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CARNE

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AGRO NO PRATO

AGRO NO PRATO

#pecBR CARNE

PRODUÇÃO . MERCADO . ARROBA

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Carne Carbono Neutro

NOVA LINHA DE CARNES COM ATRIBUTOS DE SUSTENTABILIDADE

CARNE

Carne Carbono Neutro:

Marfrig lança linha de carne em parceria com a Embrapa

O produto foi desenvolvido pela empresa Marfrig em parceria com a Embrapa

DIVULGAÇÃO, GUSTAVO MIGUEL

té pouco tempo atrás, o uso de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) para produção de carne bovina não era tão intensificada como nos dias atuais. Ao longo dos anos, pesquisas apontam inúmeras vantagens como à intensificação sustentável do uso da terra, diversificação da produção, conservação do solo, uso dos recursos naturais, redução da pressão para a abertura de novas áreas conhecidas como efeito “poupa-terra”, sem deixar de lado o A bem estar animal, bem como o sequestro de carbono, a mitigação das emissões de gases, dentre outras vantagens. Os estudos da Embrapa Gado de Corte resultou no lançamento da nova linha de carnes com atributos de

sustentabilidade: a Marca Viva, usando como conceito a certificação Carne Carbono Neutro (CCN). Lançada pela empresa Marfrig em parceria com a Embrapa, esse conceito integra resultados de pesquisa a um processo de produto tecnológico único em sua concepção que alia a compensação das emissões de metano entérico (gás de efeito estufa) dos bovinos ao bem estar animal. De acordo com a companhias, de alimentos, responsável pela linha de carnes, foram investidos cerca de 10 milhões de reais e os recursos foram alocados em pesquisa, certificação de propriedade, construção da marca, construção dos padrões de corte, dentre outros. A princípio a marca será vendida em São Paulo e posteriormente, em todo o território nacional.

Em 2019, a Embrapa confirmou a realização da certificação para adesão do selo CCN, que atesta a qualidade do produto dentro dos padrões exigidos. Entre os conceitos levados em conta estão a prática e os processos desenvolvidos nos diferentes tipos de sistemas ILPFs que oportunizaram vários atores do setor como produtores, técnicos, formuladores de políticas públicas e outros, ao que há de mais moderno em tecnologias para esses sistemas integrados. Além do mais, essas condições atendem as demandas relacionadas à sustentabilidade que passou de modismo para uma obrigação nos tempos atuais.

Em uma publicação feita pela Embrapa Gado de Corte, o Diretor Executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Oliveira Soares, destacou a importância do projeto e a sua evolução futura. “No momento em que o mundo inicia o debate de sobretaxação de produtos agrícolas, o Brasil evolui com tecnologias e inovações produtivas sustentáveis que o protagoniza como potencial grande fornecedor de serviços ambientais. Já se discute no Brasil sobre precificação de carbono em sistemas pecuários. Com os sistemas integrados superavitários em carbono, será possível em horizonte de curto prazo (antes de 2030) termos negócios e mercados de carbono, a partir da produção pecuária e suas integrações”, relatou. Ele explica ainda que o novo conceito é uma iniciativa que contribuirá não só para a produção sustentável de proteína de origem animal no País e nos trópicos, como também oportunizará maiores ganhos produtivos e ambientais em curto, médio e longo prazo.

CARNE

Produção Sustentável

Conforme o CEO da Marfrig, Miguel Gularte, “ao incentivarmos a produção sustentável geramos valor para a empresa e para a cadeia de negócios. Além disso, o desenvolvimento da carne carbono neutro, em parceria com um dos mais respeitados centros de pesquisa e de inovação do agronegócio mundial reafirma o nosso compromisso com quatro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU” diz.

Para a Embrapa, a produção de carne carbono neutro fortalece o mercado interno e, futuramente, a exportação de carnes para países exigentes, diferenciando o produto brasileiro em questões relacionadas a sustentabilidade. “É um projeto que conta com a participação de 12 centros de pesquisa da Embrapa, envolvendo uma rede de mais de 150 pesquisadores e ainda diversas instituições. O agro será o motor da retomada brasileira e vai precisar de parcerias como essa, unindo esforços dos setores público e privado”, enfatizou Celso Moretti, presidente da Embrapa.

Como Surgiu o CCN?

Para compreender melhor o processo, a Embrapa conta com um livreto sobre as principais perguntas e respostas referentes ao CNN. O assunto, que foi iniciado em 2012 durante o “II Congresso Colombiano y I Seminário Internacional de Silvopastoreo”, realizado na Colômbia, abordou o papel de sistemas silvipastoris como uma estratégia real para o enfrentamento de futuros cenários de mudanças climáticas.

