Entrevista com o economista e consultor da Fiesc, Paulo de Tarso Guilhon
Ano 4
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Setembro/2013
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Edição 41
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Produto 100% natural
Telhas e tijolos levam os quatro elementos da natureza e são considerados mais sustentáveis que produtos similares
Cerâmica BarroBello: modelo em tecnologia no país Cerâmica no Paraná produzirá blocos com 75% de resíduo sólido Cerâmica de Goiás investe em ensino para funcionários
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SUMÁRIO
DESENVOLVIMENTO 16: O produto mais natural do mundo
EDITORIAL
MEIO AMBIENTE
ENTREVISTA
FEIRAS
12: Carta ao Ceramista
26: Cerâmica produzirá blocos com 75% de resíduo sólido
34: Micro e pequenas empresas e o desafio de crescer
42: Recife vai sediar 42º Encontro Nacional
Diretor Geraldo Salvador Junior
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Jesus Cristo, O Messias
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NovaCer • Ano 4 • Setembro • Edição 41
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
(Empresário da construção civil e criador do projeto Alvenaria Moldada, Sérgio Heriberto da Costa)
SETEMBRO 2013 ARTIGO TÉCNICO
TECNOLOGIA
54 : Introdução de carvão na massa de cerâmica vermelha
60: Inversores de frequência: benefícios e aplicações no setor cerâmico
SUMÁRIO
"O ceramista que não lê a revista Novacer, ou está desatualizado, ou perde muito tempo buscando informações em fontes espalhadas. Cada exemplar da revista traz todas as informações do que ocorreu no período que são de Interesse do empresário cerâmico. Informações estas, garimpadas a nível nacional e internacional por uma equipe competente que sai a campo em busca de inovações, eventos, equipamentos, mercado, etc... poupando o ceramista deste trabalho. Seguramente, não existe no setor uma melhor forma de se manter atualizado".
DESENVOLVIMENTO 28: Modelo em tecnologia no país
DESENVOLVIMENTO 40: Cerâmica de Goiás investe em ensino para funcionários
FEIRAS 48: Seminário aborda gestão, sustentabilidade e inovação
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Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865
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EDITORIAL
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Carta ao Ceramista A combinação natural da matéria-prima (terra) com ar, água e fogo, ou seja, os quatro elementos da natureza, fazem das peças cerâmicas produtos 100% naturais. Com tradição milenar, desde os primórdios, a cerâmica vermelha acompanha a vida da humanidade, sendo utilizada por assírios, babilônicos, caldeus e egípcios. A matéria principal deste mês destaca a história dos produtos cerâmicos e à sua importância para o ser humano. Conheça ainda na reportagem a importância da divulgação das peças cerâmicas, as vantagens dos produtos cerâmicos em relação aos produtos concorrentes e o uso de materiais cerâmicos em projetos arquitetônicos. Uma nova fábrica de cerâmica vermelha foi instalada em Guarapuava, no Paraná. A cerâmica Dalba será a primeira no país a produzir materiais cerâmicos com 75% de resíduo sólido (Filler) na composição. Confira a reportagem na página 26. Ainda nesta edição a NovaCer traz uma matéria sobre a cerâmica Telhas Estrelas, empresa de
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Goiás que investiu no ensino de 22 colaboradores da empresa. Os funcionários da indústria participam do curso Técnico em Cerâmica, ofertado pelo Instituto Federal de Goiás (IFG-GO). Confira também nesta edição a história da cerâmica Barrobello. Modelo em tecnologia no país, a empresa, de Santa Cruz da Conceição (SP), está no mercado há mais de 25 anos. A empresa possui uma busca contínua na melhoria de todos os seus processos para atender com eficiência as necessidades do mercado e inovar seu sistema produtivo com as novidades tecnológicas mais evoluídas. Neste mês, a NovaCer entrevistou o economista e consultor da Fiesc, Paulo de Tarso Guilhon. Saiba na entrevista como micro e pequenas empresas do Brasil podem crescer no mercado. Aproveite a leitura!
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D E S E N VO LV I M E N T O
O produto mais natural do mundo Os quatro elementos da natureza estão presentes nas peças fabricadas pelo setor
Materiais cerâmicos são mais resistentes e leves com relação a outros produtos como o concreto
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A combinação natural da matéria-prima (terra) com ar, água e fogo, ou seja, os quatro elementos da natureza, fazem das peças cerâmicas produtos 100% naturais. A terra, pois os itens cerâmicos são compostos por argila e agregados minerais; água, na adição que permite a moldagem da argila; ar, no processo de secagem natural; fogo, quando são queimados em temperatura média de 900 °C, o que aumenta a durabilidade dos produtos. Além disso, a cerâmica vermelha tem reconhecimento histórico da naturalidade, pois faz parte da vida da humanidade desde os primórdios. De acordo com a gerente de meio ambiente da Anicer, Fernanda Duarte, estudos apontam a utilização de materiais cerâmicos de construção, como tijolos e telhas, desde 5.000 a.C, sendo empregados por assírios, babilônicos, caldeus e egípcios. Por sua história milenar, apresentam inúmeras vantagens. Entre elas, o geólogo e
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especialista em materiais cerâmicos Jaime Pedrassani cita as dos blocos cerâmicos, que são a facilidade de obtenção, isolamento termo acústico, assentamento, resistência estrutural e durabilidade da obra. Outras vantagens, conforme o presidente do Instituto Pró-Cerâmico em Sergipe (IPC), Mehujael Colaço Rodrigues, são o fato de serem materiais mais baratos, fácil para manejar, encontrados facilmente no mercado, mais fáceis para se fazer acabamento, mais leves e com menor absorção de água. “Somos 80% menos condutor falando em termos térmicos, nossa condutibilidade térmica é 80% menor. Além disso, nossos produtos são tão resistentes quanto a outros como o concreto, e apresenta vantagens como leveza – material pesa muito menos, praticamente 20% menos –, o que exige menos cargas nas fundações, vigas e pilares, ou seja, na estrutura”, relatou o consultor Paulo Henrique Manzini. Outro fator importante é a durabilidade dos produtos cerâmicos. Conforme Fernanda, 2 mil anos é o tempo médio em que itens de argila mantém suas propriedades conservadas e 100 anos é a garantia dos produtos cerâmicos dada pelos fabricantes. “Devido ao longo ciclo de vida, a cerâmica reduz a necessidade de uso de mais recursos minerais e de energia. Quanto maior a durabilidade de um produto, mais diluídos são seus impactos ambientais e maior a sua contribuição para o desenvolvimento sus-
tentável”, relatou. De acordo com Pedrassani, a durabilidade de qualquer produto cerâmico depende de suas características técnicas e emprego adequado. “Apenas para ilustrar, em inúmeras cidades europeias vemos edifícios milenares construídos com tijolos à vista, sem sinais de deterioração, a mostrar a elevada qualidade técnica desses produtos”, comentou.
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As argilas figuram entre os mais importantes minerais industriais, não só pelo volume explorado, mas também pelo valor da produção. De acordo com o geólogo e especialista em materiais cerâmicos Jaime Pedrassani, cerca de 90% da produção de argilas é destinado preferencialmente à fabricação de materiais de construção e agregados. Os 10% restantes são destinados a outras finalidades industriais, como papel, borracha, petróleo, produtos químicos e farmacêuticos e agricultura, entre outros. “A argila é o produto final da ação do intemperismo sobre as rochas da superfície da crosta terrestre. Então, desde a formação da terra, há mais de 4 bilhões de anos, os elementos (água, calor, frio, vento, atrito, etc.) vêm atuando sobre
Impactos ambientais De acordo com o geólogo e especialista em materiais cerâmicos Jaime Pedrassani, toda intervenção do homem (ação antrópica) na natureza gera algum impacto que poderá ou não ser nocivo. “Como a extração é feita a céu aberto, o resultado final dessa intervenção dependerá dos critérios adotados na mineração e recuperação ambiental da jazida. Antigamente, ocorria com frequência o que denominamos “lavra predatória” cujo resultado final eram áreas degradas e sem aproveitamento para outros fins. Já em fins da década de 1960, movimentos ambientalistas despertaram no setor mineral, em geral, a consciência para a exploração e uso racional dos bens minerais, e a devida recuperação das áreas de extração e sua destinação final”. Conforme Loyola, toda e qualquer atividade humana gera impactos no meio ambiente. Na mineração da argila, por exemplo, há a supressão da vege-
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as rochas e gerando, ao final de um longo ciclo, argilas. Assim, é o recurso mineral (não renovável) mais abundante na natureza”, disse. Conforme o geólogo da Mineropar, Luciano Cordeiro de Loyola, as argilas são fruto da alteração de alguns minerais que existem em rochas mais duras. “Com o tempo geológico, estas argilas podem ter sido transportadas para formar rochas sedimentares (o que se chama popularmente de taguá) ou para depósitos de baixadas. Existem também depósitos nos locais onde estas argilas foram formadas. Ou seja, a argila é abundante, mas tem condicionantes para sua existência e concentração. É por isso que temos cidades e regiões onde há uma grande concentração de cerâmicas”.
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tação, impacto visual, aceleração dos processos erosivos, modificação dos cursos d'água, aumento da turbidez e sólidos em suspensão, assoreamento dos cursos d'água, interceptação do lençol freático, mudanças na dinâmica de movimentação das águas subterrâneas, aumento de ruídos e poeira levantada pelos caminhões, entre outros. Estes impactos, conforme Loyola, devem ser minimizados. Para que isso ocorra, a cerâmica deve evitar os desperdícios, o que significa ter uma massa cerâmica tecnicamente controlada. “Com isso, diminui as perdas de secagem e de queima”. Para Pedrassani, os impactos são inevitáveis. “A extensão e a gravidade deles dependem de uma série de fatores (plano de mineração, relevo, bacias de contenção, etc.) que ao final redundarão numa topografia modificada”, completou.
