Revista Olha! - 5ª edição

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Cult O ex-prefeito e apaixonado por Caruaru, Anastácio Rodrigues, luta pela preservação da memória local Escrachado A preocupação com a cultura anda meio distante da realidade dos jovens Comigo foi assim A capacidade de acreditar nos sonhos fez João do Pife alçar voos inimagináveis NÚmero 5 aNo o edição 5 maio 2013

issN 2317-1995

r$ 4,90

AlysOn dyeGO COlOCOu CARuARu nO seu FutuRO

EDIÇÃO

ESPECIAL ANIVERSÁRIO DE CARUARU

EntrEVistão: nos 156 anos Do aniVErsÁrio Da ciDaDE taMbÉM conhEciDa por princEsinha Do aGrEstE, o historiaDor JosuÉ EusÉbio fala Da caruaru antEs Da chEGaDa DE JosÉ roDriGuEs DE JEsus E Dos priMEiros inDÍcios DE ciViliZação, QuE Mais tarDE DEraM oriGEM a Mais DEsEnVolViDa ciDaDE Do intErior Do EstaDo

a minha caruaru Sob os olhos de quem enxerga as oportunidades Da educação ao futuro profissional de sucesso Nesta data especial, a comemoração é de todos




listão

46 maio 2013 edição 5

Frases de impacto Para inspirar o leitor, a cada abertura de seção a Revista Olha! interage com fras

olha! nossa capa foto Priscila Fontinele MODELO da capa alyson matos foto das aberturas de seção Priscila Fontinele crianças MODELO das aberturas de seção Maria Luiza Silva Juliana Gomes Alexandre Gomes

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14 A minha Caruaru Ao longo desses 156 anos de existência, muitas situações colaboraram para que Caruaru chegasse a ocupar posição de destaque. Veja como a cidade é vista pelos jovens nas áreas de educação, cultura e infraestrutura

34 Entrevistão O historiador e grande conhecedor do passado da cidade, Josué Eusébio, fala um pouco sobre a Caruaru do século XVII, esclarecendo algumas dúvidas sobre o processo da Fazenda que deu origem a uma das maiores cidades do interior do Estado

22 Cidade do futuro A economia cresce e aumenta também a população jovem da cidade. Conheça a expectativa para o futuro dos jovens que estão se preparando para ganhar o mercado profissional

38 Escrachado A estudante de Design, Glenny Lorrayne externa sua opinião sobre a desvalorização da cultura local por parte do poder público

Eu mesmo

30 Eu sou O estudante Anderson Arruda divide o tempo entre a faculdade, a gerência de Marketing em uma empresa e ainda encontra fôlego para se dedicar ao desenvolvimento de projeto próprio

Os outros

40 Deu/Não Deu Ainda não há previsão para término da crise entre professores municipais e prefeitura de Caruaru. Saiba a opinião dos estudantes sobre o fato


Olha! No seu bolso Para acessar sua Olha! pelo celular: 1. Abra o leitor QR Code em seu celular; 2. Foque o código com a câmera; 3. Clique em Ler Código para acessar o conteúdo. Não tem leitor? Para baixar o leitor acesse www.i-nigma.mobi

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ses de impacto de escritores brasileiros.

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46 Comigo foi assim No início, apenas a vontade de mudar para uma cidade que pudesse oferecer melhores condições. Em seguida, a determinação fez João do Pife alçar voos inimagináveis, como se apresentar em quase todo o Brasil e também no exterior

50 Cult O ex-prefeito Anastácio Rodrigues aniversaria no mesmo mês em que Caruaru, terra que ele ama e defende como legítimo patriota. Quatro décadas após ter deixado a administração municipal Anastácio continua popular e permanece lutando pela preservação da história desta terra. Para ele, a cidade precisa ser olhada de forma diferente

Fora do ar

44 Bastidores Em diversas escolas do país, o Dia do Índio é vivenciado com pinturas no rosto e brincadeiras folclóricas. No Colégio Sagrado Coração, os alunos tiveram a oportunidade de aprofundar o conhecimento, tendo contato com índios da tribo Fulni-ô , natural de Águas Belas, Agreste do Estado

Ser, ter e escolher

52 Consumão Não é de hoje que as novidades tecnológicas encabeçam as listas de consumo das pessoas. E, o novo lançamento da Apple, o iPad 4, vem com força total. Após sete meses do seu lançamento, a marca já colocou no mercado o iPad 4 e tirou de linha o irmão mais velho. 54 Campanha O livro “O Homem Que Não Queria Ser Papa”, de Andreas Englisch, está entre as nossas sugestões de leitura. Veja também outras indicações 58 Fim


mente aberta seguidores na rede

nossos

“Foi num belo dia de verão. Que eu perdi meu coração. Foi numa cidade do sertão. Que guardo na recordação. Caruaru, Caruaru. A princesinha do norte és tu.”

Dalva de Oliveira

Uma cidade que se destaca no interior de Pernambuco pela sua grandeza, riqueza cultural e desenvolvimento econômico. É assim que a maiorias das pessoas enxerga Caruaru, uma cidade que se mostra muito além para os que alimentam uma espécie de amor sem explicação por essas terras cultivadas por José Rodrigues de Jesus. As pessoas que aqui vivem, ou chegam por algum motivo específico, logo se sentem em casa e fazem questão de exaltar o mais puro sentimento de expectativas para o futuro. O desenvolvimento educacional chegou como uma avalanche no País de Caruaru, assim denominado por um dos gênios da literatura popular, Nelson Barbalho, que dedicou parte da sua obra para relatar sobre a Caruaru que lhe encantava. Álvaro Lins, Austregésio de Athayde, os irmãos Condé, filhos ilustres que ajudaram a difundir a terra que mais tarde viria a se tornar polo educacional do Interior do Estado. Um desenvolvimento que começou tímido e hoje concentra faculdades, universidades e muitas oportunidades para quem vem em busca de especialização e um lugar ao sol. Nesta quinta edição da Revista Olha! procuramos trazer para você, leitor, um pouco de tudo que é visto como identidade de Caruaru, desde a população, passando pelo desenvolvimento, cultura, sem esquecer um pouco sobre a história. Nesses 156 anos de elevação a categoria de cidade, o que mais encanta os moradores, segundo a maioria dos jovens, é a grandiosidade

SIGA-nOS TAMBÉM:

Fabielly Duarte A Olha! é uma proposta inovadora e estimulante no mercado. Fiquei feliz ao ver um material de qualidade com foco em educação (tema essencial), com linguagem jovem e atrativa. Acho que faltava isso em nossa região, porque estamos cansados de mais do mesmo. Acho muito bacana como a revista estimula o jovem a buscar o autoconhecimento para se posicionar de forma mais segura na sociedade, no mercado de trabalho e na vida. A equipe está de parabéns! via facebook

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do município que não perde suas características interioranas. Porém, muito ainda precisa ser aprimorado, seja na infraestrutura ou na melhoria da prestação de serviços básicos para atender de forma digna a expectativa das pessoas. Na arte, cultura e música, percussores de todo esse legado, hoje admirado por quase todo o mundo, servem de inspiração para a nova geração. Mestre Vitalino, Onildo Almeida, Luiza Maciel... Nomes que ganharam destaque, pela humildade e talento, como João do Pife, que conta um pouco da sua trajetória de artista e cidadão caruaruense. Falando de política, sem esquecer dos fatos históricos que merecem ser lembrados e preservados, o ex-prefeito e apaixonado por Caruaru, Anastácio Rodrigues, diz que é necessário progredir e preservar a história. E ainda aproveita para criticar a atuação de alguns políticos para com seu verdadeiro papel social. Na história, buscamos um pouco do conhecimento do historiador Josué Eusébio, que apresenta a Caruaru pouco conhecida. A Fazenda do século XVII, que mais tarde conquistou as condições necessárias para ser povoada, a partir da sensibilidade de José Rodrigues de Jesus. Nas páginas seguintes, prestamos uma singela homenagem ao aniversário de Caruaru, emancipada politicamente há 120 anos. Boa leitura! Robson Meriéverto​n - editor

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Eduardo Bruce Bem legal o conteúdo! Parabéns para toda equipe da Olha! via facebook

Clarice Xavier Chegou o que faltava em Caruaru: uma revista de educação! Parabéns a todos que fazem a Olha! via facebook

Aline Mirelly É impossível olhar e não ler a Revista Olha! Pioneira no Agreste, veio para suprir a carência no mercado. O conteúdo e projeto gráfico merecem nota 1.0000. via facebook

Sandra Silva Cada edição me surpreende mais. Sou muito crítica e observadora, mas, confesso, que a linha editorial e gráfica da Olha! me encanta a cada edição. Parabéns a toda equipe. via facebook Andressa Aguiar Gosto muito do perfil da revista, jovem, atual, com temas interessantes e abordados de uma forma fácil e prazerosa de ler, sem contar com o visual da revista que é muito atraente. via facebook Elessandra Melo Parabenizo a todos que fazem a Revista Olha! não só por nos proporcionarem uma revista com conteúdo de qualidade, mas também pela forma com que tratam os assuntos. Além da diversidade de matérias, falam de economia e empreendedorismo de uma forma diferenciada. O que torna a leitura mais leve e atrativa. via facebook

Adrielmo Moura Já tive a oportunidade de ler a revista e ela é muito boa e com matérias muito interesses de assuntos gerais, como da nossa região! via facebook Ana Karina Moretti Achei bacana a proposta da revista, de trazer assuntos diversos, seja de nossa região ou não, numa linguagem clara, objetiva. É mais uma opção de vc ficar informado sobre saúde, lazer, cultura, entretenimento, notícias... De fato é pra vc Olhar! Depois ler e absorver! Parabéns aos idealizadores e colaboradores! Recomendarei! via facebook


Professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (Fafica), 67 anos, também se destaca como mestre em História e pesquisador da história de municípios da região Agreste. Ao longo dos anos de pesquisas e trabalhos, o limoeirense de nascimento descobriu uma verdadeira paixão por Caruaru, que motivou a edição de trabalhos que evidenciam a história da cidade.

Eusébio,

Josué

João do Pife começou a aprender

as primeiras notas musicais aos 10 anos. A roça e as novenas foram o cenário para o nascimento de um artista popular que já viajou o Brasil e 24 países do mundo tocando o instrumento de fé dos trovadores. Os sonhos são o combustível de sua existência. Da vida ele quer apenas uma coisa: ter seu talento reconhecido em Caruaru.

Anastácio Rodrigues,

85 anos, bacharel em direito, foi diretor de Educação e Cultura, vereador e prefeito de Caruaru. Atualmente, é presidente do Instituto Histórico da cidade, idealizado por ele próprio no intuito de resgatar e preservar a memória da Capital do Agreste, pela qual é um eterno apaixonado. Em seu currículo de administrador público, destaque para obras de relevância em Caruaru.

