Luiz Paulo Martins Bastos integrou a equipe brasileira de polo no centenário da CoronationCup, no Castelo de Windsor.
Helvetia Polo Country Club, em São Paulo, é palco dos mais importantes campeonatos da modalidade na América Latina.
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CMO vence e CMP A é vice do Campeonato Aberto de Polo do Exército do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda.
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Foto: Ceni Adriano Alves
Edição 08 - Agosto de 2011
Diretor Executivo Ramiro Beck Miller Conselho Editorial e Dep. Técnico de Polo Mario Andreuzza Santiago Andreuzza Produção Editorial Revista Polo Sul Colaboradores Ariel Cappiello Carlos Alberto M. Bastos Carlos Schwab Cezar Sperinde João Antônio Menezes José Mariano Beck Luiz Paulo M. Bastos Marco Antonio Diel Maurício Dal Agnol Roberto Borges Fortes Roberto Davis Conteúdo Ovni Comunicação Textos Carol Borne e Léa Aragón Projeto Gráfico e Diagramação Ulisses Romano D’Fatto Comunicação Av. Cristóvão Colombo, 1694/702 Porto Alegre/RS (51) 3026 8687 - 9901 2321 Publicidade polosul@revistapolosul.com.br (51) 8142 6153 Assessoria Jurídica Eduardo Di Giorgio Beck Revisão Flávio Dotti Cesa Capa Jogador: Pedrinho Zacarias Foto: Melito Cerezo Impressão Contgraf Luiz Paulo Martins Bastos Uruguaiana/RS
Revista Polo Sul Rua Pedro Ivo, 363/505 – Porto Alegre/RS www.revistapolosul.com.br
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Telefones: (53) 3242 1834 - 9972 4379 - ronaldocantao@hotmail.com
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M
ais uma vez a revista Polo Sul se une à Expointer, a maior feira internacional do agronegócio, para celebrar o lançamento de uma nova edição. Neste cenário que concentra as últimas novidades da moderna tecnologia agropecuária e agroindustrial, a Polo Sul chega com uma imagem gráfica mais moderna e arrojada. Também revela seu crescimento ao se aproximar de um público completamente identificado com seu conteúdo editorial, voltado ao esporte e ao mercado de luxo. A partir de agora, a revista investe na expansão de novos segmentos, como o golfe e a criação de cavalos crioulos. Na
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Expointer, agropecuaristas do Brasil e do mundo reúnem-se em torno do aperfeiçoamento da tecnologia, do fechamento de bons negócios e de tudo o que interessa a esse universo. É com esse leitor que a Polo Sul deseja se comunicar e formar uma relação recíproca. É nesse ambiente que também se realiza uma das mais prestigiadas provas equestres, o Freio de Ouro. A competição revela os melhores exemplares de cavalos crioulos e movimenta milhões de reais, atraindo um público exigente e identificado com nossa linha editorial. Nesta edição, o leitor ainda encontra novidades do mercado de luxo, que vem
ganhando espaço. Destacamos especialmente o forte apelo turístico de Cingapura, rota de comércio internacional e centro de refino de petróleo, além de um paraíso ecológico nas ilhas Seychelles, a Fregate Island. Nesse destino privado, um número restrito de turistas aproveita o cenário cinematográfico e luxuoso para relaxar ou praticar esportes, como mergulho e trilhas. Há ainda muita informação e curiosidades gastronômicas para deliciar quem curte o que há de melhor no planeta. Boa leitura!
Conselho Editorial
na
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Luiz Paulo Martins Bastos e JoĂŁo Paulo Ganon 10
Fotos: Alice Gipps
GaĂşcho
Luiz Paulo recebendo prêmio do príncipe Phillip
Equipes Inglaterra e Brasil
Luiz Paulo Martins Bastos, Rodrigo Andrade, João Paulo Ganon e José Eduardo Kalil
O
polista gaúcho Luiz Paulo Martins Bastos integrou a equipe que participou de uma das disputas mais tradicionais e aguardadas do polo mundial, a CoronationCup, no Guards Polo Club, no Castelo de Windsor em 24 de julho, dia internacional da Cartier. A CoronationCup foi instituída em 1911, em homenagem à coroação do rei George V, e todos os anos um país é
convidado para a disputa. Em 2011, em comemoração ao centenário do evento, os brasileiros receberam a honra. Além de Bastos, Zé Eduardo Matarazzo Kalil, Rodrigo Andrade e João Paulo Ganon representaram o país em uma partida disputada até a última tacada. Os anfitriões, James Beim, Mark Tomlinson, Luke Tomlinson e Ignacio Gonzáles, levaram a melhor e venceram por 8 a 6. Com esse
resultado, a Inglaterra mantém o título de 2010 contra a Nova Zelândia, depois de ter perdido para a Argentina em 2009. O troféu, doado pelo clube Ranelagh, em 1911, foi entregue aos vencedores, em grande estilo, pelo príncipe Phillip, marido da rainha Elizabeth II, conferindo ao momento histórico um toque ainda mais nobre. O dia terminou com uma grande festa no Chinawite Marqee. 11
Cerveja em traje de gala U
ma das bebidas mais apreciadas pelos brasileiros, a cerveja pode alcançar um grau de sofisticação inimaginável pelos bebedores mais desinformados. Entre as mais caras e originais do mundo estão três marcas que fariam a delícia dos mais exigentes degustadores e colecionadores. Nas três versões a seguir, a cerveja se eleva a um grau bem mais elevado de requinte, deixando para trás sua imagem de bebida popular.
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Fotos: Eduardo Rocha
Um estilo de vida Porto Alegre - Br - (51) 3779 9652 - Dr. Tim贸teo 471 - Moinhos de Vento Buenos Aires - Arg - (11) 5811 4693 - Rodriguez Pe帽a 1528 - Recoleta www.lavictoriahc.com
La Victoria 1998
Fotos: Eduardo Rocha
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La Victoria 1998
nobreza e eleg창ncia em
S찾o Paulo
S찾o Pau
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ulo Andre Coutinho
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A
maior comunidade de polo de nível mundial, o Helvetia Polo Country Club, em São Paulo, é palco dos mais importantes campeonatos da modalidade na América Latina. Em São Paulo, a região de Helvetia, no município de Indaiatuba, a 100 quilômetros da capital, é a maior concentração de campos de polo do Brasil. São 43 campos oficiais, distribuídos em fazendas particulares e clubes que organizam torneios disputadíssimos durante o ano inteiro. O ambiente luxuoso atrai grandes jogadores de diversas partes do mundo. Ali, no primeiro semestre do ano, são disputados os principais torneios, como a Copa Vogue, em abril, a Copa Ouro, em maio, o Aberto de São Paulo e a Tríplice Coroa, ambos realizados no mês de junho. O polo de SP é o maior e mais importante do país. De lá saem os melhores jogadores e os melhores cavalos. Para os entusiastas equestres, o Helvetia conta ainda com um campo de taqueio e, para quem está iniciando no esporte, uma Escola de Polo com instrutores qualificados. Conhecido como o mais nobre, elegante e viril esporte equestre, o polo demanda de seus atletas altas doses de adrenalina, técnica, coragem e inteligência. Há quem diga que nenhum outro esporte com cavalos traz aos participantes e espectadores tão grandes emoções e lances espetaculares. O polo chegou ao Brasil na década de 30, trazido por entusiastas do esporte na Europa. Com a revolução de 32, houve uma queda no número de participantes e ele só voltou ao auge na década de 70, quando o governo brasileiro facilitou a importação de cavalos e estimulou o intercâmbio com criadores e jogadores argentinos. Atualmente o polo tem aproximadamente 500 participantes no Brasil, sendo 50% deles em São Paulo. O restante se encontra no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília. O esporte é praticado em mais de 50 países, como Argentina, Estados Unidos, México, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Brasil, Irlanda e Portugal, entre outros.
