Entrevista com a médica especialista em Medicina do Trabalho, Patricia Bernardo de Figueiredo
Ano 6
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Setembro/2015
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Edição 65
Crise ou oportunidade?
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A escolha é sua: saiba como driblar a crise e aproveitar as oportunidades
Cerâmica do Rio Grande do Sul investe em modernização
Cerâmicas de SC receberão selo por fabricar peças de cor branca
Feira Construsul reúne 70 mil visitantes no RS
O forno pode ser construído nos tamanhos de: 18,0m x 3,0m x 2,8m / 18 ,0m x 4,0m x 2,8m / 20,0m x 3,0m x 2,8m 20 ,0m x 4,0m x 2,8m / 24,0m x 3,0m x 2,8m / 24 ,0m x 4,0m x 2,8m
Comparando o custo final com os demais fornos do mercado o forno vagão metálico fica em torno de 40% a 60% mais barato e construído aproximadamente 60 dias.
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SUMÁRIO
ECONOMIA E NEGÓCIOS 16: Confiança contra a crise
EDITORIAL
ARQUITETURA CERÂMICA
DESENVOLVIMENTO
ENTREVISTA
12: Carta ao Ceramista
26: Aquecedor de argila movido a velas gera economia
30: Secador Natreb Saracco traz economia para o setor
48: Segurança e Saúde Ocupacional
Diretor Geraldo Salvador Junior
direcao@novacer.com.br
revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869
Comercial Moara Espindola Salvador
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Administrativo Financeiro Felipe Souza
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Jornalista Responsável Juliana Nunes - SC04239-JP
redacao@novacer.com.br
Diagramação & Arte Jefferson Salvador Juliana Nunes
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Redação Juliana Nunes
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Fotografia & Marketing Digital Natanael Knabben revista@novacer.com.br
Impressão Gráfica Soller Tiragem 3500 exemplares
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NovaCer • Ano 6 • Setembro • Edição 65
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
TECNOLOGIA
FEIRAS
ARTIGO TÉCNICO
60: Unifrax e RF lançam fornalha inovadora de alto desempenho
68: Expo Arquitetura Sustentável será realizada em São Paulo
74: Análise da degradação por lixiviação e congelamento de peças cerâmicas vermelhas com adição de rejeito de rocha ornamental
SUMÁRIO
Setembro 2015 DESENVOLVIMENTO
36 Cerâmica do Rio Grande do Sul investe em modernização 42: Cerâmicas de SC receberão selo por fabricar peças de cor branca 58: Cerâmica Vila Nova vence promoção Assinatura Premiada 64: Seminário de cerâmica vermelha é realizado em Pernambuco 70: Palestras abordam como enfrentar crise 94: Café da manhã com ceramistas é realizado em Alagoas
CONSTRUÇÃO CIVIL 84: Feira Construsul reúne cerca de 70 mil visitantes no RS
GESTÃO 88: EGestão empreendedora como fator de sucesso nas empresas
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Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865
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EDITORIAL
Carta ao Ceramista Setembro é um mês especial para a NovaCer. Esta é a segunda edição com 100 páginas da revista, desde a sua criação, em 2010. Assim, é com enorme satisfação que apresentamos a você, ceramista, uma publicação recheada de reportagens, entrevistas, fotos e novidades do setor. Nessa edição especial, a reportagem principal é sobre como enfrentar a crise que o país vive nos dias atuais. É perceptível que 2015 tem sido um ano difícil tanto para a economia como para a maioria dos negócios no Brasil. Pensando nisso, a NovaCer entrevistou especialistas para falarem sobre como ter confiança nos negócios em tempos de crise. Saiba como reagir nesse momento que o país passa e a superar esse momento de pessimismo que tem sido complicado e desafiador para muitas empresas. Outro tema que ganhou destaque nesta edição foi o lançamento do secador rápido de taliscas NTS no Brasil, pela Natreb e Saracco. O equipamento traz redução de custos e me-
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lhoria da qualidade da secagem nas cerâmicas brasileiras. A NovaCer trouxe ainda neste mês uma reportagem especial com a cerâmica Candelária, do Rio Grande do Sul. A indústria que investiu recentemente em um robô de carga, descarga e paletização é exemplo quando o assunto é modernização. Conheça um pouco mais sobre história desta cerâmica, que está no mercado há quase 60 anos. Leia ainda nesta edição sobre o evento que ocorrerá de 10 a 12 de novembro deste ano, em São Paulo. Em sua segunda edição, a Expo Arquitetura Sustentável - Feira Internacional de Construção, Reforma, Paisagismo e Decoração será realizada no Expo Center Norte. Aproveite a leitura!
A Direção
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Fotos: divulgação
Confiança contra a crise É perseptível que 2015 tem sido um ano difícil tanto para a economia como para a maioria dos negócios. Superar esse momento de pessimismo tem sido complicado e desafiador para empresas de qualquer ramo de atividade. Por isso, a recomendação de especialistas para tempos difíceis é enxergar oportunidades onde ninguém vê e fazer o melhor investimento possível. “Nesse momento de crise, é quando as empresas se mostram, é quando várias empresas despontam e também quando as empresas passam por dificuldades”, explicou o doutor em
"Nesse momento, é preciso protejar seus ativos, reduzir as despesas, concentrar-se em agregar valor ao seu cliente e inovar"
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Economia e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Julio Sérgio Gomes de Almeida. Para superar esse momento e manter os negócios, o especialista em gestão de pessoas e professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Daniel de Carvalho Luz, alertou que os empresários devem parar de reclamar e agir. “Não se pode esperar que o “Estado” resolva todos os problemas. O Estado tem se revelado incompetente, temos que pensar de modo heterodoxo. Se quisermos resultados diferentes daqueles que obtivemos até agora, temos de agir de modo diferente de como estávamos agindo”, disse. Para Almeida, quem souber nesse momento investir em novas coisas, em inovações, não apenas tecnológicas, mas em vários outros campos, como administração, parque produtivo, no seu pessoal, vai poder ganhar os frutos disso quando a economia voltar a crescer. “A preocupação das empresas deve ser de procu-
A crise é de confiança A falta de convicção nas medidas econômicas e o desentendimento na política são alguns dos fatores que levam à perda de credibilidade e segurança neste momento de crise que o país vive. Para o economista Enio Coan, o Brasil passa por uma crise política que vem afetando a economia. Crise esta que surgiu de um processo de denúncias desde o mensalão e acabou se espalhando para outros setores do Governo, como estatais, ministérios e autarquias. “A crise política quando duradoura pode atingir a economia num todo pela questão da segurança e credibilidade. Se o empresariado perde a confiança, vai parar de investir, como aconteceu no Brasil. E, com a queda nos investimentos, o país parou de crescer e de gerar empregos”, elucidou. Por outro lado, conforme Coan, o Governo perdeu o controle das contas públicas. Ou seja, gastou demais – Copa do Mundo, Eleições, Pacto Político e Olimpíadas, entre outros –, desequilibrando as contas e gerando a necessidade de aumentar impostos e cortar benefícios. “Ao fazer isso, o Governo sofreu um grande desgaste, uma vez que a sociedade foi surpreendida, pois na campanha política se dizia que o país estava muito bem. Isso levou a queda de popularidade e perda de credibilidade”. Coan ainda acrescentou que um Governo até pode perder a popularidade, mas jamais a credibilidade, uma vez que isso acarreta em perda de confiança dos investidores e, dessa forma, o país para de crescer e pode entrar em recessão, gerando desemprego e crise, se durar muito tempo. Para o doutor em Economia e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Julio Sérgio Gomes de Almeida, a solução para isso é fazer com que o empresário volte a ter confiança na economia. “É necessário fazer com que essa crise política, esse fracionamento do poder político, diminua, e se volte a ter um caminho conjunto envolvendo o Governo e Congresso Nacional. Tem havido um divórcio muito grande entre eles. De certa forma, cada um atirando para um lado, o que tem dificultado muito a volta da confiança na economia. Penso que esse é o primeiro passo a ser feito nessa direção”, constatou Almeida.
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
rar o melhor meio para superar as adversidades da economia e sair na frente”, disse o doutor em Economia. Uma das formas de superar a crise é por meio da confiança. Confiança é a palavra-chave para sair da crise, segundo a economista e diretora executiva da Anima Consultoria Empresarial, Ana Alves da Silva. "Uma crise econômica, em geral, possui componentes financeiros, econômicos e psicológicos. Especialistas afirmam que a confiança é o primeiro passo para a mudança. A crise é momentânea e passageira, porém exige cautela nas decisões empresariais, em relação aos investimentos, às reduções de custos e à flexibilização dos prazos de vendas, entre outros aspectos. Ser prudente e acreditar no seu negócio é essencial, sem esquecer do acompanhamento das informações financeiras da empresa e do planejamento", disse. Manter as equipes alinhadas com os objetivos e resultados empresariais também faz parte de estratégias contra a crise, segundo Carvalho. “Nos momentos de crise, é mais fácil, pois há uma predisposição para a ajuda mútua e menor competição interna. O discurso deve ser: unidos somos mais fortes”, disse. Para ele, o empresário deve manter o time informado acerca do que está acontecendo e juntos encontrar as alternativas para enfrentar a situação. “Estabelecer metas para o grupo e fazer follow-up (acompanhamento) constante também é um meio de se manter a equipe alinhada com os objetivos empresariais”, relatou. Além disso, o empresário empreendedor deve conseguir elevar seus olhos acima dos problemas internos da organização, conforme Ana. "Deve observar o mercado como um todo, e não apenas seus desafios dentro da empresa. A partir disso, é primordial que conheça completamente os números de sua empresa, ou seja, conheça de fato o custo do seu produto, seu fluxo de caixa para saber como está administrando seus recursos, suas vendas e projeções para, assim, identificar o que pode ser alterado internamente para competir externamente". Outras estratégias contra a crise, conforme o especialista em gestão de pessoas, é protejar seus ativos, reduzir as despesas, concentrar-se em agregar valor ao seu cliente e inovar. “Não perca nenhuma oportunidade, mesmo que os ganhos sejam muito pequenos, este pode ser o oxigênio que você precisa para sobreviver no momento de escassez”, completou.
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A crise no Brasil pode piorar? Essa crise pode piorar se não for encontrado um caminho de entendimento político entre Governo e Congresso Nacional, conforme o doutor em Economia Julio Gomes de Almeida. “Como existem vários fatores que estão prejudicando o andamento da economia, este descompasso político entre Governo e Congresso, tem ampliado os efeitos negativos da crise brasileira. Nós temos que dar esse primeiro passo, que é melhorar esse lado político. Se não melhorar este lado político, fica difícil qualquer solução para país, podendo nossa crise econômica se agravar”, esclareceu. Ainda segundo o economista, não é possível mensurar quanto tempo esta crise vai durar, pois os fatores de crise econômica são graves e, por outro lado, os fatores da crise política ampliam estes efeitos. “Quanto tempo vai levar para superarmos a crise política para depois encaminhar uma solução para crise econômica, é realmente difícil saber. Em um ano não se consegue isso. Portanto, eu diria que esta crise econômica, ainda que venhamos melhorar o diálogo político, deve perdurar até o ano que vem”, avaliou. “Creio que 2016 será de recuperação da credibilidade, com esse ou com outro Governo, se esse cair, mas também será um ano de dificuldades e tudo depende das heranças que 2015 deixará com relação a algumas variáveis significativas, como inflação, taxa de juros e câmbio, entre outros. Se a inflação inverter o processo de alta, poderemos ter um 2016 iniciando a recuperação desde o início. Dessa forma, o Banco Central poderá começar a bai-
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xar os juros e, com isso, o câmbio poderá retroceder. Do contrário, 2016 poderá também ser perdido”, opinou o economista Enio Coan. O especialista em gestão de pessoas e professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Daniel de Carvalho Luz, também concorda que enquanto a economia estiver atrelada à política e o imbróglio político não for resolvido, a economia tende a piorar. No entanto, ele entende que o Brasil está sendo passado a limpo e, em um curto espaço de tempo, voltará a ser a grande nação que tem potencial de ser. “O que está acontecendo no mundo vai ter seu rumo. O cenário não é muito favorável, mas o pessimismo deve ser afastado, mesmo com tudo isso. Apesar de toda a turbulência, existem segmentos de mercado que, apesar da crise, estão crescendo. O negócio é abrir os olhos, mas não para focar a crise, e sim para enxergar as oportunidades”, disse a palestrante motivacional e autora do livro Confiança – A Chave Para o Sucesso Pessoal e Empresarial, Leila Navarro. Conforme a economista e diretora executiva da Anima Consultoria Empresarial Ana Alves da Silva, o Brasil passa por um momento de crise econômica, social e, principalmente, crise moral. "Crise moral na medida em que a corrupção não mais nos surpreende, que o jeitinho brasileiro é dos espertos e aprovamos isso diariamente. A ultrapassagem da linha do direito alheio traz desequilíbrios e, até mesmo, crises econômicas. Assim, acredito que a crise econômica pode piorar na proporção direta em que não mais confiamos no outro e no Brasil. Mas se lembrarmos que o Brasil tem valores e força de superação, a crise passará. As projeções de muitos outros economistas traçam um ano de 2016 com recessão e outros uma manutenção do PIB. Tudo pode mudar e tudo começa com cada empresário que acredita no seu dia de amanhã", concluiu.