Everton Arruda Essa revista é super interessante! Parabéns a todos que fazem a Olha! e pelos ótimos conteúdos que nos fornecem a cada edição. via facebook

Edinho Moreira Parabéns pela ousadia! É sempre bom contar com algo de bom gosto e de excelente qualidade. O mercado agradece! via facebook

Lidia Vilaça Uma super revista para Caruaru, de fato o que estava faltando! via facebook

Cintia Santana Tava faltando algo assim na região. Algo descolado, jovem e criativo. Olha! Vocês estão de parabéns! via facebook

Ailton Moura Gente! Parabéns! Nossa região estava precisando de uma revista assim, jovem, que trate de assuntos atuais. Os temas abordados pela revista são assunto nas rodas de conversas de jovens como, por exemplo: tatuagem e piercing até onde podem prejudicar você no trabalho, um assunto que divide opiniões e que deixa muitas dúvidas.Uma revista de leitura rápida e agradável. Sucesso a todos vocês da revista. via facebook

Anderson Correia Conheço a Revista Olha! há pouco tempo, porém neste pouco tempo que conheço, não há uma matéria que leia que não ache interessante. A revista é perfeita para todos os gostos, suas matérias sempre deixam aquele gostinho de “não vejo a hora da próxima edição sair”. Se tivesse que descrever a Revista Olha! em uma única palavra, a palavra seria... Perfeita. Parabéns! via facebook

colaboradores

Robson Góes

, 38 anos, é carioca, mas escolheu Caruaru como lugar para viver. É economista, mestre em Economia Internacional pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, professor universitário do curso de Relações Internacionais da Faculdade Asces. Góes também responde pela coordenação do curso de Administração da Universidade de Pernambuco - UPE Campus Caruaru.

Antônio André Leal Magalhães Parabenizo a equipe da revista Olha! pelo excelente tema da 4ª edição, afinal, vivemos em um país de jovens empreendedores que cada vez mais conquistam seu espaço no mercado de trabalho, com idéias criativas e inovadoras. via facebook Carlos Junior Fernandes Editores da revista, uma sugestão de matéria seria sobre jovens empreendedores: o que fazem, aonde se destacam, aonde trabalham, o diferencial deles no mercado de trabalho, coisas do tipo. Adoraria participar dessa matéria junto a outras profissões. via facebook Christoph Farias Essa semana tive a oportunidade de ver a Revista Olha! e gostei muito da forma em que ela aborda os temas do nosso cotidiano, com uma linguagem bem simples e objetiva. E que nos traz conhecimento de qualidade. Parabéns a todos que fazem a Revista Olha! e muito sucesso. via facebook



se liga Intercâmbio Estudantes da rede pública de ensino de Pernambuco contam com outra oportunidade para estudar no exterior. O Brasil é um dos países que atualmente recebem recursos do Departamento de Estado Americano para o programa Oportunidades Acadêmicas (Opportunity Funds) para incentivar o ingresso desses estudantes em universidades dos Estados Unidos. Para se inscrever no programa é necessário além do preenchimento do formulário e envio da documentação solicitada, que o estudante comprove proficiência em inglês, através de uma avaliação feita na ABA para os estudantes da RMR e por telefone ou Skype para os alunos do interior que solicitarem uma dessas modalidades de avaliação. O formulário está disponível no site www.educationusa.org. br e deve ser enviado com os documentos solicitados para o e-mail oportunidades academicas2013@gmail. com.

Os alunos tiveram oportunidade de conhecer plataformas da TV Digital

jornada tecnológica

Tecnologia é debatida na Fafica Cerca de 200 pessoas participaram dessa que foi a sexta edição do evento Com a proposta de discutir as “Tendências e Novas Visões no Universo Mobile”, a Fafica realizou a sexta edição da Jornada Tecnológica. O objetivo principal do evento foi disseminar o conhecimento tecnológico no meio acadêmico, bem como motivar jovens, alunos, pesquisadores e profissionais liberais a desenvolver novos talentos, utilizando a criatividade. Na abertura do evento, que se estendeu entre os dias 22 e 26 de abril, foram realizadas três palestras. A primeira, ministrada pelo Engenheiro de Sistemas do C.E.S.A.R, Aécio Costa, que levantou a temática envolvendo o Google TV. O palestrante apresentou várias plataformas de desenvolvimento para a TV Digital e para o próprio Google TV. Na sequência, o doutor em Engenharia de Software, Eduardo Oliveira abordou o tema “Aprender a desaprender para reaprender: inovações e reflexões sobre práticas educacionais”. A última palestra discutiu a aplicação da Inteligência Artificial no mundo mobile, sendo proferida pela mestranda em Inte-

fotos: divulgação

ligência Computacional pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Renatha Accioly. Sobre o evento, o coordenador dos cursos de Tecnologia da Fafica, Rodrigo Lopes, avalia como sendo bastante positivo para o aprendizado dos alunos. “O evento foi um grande sucesso. Pelos comentários que os alunos nos trazem, as palestras foram altamente produtivas. Na semana do evento foram apresentadas novas tecnologias e alguns conceitos novos”. Segundo informações dos organizadores, por noite, mais de 200 alunos participaram das discussões e demais atividades realizadas no evento. Antes das palestras, os participantes ficaram sabendo um pouco mais sobre a parceria entre o C.E.S.A.R e a Fafica, na troca de conhecimentos importantes para a região. A nível Caruaru, Lopes destaca a importância do evento por receber palestrantes de grande relevância para os temas abordados ao logo da realização do evento. “É uma honra para nós receber profissionais altamente qualificados”, ressalta Lopes.

Censo Escolar O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou o cronograma para coleta das informações que vão compor o Censo Escolar da Educação Básica de 2013. A pesquisa será feita por meio de questionários na internet em todo o território nacional.

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se liga

Inteligência multifocal. O Colégio Atual de Caruaru recebeu o médico, psiquiatra e escritor Augusto Cury em uma palestra voltada para os diretores, coordenadores, professores, pais e estudantes do Colégio. Com o tema“Inteligência Multifocal”, o autor prendeu a atenção dos participantes que saíram de lá mais esclarecidos sobre o conteúdo discutido. “O objetivo do evento, além da troca de experiência com os nossos colaboradores, pais e estudantes, é o de divulgar o congresso “Educa Garanhuns” promovido pelo Grupo Luna e pelo Colégio Atual de Caruaru e que ocorrerá nos dias 3 e 4 de maio de 2013 na Cidade das Flores”, comenta Paladino, diretor do Atual Caruaru. Augusto Cury foi considerado pelo jornal Folha de São Paulo o autor brasileiro mais lido da década. Atualmente é publicado em mais de 50 países. Autor de 30 livros entre eles “Pais Brilhantes”, “Professores Fascinantes” e “Inteligência Multifocal”, tema da palestra. Seus livros já venderam mais de 10 milhões de exemplares somente no Brasil.

Cury é autor de 30 livros, que, juntos, venderam mais de 10 milhões de cópias

fotos: divulgação


futuro

Prêmio sugere pesquisa entre os jovens talentos

para se inscrever basta ter menos de 40 anos e estar devidamente matriculado em uma instituição de ensino

A partir do dia 6 de maio até 30 de agosto estão abertas as inscrições para o Prêmio Jovem Cientista, realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho, Gerdal e General Eletric. O prêmio tem como objetivo promover a pesquisa, revelar talentos e investir em jovens pesquisadores. Para participar é preciso ter menos de 40 anos e estar ligado a instituição de ensino. As categorias são estudantes de ensino médio - que inclui estudantes de ensino técnico e profissionalizante -, estudantes de ensino superior e mestre ou doutor. Os prêmios vão de R$ 15 mil a R$ 30 mil para a categoria de mestre e doutor e de R$ 10 mil a R$ 15 mil para nível superior. No ensino médio, os três primeiros lugares recebem laptops. Os vencedores também são contemplados com bolsas de estudo do CNPq, além da publicação dos trabalhos. Vestibular A Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip/DeVry) está com inscrições abertas para um novo vestibular. Serão 200 vagas no periodo da tarde e noite para os cinco novos cursos de Design de Moda, Design de Interiores, Produção do Vestuário, Gestão Ambiental e Gestão Hospitalar e mais 100 vagas para expandir para o turno da tarde nos cursos de Enfermagem e Arquitetura e Urbanismo. As inscrições custam R$ 75 e podem ser feitas até o dia 15 de maio, por meio da site da Favip (www.favip.edu. br) ou da Covest (www. covest.com.br). As provas serão aplicadas no dia 19 de maio, no Campus I da instituição, das 8h às 12h.

Tênis O Colégio Antenor Simões realizou a II edição da Copa Antenor de Tênis de Mesa. O evento aconteceu no último dia 20 de abril e reuniu mais de 40 atletas na quadra Poliesportiva da escola. Para o auxiliar de Coordenação de Esportes, Edivaldo Arnaldo, a Copa Tênis de Mesa tem grande importância para o cenário do esportivo e pedagógico na cidade, pois reúne alunos de diversas outras escolas com o objetivo de interagir e trocar experiências na forma de treinar. Na modalidade, Caruaru tem destaque com Allan Moreira, Clayton Barros, Willian França e Rafael Pimenta, que já trouxeram o título de campeão pernambucano e brasileiro de Tênis de Mesa.

Oportunidade A partir de maio, 26 docentes cubanos iniciarão pesquisas e estudos com bolsas em universidades públicas brasileiras. O resultado dos selecionados nas modalidades doutorado-sanduíche e de pós-doutorado, em todas as áreas de conhecimento. A iniciativa faz parte do programa de cooperação internacional do ministério de educação superior de Cuba com a Capes, o Capes-MES Cuba. Em sua terceira edição, a parceria visa elevar a qualificação de professores universitários, pesquisadores, profissionais e graduados do ensino superior de Cuba e fomentar a troca de experiência acadêmica.


eu


“Caruaru, do meu Bom Jesus do Monte Pra quem vive tão distante por força do destino Ai Caruaru, do meu tempo de menino Ainda me lembro das festanças da Matriz Das noitadas de retreta e do velho chafariz Dos roletes de cana-caiana, cocada de coco, amendoim Da corridas, das bolas de gude Dos banhos de açude que não saem de mim Da Rua Preta o Farrapo, Lagoa da Ponte e o Vassoural Das noites de São João, quadrilhas, Natal e Carnaval Caruaru, das serestas e das canções, da rua 10 de novembro E de tantas tradições.” Azulão

mesmo


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EDIÇÃO

ESPECIAL ANIVERSÁRIO DE CARUARU

HOMENAGEADA EM VERSOS E PROSAS, POESIAS E CANÇÕES, PINTURAS E DECLARAÇÕES RASGADAS DE AMOR, CARUARU, TAMBÉM CONHECIDA COMO A PRINCESINHA DO AGRESTE, NESTE 18 DE MAIO FAZ IDADE NOVA. AO LONGO DESSES 156 ANOS DE EXISTÊNCIA, MUITAS SITUAÇÕES COLABORARAM PARA QUE ELA CHEGASSE A OCUPAR UMA POSIÇÃO

