segmento mantenedor da indústria de cerâmica vermelha no Brasil de maneira clara e profissional, considerando a realidade global do setor, suas pendências e reflexos no mercado nacional. Com 35 associados, reunindo profissionais altamente qualificados e as melhores empresas do ramo de máquinas e equipamentos do país, a Anfamec pretende disponibilizar serviços e benefícios que promovam o desenvolvimento do setor por meio da qualificação de seus sócios, compartilhando novas tecnologias e participando dos melhores congressos e feiras do setor visando, desta forma, a união e o fortalecimento da categoria. A Anfamec, por meio de seu primeiro grupo de associados, gera 7,8 mil empregos diretos e cerca de 2,5 mil empregos indiretos. Estas empresas atendem quase 4 mil indústrias em todo Brasil, sendo 1,2 mil somente no estado de São Paulo. Com consumo de 30 mil toneladas de aço e 10 mil toneladas de ferro por ano, possuem sólidos canais de exportação para as três américas, África e Europa, onde disputam mercado com empresas de tecnologia de ponta, mostrando a qualidade das máquinas e equipamentos brasileiros. “Hoje é um dia muito importante para mim e para todos nós que fabricamos máquinas e dezenas de outros itens utilizados em cerâmicas de telhas e tijolos. Estamos lançando nossa própria associação que irá fortalecer o nosso setor, por se tratar de uma necessidade para defendermos os nossos interesses e obtermos mais vantagens para o nosso segmento e, principalmente, realizarmos nossas próprias feiras e demais eventos de uma forma mais focada para fabricantes, fornecedores, clientes e ceramistas”, relatou o presidente da Anfamec, Matheus Rodrigues. A Anfamec acredita plenamente no sucesso dessa empreitada e está preparada para somar esforços com outras associações já existentes bem como atrair maior número de associados para, em breve, conquistar a excelência como
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ENTREVISTA
Influência da preparação de massa no processo produtivo NovaCer - Como a preparação de massa interfere no resultado final dos produtos? Vitor de Souza Nandi - Podemos comparar a preparação de massa com a preparação de um simples bolo, onde a falta de ingrediente e/ou homogeneização irá resultar em um bolo de má qualidade. Do mesmo modo serve para a cerâmica, se não tiver boa preparação da massa irá interferir na qualidade do produto final como, por exemplo, na variação dimensional, trincas e cor, dentre outros.
A entrevista especial deste mês é com o professor e consultor de cerâmica vermelha Vitor de Souza Nandi, que fala sobre a influência da preparação de massa no processo e no produto final. Saiba na entrevista como a preparação de massa interfere no resultado dos produtos, qual a sua importância e os principais problemas vivenciados por empresários, entre outros assuntos relacionados à preparação de massa 34
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NC - Qual a influência da preparação de massa no processo de produção das peças? VSN - Sua influência é muito positiva, pois uma massa bem homogênea garante uma boa estabilidade de produção, ou seja, garante a uniformidade da umidade, o que favorece e facilita o trabalho da maromba, diminuindo seu consumo de energia e aumentando sua produtividade. Pode-se argumentar ainda o aumento de sua eficiência de trabalho ocasionado pela menor quantidade de paradas. Um exemplo prático presenciei recentemente em duas empresas que eu estava prestando consultoria, ambas sem preparação, quando terminamos os cálculos e aplicamos em um modelo estatístico, percebemos que a falta da preparação de massa estava ocasionando prejuízo de aproximadamente R$ 40 mil por mês, ou seja, é possível pagar o investimento em menos de cinco meses e o restante é lucro. NC - Quais os erros mais comuns quanto à preparação de massa? VSN - O principal erro é a falta de conhecimento de suas próprias matérias-primas, suas características tecnológicas. Mas o ceramista pode perguntar: O que isso tem haver com minha preparação? Bem, estas informações podem lhe garantir o tipo de equipamento que deve ser instalado, pois muitos fazem viagens observando outras empresas, o que não está errado, porém, em cada região existe um tipo de
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ENTREVISTA
argila, ou seja, em algumas regiões podemos instalar um equipamento que acredito ser um dos melhores para esse tipo de trabalho que é um homogeneizador, já em outras regiões este equipamento não é necessário. Outro erro comum é finalizar o processo de preparação de massa com um laminador, fazendo com que a massa fique fina como uma lâmina que, em contato com o ambiente em seu descanso por 24 horas (mínimo), pode provocar seu ressecamento que em muitos dos casos irá provocar rasgos na boquilha. Para este caso, o ideal é cobrir com lona após a montagem do lote e em alguns casos uma leve irrigação. NC - Quais os principais problemas vivenciados pelos empresários na preparação de massa? VSN - Um dos maiores problemas que observo é a falta de conhecimento das funcionalidades de cada equipamento, onde muitas vezes o próprio vendedor não conhece, porém tenta fazer de qualquer maneira para que o ceramista compre, pois sabe que qualquer equipamento que colocar antes do processo de conformação irá contribuir para melhorias. Outro problema é a falta de controle dos próprios equipamentos, ou seja, regulagens e cronograma de manutenção, pois já presenciei diversas empresas com equipamentos que promovem uma boa homogeneização, porém estavam gastos e em muitos casos desregulados, não proporcionando a mistura correta. NC - Como resolver estes problemas vivenciados na preparação de massa? VSN - A ajuda de um especialista na área de cerâmica vermelha irá contribuir de uma maneira significativa no estudo das matérias-primas e tipo de preparação. É um tipo de investimento que se faz necessário nos dias atuais e que, além de não apresentar grandes investimentos, lhe trará mais confiança e garantia no que investir. O ceramista deve investir com segurança, pois o achismo não funciona mais nos dias atuais e pode proporcionar vários prejuízos. NC - Como deve ser feita a preparação de massa? VSN - A melhor preparação é aquela que depois de todas as argilas misturadas observa-se apenas uma cor. Para isso, usualmente se