Desenvolvido por um grupo de profissionais entre zootecnistas, veterinários e engenheiros agrônomos, o material

garante um importante embasamento sobre o que se deve ter para obter o selo. Um dos objetivos da marca-conceito CCN é a neutralização das emissões de metano entérico dos bovinos em pastejo no sistema silvipastoril. Conforme apresentado no estudo inicial, “tais sistemas apresentam nível de tecnificação de baixo a moderado, e as emissões de metano representam a maior parte das emissões de GEE. No futuro, é possível que as outras fontes de emissão sejam consideradas, inclusive as de ‘fora da porteira’, o que pode auxiliar na elaboração da análise de ciclo de vida (ACV) da carne”, acrescentou.

Selo CCN – Foram disponibilizadas duas versões do selo CCN sendo uma em português e outra em inglês, o que poderão ser utilizadas para carnes bovinas frescas, congeladas ou transformadas, para mercado interno e para exportação.

Para obter o selo, a Embrapa orienta que é necessário atender uma série de pré-requisitos e parâmetros inerentes ao conceito estabelecido no texto da série documentos intitulada “Carne Carbono Neutro: um novo conceito para carne sustentável produzida nos trópicos”. Entre os critérios está o compromisso de implantação de projeto de sistema de ILP/ILPF com base no Plano ABC do Governo Brasileiro e nos documentos orientadores da Embrapa. O sistema deve apresentar uma produção com base em pastagens estabelecidas com forrageiras herbáceas (baseline); Avaliação técnica da emissão de carbono com base nos índices zootécnicos da propriedade, considerando a emissão de GEEs por animal, indicada em documento-referência do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 2006) ou da Rede PECUS (baseline); Cálculo do carbono fixado a partir de inventários florestais regulares (anuais) onde será calculado o estoque de carbono fixado nas árvores do sistema, conforme metodologias para sequestro de carbono por árvores, estabelecidas pela Embrapa Florestas. Dentre outras determinações previstas pela Embrapa.

Para conhecer todo o processo, o produtor pode acessar as informações sobre o CCN “Carne Carbono Neutro: um novo conceito para carne sustentável produzida nos trópicos”, que está disponível em: http://old.cnpgc.embrapa. br/publicacoes/doc/DOC210.pdf

CARNE

AS NOVIDADES DO NELORE

Segundo o atual presidente, algumas mudanças na realização de eventos foram necessárias diante do atual cenário

CARLOS LOPES E GUSTAVO MIGUEL

AAssociação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) está repleta de novidades É o que afirma o presidente da ACNB, Nabih Amin El Aouar, em entrevista exclusiva para a Revista Pecuária Brasil. Entre as novidades está a retomada das exposições presenciais, como a

Expoinel 2020. A maior exposição das raças Nelore e Nelore Mocho do País completa 49 edições e esse ano deve reunir cerca de 400 animais entre os dias 14 e 20 de setembro, na Fazenda Paraíso, em Vila Velha (ES). O evento, que encerra o Ranking Nacional, realizado pela ACNB, tem o apoio da Associação Capixaba dos Criadores de Nelore (ACCN), Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Fertilizantes Heringer, Tortuga e Matsuda Sementes e Nutrição Animal. O local foi escolhido após várias discussões envolvendo criadores e a diretoria da ACNB. De acordo com Nabih, diante do atual cenário, foi pensado em cancelar a exposição diante das restrições enquanto a realização de eventos presenciais em Uberaba, local onde a exposição é realizada ano a ano.

Segundo o presidente, não seria justo com quem investiu nas outras exposições ranqueadas, como a Expoinel Mineira – realizada em Uberaba; a de São José do Rio Preto, a de Goiânia e Mangaratiba. Ao todo foram realizadas quatro exposições para o Nelore e duas para o Nelore Mocho. “Realizamos várias reuniões para decidir se iríamos cancelar ou não. Mas pensamos: se eles investiram e se esforçaram para estarem presentes, por que cancelar se temos algumas opções”, declarou Nabih.