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Comprovado: produtos de cerâmica vermelha são mais sustentáveis
Dois estudos encomendados pela Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) comprovaram que os produtos cerâmicos possuem um desempenho ambiental bastante superior quando comparado com os materiais feitos de concreto. Conforme as pesquisas chamadas Avaliação do Ciclo
“Materiais cerâmicos apresentam menor impacto na mudança climática, no esgotamento de recursos naturais e na retirada de água em relação ao concreto
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de Vida das Telhas Cerâmicas e Avaliação do Ciclo de Vida dos Blocos Cerâmicos, a cerâmica é mais leve e econômica, tem melhor isolamento térmico e acústico, além de ser mais sustentável. Apresenta ainda um menor impacto na mudança climática, no esgotamento de recursos naturais e na retirada de água. De acordo com a gerente de meio ambiente da Anicer, Fernanda Duarte, a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma ferramenta padronizada pela ISO 14040, que fornece uma base científica e rigorosa para avaliação ambiental, fundamental para a análise do impacto de um produto na natureza. O estudo avalia a carga ambiental associada ao produto, levando em conta todas as etapas de seu ciclo de vida, desde a extração das matérias-primas para a fabricação, a extensão de sua vida útil, até seu descarte final. Desta forma, o estudo avaliou os impactos ambientais dos produtos cerâmicos desde a extração da argila até o fim da sua vida útil, levando em consideração os seguintes aspectos: Mudanças Climáticas, Esgotamento de Recursos, Retirada de água, Saúde Humana e Qualidade do Ecossistema. Para dar mais significado e comparabilidade ao consumidor, foi realizada a mesma análise com os produtos de concreto. Os dois estudos foram realizados conforme os procedimentos internacionais organizados pela International Life Cycle partnerships for a Sustainable World (UNEP/ SETAC) e pela International Organization for Standardization (ISO), conforme estabelece o Programa Brasileiro de Avaliação do Ciclo de Vida aprovado pelo CONMETRO, através da Resolução n° 4, de 15 de dezembro de 2010. A intenção principal deste projeto, conforme Fernanda, foi compreender melhor as oportunidades e riscos do produto e quais os verdadeiros impactos causados por eles. “Assim, será possível estabelecer políticas de atuações que permitam reduzir a carga
tes dispararem na utilização de recursos não renováveis ou recursos renováveis além de sua capacidade de renovação”, informou. Além disso, conforme Fernanda, construir com blocos cerâmicos proporciona maior durabilidade e conforto acústico e térmico à habitação ao longo da sua vida útil, trazendo bem-estar às pessoas e reduzindo o consumo de energia elétrica com aparelhos de ar condicionado e ventiladores. De acordo com a gerente de meio ambiente da Anicer, tanto as coberturas de telhas cerâmicas quanto as paredes feitas de blocos cerâmicos apresentam um menor impacto em relação aos seus equivalentes de concreto nos aspectos relacionados à mudança climática, esgotamento de recursos naturais e retirada de água. Conforme o presidente do Instituto Pró-Cerâmica em Sergipe (IPC), Mehujael Colaço Rodrigues, o produto cerâmico sai na frente em todos os aspectos, preço, qualidade, durabilidade, menor peso, mais fácil de aplicar, abundância no mercado, além de agilizar a execução das obras.
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ambiental do produto e desenvolver estratégias de mercado, redução de custos e otimização de processos, além de servir como instrumento para que governos e consumidores possam escolher produtos mais sustentáveis com clareza, sem se deixar enganar”, relatou a gerente de meio ambiente da Anicer. Segundo os resultados da ACV, os blocos cerâmicos emitem 66% a menos de CO2 equivalente na atmosfera se comparado com os blocos de concreto e 83% a menos que o equivalente construído com paredes de concreto moldadas in loco. “Em relação à retirada de água, os blocos de cerâmica consomem 65% e 84% a menos de água que os blocos de concreto e as paredes de concreto moldadas in loco, respectivamente. Quanto ao esgotamento de recursos, a alta energia demandada para produção de hastes de aço na fabricação das paredes moldadas in loco, o processo de clinquerização do cimento e a utilização de combustível fóssil na produção de blocos de concreto fazem os produtos concorren-
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Quem não é visto, não é lembrado Quem não se mostra, não é conhecido, conforme o presidente do Instituto Pró-Cerâmica em Sergipe (IPC), Mehujael Colaço Rodrigues. Segundo ele, se você não divulga seu produto, a sua chance de vendê-lo é bem menor do que de quem investe em publicidade e propaganda. “A propaganda é a alma do negócio, participar de feiras, é estar sempre tomando conhecimento da evolução de máquinas e equipamentos, do surgimento de novas tecnologias para a sua empresa, modernizar-se é uma necessidade”, acrescentou.
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Pensando nisso, e com o objetivo valorizar o produto cerâmico, uma nova campanha publicitária, com ênfase nas mídias digitais, “Na casa da minha vida, só cerâmica” foi criada pela Anicer. Conforme a gestora de publicidade e marketing da Associação Nacional, Márcia Sales, uma das frentes da campanha é a divulgação do estudo inédito no setor da construção civil sobre a Avaliação do Ciclo de Vida dos Produtos Cerâmicos e o comparativo com seus equivalentes em concreto. O público-alvo da campanha é o consumidor final, além de arquitetos, engenheiros e profissionais da construção civil. “A campanha irá focar nas mídias digitais, onde o blog apresentará informações de interesse para o setor, além de comprovar que a cerâmica é um produto nobre e ao alcance de todo brasileiro. Para isso, utilizaremos quatro frentes: O blog "A Casa da Minha Vida", onde o visitante terá acesso aos vídeos da campanha, artigos de especialistas e dicas para que o consumidor faça as escolhas certas na hora de construir; Fan page no Facebook; vídeos no YouTube. A nossa estratégia de comunicação é mostrar que a cerâmica é superior ao bloco de concreto, à parede de concreto e a todas as soluções "rápidas" que têm aparecido no mercado da construção civil (drywall, light steel frame, entre outras)”, relatou Márcia. Conforme o consultor Paulo Henrique Manzini, a cerâmica vermelha tem benefícios que estão sendo poucos divulgados, o que faz o setor perder espaço não por baixa qualidade e sim pelo fato de não ser feita a devida divulgação. “O ceramista deve lutar pela qualidade e dizer isso ao mercado. Se ele mesmo acha que qualidade é tudo igual porque bloco se reboca, está enganado. Somos milenar, com tradição e qualidade comprovada, porém, é preciso divulgar melhor essas qualidades. Testar ainda mais nossos produtos por entidades, universidades, laboratórios e estes resultados, que vão ter resultados positivos, devem ser divulgados, sempre”, disse.
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A cerâmica vermelha em projetos arquitetônicos
Farol Housing, prédio de apartamentos na Praia da Barra, em Ílhavo, Portugal
“É necessário estar atento a cada pormenor e a cada dobra da construção, evitando cortar peças. A obra será tanto mais bonita e controlada quanto menor desperdício houver do material. O tijolo cerâmico tanto se adapta bem a paredes exteriores como a interiores, e pode até, em alguns casos, funcionar bem como pavimento exterior”. A afirmação é do arquiteto e professor de arquitetura, em Portugal, Ricardo Vieira de Melo.
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Conforme ele, o tijolo maciço é um material construtivo muito interessante para obras contemporâneas. “A sua durabilidade e textura, bem como as suas capacidades térmicas, se enquadram bem em obras novas, pois têm na sua génese um caráter bem abstrato que pode beneficiar a obra moderna. Como material estandardizado, encaixa bem numa arquitetura sistematizada e moderna”, relatou Melo. Melo tem experiência com tijolo maciço há 20 anos. Segundo ele, para se trabalhar bem o tijolo maciço, é preciso ter atenção quanto à especificidade material e construtiva. “Construir com tijolo maciço é como erguer um grande puzzle. Para que resulte em uma obra coerente e rigorosa, é necessário controlar todos os detalhes, acertar em cada canto ou remate da construção. Mas no final o esforço é compensador e duradouro”. Das 49 obras já realizadas, desde casas isoladas até edifícios, Melo destaca três. Uma delas é a casa em Aradas, cidade de Aveiro, Portugal. “A experiência com o tijolo foi levada até às últimas consequências, resultando numa obra complexa, mas muito coerente e rica”. Outra obra foi o prédio de apartamentos na Praia da Barra em Ílhavo, que resultou bem como elemento referencial urbano, atribuindo uma marca bem interessante a uma praça muito marcada pelo maior farol da península ibérica. Também marcou a trajetória de Melo o condomínio da Quinta do Corisco, que tem quatro fases com quatro blocos diferentes de moradias e onde foi possível explorar bem a articulação do tijolo com outros materiais complementares. Conforme o arquiteto, a vantagem de usar este material é a durabilidade que ele apresenta, o que faz dispensar manutenção das fachadas. Outra vantagem é a resistência e o bom comportamento térmico, protegendo do calor e do frio. Além disso, se for utilizado com critério, pode criar ambientes bem modernos. NC
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Uma nova fábrica de cerâmica vermelha foi instalada em Guarapuava, no Paraná. A cerâmica Dalba será a primeira no país a produzir materiais cerâmicos com 75% de resíduo sólido (Filler) na composição. A inauguração ocorreu no dia 26 de agosto deste ano. Em uma área de 4,5 mil metros quadrados, a nova indústria deverá fabricar aproximadamente 1 milhão de peças por mês de blocos de vedação. A cerâmica nasceu por meio da Dalba Engenharia com o auxílio do Núcleo de Tecnologia Cerâmica (NTC), de Prudentópolis
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(PR). Como a empresa produz em sua pedreira areia e pedra que gera mil toneladas de resíduo sólido por mês, o NTC reaproveitou este Filler, partículas em forma de pó que se soltam devido às tensões da força de fragmentação de uma rocha, e desenvolveu uma composição de massa para produção de cerâmica vermelha. De acordo com o proprietário do NTC, Adilson Carlos Costa, a utilização do resíduo na massa para cerâmica vermelha gera benefícios como economia no consumo de argila, maior fluidez na extrusão, menor retração a seco, menor tempo de secagem e queima. Quanto ao processo produtivo, conforme Costa, a única mudança é a introdução de mais um caixão dosador para o filler. “O restante é igual ao processo convencional de uma empresa moderna”, acrescentou. Da pesquisa de uma composição perfeita com o resíduo até os testes em escala semi-industrial foram seis meses de trabalho. “Todos os testes em escala laboratorial foram realizados no NTC, os ensaios em escala semi-indústrial foram realizados na cerâmica São Gerônimo, a qual sou consultor. Realizamos duas fases de testes com cinco mil peças produzidas em cada etapa”, contou Costa. De acordo com o diretor geral do Grupo Dalba, Ilson Cezar Luchtemberg, foram investidos 1,9 milhão na instalação da nova fábrica. Inicialmente, a empresa terá 17 colaboradores diretos. O combustível será cavaco limpo oriundo dos reflorestamentos da empresa. Entre as ações em prol do meio ambiente, Luchtemberg destaca a utilização do Filler, que antes era descartado, e um plano de recuperação na áreas de retirada da argila. Além da produção de blocos de vedação, em um espaço curto de tempo, a empresa pretende dar início também à produção de blocos estruturais, segundo o diretor geral do grupo Dalba. NC
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Modelo em tecnologia no país Cerâmica Barrobello, de Santa Cruz da Conceição, em São Paulo, tem mais de 25 anos de história
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Fundada em outubro de 1986, a cerâmica Barrobello, localizada na cidade de Santa Cruz da Conceição, no estado de São Paulo, é uma indústria modelo no país quando o assunto é inovação tecnológica. A empresa possui uma busca contínua na melhoria de todos os seus processos para atender com eficiência as necessidades do mercado e inovar seu sistema produtivo com as novidades tecnológicas mais evoluídas. Sinônimo de tradição e confiabilidade no mercado, a preocupação da Barrobello segue desde a extração de matéria-prima (por meio de uma escavadeira hidráulica de última geração, que proporciona maior autonomia de extração) passando pela produção (a empresa possui a maior extrusora monobloco em operação no Brasil, com capacidade de produção de 70ton/h) até a distribuição do produto (utiliza sistema paletizado, o que confere agilidade, garantindo maior eficiência e reduz as perdas).