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utiliza alguns caixões alimentadores com inversor de frequência, misturador e homogeneizador, porém, irá depender das características das argilas utilizadas. Estes são equipamentos simples que fazem um trabalho de mistura, é possível observar até na internet que existem equipamentos importados que proporcionam uma homogeneização muito mais completa. NC - Qual a importância da preparação de massa? VSN - A preparação de massa é fundamental para a qualidade do produto e também para produtividade. Quanto mais homogeneizar e preparar uma massa, maior será a qualidade e a produtividade das peças. A massa bem preparada é responsável pela redução do consumo energético e desgaste interno da maromba. Além disso, facilita regulagens da boquilha. Devido à maciez e umidade uniforme que a argila obteve com uma boa preparação pode reduzir em até 50 ampéres o processo de extrusão e aumentar em até 30% sua produtividade. Estes dados os ceramistas devem estar cientes para que possam investir em uma preparação sem medo. NC - De que forma a falta deste processo interfere no produto final? VSN - Posso dizer que interfere diretamente em praticamente todas as características finais, como variações dimensionais, absorção d’água, resistência mecânica, cor, densidade e porosidade, dentre outros. Mas já ouvi muitos ceramistas correrem o erro de dizer que sua cerâmica sem preparação produz um produto melhor do que a cerâmica do vizinho que tem preparação. Muitas vezes não está errado, mas isso está ligado diretamente ao tipo de matéria-prima, por isso volto a dizer sobre a importância do estudo de suas matérias-primas, pois podemos imaginar se o ceramista não tivesse a preparação como seria seu material? E se o outro que não tem o quão melhor seria seu produto? NC - No que o ceramista precisa estar mais atento quando o assunto é preparação de massa? VSN - Primeiro que sua formulação seja executada de uma maneira correta, ou seja, as dosagens das argilas devem estar perfeitas.
NC - Qual o custo para o ceramista para fazer bem esta etapa? Vale a pena o investimento? VSN - Se o ceramista avaliar com carinho as vantagens deste processo e fizer um estudo inicial de sua produção e processo, irá perceber que não terá custo e sim lucro em pouco prazo. Mas vale o estudo inicial para garantir o investimento. NC - Dê exemplos de sucesso de empresas que fazem a etapa da preparação de massa no processo produtivo e conseguem bons resultados? VSN - Nesse caso necessitaria de várias páginas para escrever todas as empresas que conheço, mas posso citar algumas, como por exemplo, a cerâmica Zanette que aumentou a eficiência de trabalho da maromba em mais de 20%, diminuiu o desgaste dos agregados internos da maromba e melhorou a qualidade do produto consideravelmente. As mesmas vantagens podem ser citadas para as empresas City, Felisbino, Galatto e inúmeras outras de todas as partes do Brasil. NC - Como garantir um produto de qualidade? VSN - Inicialmente, conhecendo suas matérias-primas e as da região em que vivem. Segundo, preparando uma formulação que no final lhe garanta um produto com características que atendam as normas da ABNT. E por último, não menos importante, é o controle do processo produtivo. Isto irá garantir sempre o mesmo produto e qualidade. NC - O que acredita ser o principal desafio dos ceramistas no processo produtivo? VSN - A quebra de paradigmas! O fato de produzir a 30, 40 ou 60 anos na mesma condição, não quer dizer que ele esteja correto, muitas vezes, pode estar produzindo errado ou deixando de ganhar a mais por todos estes anos. Outro desafio que observo é o medo, medo de investir, de arriscar, principalmente, quando
se trata de inovação e alta tecnologia advinda de outros países. Observo que os ceramistas buscam sempre equipamentos que tenham assessoria de manutenção próxima de sua empresa, será que porque estão acostumados com algo que sempre está quebrando? Pois em outros países os maquinários vêm sempre de países vizinhos ou até mesmo distantes. Muitos relacionam aos custos mais elevados, principalmente o de importação, mas isso tem como diminuir e em muitos casos abater, mas será que este valor não se pagaria pela qualidade dos equipamentos e maior produtividade e qualidade do material que seria produzido? Temos que começar a avaliar melhor nossos conceitos e estudar nossos projetos com mais atenção e carinho.
ENTREVISTA
Porém, ainda utiliza-se muito o processo empírico de quantidade das argilas por conchas, sabendo que hoje temos equipamentos (balanças) muito precisos que podem ser instalados diretamente nas máquinas carregadeiras. Em segundo devem ter equipamentos eficientes que promovam uma boa mistura garantindo uma boa homogeneidade.