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Foto: Melito Cerezo
Rodrigo Andrade e Pedrinho Zacarias
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Marcos Tellechea
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Foto: Melito Cerezo
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Wolff Klabin
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Foto: Melito Cerezo
Jose Eduardo Kalil
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Gustavo Toledo
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Fotos: Melito Cerezo
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Julinho Zacarias
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Foto: Melito Cerezo
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Foto: Melito Cerezo
Marcus Schalldach e Cachico Bastos
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Rico Mansur
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Fotos: Melito Cerezo
Francisco Junqueira seguido por Arthur Junqueira Pinto 33
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Foto: Melito Cerezo
Aluisio Villela Rosa 35
Jose Eduardo Kalil
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Foto: Melito Cerezo
Pedrinho Zacarias 37
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Foto: Melito Cerezo
Roberto Egidio de Souza Aranha
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Cingapura : Cingapura
cenรกrio de cinema na vida real
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A
viagem leva pouco mais de 24 horas de voo, partindo de São Paulo; para chegar a Cingapura, não é nenhum sacrifício. Pelo contrário. O destino é uma cidade-estado bastante curiosa onde a maioria da população chinesa, além de malaios e indianos, tem como língua mais falada o inglês, e o trânsito é em mão inglesa. Referência em qualidade de vida, a República de Cingapura é rota de comércio internacional, respeitável polo financeiro e terceiro maior centro de refinamento de petróleo do mundo. O pequeno país asiático tem um alto custo de vida, mas prima pela garantia de qualidade, segurança e educação para seus quase 6 milhões de habitantes. Na pequena ilha no extremo sul da Península Malaia, há gente do mundo todo. Separada da Malásia e independente do Reino Unido há quase 50 anos, Cingapura é um dos quatro tigres asiáticos, ao lado de Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan. Com um dos PIBs mais altos, está na lista dos dez países mais ricos do mundo. Além disso, Cingapura tem ainda forte apelo turístico, que se prova por um panorama nada modesto que ostenta empreendimentos milionários de tirar o fôlego.
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Uma dessas maravilhas é o Marina Bay Sands, hotel e cassino, que reúne luxo e modernidade em uma arquitetura cinematográfica. O complexo, projetado por Moshe Safdie, israelense radicado no Canadá, tem três edifícios com 55 andares, unidos por uma plataforma flutuante instalada na cobertura dos prédios. A área de lazer, último andar, é conhecida como Sky Park, a 200m do chão. Ali fica a famosa piscina com borda infinita, a maior e mais elevada do mundo. O lugar também oferece bares, restaurantes e uma discoteca com vista panorâmica da cidade. O resort emprega 10 mil pessoas diretamente e gera mais de R$ 50 milhões por ano. Apenas o cassino recebe uma média de 25 mil visitas diárias. Mais do que o visual impressionante, o Marina Bay é farto em comércio, espaço para shows e megaeventos, como as cerimônias de abertura e encerramento das últimas Olimpíadas da Juventude, em 2010. A plataforma faz parte do circuito do Grande Prêmio da Fórmula 1 de Cingapura, que é realizado à noite. Outra concepção grandiosa que faz parte do panorama inusitado de Cingapura é a Singapore Flyer, a maior roda-gigante do mundo, com 165 metros de altura. Com toda essa estrutura que lembra um filme futurista, o turismo em Cingapura aumenta a cada dia. Para ter ideia, o país tem um território de pouco mais de 697 km². Na comparação isso significa cerca de 3% da área de Sergipe, o
menor estado brasileiro. Somente em 2010, Cingapura recebeu 11,6 milhões de turistas, praticamente o dobro do Brasil, que atingiu 5,2 milhões de visitantes no mesmo período. Cingapura também está crescendo
como centro de turismo médico. Cerca de 200 mil estrangeiros procuram atendimento médico a cada ano. Até 2012, o objetivo é servir um milhão de pacientes estrangeiros anualmente e gerar uma receita de US$ 3 bilhões.
Singapore Flyer
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Cultura Cingapura é uma pequena e moderna união de povoamentos chineses, malaios e indianos, por isso quase não existe uma cultura especificamente regional. Ali, os vários grupos étnicos continuam celebrando suas próprias raízes. Dos poucos lugares do mundo que compartilham diversas culturas, Cingapura é um dos poucos onde se pode encontrar um casamento malaio ao lado de um casamento chinês, por exemplo. Os feriados principais refletem o modo como a cultura local celebra essa diversidade. Ao contrário de outras sociedades multiculturais, os feriados públicos principais incluem o Ano Novo do calendário gregoriano, o ano novo chinês, o Hari Raya Haji e o Deepavali. O Singapore Food Festival, para celebrar a culinária local, é realizado todo mês de julho. Outros eventos anuais incluem o Singapore Sun Festival, o Christmas Light Up e o Singapore Jewel Festival.
Gastronomia e lazer Bares e restaurantes fazem jus ao apelido de “Capital Gastronômica da Ásia”. O Jumbo Seafood serve diferentes tipos de camarão, mas são inúmeros os restaurantes onde é possível apreciar o talento e a criatividade de chefs jovens, mas com currículos de fazer inveja ao mais exigente e experiente piloto de fogões. Esses profissionais estão revolucionando a cozinha asiática contemporânea com o uso de técnicas internacionais e ingredientes locais. Ainda, para conferir cenários paisagísticos, vale ir ao Chinatown, centro comercial de Cingapura, onde ficam templos e museus como The Buddha Tooth Relic e os charmosos terraços, com res-
taurantes e cafés. Se a vontade é adquirir produtos das principais marcas de grife, o lugar ideal para compras são as lojas de Clarke Quay, embora a maior demanda seja pelos eletrônicos, que a ilha produz em quantidade para o deleite dos aficionados por tecnologia. Caso a ideia seja um bom bronzeado ou fazer turismo histórico, não deixe de visitar a Sentosa Island, lugar de museus, grandes aquários e praias espetaculares. Mas se quiser jogar, os resorts, como o World Sentosa, contam com luxuosos cassinos, desde que o governo relaxou as restrições aos jogos de azar em 2006 para atrair mais turistas.
