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PECUÁRIA 360º

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APRESENTAMOS COM CARINHO ESSA COLUNA ESPECIAL QUE DEIXA UM POUQUINHO DE SAUDADE

Do sonho, Do sonho, a realidade a realidade

No mês em que se comemora o mês do veterinário, Lucas Adriano Bock conta como deixou a família em Santa Catarina em busca do seu maior sonho e hoje, vive em Uberaba onde trabalha em uma das maiores empresas de clonagem animal do País

CARLOS LOPES

Comemorado dia 9 de setembro, o dia do veterinário, considerado um dos profissionais mais importantes e que contribui significativamente no melhorando e avanço genético da pecuária mundial. Ainda é comum encontrar pessoas que acreditam que o médico veterinário é aquele que cuida apenas de pets, mas a sua formação o capacita para atuar em diversas áreas e não somente na saúde animal, mas também na saúde humana e no meio ambiente. Uma profissão que agrega valor à população e que está presente no nosso dia a dia. Quem vem representando muito bem a classe é o médico veterinário Lucas Adriano Bock. Natural de Guaraciaba/Santa Catarina, ele tem apenas 25 anos e já conta com um currículo de peso. Formado pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) fez seu estágio na tradicional Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (USP) – a Esalq/USP onde adquiriu experiência em Fisiologia e Biotecnologia da Reprodução de Ruminantes Clinica e Cirurgia que está permitindo com que Lucas exerça um belo trabalho à frente de uma das empresas de renome da Pecuária Nacional. Atualmente, está como coordenador de atividades na fazenda Geneal - Genética e Biotecnologia Animal sendo responsável pelo quarentenário que prioriza a produção e exportação de materiais genéticos para outros países, produção de clones bovinos, além de cuidar das vacas gestantes, partos, neonatos, transferência de embriões, diagnóstico de gestação, sincronização de vacas receptoras, coleta de embrião in vitro, coleta de materiais destinados à clonagem e cesariana. Sua inspiração, para tudo isso, venho de casa mesmo. Toda a família – pai, mãe e irmãos trabalham com pecuária leiteira e o amor pelos animais nasceu ainda cedo. “Sempre tive contato, admiração e respeito pelos animais. Desde muito cedo tive interesse em transformar o que eu estava aprendendo no meu ganha pão. Mesmo sendo muito novo e entendesse direito o que aquilo significava, já tinha certeza que seria médico veterinário. O meu sonho se transformou em realidade”, relembrou.

Para Lucas, “ser veterinário é algo muito gratificante. Saber que, através dos animais, você pode transformar, impactar, construir sonhos e levar esperança para a vida das pessoas, sem dúvida, é o que me move diariamente”, diz.

O futuro – Para o profissional, o setor pecuário é crescente e precisa de pessoas que tenham “garra e vontade de fazer o diferente”.

Segundo ele o caminho é um só: trabalhar incansavelmente fazendo o uso das fermentas que fazem a diferença e com um único objetivo: tornar a atividade eficiente e lucrativa. “Eu aposto no setor pecuário e não tenho medo de perder em momento algum. Estamos passando por um período de colher os frutos, reflexo de tudo o que foi implementado de tecnologia e inovação no campo”, destaca.

São dois anos fora de casa vivendo em Uberaba. Para ele, a distância e saudade doem, mas o amor e a dedicação pelo trabalho vence qualquer obstáculo. “Tenho um obstáculo maior do que a distncia e saudade da minha família. É contribuir para a solução dos desafios entorno da pecuária nacional. Enfrentamos vários obstáculos como custos de implantação de novas ferramentas de trabalho, preços de insumos altos e inúmeras dificuldades em ter acesso às tecnologias e inovações. Sem deixar de lado as instabilidades de oferta e a demanda. Mas, continuo com o meu sonho de menino e isso que me faz acordar todos os dias: ser um profissional cada vez melhor”, finaliza.

ELAS

QUE MANDAM

Mulheres do agronegócio: um panorama do crescimento da atuação no campo

DIVULGAÇÃO E MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Aos poucos as mulheres estão chegando cada vez mais a um patamar mais alto na sociedade. O tempo foi o seu melhor amigo e no agronegócio a história não é diferente.