NC - O que tem a dizer sobre o setor cerâmico brasileiro? VSN - Em geral, acredito ser o maior e melhor setor brasileiro, pois para onde olhamos, onde pisamos, e até mesmo em várias partes do nosso corpo temos cerâmica. É uma área que ainda tem muito em crescer e ser estudada, principalmente no desenvolvimento de novas técnicas que facilitem sua produção, porém introduzida nos quesitos ambientais e tecnológicos. Tenho em mente boas expectativas desse setor que domina parte do mundo, tenho tantas expectativas que estou me dedicando já há 11 anos e acredito que estarei nele por muito mais. O que posso dizer é que o mundo não vive mais sem a cerâmica. NC - Qual sua experiência com o setor de cerâmica vermelha? VSN - Estou no ramo de cerâmica desde meus 18 anos e hoje com 29 completo os 11 anos de atuação, mas não apenas com cerâmica vermelha, estudei revestimentos, louça sanitária e um pouco de cerâmica avançada também. Tenho faculdade de Tecnologia em Cerâmica, sou especialista em Educação, mestre em Ciência e Engenharia de Materiais e tenho mais de 2 mil horas de participação em cursos e palestras. Hoje sou professor e consultor de cerâmica vermelha, atendendo todo o Brasil e alguns países do Mercosul. Nos últimos anos me dediquei exclusivamente no setor de cerâmica vermelha, sabendo de sua necessidade em estudos de melhorias. Efetuei diversos tra-
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ENTREVISTA
balhos e estudos principalmente de reaproveitamento de resíduos, melhorias de qualidade, palestras e cursos. Busco estar sempre me atualizando e proporcionando a meus clientes meios mais práticos de conhecer seus produtos e como fazer para manter sua qualidade e aumentar, muitas vezes, sua produtividade. Costumo dizer que a cada nova visita, não faço clientes e sim novos amigos. Apesar de pouca idade, vejo que a consultoria favoreceu em grandes benefícios a vários ceramistas. É um pequeno investimento que favorece em grandes ganhos. NC - Quais países hoje são referência no setor de cerâmica vermelha? VSN - Os que investem em inovações! O Brasil ainda não é referência perante muitos outros que estão em nossa frente no quesito de inovação, porém vejo uma grande perspectiva de melhoria, principalmente por causa das empresas europeias que estão acrescentando ao Brasil equipamentos de ponta e com qualidade. Acredito que estaremos daqui alguns anos como algumas empresas da China, Rússia, Alemanha, Itália e Espanha, dentre outras, que com apenas quatro funcionários podem produzir mais de 3 milhões de peças. O Brasil deve apenas ter apoios governamentais para buscar inovação e quebrar alguns paradigmas. NC - O que mudou do oleiro de 20 anos atrás para o ceramista atual? VSN - A pessoa em si muitas vezes ainda é a mesma, porém sua mente e seus compromissos com a sociedade e meio ambiente foram totalmente alterados. Onde aquele oleiro muitas vezes leigo em leis ambientais, em normas técnicas, em qualidade, hoje é o ceramista que tem que estar se atualizando constantemente, teve que aprender a comprar, vender, gerenciar e administrar, entre outras funções que nunca antes imaginaria estar fazendo. Resumindo, hoje é um “empresário”, um empresário ceramista. NC - Qual sua avaliação sobre o setor de cerâmica vermelha atualmente? VSN - É um setor que passa por um inevitável processo de modernização e está em pleno crescimento e deve ser observado com bons olhos perante a inovação e tecnologia. A pes-
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quisa e desenvolvimento para este seguimento devem ser apoiados, pois são muito poucos os investimentos destinados a ele. Como professor, por um lado, vejo muitos trabalhos espetaculares voltados a desenvolvimentos fantásticos com diversos tipos de novos produtos e por outro vejo cerâmicas que não conseguem nem eliminar uma simples trinca ou melhorar seus produtos. O setor deve se voltar a buscar fundos para desenvolver trabalhos que favoreçam diretamente aos ceramistas e suas empresas, desde as pequenas até as de grande porte. Isso irá contribuir diretamente ao desenvolvimento e crescimento desta classe. NC - Se tivesse que dar um conselho aos empresários brasileiros do setor de cerâmica vermelha, qual seria? VSN- Que sejam unidos e invistam em novas tecnologias para garantir a sobrevivência de todos. NC - Como o senhor tem visto o setor atualmente, é um setor que tem procurado inovar? Em sua opinião, os empresários do setor estão preocupados em modernizar suas indústrias? VSN - Nessa questão é importante sanar que inovar não é apenas colocar o mesmo equipamento, porém mais novo! Inovar é buscar novas tecnologias que lhe garantam maior produtividade com menores custos, menor mão-de-obra e, acima de tudo, maior qualidade. O Brasil ainda esta gatinhando perante o quesito de inovação, porém, a maioria dos ceramistas está sempre buscando modernizar a sua empresa, mas com o mínimo de inovação, se comparado com países do primeiro mundo. Mas acredito que estamos no caminho. NC - O que é fundamental para uma empresa de sucesso? VSN - Conhecimento e humildade em saber pedir ajuda quando necessário. Conhecer seu produto e como suas matérias-primas se comportam no decorrer do seu processo é de fundamental importância. Saber no que investir e como investir também. Existem vários outros pontos que podemos estar citando, mas todos eles estão ligados à paixão que temos que ter pela cerâmica, se não tiver paixão por esse setor que a cada dia me impressiona ainda mais, não se consegue sucesso algum. NC
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D E S E N VO LV I M E N T O
Reunião busca soluções para não fechar curso superior de cerâmica A graduação em Engenharia Cerâmica é oferecida pela Unibave campus Cocal do Sul (SC)
