Entrevista com o presidente do Sindoac, Aristides Formighieri Júnior
Ano 5
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Outubro/2014
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Edição 54
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Norma de desempenho Um marco no setor da construção civil brasileira
Ceramistas de SP investem em madeira de eucalipto
Programa atenderá cerâmicas do RJ
Setor de Morro da Fumaça em SC terá Centro Cerâmico
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SUMÁRIO
DESENVOLVIMENTO 16: Por mais qualidade e competitividade no setor
EDITORIAL
DESENVOLVIMENTO
MEIO AMBIENTE
DESENVOLVIMENTO
12: Carta ao Ceramista
22: Setor de Morro da Fumaça em SC terá Centro Cerâmico
24: Cerâmicas são reconhecidas por compromisso ambiental
26: Programa atenderá cerâmicas do RJ
Diretor Geraldo Salvador Junior
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Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
ENTREVISTA 32: O setor no Acre
SUMÁRIO
Outubro 2014 ARTIGO TÉCNICO 38 : O efeito do coração negro nas propriedades físico-mecânicas em corpos de prova de cerâmica vermelha
DESENVOLVIMENTO 30: Portaria 558/2013 passará a ser exigida em novembro
DESENVOLVIMENTO 36: Pesquisa é usada para montar laboratório de cerâmica em SC
DESENVOLVIMENTO 46: Unibave oferece vagas para curso de Engenharia Cerâmica
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EDITORIAL
Carta ao Ceramista Considerada um marco no setor da construção civil, a norma de desempenho foi o tema que ganhou destaque na edição deste mês. Conforme especialistas no assunto, a norma veio para trazer mais qualidade e segurança às obras no Brasil. Em vigor desde julho de 2013, a norma é divida em seis partes e divide responsabilidades entre projetistas, consumidores, construtores e fornecedores de materiais. Conheça também nesta edição o projeto para construção de um centro cerâmico em Morro da Fumaça, em Santa Catarina. A estrutura abrigará a sede do Sindicer/MF, a Coopemi, a Olaria das Artes e o Labcer, além de salas de atendimento e área multiuso para reuniões. Saiba mais sobre o centro cerâmico a partir da página 26. Com o objetivo de baixar os custos na queima de produtos acabados, ceramistas associados à Incoesp se uniram para investir em madeira de eucalipto como fonte de
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energia alternativa para o serviço de queima. Conheça mais sobre o trabalho desenvolvido pela Incoesp em prol destes ceramistas nesta edição. Neste mês, a NovaCer conversou com o presidente do Sindicato das Indústrias de Olarias do Acre (Sindoac), Aristides Formighieri Júnior. Conheça um pouco mais sobre o setor do Acre e as ações que o sindicato vem desempenhando em prol da cerâmica vermelha no estado. Leia ainda nesta edição o artigo técnico intitulado "O efeito do coração negro nas propriedades físico-mecânicas em corpos de prova de cerâmica vermelha". O trabalho foi apresentado no 57o Congresso Brasileiro de Cerâmica, que ocorreu de 19 a 22 de maio de 2013, em Natal, no Rio Grande do Norte. Aproveite a leitura!
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Por mais qualidade e competitividade no setor Norma de desempenho editada pela ABNT traz grandes mudanças para a cadeia da construção
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Considerada um marco para o setor da Construção Civil, a Norma de Desempenho (NBR 15.575) editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) se torna realidade e traz grandes mudanças para a cadeia da construção. Com exigências que deverão ser seguidas desde o projeto arquitetônico até a manutenção das novas edificações, a nova norma que está em vigor desde julho de 2013 dá um passo à frente no que diz respeito à qualidade das obras no Brasil. Ela define critérios mínimos de qualidade e segurança para edificações habitacionais e divide responsabilidades entre projetistas, consumidores, construtores e fornecedores de materiais. “A Norma de Desempenho vem para criar um padrão mínimo de qualidade, de modo a combater a competição predatória pelo menor preço. Vem ainda atuar na valorização do
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setor de construção civil pela maior necessidade de coordenação entre as disciplinas e sistemas, para o atendimento aos requisitos”, relatou o consultor do COGER/PBQP-H/SC, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Paulo Roberto Demarchi Mundt. Conforme ele, ao contrário das normas tradicionais, que prescrevem características dos produtos com base na consagração do uso, as normas de desempenho definem as propriedades necessárias dos diferentes elementos da construção, independente do material constituinte. “A norma estabelece requisitos para os subsistemas: estruturas, pisos, fachadas, paredes internas, coberturas e sistemas hidrosanitários”, explicou. De acordo com a arquiteta e urbanista Simone Verzola, a norma de desempenho entra em vigor com a função de preencher uma lacuna importante na construção civil no Brasil, que é gerar parâmetros que garantam a quali-
dade no funcionamento, ou seja, no comportamento em uso, dos sistemas, elementos e componentes de uma edificação habitacional. “Eu vejo como contribuição mais importante desta norma o aumento da qualidade nos processos da construção civil, da responsabilidade profissional sobre todas as etapas da construção e da responsabilidade do usuário sobre os processos de manutenção”, completou a arquiteta. Para a técnica em edificação, Kesia Alves da Silva, esta norma irá criar um senso maior de responsabilidade, unindo todos os responsáveis pela boa execução e manutenção de um imóvel. “Para a construção civil, é um marco, pois cria parâmetros sobre a vida útil e desempenho de uma construção", disse. Segundo Mundt, é um novo Marco Regulatório para a modernização tecnológica da construção brasileira e melhoria da qualidade das habitações.
Divulgação da norma Apesar de estar em vigor desde julho de 2013, o nível de conhecimento desta norma ainda é muito baixo para a grande maioria do público-alvo da cadeia produtiva, conforme Mundt. Dessa forma, segundo ele, é preciso divulgação e informação para todos os usuários (clientes) das habitações e também para os integrantes da cadeia produtiva da construção civil. “Além de divulgação, é preciso fiscalização, mas acima de tudo consciência do profissional da construção civil e do usuário como agente essencial no processo de manutenção. É preciso que a NBR 15.575 seja encarada com responsabilidade, visto que as normas técnicas no Brasil não são leis, mas têm força obrigatória, sendo assim um dever legal baseado no fato de existirem leis que impõem o atendimento às normas técnicas existentes”, relatou a arquiteta e urbanista Simone Verzola. Para o consultor do Intituto Euvaldo Lodi (IEL), Mateus Bernardino Neto, é necessário sensibilização, capacitação e auditoria em
toda a cadeia produtiva do setor de construção, adequando às normas técnicas junto aos fornecedores, seja de porte pequeno, médio ou grande, aumentando sua competitividade no mercado brasileiro. “É necessário que haja cobrança e fiscalização das
Seminários ajudam a disseminar informações sobre a norma em cidades de Santa Catarina
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Seminários realizados pelo Coger sobre a norma de desempenho
Reunião do Coger sobre a norma
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construtoras e entidades envolvidas para que seja criado a cultura de atendimento de normas técnicas”, contou. Segundo o consultor em pesquisas de materiais para construção civil, Maurice Stambouli, a norma precisa ser divulgada, pois a maioria dos fabricantes e fornecedores de materiais para construção ainda não conhecem esta norma. “Também vejo a necessidade de se criar uma matéria nas universidades de engenharia civil e arquitetura para que futuros projetistas se adequem às necessidades! Trata-se de um trabalho longo e que não se pode impor simplesmente com um decreto”.
