Revista Novos Hábitos 3ª Edição

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Influenza A (H1N1)

Abril / Maio 2010 nº3 R$ 7,90

ISSN 2176-2627

Os perigos da nova gripe.

BOXE

Para ter um corpo em forma e aliviar a tensão.

Mente e envelhecimento

NOVOS HÁBITOS

revolucionam a relação entre médicos e pacientes

Sensação de juventude reduz efeitos da idade 1


NOVOS Hテ。ITOS

Greenpeace

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Sistem Trans


Ministテゥrio da Saテコde

NOVOS Hテ。ITOS

ma Nacional de splantes - SNT

Greenpeace

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Viver. Passar a vida, existir.

Desfrutar de uma situação ou momento.

NOVOS HÁBITOS

editorial

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E

ssas são algumas das definições que podemos encontrar para a palavra Viver, mas qual seria realmente a definição dessa palavra? Seria apenas encontrar-se vivo, não morto, ou vai muito além disso, e fundamenta-se naquilo que queremos, projetamos, ou esperamos de nossas vidas? Compreende nossos sonhos, nossas ambições, nossas vontades, nossas conquistas, nosso prazer? Viver talvez seja o maior ato que a maioria dos homens vai realizar ao longo de sua existência, ao longo de sua vida. Poucos homens continuarão vivos após o fim do seu tempo sobre a Terra. São aqueles que ficarão para sempre marcados na história da humanidade, alguns de forma positiva outros de forma negativa, mas que ficarão nas lembranças das eternas gerações que virão depois, depois e depois da nossa. Alguns serão esquecidos depois de muitos anos, outros jamais terão o brilho de sua existência apagado pelo tempo e continuarão existindo para toda a eternidade. Muitos, mesmo após o fim de sua vida, continuarão existindo, mesmo que não seja eternamente, são aqueles que não realizaram algo notório para toda a humanidade, mas que continuarão vivos nas lembranças dos amigos, dos familiares, dos conhecidos. Outros continuarão vivos nas lembranças daqueles para quem realizaram algo de grande valor, algo digno, um ato, uma ajuda, enfim, alguma atitude positiva ou negativa que marcou a vida de um desconhecido. Como os médicos costumam fazer diariamente, salvando vidas de desconhecidos e ficando, assim, marcados para sempre na memória daqueles. Viver. Existir. Por quanto tempo vamos viver? É algo que não podemos controlar ou saber ao certo, mas podemos trilhar um caminho que nos leve para uma vida mais saudável, mais prazerosa e que possa se estender com qualidade durante muitos anos. Chegar aos 90 ou aos 100 anos pode ser uma tarefa tranqüila, dependendo do jeito que conduzimos nossa vida, nosso hábitos. A matéria de Capa desta 3ª edição da Revista Novos Hábitos, trata do assunto e oferece algumas dicas de como podemos viver mais e de forma mais saudável. A existência, no entanto, depende das realizações, aquilo que fazemos de positivo ou negativo ao longo da vida. Nesse caso, já não importa o quanto se viveu, mas o tamanho da obra a que cada um se dedicou.

William Carlos Moraes Filho


Cirurgia a laser para correção de miopia, astigmatismo e hipermetropia

Medicina Pediatria

Puericultura Já ouviram falar?

MATÉRIA DE CAPA

Juventude de dentro, pra fora

Reeducação Alimentar

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Chocolate do Bem.

Esporte e saúde

Medicina Neurologia

Entre no ringue Boxe sem violência, para ter um corpo em forma e aliviar a tensão.

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06 Entrevista 14 Medicina Fisioterapia 16 Natureza e Vida 22 Energia e Saúde 24 Medicina Pediatria 28 Fique Atento 30 Saúde para todos 34 Fique Atento 50 Esporte e Saúde – Boxe 58 Pipoca 62 Novos Horizontes 66 Para Pensar

Sono não se repõe. A privação de sono é uma pandemia

10 12 Cirurgia a Laser

18 Chocolate 20 do Bem

Bons Hábitos Alimentamentares

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Sexualidade com Qualidade.

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Sinal verde para a manteiga e a margarina.

HIV: inimigo silencioso.

Tecnologia

Websites revolucionam a relação entre médico e paciente.

A ciência não tem nenhuma dúvida sobre os benéficos do chocolate

Sinal Verde 46 para a manteiga e a margarina

Diretor Geral: Dr. William Carlos Moraes | Diretor Comercial: William Carlos Moraes Filho | Jornalistas: Marina Torres MTB: 47.732 / Márcia Midori Mtb 50.468 Diagramação: Felipe Cerqueira | Colaboradores: Henrique Turolla, Gabriel Henrique, Tiago Gori, Carolina Barros, Riba Velasco, Edison Moraes, Luisa Silva e Eduardo Moraes. Participação Especial: Dr. João Antônio Moraes Jr, o Batutinha | Fotográfo: Diagonal | Idealizadores: Dr. William Moraes, Jefferson Moraes e William Filho | Contato: Rua Joaquim Novaes, 271, Cambuí, Campinas/SP. / (19) 3384-8478 / www.revistanovoshabitos.com.br / contato@revistanovoshabitos.com.br | Para anunciar: William Carlos Moraes Filho (19) 9211-4828 / (19) 3384-8478 / contato@revistanovoshabitos.com.br | Faça sua assinatura e receba Novos Hábitos em sua casa. | Impressão: Gráfica Modelo.

SUMÁRIO

Medicina Oftalmologia


ENTREVISTA

O Mestre da Saúde História da família Germano confunde-se com o esporte e a saúde dos campineiros há mais de quarenta anos

NOVOS HÁBITOS

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le pode ser considerado o “pai do fitness” em Campinas. E o comandante de uma marca que virou grife de saúde, esporte e estilo de vida na cidade. Marca que vem fácil à boca de qualquer campineiro quando o assunto é academia, cuidar do próprio corpo. Joaquim Germano entrou na vida da malhação pelas mãos e pelos pés do pai, em cima de um tatame, ainda na década de 60, quando o senhor Sebastião abriu a Academia Germano e introduziu crianças e jovens nas técnicas milenares das artes marciais. Na década de 80, criou a Germano`s Phisical Center e virou referência de atividades físicas modernas. Aeróbica, slide, spinning, condicionamento físico. O que pintava no mundo aterrisava com exclusividade em terras campineiras. Introduziu e estabeleceu o conceito de fitness em nossa região. É professor de educação física, judoca, preside o Tênis Clube de Campina e já comandou a Diretoria de Esportes da Secretaria de Esportes da Prefeitura de Campinas. Pois a Revista Novos Hábitos foi conversar com Joaquim Germano sobre saúde, história, comportamento e tendências do mundo das acade-

mias. Pois saia da esteira, repouse a toalha e a o squeeze e acompanhe. REVISTA NOVOS HÁBITOS Como inicia a história da academia? JOAQUIM GERMANO Tudo começou com a fundação da Academia Germano`s, em 1966, pelo meu pai, Sebastião Germano, que era professor de judô. Ele foi responsável por ensinar e iniciar na doutrina desta arte milenar oriental milhares de jovens e adultos em academias não só de Campinas, mas também de várias cidades do interior de São Paulo e outros Estados. A ligação com milhares de crianças, principalmente, foi forte e muito rica, pois ele não só colocou os ensinamentos do judô, como também toda a sua filosofia. Enfim, ajudou a formar não apenas atletas, mas grandes homens, grandes cidadãos. REVISTA NOVOS HÁBITOS E com seu pai ali ao lado, que tipo de ligação você cultivou com o judô? JOAQUIM GERMANO Total. A vida inteira dediquei ao judô e aos ensinamentos do meu

pai. Procurei muito a aprender com ele e a levar isso, de alguma forma, para frente. Tudo o que sei aprendi com ele. Tudo o que sou devo a ele”. REVISTA NOVOS HÁBITOS E como um empresário da saúde, como foi o trabalho dele? JOAQUIM GERMANO Meu pai sempre foi um pioneiro. Depois do judô, em 1970, por exemplo, ele trouxe o caratê para Campinas. Até então, era uma arte marcial totalmente desconhecida da população da região. REVISTA NOVOS HÁBITOS E quando o senhor entrou no ramo como empreendedor? JOAQUIM GERMANO Em 1986, dei continuidade ao trabalho do meu pai, fundando a Germano`s Phisical Center, que propiciou um novo leque para Campinas e região. Naquela época, as pessoas simplesmente desconheciam as atividades aeróbicas. Foi quando a academia entrou no mercado fitness.


REVISTA NOVOS HÁBITOS E o surgimento do Joaquim especialista, mestre, como foi? JOAQUIM GERMANO Com o decorrer do tempo, como estava falando, fui aprendendo muito com as novidades internacionais. E acabei formando grandes professores que hoje atuam em academias espalhados por todo o país. Entre eles, o Wilson Germano, meu irmão, considerado um dos mestres mais capacitados na modalidade de JG Spinning. A aula do Wilson é muito concorrida, ele tem um nome forte no mercado, sobretudo entre os professores de academias da região. Assim, acabei tornando-me o único professor no Brasil capacitado para formar outros professores com o programa de JG Spinning. REVISTA NOVOS HÁBITOS Esta capacitação de professores ajudou no conceito firmado pela academia? JOAQUIM GERMANO Certamente. A Germano`s completa em abril 24 anos de mercado e segue firme em suas atividades. Sempre preocupada em proporcionar o melhor em qualidade de vida. Tem uma equipe altamente técnica e reconhecida, resultado da

alta qualidade de ensino e educação. Nossos professores firmaram um nome de respeito no meio e são profissionais disputados e com portas abertas nas academias da região. REVISTA NOVOS HÁBITOS E a imagem projetada pelos alunos? JOAQUIM GERMANO Nossos alunos não são apenas números, eles fazem parte de uma grande família. Tem a sua frente não só professores, mas funcionários sempre atentos para melhor atendê-los. Não é a toa que já vencemos o Prêmio Top of Mind em Campinas. REVISTA NOVOS HÁBITOS Como é hoje o funcionamento da academia e as aulas mais procuradas? JOAQUIM GERMANO A pedido dos próprios alunos, a academia atende das 5h às 23h. As academias tendem a abrir cada vez mais cedo e fechar cada vez mais tarde para atender a demanda de pessoas que trabalham muitas horas. Outra mudança de comportamento é que os alunos procuram evitar os horários de maior movimento, que são das 7 às 10 da manhã e 5 da tarde às 8 da noite. Sobre as modalidades, as mais concorridas atualmente são: localizada, yoga, tai chi chuan, educação postural, balness (aula com bola suíça que trabalha flexibilidade e força, deixando o corpo mais elegante), área zen para a melhor idade e programa de musculação, tanto para hipertrofia como estética. Na área de lutas, o judô, jiu-jitsu e o Muay Tay. REVISTA NOVOS HÁBITOS E qual a tendência que mais chama a atenção dos clientes hoje? JOAQUIM GERMANO O spinning é uma das moda-

lidades com maior fidelização. É uma atividade de grande intensidade e que não requer grandes habilidades. Cuida da saúde respiratória e, desde que monitorada por professor capacitado, não há risco de lesão. REVISTA NOVOS HÁBITOS Qual é hoje o perfil do cliente que procura as academias? JOAQUIM GERMANO As pessoas não são mais leigas quando chegam à academia. Neste aspecto, a mídia favorece muito. E elas também não entram mais em academia apenas por moda. Existe uma mudança na concepção do aluno, que hoje busca a academia porque sabe que é seguro, é saudável, é necessário para um bem estar melhor. REVISTA NOVOS HÁBITOS Mas e quando o aluno chega pela primeira vez, quais as necessidades de ambas as partes? JOAQUIM GERMANO Quando o aluno começa em uma academia, é importante que ele tenha um programa de acordo com o seu objetivo e as suas exigências. Uma pessoa que procura a academia com o objetivo de combater problemas de obesidade, ou sobrepeso, por exemplo, é importante analisar e estudar os efeitos de cada atividade e trabalhar os hábitos alimentares e físicos deste aluno. Para isso, existe uma equipe que envolve profissionais de diferentes áreas, como professores de educação física, cardiologistas, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros. Agora, se um aluno procura uma academia com o objetivo de tratar uma lesão, por exemplo, temos que analisar a procedência da lesão para cumprir um protocolo antes de trabalhar com a musculação, que ajuda em muitos casos na recuperação e até evita uma cirurgia como joelho, hérnia de disco, ombros, etc.

NOVOS HÁBITOS

REVISTA NOVOS HÁBITOS Como o senhor conseguiu descobrir e entender a tendência que se iniciava? JOAQUIM GERMANO Viajei bastante para isto, aprendi e trouxe muitas novidades para Campinas. Nossa academia foi pioneira nas aulas de step, slide e condicionamento físico. Todas as atividades que nasciam e ganhavam forma fora do Brasil, trazíamos em primeira mão para Campinas. Só para ficar num exemplo, em 1995, trouxemos o “spinning”, que hoje é praticado diariamente em mais de 80 países, por milhões de pessoas.

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ENTREVISTA

REVISTA NOVOS HÁBITOS E como as academias sobrevivem no mercado atual? JOAQUIM GERMANO Existem hoje mais de 600 academias em Campinas, mas acredito que apenas 2% da população praticam atividades físicas em academias. Antes de abrir uma academia, é importante selecionar a localização e ter um diferencial para não ser mais uma. As pessoas estão em busca de qualidade. E a concorrência é muito grande. Por outro lado, temos uma deficiência muito grande de professores. São desinformados e despreparados.

NOVOS HÁBITOS

REVISTA NOVOS HÁBITOS Qual o perfil dessa academia moderna? JOAQUIM GERMANO A tendência do mercado é de academias pequenas, com custos menores. Não adianta ter uma academia muito grande e ter tanta coisa que, na realidade, não oferece nada. Não adianta ter 50 esteiras, uma mega academia, se o aluno entrar e se sentir sozinho e sem orientação. A academia também é uma forma de integração social. Os alunos não vêm apenas atrás de uma atividade física. Muitas vezes, os alunos procuram escapar do estresse, fazer novos amigos.

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REVISTA NOVOS HÁBITOS E o professor responsável por essa orientação, como deve atuar? JOAQUIM GERMANO A formação de um bom professor começa na faculdade. Como os cursos de graduação não preparam o professor para o mercado de fitness, é fundamental que estudantes interessados em trabalhar em academias busquem cursos de especialização já no primeiro ano da graduação.

REVISTA NOVOS HÁBITOS O personal trainner tem roubado clientes das academias? JOAQUIM GERMANO Não. Pelo contrário, cresce muito a procura por personal trainner em academias. É comprovado que o aluno tem resposta mais rápida, pois recebe um tratamento direcionado para objetivos específicos. REVISTA NOVOS HÁBITOS E como o senhor analisa as preferências individuais dos clientes pelas modalidades? JOAQUIM GERMANO As aulas aeróbicas perderam muito mercado nos últimos anos porque suas finalidades começaram a ficar muito complexas, com muitas coreografias e coordenação cada vez mais difíceis. São atividades que estão sumindo do mercado. As aulas de ginástica localizada têm boa aceitação entre homens e mulheres. Mas, neste caso, as aulas devem ser direcionadas para cada público. O homem, por exemplo, não trabalha o glúteo, a mulher já trabalha bastante o glúteo. O homem trabalha muito o abdômen. REVISTA NOVOS HÁBITOS Fala-se muito hoje em “queimar calorias”. Quais as atividades campeãs nesse setor? JOAQUIM GERMANO Os maiorais são spinning, corrida, ginástica aeróbica, step, condicionamento físico e natação. REVISTA NOVOS HÁBITOS As academias, assim como sorveterias e clubes de lazer, sempre sofreram muito com a sazonalidade. O fenômeno permanece? JOAQUIM GERMANO Ainda sim, mas muda rapidamente por causa de uma mudança no comportamento da sociedade. A

demanda tende a crescer, em média, 30% no verão, mas este percentual está diminuindo ao passo que aumenta a regularidade durante o ano. As pessoas percebem que a atividade física está ligada a uma vida mais saudável e não ao calor, ao verão, à exposição do corpo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica pelo menos 30 minutos diários de atividade física. REVISTA NOVOS HÁBITOS Parece que a longevidade do ser humano também ajuda as academias? JOAQUIM GERMANO Exato. Existe uma maior conscientização. Problemas de saúde como infarto e degeneração óssea podem ser prevenidos com atividade física moderada. Pessoas com hipertensão e diabetes, muitas vezes identificam o problema por meio da atividade física, durante a avaliação. E hoje as academias têm que oferecer serviço completo para ter espaço no mercado. REVISTA NOVOS HÁBITOS Como funciona na prática esta avaliação? JOAQUIM GERMANO A equipe de avaliação física determina o tipo de programação de acordo com os objetivos do aluno. Nutricionistas ajudam na reeducação alimentar ou na suplementação orientada. Tem que haver um cardiologista para liberar o aluno clinicamente. A equipe de fisioterapeutas monta programas de pós e pré-operatório, recuperação, manutenção e carga horária de acordo com as necessidades dos alunos.


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NOVOS Hテ。ITOS


medicina oftalmologia

Cirurgia a laser para correção de

miopia, astigmatismo e hipermetropia A necessidade de uso de óculos e lentes de contato pode, para muitas pessoas, ser motivo de desconforto e dependência.

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necessidade de uso de óculos e lentes de contato pode, para muitas pessoas, ser motivo de desconforto e dependência. Vários tipos de cirurgia foram propostos desde o fim do século XVIII, sendo que, nos últimos 50 anos, as cirurgias na córnea, parte mais anterior e externa do olho, tem sido as mais utilizadas. A cirurgia a laser nos olhos surgiu nos anos 60 e foi aprovada para correção dos vícios de refração em 1995. Os avanços e a segurança decorrentes desta técnica, tem permitido que um maior número de pessoas se beneficiem de seus resultados. Dependendo da indicação adequada da cirurgia através do exame pré-operatório, o procedimento é muito previsível e seguro, levando em mais de 90% dos casos a uma visão normal.