MINHACARUARU

m declarações de amor DE DESTAQUE PERANTE OUTROS MUNICÍPIOS DA REGIÃO. SEJA PELAS OPORTUNIDADES, AMBIENTE SATISFATÓRIO PARA SE VIVER OU MESMO POR OUTROS MOTIVOS NEM SEMPRE EXALTADOS, CARUARU TAMBÉM É APAIXONANTE, NA VISÃO DE SEUS MORADORES. PORÉM, LONGE DE OSTENTAR O TÍTULO DE CIDADE PERFEITA, NÃO ESTÁ ISENTA ÀS CRITICAS E SUGESTÕES DE MELHORIAS. A CARUARU QUE É MINHA, SUA E DE TODOS SERÁ MOTE DE DISCUSSÃO A PARTIR DE AGORA, EM CRÍTICAS, DECLARAÇÕES E EXPERIÊNCIAS INOVADORAS.


especial

ANOSSACARUA

também é apaixonant A Caruaru do jovem Alyson dyego, 19 anos, é cheia de oportunidades. natural de Canhotinho, a Capital do Agreste já faz parte da sua vida há quase três anos. “A ideia de adotar Caruaru como moradia apareceu quando pensei em correr atrás de algum curso superior. seja pela proximidade da minha cidade natal, ou pela gama de oportunidades, Caruaru foi a minha primeira opção”, diz o jovem que cursa o 5º período de direito na Faculdade Asces. O encantamento para com a terra de Vitalino vai muito além das oportunidades educacionais. “Por aqui a estrutura para se iniciar uma carreira profissional é de grande relevância, até porque, pessoas de cidades vizinhas acabam convergindo para cá, fazendo com que sempre exista o que fazer”, analisa Alyson. O fato de a cidade se destacar como polo educacional, para ele, é mais uma possibilidade de ter reconhecimento na profissão que escolheu. “essa é uma via de mão dupla. Pois, pa-

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ra se obter sucesso na vida, a dedicação pessoal vai muito além do que qualquer outra questão. e nesse ponto, Caruaru vai de vento em popa”, afirma Alyson. A oportunidade de tomar Caruaru como terra adotiva foi levada tão a sério, que os pais do jovem fizeram questão de apoiar a decisão. “Minha irmã também veio aqui para Caruaru fazer sua carreira. Formou-se em enfermagem, mas resolveu voltar para Canhotinho. Comigo é diferente. Quero permanecer por aqui, pois vejo que minha vida pode ter um futuro bem melhor”. evidenciada pelo trabalho de grandes artistas que fizeram de Caruaru inspiração, se a cidade pudesse agradecer, certamente o faria. Ainda mais depois de ouvir o que a jovem laura Kessia, 17 anos tem a dizer: “Vim morar aqui meio que por acaso. Para cuidar da minha avó. Matriculada em uma escola estadual, tive oportunidade de participar de um projeto que me proporcionou o conhecimento de uma cidade no


tExto ROBsOn MeRiÉVeRtOn fotos PRisCilA FOntinele

ARU

nte

exterior, mais precisamente no Canadá”. sobre a vida por lá, laura diz que é muito diferente daqui. “A cultura, o comportamento das pessoas, enfim, tudo era motivo para que estranhasse. Mas, uma coisa que levei daqui não foi esquecida pela novidade. A receptividade e o carinho das pessoas é bem diferente. Passei a dar mais valor as coisas simples daqui”. O real tamanho da cidade, territorialmente e economicamente, gera grandes controvérsias entre os jovens, mas, não é motivo para discussões mais acaloradas. O que realmente importa é como ela é vista e quais as oportunidades que ela tem a oferecer. “Caruaru é uma cidade de médio porte, em evolução. talvez seja por isso que nós, jovens, temos de correr para acompanhar o seu crescimento, seja em relação a vida pessoal ou profissional. A experiência que vivi lá fora me fez prestar um pouco mais de atenção nessas oportunidades, possibilitando o vislumbrar de um mundo novo, o que me faz pen-

“Fico surpresa com o amor que eles têm para com a cidade. Falam de uma forma tão especial que as vezes sinto parte da emoção” lEtÍCiA CRiStiNA

sar em algo para o meu futuro muito além de Caruaru”, afirma a jovem, que atualmente cursa o 3º ano do ensino médio da escola de Referência Padre zacarias. Colega de sala e de experiência, letícia Cristina, 16 anos, defende a sua Caruaru a seu modo. “Gosto muito daqui. não tenho muito do que reclamar, apenas com a falta de opções para diversão”. sobre a cultura, a Caruaru de letícia tem espaço para muita gente, sobretudo no que diz respeito ao cenário musical. “Conheço mui-

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APRINCESINHAD eterna

tos cantores aqui da cidade, mas, a maioria deles não faz o meu gênero musical. Acho que falta incentivo para que eles ganhem mais espaço por aqui, e também na vida cultural dos jovens, pois existem muitos trabalhos bons de pessoas que podem acrescentar muito a tudo isso aqui”, dispara. O amor exacerbado pela terra natal não faz parte do seu dia a dia, mas já foi vivenciado por ela através dos avós. “Fico surpresa com o amor que eles têm para com a cidade. Falam de uma forma tão especial que as vezes sinto parte da emoção”. na experiência que teve no intercâmbio no Canadá, letícia diz que sentiu muita falta da sua terra, mas aproveitou como pôde para, quando voltasse, usar tudo que aprendeu a seu favor. “Fiquei impressionada como eles cuidam das praças e ruas, o que não se vê por aqui. Mesmo com toda essa disparidade, carrego Caruaru no meu coração, e, mesmo com todas as minhas ambições futuras, não consigo

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DOAGRESTE me enxergar longe daqui. Quero ter um futuro por aqui”, completa, cheia de entusiasmo. O estudante de Publicidade e Propaganda pela Favip deVry, João silva, 21 anos, ressalta o sentimento ambíguo em relação a Caruaru. “essa é uma cidade com ares de capital, sem perder aquele aconchego característico de interior”. Os pontos que fazem com que João tenha esse pensamento contraposto vêm a partir da posição econômica e de desenvolvimento geral, com a tranquilidade de poder circular de um canto para outro sem que haja uma preocupação maior com os perigos que assolam a vida dos moradores de grandes cidades. “Relativamente, os percentuais de violência daqui são mais amenos que outras cidades, o que proporciona um sentimento diferente daquele vivenciado por outras pessoas de cidades maiores”. essa certeza quanto ao clima relativo de paz presente no cotidiano de Caruaru cresceu a par-

tir do momento que em ele teve de mudar para uma cidade baiana. Ainda na infância e por um curto período de tempo, a mudança de ares já fez toda a diferença. “sentia muita falta daqui: da proximidade das coisas, das oportunidades que a cidade apresentava e, acima de tudo, daquele ar familiar sugerido pela cidade”, lembra João. Já em relação aos valores culturais, o jovem publicitário tem orgulho do que a cidade tem para oferecer, assim como da arte que por aqui é produzida. “dou muito valor a toda classe artística, sobretudo aos trabalhos que evidenciam o talento manual, como as artes plásticas e o trabalho de poesia popular, como o cordel”. embora apaixonado pela cidade, quando questionado sobre o sentimento que materializa todo esse amor, João não exita dizer que Caruaru tem uma representação diferenciada das demais cidades. “Caruaru aglomera qualquer tipo de gente e manifestações culturais. É como se isso já tivesse nas entranhas, desde sua funda-

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ÉSTU,

caruaru

ção. embora precise de boas melhorias no que diz respeito à infraestrutura, quando estou em Caruaru me sinto verdadeiramente em casa”. sobre o futuro, ele espera ainda mais oportunidades para os jovens. “esse crescimento que já vem se arrastando por um tempo, deve apresentar ainda mais oportunidades para nós, jovens. Que saibamos explorá-las, deixando a porta aberta para outras situações”, completa. em meio a todo esse burburinho, a personalidade forte das pessoas parece que vai se misturando com as diferentes formas e maneiras com que a vida vai seguindo. nesses 156 anos de existência da cidade, o mais se viu aqui por Caruaru foi a modernidade se unindo ao tradicional. no alto dos seus 17 anos e personalidade para lá de forte, o jovem Kaio Felipe diz que as pessoas precisam abrir mais a mente para acompanhar e ser receptivas às mudanças. “Vejo Caruaru como uma cidade que respira oportunidades. embora tenha alguns males que po-

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dem dificultar esse desenvolvimento, como o preconceito e a falta de visão por parte de algumas pessoas, que não enxergam que a cidade cresceu, não cabendo ser vista e tratada como cidade de interior”, enfatiza. ele usa um exemplo próprio para reforçar a ideia das pessoas se tornarem donas do próprio futuro. “eu mesmo não tive medo de arriscar, muito menos de correr atrás do meu objetivo quando vi que era a hora. Há cerca de um ano fiz cadastro com o objetivo de me tornar um Jovem Aprendiz. saí entregando currículo nas empresas, até que apareceu uma oportunidade. Ficar parado, esperando que o sucesso caia no colo é uma coisa que precisa ser mudada na cabeça de muitas pessoas, não só dos jovens”. Com a firmeza dessa opinião, dá para se ter uma ideia do que o País de Caruaru é formado: de gente que torce pelo crescimento da cidade aliado ao desenvolvimento pessoal da população.



UM


A VELOCIDADE COM QUE O MERCADO PROFISSIONAL VEM EVOLUINDO, EXIGE DO JOVEM RELATIVO ACOMPANHAMENTO TAMBÉM NO QUE DIZ RESPEITO A SUA FORMAÇÃO. ESSA É UMA CONSTANTE QUE VEM INTERFERINDO CONSIDERAVELMENTE NA ESCOLHA DA CARREIRA OU CURSO PROFISSIONALIZANTE. A DEMANDA CRESCENTE FAZ COM QUE

MNOVOFUTURO olhar para o

MUITAS DAS ÁREAS QUE, ATÉ ENTÃO, NÃO FAZIAM PARTE DO KNOW-HOW MERCADOLÓGICO LOCAL, PASSEM A ENCABEÇAR A LISTA DE CONTRATAÇÕES PELA FALTA DE PROFISSIONAIS CAPACITADOS A EXERCER DETERMINADA FUNÇÃO. DE ACORDO COM SONDAGEM REALIZADA PELO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE), REALIZADO EM 2010 EM CARUARU, OS JOVENS DE 14 A 29 ANOS JÁ REPRESENTAM 30% DA POPULAÇÃO LOCAL. A SITUAÇÃO DE AVANÇO DA ÁREA EDUCACIONAL NÃO É MUITO DIFERENTE NO RESTANTE DO PAÍS.


mercado

LUGARCERTOPA caruaru

Geniemerson Arruda, 24 anos, acreditava que, como muitos na idade dele alguns anos atrás, precisaria se afastar da família e dos amigos para começar a trilhar seu futuro profissional. Cursar uma graduação, especializar-se e cair em campo em busca do primeiro emprego, seria parte de uma vida que ele teria longe de casa. Mas, o rápido desenvolvimento econômico de Caruaru possibilitou uma mudança drástica nos planos futuros. “Com a chegada de muitos cursos de nível superior na cidade, comecei a cogitar a possibilidade de continuar por aqui, estudando e depois seguindo em busca de um trabalho”. Há cerca de 15 anos, Caruaru só tinha três opções de faculdades. Atualmente, as ofertas são de 56 cursos de graduação espalhados nas sete unidades de ensino, tanto com aulas presenciais como via satélite. As opções de cursos também tornaram possível o sonho de muita gente que mora nas cidades vizinhas, como emília santos, 19 anos, que mora em santa Cruz do Capi-

