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• PIXEL TV | Maio 2014
Pág. 6
O movimento nerd
As autoras do Cozinha Pop sentam com a Pixel
Uma metamorfose chamada Matthew McConaughey
Seções Mensagens Antenados Vitrine Pixels
Tirinhas In-Dicas Clique
Pág. 44
Sem medo de adaptar Canais de TV investem em séries de terror
Telas As várias facetas do cotidiano em Orphan Black
Pág. 34
Perfil Pág. 26
Entrevista
Pág. 30
A saudosa WB
Pág. 19
Dia do Detento
a AIDS sob a ótica do amor
Pág. 14
Ponto a Ponto
Pág. 10
Calendário Pelo Mundo Controle Minissérie Remoto sueca retrata
Pág. 24
Fargo: a natureza humana revisitada
Pág. 20
Capa
Carimbo
GOT no Brasil. Conheça os bastidores da série
Redação Amanda Piolii Ana Flávia Miranda Gabriela Pagano Jéssica Nakamura Maísa França Maria Clara Lima
Colorir o esboço....
Editorial
Já repararam que quando a gente gosta muito de uma coisa,
pensa nisso vinte e quatro horas por dia? Não tem momento de folga e, muitas vezes, a gente nem sabe separar o que é trabalho e o que é prazer. Esse é o caso da Revista Pixel TV! Parece que as melhores ideias surgem justamente quando a gente coloca a cabeça no travesseiro, para descansar. Vai ver por que esse projeto é, sim, um grande sonho. Ou quando a gente decide se esparramar no sofá e assistir televisão; aí, são ideias que não acabam mais, porque é exatamente o que dá mais prazer que nos serve de material infinito. E não pense que isso aqui é uma reclamação; é um agradecimento.
Foi depois da edição piloto da revista que a gente conseguiu
analisar as coisas que deram certo e as coisas que deveriam ser mudadas. Foi depois da edição piloto, com a resposta de tanta gente, que nossos corações começaram a dar cor ao que antes era um esboço. Porque, se antes a gente tentava encontrar a forma da revista, agora a gente quer firmar o conteúdo. E que seja um conteúdo bem colorido, para gente de todos os gostos, de todos os lugares.
Pensando em cativar um pontinho no coração de cada um, a
primeira edição da Pixel TV dá destaque à nova temporada de Game of Thrones. GoT é daquelas séries que unem pontinhos do mundo inteiro, movidos pelo amor comum aos personagens e as histórias épicas. E se a gente teve a oportunidade de ir até o Rio de Janeiro visitar uma exposição especialíssima da
Colaboradores Chrystiano Porto Gabi Guimarães Thales Brandi Colunistas Paulinha Alves Luciano Guaraldo Redação Online Amanda Pioli Cássia Tavares Gabriel Nonino Jéssica Nakamura Larissa Lofuto Olívia Pilar Chefe de Redação e Direção de Pauta Gabriela Pagano Editoras Gabriela Pagano Maísa França Maria Clara Lima Editora Online Mirele Ribeiro Marketing Maísa França Revisão Raquel Perez Ilustrações João Costa Marcos da Mata Capa Marcos da Mata Projeto Gráfico e Diagramação Wellington Pereti Arte Rayssa Bevilaqua Diretora Executiva Maria Clara Lima
série, por que não dividir essa emoção? Essa primeira edição da Pixel é assim: quer unir os
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pontinhos, colorir. Mas não só com o meu gosto ou só com o seu gosto. Com o gosto
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de todo mundo, como uma grande obra de arte coletiva. Ajude-nos a pincelar as muitas outras que virão!
Redação redacao@revistapixel.com.br
Gabiela Pagano Chefe de Redação
Revista Pixel TV edição #1 - Maio de 2014. Essa publicação é distribuída gratuitamente via web para você carregar onde quer que for. Seja no celular, no Ipad, na telinha do computador. Para isso, basta acessar o nosso Issuu! issuu.com/revistapixeltv
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Bem vindos à origem da origem. Ao pixel da pixel. Está no ar a primeira edição da Revista Pixel TV. Logo, esse cantinho colorido e sossegado ainda não mostrou a
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que veio. Mas ele será o nosso espaço de interação. Queremos
Redação
ouvir
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vocês,
saber
suas
opiniões sobre nossas seções,
(existenciais ou não), correio elegante e
textos, posts e aventuras. E
contribuição para contato@revistapixel.com.br - a
apesar de não sermos um
revista mais antenada da galáxia!
divã, esperamos que vocês desabafem também: abram o
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Moderna e charmosa, seu anúncio vai ficar lindo
Pixel TV! Ficaremos felizes em
nas páginas da revista.
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coisinha ou duas: a união faz de um pixel uma
e garantimos que vamos ler
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CARIMBO
Fargo: a natureza humana revisitada Nota: 10 Por Maísa França
“Esta é uma história verdadeira”. É com a mesma frase do clássico
Ficha Técnica:
filme dos Irmãos Coen que a nova minissérie do canal FX dá seu
Título: Fargo
pontapé inicial. Fargo também tem o mesmo inverno congelante
Duração: 60
da obra homônima que a inspirou mas nem por isso se trata de um
Gênero: Drama
remake propriamente dito. Na verdade, possui sua própria maestria.
Censura: 16
A versão para a TV, assim como a original, é um estudo da natureza
Direção: Adam Bernstein
humana e considera cada personagem único, como os flocos de neve
Roteiro: Noah Hawley
que cobrem os cenários.
Elenco: Joey King, Billy Bob
Thornton, Martin Freeman,
O primeiro episódio da minissérie, que promete contar a história
em dez episódios, nos apresenta à esses personagens tão peculiares
Colin Hanks, Allison Toman e
e complexos. The Crocodile’s Dilemma tem um ritmo fluido apesar de
Bob Odenkirk.
sua duração – por volta de uma hora - e se preocupa, justamente, em
Ano de produção: 2014
nos fazer entender grande parte da motivação de muitos que estão ali
País de origem: Estados
em tela. Lorne Malvo, interpretado por Billy Bob Thornton, se mostra
Unidos
como uma ameaça imediata àqueles que o rodeiam e um verdadeiro poço de humor negro. Praticamente um rei do caos. Enquanto isso, Lester Nygaard, interpretado por Martin Freeman, se mostra como um homem constantemente desprezado e diminuído por todos que o rodeiam. Um insignifcante de mão cheia e um verdadeiro perdedor. Personagens opostos que, quase que instantaneamente, se veem interligados numa onda de assassinatos.
A matança e a quantidade de sangue que aparecem no primeiro episódio, porém, são totalmente
pertinentes aos acontecimentos. A violência não é entregue de graça e se encaixa ali com êxito cumprindo seu objetivo de nos deixar em cima do muro ao tentar julgar as pessoas em boas
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ou más.
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• PIXEL TV | Maio 2014
ANTENADOS
Guarda-roupa dos sonhos Por Amanda Pioli Ribeiro
Quem nunca pensou “eu quero!” ao ver a jaqueta superestilosa usada por Emma (Jennifer Morrison), em Once Upon a Time? Ou quis parecer tão “cool” quanto o Clark Kent (Tom Welling), de Smallville? Pensando em realizar esse tipo de desejo, a loja online Oceandrive Leather, especializada em roupas de couro, promete reproduzir esses itens dos guarda-roupas que tanto encantam os telespectadores.
Há 14 anos no mercado – e desde 2009 só no mundo virtual -, a Oceandrive atende a
muitos pedidos especiais dos fãs. “Nós recebemos, constantemente, pedidos para jaquetas customizadas que foram vistas em Once Upon a Time, Smallville, Arrow e Supernatural. Sendo que o pedido mais popular tem sido a jaqueta da Jennifer Morrison. Recentemente, nós entregamos para mãe e filha de São Paulo a jaqueta de pele de carneiro usada pela personagem”, conta Darryl Christensen, sócio da loja, ao lado de seu irmão, Keith. Todos os produtos encomendados são produzidos em Vancouver, no Canadá.
Questionado sobre a dificuldade de atender a esses pedidos especiais, Darryl
explica que, com o tempo e o costume, fabricar os produtos foi ficando mais fácil. Ainda assim, ele lembra que um dos modelos que deu mais trabalho. “Eu acho que a jaqueta verde de Arrow foi difícil porque, até aquele pedido, nós não tínhamos feito nada tão complicado e detalhado como aquela”.
Mas é importante mencionar que os irmãos Christensen não fazem só réplicas.
Eles também fazem pedidos originais, inclusive encomendados pela indústria de filmes e televisão. “Pediram para a gente visitar a Angelina Jolie em seu camarim para medir calças de couro customizadas. Ela acabou pedindo cinco”, relata. Foi justamente para atender a essa demanda cinematográfica que os irmãos expandiram seus negócios para o universo online.
Para quem já não vê a hora de pedir um produto customizado, basta entrar no
site da loja e preencher o formulário. O preço médio das jaquetas é de US$ 1400 a US$ 1800 e eles aceitam pedidos de qualquer lugar do mundo.
