Entrevista
Comic Con Experience
Luciano Amaral Pág. 28
Pág. 22
CAPA
Dia do Dublador
Prófugos, do Chile
O spoiler em tempos de Netflix
De olho na Telinha do Netflix
Pág. 18
Kiefer Sutherland
Pág. 30
Perfil
Seções
Coluna In-Dicas Clique Traçados Pixels
Ponto a Ponto A meia-calça entra em cena!
Pág. 26
Mensagens Antenados Vitrine
Por dentro da summer season!
Pág. 39
Exposição Castelo RáTim-Bum
Pág. 37
Tecla SAP
Pág. 35
“Halt and Catch Fire”
Controle Remoto Pág. 16
Pelo Mundo
Pág. 10
Calendário
Pág. 6
Carimbo
Redação Amanda Piolii Ana Flávia Miranda Gabriela Pagano Jéssica Nakamura Maísa França Maria Clara Lima Colunistas Paulinha Alves Luciano Guaraldo
Editorial
Redação Online Amanda Pioli Cássia Tavares Gabriel Nonino Jéssica Nakamura Larissa Lofuto Olívia Pilar Chefe de Redação e Direção de Pauta Gabriela Pagano
Ser editor é padecer no paraíso Sempre imaginei como seria o dia-a-dia de uma redação através de filmes e séries. A Revista Pixel TV tornou essa rotina verdadeira faz pouco tempo mesmo tendo sua equipe de redação “na nuvem”. Nuvem lembra céu, que, por vezes, lembra paraíso. E junto do paraíso vem a saga que é chegar lá. Passamos pelo inferno e purgatório para chegar ao paraíso de cada nova edição. Nós não esbarramos em equipamentos e mesas mas em letras e palavras e, também, naquela ansiedade para que o novo número fique pronto conforme planejado. Cada edição é uma correria, uma surpresa, uma experiência diferente. Bem aquela coisa de se doar, mesmo se doer. E é bom que doa mesmo! Sem dor não há aprendizado e sem aprendizado não há crescimento. E a Revista Pixel TV se enquadra perfeitamente nesse aprendizado constante. Não é porque a segunda edição está pronta que isso tem de cessar. Cada ponto é pensado para agradar a maior quantidade possível de leitores. A segunda edição traz um panorama completo das Comic Con brasileiras (o paraíso dos geeks e amantes da cultura pop), uma matéria sobre a Summer Season a temporada de estreia do verão americano (o paraíso pra quem vive o inferno do hiatos das outras séries) e muitas outras coisinhas para agradar você, leitor - o nosso paraíso. Maísa França Editora e Diretora de Marketing
Editoras Gabriela Pagano Maísa França Maria Clara Lima Editora Online Mirele Ribeiro Marketing Maísa França Ilustrações João Costa Marcos da Mata Capa e Diagramação Marcos da Mata Projeto Gráfico Wellington Pereti Arte Rayssa Bevilaqua Diretora Executiva Maria Clara Lima Contato contato@revistapixel.com.br Publicidade anuncie@revistapixel.com.br Redação redacao@revistapixel.com.br Revista Pixel TV edição #2 - Junho de 2014. Essa publicação é distribuída gratuitamente via web para você carregar onde quer que for. Seja no celular, no Ipad, na telinha do computador. Para isso, basta acessar o nosso Issuu! http://issuu.com/revistapixeltv
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Mensagens Bem vindos à origem da origem. Ao pixel da pixel. Está no ar a primeira edição da Revista Pixel TV. Logo, esse cantinho colorido e sossegado ainda não mostrou a que veio. Mas ele será o nosso espaço de interação. Queremos ouvir vocês, saber suas opiniões sobre nossas seções, textos, posts e aventuras. E apesar de não sermos um divã, esperamos que vocês desabafem também: abram o coraçãozinho para a Revista Pixel TV! Ficaremos felizes em esclarecer dúvidas ou corrigir eventuais erros ou equívocos. E e aqui que nos encontraremos para esse gostoso bate-papo todos os meses. E como fazer isso? Manda uma mensagem por e-mail, e garantimos que vamos ler todas elas.
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CARIMBO
O ritmo alucinante de “Halt and Catch Fire” Nota: 9,5 Por Gabriela Pagano
Você, provavelmente, está lendo esse texto pela tela de um (leve) tablet, de um lugar onde eu não ouso adivinhar - afinal, com toda a portabilidade que o objeto lhe proporciona, as possibilidades são infinitas. É justamente essa jornada que Halt and Catch Fire, nova série da AMC, narra. O seriado se passa na pequena empresa fictícia Cardiff Electrics, no Texas, que, depois da chegada de um funcionário, irá brigar com a gigante IBM (essa existe de verdade) no mercado de computadores pessoais; os anos 80, época em que o seriado começa, marcam o estrondo dessas máquinas. Na trama, Lee Pace – o eterno confeiteiro Ned, de Pushing Daisies – interpreta Joe MacMillan, o vendedor visionário da Cardiff e ex-funcionário da IBM. MacMillan deseja criar um “PC” que seja mais leve e mais barato do que aquele fabricado pela concorrente e, apesar de todo o perigo que o projeto implica, é impossível não se encantar pelas palavras do personagem. Joe é um homem charmoso, esbanja autoconfiança e possui
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• PIXEL TV | Junho 2014
uma energia contagiante. É chocantemente distante daquela meiguice que Pace emprestou ao Ned. Joe é dúbio, ao que tudo indica, mau caráter, e conta mentiras com a maior desenvoltura. Ele deixou a IBM
sob circunstâncias misteriosas e, segundo o ex-chefe dele, só obtém ajuda na Cardiff Electrics porque ninguém sabe “quem ele é de verdade” por lá. Algo que, provavelmente, também não descobriremos tão cedo.
Imagens Divulgação
Os ajudantes em questão são o engenheiro Gordon Clark (Scoot McNairy) e a programadora Cameron Howe (Mackenzie Davis). Gordon é o típico perdedor: tinha tudo para ter dado certo na vida, é brilhante, mas acabou virando um funcionário qualquer de uma empresa modesta. Ele tem um casamento quase falido e é constantemente pressionado pela esposa. Já Cameron é uma jovem rebelde e genial. Não será fácil para Joe controla-la, o que pode ser um grande incômodo para ele. Dito isso, Halt and Catch Fire tem um dos melhores – senão o
melhor – piloto dramático dos últimos anos. O ritmo da história é alucinante, já que tudo envolve alguma forma de tensão. A tensão entre as duas empresas de computadores; a tensão de Gordon em dar certo na vida; a tensão que ele vive em casa com a esposa; a tensão sexual entre Joe e Cameron; a tensão profissional entre Joe e a IBM. A única coisa que atrapalha um pouco é a linguagem e os termos de informática utilizados nos diálogos. Para quem não é superintendido de computadores, eles soam como grego. Fora isso, a série pega fogo!
Ficha Técnica: Título: Halt and Catch Fire Duração: 60 Gênero: Drama de Época Censura: 16 Criadores: Christopher Cantwell e Christopher C. Rogers Elenco: Lee Pace, Scoot McNairy, Mackenzie Davis, Kerry Bishé, Toby Huss Ano de produção: 2014 País de origem: EUA
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ANTENADOS
Sem Print Por Favor Por Maísa França
Sabe aquela sua série favorita que você não cansa de ver e rever os episódios? Ela pode ser muito mais que uma tela da sua TV. A loja Sem Print Por Favor traz alguns produtos bem criativos para quem quer ver sua série além das telinhas. São quadros, almofadas e canecas com a arte feita pelo ilustrador Rafael Gomes, idealizador do projeto que ganhou vida em fevereiro de 2014. O nome da loja deu trabalho e, segundo ele, não passa de uma brincadeira. “O mais complicado foi o nome. É meio que uma brincadeira com a mania que as pessoas tem de darem “printscreen” em fotos ou artes legais que elas encontram na internet, sem ao menos saber de quem são ou não dando os devidos créditos ao autor”, conta. As artes criadas por Rafael são divididas em categorias como toy, minimalista e aquarela, cada uma com sua pitada única de criatividade que faz qualquer um se apaixonar ao primeiro olhar. Tem tanta coisa legal por aí que Rafael revela que, às vezes, não consegue desenvolver todas as suas ideias. “Tenho um caderno onde anoto as idéias para novas artes. Tem tanta coisa legal pra virar arte, que até fica difícil, as vezes, ter tempo de desenvolver todas”, diz. Vamos doar tempo para o Rafael, gente! Assim nós teremos mais opções de várias artes legais para decorar a casa. O preços dos produtos é tão bacana quanto eles e variam de R$ 26,90 a R$ 49,90. Sem Print por favor http://www.semprint.com.br/ https://www.facebook.com/semprint
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Imagens Sem Print Por Favor/Divulgação
Netflix Roulette Abriu o Netflix e bateu aquela indecisão do que assistir? O aplicativo Netflix Roulette promete ajudar os indecisos de plantão sugerindo uma atração a ser assistida. Como funciona? Basta escolher um gênero - ou não - atribuir uma nota - se quiser - e deixar o aplicativo te surpreender. O único problema é não gostar da sugestão do Netflix Roulette e entrar naquele círculo vicioso de clicar toda hora no botão para escolher uma nova opção. Netflix roulette
http://netflixroulette.net/
Programação da TV brasileira na ponta dos dedos O aplicativo Guia TV BR traz para o telespectador a programação da TV brasileira, entre canais abertos e pagos e regionais. O app traz informações de séries, novelas e filmes além de mostrar os destaques da semana no canal desejado e permitir o compartilhamento do que está sendo assistido em redes sociais. Guia TV BR
https://play.google.com/store/apps/details?id=guiatvbrlite.com
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CALENDÁRIO
29 de junho Dia do Dublador De quem é essa voz? Você já deve ter se feito essa pergunta inúmeras vezes ao ver desenhos, filmes e, inclusive, séries dublados. Em homenagem ao Dia do Dublador, conversamos com alguns profissionais que nos mostraram quem são as pessoas que fazem com que os personagens falem a nossa língua e como é ser reconhecido pela voz. Por Amanda Piolii Imagens Arquivo pessoal e Divulgação
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CALENDÁRIO estranha sensação de reconhecer
“O diário de Daniela”, “Luz Cla-
a voz de um personagem mes-
rita”), pela Alice (Ashley Greene)
mo sem nunca ter visto aquele
de “Crepúsculo”, e pelos filmes
programa antes?
da Ashley Tisdale, entre muitos
Dentro deste emaranhado de fantasia e realidade acústica,
outros que ela nem consegue lembrar, tamanho o número!
aparecem os dubladores, profis-
Além desses atributos, Mar-
sionais atemporais que empres-
co Ribeiro, também dublador,
tam suas vozes para que pro-
lembra que a escolha de um cer-
duções estrangeiras possam ser
to profissional para determinado
A voz é um dos traços mais
entendidas por todos aqueles
personagem, algumas vezes, de-
marcantes de uma pessoa
cuja língua nativa é o português
pende da escolha do cliente res-
e, provavelmente, um dos
(o mesmo acontece em outros
ponsável pelo filme, “mas o mais
mais individuais, sendo impossí-
países, mas vamos nos focar no
comum é o diretor de produção
vel de ser fielmente reproduzida.
