Revista PILOTI- 1ª Edição

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EDITORIAL Pensado para os vestibulandos...

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universo da escrita é algo fascinante, ela permite a expressão de sentimentos, anseios, questionamentos e de forma impressionante ela é capaz de divulgar pensamentos e expressões humanas por meio de palavras.O início do curso de Arquitetura e Urbanismo é o primeiro passo para começar a “escrever” mais um capítulo nessa história, dessa forma o aprofundamento no assunto é fundamental para o enriquecimento do repertório, ampliando assim a criatividade e a maneira inteligente de pensar os espaços. Diante disso, surgiu aquela vontade de “explorar” áreas, de criar uma publicação (inicialmente online) sobre o nosso curso, sobre Arquitetura E Urbanismo (não se esqueça dele). Nosso curso ainda está no início (estamos aguardando a terceira turma) e várias ideias estão surgindo para nos tornarmos um diferencial e essa revista é uma delas. A nossa intenção em especial nessa primeira edição é mostrar pra todo mundo o que estamos fazendo , pensando e desenvolvendo enquanto estudamos no nosso querido bloco H! Uma edição pensada principalmente nos nossos queridos vestibulandos, que ainda têm muitas dúvidas sobre o nosso curso. Dá uma conferida em tudo o que preparamos nesta edição, e em tudo o que estamos fazendo dentro e fora das paredes do IFSP ,uma instituição PÚBLICA, com campus na capital de São Paulo (bem legal né?). Então subam por nossas rampas e adentrem pelas páginas dessa revista, esperamos que gostem de nos conhecer! • Um abraço!! Revista Piloti

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´ Sumario 4 | Porque PILOTI? Entenda melhor o nosso nome... 5 | Arquitetura Chegou!! Confira nossos marcas no campus! 8 | O que é Arquitetura? Por Bruna Murbach Depoimentos dos nossos alunos queridos :)

10| Arquitetura é um leque - por Larissa Soares 12 | O IF proporcionou que eu expandisse minhas fronteiras - por Julia Medeiros

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| Conheça o Núcleo de Desenho Livre

VISITAS

16 | Sesc Pompeia- por Juliana Dias 18 | Rio de Janeiro - por Laís Fernanda 20 | Trabalhos de criação da disciplina de História da Arte 24 | Projetos - Parklet e Biblioteca 26 | Entrevista - Ganhadores do concurso Ousadia 30 | Depoimento da professora Ana Carolina Carmona PILOTI | 3


OPORQUÊDONOME

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ARQUITETURANOIFSP

por Bianca Carboni e Larissa Soares

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o que é

ARQUITETURA?

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que é arquitetura? Nos deparamos com essa questão ao pensar em nossa escolha de curso universitário e não é fácil encontrar uma definição.Segundo o dicionário é a “arte de projetar e construir prédios, edifícios ou outras estruturas”. Essa definição foi buscada por muito tempo e há muito se questiona se a arquitetura está ligada à estética ou à técnica, aos detalhamentos ou à estrutura. Muitos ligam o engenheiro ao papel estrutural e o arquiteto ao papel estético. Mas o papel do arquiteto em muito ultrapassa a concepção de um belo invólucro para as atividades humanas. A arquitetura não é um exercício externo ao ser humano que a habitará, o arquiteto deve pensar nas relações humanas que seu espaço promoverá, nas funções nele desempenhadas e nas

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por Bruna Murbach

sensações que causará nas pessoas que tomarem contato com esse espaço. Arte e cultura são colocadas em prática, em seu potencial de provocar emoções, sensações e pensamentos que fujam à superficialidade. Técnica, materiais e ciência não fogem à equação que leva ao projeto arquitetônico, pensadas em conjunto com as necessidades locais, como clima, e sociais, como custo e papel histórico. Cabe ao arquiteto, portanto, a mistura harmoniosa e bem planejada de todos esses ingredientes que têm o potencial de provocar emoções, ter um papel social, por exemplo, auxiliando na promoção da cultura ou servindo como moradia para aqueles que não a possuem; de ser uma grande ideia que servirá de abrigo para outras grandes ideias.