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Desafio será reagir à crise Para o especialista em gestão de pessoas e professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Daniel de Carvalho Luz, há risco em qualquer época. “Com crise ou sem crise, para empresários incompetentes, teimosos e lamurientos no momento de crise o risco é maior. O risco é o da cegueira – hipermetropia e miopia empresarial. Não enxerga os problemas internos de sua gestão (hipermetropia) e não consegue ver além da crise (miopia). Eu penso que depois de caminhar pelo deserto sempre encontramos a terra prometida, mas o segredo é não parar”. Segundo a palestrante motivacional Leila Navarro, nesses tempos de incertezas, mudanças e intensa luta pela sobrevivência, as pessoas se sentem inseguras e adotam um comportamento defensivo. “Apegam-se ao conhecido e ao rotineiro. Fecham-se em si mesmas e relutam em compartilhar conhecimentos e competências com os demais, que são adversários em potencial no ambiente competitivo das organizações”. “Neste contexto, o meu trabalho como palestrante motivacional tem sido conduzir equipes de pequenas, médias e grandes empresas a desenvolverem a confiança. O resultado tem feito dissipar os ventos da crise e
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levado muitas empresas à abertura de novos rumos”, contou. O ideal, conforme Carvalho, é manter a sobriedade, não se deixar abater, ter a mente aberta para ideias, conceitos, tecnologias, filosofias e inovações. “Pode ser que algumas dessas portas te leve para fora da crise”, complementou o especialista em gestão de pessoas. De acordo com o doutor em Economia Julio Sérgio Gomes de Almeida, as empresas precisam de muita energia para se manterem motivadas em um ano de crise. “Precisam olhar para o futuro. Quando o presente está negro, precisamos cuidar para que as coisas não piorem, mas sobretudo precisamos pensar em como vai se comportar no futuro, com ações que devem ser tomadas desde já. É o futuro que pode dar esperança para as empresas se saírem melhor numa etapa de crise. Todos perdem com a crise. Mas aquelas empresas que souberem plantar seu futuro melhor, vão perder na crise, mas vão ganhar mais quando a economia recuperar”, disse. Na opinião de Leila, os empresários precisam se manter imunes a crise. “Estamos sim em um momento delicado no Brasil e no mundo. Não sou uma sonhadora que vive no “país encantado das maravilhas”. Também sou empresária, empreendedora e os meus negócios sofrem reflexos do que está acontecendo no mundo. Mas, ao invés de ficar lamentando, eu reverto a escassez em energia”, contou. “Este ano, mesmo ante a tal crise, eu gerei novos negócios, a minha equipe vem se reinventando e estamos prontos para enfrentar as vacas magras. Ao invés de reclamar do que não temos e ficarmos na saudade das vacas gordas desenvolvemos nossa habilidade de "chefs" e fizemos verdadeiros banquetes com poucos ingredientes, com isso quem ganha é o cliente. Tudo isso está nos preparando para quando o mercado voltar a aquecer. Não nos atrofiamos, muito pelo contrário, ganhamos massa magra para a próxima curva da economia, pois se temos uma certeza, essa é que tudo é cíclico e as vacas gordas vão voltar, diferentes, é claro, mas nós também estaremos diferentes”.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Crise ou oportunidade? A escolha é sua "Quando nos referimos à crise, nos perguntamos: Será a crise um perigo ou uma oportunidade? A palavra crise, em chinês, é composta por dois ideogramas (letras), um significa perigo e o outro oportunidade. Se conseguirmos enfrentar as crises observando o que elas possuem de oportunidade, encontraremos a motivação real para superá-las. Não afirmo que é fácil, mas necessário, na medida em que a atitude pró-ativa pode transformar a visão de crise", disse a economista e diretora Executiva da Anima Consultoria Empresarial, Ana Alves da Silva. A primeira condição para identificar e aproveitar as oportunidades em meio à crise é não permitir que o “desespero social” tome conta da sua mente, segundo a palestrante motivacional e autora do livro Confiança – A Chave Para o
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Sucesso Pessoal e Empresarial, Leila Navarro. Outro posicionamento importante, conforme ela, é ampliar a visão. “Ficar batendo na mesma tecla só o conduzirá para o mesmo lugar. O meu termômetro para identificar e avaliar se estou diante de uma oportunidade e devo investir parte de três princípios: estou me divertindo, estou aprendendo e estou ganhando dinheiro. O divertimento é o prazer da alma na matéria, aprender é o desenvolvimento como ser humano, ganhar dinheiro significa que as pessoas precisam do que sei e faço. Quando essas questões estão alicerçadas em nossos próprios valores afasta a crise e atrai muitas oportunidades. No ponto de vista do especialista em gestão de pessoas e professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Daniel de
ECONOMIA E NEGÓCIOS Carvalho Luz, não existe uma receita infalível, mas há algumas recomendações que podem ajudar. “Em momentos de crise, ninguém está disposto a pagar por algo que não lhe agregue valor, então a questão básica é: o que eu estou fazendo agrega valor para alguém? Quanto as pessoas estão dispostas a pagar por este valor agregado?”, questionou. Outro modo de aproveitar as oportunidades em momentos de crise, conforme o Carvalho, é atender aquelas necessidades com serviços ou produtos que ninguém quer atender porque tem um nível de complexidade alta ou porque as margens de ganhos são baixas. “Mas é melhor ganhar pouco do que não ganhar nada e só ficar reclamando”, disse.
DICA da Leila Navarro:
"O meu termômetro para identificar e avaliar se estou diante de uma oportunidade e devo investir parte de três princípios: estou me divertindo, estou aprendendo e estou ganhando dinheiro" NovaCer • Ano 6 • Setembro • Edição 65
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
Empreender em meio a incertezas O sucesso de um empreendedor está justamente em enxergar oportunidades onde ninguém vê, conforme Leila Navarro. Para prosperar em tempos de crise, a dica dela é encará-la como uma oportunidade de encontrar alternativas criativas. “É como a história da família que vivia de forma extremamente humilde tirando seus recursos apenas de uma vaquinha. Ao perdê-la, eles tiveram que buscar novas formas de sobrevivência e descobriram que sempre moraram em uma terra fértil e frutífera. Na crise, enriqueceram. Para muitos, isso parece loucura, mas na realidade a crise depende mesmo é do ponto de vista de cada um”, ponderou. “Penso que as pessoas, os trabalhadores, os empresários, todos, devemos manter nossas vidas dentro da normalidade, sem parar de fazer o que tem de ser feito todos os dias, isso é importante para não aprofundar a crise. Confiança é a palavra chave para manter a motivação e os empreendedores devem, além de confiança, ganhar coragem para arriscar um pouco mais e aproveitar as oportunidades deixadas pela crise. A crise abre espaços que precisam ser preenchidos”, destacou o economista Enio Coan.
Construa confiança Confiar e inspirar confiança constituem-se a única possibilidade de sobreviver nesse "mundo de gente infiel e não-ética”, conforme Leila Navarro. “Em momentos de crise externa, o maior diferencial é a confiança e a autoconfiança. Portanto, este velho ditado de que a união faz a força é verdadeiro e só existe união onde existe confiança”. “Em minhas palestras, quando contextualizo a confiança nos negócios, confiança no produto, confiança no líder, confiança nas pessoas, digo que se tiver que perder algumas destas “confianças” que seja nos negócios, porque dessa forma inovamos. Em seguida que seja no produto porquê dessa forma mudamos. Se perdemos a confiança no líder, é trágico, mas podemos substituí-lo.
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Mas se as pessoas perdem a confiança nas pessoas e forem cada um por si, daí não temos mais nada, nem empresa”, reafirmou. Para melhor compreender a confiança, é possível representá-la em duas importantes equações, conforme Leila. “Na primeira C X C = C, onde Confiança por Controle = Constante, o que significa que quanto mais confiança, menos controle. Quanto menos confiança mais controle. E o controle é muito caro. A outra equação da confiança é C= A + 7 Cs e compreende a confiança em vários níveis organizacionais e de mão-dupla, onde se lê: C, de confiança é igual a A, de autoconfiança, o que abrange autoconceito, autoestima, autocrítica, autoeficiência, autodisciplina + 7Cs. Os 7Cs implicam competência profissio-
Liderança em tempos de crise Quando os profissionais têm seus talentos e esforços reconhecidos, eles se empenham em fazer ainda melhor, conforme a empresária e palestrante motivacional Leila Navarro. “E este é um investimento importante para qualquer empresa, o que aponta para um momento de retomada de consciência e valorização da atuação dos profissionais de RH. A vitória de uma equipe é também o triunfo de cada um de seus membros. Cada membro de equipe deve ter valorizado os seus traços de personalidade, o que envolve o trabalho de criatividade, autocontrole e desenvolvimento de competências necessárias para formar uma equipe. Crise é vencida com lideranças integradas, que valorizam suas equipes”. É essencial numa liderança em tempos de crise, conforme a especialista em gestão de pessoas e professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Daniel de Carvalho Luz, manter a equipe engajada, unida e disposta a sair da crise. “O líder deve liderar pelo exemplo, então, nada de desanimo, lamurias e blábláblá estéreis. As conversas, reuniões com a equipe tem que ser nutritivas”. Segundo a economista Ana Alves, não só em tempos de crise, mas sempre o empresário deve ser inovador, pois cultivar novas ideias é fundamental para o sucesso da empresa; ter liderança, para que todos o
Para vencer a crise:
"É preciso lideranças integradas, que valorizam suas equipes. É essencial numa liderança, em tempos de crise, manter a equipe engajada, unida e disposta a sair da crise".
ECONOMIA E NEGÓCIOS
nal somado a seis comportamentos que são consciência, clareza, cumprimento, coerência, consistência e coragem. Essa equação nas empresas e nos relacionamentos corporativos faz total diferença. É preciso apenas aprender a equacioná-la”, explicou. Quanto mais desenvolvido é um país, mais confiança existe entre as pessoas, entre os líderes, entre as organizações, segundo Leila. Portanto, quanto mais poderosa é uma empresa, mais alto deve ser o seu nível de confiança e isso tem início nas pessoas, nos líderes, no produto e no negócio. “Isso faz com que aumente o grau de comprometimento das pessoas e o grau de confiança do mercado”, concluiu.
sigam, sabendo organizar, delegar e inovar; ter senso de oportunidade, para identificar tendências, necessidades atuais e futuras dos clientes; e estar atualizado, aprender tudo que for relacionado com seu negócio.
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ARQUITETURA CERÂMICA
Foto: Reprodução / Indiegogo
Aquecedor de argila movido a velas gera economia Egloo é um objeto de argila que aquece um cômodo sem gastar energia elétrica
Foto: Reprodução / Indiegogo
Um sistema que utiliza o calor de velas para aquecer ambientes domésticos foi criado pelo estudante da Academia de Belas Artes de Roma Marco Zagaria. O Egloo foi construído para concentrar o calor das chamas das velas dentro de uma cúpula de argila, irradiando calor para dentro do ambiente, o que gera mais economia e mais energia ecológica. O objeto aproveita os
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recursos da argila, que armazena o calor e o libera de forma lenta e gradualmente por irradiação, mesmo após as velas serem apagadas. O Egloo é composto de quatro elementos: a base, a grelha e duas cúpulas. A base oferece um espaço para o posicionamento das velas que, uma vez acesas, irão aquecer as cúpulas. Existe ainda uma grade (grelha) colocada sobre a base, que serve como um suporte para as cúpulas, criando um espaço para a entrada do ar em seu interior, necessária para a combustão das velas. Conforme a ideia do estudante da Academia de Belas Artes de Roma, em média de cinco horas são suficientes para aquecer um ambiente de 20 metros quadrados. Para um bom funcionamento, o Egloo necessita apenas de quatro velas. O objeto está disponível em várias versões: natural, colorida e esmaltada. Para utilizá-lo, é simples. Basta apenas posicionar as quatro velas na base e inserir a grelha, na qual as cúpulas devem ser colocadas. Após cinco minutos, o Egloo está pronto. Com o objeto, é possível aquecer um cômodo com apenas 10 centavos de euro por dia (em torno a 35 centavos de reais).
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Secador Natreb Saracco traz economia para o setor
Secador traz redução de custos e melhoria da qualidade da secagem nas cerâmicas brasileiras O grupo Natreb, uma das principais fornecedoras de máquinas e equipamentos do Brasil, lançou no país, em parceria com a empresa Saracco, o Secador Rápido de Taliscas NTS. A demanda pelo equipamento se deu pela precisão de redução de custos e melhoria da qualidade da secagem nas cerâmicas brasileiras. Ao identificar esta necessidade, a Natreb encontrou na Saracco a segurança na experiência de mais de 40 anos e trouxe para o Brasil este projeto com expertise para todos os tipos de argilas. Segundo o diretor comercial da Natreb, Agnaldo Cezar Bertan, o Secador Natreb Saracco proporciona economia e eficiência
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às cerâmicas de forma segura, sem pôr em risco o dinheiro investido. “O universo de cerâmicas do Brasil é muito grande e, com esta parceria com a Saracco, buscamos atender as empresas que buscam o que há de melhor, com um preço adequado e que preferem não se expor a testes que podem custar muito caros a médio e longo prazo”, comentou. Lançado a mais de 40 anos na Venezuela, o equipamento trabalha em instalações cerâmicas com padrão europeu, automatizadas e de alta produtividade. “Hoje atendemos mais de quatro países e contamos com mais de 100 unidades em pleno funcionamento, por isso é uma tecnologia desmistificada para nós que temos o projeto original e aperfeiçoado ao longo dos anos de experiência da Saracco. Mas se este equipamento for feito por quem não domina a tecnologia, prejuízos como desgaste prematuro e ineficiência na secagem podem surgir para o ceramista”, disse o diretor comercial da
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Natreb, Agnaldo Cezar Bertan. "Escolhemos a Natreb como fornecedor oficial dos Secadores Rápidos de Taliscas para o Brasil, porque acreditamos na seriedade da empresa que, assim como nós da Saracco, tem mais de 40 anos no segmento cerâmico. As técnicas que desenvolvemos
que permitem o perfeito funcionamento do secador e longa durabilidade agora são técnicas disponíveis no Brasil através da Natreb. Temos certeza que este secador sendo feito de forma correta e com o nosso acompanhamento contribuirá muito para a evolução da cerâmica de blocos e telhas do Brasil", disse o diretor da Saracco & Cia C.A, Mauro Francesa. Este equipamento, conforme Agnaldo, tem sua estrutura mista entre ferro e alvenaria, possui entre três e cinco metros de largura e entre 90 e 110 metros de comprimento. “Novas tecnologias com estrutura mais leve e modulares também serão apresentadas para situações que exijam construção mais rápida”, acrescentou. Quanto ao investimento, o diretor comercial da Natreb afirmou que, comparado ao custo em mão de obra e ao secador de câmara, seguramente o investimento no Secador Rápido de Taliscas Natreb Saracco propicia o menor tempo de retorno. “Para a Natreb, este lançamento significa estarmos comprometidos com as cerâmicas, trazendo sempre novas tecnologias que geram bons resultados. Que dão lucro para o cliente”, finalizou.