Brasil!).
analisar os dubladores e escalar
Talvez, por isso, pareça tão gos-
“A dublagem é uma arte e
a voz mais adequada ao perso-
toso quando ouvimos uma voz
como toda arte tem elementos
nagem”. Contudo, sem dúvida,
e, mesmo com os olhos fecha-
subjetivos como intuição, sensi-
o profissional precisa ter boa
dos, podemos associar aquele
bilidade, mas também elemen-
dicção, versatilidade e sensibili-
som a uma imagem. Assim, por
tos objetivos, como a técnica, o
dade para interpretar diferentes
exemplo, são lembrados muitos
timbre da voz, a idade, a expe-
papeis.
momentos da nossa infância,
riência”, explica Flávia Fontanelle,
Marco, por exemplo, já tra-
principalmente quando estamos
conhecida por sua dublagem da
balha há 29 anos com dublagem
falando de televisão. Quem não
personagem Roberta (Dulce Ma-
e não esconde que enfrentou al-
se lembra, na hora, da voz da
ria), de “Rebelde” – uma das que
gumas dificuldades no caminho.
Sheila, do clássico desenho “A
ela mais amou! –, de todas as
Além de resfriados e rouquidão,
Caverna do dragão”? Ou tem a
novelas da Daniela Lujan (como
que, neste caso, prejudicam a ferramenta de trabalho dos dubladores – ou seja, a voz -, existem personagens que oferecem mais desafios. “Um bem difícil [de dublar] foi o Jim Carrey, em “O Máscara” e o Tom Hanks, no filme “O Terminal”, pois ele falava búlgaro”, relembra, sem deixar de mencionar que gosta de todos os trabalhos de que participa. No mundo das séries, é Marco o dono da voz em português dos hilários Charlie Crawford (Charlie Sheen), em “Two and a Half Man”, e Michael Kyle (Damon Waynes), em “Eu, a pa-
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troa e as crianças”, e do sedutor
e a Penny (Kaley Cuoco), em “
dublagem. Antes dessa etapa,
Dylan McKay (Luke Perry), de
The Big Bang Theory”. Com mais
ainda há a escolha das vozes, a
“Barrados no Baile”.
de 100 trabalhos, ela também é
adaptação do texto e do trailer,
Como qualquer outra profis-
a dubladora oficial da atriz Amy
e, depois da gravação propria-
são, a carreira de dublador tam-
Adams (“O Vencedor”, “Trapa-
mente dita, ainda tem revisão,
bém possui alguns obstáculos,
ça”) no Brasil.
gravação de novas falas e mixa-
mas, principalmente, por exigir
Nos últimos tempos, a tec-
gem, fazendo com que todo o
que o profissional se adapte a
nologia evoluiu muito e, com ela,
processo dure vários meses. “Te-
um perfil que não é necessaria-
a forma de dublagem também.
nham certeza de que tem muita
mente o dele. “A dublagem não
Se antigamente todos os envol-
gente do lado de cá da telinha,
é para quem simplesmente gos-
vidos em uma produção faziam
que se dedica com amor a essa
ta, mas para quem consegue se
seus trabalhos juntos, hoje cada
arte através da voz! E a maior re-
despir de si mesmo e da sua pró-
um tem sua cabine, o que per-
compensa é saber que estamos
pria interpretação para incorpo-
mite que a dublagem seja feita
falando a mesma língua! ”, ga-
rar aquele ator e se encaixar na
individualmente, lembra Marco.
rante Flávia. <3
criação dele com naturalidade. O
E, também, com muitos anos de
dublador também tem que agir
prática e a pressa do mercado,
PROFISSÃO: ATOR!
como se estivesse de fato dentro
a dublagem passou a ser feita
Atualmente, no mundo das pro-
do filme, vivenciando tudo aqui-
em pouco tempo: um filme para
duções cinematográficas (permi-
lo... mas com exatamente o mes-
televisão leva cerca de 40 horas
tindo que a televisão ainda exista
mo ritmo e articulação do ator
para ser dublado (divididas em
como uma realidade paralela),
original”, ressalta Flávia.
períodos de 6 horas cada), en-
muitos atores conhecidos têm
Já Fernanda Baronne adver-
quanto, para o cinema,
te que a vida desse profissional é
dura, aproximadamente,
a mesma que de qualquer outro
12 dias.
que trabalha com artes. “Não há
Para nossas amadas
‘segurança’, certeza. Trabalha-
séries, o tempo depende
mos quando somos chamados.
de quantos personagens
Há meses em que se trabalha
uma mesma pessoa du-
muito, outros em que se traba-
bla, já que quando a sé-
lha bem menos... Hoje em dia
rie apresenta muita gen-
é complicado viver apenas de
te em papel pequeno,
dublagem. Os atores precisam
compensa usar o mesmo
diversificar suas atividades e con-
profissional para diferen-
siderar a dublagem como mais
tes pessoas. Mas, nor-
um veículo de atuação, não o
malmente, um episódio
único”, garante, mesmo já tendo
demora um dia, depen-
feito inúmeros trabalhos como
dendo de quantos minu-
a Sookie Stackhouse (Anna Pa-
tos tem.
quim), de “True Blood”, a Kitty
Mas é importante
Walker (Calista Flockhart), em
lembrar também, como
“Brothers & Sisters”, Peyton (Hil-
conta Flávia, que esse
lary Burton), de “One Tree Hill”
tempo é apenas para a
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CALENDÁRIO sido chamados para exercer esse
que não conseguem dublar.
vez que há mais de 20 anos é di-
papel de dublador, o que dei-
Nem mesmo dublar a si mesmo
retora, ficando responsável por
xa muitos espectadores se per-
quando se fazia necessário”,
orientar os novos – e antigos –
guntando se pode ou não. Mas
explica.
profissionais da área. “Eu dirijo
o que pouca gente sabe é que para ser dublador existe um re-
VOZES EM FAMÍLIA
mais de 12 anos. Fiz todos os
quisito essencial: ser ator. “Não
Marlene Fernandes é um exem-
‘Shrek’, ‘Kung Fu Panda’, ‘Como
existe profissão ‘dublador’, e sim
plo de amor pela profissão. Sem
treinar seu dragão’ e muitos ou-
atores que dublam”, garante Fer-
dúvida, grande parte do público
tros. (...) Tive a oportunidade de
nanda.
da dubladora é criança ou se en-
dirigir o falecido Bussunda [voz
Isso tanto é verdade que,
cantou por ela durante este pe-
do Shrek nos dois primeiros fil-
no Rio de Janeiro, onde é feita
ríodo da vida. Ela é conhecida
mes], que no primeiro teve muita
a maior parte das dublagens do
por seu trabalho como a voz da
dificuldade e fez o seu trabalho
país, o sindicato dos dubladores
professora Helena, de Carrossel
em cima da voz do ator Mauro
é o mesmo dos artistas (SATED/
(#nostalgia), da Mulher Biônica e
Ramos. Também fiquei encanta-
RJ). “A dublagem é uma especia-
da Sheila, de Caverna do Dragão
da com os trabalhos do Thiago
lização do ator. Nem todo ator
(precisa falar de novo?!).
Lacerda, Lúcio Mauro Filho, pois
consegue ser dublador, mas todo
Além de dar voz ao imagi-
dublador é ator. Basta a pessoa
nário infantil, Marlene é também
se capacitar para isso e manter o
é a dubladora oficial da atriz Si-
A paixão de Marlene pela
respeito por essa fatia da profis-
gourney Weaver (“Noivo Neuró-
arte acabou se tornando tradição
são e por seus colegas, da mes-
tico, Noiva Nervosa”, “Alien”) e
de família. Filha de uma famosa
ma forma que deve respeitar a
de Liv Ullmann (“Rainha Cristi-
cantora de São Paulo, ela sempre
sua atuação de corpo presente!
na”, “40 Quilates”). Atualmente,
acompanhava a mãe à televisão,
Creio que, com respeito, há es-
ela tem se dedicado menos às
sendo impossível não se encan-
paço para todos”, defende Flávia.
produções e mais a coordenar
tar com este mundo. “Um dia, já
Marco também não vê a
as atividades de dublagem, uma
mocinha, o Valter Avancini, que
“intromissão” de atores conhecidos como um problema, mas acredita que o trabalho é difícil e que, sendo assim, nem todos conseguem realizá-lo. “Nós dublamos seguindo a interpretação original e procurando dar um toque nosso, afinal fazemos uma versão brasileira. Então, ouvimos e damos o nosso molho. Mas, no final das contas, é um trabalho de ator mesmo e cada trabalho precisa ser diferente. Por isso é realmente difícil dublar, nem todos conseguem. Já vi excelentes atores de TV, cinema e teatro
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filmes infantis para cinema já há
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pareciam que já dublavam antes”, conta.
era colega da minha mãe na TV
“Sempre quis seguir os passos
próprias filhas. “Queria que elas
Excelsior, pediu para fazer um
da minha mãe. (...) Cada pessoa
tivessem outras profissões. Mas
teste comigo, e assim entrei para
possui uma interpretação única.
quando chegou a novela Carros-
a TV. Depois, quando vim para
Não tem como comparar, mas
sel, eu precisava de crianças para
o Rio gravar “Shazam e Xerife”,
com a minha mãe eu aprendi a
dublar e não tive escapatória. Aí
conheci a Herbert Richers e me
ser a profissional que sou hoje, e
o talento e a vontade delas fala-
apaixonei de verdade pela du-
a admiração que tenho por ela
ram mais forte”, confessa. Tanto
blagem, e aqui estou”, lembra,
é enorme”, conta Fernanda (sim!
mãe quanto filha garantem que,
acrescentando
Aquela Fernanda).
mesmo trabalhando em família,
que
aprendeu
realmente a dublar quando pre-
As meninas entraram na pro-
nunca houve confusão. “Nun-
cisou dublar a si mesma em um
fissão ainda pequenas, enquanto
ca tivemos qualquer problema
filme.