OQUEÉARQUITETURA? E para que essa mistura se torne completa, há que se estudar uma série de conhecimentos, por isso a interdisciplinaridade da arquitetura tanto na faculdade quanto no mercado de trabalho. Poderemos ser arquitetos projetistas, concebendo novas ideias, restauradores, preservando nosso patrimônio histórico e cultural, urbanistas, nos ocupando das relações do ser humano com a cidade ou ainda paisagistas, promovendo interação social e natural nos meios urbanos, tendo a possibilidade, também, de nos especializar em diferentes campos, como no som e na iluminação promovidos no espaço, ou ainda habitação social e pesquisa. Podemos ser práticos ou teóricos, ou ainda, ambos. Para que tenhamos todas essas possibilidades, o curso de arquitetura e urbanismo no IFSP se apresenta como interdisciplinar. Aprendemos o desenho artístico e o técnico, o cálculo e a física, assim como a modelagem, nos propiciando as ferramentas necessárias à expressão de nossas ideias e compreensão de todo o processo envolvido em nossos projetos. Estudamos a história da arte, teoria e história da arquitetura, nos inspirando em outras ideias, sentimentos e conceitos. O urbanismo e o paisagismo também têm destaque em nossa grade curricular, para que tentemos compreender a cidade na qual se insere a obra arquitetônica e para que atuemos nela, integrando a preocupação com a função social do espaço à sua beleza e seu potencial transformador.

Além dos estudos teóricos, também temos estudos práticos, pois vivenciamos cotidianamente a cidade de São Paulo, com todos os seus projetos arquitetônicos antigos e modernos, problemas e soluções para a vida urbana, exemplos de mobilizações e segregações sociais, compreendendo através da vivência como a arquitetura é uma dinâmica constante entre tempo, espaço e sociedade. Também estamos inseridos no mesmo ambiente do técnico e da engenharia civil, adquirindo um senso de cooperação com estes, nessa instituição de ensino pública, única universidade federal a ofertar o curso de arquitetura em São Paulo, onde temos a oportunidade de agregar conhecimentos com nossas visitas, iniciações científicas, congressos e onde já podemos atuar em conjunto para transformar ideias em projetos e projetos, um dia, em realidades, agregando à humanidade. Quer saibamos ou não definir o que é arquitetura apenas com palavras, sabemos neste ambiente de ensino, estudando este curso, arquitetura e urbanismo, que estamos nos imbuindo das ferramentas para agregar à humanidade, emocionando, encantando, oferecendo abrigo e conforto, espaços para refletir e onde refletir, descobrindo um novo curso, assim como descobriremos novas formas de arquitetar e transformando-o, assim como esperamos, de alguma forma, transformar o mundo em que vivemos.•

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Arquitetura por Larissa Soares

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eu nome é Larissa, tenho 19 anos e sou estudante de Arquitetura e Urbanismo do IFSP. Mal posso descrever a alegria que sinto ao dizer isso, seja para os outros, seja para mim mesma, seja para o espelho. Aqui estou eu, aprendendo todos os dias que ser estudante de arquitetura não é fácil, que noites mal dormidas resultam em um belo par de olheiras, e que uma pasta pode te colocar em inimagináveis situações constrangedoras. Mas principalmente, estou orgulhosa, orgulhosa por fazer parte disso, por fazer parte de um curso que tem tudo para dar certo. Quando soube que passei no IF, fiquei ansiosa, sabia que essa era a minha chance de fazer algo que sonhei por muito tempo. Bom, eu tinha alguns medos, mas nada que me impedisse de tentar. No dia da matricula, fui super bem recebida pelos veteranos que me mostraram o nosso bloco, e eu conseguia me imaginar ali. Começaram então a surgirem expectativas. Será que os professores são bons? Será que estou no lugar certo? ... várias perguntas rondavam minha cabeça.

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Hoje, no segundo semestre do curso, eu sei que é aqui que eu deveria estar. Se os professores são bons? A grande maioria eu considero, sim, bons professores. O que eu fiz aqui até hoje? Eu desenhei, eu pintei, eu calculei, eu dancei, eu li e escrevi, fiz xilogravura e até massagem coletiva, desenhei com os olhos fechados e até no cemitério eu fui. Acho que foi por isso que eu escolhi arquitetura, porque eu queria de tudo um pouco, e é isso que eu faço aqui. Arquitetura é um leque.