O presidente afirma que esse é um momento em que precisa haver união em prol da raça, de maneira geral. “Precisávamos nos adaptar a essa nova realidade, até mesmo porque a pecuária não pode parar.” Tentamos de várias maneiras manter o evento em Uberaba, inclusive nos reunimos virtualmente com os presidentes de outras associações zebuínas, tendo em vista que com o cancelamento da ExpoZebu poderíamos unir todas as entidades, junto na Expoinel, como já acontece com o Brahman, o Gir Leiteiro e o Guzerá Centro Sul. Algumas já tinham manifestado interesse, porém, diante da realidade de Uberaba, foi preciso suspender os planos. Recebemos, a partir de então, o convite para realizar a nossa nacional em Brasília e mais uma vez não deu certo. Depois, tudo estava sinalizando para São José do Rio Preto, mas não havia certeza se até na data prevista para a exposição seria possível a liberação de eventos presenciais. Foi quando a organização da Exponel Capixaba nos fez o convite já com a certeza da realização da exposição deles. Não teria restrições, era comunicar e ir”, explica o presidente.

Os julgamentos terão transmissão ao vivo durante toda a exposição pelo Facebook e Instagram da ACNB, e também pelo Lance Rural. Já os Grandes Campeonatos, serão transmitidos pelo Canal do Criador.

A ACNB informa que as inscrições permanecem abertas. “A Expoinel é de participação obrigatória para os criadores e competidores que disputam os campeonatos do Ranking Nacional. A mostra encerra o calendário do Ranking Nacional Nelore e Nelore Mocho 2019/2020, sendo determinante para a definição dos Melhores Criadores, Expositores e Animais da raça”, reforça Nabih.

Presidente da ACNB, Nabih Amin El Aouar

CARNE

O presidente da ACNB também destaca a segurança do local devido à pandemia do novo coronavírus. “A Fazenda Paraíso, onde ocorrerá a Expoinel, é uma propriedade privada, fora do perímetro urbano. Somente terão acesso ao local os tratadores e apresentadores responsáveis pelos animais, jurados e equipe organizadora sem presença de público e serão tomadas todas as medidas exigidas”, diz.

As avaliações dos animais Nelores e Nelore Mocho ficarão a cargo do jurado Ricardo Gomes de Lima.

Circuito Nelore de Qualidade

Promovido pela ACNB, o evento completou 20 anos de existência e os números impactam. Já foram avaliados mais de 143 mil animais, em 12 estados do país (AC, BA, ES, GO, MG, MS. MT, PA, PR, RO, SP e TO). Estava programado para este ano, que a ACNB, juntamente com suas Associações Regionais Conveniadas, os Frigoríficos Friboi e Frisa, e a Matsuda Sementes e Nutrição Animal, assumiram a meta audaciosa de realizar cerca de 40 etapas, avaliando em torno de 25 mil animais no ano. O que está sendo cumprido mesmo diante da mudança do cenário em virtude da Covid-19.

De forma descontraída, o presidente Nabih contou que “nunca se trabalhou tanto na associação como nos últimos tempos. Estamos de Home Office, uma realidade comum de muitas empresas e é justamente nesse período que precisamos sair da zona de conforto. Temos projetos audaciosos, um deles foi saltar de 26 para 40 etapas do Circuito Nelore de Qualidade. Mas como faríamos isso com essas restrições recomendadas? Chegamos ao ponto que a Friboi manifestou suspender as etapas por não ter condições de acompanhar os processos. Outra pergunta foi feita: Como um técnico da ACNB poderia acompanhar os abates que são feitos um a cada semana? Precisaríamos pensar para mudar essa história”, declarou.

Foi ai, segundo Nabih, que em conjunto com todos os envolvidos seria idealizado o novo formato do circuito. Agora com câmeras dentro do setor de abate em ângulos diferentes focando os animais em todas as angulações, com imagens perfeitas sendo possível a avaliação precisa do abate técnico.

“Um técnico fica exclusivamente dentro da Friboi que é a unidade que faz avaliação dos animais. Por meio das imagens é possível avaliar todo o processo. Toda a diretoria e os pecuaristas participantes também acompanham o processo. Ou seja, do Oiapoque ao Chuí, do Brasil ou Japão, é possível acompanhar o processo. Além do mais, durante as transmissões discutimos outros assuntos como tipo de nutrição usada, qual a genética do animal, qual foi a suplementação usada nos últimos 90 dias de confinamento, quais são os lotes de castrados, e por ai vai. Tudo respondido em tempo real, conforme a dúvida do participante. Muito mais gente participando da prova, bem mais confiabilidade do circuito”declarou o presidente.

Brahman:

uma raça de contribuição universal

Saiba como surgiu o Brahman brasileiro e como ele vem sendo utilizado para melhorar a produtividade de rebanhos de corte em vários países.