Transporte Cingapura conta com um dos mais modernos aeroportos do mundo. O Aeroporto de Changi é um dos mais importantes do sudeste da Ásia. Recebe diariamente recebe mais de 4 mil voos de 80 companhias áreas, que voam para mais de 184 cidades em 57 países. O Aeroporto de Cingapura é importante no desenvolvimento econômico do país, empregando 13 mil pessoas, e tem lucros de US$ 4,5 bilhões. O Aeroporto de Cingapura é importante nas ligações para a Austrália e faz parte da “Rota do Canguru”, ligando a Austrália à Europa via Cingapura. O aeroporto é o
principal hub da companhia Singapore Airlines, que está entre as melhores companhias aéreas do mundo, também a primeira a operar o Airbus A380. Partindo de Los Angeles, a companhia aérea programou o máximo em luxo nas alturas. Oferece aos passageiros 12 suítes privadas dentro das aeronaves. Nas cabines estão à disposição telas LCD de 23 polegadas, poltronas confortáveis e um leito, concebido para proporcionar todo o bem-estar e relaxamento ao viajante. Cada passageiro, para o voo de ida e volta Los Angeles-Cingapura, deverá desembolsar US 13.600, mais as taxas.
Dica importante Embora o clima de floresta tropical se mantenha o ano todo, evite visitar a ilha entre maio e junho, que são os meses mais quentes do ano, e novembro e dezembro, os mais chuvosos.
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Campeonato
do
Exército Exército
Maj. Schifner e Ten. Chuy
O
1º Regimento de Cavalaria de Guarda (RCG) realizou de 1º a 7 de agosto o Campeonato do Exército de Polo na modalidade Aberto. Participaram da competição as equipes do CMP “A”, CMP “B”, CMO, CML, CMS e DECEX. Ao final das disputas a equipe de CMO sagrou-se Cam-
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peã do Exército, enquanto a do CMP A foi vice-campeã. Durante o certame, também ocorreu o Torneio de Polo Dragões da Independência (modalidade Handicap do Campeonato do Exército), no qual a equipe do CMS conquistou o primeiro lugar e a do CMP B ficou em segundo.
Na mesma ocasião ocorreu um torneio de polo feminino disputado por duas equipes. A capitã Verônica Chagas, Gabriela Vázquez, Débora Chelminski e Fabiana Martins integraram a equipe Branca, que venceu a competição. Ligia Jansen e Luana Vázquez, juntamente com Carol Pin-
Foto: Eduardo Schlup
Maj. Diel e S.Ten. Lemes
guelli e Caroline Machado, formaram a equipe Vinho. De 5 a 7 de agosto também se realizou o Campeonato do Exército de Adestramento no 1º RCG. As Equipes do CMP “A” e do CMP “B” conquistaram o primeiro e o segundo lugares, respectivamente. O major Cerqueira,
comandante da Escola de Equitação do Exército e integrante da equipe do CML, sagrou-se Campeão do Exército na modalidade, e a capitã Verônica, da Equipe do CMP “A”, foi vice. Todos os eventos foram importantes para estreitar ainda mais os laços de amizade tradicionais entre os cavalarianos.
Equipes Vencedoras ABERTO - CMO HANDICAP - CMS
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Foto: Eduardo Schlup
Maj. Diel e STen. Lemes 47
Ten. Henry e Cap. Pinguelli 48
Ten. Henry
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Fotos: Eduardo Schlup
CMS x CMP
Sten Lemes e Cap. Geferson 51
Foto: Eduardo Schlup
Ten. Chuy e Maj. Schifner 52
Ferrari F our Ferrari Fo revolução no conceito esportivo
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Foto: Divulgação
our
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A
Ferrari causou furor no Salão de Genebra, em março, ao lançar um revolucionário conceito em carro esportivo GT. Desenhada pelos estúdios Pininfarina, a Ferrari Four (FF) é o primeiro equipado com tração e suspensão independente nas quatro rodas, 4RM (Route Motrice), oferecendo alto desempenho em quaisquer condições. O veículo chega para substituir a 612 Scaglietti e surpreende na configuração que combina formas de um charmoso cupê de quatro lugares e de um shooting brake. Com capacidade de carga de 800
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litros, com assentos rebatidos, a Four, diferentemente dos demais modelos Ferrari, foi projetada para ter uma distribuição de peso ideal, com 53% do peso total sobre o eixo dianteiro. O chassi da FF tem amortecedores ajustáveis e freios Brembo de carbo-cerâmica. O veículo tem motor 6.3 V12 com injeção direta de combustível, que confere 660 cv a 8000 rpm e 683 Nm de torque máximo. Novidade também é o câmbio de dupla embreagem que, junto ao poderoso motor V12, proporciona à nova FF, com 1.790 kg, acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,7 segundos. A velocidade
máxima é de 335 km/h. O esportivo vem com transmissão sequencial de sete velocidades, com trocas por meio de borboletas e tecnologia das pistas de F-1. O preço especulado para a FF é de US$ 359 mil, ou pouco mais de R$ 610 mil. De acordo com a importadora oficial da Ferrari para o Brasil, a Via Italia, o carro deve chegar por aqui em outubro, com preço que pode chegar a R$ 2,7 milhões, devido aos impostos. A Ferrari planeja fabricar 200 FF por ano, mas com todo esse desempenho, não é difícil imaginar que a demanda deverá superar as expectativas.
Fotos: Divulgação
Especificações Motor
• Tipo: 65 graus V12 • Deslocamento total: 6.262 cc • Potência máxima: 660 cv @ rpm 8000 • Torque máximo: 683 Nm a 6.000 rpm
Dimensões
• Comprimento: 4907 milímetros • Largura: 1953 milímetros • Altura: 1379 milímetros • Peso seco: 1790 kg • Distribuição de peso: 47% frente, traseira de 53% • relação peso / potência: 2,7 kg / CV
Performance
• Velocidade máxima: 335 kmh • 0-100 km / h: 3,7 seg
Consumo
• Consumo de combustível: 15,4 l/100 km • Emissões: 360 g / km
Para mais detalhes sobre a nova Ferrari Four 2012, visite o site: www.ferrarifour.com
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Foto: Sxc
O O
golfe nos pampas
Rio Grande possui aproximadamente mil jogadores de golfe, associados em 13 clubes de diferentes regiões do Estado. Mundialmente, são 80 milhões de praticantes, sendo 25 mil brasileiros. Em solo nacional estão espalhados cerca de cem campos de golfe, que movimentam em torno de 150 milhões de dólares anualmente. Estatísticas revelam que os empresários dedicam-se ao golfe por ser um dos esportes que mais
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geram recursos no mundo. Atualmente, há mais de 30 novos projetos de campos de golfe em andamento no Brasil, a maioria deles ligados a empreendimentos turísticos. O turismo de golfe movimenta no mundo US$ 30,5 bilhões, segundo a IAGTO (Associação do Trade da Indústria Turística Mundial de Golfe), com crescimento de 10% ao ano. O Rio Grande do Sul destaca-se por ser um celeiro de grandes golfistas. A Federação Riograndense de Golfe
(FRGG), fundada em 1966, tem como objetivo regulamentar o esporte no Estado. A meta da entidade, que não possui fins lucrativos, é oferecer maior suporte aos atletas amadores e estimular a prática da atividade. A FRGG está entre as mais tradicionais federações de golfe do país. Prioriza a organização de torneios com alto nível técnico, além de oferecer, juntamente com os clubes, toda a infraestrutura necessária para a prática do esporte.