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Mesmo pouco conhecida, é importante que todos os setores da construção civil se adequarem às normas de desempenho, já que, segundo Mundt, a norma traz para o mercado agregação de valor e evolução em segurança, conforto e qualidade. “Além disso, é um grande potencial para nortear tecnicamente o mercado e induzir uma melhoria da qualidade das construções”, disse. “Acredito que o desafio maior é a falta de informação, vencido este, será possível estabelecer novos padrões, de maior qualidade e confiabilidade na construção civil. Há que se efetivar uma rede de informação e de responsabilidades, que pode ser vista já acontecendo por iniciativa de órgãos como a Fiesc, por meio do Comitê gerenciador do PBQP-H (Coger), que tem organizado seminários sobre a norma de desempenho em cidades estratégicas em todo estado de SC, e já se prepara para abordar instituições de ensino superior e técnico, a fim de disseminar a informação”, contou Simone. O Comitê Gerenciador do PBQP-H (Coger) vem atuando na divulgação da norma em todo o estado de Santa Catarina, focando nos setores envolvidos, levando informação, orientação e buscando identificar quais as reais expectativas e necessidades para a adequação à NBR 15.575. Entre as ações que o Coger desenvolve sobre a norma de desempenho estão promoção de seminários nas 14 vice-presidências regionais da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em conjunto com os Sinduscon's de SC, Crea/SC, Senai/SC, IEL/SC, Faculdades de Engenharia e Arquitetura, entre outros parceiros. Mais de 600 pessoas de 11 cidades já participaram dos seminários sobre a norma de desempenho realizados pelo Coger. “O intuito do Coger é contribuir, através da capacitação, orientação e disseminação de informações sobre o tema, para a adequação das indústrias da cadeia produtiva da construção civil e demais setores impactados pela NBR 15.575. Para Neto, “espera-se que todo o legado deixado por esses seminários no setor de construção civil contribua para adequação e qualificação junto à NBR 15.575”.
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Partes da norma
A norma de desempenho NBR 15.575 se divide em seis partes. São elas requisitos gerais; requisitos para os sistemas estruturais; requisitos para os sistemas de pisos;
requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas; requisitos para os sistemas de coberturas; e requisitos para sistemas hidrossanitário. “Considerando os requisitos estabelecidos em cada parte da norma, são tratadas as interfaces entre os diferentes elementos da construção e do seu desempenho global considerando as condições gerais de desempenho; desempenho estrutural; segurança contra incêndio; segurança no uso e operação; funcionabilidade e acessibilidade; conforto tátil e antropodinâmico; desempenho térmico; desempenho acústico; desempenho lumínico; estanqueidade à água; durabilidade e manutenibilidade/gestão da manutenção predial para cada uma das partes”, explicou o consultor do COGER/PBQP-H/SC, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Paulo Roberto Demarchi Mundt.
Melhorias para as edificações Segurança Segurança estrutural - desempenho estrutural – concepção da estrutura, desempenho definido pelo projeto da estrutura, pela execução e pelo uso e manutenção. Segurança contra o fogo - Tempo Requerido de Resistência ao Fogo – paredes, coberturas e elementos estruturais; reação ao fogo: revestimentos de paredes e forros, isolantes térmicos, absorventes acústicos. Segurança no uso e na operação - guarda-corpos, partes cortantes e perfurantes, escorregamento em pisos, desníveis, trincos, fechaduras, revestimentos de fachadas. Habitabilidade Estanqueidade - fachadas, esquadrias, pisos e coberturas. Conforto térmico, acústico e lumínico - paredes externas, esquadrias pisos, coberturas em casas e sobrados. Funcionalidade e acessibilidade - conforto tátil e antropodinâmico – pisos, acessórios como trincos, fechaduras, etc. Sustentabilidade Durabilidade - todos os subsistemas e seus componentes. Manutenibilidade - todos os subsistemas e seus componentes. Impacto ambiental - eficiência energética, uso racional da água, materiais e componentes de baixo impacto ambiental.
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De acordo com Mundt, o consumidor (usuário) é o que colherá os maiores benefícios desta norma. “Como qualidade prometida deverá ser a qualidade fornecida, construtoras, incorporadoras, diretores de marketing, fornecedores e corretores de imóveis deverão ter muito mais cuidado ao anunciarem ‘janelas acústicas’, ‘pisos antiderrapantes’, ‘fachadas autolimpantes’, ‘cobertura térmica’, ‘instalações com magnífica durabilidade’ e outros jargões, todos passíveis
de serem qualificados ou quantificados”. Já para as empresas, os benefícios da norma “será a oportunidade de conhecer as características e propriedades dos componentes e sistemas das normas de especificação e as novas exigências da NBR 15.575, facilitando em muito a condução a certificações (níveis PBQP/H); oportunidade de ‘separar o joio do trigo’; o fortalecimento da marca da empresa/ produto vinculado à qualidade”.
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Benefícios da NBR 15.575
Histórico da norma de desempenho A norma de desempenho NBR 15.575 teve início com debates durante o ano 2000. Após várias adequações, foi publicada em fevereiro de 2013 e entrou em vigor em 19 de julho de 2013. A norma foi criada para atender as necessidades dos usuários de imóveis, dentro de determinadas condições de exposição, ao longo de uma vida útil de projeto e no contexto do ambiente regulatório, econômico e social brasileiro. Segundo Mundt, a norma foi redigida segundo modelos internacionais de normalização de desempenho. “Ou seja, para cada necessidade
do usuário e condição de exposição, apresenta a sequência de requisitos de desempenho, critérios de desempenho e respectivos métodos de avaliação”. A NBR 15.575 se destina a todos os que compõem a cadeia da construção civil, desde o incorporador, construtor, projetistas, fornecedores e consumidores (usuários), que procuram na hora de projetar, construir ou adquirir seu imóvel, o conforto, estabilidade, vida útil adequada da edificação, segurança estrutural e contra incêndios. NC
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O município de Morro da Fumaça, em Santa Catarina, deverá receber em breve um centro cerâmico. A estrutura abrigará a sede do Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Morro da Fumaça (Sindicer/MF), a Cooperativa de Exploração Mineral (Coopemi), o Núcleo de Cerâmica Artística Olaria das Artes e o Laboratório Técnico da Cerâmica Vermelha (Labcer). Conforme o presidente do Sindicer/MF, Sergio Pagnan, o Centro Cerâmico de Morro da Fumaça contará ainda com salas de atendimento e área multiuso – espaço para reuniões, com capacidade para abrigar até 400 pessoas. Para iniciar a construção do prédio, o Sindicer recebeu da Prefeitura Municipal um terreno de 5.273 metros quadrados, além de R$ 271 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Segundo Pagnan, este recurso será utilizado para começar a construção da obra que deve iniciar em 2015, com o Núcleo de Cerâmica Artística Olaria das Artes e para a compra de equipamentos. Já para dar continuidade ao projeto de construção do Centro Cerâmico, o Sindicer contará com re-
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cursos públicos, de entidades, de associações governamentais e financiamentos, entre outros. “Não existe forma de fortalecermos as empresas sem indústrias fortalecidas, as argilas legalizadas, o meio ambiente equilibrado, os produtos qualificados e certificados e as classes sociais menos favorecidas ou que tenham aptidão para produção de artesanato terem um espaço para produzirem excelentes cerâmicas artísticas”, relatou Pagnan. Atualmente, segundo ele, as quatro atividades (Sindicer, Coopemi, Olaria das Artes e Labcer) funcionam em um pavilhão alugado. Com a nova estrutura, o objetivo do sindicato, de acordo com Pagnan, é oportunizar aos ceramistas da região possibilidade de uso imediato por estar próximo a todas as empresas ao mesmo tempo. Além disso, oportunizar condições para que o setor busque oferecer novos produtos. O Centro Cerâmico de Morro da Fumaça será construído no loteamento industrial Silvio Cechinel e atenderá sócios do Sindicer/MF e demais cerâmicas da região sul do Estado de Santa Catarina.