Secador gera economia Os principais benefícios do Secador Natreb Saracco estão ligados diretamente à parte técnica e econômica, conforme o professor e consultor em cerâmica vermelha Vitor Nandi. Com relação à parte técnica, o professor destacou a eficiente uniformização de secagem, redução da retração de secagem em função da rápida velocidade de extração da umidade, baixíssimas perdas térmicas, rápida estabilidade de temperatura em seu funcionamento e melhoria da qualidade. “Já na questão econômica apresenta muitas vantagens como eliminação das vagonetas – que é um dos custos mais elevados do secador tradicional –, redução da mão de obra, diminuição do manuseio de
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material, flexibilidade para trabalhar apenas em horário de produção e otimização de layout, entre outros benefícios que garantem a qualidade e eficiência deste equipamento”, disse o professor. Vitor Nandi afirmou ainda que o secador serve para diversos tipos de telhas e blocos nos diferentes formatos, porém, sua eficiência está diretamente ligada à espessura e ao formato do produto, ou seja, onde define seu peso. “Como qualquer outro equipamento térmico trabalha com unidades de kcal/kg, que no caso do secador kcal/kg de água evaporada, assim fica dependente diretamente de seu peso para cálculo de produção. É um equipamento que envolve uma matemática, diversos cálculos são aplica-
rio seu ciclo de trabalho será prejudicado”, contou. Como qualquer outro tipo de secador, Vitor Nandi afirmou que o funcionamento do secador é baseado no princípio mais antigo de secagem, ou seja, contra corrente, que nada mais é que um deslocamento de fluxo de ar quente controlado contra o material úmido que segue sobre uma esteira metálica em uma câmara com depressão. “Claro que sempre respeitando os gráficos e cálculos psicrométricos, bigot, diagramas de Shepard, de Winkler e de Holtz e Kovacs, que garantem a perfeita secagem com baixo consumo de energia elétrica e térmica”.
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dos para definição correta de trabalho, produtividade e eficiência térmica, não é algo empírico, é um equipamento de precisão que necessita de pessoas qualificadas para seu devido funcionamento”, explicou. Sua produção detém também de sua largura e comprimento, porém, mais ainda de sua matéria-prima, que pode ser ajustada de acordo com sua necessidade, segundo o professor e consultor em cerâmica vermelha. “A produção pode oscilar de 8 a 35 toneladas/hora de material com diferentes tipos de umidades iniciais, desde que esta umidade não oscile mais que dois pontos no decorrer da produção, caso contrá-
Instalação do secador O professor e consultor em cerâmica vermelha Vitor Nandi explicou que, para a instalação do secador NTS, inicialmente o ceramista necessita do estudo de caracterização de sua matéria-prima para avaliar seu ciclo de trabalho, bem como sua produtividade e se realmente sua formulação atual segue os princípios do equipamento. Caso contrário, será preciso ajustar sua fórmula. Outro fator importante, segundo Vitor Nandi, é o cálculo de reaproveitamento térmico de calor de algum forno para o equipamento, no intuito de saber a necessidade de uma fornalha ou não. “Os equipamentos de preparação de massa, extrusão e corte geralmente continuam iguais, assim como o forno, em alguns casos necessitam investir em equipamentos auxiliares, e também no
caso de fornos túneis uma quantidade a mais de vagões, pois o estoque de material seco se dará nos vagões do forno”.
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Vitor Nandi reafirmou que nesta etapa é preciso o estudo das matérias-primas para saber o tempo de revenido (reabsorção de umidade do material após seco), para assegurar o investimento ou não de um pré-forno. “Então na maioria dos casos os ceramistas já tem boa parte dos equipamentos, mas isso tudo pode ser avaliado antes de iniciar a negociação do secador, basta tratar com empresas transparentes e que tenham pessoas especializadas para definição dos estudos ideais das matérias-primas e embasamento técnico”, disse.
Natreb comemora 41 anos de história No mês de agosto, o grupo Natreb completou 41 anos de história. A empresa, que atualmente conta com 100 funcionários, se destaca no mercado pelo comprometimento e respeito aos seus clientes, fornecedores e colaboradores. “Sempre investindo nestes três pontos fundamentais para o crescimento da empresa”, complementou o diretor administrativo da empresa, Mauricio Naspolini Bertan. Para Mauricio, estar estes anos todos no mercado significa muito orgulho. “Dedicação que estamos passando de geração
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para geração. E ao mesmo tempo compromisso, pois temos responsabilidades de sempre inovarmos mais e cumprirmos nosso papel social”, relatou o diretor administrativo da empresa. Nestes 41 anos de existência, a Natreb já colocou mais de 3,5 mil máquinas no mercado, tendo como carro-chefe as Marombas a Vácuo e Monoblocos. Hoje a Natreb atua em três áreas de negócios. São elas cerâmica vermelha completa, fundição e células robotizadas paletizadoras para todos os segmentos.
D E S E N VO LV I M E N T O Fotos: cerâmica Candelária
Cerâmica do Rio Grande do Sul investe em modernização Última inovação da empresa foi a aquisição de um robô para fazer a carga e descarga e paletização
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Fundada em outubro de 1956, a cerâmica Candelária, localizada no Rio Grande do Sul, é uma indústria exemplar no país quando o assunto é investir em modernização. A última inovação da empresa foi a aquisição de um robô para fazer a carga e descarga e paletização. Com este investimento, a indústria estima uma redução de 30 a 40% da folha de pagamento. Segundo um dos sócios da cerâmica Jacson Orlando Lange, o investimento foi feito devido à falta de mão de obra qualificada. A Candelária foi fundada por Elemar Doebber que, no começo, produzia tijolos para a sua própria morada. Após os vizinhos perceberem a produção de tijolos, se interessaram em adquiri-los para fazer as suas casas também, o que foi para o fundador da empresa uma oportunidade de negócio.
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No início, suas atividades eram a fabricação de tijolos maciços e telhas. Os primeiros tijolos foram fabricados com movimentos de uma turbina e, após, por um motor a óleo diesel, devido à falta de energia elétrica na época. Em 1970, a indústria já buscava novas tecnologias e aperfeiçoamentos de seus produtos. “Nessa época, já contando com a energia elétrica e uma máquina com bomba a vácuo, começou a produzir tijolos furados”, disse a administradora da empresa Glaucy Ortiz Lange. Depois disso, em junho de 1994, os diretores Sônia Maria Lange e Orlando Geraldo Lange foram buscar novas tecnologias na Europa. Depois desta viagem, uma nova tecnologia foi implantada, determinando uma fase de expansão na empresa. “Esta fase passou a se consolidar em 1995, com a instalação de um forno túnel totalmente automatizado para a queima dos tijolos, onde permitiu à empresa triplicar a sua produção, passando a produzir 1 milhão de peças ao mês. Este progresso permitiu a geração de empregos e divisas para o município”, contou Glaucy. Após todo esse trabalho e progresso, começou a vir o reconhecimento. Já em 1998 a empresa é reconhecida nacionalmente e internacionalmente pelo seu trabalho, sendo agraciada pelo Troféu Guarita como Empresa Destaque do Rio Grande do Sul e reconhecida Internacionalmente pelo Troféu Símbolo Internacional no mesmo ano. E de lá para cá
a empresa é agraciada anualmente como destaque empresarial e profissional, conforme a administradora da empresa, Glaucy Ortiz Lange. Apesar de todo reconhecimento recebido e tecnologias implantadas, a empresa não parou por aí. Em 2006, a Candelária investe pesado na instalação de um novo maquinário para a fabricação dos tijolos e adquire
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um programa de qualidade voltado a seus produtos para melhor atender seus clientes, construindo assim na sua sede um laboratório para efetuar todos e quaisquer ensaios necessários em seus produtos. Atualmente, a cerâmica Candelária produz tijolos dos mais variados modelos e tamanhos dentro das normas exigidas pelo Inmetro, possuindo um parque fabril totalmente automatizado com um dos fornos mais modernos da América Latina. “Possuímos automatismo de carga, automatismo no transporte de vagonetas e vagões, automatismo no secador e forno”, relatou Glaucy. A empresa conta hoje com 44 funcionários e fabrica 1,3 milhão de peças por mês, exportando para países do Mercosul, principalmente para o Uruguai. A estrutura física da empresa serve-se de 19 hectares para a extração da argila, 14 hectares de conservação e recuperação ambiental e ainda dois hectares utilizados para depósito, juntamente com os pavilhões e escritório da empresa.
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Conquista do PSQ A cerâmica Candelária está a cada dia na busca do crescimento e inovações, tendo a qualidade como uma melhoria constante. E com isso pretende continuar cada vez mais conquistando novos clientes, tanto no mercado nacional, como no internacional. Foi com esta visão que a empresa conquistou a
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qualificação do PSQ, no início de 2012. “Ter a certificação do PSQ é o desejo de todas as empresas que prezam pela qualidade de seu produto e zelam pelo seu nome. Com esta certificação, passamos a ser uma opção aos consumidores públicos e privados, com o status de qualificação do PBQ P-H. A valorização dos nossos produtos passa por manter-nos competitivos, elevando a imagem do setor e do produto cerâmico" disse a administradora da empresa, Glaucy Ortiz Lange. A Candelária trabalhou por 10 anos para atender as normas da ABNT e a conquista do PSQ foi a melhor forma de gratificação por todo trabalho desempenhado, segundo Glaucy. “Assumimos este compromisso específico do setor pelo aumento da qualidade, padronização dos blocos e tijolos cerâmicos disponíveis no mercado, com intuito de combater a não conformidade”, complementou.
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Comprometimento ambiental
O comprometimento com o meio ambiente é a principal preocupação da cerâmica Candelária, segundo a administradora da empresa, Glaucy Ortiz Lange. “Com a consciência de que a empresa é responsável por uma parte da emissão de gás carbô-
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nico na atmosfera, propaga-se uma política de gestão ambiental visando à minimização dos impactos ambientais decorrentes da atividade”. Glaucy ainda contou que a matéria-prima utilizada para o abastecimento do forno é o cavaco, madeira picada fornecida por indústrias moveleiras, que são reaproveitadas na indústria cerâmica para a queima, com o objetivo de reduzir os resíduos. Ainda conforme ela, parte da área de conservação e preservação ambiental é reflorestada com eucaliptos. “Enfim, a política ambiental da empresa resume-se na preservação e reestruturação das áreas exploradas. Além dos eucaliptos, é possível ver ao redor da empresa lagos com criação de peixes, plantações de milho, uma pequena criação de gado, criação de cabritos e uma espetacular paisagem natural”, contou.
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Cerâmicas de SC receberão selo por fabricar peças de cor branca A cor branca nas peças fabricadas na região Sul é gerada pelo tipo da argila e pela forma de queima
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Única no Brasil a produzir tijolos com cor diferenciada, a região Sul de Santa Catarina receberá um selo de Identificação Geográfica (IG), fornecido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Ao todo, 30 cerâmicas do estado vão receber este selo por produzirem peças de cor branca, característico da região, e fabricadas nas regiões de Sangão e Morro da Fumaça. Confeccionadas totalmente de forma artesanal, a cor branca nas peças é gerada pelo tipo da matéria-prima – que são argilas de várzea, mais plásticas – e pela forma de queima: cerca de 160 horas no forno. “É um tipo de queima com chama redutora, tira todo o ar que tem no forno, que pode ser do tipo paulista, garrafão ou abóboda”, disse Albertino José Coral, proprietário da cerâmica Sol Nascente, uma das beneficiadas com o selo. Para Coral, receber este selo gerou mais
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negócios, mais conhecimento do produto, mais visibilidade e organizou melhor a cadeia produtiva. “Ainda não existe cerâmica ou qualquer outro setor da construção civil que tenha este selo. Nossa região vai ser a primeira do setor de construção civil a recebê-lo. Eu penso que vai trazer uma marca, ou seja, uma marca registrada de tijolo e de telha branca no Brasil, porque ninguém tem”, afirmou Coral, que atualmente fabrica em torno de 1,2 mil toneladas de argila por mês em tijolos à vista branco, revestimentos rústicos e elementos vazados. Segundo o Ministério da Agricultura, o registro é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. Segundo o coordenador do projeto que dará o selo à região, Alexandre Zaccaron, estas 30 empresas de Santa Catarina receberão o selo justamente por ser um produto encontrado somente na região. “Temos argila propícia e conhecimento de queima para fazer o produto branco”, disse. Ele ainda afirmou que para a cerâmica de peças brancas, “o selo abrirá uma janela ao mercado consumidor que ainda não conhece o produto, podendo ganhar força inclusive na exportação do produto”. Conforme Zaccaron, recebem o IG produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer (know-how ou savoir-faire). Em nossa região (SC), esse selo já contemplou os Vales da Uva Goethe”, disse Alexandre Zaccaron, coordenador do projeto que dará o selo à região.