NOVOS HÁBITOS

Tipos de cirurgia

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As opções cirúrgicas mudam a curvatura das lentes naturais do olho. No caso da cirurgia refrativa, a mudança da córnea é realizada através da aplicação de laser na periferia ou na região central da córnea, corrigindo miopia, hipermetropia ou astigmatismo. O laser é uma forma de luz descoberta nos anos 60 e tem sido utilizado em diversas áreas a medicina. Na oftalmologia, o laser usado é o Excimer, que consiste em um composto obtido a partir dos gases argônio e fluoreto. Na miopia, o laser é aplicado na área central, retirando tecido para que haja o aplanamento desejado. Na hipermetropia, realiza-se a retirada de tecido da periferia da córnea, aumentando sua curvatura central. No astigmatismo, o tratamento é realizado em áreas selecionadas da


Avaliação pré-operatória

O paciente dever ser avaliado através de exame oftamológico completo. Se for usuário de lentes de contato gelatinosas, deverá deixar de usá-las por pelo menos cinco dias antes da consulta e para usuários de lentes duras, esse período é de dez dias. Os exames necessários são: •Paquimetria ultrassônica, para determinar a espessura da córnea; •Topografia corneana ou Ceratoscopia computadorizada, para determinar a forma e curvatura da córnea; •Mapeamento de retina central e periférica, para avaliar se não existem lesões predisponentes a um deslocamento de retina, principalmente em indivíduos míopes acima de quatro dioptrias. Se houver alguma lesão periférica, devese tratá-la primeiro, com fotocoagulação a laser e posteriormente realizar a cirurgia refrativa.

Contra-indicações

A cirurgia refletiva está indicada para indivíduos com idade acima de 21 anos, com correção estável, ou seja, sem aumento de mais 0.5 dioptria nos últimos dois anos, ausência de doenças corne-

anas como ceratocone, olho seco, infecções; ausência de gravidez; ausência de doenças sistêmicas como diabetes descontrolado e doenças auto-imunes. Cada caso, no entanto, deve ser avaliado individualmente, devendo o oftamologista decidir se o paciente se encontra apto para submeter-se à cirurgia.

Procedimento cirúrgico

Geralmente dura cerca de cinco minutos em cada olho. A anestesia é feita à base de instilação de colírio anestésico. O paciente deve manter a fixação em uma luz durante todo o procedimento. Durante a aplicação dos pulsos do laser, ouve-se um barulho que dura de dez segundos a um minuto, dependendo da graduação a ser corrigida. Uma base com vácuo é colocada sobre o olho e fixado nela um microcerátomo, que levantará a camada superficial da córnea, formando o flap. A seguir, o flap é levantado por uma pinça e passa-se à aplicação do laser. Após, o flap é reposicionado e o olho lavado com soro fisiológico. O paciente será liberado após exame final no microscópio, saindo com um protetor ocular transparente que será retirado no dia seguinte. Deverá dormir com o protetor por sete a dez dias.

Complicações

São pouco frequentes, mas podem ocorrer. As principais são relacionadas ao grau, como hipocorreção (sobra do grau), hipercorreção (correção além do grau) e regressão (retorno do grau após 1 ano da cirurgia).

Pós- operatório

O pós operatório é tranqüilo e sem dor e a recuperação visual se dá rapidamente dentro de um a dois dias. Podem ocorrer alguns sintomas como vermelhidão, sensação de areia ou ardor, lacrimejamento, fotofobia ou maior sensibilidade à luz. O paciente deve evitar coçar ou esfregar o olho operado, além de não piscar com força, apertando o olho.

A visão pode flutuar nos primeiros dias, tornando-se estável dentro do primeiro mês. Evite locais de muita poeira ou poluídos, bem como usar piscina e banhos de mar por um mês. São utilizados colírios de antibióticos e antiinflamatórios hormonais por sete a dez dias, e lubrificantes oculares por um mês. Os retornos são feitos no dia seguinte, com dez dias, um mês, três meses e seis meses. Depois passará a ser anual, podendo variar de acordo com cada caso. No dia seguinte à cirurgia, é possível assistir TV, ler ou usar o computador, desde que não haja desconforto e sem exagero. O paciente pode voltar a dirigir quando sentir-se seguro. As luzes à noite apresentam um brilho ao seu redor que causam glare ou ofuscamento. Esses sintomas costumam desaparecer em um mês. Os resultados a longo prazo, após cinco anos da cirurgia, mostram estabilidade da visão. No entanto, é possível haver pequena regressão ou retorno de grau. Para que se obtenha um resultado ideal na cirurgia a laser, é muito importante uma boa avaliação pré-operatória estipulando as condições ideais. As expectativas do paciente devem ser claramente determinadas e esclarecidas, sendo necessário que ele esteja ciente das complicações que, embora raras, podem ocorrer. Melhor técnica cirúrgica, o laser de última geração, e a frequente atualização dos procedimentos devem ser utilizados pelo médico visando à obtenção do melhor resultado. A decisão pela cirurgia é um direito do paciente que será tomada após toda a orientação necessária. Dr. Edson R. de Abreu

Oftalmologia Geral e Pediátrica Lentes de Contato Cirurgias Refrativas a Laser

OFTALMOCLÍNICA

Av. Barão de Itapura, 2137, sala 21, Ed. Quality Guanabara – Campinas/ SP CEP 13073-300 Fone: (19) 3242-0312/ Fax: (19) 3242-3435

NOVOS HÁBITOS

córnea, aplanando ou encurvando a região central. A técnica mais utilizada atualmente é o LASIK (Ceratomileusis in situ assistida por laser), em que o laser é aplicado após o levantamento de uma fina camada da córnea (lamela ou flap), obtida através de um aparelho chamado microcerátomo. Após a aplicação, o flap é reposicionado. A recuperação visual é rápida e o procedimento, indolor. Os dois olhos podem ser corrigidos na mesma cirurgia. Pode-se corrigir até dez dioptrias para miopia e cinco dioptrias para hipermetropia e astigmatismo. Em ambos os casos, a curvatura e espessura da córnea são fatores importantes para a determinação da viabilidade e resultado cirúrgico. Esses procedimentos são determinados pelo Oftalmologista através de exames pré-operatórios.

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Medicina Pediatria

Puericultura:

Já ouviram falar? É possível que os mais novos nunca tenham ouvido essa palavra. Lembro-me de um livro na minha estante que se chamava “Puericultura: arte, ciência e amor”. Mas o que vem a ser isso? A puericultura é a especialidade da Pediatria que se preocupa com o acompanhamento integral do processo de desenvolvimento da criança.

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NOVOS HÁBITOS

nfere-se que abranja um período muito antes do nascimento, desde o momento da concepção até o final da adolescência e início da idade adulta. É de fundamental importância, uma vez que é por meio dela que o pediatra tem condições de detectar precocemente os mais diferentes distúrbios das áreas do crescimento, do desenvolvimento neuropsicomotor, da nutrição, etc. A detecção precoce dos distúrbios é essencial para seu tratamento, uma vez que, quanto mais cedo se iniciarem as medidas adequadas, menos sequelas haverá e melhor será o prognóstico do quadro clínico. Orientar os familiares sobre como proceder com os filhos, como criá-los, alimentá-los, educá-los, como inseri-los na família, na sociedade, etc. Mas para isso é preciso conhecê-los bem e isso leva tempo e é preciso muitos contatos. Muitas vezes os pais nem estão presentes nas consultas e também na vida dos próprios filhos. Nas consultas de rotina, contrariamente às avaliações feitas nos pronto-atendimentos, procuramos ser mais completos na abordagem da história e do exame físico: pesa-se, mede-se, tiramse perímetros variados, afere-se pressão arterial, usam-se gráficos comparativos, fórmulas matemá12 ticas, IMCs, etc. Não nos restrin-

gindo somente às queixas. Múltiplos aspectos são abordados desde alimentação (auxílio no cardápio), higiene pessoal, mental, diversão, interação social, sono, prevenção de acidentes, obesidade, vacinação, esportes, hobbies, desempenho escolar, projetos de vida, etc. Geralmente, em se tratando de crianças saudáveis, não prematuras, que evoluem bem, programamos visitas mensais no primeiro semestre de vida, bimensais no segundo, trimestrais no terceiro, de quatro em quatro meses entre o final do segundo e terceiro ano, semestrais do terceiro ao sexto ano e, após seis anos de vida, podem ser uma vez por ano, salvo exceções. Dependendo da faixa etárea discute-se aspectos específicos de cada idade. Nos adolescentes, trabalhamos questões como pre-

venção do uso de álcool e drogas, sexualidade saudável, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, uso racional da internet, televisão, anticoncepção e prevenção de acidentes. Crianças bem alimentadas, com boa higiene corporal, mental, descanso adequado, boas relações familiares, vacinação correta, vivendo felizes em um ambiente harmônico, ventilado, limpo e razoavelmente livre de alérgenos ambientais, numa família bem instruída sobre como proceder em caso de doenças comuns e sobre as medidas de prevenção cabíveis nos casos específicos de suas crianças, praticamente nunca precisam ir a um pronto socorro. É impressionante nossa cultura de pronto-socorro, particularmente aqui em nosso Estado. Eu, que adoro PS, deparo-me frequentemente com crianças que nem tem pediatras e vão sempre em prontosocorros e se tratam sempre das mesmas coisas, vivem tomando antibióticos e corticóides por via oral erradamente quando o correto seria um acompanhamento com uma me-


não usam suplementos vitamínicos ou mineirais que deveriam usar. Pronto-socorristas não tem tempo para abordar essas questões, e seria antiético fazê-lo porque mesmo sem frequentar rotineiramente um consultório pediátrico, a maioria das mães julga ter um pediatra. Além do mais, quando estamos no plantão, não estamos lá para essas coisas. Devemos evitar intervir na conduta dos colegas, salvo em caso de risco para a criança. Puericultura é trabalhoso, difícil e penoso, mas gratificante para todos. Certamente ajuda a formar cidadãos mais saudáveis e bem adaptados no mundo. Precisamos encontrar um novo modelo de funcionamento, pois no esquema atual está inviável o trabalho médico, motivo pelo qual ninguém mais quer ser pediatra de consultório. Residências de pediatria estão com vagas sobrando e, pediatra vai ficar raro no futuro. Quem cuidará de nossas crianças? Desnecessário dizer que todo esse egoísmo e pressa só vai gerar mais do mesmo: violência, medo, insegurança. E a puericultura não vai resolver os problemas do mundo, mas como ela transcende a pediatria e a própria medicina, já pode ser um bom começo. Pensem nisso. Dr. Cesar de Carvalho Tonello

(19) 3308-5992 3231-5992 www.clinicatonello.nossomedico.com.br

NOVOS HÁBITOS

dicação preventiva inalatória por exemplo, que resolveria o problema, sem efeitos colaterais e evitando muita doença, intercorrência, despesa e sofrimento. Toda criança tem direito a um advogado. E o advogado da criança é o seu pediatra. Quem mais poderia olhar por ela com algum poder de persuasão ante a família e a ela própria? Muitas dessas crianças nunca tomaram qualquer medida preventiva, andam com a vacinação atrasada ou nem sabiam que havia vacinas que poderiam ser tomadas fora da rede pública, tomam leites inadequados à idade e

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Medicina Fisioterapia

Inchaço

pode ser problema no sistema

linfático

Mulheres que sofrem de câncer de mama, após o tratamento radioterápico ou cirurgia de retirada da mama, podem apresentar um problema no sistema linfático, que causa inchaço nos membros superiores ou a região adjacente. Trata-se do linfedema, que é causado por um acúmulo de líquido. Quanto antes for identificado o problema, maiores as chances de recuperação.

Prevenindo o Linfedema do membro superior

NOVOS HÁBITOS

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ulheres que sofrem de câncer de mama, após o tratamento radioterápico ou cirurgia de retirada da mama, podem apresentar um problema no sistema linfático, que causa inchaço nos membros superiores ou a região adjacente. Trata-se do linfedema, que é causado por um acúmulo de líquido. Quanto antes for identificado o problema, maiores as chances de recuperação. Prevenindo o Linfedema do membro superior O linfedema pode ser

definido como condição crônica, onde ocorre acúmulo excessivo de líquido protéico no interstício celular devido à inadequada drenagem linfática que prejudica o fluxo linfático. O aparecimento do linfedema é comum nos casos de cancer de mama após tratamentos cirurgicos e radioterápicos. Alguns estudos demonstram que a incidência média de linfedema entre as mulheres brasileiras submetidas à retirada de linfonodos axilares pós-câncer de mama fica em torno de 40%. Com a retirada de linfonodos axilares, problemas como diminuição na amplitude de movimento no membro superior, inchaço no braço homolateral à cirurgia, modificação


Ações Preventivas

Todos pacientes devem ser orientados quanto às precauções que reduzam os riscos do desenvolver linfedema:

O linfedema pode afetar todo o membro superior, como também a região adjacente. Ele pode ser classificado em 3 estágios. No estágio I, os pacientes informam sensação de peso no membro, embora muitos sejam assintomáticos. O Estágio II, conhecido como linfedema espontaneamente irreversível, apresenta fibrose intradermal que reduz a flexibilidade do tecido e reduz a capacidade da pele. O estágio III é conhecido como elefantíase. O linfedema não tratado pode causar inflamação crônica, inchaço progressivo, celulite, dor, parestesias, infecção, fadiga, deformidade estética, neuropatia do plexo braquial, redução significativa da amplitude de movimento do braço, da mobilidade e perda funcional da extremidade afetada. A identificação precoce dos sinais e sintomas do linfedema e o tratamento devem ocorrer a todas as pacientes que receberam cirurgia e/ou radioterapia. Quando tais sinais forem tratados nos estágios iniciais, as complicações dessa condição possam ser minimizadas.

Estes cuidados devem tornar hábitos diários de vida, as recomendações são sempre necessárias e baseadas nos conhecimentos de fisiopatologia da doença. Atualmente, o aumento da sobrevida nos pacientes oncológicos é uma realidade decorrente ao avanço nos cuidados médicos, cirúrgicos e fisioterapêuticos entre outros e preocupar-se com a qualidade de vida é fundamental sendo necessária para isso atenção frequente a medidas preventivas.

Vivian Costa Carreira e Viviane Komura,

estudantes da Faculdade de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas e Regina Célia Turolla de Souza e Liduina Rinaldi, docentes da Faculdade de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

NOVOS HÁBITOS

da pele, alterações da sensibilidade, processos inflamatórios e infecciosos poderão surgir ocasionando transtornos físicos e psíquicos ao paciente. Os tipos de tratamento e a reversibilidade do quadro de linfedema têm sido estudados, embora a maioria dos pesquisadores concorde em ser um tratamento de difícil reversibilidade. A drenagem linfática manual é uma das técnicas utilizadas no tratamento. Ela é complexa e realizada por manobras que visam drenar o excesso de líquido acumulado no interstício. Mesmo com terapias modernas, o linfedema continua sendo problema relevante e constatado na proporção de 12 a 28% das mulheres no pós-tratamento de câncer de mama. O linfedema pode ser classificado em primário e secundário sendo que no primário não há uma lesão congênita ou hereditária do sistema linfático. O secundário é decorrente da lesão no sistema linfático adquirido pós-cirurgia, radioterapia, traumas, infecção, parasitas, tumor maligno ou metástase e desordens vasculares.

• cuidado com a pele e sua hidratação, • evitar a retirada de cutícula, • modificar as atividades e o estilo de vida com a prática de exercícios orientados pelo seu fisioterapeuta, • usar vestimentas apropriadas, • evitar temperaturas alta ou extremamente baixa. Ao primeiro sinal de infecção, coceira, dor, vermelhidão e aumento de temperatura a paciente deverá entrar em contato com seu médico. É recomendável às pacientes que realizaram linfadenectomia axilar tomar algumas medidas de precaução para reduzir o risco de aparecimento de linfedema, como: • não carregar bolsas pesadas do lado afetado; • não aferir pressão do lado afetado; • não usar pulseiras e anéis apertados; • usar luvas de proteção na jardinagem ou para lavar louças; • não tomar injeção no braço afetado, não depilar axila do lado comprometido; • evitar ferimentos no membro.

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Fazendo a Diferença

Reabilitação através da

equoterapia Equilibrar-se em cima de um animal, o sentir marchar, estar em contato com a natureza. Tudo isso faz parte da equoterapia, um trabalho diferente que pode tratar problemas psíquicos e motores.