Marlene trabalhava na dublagem
e sempre pedi que elas fossem
Sua paixão pela dublagem
da novela mexicana Carrossel.
melhores, que nunca parassem
foi tão grande que influenciou
Em determinado momento, fal-
de estudar a profissão, pois te-
suas duas filhas: ambas, hoje em
taram crianças para dublar e foi
mos que aprender a cada dia”,
dia, também atuam na profissão.
preciso que ela convocasse as
enfatiza.
PARTE I: TRADUÇÃO Nesse processo de dublagem, muita gente se esquece de uma etapa importante que antecede as vozes: a tradução. Afinal, quando um filme estrangeiro chega ele precisa ser traduzido, para depois ser regravado [Nada de tradução simultânea!]. Menos conhecidos, esses profissionais recebem a árdua tarefa de fazer com que a ideia do texto original faça sentido em outro idioma, e ainda coincida com a “boca do personagem”. “Quando citam piadas ou expressões que só funcionam em inglês, também é preciso adaptar para alguma coisa que funcione em português. Além de entender bem a língua usada no original (inglês, na maioria esmagadora dos casos), é preciso saber interpretar, prestar muita atenção ao contexto e saber escrever bem em português, para que as falas não fiquem ambíguas ou vagas”, explica Priscila Souza, que trabalha em duas produtoras de dublagem e ainda é freelancer. Formada em jornalismo, ela explica que não há nenhuma especialização específica para a área, além do domínio do idioma que está sendo traduzido. Mesmo com o domínio, a tradução, às vezes, pode ser mais desafiadora, já que também existe a questão do sotaque. “Uma série ‘difícil’ de fazer foi o ‘Meu Grande Casamento Cigano’. Eram muitos personagens falando demais, muitas brigas, muitos palavrões, roteiros mal transcritos por causa de sotaques às vezes indecifráveis, gírias e expressões difíceis de adaptar. Enfim... Quando o assunto não é muito interessante, fica difícil manter o pique para traduzir uma série”, ressalta. Habituada a traduzir documentários e realities para os canais History e Discovery, Priscila diz que costuma ter três dias para traduzir dois episódios, de uma hora cada. Normalmente, as produtoras costumam passar todos os episódios de uma série para o mesmo tradutor, mantendo o padrão. As produções em que mais gosta de trabalhar são aqueles documentários sobre vida selvagem. “Atualmente, estou fazendo as séries ‘Largados & Pelados’, ‘Ciência Mágica’, ‘Costas Sul-africanas’, ‘Ilhas Indômitas’, ‘David Blaine’ e ‘Cidades Bacanas’”, relata. Ela também já traduziu alguns episódios das séries “Weeds” e “The Office”.
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PELO MUNDO
Quatro
homens
são
incumbidos de transportar um carregamento de cinco toneladas de cocaína líquida da fronteira boliviana para um porto chileno, de onde
a carga será
contrabandeada para Barcelona. Tudo isso em troca de uma recompensa de um milhão de dólares. Assim começa a rede de ambições, interesses e corrupção que move Prófugos, primeira produção original da HBO no Chile. Criada Josefina
por
Pablo
Fernández,
Ilanes, Mateo
Iribarren e Enrique Videla, a série retrata a vida da família Farragut, detentora de um dos maiores cartéis de drogas do país. Ao perder o marido, a matriarca Kika (Claudia di Girólamo) convence o filho mais velho, Santiago (Néstor Cantillana) a assumir a função do pai. Médico veterinário por formação,
Santiago
toma,
a
contragosto, as rédeas do cartel. Já Laura (Blanca Lewin), irmã de Santiago, é advogada, e torna-
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se responsável por apoiar e
Filme Estrangeiro), a série foi bem
mostra um lado menos conhecido
proteger legalmente os negócios
recebida pelo público e pela crítica.
do Chile, que é comumente visto
da família, que tem como inimigos
Não chegou a conquistar nenhum
como o país em que as coisas
os Aguilera, cartel rival liderado
prêmio, mas concorreu à Ninfa
mais deram certo na América
por Iván (Luis Dubó), um dos
de Ouro do Festival de Televisão
Latina, mas também é repleto de
traficantes
de Monte-Carlo em 2012, nas
desigualdade e violência. Aliás,
categorias Melhor Ator em Série
quem vê Gnecco na pele do mau
Decidido a desbancar os
Dramática (Luis Gnecco, Francisco
caráter Mario, não imagina que
cartéis, o detetive Álvaro Parraguez
Reyes), Melhor Atriz em Série
ele seja um dos maiores atores de
(Benjamin Vucuña) assume o nome
Dramática (Claudia Di Girólamo,
comédia do país, protagonizando
de Tequi e se infiltra no meio dos
Camila Hirane) e Melhor Produtor
a versão chilena de The Office.
Farragut, aderindo à missão de
Internacional em Série Dramática
Prófugos estreou em 2011
Vicente de transportar a cocaína
(Luis Peraza, Roberto Rios, Pablo
e já possui duas temporadas
da Bolívia até o Chile. Juntam-se
Larraín). Foi indicada também
completas, cada uma composta
a eles Oscar Salamanca (Francisco
ao
Série
por 13 episódios de uma hora.
Reyes), um idealista fracassado
Internacional de TV no Festival de
Juan de Dios Larraín, produtor
que sonha com um futuro melhor
Cinema de Genebra, no mesmo
executivo de Fábula, a produtora
para sua filha, e Mario Moreno
ano.
responsável pela série, estuda
mais
poderosos
e
impiedosos da região.
(Luis Gnecco), um mafioso ex-
prêmio
de
Melhor
Os valores investidos pela
desde o fim de 2013 a possibilidade
de
HBO Latin American não foram
de uma terceira temporada. Esta
Pinochet. Durante a viagem, os
divulgados, mas Prófugos possui
não contaria, entretanto, com a
quatro estranhos sofrem uma
elenco
produção
presença do roteirista chefe, Pablo
emboscada e são obrigados a
impecável, ainda que o enredo
Illanes, que anda muito ocupado
se unir para fugir de um inimigo
não seja dos mais originais,
com seu trabalho na emissora
que nenhum deles sabe qual é,
parecendo,
uma
latina Telemundo nos Estados
tornando-se, assim, “prófugos”,
mistura de Breaking Bad com
Unidos, não tendo, assim, tempo
fugitivos.
Prison Break, mas temperada
para
ao estilo latinoamericano. Luis
Os atores já foram intimados a
mais conhecido pelo filme No
Gnecco
Cantillana,
reservar o ano de 2014 para as
(estrelado por Gael García Bernal
dois dos atores mais populares
gravações da continuação, porém,
e indicado ao Oscar de Melhor
do Chile, acreditam que a série
até agora, nada foi confirmado.
colaborador
da
ditadura
Dirigido por Pablo Larraín,
estelar
e
por
e
vezes,
Néstor
dedicar
aos
“fugitivos”.
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De olho na telinha do
Por Ana Miranda
Assim como os filmes e séries, os documentários têm seu espaço nas prateleiras dos cinéfilos de plantão. Muitos o veem como produção independente, o que não deixa de ser verdade, afinal, o gênero cinematográfico tem como característica principal a representatividade do mundo, o real. Os documentários exploram de forma bastante intimista seu enredo com poucos recursos, muita das vezes apenas com uma câmera na mão. E é pensando nesse tipo de indústria, que o serviço de streaming de TV, Netflix tem cada vez mais investindo neste tipo de produção. Desde 2011 no Brasil, o Netflix oferece um catálogo variado de filmes, séries, telenovelas, musicais e documentários. Tem estilos para todos os gostos, desde docs focados em biografias à produções sobre política, religião, ícones da música e da indústria do entretenimento, sendo mais de 250 documentários disponíveis no serviço de TV por assinatura. O Netflix Brasil possui planos a partir de R$ 16,90 mensais e permite ao usuário assistir todo o conteúdo em computadores, smartphones, tablets, videogames e outros aparelhos, como a Apple TV. Confira abaixo uma lista com o dez melhores documentários disponíveis no Netflix Brasil.
