Revista Power Channel - Edição 05

Page 1

ENTREVISTA: Cézar Taurion afirma que o Linux atingiu a maturidade Ano 2 | Edição 05 | Julho Agosto Setembro 2009

Distribuição Gratuita

aniversá rio

LINUX EM POWER SYSTEMS:

pronto para missões críticas

Essa combinação transforma adversidades em oportunidades porque tem baixo TCO, flexibilidade e capacidade de expansão, arquitetura e padrões abertos

CASE: CDLRio migra de x86 para Power RED HAT: Portabilidade para Linux é irreversível



EDITORIAL Se o Linux atinge a maturidade para passar a ser visto como alternativa para aplicações de missão crítica, passa também a necessitar de uma infraestrutura que realmente seja aderente a esse tipo de necessidade. E a equação Linux + Power = Flexibilidade + Segurança + Redução de Custos é apresentada como uma excelente alternativa para empresas que buscam no Linux uma solução para reduzir custo, porém, aumentando a eficiência e diminunindo riscos de sua operação.

Prezado(a) Leitor(a), PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DA POWER CHANNEL! É com orgulho e satisfação que comemoramos nesta edição um ano de publicação da Revista Power Channel. E este foi um primeiro ano de muito sucesso e elogios, contando com uma tiragem impressa de 3.500 exemplares e uma média de 5.500 downloads por edição, ganhando a cada edição mais leitores e colaboradores. Direcionada aos profissionais de Tecnologia da Informação e tomadores de decisões, buscamos sempre trazer assuntos relevantes de forma dinâmica e informativa para esse público. Para esta edição, selecionamos o Linux em servidores Power System como foco central, vestindo o Sistema Operacional que apresenta a maior taxa de crescimento do mercado, com a armadura de segurança e robustez propiciada pelos servidores IBM Power.

Nesta edição, a Entrevista é de Cézar Taurion, que detalhou como o Linux ganhou maturidade em todas as esferas do corporativo, enquanto a Red Hat, em Tecnologias e Tendências, nos contou qual é o futuro dessa plataforma no país. Trazemos algumas informações sobre o Suse Linux Enterprise Server 11, a nova versão do SLES que apresenta funcionalidades exclusivas para servidores IBM Power System, beneficiando-se da segurança, escalabilidade, flexibilidade e interoperabilidade que o Power oferece. Queremos agradecer aos nossos leitores assíduos, pelos elogios e sugestões apresentadas e reforçarmos que seus comentários e sugestões são muitos bem-vindos, pelo email: powerchannel@rscorp.com.br . Esperamos que apreciem as matérias desta quinta edição da Power Channel. Até a próxima! Redação Power Channel

EXPEDIENTE REDAÇÃO: Rua Apeninos, 930 - Paraíso - 04104-040 São Paulo - SP - Tel. (11) 5083.8422 imprensa@rscorp.com.br - www.rscorp.com.br COORDENAÇÃO GERAL: Power Channel (powerchannel@rscorp.com.br) | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Cristiane Bottini - MTB Nº 25.178 (imprensa@rscorp.com.br) DIRETOR DE ARTE: João Marcos Batista (joaomarcos@rscorp.com.br) | COLABORADORES: Carlos R. Nascimento, Edjunior Machado, Flávio Preto, Klaus Kiwi, Marcelo Curia, Rafael Xavier, Ramon Valle, Ricardo Matinata, Roberto Diniz e Ronaldo Oliveira | COMERCIAL: Orlando Fogaça (orlando@rscorp.com.br) e Valdeci Junior (valdeci@rscorp.com.br). A REVISTA POWER CHANNEL é uma publicação trimestral destinada aos CIOs ligados aos produtos de hardware e software. Esta revista é distribuída gratuitamente a todos os parceiros e demais pessoas com interesse no seu conteúdo. O conteúdo das matérias assinadas são de responsabilidade de seus respectivos autores e não correspondem, necessariamente, à opinião desta revista e nem de seus editores. PARA CONTATOS, por favor acesse os meios apresentados acima. Faça o DOWNLOAD das matérias apresentadas nesta revista através do site www.rscorp.com.br


ÍNDICE CAPA Linux em Power Systems: pronto para missões críticas

ENTREVISTA Open Source atinge a maioridade

14 PARCEIROS

CURTAS

INGRAM MICRO IFRS, o que é e como podemos resolver

Conheça as novidades do mercado de TI e infraestrutura e as dicas da coluna Nerdvana