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Sebrae prepara processo para o requerimento do selo
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O selo de Identificação Geográfica é fornecido pelo INPI. Porém, o Sebrae é quem prepara o processo para o requerimento do selo por parte de uma entidade representativa dos produtores, como associações, cooperativas e entidades afins. Dessa forma, o Sebrae vai preparar um processo para solicitar o IG da cerâmica de cor branca, conforme o analista da entidade Eugenio de Souza Martinez. “Será solicitado porque o produto é fabricado na região de Sangão e Morro da Fumaça e tem em
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seu processo produtivo todo um tratamento artesanal e especial, tornando as peças com características, benefícios para os usuários e especificações exclusivas”, disse. Segundo o analista do Sebrae, as Indicações Geográficas projetam uma imagem associada à qualidade, reputação e identidade do produto. “Assim o registro pode conferir maior competitividade nos mercados nacionais e até internacionais, melhorando a comercialização dos produtos. Além disso, o registro ajuda a evitar o uso indevido por produtores instalados fora da área geográfica demarcada”, acrescentou. O setor cerâmico é o primeiro da construção civil a receber o selo. De acordo com Martinez, o Sebrae tem algumas experiências de participar com sucesso na preparação de alguns grupos para a obtenção do IG, como exemplo os produtores da Uva Goethe, da cidade de Urussanga e região, em Santa Catarina. “Também temos alguns que estão em processo de conclusão para solicitar junto o INPI a obtenção do selo, que são os produtores de Mel de Melato, do Planalto Serrano, e os produtores de Banana de Corupá”, contou.
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Programa para fortalecer o setor cerâmico O projeto que dará o selo à cerâmica de cor branca está dentro do Programa de Fortalecimento dos Polos Industriais (FPI). Segundo o coordenador do programa, Alexandre Zaccaron, o IG é um programa em
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paralelo ao FPI, pois contempla não somente as empresas de produto branco do FPI, mas sim, todas as empresas da região, associadas ao Sindicer ou não. O FPI é programa que agrega empresas de telhas e blocos, com ações que visam complementar e aprimorar o processo produtivo, qualidade do produto e gestão empresarial, por meio de cursos, palestras, seminários, consultorias e visitas a feiras e empresas. As empresas participantes também terão laudos que são muito cobrados atualmente pelo consumidor, aumentando a competitividade do produto cerâmico no mercado. De todo valor gasto nas ações, o SebraeTec dá uma contrapartida de 80% os outros 20% fica por conta do ceramista. Participam deste programa, que durará de 8 meses a 1 ano, 14 empresas, sendo sete de telhas e sete de blocos.
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Segurança e Saúde Ocupacional A entrevista especial deste mês é com Patricia Bernardo de Figueiredo. Ela é médica especialista em Medicina do Trabalho pela AMB e professora convidada do curso de pós-graduação em Medicina do Trabalho pela Mestra e coordenadora de Segurança e Saúde do Serviço Social da Indústria – Sesi de Santa Catarina. Nesta entrevista, Patricia fala sobre a importância de investir em saúde ocupacional, sobre como se encontra a situação do trabalhador brasileiro diante das doenças ocupacionais atualmente e sobre práticas que podem ser adotadas pelas empresas no que se refere à prevenção das doenças ocupacionais, entre outros assuntos NC - O que é SSO (Segurança e Saúde Ocupacional)? Patricia Bernardo de Figueiredo - É o conjunto de ações, tecnológicas e de processos, que tem por objetivo proteger o trabalhador em seu ambiente de trabalho, buscando minimizar e/ou evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. NC - Qual a importância de investir em saúde ocupacional nas empresas? PBdF - Investir em saúde ocupacional nas empresas está muito além da busca em atender os requisitos da legislação brasileira. A empresa estará promovendo o bem-estar físico, mental e social dos seus trabalhadores, resultando em maior produtividade, valorização da marca e da sua credibilidade, tal como a redução dos custos tributários, previdenciários e trabalhistas, ou seja, investir em segurança do trabalho é fundamental ao êxito de uma empresa. NC - O que é SST e como pode ser realizada nas empresas? PBdF - A Segurança e Saúde no Trabalho
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(SST) é uma disciplina que trata da prevenção de acidentes e de doenças profissionais bem como da proteção e promoção da saúde dos trabalhadores, com o objetivo de melhorar as condições e o ambiente de trabalho. Pode ser realizada por equipe técnica especializada própria da empresa (SESMT próprio – baseado no dimensionamento da NR4) ou através de empresas de consultoria em Saúde e Segurança no Trabalho, como o Sesi. A escolha se dará com base na Norma Regulamentadora NR4, que prevê e dimensiona o Serviço Especializado das empresas a partir do número de trabalhadores e de seu grau de risco. De qualquer forma, há que cumprir todas as obrigações legais dispostas nas normas regulamentadoras que regem a matéria. NC - Como se encontra a situação do trabalhador brasileiro diante das doenças ocupacionais atualmente? Quais são as doenças ocupacionais que mais prejudicam a saúde dos brasileiros? PBdF - No Brasil, as doenças ocupacionais se configuram de forma semelhante ao res-
ENTREVISTA to do mundo. A maior incidência ainda são as doenças relacionadas aos acidentes típicos, tais como fraturas, luxações e amputações. Porém, aumentando sobremaneira, temos as doenças osteoarticulares, que segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), são responsáveis por mais de 10% dos casos de incapacidade por perda de movimentos associados ao trabalho, tais como problemas em nervos, tendões, músculos e coluna, decorrentes da postura inadequada, má estrutura física nos postos de trabalho e movimentos repetitivos. Além disso, os transtornos mentais representaram, em 2012, quase 10% dos benefícios concedidos por auxílio-doença pelo INSS. NC - Sabemos que profissionais doentes impactam em custos. Quanto custa para o empresário um funcionário afastado por doença desenvolvida no trabalho? PBdF - Os custos com o adoecimento são diversos. Poderíamos enumerá-los: absenteísmo do trabalhador doente implica na carga de atividades duplicada para os cole-
gas de trabalho e potencial risco de lesão; além disso, para cada dia de falta ao trabalho, o trabalhador esteve por três dias presente ao trabalho sem produzir, sem alcançar seu potencial produtivo. A isso damos o nome presenteísmo. O trabalhador que se afasta em período maior do que quinze dias é encaminhado ao benefício previdenciário e, em caso de nexo causal entre adoecimento e atividade laborativa, os custos previdenciários elevam exponencialmente. Vale lembrar ainda dos custos com plano de saúde e treinamento de novo funcionário, entre outros. NC - Como os empresários podem evitar custos quando se trata de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho? PBdF - Os empresários devem buscar compreender que saúde e segurança no trabalho é investimento e não custo e que, em todo dinheiro investido, haverá retorno (ROI - Return on Investment positivo). NC - Que fatores contribuem para o adoecimento no ambiente de trabalho?
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de evitar o adoecimento e os acidentes de trabalho. NC - Além da saúde física, que outros reflexos o investimento na prevenção de doenças ocupacionais podem trazer às empresas? PBdF - Investir na prevenção de doença e na busca pela melhoria da qualidade de vida dentro e fora do trabalho garante à empresa um trabalhador integralmente saudável e produtivo.
PBdF - Fatores relacionados aos riscos químicos (poeira, metais, fumos metálicos, etc), físicos (ruído, vibração, temperaturas extremas), biológicos (exposição a bactérias, fungos, parasitas, vírus, etc), de acidente (trabalho em altura, espaços confinados, choque elétrico, etc.) e ergonômicos (transporte de carga excessiva, movimentos com torção excessiva de tronco, trabalho com braços elevados acima de 90º, etc.). NC - Que práticas podem ser adotadas pelas empresas no que se refere à prevenção das doenças ocupacionais? PBdF - As empresas devem ter em seu quadro ou como seus prestadores de serviço a busca incessante da excelência em serviços de segurança e saúde no trabalho, devem avaliar e gerir os riscos do ambiente de trabalho, sempre buscando a melhoria contínua dos processos e ambientes a fim
"Investir na prevenção de doença e na busca pela melhoria da qualidade de vida dentro e fora do trabalho garante à empresa um trabalhador integralmente saudável e produtivo"
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NC - Quanto custa em média para a empresa investir na segurança de seus trabalhadores, incluindo profissional de segurança e equipamentos necessários? PBdF - Depende do grau de risco da empresa, dos riscos existentes nos ambientes de trabalho e do número de trabalhadores expostos a tais riscos. Certamente o investimento é infinitamente menor do que os custos indenizatórios devido a um acidente de trabalho com sequelas incapacitantes. NC - Qual a garantia de retorno em investimento em saúde ocupacional? PBdF - Nos Estados Unidos, estudo recente conduzido pela Liberty Mutual e publicado pela American Society of Safety Engineers (ASSE) mostrou aos executivos que para cada USD 1 gasto em saúde e segurança são da taxa de 1:3. (American Society of Safety Engineers/2014). NC - O que é Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP)? PBdF - É uma metodologia que, através de análise estatística e epidemiológica, tem o objetivo de identificar quais doenças e acidentes estão relacionados com a prática de uma determinada atividade profissional pelo INSS no Brasil. NC - Como o empresário pode fazer a gestão do NTEP? PBdF - O empresário deve ter uma equipe preparada para entender os ganhos advindos desta gestão. Somente desta maneira, a gestão passa a ser uma atividade contínua na empresa e não apenas um momento de preocupação transitória. Deve ter
ENTREVISTA
em seus prestadores de serviço de SST o engajamento para a elaboração das peças de contestação para conversão dos nexos técnicos ocorridos no âmbito previdenciário, bem como avaliar todos os fatos ocorridos e que contribuíram para o indicador do Fator Acidentário de Prevenção. Desta forma, através de plano de ação de melhoria e correção dos fatos geradores de adoecimento e acidente os eventos infortunísticos diminuirão e tributo previdenciário também.
lhador regido pelas Consolidações das Leis do Trabalho (CLT) têm a obrigação de elaborar e cumprir as Normas Regulamentadoras (NR) que são em número de 36, porém algumas delas específicas de atividades econômicas. Basicamente todos devem ter PPRA, PCMSO (e exame médicos ocupacionais advindos deste e Ordens de Serviço, pelo menos um funcionário treinado nos temas da Comissão Interna de Acidentes de Trabalho (CIPA), entre outros.
NC - De que forma as empresas podem lucrar ao investir em segurança e saúde ocupacional? PBdF - Na medida em que o ambiente de trabalho esteja mais seguro e saudável, os acidentes e doenças do trabalho diminuirão e com isso diminuirão os custos previdenciários, trabalhistas, de pessoal (reposição de mão de obra) e de saúde (convênio e sinistralidade).
NC - Porque as empresas devem investir em qualidade de vida no trabalho? PBdF - A pirâmide etária está retificando no Brasil e em 50 anos teremos mais adultos e idosos do que crianças. Além disso, a expectativa de vida do brasileiro gira em torno de 73 anos. Cada vez mais precisaremos estar saudáveis, pois com o aumento da expectativa de vida vem o aumento do tempo de vida trabalhando e produzindo e, por isso, as empresas precisam se preocupar em disseminar a cultura da alimentação e de hábitos e estilo de vida saudáveis nos seus trabalhadores.
NC - Qual a principal função da segurança no trabalho? PBdF - A Segurança do Trabalho atua através da antecipação, a identificação, a avaliação de riscos com origem no local de trabalho, ou daí decorrentes, e propõe o controle dos mesmos a fim de evitar que possam deteriorar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. NC - Como o empresário pode proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para os colaboradores? PBdF - Investindo na melhoria de seus ambientes de trabalho, buscando processos produtivos saudáveis ergonomicamente. NC - Quais são os documentos obrigatórios para todas as empresas referente à saúde ocupacional? PBdF - Todas as empresas com pelo menos um traba-
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NC - Quais são os principais problemas de saúde desenvolvidos no trabalho? PBdF - Atualmente as doenças mais prevalentes são as intoxicações exógenas, as doenças do sistema musculoesquelético (doenças ortopédicas) e os transtornos mentais. NC - Que recomendações você pode dar para os empresários que desejam começar um trabalho bem estruturado, para evitar que seus funcionários tornem-se vítimas das doenças ocupacionais? PBdF - O mais importante é investir em uma equipe ou em prestadores de serviços que tenham completo comprometimento com a excelência destes serviços. Somente se realizado de forma séria, integrando a segurança e a saúde no trabalho e tendo uma equipe multidisciplinar imbuída do mesmo objetivo, que é melhoria contínua do ambiente de trabalho, SST será um sucesso na busca do acidente e doença ocupacional “zero”.