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baribe e diariamente vem a Caruaru, onde cursa o segundo período de design na uFPe. “sempre quis estudar algo relacionado à moda e estilismo e tive muita sorte pelo Campus Agreste da uFPe ser o único a oferecer, estando mais perto da minha cidade”. A estudante do primeiro período de engenharia de Produção Rosane de Melo silva, 19 anos, natural de lagoa dos Gatos, também se considera uma sortuda por ter encontrado uma opção de curso em Caruaru, ainda que precisasse sair da casa dos pais. “estudar em Recife ou fora do estado seria um custo alto para minha família. se não tivesse opções por aqui, hoje eu estaria cursando algo com que não me identifico”. O economista Robson Góes ressalta a importância da geração de oportunidades. “A vinda de novos cursos superiores, novas faculdades e implantação de universidades públicas com certeza foi um dos fatores que fez com que a população economicamente ativa ficasse mais tempo na cidade e


ARACONSTRUIR ainda atraísse os jovens de outras cidades”. uma síntese dos indicadores sociais de 2012 apontou que o País registrou alguns avanços na área educacional entre os anos de 2001-2011. A proporção de jovens de 18 a 24 anos frequentando curso superior (inclusive mestrado e doutorado) aumentou de 27% para 51%. Porém houve queda de 21% para 8% na taxa de brasileiros nessa faixa etária que estavam no ensino fundamental. também foi registrado crescimento de 40% na proporção de estudantes com 15 a 17 anos no ensino médio. nesse indicador, o crescimento foi maior no nordeste, onde os números mais que dobraram. Quando se compara a situação brasileira com a de outros países mais desenvolvidos, pode ser constatado que o acesso ao ensino superior, no ano de 1997, já atingia 45% dos jovens de 18 a 21 anos nos euA e 69% na Coreia do sul. no período, a margem do Brasil abrangia apenas 19% na faixa etária de 18 a 24 anos, segundo levantamento do PnAd, 2009.

ensino técnico

tExto FeRnAndA sAles fotos PRisCilA FOntinele

Os jovens que optam por se capacitar e fazer carreira em Caruaru não estão apenas ocupando as cadeiras universitárias. Atualmente, mais de 500 jovens se preparam para ingressar no mercado de trabalho através do ensino técnico oferecido por instituições como o instituto Federal de Pernambuco (iFPe). inaugurado em agosto de 2010, o Campus localizado em Caruaru oferece os cursos de segurança do trabalho, Mecatrônica, edificações e o único curso superior de engenharia Mecânica do interior do estado. de acordo com o diretor geral do Campus, George Gaudêncio, a escolha dos cursos se deu através de pesquisa realizada pela secretaria de desenvolvimento econômico do município que reuniu informações de qual seriam as principais demandas de mão de obra nas indústrias que viriam para Caruaru e na região. Apesar de ainda não ter números exatos, Gaudên-

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cio constata que os alunos estão tendo oportunidade de ingressar rapidamente no mercado de trabalho. “tivemos apenas uma formatura, mas notadamente os alunos do curso de edificações estão sendo procurados pelo mercado de grandes construtoras da cidade ainda enquanto estudantes”. Quem pensa que a demanda de jovens recém-formados atende apenas ao mercado local, se engana. Gaudêncio explica que os profissionais são absorvidos também pelas cidades vizinhas como Belo Jardim, Garanhuns, Gravatá e demais municípios ao redor. “O ensino técnico foi um benefício que veio para suprir a necessidade de mão de obra qualificada das indústrias que chegam na região, proporcionando a elas condições de funcionamento pleno em curto espaço de tempo”.

os mais procurados

na maioria das vezes a escolha pelo curso é feita baseada em sonhos, pelas aptidões e pela opção que poderá dar um bom rendimento financeiro. Para auxiliar nessa escolha, o economista Robson Góes mostra que é possível escolher uma car-

ções mais cogitáveis. “O profissional dessa área lida com programas de prevenção de acidentes, elaborando planos de redução de riscos ambientais e fazendo inspeções de segurança”, explica Góes. Administração em Gestão Pública também aparece em alta devido a normas e regras instituídas pelo Governo Federal, que vão impactar diretamente na gestão pública dos municípios. “Com poucos formados no Brasil e poucas opções de curso, Caruaru é a única cidade do nordeste que oferece especialização nesse campo”. Para os que têm aptidões para lidar com a área de saúde, o curso de Farmácia é um dos mais promissores. O campo de atuação é vasto e oferece possibilidades de trabalho em indústrias farmacêuticas e de cosméticos, no controle bioquímico da produção alimentícia, hospitais e laboratórios, farmácias e drogarias, farmácias de manipulação e diversos outros campos. “Com a vinda de indústrias dos mais diversos setores para a região e o constante crescimento do polo médico, Farmácia está na lista de carreiras promissoras para o Agreste”, finaliza Góes.

UMACARREIRA de sucesso reira que proporcione boas oportunidades no futuro, dentro das áreas que cada um se identifica. “O ideal é que o jovem tenha em mente qual área se identifica entre Humanas, exatas e saúde e aí sim, ter pistas de ótimas opções de carreiras sem precisar sair de Caruaru”. Para os que optarem pela área de exatas, qualquer uma das opções de engenharias oferecidas na cidade está em alta. essa relevância vem do número de obras e grandes projetos como duplicação da rodovia BR 104 e a transposição do Rio são Francisco. Porém, o economista chama atenção para a engenharia de produção, “pelo grande aporte de indústrias e processo de profissionalização e qualificação das empresas ligadas a confecções”. Já a engenharia Ambiental, todas as indústrias que aportam na cidade e até mesmo nos municípios próximos precisam se preocupar com os impactos ambientais gerados pelo desenvolvimento. Para quem se identifica com a área das Ciências Humanas, a segurança do trabalho é uma das op-

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camarim reportagem robson Meriéverton fotos priscila fontinele modelo catarina melo

O hit da estação promete ser o sapato schutz, criado em 1940 para os soldados da Segunda Guerra Mundial. Dos soldados até chegar a cena underground, não demorou. “Essa é uma peça ousada e ao mesmo tempo confortável. Não abro mão para montar um look bem despojado para o dia a dia”, afirma Catarina. Para uma apresentação mais clássica, a pedida é apostar nos sapatos estilo scarpin, que voltam à cena remodelados. Já a tendência barroca migra das estampas de roupas para os calçados e bolsas. Ela aparece com detalhes dourados e desenhos em arabescos que deixam qualquer modelito super moderno. “O salto grosso proporciona mais estabilidade na hora do caminhar, afinal de contas, conforto e estilo são imprescindíveis”, completa a administradora. Quanto ao animal print, este parece que foi incorporado definitivamente no guarda-roupa das feshionistas. No inverno ele aparece com roupagem mais atualizada, fugindo do tradicional: onça, tigre e zebra. Outra vedete da estação são as texturas. “Não dá para ficar sem”, reforça Catarina.

produção e Styling nando lira

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Estação. Para estar de bem com o visual no inverno, a tendência que vai estar nos pés das meninas é ousada e para quem tem atitude. A estudante de Administração pela UFPE, Catarina Melo, 23 anos, faz bonito e mostra ter atitude de sobra

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eu sou reportagens robson meriéverton fernanda sales fotos priscila fontinele 1

Atualmente mora na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, onde exerce a função de gerente de marketing em uma empresa de fabricação de peças femininas no segmento de moda praia e fitness. O jovem está cursando o 5º período de análise e desenvolvimento de sistemas na Fafica. Além de todas essas atribuições, Anderson ainda encontra tempo para se dedicar ao desenvolvimento da sua empresa própria, a Blump Inc, no ramo tecnológico.

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Mente aberta. Com um propósito na cabeça e muita vontade de obter o sucesso profissional, Anderson Arruda é um verdadeiro multi-função As dificuldades, em muitos casos, funcionam como incentivo para a vida das pessoas. Com o estudante de análise e desenvolvimento de sistemas, Anderson Arruda 1 , 24 anos, o fato de direcionar sua vida profissional para uma área diferente não foi empecilho para que ele desbravasse outros caminhos. Bom para ele que encarou as dificuldades como aprendizado e, hoje, planeja empregar todo o conhecimento adquirido no desenvolvimento da sua empresa própria, criada em parceria com um sócio. “Sou uma pessoa que gosta de tecnologia, mas, sempre tive a mente aberta para desbravar outros caminhos”. Com essa ideia fixa na cabeça, Anderson embarcou no primeiro desafio da sua carreira, que foi a prancheta de desenho, com foco no desenvolvimento de peças para produtos de moda feminina. “A experiência que acumulei veio da participação em cursos e vontade de superar o desafio”. Dois anos mais tarde, outra porta se abriu diante dos seus olhos. Anderson foi convidado a assumir outro cargo dentro da mesma empresa onde trabalhava. “Nesse tempo que passei na função de designer, vez por outra me surpreendia com alguns trabalhos que realizava. Chegava até a pensar se era eu mesmo que tinha criado a peça”, comenta. Anderson sempre foi uma pessoa com objetivo de vencer na vida. Mesmo morando em outra cidade, não mediu esforços para investir na sua educação. Tanto que, além do curso superior e das atividades diárias que realiza, o jovem ainda encontra tempo para se dedicar a uma empresa de softwares que fundou em parceria com um amigo. “Sempre tive objetivos e metas a serem alcançadas, por isso não tenho medido esforços quando o que está em jogo é o meu crescimento profissional”. Com pouco mais de seis meses de criação, a Blumpe Inc surgiu com o propósito de agarrar uma oportunidade apresentada pela carência de mercado. “Até agora estou conseguindo conciliar todas as minhas atribuições, mas, tenho ciência que não será sempre assim”. Para o futuro, o jovem pretende abrir mão do emprego de carteira assinada e se dedicar exclusivamente a empresa. “O olho do dono engorda a cria. Temos planos ambiciosos, inclusive fazê-la referência no segmento”. Para ele, “Impossível seria se antes de conseguir eu não tentasse” é uma frase que guia seus passos. “Para me dar bem em tudo que faço, dependo da dedicação e vontade de aprender. Tenho a mente aberta para o novo. Gosto de fazer diferente. Considero-me uma pessoa dinâmica”, com essas palavras Anderson se define.