Litoral
Serra
Belém Novo Golf Club Eleito como um dos melhores campos do Brasil pela edição americana da revista Golf Digest, é um dos mais difíceis do país. Em meio aos 18 buracos, o trajeto possui lagos e bancos de areia.
São Domingos Torres Golf Club A mais bela praia do Rio Grande do Sul, localizada no Litoral Norte, possui um campo de golfe de nove buracos que atrai um número significante de visitantes, veranistas e turistas.
Caxias Golf Club Eleito como o melhor green do Brasil, a grama do campo de nove buracos recebe cuidados especiais devido ao clima da região. O clube realiza grandes eventos sociais com torneios disputados.
Porto Alegre Country Club É um dos clubes mais tradicionais do Estado, com 70 anos de história e um significativo número de jogadores. Seu campo possui 18 buracos distribuídos em 50 hectares de mata nativa, em uma região central da capital gaúcha.
Green Village Golf Club Localizado em Xangri-Lá, às margens da RS-389, o campo de nove buracos foi desenhado pela arquiteta Ana Chaves Barcellos. O circuito é relativamente acessível, entretanto, o vento nordeste, característico da região, costuma ser impiedoso com os golfistas.
Gramado Golf Club O charme e a elegância da Serra gaúcha encontram-se no campo de nove buracos, localizado a seis quilômetros da cidade a uma altitude de 850 metros. As baixas temperaturas desafiam os atletas e atraem turistas de todo o país.
Fronteira
Região Sul
Centro
Cantegrill Clube de Bagé Conhecida como Rainha da Fronteira, a cidade abriga um campo de nove buracos.
Clube Campestre de Pelotas A cidade histórica no Sul do Estado também conta com um campo de golfe de nove buracos. O clube promove eventos tradicionais, preservando as características locais.
Santa Cruz Country Club Único campo do interior do Estado com 18 buracos, destaca-se pela organização e sofisticação. Aliados ao forte movimento turístico da cidade, os torneios festivos movimentam a região.
Foto: Rui Barbosa José
Capital
Clube Campestre de Livramento Um dos mais antigos do Brasil, o Clube Campestre de Livramento foi construído pelos ingleses, na época em que dirigiam o frigorífico Armour, que dá nome ao bairro em que ele está localizado. Rosário Golf Club Rosário do Sul fica no oeste do Rio Grande do Sul, a 386 km da capital do Estado, Porto Alegre, e distante apenas 500 km da capital uruguaia, Montevidéu. O campo de nove buracos reúne visitantes e turistas da fronteira.
Dunas Clube Campo de nove buracos, estrutura simples e aconchegante. Country Club Cidade de Rio Grande Atendimento diferenciado e personalizado no campo de nove buracos.
Informações Site: www.frgg.com.br Twitter: frsgolf E-mail: frgg@frgg.com.br Fone: (51) 3395.2770
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Fotos: Acervo pessoal
XXI Campeonato Sul-Brasileiro de Golfe, 1971
O G
nome do
olfe faz parte da minha vida há mais de 50 anos. A gente bate na bolinha até colocá-la no buraco; e ganha quem faz menos. Simples? Quase. Como nos outros esportes com bola, a melhor sensação é pegar um tiro perfeito, na veia. Em golfe, entretanto, quanto menos tacadas, melhor. Menos quantidade, mais qualidade. Depois de tropeçar um tanto e um quanto na vida, todos (tomara fossem todos) aprendem que é assim. Golfe não tem juiz, você anota suas tacadas, dá pra jogar sozinho, e o clube valida o seu cartão. Tem somente a sua consciência. Serve? Tem gente que engana alguns, algumas vezes, ninguém engana a si mesmo todo o tempo. Golfe. Aceitar o erro, sozinho, sem testemunhas, e retomar outra vez, outra e outra, têm dias que não sai nenhuma. Aqui a ética e o caráter importam. Nem sempre ganha quem bate melhor na bola, ganha o mais efetivo, que pensa melhor e toma as decisões mais sensatas. Ou, como diz quem sabe o que diz, quem erra me-
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jogo
lhor. A vida? Também, e um joguinho com mais de 500 anos. Tive a sorte de jogar com meu pai, de ensinar meus filhos, e agora aí estão meus netos. Sempre jogamos bem, porque quando não jogamos bem aprendemos a aprender. Tem que ser assim, senão não se joga golfe. Na prática competimos todos, em três gerações, ferrenhamente, tacada por tacada. Há 50 anos jogo uma partida interminável (e duríssima) com meu irmão. Hoje pego melhor alguns tiros do que há trinta anos, melhorei, e ainda enfrento meus filhos de igual para igual. Golfistas de verdade, de um modo ou de outro, melhoram com o tempo. Sei que será assim para sempre, sempre tem uma coisinha que eu acabei de descobrir no meu swing, ou na maneira de pensar o meu swing. Não tem idade para começar, não tem prazo para terminar. E depois da derrota mais injusta, da sorte infernal do adversário, golfistas se cumprimentam. After you have been beaten, don’t declare a bad game; let
your opponent have the satisfaction of his victory. Educação e sportsmanship são mais do que palavras. As curvas do terreno, os aclives e declives, os bunkers de areia, os riachos, os lagos, o vento contra, o vento a favor, o vento de lado, a seca, a chuva, o piso molhado, o erro do adversário, a tacada genial do adversário, tudo joga, tudo conta. Tem beleza por todos os lados, tem a arte de dominar o clima, os azares, e tem a arte de dominar seus impulsos. Você é o artista, sua arte só depende de você. Ou da arte de aceitar. Golfe devia ser obrigatório em todas as idades. Os caddies escoceses, que já jogavam golfe antes de serem escoceses, têm uma expressão para quando um cara erra uma tacada impossível de errar, ou quando emboca uma bola impossível de embocar: meneiam a cabeça com um sorriso de quase ironia e murmuram com suas vogais bem abertas: “ye naime of da gaime”. Roberto Davis
Foto: Marilice Sebastiany
St. Andrews, Esc贸cia, 2010
Roberto e o pai no Porto Alegre Country Club, 1959
Gramado, RS, 1978
Ramiro Davis, 2009
Paulo Davis, 2010
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Fotos: Arquivo Haras MD
Mundial
Competição reúne os melhores jovens do esporte
de hipismo da juventude
C
om a experiência e o sucesso obtidos nos últimos eventos, o Centro Hípico e Haras MD, localizado em Passo Fundo/ RS, realiza de 22 a 25 de setembro a sua maior e mais importante competição: o Concurso de Saltos Internacional Oficial (CSIO) da Juventude. A competição mundial de hipismo deve reunir equipes das Américas, Europa e Ásia. São esperados cerca de 120 conjuntos. A entidade já realizou um CSIO da Juventude, em dezembro, com atletas da América do Sul, bem como competições anuais nacionais, o MD Horse Show. A prova internacional, confirmada
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pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), conta com a chancela da Federação Equestre Internacional (FEI). No site da CHB já constam os critérios para formação das equipes brasileiras de salto. Confira em www.cbh.org.br no link Escalação. As categorias participantes no CSIO serão Pré-Mirim (1,10m), Mirim (1,20m), Pré-Júnior (1,30m), Júnior (1,40m) e Young Rider (1,45m), com idade até 21 anos. No sábado (24/9), à noite, acontecerá a Copa das Nações, e no domingo (25/9), à tarde, a final da competição, ambas com a maior altura. Para se ter ideia, na prova olímpica os obstáculos são de 1,60m.