O Centro Universitário Barriga verde (Unibave), campus Cocal do Sul, em Santa Catarina, promoveu uma reunião para buscar apoio e estratégias para evitar o fechamento do curso de Engenharia Cerâmica. Único no Brasil e na América Latina, o curso tem formado profissionais na área de cerâmica em geral, porém, não tem alcançado suporte e sustentabilidade sufi-
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ciente para continuar em funcionamento. Estiveram presentes na reunião autoridades públicas da região, diretores de indústrias cerâmicas, representante do Sindicato da Indústria de Revestimentos Cerâmicos (Sindiceram), representante do Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça (Sindicer-MF), reitor, pró-reitores e demais autoridades do Unibave, docentes, discentes e egressos do curso. A reunião foi iniciada com a apresentação do histórico de criação do curso de Engenharia Cerâmica pelo pró-reitor de ensino, o professor Celso de Oliveira Souza. O docente ressaltou que é preciso discutir e levantar estratégias para promover a continuação do curso que, segundo ele, é importante para a região de Cocal do Sul e seu entorno. Além disso, conforme ele, o Unibave tem cumprido com suas
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responsabilidades, inclusive, no convênio com a Universidade de Aveiro, conforme consta no projeto do curso. Após a fala do prof. Celso, houve uma discussão importante em relação à situação do curso e as possibilidades de sua permanência. O professor Vitor de Souza Nandi citou a importância do engenheiro cerâmico em uma empresa e disse que este profissional não tem sido valorizado por algumas empresas da região. De acordo com Nandi, o trabalho desenvolvido pelos engenheiros dentro das cerâmicas colabora grandemente com o desenvolvimento da empresa. Em sua fala, ainda, disse que é necessário que empresas apoiem e financiem seu funcionário para a formação específica na área. Em seguida, houve a explanação do professor Ramon da Silveira. Ele falou sobre a quebra de alguns paradigmas nas empresas do setor cerâmico, principalmente. Os discentes do curso também relataram sua opinião e os egressos falaram sobre suas experiências profissionais e atuação nos diferentes setores cerâmicos. O reitor do Unibave, Elcio Willemann, lembrou que o histórico que se tem dos onze formados “é muito bom, pois estão todos traba-
lhando na área como engenheiros cerâmicos em cargos significativos ou investindo na carreira acadêmica cursando mestrado em instituições federais em vários estados do país”. A coordenadora do curso, professora Karina Donadel, salientou que o curso é muito procurado por pessoas de outras regiões do país, mas que a maior dificuldade é atrair alunos da região onde a graduação está inserida. “A dificuldade encontra-se na falta de apoio por parte de algumas empresas com seus funcionários. Estes não conseguem cursar o ensino superior, pois com os salários que recebem não é possível investir em um curso de engenharia, ou seja, até existe a procura, mas realmente o que falta é o incentivo e apoio, inclusive financeiro, por parte dos empregadores”, contou. O prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin, percebe a importância do curso para o desenvolvimento da região e, por isso, relatou que fará o possível para dar apoio para à permanência e o sucesso do curso. A reunião foi encerrada com a certeza de que, antes de se pensar sobre o encerramento do curso, será preciso a realização de outros encontros com os sindicatos das cerâmicas de revestimentos e vermelha para o amadurecimento e a busca por outras estratégias de continuidade.
Processo seletivo O Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), campus Cocal do Sul (SC), continua oferecendo o curso de Engenharia Cerâmica e abriu inscrições do processo seletivo para o ingresso na graduação no próximo ano. O período para
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cadastro foi até 3 de novembro. Interessados em realizar o curso superior em cerâmica após esta data devem entrar em contato com a instituição de ensino para saber se ainda há vagas. De acordo com a instituição de ensino, o objetivo da graduação é proporcionar ao setor cerâmico uma demanda de profissionais capazes de desenvolver e de implementar novas tecnologias, novas estratégias de gestão, novos materiais e novos negócios, agregando valor e acessibilidade total ao mercado consumidor global. O curso, que tem ênfase na pesquisa, empreendedorismo e atuação nas indústrias cerâmicas de todos os segmentos, tem duração de cinco anos. Para mais informações sobre a graduação, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (48) 3447-1970 ou acessar a página da Unibave. NC
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ARTIGO TÉCNICO
Utilização de material particulado da sinterização da indústria siderúrgica em cerâmica vermelha Trabalho apresentado no 54º Congresso Brasileiro de Cerâmica, de 30 de maio a 2 de junho de 2010, Foz do Iguaçu, Paraná
Resumo Este trabalho tem por objetivo caracterizar e incorporar em cerâmica argilosa um resíduo na forma de pó proveniente da etapa de sinterização de uma usina siderúrgica integrada. O resíduo foi submetido a ensaios de caracterização mineralógica, química e física. O resíduo foi incorporado na massa argilosa na quantidade de 10% em massa. Foram preparados corpos de prova retangulares por prensagem uniaxial a 20 MPa com 8% de umidade para queima a 650ºC, 850ºC e 1050ºC. As propriedades físicas e mecânicas avaliadas foram retração linear, absorção de água e tensão de ruptura à flexão. Os resultados indicaram que o resíduo apresenta granulometria apropriada para incorporação em cerâmica vermelha. O resíduo é predominantemente constituído de hematita e calcita, o que confere ao resíduo um comportamento não plástico durante a etapa de conformação. A incorporação do resíduo melhorou a absorção de água e a retração linear da cerâmica argilosa. Desta forma, o setor de cerâmica vermelha apresenta potencial para reciclagem do resíduo.