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Ceramistas de SP investem em madeira de eucalipto Objetivo é investir em eucalipto como fonte de energia alternativa para o serviço de queima
Com o objetivo de baixar os custos na queima de produtos acabados, indústrias associadas à Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (Incoesp) se unem para investir em madeira de eucalipto como fonte de energia alternativa para o serviço de queima. Os proprietários destas cerâmicas formaram uma frente de trabalho denominada ‘Grupo dos 10’. O nome consiste na união de dez empresários que pla-
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nejam o investimento na compra e plantio de eucalipto. A Incoesp além de manter apoio à ideia participa com uma cota parte nestes grupos. Conforme o diretor da cooperativa, Milton Salzedas, este é o segundo grupo em formação. Entre as empresas do grupo estão as cerâmicas Costa, João de Barro, L. C. Afonso, Santa Lourdes, Húngaro, Vista Alegre, Sol Nascente, Corte, Potiguara, Santo Antonio, São José e Nascente Vitta. “A princípio, os grupos estão focados em iniciar um plantio de eucalipto e estão empenhados também na compra das florestas para de imediato serem picadas e utilizadas, desta forma, somente quando fecharem o primeiro negócio saberão qual será a economia. Essa negociação será feita com lucro zero, para que o ceramista seja
Projeto piloto de capim elefante para geração de energia A cooperativa ainda trabalha em um projeto piloto de capim elefante para geração de energia na queima. “O projeto estuda cinco espécies de capim para ver qual espécie terá maior qualidade de produção na nossa região, ou melhor, qual vai desenvolver massa para geração de energia em menos tempo, se habituando melhor ao nosso clima”, explicou o diretor da Incoesp, Milton Salzedas. O objetivo é oferecer alternativas de matéria-prima de queima. Segundo o diretor da cooperativa, a princípio o projeto atenderá como pesquisa, as 88 empresas associadas. “Mas cada uma terá que fazer o seu plantio da espécie escolhida. Os não cooperados também serão beneficiados, pois o custo da matéria-prima de queima será reduzido na região”, contou. O projeto é realizado com o Instituto de Pes-
MEIO AMBIENTE
contemplado com um custo mais baixo”, explicou Salzedas. Ele ainda enfatizou que a medida tem como objetivo o não fechamento de indústrias que passam por dificuldades na região. “Temos hoje no polo cerâmico do Oeste Paulista 25 empresas fechadas. Este movimento do “Grupo dos 10” dará grande esperança para que as empresas que permaneceram abertas continuem com suas portas abertas”, complementou.
quisas Tecnológicas (IPT), por meio do técnico Vicente Mazzarela. “A Incoesp cedeu a área, plantio e preparo da terra e o IPT escolheu as espécies e fará as análises”, explicou Salzedas.
O setor em Panorama Atualmente, existem 150 indústrias cerâmicas, incluindo olarias e artesanais, na região de Panorama (SP). Destas, 88 são associadas à Incoesp. Segundo o último estudo realizado, a produção destas empresas era de 50 milhões de peças por mês. Ainda conforme esta pesquisa, a geração de empregos estava entre cinco mil diretos e outros três mil indiretos.
Os números, segundo o diretor da Incoesp, Milton Salzedas, mostram que o momento do setor atualmente é de preocupação. “O setor está em baixa, reduzindo a produção e dispensando os funcionários”, comentou o diretor que espera, com o tempo, que o retorno do movimento do “Grupo dos 10” seja viável e positivo. NC
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Fotos: Anicer
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O diretor de relações institucionais da Anicer, Luis Lima, o gerente técnico da Anicer, Bruno Frasson, e o coordenador do Programa Construção Civil do Sebrae/RJ, Marcos Vasconcellos
Programa atenderá cerâmicas do RJ Ideia é contemplar a execução de um pacote de soluções gerenciais para qualificação do setor
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A Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) e o Sebrae/RJ, em parceria com Sindicer/Itaboraí, Sindicer/Campos dos Goytacazes e Sindicer/Médio Vale Paraíba – RJ desenvolvem o Programa de Aperfeiçoamento Técnico e Gerencial de Ceramistas. A ideia é contemplar a execução de um pacote de soluções gerenciais para qualificação de produtores de cerâmica vermelha no Rio de Janeiro. Além disso, contemplará ações do projeto Cerâmica Sustentável é + Vida por meio das consultorias para Inovação Tecnológica, Qualificação nos PSQs e Eficiência Energética. O programa está em fase de desenvolvimento. Segundo gerente técnico da Anicer, Bruno Frasson, a intenção é que o projeto inicie a “todo vapor” em janeiro de 2015 e tenha ações durante o ano inteiro. “Mediante
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interesse dos empresários, serão desenvolvidas novas ações para as próximas fases ao longo dos próximos anos, com novas soluções de acordo com as necessidades”, explicou. O objetivo do programa, conforme Frasson, é atender Micro e Pequenas Empresas (MPE) da indústria ceramista do Estado do Rio de Janeiro, “apresentando soluções personalizadas para o segmento, levando em consideração a dinâmica operacional e as características específicas da indústria cerâmica, com informações sobre planejamento estratégico, finanças, marketing e vendas, inovação tecnológica, qualificação nos PSQs/PBQP-H e eficiência energética”. O programa será composto por vários módulos e aplicado no Rio de Janeiro, nos polos produtores abrangidos pelos sindicatos parceiros. Os módulos serão intercalados com treinamentos coletivos e consultorias individuais nas empresas. São eles Módulo de Planejamento Estratégico; Módulo de Consultoria para Inovação Tecnológica; Módulo de Gestão Financeira; Módulo de Consultoria para Eficiência Energética; Módulo de Marketing e Vendas; Módulo de Consultoria para Qualificação nos PSQs/PBQP-H; e execução de ensaios SEBRATEC para o PSQ. “O que temos constatado nas reuniões com os sindicatos é que o setor está carente em treinamento para operadores, implantação de controles de produção, melhoria da
O coordenador do Programa Construção Civil do Sebrae/RJ, Marcos Vasconcellos, o gerente técnico da Anicer, Bruno Frasson, o associado do Sindicer, Sérgio Lima, e o presidente do Sindicer/ Itaboraí, Edézio Menon 28
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qualidade do produto, maior competividade frente aos produtos concorrentes, redução do consumo energético, redução de perdas no processo, entre outros fatores. Ao final da primeira fase do programa (2015), esperamos implementar ações sustentáveis, reduzir o consumo de energia (elétrica e/ou térmica), aumentar a produtividade, aumentar a conformidade dos produtos fabricados e aderir empresas ao Programa Setorial da Qualidade - PSQ/PBQP-H de blocos e/ou telhas”, contou. Entre os benefícios do programa, o gerente técnico da Anicer citou a redução de perdas e quebras, maior sistematização e rastreabilidade do processo, conformidade com as normas técnicas e portarias do Inmetro e redução energética que é, hoje, responsável por até 40% do custo das fábricas, dependendo do porte, entre outros. Conforme Frasson, entre as metas do programa estão índice de satisfação das soluções do programa igual ou superior a 75%; redução do consumo de energia (elétrica e/ ou térmica) de 10% do total de empresas participantes através da consultoria para eficiência energética; aumento da produtividade de 20% do total de empresas participantes através da consultoria de inovação tecnológica; e obtenção de 20% das empresas participantes da consultoria para qualificação no Programa Setorial da Qualidade - PSQ/PBQP-H de blocos e/ou telhas.