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Oceandrive Leather - oceandriveleather.com
ANTENADOS
Séries em dia (e em ordem!) O mundo da tecnologia perece ter reservado um espaço para os viciados em televisão. Foram lançados vários aplicativos que permitem que você adicione suas séries favoritas e controle o que foi ou não assistido. Separamos dois que achamos bem legais! O app “Episodes”, por exemplo, possui um grande banco de dados com sinopse e lista de episódios para você marcar os que já assistiu e receber notificações para os próximos que vão ao ar. Ele é gratuito e está disponível apenas para a plataforma iOS. Já com o “TVShow Time”, além dos recursos que estão presentes nos outros aplicativos, ainda é possível compartilhar os seriados que está assistindo, dar nota a eles, e ver quais séries seus amigos estão acompanhando também. Ele custa US$ 2,99 e está disponível para iOS e Android. Episodes,
itunes.apple.com/br/app/
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TVShow Time,
episodesapp.com
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• PIXEL TV | Maio 2014
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Legen… Wait for it... Dary! Embora How I Met Your Mother tenha chegado ao fim, seu legado está longe de acabar. Ainda são muitos os produtos que lembram a série. Entre eles, dois farão o coração de qualquer fã do Barney Stinson (Neil Patrick Harris) disparar: É possível comprar os livros “The playbook” e “The Bro Code”, que guiavam todas as ações do personagem. No primeiro título, nosso herói compartilha cerca de 75 técnicas de como conquistar qualquer mulher bonita e levá-la para cama. Enquanto no segundo, Barney explica o que é ser um “Bro” e como seguir esse rígido código de conduta. Ambos ajudam a tornar o personagem “legendary” Os dois livros são vendidos no Brasil, mas apenas “The Bro Code” foi traduzido para o português (O código Bro). saraiva.com.br
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CALENDÁRIO
24 de Maio Dia do Detento
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• PIXEL TV | Maio 2014
Reação em cadeia O sistema prisional é frequentemente usado nos roteiros de filmes e seriados. Faz parte do cenário de histórias que mostram o drama de personagens que são sentenciados a viverem a parte da sociedade. Seja qual for o motivo da pena, é interessante observar o sistema, diferente ao redor do mundo, e similar em seu objetivo. O Calendário desse mês mostra como a vida em cárcere pode mudar uma pessoa… para o bem, ou para o mal. Por Maísa França
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Maio 2014 | PIXEL TV •
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CALENDÁRIO
média passar por uma profunda
tamanhas
transformação.
primeiro
sofridas. Há quem diga que o
desafio, muito mais do que lidar
lugar sirva para a reabilitação
com a situação no seu íntimo,
mas, muito mais do que isso,
é lidar com a reação da família
é um lugar de sobrevivência.
pois, como dizem, para cada
Para sobreviver é necessário
pessoa condenada há uma
fazer amigos – ou aliados.
família – as vezes, até duas –
E para ajudar na diminuição
sofrendo.
da pena, é preciso um bom
Celas, grades, espaços
comportamento
pequenos
um
e
falta
de
O
Piper deixa para trás
e
ameaças
participar
pais
de alguns cursos ou trabalhos
deslocados,
que
oferecidos dentros do local.
alguns detalhes físicos. Aliado
também precisam aprender a
Na série vemos as detentas
à isso, ainda há um misto
conviver com as regras do jogo.
trabalhando na manutenção de
de sentimentos e sensações
Num ecossistema limitado e
equipamentos, na cozinha e na
inigualáveis. Medo, vergonha,
já definido, Piper, assim como
biblioteca.
culpa, arrependimento, tristeza
todos
e raiva dão nomes às sensações
precisa mostrar que não é o elo
que afloram atrás das grades.
mais fraco da cadeia alimentar
Enfrentar isso tudo é o desafio
escolhendo de que lado desse
mostrado
sistema
no
mais
recente
amigos
as
e
privacidade são apenas
noivo,
são
totalmente
os
novos
tão
detentos,
segregado
ela
pensa
Mas se engana quem que
o
cumprimento
da pena é o problema. Ele é apenas o começo dele. Numa sociedade
extremamente
sucesso da Netflix, Orange is
realmente ficará. Além disso, é
The New Black, séria baseada
hora de tentar conciliar esses
em fatos reais, que retorna para
dois mundos completamente
a sua segunda temporada no
diferentes
dia 6 de junho.
perto pessoas que consigam,
O sucesso da série chama
assim como ela, enfrentar a
a atenção para a vida em cárcere,
situação, o que realmente não
na prisão feminina de Litchfield,
é nada fácil – vide o número de
local nada convencional e palco
pessoas que deixam de receber
para a intrigante história de
visitas de seus familiares única
Piper Chapman (Taylor Schilling).
e exclusivamente porque eles
História essa que começa há
desistiram de lutar.
dez anos, quando ela comete
o crime que a condenará a 15
seriam fáceis de lidar se as
meses de prisão.
condições
instalações
e que, infelizmente, está mais
Nos 13 episódios da
não fossem tão precárias e os
presente na nossa realidade do
primeira temporada da série, é
detentos não contassem os dias
que deveria: a violência e como
possível ver a loirinha da classe
como “mais um sobrevivido”
ela é punida.
e
manter
por
Esses primeiros desafios das
preconceituosa em todos os sentidos, ex-detentos sofrem na pele a rejeição. Muitos deles, por não conseguirem se readaptar à vida, cometem delitos e voltam para a prisão, onde se sentem realmente em casa, como é o caso de Taystee (Danielle Brooks).
Portanto vale lembrar
que, se esse dia existe, ele serve como pontapé inicial no debate sobre um assunto tão delicado
Para ler: O lançamento da edição brasileira de Orange is the New Black, de Piper Kerman, vai chegar aqui no Brasil pela Editora Intrínseca, e vai contar a verdadeira história da escritora norte-americana que é a verdadeira protagonista da história. Em 1992 se envolveu com Nora e sua relação com a jovem gerou uma grande consequência. Dez anos depois, quando já era noiva do editor de livros Larry Smith, foi condenada a 13 meses de prisão por lavagem de dinheiro e conspiração criminosa. Cumpriu parte de sua pena no presídio de segurança mínima de Danbury, em Connecticut e descreve como “terrível” esse período de sua vida. O livro ainda não tem data para o lançamento por aqui, mas não deve demorar muito, já que a série é um sucesso.
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PELO MUNDO
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• PIXEL TV | Maio 2014
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SUÉCIA
Minissérie sueca retrata a AIDS sob a ótica do amor Por Jéssica Nakamura
Estocolmo.
Início
dos
mais velho e bem resolvido
anos 1980. Num hospital,
que “apadrinha” o novato. É
um portador de AIDS em
numa festa de Natal alternativa
seu leito de morte chora frente
de Paul que Rasmus conhece
ao seu inevitável destino, tendo
Benjamin
suas lágrimas enxugadas por uma
jovem testemunha de Jeová que
enfermeira. Esta, porém, logo é
luta interiormente para conciliar
repreendida por uma colega,
a homossexualidade com sua
na Suécia. Ganhou o prêmio
que traduz o pensamento da
religião. Os dois apaixonam-
Kristallen (algo como o Emmy
época em relação à doença em
se à primeira vista e iniciam
sueco) na categoria “Melhor
uma só frase: “nunca enxugue
um relacionamento que logo
drama televisivo” e também o
lágrimas sem luvas”. Essa é a
descobrem ter data de validade,
prêmio de Público no festival
cena que abre e dá nome à série
determinada pela doença que
Series Mania em Paris, em
sueca Torka Aldrig Tårar Utan
Rasmus contrai. A partir de
que competiu contra Game of
Handskar.
então, passam a viver juntos e a
Thrones e House of Cards.
conviver com a presença do HIV
como “Don’t ever wipe tears
em suas vidas.
britânico BBC Four comprou
without gloves”, a minissérie
os direitos de exibição da série,
retrata, através de uma história
Television, “Don’t ever wipe tears
iniciando
de amor, o impacto da AIDS na
without gloves” é contada em
no Reino Unido no dia 2 de
comunidade gay de Estocolmo
três episódios de uma hora cada.
Dezembro, marcando o Dia
na década de 1980.
Intitulados “Amor”, “Doença”
Mundial da AIDS.
Rasmus (Adam Pålsson)
e “Morte” - nomes bastante
é um jovem de 19 anos do
sugestivos -, os capítulos são
se) alguma emissora brasileira
interior que, ao concluir o Ensino
baseados nos três livros de Jonas
dará ao público a oportunidade
Médio, muda-se para a capital
Gardell, a personalidade gay
de prestigiar esse marco televisivo
para fazer faculdade. Assim que
mais proeminente na Suécia.
na conscientização a respeito da
chega lá, começa a se integrar à
Simon
AIDS. Por enquanto, a internet
comunidade gay, onde conhece
Kaijser, a série foi um grande
nos permite nos emocionar
e se torna amigo de Paul
sucesso de público e crítica
com o drama e enxugar nossas
(Simon J. Berger), um homem
em 2012, quando foi exibida
lágrimas - sem luvas.
Traduzida para o inglês
(Adam
Lundgren),
Produzida pela Sveriges
Dirigida
por
Imagens Divulgação
No final de 2013, o canal
sua
transmissão
Resta saber quando (ou
Maio 2014 | PIXEL TV •
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A estética elaborada de Meu Pedacinho de Chão
A nova novela das seis da Globo causou estranheza no telespectador. Apesar da bela cenografia, figurinos elaborados, apostar no diferente ainda permanece um desafio. Por Gabriela Guimarães
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• PIXEL TV | Maio 2014
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Ousadia. Esta é a palavra
de
que melhor descreve Meu
estritamente proibidos, como
Pedacinho de Chão, a nova
política, educação, justiça social
novela das seis da Globo, que
e saúde. Poderíamos chamá-la,
estreou no último dia 7 de abril.
talvez, de uma releitura da obra
que lhe deu origem.
Escrita
por
Benedito
explorar
temas
antes
Ruy Barbosa, em parceria com
Mas as novidades não
Edilene e Marcos Barbosa – sua
param por aí. A história ganhou
filha e neto, respectivamente
nova roupagem e, ao deixar para
–, a trama conta a história
trás o universo rural e realista da
da Professora Juliana (Bruna
obra original, adquiriu ares de
Linzmeyer), que chega à fictícia
uma fábula que é, ao mesmo
vila de Santa Fé para dar aula
tempo, contemporânea e atem-
às crianças dali, mas logo se
poral, ganhando contornos car-
depara com um povo humilde e
icatos ao passar a ser contada
oprimido pelo poderoso Coronel
sob o ponto de vista lúdico das
Epaminondas (Osmar Prado), um
crianças Serelepe (Tomás Sam-
grande e prepotente latifundiário
paio) e Pituca (Geytsa Garcia).
que, conservador e avesso ao
progresso, rege o vilarejo com
e órfão que vive na fazenda do
pulso de ferro.