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A Barrobello conta com quatro unidades. Destas, duas são para produção de blocos e duas para fabricação de telhas cerâmicas. Os blocos Barrobello são fabricados sob os mais rígidos controles no processo produtivo e fabricados conforme as normas técnicas. As Telhas Barrobello – Romana, Portuguesa, Americana e Italiana – também são produzidas dentro de todos os padrões exigidos pela ABNT e são certificadas pelo CCB, organismo
Os blocos e as telhas fabricados na cerâmica Barrobello seguem os mais rígidos controles no processo produtivo e são fabricados conforme as normas técnicas
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acreditado pela coordenação geral do Inmetro. Atualmente, a Barrobello conta com 400 funcionários nas quatro unidades e sete fornos para produção de telhas e blocos. O combustível utilizado é o cavaco que, segundo o proprietário da empresa, Roberto Fantinato, é um combustível fácil de adquirir pela abundância na região. “Na Europa, o combustível mais utilizado é o gás natural, no entanto, no Brasil, este combustível é caro. Por isso, procurámos nos adaptar à nossa realidade que, no caso, seria a madeira”, acrescentou. Investimento em automação é o que chama atenção na Barrobello. Conforme o proprietário da empresa, se o ceramista não investir em automatismo vai ficar para trás. “Como a mão de obra não é qualificada e é cara, vale a pena automatizar”, disse Fantinato. Para ele, o mercado para produção de blocos mudou muito no país de cinco anos pra cá. “Nós vamos em feiras há 20 anos, e o que víamos em outros países, como Itália, por exemplo, não está muito longe de acontecer aqui. Antes, víamos que demoraria para chegarmos onde eles estão, mas hoje a realidade
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é diferente. Atualmente, nunca foi tão fácil automatizar, estão transferindo tecnologia muito barato hoje, o país oferece linhas de créditos com juros muito baratos para você automatizar”, informou. Entre as tecnologias usadas na Barrobello estão equipamentos da Betiol, da Bonfanti, da Camargo, da CMA e da Dositec. Já nos caso das telhas, para o proprietário da cerâmica Barrobello, a realidade é diferente. “A telha é mais difícil automatizar, exige um pouco mais de planejamento. Já o bloco não. É mais fácil de automatizar uma fábrica de blocos. O cara da telha ainda não evoluiu como o do bloco, mas ainda vai passar por esse processo de evolução”, disse. Para Fantinato, a cerâmica vermelha está se tornando uma empresa formal hoje em dia, ou seja, está saindo do fundo do quintal, conforme ele. "Essa zona de conforto que o consumidor vivia há uns 10 anos não existe mais. Hoje o mercado está concorrido. Há muitas opções no mercado e o ceramista precisa acordar pra isso e se modernizar”, finalizou o empresário. NC
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ENTREVISTA
Micro e pequenas empresas e o desafio de crescer Revista NovaCer - A empresa quer crescer e precisa de dinheiro. O que ela deve fazer? Onde deve buscar apoio? Paulo de Tarso Guilhon - O ideal é que se busque crescer com recursos próprios. Contudo, existem possibilidades concretas em bancos oficiais dentre os quais o BNDES é a opção oficial com braços em todo o país, seja por meio de bancos da iniciativa privada, seja por meio de bancos oficiais. Em Santa Catarina, tanto o Badesc, como o BRDE, são atuantes e operam inclusive linhas do microcrédito, por meio de terceiros. Essa modalidade foi consagrada pelo PhD em economia, Muhammad Yunus, de Bangladesh. Essas linhas possibilitam o acesso a montantes reduzidos, mas que são necessitados por empreendedores de porte mais modesto, enfim negócios de micro porte são atendidos, sem muita burocracia, pelo microcrédito.
Neste mês, a NovaCer entrevistou o economista e consultor da Fiesc, Paulo de Tarso Guilhon. Na entrevista, um dos assuntos é sobre como micro e pequenas empresas do Brasil podem crescer. Atualmente, sócio da PTG Consultoria, Guilhon é economista e Master of International Management por Thunderbird (EUA) e doutor em Engenharia de Produção. O profissional já atuou como presidente no Conselho Regional de Economia e na Associação dos Conselhos Profissionais de SC. Atuou ainda como economista em empresas como Shell, Eletrobrás e Eletrosul 34
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NC - Como micro e pequenas empresas podem crescer sem correr riscos? PTG - O risco é inerente ao negócio. Em negócios, a maior certeza que se tem é a incerteza. Contudo, é possível reduzir o risco pelo estudo de mercado. Pesquisa exaustiva que possa indicar caminhos é a melhor maneira de se precaver contra os riscos de um crescimento desordenado. Há instituições que podem ajudar nessa busca. Não só o Sebrae, mas também a interação com a academia pode surpreender. A interação pode revelar-se bem barata, mas para isso é preciso sair da área conhecida e investigar o desconhecido. É preciso aproximar mais as duas pontas, academia e empresas. NC - Quais as barreiras enfrentadas pelas pequenas empresas na hora de elevar seu porte? PTG - É claro que um porte mais elevado pode requerer um novo estágio de contribuição fiscal com todos os reflexos pertinentes, contudo, a maior barreira para as empresas de menor dimensão elevarem o porte está na cabeça do próprio empreendedor que,
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muitas vezes, reluta em crescer por temer o desconhecido. Uma grande parte das empresas menores quebra cedo. Ninguém em sã consciência entra em um negócio para padecer pequeno, sem tempo para nada a não ser correr atrás de recursos para equilibrar as contas o resto da vida. Para ser grande, é preciso pensar grande. Ter a vontade de prosperar e mudar de porte. NC - O que é o sistema de gestão ERP? PTG - É bom desmistificar. Trata-se de um sistema integrado de gestão entre as áreas empresariais. Claro que é positivo e traz um conhecimento necessário, indispensável da gestão da empresa. Mas, não dá para a gente pensar que todos os empreendedores estão no mesmo nível. Olha, há dez anos, na minha pesquisa de doutorado, constatei que 75% da população economicamente ativa do Brasil eram analfabetos funcionais. A mesma constatação foi feita, recentemente, por um instituto de pesquisa nacional. Ou seja, infelizmente, nada mudou em dez anos. O que será que irá revelar uma pesquisa com os empreendedores de empresas de menor dimensão? Não adianta você dar um remédio sofisticado, a um determinado custo, para um paciente que necessita de tratamento mais simples. Primeiro levantar a realidade para depois aplicar o tratamento correto a cada um. NC - Como uma empresa de menor dimensão pode se tornar maior? PTG - A questão básica que precede a boa gestão, condição necessária para o salto empresarial, chama-se vontade de querer ser grande. Veja o exemplo do Banco Garantia no Rio de Janeiro da década de sessenta e perceba seus desdobramentos, no que se transformou hoje. Claro que é uma realidade bem diferente da maioria das nossas empresas de menor dimensão. Mas, é como um marco, uma referência no que pode se transformar uma empresa quando existe a condição básica de querer crescer. NC - Qual a estatística de sobrevivência de micro e pequenas empresas no Brasil? PTG - Segundo o Sebrae, de cada 100 empresas abertas hoje, 27 não estarão em atividade dentro de dois anos. Este percentual de falência já foi muito maior. As ofertas de em-
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prego de um Brasil em crescimento têm muito a ver com isso. Muita gente que antes se lançava como empreendedor era muito mais por uma questão de sobrevivência do que por vocação. NC - O que é preciso avaliar para um negócio tornar-se viável no mercado? PTG - Primeiramente, claro, se existe mercado. É o óbvio, mas é devido ao óbvio que a nação americana é o que é. Analisar o mercado é o primeiro passo para o sucesso de qualquer negócio. O mercado não é nossa cabeça, mas a dos potenciais consumidores. Um plano de negócios é indispensável, mas não é o suficiente. É preciso bater perna, fazer uma pesquisa exaustiva, conversar com pessoas, possíveis compradores, fornecedores e toda a cadeia pertinente ao negócio que se pretende implantar. NC - Como está a situação econômica mundial? PTG - O mundo ainda se ressente da crise americana que se iniciou em 2008 e depois se espalhou pela Europa e outras áreas geográficas. Ainda vai levar um tempo para a situação melhorar. Contudo, existe uma forte sinalização de que a economia americana deve começar uma recuperação que pode ser encarada de duas maneiras: vamos ter para quem vender, mas os americanos vão disputar mercado conosco. A competitividade internacional e local é o maior desafio da nossa indústria que compete com os produtos chineses e vem perdendo terreno em vários setores. Como ser competitiva é o maior desafio para a indústria nacional. Santa Catarina vem fazendo sua parte da porta para dentro da fábrica. Porém, da porta para fora, foge ao controle dos industriais. É uma questão de vontade política. NC - Qual o impacto das questões tributárias nas micro e pequenas empresas? PTG - Há dois pontos básicos: primeiro a carga ainda é muito alta e segundo o sistema tributário é tão complexo que torna nossas empresas reféns desse sistema. É preciso reduzir a carga e simplificar o pagamento dos tributos. Mas, fundamental é ter o retorno dessa carga por meio de serviços públicos de qualidade. É simples, na educação, no dia em que o fi-
NC - De que forma a economia mundial e a crise europeia devem influenciar a situação econômica do Brasil? PTG - Com relação à crise, o perigo da China crescer menos influencia a venda de nossas commodities. A perda de competitividade da indústria brasileira e catarinense é a maior preocupação. Por um lado, a recuperação econômica americana, como disse, pode ser um alento pela possibilidade de colocação de nossos produtos naquele mercado, mas por outro, é uma ameaça, pois se antes a economia americana estava encolhida, com as sinalizações positivas da recuperação econômica não resta dúvida de que serão ainda mais agressivos para recuperar o tempo perdido. Nosso maior desafio é perceber que não podemos ficar à mercê da desvalorização cambial. A competitividade se constrói pelo investimento em tecnologia de ponta, pela inovação tecnológica. NC - A quais riscos os empresários devem estar atentos? PTG - Os empresários devem ficar atentos às ondulações do mercado onde estão inseridos, sem nunca descuidar de se informar a respeito do andamento da economia. É que a economia é uma grande rede de vasos comunicantes e o que acontece em um setor pode vir a ter repercussões no mercado em que o empresário está inserido. Quem trabalha em uma grande empresa tem seu supervisor, seu gerente imediato como fonte de orientação. Porém, na pequena empresa, o orientador do empreendedor é o próprio mercado. Não dá para ficar o tempo todo preso dentro do espectro da empresa. É preciso olhar em torno e ver o que está acontecendo para ter elementos de decisão. O principal risco é o da desinformação. NC - Quais as melhores oportunidades podem ser aproveitadas pelos empresários brasileiros?