Para o cavaleiro participar do CSIO ele deve estar inscrito na FEI. Todas as inscrições para a competição em Passo Fundo deverão ser feitas pelo CBH. O transporte de animais dentro do Brasil ficará por conta do Haras, conforme normativa. Para o chefe de equipe e demais integrantes, até cinco componentes, a entidade promotora oferece transporte aéreo, hospedagem, traslado e uma refeição diária. Cada delegação terá um guia brasileiro bilíngue. Os competidores do exterior, exceto os da América do Sul, terão animais à sua disposição para participar das provas, sem custo.
Megaevento de abertura
Hospitalidade é uma das marcas do Haras MD
Autoridades prestigiam Concurso de Saltos Internacional Oficial
A infraestrutura faz com que o local seja considerado um dos melhores centros equestres do Brasil. Mais uma vez uma estrutura de baias móveis será montada especialmente para os animais de fora. Esse projeto foi considerado, no último evento, pelos próprios tratadores do centro do país, do mesmo padrão que as melhores acomodações móveis da Europa. Elas se unem a outras 58 baias fixas com bebedouros automáticos, comedouros e drenagem no piso. O Haras MD possui três pistas de salto (principal, distensão e pré-distensão), carregador e descarregador de cavalos, casa do júri em alvenaria com visão privilegiada da pista, caminhão próprio para transporte de animais, quiosques para motoristas e tratadores de entidades visitantes, arquibancadas, estacionamento
para 150 carros e 20 caminhões, totalizando 10 hectares dedicados ao hipismo. A pista principal é considerada uma das três melhores do Brasil e conta com um cronômetro TAG Heuer, padrão Fórmula-1 para as provas. O local ainda possui lagos e área de mata nativa, proporcionando a integração entre esporte e natureza, e um parque de diversões infantil com carrossel e piso emborrachado. Quem participar do evento vai poder acompanhar uma megaprodução que está sendo preparada pelo grupo teatral Cia. das Cidades, que desenvolve uma pesquisa embasada na ideia do novo circo, um misto de teatro, música, artes plásticas, dança e o próprio circo. A trupe vai fazer o show de abertura na noite de quinta-feira (22/9). O tradicional show de encerramento
O futuro do hipismo brasileiro
promovido nos grandes eventos do Centro Hípico e Haras MD será mais uma vez uma grande festa para finalizar com muita animação o concurso internacional de saltos. A dupla Maria Cecília e Rodolfo vai subir ao palco na noite de domingo (25/9) e será uma surpresa. Para os quatro dias de atividades esportivas e sociais, a praça de alimentação será ampliada e terá novos espaços gastronômicos, inclusive alguns temáticos. Para facilitar o acesso ao conteúdo do Haras, às suas informações e seus destaques, já está no ar um novo site institucional em que é possível ver os detalhes da competição e também acompanhar os seus acontecimentos e resultados. O site é trilíngue – português, espanhol e inglês.
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pelo esporte
Fotos: Maria Luisa Amodeo Daiello
Paixão
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Hipismo, a cada ano, vem ganhando espaço e conquistando adeptos por todo o Brasil. Por suas características climáticas e geográficas, o Rio Grande do Sul é tradicional no esporte, com atletas como André Johannpeter, um dos cavaleiros a garantir para o Brasil duas medalhas de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, e na de Sydney, em 2000. A Escola de Equitação da Sociedade Hípica Porto Alegrense (SHPA) tem na bagagem a experiência de preparar e formar cavaleiros e amazonas para disputarem as mais exigentes provas da modalidade, com alta performance. Do nível básico ao avançado, a Escola oferece aulas todos os dias da semana, em horários variados para quem quer aprender, desenvolver e manter as habilidades da prática. Para contar um pouco sobre
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a cultura e a importância da interação entre cavalo e cavaleiro, o presidente da SHPA, Cezar Sperinde, conversou com o patrono da Escola de Equitação e criador do Concurso Hípico Internacional Cidade Porto Alegre, The Best Jump, Jorge Gerdau Johannpeter, com exclusividade para a Polo Sul. Cezar Sperinde - Qual é a importância da escola de hipismo na cultura do esporte? Jorge Gerdau Johannpeter - A porta de entrada para o esporte é a escola de hipismo. Em média, as crianças iniciam a prática com seis anos de idade e gradativamente vão aprendendo a conviver com o cavalo. É interessante observar que, muitas vezes, os pais, ao acompanhar os filhos nos treinamentos, também começam a montar a cavalo.
CS - O que um cavaleiro precisa para se tornar um bom atleta? JGJ - A equitação não é só uma condição atlética, mas um esporte que exige muita sensibilidade para dialogar com o cavalo. À medida que o cavaleiro vai se aprimorando, esse diálogo torna-se mais fácil. É um processo gradativo. No início, o aprendizado é focado mais no equilíbrio, e nos estágios posteriores são desenvolvidas as técnicas de adestramento para que se possam atingir resultados melhores na equitação como um todo. CS - Como é o bom cavalo para iniciar no hipismo? JGJ - Para quem inicia a prática do hipismo, o melhor é sempre escolher cavalos experientes, já bem adestrados, pois facilita o entrosamento. Costumamos cha-
mar esses cavalos de “cavalo-escola”, pois eles ensinam o cavaleiro a montar. CS - Quanto tempo leva para as pessoas começarem a participar de competições? JGJ - Depende da aptidão individual de cada um. Para uma pessoa que tem habilidade, em poucos meses já pode começar a participar de provas iniciais. Nas primeiras categorias, a altura dos obstáculos é de 50 cm. À medida que o cavaleiro vai se aprimorando, os obstáculos se tornam mais difíceis. Nessa fase, pode-se alternar o cavalo, visando melhores condições de salto. CS - O hipismo exige muito esforço físico? JGJ - Entre pessoas que praticam o esporte, sempre brincamos que quem faz o exercício é o cavalo e não o cavaleiro. Mas, na realidade, uma equitação bem realizada, em que o cavaleiro se une ao cavalo, exige muito esforço físico.