DEPOIMENTO

é um leque Eu tenho certeza que toda a batalha para estar aqui valeu a pena, e que o IF vai me proporcionar tudo aquilo que eu preciso para ser uma ótima arquiteta. Eu sei que é aqui que eu vou passar mais 4 anos da minha vida (é, nada de DP) e que nesse tempo vou aprender muita coisa, vou conhecer muitas pessoas bacanas, vou pegar várias manias e, principalmente, vou lutar para que o curso de Arquitetura e Urbanismo no Instituto Federal de Educação, ciência e tecnologia de São Paulo seja reconhecido assim como merece.

curso é recente? É. O prédio tem algumas goteiras? Tem. Você vai sofrer com cálculo? Vai, mas vai ser maravilhoso (e só por um ano). Além do mais, tem muita gente empenhada em fazer isso aqui dar certo. E mais uma vez: Meu nome é Larissa, e sou estudante de Arquitetura e Urbanismo do IFSP.•

O meu conselho para quem pensa em fazer arquitetura é: Vem pra cá! O

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O IFSP proporcionou que eu expandisse minhas fronteiras...

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azer arquitetura no IFSP foi (e ainda é) uma revolução na minha vida. Eu não esperava nada dessa faculdade, mas sabia que não ia desistir – foi o jeito que encontrei de fazer faculdade de arquitetura e não me mudar de São Paulo. Eu estranhei o Instituto no começo. Era muito diferente das outras escolas que tinha estudado, com pessoas diferentes de lugares muito diferentes. Mas isso foi tão bom. O IF proporcionou que eu expandisse minhas fronteiras – antes concentradas na bolha do Ensino Médio – para ver o quão vasta São Paulo é. Ainda tenho um mundo pra descobrir. Me abri, mergulhei de cabeça. Fiz muitos amigos, muitos tenho certeza que serão pra toda a vida. Estávamos num mar de dúvidas: “onde é que isso

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por Julia Medeiros vai dar?”. Éramos (e somos eternos) bixos sem veteranos. Apesar de parecer angustiante, nos fez crescer demais. Em nós brotou uma certa independência e autonomia que não se vê em outros cursos. Assim, unimos nossas forças como possível. É muita responsa ser a primeira turma de um curso. Ou segunda, ou terceira.Tem que ter coragem. Ao mesmo tempo, é mais que um privilégio. O curso é novo: quem faz o curso são os alunos. Uma das várias qualidades do IFSP é a união. Somos 40 alunos por turma, uma turma por ano. Em nenhuma outra faculdade em São Paulo se encontra isso: conhecer todos os alunos por nome, e ser conhecido por cada um dos professores. A atenção e proximidade é incomparável. Os professores realmente dão atenção, e vice versa.


DEPOIMENTO Não são só os professores que querem ver esse curso crescer - os alunos se engajam sempre nos assuntos referentes às melhorias no curso, na infraestrutura do prédio do IFSP, no desenvolvimento de atividades extracurriculares... Por isso digo que Arquitetura no IFSP não é pra quem quer entrar logo, sair com um diploma e acabou. É pra quem tem garra, tá disposto a se esforçar sempre pra vê-lo melhor. É como pensar a cidade: não estamos aqui momentaneamente, e nos contentamos com o jeito como está; queremos fazer o possível para que nossa passagem aqui seja a melhor possível, mas a dos outros também. Um Instituto Federal, localizado a dez minutos do metrô Armênia, próximo ao centro de São Paulo,não tem como dar errado. Dos 40 alunos da minha turma (teveranos), já temos participantes de concursos, alunos que trabalham ou estagiam, muitos que fazem iniciação científica, alguns que fazem monitoria, uma aluna na Hungria em Ciências sem Fronteiras, diversas participações em congressos, etc. Participamos do Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura (ENEA) e do Interfau.