CARLOS LOPES

Apesar de concorrentes no mercado internacional, os maiores produtores de carne bovina do mundo, Brasil, Austrália e Estados Unidos têm um fato em comum que viabiliza o crescimento da pecuária de corte: o gado zebuíno. São países que se tornaram referência na seleção do Brahman e hoje têm forte demanda pela genética da raça. E com a pecuária de corte aquecida em 2020, a necessidade de touros melhoradores Brahman para uso em cruzamento só aumenta. Na Austrália, por exemplo, cujo rebanho vem sendo reduzido este ano por conta da forte seca, a valorização da raça cresceu. Segundo a Associação Australiana de Criadores de Brahman, os criadores da raça alcançaram um aumento de quase 30% no valor dos touros vendidos em leilões em 2019. No Brasil, o mercado de genética também segue firme neste segundo semestre de 2020, com o produtor mais capitalizado e disposto a investir mais em touros melhoradores, visando a produção de carne para os mercados interno e externo. “Como a raça Brahman tem como principais características a precocidade e a grande adaptabilidade é muito indicada para os cruzamentos. São animais equilibrados, com musculatura forte, altamente produtivo e correto nas suas características morfológicas, permitindo assim eficiência produtiva, reprodutiva e longevidade, em todos os sistemas de produção”, destaca o presidente da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), Paulo Scatolin. O presidente lembra que essas são características que vêm sendo trabalhadas desde a formação da raça, ainda no século passado. Os primeiros cruzados que deram origem ao Brahman utilizaram, principalmente, Guzerá, Gir e Nelore, além de Indubrasil e Krishna Valley. O Brasil teve grande contribuição nesse processo de formação do Brahman americano. As exportações organizadas por Pedro Marques Nunes, do Rio de Janeiro, e pelo Herd Book Zebu de Uberaba, de 1923 a 1925, levaram 85 exemplares Nelore e Guzerá para o México. De lá, em 1924, muitos animais foram levados para os Estados Unidos. “A importação do Brasil aumentou o interesse pelo Brahman devido à excelente qualidade dos animais brasileiros. Eram grandes, musculosos, sólidos indivíduos, embora fossem uma mistura de sangue indiano, com nítida preferência de Guzerá, com alguma evidência de Gir e Nelore.”, conta o O cientista A.O. Rhoad, então diretor da New Iberia Livestock Expermiment Station, no estado da Louisiana, no livro “American Brahman – A History of The American Brahman”.

Dos Estados Unidos, o Brahman espalhou-se pelo mundo, estando presente atualmente em mais de 70 países. “Hoje a raça é a base para o cruzamento industrial e da formação de raças compostas com maior sucesso na pecuária mundial de corte e também para leite. No Brasil, o cruzamento com outros zebuínos e com taurinos também é altamente valorizado”, explica o presidente da ACBB.

Brahman brasileiro - A entrada oficial do Brahman americano no Brasil ocorreu em 1994, mas as negociações para a importação iniciaram anos antes. Na gestão de Heber Crema Marzola à frente da ABCZ, entre 1990 e 1992, foi apresentada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento a proposta de importação, que foi aprovada. E em 1993, o criador Manoel Campinha Garcia Cid, o Neco, encabeça as iniciativas para a entrada oficial do Brahman no Brasil, fundando a Associação Brasileira dos Criadores de Brahman (atual ACBB), entidade da qual foi presidente. Já o presidente da ABCZ da época, Rômulo Kardec de Camargos, assina o protocolo visando a importação do Brahman.

Em fevereiro de 1994, o Ministério da Agricultura autorizou a abertura do livro de Registro Genealógico da raça. Os primeiros lotes chegaram por aqui um mês depois e foram importados pelo criador Rubens Andrade Carvalho, o Rubico. O touro JJ Ring Didor 398/1 foi o primeiro animal a pisar o solo brasileiro, desembarcando no Aeroporto de Viracopos, em Campinas/SP.

Em abril de 1994, na Exposição Agropecuária de Londrina, ocorreu a primeira mostra da raça e o primeiro leilão. Um mês depois, o Brahman estreava com grande repercussão na 60ª ExpoZebu. JJ Ring Didor 398/1 e Remansada 222 entraram para a história como os primeiros grandes campeões Brahman da ExpoZebu e receberam as marcações de número 1 no Livro de Registro da ABCZ.

Nesses 26 anos de Brasil, o Brahman vem sendo lapidado pelas mais modernas ferramentas de seleção, com forte participação nas provas zootécnicas onde vêm comprovando ter alta velocidade de ganho de peso e excelente acabamento de carcaça. Docilidade, aprumos fortes, fertilidade, longevidade, habilidade materna, facilidade de parto, eficiência alimentar são outros pontos fortes da raça. “O Brahman brasileiro vendo sendo utilizado para melhorar a qualidade do rebanho de vários países, por apresentar excelente conformação e ótimo desempenho no sistema de produção a pasto e também em confinamento”, finaliza o presidente da ACBB.