8

Red Hat impulsiona uso do Linux no corporativo

ESPECIAL

10

AÇÃO INFORMÁTICA Ao completar 100 anos, a rede Pernambucanas inova ao migrar para o IBM Power Systems

12

20 22

Equação Linux +IBM Power Systems transforma adversidades em oportunidades IBM Installation toolkit for Linux Power é gratuito por meio de download

24 26

SOLUÇÕES DE NEGÓCIOS IBM i: as grandes empresas e a legião de fãs, nos 20 anos de existência A Distribuidora Nagem escolhe Power6 com Linux para seu portal B2C CDLRio migrou de x86 para Power devido à estabilidade e segurança

4 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

5

Ansiedade é o mal do século 21. Entenda o que é e como combater

18

PRODUTOS

TECNOLOGIAS E TENDÊNCIAS Novo IBM SurePos 300: ciclo de vida maior e o melhor custo benefício do mercado

Cézar Taurion, especialista em Open Source e gerente da IBM Brasil, afirma que a plataforma atingiu a maioridade

30 31 32

Consolide aplicações x86 para Power sem perder o investimento em TI Nasce a versão 11 do Suse Linux Enterprise Server

27 28

OPINIÃO

Infraestrutura dinâmica com Power, para um planeta mais inteligente

34


ENTREVISTA

Foto: DIVULGAÇÃO

Cézar Taurion

LINUX ATINGE A MATURIDADE Especialista em Open Source, o gerente de Novas Tecnologias Aplicadas da IBM Brasil, Cézar Taurion, conta à revista Power Channel como tem sido a evolução da plataforma Linux, que nasceu no meio acadêmico e ganhou mundialmente o ambiente corporativo após a adesão e suporte dos maiores fabricantes de hardware e software. A força do Open Source é tamanha, que a instabilidade financeira que assola todo o planeta, em vez de atrapalhar, tem servido de propulsora para motivar a adoção dessa plataforma. Taurion acredita que isso tem sido possível devido à maturidade alcançada pelo Linux, que hoje é a base tecnológica de gigantes como a Amazon, Google e a Wikipedia.

Power Channel: A instabilidade financeira que atinge a economia global pode ser um incentivo à adoção do Open Source? Cezar Taurion: A crise afetou mais alguns países do que outros, da mesma forma que afetou de forma diferenciada os diversos segmentos de negócio. Por exemplo, no Brasil, o ramo de construção civil sentiu fortemente um baque, enquanto as cervejarias cresceram. Em muitos casos, com a crise de crédito, muitas empresas se conscientizaram que não pode haver desperdício de recursos e dinheiro. Nesse cenário, as aplicações de open source são ideais porque é possivel fazer mais com menos dinheiro. É inegável que as corporações economizam quando implementam tecnologias de código aberto, porque o custo total de propriedade acaba sendo menor. Mas ainda não podemos dizer que houve um grande salto na adoção do Linux devido à crise, porque existe um gap temporal entre definir a estratégia e a sua implementação efetiva. Mas certamente está acelerando sua adoção. Acredito que o crescimento no uso do open source terá maior impacto em 2010, porque hoje muitas empresas que já consideram usar o Linux, o farão ao trocar a base instalada de equipamentos. PC: Que segmentos estão usando os sistemas open source? Taurion: A adoção começou tímida nas áreas ditas periféricas, como em servidores de impressão e rede, depois passou para

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

5


os servidores de aplicações departamentais e agora está indo para os sistemas centrais. Todas as empresas estão aderindo, principalmente quem tem base Unix e menos sistemas legados, o que facilita a migração para uma nova plataforma. O mesmo acontece até nas companhias fiéis ao Windows, que já estão considerando o uso do Linux. É nesse ambiente que as máquinas IBM Power System se sobressaem, porque permitem o uso de sistemas Unix (AIX) e Linux ao mesmo tempo. Esse movimento de adoção de Open source tem ocorrido em praticamente todos os segmentos, como governo, indústrias em geral, varejo e em bancos. PC: Porque essa adoção tem acontecido rapidamente? Taurion: No mercado de TI as mudanças ocorrem por diversos fatores, que isolados não significam muita coisa, mas quando inter-relacionados potencializam as mudanças. Em 2004, quando surgiu, muitos diziam que o open source e o Linux acabaria com a indústria de software. Hoje vemos que o sistema já está maduro, não é mais novidade e está em todos os lugares. E não acabou com a indústria de software. Pelo contrário, vemos uma sinergia entre os modelos de software proprietários e open source. Aliás, Open Source está embutido em muitos dos softwares comercializados no mercado, como o Eclipse (embutido em produtos da família IBM Rational) e o Apache – embutido no IBM WebSphere. O open