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Portaria 558/2013 passará a ser exigida em novembro Portaria foi publicada em 2013 e passará a ser exigida em 22 de novembro de 2014
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A nova Portaria 558/2013, publicada em novembro de 2013, passará a ser exigida a partir do dia 22 novembro deste ano. Conforme o consultor de cerâmica vermelha, Antônio Carlos Pimenta Araújo, esta Portaria substituirá a 16/2011 que, com alterações, define os critérios para a comercialização de componentes cerâmicos para alvenaria (blocos, tijolos, elementos vazados, entre outros). “Assim, os ceramistas devem adequar seus produtos a estas alterações da 16/2011 para a 558/2013”, completou. A principal modificação, conforme Pimenta, é a inclusão de marcação (carimbo) de alguns itens nos produtos cerâmicos como a data de fabricação, número do CNPJ e telefone ou e-mail para atendimento ao consumidor. “Há também a importante inclusão da possibilidade de fabricação de
mento do processo produtivo e análise de variações através de lotes específicos”. As fiscalizações são realizadas por fiscais da Rede Brasileira de Metrologia Legal e da Qualidade. Em caso de não cumprimento da Portaria, as penalidades são as previstas em Lei e podem ser notificações, autuações e até interdição de lotes. “O ceramista deve ler e entender muito bem a Portaria, esclarecer dúvidas, adequar seus produtos e, assim, se houver divergências com a fiscalização, argumentar sua defesa pessoalmente e, se necessário, formalmente caso ocorra autuação ou interdição”, explicou o consultor em cerâmica vermelha Antonio Pimenta. NC
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D E S E N VO LV I M E N T O
tijolos maciços e perfurados com dimensões especiais, que não constam na Tabela 4 da Portaria 558 para projetos especiais ou reformas e ampliações. Vale lembrar que estes produtos com dimensões especiais só podem ser fabricados e comercializados sob encomenda e não podem ser disponibilizados nas revendas ao consumidor em geral”, explicou. Para realizar as mudanças na fábrica, a dica do consultor em cerâmica vermelha é verificar quais produtos da cerâmica são passíveis de adequação à Portaria, tanto para as dimensões efetivas e tolerâncias admissíveis e, principalmente, com relação às marcações por carimbo. “Produtos que não estão dentro das dimensões efetivas ou fora das tolerâncias devem ser alterados de acordo com o caso, por exemplo, com ajuste de boquilhas e/ou corte. Já para as marcações é comum as cerâmicas identificarem seus produtos com o nome da cerâmica, dimensões e número de telefone. A Portaria 558 exige, além dos três itens acima, número do lote ou data de fabricação, razão social ou nome da cerâmica e número do CNPJ”. Os blocos estruturais, conforme Pimenta, também tem que ter marcados as letras “EST” (de estrutural) e os tijolos maciços ou perfurados a letra “T” (de tijolo) e esta marcação deve ser logo após a marcação da dimensão destes produtos. “Como as marcações devem ser de tamanho mínimo de 5 mm, não há a possibilidade de um único carimbo de uma linha estampar a lateral de um bloco, sendo necessário a colocação de carimbo com duas linhas ou dois carimbos para cada saída das boquilhas”, disse. Para Pimenta, a padronização dos produtos e sua correta identificação são formas de respeitar e melhor atender aos consumidores. “O lote ou data de fabricação permite a rastreabilidade dos produtos em que lotes com características especiais sejam identificados como, por exemplo, um lote de blocos estruturais com resistência específica. Esta identificação também é muito importante dentro das fábricas para acompanha-
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ENTREVISTA
O setor no Acre A entrevista especial deste mês é com o presidente do Sindicato das Indústrias de Olarias do Acre (Sindoac), Aristides Formighieri Júnior. Conheça um pouco mais sobre o setor do Acre e as ações que o sindicato vem desempenhando em prol da cerâmica vermelha no estado. Há cinco anos à frente do sindicato, Formighieri fala nesta entrevista sobre o setor, dificuldades, desafios e conquistas deste sindicato que existe há 26 anos. Saiba também como é a questão ambiental no Acre e como funciona o processo de extração de matéria-prima
Revista NovaCer - Há quanto tempo existe o Sindicato das Indústrias de Olarias do Acre (Sindoac)? Há quanto tempo está na presidência do Sindicato? Aristides Formighieri Júnior - O Sindicato das Indústrias de Olarias do Acre existe há 26 anos. Estou na presidência do sindicato há cinco anos. NC - Quantas empresas produtoras de cerâmica vermelha há no Acre? Destas, quantas são filiadas ao sindicato? AFJ - O estado do Acre conta atualmente com 35 empresas do setor de cerâmica vermelha. Destas, apenas 12 empresas são filiadas ao sindicato. A capital do estado, Rio Branco, é o município com o maior número de cerâmicas. A cidade conta com 14 indústrias. NC - Qual o porte destas indústrias? E Qual a produção mensal destas empresas? AFJ - São micro e pequenas empresas. Juntas, elas produzem em torno de nove milhões de peças por mês. NC - Quantos empregos diretos e indiretos
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são gerados pelo setor no Acre? AFJ - Em torno de 1,2 mil empregos diretos e indiretos. NC - Quais as principais características do setor no Acre? AFJ - O mercado da cerâmica vermelha em Rio Branco é totalmente local, não se expande para as demais cidades do Estado. NC - Quais as principais ações do sindicato? AFJ - Temos como objetivo filiar novas empresas, fazendo visitas locais a estas indústrias, mostrando que temos como ajudar a resolver seus problemas. NC - O que gostaria de implantar no sindicato e ainda não conseguiu? AFJ - Arrecadação de mensalidade das empresas. Implantei várias vezes, mas poucos pagaram, e contratação de um gerente executivo, para que a cobrança de mensalidade se consolide e fortaleça o sindicato. NC - Quais as principais conquistas do sindicato nesses anos de atuação? AFJ - Reconhecimento perante ao Governo
ENTREVISTA Estadual, e ao seus órgãos. NC - Quais os desafios do sindicato para os próximos anos? AFJ - Fortalecimento do sindicato e maior participação dos associados. NC - O que tem a dizer sobre o trabalho desenvolvido pela Anicer? AFJ - A Anicer tem feito um trabalho muito bom. Através da Associação Nacional conseguimos tomar conhecimento do que acontece no setor cerâmico no Brasil.