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NOVOS HÁBITOS

star num ambiente diferente e poder desfrutar da tranqüilidade no contato com a natureza são alguns dos benefícios da equoterapia, um método terapêutico que utiliza o cavalo como mediador, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou necessidades especiais. Como exige a participação do corpo inteiro, essa atividade contribui para a reabilitação motora, aumentando a força, o tônus muscular, a flexibilidade, o equilíbrio, e promovendo a conscientização do próprio corpo. Dentro de uma abordagem interdisciplinar, o método proporciona ganhos físicos, psicológicos e educacionais. Além disso, a interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, o ato de montar e o manuseio final, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e auto-estima. A equoterapia é aplicada em diferentes tratamentos, como em crianças com déficit escolar, em pessoas que necessitam de reabilitação motora, paralisia cerebral, síndromes diversas como TDHA (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), problemas psicológicos e sequelas provocadas por AVC (acidente vascular cerebral). Segundo a fisioterapeuta e coordenadora do programa de equoterapia da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) Indaiatuba, Elaine Alessandra da Silva, o cavalo utilizado na equoterapia é normalmente dócil e transmite tranquilidade ao praticante. “Como o animal é maior, quando a pessoa monta, ela sente como se estivesse dominando o animal. Outro aspecto é 16 o ambiente externo, em que o cavalo

entra como mediador para a pessoa interagir no meio. Por ser diferente de uma sala de consulta, por exemplo, o praticante fica mais solto”, observa. A resposta ao contato com o animal também traz benefícios físicos, já que, enquanto o praticante sente a movimentação de marcha do animal, seu cérebro recebe estímulos que ajudam a desenvolver a habilidade motora. “O cavalo ajuda na parte física, em seu movimento tridimensional – para cima e para baixo, para frente e para trás, para a direita e para a esquerda”, explica a fisioterapeuta. Cada sessão tem duração de cerca de 30 minutos. A primeira etapa é cumprimentar o animal. Depois vem o trabalho do dia, que pode ser montaria ou a limpeza do cavalo, para trabalhar noções de responsabilidade. E por último, o praticante alimenta o bicho e despede-se. “Na montaria, podemos trabalhar com argola, fazendo a pessoa se movimentar para acertar o alvo em movimento. Tem também um painel com peças em velcro, para praticantes com dificuldades pedagógicas”, conta Elaine. Algumas atividades poderiam ser feitas sem o uso do cavalo, pois o praticante as executa parado, mas segundo a coordenadora, a presença do animal muda a resposta. “A diferença é o ambiente. O cavalo é intermediário, como se o praticante estivesse na presença de um amigo que fica feliz com suas conquistas”, descreve. A frequência recomendada é uma vez por semana, e as sessões também podem ser feitas em grupos, dependendo do número de animais e de instrutores, sendo que a equipe mínima é de um instrutor de equitação,

um fisoterapeuta e um psicólogo. Para iniciar a prática, a pessoa necessita de uma autorização médica e deve ser encaminhada por um médico, psicólogo ou pedagogo, que fará o acompanhamento do progresso deste praticante. O animal utilizado nas aulas, além de dócil não pode ser muito alto, porque os instrutores precisam conseguir segurá-lo. Além disso, ele deve ser treinado para equoterapia, tornandose apto a trabalhos com bola, à presença de muitas pessoas ao redor e a responder a comandos. “O instrutor de equitação é responsável pelo animal e é ele que avisa que o animal está assustado ou se está tranqüilo, orientando o trabalho dos outros profissionais”, frisa a fisioterapeuta. Entre os equipamentos utilizados na equoterapia, estão a casquete (chapéu), a manta que é usada para a montaria, no lugar da cela, e o cilhão com alça para segurar. Para o praticante, é necessário usar calça comprida e sapato fechado. As sessões são feitas em terreno de areia, que reduz o impacto dos passos do animal. Para quem se interessar, Elaine orienta que, ao procurar locais para a prática, verifique se os profissionais possuem curso de equoterapia aprovado pela Associação Nacional de Equoterapia (Ande - Brasil). Maiores informações podem ser obtidas através do site www.equoterapia.org.br . A Apae de Indaiatuba atende 20 praticantes nas sessões de equoterapia e fica na Alameda da Criança, 100, na Vila Vitória, Indaiatuba (SP), telefone (19) 3801-8890.


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Reeducação Alimentar

Chocolate do Bem A Ciência não tem nenhuma dúvida sobre os benefícios do chocolate. Mas alerta para os perigos que o abuso pode causar

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cabou mais uma Páscoa, vem chegando Outono, Inverno e aquele friozinho. Para milhões de brasileiros, tempo de visitar montanhas, viver um pouco dos ares do Hemisfério Norte do planeta e ...comer chocolate. Para sorte deles, os cientistas dão boas notícias: essa delícia que encanta a humanidade há milênios traz diversos benefícios para o organismo: baixa a pressão arterial, melhora a dilatação das artérias e apresenta poderes anti-oxidantes devido à ação dos flavonoides. Mas nem tudo é referesco e os especialistas gritam por uma recomendação tão antiga quanto a adoração “pelo doce negro”: é preciso moderação. Os benefícios do chocolate têm sido reconhecidos em pesquisas com ingestão de pequenas porções do produto com alto teor de cacau, o que equivale a até 20 gramas por dia. E os médicos não se preocupam tanto com o aumento do consumo individual muito característico de datas como a Páscoa, O Dia dos Namorados e o Inverno de maneira em geral desde que representam fatos isolados na rotina alimentar das pessoas. “Neste caso, dá para comer sem culpa. Sugiro até que o prazer fale mais alto na escolha do chocolate”, indica bem humorado o cardiologista carioca 18 Claudio Domenico.

A escolha do chocolate deve ser feita de acordo com suas propriedades. O chocolate amargo é muito melhor porque quanto mais amargo, mais flavonoides e menos gorduras saturadas. Mas o máximo recomendado é de 80% de cacau, caso contrário, pode ficar até salgado. E o chocolate diet, é indicado exclusivamente para os diabéticos. Os flavonoides são substâncias derivadas dos polifenóis, estão mais presentes no chocolate amargo porque este tem maior concentração de cacau. Para fazer bem à saúde do coração, o chocolate deve ser no mínimo 70% amargo. O cacau melhora a dilatação das artérias, contribui para o perfil lipídico e ajuda a reduzir a pressão arterial. Os flavonoides têm ação anti-inflamatória, inibem a coagulação, aumentam o HDL (colesterol bom) e diminuem o LDL (colesterol ruim). “Os chocolates comerciais contêm quantidades variadas de flavonóides em função do tipo de extração do cacau. O fabricante deve manter uma boa concentração da fruta, desde a extração até a confecção do chocolate. Quanto mais escuro e amargo, maior a concentração de flavonóides. Uma barra de chocolate escuro, de 30 gramas pode apresentar tantos flavonóides como seis maçãs”, conta a nutricionista Ana Paula Surita, , baseada em es-

tudo realizado pelo nutricionista da Universidade da Califórnia, Karl Keen. Ele estudou 20 indivíduos que ingeriram quantidades variadas de chocolate meio amargo. Outro benefício é que ele contém cobre, que ajuda na absorção do ferro e é uma fonte do antioxidante alfatocoferol – uma forma da vitamina E. Estudo realizado na Universidade de Londres mostra que duas substâncias presentes no chocolate – cafeína e teofilina –, quando associadas, podem prevenir a formação de coágulos no sangue, que são causadores de ataques cardíacos e derrames. Há, ainda, diversos estudos que comprovam que o chocolate amargo ajuda a diminuir o colesterol, mas não é para a pessoa exagerar. Todas essas propriedades ajudariam a prevenir as doenças cardiovasculares, mas as pesquisas, apesar de promissoras , são ainda variados e em número insuficiente para recomendar o produto em terapias anti-hipertensivas. Como existem outros alimentos que fazem bem e também contêm flavonóides, o ideal para os nutricionistas é introduzir o chocolate amargo na dieta retirando um outro produto. Por exemplo, em 20 gramas de chocolate amargo há 120 calorias. Em dez dias, serão 1.200 calorias. Logo, se não houver substituição,a pessoa sofrerá com


Corrida contra a balança

Não há uma só pessoa acima do peso, principalmente as mulheres, que não fica pensando em como gastar as calorias depois de um dia de exageros com o chocolate. Quanto tempo de malhação é preciso para cada pedaço devorado? Livrar-se das calorias pode exigir muito esforço. Um pedaço de 120 gramas tem em média 640 calorias. O de 375 gramas salta para duas mil calorias. E o de meio quilo, 2.660 calorias. Sabe quanto é necessário malhar para queimar cada um deles? O professor de Educação Física Eduardo Neto montou um programa que procura demonstrar o esforço necessário para quem abusa. Para o pedaço menor, dá para resolver em um dia. Uma combinação de 45 minutos até uma hora de musculação, com uma hora de corrida e você já consegue ter o gasto calórico necessário, desde que a intensidade for de moderada para alta. Para eliminar as gordurinhas do chocolate médio, o período de malhação já sobe para três horas. Melhor, então, dividir em três dias. Caso de combinar as atividades aeróbicas. Por exemplo, uma hora de natação, outra de spinning e quase uma hora de corrida. Já para se ver livre de 500 gramas de chocolate, é necessário ter muita persistência. Tomando como base de segunda a sexta, 30 minutos de musculação, uma hora de treinamento aeróbico, que pode ser na própria bicicleta ergométrica ou em uma esteira, e complementar com outra atividade como pular corda, aula de step ou aula de ginástica localizada. Isso tudo durante cinco dias na semana. Para quem perde totalmente a estribeira, saiba que pedaços ainda maiores de chocolate à venda no comércio podem ter até duas mil calorias, o mesmo que uma mulher precisa para um dia inteiro. Agora, se você precisa de mais ajuda para vender o abuso, saiba que vale a pena guardar pedaços de alguns tipos de chocolate no congelador. Lês podem durar mais de seis meses no freezer.

Mundo do Cacau

O cacau, no século XVII, foi chamado de Theodroma, “alimentos dos deuses” em grego, pelo botânico sueco Carlos Linnaeus. Porém, sua origem é bem mais antiga. Há séculos, as civilizações asteca e maia, na América Central, onde hoje ficam o México e a Guatemala, usavam o cacau em ritos religiosos, como moedas de troca e bebidas. Quem levou o cacau para a Europa foi Cristóvão Colombo, na volta da descoberta da América, quando tomou a forma de chocolate como conhecemos hoje. Adocicado, caiu no gosto popular, atraindo milhões de seguidores, e ganhou o mundo. De acordo com dados da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, entre 1993/1994 e 2003/2004, a produção mundial subiu de 2.486 mil toneladas para 3.452 mil toneladas – um aumento de 38,86%. O Brasil foi o quinto país em que a produção mais cresceu (164 mil toneladas), perdendo apenas para a Nigéria (175 mil toneladas), Indonésia (415 mil t), Gana (736 mil t) e Costa do Marfim, que saiu de 840 mil toneladas para 1.405 mil t de cacau. A participação da produção brasileira na produção mundial vem caindo, apesar de já ter iniciado um processo de recuperação. Em 1993/1994, a produção estava em 300 mil toneladas e a participação na produção mundial estava em 12,07%. Chegou ao fundo do poço em 1999/2000, com 123,5 mil toneladas, participando com 4,01%. Mas a recuperação começou a partir de 2000/01 e se consolidou em 2003/04, quando chegou a 163,8 mil toneladas, aumentando a participação na produção mundial para 4,75%.

NOVOS HÁBITOS

riscos de doenças cardiovasculares. Controlar a quantidade do consumo de chocolate também é importante na promoção do bem-estar. A feniletilamina, presente na composição da guloseima amarga, estimula produção de serotonina, agindo numa região do cérebro relacionada às emoções. Ela é um bom estimulante, mas só se a pessoa controlar a quantidade. Algumas mulheres no período pré-menstrual ficam com déficit de serotonina no organismo. O consumo adequado de chocolate pode contribuir para ativá-la. A estudante Karine Santos, 22 anos, confirma tal sensação. “Quando estou no meu período menstrual fico muito irritada, inquieta e nervosa. Minha arma favorita é o chocolate, pois, além de ser gostoso, tenho a impressão de que fico mais calma”, conta. A nutricionista, porém, ressalta que ainda não foi definida uma porção ideal para o consumo. “Para atingir esses benefícios, ainda não se sabe ao certo qual quantidade deve ser consumida. Entretanto, vale lembrar que se deve tomar cuidado com a ingestão exagerada, ainda mais por pessoas diabéticas, obesas ou com sobrepeso. Pois, mesmo com grandes benefícios, é um alimento calórico, com alto teor de açúcar e gordura”, justifica. O chocolate também concentra muito carboidrato, o que facilita a entrada de triptofano, aumentando a serotonina que estimula o cérebro. Isso é suficiente para melhorar a atividade da parte frontal do cérebro, que está envolvida na tomada de decisões. Apesar de todos os aspectos favoráveis ao chocolate, a guloseima pode gerar compulsão em muitas pessoas. O ideal é que o chocolate seja consumido depois de um almoço onde haja muitas fibras, que irão desacelerar a absorção de glicose. Se for consumido em jejum, a glicose do organismo estará baixa e a pessoa pode ter um “rebote glicêmico”, que é quando a glicose sobe rapidamente, o organismo produz muita insulina, a glicose chega depressa demais à célula e ficará de novo baixa no organismo. Como conseqüência, a pessoa vai querer cada vez mais comer doces.

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Medicina Neurologia

Sono não se repõe

NOVOS HÁBITOS

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sono causa curiosidade e já inspirou cultos de diversas civilizações antigas, até mesmo daquelas que o consideravam irmão da morte. Assunto rico em imagens visitadas ao longo da história da literatura e das artes em geral, esse estado de inconsciência já serviu de inspiração para as mais fabulosas histórias. Desde A Bela Adormecida até a Julieta de William Shakespeare, que engana a todos, fazendo-se passar por morta. Mitos e lendas à parte, o que persiste é o enigma que ronda o tema e que já manteve muitos médicos e cientistas acordados na busca por respostas. Até que os avanços da segunda metade do século 20 levaram luz a esse quarto escuro. Em 1953, é descrito pela primeira vez o chamado rapid eye movement (REM) - ou movimento rápido dos olhos -, que caracteriza um dos estágios do sono. Segundo o neurologista Flávio Aloé, coordenador do Centro Interdepartamental para os Estudos do Sono do Hospital das Clínicas, e convidado da seção Encontros desta edição, essa área da medicina pode ser considerada “relativamente jovem” em todo o mundo. Talvez por isso, continue a suscitar tantas dúvidas. Dr. Flávio Aloé esclarece algumas dúvidas sobre a insônia,

mal que chega a atingir 30% da população. Um termo que achei muito feliz é “sonorexia”. Existe a anorexia, um transtorno psiquiátrico em que se tem uma sensação errônea da imagem corporal - ou seja, a mulher jovem e magérrima que ainda se acha obesa e continua a tentar emagrecer -, a vigorexia, ligada a pessoas viciadas em exercícios, e a ortorexia, diagnóstico para as pessoas que têm obsessão por dietas naturais, vegetais ou que não comem comida com agrotóxico. Daí, por analogia, começou a se falar em sonorexia para se referir aos hábitos que levam as pessoas a trocar suas horas preciosas de restauro mental e físico do sono por outras atividades de trabalho ou lazer.

A privação de sono é uma pandemia.

Dados da National Sleep Foundation [Fundação Nacional do Sono], um órgão supra-institucional norte-americano, mostram que 65% da população dos Estados Unidos dormem menos que sete horas diárias e que 25% dormem menos que seis horas por dia. Isso é uma realidade na nossa sociedade industrial, capitalista, competitiva. Muita gente trabalha o terceiro turno. Ou seja, trabalha em um local,

toma conta das crianças e às vezes tem de trabalhar no computador em casa ou fazer uma faculdade à noite. E a privação de sono causa o que todo mundo conhece: cansaço, sonolência, irritabilidade e desatenção. As conseqüências da privação de sono levam a um sofrimento psicológico e também resultam na diminuição da qualidade de vida - a pessoa fica sempre cansada e sem disposição. Isso sem contar que nossas crianças, pré-adolescentes e adultos jovens de hoje cultuam a internet, o que também pode causar privação de sono - uma vez que a luz emitida pelo computador é um estímulo de alerta. Adolescentes em formação escolar, com o cérebro em desenvolvimento, também sofrem com a privação de sono.

Sono não se repõe.

Caso você durma quatro horas diárias durante três dias, no dia seguinte você não pode repor o sono perdido. O que você perdeu de horas de sono está perdido. E, com isso, seu organismo deixou de secretar fatores imunológicos, fatores de restauro celular, fatores como o hormônio do crescimento, tudo isso está perdido. Tenho um colega médico que costuma dizer que dormir pouco


não só não emagrece como também emburrece e envelhece. Emburrece porque seu cérebro fica lento, tal como semi-alcoolizado pela pressão de sono subjacente, não emagrece porque você deixa de secretar uma série de fatores reguladores do apetite, que aumenta na intensidade e na duração, e envelhece porque coloca o organismo sob estresse. Além disso, a privação de sono deixa o indivíduo mais vulnerável ao estresse, à ansiedade, à depressão. Trabalhos mostram que pessoas que não dormem o necessário - oito horas é o recomendado apresentam maior tendência para a obesidade e o diabetes. Trata-se de um fator para a alteração da liberação de hormônios como o cortisol, a adrenalina. Estudos norte-americanos dizem que a sonolência, seja por privação de sono, seja por medicamentos, é uma das maiores causas - senão a maior - de acidentes nas estradas não relacionados ao uso de álcool ou a falhas mecânicas.