Coronel Epaminondas, não sabe
Muito embora tenha sido
muito de seu passado, mas tem
largamente noticiado que Meu
na amizade com Pituca o seu bem
Pedacinho de Chão seria um
mais precioso. A garotinha, por
remake de sua novela homônima,
outro lado, é filha do poderoso
exibida originalmente em 1971
coronel,
pela TV Cultura e pela Globo – e
amizade dos dois. E é justamente
lembrada por ter sido a primeira
a bonita cumplicidade entre eles
novela das seis desta última –,
a força propulsora da trama,
Benedito Ruy Barbosa alerta: em
que tem como árdua missão
comum, ambas possuem apenas
representar valores fundamentais
“as localidades e os nomes dos
como a amizade, a justiça, o
personagens”, nada mais. E
amor, a esperança, os sonhos e
explica: a primeira, como toda
a liberdade.
produção artística da época,
sofreu todas as agruras da
ao folhetim este tom lúdico, de
ditadura militar e, portanto, da
fábula, foi necessário ousar. Com
censura. Talvez por isso mesmo,
uma proposta estética inovadora
a segunda tenha sido encarada
– quase que um “experimento”
como uma nova oportunidade
–, a releitura presenteia os seus
Serelepe, garoto pobre
que
desaprova
a
Sendo assim, para conferir
Imagens Divulgação
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e latas a árvores de todas as
um certo equilíbrio para não
cores do arco-íris; dos cortes
aliená-lo no processo. Habituado
com desenhos animados – e
com o já tão desgastado formato
suas imagens desfocadas – às
tradicional das telenovelas, os
sequências que remetem ao
olhos pouco acostumados do
velho oeste do cinema; e daí ao
telespectador podem estranhar
minucioso cuidado com todos
tamanha explosão de cores e se
os detalhes, o resultado é nada
arregalar diante de uma estética
menos do que belíssimo.
quase circense. A audiência, em
Com a missão de trazer à
queda lenta porém constante
realidade sua visão um tanto – por
desde o primeiro capítulo, é um
que não? – arriscada, Benedito
sintoma deste estranhamento.
Ruy Barbosa voltou a trabalhar
com o premiado diretor Luiz
inovar no horário das seis não
Fernando Carvalho, que, com
é exatamente inédita. Em 2011,
obras como Hoje é Dia de Maria,
Cordel Encantado se propôs
Pedra do Reino e Capitu em seu
ao mesmo desafio ao trazer à
currículo, é conhecido por primar
telinha um romance narrado
justamente pela inovação estética
como
em suas produções. Juntos,
combinando com coerência e
inclusive, autor e diretor foram
bom senso um reino fictício e
responsáveis por dois enormes
o sertão brasileiro. A fórmula
sucessos
teledramaturgia
não só foi muito bem-sucedida
brasileira: Renascer (1993) e
em termos de audiência, como
Rei do Gado (1996). Será Meu
também foi aclamada pela crítica
Pedacinho de Chão capaz de
– combinação rara nos dias de
repetir a dose?
hoje. O que falta ao público de
18
literatura
de
cordel,
para
Meu Pedacinho de Chão, talvez,
dizer. Fato é que os hábitos
seja justamente um sentimento
do
de
Imagens Divulgação
da
Mas esta tentativa de
Ainda
é
cedo
telespectador
telespectadores todos os dias
transformando
com uma magia digna de conto
velocidade
vem
pertencimento
para
o
uma
telespectador mais tradicional,
e
mas o sucesso estrondoso de
de fadas. A começar pela própria
nada mais natural do que a
sua antecessora nos deixa mais
vila de Santa Fé: aqui, o pequeno
televisão apressar o passo para
esperançosos com o que o
vilarejo deixa de ser apenas
acompanhá-los,
reinventando-
futuro lhe reserva. A impressão
uma cidade cenográfica e se
se. Portanto, é sempre válida – e,
que fica, pelo menos até agora,
transforma em um importante
mais do que isso, é louvável – a
é a de que aqueles que insistirem
personagem, capaz de interagir
ideia de apostar em algo novo
em sair de sua zona de conforto
com toda a narrativa. De casas
que o force a sair de sua zona de
serão presenteados com uma
feitas
conforto, mas é preciso encontrar
bela jornada.
de
• PIXEL TV | Maio 2014
brinquedos
velhos
com
se
avassaladora,
COLUNA
CONTROLE REMOTO
Ai, que saudades da The WB... Por Luciano Guaraldo
Acredite
se
quiser,
ser conferidas – Grosse Pointe,
mas houve uma época
Maybe It’s Me e Popular.
na TV em que séries
Sim, eu sei o que vocês
voltadas para adolescentes não
vão dizer: pelo menos três
precisavam envolver vampiros,
das séries que você citou têm
lobisomens, bruxas e curupiras.
vampiros, lobisomens e bruxas.
Hart of Dixie. Mas a aposta no
Um tempo em que toda a família
E, sim, reconheço que elas têm.
sobrenatural dá audiência, então
podia se reunir na sala para
Mas imaginem que isso ocorreu
é uma escolha compreensível...
acompanhar,
em um tempo pré-Crepúsculo e
temas
True Blood, quando apostar em
por conta disso, o público fica
relevantes de forma leve. Parece
séries do gênero era um risco.
órfão das conversas ultrarrápidas
um período distinto da história,
Um que só a The WB parecia
e repletas de referências
como a década de 1950, mas é
disposta a correr na época... E
pop de Lorelai e Rory,
algo muito mais recente. Estou
um que abriu espaço para as
dos dilemas existenciais
falando da era da The WB.
(muitas) outras produções que
de Dawson e Joey, das
vieram depois.
confusões
das
irmãs
no ar entre 1995 e 2006, nunca
Halliwell,
do
amor
foi a queridinha da crítica – na
que a emissora fechou suas
complicado de Ephram
verdade, um dos únicos prêmios
portas (com um dos vídeos mais
e Amy, das reflexões
importantes foi o Globo de
bonitos e emocionantes que eu
poéticas de Lucas Scott... A lista
Ouro de Melhor Atriz em Série
já vi, procurem no YouTube), a
continua infinitamente, porque
de Drama para Keri Russell,
TV norte-americana (e, sejamos
eu cresci assistindo a dezenas de
de Felicity –, mas isso nunca
sinceros, mundial) nunca mais
séries da The WB e posso dizer,
impediu o público de amar as
foi a mesma. A CW, herdeira
sem falsidade, que a emissora
séries do canal, que colocou
natural da The WB, parece mais
ajudou a formar meu caráter. E,
no ar clássicos como Dawson’s
disposta a apostar em super-
apesar de fora do ar, ela segue
Creek, Gilmore Girls, One Tree
heróis e criaturas mitológicas
viva nas minhas coleções de
Hill, 7th Heaven, Everwood,
do que em retomar o clima fofo
DVD...
Buffy,
e
e familiar da sua “mãe” – que,
menos
preciso dar o braço a torcer, é
lembrança especial das séries da
conhecidas – mas que merecem
mantido vivo na subestimada
The WB?
séries
que
semanalmente, discutiam
A emissora, que ficou
Angel,
Charmed,
além
Smallville das
O fato é que, desde
O lado negativo é que,
E vocês, têm alguma
Maio 2014 | PIXEL TV •
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CAPA
Por Chrystiano Ribeiro e Thales Cohen Imagens: Chrystiano Porto; Divulgação
Q
uando se pensa em Game of Thrones, logo vem à cabeça uma série rica em cenários, personagens, figurinos, maquiagem e tudo que uma direção de arte competente consegue fazer. Um mundo mágico, gélido e sangrento, criado por George R. R. Martin, autor dos livros que deram origem ao seriado, e transportado com maestria pela HBO para a tela da TV. Esse mundo, conhecido por fãs de todos os cantos, foi parar no Rio de Janeiro, entre os dias 5 e 9 de abril, quando a Game of Thrones Exhibition chegou à cidade transportando o público visitante para dentro das muralhas de Westeros - local fictício que serve de cenário para cenas emblemáticas do seriado. Lá, era possível observar o acervo de aproximadamente 100 peças originais utilizadas na história. O sucesso estrondoso de GOT (como a série é chamada pelos fãs) atraiu gente de todos os tipos ao local da exposição, entre eles,
Thales e Chrystiano, que tinham apenas uma missão naquela manhã de abril: aproveitar ao máximo cada momento. Parecia uma tarefa fácil, mas para Chrys, que nunca tinha visto a série antes, parecia um tanto quanto desafiadora. Já para Thales, o mais difícil era segurar a ansiedade que lhe tirou o sono e fez o estômago doer na noite anterior ao encontro com o famoso Trono dos sete reinos. Dois pontos de vistas diferentes para uma experiência que será impossível se de esquecer.