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Cerâmica Vila Nova vence promoção Assinatura Premiada A cerâmica Vila Nova, de Itaboraí (RJ), do empresário Raul Carlos Scotelaro Boccaletti, foi a vencedora da promoção Assinatura Premiada 2.0, promovida pela NovaCer. A indústria ganhou uma viagem completa com acompanhante para a Ceramitec, feira que ocorre de 20 a 23 de outubro, em Munique, na Alemanha. O sorteio foi realizado no dia 26 de agosto, no escritório da revista, em Criciúma, Santa Catarina. Concorreram à viagem para a Ceramitec 200 cerâmicas assinantes. Para participar, os leitores solicitaram o boleto bancário de assinatura anual da revista. Com a quitação do boleto, estava validada a participação na promoção. Lançada oficialmente no mês de junho de 2015, participaram da promoção os leitores assinantes da revista a partir de janeiro deste ano. Cada empresa recebeu um código baseado nos quatro principais números do boleto de pagamento da assinatura. O número sorteado foi 4089, algarismos do boleto bancário da cerâmica Vila Nova. O sorteio foi realizado manualmente por meio de um globo com bolas numeradas e feito pelo diretor da revista, Geraldo Salvador Júnior, acompanhado de mais três colaboradores. O resultado da promoção foi divulgado após o
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sorteio no site www.novacer.com.br e por meio de vídeo no canal da NovaCer, no YouTube. Conforme o diretor da NovaCer, Geraldo Salvar Júnior, a ideia da promoção Assinatura Premiada 2.0 foi dar continuidade às promoções da revista. “Em 2012, tivemos a primeira edição da Assinatura Premiada, que sorteou um iPhone 4s, na época um lançamento no mercado de smartphones e foi um sucesso, algo totalmente novo no setor”, contou. Além disso, a ideia principal desta promoção, segundo ele, foi mostrar para o setor cerâmico que é possível fomentar, difundir e realizar resultados positivos através do empreendedorismo, mesmo em tempos de crise. “Prova disso, foram as mais de 200 cerâmicas que participaram da promoção em apenas um mês de vendas, ou seja, sucesso total novamente. Desta vez ousamos mais e fizemos algo totalmente novo para o setor, pois nunca isso foi realizado. Isso gerou uma aproximação do ceramista com a informação e pesquisa através da literatura cerâmica. Todos saíram ganhando, as cerâmicas, os fabricantes de máquinas e equipamentos, a construção civil, seja em vendas, experiência, troca de informação e até mesmo na mudança interna das empresas e no comportamento pessoal profissional”, relatou. O diretor da NovaCer contou ainda que, no período da promoção, a NovaCer conversou com mais de 600 ceramistas de todo o Brasil e teve um feedback excelente do mercado. “Muitas pessoas nos questionaram sobre o porquê sortear uma viagem. Na verdade, não é somente o sorteio de uma viagem, é uma experiência inesquecível na maior feira de cerâmica mundial, a Ceramitec, que só é realizada a cada três anos. Como temos uma parceria com a promotora do evento desde 2009, decidimos unir o útil ao agradável e presentear um ceramista com direito a acompanhante para ir à feira”. “Espero que a cerâmica Vila Nova, do Rio de Janeiro, aproveite bem esta oportunidade e que isso possa refletir dentro de sua fábrica, através do que eles irão viver neste evento em outubro”, destacou.
TECNOLOGIA
Unifrax e RF lançam fornalha inovadora de alto desempenho UNIRFRAX ED-72 foi instalado na cerâmica Mifale, e trouxe resultados acima das expectativas
Sistema UNIRFRAX ED-72
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A Unifrax, em parceria com a RF Isolamento Térmico, lançam no mercado mais uma inovação para o setor cerâmico: o Sistema UNIRFRAX ED-72. O produto, conforme Rogério Gaspar, da Unifrax, chega ao ceramista como uma alternativa inovadora no conceito de fornalhas, trazendo vantagens e benefícios tanto a curto como a longo prazo. A expectativa dos fabricantes é que o sistema possua vida útil mínima de 12 meses, período consideravelmente acima da tecnologia atual. “Por longos anos, a Unifrax e a RF vem desenvolvendo um novo conceito de fornalhas que efetivamente traga reais vantagens aos ceramistas. Comprovamos mais uma vez que o entendimento da necessidade do cliente, a pesquisa e desenvolvimento das nossas empresas e o foco no mercado, principalmente em uma situação econômica desafiadora, são as bases para a inovação”, contou Gaspar. A vida útil do sistema, conforme Gaspar, depende também de outros fatores como tipo de combustível a ser queimado, projeto do forno e da fornalha e condições de operação do forno, entre outros. “Por isto, para o sucesso da inovação, é fundamental a boa relação entre o fabricante e o ceramista”, esclareceu Rogério Gaspar.
TECNOLOGIA Est
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ura m do etáli IRF sis c RAX tem a a ED72
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Umas das empresas a adquirir o sistema UNIRFRAX ED-72 foi a cerâmica Mifale, de Piracaia, no estado de São Paulo. A indústria instalou sete fornalhas com este inovador conceito em setembro de 2014. Segundo o ceramista Juliano Carvalho, que antes utilizava tecnologia composta por tijolos refratários sílico-aluminosos de alta densidade com argamassa refratária de pega cerâmica, o sistema da UNIRFRAX ED-72 trouxe resultados acima
VANTAGENS do Sistema UNIRFRAX ED-72: • Redução de combustível (lenha / cavaco) • Menor tempo de queima • Redução de manutenção
Sistema UNIRFRAX ED-72 com um ano em operação
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das expectativas. “Eu tinha vários problemas com as fornalhas de tijolo. Elas quebravam com facilidade, os tijolos eram corroídos e o ambiente ficava muito quente. Com esta nova fornalha, eu economizei cavaco e a durabilidade ficou maior", contou. Para Ilson Figueiredo, da RF Isolamento Térmico, esta tecnologia contribui diretamente para a competitividade do mercado cerâmico nacional. Com isto, os fornos ficam mais eficientes em termos de consumo de energia, além da vida útil elevada, quando comparada às fornalhas de tijolo. “Esta inovação certamente trouxe e trará maior competitividade ao nosso setor. Iniciativas como esta na qual há redução do consumo de lenha, aumento de vida útil do equipamento e redução de custos são muito bem-vindas em momentos difíceis como o que estamos enfrentando. Sinto muito orgulho em fazer parte desta história”, disse O sistema UNIRFRAX ED-72 está sendo instalado em mais de 80 fornalhas em diferentes fornos de várias regiões do país. A expectativa, segundo Rogério Gaspar, da Unifrax, é que o mercado cerâmico do Brasil realmente absorva esta tecnologia como uma alternativa real de reduzir custos em um momento de desafios na nossa economia.
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Seminário de cerâmica vermelha é realizado em Pernambuco Evento ocorreu no dia 25 de agosto, na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe)
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O primeiro seminário de cerâmica vermelha para construção do Sertão Pernambucano foi realizado no dia 25 de agosto, em Petrolina, PE. O evento ocorreu no auditório da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e reuniu cerca de 29 participantes, das cidades de Petrolina, Dormentes, Afrânio, Santa Maria da Boa Vista, Palmares, São Lourenço da Mata e Passira, além de uma empresa Baiana. O objetivo do seminário foi o aumento da base sindical, apoio da Fiepe no projeto de Interiorização do desenvolvimento e consolidação da agenda positiva. Além disso, o intuito do evento foi discutir estratégias para inovação e melhoria da competitividade do setor, por meio de palestras e estudos de casos desenvolvidos em indústrias do estado. Durante o evento, foram abordados
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temas como a cerâmica vermelha como matéria-prima, gestão de qualidade, combustão e fornos e controle de desperdícios de blocos, entre outros. Uma das palestras, conforme o presidente do Sindicer/PE, Otiniel Gerôncio Barbosa, foi sobre Ensaios do Programa Setorial de Qualidade (PSQ) e Caracterização da matéria-prima para cerâmica vermelha. Esta palestra abordou “as boas qualidades da argila como matéria-prima, necessidade de estudo para otimização do uso da mesma, com testes diários e seu posterior uso adequado”. Gestão de qualidade no processo e ganhos com a Parceria Senai x Empresas foi outra palestra ministrada durante o evento. Conforme o presidente do Sindicer/PE, esta palestra abordou a qualidade como instrumento de otimização dos processos produtivos, eficiência na gestão como todo e competitividade como elemento de sobrevivência das empresas no mercado. Outra palestra destaque do seminário foi sobre Combustão e fornos eficientes, que abordou os diferentes tipos de fornos, vantagens e desvantagens, e a eficiência de queima de cada um deles. Controle de
desperdícios como uma ferramenta / instrumento de sustentabilidade, eficiência do processo produtivo e geração de recursos financeiros como resultado da eliminação ou diminuição das perdas foi outro assunto discutido no evento. Além das palestras, foi feita a apresentação do Convênio - UFRPE x SINDICER/ PE. “Falamos ainda sobre a importância do associativismo, otimismo para enfrentar a crise atual e a necessidade de as empresas estarem vinculadas a alguma instituição que as represente, no caso o Sindicer”, complementou o presidente. Para Barbosa, este evento teve grande significado para o setor na região do sertão pernambucano, visto que existem empresas naquela região que carecem de apoio e incentivo do Sindicato. “O setor no estado de Pernambuco é muito pulverizado e não temos como atender as empresas satisfatoriamente. Assim, esse evento representou um passo à frente no resgate ao atendimento aos associados e/ou aos que virão a ser associados; tudo em sintonia com a nova visão da Federação mediante seu projeto de interiorização de desenvolvimento”, disse o presidente do Sindicer/PE.
Evento reuniu cerca de 29 participantes, das cidades de Petrolina, Dormentes, Afrânio, Santa Maria da Boa Vista, Palmares, São Lourenço da Mata e Passira, além de uma empresa Baiana.
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A atual situação do mercado vem sendo alvo de discussões entre os associados do Sindicato das Indústrias de Olarias e Cerâmicas para Construção no Estado do Paraná (Sindicer-PR). Preços baixos, praticados por fabricantes que não seguem os padrões de qualidade, e a alta nos custos de produção estão impactando diretamente as olarias. O sindicato levou os questionamentos dos industriais, entre eles sobre concorrência, para a Fiep, na busca de alternativas para fomentar o setor. Diante disto, a federação montou um projeto de valorização do produto e do segmento, com o objetivo de esclarecer ao mercado consumidor sobre a importância de adquirir tijolos dentro das normas de qualidade e segurança. A ideia é fomentar uma campanha estadual para dar suporte à indústria da cerâmica vermelha. Além de todas as regiões paranaenses estarem enfrentando as mesmas dificuldades, uma mobilização em todo o Paraná traria resultados ainda positivos para o setor. O trabalho realizado pela Fiep utilizou informações repassadas pelo sindicato e dados colhidos com entidades de outros estados que também estão relacionadas com este ramo da indústria. O projeto tem como metas a criação de um programa de melhoria da produção do se-
Foto: Sindicer/PR
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Industriais do PR discutem projeto de planejamento
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tor; elaboração de um selo de qualidade para os associados; produção de guias técnicos de produção da cerâmica vermelha no Paraná e de boas práticas; e desenvolvimento de uma cartilha informativa sobre a cerâmica vermelha. Esta última publicação seria distribuída maciçamente aos consumidores para que haja um efeito multiplicador das informações sobre as vantagens dos produtos cerâmicos. Além disto, a proposta prevê apoio às indústrias em diferentes aspectos de gestão e a criação de um programa de fomento e desenvolvimento de tecnologias modernas para as empresas do setor, aumentando a produtividade das mesmas e as qualidades de seus produtos. O projeto ainda contempla uma agenda de trabalho para avaliação dos resultados e debate das ações futuras. Os resultados esperados são melhorias na produtividade nas empresas associadas aos sindicatos e no parque fabril do setor, além da conscientização perante o comércio e clientes da importância da cerâmica vermelha na construção civil. O projeto será discutido mais uma vez entre os associados do Sindicer-PR e será levado para os associados dos demais sindicatos que representam o setor no Paraná. A equipe da Fiep ressaltou, durante a reunião, que o projeto poderá funcionar se houver a participação e contribuição dos industriais. “Um projeto como este pode ajudar muito nosso setor em um momento de crise, que pede uma maior valorização do produto”, comenta o presidente do Sindicer-PR, Arnoldo José Orso. Para a diretora do Sindicer Norte/PR, Salete Gauginski, um projeto como este era o que o setor precisava. “Está faltando a gente valorizar o nosso produto. Ninguém sabe das qualidades dele. Como podemos pedir que o consumidor saiba comprar um produto de qualidade se ele não tem essa informação? Somos nós que devemos falar isto. Isto demanda bastante trabalho, mas será um investimento”, opinou. Fonte: Fiep/Sindicer-PR
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FEIRAS
Expo Arquitetura Sustentável será realizada em São Paulo Em sua segunda edição, o evento ocorrerá de 10 a 12 de novembro e deve reunir cerca 8,5 mil visitantes
Foto: divulgação
De 10 a 12 de novembro deste ano, São Paulo sediará a segunda edição da Expo Arquitetura Sustentável - Feira Internacional de Construção, Reforma, Paisagismo e Decoração. São esperadas mais de 100 marcas nacionais e internacionais para expor no evento, que ocorrerá no Expo Center Norte. Para este ano, sua área de exposição ampliará em 50%, somando 12 mil metros qua-
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drados. A expectativa é que a feira reúna cerca de 8,5 mil pessoas, entre visitantes e compradores qualificados. Organizada Reed Exhibitions Alcantara Machado, o evento contará com uma grade de palestras com especialistas do Brasil e de fora. Ao todo, serão mais de 70 painéis na conferência que acontece paralelamente à feira, das 9 às 18 horas. Entre os temas dos painéis que serão ministrados durante os três dias estão “Planejamento, Construção e Sustentabilidade”; “O papel das árvores em nosso mundo, seja criando chuva, evitando enchentes, provendo alimento ou limpando ar e água”; “AQUA– HQE: a cultura e a prática da construção sustentável”; “Meio ambiente, recursos naturais e empreendimentos sustentáveis”; e “Leroy Merlin do Brasil: O Desafio da Sustentabilidade no Varejo”; entre outros assuntos. A Expo Arquitetura Sustentável é considerada o evento mais democrático do setor da construção sustentável no Brasil, que reúne todos os modelos e normas de certificações do mercado, integrando toda a cadeia industrial com os arquitetos, construtores e incorporadores, apresentando inovações, tecnologias, conceitos e soluções de sustentabilidade para eficiência na construção de residências, escritórios e indústrias. O evento é exclusivo e gratuito para profissionais do setor que fizerem o seu pré-credenciamento por meio do site do evento ou apresentarem o convite do evento no local. Caso contrário, será cobrada a entrada no valor de R$ 55 no balcão de atendimento. A entrada de menores de 16 anos, mesmo que acompanhados, é proibida. Para inscrição e informações o telefone para contato é (11) 5042-7400. Já o e-mail é eas.inscricao@reedalcantara.com.br. A programação completa pode ser acessada em www.expoarquiteturasustentavel.com. br.