churrascaria
CS - Como e qual a importância do tratamento do cavalo de salto? JGJ - O tratamento a um cavalo de salto é o mesmo que deve ser feito com qualquer atleta. Quanto maior a exigência, melhor deve ser a preparação. Também é sempre necessário ter um bom acompanhamento veterinário para monitorar a parte física dos animais. CS - O que um bom cavaleiro precisa saber para saltar? JGJ - O bom cavaleiro deve se unir ao movimento do cavalo. Ele precisa entender o ponto de equilíbrio com o qual estará conectado ao animal. Isso é um processo que o atleta aprende gradualmente e, depois, passa a ser um movimento absolutamente natural. CS - Quais as principais competições de hipismo do Rio Grande do Sul? JGJ - Nosso principal concurso é o The
Endereço: Rua Vasco da Gama, 270 Bom Fim, Porto Alegre / RS
Best Jump. Também é realizado anualmente o Festival Hípico Noturno. Além disso, quase todos os finais de semana há concursos na Sociedade Hípica Porto Alegrense. Para esses eventos internos, sempre são convidadas entidades e escolas. CS - O hipismo recebe bastante incentivo por parte dos patrocinadores? JGJ - Como todos os esportes no Brasil, exceto o futebol, é sempre difícil para se conseguir patrocinadores. Nos últimos anos, em razão do aumento de interesse pelo hipismo de pessoas de outras regiões – como São Paulo e Rio de Janeiro – e das leis de incentivo fiscal, o esporte passou a despertar interesse de patrocinadores. Em um evento como o The Best Jump, que já tem bastante tradição e inspira confiança nos patrocinadores, torna-se mais fácil conseguir patrocínios.
Horário de atendimento: De segunda a sábado, das 18h15 às 23h30. Telefone: (51) 3276 7099
“No
lombo Foto: JG Martini
de um gateado me sinto um rei”
Final do Freio de Ouro 2010, Alcalina 441 Maufer e Oro y Rienda do Infinito, Freios de Ouro e Prata
J
orge Luiz Borges costumava dizer que sem o cavalo seríamos apenas camponeses, no sentido de que montar a cavalo abriu os horizontes da humanidade. O cavalo trouxe a mobilidade infindável, o permanente conhecimento das terras e das gentes, o novo modo de circular alimento e mercadorias, revolucionou a arte da guerra e da conquista. O Freio de Ouro nasceu como ferramenta de seleção da Raça Crioula: a uma avaliação morfológica, somaram-se oito movimentos funcionais que reproduzem na pista o gaúcho na lida. O resultado, do ponto de vista dos criadores, é selecionar o equilíbrio entre o cavalo morfologicamente correto e o cavalo de temperamento, companheiro, com rusticidade, docilidade, coragem, agilidade e senso vaqueiro. O cavalo perfeito para o homem do pampa. Mas este cavalo campeiro, que
é daqui – crioulo – há mais de 400 anos, também é o cavalo da guerra. Descende do berbere, que fez a dominação da Península Ibérica pelos mouros. É o mesmo cavalo dos espanhóis na conquista dos impérios Inca, Maia e Asteca, porque na América, antes deles, não havia cavalos. Para os nativos, ao enfrentar os primeiros invasores montados, foi “de gentes nunca vistas ni imaginadas, de hombres y caballos al parecer de uma pieza”. E ao longo dos séculos neste lugar do sul, o Crioulo criou identidades, caráter, fronteiras e nacionalidades, destrezas e riquezas, e histórias, muitas histórias. Não são por acaso aquelas 15 mil pessoas vibrando com a final do Freio, faça sol ou faça chuva. Os símbolos do cavalo Crioulo nos automóveis da cidade, o trajar crioulista nas praças e nos parques. E mais e mais criadores a cada dia, gente do
* A frase do título é um verso da canção “Cavalo Crioulo”, composição: Mauro Ferreira / Luiz Carlos Borges.
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campo, da cidade, de todos os lugares. O Freio de Ouro faz aflorar o imaginário de uma epopeia real, a aventura possível nas pessoas comuns. As perspectivas reais submetem ao dia a dia de regras e comportamentos definidos. Como se todos soubéssemos previamente as consequências do agir com as normas da sociedade de mercado. Ou, como diria Borges, camponeses. Mas no domingo do Freio de Ouro, quando o Brasil inteiro assiste ao cavalo que aparta e pecha na mangueira (al pecho), esbarra e gira, corre e esbarra, e finalmente paleteia a toda pata, vê o cavalo do trabalho no campo, mas se vê também no cavalo heroico da escaramuça, a liberdade do horizonte sem fim, uma armadura reluzente ou um “guarany boleador”. Roberto Davis
Sonho
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de consumo
Fotos: Divulgação
O
empresário brasileiro já se habituou a ver o avião particular como algo muito além de artigo de luxo. As máquinas são um investimento que ajuda a encurtar distâncias, ganhar tempo e contribuir na geração de receita das companhias brasileiras, garantindo maior velocidade e flexibilidade. O luxuoso jato americano Hawker 900XP é capaz de cobrir, sem escalas, uma distância de 5,3 mil km, garantindo assim todo conforto de uma viagem de negócios. De médio porte, com capacidade para 12 passageiros, o modelo foi considerado melhor e mais eficiente do que muitos concorrentes maiores. Não foi à toa que o jato recebeu o prêmio “Best of the Best” oferecido pela Robb Report, publicação americana conhecida como a bíblia do luxo. O Hawker 900XP é equipado com as novas turbinas Honeywell TFE731-50R, o que proporciona maior desempenho sem elevar o consumo de combustível. Essa condição faz com que o jato alcance alta performance em elevadas temperaturas ou altitudes. As turbinas apresentam maior intervalo de manutenção (6.000 horas), o que reduz seus custos operacionais diretos. Capaz de operar com o máximo de
passageiros, bagagem e combustível simultaneamente, o Hawker 900XP é equipado com os aviônicos de última geração Collins Pro Line 21, composto por quatro telas de cristal líquido e sistema IFIS (Integrated Flight Information System) em sua configuração standard. A aeronave mede 15,6 metros e alcança a velocidade máxima de 826 km/h. A cabine tem de 1,83 metros largura por 1,75 de altura e comprimento de 6,5 metros. A combinação inovadora de alcance de velocidade, conforto da cabine e capacidade de pousar em pistas menores faz com que o Hawker 900XP esteja na lista dos best sellers de aviação de negócios do mundo. O valor está estimado em pouco mais de 6,8 milhões de euros, ou R$ 16 milhões. No Brasil, os aviões da Hawker Beechcraft são comercializados com exclusividade pela Líder Aviação. Aficionados por este mercado bastante aquecido no Brasil poderão conferir de perto os modelos Hawker 4000 e 900XP e diversas outras aeronaves na Latin America Business Conference and Exhibition (Labace). Considerada a principal feira de aviação executiva da América Latina, a Labace já tem data marcada para 2012. Será entre os dias 16 e 18 de agosto, em São Paulo. 71
Síndrome do abdômen agudo no equino D
entro das emergências veterinárias, podemos dizer que a mais temida é a cólica, pois muitas vezes quando o veterinário é chamado a situação já está bem critica, mas vamos entender um pouco mais sobre este tema. Cólica é uma crise de dor abdominal, que pode ter várias origens. Podemos observar o animal que fica inquieto, olha para o flanco, cava o chão, deita e levanta sem parar, come pouco ou nada, dificuldade para defecar ou urinar, fica em posição de cavalete, o animal pode cair, rolar no chão, coicear a si mesmo, suar profundamente, manifestando o sofrimento.