Introdução O setor siderúrgico gera uma enorme variedade de resíduos no decorrer de seu processo, principalmente, em se tratando de usinas integradas. No Brasil, entre os meses de março de 2009 e 2010, a produção de aço bruto foi de 29,5 milhões de toneladas com crescimento calculado no período de 63,4% referente ao mês de março(1). Tal crescimento na produção é acompanhado de aumento na produção dos
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M. M. Ribeiro*, R. Sánchez, S. N. Monteiro, C. M. F. Vieira 1Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro-UENF Laboratório de Materiais Avançados-LAMAV
resíduos gerados, os quais podem ser classificados em resíduos recicláveis, resíduos carboquímicos e escórias. Entre os resíduos recicláveis contendo ferro estão os resíduos da sinterização. A sinterização consiste em misturar e homogeneizar finos de minério de ferro, finos de carvão ou coque e fundentes, além de umidade controlada, seguida de combustão do carvão da mistura que leva à elevação de temperatura do material até 1350ºC(2). O aquecimento leva à perda da umidade e fusão parcial gerando material resistente e poroso em grânulos de até 50mm(3) que fazem parte da carga do alto-forno numa proporção entre 80 e 90% em massa(2). Tal processo gera resíduos como óxidos de carbono, nitrogênio, enxofre, além de dioxinas e material particulado(3). Os finos obtidos da sinterização, material particulado, por meio da retenção em precipitador eletrostático poderiam eventualmente ser reaproveitados na própria etapa. Isto não acontece, porque apresentam inconvenientes para a sinterização em função do tamanho de partícula e para o processo de redução em função de sua composição química. Este material particulado resultante da sinterização foi estudado e os resultados são apresentados neste trabalho. A incorporação em cerâmica vermelha do pó do precipitador eletrostático (PPE) da etapa de sinterização de uma usina siderúrgica integrada é uma solução tecnológica para redução do passivo ambiental, uma vez que a variabilidade natural da composição das argilas, além da facilidade de processamento e da baixa exigência na composição dos produtos de cerâmica vermelha, permitem níveis de impurezas relativamente elevadas. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a influência da incorporação do PPE nas propriedades das massas e peças de cerâmica vermelha.
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ARTIGO TÉCNICO 46
Materiais e métodos Para a realização deste estudo, foi utilizada uma argila de coloração amarela e de predominância caulinítica(4) (AAC) extraída em Campos dos Goytacazes e frequentemente usada para produção de produtos de cerâmica vermelha. Inicialmente, esta argila foi seca em estufa a 110ºC por 24h, triturada em moinho de mandíbulas e peneirada a 10mesh (2 mm). Foram utilizadas duas composições. Argila pura (M0) e argila com 10% em massa de PPE bruto (M10). A composição M10 foi homogeneizada por 20 min em recipiente de porcelana lisa. Inicialmente, o PPE e a AAC foram caracterizados para determinação de composições química e mineralógica, além de distribuição de tamanho de partículas. A composição química foi determinada por fluorescência de raios-X em espectrômetro Philips, modelo PX 2400. A composição mineralógica qualitativa da AAC e do PPE foi determinada por difração de raios-X em equipamento Bruker-D4 com os parâmetros de operação: radiação Cu K_ (35 kV/40 mA); velocidade igual 0,05º 2q por passo; tempo de contagem de 2s por passo com variação de 2 até 100º 2q. As interpretações qualitativas foram realizadas por comparação com padrões contidos no banco de dados PDF02 (ICDD, 2006) em software Bruker DiffracPlus. A determinação da distribuição por tamanho de partículas das matérias-primas foi determinada utilizando a técnica de sedimentação por gravimetria e peneiramento de acordo com norma ABNT NBR 7181(5). Foi realizada também análise termogravimétrica com espectrômetro de massa acoplado em equipamento modelo SDT 2960 da TA Instrumentos. Os parâmetros adotados foram: atmosfera constituída de ar sintético e taxa de aquecimento de 10ºC/min entre 25 e 1000ºC. As composições M0 e M10 foram umedecidas com 8% de água, homogeneizadas e peneiradas novamente para garantir a homogeneidade do tamanho das partículas. Com 8% de umidade, as peças de aproximadamente 60g foram conformadas por prensagem uniaxial a 20 MPa em matriz de dimensões 114 x 25 mm. Foram obtidas pe-
