Revista NovaCer Edição 114 de Maio 2022

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INDÚSTRIA CERÂMICA VERMELHA

O PROGRAMA CASA VERDE AMARELA

ANO DE CRESCIMENTO EXPRESSIVO

CONSTRUÇÃO TEM CRESCIMENTO RECORDE EM FEVEREIRO

NOVACER
MAIO 2022 / EDIÇÃO 114 @REVISTANOVACER

ÍNDICE E TEMAS

PRIORIZANDO A EMPATIA 07 Enfoque na Experiência do Cliente MODELO DE NEGÓCIO REMOTO 13 Flexibilidade Organizacional CONSTRUÇÃO CRESCE EM FEVEREIRO expectativas recuam MÍDIAS SOCIAIS INTEGRADAS 11 Inovação Tecnológica CERÂMICA SAUDÁVEL 09 Sustentabilidade
COM STAKEHOLDERS 15 Inclusão e Diversidade 05
COMUNICAÇÃO

CARTA DO EDITOR

Caro leitor,

Na edição deste mês, exploramos a contínua evolução da indústria cerâmica e o papel crucial da inovação e do treinamento no fortalecimento desse setor vital Enfrentamos um período de transição sem precedentes, onde as práticas de ontem já não garantem o sucesso de amanhã. A necessidade de adaptação nunca foi tão imperativa, e é com esse espírito de transformação que nos voltamos para os temas de treinamento e inovação dentro da indústria cerâmica.

Em tempos de mudanças rápidas e frequentemente disruptivas, as empresas devem estar preparadas para não apenas responder às demandas imediatas, mas também antecipar futuras necessidades Isso requer um compromisso com a formação contínua e o aperfeiçoamento das habilidades dos colaboradores, que são o coração de qualquer operação

04 Maio2022/edição114

DESTAQUES

Melbourne, conhecida por seu dinamismo arquitetônico, mistura edifícios vitorianos com modernas construções de vidro e aço. A cidade investe em edificações sustentáveis e infraestrutura inovadora para acomodar seu crescimento populacional Destacam-se projetos que incorporam espaços verdes e tecnologias ecoeficientes, refletindo um compromisso com o desenvolvimento urbano sustentável

Taipei está experimentando um boom na construção civil, refletindo seu crescimento econômico robusto. A cidade combina arquitetura moderna com tradições, evidente nos novos arranha-céus e projetos sustentáveis que respeitam o ambiente local. Isso inclui o uso de materiais inovadores e tecnologias ecoeficientes, destacando-se no cenário global como um modelo de desenvolvimento urbano sustentável.

Joanesburgo está se transformando com projetos de construção que incorporam inovações modernas e sustentabilidade. A cidade está focada em revitalizar seu centro urbano, introduzindo edifícios de alta eficiência energética e espaços verdes públicos. Essa renovação visa não só melhorar a estética urbana, mas também promover um ambiente mais saudável e inclusivo para seus moradores

JOANESBURGO, ÁFRICA DO SUL MELBOURNE, AUSTRÁLIA
05 Maio2022/edição114
TAIPEI, TAIWAN

A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO EXIBE CRESCIMENTO RECORDE EM FEVEREIRO

Em uma revelação promissora, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou que a indústria da construção alcançou em fevereiro seu melhor desempenho em dez anos, apesar de sinais mistos em relação às expectativas futuras.

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Maio2022/edição114

O índice de atividade do setor atingiu 48,2 pontos, marcando o ápice desde 2012, quando o índice foi ligeiramente superior, com 49,4 pontos

Este crescimento é um indicativo robusto da recuperação contínua da economia, embora o índice ainda se situe abaixo dos 50 pontos um limiar que distingue o crescimento da contração na atividade do setor.

A pesquisa da CNI, que abrangeu 395 empresas, incluindo 143 de pequeno porte, 172 de médio porte e 80 de grande porte, revelou que, apesar de um fevereiro frutífero, há sinais de cautela entre os empresários

07 Maio2022/edição114

DESAFIOS FUTUROS

A medida do emprego no setor espelhou essa tendência moderada, situando-se em 49,2 pontos, o que, embora abaixo do limiar de crescimento, também representa o melhor fevereiro desde 2012 Quanto às intenções de investimento, houve um aumento modesto de 1 ponto, alcançando 44,6 pontos o nível mais alto para fevereiro desde 2014

Este panorama positivo é temperado por uma certa reserva para o futuro, marcada por uma queda no Índice de Confiança do Empresário (Icei) da indústria da construção, que recuou 1,3 ponto para 55,3 pontos. Apesar desta retração, o índice permanece acima da marca dos 50 pontos, indicando que, enquanto o otimismo prevalece, ele está sendo atenuado por preocupações crescentes com a inflação e a instabilidade na economia global.