Distúrbios

Há uma coisa muito curiosa que chamamos de sunday blues, a tristeza do domingo à noite. Quer dizer, a pessoa dorme a mais no fim de semana porque não tem a pressão do horário comercial de trabalho no sábado e no domingo de manhã, e dorme tarde nos dias da semana por diversas razões. Isso vai acumulando privação de sono, e aí a pessoa tem um desequilíbrio do controle do humor por dormir menos e por variar muito os horários de sono e vigília. Outro tipo de transtorno do

para os casos de ansiedade. Um grande problema para a pessoa que tem insônia é acabar descobrindo que o álcool ajuda - porém não cura. Ela começa a usar o álcool como medicamento sedativo para dormir, mas aí se cria um segundo problema: a dependência do álcool para dormir. O mesmo acontece com a automedicação. Alguém da família usa um remédio por qualquer razão, ou pela mesma razão, e diz para a outra pessoa tomar esse “remedinho” para resolver o problema. Quantos e quantos casos a gente recebe lá no ambulatório do Hospital das Clínicas de pessoas que há 20, 30 anos fazem uso de remédio para dormir! Muitos começaram como curiosos, mas também há os que passaram por diversos médicos que acabaram endossando o uso do medicamento por falta de qualificação técnica - ou por falta de tempo para uma consulta médica mais longa. A insônia também está relacionada com doenças cardíacas, respiratórias, digestivas - toda e qualquer doença que cause desequilíbrio físico e psicológico, como um câncer, pode levar à insônia. Outro transtorno extremamente comum são as pausas respiratórias, a apnéia do sono. De 4% a 5% da população do sexo masculino entre 35 e 60 anos de idade e 1% do sexo feminino têm esse problema. A prevalência, ou seja, a freqüência de roncos é praticamente o dobro. Parar de respirar quando se está dormindo interrompe o sono, diminui sua continuidade e qualidade. Essas interrupções afetam a fisiologia cardiovascular, pois cada vez que o indivíduo pára de respirar ocorre uma falta oxigênio na circulação, e isso causa impacto no cérebro e no sistema cardiovascular. Com isso, o risco de doenças cardiovasculares é amplificado. Dr. Flávio Alóe

NOVOS HÁBITOS

“Um grande problema para a pessoa que tem insônia é acabar descobrindo que o álcool ajuda - porém não cura. “

sono é a insônia. Segundo dados da National Sleep Foundation, a pessoa que dorme mal, mas ainda não tem problemas durante o dia, tem sintomas de insônia. Já o indivíduo que dorme mal e tem problemas para ficar bem durante o dia tem uma insônia mais intensa, que acomete sua atividade durante o dia também. Uma pergunta super simples que fazemos no consultório ou no ambulatório é se o paciente está satisfeito com seu sono. Se ele disser que não, isso já basta para começar uma investigação. Outro caso é a insônia crônica, que dura mais do que dois meses, geralmente causada por um transtorno emocional ou psiquiátrico, ou pela junção desses dois elementos. Caso o funcionamento emocional, físico e intelectual do indivíduo durante o dia não esteja 100%, isso já é um sintoma. Entre as conseqüências da insônia estão a depressão e a ansiedade. É notório na classe médica que depressão causa insônia e vice-versa. A importância da insônia na depressão é tão grande que ela faz parte dos critérios de diagnóstico das classificações internacionais de depressão - 90% das pessoas com depressão também têm sintomas de insônia. E não é muito diferente

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Energia e Saúde

Feng Shui A

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tradução literal do termo Feng Shui é Vento e Água. Os chineses dizem: “esta arte é como o vento que não se pode entender e como a água que não se pode agarrar”. Feng Shui é a arte milenar chinesa para harmonizar e equilibrar os ambientes, preocupando-se com o fluxo das energias positivas (chi) para proteger-se das negativas (sha) e que leva em conta a localização, o formato do ambiente, a posição dos móveis, dos objetos decorativos e as cores. Pode ser usado para melhorar a saúde, abrir novos caminhos e oportunidades, gerar bons relacionamentos, proporcionar uma vida harmoniosa e muito mais. Muitas coisas que não levamos em consideração dentro de um ambiente, podem estar atrapalhando o fluxo energético e, com isso, impedindo que novas energias e acontecimentos cheguem até nós. Reclamações do tipo “nada de novo acontece”, e a impressão que as

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coisas estão “emperradas”, são provocadas por energias estagnadas ou mal direcionadas, que podem estar contribuindo para esse quadro. Fazer com que a energia “chi” circule é mais fácil do que parece, basta seguir algumas dicas para tornar sua casa um lugar agradável e que responda à sua energia. Tudo em sua vida exterior, especialmente em seu ambiente doméstico, reflete seu “eu” interior e vice- versa. Estamos cercados de energia por todos os lados, restanos saber como utilizá-la de maneira favorável. Embora, talvez, só percebemos quando ela afeta alguma coisa física à nossa volta. Só vemos a luz quando ela ilumina nosso caminho. Ficamos convencidos da eletricidade quando acionamos um interruptor ou quando levamos um choque. O Feng Shui trata do viver consciente sobre a Terra, usufruir as qualidades elevadas da força vital possíveis e intensificar o fluxo

das energias. Podemos efetivamente unir uma força à outra e aplicar esse recurso a tudo que fazemos. Quando você põe sua casa em ordem, é como se descobrisse e acionasse um exército de auxiliares que nem se quer imaginava que estavam à sua disposição. Os objetos que possuímos, tenham eles chegado até nós como presente ou compra, e que não gostamos, fazem com que nossa energia caia, sendo assim, quando nos livramos dessas coisas, conseguimos preservar e melhorar nossa energia. Adquira o hábito de fazer as coisas à medida que elas surgirem. A maioria das pessoas adia para o dia seguinte o que podem facilmente fazer hoje e é energeticamente desgastante lembrar-se de situações não resolvidas. Afaste-se das pessoas negativas enquanto está no processo de eliminação de desordem, avalie também os relacionamentos. Então, organize-se e mãos à obra:

Liste os itens que não estão em conformidade em sua casa, e tente resolve-los o mais rápido possível; Limpe e jogue fora o que não serve mais para abrir espaço energético; Se tiver um relógio parado, elimine-o ou coloque seus ponteiros no 12; Doe roupas que por mais de um ano não foram usadas e estão guardadas. Dificilmente irá usá-las novamente; Rachaduras são quebras da estrutura energética, então, arrume o mais rápido possível; Infiltrações são energias estranhas entrando onde não deviam; Luz, quer dizer energia e lâmpadas fracas ou queimadas demonstram que sua energia está enfraquecida, ou em baixa; Canos entupidos representam a energia que não flui; Fachada mal cuidada significa falta de valorização em si mesmo; Telefone ruim representa falta de comunicação entre as pessoas; Identifique bem a entrada de sua casa ou apartamento e, em caso de apartamento, coloque um número bem visível e mantenha o hall de entrada bem iluminado e com plantas. Isso fará com que cheguem mais amigos ou clientes. Ao fazer algumas dessas mudanças você poderá sentir a diferença, afinal de contas, uma casa com ambientes limpos, pintados e bem cuidados passa uma energia agradável e isso é um bom sinal para que ela seja próspera e equilibrada.

Mônica Cirillo. wcirillo@terra.com.br


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NOVOS Hテ。ITOS


Medicina Pediatria

A importância da ingestão do leite pelas crianças Dra. Mariana Franceschini Falavina Grigoletto

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NOVOS HÁBITOS

esde os primeiros momentos após o nascimento, a ingestão de leite apresenta-se como essencial à vida da criança. Idealmente, já na primeira meia hora de vida, o bebê deve receber o insubstituível leite materno, dotado de inúmeros benefícios nutricionais e imunológicos que suprem com plenitude as necessidades nutricionais nos primeiros seis meses de vida, propiciando o crescimento e desenvolvimento adequados da criança. Além desse caráter nutricional, são incontestáveis os inúmeros benefícios que o aleitamento materno acarreta ao desenvolvimento afetivo do bebê. O aleitamento materno exclusivo é recomendado nos seis primeiros meses de vida, podendo , sempre que possível, pros-

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seguir até os dois anos ou mais. Ressalta-se que nos primeiros 6 meses, os bebês não necessitam de qualquer outro alimento. Após esse período, deve ser introduzida alimentação complementar, de forma lenta e gradual. Na impossibilidade do aleitamento materno, seja por razões ligadas a mãe ou à criança, preconiza-se que os bebês, após orientação do Pediatra, recebam leite industrializado na forma de fórmulas infantis específicas, desenvolvidas para os lactentes até um ano de idade, sendo as de partida preparadas para os bebês até seis meses de idade, e as de

seguimento para aqueles bebês com mais de seis meses. Nessa fase faixa etária não deve ser utilizado leite de vaca integral, pois apresenta baixos teores de ácido linoléico (óleo indispensável à saúde), quantidades insuficientes de carboidratos, ferro, vitaminas ( D, E, C), além de possuir altas taxas de proteínas e sódio, responsáveis pela vulnerabilidade a quadros de desidratação grave. Afora essas características, o uso do leite de vaca integral nessa faixa etária pode acarretar lesões intestinais com perda de sangue nas fezes e conseqüente anemia, além de apresentar-se como principal causa de alergia alimentar nos primeiros meses de vida.


“O aleitamento materno exclusivo é recomendado nos seis primeiros meses de vida, podendo , sempre que possível, prosseguir até os dois anos ou mais.” de vida. Já na fase escolar, dos sete aos dez anos, e na adolescência, dos onze aos dezoito anos, recomenda-se a ingestão de 3 a 5 porções ao dia, a fim de garantir a adequada formação da massa óssea, muito acelerada na adolescência, além de prevenir a osteoporose na fase adulta. Diante da relevância da ingestão de leite, se houver pouca aceitação ou rejeição pelo consumo do leite in natura pelas crianças e adolescentes, os pais deverão ofertá-lo na forma de seus derivados, ou mesmo incluir o leite na preparação dos alimentos. Havendo patologias que impeçam o uso do leite e derivados, deverá sempre ser consultado o Pediatra, a fim de ser realizada

investigação diagnóstica apropriada e tratamento adequado. É de extrema importância a confirmação de diagnóstico impeditivo do consumo desse importante alimento, mediante avaliação da história clínica, testes clínicos e laboratoriais, evitando-se assim substituições desnecessárias e inadequadas, ou até mesmo a retirada do leite da dieta das crianças e nutrizes, acarretando prejuízos nutricionais significativos. Nos casos em que não seja clinicamente recomendado o consumo de leite e derivados, deverá ser assegurada a ingestão adequada de cálcio, com a utilização, se necessário, de suplementos medicamentosos desse mineral. Finalmente, cumpre ressaltar, que cabe aos responsáveis pela alimentação das crianças oferecer e estimular o consumo de leite e derivados, desde a tenra idade, ressaltando com o passar da idade, a importância desse precioso alimento para o desenvolvimento sadio e completo do ser humano. Dra. Mariana Franceschini Falavina Grigoletto Médica Pediatra da Doctor Kids Clínica Materno Infantil Valinhos/SP www.doctorkids.com.br mariana@doctorkids.com.br

NOVOS HÁBITOS

Destaca-se a importância da ingestão de leite e derivados pelas crianças em razão de se constituir, dentre outros fatores, relevante fonte de cálcio, contribuindo com aproximadamente dois terços desse importante nutriente na alimentação infantil, sendo o restante suprido com a ingestão de vegetais, frutas e grãos. Sendo o cálcio o mineral mais abundante no corpo humano, esse nutriente é responsável pela formação e manutenção óssea, assim como pela mineralização óssea, justificando a grande preocupação na garantia de sua ingestão pelas crianças e adolescentes. É importante também destacar que as necessidades de ingestão de leite e derivados se modificam com a idade. Nos pré-escolares, de dois a quatro anos de idade, preconiza-se três porções ao dia de leite de vaca e derivados, diminuindo-se para 2 porções nas crianças entre quatro e seis anos

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Bons HÁbitos AlimentaRes

Sinal verde para a manteiga e a margarina Uma pesquisadora da USP testou esses alimentos em 66 voluntários que tem maior propensão a ataques cardíacos e comprovou: o consumo moderado não engorda, nem afeta o coração.

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NOVOS HÁBITOS

acientes que possuem síndrome metabólica, uma doença que atinge 30% dos brasileiros e aumenta em cinco vezes a chance de sofrer derrames e ataques cardíacos, foram voluntários de uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), que visava verificar se consumir manteiga ou margarina aumentava os riscos de doenças cardiovasculares. O resultado atestou que, desde que consumidos moderadamente, esses alimentos não fazem mal à saúde. A pesquisa, feita durante o doutorado da nutricionista Ana Carolina Gagliardi no Instituto do Coração (InCor), considerou que a manteiga e a margarina fazem parte da dieta de mais de 50% da população brasileira. Em seu estudo, a nutricionista solicitou que 66 voluntários deixassem de consumir as manteigas ou margarinas que estavam acostumados. Em seguida, os dividiu em quatro grupos e pediu para que consumissem, diariamente, quantidades de manteiga e margarina em porções com quantidades iguais de gordura (12 gramas). Um dos grupos passou a consumir 15 gramas de manteiga por dia; um segundo grupo consumiu 18g 26 de margarina com gorduras trans;

outro grupo de voluntários, 36g de margarina sem gorduras trans; e outro, 30g de margarina com fitoesterol, substância que reduz a quantidade de colesterol ruim do sangue. Para efeito de comparação, uma colher de sopa de margarina cheia pesa 15g. Durante a pesquisa, nenhum dos voluntários mudou a dieta e todos relataram ingerir poucas calorias, cerca de 1.500 por dia, com mais gordura saturada e menos fibra que o recomendado.

Sem alteração

Segundo a pesquisa, o tempo para a mudança de dieta influenciar na quantidade de proteínas que indica o risco de infarto é de 28 dias. Na avaliação dos voluntários, depois de 35 dias, a quantidade dessas moléculas permaneceu igual no sangue dos voluntários. O colesterol ruim, chamado de LDL, também não aumentou no sangue. Apenas a margarina com fitoesterol ajudou a reduzir os níveis de colesterol ruim do sangue. O peso também não variou durante esse período. Quem tem síndrome metabólica sofre pelo menos de três dos seguintes sintomas: obesidade na barriga, pressão alta, níveis baixos de

bom colesterol (HDL) e altos níveis de glicose e gordura no sangue. Ana Carolina explica que são necessários mais estudos para saber se o risco de doenças do coração também permanece inalterado em pessoas saudáveis. De acordo com ela, como a quantidade de gordura não afetou os pacientes que tinham maior propensão a doenças cardiovasculares, o mesmo deve acontecer com pessoas saudáveis. A pesquisadora explica que, desde que não exagere, a pessoa pode consumir manteiga ou margarina sem culpa. “As gorduras são calóricas, mas se a pessoa diminuir um pouco a quantidade de fritura, por exemplo, pode comer. Até mesmo quem deseja perder peso”, afirma. O doutorado de Ana Carolina foi defendido no Laboratório de Lípides do InCor, que pertence ao Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A pesquisa foi orientada pelo cardiologista Raul Dias Santos Filho. Colaboraram no trabalho os pesquisadores Raul Maranhão, Eraldo Souza, da FMUSP, Jorge Mancini da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP e Ernest Schaefer da Universidade de Tuft, nos EUA.


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Influenza A (H1N1): os perigos da nova gripe

Um total de 1.632 mortes, causadas pela gripe A H1N1 no Brasil, foram notificadas à Organização Mundial da Saúde em 2009. Apesar de pouco se falar sobre novos casos, o vírus permanece em circulação no país, motivo que levou o Ministério da Saúde a promover uma campanha de vacinação em todo o território nacional, que irá imunizar a parcela mais vulnerável da população, já que o avanço da doença impossibilita a sua contenção.

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m total de 1.632 mortes, causadas pela gripe A H1N1 no Brasil, foram notificadas à Organização Mundial da Saúde em 2009. Apesar de pouco de falar sobre novos casos, o vírus permanece em circulação no país, motivo que levou o Ministério da Saúde a promover uma campanha de vacinação em todo o território nacional, que irá imunizar a parcela mais vulnerável da população, já que o avanço da doença impossibilita a sua contenção. Desde o início da propagação do vírus Influenza A (H1N1), em abril de 2009, o mundo todo se mobilizou na prevenção à doença, que se expandiu para 120 países em pouco mais de 2 meses. Com sintomas semelhantes aos da gripe sazonal, o contágio por esse vírus se tornou preocupante quando verificado que ele poderia provocar uma pneumonia severa e levar à morte. 28 Mesmo com a significativa redu-

ção no número de casos da doença no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda considera a exitência de uma pandemia, que já atingiu 213 países e resultou em pelo menos 16.713 mortes, até o início de março deste ano. O vírus não está extinto. Ele ainda apresenta altas taxas de transmissividade no sudeste da Ásia e sua circulção persiste, porém em níveis menores, em partes da Ásia e no leste e sudeste da Europa. Além disso, por ser transmitido entre humanos, o vírus Influenza A (H1N1), ainda representa uma ameaça. O que diferencia o vírus da Gripe A (H1N1) dos demais vírus circulantes entre a população, são suas características genéticas. Ele surgiu da recombinação dos vírus de origem suína, humana e provavelmente aviares. Embora os vírus da influenza suína sejam normalmente de uma espécie característica e somente infectem suínos, eles al-

gumas vezes ultrapassam a barreira da espécie para causar a doença em humanos, fato que aconteceu nesta oportunidade. Adaptado ao homem, o vírus é facilmente transmitido de pessoa para pessoa e sua taxa de mortalidade fica entre 1 e 4%, segundo a Organização PanAmericana de Saúde (OPAS). Os sintomas variam amplamente e, em geral, são semelhantes ao da gripe sazonal e de outras infecções agudas do trato respiratório superior. Algumas pessoas podem contrair o vírus e não apresentar sintomas, outras, porém, podem adquirir uma pneumonia severa resultando em morte. De acordo com a pediatra Lida Chiliato Caponi, é muito fácil confundir, mas normalemente os sintomas da gripe suína são mais intensos. “A febre é mais alta, em geral há mais tosse e dores no corpo e cabeça. E ocasiona mais insuficiência respiratoria (falta de ar) que a gripe comum. Outros sin-


tomas são dores na garganta, coriza, espirros, rouquidão, conjuntivite e dores no peito”, descreve. Outra característica da gripe provocada pelo Influenza A H1N1 é a rápida progressão do quadro, levando o paciente da pneumonia, à morte. Segundo o Ministério da Saúde, quando se considera a população jovem previamente saudável, este vírus pandêmico tem um maior potencial de causar doença grave, quando comparado com o vírus da gripe comum. A febre acima de 38º é um dos sintomas mais recorrentes, presente em 92% dos casos. No surgimento de qualquer sintoma, recomenda-se procurar o médico de confiança ou a unidade de saúde mais próxima.

Contágio

A infecção ocorre da mesma maneira que a gripe sazonal, a transmissão de pessoa para pessoa se dá principalmente através de tosse ou espirro de pessoas infectadas. A doença também pode ser cotraída ao tocar alguma coisa com o vírus da influenza e logo depois tocar sua boca ou nariz. O vírus resiste de 24 horas a 72 horas fora do organismo, e pode permanecer vivo numa maçaneta ou superfície lisa por até 10 horas. Como o vírus se transmite da mesma forma que os outros causadores das gripes sazonais, as medidas de prevenção são as mesmas, e devem ser seguidas ainda que não exista um doente próximo: evite contato próximo com as pessoas que parecem mal e que tem febre e

tosse; lave as mãos com água e sabonete com freqüência e cuidadosamente; e pratique bons hábitos de saúde, incluindo dormir adequadamente, comer alimentos nutritivos e manter-se fisicamente ativo. Se houver uma pessoa doente em casa, é importante sempre lavar as mãos após cada contato, o que pode ser substituído pelo uso de preparações alcoólicas para a higienização. Máscaras também são recomendadas para cobrir a boca e o nariz ao cuidar da pessoa doente. Outra forma de evitar o contágio é melhorar o fluxo de ar na área em que a pessoa doente fica, abrindo portas e janelas. O ambiente também deve estar sempre muito limpo.