PTG - Um bom parâmetro pode ser encontrando no esforço que a indústria catarinense vem fazendo procurando descortinar o futuro. O projeto Setores Portadores de Futuro para a Indústria Catarinense planeja o setor e seus principais vetores de desenvolvimento até o ano de 2022. O resultado deste projeto é fruto de um processo coletivo de participação de diversos setores e representantes da atividade econômica no Estado de Santa Catarina. A principal visão é de que o futuro se constrói hoje e passa pela união dos esforços dos vários segmentos econômicos. Por meio de vários painéis de construção do futuro, com mais de 350 participantes, o Sistema Fiesc identificou os seguintes setores portadores de futuro: Agroalimentar, bens de capital, celulose e papel, cerâmica, construção civil, economia do mar, energia, indústrias emergentes, meio ambiente, metalmecânica e metalurgia, móveis e madeira, produtos químicos e plástico, saúde, tecnologia da informação e comunicação, têxtil e confecção e turismo.
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lho do pobre sentar junto com o filho do rico, na mesma escola pública, e que não precisarmos de um plano de saúde particular para sobreviver, quando pudermos ter uma assistência de saúde digna, aí então, creio que não iremos reclamar da carga tributária de cerca de 40% do PIB.
NC - O que significa na prática o Brasil ser a sexta maior economia do mundo? PTG - É um paradoxo. Se por um lado somos a sexta maior economia do mundo, por outro, temos serviços públicos africanos embora nossa carga tributária seja de país nórdico. O atendimento hospitalar público é uma vergonha e a qualidade de nossa educação é sofrível se comparada a de outros países. NC - As empresas brasileiras fazem planejamento financeiro? PTG - Se não fazem, deveriam. Planejamento, não só financeiro, mas estratégico é algo em falta no Brasil de hoje. Quem não planeja, quem não tem visão de longo prazo, não chega a lugar algum. O planejamento financeiro é importante para qualquer empresa, para qualquer cidadão. Saber orçar, planejar o que se tem a pagar e a receber e trazer isso com abertura diária é fundamental. NC - Qual a principal dica para desenvolver um bom planejamento financeiro na empresa? PTG - Simples, é reunir toda a empresa e fazer o orçamento de custos de cada área. Quanto se gastará no ano em função do que o mercado está acenando em termos de vendas?
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Custo é elencar os gastos diários e projetar o total do mês. NC - O que é custo para uma empresa? PTG - Desde que o mundo é mundo, custo engloba os gastos fixos, como aluguéis, salários, custos que você não tem como fugir e os variáveis, matérias-primas, horas extras, energia elétrica, que dependem da quantidade produzida. NC - Como definir o preço de um produto, no caso de telhas ou tijolos? PTG - Há alguns métodos tradicionais de se calcular preço. Contudo, o que vai determinar mesmo o preço de venda é o mercado. Para uma empresa entrante, ou que pretenda se estabelecer, pode ser que chegue à conclusão que não vale a pena entrar no mercado, pois no cotejo entre custos e preço de venda pode chegar a conclusão que o retorno não compensa o esforço. NC - Qual a importância de aprender sobre finanças? PTG - Olha, uma das grandes reclamações do nosso empresário é a falta de recursos para quem precisa investir, ou principalmente, necessita de capital de giro. A principal carência de nossas empresas não é a falta de recursos, mas a gestão equivocada por falta de conhecimentos em finanças. Creio que as linhas de crédito deveriam ser concedidas em conjunto com um curso de gestão. Os recursos só seriam liberados se o empresário mostrasse resultado positivo no curso. Claro que muita gente vai falar que isso é inviável devido ao tempo indisponível do empreendedor. Porém, há caminhos para resolver essa questão. O curso poderia ser de menor duração, prático e o empreendedor seria monitorado pelo Sebrae e pela academia. É a única forma que vejo para socializar o conhecimento atrelado à captação de recursos. Conceder o crédito somente, não me parece um remédio adequado para a falta de gestão empresarial. NC - Qual a importância das micro, pequenas e médias empresas para a economia do país? PTG - A padaria na esquina, o restaurante, a farmácia, enfim os empreendimentos de menor dimensão são maioria em qualquer parte do mundo. Você consegue visualizar sua vida
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sem esses empreendimentos? As micro e pequenas empresas empregam mais de 52% dos trabalhadores no Brasil e contribuem com 25% do PIB nacional. Só isso demonstra a importância das empresas de menor dimensão. Porém, a contribuição para o PIB poderia ser muito maior e não ocorre pela gestão limitada. Por isso, defendo uma integração definitiva e não um paliativo, entre empresas e academia. Você pode pegar um jovem e colocá-lo a interagir com um empreendedor, supervisionado pelo professor. É nessa interação rica que as empresas irão evoluir, o jovem terá um aprendizado prático importante para sua vida profissional e o professor terá contato com uma realidade antes mais distante. É preciso desarmar as ideias pré-concebidas, tanto por parte do empreendedor, como por parte da academia. Esse é o caminho para um mercado mais promissor de micro e pequenas empresas. NC - Que tipo de dificuldades um novo empreendedor passa para se estabelecer no mercado? PTG - A principal é a falta de conhecimento do mercado. Conhecer a fundo o mercado em que pretende se inserir é condição “sine qua non” para se dar bem. Se não conhecer bem o mercado, é melhor não se aventurar. Se já for conhecedor, as chances de se dar bem aumentam, evidentemente, pois o empreendedor já vai ter a “manha”. NC - O que é um plano de negócios? PTG - É exatamente o que o nome está dizendo. É uma tentativa de minimizar os riscos existentes em qualquer negócio. NC - Como executar um plano de negócios? PTG - Seguindo à risca o que foi traçado, mas tendo flexibilidade suficiente para mudar o que for preciso. O plano é um plano, a realidade pode ser outra, às vezes, muito diferente do que foi traçado. Por isso, é fundamental, indispensável, cotejar o plano com a realidade cotidiana. NC - O que é fundamental para o sucesso de uma empresa? PTG - A vontade do empreendedor aliada a um bom planejamento, que por sua vez deve estar alinhado com o dia a dia empresarial não garante o sucesso. Mas, ajuda muito.NC
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Cerâmica de Goiás investe em ensino para funcionários
A empresa Telhas Estrela, indústria localizada na região Norte de Goiás, está investindo na profissionalização de 22 funcionários. Os colaboradores da cerâmica participam do curso Técnico em Cerâmica, ofertado pelo Instituto Federal de Goiás (IFG-GO). A capacitação à distância, com aulas presenciais de duas a três vezes no laboratório da instituição de ensino de Uruaçu, é gratuita e tem carga horária de 1,2 mil horas. Serão três semestres de aula e um semestre de estágio. O incentivo ao estudo veio da cerâmica que tem investido no combate ao analfabetismo e estímulo de continuidade dos estudos do nível fundamental, médio e superior desde 2005 – ano em que implantou um programa de desenvolvimento pessoal e profissional de seus colaboradores. “Como é cultura na empresa estimular o conhecimento, o curso de cerâmica caiu como uma luva para que a empresa pudesse direcionar seus colaboradores para um projeto de expansão de seu parque fabril e ampliação de seu mercado, competindo em outros estados. A empresa tem projetos de certificação
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de produtos, certificação de gestão de processos e desenvolvimento de novos produtos e inserção de processos automatizados. Demandando, portanto, de profissionais altamente qualificados”, relatou o proprietário da cerâmica, Belmonte Amado Rosa Cavalcante. Desta forma, a empresa tem auxiliado estes colaboradores a fazer a capacitação por meio de palestras de sensibilização da melhoria da qualificação profissional, despertando a motivação do investimento no conhecimento como meio de ascensão profissional e melhoria da renda. Além disso, a empresa mobilizou todos os funcionários com o segundo grau completo e ofertou aulas de preparação para seleção dos candidatos às vagas ofertadas. Para incentivar os funcionários a realizarem o curso, a empresa ainda contratou um professor de Matemática e Português para ministrar reforço de conhecimento durante 15 dias consecutivos, com duração de uma hora e 30 minutos de aula para cada disciplina; facilitou o processo de inscrição ao curso, dividindo em quatro parcelas a taxa de inscrição; ofertou transporte por meio de ônibus em parceria com a prefeitura local para o transporte no dia do exame. Os funcionários que realizam o curso são Carlos André Sales, David Cardoso, Denison Ribeiro, Denizard Hipolitte, Divaci dos Santos, Ednilson Mendanha, Elias Pereira, Eliel da Silva, Fábio Ribeiro, Hélio Castro, Hugo Vitório, Isaias Pereira, Jesus Gonçalves, Jorge Possidonio, Lucas da Silva, Míria Cristina, Nathia Clair, Regina Cabral, Renata Cristina, Renato Cardoso, Romildo Pereira e Silvan Domingos. Após a realização deste curso, estes colaboradores estarão aptos a exercer atividades como controle do processo produtivo cerâmico desde a extração da matéria-prima até o cliente final. Poderão também exercer função de gestão, controles laboratoriais e até mesmo de vendas e marketing, conforme o Cavalcante.