O curso é promissor, mas já alerto que aqueles que procuram uma faculdade pelo nome e glamour talvez se frustrem pelo fato de o curso ser novo, e ainda em crescimento, pouco conhecido. Não são contáveis as vezes que disse “Estudo Arquitetura na Federal, conhece? Ali perto do metrô Armênia, do lado do shopping D”. Isso não me é incômodo.Mas pode ser para alguns. Não podemos negar que o IF tem muitas carências, principalmente ligadas à infraestrutura e burocracia. O engajamento dos alunos de arquitetura tem sido essencial para colocar pressão e garantir as melhorias que chegam devagar, mas chegam. Via C.A., D.A. ou Atlética (entidades que representam o curso de arquitetura), os alunos lutam diariamente pelas conquistas de um IFSP mais estruturado. Todos nós temos ou já tivemos algum descontentamento com o IF ou com o curso. Não é motivo para desistir, e sim lutar. O IF tem um mundo de possibilidades a oferecer, se o aluno estiver disposto. Estamos de braços abertos para todos os nossos futuros bixos. Independente de classe, gênero, orientação sexual, etnia etc; dos festeiros aos quietinhos, somos hoje 70 alunos que compõem o curso mais concorrido do SISU por dois anos seguidos. A cada ano o curso cresce e a gente vai fazendo história. É o começo de algo. No If tudo pode dar errado a qualquer momento, e os alunos da arquitetura não perdem a oportunidade de fazer com que dê certo.•

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NÚCLEODEDESENHO

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por Juliana Dias

s alunos da segunda turma de Arquitetura e Urbanismo realizaram diversas visitas técnicas na disciplina de Teoria da Arquitetura à locais considerados importantes para a cidade de São Paulo. Um deles é o Centro de Lazer Fábrica da Pompeia, conhecido como SESC Pompeia , uma antiga fábrica de tambores que foi reformada, o projeto foi concebido por Lina bo Bardi em 1986 e causou grande repercussão , uma vez que o centro mantinha características industriais , elementos brutos e mudanças de escala, elementos que eram considerados estranhos à arquitetura corrente. Tal singularidade é o que torna o projeto do SESC Pompeia tão inigualável.

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VISITA|SESCPOMPEIA

aminhando pela Rua Clélia, avistam-se exemplos de uma arquitetura monumental.Ah! A verticalização, pareço ter ouvido esse termo. Continuo, reparo em aberturas destinadas aos carros? Um concreto aparente elaborado, mais um shopping. À frente, uma clara oposição. Portões vermelhos e volumes prismáticos ora constituídos de concreto ora de tijolos aparentes podem ser avistados.Sente-se uma essência fabril (as tubulações agora coloridas denunciam seu antigo uso) , que vem acompanhados de uma certa fluidez espacial. Visitar o SESC Pompeia é uma boa prova de como a Arquitetura pode contar histórias, neste caso , um exemplo de contribuição sinérgica entre arquiteto, trabalhador e população. A antiga fábrica de tambores foi abando-

nada pelos responsáveis e mesmo antes do projeto de Lina bo Bardi, foi transformado pela população do entorno em um local de lazer e convivência. E quem não se encantaria com a energia e com o poderoso teor expressionista do local? Para Lina, não foi diferente. O arquiteto é um teórico por excelência, sujeito capaz de questionar e propor soluções começando por simples rabiscos e que se transformam em histórias através dos traçados do projeto final. Utilizar um espaço voltado à cultura do prazer e da mente na coletividade é imprescindível na formação do arquiteto e urbanista. Um verdadeiro estímulo à sua vontade de recuperação de espaços, voltando-os à flexibilidade , abertura e ao exercício do “viver a cidade”, que deve ser de maneira precípua, uma paixão. •

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RIO DE

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JANEIRO


VISITA|RIODEJANEIRO

Croqui do Pau-Brasil , de Guilherme Cajaíba

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er a primeira turma nunca foi fácil, mas sermos os primeiros a fazer uma viagem ao Rio de Janeiro pela profissão que amamos parecia uma boa ideia. O calor era tão grande e as visitas tão profundas que o cansaço foi inevitável. Acordar cada dia com a esperança de pisar na areia e tomar sol na praia da Barra se tornavam decepções quando voltávamos tarde da noite para o hostel. E todos seríamos capazes de dizer que passaramse cinco dias sem um único passeio turístico. Mas como se deparar com um mundo à parte, o Sítio Burle Marx e não se encantar com uma beleza tão distinta dos nossos dias cinzas? Como não se sentir num caminho ao infinito frente a aléia de palmeiras imperiais do Jardim Botânico do Rio de Janeiro? Como não se encantar com os cuidados do Sarah Kubitschek e o explendor de Lelé? Na verdade, tudo que descobrimos foi um novo circuito turístico na cidade do Cristo e de Copacabana. Estudar paisagismo na cidade maravilhosa foi uma viagem enriquecedora aos olhos e à mente.” - Laís Fernanda, estudante do quarto semestre de Arquitetura e Urbanismo •

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CRIATIVIDADE

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PROJETOS

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ENTREVISTA|OUSADIA

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“É EMPOLGANTE PARTICIPAR DA CRIAÇÃO DE ALGO NOVO....” O depoimento de uma professora muito querida sobre Arquitetura e Urbanismo no IFSP. A contribuição dos professores, é fundamental para o desenvolvimento de um curso!