Thales Cohen, 23 anos, fã incondicional Chegar a Game of Thrones – The Exhibition era só o começo de um mini ataque de coração, afinal, finalmente poder experimentar a realidade da terra dos Setes Reinos e ver de perto aquele mundo é o sonho de qualquer fã apaixonado da série. Logo na entrada, fui convidado para escalar a grande Muralha. Essa foi a primeira parada em Westeros e, também, no mapa da exibição. É incrível como, por toda a exposição, você percebe o incrível
trabalho de composição dos figurinos, cuja função é de Michele Clapton e sua equipe. Todas as peças foram feitas de materiais que seriam encontrados nessa época medieval (nada de material sintético ou algo tecnológico) para dar mais realidade as vestimentas. Além disso, as peças mostradas estavam na escala real do tamanho dos personagens e aí você percebe o quanto Brienne é alta e que na verdade Tyrion não é tão baixinho assim. Destaco as peças do personagem Hodor, que foram feitas de pele de animais, afinal, seu núcleo está sempre em fuga e não dá tempo para ficar tecendo o melhor tipo de roupa, não é mesmo? O figurino dos personagens de Porto Real (Oberyn, Tyrion, Cersei, Joffrey, Margaery e Sansa) é incrível. O mais legal é você olhar para a peça e já simplesmente lembrar dos personagens, sem nem precisar olhar para as plaquinhas. A exposição ainda traz dois figurinos para Daenarys, o que ela usou na terceira temporada (algo mais como uma guerreira) e o que ela usará na quarta temporada. . Ao lado desse núcleo, temos o pessoal de Pedra do Dragão (com Melissandei, Sor Davos e Stannis Baratheon), legal perceber também a bolsinha que Sor Davos
carrega no peito com seus dedos que lhe foram tirados. A exposição também traz figurinos de Arya e Cão de Caça, além de peças de Jon Snow e Ygritte. Por mais que o grande foco da exposição seja mesmo os figurinos, ainda somos apresentados a diversos outros itens que chamam a atenção dos fãs. Estão todos lá: a mão cortada de Jamie, a mão de ouro que ele passa a usar na quarta temporada, o colar que Sor Dontos deu a Sansa na estreia da quarta temporada, as espadas de quase todos os personagens e é impressionante o tamanho delas, a do Cão de Caça é quase maior do que esse que vos escreve, a caixinha que Ramsay Snow mandou com um presentinho de Theon Greyjoy, a cabeça cortada de Vento Cinzento (lobo de Robb Stark), um mural com vários personagens já mortos, um storyboard do Casamento Vermelho, o ovo de um dos dragões de Dany, dentre outros itens maravilhosos. Fechando a experiência, não posso deixar de citar a famosa foto no Trono de Ferro. Pode ser uma coisa boba e fácil, mas sentar naquele lugar (lembrando que é uma cópia idêntica ao que eles usam nas filmagens, feito do mesmo material e nas mesmas proporções) é mais do que especial, é sensacional. A sensação que fica é que eu quero permanecer lá, em Westeros, sentir o frio da Muralha e a emoção de estar nesse mundo (sem morrer, claro). A HBO está de parabéns por conseguir fazer algo tão fidedigno a série e de permitir aos fãs ter essa experiência. Só sei que quero mais, quem sabe na exposição do ano que vem a gente não tenha um simulador de voo nos dragões de Dany?
Fã da série, Thales Cohen, editor do Guia de Seriados, conta como foi passear pela Terra do Gelo
Chrystiano Ribeiro, 23 anos, caiu de paraquedas na história
O Colaborador especial Chrystiano Porto conhecia Game of Thrones apenas de nome, e se surpreendeu com a grandiosidade da produção
Nunca tinha assistido Game Of Thrones, nem nunca tinha tido a mínima vontade de assistir. Sempre presenciei a comoção em torno da série, inclusive de alguns amigos próximos, mas nunca foi algo que realmente me chamasse a atenção. Então, quando o convite para acompanhar o evento de lançamento da quarta temporada promovido pela HBO Latin America no início do mês surgiu, confesso que fiquei bem inseguro de comparecer por medo de não conseguir captar devidamente tudo que foi feito e produzido para os fãs da série. Fui surpreendido de cara com a exibição (antecipada) do primeiro episódio da nova temporada. E apesar de um pouco perdido com a história, fiquei muito impressionado com os aspectos técnicos da série (o fato de assistir ao episódio em uma tela de cinema certamente contribuiu com isso). Fiquei bem curioso para saber o que havia acontecido antes, e principalmente, onde toda a historia ia chegar. Mesmo assim, confesso que ainda não estava muito convencido de que incluiria a série na minha lista de programas para assistir. Foi na coletiva de imprensa, com a presença de Pedro Pascal, o intérprete de Oberyn, e com Gwendoline Christie, a Brienne of Tarth, que definitivamente me transformei em um potencial futuro espectador da série. Ver os atores falando com tanta paixão sobre o show e a empolgação dos presentes diante das respostas realmente me contagiaram. Já sabia que a série era especial e querida por seus fãs, mas ver isso
tão de perto e com os atores tão próximos me fez querer vivenciar isso também. Mas, caro leitor, sou um pouco teimoso, e ainda não estava 100% convencido. Mas aí cheguei à exposição e o resto de dúvida sobre o meu futuro com a série por fim teve seu trágico destino. Me rendi completamente aos encantos de Westeros. Paredes com cenas e falas dos personagens estavam dispostas junto com objetos emblemáticos de todas as temporadas. Conforme fui explorando os detalhes de cada ambiente, vendo alguns dos itens usados em cenas que eu acabara de ver, me senti transportado para o incrível mundo de Game of Thrones, um mundo que conhecia há apenas algumas horas, mas do qual já estava me sentindo parte. Foi realmente uma experiência única, o contato com um dos cenários da série de forma tão realística foi ainda mais excitante e promoveu em mim ainda mais a vontade de ver a série. Como eu disse no início, meu maior medo era não conseguir captar tudo que foi feito para os fãs na exposição e, por mais que eu possa não ter entendido ou captado a importância de algum determinado objeto, a verdade é que fui fisgado com tanta intensidade pelo universo de Westeros e pela mágica de vê-lo reproduzido com tanta perfeição que finalmente me rendi à série e não me arrependo. Guardo agora a lembrança da minha foto com o trono, meu pequeno troféu da minha brava missão.
GOT Exhibition em números 4 20 mil foi o número de ingressos gratuitos disponibilizados 4 160 quilos pesava o tal Trono de Ferro 4 2 cidades já receberam a exposição: Rio e São Paulo 4 6 países estavam na rota da exposição. Além do Brasil, o Trono de Ferro visitou o Canadá, Irlanda do Norte, México, Estados Unidos e Noruega.
COLUNA
PONTO A PONTO
O estilo sci-fi de ser na loja mais próxima de você Por Paulinha Alves
Não é de hoje que séries e programas de TV criam histórias, universos e personagens que viram sucesso entre o público nerd, se tornando referência na área. Muito antes de The Big Bang Theory, - talvez o programa mais literal na representação do geek, uma espécie de nerd moderninho – séries como The Twilight Zone, Star Trek e Arquivo X já faziam escola. Não à toa, elas conquistaram um séquito de admiradores e fãs nerds que até hoje cultuam seus episódios, além, é claro, de todos os filmes, continuações e outros produtos que renderam.
A sério Doctor Who, por exemplo, é a prova viva de como
um programa pode render diversos produtos inspirados em sua história. Britânica, sua primeira versão foi ar em 1963, se tornando um clássico nerd entre os mais velhos. Em 2005, no entanto, depois de anos fora das telinhas, ela ganhou uma nova versão, até hoje no ar e responsável por conquistar um público mais jovem. Pronto. Isso bastou para que fãs de todas as idades buscassem avidamente por produtos da série, que vão desde chaveiros e pingentes da Imagens Allposters http://bit.ly/QxLhLN
Tardis, - que podem ser encontrados na loja online Sempre Joias (semprejoias.com.br) - até seu jogo Monopoly (sim, ele existe!), lançado em edição limitada ano passado em comemoração ao aniversário de 50 anos da série.
Mas não é apenas Doctor Who quem conseguiu se
transformar em um case de sucesso também nas lojas. Sites como o AllPosters (allposters.com.br), por exemplo, disponibilizam para venda desde um pôster de Star Trek com seus personagens ilustrados em pixels até uma camiseta da série que imita o uniforme da frota estelar. Esse mercado de camisetas nerds, aliás, que aposta em estampas com frases ou imagens relacionadas a esse universo, virou ainda mais rentável desde a estreia da já citada série The Big Bang Theory. Graças a ela, camisetas usadas pelos seus próprios personagens, como a vermelha com o símbolo do super-herói Flash ou a verde Imagens Ideal Shop http://bit.ly/1jhz0C0
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com o símbolo do Lanterna-Verde - viraram febre nas lojas, além das camisetas em que aparecem expressões como RPSLS (rock-paperscissors-lizar-Spock) ou o famoso “Bazinga” de Sheldon Copper. Ficou interessado? Na loja IdealShop (idealshop.com.br) você pode encontrar exatamente essa camiseta para comprar, além de capas para Iphone inspiradas na série e um boneco do próprio Sheldon.
Se o assunto, no entanto, é produtos de colecionador, uma
das grandes campeãs no quesito com certeza é a série Game of Thrones, que rende a cada nova temporada mais e mais produtos de enlouquecer os fãs. No site Think Geek (thinkgeek.com) você pode encontrar desde uma réplica da caixa com os ovos de dragão de Daenerys Targaryen até uma réplica do corvo de três olhos dos
Imagens Ideal Shop http://bit.ly/1hGAZjz
sonhos de Bran Stark. E tem mais: um quebra-cabeça em 3D do mapa de Westeros e versões em pelúcia dos filhotes de lobos dos Starks. Dá para acreditar?
O mundo de produtos inspirados em séries nerds não para
por aí. Dos itens mais raros até os objetos mais comuns, como canecas e bonecos, tudo se torna uma grande extensão daquele universo adorado pelos fãs e que, nas lojas, viram desejo de consumo imediato. É quase como um episódio extra da sua série preferida que você jamais poderia deixar de assistir.
Imagens Think Geek http://bit.ly/1lkNGEV
Imagens Think Geek Imagens Sempre Joias
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Imagens Think Geek http://bit.ly/1jhzCYi Imagens Think Geek http://bit.ly/1jhzyaR
ENTREVISTA
Da sala para a Cozinha Conheça as autoras do livro Cozinha Pop, um delicioso guia sobre cenas de filmes e séries de dar água na boca
Imagens Arquivo Pessoal
Por Maria Clara Lima
Don Draper (Jon Hamm) está quase sempre com um copo na mão. Pronto para celebrar ou apenas passar o tempo com estilo. O protagonista da série Mad Men também virou personagem do livro Cozinha Pop, que traz receitas de coquetéis vintages no melhor estilo dos anos 50. A ideia pode até ser simples, mas isso não a torna mesmo deliciosa. Um punhado de cenas de filmes e seriados, uma pitada de clássicos da cultura popular e muitas, muitas receitas deliciosas, esses são os ingredientes do livro “Cozinha Pop”, um belo cardápio gastrônomico que reúne em suas páginas referências à comilanças famosas nas telas de TV e do cinema.
