Entrevista com o presidente do Sindicer/PE, Otiniel Gerôncio Barbosa
Ano 4
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Outubro/2013
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Edição 42
www.novacer.com.br
Planta ideal
Projeto deve funcionar para o resultado, eficiência e lucro da empresa
Encontro ceramista é Mais de 25 empresas do realizado em Santa Catarina Pará recebem consultorias
Empresa de São Paulo lança carimbo antiaderente
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SUMÁRIO
GESTÃO
16: Planejamento: o começo para uma planta de cerâmica ideal
EDITORIAL
DESENVOLVIMENTO
ENTREVISTA
12: Carta ao Ceramista
22: Encontro Ceramista é realizado em Santa Catarina
32: O setor no Pernambuco
Diretor Geraldo Salvador Junior
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Jesus Cristo, O Messias
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NovaCer • Ano 4 • Outubro • Edição 42
TECNOLOGIA 38: Empresa de São Paulo lança carimbo antiaderente
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
ARTIGO TÉCNICO 42 : Proposta metodológica de seleção de matérias-primas para compor massas: aplicação à cerâmica vermelha
SUMÁRIO
OUTUBRO 2013 TECNOLOGIA 54: Cerâmica de Altamira é a primeira do Pará a adquirir forno Móvel
DESENVOLVIMENTO 24: Mais de 25 empresas do Pará recebem consultorias
DESENVOLVIMENTO 40: Scrubber evita partículas sólidas na bomba de vácuo
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EDITORIAL Palácio Público de Siena, na Itália
Carta ao Ceramista Planta de cerâmica ideal foi o tema da matéria principal deste mês. Para indústrias do setor de cerâmica vermelha terem uma planta ideal, é preciso ter um plano de negócio bem elaborado, um projeto técnico adequado e um planejamento estratégico bem pensado e executado. Conheça na reportagem o que é preciso para ter uma planta ideal, ou seja, pensada, executada e que funcione voltada para o resultado, eficiência e lucro. Na matéria de capa deste mês, especialistas dão dicas de boas práticas, a fim de garantir economia para a indústria, planejamento e organização do parque fabril, entre outros assuntos. Saiba como ter uma planta “enxuta” por meio de um bom projeto. Empresários do setor de cerâmica vermelha de Canelinha, em Santa Catarina, se reuniram no final do mês de agosto para analisar o mercado e discutir métodos de produção e qualidade. Ao todo, foram 130 participantes.
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NovaCer • Ano 4 • Outubro • Edição 42
O Encontro Ceramista contou com exposição de equipamentos e visitas técnicas e sorteio. Confira a reportagem na página 22. No Pará, empresários participam do programa de consultorias Verdés com Você. Conheça na reportagem mais sobre o programa e os resultados que ele tem gerado. Mais de 25 empresas participam deste projeto no Pará. No total, o programa já atendeu quase 60 empresas que, além do Pará, já foi executado no Amazonas, Bahia, Maranhão e Piauí. Neste mês, a NovaCer entrevistou o presidente do Sindicer/PE, Otiniel Gerôncio Barbosa. Na entrevista, saiba como está o setor no Pernambuco, estado que vai sediar o 42º Encontro Nacional de Cerâmica Vermelha, de 25 a 28 de outubro. Aproveite a leitura!
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GESTÃO
Planejamento: o começo para uma planta de cerâmica ideal Planejamento. Este é o começo para se ter uma planta de cerâmica ideal. Segundo o técnico em processos cerâmicos Emerson Dias, uma planta ideal seria transformar um sonho em realidade e, para que isso aconteça de fato, é preciso ter um plano de negócio bem elaborado, um projeto técnico adequado (sonho x realidade financeira) e um planejamento estratégico bem pensado e executado. “Uma planta ideal deve ser pensada, executada e funcionar voltada para o resultado, eficiência e lucro”. Para o técnico em cerâmica Sérgio Augusto Lanza, planta ideal “é aquela projetada vislumbrando o futuro, não só a expansão física de galpões, mas as possibilidades de incorporar fluxos ágeis de robótica e movimentações”. Para Dias, umas das preocupações do ceramista deve ser em ter o menor índice de
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perda de produção, com o menor número de funcionários e menor consumo energético. Porém, segundo o engenheiro cerâmico Odenir Vagner, o ceramista está cada vez mais preocupado com a qualidade do produto dele, pois sabe que a permanência no mercado depende deste requisito. Contudo, Lanza complementou que, certamente, “não existe qualidade de produto sem qualidade de vida do homem e para o homem”, nesse caso, o trabalhador. Isto também é algo a se preocupar quando se fala em planta ideal, conforme o técnico em cerâmica. Para produzir com qualidade, sem obter perdas, Dias revela que o ideal é ter uma preparação de argila e ter a manutenção dos equipamentos sempre em ordem. Outro ponto, conforme o técnico em processos cerâmicos, é ter equipamentos de acordo com a
GESTÃO
necessidade. “Ou seja, não ter um laminador pequeno para uma extrusora grande”. Mesmo assim, segundo o engenheiro cerâmico, são necessárias dentro da empresa inovações e tecnologias para produção com qualidade. Na planta, conforme Vagner, são imprescindíveis equipamentos mais modernos e automatizados, um bom laboratório de ensaios, juntamente com indicadores que demonstrem as perdas, como por exemplo, medidores de temperaturas (termopares) distribuídos em diversos pontos de leitura ao longo da seção de queima, além de medidas de tiragem dos gases (CO,O2 e CO2), que permitem ajustes que evitam perdas por deficiência energética em fornos e secadores, sendo estes os setores da fábrica em que normalmente ocorrem as perdas maiores. Porém, para Lanza, o principal equipamento é o homem, o conhecimento, a dedicação, o zelo e gosto por fazer qualidade. “Equipamentos modernos, fornos e secadores sozinhos não fazem nada”, disse. Quando se trata em investimentos no parque fabril, segundo Lanza, o principal erro do ceramista é o investimento em fornos. “Porque este deveria ser a prioridade, mas não é, ao optar pelo mais barato, sem um projeto responsável, os custos da queima e dos cacos são ignorados”, explicou. Conforme o supervisor técnico da Verdés, Virgílio Spina, o que mais se vê quando se pensa em investimento errado é a não observação de requisitos técnicos. “E tais erros estão, na maioria dos casos, situado na ampliação das unidades (as plantas no Brasil têm inchado e não ampliado). Muitas empresas buscam aumentar sua produção (na verdade tinham que buscar aumentar produtividade) e assim adquirem Marombas (extrusoras) maiores, mas esquecem que seus misturadores são pequenos, os laminadores são menores ainda e não possuem preparação de massa. Resultado? perdas e mais perdas...e redução de lucratividade”, disse. Para ampliar o parque fabril, é preciso analisar se o mercado absorverá o aumento de produção ou se a empresa está devidamente planejada para este aumento, conforme Dias. Na hora de adquirir um novo equipamento, é preciso, segundo Dias, verificar quais os benefícios que este equipamento é capaz
de fazer e avaliar o valor da compra com estes benefícios. “Ou seja, é preciso verificar o custo-benefício de qualquer equipamento”, ressaltou. Portanto, conforme Lanza, para adquirir um novo equipamento, o ceramista precisa avaliar se realmente é o mais adequado ao processo, se o equipamento é de marca reconhecida no mercado, com assistência técnica ágil e garantia. Para se ter uma planta ajustada de modo que não venha ter perdas no processo, segundo Dias, é preciso que um técnico cerâmico faça uma avaliação. “Ele poderá verificar todos os processos, como produtividade, consumos energéticos e real necessidade das pessoas”. Conforme o engenheiro cerâmico, o ceramista que já atua no mercado precisa ajustar a cerâmica inovando com máquinas e equipamentos automatizados. “Além disso, é necessário rastrear o seu processo produtivo, criando indicadores a fim de identificar quais as condições atuais que são desfavoráveis para poder acertar nas tomadas de decisões quanto à busca de melhorias”, relatou Vagner. “É possível não ter perdas no processo, ou tê-las no mínimo possível e sob controle. Ter uma planta “enxuta” é possível a partir de um bom projeto, por exemplo: de um forno túnel, de um secador, da preparação de massas, das máquinas e equipamentos; estes são pontos vitais onde ocorrem as maiores perdas no processo”, finalizou Lanza.