A utilização da capacidade operacional na indústria da construção também foi um destaque, atingindo 65% em fevereiro, o que é considerado um nível historicamente alto para o setor Este indicador sublinha a robustez do setor na atualidade, apesar das adversidades enfrentadas em períodos anteriores.

Os dados da CNI enfatizam que, enquanto a indústria da construção demonstra sinais de vigor no presente, as incertezas quanto ao futuro são palpáveis.

08 Maio2022/edição114

Empresários do setor parecem estar caminhando em um terreno delicado, equilibrando-se entre a confiança sustentada pelos resultados atuais e a prudência diante de um cenário econômico global incerto

O estudo da CNI foi realizado entre os dias 3 e 11 de março, e a sua abrangência e detalhamento oferecem uma visão clara dos desafios e oportunidades que moldarão o futuro próximo da indústria da construção no Brasil.

Os empresários e stakeholders do setor, portanto, permanecem vigilantes, prontos para adaptar estratégias conforme o mercado e as circunstâncias econômicas globais evoluem.

Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que a indústria da construção teve seu melhor fevereiro em uma década, atingindo um indicador de atividade de 48,2 pontos. Este é o mais alto nível alcançado para o mês desde 2012, quando o índice registrou 49,4 pontos. Apesar deste avanço notável, é importante observar que o índice permanece abaixo da linha de 50 pontos, que delimita a expansão da contração na atividade, indicando uma leve retração no setor

No contexto de emprego, a indústria da construção também mostrou sinais de recuperação com um indicador de 49,2 pontos para fevereiro, marcando o nível mais alto para o mês desde 2012

09 Maio2022/edição114

CONSTRUÇÃO CIVIL TEM INFLAÇÃO DE 0,40% EM MAIO

DESTE ANO, DIZ FGV

Taxa é superior à observada no mês anterior 0,23%

10 Maio2022/edição114

ODESENVOLVIMENTODEPROGRAMASDETREINAMENTO PERSONALIZADOS,QUEATENDAMÀSNECESSIDADESESPECÍFICASDECADA FUNÇÃODENTRODAEMPRESA,ÉESSENCIAL.

A indústria da construção civil no Brasil registrou uma inflação de 0,40% em maio deste ano, conforme dados do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Esta taxa representa um aumento em relação ao índice de 0,23% observado em abril, demonstrando uma variação positiva nos custos do setor Embora superior ao mês anterior, o índice de maio ainda se mostra inferior ao 1,49% registrado no mesmo mês do ano passado, indicando uma desaceleração ano a ano

Desde o início do ano, o INCC-M acumula uma inflação de 1,34% Olhando para os últimos 12 meses, a taxa acumulada é de 6,32%, uma marca consideravelmente abaixo dos 11,20% acumulados até maio do ano passado, refletindo uma tendência de amainamento nos aumentos de preços que haviam sido mais acentuados

A análise detalhada do índice mostra comportamentos distintos entre os componentes do INCC-M

Em maio, os materiais, equipamentos e serviços subiram apenas 0,06%, um decréscimo em relação à variação de 0,14% registrada em abril Este segmento tem mostrado uma tendência de estabilização nos preços após períodos de alta durante a pandemia, impactada por desafios logísticos e aumento das commodities.

Por outro lado, a mão de obra apresentou uma alta significativa em maio, com uma inflação de 0,75%, um salto em relação à taxa de 0,23% do mês anterior Este aumento pode ser atribuído a negociações coletivas e ajustes sazonais que geralmente ocorrem no setor, influenciando diretamente os custos totais da construção civil

Estes números são fundamentais para empresários do setor, investidores e planejadores, pois impactam diretamente no custo dos projetos e, consequentemente, no preço final das construções.

11 Maio2022/edição114

A oscilação nos custos da mão de obra e materiais requer uma atenção constante para ajustes nos orçamentos e planejamentos financeiros das obras.

O cenário atual da construção civil reflete não apenas as variações econômicas que afetam diretamente o setor, mas também evidencia a necessidade de uma gestão cuidadosa dos recursos e uma análise meticulosa do mercado.