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os


“Em volta, a paisagem dura do Agreste: vegetação queimada dos carrascais, palmatórias, cercas-vivas de avelozes perdendo-se de vista. O chocalho de uma cabra corta, por um instante o silêncio, ensolarado.” José Condé

outros


entrevistão rEportaGEM ROBsOn MeRiÉVeRtOn foto PRisCilA FOntinele

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início. Nos 156 anos de Caruaru,

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O sentido da colonização era a ocupação e exploração das terras. na primeira parte da história do Brasil fala-se muito do nordeste e, Pernambuco é o carro chefe de tudo isso. nesse período era a economia que sustentava a metrópole. dessa maneira o primeiro donatário que veio para cá veio com a ideia de ocupar, trazendo amigos e pessoas de posse para ocupar, se concentrando praticamente na capital, ficando o interior para depois. em Pernambuco, a riqueza estava no litoral e zona da mata, obrigando que os exploradores se concentrassem por lá. dentro das ordens do governo geral, o governo de Portugal repassou o poder para o donatário, depois para o responsável pela província, para que pudesse explorá-la. A esse sistema de distribuição de terras, doadas através de documento para uma família que viesse se instalar e fazer a exploração, dava-se o nome de sesmaria.

muita gente já ouviu falar sobre o fundador, José Rodrigues de Jesus. mas, como ocorreu todo o processo até que a Fazenda que deu origem a cidade fosse criada? Para responder essas e outras questões, o historiador e grande conhecedor do passado da cidade, Josué Eusébio, fala sobre a Caruaru do século XVii

Não faz muito tempo, o senhor realizou uma grande pesquisa sobre a Caruaru de antes de José Rodrigues de Jesus. Para começar, fale um pouco sobre a concepção desse trabalho. Quanto terminei o mestrado, em 1998, estava havendo em Caruaru uma discussão sobre a necessiPara que fique claro,aohistória que vem ser o dade de se fazertudo um mais livro sobre daacidatrabalho orientação educacional e a quem ele de, já quede havia sido aprovada na Câmara Municié voltado? pal uma lei de obrigatoriedade para se levar a hisO Orientador educacional é aquele possui a tória de Caruaru para os alunos dasque séries iniciais. formação em Pedagogia e habilitação emeducação Orientainterpretei esse convite da secretaria de ção educacional. A área de atuaçãoesse é dentro das como uma espécie de provocação. foi um liinstituições de ensino trabalhando diretamenvro que escrevi com o propósito de servir de base te com o corpo discente (alunos) node acompanhade pesquisa para o professor. Falar José RodrimentodeasJesus atividades escolares. também gues não revela ou desvenda astrabalha coisas ajudando estudantes do ensinotomei Médiocomo indecida cidade.os e isso me incomodava. obsos, de a avaliarem o seu repertório de aptidões e trajeto estudo a ocupação pré-histórica do Agresduzi-lo em escolhasfoi assertivas para ao ideia vestibular. te de Pernambuco, onde nasceu de esOrientação Profissional veio substicrever o livroeducacional “Ocupação eHumana do Agreste Pertuir os testes vocacionais tão usados nos anos 70, nambucano. 80 e 90. A palavra vocação é um termo derivado dosenhor verbo no latim “vocare” que foi signifi ca “chamar”. O disse que o trabalho baseado na O sentido de original expressa um chamado espiritupesquisa outras pessoas que o antecederam. al, muito usado nas vocações sacerdotais. Portanum desses historiadores foi Nelson Barbalho, to, atualmente é consenso especialistas que inclusive, tem um livroentre com os teor parecido? quesua estepesquisa, termo vocação não responde mais atamdeNa o trabalho desses autores manda. bém são evidenciados? Antes do surgimento de nelson Barbalho, teve o Existezacarias alguma semelhança e inpadre tavares, que entre foi umprofessor dos grandes orientador Qual? ventores deeducacional? Caruaru. Quando me refiro a ele dessa não existe semelhança, são atuações diferenforma, foi pelo fato de elepois ter julgado algumas restes. Porém, como os professores são exemplos papostas. As hipóteses que ele levantou foram com ra os alunos, vezes, ao perceberem que tal tanta firmeza,muitas que aquilo começou a ser reverberaaluno possui mais facilidade emum uma determinado e hoje é visto como verdade. exemplo disso daadisciplina, então encaminha para um trabalho é imagem que hojeoconhecemos de José Rodrimais de interventivo junto Orientador educacional. gues Jesus, com todaaoaquela pompa e elegância. ele parece muito com um lorde inglês, e, naQuais época, as principais atividades de do uminterior orientador quela um dono de fazenda não educacional? se vestia assim. Vale ressaltar que José Rodrigues

era um fazendeiro semianalfabeto. nelson Barbalho aparece em 1970, lançando vários livros. dos 80 livros lançados, 30 falam de Caruaru. ele é considerado um dos grandes intérpretes da história da cidade. O meu estudo foi uma forma diferente de levantar o assunto já abordado por esses outros autores.

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A sesmaria para a família Rodrigues de sá se estendia pelas proximidades de limoeiro, beirando o Rio Capibaribe seguia até toritama, subia pela serra do Cachorro, em direção a Caruaru, até são Caetano; subia a serra dos Cavalos, passando por terra Vermelha, encostando perto de Pau santo; subia serra Velha, pegava parte de Riacho das Almas, até onde hoje é Cumaru. Por fim encostava novamente às margens do Capibaribe.

Pelo resultados dos estudos, Caruaru teria mesmo surgido de uma doação de Sesmaria 1 a família Rodrigues de Jesus? O grande mito do Agreste em relação ao surgimento de Caruaru diz respeito a sesmaria do Ararobá. no decorrer dos meus estudos e pesquisas, eu cheguei à conclusão que de nada tem a ver a ligação da sesmaria do Ararobá com a história de Caruaru. um dos descendentes dos donos da sesmaria do Ararobá, casou-se com um dos descendentes da Sesmaria para a família Rodrigues de Sá 2 . essas terras foram doadas para 10 pessoas da família, entre irmãos, primos, tios e cunhados. em 1681, como ninguém tinha interesse em assumir a administração da sesmaria, sobretudo estando ela no interior, o sobrinho, simão Rodrigues de sá, foi o único que demonstrou interesse e veio para cá. em toda essa extensão de terra, ele teve de escolher um lugar para construir uma moradia. existiam caminhos primitivos abertos pelos índios, que mais tarde vieram a servir de passagem para as comitivas que seguem com a travessia do gado até o litoral e sertão, passando por onde hoje é a Rua 15 de novembro. A fazenda Caruaru só vai, na minha interpretação, ter uma sede digna em 1710. então, simão Rodrigues passou a morar aqui, que, segundo nelson Barbalho relata em um dos seus livros, casou-se com uma mulher de sobrenome Aquino duro, que residia nas imediações de Pau santo, onde deu origem a outro herdeiro.

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“José Rodrigues de Jesus teve a sensibilidade de nunca dizer não as pessoas que chegavam para construir suas casas ao redor da capela”

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Terra de Caruaru O livro é considerado um clássico nacional, sendo o principal livro do caruaruense José Condé, responsável pela projeção e o definitivo ingresso no seleto grupo que revolucionou a moderna literatura. Ele trata dos conflitos gerados durante a transição do mundo rural, tradicional, violento, para a cidade, traçando um panorama do cotidiano das cidades do interior nordestino, onde coronéis, prostitutas, cangaceiros, sonhadores, boêmios e outros tipos populares desfilam ante o leitor, compondo um dos mais fascinantes enredos da literatura ficcional.

A história de Caruaru é registrada por completo, antes mesmo do seu surgimento “oficial”? Depois do ano de 1700, segue uma lacuna muito grande na história de Caruaru, pois não existe nenhum relato de autores ou registros. No século XVIII acontecia na Inglaterra a Revolução Industrial, enquanto aqui, tateávamos em uma fazenda no meio do nada. Mascates e outros viajantes já passavam por aqui, usando a fazenda como rota para o litoral ou sertão. Esses mascates aparecem com notícias e objetos que começaram a fazer parte do dia a dia das pessoas nas terras mais desenvolvidas. Os vaqueiros que eram contratados do sertão para o litoral também começaram a passar por essa rota. O governo já conhecendo esse caminho que os índios utilizavam, mandou uma equipe abrir uma estrada para facilitar o acesso do litoral para o interior. Como o próprio José Condé relata no livro Terra de Caruaru 3 , a Fazenda tinha servido de pernoite para os vaqueiros que traziam a boiada do sertão para o litoral. Isso é bem provável que tenha acontecido por muitos anos. Como houve essa transição de Simão Rodrigues de Sá para José Rodrigues de Jesus? Segundo as versões colocadas por alguns escritores, depois do casamento de Simão Rodrigues de Sá com a herdeira Aquino Duro, o primogênito, Simão Rodrigues Aquino Duro, veio a casar-se com uma mulher da região que hoje é a cidade de Altinho, que pertencia a Sesmaria do Ararobá. As primeiras interpretações apontam que Caruaru tenha nascido dessa Sesmaria, mas Altinho já nasceu de uma doação, dada como dote, pelo casamento. Em 1754, Simão que já não era tão novo, casouse com Antônia Tereza de Jesus, nascida em 1740. Dessa união nasceram três filhos: Joaquina Rodrigues de Jesus, José Rodrigues de Jesus e a mais nova, Maria da Conceição Rodrigues de Jesus. José Rodrigues de Jesus já foi o terceiro herdeiro da fazenda. O fundador: Simão Rodrigues, que deixou de herança para o filho, também chamado de Simão Rodrigues Aquino Duro e, posteriormente José Rodrigues de Jesus. O senhor chegou a detalhes mais específicos da chegada de Rodrigues de Jesus a essas terras? Com a ausência de documentos que relatem essa passagem da história, eu tive de me conformar com essa versão já colocada pelos escritores que me antecederam. Joaquina Rodrigues de Jesus, filha mais velha do casal, teve uma filha. Pouco tempo depois, seu marido faleceu. Nesse meio tempo, os pais também morreram: Simão Aquino Du-

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ro e Antônia Tereza de Jesus. José Rodrigues de Jesus, com 13 anos, foi morar na casa da irmã casada, junto com a irmã caçula. Eles foram morar na Fazenda Juriti, nas proximidades de onde hoje é o campus da UFPE, aqui em Caruaru. Nesse segundo casamento da filha mais velha, começaram as desavenças com os irmãos mais novos. Essa é uma das versões colocadas nos livros. José Rodrigues com 25 anos e a sobrinha, com 12, fugiram e casaram-se. Depois dessa fuga e casamento, então eles vieram fincar residência na Fazenda Caruaru? Antes disso, José Rodrigues de Jesus já havia saído da casa da irmã, voltando a ocupar a fazenda que estava, de certa forma, abandonada. Com a morte dos pais, os boiadeiros e fazendeiros sempre utilizavam o local para pernoitar com o gado. Durante um intervalo de 10 a 20 anos, a fazenda ficou sem ninguém. O que implica em uma grande degradação da sede. Em 1776, ele vem tomar conta novamente da Fazenda, que por herança era dele, fundada pelo avô. Um ano depois do casamento, a irmã mais nova morre, onde surge a ideia de construir uma capela em homenagem a ela, Maria da Conceição Rodrigues de Jesus. A partir da construção dessa capela, é que a história de Caruaru começa para valer, pois a capela torna-se o centro de convergência. Depois que José Rodrigues de Jesus fincou residência por aqui, como começou a ocupação humana de fato? José Rodrigues de Jesus teve a sensibilidade de nunca dizer não aos pedidos de pessoas que chegavam para construir suas casas ao redor da capela. Sempre achava muito interessante vir uma pessoa para morar por aqui. Pode-se dizer que José Rodrigues de Jesus teve a sensibilidade, criando as condições históricas para que Caruaru virasse povoado. Aos poucos foi se formando um pequeno arruado. Cerca de 15 anos depois da construção da capela, já existia a feira, quando os mascates resolveram construir as primeiras casas comerciais. Historicamente Caruaru está em lugar estratégico, desde os primórdios da ocupação humana. A cidade era um ponto de passagem, que mais tarde veio a convergir pelo desenvolvimento do lugar. Ele morreu em 1820, a cidade virou vila em 1848, mais nove anos depois, virou cidade. Na minha visão, José Rodrigues de Jesus não fundou Caruaru, quem fundou foi o avô dele. Mais nem o avô e nem o pai tiveram as condições históricas e nem permitiram o que ele permitiu, o que dá a ele a posição que ocupa.



escrachado foto PRisCilA FOntinele 1

Glenny lorrayne, 17 anos, cursou o ensino médio no Colégio Criativo de Caruaru. estudante do 1º período do curso de design da universidade Federal de Pernambuco (uFPe) - Campus Agreste, desenvolveu o gosto pela poesia desde cedo. Os temas abordados nos seus textos falam um pouco do cotidiano, com linguagem modernista, como ela faz questão de ressaltar.