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GESTÃO
Realidade de mercado Pesquisar seus índices de reclamação e satisfação é um bom termômetro balizador para conhecer a realidade de mercado, conforme o supervisor técnico da Verdés, Virgílio Spina. Outra opção, conforme ele, é prospectar, observar e conhecer as necessidades de seus clientes (potenciais ou não). Uma boa sugestão para ver qual a realidade de mercado para a fábrica, conforme o engenheiro cerâmico Odenir Vagner, é fazer uma pesquisa de mercado local e verificar quais são seus concorrentes e o que eles comercializam, além de investigar
o que o público consumidor mais procura de material cerâmico na região e arredores em que atua. Para Vagner, a empresa precisa adequar a sua realidade às condições que o mercado está exigindo com certa rapidez, pois do contrário ficará defasado e, com isso, perderá competitividade. “É muito importante organizar e otimizar o funcionamento da empresa tanto no sistema de gestão, quanto no sistema de automatização, buscando sempre a excelência naquilo que se faz”. Para o técnico em cerâmica, Sérgio Augusto Lanza, é planejar as ações, projetar e agir.
Transporte Quanto ao transporte, segundo o técnico em processos cerâmicos Emerson Dias, o ceramista deve focar suas ações em produzir seu produto com o melhor índice de qualidade possível (dentro dos requisitos normativos), focando 100% de suas ações em garantir isso, cabendo o transporte a outra empresa especialista. “Temos que buscar a especialização de nossas plantas e de nossas operações e atender bem o cliente passa por fornecer um produto adequado
ao uso (um dos preceitos da qualidade)”, relatou. Para o engenheiro cerâmico Odenir Vagner, essa questão de logística de transporte é muito relativa para cada situação de cerâmica e, inclusive, varia de acordo com o porte da empresa. “Se tem condições de ter uma frota nova ou seminova e utiliza constantemente, ou seja, possui um alto valor produtivo, em geral, compensa mais ter o seu próprio transporte”.
Boas práticas garantem economia “Evitar cópias (visitar outras realidades é importante, mas não certeza de sucesso), elaborar o planejamento estratégico, implementar seus sistema de gestão da qualidade apoiado no controle de processo, treinar mão de obra, conhecer seus custos e buscar o lucro”. Estas são algumas boas práticas para garantir economia dentro da cerâmica, segundo o técnico
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em processos cerâmicos Emerson Dias. Outras práticas, segundo o engenheiro cerâmico Odenir Vagner, também ajudam a garantir economia para a cerâmica em geral. Entre estas, Vagner destacou treinamento de pessoas, sustentabilidade, qualidade, volume produtivo, acompanhamento e rastreabilidade do processo, indicadores produtivos e financeiros e ações de melhorias tomadas a partir da leitura desses indicadores.
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GESTÃO
Organização do parque fabril
Para organização de seu parque fabril, primeiramente, segundo o supervisor técnico da Verdés, o ceramista precisa contar com a colaboração de um técnico por um determinado tempo, elaborando um diagnóstico profundo das necessidades e oportunidades. “Ele terá condições de treinar todos os operários para executar as tarefas de forma a ter o
melhor rendimento possível e indicar necessidades de adequação de processos”, relatou. Entre os benefícios que um parque fabril organizado proporciona às empresas do setor, estão otimização da operações e processos, redução de perdas, aumento do bem estar dos colaboradores, redução de acidentes e o lucro. Um parque fabril organizado, segundo Odenir Vagner, garante além de uma boa aparência, maior segurança aos trabalhadores e facilita as atividades cotidianas. Já uma empresa desorganizada tem sérios prejuízos, conforme Dias. “Entre os danos cito perdas, aumento do número de acidentes, baixa eficiência nos processos e redução da qualidade do produto e aumento do custo de energia, baixa motivação dos colaboradores e excesso de atritos entre eles (estes são apenas algumas das perdas a que relaciono a uma empresa desorganizada)”, informou.
FNQ - Modelo de uma gestão organizacional integrada
Gestão organizacional do parque fabril
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A gestão organizacional deve ser aquela que conduza projetos que viabilizam o alinhamento dos processos operacionais aos objetivos estratégicos da alta direção por meio do comprometimento dos gestores assegurando o lucro e alto desempenho da empresa, segundo Emerson Dias. “Esta filosofia administrativa que visa planejar, organizar, implementar, avaliar e controlar a performance conjuntural de uma organização empresarial, buscando a eficiência dos proces-
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sos, a eficácia das ações, o aumento da produtividade e o desempenho qualitativo dos serviços e das atividades afins, e por fim, mas, não por último, a qualidade de vida no ambiente empresarial”, relatou. Conforme o supervisor técnico da Verdés, Virgílio Spina, a gestão investe na melhoria do clima organizacional, no aprimoramento dos recursos técnico-operacionais, na maximização dos resultados, na profissionalização e qualificação da mão de obra e na real rentabilidade econômica do negócio. “A gestão desenvolve competências gerenciais, cria auditorias internas para checar a qualidade dos processos, promove sinergias departamentais, elabora políticas internas, normas e diretrizes, documenta todas as atividades, informatiza as operações. Planeja a estrutura organizacional”, informou.
Para quem quer instalar uma nova cerâmica e não sabe como começar, o técnico em processos cerâmicos da Verdés dá a dica. Em primeiro lugar, conforme ele, é preciso ter argila de qualidade e em quantidade – no mínimo, por 20 a 30 anos –; avaliar o mercado, se é comprador do produto a fabricar; realizar ensaios de sondagens e caracterização da jazida é fundamental para se definir o produto a ser fabricado. Logo após, é preciso pensar na legalização das áreas e iniciar a busca pelas licenças. "Depois destas etapas, podemos considerar o empresário apto a passar para as próximas fases do processo de instituição de uma empresa (é hora de definir equipamentos, capacidade de produção, processos e habilitação de pessoal)”, contou. Para quem pretende instalar uma cerâmica, segundo o engenheiro cerâmico Odenir Vagner, antes propriamente de começar, deve fazer uma pesquisa de mercado para ver qual o local ideal, tipo de produto, logística do transporte de matérias-primas e de produtos acabados e o preço dos subsídios necessários ao funcionamento da fábrica. “Depois de serem definidas essas etapas, deve-se elaborar uma planta com um
excelente layout, o qual permita gerir da melhor maneira possível a empresa com eficácia dentro daquilo que for previamente estabelecido. Dessa forma, ficará mais fácil acertar nas decisões tomadas e garantir um produto com qualidade e, contrapartida, garantir bons investimentos”. Portanto, segundo o técnico em cerâmica Sérgio Augusto Lanza, o segredo é “planejar, planejar e planejar. Projeto, projeto e repensar o projeto e o planejamento”.
GESTÃO
Instalar uma nova cerâmica
Mal planejamento O mal planejamento do parque fabril gera desperdícios. Entre estes, Spina destaca tempo, energia, produtos (em processo ou acabado) fadiga de colaboradores e dinheiro (por aquisições não adequadas ao processo). Para Vagner, o mal planejamento gera, principalmente, desperdícios energéticos, “pois há
fábricas que não reaproveitam nem o calor da queima dos fornos para os secadores e, quando aproveitam, geralmente ocorre de forma inadequada, perdendo eficiência de atuação por causa de falhas no sistema transporte e migração do calor no percurso (deslocamento) de um equipamento para outro”.