6 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

Acredito que o crescimento na adoção do open source terá maior impacto em 2010, porque hoje muitas empresas que já consideram usar o Linux, o farão ao trocar a base instalada de equipamentos source e principalmente o Linux estão em todos os lugares, como na Internet, nos roteadores, nos Data Centers corporativos, em navegadores GPS e nos celulares. São a base da maioria das iniciativas de Web 2.0 e redes sociais e nas linguagens de programação dinâmicas (PHP, Perl, etc). Também são a base tecnológica do Google, da Amazon e da Wikipedia, para citar alguns nomes bem conhecidos. PC: Quais iniciativas a IBM tem feito em relação ao Linux? Taurion: Acredito que a prova real de que o Linux é confiável é o fato da IBM estar consolidando seus sistemas internos para Linux, rodando em main-

frames. Se uma empresa de mais de 100 bilhões de dólares sustenta seus sistemas internos em Linux, é porque Linux é coisa séria. Outro fator de incentivo ao Linux é a adesão dos grandes fornecedores à plataforma, sejam as multinacionais ou as nacionais como Totvs, entre outros. A IBM participa de centenas de projetos Open Source e mantém um laboratório específico para desenvolver código para o Linux, o Linux Technology Center (LTC). O Centro tem mais de 600 profissionais engajados em Linux, sendo 80 deles no Brasil. Aliás, o modelo de desenvolvimento de software colaborativo, típico do Open Source, está sendo visto como o paradigma de desenvolvimento para os próximos anos. Recentemente a IBM liberou uma tecnologia orientada a esse modelo, o Jazz – que permite que desenvolvedores distribuídos geograficamente se comuniquem de forma padronizada. PC: Qual a relação entre o Jazz e o Eclipse? Taurion: Existe uma forte relação entre o Eclipse e o Jazz, embora tenham propostas distintas. O Eclipse tem como objetivo aumentar a produtividade individual do desenvolvedor, enquanto o Jazz busca otimizar a produtividade de equipes de desenvolvimento distribuídas. O primeiro produto gerado por esse projeto é o Rational Team Concert, ferramenta projetada para suportar desenvolvimento colaborativo. Já o projeto Jazz, coloca em prática no processo de criação de


software, os estilos, práticas participativas e colaborativas do Open Source. Chamamos esse processo de “Collaborative Application Lifecycle Management”, que pode ser definido como “new paradigm for transforming the software lifecycle so that it is more collaborative, transparent and productive”. Visitando o site jazz.net é possível ter acesso à uma seção Community, que tem cases de projetos Open Source e acadêmicos construídos em cima da plataforma Jazz (Academic & Open Source Use) e onde está definido que “Rational Team Concert 1.0 is available for use free of charge to qualified open source and academic institutions”. PC: Quais as vantagens em rodar um sistema Linux na plataforma Power? Taurion: Linux rodando em Power significa maior flexibilidade para novas aplicações em máquinas virtuais, o que é fundamental para uma melhor e mais eficiente gestão de Data Centers, por exemplo. Além disso, essa combinação traz maior escalabilidade tecnológica, processadores mais poderosos e possibilidade de ter várias máquinas virtuais dentro de um único equipamento. A virtualização é uma tendência inexorável e o Power implementa toda a experiência de virtualização da IBM, que aliás criou esta tecnologia ainda nos anos 60, com o mainframe 360/67. Além disso, temos a inquestionável segurança do hardware Power, baseada em suas propriedades de RAS (Recovery,

Serviceability and Availability) que é bastante superior à arquitetura x86. PC: A computação em nuvem deve acelerar o uso do Open Source? Taurion: Mundialmente já aparecem as primeiras experiências de computação em nuvem baseadas em Open Source. Um bom exemplo é o projeto Eucalyptus,