Causas
Em primeiro lugar devemos levar em conta o aparelho digestivo do cavalo, conhecer um pouco de anatomia nos permitirá entender melhor os diversos tipos de cólica e suas origens. Os estômago do cavalo é muito pequeno em comparação ao tamanho do animal adulto (o seu volume não passa os 15 - 16 litros) e sua entrada é formada de um esfíncter chamado cárdia que permanece sempre fechado impedindo o refluxo, qualquer regurgitação de gás ou liquido: assim o cavalo não pode vomitar. Se por acaso ele ingere uma quantidade grande de água ou comida, o estômago se distende e o cárdia se fecha, o que provoca uma grande dor: poderá então ocorrer ruptura estomacal com conseqüente de morte do animal. A presença de úlceras gástricas na parede do estomago não é rara. - sobre tudo para os cavalos estressados - e isso pode produzir cólicas reincidentes. O intestino delgado é bem comprido, e está suspendido na cavidade abdominal pelo mesentério. As cólicas resultadas dessa parte do intestino, na maioria das vezes, são muito graves. Podem ser o resultado de uma torção, de uma lesão por parasitas, de uma sobrecarga na alimentação ou de uma infecção. No Garanhão, a passagem de uma alça do intestino delgado na região do testículo 72
provoca uma hérnia inguinal. O Ceco é comprido e grande, pouco móvel, e onde é feita a digestão da forragem. Está fixada na parede direita do flanco. Pode ocorrer uma fermentação excessiva, que leva a uma importante e dolorosa dilatação. O colon (intestino grosso) sai do ceco formando o grande conduto cheio de relevos. Apresenta certas partes estreitas onde podem se acumular grandes quantidades de comida. Esse tipo de cólica, também chamada compactação, é freqüente em cavalos que tem alimentação desequilibrada com falta de exercício. Já que o colon é muito móvel pode mudar de lugar ou se torcer. Certos corpos estranhos (enterólitos) podem se encontrar no nível do colon e provocar cólicas, . Desse modo, cavalos criados em campos arenosos podem ingerir uma quantidade impressionante de areia que se acumula no colon e provocando uma obstrução. Outros fatores importantes que levam à cólica, manejo inadequado, stress, alguns tipos de parasitoses e algumas doenças infecciosas.
Cólica mais comuns
• cólica por sobrecarga gástrica – excesso de ração; • cólica gasosa – alimentação com material fermentativo; • cólica por úlcera ou gastrite; • cólica por excesso de peristaltismo (aumento do movimento intestinal por medicação , estresse , mudança de hábitos alimentares, etc.); • cólica verminótica. A indicação de uma cirurgia é feita após realizarmos todos os procedimentos clínicos possíveis para a resolução do quadro e não apresentarmos melhora e termos a indicação principalmente pela palpação transretal e pelo Ph do refluxo(retirado via sonda) de que há um processo obstrutivo além do estômago As cirúrgicas, resumidamente, podem ser indicadas por : • torção intestinal;
• intussuscepção (quando uma alça de intestino entra para dentro de outra); • encarceramento nefroesplênico(quando uma alça de intestino coloca-se sobre o ligamento entre o rim ao baço); • impactação – (ocorre um acúmulo de material ressecado dentro do intestino que não consegue transitar, podendo ser fezes ou não); • retroflexão (deslocamento de partes do intestino comprimindo outras alças) • enterólitos (“pedras” formadas dentro do intestino).
Tratamento
O tratamento é clássico, consiste deixar o cavalo em dieta, fazer caminhar, ministrar antiinflamatório e analgésico para aliviar a dor. Deve-se evitar que o cavalo role para não formar torções. Se o veterinário julgar necessário fazer uma rehidratação, lavagem estomacal através da utilização da sonda nasogástrica, tratamento cirúrgico se for o caso.
O que fazer para evitar?
Cuidar da alimentação do animal, manter a pureza e frescor da água, a ração deve estar armazenada em local limpo e sem umidade, o cocho deve estar sempre limpo, sem restos de ração velha, cuidar para que o feno e alfafa não estejam mofados e deteriorados, pois são especialmente perigosos, e quando for alterar a dieta de um cavalo, deve se fazer aos poucos, fazendo com que organismo se adapte. Não deixar o cavalo sem exercício. Cavalos encocheirados são mais propensos a terem cólicas por falta de movimento. Caso não possa montar seu cavalo, solte-o em um piquete ou rode-o na guia, consultar sempre um veterinário. Manejo adequado é primordial em todos os aspectos, manter a saúde e bem-estar do seu animal, conhecendo e respeitando seus limites, obtendo melhores resultados na sua performance. M.V. Cinthia de Abreu Castilho Diel pipadiel@yahoo.com.br
EM TERRITÓRIO CERVEJEIRO, PROVÍNCIA É AUTORIDADE. Província é uma cerveja Pilsen incrivelmente dourada e encorpada. Possui lúpulo especial que confere sabor e aroma marcantes. Criada especialmente para quem procura o paladar inesquecível das antigas cervejas uruguaias.
Território Premium
Mais
de meio século de
Tradição
O
jogador Sergio Figueiredo Bertoluci (SFB) representou o Sul no Campeonato Brasileiro de Polo 2011, no Helvetia Polo Club. Com um desempenho notável, o jogador demonstrou seu talento com tacadas longas e jogadas objetivas, mantendo o estilo clássico adquirido não só pela prática, mas por seguir os passos do avô, Sergio Figueiredo, integrante da primeira equipe campeã brasileira em 1957. Agora em 2011, SFB busca outro título inédito para consolidar a tradição de conquistas dos Figueiredo no Polo. Junto com SFB, fizeram parte da equipe Capão Alto, no Helvetia, os jogadores Gustavo Rocha, Marcio Maia e Felipe Maia.