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Oportunidade garante crescimento para os colaboradores da empresa O auxiliar de laboratório Fábio Ribeiro Ferreira é um dos colaboradores que faz o curso ofertado pelo Instituto Federal de Goiás. O objetivo dele é adquirir novos conhecimentos e aprofundar os já adquiridos ao longo dos anos trabalhando na cerâmica Estrela. Ferreira começou a trabalhar na Estrela em 2004. Nesta quase uma década na empresa, observou muitas mudanças na cerâmica, e viu o quanto a empresa já superou lutas para se manter firme e crescente. “Vi que este curso me trará oportunidade de conhecimento e crescimento, devido a mudanças que ocorrem atualmente na empresa, que está ampliando e mudando a forma de como produzir. Com isto, será necessário mão de obra qualificada e, como eu já realizo análises das matérias-primas e produtos, essa é uma grande oportunidade de ganhos, tanto em conhecimento quanto salarial”, relatou. Para Ferreira, ter um diploma do curso Técnico em Cerâmica já é um ganho e uma satisfação. “No entanto, pretendo absorver o máximo de conhecimentos e melhores maneiras de realizar os trabalhos nessa área, pois já venho realizando trabalhos que envolvem e necessitam de um amplo conhecimento e, é claro, ter um melhor ganho salarial. No mundo competitivo de hoje, realizar cursos é fundamental para que tenhamos reconhecimentos e ganhos intelectuais, onde possamos exercer da melhor forma nossas atividades”. Há oito meses na cerâmica Estrela, a vendera Míria Cristina Duarte Vieira também não poupou esforços para realizar o curso. O anseio em querer aprender mais e o incentivo da empresa foram as motivações da funcionária que, com o curso, pretende adquirir novos conhecimentos na área de cerâmica, e assim obter melhor qualificação profissional. “Todo conhecimento adquirido, torna-se pouco perante o mundo em que vivemos
hoje, que sempre está em constante transformação. Por isso, o curso Técnico em Cerâmica só têm a somar em sabedoria e conhecimento para que possamos nos tornar profissionais qualificados” relatou. Além de Ferreira e Míria, outro funcionário disposto a aprender mais sobre a área de cerâmica foi o encarregado de expedição e controle de estoque Hélio Castro da Silva. Há oito anos na empresa, o colaborador pretende com o curso melhorar seus conhecimentos e, com isso, prestar serviços com mais qualidade e atingir os objetivos de vida pessoal em parceria com a cerâmica Estrela. “Esta oportunidade significa um investimento pessoal em nossa qualificação profissional que nos dará a oportunidade de atender às expectativas da empresa de ter uma equipe capaz de competir juntos em busca de um mesmo objetivo”, disse. Para os colaboradores, a oportunidade é de crescimento profissional e aumento da renda. Já para a cerâmica Estrela, inclui a competitividade. “Acreditamos que pessoas qualificadas com bom direcionamento trazem resultados sustentáveis”, acrescentou o proprietário da cerâmica Tellhas Estrela. NC
Funcionários da cerâmica Telhas Estrela que fazem o curso Técnico em Cerâmica
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Recife vai sediar 42º Encontro Nacional Evento vai acontecer de 25 a 28 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco
Última edição do evento gerou R$ 43 milhões em negócios
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O Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha chega à 42ª edição. Neste ano, o evento ocorrerá de 25 a 28 de outubro de 2013, no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon). Situado a quatro quilômetros dos centros históricos das cidades de Recife e de Olinda e a menos de 12 quilômetros da praia de Boa Viagem, o Cecon oferece aos participantes da feira uma área de exposição climatizada de 9.040 metros quadrados e um auditório com capacidade para 900 pessoas. Processos produtivos, layout, NR-12, licenciamento ambiental, código de mineração, eficiência energética e cerâmica vermelha na Europa são alguns dos temas que serão abordados nas palestras que fa-
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zem parte da programação da feira. A cada ano, o encontro coloca a indústria cerâmica no centro dos debates e faz com que empresários, sindicatos, associações, pesquisadores, fornecedores, instituições públicas e privadas, organizações internacionais e consumidores voltem seu olhar para os principais temas do mercado. Acompanhando o desenvolvimento da construção civil, o evento tem registrado crescimento expressivo nos últimos anos e já é considerado o terceiro maior do mundo dedicado a este segmento industrial. A feira, promovida pela Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), ainda contará com a maior Exposição de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica voltada para o setor em toda a América Latina, que reúne expositores de várias nacionalidades que apresentam as últimas novidades em tecnologia e serviços do mercado. Em sua última edição, realizada no Estado de Mato Grosso do Sul, contou com a participação de mais de 90 expositores vindos de 11 países e gerou R$ 43 milhões em negócios. “O evento a cada ano vem ganhando mais importância, por isso o número de participantes é superado a cada edição. Este ano, como não poderia ser diferente, a Anicer e o Sindicer/PE esperam um público superior ao do último evento, e não apenas em número de participantes, mas também de expositores e em volume de negócios”, relatou o presidente da Anicer, Cesar Vergílio Gonçalves. O foco do evento deste ano continua sendo a sustentabilidade, conforme o presidente da Anicer. “Há muito tempo vem sendo a sustentabilidade. E vai ser sempre. Fazer mais e melhor, usando cada vez menos recursos naturais, de maneira sustentável. Sustentabilidade e competitividade do setor no concorrido mercado da construção civil. Neste sentido, as estratégias de marketing são fun-
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damentais. A ACV dos produtos cerâmicos veio comprovar o que a tempos já sabíamos, ou seja, que nossos produtos são melhores, poluem menos, custam menos, geram menores consumos de energia. Mas é preciso que o mercado saiba disso”, relatou o presidente da Anicer. Para as visitas técnicas, duas empresas abrirão suas portas. São elas as cerâmicas Kitambar e Bom Jesus. Localizada no município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a cerâmica Kitambar tem 36 anos, sendo a primeira fabricante de telhas do Nordeste a receber o certificado de créditos de carbono da Social Carbon Credit. O documento comprova que a empresa, depois de modificar o sistema de queima de combustíveis de lenha para biomassa, passou a compensar o impacto causado ao meio ambiente com a emissão de gás carbônico. Já a cerâmica
Bom Jesus, fabricante de blocos, está situada na zona rural do município de Paudalho e conta com mais de 13 anos de experiência no mercado. Atualmente, a cerâmica se destaca por investir em tecnologia, sendo a única da região a contar com um forno túnel totalmente mecanizado e semiautomático. Além disso, desde 2010 participa do projeto Social Carbon que certifica empresas que desenvolvem práticas ambientais sustentáveis. Após as visitas, os congressistas se reunirão na Cachaçaria Carvalheira para a Solenidade de Encerramento do 42º Encontro Nacional. Cerca de 2 mil barris de carvalho e peças de antigos engenhos fundem-se à uma charmosa e rústica arquitetura, criando um cenário de beleza e sofisticação. Localizada no bairro de Boa Viagem, a Cachaçaria Carvalheira possui área coberta climatizada, iluminação cênica, palco e estrutura de bar.
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Capital do estado de Pernambuco, com área de aproximadamente 217 quilômetros quadrados, Recife está localizado às margens do Oceano Atlântico. É a maior aglomeração urbana da Região Nordeste do Brasil e quinta maior do país, com 3,7 milhões de habitantes. Com clima tropical, Recife é conhecido como "Veneza Brasileira", graças à semelhança fluvial com a cidade
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europeia. O município é cercado por rios e cortado por pontes, cheio de ilhas e mangues. Ali acontece o encontro dos rios Beberibe e Capibaribe que deságuam no Oceano Atlântico. Berço de escritores, poetas, músicos e vários artistas de muitas formas de expressão, lá surgiram grandes nomes de todas as áreas do conhecimento, como Paulo Freire, Nelson Rodrigues, João Cabral de Melo Neto, Gilberto Freyre, Manuel Bandeira e Joaquim Nabuco. Na cozinha pernambucana, existem elementos herdados dos povos africanos, indígenas e europeus. Diversas receitas originais provenientes de outros continentes foram adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade na região. Existem vários pratos e petiscos típicos e muito apreciados em Pernambuco, como o caldinho de peixe ou camarão, caranguejo, sururu, arrumadinho, escondidinho, carne de sol, sarapatel, cartola e o famoso bolo-de-rolo.