gumas são. Temos empresas com automação completa em toda linha de produção. NC - O que pode ser feito com relação aos produtos concorrentes da cerâmica vermelha? AFJ - Divulgação da diferença de qualidade e preço do produto, principalmente na questão da umidade, que em nossa cidade é altíssima, e a cerâmica vermelha sai na frente em comparação aos blocos de cimento. NC - Como está o setor no Acre e o que pre-
NC - O que o senhor espera para futuro da cerâmica vermelha? Qual a maior carência do setor hoje em sua opinião? AFJ - Espero uma maior participação nas obras perante aos outros produtos concorrentes. Quanto à carência do setor, no geral, acredito hoje ser a qualidade dos produtos fabricados. NC - Como é a questão da automatização das cerâmicas do Acre? Elas investem em equipamentos modernos? AFJ - A maioria não é automatizada. Mas al-
"O estado do Acre conta atualmente com 35 empresas de cerâmica vermelha, que geram em torno de 1,2 mil empregos diretos e indiretos"
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ENTREVISTA
cisa melhorar? AFJ - A produção do setor atende a demanda do nosso mercado. Porém, precisamos de mais tecnologia para melhorar e aumentar a produção. NC - Qual a maior reivindicação do setor nos níveis estadual e federal? AFJ - A nível estadual, precisamos diminuir a alíquota do ICMS interno que é de 17%. E a nível federal um posto de atendimento do DNPM, que só tem em Rondônia. NC - Como é a questão ambiental para as cerâmicas do Acre? Como é o processo de extração de argila no estado? É cooperativado? AFJ - A questão ambiental no estado é muito exigente e burocrática. Leva-se um ano ou mais para conseguir a licença. Já o processo de extração de argila é individual por empresa. Não é cooperativado.
"Produção do setor atende a demanda do nosso mercado no Acre. Porém, precisamos de mais tecnologia para melhorar"
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NC - Qual a principal matriz energética dos fabricantes de cerâmica vermelha? AFJ - Lenha, cavaco e serragem, provenientes das indústrias madeireiras. NC - Qual sua avaliação sobre setor atualmente? AFJ - O setor está em expansão e se modernizando tecnologicamente, aplicando inovações em suas fábricas. Brevemente teremos produtos de alta qualidade no mercado. NC - As empresas do Acre são certificadas? Quantas empresas tem o PSQ? AFJ - A maioria não é certificada. Apenas duas estão em processo de certificação para obter o selo PSQ. O sindicato tem buscado incentivar estas empresas para atender as normas do Inmetro e fazer o PSQ. É muito importante que as empresas venham aderir o PSQ, já que com este certificado podemos vender para obras financiadas pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. NC - De que forma o Governo tem auxiliado o setor no Acre? AFJ - Utilizando tijolos maciços no calçamento de ruas secundárias, que é uma cultura regional. Não temos pedra (brita) no estado do Acre, tem que vir de Rondônia e custa 270 reais o metro cúbico. NC
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Pesquisa é usada para montar laboratório de cerâmica em SC Laboratório foi montado em SC, com o objetivo de realizar ensaios de produtos e pesquisas
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Em prol do setor, um laboratório de cerâmica vermelha foi montado em Santa Catarina para atender empresas através de análises laboratoriais, estudos de matérias-primas, processos e produto final, entre outros. Inaugurado em maio deste ano, o laboratório tem como objetivo realizar ensaios de produtos e pesquisas para o desenvolvimento e inovação do setor. A pesquisa foi o principal estímulo para a viabilização do laboratório no Estado. Por meio de um trabalho acadêmico realizado pelos estudantes de Engenharia Cerâmica da Unibave, Fábio Rosso e Anderson Rosso, e pelo tecnólogo em cerâmica Vitor Nandi foi que o novo empreendimento voltado para o setor de cerâmica vermelha deu seus primeiros passos. “Inscrevemos o trabalho no Programa
e precisos. Ajudando a unir as cerâmicas e desenvolvê-las para poderem competir com outros produtos destinados à construção civil, bem como, aumentar suas vendas para outros mercados”, finalizou Fábio.
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do Sinapse na Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Fomos contemplados e recebemos recursos para montarmos o laboratório em prol do desenvolvimento tecnológico da cerâmica vermelha”, disse o gerente de laboratório Fábio Rosso. O valor recebido foi de 79 mil. Do total, 50 mil foram destinados para compra de equipamentos e os outros 29 mil para assessoria do Sebrae. Entre os equipamentos adquiridos estão forno mufla, estufas, prensas, destorroador, moinho, vidrarias, balanças, paquímetros e misturadores, entre outros. Por meio deste laboratório são oferecidos serviços como análises químicas e físicas das matérias-primas, caracterização do produto acabado e assistência técnica. “O foco é atender o setor de cerâmica vermelha em toda sua amplitude, propondo um trabalho de qualidade e rapidez através de análises laboratoriais, estudo de matérias-primas, processos e produto final do ceramista. Além disso, oferecer apoio técnico para ajudar o ceramista no desenvolvimento de sua empresa”, disse Fábio. “Nossa intenção é contribuir para o desenvolvimento do setor de cerâmica vermelha, desenvolvendo um trabalho de qualidade e eficiência, com resultados rápidos
Prêmio Além do projeto contemplado pela Fapesc para montar o laboratório, Fábio Rosso é autor do trabalho vencedor do Prêmio Jovem Ceramista 2014, da Anicer. Conforme ele, apesar de não ter sido o contemplado pela Fapesc, o artigo foi o estimulador para desenvolver outros trabalhos e montar o laboratório em Santa Catarina. Intitulado “Obtenção de um compósito cerâmica-polímero para a produção de telhas cerâmicas com a eliminação da etapa de queima”, este trabalho, conforme Fábio, teve como objetivo o reaproveitamento de quebras cerâ-
micas, para o estudo de um compósito cerâmica-polímero, no desenvolvimento de telhas cerâmicas com a eliminação da etapa de queima. “Para isso, foram preparadas diferentes formulações com as quebras cerâmicas e três tipos de polímeros. O resíduo cerâmico foi caracterizado por meio de análise granulométrica, DRX e FRX. As formulações foram misturadas termicamente e depositadas em formas metálicas, onde foram obtidos os corpos de prova. As propriedades físicas estudadas foram absorção de água e resistência mecânica à flexão”.
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ARTIGO TÉCNICO
O efeito do coração negro nas propriedades físico-mecânicas em corpos de prova de cerâmica vermelha Trabalho apresentado no 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica, de 19 a 22 de maio de 2013, em Natal, no Rio Grande do Norte
Resumo A matéria-prima das cerâmicas vem da crosta terrestre, e essa por sua vez é formada por apreciáveis quantidades de substâncias capazes de reagir com o oxigênio quando atinge elevada temperatura. Essas substâncias são principalmente carbono e matéria orgânica, enxofre e seus derivados e alguns óxidos metálicos (principalmente o ferro). Por isso é necessário realizar a sinterização desses materiais em atmosferas ricas em oxigênio em temperatura média de queima para que essas substâncias oxidem, do contrário, forma-se uma região escura ao longo do corpo cerâmico denominada de coração negro. O qual é um defeito visível encontrado em produtos cerâmicos, pois os mesmos podem inchar, trincar, formar bolhas, principalmente, devido ao reduzido e inadequado ciclo de queima e de compactação. Este trabalho tem como objetivo analisar as características físico-mecânicas em corpos de prova extrudados de duas amostras de argilas vermelhas. Para viabilizar o estudo, as amostras foram ensaiadas conforme a metodologia proposta por Souza Santos(1) e corpos de prova foram conformados por extrusão e submetidos a diferentes curvas de queima para determinação das propriedades físico-mecânicas. Os resultados mostram que os corpos de prova ensaiados apresentam características físico-mecânicas alteradas, tais como: trincas, bolhas, variações geométricas e dimensionais.