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Mark Zuckerberg: The Real Face Behind Facebook (2012/55min) Dos diretores Lauren Klein e Julien Pradinaud, o documentário que em português significa “A verdadeira face do Facebook” traz toda a trajetória de seu criador, o programador Mark Zuckerberg. Desde a época como estudante da Universidade de Havard ao reconhecimento da maior rede social do mundo, o Facebook. Com apenas 27 anos, Zuckerberg já lucrou cerca de 30 bilhões desde o lançamento de sua marca. Os Estados Unidos contra John Lennon (2006/1h36min) Este documentário de David Leaf analisa o envolvimento de John Lennon, ícone da música popular do século XX com o movimento antiguerra de 1966 a 1976 e as tentativas de censura por parte do governo americano. Os beatlemaníacos não podem perder! Blackfish - A fúria animal (2013/1h23min) Este documentário investiga o histórico dos shows com baleias orcas nos Estados Unidos, mostrando que acidentes em aquários com esse mamífero não são tão raros assim. O documentário contou com a direção de Gabriela Cowperthwaite. Food Matters (2008/1h17min) Com direção de James Colquhoun e Carlo Ledesma, a produção australiana tem como enredo principal a alimentação à saúde humana. Como os hábitos da população do mundo todo vêm mudando gradativamente, em muitos dos casos prejudicando a saúde das pessoas e o que pode ser feito para ser melhorado. Chasing Ice (2012/1h15min) O fotógrafo da revista National Geographic James Balog, buscou evidenciar através das lentes de sua câmera as mudanças provocadas pelo aquecimento global. Com roteiro de Mark Monroe,
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o longa concorreu ao Oscar 2013 por melhor canção original com a música “Before My Time” interpretada por Scarlett Johansson e Joshua Bell. Inacreditável: A batalha dos Aflitos (2007/1h16min) O filme narra a trajetória do Grêmio em 2005, seu ano mais difícil. Recheado de depoimentos exclusivos, com histórias jamais ouvidas e imagens que nunca serão esquecidas, o contexto da trama gira em torno da trajetória do tricolor gaúcho em se manter vivo no futebol brasileiro ao conquistar a vaga que garante o seu retorno à elite do campeonato brasileiro. Cortando custos (1997/1h30min) O documentarista Michael Moore explora por que tantos americanos correm o risco de perder o emprego se as grandes empresas estão tendo lucros recordes. Facing Ali (2009/1h41min) Dez grandes boxeadores descrevem a incrível experiência de estar no ringue com um dos maiores boxeadores de todos os tempos: Muhammad Ali. Indie Game – The movie (2016/1h43min) Indie Game é um documentário direcionado diretamente para a indústria de vídeo games, mostrando como as pessoas ligadas a esse tipo de comércio conseguem lidar emocionalmente com o desenvolvimento de jogos sem afetar a vida social. Steve Jobs - Como ele mudou o mundo (2011/45min) Antes de mudar o mundo como um co-fundador da Apple, Steve Jobs era o único que acreditava no sucesso da empresa, conforme é apresentado neste perfil.
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CAPA
Em 2014 o Brasil será palco de dois grandes eventos de cultura pop e geek e a Pixel TV deixa você por dentro de cada um deles. Por Maísa França
2014 será um ano agitado nas terras tupiniquins. Em meio a protestos como #VaiTerCopa e #NãoVaiTerCopa, nós só sabemos de uma coisa: vai ter Comic Con. E vão ter duas! Os geeks e amantes da cultura pop prometem invadir a cidade de São Paulo em novembro e em dezembro, quando os eventos acontecem. Em novembro, nos dias 15 e 16, será realizada a Brasil Comic Con e, em dezembro, entre os dias 4 e 7, é a vez da Comic Con Experience.
Nosso país nunca esteve tão bem servido de eventos que abordam a cultura pop e geek. Os fãs de filmes, séries de TV, quadrinhos e RPG estão se tornando um público cada vez mais exigente e já era hora do país realizar eventos de grande porte que abrangessem todo esse universo. A Yamato Corporation, idealizadora do já reconhecido evento de cultura oriental, o Anime Friends, traz a segunda edição do Brasil Comic Con mas, dessa vez, como um evento independente. A primeira edição aconteceu dentro do Anime Friends e se mostrou forte o suficiente para ganhar um evento independente. “Diante do sucesso do evento e dos pedidos dos fãs, decidimos dar vida própria ao evento e ser o um ponto de encontro da indústria do entretenimento e dos fãs da cultura pop”, explica Leandro Cruz, coordenador geral do Brasil Comic Con. A Comic Con Experience, por sua vez, terá sua primeira edição e promete um evento nos moldes das grandes Comic Con que acontecem nos Estado Unidos. “A San Diego Comic Con, tem forte presença de cinema e TV, e a New York Comic Con tem um equilíbrio maior das diferentes áreas. Estamos buscando esse equilíbrio e, como aconteceu com a San Diego Comic Con, o público e o mercado ajudarão a definir como o evento evoluirá ao longo dos anos.”, explica Ivan Costa, sócio da Comic Con Experience.
O formato Além dos painéis com os convidados nacionais e internacionais, a Brasil Comic Con terá uma área de exposição com a presença de grandes empresas do
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CAPA mercado de entretenimento no
ambiente que promete agradar
teado, Arquivo X, Jurassic Park,
Brasil. O Beco dos Artistas (ou
toda a família. “Estamos prepa-
Xena e Hercules.
Artist Alley, como é conhecido
rando um evento para a família
nos eventos nos EUA), será o es-
inteira se divertir, com atrações
Na Comic Con Experience:
paço onde os artistas divulgarão
para todos que curtem cultura
Sean Astin, ator de O Senhor
seus trabalhos e o público terá a
pop”, diz Leandro Cruz, da Brasil
do Anéis e Os Goonies, Kirk
oportunidade de conversar com
Comic Con. A Comic Con Expe-
Hammett, guitarrista do Metallica,
os criadores e também comprar
rience tem outra proposta para
Joe Maddalena, apresentador do
suas obras. Desenhistas, ilustra-
agradar o público e espera rece-
programa Hollywood Treasure
dores, roteiristas e demais pro-
ber pessoas de todas as idades e
e os quadrinistas Sean Murphy,
fissionais de quadrinhos, além de
gêneros interessadas em cultura
Scott
cosplayers nacionais e internacio-
pop e geek. “Tratam-se de entu-
Olivier Coipel, Ivan Reis, Greg
nais, também poderão divulgar
siastas de uma ou mais área des-
Tocchini, Rafael Albuquerque e
suas fotos e vender seus produ-
ses universos ou mesmo pessoas
Rafael Grampá.
tos durante o evento.
que têm um contato pontual em
Snyder,
Klaus
Janson,
A Comic Con Experience
função de um determinado filme,
Os ingressos
promete ser bem diversificada.
livro, série de TV etc, que bus-
O Brasil, apesar de grande con-
Além de espaço para grandes ex-
cam aprofundar essa experiência
sumidor de cultura pop e de
positores,, o evento contará com
ao interagir com astros, produ-
massa, sempre esteve alguns de-
a Stores Alley, onde empreen-
tores e outros fãs”, explica Ivan
graus abaixo de diversos países
dedores poderão apresentar e
Costa, da Comic Con Experience.
quando o assunto é relacionado
comercializar produtos ligados
ao universo pop. Os preços brasi-
aos mercados de quadrinhos e
Na Brasil Comic Con:
games, dentre outros temas da
Cassandra Peterson, a eterna El-
cultura pop. Os cosplayers tam-
vira, a Rainha das Trevas;,o ator
bém terão um espaço reservado
norte americano Paul Zaloom,
no evento e poderão se apresen-
que interpretava Beakman, no
tar em diversas ocasiões dentro
programa O Mundo de Bea-
da convenção, com direito a pre-
kman, Michael Golden, cocriador
miação. Os fãs de esporte pode-
da personagem Vampira, de X-
rão se divertir na arena de e-S-
Men, Arthur Suydam, ilustrador
ports, que contará com quatro
reconhecido pela saga Marvel
jogos diferentes e a presença de
Zombies, James O’Barr, roteiris-
convidados ligados ao cenário de
ta e criador de O Corvo, Rodney
esportes eletrônicos.
Ramos,
ilustrador
leiros sempre foram exorbitantes
profissional
com trabalhos em obras como
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Quem vem
Thundercats, Homem de Ferro e
Os dois eventos buscaram mes-
Lanterna Verde, Renee Witters-
clar as atrações de acordo com
taetter, roteirista, editora e co-
seu público alvo. A Brasil Comic
lorista que trabalhou em vários
Con espera fazer um evento para
títulos nos quadrinhos e na TV
pessoas de todas as idades num
como Superman, Surfista Pra-
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Sean Astin, de O Senhor dos Anéis e Goonies, será um dos convidados da Comic Con Experience.
O Kirk Hammett Fan Experience
Arte de “Dark Noir”, de Rafael Grampá.
custa R$ 699,99 + doação de um livro e dá acesso ao Meet & Greet com o guitarrista do Metallica. Os dois pacotes incluem: ingresso para os quatro dias do evento, acesso ao auditório principal nos painéis com o artista e assento em área VIP próxima ao palco, encontro com o artista com direito a foto oficial, acesso prioritário e sem filas ao evento em todos os dias e camiseta oficial da Comic Con Experience. Além disso, ainda há o pacote de ingressos Full Experience VIP, que incluem pacotes Fan Experience
Imagens Divulgação
com quatro artistas convidados quando comparados à eventos
dia de evento a R$ 199,99 para
muito maiores no exterior. Dessa
os quatro dias de evento. A meia
vez, os preços estão um pouco
entrada é garantida para todos
mais acessíveis - exceto as ses-
que doarem um livro em bom
sões de Meet&Greet, que ain-
estado de conservação. Os dois
da estão com preços um tanto
eventos ainda oferecem pacotes
quanto salgados. As vendas são
exclusivos para um Meet & Greet
feitas, exclusivamente, pela inter-
com algumas atrações. Um dos
net com possibilidade de venda
pacotes da Brasil Comic Con -
na portaria dos eventos. A Brasil
que já está esgotado - saía por
Comic Con iniciou a venda de in-
R$ 92 (mais o valor do ingresso),
gressos e os preços variam de R$
e dava acesso ao Meet & Greet
57, para compras pela internet, a
com a atriz Cassandra Peterson,
R$ 69, para compras na portaria
mais conhecida pelo seu papel
do evento. Os preços são relativos
em Elvira, a Rainha das Trevas. A
à meia-entrada que é garantida
Comic Con Experience, por sua
para todo mundo que doar 1kg
vez, traz, até agora, dois pacotes
de alimento não perecível (exceto
VIP: o Sean Astin Fan Experience,
sal e açúcar). A Comic Con Ex-
que custa R$ 499,99 + doação
perience iniciou a venda do pri-
de um livro, e dá acesso ao Meet
meiro lote de ingressos no último
& Greet com o ator Sean Astin,
dia 2, com preços que variam de
conhecido por seu papel de Sam,
R$ 69,99, meia-entrada para um
na franquia O Senhor dos Anéis.
do evento, serão oferecidos somente a partir dos próximos lotes. Pacotes turísticos e informações para caravanas podem ser conferidos nos sites dos eventos.