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• Sexta-feira, dia 25 - 12h às 21 horas – Expoanicer - 9 horas - Clínica 1 - “Adequação de processos através da inovação e ferramentas da qualidade” - Amando Alves de Oliveira – Escola Senai Mario Amato e Edvaldo Maia – Assessoria Técnica Anicer - 11 horas - Clínica 2 - “Os desafios do licenciamento ambiental na indústria cerâmica” | Isabelle Saraiva e Thiago Negreiros Moura – Consultores do projeto “Cerâmica Sustentável é + Vida” - 17 horas - Solenidade de abertura, entrega dos certificados PSQs e Prêmio Jovem Ceramista • Sábado, dia 26 - 12h às 21 horas - Expoanicer - 9 horas - Clínica 3 - “Gestão de resíduos sólidos, o olhar dos catadores” | Reinaldo Silva de Abreu – Consultor de resíduo sólido em economia de escala - 11 horas - Clínica 4 - “NR 12: como atender a norma de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos” | Clovis Veloso de Queiroz Neto – CNI/SESI e Hildeberto Bezerra Nobre Júnior – Ministério do Trabalho
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Programação e Emprego - 15 horas - Fórum 1 - “A sustentabilidade como ferramenta de negócio para a pequena empresa” | Ricardo Voltolini - Diretor-presidente da consultoria Ideia Sustentável • Domingo, dia 27 - 12h às 21 horas – Expoanicer - 9 horas - Clínica 5 - “Eficiência Energética e Software de Gestão Integrada” | Vagner Oliveira e Antônio Carlos Pimenta – Assessoria Técnica Anicer - 11 horas - Clínica 6 - “Desenvolvimento sustentável e ambiental na Europa” | Tommy Bisgaard - Associação de Cerâmica da Dinamarca - 15 horas - Fórum 2 - “Um Novo Tempo de Vendas e Atendimento” | Alfredo Rocha – Especialista em comunicação de vendas • Segunda, dia 28 - 7h30min - Visitas técnicas - Cerâmica Bom Jesus e Cerâmica Kitambar - 20 horas - Solenidade de Encerramento | Prêmio João-de-Barro | Show na Cachaçaria Carvalheira, que fica à Rua Manoel Didier, 53, no Imbiribeira, no Recife
Alceu Valença encerrará Encontro Nacional Após a entrega do Prêmio João-de-Barro 2013, os participantes do 42º Encontro Nacional irão cair no frevo ao som das canções do cantor pernambucano Alceu Valença. Alceu mostrará os seus sucessos influenciados por xotes, forrós, baiões, toadas e emboladas - gêneros surgidos no agreste e no sertão do Brasil profundo e assimilados diretamente da fonte pelo artista. No repertório, “Coração Bobo”, “Cabelo no Pente”, “Na Primeira Manhã”, “Táxi Lunar”, “Belle du Jour”, “Girassol”, “Anunciação” e “Tropicana”. NC
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Seminário aborda gestão, sustentabilidade e inovação Evento ocorreu de 22 a 24 de agosto, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará
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Um seminário sobre gestão, sustentabilidade e inovação foi realizado de 22 a 24 de agosto, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). O evento, realizado em comemoração aos 40 anos do Sindicato da Indústria e Olaria de Produtos Cerâmicos do Estado do Ceará (Sindcerâmica), contou com exposição de equipamentos para o setor, entrega do Troféu Ceramista 2013, palestras e visitas técnicas durante os três dias. Mais de 100 pessoas, entre empresários e expositores, participaram do seminário, que foi organizado pela VC Eventos. Além disso, foram 15 estandes com exposição de algumas máquinas. De acordo com o presidente do Sindcerâmica, Fernando Ibiapina Cunha, o intuito do evento foi de unir os ceramistas cearenses com o objetivo de ter indústrias sustentá-
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FEIRAS Na foto: o presidente do Sindcerâmica, Fernando Ibiapina; o ceramista Hermano Franck Junior; o diretor da Fiec, Ricardo Cavalcante, substituindo o homenageado Roberto Macêdo, presidente da Fiec; João Marcos Maia recebendo o troféu dado ao seu pai Marcos Aurélio Campêlo Maia - in memoriam
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veis em todos os aspectos, além de trazer as experiências dos companheiros de outros estados. Segundo o censo concluído recentemente, no Ceará há mais de 400 cerâmicas em 93 municípios dos 184. “Logo estamos presentes em mais de 50% das cidades do estado”, acrescentou o presidente. A produção mensal destas cerâmicas é de mais de 200 milhões de peças. A ideia de realizar o seminário no Ceará surgiu para marcar os 40 anos do Sindcerâmica, conforme Ibiapina. “Como estamos em nosso último mandato propomos à diretoria do sindicato marcar os 40 anos com um grande seminário abrangendo tudo que uma empresa necessita, boa gestão, ser sustentável e buscar incessantemente a inovação. A ideia foi aceita e iniciamos ainda em 2012 o
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projeto dos 40 anos do Sindcerâmica”. Ibiapina contou que espera que os próximos presidentes continuem priorizando eventos desta magnitude. Conforme o presidente do Sindcerâmica, o evento supriu as expectativas na medida em que foram apresentados assuntos pertinentes ao cotidiano das empresas. Foram abordados durante as palestras temas como gestão financeira e de custos, sustentabilidade, produção mais limpa e assuntos mais técnicos como o processo de queima da cerâmica, tipos de fornos e matéria-prima. Outra atração que marcou o evento em comemoração aos 40 anos do Sindcerâmica foi o Troféu Ceramista 2013. Foram homenageadas quatro pessoas importantes para o setor cerâmico do estado. São elas Marcos Antonio Campêlo Maia, ceramista in memoriam; Roberto Proença de Macedo presidente da Fiec; Hermano Chaves Franck Junior, ex-presidente do Sindcerâmica e Jorge Parente da Frota ex-presidente da Fiec. A entrega dos troféus ocorreu no primeiro dia do evento. No último dia do evento, foram realizadas visitas técnicas a duas cerâmicas. Uma destas foi na cerâmica Luna, que fica na cidade de Cascavel. A outra indústria que recebeu os participantes do seminário foi a cerâmica Assunção, localizada no munícipio de Aquiraz. O encerramento do evento ocorreu com um almoço na Assunção.
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FEIRAS
Setor no Ceará Segundo o presidente do Sindcerâmica, Fernando Ibiapina, só em 2012 o setor de cerâmica vermelha cearense, por exemplo, teve volume de negócios em torno de R$ 170 milhões. No estado, são 412 indústrias, empregando 12 mil pessoas diretamente e 40 mil indiretamente. Ao Sindcerâmica, são filiados 143 indústrias. A questão da sustentabilidade da atividade, uma vez que a lenha é o principal combustível para a fabricação de cerâmica, aliada à qualidade e padronização dos produtos, conforme Ibiapina, são os principais desafios do setor na atualidade.
Ele diz que a cadeia produtiva ceramista é responsável por cerca de 200 planos de manejo na Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), o que significa que não há degradação, já que é utilizada lenha oriunda dos manejos realizados pela própria cadeia. Em relação ao controle de qualidade, ele explica que a argila é um bem mineral que depende das misturas que acontecem na natureza. “O setor tem o desafio de fazer a padronização da produção com qualidade.” Fonte: Fiec
Breve histórico do Sindcerâmica Fundado em 1973 por empresários da cadeia produtiva da construção civil tendo o setor cerâmico como a principal atividade, o Sindicato da Indústria e Olaria de Produtos Cerâmicos do Estado do Ceará (Sindcerâmica) atualmente conta 143 cerâmicas associadas como seu maior patrimônio. Atualmente, tem como presidente Fernando Ibiapina
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Cunha, ceramista e proprietário da cerâmica Torres. O empresário já está há quatro mandatos na presidência do sindicato. Entre as ações do sindicato o presidente cita algumas. “Além de defender os empresários de cerâmica, temos procurado atuar de forma isonômica em todo o estado do Ceará. Temos um Arranjo Produtivo Legal (APL) na região do Jaguaribe, especificamente na cidade de Russas, grande pólo produtor de telhas, concluímos na região do Cariri o projeto Cerâmica Vermelha do Cariri, mas já estamos iniciando outro como apoio do Sebrae”, disse Ibiapina. Além disso, o Sindcerâmica defende a entrada maciça de cerâmicas no PSQ de blocos e telhas com o apoio da Anicer e Senai-CE, sendo o Ceará o estado com o maior número de empresas no PSQ’s de blocos do Brasil, segundo Ibiapina. Outras ações como convênios com o governo do estado do Ceará para a isenção do diferencial de alíquota do ICMS na aquisição de máquinas e equipamentos vindos de outros estados e o imposto presumido de 50% para as empresas que estão fora do Simples Nacional, além de inúmeros cursos e treinamentos com o apoio da Fiec, Sebrae, Senai e IEL vêm sendo desenvolvidas pelo sindicato. NC
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ARTIGO TÉCNICO 54
Introdução de carvão na massa de cerâmica vermelha Trabalho de investigação iniciado no laboratório da cerâmica Argibem
Introdução A produção de tijolos cerâmicos e acessórios para alvenaria de construção tem sido objeto de estudos nas várias universidades do País, bem como em laboratórios centrais e das próprias fábricas. O nível de qualidade deste tipo de produto tem aumentado bastante nos últimos anos, pois a concorrência começa a motivar alterações que promovem melhorias no produto e nos serviços. Além da melhoria da qualidade, é necessário estudar e desenvolver processos e técnicas para racionalizar a produção, promovendo poupança energética e diminuição dos custos de produção. Um outro aspecto ligado a esta temática é a questão dos combustíveis e a consolidação dos produtos através do processo de cozedura. Nunca, em tão pouco tempo, se alterou e modificou tanto as fábricas e se modernizou fornos como agora. E o processo está só a começar, pois nos próximos anos as alterações em termos de equipamentos (sobretudo fornos) e respectivos ciclos irão mudar muito mais. A questão energética está sempre na agenda do ceramista, já que este é um setor muito dependente de temperaturas altas, o que obriga a consumos altos e custos elevados do processo de cozedura. Os fornos de maior rendimento estão na mira de todos os ceramistas porque são muitas vezes a razão de se ser competitivo e permanecer no mercado. Um forno túnel é tanto mais rentável quanto mais estável se mantiver e melhor isolamento térmico apresentar. Parece uma afirmação eviNovaCer • Ano 4 • Setembro • Edição 41
Investigação e Desenvolvimento na Cerâmica Argibem Engenheiro Cerâmico e do Vidro – Univ. Aveiro-Portugal, Vitor Salvado Frutuoso da Costa Técnico Cerâmico-Senai Mário Amato-S.Paulo, Evandro José Hanauer
dente, mas muito complexa de se conseguir na prática no âmbito atual do setor. Para suprir, muitas vezes, dificuldades competitivas e de mercado de modo a conseguir ganhar alguns pontos de credibilidade comercial, têm-se feito vários estudos de introdução de potenciais “combustíveis dinâmicos” misturados nas massas vermelhas, sobretudo no setor de produção de tijolos. Entende-se por “combustível dinâmico” uma substância que queima (entra em combustão) ao longo do ciclo de cozedura do tijolo de modo que contribua para a consolidação global do produto. Estão neste domínio a introdução de pós de serragem, casca de nós e outros frutos, bem como o carvão. A função deste “aditivo” será a de entrar em combustão durante a fase de cozedura do tijolo, ajudando a fornecer energia à massa de um modo interno e ao longo da sua espessura de modo que não seja necessário tanto combustível para elevar a temperatura ambiental do forno e vencer mais facilmente a inércia térmica da massa. A questão energia/combustível que melhor se adapta ao setor cerâmico é um assunto que deverá ser testado e debatido nos vários centros de estudo e apresentado aos órgãos políticos do País, com vista a que seja definida a política energética e ambiental a seguir para o setor. Este tema é importante no momento, pois o desenvolvimento tecnológico do setor está dependente de algumas definições a este nível, uma vez que as especificações dos fornos variam muito em função do combustível que se irá utilizar. A modernidade do setor tem que ser centrada no forno túnel, pois todos os outros tipos de fornos serão obsoletos dentro de pouco tempo, face às baixas produtividades e elevados consumos que apresentam, para não falar ainda da fraca qualidade de tijolo que se obtém.