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ças de cerca de 11 mm de altura. Após secagem em estufa a 110ºC, as peças foram medidas e pesadas. Em seguida, as peças foram queimadas nas temperaturas 650ºC, 850ºC e 1050ºC. Utilizou-se uma taxa de aquecimento/resfriamento de 3ºC/min com 180 min de tempo de patamar. Após a queima, as peças foram novamente medidas para cálculo de retração linear de queima. As propriedades físicas e mecânicas avaliadas foram a absorção de água(6) e tensão de ruptura por flexão a três pontos(7)
Resultados e discussão A composição química dos materiais AAC e PPE é mostrada na tabela 1 a seguir. Os dados da argila indicam predominância de sílica (43,59%) e de alumina (25,64%). Estes óxidos apresentam-se quase totalmente combinados na constituição da caulinita. A relação sílica/alumina da argila investigada é de 1,70 enquanto o valor teórico da caulinita é 1,18(8), isto evidencia a existência de quartzo livre e teor relativamente elevado de argilomineral. Este último confere elevada plasticidade à argila. Por outro lado, a presença de gipsita (hidróxido de alumínio) indicada no difratograma de raios-X mostrado na Figura 1, indica que parte da alumina não está associada aos argilominerais, contribuindo também para a elevada perda ao fogo da argila investigada. Observa-se também na tabela 1 elevado teor de óxido de ferro, responsável pela coloração avermelhada do material após queima. A presença de óxido de potássio é confirmada pelo pico indicativo da presença de mica no difratograma de raios-X sendo essencial como fundente, ou seja, facilitador da formação da fase líquida de grande importância durante a sinterização das peças durante a queima. Os óxidos de cálcio e magnésio presentes na argila apresentam-se em baixos teores. A composição química do resíduo PPE apresenta elevado teor de óxido de ferro 3 (Fe2O3), como responsável por mais de
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ARTIGO TÉCNICO
50% em massa do material. Este óxido foi identificado através da presença de picos de hematita (_-Fe2O3) e maguemita (g-Fe2O3) no difratograma de raios-X da figura 1. A maguemita apresenta grande similaridade com a magnetita(9), sendo inclusive ferromagnética e, portanto, capaz de ser separada através de concentração magnética, e é responsável pelas propriedades magnéticas do resíduo. A presença de cálcio foi confirmada pelos picos de calcita e sulfato de cálcio, já a de sílica pelos picos de quartzo.
Tabela 1 Composição química de AAC e PPE
A figura 2 apresenta a curva de distribuição de tamanho de partícula do resíduo. Observa-se uma distribuição de tamanho de partícula bastante apropriada para cerâmica que geralmente utiliza material laminado abaixo de 2-3mm. Todas as partículas do resíduo apresentam tamanho inferior a 1mm. Aproximadamente 50% das partículas apresentam-se com tamanho inferior a 0,1mm. Esta característica do resíduo, além de facilitar sua incorporação, minimiza eventuais problemas que possam ocorrer na cerâmica devido à presença de carbonato de cálcio e ainda a atuação da hematita como concentrador de tensão. A distribuição por tamanho de partículas do material AAC (não apresentada neste trabalho) apresentou 50,5% de fração “argila” o que indica elevada plasticidade. A análise termogravimétrica mostrou que o resíduo PPE não produziu, durante o aquecimento em presença de oxigênio gasoso, o anidrido sulfuroso de massa igual a 64, mas apenas dióxido de carbono e água de massas moleculares 44 e 18, respectivamente. Ficou evidente ainda que a maior perda de massa do material ocorreu entre aproximadamente 500ºC e 700ºC devido à formação de dióxido de carbono provavelmente resultante da decomposi-
2200
3500
C - caolinita Gi - gibsita M - mica Go - goetita
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C
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Gi
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C
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-200 0
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Diâmetro Esférico Equivalente (mm)
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H H
Q Mt C
0
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H
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2θ (grau)
2θ (grau)
Percentual Passante
Sf
1000
0
90
48
1500
QC
100
Figura 2 - Curva de distribuição do tamanho de partícula do resíduo PPE
2000
500
0
Cc - calcita H- hematita Mt - maghemita O - oxido de ferro β Q- quartzo Sf - sufato de cálcio
2500
Intensidade (u.a.)
Intensidade (u.a.)