As “chefs” responsáveis pelo apetitoso cardápio são a jornalista Mariane Lorente e a designer
Laura Salaberry, que em pouco mais de cinco meses, mesmo à distância (Laura se mudou para Nova Iorque), as amigas, conseguiram montar um guia bastante divertido. As jovens autoras bateram um papo com a Revista Pixel TV sobre o livro, receitas e muito mais.
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Pixel TV - Como foi a experiência, desde a ideia a capa do livro, de escrever o Cozinha Pop? >> Mariana Lorente - Eu e a Laura nos conhecemos há pouco mais de dois anos, na pós-graduação em Gastronomia: História e Cultura do Senac, e logo formamos uma dupla para fazer os trabalhos de classe. Ficamos amigas, descobrimos outros interesses em comum, juntar gastronomia e cultura pop foi inevitável. Como não somos cozinheiras profissionais, não pensamos em incluir receitas. Isso foi uma sugestão da Editora Panda, e acabamos chamando a Márcia, que é uma chef de verdade (rs), para cuidar das receitas. >> Laura Salaberry - A capa do livro foi a última coisa que a gente fez. Foram muitas visitas à livrarias só para ficar olhando nas prateleiras o que chamava mais a atenção. Percebemos que vermelho se destacava do restante, então decidimos usá-lo na capa. Fizemos mais de 20 versões de capas diferentes. Eu mandava minhas ideias rabiscadas para a Mari, ela respondia com mais outras ideias. Como o controle remoto da televisão ao lado da bacia de pipoca... Coisas que eram do nosso universo e acreditamos que do universo do leitor também. PTV - E quais são os seriados que vocês mais gostam? E o chefe de cozinha também!? >> ML - Minhas séries preferidas no momento são Orange is the New Black, Mad Men e House of Cards. Das séries que acabaram recentemente, gosto muito de Breaking Bad, Dexter e How I met your mother. Já os chefs, confesso que adoro a praticidade da Nigella Lawson e do Jamie Oliver. E também amo o Claude Troigros. Já comi em um dos restaurantes dele no Rio e adorei. >> LS - Minhas séries favoritas? Nossa, são tantas! Friends foi a primeira e mais importante. Sei reproduzir trechos dos episódios de memória. Atualmente não vivo sem Mad Men, Game of Thrones, House of Cards e Downton Abbey. Quanto ao chef, sou super fã do David Chang, chef dos restaurantes Momofuku aqui nos EUA. Acho que ele tem um jeito despojado de lidar com alta gastronomia misturando ingredientes super refinados com tranqueiras. Ele também foi um dos criadores da revista “Lucky Peach”, que também tem uma pegada mais pop sobre o assunto comida. Quanto à programa de TV, adoro a praticidade das receitas da Rita Lobo e da
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Nigella. Mas o meu programa preferido é do Rodrigo Hilbert, porque eu não acho que a pessoa precisa ser um renomado chef pra fazer bonito. O importante é gostar de cozinhar e se divertir fazendo isso! PTV - O André Barcinski, critico da Folha de S.Paulo, abre o livro dizendo que comida nunca foi tão popular. Houve alguma mudança de paradigma de como a culinária é vista no Brasil? >> ML - Acho que sim. Claro que sempre houve quem gostasse de comer bem - os chamados gourmets. Mas, de um tempo para cá, alguma coisa aconteceu. As pessoas assistem a programas de culinária pelo simples prazer de ver algo que, muitas vezes, nunca vão cozinhar ou comer. >> LS - Esse interesse por comida pode estar mais evidente agora por causa da explosão de programas de culinária, de livros de receitas, ou de fotos de comida no Instagram (!), mas essa é uma tendência que só está crescendo. E está crescendo tanto que está invadindo outras áreas. Como o “Cozinha Pop”, por exemplo, que não é só um livro de receita. Ele fala de comida, cinema e televisão. PTV - E desde o lançamento, em fevereiro deste ano, como tem sido da recepção do livro em geral? >> ML - Estamos super felizes com a recepção do livro. A divulgação tem sido ótima, e ver nosso livro nas vitrines das livrarias não tem preço. Muitos amigos tiram foto e mandam para a gente ver. Eles estão tão orgulhosos quanto a gente. >> LS - Se avaliarmos nosso sucesso pela divulgação que tivemos e pelas opiniões dos amigos, estamos muito bem! Então, de certa forma, ficamos surpresas com a boa recepção, sim. E eu achei que a gente fosse receber muito mais reclamações do tipo “aquela cena maravilhosa ficou de fora!”, mas até que não foram muitos os casos :) PTV - Ah, sim. Sempre fica algo de “fora”. Como foi feita a seleção de filmes, séries e receita? Teve alguma que cortou o coração tirar do livro? >> LS - A gente acrescentou cenas até o último momento. O V de Vingança, por exemplo, não tinha surgido nas nossas primeiras pesquisas. Lembramos dessa cena lá no meio do processo. É claro que o assunto do livro é inesgotável. Esse ano já vimos outros filmes que certamente poderiam constar no livro. Estamos anotando tudo. Quem sabe acrescentamos nas próximas edições :) >> ML - Com a ajuda de amigos, levantamos mais de 400 referências gastronômicas em filmes e séries de TV, e estabelecemos quatro critérios para chegar às 100 cenas do livro: relevância da obra, protagonismo da comida na cena, status na escala de cultura por e, claro, preferência das autoras. Ah, também fizemos uma manobra para não sofrer tanto ao cortar algumas cenas: correlacionamos alguns temas e elegemos como coadjuvantes cenas tão legais quanto as protagonistas deste livro. Elas aparecem no livro sob a vinheta “E tem também”. Assim, nossos corações ficaram tranquilos. :)
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PTV - Vocês já pensam em outras edições? >> ML - Sim... Mas sem pressa. Temos algumas ideias, mas nada definido ainda. :) Para deixar nossos leitores com água na boca, selecionamos uma receita de um dos drinks do tal bon vivant de Mad Men. Livro numa mão, ingredientes na outra, e mãos à obra!
TOM COLLINS INGREDIENTES
Uma colher de chá de açúcar
30ml de suco de limão-siciliano
50ml de gim
Gelo
Água com gás
1 fatia de limão-siciliano (para decorar)
MODO DE PREPARO Coloque todos os ingredientes (menos a água com gás) na coqueteleira e agite. Despeje tudo em um copo alto com gelo e complete com a água com gás. Decore com a fatia de limão.
Duração: 106 Livro: Cozinha Pop Autoras: Laura Salaberry e LADO B Leia sobre os bastidores da entrevista com Mari e Laura no site da revista! :) revistapixel.com.br/chat-na-cozinha-a-arte-de-entrevistar-a-distancia
Mariana Lorente Editora: Panda Books Ano: 2014
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PERFIL
Uma metamorfose chamada Matthew McConaughey Por Ana Flávia Miranda
Imagens Divulgação
Ator,
produtor,
pai,
nascia o novo Paul Newman
amigo...
São
do cinema. Amante da boa
muitas
culinária, o interprete estava
funções exercidas por Matthew
pronto para dominar as telonas!
David
marido, algumas
das
McConaughey,
ator
No
entanto,
foram
premiado de Hollywood. Nascido
as comédias românticas que
na pequena cidade de Uvalde, no
impulsionaram a carreira do
Texas, McConaughey acumula
ator. Galã, se tornou acessível
em seu histórico profissional
ao público diante os inúmeros
participação em mais de 20
romances
produções
cinematográficas.
de Hollywood: Sandra Bullock,
Vindo de uma família humilde
Ashley Judd e Penélope Cruz .
onde sua mãe era professora e
Mas foi uma mineirinha natural
o pai vendedor, e vivendo numa
de uma cidadezinha modesta
casa típica de classe média junto
chamada
de dois irmãos, o ator pensou
fisgou seu coração.
em ser advogado. Ao chegar à
2008 casada com o ator, a
Universidade de Austin, trocou
modelo brasileira Camila Alves
Direito pelo curso de Cinema.
é
Aspirava ser cineasta.
com a maior incentivadora na
O seu primeiro papel
carreira do marido. Foi ela que
vem a acontecer em 1993,
impulsionou o norte-americano
no
sobre
de 44 anos a investir em filmes
adolescência Jovens, loucos e
mais densos e intensos, como
rebeldes, do diretor Richard
o seu papel no drama de Jean-
Linklater. Daí em diante, o
Marc Vallée Dallas Buyers Club.
texano não parou mais! Estrelou
ao lado de Sandra Bullock
e público rendeu a Matthew
Tempo de Matar. Sua atuação
diversos prêmios, entre eles o
em O Indomável rendeu a
Critics’ Choice Awards, o Screen
McConaughey reconhecimento;
Actors Guild, Globo de Ouro e
cultuado
longa
com
celebridades
Itambacuri,
constantemente
que Desde
apontada
O filme sucesso de crítica
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Imagens Divulgação
o Oscar, todos por melhor ator. O pai de Levi, Vida e Livingston Alves McConaughey fez um dos discursos mais emocionantes na noite do Oscar 2014, enfatizando a força que recebeu da família ao mudar os rumos de sua carreira. “Minha esposa me dá coragem a cada dia. Você é muito importante para a minha vida”, disse em
Ao chegar à Universidade de Austin, trocou Direito pelo curso de Cinema.
um discurso apaixonado.
Após o trabalho que lhe rendeu o seu primeiro Oscar,
McConaughey vem se reinventando na série policial True Detective, do canal HBO. A série que está na sua segunda temporada, vem seduzindo fãs do mundo inteiro com o seu contexto intenso e por sua linguagem intitulada como genial por críticos da área, ao retratar os mais horrendos casos policiais.