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Foto: Sindicer/PB
Primeiro workshop ocorreu no dia 22 de julho, na Paraíba
O Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha da Paraíba (Sindicer/PB) promoveu dois workshops que abordaram temas sobre como enfrentar a crise. O primeiro ocorreu no dia 22 de julho e foi realizado em parceria com Programa Paraibano da Qualidade (PPQ) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon/JP). Intitulado “Enfrentando a Crise com Estratégia”, o objetivo do evento foi capacitar os gestores das empresas cerâmicas para enfrentar a crise e
Foto: Sindicer/PB
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Palestras abordam como enfrentar crise
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crescer nos seus negócios, utilizando ferramentas de gestão. O workshop reuniu cerca de 70 pessoas, na sede do Sinduscon, em João Pessoa. Estiveram presentes construtores, estudantes de engenharia e arquitetura e associados ao Programa Paraibano de Qualidade e ao Sinduscon/JP, entre outros. Conforme o presidente do Sindicer/ PB, João Neto, as empresas participantes aprenderam a aprimorar e reinventar os seus controles industriais, gerenciais e resultados usando de estratégia e contando com uma ferramenta exclusiva para o controle online de seu planejamento e ações. O evento contou com a apresentação de Rafael Mitzkun (PPQ), Fernando Tompson (Rhesultado/Unipê) e Cassiano Brenner (Scopi/RS). Os três apresentaram abordagens diferentes sobre o mesmo tema: Planejamento Estratégico. “O Rafael Mitzcun citou o planejamento como ferramenta para atingir a máxima qualidade na empresa; o Fernando Tompson fez uma visão geral da organização da empresa usando de estratégia e citou casos de construtoras e empresas cerâmicas que es-
Foto: Sindicer/PB
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Workshop do dia 17 de agosto abordou redução de custos para enfrentar a crise tão se aprimorando junto com suas dificuldades; e por fim, o Cassiano Brenner apresentou uma ferramenta de controle para otimizar os processos do nosso setor”, contou. Para enfrentar a crise, Neto relatou que conhecer o seu negócio é o primeiro passo. “Muitas empresas caminham com a corrente, não tendo parado ainda para saber o seu potencial e que caminhos explorar para crescer, ou mesmo os que não trilhar para ir ao prejuízo. Disto, ao invés de melhorar seus processos e crescer o setor, há a briga por mercado e redução de preços. Todos perdem. Caso Foto: Sindicer/PB
Foto: Sindicer/PB
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as empresas se organizem, o setor poderá melhorar seu destaque em relação aos nossos maiores concorrentes substitutos”, disse. O outro workshop, intitulado Redução de Custos para Enfrentamento da Crise nas Cerâmicas, ocorreu no dia 17 de agosto e contou com três palestras. A primeira foi sobre Fornos eficientes com o projeto EELA, do INT; A segunda foi sobre Gestão de custos; e a última foi sobre Energia. Participaram deste evento cerca de 30 pessoas, de cidades como Santa Rita, Rio Tinto, Congo, Santa Luzia, Cajazeiras e Caldas Brandão. Além de empresários destas cidades, estiveram presentes ceramistas do estado de Pernambuco. Realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), em Campina Grande, o intuito de realizar este evento, conforme o presidente do Sindicer/ PB, João Neto, foi de instruir os empresários do setor cerâmico do Estado sobre a importância da gestão de custos, através de palestrantes das áreas de custos, gestão da operação e energia. “O setor vive um momento de crise e o Sindicer/PB é responsável por defender os interesses do setor de cerâmica vermelha no Estado. O evento foi montado para atender a necessidade do setor neste momento onde as vendas para todos os ceramistas está em um período de grande baixa e as despesas estão superando a receita na maioria das empresas. Para isto, controlar os custos é essencial para voltar a trabalhar fora do vermelho”, finalizou Neto.
ARTIGO TÉCNICO
Análise da degradação por lixiviação e congelamento de peças cerâmicas vermelhas com adição de rejeito de rocha ornamental Trabalho apresentado no 54º Congresso Brasileiro de Cerâmica, 30 de maio a 2 de junho de 2010, Foz do Iguaçu, no Paraná
Resumo Para análise da degradação acelerada em laboratório sofrida pelos corpos de prova de cerâmica vermelha, foi utilizado um equipamento que lixivia água quente e fria em tempos controlados e também congela a amostra em até -4ºC. Os corpos de prova cerâmicos foram confeccionados com até 10% em massa de rejeito de rocha ornamental a seco e, em seguida, moldados por extrusão. Os materiais produzidos foram calcinados nas temperaturas de 700ºC, 800ºC e 900ºC. Após 1.060 horas de degradação acelerada em equipamento de laboratório, analisaram-se as propriedades cerâmicas do material. Os resultados das resistências mecânicas foram comparados através da distribuição de Weibull, antes e depois da degradação. Nota-se que o material com adição de 10% de rejeito de rocha ornamental na massa cerâmica é mais durável e confiável quando queimada a 900ºC após a degradação.
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NovaCer • Ano 6 • Setembro • Edição 65
Daniella Viana Rodrigues, Gustavo de Castro Xavier, Jonas Alexandre, Renata Barbosa Anderson, Fernando Saboya Albuquerque Júnior, Paulo César de Almeida Maia. Laboratório de Engenharia Civil – LECIV Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Introdução O estado do Espírito Santo, em virtude de sua posição geográfica privilegiada, destaca-se como um grande polo industrial de granito e mármore. Os resíduos gerados durante o desdobramento de rochas, quando lançados nos ecossistemas sem quaisquer cuidados, representam um risco em potencial à saúde pública e ao meio ambiente (1). A confecção de materiais de construção utilizando esses rejeitos faz com que as indústrias desenvolvam tecnologias alternativas, desempenhando um menor comprometimento ao meio ambiente. As peças cerâmicas quando expostas ao tempo sofrem facilmente um processo de degradação. Com a finalidade de minimizar os impactos causados e garantir ao material maior durabilidade, introduziu-se o resíduo de rocha na massa de argila. Quando as peças cerâmicas entram em contato com as condições atmosféricas, ocorre uma redução em suas propriedades físicas e químicas, podendo comprometer suas tensões últimas (2). Segundo Xavier (3), além de agregar valor ao resíduo, o granito possibilitará ganhos de resistência na peça. Com o intuito de simular as condições intempéricas naturais de forma acelerada, amostras foram submetidas a ciclos de lixiviação de água quente e fria e congelamento em um equipamento de degradação. Para descrever o comportamento de fratura do material cerâmico, quando submetido a um dado nível de tensão σ, foi utilizada a distribuição de Weibull (2). Tendo em vista que, quanto maior
Equação (A)
Onde σ0 é a tensão antes da qual o material não falhará, σR é um valor referencial de tensão, correspondente a 0,632 de probabilidade de falha do material e m é o módulo de Weibull, relacionado à dispersão das medidas. Este trabalho tem o objetivo de caracterizar os materiais envolvidos e analisar a degradação das propriedades tecnológicas de cerâmica vermelha incorporada com rejeito de rocha.
rando com radiação Cu-Kα e 2Φ variando de 5º a 80º. A microestrutura dos materiais foi analisada por microscopia eletrônica de varredura (MEV) no equipamento SSX-550 da SHIMADZU, modelo SEDX.
ARTIGO TÉCNICO
o número de defeitos estruturais nas peças, maior será a probabilidade de falhas. Portanto, o que determina a resistência mecânica de um material é a existência de falhas críticas na região de máxima solicitação (4). A equação A descreve a distribuição de Weibull:
Degradação A simulação da degradação dos corpos de prova cerâmicos foi realizada através de um equipamento de degradação de laboratório. Este equipamento submete as amostras a tempos controlados de lixiviação contínua de água destilada quente (70ºC) ou fria (21ºC), com controle de temperatura da câmara de amostras, e também, submete as amostras ao congelamento em até -4ºC. Além disso, as amostras ficam sujeitas a atmosfera de vapor toda vez que o ciclo de água quente entra em funcionamento.
Materiais e métodos Materiais A argila utilizada para a confecção das amostras é oriunda de Campos-RJ. O resíduo, proveniente da serragem de blocos de rochas ornamentais, é de Cachoeiro do Itapemirim-ES. Métodos Ensaios de caracterização Análise do tamanho de Partículas do Resíduo e da Massa Argilosa Os ensaios realizados determinaram as distribuições do tamanho de partículas do resíduo e também da massa argilosa utilizada, via úmido por peneiramento e sedimentação, segundo a NBR – 7181(5) (1984). Análise Química, Mineralógica e Morfológica As amostras foram passadas na peneira de abertura 0,045 mm (#325) e secas em estufa a 110ºC. Utilizou-se o equipamento de energia dispersiva de Raios-X, modelo EDX700 Shimadzu. A composição mineralógica qualitativa foi obtida por difração de raios-X, em equipamento Shimadzu DXR 7000, ope-
Figura 1 – Equipamento de degradação de laboratório Ensaios tecnológicos Preparação das Amostras e Moldagem dos Corpos de Prova A preparação da massa argilosa iniciou com o destorroamento da argila com auxílio de picadeira mecânica, na qual foi coletada em forma de torrões com tamanhos variados. O material foi passado na peneira de abertura 2,0 mm (#10). Foram preparadas misturas com diferentes porcentagens de resíduo, 0% (0R), 5% (5R) e 10% (10R) em massa. Estas composições foram levadas para estufa a 110°C e homogeneizadas a seco e umedecidas com água a um percentual 35,45%, calculado na equação (B): Equação (B)
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ARTIGO TÉCNICO
Onde LL é o limite de liquidez do material dado em porcentagem. Para simular as condições reais das cerâmicas, o material foi passado duas vezes em laminador, critério adotado por apresentar melhores resultados de densificação das massas para argilas de Campos/RJ (6). Após a dupla laminação, as massas cerâmicas foram levadas para extrusora de laboratório para o processo de conformação. As amostras obtidas nesta fase foram medidas e pesadas umidas, secas a 110ºC, depois da queima a temperaturas de 700°C, 800ºC, 900ºC e após 44 dias no equipamento de degradação de laboratório. Os corpos de prova prismáticos moldados por extrusão possuem dimensões médias de 10,50 cm de comprimento, 2,70 cm de largura e 1,70 cm de altura. Após a queima, as peças foram levadas ao laboratório e definido suas propriedades tecnológicas segundo (7) (8). Os resultados apresentam a média de 20 amostras.
Resultados e discussões
Figura 2 – Curvas de distribuição do tamanho de partículas do resíduo e da massa argilosa
76
Ensaios de Caracterização Distribuição do Tamanho de Partículas do Resíduo de Rocha e da Massa Argilosa A seguir, apresentam-se na figura 2 as curvas da distribuição do tamanho de partículas via úmida por peneiramento e sedimentação segundo a NBR – 7181(5) (1984). Analisando a figura 2, a massa argilosa apresenta 53,3% de fração argila, 38,2% de fração silte e 8,5% de fração areia, caracterizando-a como uma argila plástica típica para uso cerâmico (9). Verifica-se que a distribuição do tamanho de partículas do resíduo de rocha é predominantemente de fração silte, 67%.
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Análise Química Quantitativa Apresentam-se na tabela 1 as composições químicas da massa argilosa e do resíduo de rocha: Observa-se na tabela 1 que a composição de SiO2+AL2O3 acima de 84% caracteriza a massa argilosa com caráter refratário. A coloração da argila após a queima é em função dos 8,87% de Fe2O3. O K2O e CaO presentes na argila na proporção de 3,17% e 0,54% respectivamente, são agentes fundentes na queima e forma eutético, contribuindo para a redução da porosidade do material. O SO3 presente na argila tem efeito deletério devido à saída dos gases das peças, trincando-as. No resíduo de rocha, nota-se que o teor de sílica é de aproximadamente 50% e o de Al2O3 é superior a 17%, indicando se tratar de composições químicas de minerais primários (quartzo, feldspato e minerais do grupo da mica). O teor de Fe2O3 (12,48%) contribui para a coloração vermelha da peça após mistura com a argila. O K2O (3,70%) e CaO (12,39%) presentes no resíduo são importantes na queima por reduzir os poros do material acabado.