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R. S. Macedo1; R. R. Menezes1; T. D. A. Silva2; A. S. Silva2; L. V. Cesário2 Universidade Federal de Campina Grande 1Profs. da Unid. Acadêmica de Engenharia de Materiais 2Alunas do curso de Eng. de Materiais da UFCG
Introdução No processamento de produtos da cerâmica vermelha, destaca-se a queima, etapa na qual ocorrem transformações estruturais (físicas e químicas), tais como: perda de água adsorvida, desidroxilação, consolidação do formato da peça e formação de novas fases cristalinas, que são determinantes para as propriedades físico-mecânicas do produto final. A argila é a matéria-prima utilizada na fabricação de uma série de produtos cerâmicos, isto ocorre devido às suas diversas características como a plasticidade, a retração, a porosidade e a resistência mecânica. É possível se fabricar produtos com propriedades bem diversificadas, dependentes da relação quantitativa entre materiais plásticos, principalmente, argilominerais e materiais não plásticos(2). O comportamento das diferentes matérias-primas frente à ação do calor irá definir, em muitos casos, a tipologia de produto a serem fabricadas, suas características técnicas e as variáveis de queima empregadas, isto é, temperatura máxima de queima e a duração do ciclo de queima(3). A presença de coração negro em peças cerâmicas é relativamente comum. Muito embora, a literatura sobre essa característica seja bastante abundante, praticamente todos os livros de cerâmica se referem a ele e trazem “receitas” para a sua eliminação, a sua ocorrência ainda é muito
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ARTIGO TÉCNICO
comum hoje em dia. A figura 1 registra a presença de coração negro em um corpo de prova cerâmico, o qual consiste em uma região escura que se estende paralelamente à face e próxima à meia altura da espessura, ao longo da peça. A região escura geralmente desaparece nas proximidades das bordas da peça.
Figura 1 – Presença de coração negro em corpo de prova de cerâmica vermelha Algumas das principais consequências danosas da presença do coração negro, que justificam os esforços para evitá-lo são(4): • Inchamento das peças; • Deformações piroplásticas; • Deterioração das características técnicas; • Deterioração das características estéticas. A origem do coração negro está associada à presença de compostos de carbono (matéria orgânica) e óxidos de ferro nas argilas, que segundo estudos realizados por (5), em resumo pode-se afirmar que as principais reações responsáveis pelo desenvolvimento do coração negro são: • A matéria orgânica sofre uma carbonização ou pirólise, catalizadas pelo silicato de alumínio também presente nos argilominerais e se transforma em coque (C). Matéria orgânica → C (coque) + CO (gás)↑ + CO2 (gás)↑ • As elevadas capacidades redutoras do C e CO, produzidos pela reação acima, provocam a redução do ferro também presente
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nas argilas. Para Boschi (2001)(5), as condições de queima também afetam fortemente a formação do coração negro. Nos casos em que a massa apresenta tendência à formação do coração negro, se deve procurar um ciclo de queima que possibilite a oxidação de toda a matéria orgânica antes que a absorção de água diminua e dificulte a entrada de oxigênio e a saída do CO e CO2 na peça. A oxidação da matéria orgânica se dá entre 200°C e 500°C. Portanto, na medida do possível, deve-se projetar o ciclo de queima de modo a assegurar a completa oxidação da matéria orgânica prolongando-se o estágio de pré-aquecimento. Nos casos de ciclos muito rápidos e/ou fornos muito curtos, a tendência ao aparecimento do coração negro se acentua (5). Ressalta-se ainda em relação à queima que as diferenças de temperatura encontradas entre o centro e a superfície das peças podem chegar a valores da ordem de 40°C nesse intervalo de temperatura(6). Este trabalho teve como objetivo analisar as características físico-mecânicas em corpos de prova extrudados de duas amostras de argilas vermelhas, contendo a presença de coração negro, após a sinterização de corpos de prova.
Materiais e métodos Para o desenvolvimento deste trabalho, foram utilizadas duas amostras, sendo uma argila bruta e a outra uma massa argilosa, fornecidas por duas empresas da cerâmica vermelha, identificadas por amostras (AB e MA), respectivamente. Para a realização da análise granulométrica, as amostras foram desaglomeradas e passadas 100% em peneira ABNT nº. 200 (abertura 0,074mm), dispersa em água destilada com ultrassom durante cinco minutos; em seguida, foram analisadas em uma fase líquida, associadas com um processo de medida à laser, em um equipamento da marca CILAS 1064L. Nos ensaios de plasticidade, as amos-
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ARTIGO TÉCNICO Figura 2 – Imagem do ensaio de flexão por três pontos
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tras passaram em peneira ABNT nº. 80 (abertura 0,177 mm), em seguida determinaram-se as características de plasticidade: limite de liquidez, limite de plasticidade e índice de plasticidade pelo método de Casagrande, segundo a NBR 6459 (7) e a NBR 7180 (8). Para a análise química, os pós passados em peneira ABNT nº. 200 foram submetidos à caracterização química utilizando-se um espectrômetro de raios X por energia dispersiva (RAY – EDX 720, Energy Dispersive X-RAY Spectrometer – Shimadzu). As amostras passadas em peneira ABNT nº. 80 foram umidificadas até atingir a plasticidade adequada e permaneceram em repouso por 24 horas. Posteriormente, foram submetidas ao processo de extrusão, obtendo-se corpos de prova com uma geometria retangular nas dimensões de (10,0 x 2,0 x 1,0) cm3. Em seguida, foram queimados em um forno elétrico de laboratório, nas temperaturas de 800°C, 900°C e 1000ºC, com taxas de aquecimento de 2ºC/min. Após a etapa de queima, foram determinadas as seguintes propriedades: absorção de água, retração linear de queima, porosidade aparente e resistência mecânica à flexão, este por três pontos (figura 2). Para a determinação da resistência mecânica à flexão, utilizou-se uma máquina de ensaios mecânicos da EMIC, linha DL com capacidade para 100 kN, operando a uma velocidade de 0,5 mm/min.