Treinamento Um treinamento é oferecido gratuitamente, em Itu (SP). Neste curso, são abordados controle de processo, normas ABNT e processos de qualificação e certificação, entre outros assuntos. O próximo período de treinamento ocorrerá entre os dias 11 a 14 de novembro deste ano
em período integral. Empresas interessadas em enviar seus colaboradores terão apenas o custo de deslocamento, hospedagem e refeição noturna. Para participar, basta enviar e-mail para: ccamargo@verdes.com.br ou para edias@verdes.com.br. NC
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Fotos: Forza BR
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Encontro Ceramista é realizado em Santa Catarina
Aproximadamente 130 participantes, entre empresários, cônjuges e colaboradores das cerâmicas associadas ao Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção do Vale do Rio Tijucas (Sincervale), participaram do Encontro Ceramista, realizado no dia 30 de agosto, em CaneO Sincervale tem buscado linha, Santa Catarina. diversas maneiras de atualizar “O objetivo do evento foi os ceramistas. Uma delas é por unir os empresários do setor meio da realização do Encontro fazendo-os conversar, analisar Ceramista. Em sua segunda o mercado e discutir novos edição, o ideia principal do métodos de produção e quaevento é a união e a parceria lidade. O evento também foi entre os empresários, com mouma maneira de trazer os partivação na melhoria contínua, ceiros que produzem equipaem busca de um engrandecimentos cerâmicos e divulgar o mento do setor na região. 22
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que produzem aqui no município, para que os nossos associados fiquem sempre bem informados das atualidades”, relatou o presidente do Sincervale, Aloir Alécio Dias. Durante o evento, duas empresas abriram as portas para visitas técnicas. Os participantes do encontro puderam conhecer equipamentos cerâmicos já instalados, como tipos de fornos (forno metálico), empilhadeiras, carrocerias e guindastes, nas cerâmicas Monalisa e Nova Esperança. Conforme o presidente do Sincervale, cada empresário colocou o foco em suas necessidades durante as visitas e “tudo foi muito proveitoso”. Para alguns empresários, o que mais chamou atenção foi a produção da Nova Esperança. A indústria fabrica cerca de 300 mil telhas por mês com apenas nove funcionários, segundo Dias. Já para outros ceramistas a atenção ficou voltada na utilização do forno metálico pela Monalisa. Na empresa, que produz mensalmente cerca de 800 mil peças, “foi verificado que a queima neste forno é perfeita, sem peças requeimadas e nem peças cruas, ou seja, havendo aproveitamento de 100% das peças que foram ao forno”. Além das visitas técnicas, o evento contou com exposição de equipamentos, como empilhadeiras, equipamentos de metalurgia como caixão alimentador, laminador, homogeneizador, guindastes, carrocerias e caminhões e linhas de crédito para financiamento a juros baixos. Outra atração do encontro foi o sorteio Ação Entre Amigos. Os proprietários da Cerâmica Guarani foram os ganhadores do primeiro prêmio. Eles levaram R$ 4 mil em dinheiro. O proprietário da cerâmica Ideal Produtos Cerâmicos foi o segundo contemplado. Ele ganhou R$ 1 mil. O encontro final foi no salão da Igreja Matriz de Canelinha. Para o presidente do Sincervale, o evento supriu expectativas na participação dos empresários. “Durante o evento, tivemos três empresas que demonstraram interesse em participar do PSQ. Também houve aquisição de máquinas”, disse. NC
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Mais de 25 empresas do Pará recebem consultorias Mais de 25 cerâmicas do Pará recebem consultorias. As empresas são de Santarém e região e – a maioria – de pequeno e médio porte que necessitam de desenvolvimento operacional e de produtos a fim de garantir a sustentabilidade. Conforme Emerson Dias, técnico em processos cerâmicos da Verdés, empresa de Itu, São Paulo, as visitas fazem parte do Programa Verdés com Você. “Será um programa de desenvolvimento operacional que partirá de diagnósticos (operacionais, comercial, energético e de conformidade) culminando com o determinado número de horas identificado para a necessidade do setor”, relatou. Os diagnósticos tiveram início no mês de setembro e o programa de desenvolvimento operacional ocorrerá ao longo de todo o próximo ano. “Por meio do diagnóstico, serão apontadas as principais necessidades destas cerâmicas a serem trabalhadas durante o programa. No
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entanto, como na maioria das empresas localizadas em nosso país, a carência por conhecimento em processo de fabricação, a falta de controle de processo e o não conhecimento dos requisitos normativos, bem como o consumo energético visando a implementação do conceito de sustentabilidade passa a ser uma preocupação latente neste projeto”, disse Dias. O objetivo do programa é o desenvolvimento do setor por meio de controle de processo, qualificação de pessoal (será realizado treinamento de noções básicas de fabricação de material cerâmico) e adequação dos produtos à norma visando a qualificação ao PSQ. “Lembrando que tais objetivos poderão se alterar conforme indicação apontada nos diagnósticos”, acrescentou o técnico em processos cerâmicos da Verdés. A meta é apresentar os resultados das consultorias no próximo congresso técnico da Associação Brasileira de Cerâmica (ABC).
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O programa As consultorias nas mais de 25 empresas do Pará fazem parte do programa de melhoria da qualidade e produtividade Verdés com Você. O programa é baseado em visitas técnicas com o objetivo de otimizar o processo de fabricação de materiais, reduzindo tempo e aumentando a rentabilidade das empresas. Além do Pará, empresas do estado do Amazonas, Bahia, Maranhão e do
Como parte dos resultados do programa Verdés com Você, a cerâmica Montemar Indústria e Serviço de Coleta de Resíduo LTDA, empresa do Amazonas, já apresentou resultados positivos e já vem sendo reconhecida como uma indústria diferenciada no estado. A empresa recebe consultoria há quatro meses e no mês agosto foi convidada, pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), a participar da 1ª Feira de Produtos
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e Serviços sobre Resíduos Sólidos do Amazonas. Na ocasião, apresentou durante três dias amostragens de resíduos, como paletes, restos de madeira da construção civil e caroço de açaí, entre outros. A cerâmica, que fabrica aproximadamente 200 mil peças por mês de blocos de vedação e estruturais, utiliza 100% destes resíduos no processo de queima e pretende incorporar o material na composição. Porém, os percentuais ainda não foram definidos, pois o processo ainda passa por período de desenvolvimento. “A Verdés tem auxiliado na melhoria deste processo através de suas consultorias. Bem como também atuando na implantação do sistema de gestão da qualidade e qualificação no PSQ-BC”, disse o técnico em processos cerâmicos da Verdés, Emerson Dias. Segundo ele, a utilização de resíduos para queima em fornos de blocos cerâmicos contribui com a preservação do meio ambiente por meio da redução do impacto ambiental. A feira que a Montemar participou constitui-se em um evento de divulgação e disponibilização de informações, acordos e fortalecimento da Gestão dos Resíduos Sólidos no Estado do Amazonas. O evento ocorreu de 28 a 30 de agosto, no saguão do Ceulm/ Ulbra, das 14 às 21 horas.
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Resultados
Da esquerda para direita: Emerson Dias, da Verdés; Aureo Praiano, diretor da cerâmica Praiano; Sandro Santos, diretor da cerâmica Montemar; Maiara Oliveira, colaboradora da Montemar
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Piauí também aderiram ao programa, que a cada mês vem se consolidando como alternativa de melhoria de qualidade e apoio técnico-científico. No total, são quase 60 empresas que recebem consultorias com o intuito de adequar processos e produtos, bem como implantar programas motivacionais e sistema de gestão da qualidade, entre outros.