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Desvalorização. Caruaru é uma cidade de grande relevância no âmbito cultural. Porém, a falta de incentivo faz com que a nova geração cresça sem dar o devido respaldo A estudante de Design, Glenny lorrayne 1 , externa sua opinião sobre o assunto, exaltando a importância da valorização cultural para a formação de um cidadão. A cultura pelo poder público não tenho conhecimento de movimentos culturais criados e incentivados pelo poder público. A meu ver, os artistas daqui são completamente desvalorizados e desrespeitados. tenho notícias de muitos artistas que saíram da cidade por falta de reconhecimento e encontraram isso lá fora. Como exemplo Ortinho, Junio Barreto e thera Blue, que hoje têm respaldo nacional, entretanto mal são conhecidos pelos caruaruenses. no meio poético existiu a “Casa de Poesia de Caruaru”, que com o tempo foi extinta por falta de apoio. Na escola Poucas ações escolares dão ênfase à cultura local. lembro apenas de que quando cursava o ensino fundamental alguns passeios eram promovidos para conhecer pontos turísticos e culturais da nossa cidade. Já no ensino médio, não recordo de nenhum projeto. A falta de informação sobre sua própria cultura por parte dos caruaruenses também é reflexo do déficit deixado pelas unidades educativas, ao longo da vida estudantil dos mesmos. A formação intelectual de um cidadão depende do meio em que ele se desenvolve, o que abrange tanto a escola quanto a família, além dos círculos de amizades e veículos de comunicação. A cultura nos 156 anos de Caruaru Manuel Bandeira, poeta modernista nacionalmente aclamado, em visita a Caruaru, na comemoração de seu centenário (1957), exclamou os seguintes versos: “Meu Caruaru centenário/ não há o que chegue a seus pés/ Recife tem Olegário/ tu tens os irmãos Condé”. 56 anos depois afirmo que sim, temos muito a comemorar, por nossa cidade ter “dado à luz” grandes nomes em diversos segmentos artísticos, tais como Azulão, Petrúcio Amorim, Onildo Almeida, Prazeres Barbosa, Arary Marrocos, Agemiro Pascoal, nelson Barbalho, Austragésilo de Athayde, lycio neves e José Condé; que contribuíram e contribuem de forma ativa para o enriquecimento cultural caruaruense. A cidade é carente de políticas públicas de apoio e incentivo a projetos que visem desenvolver e apoiar a arte em suas diversas vertentes.

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deu/não deu texto fernanda sales

esse é um espaço para que os leitores e especialiistas discutam os fatos bacanas, polêmicos ou esdrúxulos que caíram na boca do povo e os que passaram batido na imprensa

Deu. Ainda não há previsão para terminar a crise

entre os professores da rede municipal de ensino e a prefeitura de Caruaru. Os docentes protestam contra a sanção do Projeto de Lei que estabelece o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) , organizando atos públicos e assembleias semanais desde o dia 26 de fevereiro. Enquanto a “quebra de braço” prossegue, alunos da rede municipal ficam sem aulas. 1

Resumo do fato noticiado pela imprensa local

“A gente está se sentindo prejudicado porque estamos no período de prova, mas não deu tempo de ver o conteúdo. Vamos fazer prova sobre algo que a gente nunca viu. Eu estou do lado dos professores, mas queríamos que esse impasse com o prefeito fosse logo resolvido, porque estamos sofrendo as consequências.” John Lennon, 20 anos, Colégio Municipal Álvaro Lins

ca mesmo assim. A gente não sabe se vai ter férias, estamos fazendo prova, mas não tivemos muito tempo de aprender o conteúdo das provas. Alguns professores até falaram pra gente que o problema é entre eles e o prefeito e não querem que a gente sofra as consequências, mas é o que está acontecendo.” Márcia Rejane, 20 anos, Colégio Municipal Álvaro Lins

“Entendo o lado dos professores em lutarem pelos direitos dele, mas eu estou vindo muito pouco ao colégio porque mesmo nos dias que têm aula, não são durante todo o horário. Então, pra mim fica ruim vir de longe pra chegar aqui, ter uma hora de aula ou não ter, porque é dia de paralisação.” Jonas Silva, 18 ano, Colégio Municipal Álvaro Lins

“Eles têm que lutar pelo salário deles mesmo, mas esperamos que eles também vejam que a gente está saindo prejudicado. A gente faz duas séries em um ano, já é menos tempo que o normal pra aprender alguma coisa e ainda mais com as paralisações, o conteúdo da gente está mais atrasado ainda, mesmo com os professores se dedicando, mas a gente tem que estudar em casa. Fica ruim pra quem trabalha, ter que aprender sozinho pra poder fazer as provas.” Ana Clécia, 16 anos, Colégio Municipal Álvaro Lins

“Eu estou vendo que os professores estão se dedicando muito a passar o conteúdo de forma rápida pra gente não se prejudicar, mas a gente se prejudi-


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Não deu. A partir da edição 2013, as redações

do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avaliadas com nota máxima de mil pontos passarão obrigatoriamente por banca composta por três professores doutores. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante também afirmou querer mais rigor na correção das provas, não tolerando deboches e brincadeiras como a receita de miojo na redação . 2

*** “​Quando se fala de vestibular, tudo é muito tenso pra gente. Acho certo o MEC fazer isso, afinal, a gente está se preparando, estudando e se dedicando para realizar uma boa prova e fazer uma redação caprichada e esperamos que alguém leia para poder avaliar. Se fosse pra dar a nota sem ler, não precisava ter redação, que é uma das disciplinas que acho mais importantes e nos causa um pouco de medo também.” Anna Letícia, 16 anos, Colégio Alternativo “Por um lado é bom porque a gente sabe que pode confiar que nenhum concorrente vai tirar nossa vaga fazendo piadinha. Em compensação, serão mais rigorosos e a gente, que leva a prova do Enem à sério, vai ter que caprichar ainda mais.” Heitor Fernandes, 16 anos, Colégio Diocesano “Eu concordo plenamente com o novo método de cor-

reção de provas. Afinal, batalhamos por tantos anos em um colégio, para enfim fazermos o Enem e darmos de cara com uma situação desta, alunos que fazem as provas sem a menor responsabilidade e passam, tirando lugares de pessoas que realmente mereciam ser aprovadas. Acho que isto não é mais que a obrigação do MEC em não admitir tais brincadeirinhas em uma prova tão séria como o Enem. Admito que fiquei horrorizada em saber que o aluno foi aprovado na redação após ter escrito em seu último parágrafo como preparar um miojo. Isso é um absurdo! Sem a menor coesão com o assunto e, ainda assim, aprovado, enquanto alunos escrevem redações maravilhosas e não têm sua nota ao nível. Sem dúvidas só temos a ganhar com estes novos métodos. Aprimorando e qualificando quem merece e acabando de vez com estas falhas. Ficará mais rigoroso? Sim, ficará, mas para um aluno dedicado e empenhado a passar, não será uma barreira nem um obstáculo.” Letícia Oliveira, 15 anos, Colégio Alternativo

Plano de Cargos e Carreiras (PCC) é um conjunto de regras e normas que estabelece os mecanismos de gestão de pessoal das empresas e classes trabalhistas. Alguns dos principais objetivos do PCC são: Elaborar uma lista de cargos a fim de manter um equilíbrio entre salários e funções dentro da empresa ou classe trabalhadora; Elaborar um plano de carreiras a fim de proporcionar o desenvolvimento profissional ; Equilibrar os salários pagos ao mercado através de uma pesquisa salarial; Propor, através do estudo a ser realizado, práticas de Recursos Humanos que racionalizem melhor os procedimentos administrativos, entre outros. 2

Um candidato inseriu uma receita de macarrão instantâneo no meio da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obteve 560 pontos na prova. A redação tem os dois primeiros parágrafos dissertando sobre o tema “Movimento imigratório para o Brasil no século 21”. Em seguida, o texto diz: “Para não ficar muito cansativo vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos mls de água em uma panela, quando estiver fervendo coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva.” O texto termina com mais um parágrafo sobre o tema da imigração. A redação foi considerada “adequada” pelos corretores do Enem.


fora do ar


r

“A Feira de Caruaru, Faz gosto a gente vê. De tudo que há no mundo, Nela tem pra vendê, Na feira de Caruaru. Tem massa de mandioca, Batata assada, tem ovo cru, Banana, laranja, manga, Batata, doce, queijo e caju, Cenoura, jabuticaba, Guiné, galinha, pato e peru, Tem bode, carneiro, porco, Se duvidá... inté cururu.” Onildo Almeida


bastidores reportagem Fernanda Sales fotos Lídia Vilaça 1

De acordo com informações da Fundação Nacional do Índio - Funai, atualmente o Brasil possui cerca de 460 mil índios (0,25% da população brasileira) espalhados em cerca de 107 hectares (12% do território nacional). 2

A Tribo Fulni-ô, de origem pernambucana, vive numa aldeia de 11.500 hectares, a 500 metros da cidade de Águas Belas. A população é de cerca de 3.600 e é a única tribo do Nordeste brasileiro que utiliza a língua nativa, a Yaathe (ou Yathê).

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Dia do Índio mais próximo da tribo

Em diversas escolas do país, o Dia do Índio 1 é vivenciado com pinturas no rosto e brincadeiras folclóricas. No Colégio Sagrado Coração, os alunos tiveram a oportunidade de aprofundar o conhecimento, tendo contato com uma das 225 sociedades indígenas do Brasil, que é a tribo Fulni-ô 2 , natural de Águas Belas, Agreste do Estado. Durante o evento, que aconteceu nas dependências do próprio colégio, os alunos do Ensino Infantil, Fundamental e Médio participaram de rodas de conver-


sa com os indígenas, assistiram apresentações culturais e puderam apreciar e comprar o artesanato feito pela tribo. O momento também serviu para que os alunos tivessem um conhecimento mais aprofundado quanto à cultura e comportamento dos índios. O encontro também teve cunho social. Além de proporcionar aos alunos a vivência real da cultura indígena, o Colégio promoveu uma campanha para arrecadar donativos. “Os índios da tribo Fulni-ô vivem na área do nosso esstado que está sendo muito

castigada pela seca, por isso, nossa ideia também foi de contribuir de alguma forma mandando essa ajuda em conjunto com os familiares dos alunos que enviaram alimentos não perecíveis”, explica soligárdia Viana, coordenadora geral da escola. Quanto a arrecadação, esta teve resposta positiva, como avalia soligárdia. “Chegamos a arrecadar um caminhão inteiro de alimentos e isso é gratificante porque nossa escola tem a constante preocupação social”, acrescenta.