Onde e quando Brasil Comic Con Centro de Eventos Pro Magno, em São Paulo. 15 e 16 de novembro Mais informações no site www.brasilcomiccon.com.br Comic Con Experience Imigrantes Exhibition & Convention Center, em São Paulo. De 4 a 7 de dezembro. Mais informações no site www.ccxp.com.br
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COLUNA
PONTO A PONTO
Luz, câmera, ação: a meia-calça entra em cena! Por Paulinha Alves
Imagem Divulgação
Megan (Isabelle Drummond), em Geração Brasil
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Quem assiste Geração Brasil, novela das 19h da rede Globo de Televisão, já deve estar acostumado com os looks de patricinha rebelde usados por Megan, Isabelle Drummond, na telinha. Com figurino de Gogoia Sampaio e beleza assinada por Fernando Torquatto, basta misturar umas pitadas de Lindsay Lohan com The Bling Ring na produção e, voilà, você consegue resumir o estilo da personagem. Saltos altíssimos, maxicolares e maxibrincos, – no bom estilo tudo junto e misturado – olhos bem marcados e uma predileção nada disfarçada por roupas pretas – das brilhosas até as rasgadinhas - formam o closet e a penteadeira de Megan. Mas calma que não para por aí não. O que, com certeza, é figurinha indispensável nos seus looks é a meia-calça, que de acessório virou peça principal da produção. Aliás, vale dizer que não só de Megan, mas de um bom número de meninas nas telinhas, telonas e na vida real. Há alguns anos, outras personagens já haviam lançado a moda da meia-calça como destaque do look. Ou vai dizer que você não se lembra das meninas de Gossip Girl e seus figurinos tão milimetricamente pensados como item de desejo? Eric Daman, figurinista da série, deu um grande espaço para a meia-calça no closet college das personagens Blair Waldorf e Jenny Humphrey, e coloridas, com brilhos, rendas, aplicações, estampas e tudo mais que você puder imaginar, a meia-calça virou hit. De carona no estilo dessas personagens e já de olho no inverno que acabou de chegar por aqui, vale apostar nas meiascalças como peça quentinha e cheia de estilo para essa estação. E como não é em todo o território brasileiro que o inverno traz temperaturas tão geladas assim, dá para usar e abusar também dos fios mais fininhos, como os 20 e os 40, em produções mais fresquinhas. Uma certeza de bons achados no quesito meia-calça é o site da Lupo, que traz algumas versões da peça em tricô texturizado e em cores lindas, como a berinjela. Na www.lupostore.com.br é possível encontrar ainda meias-calças mescla fio 70 em tons de
roxo neblina e grafite, além de uma das suas versões mais usadas em Gossip Girl: a meia-calça 7/8, que para o estilo girlie ou preppy é peça indispensável. Já na loja online da Marisa, a www.marisa.com.br, além da meia calça fio 40 com estampa de onça (o animal print continua com força total, mesmo depois do seu boom algumas estações atrás), é possível garimpar ainda uma versão do item repleta de listras. Bem a cara de Jenny Humphrey na sua segunda fase na série, como uma garota estilosa e rebelde. E para aquelas que querem arriscar de vez em meias-calças nada comuns, o site www.lingerie.com.br tem uma gama bem diversificada de cores, estampas e fios da peça. Aqui as opções vão desde uma meia-calça com estampa xadrez rosa até uma versão cor de pele, mas com um detalhe interessante: o desenho de uma revoada de borboletas que sobe pela coxa toda imitando uma tatuagem. No frio ou na meia estação, em color blocking ou no pied de poule, fazendo a linha mais menina ou mais rebelde, não importa. Sempre tem uma meia-calça que vai bem com o que você procura. Inspirações nas telinhas e telonas estão aí: aproveite!
Marisa
www.marisa.com.br
Lingerie.com.br
www.lingerie.com.br
Lupostore
www.lupostore.com.br
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ENTREVISTA
NO MUNDO DO CASTELO O ator Luciano Amaral teve a infância que toda criança sonhou…
Alô, alô. Minha conversa é com você que viveu toda a infância “no mundo da lua”, assistindo aos incríveis - e imaginativos programas da TV Cultura na década de 90, onde tudo podia acontecer. Vai dizer que você nunca quis ter uma árvore bem no meio de casa, como aquela que servia de morada para a cobra Celeste no Castelo Rá-Tim-Bum? Ou nunca desejou usar a porta-giratória que dava acesso ao quarto do bruxo Nino, nem que fosse só uma vez? Melhor, confessa: você já roubou o antigo rádio gravador do seu avô e narrou a vida do jeitinho que gostaria que ela fosse. Agora, imagine que, ao invés de viver sonhando com tudo isso, você pudesse viver, de fato, no mundo da lua. Assim foi a infância e a pré-adolescência do ator e apresentador Luciano Amaral, hoje com 34 anos, que interpretou o Pedro, do Castelo Rá-Tim-Bum, e o Lucas Silva e Silva, de O Mundo da Lua. Luciano, que nasceu em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, começou a carreira ainda criança fazendo comerciais de TV. Em 1991, passou em um teste e entrou para o clã Silva e Silva. Três anos mais tarde, junto de “Zequinha”, “Biba” e “Nino”, ele fez história naquela que é considerada a série infantil de maior sucesso da televisão brasileira. Depois do fim do “Castelo”, em 1997, ele foi convidado a apresentar o Turma da Cultura, programa de variedades destino ao público juvenil que tinha, também, Cinthya Raquel (a Biba) entre as apresentadoras. E se você pensa que ele encerrou a carreira por aí, está redondamente enganado – e desinformado... Planeta Terra chamando! Luciano Amaral não parou mais. Fez novela no SBT, trabalhou em uma produtora em Los Angeles e até dirigiu algumas peças de teatro. Atualmente, ele integra o elenco da série Vida de Estagiário, da Warner. Mas é no canal Play TV, onde apresenta programas de games, que ele se sente mais realizado. Foi o que Luciano contou em uma rápida conversa com a Revista Pixel TV.
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Revista Pixel TV: Você fez parte de duas das séries infantis mais clássicas da TV brasileira e era muito jovem na época. Foi fácil lidar com isso? De maneira geral, era bem tranquilo, uma grande brincadeira, com suas responsabilidades, é claro. Existia a necessidade de gravar todos os dias, o que tornava a rotina puxada, mas a TV Cultura sempre foi muito cuidadosa no processo todo, sempre preocupados com o bem-estar, estudos, e tudo que envolve o universo de uma criança, o que só me deixou boas lembranças da época. Atuar, e ter a oportunidade de viver situações inusitadas, e fora do cotidiano, como ganhar uma copa do mundo, por exemplo, era o que toda criança gostaria, e isso eu conseguia fazer através do programa. RPTV: As pessoas te reconhecem mais pelo Lucas Silva e Silva ou pelo Pedro, do Castelo? Qual deles foi mais importante para você? Por ambos, em igual quantidade. Acho que ambos foram importantes na minha carreira. O Lucas Silva e Silva por ser meu primeiro personagem de grande expressão na TV, e o Pedro por ser o personagem que me deu a oportunidade de participar de um dos mais bem sucedidos projetos de TV focado no público infanto-juvenil da história da TV brasileira. RPTV: No programa do Danilo Gentilli, você brincou com o fato de algumas pessoas acreditarem que você abandonou a carreira depois dos anos 90. Isso não te incomoda mesmo?
Nem um pouco, uma vez que hoje eu trabalho para um público específico, o que torna esse fato totalmente plausível. RPTV: Ter feito parte do Mundo da Lua e do Castelo ajudou ou atrapalhou sua carreira ao longo dos anos? Só ajudou, acredito eu. Graças a esses projetos é que fiquei reconhecido no mercado. Outro fator preponderante é o fato de serem projetos de qualidade indiscutível, o que só auxilia em projetos atuais. RPTV: Na TV, você tem se dedicado mais a apresentar programas do que a atuar. Foi uma decisão consciente? Aconteceu por acaso, graças a um convite da TV Cultura em 1997. Ao aceitar esse convite e começar a apresentar o Turma da Cultura, a minha carreira automaticamente teve seu foco mudado, dando prioridade para a apresentação. Tanto é que hoje, apesar de estar no ar com o Vida de Estagiário, série da Warner Channel onde atuo e dou vida ao personagem Paulinho,
meu foco maior é apresentando dois programas na PlayTV. O Mok, que é um programa diário focado em videogames e mundo nerd, e o Go!Game, um programa de análise de jogos e bate papo com especialistas em videogame.
Imagens Divulgação
RPTV: Quais são seus planos e sonhos para o futuro? Apesar de estar envolvido em vários projetos atualmente, sempre olho para o futuro procurando novas oportunidades. Focado no público jovem, o desafio continua sendo criar novos projetos que atendam às necessidades e interesses dessa parcela do público.