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Fregate Island paraíso ecológico nas
O
som do mar de águas cristalinas, recifes de coral, areia branca e brilhante, o sol, a flora e a fauna mais exuberantes do mundo. Se existe um lugar cujo sinônimo é paraíso, é Fregate Island, a mais isolada das 115 ilhas Seychelles. O acesso pode ser feito de helicóptero ou barco, partindo de Mahé, a principal ilha das Seychelles, no Oceano Índico. A ilha, cujo nome vem de um pássaro nativo, fica a mil quilômetros a leste da costa do Quênia. Ali vivem centenas de tartarugas Aldabra, diversas
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espécies de aves e répteis raros. Com sua beleza incomparável, Fregate é bastante procurada por celebridades à procura de privacidade. São aproximadamente 3 quilômetros quadrados, localizados a 4 graus ao sul do Equador. Nesse cenário de sonho, com sete praias incríveis, a consciência de preservação e proteção ambiental é requisito fundamental. A ilha recebe um número máximo de 36 visitantes em 16 vivendas e uma Presidencial Villa. A arquitetura simples e elegante é construída
Seychelles com mogno nativo e pisos de mármore Botticino. A decoração e os telhados de madeira refletem a herança colonial. Uma vez na ilha, os hóspedes são convidados a desfrutar de um espaço onde o luxo, a segurança e a privacidade convivem em perfeita harmonia, num cenário tropical de tirar o fôlego. Tudo isso sem abrir mão do conforto. Todas as habitações têm ar-condicionado, ventilador de teto, minibar, máquina de café e chá, TV, CD e DVD players, telefone e internet wireless.
privada e uma cozinha totalmente equipada. Todas as moradias têm serviço de quarto disponível 24 horas para atender aos desejos mais inusitados dos hóspedes, como piqueniques, almoços e jantares à luz de velas na praia particular ou nos terraços das villas. Para garantir todo esse conforto, as diárias custam entre 2,7 mil e 10 mil euros, dependendo das acomodações escolhidas. O tempo mínimo de permanência na ilha é de três dias. Comprometida com as questões ecológicas, Fregate Island Private reforça a ligação dos cardápios com a ilha. Influenciado pela abundância e diversidade de ingredientes cultivados no local, o chef oferece opções gastronômicas inovadoras com sabores fantásticos que só
a natureza pode oferecer. A Plantation House serve a autêntica gastronomia Créole. O prédio histórico evoca as memórias dos primeiros colonos e é um local maravilhoso para jantar ao ar livre. O lugar fica fechado durante o período de nidificação das aves. Mesmo que o lugar seja o melhor do mundo para relaxar, Fregate Island oferece inúmeras atividades aquáticas e esportivas. Mergulho, windsurfe, vela, expedições de pesca submarina, golfe, trilhas ecológicas guiadas e bicicleta de montanha fazem parte do turismo de aventura. Mas se a vontade é de um dolce far niente, há serviços que incluem massagem, cursos de yoga em ginásios equipados, tratamentos no Rock Spa, piscinas de relaxamento, lavanderia e babysitting.
Foto: Divulgação Fregate Island
As 13 moradias de um quarto têm 400m², com sala de estar, um quarto grande, dois banheiros, terraço, piscina com borda infinita e um pavilhão de jantar. Paredes de vidro permitem vistas para o mar, o céu e a vegetação abundante. O terraço privado, com guarda-sol ajustável, convida a passar dias e noites ao ar livre. As duas vivendas de dois quartos e o Villa Spa têm aproximadamente 500m². O Villa Spa conta com um minispa com casa de banho, que também pode ser convertido em um segundo dormitório. Um caminho privativo leva à Presidencial Villa, a mais elevada da ilha. A residência oferece uma vista deslumbrante das praias próximas, da marina e do resto da ilha. Abriga uma grande sala aberta, sala de televisão, terraço com piscina
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a bebida mais exótica do planeta
A
veludado, bem menos ácido e amargo que os cafés tradicionais e com um fundo frutado que lembra chocolate, o Kopi Luwak parece saborosamente perfeito. O segredo do requinte está no processamento do grão. O grande responsável pela matéria-prima do Kopi Luwak (ou Civet Coffee) é a civeta, um mamífero de hábitos noturnos, parecido com um gato, que vive na Indonésia, tem olfato de fazer inveja ao mais exigente perfumista e se alimenta dos frutos mais doces do café. Na Indonésia, as palavras Kopi e Luwak significam, respectivamente, café e civeta. Depois de passarem pelo sistema gastrointestinal do animalzinho, as sementes saem inteiras pelas fezes. No sistema digestivo do bichinho, o grão do
café sofre um processo parecido com o que é utilizado pela indústria cafeeira (despolpagem), porém são determinadas bactérias e enzimas digestivas da civeta que deixam os grãos com qualidade e sabor ímpares. Até 2004 essa excentricidade sobre a origem do Kopi Luwak era considerada uma lenda urbana. Até que o pesquisador italiano Massimo Marcone confirmou a teoria de que o coco da civeta é o melhor do mundo e que a bebida é extremamente segura. Tanto que aqueles verdadeiramente fiéis ao sabor inigualável da bebida mais exótica do planeta não se incomodam de pagar US$ 1,2 mil por um quilo do produto. A produção limitada, de 230 quilos por ano, é que confere o alto valor à extravagante bebida.
Pesquisadores não encontraram registros precisos sobre a história do Kopi Luwak, mas acredita-se que sua origem tenha pelo menos 200 anos, quando os colonizadores holandeses iniciaram plantações de café nas ilhas de Java, Sumatra e Sulawesi, onde hoje é a Indonésia. Para que não houvesse desperdício, os plantadores de café começaram a separar os grãos que saíam intactos das fezes dos animais. É claro que, em algum momento, alguém desprovido de qualquer preconceito experimentou essa variedade um tanto excêntrica e descobriu o que hoje é considerado o café mais saboroso do mundo. O Vietnã também tem um café semelhante ao Kopi Luwak. Conhecida como Weasel, a “fábrica” é uma espécie de doninha local.
Curiosidades O Kopi Luwak não é o único alimento excretado por animais que consumimos. Veja outros exemplos: O mel é pura e simplesmente vômito de abelha: no sistema digestivo das abelhas, o néctar é misturado a enzimas que convertem seu açúcar em glicose e frutose. Ele se transforma em mel e é regurgitado pelas abelhas. É esse produto final que consumimos.
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Saliva de pássaro é o ingrediente de uma sopa considerada iguaria na China. Um pequeno pássaro constrói ninhos com sua própria saliva. Esse ninho é usado para o preparo da sopa. O prato é consumido em várias partes do mundo, inclusive nos EUA, que são o maior importador. As fezes de cabra dão origem a um tipo de óleo usado no Marrocos. O animal se alimenta de um tipo de fruta
similar à azeitona, depois, seu caroço é coletado das fezes e se transforma em um óleo usado para cozinhar, como cosmético e na medicina local. A chicha é um tipo de cerveja produzido no Equador. Para fabricá-la, os grãos de milho são mastigados e cuspidos em um recipiente, onde as enzimas da saliva quebram o amido que depois será fermentado e misturado ao álcool.
Foto: Eduardo Rocha
Kopi Luwak