Linux rodando em Power significa maior flexibilidade para novas aplicações em máquinas virtuais, o que é fundamental para uma melhor e mais eficiente gestão de Data Centers. Além disso, essa combinação traz maior escalabilidade tecnológica, processadores mais poderosos e possibilidade de ter várias máquinas virtuais dentro de um único equipamento

desenvolvido pela Universidade da Califórnia, nos EUA. Esse projeto emula a interface de computação em nuvem EC2 da Amazon. Outro modelo Open Source para computação em nuvem é o Enomalism, que permite que você construa um ambiente similar ao da Amazon, dentro de seu próprio Data Center. Os objetivos desses projetos são exploratórios, permitindo que pesquisadores trabalhem diretamente com tecnologias de computação em nuvem, o que é difícil fazer quando a maioria das tecnologias utilizadas é fechada e proprietária. PC: Como o Open Source e Cloud Computing vão afetar a indústria de software? Taurion: Não podemos deixar de associar Open Source, Cloud Computing e o modelo de SaaS (software-as-a-service), que juntos vão mudar a visão de negócios na indústria de software, porque a maior parte dos custos de capital será substituído pelos custos operacionais. Os desenvolvedores de software que têm seu projeto cerceado, caso seu mercado potencial seja pequeno, podem agora ser desenvolvidos em Open Source e operados em nuvens computacionais, com modelo de negócios SaaS, para entrar no mercado. É o conceito da cauda longa. Os custos de comercialização desses softwares também tendem a zero, pois podem dispender menos custos com esforços de vendas, usando mais intensamente downloads e marketing viral (blogs e outros meios de disseminação de informação).

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

7


CURTAS APÓS CRISE, DEMANDA POR PROFISSIONAIS DE TI CRESCEU 15%

SISTEMA OPERACIONAL AIX TEM APENAS 15 MINUTOS DE DOWNTIME ANUAL

FOTO DE EDUARDO DE SOUZA

Uma pesquisa com os principais fornecedores do mercado de servidores constatou que o AIX é o sistema operacional com menor downtime, com apenas 15 minutos ao ano, enquanto os servidores x86 rodando Windows tiveram o pior desempenho com 2 a 3 horas de parada anual não programada. O estudo foi feito pelo Instituto de Pesquisa Information Technology Intelligence junto aos 15 fabricantes mais populares de servidores e sistemas operacionais em 400 organizações localizados em 20 países. Esse é o segundo ano consecutivo que o IBM AIX rodando Unix pontuou como o mais confiável entre Linux, Mac OS X, Unix e Windows. Veja a pesquisa na íntegra no site: http://itic-corp.com/blog/2009/07/itic-2009global-server-hardware-server-os-reliability-survey-results/

ASUG REALIZA CONFERÊNCIA ANUAL PARA O ECOSSISTEMA SAP Acontece em agosto a 12ª Edição da Conferência Anual da ASUG Brasil (Associação de Usuários SAP do Brasil), no Hotel Transamérica, em São Paulo. Serão mais de 2000 profissionais e aproximadamente 130 CIOs e diretores de TI presentes no evento, que terá como tema central: Implementando Estratégias de Negócios Através de Tecnologia e Conhecimento. O evento deste ano traz novidades sobre o ecossistema SAP e informações sobre sua usabilidade, casos de sucesso, palestras com parceiros e clientes da SAP sobre os benefícios das ferramentas, as inúmeras funcionalidades e soluções para melhora de performance. Para saber mais sobre a Conferência Anual da ASUG Brasil acesse o site www.asug.com.br

8 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

A procura por profissionais da área de Tecnologia de Informação, cresceu 15% de agosto do ano passado a abril deste ano, em comparação ao mesmo período anterior. O levantamento foi feito pela Projeto RH, especializada em soluções integradas e customizadas em Gestão de Pessoas, que analisou o mercado de recrutamento, seleção e hunting para definir as carreiras com maior procura por profissionais no período pesquisado. O estudo aponta que o início da crise mundial desencadeou um movimento de revisão de processos e readequação de sistemas internos nas empresas. Uma nova postura que ocasionou o aumento da procura por profissionais especializados em desenvolvimento de soluções e terceirização de serviços de tecnologia.

IBM SEGUE ROTEIRO DE COMPRAS A IBM acaba de anunciar a aquisição da Exeros, empresa americana que desenvolve software de análise de dados, que possibilita às companhias analisar múltiplas bases de dados e buscar informações que se relacionam e podem ser utilizadas para fazer previsões financeiras e identificar tendências de negócios. Segundo a IBM, a aquisição amplia o seu já extenso portifólio e dará suporte à recém-criada unidade Business Analytics & Optimization Consulting e ao seu Centro de Soluções de Análises.