Megaexposição abre as portas do Castelo Ra-timbum “20 anos Castelo Rá-Tim-Bum” Data: de julho a outubro − datas serão divulgadas futuramente. Local: MIS. End.: Avenida Europa, 158 − Jardim Europa − zona Oeste − São Paulo. Tel.: (11) 2117-4777. www.mis-sp.org.br
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PERFIL
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Conheça mais sobre o ator que transformou Jack Bauer em um dos maiores heróis do universo das séries – e que voltou para mais uma temporada de muita ação! Por Amanda Pioli “Eu sou o agente federal Jack Bauer, e hoje é o dia mais longo da minha vida”. Sem dúvida, essa frase resume quase com perfeição a história que fez com que Kiefer William Frederick Dempsey George Rufus Sutherland se tornasse famoso e reconhecido em todo mundo. Para quem não percebeu, esse alguém com nome de príncipe é ninguém mais, ninguém menos que Kiefer Sutherland, ator britânico que durante oito temporadas teve apenas 24h para salvar as vidas de inúmeras pessoas e que agora volta para mais um dia que parece não ter fim. Mas antes de falarmos do ressurgimento de Jack Bauer, em “24 horas: Viva um novo dia”, precisamos entender mais sobre o ator que confere tanta veracidade a cada desafio do agente mais famoso da Inglaterra [depois de James Bond, com quem é constantemente comparado]. O amor pela atuação provavelmente está no sangue. Desde que nasceu, em 21 de dezembro de 1966, Kiefer vivenciou a profissão ao lado de seus pais, Donald Sutherland e Shirley Douglas, que eram atores e acabaram levando filho para o mesmo caminho. Apesar de ter nascido em Londres, o ator foi muito cedo para Los Angeles, devido à carreira proeminente de seus pais. Assim, ele, ainda pequeno, se viu inserido no universo de Hollywood, de onde não sairia mais, mesmo entre idas e vindas. Algum tempo depois, quando seus pais se divorciaram, ele se mudou para Toronto ao lado de sua mãe e de sua irmã gêmea (!), Rachel Sutherland. Mas quem acha que o ator foi favorecido pela situação de seus pais na hora de dar o ponta pé inicial em sua vida profissional, está muito enganado, embora seja inegável a presença deles em sua carreira. A primeira vez que ele foi creditado em um filme – ou seja, foi mais importante que um figurante que aparece apenas no fundo da cena – foi no ano de 1983, na comédia “A volta de Max Dugan” (Max Dugan Returns), ao lado de seu pai e do, então, ator juvenil Matthew Broderick. “Quando você é um jovem ator você gosta de ir atrás de personagens com mais nuances, então em muitos filmes eu acabei interpretando um esquisito. Mas eu garanto que eu não sou psicopata ou bandido ou valentão”. Kiefer Sutherland
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PERFIL Seu primeiro personagem de maior de destaque veio no ano seguinte, na produção canadense “Quando chega o amor” (The Bay Boy), que logo deu a ele uma nomeação de Melhor Ator no prêmio Genie Awards, que julga a produção cinematográfica do Canadá. Embora não tenha saído vencedor, Kiefer ganhou reconhecimento e sucesso, fazendo com que surgissem mais convites de filmes. Diante da constante necessidade de comparecer a testes e participar das produções, o ator voltou para Los Angeles e colheu rapidamente os frutos da decisão. Apenas em 1986, participou de quatro produções, sendo que o sucesso maior mesmo
Kiefer chamou atenção pela sua caracterização como um vampiro (daquele tipo que, anos depois, apareceria em Buffy – The Vampire Slayer). Mas, nos EUA, o reconhecimento mais consolidado e que fez o ator parar nas capas de revistas e ser assediados pelos programas de televisão surgiu depois de sua participação no psicodrama “Linha Mortal” (Flatliners), do qual foi protagonista e teve como colegas de elenco os astros Julia Roberts e Kevin Bacon. A estrela de “Uma linda mulher”, por sinal, conquistou o coração de Kiefer durante as filmagens. Mas um detalhe é importante nessa história (segundo boatos que pipocaram na mídia na época): o galã era casado e
novamente. Este não foi o único “escândalo” que assombrou a carreira do ator durante alguns anos. Em 25 de setembro de 2007, ele foi acusado de dirigir alcoolizado. Como ainda estava cumprindo condicional por outro flagrante de embriaguez acontecido em 2004, Kiefer foi sentenciado a 48 dias na prisão, além de ter que pagar uma fiança no valor de US$ 25.000. A sentença foi cumprida durante o período do Natal e do Ano Novo. Depois desse episódio, Kiefer parece ter feito de tudo para evitar ser colocado debaixo dos holofotes novamente – exceto se o motivo fosse o seu trabalho. Outra curiosidade sobre o ator é que ele também é músi-
veio no ano seguinte, com o filme “Os Garotos Perdidos” (The Lost Boys), que logo se tornou um clássico dos anos 80. Nele,
largou a mulher, com quem teve uma filha, para ficar com Julia. [Para quem achava que Brad Pitt foi o primeiro...] Os dois ficaram juntos por dois anos e até fizeram planos de casamento. Contudo, Julia terminou o relacionamento três dias antes da cerimônia, alegando que Kiefer estava saindo com uma stripper. Ela teria, ainda, fugindo com um amigo do ator para a Irlanda. Nenhum dos dois jamais confirmou a informação e apenas no final dos anos 2000 começaram a se entende
co, mas – para a tristeza dos fãs – apenas nas horas vagas. Kiefer toca guitarra desde os 12 anos e, atualmente, possui uma coleção com mais de 60 exemplares do instrumento, sobre a qual ele garante: não empresta para ninguém! Depois de nove anos no ar com “24 horas”, Kiefer tentou emplacar outra série, na qual pode se mostrar na pele de um personagem completamente diferente do que tinha feito até então. Em “Touch”, o ator interpretou um viúvo que perdeu sua mulher nos ataques de 11 de Setembro. Tentando superar a tragédia, ele ainda tinha que cuidar do seu filho, que possuia a habilidade de perceber padrões escondidos que interligam todas
Imagens Fox / Divulgação
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as vidas do planeta através de números. Apesar de um enredo consistente, a série foi cancelada depois de duas temporadas. Foi levando seus trabalhos com seriedade – mesmo aqueles que deram errado - e tomando sábias decisões, que, ao longo dos seus 31 anos de carreira (contando desde a primeira vez que foi creditado), Kiefer já atuou em, aproximadamente, 60 filmes e 15 programas de TV, além de ter recebido indicação a 25 prêmios, entre os quais ganhou um Emmy em 2006, um Globo de Ouro em 2002, dois Satellite Awards, em 2002 e 2003, dois Screen Actors Guild Awards, em 2002 e 2004, e um Monte-Carlo TV Festival em 2006. Todos eles foram concedidos na categoria de Melhor Ator de série dramática ou drama pela sua performance na série “24 horas”. “Eu sei como é sentir como se nunca fosse terminar” Jack Bauer Essa, sem dúvida, representa o auge da carreira do ator que, por onde passa, é reconhecido com o agente Jack Bauer. A série foi ao ar pelo canal Fox entre os anos de 2001 e 2010, e teve 192 episódios, uma vez que suas oito temporadas foram divididas em 24 capítulos: um para cada hora do dia. Em cada um desses dias, Jack, enquanto um agente da unidade de prevenção de ataques terroristas, salvou os EUA de várias ameaças. Durantes
Jack Bauer e Chloe O’Brian (Mary Lynn Rajskub) em 24 Horas: iva um novo dia.
os anos de exibição, “24 horas” recebeu 73 indicações ao Emmy Awards. Mas o que parecia ser uma despedida definitiva da série, em 2010, não foi realmente o fim (como nunca é na vida do agente). Em 05 de maio deste ano, foi transmitido o primeiro episódio de “24 horas: viva um novo dia”, que registrou cerca de 8 milhões de telespectadores. Nessa nova continuação, Jack está exilado em Londres, onde vai se arriscar – novamente – para impedir um desastre global. Considerando a passagem do tempo que aconteceu desde a primeira aventura, os produtores tiveram a preocupação de mostrar o novo cenário mundial, em que as ameaças acontecem através de drones e da espionagem dos governos. A continuação da série, que
agora se tornou uma minissérie de 12 episódios, foi considerada uma alternativa à produção de um filme, que pareceu inviável para os produtores. Kiefer não escondeu a felicidade de interpretar novamente o herói: “Ter a chance de me reunir com o personagem, Jack Bauer, é como encontrar um amigo perdido”, garantiu, quando a série foi anunciada. Com o novo formato e uma história atualizada e envolvente, “24 horas: Viva um novo dia” pretende resgatar os antigos fãs, mas atrair novos e começar uma nova era em que Jack Bauer pode ser novamente o herói. Para Kiefer, é uma nova oportunidade de mostrar todo seu poder de atuação, deixando claro que não existe tempo nem espaço para uma excelente interpretação.
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VITRINE
VITRINE Por Maísa França
Almofada Hora da Aventura Elo 7
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http://www.elo7.com.br/ almofada-redonda-a-hora-da-aventura/ dp/379902#mrrp=1
http://www.queroposters.com.br/ series-de-tv/poster-doctor-who-3.html
Action Figure Maggie Greene, de The Walking Dead Geekyard
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http://www.geekyard.com.br/bonecomaggie-greene-walking-dead-mcfarlanetoys/
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Pantufa Zumbi Trekos & Cacarekos http://www.trekosecacarekos.com.br/ pantufa-zumbi
CONTROLE REMOTO
O spoiler em tempos de Netflix Por Luciano Guaraldo
Desde que aprendi a ler, me vejo em um mundo dominado por spoilers – muito antes de sequer saber o que era um spoiler (aliás, acho que o termo spoiler ainda nem existia). Minha mãe, sempre preocupada com a minha educação, assinava uma revista sobre famosos e celebridades, que vinha com os resumos dos capítulos das novelas e anunciava o que ia acontecer com os principais personagens de cada trama. Às vezes, adiantavam histórias com semanas de antecedência. E eu lia tudo, com fervorosa devoção. Afinal, como não ter vontade de descobrir antes de todo mundo se a Dona Armênia ia conseguir colocar o prédio de “Rainha da Sucata” “na chon”? Ou quem seria a próxima vítima do motorista do Opala preto em “A Próxima Vítima”? O fato é que os brasileiros vivem no meio da cultura dos spoilers, mesmo sem se dar conta disso. Basta passar em frente a uma banca e ver quantas publicações se dedicam a revelar o que vai acontecer na novela... Preciso deixar explícito que não sou a favor de spoilers. É claro que eu gosto de ser surpreendido com uma morte inesperada de um personagem (exceto quando se vê “Game of Thrones”, quando já é esperado que algum personagem vai morrer em algum momento do episódio, é óbvio), é claro que eu gosto de ver um pedido de casamento que vem de lugar nenhum e de uma resposta ainda surpreendente ao pedido. Imagens Divulgação
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Saber tudo antes da hora é tão sem graça quanto ler o último capítulo de um livro e depois voltar para ler o resto. Dito isso, é notável que, do ano passado para cá, o mundo dos seriados mudou – e, com ele, muda também a definição da etiqueta dos spoilers. Com a chegada do Netflix, que despeja de uma vez todos os episódios de uma temporada, como é que se define o que pode ou não ser comentado? Afinal, você pode ter assistido à temporada inteira de “Orange Is The New Black” em um fim de semana, mas eu
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prefiro ver cada episódio com calma, degustando-o como uma iguaria francesa (que não seja escargot, porque isso é nojento). E aí, qual é a forma correta de proceder? Afinal, se o último episódio da temporada já foi exibido pelo Netflix, comentá-lo com seu coleguinha não pode ser considerado efetivamente um spoiler, pode? Isso vale também para séries como “Game of Thrones”, que a HBO brasileira consegue exibir simultaneamente à norteamericana. Muita gente baixa o episódio ilegalmente e só consegue vê-lo na segunda ou na terça-feira. Quem acompanha pela TV – e, portanto, segue as vias legais – acaba criticado por comentar o episódio no Twitter
spoilers... Sim, de um episódio que já foi ao ar NO BRASIL! Quem segue a legislação vira vilão e o pirateador é o mocinho spoilado. Eu juro que não entendo se existe uma spoiletiquette. Conversei com amigos sobre o tema e me disseram que “está liberado comentar coisas pequenas que acontecem no episódio, mas citar que fulano morreu ou que sicrana casou é expressamente proibido”. Diabos, isso não me ajuda em nada! Afinal, como é que vou definir o que é “coisa pequena” ou “coisa grande”? E se a morte for de um anão? (Peço desculpas duplamente: primeiro, pela piada infame; segundo, porque obviamente não espero
ou Facebook, pois estaria dando
nem torço pela morte de Tyrion Lannister.) Receio que não conseguirei encontrar solução para meu impasse, porque não há uma resposta plausível. Os tempos são outros e precisamos encontrar novas formas de comentar as séries a que assistimos. Até lá, tudo o que posso recomendar é: não viu o episódio mais recente? Fuja das redes sociais. É o melhor para todo mundo...