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Resultado e discussões Na tabela 1 constam os resultados de plasticidade e do tamanho de partículas com diâmetros abaixo de 2 µm, entre 2 e 20 µm e acima de 20 µm. Analisando os resultados do ensaio de plasticidade com os de tamanhos de partículas constantes na tabela 1, e comparando com o diagrama de Winkler (9) , observa-se que as amostras ensaiadas apresentam baixos percentuais da fração argila (< 2 µm) para serem utilizadas na fabricação de telhas e blocos, no entanto, as frações de silte (2 - 20 µm) e areia (> 20 µm) se encontram na faixa aceitável. Quanto ao índice de plasticidade, as amostras apresentaram valores dentro da faixa de plasticidade mediana adequada para a produção de blocos e telhas, segundo a literatura consultada (10). Nota-se pela quantidade de fração argila que a amostra AB é mais argilosa, logo tem uma melhor plasticidade, favorecendo a trabalhabilidade da massa em relação à conformação e à qualidade dos produtos finais. O índice de plasticidade (IP), que é a diferença entre o limite de liquidez e limite de plasticidade, indica a faixa de consistência plástica e representa a quantidade de água que pode ser adicionada a partir do limite de plasticidade, sem alterar o estado plástico da argila ou massa cerâmica. Observa-se que as amostras ensaiadas apresentam índice de plasticidade superior a 10%, que é o índice considerado mínimo. Abaixo deste valor torna-se muito perigosa a etapa de conformação, já que há um grande risco de mudança no comportamento plástico com pequena alteração na quantidade de água utilizada. A tabela 2 representa a composição química das amostras estudadas. Observa-se que as amostras apresentam teores similares de fundentes. Os óxidos fundentes contribuem para a formação de fase líquida durante a queima possibilitando uma redução da porosidade. A amostra MA contém um maior teor de óxido de ferro, os compostos de ferro são os principais
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ARTIGO TÉCNICO
responsáveis pela coloração das cerâmicas argilosas. Teores abaixo de 3% são indicados para a fabricação de produtos de coloração clara, o que indica que poderá ocorrer diferença de coloração após a queima entre as argilas, bem como, um maior teor de perda ao fogo e uma menor relação SiO2 / Al2O3.
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA (%) < 2 μm 2 - 20 μm > 20 μm
AMOSTRA
ÍNDICE DE PLASTICIDADE (%)
AB
19,25
18,58
62,42
19,00
MA
12,52
14,75
41,70
43,55
Tabela 1 – Índice de plasticidade e distribuição de tamanho de partícula das amostras estudadas
AMOSTRA
SiO2
Al2O3
Fe2O3
CaO
MgO
K2O
TiO2
MnO
Outros
PFa
AB
51,2
28,4
6,7
0,8
3,5
2,4
0,9
0,1
0,1
5,8
MA
51,5
26,3
8,1
1,0
1,7
2,5
1,1
0,3
7,1
a
PF- Perda ao Fogo
Tabela 2 – Análise química das amostras ensaiadas
TENSÃO DE AMOSTRA TEMPERATURA ABSORÇÃO POROSIDADE RETRAÇÃO RUPTURA À FLEXÃO (ºC) DE ÁGUA APARENTE (%) LINEAR DE (MPa) (%) QUEIMA (%)
AB
MA
800
11,97±0,62
22,42±0,01
0,85±0,30
24,92±1,46
900
13,53±0,45
25,18±0,51
1,75±0,40
15,09±1,76
1000
9,25±0,48
14,76±0,21
ND
ND
800
16,78±0,41
29,45±0,39
4,91±0,20
15,72±0,77
900
6,36±0,56
13,08±0,55
4,99±0,15
17,62±1,50
1000
8,91±0,37
18,26±0,07
5,25±0,25
22,60±0,86
ND = não determinado.
Tabela 3 - Propriedades físico-mecânicas das amostras ensaiadas Na tabela 3, encontram-se os resultados das características cerâmicas das amostras queimadas em três temperaturas: 800ºC, 900ºC e 1000ºC, para avaliação da potencialidade do uso das argilas em cerâmica estrutural. As argilas para cerâmica vermelha são processadas, em geral, em baixas temperaturas, por apresentarem elevadas quantidade de fundentes,
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NovaCer • Ano 5 • Outubro • Edição 54
particularmente o ferro, por isso da utilização de temperaturas não superiores a 1000°C. Para o ensaio de absorção de água, observa-se que os valores encontrados estão dentro do limite admissível. As argilas com maior porcentagem de quartzo apresentam maior valor de absorção de água, em função da maior porosidade. De modo geral, a variação na absorção de água pode estar relacionada com os minerais componentes da amostra, assim como o grau de alteração destes, além de sua granulometria. Os valores de retração linear encontrados após a queima dos corpos de prova são extremamente baixos. Um menor valor de retração linear está relacionado com uma maior porcentagem de quartzo na amostra. Com o aumento da temperatura, a retração aumenta, pois os poros se fecham e as partículas se aproximam, provocando um decréscimo nos valores da porosidade aparente, o que não aconteceu, devido aos defeitos apresentados nos corpos de prova, provocado pela presença de coração negro, onde se constatou: inchamento dos corpos de prova; deformações piroplásticas; deterioração das características técnicas e deterioração das características estéticas. Já para a resistência mecânica pósqueima os valores mais baixos podem estar relacionados com micro trincas, o que, influencia o comportamento final das peças. Quando a quantidade de micro trincas é grande, o corpo de prova não suporta a mesma carga de pressão, rompendo-se com maior facilidade. Os valores maiores da tensão de ruptura à flexão podem ser explicados pela quantidade de quartzo presente nas amostras, que pode acelerar a formação de fases líquidas na queima, o que pode incrementar a resistência mecânica. Observando os valores constantes na tabela 3, nota-se que não há uma sequência lógica com relação ao aumento da temperatura. O qual é devido à presença de coração negro em ambas as amostras (ver figura 3), com maior intensidade na amostra AB, causando a perda de corpos de prova após a sinterização com o aumento da temperatura. O que confirma dados da literatura (6), onde há uma deterioração das
Figura 3 – Presença de coração negro nas amostras AB e MA analisadas
Conclusão Com base nos resultados observados, pode-se concluir que argilas para cerâmica vermelha, mesmo contendo baixa quantidade de matéria orgânica e queimadas em ciclos de queima rápida, podem desenvolver coração negro durante a queima. Conclui-se
também que é crítico o desenvolvimento de coração negro para as propriedades físicas das peças queimadas, com as peças que desenvolvem coração negro apresentando alterações na sua porosidade e na sua resistência mecânica.
ARTIGO TÉCNICO
características técnicas do corpo cerâmico, devido ao desprendimento de CO, CO2 e H2O durante a queima, criam grandes quantidades de “vazios” no interior da peça, se sua permeabilidade não permitir a saída dos gases. Esses “vazios”, por sua vez, comprometem as propriedades mecânicas do produto cerâmico.