NERDVANA O cantinho do técnico NAVEGAR É PRECISO, A QUALQUER HORA

Dicas e truques técnicos por ANTÔNIO MOREIRA DE OLIVEIRA NETO

Um estudo realizado pela Universidade de Melbourne indicou que pessoas que usam a Web para lazer ou interesses pessoais no escritório são cerca de 9% produtivas. O autor do estudo, Brent Coker, do departamento de administração e marketing da Universidade, afirma que navegar na Internet por lazer no trabalho ajuda a aprimorar a concentração. Além disso, o estudo constatou que pausas curtas e moderadas, como uma rápida navegação na Web permitem que a mente descanse, levando a uma concentração maior para o dia de trabalho e, como resultado, aumenta a produtividade. Segundo o estudo, feito com 300 funcionários, 70% usam a Internet no trabalho. Entre as atividades mais populares de lazer estão a busca por informação sobre produtos, leitura de notícias e sites, jogos online e vídeos no Youtube. Mas o estudo procurou pessoas que navegam com moderação ou ficam na Internet menos de 20 minutos do tempo total que passam no escritório. Em 2004, a IBM anunciou a possibilidade de criar, em um mesmo servidor da linha System p5, um ambiente com múltiplos servidores virtuais, cada qual com seu sistema operacional, compartilhando o acesso à rede Ethernet através do mesmo adaptador físico. O Virtual I/O Server (VIOS) introduziu o compartilhamento não só de placas Ethernet, mas como de discos internos e ou externos. Com o aumento da banda disponível em barramentos, placas e switches, o grande benefício desse compartilhamento constitui no melhor aproveitamento dos recursos e otimização da infraestrutura de TI utilizada para comunicação. Em 2007, com o anúncio dos servidores Power6, a capacidade de virtualização de rede Ethernet foi estendida para o próprio hardware, utilizando placas de rede integradas aos servidores criados para o segmento low entry e mid range. O Integrated Virtual Ethernet Adapter, interage com o Hypervisor do servidor, criando múltiplas portas lógicas para cada porta física, o que permite a virtualização do acesso à rede sem a necessidade de configuração de um VIOS para tal. Essa tecnologia não substitui o uso do VIOS, mas cria alternativas e proporciona flexibilidade na arquitetura de um ambiente de servidores virtuais. O procedimento para sua configuração, assim como mais informações sobre conceitos e funcionamento, pode ser visualizado no redpaper Integrated Virtual Ethernet Adapter Technical Overview and Introduction. Visite o site: http://www.redbooks.ibm.com/abstracts/redp4340.html?Open

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

9


PARCEIROS

o que é e como podemos resolver Abordagem integrada gerencia todas as demandas de processos, infraestrutura e gestão gerados pela nova regulamentação 10 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

IngramMicro Após a exposição dos principais conceitos, riscos e recomendações realizada pela Deloitte na edição anterior, daremos continuidade ao tema, mas, desta vez, buscando alternativas para atender o nível operacional. A expansão dos mercados e a globalização da economia fizeram com que as empresas elaborassem demonstrativos contábeis baseados em normas e critérios uniformes e homogêneos, assim, os proprietários, gestores, investidores e analistas financeiros em qualquer lugar do mundo podem usar informações transparentes, confiáveis e comparáveis nos seus processos de tomadas de decisões. Com essa demanda mundial, o IASB – International Accounting Standards Board emitiu um conjunto de normas contábeis denominado IFRS – International Financial Reporting Standards, que traduzido significa: padrões internacionais de demonstrações financeiras. A convergência do nosso atual modelo contábil para o IFRS, traz impactos significativos para as áreas de tecnologia, financeira, organizacional e funcional, envolvendo todos os departamentos do banco. Podemos dizer que, além da mudança contábil, há uma mudança cultural. Também não podemos esquecer a necessidade de formação e treinamento de mão-de-obra, a dificuldade de interpretação das regras internacionais e o curto prazo para adequação dos demonstrativos contábeis, que terão alto impacto na implantação do novo modelo nas instituições. A data limite que obriga essa convergência no Brasil é 31 de dezembro de 2010 – conforme publicado no Comunicado nº. 14.259, de 10 de março de 2006 do Banco Central do Brasil, e em 2000 pela CVM - Comissão de Valores Imobiliários. Buscando uma solução que atendesse os requisitos legais do International Financial Reporting Standards para o segmento financeiro, a TIxy e a Union IT criaram em conjunto uma solução préconfigurada, executada na solução de Arquitetura de Finanças e Riscos (Bank Analizer), da SAP. Através da parceria efetuada entre as empresas, a abordagem para a solução IFRS será única – do negócio à infraestrutura de TI, passando por gerenciamento da aplicação e suporte completo do ambiente. Dessa forma, o cliente terá acesso a um único fornecedor e único contrato de SLA para gerenciar, independente do escopo definido para o projeto. Os benefícios diretos dessa abordagem são o levantamento inicial, análise de gaps, atendimento dos requisitos legais, alinhamento de negócios a TI,