A presença feminina está mais forte nesse setor que é o líder do PIB brasileiro em especial no ano de 2020, marcado pela pandemia que fez o mundo praticamente parar. Porém, mesmo diante desse cenário, o agro seguiu firme abastecendo o mundo todo de alimentos. Em todo o Brasil, 19% dos estabelecimentos rurais contam com uma mulher no comando. De acordo com o Censo Agro de 2017, quase 1milhão de mulheres trabalham como produtoras e pecuaristas o que fortalece ainda mais o papel do, até então, chamado “sexo frágil”. A grande maioria está concentrada na região nordeste com 57% seguido da região sudeste com 14%. Uma das mulheres de maior representatividade atualmente no setor agro é a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina. Ela declarou durante um

evento direcionado ao público feminino, que os desafios são muitos, mas espera ver cada vez mais mulheres liderando o agronegócio. Segundo ela, as mulheres estão fazendo a diferença e muitas tomaram as rédeas para darem continuidade ao trabalho realizado pelos homens, na sua maioria, pais e maridos. “No geral, as mulheres têm jornadas duplas ou até triplas, não importando se são de baixo ou alto poder aquisitivo. De alguma maneira, vocês são vencedoras naquilo que fazem”, declarou a ministra durante o evento realizado em Brasília.

Outra defensora do Agro liderado por mulheres está a Diretora de Desenvolvimento internacional do CME Group (Bolsa de Chicago) América Latina, Roberta Paffaro. Responsável pela gestão de risco de mercado futuro e opções com foco em commodities agrícolas, Paffaro é jornalista e palestrante sobre o tema: Mulheres no Agro, nome dado ao livro, onde ela é co-autora da obra considerada uma das pioneiras no País a tratar sobre o assunto.

Para Roberta, a mulher tem uma visão periférica e entende de gestão de pessoas, o que agrega ainda mais valor as suas atribuições exercidas. “Eu trabalho na área do mercado agro e noto que cada vez mais, as mulheres participam. Estão atentas aos estudos, as especializações e novas tecnologias. Elas somam e multiplicam resultados. Vivemos em uma sociedade patriarcal. Ainda existem muitos tabus a serem quebrados, como o de que a mulher é frágil, que não deve atuar ou exercer determinada função. Estamos evoluindo nesta desconstrução, mas ainda temos muito para evoluir. O apoio de homens na liderança nos mais diversos setores que enxergam e apoiam as mulheres são essenciais para trilhar este caminho”, destacou durante entrevista concedida a Revista Pecuária Brasil.

Ela será uma das palestrantes e moderadoras do painel sobre o assunto durante o 5º Congresso das Mulheres do Agro – Mulher Brasileira: A Voz Global que será realizado entre os dias 26 a 29 de outubro.

Pensada para ser uma programação plural e abrangente de diversos segmentos dentro do agronegócio, sempre pelo ponto de vista da mulher ou direcionado para a elas, independentemente se seja produtora rural, pecuarista, executiva de uma grande empresa ou profissional de algum ramo, o evento contará com fortes nomes além de Roberta.

De acordo com os organizadores, para 2020 serão realizadas muitas mesas redondas como a que reúne as ministras da Agricultura do Brasil e de Portugal, além da Líder da Aliança das Cooperativas Internacionais na América para dar um panorama do setor sob uma perspectiva internacional sobre o ambiente econômico/político. Outro foco do evento será a valorização das pesquisadoras da EMBRAPA. Sem deixar de lado assuntos como gestão de negócios, discussão sobre comércio internacional e as perspectivas 2020/2021, que será determinante para o futuro do agro e, também, quais são as tendências evolutivas do setor.

O evento contará ainda com importantes nomes como da empresária e diretora executiva do Green Rio, Maria Beatriz Bley Martins Costa; Chieko Aoki Fundadora e Presidente da rede Blue Tree Hotels, Chieko; Graciela Fernandez, Líder da Aliança das Cooperativas Internacionais na América; Ieda de Carvalho Mendes, pesquisadora da Embrapa desde 1989, ela trabalha na Embrapa Cerrados; Maria Antonieta Guazzelli, proprietária da Fazenda Palmito em Boa Esperança, no sul de Minas Gerais, ela que é grande produtora de leite, café, soja, milho e sorgo, o evento contará também com jornalistas, executivas e outras mulheres de força no agro. Para participar do evento basta acessar https://www.mulheresdoagro.com.br/

Roberta Paffaro

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