Referências (1) SOUZA SANTOS, P., Ciência e Tecnologia de Argilas. São Paulo: v. I e II, Edgard Blücher, 1992. (2) BARBA, A.; BELTRÁN, V.; FELIU, C.; GARCÍA, J.; GINÉS, F.; SÁNCHEZ, E.; SANZ, V. Materias primas para la fabricación de soportes de baldosas cerámicas, 2ª ed. Castellón: Instituto de Tecnologia Cerâmica, 2002. (3) PINTO, M. F.; SOUSA, S. J. G.; HOLANDA, J. N. F. Efeito do ciclo de queima sobre as propriedades tecnológicas de uma massa cerâmica vermelha para revestimento. Cerâmica, n. 51, p.225-229, 2005. (4) BARBA, A.; BELTRAN, V.; FELIU, C.; GARCIA, J.; GINES, F.; SANCHEZ, E.; SANZ, V. Materias primas para la fabricación de soportes de baldosas cerâmicas – Instituto de Tecnología Cerámica. (5) DAMIANI, J. C.: PEREZ, F.; MELCHIADES, F. G.; BOSCHI, A. O. Coração negro em revestimentos cerâmicos: principais causas e possíveis soluções. Cerâmica Industrial, 6 (2), p. 12, 2001. (6) MECHIADES, F.G.; SILVA, L.L.; QUINTEIRO, E.; ALBERS, A.P.; BALDO, J.B.; BOSCHI, A.O. Alternativas para eliminar (ou reduzir) os furos no esmalte causados por partículas de calcário em revestimentos fabricados por via seca. Cerâmica Industrial, 6 (1), p. 7, 2001. (7) Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6459: Determinação do limite de liquidez – método de ensaio. Rio de Janeiro, 1984. (8) Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7180: Determinação do limite de plasticidade – método de ensaio. Rio de Janeiro, 1984. (9) TRINDADE, M. F. S.; SOUZA, A. G.; SILVA, J. H. E.; SILVA, J. M.; SANTOS, I. M. G. Estudo comparativo entre massas para blocos cerâmicos provenientes de diferentes regiões da Paraíba. In: 45° CONGRESSO BRASILEIRO DE CERAMICA, Maio de 2001. (10) MACEDO, R. S. Estudo comparativo entre massas cerâmicas industriais e aditivadas para uso em blocos cerâmicos. 2005. 125f. Tese NC (Doutorado em Engenharia de Processos) - CCT/UFCG, Campina Grande.NC
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Unibave oferece vagas para curso de Engenharia Cerâmica Serão oferecidas 35 vagas por meio do vestibular da Acafe, em Santa Catarina
O Centro Universitário Barriga Verde – Unibave, Cocal do Sul (SC), abriu mais uma vez inscrições por meio do vestibular da Acafe para o processo seletivo para ingresso no curso de Engenharia Cerâmica. O período de inscrição é até o dia 19 de outubro. Serão oferecidas 35 vagas. Interessados devem acessar o site da Acafe para efetuar o cadastro. Conforme a coordenadora do curso profª. Karina Donadel, o curso existe desde 2007 e tem como proposta contribuir na formação de profissionais que atuem com competência científica, tecnológica e humanística na identificação, formulação e resolução de problemas, que contribuam para o desenvolvimento sustentável no campo da Engenharia Cerâmica. “Este curso proporciona ao setor cerâmico e afins, uma
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demanda de profissionais capazes de desenvolver e implementar novas tecnologias, novos materiais e processos e novas estratégias de gestão”, complementou. Karina informou que o Unibave já formou 20 profissionais de engenharia cerâmica. “O mercado para o engenheiro cerâmico é amplo e tem muitas oportunidades na região e também fora daqui. Estes podem desenvolver atividades em diferentes setores cerâmicos, bem como estar atuando no seu próprio empreendimento ou fazendo consultorias para empresas. Os engenheiros cerâmicos formados pelo Unibave estão atuando nos diferentes setores de cerâmica em Santa Catarina e outros estados e também tem engenheiros seguindo carreira acadêmica fazendo mestrado e doutorado”, relatou. Entre as áreas que o engenheiro cerâmico pode atuar destacam-se fornecimento e processamento de matérias-primas naturais e sintéticas, atuação nas indústrias de cerâmica vermelha, cerâmica de revestimento, porcelanas, louças e sanitários, vidros, cimentos, refratários, colorifícios, e indústria da cerâmica avançada/alta tecnologia, tais como, isoladores elétricos, térmicos e acústicos, supercondutores, semicondutores, cerâmica automobilística, aeroespacial, biocerâmicas, vitrocerâmicos, entre outras. O profissional pode atuar também em laboratórios e Instituições de pesquisas, como consultor técnico, representante comercial em indústrias do setor cerâmico e afins, na fabricação de equipamentos para o setor cerâmico e afins e ter o próprio empreendimento, atuando como administrador/gestor. O valor da graduação para este ano é R$ 854,00, com 10% de desconto para alunos que efetuam o pagamento até quinto o dia útil. Para o próximo ano, o valor vai ser reajustado, conforme a coordenadora do curso. NC
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Projeto para melhorar gestão empresarial será feito no AM Programa oferecerá cursos, consultorias e seminários, entre outros, para empresas do setor
Fotos: divulgação/Fieam
O Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do Amazonas (Sindcer/AM) anunciou no início do mês de setembro um projeto para, num prazo de quatro anos, melhorar a gestão empresarial e aumentar o faturamento bruto em até 20% de um grupo de micro e pequenas empresas nos municípios de Iranduba e Manacapuru. Um dos resultados do projeto é o “Desenvolvimento do Segmento de Cerâmica Vermelha na Região Metropolitana de Manaus”, que a entidade desenvolve em parceria com o Sebrae-AM. “Temos quatro anos para desenvolver o projeto, e iremos correr com as empresas que estão sinalizadas em medidas de urgência com autuações do Ministério do Trabalho e Emprego, e seguir com as demais adequações às normas reguladoras”, disse a presidente do Sindcer/AM, Hyrlene Batalha. Cursos, consultoria, palestras, oficinas,
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seminários, promoções e acessos a eventos do Sebrae-AM são ações a serem realizadas para adequar as normas de segurança e trabalho que os órgãos de fiscalização exigem do setor. O projeto contará com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Amazonas) e Serviço Social da Indústria (Sesi Amazonas). O objetivo é melhorar a gestão empresarial com foco no mercado e adoção de práticas sustentáveis, baseadas em estudo sobre as necessidades do polo oleiro de adequações à legislação. Na apresentação do projeto, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), o superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Edson Rebouças, disse estar lutando por um ambiente mais humano e de acordo com as normas reguladoras para os trabalhadores do setor. “Nossa intenção é colaborar e apoiar toda e qualquer prevenção no ambiente de trabalho e, acima de tudo, com o compromisso de tentar equilibrar o segmento buscando a regularização, principalmente daquele ambiente de trabalho que se encontra em situação mais degradante”, frisou Rebouças. O Senai Amazonas será quem realizará treinamentos ‘in company’ e consultorias direcionadas às necessidades existentes, principalmente em cima das Normas Reguladoras (NR) exigidas por lei nos ambientes de trabalho. Os treinamentos serão seguidos de consultorias que vão de 30 a 80 horas no total. De acordo com a coordenadora do projeto, Fabíola Almeida, serão entregues os diagnósticos individuais para cada empresa analisada no período de quatro meses, com implementação de soluções propostas e monitoramento através da metodologia de gestão da qualidade PDCA, com duração total de quatro anos.
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Foram três diagnósticos apresentados pelo Sebrae-AM, sendo eles competitividade empresarial, construção civil no segmento cerâmico e grau de inovação, no qual cada empresa analisada, receberá suas oportunidades de melhorias de acordo com suas necessidades. “O objetivo do primeiro diagnóstico é relacionado diretamente com o tratamento de pessoas, de processos e de resultados, não há como fazer uma empresa ser competitiva se ela não mede os resultados. Quem não controla, não gerencia”, disse o consultor do Sebrae Amazonas, João Renato de Carvalho. O segundo diagnóstico foi tratado de acordo com suas especificações, como formalização da empresa, regularização fiscal e comercial, regularização trabalhista e técnica, qualidade, saúde e segurança. E o terceiro medindo suas ofertas, plataformas, marcas, clientes, soluções, relacionamento e valores agregados. De acordo com o consultor do Sebrae,
todas as empresas devem se submeter ao projeto, por precisarem de uma ou mais ações oferecidas. O Sesi Amazonas será o responsável pela implantação e elaboração das NR’s 5, 7 e 9, todas direcionadas à Saúde e Segurança no Trabalho (SST). NC Fonte: Fieam
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