Seu personagem, o investigador Rustin Cohle novato na
equipe de Martin Hart, interpretado pelo ator Woody Harrelson, trabalharam juntos em Louisiana em um caso há 17 anos. Agora eles dão depoimentos sobre a investigação, separadamente. O
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diretor da série, Cary Joji Fukunaga, elogia o seu comandado por sua atuação na série. “Matthew tem esse jeitão charmoso, descontraído, cuca fresca, meio surfistão. Mal sabia que ele tinha feito todos esses trabalhos que conquistariam a crítica”, afirma.
Dono de um carisma incontestável e de uma forma de
causar inveja aos marmanjos de plantão, Matthew McConaughey além de ser reconhecido pelo seu imensurável talento, é fonte de inspiração daqueles que veem na sua família o grande ápice da sua vida profissional e pessoal. Em dezembro de 2013, o casal mais os três filhos foram vistos andando pelas ruas de Belo Horizonte, local onde a família de Camila Alves mora. O ator por sua vez, não mede esforços para agradecer àqueles que se tornaram essenciais
Camila tem essa forte identidade, peculiar à cultura brasileira, de fazer todas as coisas, boas ou ruins, com muito prazer.
em sua vida. “Camila e eu somos como um time. Às vezes não é fácil para ela ser mulher de ator, mas Camila tem essa forte identidade, peculiar à cultura brasileira, de fazer todas as coisas, boas ou ruins, com muito prazer.” Inspirador não?!
Imagens Divulgação
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TELAS
clones Somos todos Somos todos clones A verdadeira essência de cada ser está no DNA. Um carimbo misterioso e carrasco, que dita em leis numéricas o que somos, e o que seremos durante a vida. Mas somos rebeldes, e mesmo igual, queremos ser diferente Fotografia Daniel Von Atzingen Texto Maria Clara Lima
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Somos mais de um ao longo do dia, dependendo da necessidade e do ambiente. É a lei da sobrevivência.
Somos modernos. Isso significa que por muito tempo teremos que ser modernos, levar uma vida moderna e morrer sem o luxo de querer ter sido qualquer outra coisa do que se não o fruto de uma era… moderna. Ser moderno significa viver no futuro e se recusar retroceder, e por isso, viramos reféns da tecnologia, e nos orgulhamos de nossos avanços científicos. Quando eu era criança, sonhava em ter um carro flutuante ou viver no espaço. A medida que essa realidade se aproxima, me assusto, pois somos condicionados e realizar nossos sonhos, em nome da modernidade. É nesse mundo, que os seres humanos ficam cada vez mais padronizados, viram clones de si mesmos, e passam a breve eternidade de sua existência em uma crise de identidade, porque também somos rebeldes, enquanto tivermos alma. Crédito do Ensaio: Daniel Von Atzingen é fotógrafo freelancer, publicitário, paulistano por opção e viajante de coração. Neste edição, o artista escolheu fazer uma homenagem ao seriado Orphan Black.
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Os padrões sociais deixam as pessoas cada vez mais parecidas, nos forçando a sermos clones de nós mesmos. Maio 2014 | PIXEL TV •
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O
seriado
Orphan
Black
apresenta uma realidade na qual clones existem. Ainda sem um propósito claro, ou como isso foi possível, a história mexe com o inconsciente de muita gente. Se clones fossem possíveis, o quão diferentes eles seriam?
A batalha do ego é travada diariamente
e
internamente
por milhões de pessoas fadadas a lutar pelo o que são, e não pelo o que precisam ser. Ou o que querem que sejam. O ego, ainda que enfraquecido, resiste.
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Mostre quem você é. Somos todos mais do que apenas clones.
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Locação: Avenida Paulista, em São Paulo.
Modelo: Mônica Beatriz
Produtos: Cachecol vermelho da Hering
VITRINE
Todo geek tem que ter um! A Vitrine da Pixel escolheu seis produtos indispensáveis para a coleção de um verdadeiro nerd.
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2 Hora exata
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VITRINE
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*Os preços podem variar
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IN-DICAS
Para ver: Os Muppets retornam em mais um filme da Disney Não há como negar. Todo mundo que nasceu depois dos anos 1950 acompanhou, durante alguma fase da vida, os simpáticos marionetes de Os Muppets na televisão ou no cinema. Os personagens, criados por Jim Henson em 1955, já estrelaram diversas séries - incluindo a famosa Vila Sésamo - e até lançaram álbuns musicais. No dia 16 de maio, Os Muppets 2: Procurados e Amados chegam aos cinemas brasileiros para cantar e encantar Imagens Divulgação
os espectadores daqui. A história é uma continuação do primeiro filme de Os Muppets lançado pela Disney, em 2011. Agora, Caco, Miss Piggy e Gonzo estão de volta para uma aventura que envolve mistério e brinca com o gênero policial. Rick Gervais, Ty Burell e Tina Fey aparecem na produção, enquanto a cantora Celine Dion faz dueto musical com Miss Piggy.
Para ler: Quinto livro derivado de The Walking Dead tem nome divulgado Robert Kirkman, criador das HQ derivadas do universo The Walking Dead, anunciou o quinto livro da série para 14 de outubro de 2014. O trabalho, feito em parceria com Jay Bonansinga, se chamará Descent e se passa após a queda do Governador. Na história, Lilly Caul retorna à cidade de Woodbury depois do ataque do Governador ao presídio e tentar reerguer o lugar. O ponto de vista da personagem foi utilizado
Imagens Divulgação
nos últimos três romances derivados da atração zumbi da AMC. Descent sucede as publicações A Ascensão do Governador, de 2011; O Caminho Para Woodbury, de 2012; A Queda do Governador – Parte 1, de 2013 e A Queda do Governador – Parte 2, de 2014. O lançamento da HQ deve coincidir com a estreia da quinta temporada do programa nos Estados Unidos. Até lá, dá tempo de ler e reler as obras anteriores!
Para Ouvir: Jared Leto vem ao Brasil em maio Talvez, algumas pessoas não saibam, mas, muito antes de soltar a voz à frente da banda 30 Seconds to Mars, Jared Leto atuava em filmes e até na televisão. O ator-cantor - que ganhou o Oscar, em 2014, pelo filme Clube de Compras Dallas - participou da série My So Called Life (que foi exibida como Minha Vida de Cão, no Multishow). A atração durou apenas duas temporadas, entre 1995 e 1996, mas vem se tornando um verdadeiro clássico cult entre o público, que a considera inteligente demais para a audiência de massa. A série ainda tinha no elenco Shannon Leto, irmão de Jared e que também integra a banda de rock.
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Sem medo de adaptar Canais de TV investem em séries inspiradas pela literatura de terror Por Gabriela Pagano
Não é de hoje que a
Dorian Gray e Frankenstein.
literatura de terror cativa
leitores das mais distantes
literatura
A
primeira gótica
obra –
de
também
regiões do planeta. Mas é no
conhecida como Gothic Novel,
mundo moderno, que mais
que
parece uma obra de ficção
romance e do horror – foi O
científica, que os horrendos
Castelo de Otranto, lançada em
personagens dos livros foram
1764. Mas por que as histórias
transportados para o universo
de terror, que se propõem a
televisivo. É notável que, cada
causar calafrios no leitor, são
vez mais, as séries de TV buscam
populares há tantos séculos? Para
nos antigos livros de terror
o pesquisador em literatura de
inspirações para contar suas
horror da UNICAMP, Alcebiades
histórias. Em menos de três
Diniz Miguel, é exatamente
anos, os estúdios americanos
a
– os maiores do planeta –
perigos
desenvolveram a série Grimm,
que desperta o interesse do
inspirada nos contos dos irmãos
público. “Nesses tipos de ficção,
Grimm; Hannibal, centrada no
um tipo comum - donas de
serial killer canibal escrito por
casa, advogados fracassados e
Thomas Harris, e Dracula, o
promissores, médicos, escritores,
temido vampiro criado por Bram
xerifes e policiais, cientistas, etc.
Stocker. Além disso, no dia 11 de
- enfrenta forças sobrenaturais,
maio, o Showtime estreou, nos
criminosos absolutamente maus,
Estados Unidos, uma das séries
situações
mais aguardadas da temporada:
sob o ponto de vista usual do
Penny Dreadful, que, para não
cotidiano”,
desperdiçar tempo e sangue,
enfrentamento nos fascina, pois
traz
personagens
acompanhamos a redenção ou
terrivelmente lendários de uma
perdição do protagonista, sem
só vez; dentre eles, estão Drácula,
piscar os olhos, se a trama for
diversos
mistura
vontade
elementos
do
de
experimentar
pouco
corriqueiros
limite
inimagináveis
explica.
“E
esse
boa”, percebe Alcebiades.
desenrolar da trama costuma caminhar para uma solução
Terror ou suspense, eis a questão
destrutiva ao protagonista: as
encarnado em um personagem,
forças sobrenaturais ou o Mal
Quando a gente lê um
livro ou assiste a uma série
que
de terror ou suspense, Nem
psicopata, uma família canibal,
sempre é fácil saber classificá-
etc.,
los como sendo um ou outro.
Segundo Alcebiades, quando
Mas, embora a linha que separe
o
os dois gêneros seja tênue, é
é destruído por essas forças
possível, sim, distinguir as duas
malignas, ele é, pelo menos,
coisas. E foi o cinema, no século
transformado por elas – e daí, de
20, que ajudou a estabelecer as
vítima, ele pode virar cúmplice
diferenças com maior clareza. O
ou, até mesmo, o grande vilão.
suspense deriva das narrativas de
“Mas
aventura e do policial e valoriza
sujeitos a exceções e mesmo
tramas realistas. “Assim, nos
misturas”, adverte.
filmes de Alfred Hitchcock, por
exemplo, vemos uma pessoa
que acontece quando uma obra
comum sendo perseguida por
literária vai parar na televisão.
um crime que não cometeu
Edgar Allan Poe, por exemplo,
ou tendo de enfrentar forças
autor de contos clássicos como
poderosas
uma
O Gato Preto e O Corvo, é prova
um
disso, tanto na TV internacional
criminoso perigoso) praticamente
quanto na brasileira. Lá fora,
sozinha, resolvendo a situação
The
de perigo pelo uso rápido e
espectadores ao se utilizar das
intuitivo de sua inteligência, uma
histórias de horror do escritor
de suas poucas armas”, conta
para criar uma série mais voltada
o pesquisador, acrescentando
para o policial. Aqui, a produtora
que o gênero aposta, também,
02 Filmes, do diretor Fernando
em personagens e situações
Meirelles,
factíveis, com algumas exceções.