Figura 1 Difratograma de raios-X da argila (AAC) e do resíduo (PPE)
1400
Cc Ο
3000
1
ção da calcita. As figuras 4 a 6 apresentam a absorção de água, retração linear e tensão de ruptura à flexão das composições em função da temperatura de queima, respectivamente. Nota-se que para as duas composições não ocorreu variação da absorção de água nas temperaturas iniciais. Já a 1050ºC ocorre uma brusca redução deste parâmetro. Isto é devido à maior formação de fase líquida que contribui para o fechamento da porosidade. Pode-se observar ainda uma ligei-
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M0 M10
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Absorção de água (%)
ARTIGO TÉCNICO
Figura 3 Termograma do resíduo (PPE)
Figura 4 Absorção de água das composições M0 e M10 em função da temperatura de queima
22 20 18 16 14 12 10
650
850
Temperatura de queima (ºC)
1050
Figura 5 Retração linear composições M0 e M10 em função da temperatura de queima
Retração linear de queima (%)
10
8
M0 M10
6
4
2
0
650
850
1050
Temperatura de queima (ºC)
20
Figura 6 - Tensão de ruptura à flexão água das composições M0 e M10 em função da temperatura de queima
50
Tensão de ruptura (MPa)
18 M0 M10
16 14 12 10 8 6 4 2
650
850
Tempertura de queima (ºC)
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1050
ra redução no percentual de absorção de água da argila pura, composição M0, com a incorporação de 10% do PPE nas três temperaturas investigadas. Esta redução foi de 8 e 6% para as temperaturas mais usuais de cerâmica vermelha, 650ºC e 850ºC, respectivamente. Isto ocorre devido ao aumento no grau de empacotamento da argila durante a etapa de conformação, devido à granulometria mais grosseira do resíduo, bem como à redução da perda de massa durante a queima com a substituição parcial da argila pelo resíduo. Os compostos de ferro só atuam como fundente na forma de óxidos reduzidos, o que não é o caso. Pode-se observar na figura 5 que ocorre um aumento da retração para as duas composições com o incremento da temperatura de queima. Isto é consequência dos mecanismos de sinterização. Nota-se ainda que também ocorre uma redução na retração linear com a incorporação de 10% do resíduo PPE nas três temperaturas investigadas. Acima desta faixa de temperatura, o acréscimo deste óxido levaria à formação de defeitos nas peças em função da formação de fase líquida com viscosidade abaixo da ideal. Nota-se na figura 6 um aumento da resistência mecânica das composições com o incremento da temperatura de queima. Isto é consequência de uma microestrutura mais consolidada e com menos poros, sobretudo, a 1050ºC. Pode-se observar também que a tensão de ruptura praticamente não sofreu alteração com a incorporação de 10% do resíduo PPE a 650ºC. Já a 850ºC e 1050ºC a redução foi de 25,4 e 37,7%, respectivamente. Embora os percentuais de redução sejam significativos, os valores obtidos são satisfatórios para a cerâmica vermelha, uma vez que foi utilizada uma argila altamente plástica e que geralmente possibilita a obtenção de elevados valores de resistência mecânica. Como o resíduo atua como componente inerte, com o incremento da temperatura e maior ativação dos mecanismos de sinterização, a consolidação das partículas fica prejudicada. O resíduo pode também atuar como concentrador de tensão, apesar do seu tamanho de partícula fino, em função da aglomeração durante a mistura. Estes dois fatores mencionados anteriormente são possivelmente os responsáveis pela queda da resistência mecânica da argila nas temperaturas de 850ºC e 1050ºC.
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ARTIGO TÉCNICO 52
Conclusões
Referências
Neste trabalho de caracterização do material particulado da planta de sinterização e de avaliação da sua incorporação em 10% em massa nas propriedades físicas e mecânicas de uma cerâmica argilosa queimada a 650ºC, 850ºC e 950ºC, as seguintes conclusões foram obtidas: • O resíduo apresenta características adequadas para a utilização pelo segmento de cerâmica vermelha, como granulometria fina e composição a base de óxidos, sobretudo de Fe. • Devido à sua constituição mineralógica, o resíduo melhora a trabalhabilidade/plasticidade de argilas altamente plásticas, possibilitando assim uma otimização na etapa de conformação da cerâmica com redução na quantidade de água de extrusão e ainda da retração de secagem. • O resíduo contribui para melhorar ligeiramente a absorção de água, bem como a retração linear da argila. Por outro lado, o resíduo reduziu a resistência mecânica da argila nas temperaturas de 850ºC e 1050ºC. Como a argila apresenta valores bastante satisfatórios de resistência mecânica, esta redução não compromete sua utilização. • Os resultados indicam que o resíduo investigado apresenta grande potencial de uso pelo segmento de cerâmica vermelha, sobretudo, devido à possibilidade de ajuste da plasticidade e de redução da absorção de água e da retração linear.
(1) INSTITUTO AÇO BRASIL. Números de mercado/Estatísticas. Disponível em: www.acobrasil.org.br/site/portugues/ numeros/estatisticas.asp. Acesso em: 11 de abril de 2010. (2) RIZZO, E. M. S. Introdução aos Processos Siderúrgicos. São Paulo: Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, 2005. (3) MOURÃO, M. B., et al. Introdução à Siderurgia. Coleção Metalurgia e Materiais nº 02. São Paulo: Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, 2007. (4) VIEIRA, C. M. F.; MONTEIRO, S. N. Características e propriedade tecnológicas de argilas plásticas do Município de Campos dos Goytacazes/RJ, Brasil. Tile & BricK, v.18, n.3, p.152-157, 2002. (5) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Determinação da Análise Granulométrica de Solos, NBR 7181, Rio de Janeiro, 1984. (6) AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS - ASTM. Water Absorptin, Bulk Density, Apparent Porosity and Apparent Specific Gravity of Fired Whiteware Products, C373-72 (reapproved 1977), USA, 1972. (7) AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS - ASTM. Flexural Properties of Ceramic Whiteware Materials, C674-77, USA, 1977. (8) SANTOS, P. S. Ciência e Tecnologia de Argilas vol.1. São Paulo: Edgard Blücher, 1989. (9) WYLEN, G. V.; SONNTAG, R. e BORGNAKKE, C. Fundamentos da Termodinâmica Clássica. São Paulo: Edgard Blücher, 2003. p.42-92. NC