Apresentação do trabalho A Cerâmica Argibem trabalha, hoje em dia, com uma composição de massa, que é o produto da mistura de argilas que foram previamente estudadas e devidamente combinadas para a obtenção de um resultado final de boa qualidade e dentro dos padrões de exigência das normas do setor da construção civil. A esta massa foi decidido fazer adições de carvão de 1, 3, 5 e 6% em peso. As misturas foram cozidas a três temperaturas: 850ºC, 900ºC e 950 ºC. As várias misturas foram feitas os seguintes ensaios e medições: -Medição da retração linear; -Medição da percentagem de absorção de água; -Medição da resistência à flexão; -Determinação da distribuição granulométrica; 150, 75 e 45 microns;
-Determinação da percentagem de perda ao fogo, 1.000 ºC. Porque houve desconfiança nos resultados obtidos, foi ainda repetido os ensaios da mistura com 5% de carvão, mas promovendo uma mistura mais eficaz e desagregando melhor os “torrões” e grãos de carvão, de modo a ter a certeza de obter uma mistura mais homogénea. O carvão foi ainda ensaiado por cozeduras a várias temperaturas e analisado o resíduo da combustão a fim de verificar a que temperatura média entra em combustão, bem como que tipo e quantidade de resíduo deixa após sua cozedura. Tentou-se ainda fazer uma análise de gases libertados durante a combustão, mas não obtivemos resultados fidedignos. Para a realização dos ensaios às várias misturas, foram preparados corpos de prova extrudidos em maromba de laboratório. Os provetes foram devidamente marcados, secos e depois cozidos às várias temperaturas em forno de laboratório:
ARTIGO TÉCNICO
Nesta linha de pensamento, o produto a cozer (tijolo) aquece por um todo (modo mais homogéneo) sendo mais fácil a subida da temperatura (sobretudo nos primeiros estágios do ciclo de cozedura) e ajudando a uma possível fusão localizada no seio da parede, fortalecendo a ligação cerâmica entre as várias partículas constituintes da massa. Porém, nem sempre isso é atingido e, muitas vezes, os processos não ocorrem por vários motivos; além de haver produtos da combustão que podem inibir a continuação da reação, noutros verifica-se a saída de gases que dificultam o processo de queima normal e ainda noutros a cinética da reação é dificultada pelo fato do carvão estar muito disseminado numa massa isolante térmica que dificulta a sua combustão. A introdução deste tipo de substâncias nas massas tem, muitas vezes, limitações ao nível da plasticidade pois, em geral, provocam diminuição da propriedade e consequentemente de outras que lhes estão associadas (resistência mecânica e retração). Por isso, é preciso estudar a percentagem ideal de adição sem que haja perdas significativas da sua produção. A fim de estudar o benefício/eficiência de um produto de adição; carvão (escória de siderurgias) na massa de produção de tijolo, foi feito um estudo que em seguida se apresenta.
Tabela 1: Relação de misturas preparadas Mistura
Conteúdo de carvão
Mistura A
Sem carvão
Mistura B
Com 1% de Carvão
Mistura C
Com 3% de Carvão
Mistura D
Com 5% de Carvão
Mistura E
Com 6% de Carvão
Mistura F
Com 5% de Carvão (repetição)
Resultados A fim de sistematizar melhor os resultados dos vários ensaios, foram feitas compilações gráficas dos resultados dos diversos ensaios e testes. Os resultados dos ensaios de análise granulométrica e de perda ao fogo não ofereceram resultados consistentes que nos permitam tirar conclusões sustentáveis.
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ARTIGO TÉCNICO
Figura 1: % Retração verde-seco para as diversas misturas
Figura 3: % Retração total em função da temperatura de cozedura das várias misturas
Retração verde-seco X Misturas
Retração Total X Temperatura
9 8
6 % de retração
% de retração
7
5 4 3 2
7
Mistura A
6 5
Mistura B
4
Mistura C
3
Mistura D
2
Mistura E
1
1
0 850°C
0 A
B
C
D
Misturas
E
950°C
F
Figura 4: % Absorção de água às diversas temperaturas de cozedura para as diferentes misturas
Figura 2: Resistência mecânica à flexão (MPa) em cru das várias misturas
Absorção de água X Temperatura
Resistência em cru X Misturas
25
2,5
% de Absorção
20
Mistura A Mistura B
15
2
MPa
900°C
Temperatura
Mistura C
10
1,5 1
Mistura D Mistura E
5 0 850°C
0,5
900°C
Temperatura
950°C
0 A
B
C
D
E
F
Misturas
Figura 5: Resistência mecânica à flexão em cozido, em função da temperatura de cozedura para as diferentes misturas
Tabela 2: queima do carvão a várias temperaturas (ºC) Resistência a flexão X Temperatura
200 300 400 500 600 700 950
% Perda de peso 16,59 49,43 41,87 46,34 49,98 41,45 53,11
OBS
8 7
Observação de existência de fumo Observação de fumo esbranquiçado, existência de resíduo acinzentado escuro Resíduo de poeira fica e de cor cinza Resíduo de poeira fica e de cor cinza Resíduo de poeira fica e de cor cinza Resíduo de poeira fica e de cor cinza Resíduo de poeira fica e de cor cinza claro
MPa
Temp (ºC)
6
Mistura A
5
Mistura B
4
Mistura c
3
Mistura D
2
Mistura E
1 0 850°C
900°C
Temperatura
950°C
Resultados e discussão 1. Trata-se de um aditivo no estado sólido cuja mistura em percentagens baixas é sempre muito difícil. Além disso, nem sempre foi bem desagregado e, por isso, muitas vezes, surgiram grãos de carvão aglutinados, que provocaram fenômenos de maior fusibilidade localizada uma vez que a concentração era maior que no resto da matriz.
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Este aspecto foi comprovado pela repetição que foi feita à mistura F, onde houve uma preocupação de misturar melhor o carvão que, inicialmente, foi desagregado e feita uma pré-moagem. Verificou-se neste caso alterações das características, demonstrando a maior atividade do carvão, fazendo aumentar ligeiramente a resistência mecânica,
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ARTIGO TÉCNICO 58
mas sobretudo diminuindo a porosidade superficial e baixando a absorção de água. Ora este fenômeno, no processo industrial, será muito mais notório, podendo trazer algumas consequências nefastas, pois se houver segregação do carvão este irá provocar sobreaquecimentos locais, provocando defeitos nas paredes externas do tijolo e mesmo provocar alterações da coloração avermelhada por redução do ferro. 2. Os resultados dos ensaios feitos em cru não revelam alterações de características no material. A adição do carvão também não se revela como prejudicial às características sem ele. Ou seja, a resistência mecânica em cru não é prejudicada, mantendo-se na mesma ordem de grandeza relativamente *a mistura sem carvão. 3. O carvão começa a sua combustão por volta dos 200 ºC, e a 600 ºC está praticamente concluída. Por isso, a sua combustão deveria ajudar a uniformizar a temperatura no pré-aquecimento, quando há a perda de água absorvida e está concluída na altura em que se começa a dar a transformação alotrópica da sílica (quartzo), por volta dos 600 ºC, o que não contribui assim para danos morfológicos ou mecânicos dos produtos. Dos ensaios de queima do carvão pôde verificar-se que aproximadamente 50% do aditivo queima e dissocia-se por meio volátil enquanto que o restante fica como resíduo sólido (à base de sílica e alumino-silicatos de ferro e titânio). 4. A retração aumenta naturalmente com a temperatura. No caso de adições pequenas de carvão, inferiores a 5%, não se verificam significativas alterações da retração linear. Para valores superiores a 5%, pode ser observado um ligeiro aumento da retração, o que mostra uma tendência de densificação mais consistente. 5. Na resistência mecânica à flexão, verifica-se uma tendência de aumento em função da temperatura e com o aumento da adição de carvão, porém mais expressivo para adições acima de 5%. 6. A absorção de água confirma os resultados obtidos tanto pela retração como pela resistência mecânica. Para adições acima de 5%, verifica-se uma ligeira diminuição da absorção de água ou seja aumento da densificação do material. Parece que se
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pode tratar de um fenômeno de superfície, pois esta característica tem maior relevância que as anteriormente citadas.