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Montemar ganha troféu de prata do Prêmio Qualidade Amazonas A cerâmica Montemar, de Iranduba, no Amazonas, conquistou o troféu prata do Prêmio Qualidade Amazonas, na modalidade Processo – categoria Micro e Pequena Indústria. “A cerâmica apresentou um projeto de melhoria com foco na redução do valor do material usado para queima, que teve um grande impacto ambiental quando demostrado no projeto a troca da lenha usada para queima pelo material descartado pelo Polo Industrial (paletes), contribuindo de forma significativa na preservação da floresta”, disse a coordenadora do Programa Qualidade Amazonas, Erlen Lúcia Oliveira Montefusco. Conforme ela, o projeto da Montemar atendeu a todos os critérios técnicos necessários para participação no prêmio e passou a servir como referencial para as demais cerâmicas da região. A entrega da premiação será em 31 de outubro, em Manaus, no evento denominado Qualishow, que é reconhecido pela sociedade amazonense como o Óscar da qualidade. “Normalmente, o reconhecimento é entregue e feito por autoridades locais e, neste ano,
em homenagens aos 20 anos de premiação, o evento terá uma mega produção e artista do cenário nacional”, relatou Erlen. "Esse prêmio de qualidade para nossa empresa é de grande valia, pois temos como material de queima resíduos do Polo Industrial de Manaus, que tem como base grandes empresas a nível mundial. A nossa empresa, para ser parceira desse grupo seleto, vem trabalhando para estar ao nível delas. Fomos premiados em 2008-2010 e agora em 2013 sempre com o Prêmio Prata em Processos. Isso mostra em nossa região que setor cerâmico não deixa a desejar em nada para outros da indústria, sabendo que somos de grau de risco e ambientalmente elevados na indústria brasileira. O programa da Verdés nesse trabalho também foi de grande importância nas orientações e dicas para a montagem, pois o mesmo dependia de vários dados a serem coletados no processo de queima visto que nosso trabalho era troca de matriz energética com ganhos financeiros na ordem de 56% nesse processo”, relatou o diretor da Montemar, Sandro Santos.
O Prêmio O Prêmio Qualidade Amazonas é uma das ações do Programa Qualidade Amazonas e foi instituído em 1994. O objetivo é premiar as organizações que apresentam
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modelos sistêmicos de gestão e que desenvolvem projetos em prol da Qualidade e da Produtividade, na busca permanente da excelência, além de servir para a projeção, junto à sociedade local e nacional das organizações vencedoras. O prêmio conta com duas modalidades. São elas Processo e Gestão. Dentro destas, existem as categorias, que são os segmentos das organizações. Grande, média, micro e pequena Indústria, serviço/comércio, e governamental para modalidade Processo. E grande, média, micro e pequena organização, administração direta, indireta, educação e saúde para a modalidade Gestão. Segundo Erlen, no total, foram premiados 20 organizações do Estado do Amazonas. NC
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ENTREVISTA
O setor no Pernambuco O estado de Pernambuco sediará de 25 a 28 de outubro o Encontro Nacional de Cerâmica Vermelha, que neste ano chega à sua 42ª edição. Conheça nesta entrevista com o presidente do Sindicato de Cerâmica de Pernambuco (Sindicer/PE), Otiniel Gerôncio Barbosa, um pouco mais sobre o setor do Pernambuco e as ações que sindicato vem desempenhando em prol da cerâmica vermelha no estado. Revista NovaCer - Pernambuco conta com quantas empresas do setor de cerâmica vermelha? Qual o porte dessas indústrias? Otiniel Gerôncio Barbosa - Cerca de 150 cerâmicas, em sua maioria micro e pequenas empresas. NC - Quantas destas empresas são associadas ao sindicato? OGB - 60 empresas.. NC - As indústrias de cerâmica vermelha geram quantos empregos diretos e indiretos no estado? OGB - 12 mil empregos diretos e 36 mil empregos indiretos. NC - O estado de Pernambuco pode ser considerado um polo cerâmico? Quais as caracterís-
Uma das ações do Sindicer foi um convênio firmado com UFRPE, por meio do Departamento de Tecnologia Rural. Através da parceria, cinco estagiários atuam dando suporte a pesquisas no setor
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ticas deste setor no estado? OGB - Sim. O setor cerâmico no estado de Pernambuco é constituído por um grupo de competitividade (polo) no município de Paudalho, localizado a cerca de 40 quilômetros do Recife – e cidades vizinhas e outro grupo de competitividade em Caruaru – há 130 quilômetros de Recife – e entorno. As demais estão distribuídas pelas demais regiões do Estado. NC - Como as empresas estão quanto automação? OGB - Existem apenas algumas empresas automatizadas. Não mais de dez. NC - Que tipos de produtos são fabricados em Pernambuco? OGB - Blocos estruturais, blocos de vedação, blocos para lajes e telhas. Diversos outros produtos em pequena escala. NC - Existem fabricantes de equipamentos no estado? OGB - Não. NC - Quais as principais ações do Sindicer/PE? OGB - Atualmente o Sindicer/PE atua em algumas frentes, entre elas: Agenda Positiva - O Sindicer/PE firmou convênio com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), através do Departamento de Tecnologia Rural, cujo diretor é o Prof. Romildo Morant. São cinco estagiários que atuam dando suporte a pesquisas no setor. A
ENTREVISTA ideia é também fazer inserção do setor e seus produtos no meio acadêmico, (universidades, escolas, etc), no meio profissional (arquitetos, engenheiros, construtores, etc) e, por fim, fazer-se representar em ocasiões que exijam a presença de um técnico. Mídia – o Sindicer/PE contratou os serviços de empresa de comunicação/imprensa para fazer divulgação do setor e seus produtos nos diversos meios de comunicação. Isso nos têm rendido entrevistas em rádios, publicações em jornais e revistas, além de manter os associados diariamente atualizados com clippings via e-mail. Grupo de trabalho - é um grupo formado por representantes do governo estadual, através da Secretaria de Articulação Social, representantes da Federação das Indústrias no Estado de Pernambuco (Fiepe) e representantes do Sindicer. A ideia é inserir o sindicato no Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social de Pernambuco (CEDES). Esse Grupo tem a responsabilidade de levantar os gargalos e demandas do setor, sistematizá-los e encaminhá-los ao governo para encontrarmos soluções que nos levem à sustentabilidade e à competitividade das empresas cerâmicas pernambucanas frente à inserção de novos produtos e tecnologias na construção civil. Universidades, institutos de pesquisa, associações e
instituições creditícias, entre outras, serão consultadas e participarão da mesa de trabalhos. Base sindical - o sindicato tem envidado esforços, no sentido de consolidar sua liderança representativa, seja mantendo os associados na instituição, seja buscando aumentar a sua base de associados. Nos últimos quatro anos, saímos de 43 associados para 60 associados atualmente. Capacitação - anualmente o sindicato firma convênio com o Sebrae, nosso parceiro, para fins de capacitação de empresários, gestores e colaboradores do setor. Este ano a meta é gestão empresarial, matriz energética, inovação tecnológica e senso do setor no estado. NC - Como é a questão de liberação de licenças em seu estado? OGB - Como em todo o Brasil, a liberação de licenças segue um ritual burocrático cada vez mais insuportável, inadequado a qualquer modelo econômico. O ritual segue desde a demora da liberação das licenças, passando pela falta de unidade nas decisões dos entes fiscalizadores, conflitos de atribuições dos órgãos até exigências despropositadas, são questões relevantes no licenciamento no nosso país. NC - Como vê o futuro do setor de cerâmica vermelha?
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ENTREVISTA
OGB - O desânimo dos empresários é notório em todo território nacional. Com a implantação das novas normas de desempenho, um bom trabalho de representação da Anicer e instituições filiadas junto aos governos estaduais, CEF, construtoras e consumidores em geral, poderemos reverter essa situação. Depois, para a crise econômica brasileira parar ou diminuir seus impactos, também na construção civil. NC - Qual a importância da realização do 42º Encontro Nacional no seu estado? OGB - A importância da realização do 42º encontro Nacional é magna. Pernambuco vive um momento de desenvolvimento econômico sem precedentes na sua história. Em termos de crescimento econômico hoje, o Nordeste está para o Brasil como a China está para o mundo. Aqui faremos bons negócios, trocaremos experiências enriquecedoras e atualizaremos nossos conhecimentos na participação das clínicas e fóruns. É importante que os empresários marquem presença, dando sua contribuição para o fortalecimento do setor no país.