Na Cultura, aprender inglês é mergulhar numa nova cultura, que agrega a visão de outros povos, permitindo a construção de novos referenciais. É por isso que a Cultura acrescenta essa dimensão cultural aos seus cursos, promovendo o interesse pela leitura, teatro, cinema, música e costumes de outras nações de língua inglesa. Embarque nessa viagem, e curta, você também, a vida com mais cultura! Caruaru (81) 3721.4749


comigo foi assim rEportaGEM FeRnAndinO netO foto PRisCilA FOntinele

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Determinação. A capacidade de acreditar nos sonhos fez João do Pife alçar voos inimagináveis, como se apresentar em quase todo o Brasil e também no exterior Quando os sonhos povoam a mente de um homem simples a palavra impossível é extinta de seu vocabulário. A história de João do Pife é um exemplo de como os sonhos podem levar as pessoas a lugares distantes. Até os 45 anos, ele viveu no sítio Chambá, na zona rural de Riacho das Almas, onde cresceu, tocando pífano, plantando milho e feijão. A tradição do instrumento é familiar. O avô transmitiu para o pai e este para os filhos. João do Pife aprendeu as primeiras notas aos 10 anos e aos 15 começou a tocar com o pai, o Mestre Alfredo. Homem feito, alimentava dois sonhos: tocar pífano em Caruaru e ser alguém na vida. Como se o destino lhe anunciasse, tudo iria mudar quando decidiu morar na Capital do Agreste. Chegou aqui sem nada e o que encontrou foi dureza e portas fechadas. determinado, no início dos anos 1980 João do Pife montou um banquinho na Feira de Artesanato para comercializar os pífanos que produzia. nos intervalos, aproveitava para mostrar seu talento. O homem que sonhava conhecer Caruaru, alguns anos depois, estava com os outros cinco membros da Banda de Pífanos dois irmãos, liderada por ele, se apresentado em Portugal. Aos 68 anos, João do Pife já levou sua arte a 24 países e visitou praticamente todos os estados brasileiros. Como se não bastasse, o mestre do pífano gravou Cd na inglaterra e montou uma orquestra de pífano com várias estudantes americanos na universidade da Flórida. Passou três meses nos estados unidos, onde fabricou sozinho mil pífanos e cinquenta zabumbas. Com o dinheiro que recebeu realizou mais um sonho: sair do aluguel. Casado, pai de oito filhos, João Alfredo Marques dos santos, o João do Pife, mostra-se satisfeito com tudo o que a vida lhe ofertou. Permanece o mesmo homem simples e ainda alimenta sonhos. um deles: adquirir um automóvel para transportar os integrantes de sua banda até as apresentações. seu João sobrevive da arte do pífano e produz diariamente os instrumentos em sua pequena oficina de trabalho, no bairro do salgado, onde mora. “estou muito satisfeito. Papai do céu me deu tudo o que eu queria. Aqui todos me conhecem, mas sou mais valorizado lá fora. eu preciso que Caruaru me reconheça”, é o desejo do mestre João do Pife.



ser, ter e


escolher “Caruaru progrediu, a sua construção evoluiu e as personalidades da terra cooperavam para o seu engrandecimento. A cidade muito deve àquela geração e é hoje uma das mais importantes e progressistas do Estado.” Elysio Condé


cult

anastácio rodrigues Bacharel em direito e bancário aposentado, Anastácio foi diretor de Educação e Cultura, vereador e prefeito de Caruaru. Aos 85 anos, ele preside o Instituto Histórico da cidade e luta para preservar a memória da terra de grandes escritores e artistas

O progresso de uma cidade deve-se, em parte, à força de seu povo. E toda cidade elege os seus ícones. Reconhecê-los é também um ato de cidadania. Anastácio Rodrigues tem a cara de Caruaru, cidade que ele ama e defende com intensidade impressionante. A ligação chega ao ponto de ambos, ele e Caruaru, aniversariarem no mesmo mês. Anastácio conhece como poucos a história da Capital do Agreste e quatro décadas após ter deixado o cargo de prefeito permanece popular e atuante, aplaudido por seus conterrâneos, admirado e reconhecido por seus sucessores. A maneira como conduziu os destinos de Caruaru, de 1969 a 1973, o coroou com referências que o enchem de orgulho. É “o prefeito mais honesto de Caruaru”, “o prefeito amigo da cultura” e também “o eterno prefeito”. De sua gestão 1 , destaque para obras importantes, como a Casa Museu Mestre Vitalino, a construção das barragens Antônio Menino e Tabocas (que puseram fim a um problema histórico de falta d’água na cidade à época), a conquista do Campo de Monta para o município (que é a atual área do Parque 18 de Maio), o Canal do Salgado e a estrada de acesso ao Monte do Bom Jesus, além da criação do Parque Industrial de Caruaru. Mas, sem dúvidas, sua maior obra é a Casa da Cultura José Condé, inaugurada há quatro décadas. Anastácio também revestiu Caruaru de uma simbologia que a desnudava. Deu-lhe uma bandeira, um hino e instituiu o seu feriado municipal a 18 de Maio. Em sua gestão, os restos mortais de José Rodrigues de Jesus foram encontrados na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, pondo fim a uma dúvida histórica sobre a existência do fundador da cidade. O ex-prefeito, no entanto, defende que a cidade precisa ser olhada de outra forma. “O que atrapalha o progresso de Caruaru é a mentalidade admi-

reportagem Fernandino Neto fotos priscila fontinele 1

Eleito pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em 1968, Anastácio Rodrigues contou com o apoio dos governadores arenistas Nilo Coelho e Eraldo Gueiros Leite para concretizar a sua plataforma de governo. 2

Fundado em 1º de março de 2008, data que assinala a emancipação política de Caruaru, o Instituto Histórico está localizado na sede da antiga Estação Ferroviária. É o órgão mais atuante na preservação histórico-cultural da cidade e acaba de ser reconhecido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco como entidade de utilidade pública estadual.

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nistrativa. Aqui só se pensa no voto. O voto é para ser pensado no período da campanha. Fora isso, é trabalhar. Nossa meta foi o amanhã de Caruaru. Administrar é prever o amanha”, enfatiza. Ele também questiona o descaso com as questões ambientais. “Não se planta nesta cidade. O porquê eu não sei”. E revela: “Se eu fosse prefeito novamente, faria duas obras importantes: atacaria o Rio Ipojuca, que é hoje uma chaga e criaria o Centro Administrativo de Caruaru para reunir prefeitura, câmara e fórum num só lugar”. A educação também foi pauta destaque na vida pública de Anastácio, responsável pela construção de muitas escolas na cidade e zona rural. O avanço no setor, registrado nos últimos anos, sobretudo no ensino superior, empolga o ex-prefeito. “Olho com tanto otimismo, que me emociona. A juventude alegre, cheia de esperança, com seu futuro garantido. Eu me formei aos 40 anos de idade. Faço parte de uma geração sacrificadíssima”, diz. Para ele, o maior avanço registrado em Caruaru nos últimos anos está na infraestrutura do município, que ele diz ter implantado em seu governo. Apesar dos avanços, Anastácio acredita que a cidade está carente de amor. “Precisam olhar para Caruaru com amor, doar-se. Não colocando a política como primeiro item, mas visando o bem comum.” Antes de chegar à prefeitura, Anastácio foi Diretor de Educação e Cultura do governo João Lyra Filho e vereador oposicionista destacado na Câmara Municipal. Aos 85 anos, ele revela nunca ter pensado em fazer carreira política e desde 2008 tem dedicado sua vida ao Instituto Histórico de Caruaru 3 , que ele idealizou e preside. “O que mais me deixa orgulhoso e vaidoso é que esta cidade deu ao Brasil e ao mundo gênios. Caruaru é uma cidade privilegiada.” Anastácio Rodrigues define Caruaru como o seu mundo e declara seu amor pela cidade que o viu nascer em 11 de maio de 1928. “Caruaru me encanta. Poucos contemplam as serras de Caruaru. São belas. Deus caprichou. O monte é o coração de Caruaru palpitando. Eu não posso viver fora de Caruaru”, admite. No futuro, a literatura e a história definirão Anastácio como um poeta apaixonadíssimo por seu poema: Caruaru.


Anastácio Rodrigues nunca se afastou da vida política e social de Caruaru. Muitos anos depois de ter administrado a cidade, ainda é reconhecido pelo feito, sendo visto como amante declarado da Caruaru que ajudou a erguer. No aniversário da cidade, ele cobra mais amor e menos interesse pelo voto. Aos 85 anos de idade, sua perseverança em zelar pela história de Caruaru permanece intocável, motivo de admiração das gerações que o sucedem

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consumão rEportaGEM FeRnAndA sAles fotos diVulGAçãO

tecnologia. Não é de hoje que as novidades tecnológicas encabeçam as listas de consumo das pessoas. E, o novo lançamento da Apple, o iPad 4, vem com força total Bem de consumo

“O novo iPad” ficou ultrapassado até no nome. Após sete meses do seu lançamento, a Apple já colocou no mercado o iPad 4 e tirou de linha o irmão mais velho. A quarta geração do gadget não apresenta tantas mudanças em relação ao seu antecessor, o iPad 3, uma delas é o processador A6X que tem o dobro da velocidade. A câmera frontal também melhorou a resolução permitindo fotos e Facetime com qualidade hD. A tela de retina e o tamanho de 9,3 polegadas continuam como na versão anterior mas não deve durar muito já que a marca já prevê para junho lançar o iPad 5 com 9,7 polegadas e mais fino e leve que todos os tablets da marca. mas os fanáticos pelos produtos da maçã podem acompanhar logo logo o lançamento de mac Pro e iPad mini ainda neste semestre.