Análise Mineralógica por Difração de Raios-X A figura 3 apresenta os espectros da difração de Raios-X do resíduo e da argila. Observa-se na figura 3 (a) que o espectro de Raios-X do rejeito de rocha mostra a presença de orthoclásio (feldspato sódico NaAlSi3O8). Nota-se também a presença de quartzo (SiO2). Observa-se na figura 3 (b) que o espectro de Raios-X da argila apresentou a presença da caulinita (Al2O3. 2SiO2. 2H2O – mineral predominante), quartzo (SiO2) e feldspato. Análise Morfológica Na figura 4 apresentam-se imagens mostrando a morfologia e dimensões das partículas da massa cerâmica e do resíduo, obtidas por microscopia eletrônica de varredura (MEV). A amostra de argila (figura 4a) apresentou textura grosseira e uma microestrutura porosa. Foi evidenciada a formação em placas de perfil irregular e lamelar, com contornos aparentemente hexagonais característico da
SiO2 (%)
48,83
Al2O3 (%)
Fe2O3 (%)
K2O (%)
TiO2 (%)
SO3 (%)
CaO (%)
MnO (%)
V2O5 (%)
ZrO2 (%)
CuO (%)
ZnO (%)
SrO (%)
Resíduo
50,09
17,60
12,47
3,70
1,83
1,56
12,39
0,19
0,55
0,03
-----
0,02
0,04
35,46
8,87
3,17
1,62
1,13
0,54
0,14
0,10
0,03
0,03
0,03
0,01
Tabela 1 - Composições químicas quantitativas
4000
2000
3000
O
M
C
2000 Q
1500 1000
1000
O
O
10
QQ Q O
20
30
40
O 50
60
70
Q
C
FQ Q
Q
500
O
Q
C - Caulinita Q - Quartzo F - Feldspato
C
2500
Q
C
C
F Q
Q
0
80
10
2ø
20
30
40
50
60
70
80
2θ
Figura 3 – Espectro de Raios-X do resíduo de rocha (a) e da argila (b)
Figura 4 - Imagem de MEV da argila (a) e do resíduo (b) com 1.000 vezes de aumento 43
28
42
800º C
41
26
P.A. (%)
A.A. (%)
27
800º C
25
700º C 24
40
700º C
39
900º C
38
900º C
37
23 0
5
0
10
5
10
% de Resíduo
% de Resíduo
(a)
(b)
Figura 5 (a) e (b) – Absorção de água (%) e porosidade aparente (%) das peças cerâmicas incorporadas com resíduo de rocha, respectivamente 1,8
7 900º C
1,7
M.E.A(%)
V.L (%)
6 800º C 5
700º C
700º C 900º C
1,6
800º C 1,5
1,4
4 0
5 % de Resíduo
(a)
10
0
5
10
% de Resíduo
(b)
Figura 6 (a) e (b) - Variação linear (%) e massa específica aparente (g/cm3) das peças cerâmicas incorporadas com resíduo de rocha, respectivamente 78
caulinita. Na figura 4b nota-se no resíduo de rocha, a morfologia irregular com cantos angulosos e estruturas alongadas das partículas, os aglomerados formando partículas maiores. Uma partícula de quartzo foi observada.
Argila
3500
O= Orthoclase M - Minerais do grupo da mica
3000
Q
4000
Resíduo de Rocha Ornamental Q Q=Quartzo
Intensidade (CPS)
5000
Intensidade (CPS)
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Matérias Primas Argila
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Propriedades Físico-Mecânicas Após a queima, foram realizados os ensaios físico-mecânicos para as misturas de 0% até 10% de resíduo e os resultados estão mostrados a seguir nas figuras 5, 6 considerados intactos e figura 7 antes e depois da degradação. Os resultados da absorção de água da figura 5 (a) apresentam valores entre 25 a 27% sem adição de resíduo, porém, somente a 900ºC o valor da absorção é menor significativamente devido a não transposição do desvio padrão. Com a adição de 5R, as amostras não apresentam diferenças significativas entre as temperaturas estudadas, observando-se apenas uma redução para 24,5% a 900ºC. Com adição de 10R, houve uma redução da absorção significativa a 900ºC, com o limite inferior do desvio em 23% podendo ser devido aos óxidos fundentes conforme a tabela 1. Os resultados para a porosidade aberta da figura 5 (b) são semelhantes, inclusive na tendência das curvas de reduzirem estas propriedades com a adição de resíduo, independente da temperatura de queima. Para a variação linear na figura 6a, não foi visto diferença significativa para esta propriedade nas temperaturas de queima. Pode-se afirmar que existe uma tendência de redução na retração linear quando se adiciona resíduo de rocha. No caso da massa específica (figura 6b), tende a aumentar com a adição de resíduo. Isso pode ser explicado pela formação de eutético. Comparando a figura 7 (a) com (b), não é observada degradação representativa nas amostras 0R a 700ºC. A perda de resistência é observada nas amostras 0R queimadas a 800ºC, de 4,8 MPa para 4 MPa. A 900ºC observa-se a tendência de incremento da resistência à flexão, observando-se somente um aumento significativo nas amostras com 10R. As amostras a 900ºC em todas as adições tendem ao enrijecimento do material.
9
8
8 7
900º C
6
TRF (MPa)
TRF (MPa)
7
800º C
5 4
900º C
6 5
700º C
4
700º C
3
800º C
3
2 0
5
2
10
0
5
% de Resíduo
10
% de Resíduo
(a)
(b)
Figura 7 – Tensão de ruptura à flexão (MPa) das peças cerâmicas incorporadas com resíduo de rocha, antes (a) e depois (b) da degradação
2,2
LN(LN(1/1-P))
Figura 8 – Distribuição de Weibull para as peças cerâmicas com adição de 0% de resíduo em massa
0R
m800ºC = 9,78 m800ºCD = 9,99 m900ºC = 7,52 m900ºCD = 8,12
1,2 0,2
95%
63%
-0,8
35%
-1,8
900ºCD
800ºC
10%
900ºC
-2,8
3%
800ºCD
Probabilidade de falha (%)
ARTIGO TÉCNICO
9
-3,8 1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
LN ( )
2,2
LN(LN(1/1-P))
Figura 9 – Distribuição de Weibull para as peças cerâmicas com adição de 5% de resíduo em massa.
0,2
95%
63% 35%
-1,8 10%
900ºCD
-2,8
3%
800ºCD 800ºC -3,8 1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
LN ( )
LN(LN(1/1-P))
m 800ºC = 26,55
1,2
m 800ºCD = 18,83 m 900ºC = 24,57
0,2
m 900ºCD =23,80
10R 95%
63%
-0,8
35%
-1,8
10%
-2,8 800ºC 800ºCD 900ºC
-3,8 1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
3%
900ºCD 2,0
LN ( )
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2,2
2,4
Probabilidade de falha (%)
80
900ºC
-0,8
2,2
Figura 10 Distribuição de Weibull para as peças cerâmicas com adição de 10% de resíduo em massa
5R
Probabilidade de falha (%)
m800ºC = 10,96 m800ºCD = 10,08 m900ºC = 8,09 m900ºCD = 6,52
1,2
Para o diagrama de distribuição de Weibull, foram analisados somente as amostras queimadas a 800ºC e 900ºC. A temperatura de 700ºC foi desprezada, uma vez que as peças cerâmicas não sofreram mudanças expressivas após a degradação. A partir deste diagrama determina-se o módulo m de Weibull, que também é considerado como o valor a partir do qual há o risco de ruptura, bem como caracteriza a dispersão dos dados da tensão de ruptura dos corpos de prova (2). Quanto maior o módulo de Weibull, mais homogênio e confíavel é o material. Na figura 8 verifica-se que o valor dos módulos m de Weibull estão bem próximos, comparando os resultados antes e depois da degradação. O que se observa é uma pequena diminuição do seu valor quando queimados a 900ºC. Observa-se também o deslocamento da reta para a direita a 900ºC, onde a tensão de ruptura é maior. Maior confiabilidade está na amostra a 800ºC, após o processo de degradação, onde o m foi de 9,99. Com adição de 5% de resíduo (figura 9), o comportamento dos materiais foram bem próximos com os de 0% de resíduo. Aqueles queimados a 800ºC com módulo m maiores do que a 900ºC, porém, a tensão de ruptura a 900ºC é maior do que de 800ºC. Pode-se destacar uma significaria diminuição da confiabilidade do material a 900ºC, após a degradação (m = 6,52). As amostras adicionadas com 10R possuem uma inclinação das retas superiores às porcentagens anteriores, garantindo com isso, um material mais homogêneo e confiável. Após a degradação, o módulo m diminui mais intensamente, quando queimados a 800ºC, de m=26,55 para m=18,83. Comparando-se com as adições de 0R e 5R, verifica-se também um aumento de resistência à flexão das peças (figura 10), em ambas as temperaturas. Houve um enrijecimento das amostras que sofreram degradação, com o deslocamento da reta para a direita. Isso pode ser explicado pelo ciclo de congelamento que as amostras foram submetidas em todo o processo durante as 1.060 horas. Neste caso, a confiabilidade das amostras foi melhor a 900ºC, onde o m reduziu menos que a 800ºC.
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Conclusões De acordo com os resultados apresentados, conclui-se que: A curva de distribuição de partícula da argila é um material para uso em cerâmica vermelha (fração argila = 53,3%), com que o resíduo de rocha possui distribuição do tamanho de partículas correspondente a fração silte (67%). A análise química e mineralógica revelou caráter refratário da argila (SiO2+AL2O3>84%), com a presença de óxidos fundentes (K2O+CaO>3,70%) e que o resíduo, composto de minerais primários (quartzo, orthoclásio e minerais do grupo da mica), é proveniente de rocha básica, por apresentar valores de SiO2<75%. A morfologia do material cerâmico apresentou a formação em placas de perfil irregular e lamelar, com contornos aparentemente hexagonais característico da caulinita. A morfologia do resíduo de rocha é irregular com cantos angulosos e estruturas alongadas das partículas A adição de resíduo na massa cerâmica proporcionou uma diminuição da absorção de água e porosidade aparente das peças,
principalmente na temperatura de queima de 900ºC. A variação linear foi pequena nas diferentes temperaturas, reduzindo-se quando se adiciona o resíduo. A massa específica sofreu um processo inverso com o incremento do resíduo. Em relação à resistência a flexão verificou-se um aumento com a adição de resíduo, mais significativamente com 10R. Após degradação, somente as amostras com 0R à 800ºC sofreram redução em suas tensões de ruptura. Como foi visto, a temperatura de 800ºC obteve maior módulo de Weibull em todas as porcentagens de adição de resíduo. É evidente o enrijecimento da peça com a 10R. Obteve-se em todos os resultados um aumento da tensão de ruptura, ou seja, o material leva mais tempo para chegar à ruptura. Levando em consideração a durabilidade e confiabilidade do material, afirma-se que as amostras queimadas a 900°C, com adição de 10R, é o mais indicado para utilização em cerâmica vermelha. Deve ressaltar que isso é válida para este resíduo de rocha, podendo mudar quando se utilizar outro tipo de rejeito.
Referências (1) SILVA, S.A.C. Caracterização de Resíduo da Serragem de Blocos de Granito. Estudo Potencial de Aplicação na fabricação de Argamassas de Assentamento e de Tijolos de Solo- Cimento. Tese (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Vitória – ES. Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 159p. 1998. (2) MESQUITA, R. S.; XAVIER, G.C.; SABOYA, F.A.J; MAIA, P.C.A.; ALEXANDRE, J. Degradação de Cerâmica Vermelha com Adição de Coque de Petróleo. Anais do 53º Congresso Brasileiro de Cerâmica. Guarujá-SP. 12p. 2009. (3) XAVIER, G.C.; SABOYA, F.A.J; MAIA, P.C.A.; ALEXANDRE, J. Estudo da Alteração de Peças Cerâmicas Incorporadas com Resíduo de Granito através do Ensaio de Ciclos de Umidade – Parte III. Anais do 53º Congresso Brasileiro de Cerâmica. Guarujá-SP. 10p. 2009. (4) A.A., GRIFFITH, Phil. Trans. Roy. Soc. 221A, (1920). (5) ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, Determinação da Análise Granulométrica dos Solos, NBR – 7181, 1984. (6) MANHÃES F. S., SABOYA F. A. J., XAVIER, G. C. e ALEXANDRE, J. “Planejamento Fatorial 32 no Estudo de Peças Cerâmicas Vermelhas Laminadas (0, 1 E 2 Vezes) para Fabricação de Lajotas Cerâmicas”. Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica. Curitiba- PR. 8p. 2004. (7) ASTM C 373 (American Society Tecnology Materials). Standard Test Method for Water Absorption, Bulk Density, Apparent Porosity and Apparent Specific Gravity of Fired Whiteware Products. (1977a). (8) ASTM C 674 (American Society Tecnology Materials). Standard Test Method for Flexural Properties of Ceramic Whiteware Materials. (1977b).
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CONSTRUÇÃO CIVIL Foto: Guilherme Gargioni/Construsul
Feira Construsul reúne cerca de 70 mil visitantes no RS A palavra do momento é economia e não faltaram ideias e produtos que oferecessem mais produtividade e menos desperdício. Características como essas foram destaque entre os 564 expositores da 18° Feira Internacional da Construção (Construsul), que ocorreu de 5 a 8 de agosto, no Rio Grande do Sul. O evento, realizado nos pavilhões da Fenac, reuniu aproximadamente 70 mil pessoas durante os quatro dias de funcionamento. O público acompanhou atento às novidades exibidas pelas empresas durante a feira. Sem uma noção exata do que encontraria na Construsul, o empresário Brilho Ribeiro, de 62 anos, ficou muito satisfeito com os estandes da feira. Depois de conhecer quase todos os corredores, iniciou um negócio com uma empresa de sistemas de energia solar.