Conclusões Em função dos resultados obtidos, a conclusão a que se pode chegar é que a atividade térmica do carvão (do aditivo utilizado) não tem uma influência significativa para percentagens de adição inferiores a 5%. A operação de mistura do carvão na massa reveste-se de importância vital para evitar segregação do carvão e consequentes problemas de criação de defeitos e mesmo descoloração do tijolo. Para melhorar a mistura e a reatividade, o carvão deveria ser desagregado para aumentar a sua atividade e facilitar a mistura homogênea. No ensaio industrial que se efetuou na sequência deste estudo (introdução de 6% carvão na massa), verificou-se que o efeito da segregação do carvão na massa pode trazer alguns problemas localizados, sobretudo nas faces ocultas (carga face com face), com o aparecimento de tijolos requeimados e com coloração amarelada e/ou escurecida (redução do Fe 3+ a Fe 2+). Além disso, não se confirmou uma diminuição significativa da absorção de água nem uma diminuição do consumo de serragem (combustível) no forno. Tem que se referir que este tipo de comportamento varia muito com o ciclo produtivo e com a tecnologia de cozedura a utilizar. Por exemplo, num forno intermitente o calor desenvolvido pela queima do carvão tem um tipo de efeito mais significativo que num forno túnel, pois não se verificam tão grandes fluxos de temperatura estando todo o forno sempre em maior nível de pressão. Conclui-se assim que no ciclo de produção da Argibem a introdução de carvão em percentagens até 6%, em peso, não traz significativo benefício ao processo e ao produto. Percentagens mais elevadas de carvão poderão ser utilizadas, porém trazem outros tipos de controvérsias e problemas que o tornam menos interessante. NC
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TECNOLOGIA 60
Inversores de frequência: benefícios e aplicações no setor cerâmico Por: Emerson Dias edias@verdes.com.br
Atualmente, a necessidade de aumento de produção e diminuição de custos se fez dentro deste cenário surgir a automação, ainda em fase inicial em nosso setor, e com isto uma infinidade de equipamentos foram desenvolvidos para as mais diversas variedades de aplicações industriais e um dos equipamentos mais utilizados nestes processos conjuntamente com o CLP é o Inversor de Frequência, um equipamento versátil e dinâmico. Ao longo deste artigo, iremos expor o princípio básico do inversor de frequência, pois este dispositivo é capaz de gerar tensão e frequência trifásicas ajustáveis, com a finalidade de controlar a velocidade de um motor de indução trifásico, pois se variarmos a frequência da tensão de saída no inversor, alteramos na mesma proporção a velocidade de rotação do motor. Normalmente, a faixa de variação de frequência dos inversores fica entre 0,5 e 400 Hz, dependendo da marca e modelo. (Obs: para trabalhar em frequências muito altas, o motor deve ser “preparado”). A função do inversor de frequência, entretanto, não é apenas controlar a velocidade de um motor AC. Ele precisa manter o torque (conjugado) constante para não provocar alterações na rotação quando o motor estiver com carga. Um exemplo clássico deste problema é em uma máquina operatriz. Imaginem um inversor controlando a velocidade de rotação de uma placa (parte da máquina onde a peça a ser usinada é fixada) de um torno. Quando introduzimos a ferramenta de corte, uma carga mecânica é imposta ao motor, que deve manter a rotação constante. Caso a rotação se altere, a peça poderá apresentar um mau acabamento de usinagem. Para que esse torque realmente fique constante, por sua vez, o inversor deve
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manter a razão V/F (Tensão ÷ Frequência) constante. Isto é, caso haja mudança de frequência, ele deve mudar (na mesma proporção) a tensão, para que a razão se mantenha, como por exemplo:
F = 50Hz V = 300V V/F = 6 • Situação 1: O inversor foi programado para enviar 50 Hz ao motor, e sua curva V/F está parametrizada em 6. Automaticamente, ele alimenta o motor com 300 V; F = 60Hz V = 360V V/F = 6 • Situação 2: O inversor recebeu uma nova instrução para mudar de 50 Hz para 60 Hz. Agora a tensão passa a ser 360 V e a razão V/F mantém-se em 6.
O valor de V/F pode ser programado (parametrizado) em um inversor, e seu valor dependerá da aplicação. Quando o inversor necessita de um grande torque, porém não atinge velocidade muito alta, atribuímos a ele o maior V/F que o equipamento puder fornecer e, desse modo, ele terá um melhor rendimento em baixas velocidades, além de alto torque. Já no caso em que o inversor deva operar com altas rotações e com torques não tão altos, parametrizamos um V/F menor e encontraremos o melhor rendimento para essa outra situação. Para que o inversor funcione a contento, não basta instalá-lo corretamente. É preciso "informar" a ele em que condições de trabalho irá operar. Essa tarefa é justamente a parametrização do inversor. Quanto maior o número de recursos que o inversor oferece, tanto maior será o número de parâmetros disponíveis. Existem inversores com tal nível de sofisticação, que o número de parâmetros ultrapassa a marca dos 900.
TECNOLOGIA
Extrusoras Estas máquinas têm como característica apresentarem torque de carga do tipo constante ao longo de toda a faixa de velocidades. Deve-se tomar cuidado especial novamente para situações de operação abaixo da metade da rotação nominal do motor, onde deverá ser levado em conta o problema do superaquecimento devido à redução da ventilação em motores comuns. Este problema poderá ser contornado através (a) do superdimensionamento da carcaça ou (b) através da utilização de ventilação forçada independente. Deve-se dar especial atenção quanto ao material a ser extrudado. Sabido que a velocidade de referência é de 12 metros/segundo e que esta pode variar em face a diversos fatores. Entre estes, a quantidade de saída de peças pela boquilha. Variações de velocidade acarretam variações de espessura do produto. Isto só poderá ser controlado com inversores de frequência de controle vetorial, ou acionamentos de corrente contínua. Para materiais não-críticos, pode-se utilizar inversores de controle escalar.
Outro aspecto que merece muita atenção é com relação à condição de partida da máquina, que pode ser (a) carregada e a quente, com torque resistente normal, ou (b) carregada e a frio, com torque resistente muito elevado em relação ao normal. Para esta última condição, deve-se levar em conta a sobrecarga inicial da extrusora, que por sua vez deverá levar a um superdimensionamento da corrente nominal do inversor, proporcional à sobrecarga exigida pela extrusora. A aplicação de inversores de frequência nas extrusoras busca minimizar a variação de consumos de energia e otimizar as oscilações de produção em função da diversificação de moldes ou boquilhas utilizadas na fabricação de produtos cerâmicos. Em muitas cerâmicas, esta variação de moldes de secção de saída totalmente diferentes são utilizados no mesmo dia, ocasionando consumo e produtividade totalmente diferentes, ainda no mesmo dia. A fim de entender melhor estas aplicações dividiremos por aplicação.
Partida ou arrancada da máquina em vazio ou com carga 1. Inversores de frequência proporcionam partidas em vazio muito mais suaves quando comparadas com as tradicionais chaves de ar-
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ranque. Refiro-me especificamente as chaves de partida: estrela-triângulo, compensadoras e soft-starter. No gráfico (figura ao lado) de tipos de acionamento das diferentes chaves de partida, desprezando a partida direta que não se aplica a este caso, se observa uma grande diferença ao arrancar com um inversor de frequência, a curva de partida com inversor elimina totalmente os clássicos picos de consumo sendo substituído por uma curva suave e muito mais próxima da corrente nominal do motor. 2. Mesmo estando a extrusora com carga, o inversor proporciona rampas de partida muito mais suaves, quando comparados com as tradicionais embreagens utilizadas nestes equipamentos, sejam estas de discos, sapatas com tambor tipo freio ou embreagens tipo pneu com múltiplas sapatas.
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Possibilidade de maior eficiência através do controle de velocidade do eixo extrusor 1. Devido às características típicas de cada tipo de molde ou boquilha, a velocidade ou fluxo de argila é necessário que seja variável, boquilhas de secção menor obrigam a fluxo menor de argila, muitas vezes com péssimo rendimento da máquina e um consumo elevado do
Outros benefícios Com a instalação de Inversores de Frequência pode ser eliminado da máquina o conjunto embreagem. Isto reflete de imediato em menor custo de manutenção: • Elimina as manutenções periódicas nos elementos de desgaste normal nas embreagens. • Eliminando a embreagem não requer ar comprimido, não tem consumo de energia elétrica no compressor. • Permite partidas mais suaves que uma embreagem, favorecendo a vida útil de rolamentos, eixos, engrenagens e de modo geral preserva melhor a máquina e o motor. • Permite rápida ação de ajuste no fluxo e volume de argila nos diferentes tipos de boquilhas.
motor. De forma inversa boquilhas de múltiplas saídas ou de secção maior proporcionam um maior fluxo de argila e um melhor rendimento do conjunto motor/máquina. Se a máquina tem rotação única, como é caso típico e tradicional, uma grande quantia de massa de argila é conduzida para o molde, sendo esta de secção pequena, impede a passagem ou fluxo de argila ocasiona um refluxo da massa argilosa que retorna em sentido contrário, proporcionando esforço desnecessário à máquina e consumo maior do motor. 2. Instalando um Inversor de frequência podemos modificar a velocidade de giro das hélices de modo a dosar o fluxo de argila em volume ideal para cada boquilha. Como resultados obteremos um rendimento otimizado e minimizamos o pernicioso refluxo que consome a potência do motor.
Com a instalação do inversor de frequência é possível modificar a velocidade de giros das hélices
Adequação à NR12 A Norma Regulamentadora Nº 12 define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção visando garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Dentro dos métodos de controle adotados para garantir a segurança no trabalho, estão a definição de protocolos e fluxos de trabalho em todas as fases de operação e manutenção de máquinas, treinamento documentado de todos os empregados envolvidos e a projeção e instalação de sistemas de segurança, os quais compreendem proteções físicas fixas e móveis, dispositivos de monitoramento, circuitos de acionamento e dispositivos mecânicos, todos instalados de forma redundante e monitorados
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por interface de segurança certificada conforme a categoria de risco avaliada Com a aplicação de inversores de frequência para acionamento e operação de máquinas vemos eliminada a necessidade de movimentação das mesmas por sistema de transferência por correias, o que reduz a necessidade de medidas e dispositivos de proteção por não expor o colaborador a riscos eminentes A Verdés diante da necessidade de adequação de seus equipamentos a esta Norma vem desenvolvendo seus equipamentos adotando o inversor de frequência como mecanismo de acionamento, inovando assim no setor de máquinas e instalações. NC
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“Gostaria de parabenizar a direção e ao corpo de engenheiros e técnicos, pela evolução adotada em sua extrusora com a implantação do direcionador de fluxo no embudo. Isso mostra mais uma vez a capacidade técnica e a procura da inovação tecnológica da empresa. Parabéns mais uma vez.” Prof. Amando Alves de Oliveira Consultor técnico do Núcleo de tecnologia cerâmica Escola Senai Mario Amato - SP
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