SENEPOL

COMEMORA AVANÇO EXPRESSIVO NO MERCADO DE SÊMEN

A raça vem conquistando a pecuária brasileira por seus resultados tanto na IA quanto na produção por monta natural

DIVULGAÇÃO E GUSTAVO MIGUEL

Oúltimo relatório da ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial) registra expressiva evolução na coleta e comercialização de sêmen da raça Senepol. Na sequência de uma alta na valorização dos animais e do crescimento na quantidade de leilões no primeiro semestre, o

Index ASBIA registrou aumento de 31% nos negócios com sêmen da raça no comparativo do primeiro semestre de 2020 com o mesmo período de 2019. Esse é o segundo gol de placa do Senepol esse ano. A raça que vem conquistando a pecuária brasileira por seus resultados tanto na IA quanto na produção por monta natural, em meados de março, teve

divulgada pela Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol (ABCB Senepol) a informação de um dos melhores quadros de desempenho no circuito de leilões, segundo o anuário da DBO. Além da valorização muito superior de machos e fêmeas o crescimento também se deu na quantidade de eventos, foram 63 remates em 2019 superando em 37,17% o resultado de 2018, que registrou 41 leilões.

A pecuária brasileira como um todo está no azul no Index da ASBIA tanto na carteira do leite com expansão de 10%, quanto na do corte com impressionantes 47% de crescimento. O crédito pode ser concedido em maior grau ao aumento das exportações do Brasil para a China, mas o Diretor de Marketing da Associação, Giuliano Jorge Wassall, também destaca a seriedade do trabalho de seleção dos criadores da raça Senepol para a sustentação dos índices dentro da indústria de sêmen. “A raça Senepol desde que chegou ao Brasil há 20 anos vem demonstrando e comprovando em cada ciclo pecuário seus atributos e vantagens. É pioneira entre as raças taurinas no investimento e uso da genômica, disponível a todos os criadores por meio do PMGS - Programa de Melhoramento Genético do Senepol, acelerando o intervalo das gerações e a acurácia das informações. Com isto, garantimos um grande salto no melhoramento genético do rebanho puro, colocando a disposição do mercado esse pacote tecnológico para fazer a diferença nos rebanhos comerciais. Seguramente o Senepol se destaca no cruzamento de forma superior entre todos os taurinos e isso impacta na maior procura e utilização de sêmen da raça”, diz Wassall.

CARNE

QUALIDADE ATESTADA

GUSTAVO MIGUEL

O renomado criador de Nelore Mocho José Francisco de Camargo Botelho, mais conhecido por doutor Botelho vem apostando na produção de carne tipo “Europa”

AFazenda Santa Rita de Cássia, do pecuarista, José Francisco de Camargo Botelho, mais conhecido por doutor Botelho, participou no último dia 24 de agosto do abate auditado pela Friboi realizado na cidade de Senador Canedo, no estado de Goiás. Ao todo foram abatidos 85 machos jovens do tipo “Boi Europa” que foram exportados com um preço acima do valor comercializado atualmente. Toda a qualidade comprovada é resultado da genética da seleção São José Da Car da premiada criadora de

Nelore Mocho, Dalila Botelho Toledo. O sobrenome não é mera coincidência. Irmãos, eles apostam na qualidade da raça que vem agradando o paladar de vários países europeus. De acordo com o doutor Botelho, os animais foram abatidos com média de 30 meses de idade e apresentaram qualidade superior, precocidade e acabamento.

“Esse animais tem a genética da seleção Da Car, que promove um trabalho ímpar. Tanto é que, com o passar dos anos, vem apresentando importantes resultados”, destaca o criador.

Outro detalhe citado pelo pecuarista é o valor agregado ao produto final. Segundo ele, a genética trabalhada resulta na valorização do animal abatido. Esse “Boi Europa” tem uma excelente valorização em cima da arroba. O que também é comprovado pela empresa que contratamos para monitorar e vistoriar a qualidade da criação. Assim, mantemos o nível na qualidade da carne que chamamos de “primeiro mundo”, reforça o senhor Botelho que já realiza a comercialização para a Europa há mais de dez anos, initerruptamente.

Qualidade atestada

No País, empresas estão se especializando no gerenciamento e controle da qualidade da produção bovina, como a que é feita na Fazenda Santa Rita de Cássia. De acordo com Botelho é feito cadastro, gerenciamento e rastreamento dos animais, o que facilita o controle da produção que está sendo preparada para a exportação.

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