"Há muita coisa que o setor precisa mudar. Uma delas é o individualismo dos empresários"
NC - Qual a expectativa para o encontro? OGB - A expectativa é a melhor possível. Isto porque o evento está sendo esperado ansiosamente. Nele serão fechados bons negócios, é esperado grande número de empresários e visitantes e, por fim, esperamos que todos desfrutem das belezas e do litoral pernambucano e de suas lindas praias. NC - Como esperam receber os participantes? OGB - Esperamos receber a todos calorosamente, de braços abertos como bons pernambucanos. Esperamos propiciar a todos uma boa estada e desejamos que todos levem ótimas lembranças. NC - Há quanto tempo existe o Sindicer/PE? Há
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quanto tempo está na presidência do Sindicato? OGB - O Sindicer/PE existe há 40 anos. Estou na presidência há quatro anos. NC -Qual município registra maior número de cerâmicas? Quantas? OGB - O Município de Paudalho. Existem 26 unidades fabris. NC - Qual a produção mensal das indústrias de cerâmica vermelha no estado de Pernambuco? OGB - Não dispomos de dados seguros da produção no estado de Pernambuco. NC - O que tem a dizer sobre o trabalho desenvolvido pela Anicer? OGB - O trabalho que vem sendo desenvolvido pela Anicer é bom. Contudo, tenho a considerar a necessidade dela se aproximar mais efetivamente de seus associados, principalmente os das regiões Norte e Nordeste. A situação difícil pela qual passa o setor em todo país exige uma ação mais consistente e sistemática junto aos associados. Digo isso não só para a Anicer, mas para toda e qualquer instituição representativa do setor produtivo. NC - O que o senhor gostaria de implantar no sindicato e ainda não conseguiu? OGB - O que mais gostaria de implantar no sindicato é a visão associativa nos empresários. Isso é um desafio de maior envergadura, considerando que o Nordeste não tem, historicamente, vocação para o associativismo. Sendo uma questão cultural, entendo que deve levar um tempo considerável para essa assimilação. NC - Como é o processo de extração de argila no estado? É cooperativado? OGB - O processo de extração de argila no estado de Pernambuco não é cooperativado. Poucas empresas possuem sua própria jazida. As demais empresas adquirem sua argila comprando de terceiros. NC - Em sua opinião, qual a maior carência do setor? OGB - No momento é a reconquista do mercado perdido pela implantação de novos produtos (gesso, cimento) e novas tecnologias, além
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ENTREVISTA
do controle da saturação pela superprodução de empresas que duplicaram e até triplicaram suas produções e pelo surgimento de novas empresas de forma indiscriminada. NC - Quais os desafios do Sindicer/PE para os próximos anos? OGB - Concluir os trabalhos do grupo de trabalho, que envolve o Governo do Estado e diversas entidades parceiras. Em seguida, encaminhar um documento final ao Governador do Estado, Eduardo Campos, e cobrar respostas. Outro desafio é aumentar a base de associados para aumento de sua representatividade. NC - Quais os desafios do setor cerâmico no Pernambuco? OGB - A retomada do mercado perdido para outros produtos correlatos; investimento em novas tecnologias de processo e gestão empresarial; implantação de nova(s) matriz(es) energética(s), utilizando energia renovável, limpa e economicamente viável; certificação dos produtos cerâmicos; exigir do governo e CEF a priorização dos produtos cerâmicos no programa estruturador e desenvolvimentista do estado. NC - Como está o setor quanto às questões ambientais? OGB - Como todo setor “potencialmente poluídor,” o setor cerâmico é refém das leis ambientais, da ausência de critérios quanto à
fiscalização, da criação de leis de forma indiscriminada, tornando qualquer setor inapto para cumprimento das mesmas. Finalmente, o setor é refém da falta de efetivo dos órgãos para atender as demandas quanto ao licenciamento, da burocracia que faz emperrar o mercado e do tratamento hostil, por parte dos órgãos licenciadores. NC - Qual a principal matriz energética dos fabricantes de cerâmica vermelha? OGB - A principal matriz energética é a madeira certificada: renovável, limpa e economicamente viável. NC -Qual a maior dificuldade do setor hoje no estado de Pernambuco? OGB - Novamente, é a retomada do mercado e o resgate do valor dos produtos de tal forma que consiga cobrir custos e tornar o setor competitivo. NC - O que o setor ainda precisa superar? EP - Há muita coisa que o setor precisa superar. Algumas delas são o individualismo dos empresários, a ausência de visão associativa, a prática de vendas não predatórias e não competitivas, a ausência de APL´s. NC - De que forma o Governo tem auxiliado do setor de Pernambuco? OGB - Durante aproximadamente dez anos, buscamos apoio junto ao Governo do Estado. Nos últimos anos, o governo estadual tem sinalizado alguma ajuda, materializada na criação do Grupo de Trabalho. Essa foi a forma encontrada para diagnosticar as carências e apontar soluções para o setor. Esperamos que nosso trabalho não seja em vão. NC - O que pode ser feito com os produtos concorrentes da cerâmica vermelha? OGB - Esperamos que, com a validação e exigência das novas normas de desempenho, com atuação forte e conjunta da Anicer e sindicatos em todo território nacional, haja uma retração na utilização dos produtos concorrentes. NC - Quem são os parceiros do Sindicer/PE? OGB - Sebrae, Fiepe, UFRPE. NC
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Empresa de São Paulo lança carimbo antiaderente O material do carimbo é autolubrificante e, portanto, não adere no barro
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Um carimbo com material antiaderente foi lançado recentemente pela CS Carimbos, empresa de Leme (SP). De acordo com o gerente comercial da empresa, Ítalo Soriani, o material é autolubrificante e, portanto, não adere material. “O diferencial é o material do Carimbo, pois não adere no barro. Outra vantagem é que ele não precisa ser limpo nunca, você pode trabalhar um ano com ele sem nunca, digo nunca mesmo, precisar limpar. Sua produção não para e a marcação fica sempre muito boa”, relatou Soriani. Entre os benefícios do carimbo, uma das inovações da CS Carimbos para cerâmicas que fabricam tijolos, blocos, canaletas, elementos vazados e outros que necessitam de carimbo na saída da maromba, Soriani destaca a agilidade na produção. “O opera-
que são mais de 40 itens”, relatou. Segundo ele, a empresa conheceu o carimbo em uma feira do setor. “Meu pai costuma sempre buscar inovações em feiras do setor, e foi numa dessas que ele conheceu o carimbo. Como está sempre em busca de inovações para a empresa, ele comprou este carimbo para testar em nossa cerâmica, e deu certo”, contou.