Contos do Edgar para a Fox, que
explora
traz, como protagonista, uma
circunstâncias mais complexas,
espécie de alter-ego de Poe.
que
forças
“As narrativas de Edgar Allan
sobrenaturais ou irracionais. Esse
Poe trabalhavam obsessões e
é o caso de O Bebê de Rosemary,
o peso da culpa que o leitor
do diretor Roman Polanski. “O
vivenciaria
(como
organização
Já
secreta,
o
terror
envolvem
pode
ser
prevalecem”,
personagem
esses
assassino esclarece.
central
modelos
não
estão
Muitas vezes, é isso o
Following
conquistou
desenvolveu
diretamente,
Os
uma
vez que seus contos costumam
Chandler nessa jornada. A série
ter como ambiente a mente
marca a estreia de Hartnett nas
torturada de um protagonista
telinhas e, de acordo com o
que, não raro, cometeu um
ator, também conhecido pelo
crime horrendo”, explica. Para
filme de terror 30 Dias de Noite,
transportar esse universo para
foi o fato de a série ser criada
o
necessário
por John Logan e Sam Mendes
adaptar as percepções e jogos
que o levou a fazer a transição.
de linguagem, buscar efeitos
Logan foi indicado ao Oscar de
visuais próprios, sem que eles se
melhor roteiro, três vezes, por
distanciem, no entanto, da visão
A Invenção de Hugo Cabret, O
do autor original. “Um trabalho
Aviador e Gladiador. Mendes
dificílimo, mas recompensador,
também concorreu à estatueta
ao final”, reconhece Alcebiades,
– e ganhou -, mas como diretor:
que, apesar de não aprovar a
por Beleza Americana, em 2000.
escolha da O2 em criar um alter-
ego de Poe dentro da trama,
estrelas na frente e detrás
considera a produção brasileira
das câmeras promete causar
corajosa.
pesadelos no espectador com
audiovisual,
é
Agora,
esse
time
de
uma história regada à violência
PENNY DREADFUL Série de terror chega em junho no Brasil e narra as contradições da Era Vitoriana
e sexo. E não pense que algum desses elementos está sendo retirado do contexto. “Penny dreadful” era o nome dado a publicações de terror baratas e sensacionalistas, que circularam
É na moralista e puritana
na Era Vitoriana, e que foram
Era Vitoriana, de 1837 a 1901,
verdadeiro
fenômeno
que a série de terror Penny
os jovens da classe operária.
Dreadful se passa. Na história -
Sim, na moralista Era Vitoriana;
com estreia marcada para o dia
época
13 de junho, às 22h, na HBO
pelo grande contraste entre
Brasil -, o ator Josh Hartnett
as classes ricas e pobres. “A
(Pearl Harbor) interpreta Ethan
narrativa gótica desenvolveu-se
Chandler, um americano recém-
de uma percepção clara dessa
chegado a Londres que terá que
contradição.
lidar com forças malignas. A
do
francesa Eva Green (Sombras da
narrativa gótica pode ser vista
Noite) dá vida à Vanessa Ives, uma
como um tipo de escapismo do
heroína enigmática que ajudará
difícil e nuançado mundo real
também
mundo
Essa
entre
caracterizada
percepção
oferecida
pela
para um mundo sobrenatural
espectador a purgar um pouco
onde o Mal surge bem melhor
dos demônios de seu interior ao
definido – assim é com Drácula,
invés de alimentá-los”, defende.
por
exemplo”,
comenta
o
Apesar
da
série
do
pesquisador. “Contudo, prefiro
Showtime trazer Frankenstein e
pensar nas narrativas góticas
Drácula em sua narrativa, esses
como um estilizado gesto de
personagens não nasceram em
recusa
discursos
um penny dreadful - embora
oficiais de grandeza, triunfo,
tenham sido escritos na mesma
vitalidade e vitória.”
época por Mary Shelley e Bram
Stoker.
diante
dos
Além disso, os penny
Dentre
as
histórias
dreadfuls eram uma opção de
famosas da publicação popular,
entretenimento barata para os
se destacam Varney the Vampire
jovens operários, que não podiam
- que inspirou Drácula e até a
pagar ou não tinham repertório
novela cult dos anos 1960 Dark
suficiente para uma literatura
of Shadows (Sombras da Noite,
mais rebuscada. “Penny” – ou
no Brasil) - e The String of Pearls:
pêni, em português – equivale
A
a
o
um
centavo
da
moeda
Romance,
que
ilustríssimo
introduziu
personagem
inglesa, enquanto “dreadful”
Sweeney Tood. A história ficou
significa “horrendo”, “terrível”,
conhecida no filme musical de
“apavorante”. As publicações,
2007 Sweeney Todd – O Barbeiro
feitas de papel de polpa de
Demoníaco da Rua Fleet, uma
celulose,
e
aclamada parceria entre o ator
tinham entre oito e dez páginas,
Johnny Depp e o diretor Tim
apresentando histórias de terror
Burton.
seriadas, com capítulos semanais.
na
uma publicação chamada dime
época em que se tornaram
novels surgiu no final do século
um fenômeno entre os jovens,
19 e apresentava o mesmo
que criavam até clubes para
formato dos penny dreadfuls. Já
compartilhar
pequenos
a publicação inglesa sobreviveu
jornais, houve um crescimento da
até meados de 1893, quando
violência local. Para Alcebíades,
o magnata Alfred Harmsworth,
no
de
donos dos jornais Daily Mail e
horror não têm o poder de
Daily Mirror, lançou periódicos
influenciar o ser humano de tal
com o mesmo estilo por metade
forma. “Se pensarmos bem, a
do preço. O The Half-penny
catarse perversa que existe na
Marvel significou o fim dos
boa narrativa de terror leva o
penny dreadfuls.
eram
pequenas
Segundo
entanto,
dizem,
os
os
contos
Nos
Estados
Unidos,
TECLA SAP
A grande despedida Depois de 13 anos no ar, TV Globo anuncia temporada final de A Grande Família Por Gabriela Pagano
Lá se foram treze anos desde
uma típica família brasileira de classe
desde 2005.
que a mais recente versão de
C. “Uma família muito unida, mas
Para
A Grande Família estreou na
também muito ouriçada, que brigada
especiais estão previstas. Eva Wilma
programação da Rede Globo, em
por qualquer razão, mas acaba
chega para viver uma psicanalista que
2001. Foi num 29 de março, daquele
pedindo perdão”, já avisava o tema de
tratará Dona Nenê. Grazi Massafera
ano histórico, que Marieta Severo e
abertura cantado por Dudu Nobre.
e Maria Clara Gueiros também
Marco Nanini entraram em nossas
permanecem na série até o episódio
Não por acaso, a morte de
a
despedida,
participações
casas e, talvez, sequer imaginassem
final.
que ali ficariam por mais de 400
A
primeira
episódios. E foi também, num
versão
de
mês de março, só que agora em
Grande
2014, que a direção da série reuniu
estreou
jornalistas para anunciar a última
em 1972 e ficou
temporada do seriado – o mais
no ar até 1975,
longo da história da TV brasileira.
sendo inspirada no
O primeiro episódio da
seriado americano
despedida foi ao ar no último dia 10
All in the Family,
de abril e, até o final do ano, serão
da CBS, e que
A
Família na
TV
era, por sua vez,
totalizados 23 novos episódios Imagens Divulgação
– garantindo ao programa 489
um
remake
da
capítulos de uma bonita jornada. Na
um dos integrantes – o ator Rogério
britânica Till Death Us Do Apart, da
temporada final, Lineu (Nanini) e Nenê
Cardoso, que interpretava Seu Flô,
BBC. A primeira versão brasileira tinha
(Severo) aproveitam uma viagem de
o avô do clã, faleceu em 2003 -, foi
os atores Jorge Dória e Eloisa Mafalda
barco, construído pelo próprio ex-
amargamente sentido pelo público,
como o casal principal. Em 1987, um
fiscal, que, agora, pretende viver o
com certa intimidade.
episódio especial de Natal foi exibido
sossego da aposentadoria. Mas não
com novos atores – e, curiosamente,
será tão fácil deixar Tuco (Lúcio Mauro
personagens igualmente carismáticos
tinha
Filho), Bebel (Gusta Estresser) e, quem
foram acrescentados a essa “receita
interesse amoro de Bebel, então
diria, Agostinho (Pedro Cardoso) para
caseira” de sucesso: Andrea Beltrão
separada de Agostinho. Até que,
trás. Nos anos em que foi exibida, A
interpretou a divertida cabelereira
em 2001, a versão que conhecemos
Grande Família ficou conhecida por
Marilda de 2002 a 2009. Já Evandro
e, a muito custo, nos despediremos,
retratar, com certo realismo e uma
Mesquita causa gargalhadas com a
estreou. Será que outras “famílias
pitada de romance, o cotidiano de
“fala errada” do mecânico Paulão
Silva” ainda virão?