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CONSTRUÇÃO CIVIL 54
Lançada versão atualizada de livro sobre alvenaria estrutural A segunda edição, mais atualizada, do livro “Comportamento e dimensionamento de alvenaria estrutural” já está disponível em livrarias de todo o país. A obra, escrita a partir da experiência internacional dos autores Guilherme Parsekian, Ahmad Hamid e Robert Drysdale, foi relançada na segunda semana de setembro pela Editora Edufscar. O livro tem por objetivo explicar com detalhes o histórico, concepção, comportamento e dimensionamentos de alvenarias. De acordo com Guilherme Aris Parsekian, um dos autores da obra, o livro aborda informações substanciais sobre a concepção e comportamento de elementos e estruturas em alvenaria e critérios de dimensionamento. Com 625 páginas, o livro surgiu a partir dos autores canadense e americano Robert Drysdale e Ahmad Hamid, que produziram há 20 anos o livro “Masonry Structures Behaviour and Design”. Este livro, conforme Parsekian, é reconhecido como uma das principais, senão a principal, referência sobre comportamento e dimensionamento de alvenaria estrutural. O livro ganhou versões no Canadá e nos Estados Unidos, com as diferenças entre os critérios de dimensionamento nesses países. Dessa forma, Parsekian contou que teve oportunidade de conversar com Drysdale e Hamid para também trazer para o país uma versão brasileira da obra. “Há cinco anos, em um congresso internacional de alvenaria, conversei com os
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autores com a sugestão de fazer a tradução de uma das edições para o português. Eles aceitaram, porém com o convite de que eu fosse co-autor da edição brasileira e que essa refletisse os materiais, procedimentos e critérios de dimensionamento daqui. O convite me deixou muito lisonjeado e trabalhei bastante durante alguns anos para fazer a versão brasileira. Após o resultado, Hamid e Drysdale me indicaram para constar como primeiro autor do livro, em reconhecimento ao trabalho realizado”, contou. Parsekian afirmou que foram cerca de três anos analisando e detalhando vários aspectos da alvenaria estrutural. “Foi um trabalho grande. Apesar de árduo, foi gratificante”. A primeira edição da obra foi lançada no 15º Internacional Brick and Block Masonry Conference realizado em 2012, em Florianópolis (SC). Foram feitos 1 mil exemplares da primeira edição, que se esgotou em menos de um ano. Em função disso, a segunda edição da obra foi lançada, com tiragem de mais 1 mil exemplares. A versão mais atualizada do livro já está disponível em várias livrarias do Brasil e no site da editora da Universidade Federal de São Carlos (www.editora.ufscar.br). O investimento é de R$ 120. O co-autor da edição brasileira, também engenheiro civil e professor da Universidade Federal de São Carlos, Guilherme Aris Parsekian, trabalha com alvenaria estrutural desde 1994. Na época, em escritório de projeto estrutural, depois como pesquisador, consultor e orientador de trabalhos na área. Para ele, esta obra “marcou a oportunidade de parar para refletir e descrever vários aspectos sobre alvenaria estrutural, notando que a engenharia da alvenaria se desenvolveu, não só no Brasil, mas no mundo todo, apenas nos últimos 50 anos”. Segundo ele, atualmente há diversos aspectos conhecidos desse material composto e vários critérios para projeto. “Porém, ainda temos muito a estudar e desenvolver”, relatou. NC
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Diretor da cerâmica Felisbino, Gerson Felisbino, na Feira CasaPronta Criciúma 2013 Considerada uma das maiores feiras do setor de Santa Catarina, a 11ª Feira CasaPronta 2013 foi realizada de 16 a 20 de outubro, em Criciúma. O evento ocorreu no Centro de Eventos José Ijair Conti e trouxe as últimas novi-
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dades dos produtos e serviços relacionados à construção civil, mobiliário e decoração. A Feira CasaPronta Criciúma 2013 teve a participação de cerca de 200 empresas expositoras e movimentou mais de 100 milhões de reais em negócios durante os cinco dias de exposição. Uma das empresas do setor de cerâmica vermelha presente no evento foi a cerâmica Felisbino, de Jaguaruna (SC). “Hoje o mercado está muito competitivo, então não se fala mais em qualidade, pois esta já existe e já está no mercado. Dessa forma, o que temos que fazer é mostrar a nossa empresa, ou seja, dizer que estamos no mercado e fortes com produção. Atualmente, estamos fazendo uma nova empresa, e isso tem sido resultado de feira, de investimento e de mostrar o nosso produto” relatou o diretor da cerâmica, Gerson Felisbino. Com a nova fábrica, Gerson contou que a empresa pretende triplicar a produção de peças que hoje é de 2 milhões por mês. “Hoje produzindo 2 milhões de peças estamos no mercado, porém, para ser competitivo, temos que ter produção para continuar com preço competitivo no mercado. Esta nova empresa vai ter dois fornos. O primeiro com 3 milhões de peças mensais e o segundo com mais 3 milhões de peças por mês. Dessa forma, vamos colocar no mercado 6 milhões de peças da nova fábrica e continuar com a produção da atual de 2 milhões, totalizando 8 milhões de peças por mês”, contou. O Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça (Sindicer/MF) também marcou presença na feira da CasaPronta Criciúma 2013. O presidente Sérgio Pagnan destacou a importância de estar expondo em uma feira com esta. “Na feira da CasaPronta, nós, ceramistas, defendemos que casa pronta tem que ter cerâmica na estrutura, na base e no telhado. É por este motivo que estamos aqui demostrando a competência que possuem nossos empresários. O objetivo único é promover o produto para os consumidores”, informou Pagnan. NC
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