Tratamento

Indicado apenas para os casos graves, ou para quem tem indicação segundo o protocolo da OMS, o tratamento da gripe A (H1N1) é feito com o antiviral Oseltamivir que deve ser utilizado em até 48 horas após o início dos sintomas. Esse antiviral está presente no medicamento que foi mais difundido para o tratamento da doença, o Tamiflu. Segundo Lidia Caponi, o Tamiflu foi escolhido pela OMS para primeira opção devido a sua segurança principalmente em pacientes grávidas. “O uso indiscrimado desses medicamentos pode gerar resistência nos vírus, por isso o usamos com muito cuidado. Na maioria dos casos, nós não prescrevemos nenhum antiviral e a pessoa melhora mesmo assim”, observa a pediatra. A médica alerta que a automedi-

cação pode prejudicar a saúde. De acordo com ela, os antigripais existentes no mercado são associações perigosas de medicamentos. “Antialérgicos e você nem alérgico é, antitérmicos e você nem febre tem, descongestionantes que são um risco para crianças e cardiopatas e cheios de efeitos adversos. Vá a um médico e ponto”, frisa.

Vacinação

No dia 8 de março o Ministério da Saúde deu início a uma campanha de vacinação contra a gripe A (H1N1) em todo o território nacional, visando imunizar os grupos prioritários: população indígena aldeada, gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças maiores de seis meses e menores de dois anos de idade e a população de 20 a 39 anos. Até o dia 21 de maio, todas as pessoas que fazem parte desses grupos deverão estar imunizadas. A vacina é segura e já está em uso em outros países, não tendo sido observada uma relação entre o uso da vacina e a ocorrência de eventos adversos graves. A OMS estima que foram distribuídas cerca de 80 milhões de doses da vacina contra a Influenza pandêmica e até o final de novembro foram vacinadas aproximadamente 65 milhões de pessoas. A grande maioria do que vem se apresentando se assemelha à vacina sazonal administrada em idosos, que são reações leves: dor local, febre baixa, dores musculares, que se resolvem em torno de 48 horas.

O que fazer em caso de suspeita de gripe por Influenza A (H1N1)? Se você se sentir mal, tiver febre alta, tosse e/ou dor de garganta:

• Fique em casa e mantenha-se afastado do trabalho, escola ou multidões, tanto quanto possível. • Descanse e tome líquidos em abundância. • Cubra a boca e o nariz com tecidos descartáveis quando tossir e espirrar e descarte os tecidos utilizados adequadamente. • Lave as mãos com água e sabonete com freqüência e cuidadosamente, especialmente depois de tossir ou espirrar. • Informe familiares e amigos sobre sua doença e procure ajuda para as tarefas domésticas que exijam contato com outras pessoas, como fazer compras. • Se você precisar de atenção médica: • Contate seu médico ou prestador de serviços de saúde antes de viajar para vê-los e comunicar seus sintomas. Explique porque você acha que tem gripe suína. Siga os conselhos dados a você. • Se não for possível entrar em contato com seu provedor de serviços de saúde com antecedência, comunique sua suspeita de ter gripe suína, imediatamente após a chegada, a um estabelecimento de saúde. • Tome cuidado para cobrir o nariz e a boca


Saúde para Todos

Benefícios do feijão Um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, o feijão é uma semente com alto valor nutritivo, mas que deve ser consumido com moderação, porque possui muitas calorias e pode provocar gases.

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xistem vários tipos de feijão, sendo que os mais comuns no Brasil são o carioquinha, preto, de corda, jalo, branco, rosado, fradinho, rajado e bolinha. De acordo com a nutricionista Ediléia Fernandes, as diferenças entre os tipos do grão são mais com relação ao sabor, do que nas propriedades nutricionais. Rico em ferro, que protege contra anemias, e fibras, que diminuem o risco de câncer de intestino e fazem esse orgão funcionar mais depressa, o feijão ainda fornece proteínas vegetais e ácido fólico. “Estudos mostram que o consumo diário previne o câncer de mama, porque o grão tem isoflavona, uma substância que reduz a ação do estrógeno (hormônio feminino). Além disso, ele protege os pulmões do surgimento de câncer, por ser abundante em ácido fólico”, explica. O broto de feijão, muito pre30

sente na culinária oriental, tem propriedades antioxidantes, o que significa que seu consumo constante diminui o risco de danos às células (anti-envelhecimento). Para preparar o grão, deve-se deixá-lo de molho pelo período de 12 horas. “Isso irá eliminar uma substância chamada fitato, que diminui a absorção de nutrientes, porque se liga a minerais como o zinco, ferro e cálcio, impedindo que sejam absorvidos pelo intestino”, observa Ediléia. Outra dica é evitar o consumo do feijão junto com carne vermelha, que é rica em ferro e zinco, e com molhos de queijo (cálcio). A quantidade ideal para o consumo é de uma concha por dia. “O intestino não absorve mais do que isso e o excesso pode provocar gases”, alerta. No caso de feijoadas, recomenda-se evitar carnes gordurosas, substituindo-as por carne seca sem

gordura, lombinho, frango e lingüiças mais leves. Para temperar, usar somente alho, cebola e óleo vegetal, de preferência de canola, que possui ômega 3 e 6. O bacon também deve ser evitado, por conter muita gordura. A nutricionista revela que o grão permite preparos dos mais variados, podendo ser consumido na forma de feijoada, junto com o arroz, na salada, ou até doce, como usado na culinária oriental.

Valores nutricionais 80 gramas (1 concha) de feijão possui: Calorias – 49 Kcal Ferro – 0,8 mg Fibra – 3 g Ácido fólico – 16 mg Proteína – 5 g


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Fique Atento

Extinguir o Aedes aegypti: papel de todos Capaz de colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez, e de realizar inúmeras posturas no decorrer de sua vida, a fêmea do mosquito ataca na sombra, transmitindo uma doença agressiva e que pode ser fatal.

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huva e calor são as condições ideais para a proliferação do mosquito da Dengue e é por isso que a incidência da doença aumenta no verão brasileiro. O transmissor, mosquito Aedes aegypti, pica tanto durante o dia, como à noite, e se reproduz dentro ou nas proximidades de habitações, em recipientes onde há acúmulo de água. Apesar de representar uma grande ameaça, o inseto pode ter sua cadeia reprodutiva interrompida com medidas simples, o que facilita a colaboração de cada um. A dengue é uma doença febril aguda, adquirida através da picada do mosquito infectado e que pode ser tratada e curada, mas

também levar à morte. Após a penetração do vírus no organismo, ele entra num período de incubação, que pode variar de 3 a 15 dias. Somente depois desse prazo, que dura em média de 5 a 6 dias, começa a manifestação da doença. Os sintomas mais comuns são febre alta, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de cabeça. O paciente com esses sinais deve procurar uma unidade de saúde imediatamente e não fazer automedicação, porque certos remédios podem favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. Se houverem sangramentos, dores abdominais e vômitos, pode se tratar da forma mais grave da doença, que pode

levar à morte se não for tratada a tempo. A hidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada em todo o período de duração da doença, principalmente da febre. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da atividade sanguínea. Caso o paciente com dengue seja portador de alguma doença crônica, como problemas cardíacos, devem ser tomados cuidados especiais. Mesmo quem já teve a doença pode ser infectado novamente, mas nunca pelo mesmo tipo de vírus. Ou seja, a pessoa fica imune contra o vírus que provo-


cou a doença, mas ela ainda poderá ser contaminada pelos outros tipos conhecidos do vírus da dengue, que são quatro, ao todo. Nesse caso, a forma de contágio é a mesma: através da picada do mosquito. Nunca se pega dengue de uma pessoa doente.

Cuidados

“Embora as fêmeas do Aedes aegypti tenham preferência por depositar os ovos em recipientes com água limpa, elas também podem colocálos em criadouros com água suja e parada. No entanto, não é apenas o simples ato de secar os reservatórios de água parada que irá impedir o mosquito da dengue de se reproduzir. É preciso limpar o local também, pois o ovo ainda pode ser manter “vivo” por mais de um ano sem a água. Outra forma de prevenir é eliminar os pratos dos vasos, ou encher de areia até as bordas, de forma a eliminar a água. Os pratos de plantas devem receber limpeza com bucha e sabão semanalmente. Vale lembrar que, embora as fêmeas do Aedes aegypti tenham preferência por depositar os ovos em recipientes com água limpa, elas também podem colocá-los em criadouros com água suja e parada.

O mosquito O Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. O mosquito costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Ele vive estritamente em ambiente urbano, sendo raro encontrar amostras de seus ovos ou larvas em reservatórios de água nas matas. Em média, o mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez. Ela é capaz de realizar inúmeras posturas no decorrer de sua vida, já que copula com o macho uma única vez, armazenando os espermatozóides. Uma vez com o vírus da dengue, a fêmea torna-se vetor permanente da doença e calcula-se que haja uma probabilidade entre 30 e 40% de chances de suas crias já nascerem também infectadas. Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos de vasos de plantas ou qualquer outro que possa armazenar água de chuva. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco mais de 30 minutos. Em um período que varia entre cinco e sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem ao mosquito adulto.

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Como é praticamente impossível eliminar o mosquito, é preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros do Aedes. Por exemplo, uma bacia no quintal de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos neste local. Então, o único modo é limpar e retirar tudo que possa acumular água. Em 90% dos casos, o foco do mosquito está nas residências.

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MATÉRIA DE CAPA - Longevidade

Juventude de dentro, pra fora Estudo americano aponta que a idade com a qual a pessoa se identifica, afeta seu desenvolvimento cognitivo e, consequentemente, a memória.

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uma sociedade em que ser jovem é sinal de status, o envelhecimento carrega consigo, na mesma medida, fatores negativos em todos os aspectos da vida, sejam eles físicos, psíquicos ou culturais. No entanto, apesar dos esteriótipos, estudos tem demonstrado que a sensação de juventude pode influenciar na manutenção da capacidade cognitiva, talvez até em maior grau do que o simples passar dos anos. Cientistas da Universidade de Pardue, nos Estados Unidos, descobriram que as pessoas que se sentem mais velhas do que realmente são, tem maior disposição a serem pessimistas quanto ao comprometimento do seu funcionamento mental. Isso porque, a idade com a qual a pessoa se identifica reflete aquilo que ela pensa de si mesma, traduzindo tanto aspectos de desenvolvimento, quanto culturais da sua vida. Segundo a pesquisa coordenada por Markus H. Shafer as identidades baseadas em idade, geradas num contexto social, tem forte resultado no bem estar das pessoas. “Abster-se da ‘velhice’ e preservar uma identidade jovem são estratégias compensatórias para neutralizar as mensagens 36 culturais negativas associadas

“Abster-se da ‘velhice’ e preservar uma identidade jovem são estratégias compensatórias para neutralizar as mensagens culturais negativas associadas com o envelhecimento e a percepção de ser mais velhos do que suas idades cronológicas desejadas” com o envelhecimento e a percepção de ser mais velhos do que suas idades cronológicas desejadas”, afirma. Tratam-se de autoilusões positivas, criadas por cada um, que são usadas como uma estratégia para maximizar a felicidade e o engajamento social. A ideia da identidade vem da psicologia, que a define como “conjuntos de significados que as pessoas tem delas mesmas, e definem ‘o que significa’ ser quem elas são”. A cultura dá definições e significado às posições sociais e as pessoas estabelecem esses rótulos e expectativas nelas mesmas e nos outros. Das variadas categorias sociais que as pessoas

derivam suas identidades, a idade é a única que é mais permeável, comparada a categorias como raça e gênero. Para dar suporte ao estudo, os cientistas abordaram diversas outras pesquisas recentes que apontam os benefícios de sentir-se jovem. “São efeitos qualitativos como a facilidade de lidar com doenças e uma satisfação geral da vida, assim como vantagens mais concretas, como redução dos riscos de deficiência, hipertensão e mortalidade”, descreve. De acordo com a pesquisa, disposições negativas sobre as habilidades mentais, de fato comprometem a performance da memória, particularmente nos mais velhos. O estudo surgiu da necessidade de examinar os reflexos da sensação de juventude na mente, em complementação a outras pesquisas que colocavam as condições de saúde e ocupação de papéis sociais como principais determinantes. Ao todo, 496 adultos colaboraram com os estudiosos, sendo todos com idade entre 55 e 74 anos. Para verificar as disposições de envelhecimento cognitivo, os participantes foram solicitados a escolher, numa escala de seis itens, qual refletia suas atitudes


“É inevitável que meu funcionamento intelectual vá declinar conforme eu for ficando mais velho”;

orientados a apontarem as categorias em que se encaixavam entre: idade, raça, sexo, educação, ocupação, condição de empregabilidade, condição conjugal, e situação familiar. Ainda foram usados indicadores de saúde, como saúde física, deficiências e estado emocional. O controle que as pessoas tem das situações em suas vidas também estava entre as características avaliadas, assim como a soma das atividades que demonstram o engajamento social dos envolvidos, sendo jogos com palavras, leituras, cursos e escrita ou uso de computador. Outro ponto que teve a atenção dos cientistas foi a diferença entre os gêneros. A justificativa é que mulheres estão mais propensas aos esteriótipos e são constantemente avaliadas em traços associados à juventude, como beleza física e apelo sexual. Os resultados mostraram que, com relação ao envelhecimento cognitivo, mulheres mais velhas e aquelas com emoções negativas, são mais pessimistas, e aquelas com maior educação e maior senso de controle, tendem a ser mais otimistas. Entre os homens, a pesquisa relata que os que possuem mais saúde, são os mais pessimistas sobre o envelhecimento cognitivo. Os resultados, no entanto,

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diante das mudanças na habilidade de realizar tarefas mentais, conforme envelheciam. Eles incluíam as alternativas: “É inevitável que meu funcionamento intelectual vá declinar conforme eu for ficando mais velho”; “Quanto mais velho eu ficar, mais difícil será pensar com clareza”; “Minha acuidade mental está sujeita ao declínio”; “Eu não me lembro das coisas como me lembrava antes”; “Não há muito que eu possa fazer para impedir que minha mamória desça morro abaixo”; e “Eu só consigo entender instruções depois que alguém me explica”. Quanto mais otimista a resposta, maior era a pontuação. O índice de “sensação de juventude” foi medido subtraindo-se a idade cronológica da resposta à seguinte pergunta: “Muitas pessoas se sentem mais velhas ou mais novas do que elas realmente são. Com que idade você se sente a maior parte do tempo?”. Os resultados em valores negativos são de pessoas que se sentem mais novas, já os resultados positivos são daqueles que se sentem mais velhos. Uma forma adotada pelos cientisas para analisar a sensação de juventude foi incluir, no estudo, variáveis que são conhecidas por influenciar nesse processo. Assim, os participantes foram

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MATÉRIA DE CAPA - Longevidade

tal e a habilidade de memória, também devem ser as principais preocupações entre as mulheres, à medida que elas se sentem envelhecendo”, argumenta.

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“Dormir bem é muito importante. Um bom sono descansa, relaxa e revitaliza todo o organismo. “

não foram capazes de dignosticar diferenças significantes entre homens e mulheres. “Isso sugere que, apesar das avaliações subjetivas da idade parecerem mais intimamente ligadas a avaliações do funcionamento mental entre as mulheres, nós não podemos excluir a possibilidade que esses efeitos são na verdade iguais entre os grupos”, destaca. Os autores do estudo, Shafer e Tatyana Shippee, calculam que, com um número maior de pessoas participando da pesquisa, talvez fosse possível encontrar diferenças entre os gêneros. “Estudiosos tem enfatizado, com razão, que a aparência física e sua presumida deterioração pelo envelhecimento, são preocupações predominantes entre as mulheres americanas; entretanto, a inquietação sobre a competência men-

Outro estudo, realizado por cientistas dinamarqueses e publicado na revista científica British Medical Journal, mostra que pessoas que têm aparência jovem tendem a viver mais. Eles pesquisaram 387 pares de gêmeos entre 70 e 90 anos, e avaliaram, com a ajuda de voluntários, qual aparentava ser mais jovem. Em seguida, todos eles ficaram sob observação por sete anos, sendo verificado, posteriormente, que os tidos como mais jovens viveram mais do que o irmã ou irmão de aparência mais velha. Um componente do DNA chamado telômero também foi identificado como fator determinante do envelhecimento. Os gêmeos que possuíam telômeros de comprimento mais curto envelheceram mais rápido e apresentaram mais doenças. Por outro lado, participantes com telômeros mais longos, eram os que possuíam aparência mais jovem. Coordenado por Kaare Christensen, a pesquisa constatou

que, quanto maior a diferença de idade aparente entre os gêmeos, maior a probabilidade do mais velho morrer primeiro.

Dicas para envelhecer bem e com saúde Sono: Dormir bem é muito importante. Um bom sono descansa, relaxa e revitaliza todo o organismo. Manter hábitos saudáveis: Evite o fumo, as drogas, a bebida em excesso e os ambientes poluídos. São todos prejudiciais a saúde. Também não se auto-medique. Atividade Social: Sabe-se que a convivência social saudável é um ótimo antídoto contra a depressão, solidão e iso-

lamento.

Atividade Intelectual: Manter- se ativo intelectualmente através de jogos leituras, bate-papo e outros, ajuda a preservar a memória.

Boa Alimentação: Procure ter uma alimentação variada, rica em frutas e verduras. Evite, principalmente, gorduras

e doces.

Atividade Físicas: É a recomendação número um da Organização Mundial de Saúde para prevenir os males ligados a terceira idade, ela ajuda a prevenir e controlar a obesidade, diabetes, hipertensão, osteoporose, colesterol alto, doenças do coração, diminuir o consumo de medicamentos, melhorar sua condição física e disposição para as atividades diárias e evitar o estresse, a depressão e o isolamento.