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DEPOIMENTO|PROFESSOR

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cho que estar participando da criação de um novo curso de arquitetura e urbanismo – seja como estudante, seja como professora, como é o meu caso – é um grande desafio, uma aventura. Se por um lado há riscos e temos muitas dúvidas e ansiedades, por outro tudo está por ser feito, e isso é o que mais me estimula, poder criar, inventar, experimentar. Vejo aqui no IF algumas potencialidadesmuito interessantes e que poderão, se bem aproveitadas, qualificar o curso de Arquitetura e Urbanismo: o fato de estarmos em uma escola pública e Federal, algo que querendo ou não, traz uma solidez, uma infraestrutura física e pedagógica (de pesquisa, ensino, extensão), que poucos cursos no Brasil possuem; o fato do nosso curso ser muito próximo dos cursos de Engenharia Civil e Técnico em Edificações – aqui estamos todos dentro da mesma área, a Construção Civil –, o que nos permite conviver e compartilhar experiências diversas, do ponto de vistas acadêmico, técnico, social, cultural; o fato de termos turmas pequenas, com apenas 40 alunos por ano, o que traz uma proximidade entre alunos e professores e a possibilidade de uma relação de ensino franca e estimulante para ambas as partes... E, por fim, algo muito importante que é estarmos em São Paulo, a maior metrópole do país, uma cidade cheia de contradições (e por isso mesmo um prato cheio para a formação do arquiteto), num país que tem uma necessidade imensa de profissionais que assumam a sua função social – pensando na transformação da cidade, na habitação popular, na criação de novas áreas verdes e equipamentos públicos, nas redes de transporte, enfim, uma série de coisas

essenciais nas quais o arquiteto tem que atuar, junto à população, modificando o cenário atual. Em relação à outra coisa que vocês me perguntaram, sobre o que faço para o desenvolvimento do curso, tenho sido bem briguenta (os outros professores que o digam!), e corro todo dia para lá e para cá atrás de coisas que considero fundamentais para a escola – como melhorias em nossa biblioteca (no acervo e no espaço físico), na maquetaria, o estimulo à atividades artísticas e culturais (como a criação do Núcleo de Desenho Livre, aberto a todos os estudantes do IF)...Claro que essas coisas todas dependem também da organização estudantil, e, desse ponto de vista, acho que os alunos de AU estão se mobilizando, criando o CA, participando ativamente dos debates e atividades, cobrando a direção, os funcionários, os professores, e isso é muito bom. Além dessas ações, poderia também destacar que, de modo geral, nós professores temosnos empenhado na ampliação de horizontes e consolidação do curso, propondo viagens de estudo, visitas técnicas, sem falar nos grupos de pesquisa – vários alunos do 1º e 2º ano já são bolsistas de Ensino e Iniciação Científica e estão desenvolvendo projetos bacanas nas áreas de urbanismo, história, projeto, conforto ambiental... Enfim, acho que deu para perceber pelo texto, é empolgante participar da criação de algo novo. O que eu diria para os vestibulandos que estão considerando entrar no IF: “quem não arrisca não petisca” (rsrs) e “viver é muito perigoso” (rsrs2)... Esperamos você de braços abertos e pranchetas a postos!• Profa. Ana Carmona Setembro 2015

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REALIZAÇÃO ALUNOS DE ARQUITETURA E URBANISMO IFSP CAMPUS SÃO PAULO Equipe Texto e conteúdo Bruna Murbach Júlia Luna Andrade Mariana de Freitas Gomes Camilla Freitas Lucas Mellone Vitor Oliveira Bianca Carboni Larissa Soares Letícia de Pádua Juliana Dias Machado Lidia Hiromi João Franco Edição Juliana Dias Machado Vitor Oliveira Lidia Hiromi

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