Solução Pré-Configurada

sizing formal para ambiente SAP, infraestrutura otimizada e alinhada com a necessidade e perfil de cada cliente. Sempre buscando o melhor investimento possível para atender as demandas previstas. Como benefícios indiretos, apresentados como componentes opcionais desse framework, estão: gestão completa do ambiente de hardware, software e processos SAP, baseada em métricas e SLAs pré-estabelecidos. Em adicional, a revisão e otimização de processos legados, virtualização e consolidação, migração, alta disponibilidade, reorganização de bases, dentre outros. O objetivo é atender o prazo legal e oferecer ao mercado uma solução com custo compartilhado, já que o Bank Analyzer está sendo usado largamente na Europa, onde o IFRS passou a vigorar desde 2005. Assim, a TIxy e a SAP, usando uma empresa especializada em consultoria de negócios e experiência em implantação de IFRS na Europa, estão adaptando a solução para o modelo de negócio adequado ao Brasil, que inclui 38 produtos bancários e 27 demonstrativos financeiros. A TIxy desenhou a solução para indústria e clientes que possuem ERP, atendendo da mesma forma as exigências legais. Segundo Tânia Leal, Diretora Executiva da TIxy Consulting, o obje-

An Ba al nk iz er

Business Inteligence

Relatórios Financeiros

Consolidação

Contabilidade para Instrumentos Financeiros Contabilidade General Ledger

Camada analítica de dados Camada de resultado de dados Camada de cálculos a avaliações Camada origem de dados

Empréstimos

---

Depósitos

Suporte às Operações

Sistemas Legados

tivo da disponibilização do produto tem como objetivo auxiliar o mercado neste momento de crise, onde as instituições precisam dar atenção aos seus resultados. “Neste cenário, o IFRS passou a ter maior visibilidade e como o prazo da Lei 11.638 já está próximo, a Central IFRS e os serviços agregados com a Union IT, vêm como uma ferramenta de auxílio na implementação da convergência contábil”, ressalta Tânia. Alexandre Sartori, Sócio Diretor da Union IT, explica que esse modelo tem todos os componentes que sempre foram solicitados pelo mercado, porém, em grande maioria, apresentados de forma isolada. “A partir dessa parceria, será possível atender desde a demanda mais simples até clientes ou setores da indústria que requisitarem maior nível

de disponibilidade, gestão e adaptabilidade da arquitetura proposta. A grande vantagem é ser, ao mesmo tempo, modular e integrado”, afirma Sartori. Quanto ao atendimento ao mercado e o prazo legal, Tânia acrescenta que o International Financial Reporting Standards, neste momento, é essencial para dar a visibilidade e a transparência que o mercado exige. “Podemos garantir que as instituições que adotarem a Central IFRS ficarão tranquilas quanto ao cumprimento das datas e com a excelência dedicada para endereçar esse assunto”. O modelo proposto é capaz de atender clientes SAP, assim como clientes não SAP, buscando cumprir a legislação por meio da revisão dos processos e sistemas legados.

TIxy

Union IT

A TIxy Consulting é especializada em implementação de soluções SAP e oferece ao mercado excelência em serviços e sustentabilidade. Possui profissionais com expertise na área financeira e industrial, diferencial que agrega às instituições financeiras, seguradoras e indústrias a eficiência na consultoria de soluções SAP. A TIxy Consulting oferece soluções corporativas de negócios desde a análise da estratégia, implementação de sistemas de gestão até o desenvolvimento.