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HIV: inimigo silencioso 40

O HIV pode estar bem mais perto do que se imagina, carregado por um soropositivo que ainda não apresenta os sintomas, em um alicate de unha mal esterilizado, ou numa seringa compartilhada. Por isso, manter a guarda contra o vírus, independente de sexo ou idade, é medida de sobrevivência.

divulgação de programas contra a Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) diminuiu ao longo dos anos, e atualmente grande parte das pessoas veem a doença como algo distante. No entanto, o vírus HIV permanece em circulação e, para prevenir o contágio, é preciso eliminar o preconceito e partir para a ação. Isso porque, hoje não se considera mais a existência de grupos de risco, pois o vírus passou a se espalhar sem distinção. O alerta deve ser permanente e geral, já que o número de heterossexuais infectados por HIV tem aumentado proporcionalmente com a epidemia nos últimos anos, principalmente entre mulheres. A Aids é uma doença que compromete as células de defesa do corpo infectado, deixando o organismo mais vulnerável, de forma que, mesmo quando o portador adquire um simples resfriado, o tratamento é mais difícil e a doença pode progredir para um quadro mais grave. Por ser uma doença sexualmente transmissível, a forma mais comum de contágio da Aids é ter relações sexuais com a pessoa infectada. Vale lembrar que essa é uma doença traiçoeira, já que, em muitos casos, o soropositivo vive anos sem apresentar sintomas. Por isso, é sempre importante fazer o teste e protegerse em todas as situações. Usar a camisinha evita não só o HIV, mas também outras doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis e a gonorréia. Outra forma de contágio ocorre pelo contato direto com sangue contaminado, que pode ocorrer com o compartilhamento de agulhas para injeção de drogas ou transfusões de sangue. Além disso, uma mãe portadora do HIV pode passar para o filho durante a gestação, parto ou amamentação. Mas as chances de transmissão


Sintomas

A Aids não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Mas os sintomas iniciais geralmente são semelhantes e comuns a outras doenças. Os mais comuns são gripe persistente, perda de peso, diminuição da força física, febre intermitente (a pessoa fica febril e melhora, e febril novamente com muita frequência), dores musculares, suores noturnos e diarreia. Não há cura para a doença, mas o portador pode viver como uma pessoa saudável se seguir o tratamento médico corretamente. Atualmente, existem remédios antirretrovirais, que inibem a reprodução do HIV no sangue. O controle do avanço da doença também faz parte do tratamento, e é feito por meio de testes realizados regularmente. O paciente deve, ainda, ter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente.

Riscos

A exposição a situações de risco pode gerar preocupação, mas é muito comum as pessoas esperarem os sintomas aparecerem, para só então iniciarem um tratamento. Esse é um erro que deve ser evitado, pois o surgimento dos sintomas indica que a infecção pelo HIV já está em fase avançada e o quadro será revertido mais dificilmente. Toda relação sem preservativo é arriscada, em espe-

cial se for com um soropositivo. Se isso acontecer, após três meses, deve-se fazer o teste antiHIV. Os riscos aumentam com relação anal receptiva, durante o período menstrual ou com a presença de outra doença sexualmente transmissível. O sexo anal sem camisinha é uma prática considerada de alto risco, sendo que o parceiro passivo é o que fica mais exposto. Isso porque, o reto e o ânus são órgãos com intensa irrigação sangüínea e sem lubrificação própria. Por essa razão, o sexo anal uma fonte de fácil transmissão de doenças por via sangüínea, como hepatite e Aids. Sabendo disso, nessas relações é ainda mais importante o uso do preservativo. É recomendável usar também um gel à base de água, a fim de evitar um rompimento do preservativo devido ao atrito da camisinha com o ânus. A transmissão não ocorre somente quando há ejaculação. Apesar de o vírus da Aids estar mais presente no esperma, há, também, a pos-

“Não há cura para a doença, mas o portador pode viver como uma pessoa saudável se seguir o tratamento médico corretamente” sibilidade de infecção pela secreção expelida antes da ejaculação ou pela secreção da vagina, por exemplo. O risco aumenta quando há feridas nos órgãos genitais, que facilitam o contato do sangue com secreções. Objetos cortantes como aparelhos de barbear, brincos, alicates e piercings, se compartilhados, também podem transmitir o vírus. Há formas de contato físico, no entanto, que não trazem risco. Uma delas é a masturbação, que só pode ser perigosa se houver troca de sangue, sêmen ou secreção. No caso do sexo oral, o risco relacionado existe somente se quem pratica possui algum ferimento na boca. Apesar de o vírus estar presente na saliva do portador, essa secreção possui substâncias capazes de neutralizar o HIV, o que explica porque práticas como beijar na boca, fumar o mesmo cigarro e tomar água no mesmo copo, não oferecem riscos.

NOVOS HÁBITOS

podem ser reduzidas. Para isso, a grávida precisa fazer o exame de Aids e sífilis o quanto antes, e seguir o tratamento e as orientações médicas corretamente, além de não amamentar o bebê.

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Medicina Urologia

10 mitos e verdades sobre a

vasectomia

A

vasectomia é um método contraceptivo, recomendado pelos urologistas quando o assunto envolve planejamento familiar. Porém, ainda é um tópico que desperta medos reais em muitos homens, por causa de mitos e desinformação, como o receio da impotência sexual após a cirurgia.

NOVOS HÁBITOS

verdade

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1. A cirur-

gia é muito simples. Sim, a vasectomia é um procedimento simples, principalmente quando se compara com o ligamento das trompas realizado nas mulheres. Nos homens, o cirurgião irá cortar os canais deferentes, que são os dois canais que transportam o esperma dos testículos para a uretra. As duas extremidades são seccionadas e, então amarradas. Com a interrupção dos dutos deferentes, o sêmen fica sem espermatozóides.

verdade

Para superar esses temores, o melhor remédio é buscar esclarecimentos que desmistifiquem a vasectomia. Quem nos ajuda nessa reportagem sobre o tema é o doutor em urologuia Oskar Kaufmann, que elaborou uma lista com 10 itens que relatam os principais mitos que o público masculino tem sobre o assunto.

2. A va-

sectomia significa a esterilização definitiva do homem. Em termos, porque existe possibilidade de reversão. As opções de controle de natalidade para as mulheres são grandes. Elas podem escolher entre pílulas, emplastros, injeções, DIU, entre vários outros métodos. Porém, além do preservativo, a vasectomia é o procedimento da medicina moderna que chegou mais próximo da eficiência na contracepção masculina. É uma cirurgia que tende a ter resultados definitivos, mas que, em função da evolução da técnica cirúrgica, pode ser revertida.

mito

3. Homens sub-

metidos a esse tipo de tratamento perderão a sua masculinidade. Essa afirmação não é realidade, porque não existe nenhuma relação entre a vasectomia e a potência e/ou performance sexual do indivíduo. A vasectomia não causa impotência sexual.


homem não ejacula mais e, por isso, mito perde a libido. Isso é um mito. O homem continuará a ejacular, mas o líquido seminal não conterá mais espermatozóides. Ainda hoje, esse é um dos principais mitos relacionados à vasectomia, pois dizem que os homens submetidos a esse tipo de tratamento perderão a sua masculinidade ou diminuirão a libido. O homem precisa saber que grande parte do liquido seminal ejaculado vem das vesículas seminais e não dos ductos deferentes. Ou seja, praticamente não ocorrerá mudança na quantidade de liquido ejaculado. Nào existe relação entre vasectomia e diminuição da libido

mito

5.A vasectomia é irreversível.

A vasectomia é considerada uma forma permanente de método contraceptivo, porém alguns homens optam por revertê-la. Essa reversão é realizada por meio de um procedimento conhecido como vasovasostomia, que terá mais chances de sucesso se realizada até 10 anos após a cirurgia. Nos Estados Unidos, aproximadamente 600 mil homens fazem vasectomia a cada ano e 5% deles retornam em busca de uma vasovasostomia. As razões por trás dessa mudança de idéia variam, mas são comuns em casos de novo casamento, morte de um filho ou melhora da situação financeira.

verdade

6.A vasectomia só é realiza-

da quando envolve o planejamento familiar. O perfil ideal para a realização da vasectomia são homens que já têm família constituída e não pretendem mais ter filhos.

verdade

7.

A vasectomia só é indicada para homens férteis acima dos 30 anos. Via de regra a vasectomia pode ser realizada por homens férteis, geralmente com idade acima dos trinta anos, que já possuem família constituída (de preferência, dois ou mais filhos), tendo como objetivo o planejamento familiar, em acordo com as suas companheiras.

mito

8.Após fazer a vasectomia, vou sen-

tir dores no pênis ao transar. Após o procedimento, geralmente é comum o comentário da percepção de que “foi mexido”, principalmente na região escrotal, mas que não chega a configurar dor. E no momento de uma relação sexual não haverá nenhum tipo de dor peniana, prevalecendo a sensação habitual de prazer.

9.

A vasectomia é igual a um processo de castramento e o órgão sexual masculino é mutilado. Isso é um mito. A vasectomia é uma operação que se faz geralmente com anestesia local, onde são feitos dois cortes muito pequenos no escroto (e não no pênis), que são no final fechados com pontos. Portanto, não existe a menor relação entre dor no pênis e vasectomia. Como o pênis não participa do procedimento, ou seja, a cirurgia não envolve esse órgão, não há risco de qualquer tipo de mutilação.

mito

mito

10.Após a vasectomia, o órgão se-

xual diminui de tamanho. Isso é outro receio infundado. O pênis não participa desse processo cirúrgico, por isso não ocorre nenhum corte que possa causar mutilação e muito menos qualquer alteração no tamanho ou na sensibilidade do órgão sexual masculino.

Oskar Kaufmann

é Médico urologista e especialista em cirurgia robótica. Graduado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com doutorado pela Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina - Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado em Endourologia, Laparoscopia e Cirurgia Robótica pela Universidade da Califórnia - Irvine. É membro da Sociedade Brasileira de Urologia, American Urological Association e Endourological Society. Integra o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital do Homem. Possui mais de 40 trabalhos publicados em veículos científicos nacionais e internacionais.

NOVOS HÁBITOS

4.Após a cirurgia de vasectomia, o

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Tecnologia

Websites revolucionam a

relação entre médicos e pacientes

O cidadão moderno está cada vez mais exigente. Decide com firmeza na hora de adquirir um produto ou serviço. Conhece muito mais sobre tudo aquilo que está envolvido e, quando o assunto é saúde, a história não é diferente. O paciente não chega mais ao consultório através do velho guia do plano médico. Hoje, ele tem todas as informações que procura a um simples clique.

D

NOVOS HÁBITOS

efinitivamente a internet revolucionou a relação entre médicos e pacientes. Além de ser o novo “cartão de visitas” e uma ótima maneira para conquistar novos pacientes, um simples site pode trazer informações bastante relevantes aos usuários. De acordo com uma pesquisa realizada, entre 2005 e 2007, pela CETIC Brasil (Comitê Gestor da Internet no Brasil), estima-se que 54% dos internautas procuraram dados sobre saúde na rede. Para Gabriel Tonegutti, sóciodiretor da Online Fácil - empresa de desenvolvimento e publicação de websites – este é apenas um exemplo da transformação que está ocorrendo na sociedade. “Os 46 pacientes buscam cada vez mais

a participação no processo de tratamento. Em função disso, muitos de nossos clientes (médicos e dentistas) têm disponibilizado informações online, garantindo que essas pessoas tenham acesso a dados corretos sobre as questões que procuram na rede”, completa. Tonegutti explica ainda que a plataforma da Online Fácil disponibiliza aos profissionais da saúde mais do que informações básicas online, como mapa do endereço, mini currículo e área de especialização. “Nosso sistema também possibilita acrescentar uma área reservada para consulta de exames médicos e receituários online, uma loja virtual para compras de remédios e aparelhos e todos os depoimentos de pacientes e parceiros

em versão online”. Outra referência importante que pode ser adicionada ao site do profissional, de acordo com o diretor, é a estrutura do consultório, que pode ser apresentada através de fotos e vídeos. Um ambiente bem estruturado ajuda a transmitir mais confiança aos pacientes e internautas. Além disso, é de extrema importância conter o endereço do consultório e os telefones de contato, fazendo o paciente sentir-se mais à vontade para contatar o serviço por telefone se achar necessário. O Dr. Gustavo Fraga é um exemplo prático de sucesso na internet. Responsável pelo site da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT), desenvolvido pela On


BONS HÁBITOS santes, dicas, gráficos, etc. Além de ser considerada uma ferramenta muito importante para o relacionamento e atualização dos profissionais, os sites têm sido um instrumento importantíssimo para o desenvolvimento da sociedade. Com a disseminação da tecnologia, aparentemente qualquer um é capaz de criar um site na internet. Mas existem alguns pequenos detalhes que, se não tiverem a devida atenção, podem ser esquecidos. Imagine por exemplo, um paciente deficiente visual ou motor que precisa navegar na página do seu consultório. Saiba que se o seu site não for adaptado aos padrões internacionais, você provavelmente perderá esse paciente. Os princípios da W3C (organização que regulamenta os padrões internacional de codificação de site), adotados pela Online Fácil, não deixam isso acontecer. “Todas as plataformas

são desenvolvidas para serem adaptados em diferentes navegadores de internet - Safári, Ópera, Internet Explorer, Firefox e funcionarem em diversas linguagens”, explica Gabriel Tonegutti.

Sobre a Online Fácil

Formada por profissionais nascidos e criados na Era Digital, a Online Fácil é uma empresa de desenvolvimento e publicação de sistemas inteligentes para websites que, desde 1999, aproveita os recursos tecnológicos e as novas necessidades de um mercado, em constante transformação, para impulsionar empresas em direção ao sucesso. Seu principal produto é o Sistema Fácil, uma plataforma de gerenciamento de conteúdo, que permite ao usuário leigo em tecnologia, a publicação de projetos sofisticados, que unem a liberdade de criação dos designers com a funcionalida-

de dos programadores, abolindo o velho conceito de hospedagem de websites e trazendo a ideia de interatividade, sem programação. Através da adoção da plataforma Online Fácil, os clientes poderão aumentar e melhorar sua divulgação no ambiente web, gerenciar e automatizar processos administrativos, desenvolver novos serviços online e facilitar os processos de vendas, sempre com segurança e confiabilidade que a Online Fácil proporciona.

Interação Sem Programação

A Online Fácil conseguiu aliar a liberdade de criação dos designers com a funcionalidade dos programadores, numa plataforma simples e rápida de navegar. Através do Sistema Fácil é possível personalizar sites pessoais, portais para empresas comerciais, indústrias, prestadoras de serviços, organizações governamentais, sem a necessidade de conhecimentos em programação (HTML, PHP, MYSQL, CSS, Javascript, FTP, etc). A Online Fácil disponibiliza aproximadamente 20 modelos, que representam o esqueleto do website. O protótipo escolhido é completamente personalizado de acordo com as características de identidade visual da sua empresa. Todos os modelos são ligados ao Administre Fácil, que permite a atualização do conteúdo do site a qualquer momento.

Alguns Clientes na área de Saúde http://www.tbsmedtrab.com.br DR. FLAVIO MAULER http://www.sbait.org.br Vice Presidente: Dr. Gustavo Fraga http://www.odontoramos.com.br Dr. Jorge Ramos SERVIÇO: Online Fácil Rua Orlando Fagnani, 461 – Nova Campinas – Campinas (SP) (19) 3256-2569 / 3368-2569 http://www.onlinefacil.com.br Ella Comunicação Rua Engenheiro César, 106 Santana – São Paulo (SP) (19) 3256-2569

NOVOS HÁBITOS

line Fácil, o médico explica que o site mudou muito a rotina dos associados. “A ferramenta ajuda muito no dia a dia dos cirurgiões, pois acaba trazendo informações relevantes como reportagens, divulgação de eventos, entrevistas, etc.”, completa. Com o excesso de informação, o conteúdo especializado – missão e valores da empresa, reportagens, artigos, etc - ganhou destaque e maior exigência de elaboração e qualidade técnica. As características essenciais de um bom texto corporativo necessariamente pela clareza da comunicação e da informação a ser transmitida. Portanto, além do trabalho dos profissionais de tecnologia - responsáveis por colocar o site no ar dentro dos corretos padrões - existem profissionais especializados para colocar um “consultório online” em evidência. A credibilidade é uma das características indispensáveis para ter um site de qualidade. Para isso, a Online Fácil, por exemplo, firmou uma parceria com a agência Ella Comunicação, especializada em produção de conteúdos especializados e assessoria de imprensa. “Essa parceria é muito significativa para nós, pois além de um site funcional, muitos de nossos clientes buscam fortalecer sua marca através do conteúdo de qualidade”, explica Gabriel Tonegutti. Atualmente, manter um site para médicos na internet é de importância semelhante à de uma empresa que mantenha seu endereço eletrônico no ar. Ou seja, ter uma página na internet não é mais um luxo para as grandes corporações, e sim uma necessidade para qualquer profissional que queira sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo. Por isso, se você quer dar visibilidade e credibilidade ao seu negócio, não perca tempo: entre para a era digital e tenha uma filial do seu consultório funcionando 24 horas por dia. O diretor da Online Fácil lembra que, ao adotar o Sistema Fácil, qualquer profissional poderá atualizar seu site com vídeos informativos, artigos interes-

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Esporte e saúde

Entre no ringue Boxe sem violência, para ter um corpo em forma e aliviar a tensão.