“Quando resolvi comprar um iPad optei logo pelo modelo mais recente e acho que fiz uma boa compra. A velocidade do processador é um detalhe necessário pra mim que o utilizo para trabalhar com gravação e edição de áudio”. CONCEiçãO RiCARtE, JORNAliStA “Pra mim, o iPad 4 é visivelmente superior ao 3. O processador é muito mais rápido, facilitando a navegação na internet, o sistema raramente trava, a câmera tem uma qualidade bem melhor, principalmente a frontal que facilita o uso do Facetime, skype entre outros. estou ansioso para ver as novidades que o 5 trará”. ANDRÉ tEiXEiRA FilhO, EStuDANtE DE DiREitO “Quando comprei o iPad 3 ele ainda era chamado de “novo iPad”. Optei por ele por ser o modelo mais recente e a tela de retina que me atraiu em relação ao iPad 2, pois faz uma diferença imensa nos gráficos dos jogos. Poucas semanas depois, o iPad 4 foi lançado, mas por enquanto, o modelo anterior ainda supre minha necessidade. sei que perdi dinheiro, porque o modelo saiu de linha, mas por enquanto, não me interessa trocar.” tiAGO mENDONçA, FiSiOtERAPEutA “trabalho como analista de mídias sociais e costumo usar meu iPad para redes sociais, e-mails, navegar na internet e estudar. não penso em trocá-lo momentaneamente, pois ele é um complemento do meu notebook. tem a vantagem em relação ao computador, que é a mobilidade e a praticidade para acessar a internet com um aparelho leve e que pode ser transportado facilmente. Por enquanto, ele satisfaz todas as minhas necessidades e não tenho interesse nas versões mais recentes do iPad. enquanto consumidora, sou atraída pela finalidade e preço. se é ponta de linha ou já está há algum tempo no mercado, para mim pouco importa.” lAÍS CAPiStRANO, 22 ANOS, JORNAliStA

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Ritmo escolar segue puxado com compromissos escolares, comemorações e aulas-passeio 1 No Colégio Diocesano, as aulas no laboratório vira uma verdadeira festa de aprendizado. Na foto, os alunos estão fazendo uma experiência para provocar uma erupção vulcânica. 2 Alunos do Colégio Criativo de Caruaru romperam as barreiras físicas da instituição e seguiram para aula itinerante na reserva de Serra Negra, na cidade de Bezerros. Por lá,

além do contato com a natureza, os alunos aprenderam um pouco mais sobre a fauna, flora e geografia. 3 Na onda de aprender com diversão, alunos do 9ª ano do Colégio Alternativo de Caruaru visitaram o Espaço Ciência, no Complexo Salgadinho, em Olinda. 4 Estudantes dos três polos do Cursinho Popular Edilson de Góis participaram da aula inau-

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social clube

nada de rotina escolar

reportagem robson meriéverton fotos divulgação Rafael Lima

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gural no início do mês de abril. Mais de mil estudantes assistiram a apresentações culturais dos alunos do Caic e à aula do professor Menelau Júnior. As aulas acontecem aos sábados, a partir das 13h30, nas Escolas Municipais Professor Machadinho (São Francisco), Josélia Florêncio (São João da Escócia) e Teresa Neuma (Maria Auxiliadora). 5 No último 18 de abril, dia em que se reverencia a Literatura Infantil, os alunos das séries iniciais do Colégio Sagrado Coração foram agraciados com uma programação especial. Em um espaço bastante convidativo, os pequenos participaram de um momento de leitura que contou com a participação de uma contadora de histórias.

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campanha

Desligue a tV e vá ler um livro. Nós que trabalhamos na Olha! indicamos quatro livros para você parar o tempo à sua volta e se entregar aos prazeres da leitura O estilo emocional do cérebro Richard J. davidson, sharon Begley (Sextante/Gmt)

Você já se perguntou por que as pessoas reagem de maneiras tão diferentes às adversidades e às alegrias da vida? Já notou que tem amigos que comemoram cada pequena vitória, enquanto outros só sabem reclamar? tudo isso está relacionado com o estilo emocional do cérebro. Após mais de 30 anos de pesquisas, o neurocientista Richard J. davidson resolveu se dedicar ao estudo pioneiro dos mecanismos misteriosos que estão por trás das emoções e examinar o modo como elas influenciam as funções cerebrais. davidson descobriu que cada estilo emocional é formado por seis dimensões básicas – resiliência, atitude, intuição social, autopercepção, sensibilidade ao contexto e atenção – e que a identidade emocional única é determinada pela combinação dessas dimensões.

O homem que não queria ser Papa Andreas englisch (universo dos livros)

não é nenhum segredo que Joseph Ratzinger, o brilhante teólogo da Baviera, não queria ser papa. Mas o quão árduo e penoso foi esse percurso é somente revelado neste livro de Andreas englisch, que escreveu de dentro do olho do furacão! A decisão mais importante do pontificado de Bento xVi talvez tenha sido desistir do poder e, ao mesmo tempo, enfrentar o Colégio Cardinalício que tanto conspirou contra ele. Acusado de reacionário, o papa demissionário deixa claro com seu gesto que o cargo não é nem vitalício nem sagrado. É político. surpreende e afronta a poderosa Cúria Romana, causando-lhe estupor. Ao mesmo tempo que ‘joga a toalha’, desistindo de enfrentá-la e de se deixar manipular. um relato emocionante e verdadeiro, que vai fazer você entender melhor como funciona o Vaticano e o que levou o papa a renunciar.

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Sonho grande Cristiane Correa (Sextante/Gmt)

Jorge Paulo lemann, Marcel telles e Beto sicupira ergueram, em pouco mais de quatro décadas, o maior império da história do capitalismo brasileiro e ganharam uma projeção sem precedentes no cenário mundial. nos últimos cinco anos eles compraram nada menos que três marcas americanas conhecidas globalmente: Budweiser, Burger King e Heinz. tudo isso na mais absoluta discrição, esforçando-se para ficar longe dos holofotes. A fórmula de gestão que desenvolveram, seguida com fervor por seus funcionários, se baseia em meritocracia, simplicidade e busca incessante por redução de custos. uma cultura tão eficiente quanto implacável, em que não há espaço para o desempenho medíocre. Por outro lado, quem traz resultados excepcionais tem a chance de se tornar sócio de suas companhias e fazer fortuna. sonho grande é o relato detalhado dos bastidores da trajetória desses empresários desde a fundação do banco Garantia, nos anos 70, até os dias de hoje.

A mulher V

Cristiane Cardoso (thomas Nelson Brasil)

esqueça tudo o que você já ouviu sobre o que é ser mulher. A mulher moderna está fora de moda. Acumulando funções como mães, esposas e profissionais, muitas mulheres esqueceram como mostrar sua verdadeira beleza, escondendo o que elas têm de melhor atrás de tarefas e de uma preocupação demasiada nas aparências físicas. entra a Mulher V. ela desafia os conceitos e valores da mulher atual. ela anda na contra-mão das avenidas feministas. ela é o que os homens dariam tudo para ter. Cristiane Cardoso faz uma viagem ao passado para desvendar os 20 segredos dessa Mulher - e ensina como você pode aplicá-los nos dias de hoje.




Este espaço é todo seu: pode reclamar, dar dica, mandar opinião, bater boca ou também pode dar os parabéns, que é bom e a gente gosta! “Fui surpreendida com a qualidade da revista. Acho que o público jovem da região merecia uma publicação voltada especificamente para eles e com conteúdo, discutindo educação e cultura de uma forma leve.” Aryane Lira, 24 anos, empresária “Sabe aquele texto que chama atenção, te segura na leitura do início ao fim e mostra tudo que a gente está a fim de ver? Pois é, a Revista Olha! conseguiu me prender pela qualidade visual, focos interessantes de assuntos gerais, unindo o útil ao agradável com temáticas que falam do universo do jovem da região, ou seja, fala diretamente pra muitos, como eu. Parabéns a toda a equipe!” Marlon Vital, 27 anos, jornalista

“Depois de um tempo morando em São Paulo, voltei pra rever os amigos e me apresentaram a Revista Olha! e já de início me encantei pela capa com o título “O meu destino é viajar”. Obviamente me identifiquei com o foco da matéria. Achei a revista de muito bom gosto, desde as fotos bem produzidas até os textos com abordagens interessantes, passando pela riqueza visual que prende a nossa atenção. Não deixa a desejar de nenhuma publicação em cartaz no sul e sudeste do país. Espero que o sucesso continue por muitas e muitas edições.” Alyne Florêncio, 26 anos, publicitária

“A Revista Olha! sempre consegue surpreender e

conquistar ainda mais os leitores que já são fãs do perfil da revista. Eu, particularmente, não consigo deixar de ler uma edição sequer, já que, no meu ponto de vista, é uma da revistas que estão no mercado que mais entendem o ponto de vista do leitor e fazem o possível pra oferecer um excelente material. Sem falar nas matérias que têm linguagem bem “leve” que agrada os leitores dos mais diversos segmentos! Enfim, é por essas e outras que nunca deixo de conferir o que a Revista Olha! tem pra me apresentar em cada nova edição!” Lunara Aires, 20 anos, estudante de jornalismo

Na banca em meio a tantas publicações uma te convida: “OLHA!”. E num é que ela é nordestina, pernambucana e caruaruense! Orgulho danado me deu. Pessoal, acompanho o trabalho de vocês (de longe) desde a primeira edição. Vale salientar que a revista só tem melhorado. Parabéns! Desejo sucesso e muitas pautas. Tem um bocado de gente VENDO esse trabalho, que parece ser feito com muito carinho. Por isso, fica tão bonito” Nathalia Ludmilla, Jornalista

“Fiquei muito impressionado com a qualidade da revista. Bom para nós, leitores, que ganhamos mais um veículo de muita credibilidade e compromisso com a informação. Que venham muitos outros assuntos interessantes para suprir nossas vidas de informação”, Rodrigo Lima, agente de viagens

www.revistaolha.com.br jornalismo@revistaolha.com.br atendimento ao leitor: (81) 9544-1794 Diretor executivo obede Gueiros neto Departamento comercial Fauzia Emannuelly Editor Robson Meriéverton, Jornalista Visual (Projeto Gráfico) Sandemberg Pontes, Reportagens Fernanda Sales e Fernandino Neto, Fotografia e Edição de Imagem Priscila Fontinele Publicidade para anunciar na Olha!, ligue: (81) 9544.1794 Permissões da Olha! para usar selos, logos e citar qualquer avaliação da revista, envie um e-mail para a redação jornalismo@revistaolha.com. br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Saiba que os artigos assinados pelos colaboradores da Olha! não expressam necessariamente a opinião da revista. A Olha! não se responsabiliza pelo conteúdo dos textos de colunas e anúncios. É permitida a reprodução das matérias publicadas pela revista, desde que citada a fonte. Olha!, número 5, ano 0, edição 5, é uma publicação mensal, com distribuição comercializada nas principais instituições de ensino públicas e privadas, assim como nas escolas municipais, estaduais e particulares de Caruaru, por R$ 4,90. Impressão Gráfica Centauro. Tiragem 5 mil exemplares. Sede Rua do Norte, 48, 2º andar, sala 201, Centro, Caruaru, Pernambuco, tel. (81) 9544.1794, de segunda a sexta, das 8h às 18h. Sábados, das 8h às 13h. Contato Comercial Fauzia Emannuelly, tef. (81) 9544.1794, das 8 às 18h, de segunda a sexta e sábados, das 8h às 13h, comercial@revistaolha.com.br

boca no mundo

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“Foi Cururu Foi Caruara Foi Caruru Hoje é Caruaru Terra da arte, da cerâmica e do couro Do bacamarte, do pife e da tradição, Tens literatos que as penas valem ouro Orgulho e glória das letras e da Nação.” Lídio Cavalcanti

fim



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Uma festa com 324.000 convidados.

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