TECLA SAP
MIS realiza megaexposição em homenagem aos 20 anos do Castelo Rá-Tim-Bum Exposição segue até o mês de outubro, na capital paulista
Se
você
sair
aí
opções. Mas o que provavelmente
vai
vai mexer com a emoção os
encontrar uma pessoa que
visitantes será a reprodução de
não tenha visto, pelo menos,
parte dos cenários do Castelo,
um episódio de O Castelo
que permitirá que as pessoas
Rá-Tim-Bum,
série
caminhem por eles e terá,
infanto-juvenil da TV Cultura. A
inclusive, instalações interativas.
primeira exibição do programa
Além disso, nos finais de semana,
aconteceu no dia 9 de maio
as atrizes Rosi Campos e Angela
de 1997 e o último episódio
Dip – a Morgana e a Penélope,
inédito foi ao ar 1997, depois de
respectivamente – apresentarão
quatro temporadas. A Cultura,
peças de teatro no local.
perguntando,
por não
cultuada
no entanto, nunca deixou de
Já entre os dias 13 de agosto
reprisar o seriado, que está
e 5 de setembro, o MIS oferece a
completando 20 anos em 2014.
oficina “Stop Motion: Castelo Rá-
Para comemorar, o Museu
Tim-Bum”, que expõe a técnica
da Imagem e Som (MIS), em São
de animação feita com o uso de
Paulo, realiza a exposição “20
fotogramas. Noventa episódios
Anos de Castelo Rá-Tim-Bum”,
do seriado e mais o “Castelo Rá-
que foi inaugurada no dia 16 de
Tim-Bum – O Filme” também
julho e ficará aberta ao público,
serão exibidos no auditório do
diariamente, até o dia 12 de
MIS.
outubro.
A exposição ficará aberta
Quem passar por lá, poderá
de terça a sexta-feira, das 10h às
ver inúmeras atrações especiais
21h, aos sábados das 9h às 23h,
sobre um dos mais importantes
e aos domingos e feriados das 9h
seriados
já
às 21h. O valor do ingresso é de
exibidos na TV brasileira. Peças
10 reais a inteira e 5 reais a meia
originais do seriado – como
entrada e pode ser adquiro pela
figurinos e bonecos – e vídeos e
Internet. A exposição tem apoio
imagens de pessoas que fizeram
da Fundação Padre Anchieta, da
parte da série são algumas
qual a TV Cultura faz parte.
infanto-juvenis
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TECLA SAP
Marcelo Rosenbaum assume o programa Decora, do GNT Ele vai substituir a arquiteta carioca Bel Lobo.
O designer de interiores Marcelo Rosenbaum vai comandar a próxima temporada do Decora, reality show de decoração do canal GNT. As gravações começaram em junho, na capital paulista. No programa, o espectador selecionado pela emissora
escolhe um cômodo de casa que será reformado e Rosenbaum irá usar toda a criatividade para dar novos ares ao lugar. O público sintonizado no programa, além de ganhar dicas do arquiteto que poderão ser feitas em casa, ainda acompanham toda a emoção do espectador contemplado pela
atração. Algo parecido com o que Rosenbaum fez, durante vários anos, no quadro Lar Doce Lar, do Caldeirão do Huck, na TV Globo. Para se inscrever, o espectador precisava gravar um vídeo, de até três minutos, que mostrasse o cômodo da casa em que deseja receber a transformação e devia dizer, também, por que merecia ser escolhido para participar do programa. O Decora está no ar desde 2011 e é uma das maiores audiência do canal GNT. Atualmente, a sétima temporada do reality é exibida nas noites de quinta-feira, às 22h. O comando é da badalada arquiteta Bel Lobo, que realiza as reformas na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, a blogueira Thalita Carvalho dá dicas sobre como renovar e confeccionar móveis e objetos decorativos com materiais baratos e de fácil acesso. Segundo a colunista do jornal O Globo, Patricia Kogut, Bel Lobo ganhará um novo programa na emissora.
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FIQUE POR DENTRO DA
SUMMER SEASON! Temporada de meio de ano tem séries curtas e nomes aclamados do cinema
Quando a fall season na TV americana acaba, bate aquele desespero no coração dos espectadores, que terão que aguardar até setembro - quando uma nova “temporada de outono se inicia” - pelos episódios inéditos de suas séries preferidas. Mas não sofra em vão. Entre a midseason (a temporada de início de ano) e a fall season (a temporada de outono), existe a summer season, ou temporada de verão, que começa mais ou menos em junho na TV e apresenta seriados com temporadas menores, com uma média de 13 episódios, que chegarão ao fim com o início da fall season - ainda dá tempo de conferir! E não pense que, por apresentar temporadas reduzidas, essas séries de meio de ano são de qualidade inferior. Muitas vezes, por precisarem resumir o enredo em menos partes, as atrações acabam sendo mais diretas e, portanto, melhores. Além disso, diversos atores e produtores do cinema encontram nessas “pequenas séries” o lugar perfeito para trabalhar na TV, pois, com pouco mais de dez episódios, tais projetos ainda lhes deixam tempo para se dedicarem à sétima arte. Esse é o caso de John Malkovich (O Homem da Máscara de Ferro) e Halle Berry (A Mulher Gato), por exemplo.
ESTREIAS
No dia 29 de maio, foi a vez de Undateable estrear na grade da NBC. A comédia é inspirada no livro de mesmo nome escrito por Ellen Rakieten e Anne Coyle e é centrada em um grupo de amigos que não conseguem arranjar namoradas – daí, o nome do programa. Bill Lawrence (Scrubs) e Adam Sztykiel (Due Date) são os criadores. Já o ator Chris D’Elia (de Whitney) é o protagonista Danny. Apesar de ser um grande nome do cinema, vira e mexe John Malkovich aparece em alguma minissérie de TV.
Esse ano, ele interpreta o lendário pirata Barba Negra no seriado Crossbones, que estreou no último dia 30 de março também na NBC. A atração é baseada no livro The Republico of Pirates, do escritor Colin Woodard, e se passa em 1729, a época de ouro dos piratas. Neil Cross (Luther) é o criador dessa versão televisiva. Halt and Catch Fire, que estreou em 1 de junho no canal AMC, é uma grande promessa. Primeiro, porque a emissora tem boa reputação no meio. Segundo, que a série traz de volta à TV Lee Pace, adorado por dar vida ao fofíssimo Ned, da extinta Pushing Daisies. Agora, ele interpreta Joe MacMillan, um visionário no ramo dos computadores. Scoot McNairy (Argo) e Mackenzie Davis completam o elenco principal. Jennifer Falls é a primeira comédia de câmera única do canal TV Land. Na história, Jennifer (Jaime Pressly, de My Nam Is Earl) é uma mãe solteira que, após perder o emprego, precisa voltar a morar na casa dos pais. Maggie (Jessica Walter, de Arrested Development) é
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The Night Shift é o novo drama médico do canal NBC. A série estreou no dia 27 de maio, na emissora americana, e narra o cotidiano de alguns médicos em um pronto-socorro em San Antonio, no Texas. A série recebeu a encomenda de 8 episódios e tem produção-executiva de Jeff Judah (90210), que teve a ideia do programa a partir de histórias contadas por um amigo médico plantonista. Eoin Macken (Merlin) e Jill Flint (Royal Pains) estão entre os atores do drama.
a matriarca em questão. O primeiro episódio foi ao ar no dia 4 de junho, nos Estados Unidos. Power, que estreou no canal Starz em 7 de junho, é produzida pelo rapper 50 Cent. A história gira em torno de “Ghost” (Omari Hardwick, da série Saved), o dono de uma casa noturna popular em Nova Iorque e que, ao mesmo tempo, controla o tráfico de drogas na cidade. Em Murder in the First, com estreia em 9 de junho no canal TNT, uma dupla de detetives de São Francisco investiga uma série de assassinatos
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sem nenhuma ligação aparente – a não ser que todas as vítimas conheciam o bem sucedido Erich Blunt (Tom Felton, de Harry Potter).
Raff, criador da série israelense em que Homeland foi inspirada. Dez episódios foram encomendados e estrearam em 24 de junho.