E

quilíbrio e concentração são habilidades cada vez mais valorizadas atualmente, em especial quando podem ser aproveitadas no trabalho, ou mesmo no dia-a-dia. Imagine agora desenvolver essas capacidades e ainda adquirir resistência, força, agilidade e auto-confiança, cuidando, ao mesmo tempo, da sua saúde em uma atividade que ajuda a aliviar as tensões. Essa é a proposta do boxe, um esporte que, apesar da fama de violento, hoje ultrapassa a barreira do preconceito e conquista cada vez mais adeptos entre homens e mulheres. Lutador de boxe há 26 anos e hoje trainador no Clube Atlético Campinas, Luis Fernando Caetano Silva conquistou seu sonho

mente arrancar sangue do outro para lutar boxe. Podem ocorrer lesões, mas como qualquer outro esporte”, afirma. O treinador frisa que o confronto corpo-a-corpo só ocorre se o aluno quiser e com orientação.”A pessoa só entra no ringue quando quer e está preparado pelo técnico. Quando o treinador coloca você em combate, ele te dá instruções para não machucar”, explica. Por trabalhar toda a musculatura corporal e definir o corpo, o boxe tem sido procurado também para fins estéticos, principalmente pelas mulheres. “Deixou de ser um esporte somente masculino há muitos anos. Hoje, inclusive, o boxe feminino se tornou olímpico”, observa Caetano.

NOVOS HÁBITOS

“Quando o treinador coloca você em combate, ele te dá instruções para não machucar”

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ao se tornar boxeador e hoje se considera realizado por poder ensinar tudo o que sabe. Para ele, o primeiro ponto a ser esclarecido àqueles que ainda tem medo do esporte, é de que não se trata de uma prática vilenta. “É um esporte de luta, como qualquer outro. Não precisa necessaria-

Para quem busca perder gordura na parte abdominal, o boxe é um grande aliado. Além dos exercícios aeróbicos praticados nos treinamentos (corrida e pular corda), o praticante fortalece a musculatura do abdômen, que é usada para dar equilíbrio e, principalmente, nos momentos de de-

fesa. “Tudo concentra dentro do abdômen. Tudo sai do abdômen. Até para receber o golpe tem que contrair o abdômen”, comenta o técnico. Outro benefício é a resistência física, adquirida também por meio do trabalho de respiração. “Quando a pessoa recebe um golpe, ela tem que segurar a respiração, porque se ela solta, fica sem reação, e todo o trabalho de condicionamento físico vai embora”, acrescenta. Também treinador de boxe no Clube Atlético, Adenir de Jesus Machado, 32 anos, iniciou no boxe aos 18 anos e hoje vive do esporte. “Recomendo para todas as pessoas, qualquer um pode, desde que acompanhado de um técnico profissional. O boxe ajuda no condicionamento físico, na agilidade de pensamento e na coordenação motora”, destaca. O treinador garante que não há violência e que o condicionamento físico proporcionado aos praticantes é incomparável. “As pessoas precisam diferenciar quem é prtaticante e quem é competidor. Para o praticante, não há risco de lesões. Além de fortalecer os músculos e dar resitstência, dá para usar como defesa pessoal”, diz. Adenir ainda explica que o


História

O início do boxe no Brasil foi acompanhado de preconceito, sendo associado à marginalidade e às classes mais humildes. O esporte foi trazido por marinheiros europeus aportados em Santos e no Rio de Janeiro no final do século XIX. Naquela época, a luta mais conhecida era a capoeira, e por isso todas as práticas semelhantes eram tidas como marginais. O primeiro grande entusiasta do boxe foi o atleta Luis Sucupira, médico de conceituada família que ajudou a difundir o esporte e atenuar o preconceito no início do século XX. Ele ficou conhecido como Apolo Brasileiro. Em 1919 o marinheiro carioca Goes Neto iniciou uma série de exibições no Rio de Janeiro, recebendo o apoio de membros do governo, o que facilitou a difusão do esporte. Entre 1920 e 1921 o boxe foi regulamentado e ganhou comissões municipais em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Com a chegada dos filmes de lutas internacionais, o esporte ganhou mais um impulso, atraindo os jovens em busca de enriquecimento através do boxe. Considerado um grande lutador, Benedito dos Santos, conhecido como “Ditão”, virou a estrela dos ringues nacionais, até que sua violenta derrota nos anos 20, que lhe causou um derrame cerebral. Desde então, teve início uma campanha contra o boxe, tornando-o novamente um esporte marginal. No entanto, passados poucos anos, a proibição foi revogada e

o boxe brasileiro voltou a crescer. No período que se seguiu, entre os vários lutadores de destaque, o maior ídolo foi o peso leve Italo Hugo, o Menino de Ouro. Nos anos 30, houve a criação das federações de boxe, que deram condições de os boxeadores profissionais brasileiros disputarem oficialmente títulos internacionais, e os amadores poderem participar de torneios e campeonatos internacionais. A história seguiu até os dias atuais com grandes estrelas e campeões nacionais e internacionais. Mais recentemente, o Brasil teve dois grandes nomes no esporte: Adislon “Maguila” Rodrigues e Acelino de Freitas, o Popó. Maguila estreou como profissional em 1983 e surgiu como fenômeno através da TV Bandeirantes, que investiu no esporte transformando-o em espetáculo de massa. Ele proporcionou altos índices de audiência na emissora. Chegou a ganhar lutas importantes no cenário internacional, porém, após falhar em duas grandes lutas e perder forma física, ficou sem patrocínio e foi obrigado a sair dos ringues. Popó apareceu no final dos anos noventa, patrocinado pela Rede Globo de televisão. Ele chegou ao título de campeão mundial pelo WBO (Organização Mundial do Boxe), mas hoje não atua mais no esporte. Atualmente, dois brasileiros figuram no ranking da WBO, Fernando Ferreira da Silva, que compete pela categoria Leve e Laudelino Barros, que representa os Pesados.

Treinamento

A prática do boxe exige que o aluno esteja preparado fisicamente, por isso, são atividades básicas em todo treinamento do esporte, exercícios de condicionamento físico, como corda e corrida, além de exercícios para fortalecimento das pernas, quadril, abdômen, costas, ombros e braços. Já o treino técnico envolve o uso de aparelhos como o saco, pêra, teto-solo e punching ball, e o treino com o técnico envolvendo escolinha e sparring. O treino de sombra é quando o aluno executa os golpes lutando contra um adversário imaginário e geralmente é praticado em frente a um espelho. Ele serve para melhorar o jogo de perna, velocidade de golpe, equilíbrio, técnica e condicionamento. Quanto aos aparelhos são quatro os principais: saco, punching ball, teto-solo e pêra. O saco é usado para melhorar as combinações de golpes, ao mesmo tempo que aumenta o condicionamento físico e a força. Para aprimorar a coordenação motora, o aparelho indicado é o punching ball, um saco pequeno que se movimenta em alta velocidade, exigindo do aluno agilidade e atenção. Já o teto-solo tem esse nome porque fica preso no teto e no chão, de forma que, quando empurrado, volta na direção do aluno, obrigando que ele desvie ou dê outro golpe. Esse equipamento melhora o tempo de golpe.

NOVOS HÁBITOS

boxe é considerado o esporte mais completo para luta em pé. “Prova disso é que todos os lutadores de vale tudo - esporte que permite soco, queda, chão e chute - treinam boxe, porque é de mais alto nível. Não existe outro esporte tão perfeito em termos de trocar soco em pé”, complementa

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Esporte e saúde

A pêra é um saco menor e, quando atingida por um soco, movimenta-se para frente e para trás, ou em círculos. Serve para trabalhar a defesa. Depois de utilizar os aparelhos, o aluno treina com a ajuda do professor. No treino escolinha, são praticadas sequências de golpes e movimentação, enquanto o técnico orienta, utilizando manoplas. Após aprimorar as técnicas, o aluno inicia o sparring, que funciona como um combate, no entanto, sem golpes fortes. É o primeiro contato com o boxe propriamente. Nesse treino, o aluno divide o ringue com um parceiro e há troca de golpes. Porém, a força é controlada e o intuito é apenas que o aluno use tudo o que aprendeu nos treinos, de forma a se preparar para uma competição.

Um treino diário de boxe inicia sempre com aquecimento e alongamento. Só então o aluno começa a fazer os treinos técnicos, como o sombra, seguido por trabalho no saco pesado, pêra, punching ball ou teto-solo. E por fim, são executados os exercícios de condicionamento, abdominais, flexões e barra fixa. As aulas de boxe na academia do Clube Atlético de Campinas ocorrem às segundas, quartas e sexta-feiras, das 9 às 20h30. Podem participar pessoas de ambos os sexos, de 13 anos em diante, ou “até a idade que a condição física permita”, de acordo com o professor Caetano. O valor da mensalidade é de R$ 30, sendo que no primeiro mês, o valor é R$ 60, correspondente à matrícula mais a primeira mensalidade.

O Clube Atlético de Campinas fica na Rua Doutor Ricardo, 621, Centro, Campinas, telefone (19) 3233-4446. Para entrar em contato com o Caetano, que também é personal boxe, o interessado pode ligar no (19) 9742-4442.

Assista O filme “Menina de Ouro” conta a história de uma jovem determinada, que deseja iniciar uma carreira no boxe, levando seu treinador a mudar a forma como enxerga o esporte. O filme foi vencedor de 4 Oscars em 2005, como Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, e melhor ator coadjuvante.

NOVOS HÁBITOS

Menina de Ouro

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titulo original: Million Dollar Baby lançamento: 2004 (EUA) direção: Clint Eastwood atores: Clint Eastwood, Hilary Swank, Morgan Freeman, Jay Baruchel e Mike Colter duração: 137 min gênero: Drama

Entenda

o esporte

O boxe é dividido em profissional e amador.

Boxe Profissional

Os boxeadores profissionais são aqueles que competem por prêmios em dinheiro. As luvas nessa modalidade são de oito onças (227 gramas) até a categoria Meio Médio (66,678 Kg) e dez onças (284 gramas), para as demais categorias. As duas primeiras lutas tem duração máxima de seis assaltos e a partir da terceira luta podem haver combates com duração de quatro, seis, oito ou dez assaltos.

Categorias do Boxe Profissional Categoria - Limite de peso Palha - 47,627 Kg Mosca-ligeiro - 48,988 Kg Mosca - 50,802 Kg Super-mosca - 52,163 Kg Galo - 53,524 Kg Ssuper-galo - 55,338 Kg Pena - 57,153 Kg Super-pena - 58,967 Kg Leve - 61,235 Kg Meio-médio ligeiro - 63,503 Kg Meio-médio - 66,678 Kg Médio-ligeiro - 69,853 Kg Médio - 72,575 Kg. Super-médio - 76,364 Kg Meio-pesado - 79,379 Kg Cruzador - 90,719 Kg Pesado - acima de 90,719 Kg

Boxe Amador

O boxe amador tem regras diferenciadas, além do uso obrigatório de capacete de proteção e camiseta regata. Há ainda diferentes classes de peso e limite de idade. As luvas de combates, são nas cores azul e vermelha, de dez onças (284g), exceto na categoria infantil que utiliza luvas de 12 onças (341g). Na classe Adulto Masculino, os combates são realizados em três assaltos de três minutos, com um minuto de intervalo entre eles. Na classe Adulto Feminino, os combates tem quatro assaltos de dois minutos, com um minuto de intervalo entre eles.


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Vinho e Saúde

da África do Sul Os vinhos sul-africanos serão o tema dessa edição. Aproveitando que é ano de copa do mundo, falaremos deste país que vem conquistando o mundo com seus vinhos de grande beleza e personalidade. Incorporados e com álcool bastante presente, como um bom vinho do novo mundo, a bebida nesse país possui características particulares, ligadas à história das regiões onde é produzida. Uma dica válida é baixar a temperatura, para que o álcool não fique tão forte na taça e usar um decante para aproveitar o sabor ao máximo. Aproveite esta leitura para se dar de presente a oportunidade a novas experiências e de viajar pela áfrica e seus vinhos maravilhosos.

História

NOVOS HÁBITOS

Em 1652 a Companhia das Índias Ocidentais instalou um posto de apoio no cabo da Boa Esperança. A partir de 1659 começou-se a produzir vinho na região, a partir de uvas locais. Em 1688 Huguenotes franceses católicos fugindo da perseguição religiosa se estabeleceram no Cabo contribuindo para o desenvolvimento da vinicultura. A região de Franshoek foi seu núcleo de situação. Durante o século 18 os vinhos de Constantia adquiriram reputação internacional, comercializados pela Companhia em leilões na Holanda e rivalizando com os saborosos vinhos europeus. 56 Por volta de 1950 produtores

locais foram influenciados por técnicas enológicas alemãs e italianas, e os líderes fundaram em 1955 o Instituto de Pesquisas em Viticultura e Enologia, hoje conhecido como Nietvoorbij. A partir de 1970 novas diretrizes de qualidade resultaram em conversão de vinhedos e no desenvolvimento das regiões costeiras (Coastal) mais frescas e na utilização de variedades mais nobres. Daí em diante, novas tecnologias de vinhedos e caves passaram a produzir vinhos cada vez mais qualificados e de classe internacional. Hoje, uma entusiasmada legião de jovens vinicultores desenvolvem sua herança tirando vantagem de seu terroir único para produzir vinhos vencedores em competições internacionais e exportandoos para mais de 80 países.

Pinotage: a uva emblemática

Em 1925 um viticultor sulafricano cruzou Pinot Noir com a Hermitage (Cinsault), daí nascendo uma nova variedade: a Pinotage. Essa uva é genuinamente sul-africana, sendo festejada mundialmente por seus vinhos marcadamente ricos e especiais. Mais de 20% dos vinhos tintos sul-africanos são produzidos com ela. Latitude e clima influenciam na cultura da uva e caso não existam as condições ideais, é difícil prosperar, mesmo quando se usam métodos de cultivo modernos. No entanto, o fato é que há vinhedos

na África do Sul e África do Norte, beneficiada pelo clima mediterrânico, sem falar de vinho no resto deste vasto continente.

Norte de África

Havia uma produção de vinho de prosperidade em países do Norte Africano, a maior parte sendo exportada para a França, antes deles conquistarem sua independência. Desde então, adegas e vinhas que detinham um terço da produção no mundoe na década de 1950, entraram em colapso e a produção diminuiu para quase uma sombra do que era anteriormente. Houve algumas tentativas de recuperar a antiga glória, aproveitando-se das condições climáticas e vinhas maduras. Entretanto, a influência muçulmana, que proíbe o consumo do álcool pesa fortemente sobre as vendas no Norte da África e, à exceção de alguns estabelecimentos turísticos, a única saída para o vinho dessa região está na exportação.


África do Sul

Pelos padrões internacionais, África do Sul é um pequeno produtor: apenas 1,5% das plantações mundiais; pouco mais de 105.000 hectares (260.000 acres). Mas os últimos anos viram um crescimento significativo, com mais de 140 milhões de litros exportados por ano, de 830 milhões de litros produzidos. Apesar de novas na cena internacional, as vinícolas da África do Sul tem sido cultivadas por 350 anos, desde a chegada dos colonizadores holandeses. Com 60 denominações, a região tem menos de uma dezena de grandes regiões.

ção religiosa ocorrida na França. Trouxeram toda a cultura de vitivinicultura e se estabeleceram definitivamente nessa região onde podemos encontrar basicamente as variedades francesas. Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Pinot Noir e Shiraz.

Paarl

A histórica cidade de Paarl fica no fértil vale do rio Berg, aos pés das montanhas Paarl. Está localizada numa região de clima mediterrâneo com verões longos e quentes e índice pluviométrico de aproximadamente 650 mm por ano. A irrigação é utilizada em escala limitada. A produção nessa região vai desde os brancos secos, passando por portos style, kosher e espumantes até licores e brandies. Todos os produtos são reconhecidos internacionalmente por sua qualidade.

Stellenbosh

A pitoresca cidade de Stellenbosh foi fundada em 1679 pelo Governador Simon van der Stel.

Constantia

Constantia foi a primeira “fazenda” dedicada ao cultivo de uvas. Em 1659 a África do Sul começou a produzir vinho por Jan van Riebeeck, comandante da primeira companhia militar da Holanda. Hoje essa área está divida em cinco propriedades: Klein Constantia, Groot Constantia, Buitenverwachting, Constantia Uitsig e Steenberg.

Franschoek

Franschoek está situada em um vale verde, rodeado por uma cadeia de montanhas de onde o rio Berg corre. A cidade foi fundada por Huguenots franceses que chegaram ao Cabo por volta de 1688 após a persegui-

É a região com o maior numero de produtores (300), entre eles os mais famosos. Com um clima mediterrâneo e índice pluviométrico entre 600 - 800 mm por ano e solos de vários tipos, é um local ideal para o cultivo de variedades nobres. A cidade também é sede da Stellenbosch University com mais de 14.000 estudantes que é a única do país a ter departamentos dedicados à viticultura e enologia.

Swartland

Swartland, literalmente terra negra, tem esse nome em alusão à vegetação de folhas negras que aparece no verão. Antigamente era uma região de cultivo de milho. Os silos de grãos são mais comuns que os tanques de aço para produção de vinhos. Seu sucesso é recente. Produz vinhos de extrema concentração de cor e de frutas e de excelente custo-benefício.


Pipoca

: a c i t í r C

l e v í s s o P o h n o S m U

Lançado no Brasil em março, o drama esportivo Um Sonho Possível chega ao país com um Oscar, de melhor atriz com Sandra Bullock, além de ter sido indicado a melhor filme

O

filme adapta um pedaço do livro The Blind Side que conta a história de Michael Oher, um jovem pobre que é acolhido por Leigh Anne e sua família e consegue se tornar um jogador de futebol americano profissional. Um Sonho Possível segue a fórmula de sucesso de vários dramas esportivos: ator/atriz famosa + esporte popular + história de superação. Soma-se a essa fórmula o fato de ser uma história real de Michael Oher, que hoje joga no Baltimore Ravens, time de futebol americano da NFL (Liga Norte-Americana de Futebol Americano). Por já ter visto vários filmes do gênero, sei que é complicado fugir do comum, obter um resultado original. Em Um Sonho Possível, Leigh Anne (Bullock) acolhe Michael em sua casa. O garoto é conhecido como Big Mike por ser muito alto e forte, e logo entra para o time de futebol-americano. Leigh confronta o preconceito de suas amigas enquanto o jeito simples e quieto de Michael conquista toda a família. Ele entra no time de futebol americano do colégio, mas tem dificuldade de assimilar os objetivos do jogo, assim como as matérias de suas aulas. A família de Leigh o ajuda a se sentir a vontade e chegar aos objetivos. A fórmula funciona em Um Sonho Possível, embora o resultado possa ser considerado clichê. É um filme regular, com uma história bonita e inspiradora de como Michael saiu da vida praticamente aca-

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Curiosidades

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bada para ter uma chance de brilhar. É uma história real, porém já vista antes nos cinemas. É o típico filme norte-americano, que gosta de contar histórias dos “underdogs”, aqueles pouco afortunados que sucedem na vida. Isso explica o estrondoso sucesso de bilheteria. Conta com uma boa direção de John Lee Hancock, um elenco coadjuvante regular e um roteiro direto. Liderado por uma performance emocionante e reveladora de Sandra Bullock, Um Sonho Possível é o filme “feelgood” do ano. Não é um grande filme, e muito menos merecedor da indicação ao Oscar na principal categoria (um exagero da Academia), mas sucede em fazer o público se emocionar e se sentir bem. do site euamocinema.com.br.