48
• PIXEL TV | Maio 2014
Mas, ao longo dos anos, novos
Pedro
Cardoso
como
um
Record desenvolve série baseada em The Walking Dead e Lost Atração deve estrear em Agosto Por Gabriela Pagano
Pegue duas coisas que estão dando certo, misture e pronto, eis a fórmula do sucesso. Na prática, pode ser que a “receita” não seja tão simples assim, mas a Rede Record aposta nisso para uma nova série que deve estrear em agosto. É que Sem Volta, de Gustavo Lipsztein, é inspirada em Lost e The Walking Dead, dois dos maiores sucessos da televisão americana na última década. O novo projeto, que terá 13 episódios e produção da Fox e Total Filmes, conta a história de um guia turístico que ultrapassa os limites da ética. Ele precisa conseguir dinheiro para pagar a pensão alimentícia do filho e, para isso, leva um grupo de aventureiros para escalar a Agulha do Diabo, uma formação rochosa de mais de dois mil metros de altura, em Teresópolis, no Rio de Janeiro. A equipe é formada por esportistas com níveis de experiência diferentes – o mais jovem tem 15 anos e o mais velho, 61 – e a situação se agrava quando uma chuva torrencial pega o grupo de surpresa. Eles acabam se perdendo e, agora, precisam lutar para sobreviver enquanto a Guarda Florestal inicia as buscas. Mas nem todos sairão vivos dessa aventura. A série recebeu apoio da ANCINE (Agência Nacional de Cinema), que liberou R$ 7 milhões para a produção do programa. Segundo informou o Portal Recordista, do R7, o seriado deve estrear no próximo mês de agosto e vai ser exibido às 23h15, de terça e quinta-feira. Essa não é a primeira vez que a Record se inspira em séries estrangeiras para uma produção própria. Quem não se lembra da novela Os Mutantes: Caminhos do Corações, exibida em 2008? O folhetim, escrito por Tiago Santiago, era baseado em Heroes e X-Men e deu o que falar na época da exibição.
Imagens Divulgação
Além do que se vê Por trás de uma boa trama, sempre há uma melodia marcante. Por Maísa França
Barulhos. Vozes. Ruídos.
que irão afetar a forma como a
Os sons, independente de
música se encaixa.”, explica Sean
sua origem e forma, estão
Warkentine, estudante do curso
presentes em nosso cotidiano.
de Digital Audio Arts major, na
As vezes são apenas o vento
Universidade de Lethbridge, no
mas as vezes tomam forma de
Canadá e músico responsável
acordes que nos fazem viajar. Na
pelo projeto An Ant And An
TV não é diferente. Muito mais
Atom.
do que a imagem que vemos na
tela, é preciso ouvir. E muito mais
tentativa dá certo e é preciso
que ouvir, precisamos sentir. E
repensar e tentar diversas vezes
nada melhor do que a música
até que objetivo real da cena seja
para complementar e, quem
alcançado. É o que explica Marcia
sabe, roubar a cena. As melhores
Leite, diretora e roteirista da série
cenas.
DoAmor, do canal Multishow. Mas roubar a cena não
“Nem sempre o que escolhemos
é tarefa fácil. Há muitas pessoas
funcionava. Houve momentos em
envolvidas na produção de uma
que acertamos de primeira. Em
trilha sonora seja ela para um
outros, levamos algumas horas
série de TV ou para um filme e,
até encontrar a música certa para
Ficou inspirado e quer aprender
também, é preciso levar em conta
a cena. O acerto é principalmente
a tocar um tema musical? Bom,
diversas situações. Não basta
resultado de muitas tentativas na
encontramos um super tutorial
apenas pensar que a música irá
ilha de edição, no momento da
sobre as notinhas que encantam
se encaixar ali, perfeitamente,
montagem. E depois de escolher,
a abertura da série Game Of
de uma modo mágico. Há um
procuramos ainda acertar os
Thrones. O nível é intermediário,
trabalho árduo para isso. “É
cortes em sincronia com as
mas com um pouco de tempo e
preciso considerar a série como
batidas e viradas das músicas.
dedicação, você irá impressionar
um todo, as cenas individuais,
Ao escolher a trilha, é muito
muita gente!
o
importante
LADO B
http://bit.ly/1icQpMX
50
Nem sempre a primeira
• PIXEL TV | Maio 2014
momento,
a
emoção,
o
também
avaliar
movimento na tela, e uma
o clima exato que desejamos
variedade de outros aspectos
para a cena. A música deve
enfatizar
o
sentimento
que
central da trama, a morte da
pelo canal para cada episódio
estamos buscando e impor o
jovem Laura Palmer.
da série. “Além disso, o custo da
ritmo da cena. Parece fácil e às
Em Game of Thrones
utilização de músicas prontas é
vezes é. Mas nem sempre.”, diz,
a produção da trilha sonora
bem menor do que a contratação
explicando como foi feita a trilha
funciona um pouco diferente.
de um músico especializado em
sonora da série.
A série sucesso da HBO tem
trilha sonora”, explica Marcia.
suas músicas assinadas pelo
Nesse caso, ainda assim, foi
pessoas
compositor Ramin Djawadi e
preciso autorização dos artistas
envolvidas, o primeiro passo para
artistas são convidados para
quando se tratava da música de
o músico é consultar o diretor
interpretá-las.
os
abertura e da chamada da série.
ou produtor para se certificar
Castamere, originalmente seria
“Na abertura usamos Ritual
de que os objetivos estão sendo
interpretada pela banda Florence
Union, do Little Dragon. A banda
alcançados.
& the Machine mas ganhou
foi contatada e nos autorizou.
De acordo com Sean, há
uma versão feita pela banda
Na chamada, usamos Marcelo
diversas possibilidades para a
The National. E o resultado foi
Camelo, que topou ceder a
criação de uma trilha sonora. “Às
surpreendente.
música com o maior carinho.”,
vezes, uma banda ou um artista
solo vai escrever e executar
hora de inserir as músicas na
a
acontece
série. Aí entram os trabalhos
no entanto, dependendo do
comigo. Muitas vezes, porém, os
dos engenheiros e editores de
país, pode ser um processo
compositores vão escrevê-las, os
som. “Masterizar a música é
bastante doloroso por questões
músicos terão de tocá-las e um
quando um engenheiro escuta
de direitos autorais. Nesse caso,
engenheiro de gravação terá de
as gravações para adicionar
Sean dá algumas dicas. “Estas
gravá-la. No meu caso, eu gravo
toques finais a elas. Ele também
são algumas coisas que precisam
todos os meus próprios sons e
irá adicionar a compressão para
ser levadas em consideração na
não preciso de ajuda de outros
fazer o volume global ficar mais
escolha de músicas prontas para
músicos.”, conta.
alto. Depois disso, editores de
usar em uma série/filme. Usar
As séries Twin Peaks e
som irão misturá-las às cenas
canções populares pode tornar
Game of Thrones exemplificam
com o resto dos sons e diálogos.”,
o projeto caro e o processo legal
bem as possibilidades ditas por
explica Sean.
pode ser complicado.”, diz. “Eu
Sean. Twin Peaks, sucesso da
também acho que, hoje em dia,
década de 1990 e cultuada até
o
hoje, teve suas músicas feitas pelo
compositores
compositor
Como pode haver um
grande
número
música,
de
como
Com
The
tudo
Rains
pronto,
é
Há quem prefira poupar trabalho
a internet torna muito fácil de
pela
encontrar artistas independentes,
norte-americano
utilização de músicas prontas,
que permitem o uso de suas
Angelo Badalamenti orientado
caso da maioria das séries. Em
músicas
por David Lynch, diretor da série.
DoAmor,
dinheiro. Há sempre muitos
Um exemplo clássico da conversa
escolhidas de acordo com os
artistas
entre o músico e o responsável
personagens e qualquer música
similares e que podem ganhar
pela produção. A trilha sonora
poderia ser usada, desde que
com a exposição também.”,
da série é toda inspirada no tema
respeitasse a quantia estipulada
completa.
e
músicos
O uso de canções prontas,
e
as
dos
conta Marcia.
optar
músicas
foram
por que
muito fazem
menos músicas
Maio 2014 | PIXEL TV •
51
TRAÇADOS
52
• PIXEL TV | Maio 2014
PIXELS
“Na madrugada ficamos esperando pela sua chegada!” Simone Miletic, São Paulo/SP. Fã de Doctor Who
Mande sua foto para seção Pixels! contato@revistapixel.com.br Nome: Local: Legenda: Maio 2014 | PIXEL TV •
53
CLIQUE
Simpsons voltam ao Brasil para a Copa em novo episódio da série Em episódio exibido nos Estados Unidos no último dia 30 de março, marca o retorno da família amarelinha mais querida das telinhas em terras tupiniquins. Os Simpsons retornam ao Brasil após 12 anos desde a primeira visita para acompanhar a Copa do Mundo de Futebol. Um vídeo publicado pela emissora Fox mostra, em inglês, uma cena do episódio chamado You don’t have to live like a referee - Você não precisa viver como um árbitro - em que o patriarca da família aparece como juiz de futebol. Além disso, é possível conferir Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie jantando em um restaurante de São Paulo, remetendo ao Figueira Rubaiyat, localizado na região dos Jardins. O vídeo já possui mais de 466 mil visualizações no Youtube. Ainda não há informação sobre a data de exibição do episódio no canal Fox do Brasil.
Imagens Divulgação
Anne Hathaway canta e encanta no programa de Jimmy Fallon Conhecida pelas brilhantes atuações em produções como “O Diabo Veste Prada” e “Os Miseráveis”, a atriz Anne Hathaway foi a convidada “da vez” no talk show do apresentador Jimmy Fallon - “The Tonight Show”. Para espanto de alguns e surpresa para outros, a atriz pôs a prova seu gogó afinado dando uma nova cara a hits de Snoop Dogg, 50 Cent e Kendrick Lamar. Acompanhada pelo próprio Jimmy Fallon no piano, Anne não decepcionou o público presente e fez versões no estilo Broadway com as músicas “Gin and
Imagens Divulgação
Juice”, “In da Club” e “Bitch Don´t Kill My Vibe”. O resultado? Genial!
Maio 2014 | PIXEL TV •
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