A Candelária é uma das empresas que usa o carimbo. Segundo o propriatário, Jacson Lange, o equipamento tem durabilidade, boa marcação e a argila não gruda
TECNOLOGIA
dor da maromba não precisará se preocupar mais com o carimbo, dispensando toda sua atenção para o bom funcionamento da produção e também não será necessário parar a maromba para limpar o carimbo. E como não segura o barro o resultado será sempre uma ótima marcação no produto final”, explicou. “Estamos atrás de um material assim há muito tempo. A CS Carimbo investe em tecnologia há 20 anos e há cinco anos iniciamos esta busca, testamos todos os tipos de materiais do mercado e, finalmente, conseguimos encontrar um que suprisse todas as necessidades do ceramista. Portanto, foi a CS Carimbos quem desenvolveu o produto”, contou Soriani. Para adquirir um destes, o investimento é de R$ 160 para uma linha com “nome da cerâmica, telefone e medida”, porém “é possível desenvolver projetos específicos para cada necessidade, neste caso o investimento dependerá de consulta”, conforme Soriani. Atualmente, cerca de dez empresas usam este carimbo. Entre estas estão as cerâmicas Candelária (RS), Nossa Senhora Aparecida (GO), Belém (RO), Associação Terra Brasil (SP) e Pasquali (PR). Para o gerente de produção da Belém, Elso Soares Rodrigues, este carimbo é bem melhor do que o que era utilizado antes na cerâmica. “Além de ser mais durável, é de fácil manuseio, pois eu só troco algumas peças com uma chave e uso o carimbo para todas as peças que fabricamos aqui na cerâmica,
Custo-benefício - Não é necessário um funcionário para cuidar do carimbo. - A marcação da marca da cerâmica ficará melhor no produto final. - Não será preciso parar a produção por causa do carimbo. - O investimento é baixo comparado ao mesmo produto em bronze, que se desgasta de tanto limpar com escova de aço. NC
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D E S E N VO LV I M E N T O 40
Scrubber evita partículas sólidas na bomba de vácuo Separador de impurezas reduz perdas e traz melhoria no desempenho da bomba de vácuo Com o objetivo de reter as partículas sólidas, um separador de impurezas tipo “Scrubber”, no caso da indústria cerâmica, foi criado por uma empresa de Piracicaba, no Estado de São Paulo. De acordo com o diretor técnico da HVC Bombas, Afonso
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Franklin, o intuito do equipamento é reter todas partículas sólidas, barro, evitando que estes materiais “estranhos” ao sistema de vácuo venham recircular dentro da bomba de vácuo. Franklin relatou que, com a redução da presença deste material inconveniente, traz economia com manutenção e melhoria no desempenho da bomba de vácuo, redução das perdas de peças (blocos, telhas, lajotas, blocos estruturais) produzidas, redução com custo da mão de obra desperdiçada e o aproveitamento melhor energia elétrica consumida pela bomba, pela Maromba e por equipamentos agregados acionados com motores elétricos. “O equipamento funciona de maneira simples e que não requer especialidade do operador, conforme Franklin. O arraste natural de particulado sólido vindo da maromba para a bomba de vácuo é interceptado no separador ao ser retido no meio líquido (água) com 40 litros aproximadamente e que fica na parte inferior do separador “scrubber” e não tem como este particular passar para a bomba de vácuo. “Muito fácil o manuseio, de tal forma que o marombeiro (operador da maromba) fica satisfeito com o resultado, a praticidade e a limpeza no final da produção, já que a manobra operacional é só o manuseio de duas válvulas para a drenagem do particulado retido e limpeza do separador”, explicou. Atualmente, cerca de 20 cerâmicas usam o equipamento. De acordo com o diretor técnico da HVC Bombas, a ideia de criar o equipamento surgiu e já estava há muito tempo para ser implantada no setor da cerâmica. “Visitamos rotineiramente empresas do setor e detectamos os problemas técnicos que os proprietários enfrentam com a grande contaminação com material sólido na água e no ambiente da produção. Pensando nisso foi que criamos o equipamento”, contou Franklin. NC
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Proposta metodológica de seleção de matérias-primas para compor massas: aplicação à cerâmica vermelha Trabalho apresentado no 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado de 3 a 6 de junho de 2012, Curitiba, no Paraná
Introdução Resumo Foram estudadas matérias-primas utilizadas em uma fábrica de blocos estruturais, localizada no município de Cesário Lange (SP) e que extrai matéria-prima de diversas fontes da região para compor a massa. As misturas foram preparadas a partir de pós moídos a seco com base em dados relacionados à plasticidade das matérias-primas obtidos com o aparelho de Vicat-Cone. O estudo visa obter valores semelhantes de absorção de água dos corpos de prova queimados a 900°C, para todas as composições. Para quantificar a proporção de cada argila nos gráficos de consistência, foi utilizada a Regra de Lever. Os resultados nessa temperatura de queima, onde a sinterização se dá principalmente por difusão ao estado sólido, diversas composições do mesmo conjunto de quatro matérias-primas resultaram em valores muito próximos.
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Maria Margarita Torres Moreno1, Rogers Raphael da Rocha1 e Antenor Zanardo1 DPM-IGCE-UNESP, Bela Vista, Rio Claro-SP
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Os produtos denominados no Brasil de cerâmica vermelha ou cerâmica estrutural são aqueles usados na construção civil, a maioria com alto teor de ferro. É um conjunto de processos pelos quais a matéria-prima devidamente preparada é submetida à laminação ou à prensagem, à secagem e à queima, normalmente, a temperaturas entre 850 e 950°C, para obtenção de produtos do tipo tijolos, blocos cerâmicos, telhas, tubos, lajes para piso, elementos vazados, vasos, potes, moringas, urnas e utensílios domésticos de mesa, entre outros. A maioria dos produtos de cerâmica verme-
Figura 1 - Mina Moinho à esquerda e detalhe de nível intermediário da mina “cascalho” à direita
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ARTIGO TÉCNICO
Figura 2 - distribuição granulométrica de moagem das amostras de minas fonte de matéria-prima da cerâmica City, em Cesário Lange (SP)
Figura 3 - Gráficos de difração de raios X (amostra total) para as amostras utilizadas na preparação de massas para cerâmica vermelha. Legenda: Cl=clorita; Sm= esmectita; I= Illita; K= caulinita; Q= quartzo; F= feldspato de potássio *-material da base da mina “cascalho” usado para “corrigir” a massa
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lha apresenta alta porosidade aberta, podendo desenvolver ou não uma fase vítrea durante a queima, devido à baixa temperatura de queima. Mesmo assim, devem ter boa resistência mecânica de acordo com os respectivos usos. Os principais elementos responsáveis pela sinterização nestas matérias-primas estão contidos nas estruturas das argilas illíticas e esmectíticas ou adsorvidas nas caulinitas (tais como complexos ferruginosos e íons de sais solúveis), sofrendo transformações químicas durante os longos períodos de queima. Neste trabalho, foram estudadas matérias-primas utilizadas em uma fábrica de blocos estruturais, localizada no município de Cesário Lange (SP) e que extrai matéria-prima de diversas fontes para incluir na composição da massa (figura 1). A temperatura de queima foi de 900°C, valor que está dentro da faixa de uso para o produto. A seleção e quantificação das matérias-primas para compor as massas foi realizada a partir de gráficos de deformação de massas preparadas com diferentes porcentagens de água utilizando o aparelho de Vicat-Cone(1), conforme Vaillant(2). Foi determinada a distribuição granulométrica de moagem (figura 2) para relacionar o comportamento de queima apresentado com o empacotamento adquirido durante a confecção dos corpos de prova. Outro fator importante nesse aspecto é a mineralogia dos materiais componentes da massa, mostrada na figura 3, na ordem base-topo. Os gráficos mostram variações, principalmente quanto à proporção dos mesmos, sendo que em todos os casos se observa a presença de argilominerais interestratificados, cujo conteúdo é diferenciado em cada caso. Estes ocorrem devido à evolução da alteração que age sobre os diferentes minerais constituintes afetando as estruturas cristalinas. Todas as amostras são illíticas (I) e contém caulinita (K) com diferentes graus de cristalinidade. Nas amostras do topo, os picos de feldspato (F) são pequenos ou não aparecem devido à exposição mais intensa aos agentes intempéricos. A altura dos picos de quartzo dá ideia de sua concentração relativa nas amostras, aparentemente menor nas da Mina Cascalho, inclusive naquela coletada na base e usada neste trabalho na preparação de massas (M4 e M5) (figura 3-outro). Este material tem características para fabricação de argila expandida(3).