• O título em inglês é The Blind Side, que significa o lado cego. Este é um termo usado no futebol americano que caracteriza o lado cego do quarter-back (um tipo de armador do time) quando o mesmo está com a bola na mão. • Sandra Bullock levou o Oscar de melhor atriz por este filme • Julia Roberts rejeitou o papel de Leigh Anne Tuohy. • É o filme mais rentável protagonizado por uma mulher (o recorde que era de Pretty Woman, protagonizado por Julia Roberts). • Sandra Bullock recebeu um cachê de U$ 5 milhões. Um Sonho Possível. Título Original: The Blind Side | País: EUA | Gênero: Drama | Estúdio: Warner Bros. | Direção: John Lee Hancock Elenco: Sandra Bullock, Tim McGraw, Quinton Aaron, Kathy Bates, Jay Head, Lilly Collins | Duração: 128 min. Classificação: 10 anos | Ano de Lançamento: 2009


s o v i t r o p s e des dramas

1. Rocky – Um Lutador

O filme conta a história de Rocky (Stallone), um boxeador da Filadélfia que nunca teve chance no esporte e se vê na contingência de exercer um trabalho paralelo como capanga de um agiota, mas que tem sua vida transformada ao receber do campeão peso-pesado Apollo Creed (Carl Weathers) ou Apollo Doutrinador (BR) a oportunidade de disputar o título máximo do boxe. Cenas inesquecíveis, trilha sonora marcante e trama emocionante. É o único filme da série que foca no homem Rocky e não na luta. Um clássico vencedor de três Oscar, incluindo melhor filme e melhor diretor.

2. Touro Indomável

O filme conta a vida desregrada de Jake LaMotta, um filho de imigrantes italianos, que se torna pugilista da categoria peso-médio e era conhecido como “o touro do Bronx”. Considerado por muitos o melhor filme de Martin Scorsese, a melhor atuação de Robert DeNiro e o melhor filme dos anos 80. A cena inicial com Jake LaMotta saltitando no ringue é simplesmente inesquecível.

3. Menina de Ouro

Leia sobre esse bom filme ná página 52.

4.O Lutador

Randy Robinson (Mickey Rourke) é um lutador que, após um combate, sofre um infarto. Ele é informado de que pode morrer caso volte a lutar, o que faz com que busque um emprego em uma loja de mantimentos. Paralelamente ele tenta manter um relacionamento com Cassidy (Marisa Tomei), uma stripper. Ele também tenta se reaproximar de sua filha, que abandonou ainda criança. Diante da proposta de enfrentar seu grande ex-rival, Randy tem que pensar nos riscos de saúde que sofre e a chance de recuperar sua dignidade O Lutador foca na história triste de Randy em uma interpretação arrebatadora de Mickey Rourke. Ao mesmo tempo, o filme consegue mostrar que o mundo “teatral” da luta livre é bem mais difícil do que imaginávamos.

5.Campo dos Sonhos

Ray Kinsella e a esposa se conheceram quando estudavam nos tumultuados anos 60, e, quando se casaram, continuaram fiéis as idéias de vida simples e liberdade que tinham e resolveram comprar uma fazenda em Iowa, tornando-se agricultores. Mais tarde, já com uma filha criança, a calmaria na vida de Ray termina quando ele, ao estar sozinho em sua plantação de milho, ouve uma estranha voz que lhe diz que “se construir, ele virá” (“If you build it, he will come”). Mais tarde Ray tem uma visão de um campo de beisebol iluminado. Então ele descobre que a construção de que a voz fala é um campo de beisebol. A mistura de fantasia e beisebol funciona muito bem em Campo dos Sonhos, que conta com um Kevin Costner no auge de sua carreira.

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n a r G : 0 1 Top

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Pipoca

s o v i t r o p s e s a m a r d s e d n a r G : 0 1 p

To

6.Carruagens de Fogo

Em 1924, dois atletas britânicos competem entre si nas Olimpíadas de Verão. Um deles é um missionário devoto que corre em nome de Deus. O outro é um estudante judeu que corre para ser famoso e escapar de preconceitos. Muita gente pode não se lembrar deste belo filme, mas tenho certeza que todos (eu digo TODOS) conhecem o tema musical, que hoje é um hino do esporte.

7. Desafio à corrupção

Fast Eddy (Paul Newman) é um jovem jogador de sinuca, que desafia o lendário Minnesota Fats (Jackie Gleason), um dos principais jogadores de sua época, para um duelo, sonhando ser o maior de todos. Um filme com o jovem Paul Newman como um jogador de sinuca não pode ser ruim. Newman viria a ganhar seu único Oscar de melhor ator por A Cor Do Dinheiro, seqüência de Desafio à Corrupção dirigida por Martin Scorsese.

8.Luta pela Esperança

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Jim Braddock (Russell Crowe) era considerado um prodígio do boxe, mas foi obrigado a se aposentar prematuramente devido a uma série de derrotas no ringue. Com os Estados Unidos em meio à Grande Depressão, Jim aceita viver de bicos para poder sustentar sua esposa, Mae (Renée Zellweger), e os filhos, até que a oportunidade de voltar aos ringues bate em sua porta. Dirigido milimetricamente pon Ron Howard, Luta Pela Esperança conta com muita qualidade a 54 história real de Jim Braddock. 60

9. Seabiscuit

Alma de Herói

Charles Howard é um milionário que ganhou um cavalo de pequeno porte e indisciplinado, chamado Seabiscuit, que nunca teve grande destaque nas corridas. Howard decide treiná-lo de forma a torná-lo competitivo, contratando para tanto o jóquei Red Pollard e o treinador Tom Smith, conhecido no meio por sua capacidade de se comunicar com cavalos. Juntos eles conseguem transformar Seabiscuit no cavalo do ano em 1938, durante a Grande Depressão, chamando a atenção da população estadunidense para sua história de sucesso. Mais uma vez, é a história do underdog que supera as expectativas e se torna um vencedor. Ótimo elenco com Tobey Maguire, Jeff Bridges, Chris Cooper, Elizabeth Banks e William H. Macy.

10. Duelo de Titãs

Baseado em fatos reais, o filme narra uma história de integração racial no início dos anos 1970, em Virginia. O técnico do time de futebol americano é substituído por um técnico afroamericano, gerando desconforto entre os jogadores racistas. Mas a força de vontade do técnico tentará fazer unir os jogadores de ambas as raças para um objetivo maior: superar as diferenças e vencer o campeonato. É um filme que envolve o espectador a torcer pelos Titans em sua caminhada. Um ótimo Denzel Washington (como sempre).

Rauny Rocha,

colaborador do site euamocinema.com.br, especial para Revista Novos Hábitos.



Novos Horizontes

Receita

para uma escola

solidária

Jonas Donizette

U

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ma multidão invisível, que conta-se aos milhares mas, dispersa na imensidão de nove milhões de crianças e adolescentes que estudam nas pré-escolas e nas redes de ensino fundamental e médio de São Paulo, parece uma gota no oceano. Alunos que apresentam problemas crônicos de saúde são minoria, mas além da dignidade que merecem como cidadãos em formação, eles precisam de cuidados de saúde sistemáticos e qualificados. Infelizmente, nem sempre isso vem 62 ocorrendo, principalmente nas es-

colas particulares de nosso País. Para piorar a situação, não há números precisos no Brasil sobre quantas crianças e adolescentes sofrem desses males. Mas, segundo estimativas divulgadas na 10ª Conferência Nacional de Saúde, ocorrida já no longínquo ano de 1996, 7,8 em cada mil crianças e adolescentes de 7 a 15 anos no Brasil teriam diabetes, que é talvez a mais visível de todas essas ameaças crônicas para a nossa população jovem. Ora, se a situação não se agravou – e especialistas brasileiros apontam justamente para a piora nos indicadores–, o Estado de São Paulo tem algo como mais de 50 mil alunos diabéticos. A cada 2 minutos e 18 segundos uma pessoa contrai o mal em nossa terra, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). O número é maior, se considerarmos as crianças e adolescentes portadoras de insuficiência renal, de insuficiência cardíaca, de alergias graves, de asma, de epilepsia,

de hemofilia, além de tantas outras enfermidades que exigem cuidados constantes e diários. Todos nós conhecemos as moléstias enumeradas, as características e os cuidados que elas requerem. Mas, apenas para ilustrar, é bom lembrar que o portador de diabetes, por exemplo, precisa diariamente controlar sua glicemia, receber insulina ou, eventualmente, em quadros hipoglicêmicos, receber glicose. Casos de hiper ou hipoglicemia, na falta de assistência habilitada, podem evoluir para o coma, com possíveis danos cerebrais ou, até mesmo, para a morte. Vale ainda registrar sucintamente que também são imprescindíveis a atenção e os cuidados para com os portadores de asma nas crises respiratórias; para com os portadores de alergias, na eclosão de um quadro alérgico agudo; para com os hemofílicos, ao sofrerem lesões externas ou internas com sangramento; para com os epiléticos, durante a ocorrência de convulsão e nos necessários cuidados subseqüentes, além de tantas outras especificidades inerentes aos portadores dos males crônicos. Nesse contexto, crianças e adolescentes que precisam de cuidados cotidianos não podem perder seus direitos fundamentais de participar do processo educacional, mas isso tem ocorrido. O drama vivenciado há poucos meses pelo

“O Estado de São Paulo tem algo como mais de 50 mil alunos diabéticos.”


manutenção de um profissional de saúde em estabelecimentos de ensino. Essa é uma bandeira da qual me orgulho e envidarei meus esforços no sentido de torná-la lei em nosso Estado de São Paulo. Será certamente uma extensa jornada. Já observei problemas de interpretação em minha proposta. Pensam que estou reivindicando um médico para cada escola, mas não é isso. O que o projeto determina é a necessidade de um profissional de saúde, alguém com a habilitação necessária para lidar com situações típicas de pessoas que necessitam de cuidados sistemáticos de saúde. Poderá ser um técnico de enfermagem, por exemplo. O projeto de lei, certamente, será rotulado de “inviável”, mas todas as inovações na área dos direitos sociais passaram pelos mesmos obstáculos. Se voltarmos muito no passado, podemos lembrar os críticos da abolição da escravatura afirmando que o Brasil iria falir se acabassem com a escravidão. Aquela vergonha

terminou, e o Brasil não só se tornou um país melhor em termos morais como mais próspero ainda. Há pouco tempo, dizia-se que a criação de um programa de saúde pública de atendimento aos infectados por HIV por parte do Ministério da Saúde seria economicamente inviável. Não era, e nosso País se tornou uma referência mundial nesse segmento. Nem preciso, porém, citar exemplos alheios. Em 2003, apresentei o projeto de lei 1.211, que tornava obrigatório o exame da orelhinha em crianças recémnascidas. A iniciativa chegou a ser vetada pelo Executivo em 2005, por meio de argumentos técnicos. A mobilização da sociedade civil e dos meus colegas parlamentares conseguiu superar as objeções e a proposta tornou-se a lei 12.522, de 2 de janeiro de 2007, promulgada pela Alesp. Desde então, todas as crianças de nosso Estado podem usufruir desse direito. Nosso mundo já foi e é brindado por personalidades brilhantes, como o cantor e compositor Milton Nascimento, diabético, o gênio das letras Machado de Assis, epilético, o extraordinário cartunista Henfil, hemofílico, o inventor norte-americano Thomas Edison, diabético, entre tantos outros que fizeram e fazem de nosso mundo um lugar melhor para se viver. Devemos esse compromisso de incluir essas crianças portadoras de males crônicos a eles, mas também a tantos outros que, em uma medida menos grandiosa, ajudam, com seus gestos, falas e intenções, no advento de uma humanidade mais sublime. * Jonas Donizette é deputado estadual e líder da bancada do PSB na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

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escritor Walcyr Carrasco ilustra a situação, que vai ganhando, com o agravamento da diabetes infantojuvenil em nosso País, proporções cada vez maiores. Ele vivenciou dois desgostos, um causado pela adversidade da vida, ao descobrir que sua sobrinha de cinco anos tinha diabetes. O outro foi motivado pela insensibilidade alheia, pois a direção da escola onde a menina estudava, na cidade de Paulínia, que começou mostrando receptividade e até chegou a ministrar insulina, mudou de posição. Os pais foram chamados e a instituição, apoiada em parecer de um advogado, comunicou que não era obrigada a prestar aqueles cuidados, inviabilizando a continuidade da menina no estabelecimento de ensino. A situação vivenciada por ele não é um caso isolado. Mais escolas pelo Brasil afora não têm aceitado a matrícula de crianças portadoras de diabetes, assim como excluem as que nelas já estejam matriculadas por causa dos cuidados extras que elas necessitam. Na cidade de Bauru, no mês de agosto, o caso de uma criança de 2 anos, portadora de cardiopatia, comoveu a cidade, pois ela foi rejeitada por um estabelecimento de ensino particular em função de seus problemas de saúde. Entendo que os estabelecimentos de ensino, em virtude do novo Código Civil, tenham a preocupação de, ao aplicar cuidados de saúde em uma determinada criança, temam ser responsabilizados pelo fato, caso surja alguma complicação. As crianças, porém, têm o direito à educação e isso precisa ser resolvido. Meu projeto tem o propósito de legitimar a ação de saúde no estabelecimento de ensino e garantir às crianças e suas famílias o acesso à formação intelectual. Por esses motivos, enviei à Assembléia Legislativa um projeto de lei que torna obrigatória a

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NOVOS Hテ。ITOS

Caipira de Minas

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Para Pensar

N

A

crise é internacional

unca vou esquecer do garotinho apavorado que saiu às pressas da sessão de psicoterapia interrompida por sua mãe, aflita na recepção. Ele gritava “- mamãe, mamãe o Collor vai pegar todo o nosso dinheiro?” A mãe parecia partilhar

da mesma dúvida do filho e nada respondia. Saiu arrastando-o pela mão, apenas frisando que precisavam ir ao banco imediatamente. Pois é, não bastasse as crianças terem de lidar com o bichopapão, o lobo mal, as bruxas, a

Cuca e tantos outros vilões que aterrorizam mas que fazem parte da infância e, inclusive, são benéficos ao desenvolvimento psíquico delas, agora é a situação político-econômica quem assombra a todos, não só as crianças!

Crise econômica, momento delicado, fase de nervosismo, desaceleração da economia, recessão, desvalorização do Real, fuga de capitais, baixo crescimento econômico, incerteza, desemprego, férias coletivas, renegociação salarial, extensão da crise... são os novos vocabulários que invadem os lares e alcançam nossa crianças através da imprensa, viram assunto na hora do jantar e motivo de pesadelos.

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E será mergulhados nesse clima de crise econômica que alimentaremos e educaremos nossos filhos por um bom tempo. As reações são as mais diversas, desde famílias completamente alarmadas (pessimistas ou realistas?) até outras em compasso de espera e de avaliação da situação (ponderadas ou alienadas?). Anda tênue a linha divisória entre assuntos de adultos e de crianças. A preocupação é generalizada e atinge todas as faixas etárias: é como se estivéssemos todos com medo do bicho-papão e esse sentimento pode despertar nossa criança dentro, levando-nos de volta ao tempo em que nos sentíamos desprotegidos diante dos perigos e acreditávamos que nossos pais-heróis e outros adul66 tos protetores da infância nos

ajudariam a enfrentar nossos monstros. Ninguém gosta de restrições. Não somos preparados para momentos de crise e sacrifícios. O imperativo da vida moderna parece ser “consuma, goze, acumule bens materiais, tenha poder e garanta sucesso“. Criamos nossos filhos cada vez mais distraídos do vazio interior inerente a todo ser humano: game-boy, videogame, Ipod, MP5, Internet, jogos virtuais, aparelho celular, câmera digital, medicação para todo mal-estar etc. dão-nos a impressão de que não estamos sós, de que temos tudo a qualquer hora, que o mundo vem a nós via delivery, que a comunicação, cada vez mais rápida, nos livrará da angústia de esperar, de ficar no não saber...

A crise mundial parece andar na contramão de tudo isso, obrigando-nos a esperar, ponderar, economizar, retroceder, frustar, perder...Enfim se ela serve para alguma coisa, que seja para nos ensinar que somos todos vulneráveis e que ninguém está seguro ou imune às adversidades mundanas. Quem sabe, depois de atravessado esse pedaço difícil da história global, não seremos pessoas mais conscientes de nossa falibilidade e mais empenhadas com o bem-estar pessoal, coletivo e, mesmo, mundial? Cláudia Costa Moreira

Psícologa, psicoterapeuta e supervisora clínica. Especialista em Psicologia Clínica pelo Conselho Regional de Psicologia –SP.


QUALIDADE E ALTA TECNOLOGIA Av. Barão de Itapura, 2324 Taquaral - Campinas / SP (19) 3242-5026 Fone/Fax: (19) 3243-0643 Av. Barão de Itapura, 2340 Taquaral - Campinas / SP Setor Administrativo Rua Emílio Ribas, 1325 Cambuí - Campinas / SP (19) 3327-0630 / (19) 3327-0631 Av. Júlia Vasconcelos Buffarah, 1251 Centro - Sumaré / SP (19) 3883-5699 / (19) 3903-4080

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