À medida que a economia brasileira continua a se recuperar de forma gradual, o setor de construção civil permanece como um termômetro vital da saúde econômica do país, indicando tanto as oportunidades quanto os desafios que estão por vir

Finalmente, os empresários do setor devem também estar atentos ao ambiente regulatório Mudanças nas normas de construção,

regulamentações ambientais e padrões de segurança podem introduzir novos requisitos para os projetos, afetando tanto o tempo quanto o custo para a conclusão das obras. Considerando todos esses aspectos, fica claro que a gestão eficaz e a inovação contínua serão vitais para as empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar no dinâmico mercado de construção civil de hoje Adotar uma abordagem proativa e estratégica em relação à gestão de custos e inovação tecnológica será crucial.

12 Maio2022/edição114

D I C E N A C I O N A L D E C U S T O D A C O N S T R U Ç Ã O

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Otreinamentocontínuodosfuncionáriosé essencialparamanteraeficiênciaoperacional

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou um aumento significativo de 1,49% em maio de 2022, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Esse crescimento, que supera o aumento de 0,87% observado em abril, eleva o acumulado do ano para 4,27% e o dos últimos doze meses para 11,20%. Em comparação, maio de 2021 viu o índice subir 1,80% no mês, acumulando então um aumento anual de 14,62%

Detalhamento do INCC-M Materiais, Equipamentos e Serviços

Serviços viu sua taxa de variação aumentar de 1,24% em abril para 1,55% em maio Dentre os componentes deste grupo, Materiais e Equipamentos tiveram um destaque particular, com uma taxa de aumento de 1,67%, comparada com a variação de 1,35% no mês anterior. Notavelmente, os materiais para estrutura tiveram um incremento considerável de 1,96% para 2,39% Além disso, o subgrupo de Serviços também viu um aumento na sua taxa, passando de 0,73% em abril para 0,92% em maio, com o aluguel de máquinas e equipamentos saltando de 1,49% para 2,36%.

Í
O segmento de Materiais, Equipamentos e 13 Maio2022/edição114

MÃO DE OBRA

O índice correspondente à Mão de Obra apresentou uma elevação de 1,43% em maio, acima dos 0,46% observados em abril, refletindo um aumento significativo que impacta diretamente os custos gerais da construção

Variações Regionais

Diversas capitais brasileiras demonstraram variações em suas taxas. Cidades como Salvador, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo registraram aumento em suas taxas de variação. Por outro lado, Belo Horizonte foi a única capital que apresentou decréscimo em sua taxa de variação, indicando uma dinâmica regional diversificada no que tange aos custos de construção

Importância e Cálculo do INCC-M

O INCC-M é um indicador crucial que reflete as mudanças nos custos das construções residenciais, fornecendo dados essenciais para a indústria da construção civil sobre a evolução dos preços de materiais, mão de obra e serviços. Sua abrangência geográfica inclui sete capitais brasileiras, tornandoo um indicador representativo para o setor

16 Maio2022/edição114

O cálculo do INCC-M é baseado na combinação de um sistema de pesos com um sistema de preços de uma amostra de insumos significativos na construção civil. Este índice é subdividido em dois principais grupos: Materiais, Equipamentos e Serviços, e Mão de Obra. A composição do índice é realizada através da média aritmética ponderada das variações de preços nas sete capitais estudadas, com a pesquisa de preços realizada mensalmente entre os dias 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês referente

Relevância para o Mercado

Para os agentes do mercado, acompanhar o INCC-M oferece vantagens significativas, pois proporciona uma visão clara da evolução dos custos de produção, essencial para planejamento financeiro e estratégico das empresas do setor Além disso, o índice serve como um indicativo vital para o ajuste de preços, planejamento de compras e, até mesmo, para negociações contratuais em projetos de construção

17 Maio2022/edição114

Descubra como as características das matérias-primas determinam a qualidade e uso na indústria cerâmica.

14 dezembro2019/edição104

RELEVÂNCIA PARA O MERCADO

Para os agentes do mercado, acompanhar o INCC-M oferece vantagens significativas, pois proporciona uma visão clara da evolução dos custos de produção, essencial para planejamento financeiro e estratégico das empresas do setor. Além disso, o índice serve como um indicativo vital para o ajuste de preços, planejamento de compras e, até mesmo, para negociações contratuais em projetos de construção.