No dia 10 de junho, Chasing Life estreou na ABC Family. Essa é a história de uma jornalista (interpretada pela canadense Italia Ricci) em início de carreira, começando a viver um grande amor. Tudo ia bem, até que a jovem descobre que tem câncer terminal.
Young and Hungry é a nova comédia da ABC Family, estrelada por Emily Osment (Hannah Montanna), e que estreou no dia 25 de junho. Mystery Girls, outra produção cômica da casa, tem Tori Spelling no elenco e começou a ir ao ar no mesmo dia. Enquanto isso, a NBC estreou a comédia-policial Taxi Brooklyn.
Dominion é um novo drama apocalíptico do Syfy. A série é inspirada no filme Legião (Legion), lançado em 2010. A atração televisiva se passa 25 anos depois do longa metragem, que narrava a vinda de um exército de anjos à Terra para dar início ao Apocalipse. O anjo Miguel, no entanto, fica do lado da humanidade. Agora, duas décadas depois, cidades ultra protegidas foram construídas para proteger a humanidade e Alex (Christopher Egan), um rapaz rebelde, está predestinado a liderar os homens. A jovem BBC America, que já emplacou o sucesso dramático Orphan Black entre as produções originais, agora lança sua primeira comédia. Almost Royal, história de dois aristocratas ingleses que viajam pela primeira vez à América, é protagonizada por Ed Gamble e Poppy Carlton.
Dia 27 foi especial no Disney Channel. Girl Meets World, série derivada do clássico dos anos 90 Boy Meets World, entrou na grade do canal. A nova produção gira em torno de Riley (Rowan Blanchard), filha do casal Cory (Ben Savage) e Topanga (Danielle Fishel), os protagonistas do show original. Os atores veteranos também estão no elenco. O drama Reckless começou a ir ao ar no dia 29 junho na CBS. No mesmo dia, a HBO estreou o seriado dramático The Leftovers, criada por Damon Lindelof (Lost) e dirigida por Peter Berg (Friday Night Lights). Finding Carter narra a vida de uma adolescente que tinha a vida perfeita, até que descobre que a mulher quem sempre acreditou ser sua mãe, na verdade, a sequestrou no hospital. A MTV exibiu a série a partir do dia 8 de julho.
humanidade. Del Toro, cultuado diretor de cinema, trabalha na versão televisiva que estreou em 13 de julho, no FX. No dia 14 de julho, a CW começou a exibir as comédias canadenses Backpackers e Seed. A comédia Married, com Nat Faxon (Ben and Kate), estreou no FX dia 17 de julho, mesmo dia em que o canal exibe a “comédia-anti-romântica” You’re The Worst. Já o canal USA transmitiu o drama-médico Rush e o drama Satisfaction, que gira em torno de um casal em crise. O drama pós-apocalíptico The Lottery chegou ao Lifetime em 20 de julho. Depois de entrar no mundo das séries originais com Salem, a WGN exibiu sua segunda produção própria no dia 27 de julho: Manhattan se passa em 1930 e narra a vida de cientistas que desenvolveram pesquisas para criar a primeira bomba atômica americana. No dia 4 de agosto, Martin Lawrence (Vovó... Zona) e Kelsey Grammer (Cheers) estreiaram no FX com a comédia Partners, em que vivem dois advogados com estilos de vida bem diferentes, mas que acabam se cruzando.
A ficção-científica Extant invadiu as telas da CBS no dia 9 de julho. Na trama, Halle Berry (X-Men, Mulher Gato) vive uma astronauta que retorna para a Terra depois um ano no espaço.
The Last Ship, inspirada no livro de mesmo nome de William Brinkley, tem dez episódios encomendados e começou a ir ao ar em 22 de junho pelo canal TNT. Na série, os personagens de Eric Dane (Grey’s Anatomy), Rhona Miltra (Nip/Tuck) e Adam Baldwin (Firefly) são membros da Marinha americana e precisam descobrir a cura de uma pandemia que já matou 80% da população do planeta. Tyrant gira em torno dos conflitos no Oriente Médio e é criada por Gideon
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A NBC exibiu duas “novas” atrações no dia 10 de julho. A primeira é a sitcom Welcome to Sweden, que, na verdade, ganhou agora exibição nos Estados Unidos, já que a série é de origem sueca e garantiu segunda temporada por lá. A outra sitcom é Working the Engels, que também já é transmitida no Canadá, seu país de origem. The Strain foi, com certeza, uma das mais aguardadas da temporada. O seriado de terror é uma adaptação para a TV dos livros da Trilogia da Escuridão, escrita por Guilhermo del Toro e Chuck Hogan. A história gira em torno de um vírus que transforma as pessoas em vampiros e ameaça a
Outlander, do canal Straz, é outra produção esperada. A série de drama, com lançamento em 9 de agosto, conta a história de uma enfermeira de guerra que é transportada para o passado, no ano de 1743, e sua vida está ameaçada. Por fim, a TNT dedicou o dia 13 de agosto para seu novo drama de espionagem, Legends, que foi desenvolvida por Howard Gordon, de 24 Horas. Sean Bean (Game of Thrones) é o protagonista, um agente do FBI especializado em disfarces.
IN-DICAS
Para ler: Orange is the New Black de dinheiro, tudo isso por culpa de sua ex-namorada a Alex Vause (Laura Prepon), uma traficante internacional de drogas com quem teve um relacionamento há dez anos. Condenada a cumprir uma pena de quinze meses, Chapman troca sua vida confortável em Nova York para ter que sobreviver às dificuldades da vida na prisão. O livro lançado em 2010 contém 302 páginas. Na TV, a série original da Netflix tem 18 episódios e inicia a segunda temporada em junho.
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Quando Piper Kerman resolver escrever o livro Orange is The New Black, ela mal sabia da repercussão que a produção poderia causar. E mais, mal sabia que a obra sabiamente contando sua vida enquanto presidiária poderia virar uma série de TV, e uma série de sucesso. Orange Is the New Black gira em torno de Piper Chapman (Taylor Schilling), uma mulher que está noiva de Larry Bloom (Jason Biggs), e que é enviada a penitenciária federal por ser acusada de tráfico de drogas e lavagem
Para ouvir: Didn’t it Rain de Hugh Laurie Quem é fã de House sabe muito bem como o protagonista mais sarcástico das telinhas é talentoso em tudo o que faz. Prova disso é a carreira de cantor e compositor que Hugh Laurie carrega consigo desde 2011. O ator mostrou seu trabalho como músico pela primeira vez junto da banda The Copper
Bottom, enquanto ainda gravava a série. O disco Let Them Talk chegou ao primeiro lugar na lista dos mais vendidos. Desde então, Laurie dedicou cada vez mais seu tempo à música. Didn’t it Rain é o mais recente álbum de Hugh Laurie. Lançado em maio de 2013, o trabalho conta com 13 faixas com
o melhor do blues. Participações de Gaby Moreno e Taj Mahal dão o tom ao cd. Em seu segundo disco, Hugh Laurie esbanja talento e ousadia cantando, tocando guitarra e piano. Inclusive Didn’t it Rain rendeu uma tour que passou pelo Brasil em março deste ano. Os fãs de blues não podem perder!
Para ver: Alemão com Cauã Reymond O ator Cauã Reymond cada vez mais tem se mostrado um talento da sua geração de atores. Seja na TV ou no cinema, Reymond não perde a versatilidade em interpretar personagens com temáticas diferentes. E tem sido assim, desde o seu surgimento na TV em 2003 como o Maumau de Malhação. Depois do sucesso como o Jorginho de Avenida Brasil (2012) e o sommelier Leandro Dantas de Amores Roubados (2014), Cauã
Reymond interpretou neste ano o traficante Playboy, no longa Alemão. Dirigido por José Eduardo Belmonte, o filme retrata ocupação do complexo no Rio, em novembro de 2010. Antonio Fagundes, Caio Blat e Milhem Cortaz também estão no elenco. Quem quiser conhecer mais um pouco da carreira de Cauã Reymond, não pode perder a série “O Caçador”. Exibida toda sextafeira na Rede Globo, a série tem Reymond como protagonista.
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TRAÇADOS
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CLIQUE
Conectado Um dos maiores responsáveis pelo sucesso de “O Homem de Ferro”, Robert Downey Jr. finalmente resolveu aderir ao Twitter. O intérprete do super-herói mais fanfarrão de todos criou seu perfil na rede social no dia 11 de abril e já conquistou mais de 1 milhão e meio de seguidores com seu carisma. Se continuar nesse ritmo, Downey Jr. poderá alcançar, em menos de 2 meses, a marca de celebridades como Katy Perry (52 milhões de seguidores) e Justin Bieber (50 milhões). Fontes: Purebreak.com
Desconectado Selena Gomez anda preocupando os fãs. Mês passado, a cantora demitiu os pais, que eram seus empresários, apagou várias fotos de seu perfil no Instagram e deixou de seguir pessoas que ela considera más influências, como o ex Justin Bieber, a BFF Taylor Swift e as novas amigas instantâneas Kylie e Kendall Jenner. Além disso, tem postado tanto frases depressivas quanto motivacionais e circulado em companhia de Orlando Bloom. Pelo jeito, a mudança parece ter sido para melhor, portanto, estamos #AlwaysWithYouSelena. Fontes: Purebreak.com
Metalinguagem Ano passado, Ryan Gosling saiu às ruas vestindo uma camiseta estampada com uma foto de Macaulay Culkin criança, da época em que estrelou “Esqueceram de mim”. Esse mês, Macaulay resolveu fazer uma brincadeira metalinguística e postou uma foto no Twitter vestindo uma camiseta com estampa de Ryan vestindo a camiseta com sua estampa. Depois de criar uma banda cover de Velvet Underground chamada “The Pizza Underground” e de postar no Youtube um vídeo de 4 minutos dele mesmo comendo pizza, será que há mais alguma coisa que Macaulay Culkin possa fazer para nos impressionar? Fontes: Buzzfeed
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Quando gelo e fogo se encontram, tudo pode acontecer...
Nome: Guto Júnior Local: São Luís/MA