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Caracterização cerâmica
Figura 4 - Corpos de prova queimados a 900°C e 1100°C
As argilas foram caracterizadas quanto às propriedades cerâmicas, individualmente e em formulações de quatro componentes, queimadas a 900°C, dado seu uso atual em cerâmica estrutural e a 1100°C para fins comparativos Em geral, para obtenção de produtos de cerâmica estrutural, as argilas usadas encontram-se num estado de alteração intempérica superior aos usados na indústria de placas cerâmicas obtidas por moagem a seco. Estas desagregam mais facilmente gerando partículas finas que conferem plasticidade às massas, por outra parte são mais refratários devido à perda de elementos fundentes durante as reações de hidrólise de silicatos, gerando minerais tais como os da família da caulinita.
Figura 5 - Retração linear (%) de secagem e queima (900°C e 1100°C)
Figura 6 - Absorção de água (esquerda) e Resistência à Flexão (direita) dos corpos de prova queimados nas duas temperaturas
Na figura 4, são mostrados os corpos de prova das matérias-primas queimados nas duas temperaturas (900°C e 1100°C) onde se observam as diferenças de coloração e de retração sofridas em ambas. A retração linear de secagem e queima, absorção de água e Módulo de resistência são mostradas quantitativamente nas figuras 5 e 6. Destaca-se nos gráficos a amostra Mo_C apresentando maior retração e resistência mecânica em ambas temperaturas, enquanto que a absorção de água diminuiu significativamente a 1100°C (Bartolomeu, 2011). Esta amostra tem uma distribuição granulométrica diferenciada dentro de um intervalo maior de tamanhos, mais alterada que a MoA como mostram os gráficos de difração (figura 3), onde praticamente todos os feldspatos foram transformados por reações de hidrólise. O pico 7Å da caulinita (K) mostra menor cristalinidade e os minerais de 14Å (Sm) estão melhor definidos, possivelmente correspondem a minerais expansivos.
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Massas preparadas com as amostras de argila Os gráficos de consistência são apresentados na figura 8 e mostram o comportamento diferenciado das amostras durante a interação com a água. As amostras MP e Argilar_M aparentemente têm comportamento semelhante, entretanto a distribuição granulométrica não é, pois MP contém mais finos (figura 2 ), isto é causado pela proporção dos minerais em cada amostra como pode ser observado na figura 8: A Arg_M contém maior quantidade de feldspatos de potássio e illitas, os primeiros naturalmente se apresentam dentro de uma faixa granulométrica mais grossa e os segundos não possuem a granulometria mais fina dentre os argilominerais, dimensões que podem chegar até aproximadamente 10µm, por outro lado os feldspatos, além de seu tamanho maior, só absorvem água na superfície. Pela mesma razão, a amostra MoB mostra maior tendência à saturação com água (maior
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inclinação da reta), trata-se de uma argila com maior teor de feldspatos, maior teor de grãos grossos e cerca de 60% de fração areia.
Figura 7 - Gráficos de consistência das matériasprimas utilizados na preparação de massas para cerâmica vermelha
Figura 8 - Diferenças na mineralogia das amostras Arg_M e MP que apresentam gráficos de consistência quase coincidentes e mineralogia e distribuição granulométrica diferente. Legenda: I=illita; K= caulinita; Q=quartzo; K-f=feldspato de potássio
Ensaios cerâmicos foram realizados nas matérias-primas argilosas (tabela 1), onde se observa que a amostra MP (massa da fábrica) apresenta o menor valor de absorção de água. Esta amostra já processada na fábrica foi moída novamente, da mesma forma que as outras amostras causando alteração da distribuição granulométrica para valores mais finos, o que resultou em maior número de contatos intergranulares e densificação durante a sinterização. Com base nos gráficos de consistência e utilizando a Regra de Lever(4), foram calculadas diversas combinações de argilas tendo como referência a massa da fábrica (MP). Um exemplo de cálculos é esquematizado na figura 10, onde os passos assinalados de 1 a 3 na figura 9 representam as combinações realizadas.
Figura 9 – Sequência de retas relacionadas aos cálculos da massa M1 obtidas combinando as equações experimentais das matérias-primas (MP=massa pronta da fábrica)
Tabela 1- Propriedades cerâmicas das argilas individuais
48
AMOSTRAS
AA_900
AA_1100
CITY A
16,0 0,1
15,41
CITY E
16,0
0,2
14,2
0,3
ARG M
15,2
0,1
12,3
0,1
0,18 0,05
ARG T
17,3
0,6
14,1
0,3
MO A
16,8
0,2
14,3
0,1
MO B
15,9
0,1
12,5
0,2
MO C
18,0
0,2
7,5
0,3
MP
14,6
0,2
9,3
0,5
0,1
RLS (100)
RLQ900
RLQ1100
0,21 0,03
0,15 0,04
0,98 0,02
0,11 0,01
0,14 0,04
1,25 0,03
0,57 0,02
1,89 0,06
-0,12 0,03
0,26 0,03
1,92 0,04
0,29 0,06
0,46 0,05
2,68 0,05
0,40 0,01
0,31 0,02
2,35 0,01
0,38 0,05
1,29 0,06
6,50 0,03
0,47 0,01
0,53 0,03
3,42 0,02
NovaCer • Ano 4 • Outubro • Edição 42
Figura 10 - Exemplo de cálculo de massas (M1) aplicando a regra da alavanca (Lever) traçando uma paralela ao eixo X na penetração(eixo y) 2,5mm
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ARTIGO TÉCNICO
Mina
M1
M2_A
M2_B
M3
M4
M5
CITY A
37,1
23,3
13,0
----
22
43,5
CITY E
----
23,3
13,0
13,9
25
----
ARG T
22,3
----
----
17,6
38
----
ARG M
10,7
23,3
30,5
31,6
----
25,5
Mo C
29,9
30
43,5
36,9
----
18
Cas
----
----
----
----
15
13
Tabela 2 - Composição de massas com argilas de Cesário Lange
Tabela 3 - Módulo de Ruptura à Flexão, absorção de água (AA) e porosidade aparente (PA) das massas e da massa da fábrica (MP) AMOSTRAS
MRF(MPa)
AA(%)
P.A(%)
M1
80 7
17.22
0.09
37.7
0.1
M2 – A
76
17.05 0.07
37.4
0.1
M2 – B
90 9
17.56
0.17
31.4
0.1
M3
92
4
17.12
0.06
32.0
0.2
M4
60 9
16.2
0.2
30.3
0.3
M5
98 7
16.3
0.3
30.4 0.5
14.6
0.2
27.0
121
MP
5
15
1
Figura 11 Módulo de ruptura à flexão (MPa) e absorção de água (%) das massas preparadas
Tabela 4 - Absorção de água de massas e valores esperados a partir da absorção de água das amostras componentes das massas
50
M1
M2_A
M2_B
M3
média
AAexperimental
17,2
17,1
17,6
17,1
16,9 0,7
AAcalculada
16,8
16,4
16,6
16,3
16,5 0,3
Diferença
0,4
0,7
1,0
0,8
0,7 0,3
NovaCer • Ano 4 • Outubro • Edição 42
A tabela 2 mostra as composições ensaiadas e a tabela 3 e figura 11 os resultados cerâmicos obtidos para estas composições. Estes valores são muito próximos entre si, principalmente a absorção de água. Conforme comentado acima, a massa da fábrica (MP) apresenta melhor sinterização a 900°C. Uma das propriedades cerâmicas indicativas da qualidade dos produtos é a absorção de água que, como mostra o gráfico da figura 11, é muito parecida para todas as formulações preparadas, com valor médio de (16,9_+0,7)%). Os menores valores para M4 e M5 foram causados pela introdução de uma amostra de argila coletada na base da mina denominada Cascalho. Esta tem uma distribuição granulométrica parecida com MP (figura 2) mostrando a importância da distribuição granulométrica no processamento das argilas inclusive para cerâmica estrutural. Dentre as misturas, a M4 foi a que mostrou menor resistência mecânica (MRF), causada por um excesso de grãos grossos fornecidos pelas amostras City A e City E (figura 2), mesmo assim está dentro dos valores requeridos para blocos cerâmicos. Vale ressaltar que o desvio padrão da MRF é alto devido a que o equipamento utilizado não é muito preciso (tabela 3). Neste sentido, a absorção de água é mais confiável para fins de comparação. Com base nas proporções das matérias-primas de cada formulação de massa (tabela 2) e os respectivos valores de absorção de água (tabela 2) calculou-se a AA aproximada para quatro das massas testadas e queimadas a 900°C (tabela 4). Os resultados ficaram abaixo dos que seriam esperados com base na AA dos materiais componentes das massas evidenciando uma variação nas interações intergranulares causadas principalmente por mudanças na distribuição granulométrica e empacotamento das partículas nas composições, note-se que o valor médio é de 16,5 _+0,3. Para melhorar este valor sem aumentar a temperatura, seria necessário a introdução de material mais fino para reduzir a porosidade inicial, como foi mostrado nas composições M4 e M5 (figura 11).