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“Tenho uma empresa no ramo dos plásticos e vim na feira para ver o que poderia ser utilizado. No fim, iniciei uma negociação com uma empresa de sistemas de energia solar para minha organização”, ressaltou. A estimativa das empresas é que o volume de negócios tenha ficado muito próximo a meta de R$ 600 milhões. “Muitos negócios foram iniciados aqui na feira. As empresas ficaram muito satisfeitas e os visitantes gostaram do que viram. Os corredores ficaram congestionados nos quatro dias e o público presente era bastante capacitado”, comentou o diretor da Sul Eventos, empresa organizadora da Construsul, Luiz Inácio Sebenello. A complexidade do setor da construção foi lembrada como um dos destaques que asseguram a manutenção econômica,
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Foto: Matheus Pires / Construsul
já que obras e reformas são muitas vezes realizações indispensáveis para residência, comércio ou indústria. “A construção civil envolve atividades complementares e diversificadas. Um dos campos mais importantes é da habitação. As pessoas vão continuar comprando imóveis por muitas razões, casamento, aumento da família ou para investimento mesmo. A construção é um ramo difícil de parar” avaliou Sebenello.
Construsul em 2016 A Construsul já tem a data definida para o ano de 2016. O evento seguirá em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. A 19° edição acontece na Fenac entre os dias 3 e 6 de agosto. O diretor da Sul Eventos Ricardo Richter adiantou que a próxima feira buscará ainda mais alternativas sustentáveis e que re-
duzam os custos nos canteiros de obra. “Os visitantes ficam muito interessados em temas como a sustentabilidade e promover redução de custos e desperdício. Para 2016, queremos seguir qualificando nosso público. Trabalharemos forte nesta ideia” relatou Richter.
Foto: Matheus Pires / Construsul
Sobre a Construsul A Feira Construsul é considerada o segundo maior evento da construção civil no país e o maior na região Sul. Reconhecida por gerar negócios, reúne toda a cadeia produtiva da construção. Nos quatro dias de evento, a indústria apresenta lançamentos, inovação e tecnologia ao público extremamente qualificado que abrange compradores do varejo de material de construção,
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construtoras, engenheiros, arquitetos, entidades setoriais e órgãos do governo. Simultaneamente à Feira Construsul, acontece a Feira de Máquinas e Equipamentos para Construção (ExpoMáquinas). Durante a Construsul, também acontecem vários seminários, rodada de negócios e congressos de interesse do setor, promovidos pelas entidades apoiadoras.
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DESMOLFÁCIL - TE
Você já sofreu com “desmoldante-gororoba”? Ainda sofre? Quando você for comprar um desmoldante para telhas cerâmicas,
lembre-se:
1 · Do elevado custo com energia e retrabalho,
para produzir e secar as telhas;
2 · Que, em tempos difíceis, produzir mais,
com menos, é o que importa.
Fuja do prejuízo, use DESMOLFÁCIL - TE, o desmoldante para quem visa lucro e qualidade.
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Foto: 10e7 Comunicação
GESTÃO
Gestão empreendedora como fator de sucesso nas empresas
A NovaCer conversou com o consultor em cerâmica vermelha Paulo Henrique Manzini para falar sobre gestão empreendedora no mercado cerâmico. Empresas com uma gestão empreendedora são diferenciais de sucesso, na medida em que permitem maior flexibilização de decisões a baixo risco com base, principalmente, no domínio completo das informações. Manzini fala sobre as consequências da falta de controle e planejamento e dá contribuições para que as empresas possam melhorar sua gestão.
NC- Como ter uma gestão empreendedora de sucesso no mercado de cerâmica vermelha? Paulo Henrique Manzini - Acredito que uma empresa enxuta tem sucesso. Essa empresa até pode ser uma pequena ou média cerâmica, mas não pode ser uma fabrica inchada de funcionários e custos altos. E falando em custo, acredito que poucos... muito poucos ceramistas realmente têm seus custos aferidos e alinhados. Muitos nem se quer sabem qual o custo de produção de forma básica, isso é, sem contar a depreciação de seus equipamentos no custo de produção. Conheço grandes empresas que possuem produção de tudo um pouco, ou seja, falta foco, falta objetivo naquilo que quer realmente atuar. Em seu mix de produtos produzidos, encontro de tudo um pouco, o que, em minha opinião, faz com que eleve o custo. Conheço também pequenas empresas que são focadas naquilo que produzem e atendem seus clientes. Essas empresas possuem uma saúde financeira compatível com a necessidade do fluxo de caixa. Acredito que quando uma empresa atinge esse foco e objetivo, ela atua bem em sua gestão. De forma geral, quem atinge esse foco, começa a investir em automatismo, buscando redução em seus custos e independência de mão de obra, que hoje esta sendo um sério problema pela ausência de pessoas capacitadas. NC - A falta de controle e falta de planejamento pode levar uma empresa ao fracasso. Nesse caso, o que uma empresa do setor cerâmico deve ter em mente quando o assunto é controle e planejamento? PHM - Pode, com certeza. Conheço empresas que tinham controles e, em seus planejamentos futuros, só pensaram em produzir mais, ou seja, quantidade. Neste caso, perderam qualidade no produto e, com o tempo, o cliente absorve isso e passa a não mais ser fiel na compra. Para-
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GESTÃO
lelo a isso, vem o seguinte, produzir mais e não desenvolver equipe de vendas, ou seja, material vai pro pátio e o preço de venda cai, razão dos investimentos terem que ser saudados. NC - Que tipo de instrumentos podem servir de apoio para as decisões de qualquer natureza em uma empresa de pequeno e médio porte? PHM - No mínimo, a empresa deve saber os seus resultados de forma constante, informações como custos de produção e acompanhamento mensal do seu faturamento em relação à produção. Avaliar o potencial das vendas em suas respectivas regiões, isto é, conhecer melhor seus clientes e suas necessidades, são instrumentos importantes para administrar sua empresa. O empresário deve procurar conhecer informações do comportamento do mercado, entre oferta e procura, para tomar decisões como reduzir a capacidade produtiva, resultando em uma queda parcial nos custos de produção, e regulando o mercado, ou seja, evitando que o preço de venda se deprecie. Empresas maiores analisam o risco financeiro em atender determinados clientes. Inadimplência é um instrumento de alta importância, as pessoas precisam tomar cuidado com isso. NC - E quais as contribuições que esses instrumentos de gestão podem trazer para estas empresas? PHM - Uma empresa sabendo quanto fatura em relação a seu custo de produção, consegue criar uma meta de investimento para se manter com qualidade. Tratando-se de uma ferramenta de redução nos custos e até mesmo produzir mais, tenho visto várias cerâmicas seguirem por esse caminho. Algumas mantendo seus volumes e mantendo sua qualidade final dos produtos. Estas no caso estão se dando muito bem. A maioria das empresas que vi aumentar muito seu volume de produção, a qualidade caiu. Tenho casos de cerâmicas que aumentaram a suas produções de forma expressiva e ganharam qualidade também, visto que elas tem muita eficiência nos seus números, onde projetam com facilidade investimentos X crescimentos X receita. Quem faz isso de forma desordenada, colhe resultado negativo. NC - Nos dias atuais, em que as mudanças acontecem com muita velocidade e englobam alterações fundamentais, qual a importância do planejamento em empresas do setor? PHM - Cerâmicas sempre estão em movimento, reformas, mudanças, alterações e melhorias, sempre vejo isso acontecendo. Quem fica parado, além de depreciar, perde inovação e os custos vão ficando altos. Quem não tem custo baixo, na primeira retração ou queda de mercado, fica para traz dos concorrentes, fora do setor e do próprio setor de cerâmica vermelha. Planejar uma empresa para o futuro é essencial e fundamental, buscando foco no seu projeto. Exemplo: atender qual tipo de cliente? Construtoras, lojas de materiais para construção ou clientes finais? No caso de construtora, de pequeno, médio ou grande porte? NC - Quais os benefícios da adoção de um modelo de gestão administrativa para o auxílio, controle e gerenciamento das atividades de uma empresa do setor? PHM - Sem controles, não se gerencia uma empresa corretamente. Sem controle, sua empresa está em um avião sem piloto, voando, mas a qualquer momento pode cair. Um pequena empresa identifica com mais facilidade um problema financeiro do que uma grande empresa, razão do fluxo de caixa e capital de giro. Agora, quando uma grande empresa identifica tarde um problema, pode ser tarde demais. NC - Como reduzir custos e melhorar a qualidade do produto? PHM - Em relação à redução de custo, tenho visto muitos automatismos sendo instalados. Às vezes, nem tanto em buscar
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redução de custo e sim de combater a falta de mão de obra de baixa capacidade profissional. Automatismos têm dado bons resultados em qualidade de produto, porém, se isso for ao encontro de tentar produzir mais que a capacidade, resulta em queda de qualidade. NC - Como empresas do setor podem aumentar sua competitividade e conquistarem novos mercados? PHM - Desenvolvendo atendimento mais técnico, pós-venda, novos produtos ou pelo menos mostrar ao cliente quais os benefícios de determinado produto. Desenvolver junto ao cliente novas ideias, como criar um produto específico, a exemplo de um bloco com medida diferente que o cliente utilize na determinada obra. Outra forma é a paletização de materiais, isso já é uma forte tendência. Investir na marca, divulgar, participar de feiras de negócios, investir no marketing do produto de cerâmica vermelha. Vejo que falta muito investimento das empresas nesse sentido. Além disso, proporcionar serviços, como quem vende bloco estrutural ou vedação racionalizada e proporcionar a paginação da obra para o cliente poder comprar realmente a quantidade necessária. NC - Que tipo de fundamentos e conhecimentos o empreendedor deve ter para conduzir melhor sua empresa? PHM - Saber produzir, entender de produção, entender do ramo; ter noção daquilo que produz e qual o seu destino (aplicação) certo na obra; saber qual é a necessidade de seu cliente; saber o que acontece depois da venda, ou seja, se o seu pós-venda foi eficiente. NC - Como organizar a equipe para o crescimento da empresa? Qual a importância de escolher bem quem fará parte da equipe? PHM - Primeiramente, uma vez que decidiu quem vai atender, criar a sua própria equipe nunca foi uma má ideia, muito pelo contrário, empresas de porte médio e grande, necessitam ter suas próprias equipes de vendas para seguirem seus objetivos. Empresa grande atuando sob representação comercial e de péssima qualidade técnica no atendimento ao cliente, como pode alguém se dar bem assim? Equipe preparada e fiel à sua empresa, com conhecimento técnico de base do produto que está vendendo, colhe resultado bom para a empresa. Ter o respaldo da empresa no pós-venda, colhe resultado ótimo.
Foto ilustrativa
NC - Motivar a equipe é fundamental para o crescimento da empresa. Explique por quê? PHM - Equipe desmotivada, vendas negativas. Equipe sem meta, resultados aleatórios, bons ou ruins? A empresa tem que se comprometer com a busca da meta, mas a equipe de vendas é quem representa sua marca no campo. Os problemas existem, ambos tem que ajudar a resolver. Às vezes, um problema pode ser solucionado pela equipe de vendas em um simples atendimento ao cliente. Não que se tenha de mudar a qualidade para finalizar um problema.
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NC - Qual contribuição proporcionada pelos controles internos na gestão das empresas do setor? PHM - Uma vez analisados os números, posso tomar uma decisão de qual caminho devo percorrer. Tomada esta decisão, devo comparar com o que eu vinha fazendo. Determinadas decisões, uma vez depois de tomada, não tem volta, por exemplo: construção de um novo forno ou secador. Com base naquilo que você tem e sabe qual o resultado está tendo, toma-se decisão de buscar melhorias internas, reduções nos custos, como reduzir custo de combustível de queima. Conheço uma grande indústria que atua com o que há de melhor em queima e secagem, porém, o combustível de queima utilizado não é o mais barato, ou seja, resultados negativos. Poderia ser feito um investimento para mudar o combustível de queima e em pouco tempo retornaria o investimento e passaria a trabalhar com lucro.
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D E S E N VO LV I M E N T O
Café da manhã com ceramistas é realizado em Alagoas Objetivo do evento foi compartilhar ideias e estimular a aproximação dos ceramistas do setor Um café da manhã para os ceramistas do estado de Alagoas foi promovido pelo Sindicato da Indústria de Produtos Cerâmicos do Estado de Alagoas (Sindicer). O evento ocorreu no dia 28 de julho, na sede do Sebrae Regional em Arapiraca, e teve como objetivo compartilhar ideias e estimular a aproximação dos ceramistas do setor. Realizado em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), o evento contou com duas palestras.
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A primeira foi ministrada pelo consultor Lucas Sorgato, consultor do Sebrae. Ele falou sobre as estratégias para enfrentar o momento de crise que os setores produtivos do país têm vivenciado. Já o segundo debate foi apresentado pelo consultor Cícero Torquato, que tratou sobre a problemática referente aos cálculos de ICMS. Para o Torquato, a previsão é que o cenário comece a melhorar em meados de 2017. “Até lá os empresários precisam se manter no mercado buscando parcerias e redução de custos, evitando o fechamento das empresas, pois o custo para reabri-las é muito maior do que lutar para superar a crise”, explicou. Ainda durante o evento, o líder da área de segurança do trabalho do Senai - DR/AL deu explicações sobre o atendimento das consultorias da NR-12, que serão executadas pelos consultores do Senai por meio do Sebraetec nas indústrias cerâmicas.