Em resumo, o INCC-M não apenas informa sobre as tendências de custos no setor da construção civil, mas também serve como um barômetro para a saúde econômica do setor, indicando flutuações que podem afetar desde a formulação de políticas até decisões de investimentos em larga escala.

19 Maio2022/edição114

O desempenho da construção continua surpreendendo e contribuindo para a melhora da atividade. No segundo trimestre, houve aceleração do PIB setorial, que alcançou, em 12 meses, variação de 10,5%, superando assim a taxa alcançada em 2021.

20 Maio2022/edição114

Os números dos primeiros meses já tinham promovido a revisão da projeção para 2022, que agora, com o desempenho excepcional do segundo trimestre, teve nova melhora, passando para 5,9% no ano (ver Seção Atividade Econômica) Com esse resultado, o PIB do setor irá superar o nível pré-pandemia (2019) em quase 9% e vai diminuindo a distância para o pico registrado em 2013 (-21,7%).

o segmento de reformas e manutenção e de produção habitacional realizada diretamente pelas próprias famílias ou por pequenos empreiteiros vinha mostrando uma resiliência importante para sustentar a atividade Vale ressaltar que o ímpeto das reformas já não é o mesmo de 2020 e 2021 – o que pode ser confirmado pela queda das vendas de materiais de construção no varejo nesses primeiros seis meses do ano (-7,3%). No entanto, nesse período, o volume de vendas ainda se mantêm 10,5% acima do patamar de 2019

A PNAD também mostra aumento das ocupações bastante significativo entre os assalariados sem carteira – de 20,6%, na comparação do primeiro semestre com o mesmo período de 2021 A categoria foi a que mais sofreu durante a pandemia, mas o número de ocupados nessa posição já superou o mesmo período de 2019, indicando patamar de atividade bastante significativo

21 Maio2022/edição114

Mas o que salta aos olhos hoje é o desempenho do mercado imobiliário como força propulsora do setor Como tem sido amplamente destacado, a construção está sob o efeito do ciclo de negócios iniciado ainda em 2019 e intensificado com a queda das taxas de juros do crédito imobiliário em 2020

Tanto a PNAD quanto o Caged confirmam a contribuição do mercado imobiliário para os resultados alcançados nesse primeiro semestre de 2022. Vale lembrar que Edificações tem a maior participação tanto no PIB quanto na ocupação dentro da construção.

Em julho, o Caged apontou que o emprego teve alta de 10,5% em 12 meses, sendo que o segmento de Edificações comandou as contratações, com variação de 13,2%, enquanto em Serviços Especializados o emprego aumentou 13,4% e em infraestrutura, 4%, na mesma comparação.

A Sondagem da Construção do FGV IBRE confirma o cenário de crescimento, mas traz algumas qualificações importantes para que se possa entender o que ocorre no setor.

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A percepção empresarial que prevalece é de que a atividade segue aquecida em 2022: em agosto, 27,2% das empresas disseram que a atividade aumentou contra 16,9% que mencionaram queda. Na comparação com agosto de 2021, há maior percentual de empresas com aumento da atividade, mas as assinalações de queda também cresceram, de tal modo que nessa comparação, o Indicador de Evolução Recente da Atividade teve ligeira queda Também vale observar que, ao longo do ano, houve redução no ritmo de alta –entre dezembro de 2021 e agosto, o Índice de Evolução da Atividade registra pequeno recuo (-0,5 ponto).

Outro destaque é que o desempenho entre os segmentos é bastante distinto Os empresários sinalizaram que, em Edificações Residenciais, a melhora na atividade entre dezembro e agosto foi muito pequena – o indicador subiu 0,3 ponto

Por outro lado, em Preparação de Terrenos, que representa o início do ciclo de produção, ocorreu alta de 2,3 pontos e é o segmento com melhor percepção relativa da atividade setorial (ver gráfico a seguir)

Também se sobressai o segmento de Obras Viárias, que apresenta a maior alta em pontos do indicador entre dezembro e agosto (8,8 pontos), refletindo o ciclo de obras do ano de eleições Em contrapartida, em Obras de Acabamento houve uma inflexão muito forte. Esse segmento está associado às reformas, mas também representa a parte final do ciclo produtivo, assim é possível que volte a se recuperar

De todo modo, intriga ver que o segmento de Edificações, que comanda a geração de empregos, tem Índice de Confiança e de percepção de atividade abaixo da média do setor.

23 Maio2022/edição114

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