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ARTIGO TÉCNICO
Conclusões A combinação de matérias-primas estudadas com base nos gráficos de consistência se mostrou eficiente, gerando produtos com características semelhantes. O fato de os valores de absorção de água e propriedades relacionadas serem inferiores à massa da fábrica se deve a que esta foi coletada úmida (já granulada) sendo moída da mesma forma que as matérias-primas coletadas ficando com uma distribuição granulométrica diferente da original (mais fina) gerando maior número de pontos de contato intergranulares que melhoraram a sinterização. De qualquer forma, o processo na fábrica não é o mesmo do laboratório e os resultados poderiam ser diferentes, mesmo combinando as matérias-primas nas proporções utilizadas na fábrica. O que se observa nos ensaios e análise é o comportamento relativo entre as amostras. Em função das matérias-primas disponíveis é possível formular massas com a aplicação de relações argila-água e o aparelho de Vicat-Cone mostrou-se eficiente, inclusive melhor que o cálculo baseado na absorção de água dos materiais componentes da massa, principalmente por sua praticidade. No caso de a distribuição granulométrica
não ser adequada quando se processam as matéria-primas pelos caminhos tradicionais, o ensaio pode indicar caminhos alternativos de tratamento da matéria-prima ou orientar a troca de componentes. A caracterização das matérias-primas cerâmicas é muito importante para o aproveitamento adequado das argilas, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente como econômicos, pelo fato que diferentes composições podem levar a resultados semelhantes, desde que se tenha um conhecimento dos materiais utilizados. Estes, quando combinados apropriadamente, proporcionam as características adequadas a um determinado produto. Ao mesmo tempo, o desperdício de matéria-prima e produto acabado podem contribuir na melhoria da eficiência da lavra e da fábrica. A baixas temperaturas de queima (900°C), as variações são pequenas devido a que os mecanismos de sinterização normalmente não envolvem a geração de uma fase líquida, desta forma, os procedimentos testados constituem excelente ferramenta de controle de matérias-primas e consequentemente de produtos.
Referências (1)MORENO, M. M. T., ROCHA, R. R. , CHRISTOFOLETTI, S. R., GODOY, L.H., ROVERI, C. Uso do Aparelho de Vicat para classificar argilas de acordo com a granulometria de moagem In: 54 Congresso Brasileiro de Cerâmica, Foz do Iguaçu - PR., São Paulo - SP: Associação Brasileira de Cerâmica - ABC, 2010. p.36 - 48 (2)VAILLANT, J.M.M., Cone de Penetração Adaptado para Determinação da Plasticidade das Argilas, 52° Congresso Brasileiro de Cerâmica, Florianópolis, SC, 2008 (3) MORENO, M.M.T., ZANARDO, A., ROCHA, R.R. e ROVERI, C.D. Matéria prima da Formação Corumbataí na região do Pólo Cerâmico de Santa Gertrudes (SP) com características naturais para fabricação de argila expandida, In: Anais do 53 Congresso Brasileiro de Cerâmica, Guarujá (SP) 2009, p.1-10 (4)BRICK, R.M., GORDON, R.B. & PHILIPS,A. Structure and properties of alloys, McGraw-Hill, New York, 1965, 503p NC
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NovaCer • Ano 4 • Outubro • Edição 42
TECNOLOGIA
Cerâmica de Altamira é a primeira do Pará a adquirir forno Móvel Com o novo forno, a empresa passou a produzir mais de 1,2 milhão de peças por mês
Com o objetivo de melhorar a fabricação dos materiais cerâmicos, a cerâmica Santa Clara, de Altamira, Oeste do Pará, inaugurou em julho deste ano, o primeiro forno móvel do Estado. A mudança de forno resultou em aumento da produção à fábrica que, antes, pro-
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NovaCer • Ano 4 • Outubro • Edição 42
duzia 740 mil peças por mês e agora fabrica mais de 1,2 milhão de peças mensalmente. A capacidade de queima do novo forno é de 95,5 mil peças por vez. Segundo o gerente geral da empresa, Alam Kesley Campelo, o forno ainda reduz a poluição ambiental e diminui a mão de obra pesada. Para a empresa, conforme Campelo, a aquisição de um forno moderno como este, sendo a primeira a adquirir forno deste modelo no estado, significa desempenho e motivação para o crescimento produtivo interno e externo da cerâmica. O forno funciona com queima de pó e é todo revestido por uma lã de vidro importada da China com capacidade de suportar temperatura máxima de 2.000ºC, muito além do necessário do que a cerâmica vermelha necessita para atingir seu ponto ideal de queima, que são 950ºC. O tempo de queima é de
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50 horas. Antes da aquisição desta tecnologia trazida do estado de São Paulo, a empresa usava forno do tipo Paulista. O tempo de queima do antigo era de 96 horas, queimando 28 mil peças por vez. Além do forno móvel, a empresa, que produz tijolos seis e oito furos, tijolos para lajes pré-moldadas e tijolos refratários para churrasqueira, precisou instalar um sistema de secador. O investimento total nas tecnologias foi de aproximadamente R$ 1,2 milhão. Para Campelo, o investimento valeu a pena. “Os resultados estão sendo satisfatórios, pois houve um aumento na produção e redução nos custos. Tivemos redução de até 30% no consumo de
material, redução de 65% nas horas de queima e melhorias das condições de trabalho”, relatou o gerente geral da cerâmica Santa Clara, Alam Kesley Campelo. Outra vantagem para a cerâmica é que a tecnologia está completamente em conformidade com as NR’S 14 e 15 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Dessa forma, os funcionários não ficarão mais expostos a temperaturas elevadas e à poeira da biomassa (pó de serra) utilizada no processo de queima, pois a alimentação do forno é totalmente automatizada. Com informações do RG 15/O Impacto.
Evolução O setor da cerâmica vermelha tem buscando atender, de forma crescente, as necessidades do mercado consumidor e elevar o padrão técnico de produção. Também tem trabalhado para o crescimento do mercado e a adequação à realidade econômica dos indicadores requeridos pelo setor da construção civil. Este cenário de modernização das indústrias produtoras da cerâmica vermelha
vem promovendo ações em nível nacional para controle da qualidade e padronização dos produtos. Assim, torna-se imprescindível implantar iniciativas tecnológicas inovadoras nos processos produtivos e dar apoio às carências técnicas para tornar o mercado mais competitivo. Fonte: RG 15/O Impacto
Benefícios do forno móvel - Baixo custo de manutenção - Possibilidade de mecanização para carregamento - Economia de Combustível - Revestimento em manta térmica de 6” de espessura - Praticidade e rapidez no carregamento - Processo de queima pode ser realizado com lenha (manual) ou biomassa (automatizada) através de esteiras e máquinas dosadoras. NC
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