Atuando no mercado corporativo há 10 anos como parceiro Premier IBM, é especializada em desenvolver e implementar infraestrutura de TI para ambientes de missão crítica. Além de finanças como principal setor de atuação, ainda destacam-se distribuição e saúde. Entre seus diferenciais estão a alta capacitação dos profissionais de vendas, arquitetura e implementação de soluções - atualmente baseadas em ITIL. Suas principais ofertas são: gestão de ambientes de TI no modelo insourcing ou outsourcing (com destaque para SAP), continuidade de negócios, alinhamento de TI a normatizações de setor, backup e virtualização, dentre outras.

Outras informações no site www.tixy.com.br

Mais detalhes: www.uit.com.br

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

11


PARCEIROS

Ação Informática

Ao completar

100 ANOS Pernambucanas troca plataforma e migra para IBM Power Systems

Servidores Power 6 vão suportar todo o processamento corporativo da rede varejista nos próximos anos Performance e continuidade da tecnologia foram os principais motivadores para a Pernambucanas aderir à plataforma IBM Power Systems e confiar a dois servidores IBM Power 595 com Power 6 todo o processamento corporativo da empresa. Os servidores Power 595 possuem cada um 24 processadores, escaláveis até 64 processadores on demand e 256 GB de memória RAM.

12 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

O processo começou no inicio de 2008, quando a Pernambucanas comemorou 100 anos e decidiu trocar sua infraestrutura por máquinas que atendessem sua demanda tecnológica nos próximos três anos. Um dos principais requisitos foi a busca por uma solução que suportasse as necessidades de expansão da rede varejista com o melhor custo benefício. Com a preocupação de que


adquirir uma arquitetura capaz de atender o core business da empresa em sua totalidade. Assim, optou-se por instalar um 595 no escritório central (responsável pelas informações das lojas e dos Centros de Distribuição) e outro idêntico para contingência no data center, com o espelhamento online. Os sistemas foram virtualizados com alta disponibilidade, software de gerenciamento, serviços de telesuporte, suporte proativo local da IBM e manutenção (Service Pack). De acordo com a equipe de TI da rede Pernambucanas, na avaliação técnica os componentes da linha Power Systems se mostraram mais adequados e robustos. Além disso, os processadores tinham melhor performance e o prazo de entrega eram mais favoráveis também. Com o apoio da distribuidora Ação Informática, o parceiro IBM responsável pela migração das aplicações da Pernambucanas da antiga plataforma Superdome para as máquinas IBM Power Systems foi a ST3Tailor. E, segundo a equipe técnica da empresa, esse processo tem sido tranqüilo porque as novas Power têm mais performance, utilizam menos processadores e permitem manobras com mais flexibilidade. Um bom exemplo disso, afirma a equipe de TI, é quando ocorrem os picos em áreas específicas que, com as novas máquinas Power, permitem à

área de TI fazer a alocação dos recursos em tempo real. O relacionamento das Pernambucanas com a ST3Tailor começou em 2006, quando foi instalada a primeira P590 para suportar o processamento do sistema aplicativo SAS. Já naquela época a preocupação com performance e atendimentos aos prazos eram a tônica das reuniões. Novamente em 2008 no novo projeto de troca da plataforma para o processamento corporativo da empresa houve a forte preocupação na migração dos principais sistemas até a data crítica para o varejo, que são as datas festivas de final de ano. Isso movimentou um esforço coordenado da equipe Pernambucanas, IBM, Ação Informática e a ST3Tailor, garantindo que o novo ambiente tivesse a capacidade de processamento exigida e a tempo de atender o momento crítico da Pernambucanas. E, embora a necessidade existisse há um ano e o impacto fosse muito grande (pois atingia diretamente às operações de vendas da rede de lojas), houve apenas 90 dias para a ST3Tailor realizar a migração, que foi extremamente detalhada e complexa devido o alto volume de scripts existentes. O desafio consistiu em migrar sistemas críticos ao negócio tendo como origem a plataforma HP e destino a plataforma AIX IBM com virtualização.

ST3Tailor Há mais de 14 anos a ST3Tailor conduz um trabalho no mercado de sistemas com foco em resultados, valorizando todos os elementos que compõem a força de uma empresa. Através de um levantamento minucioso das necessidades do cliente, a ST3Tailor desenha, implementa, treina e oferece suporte em projetos de integração e soluções completas em hardware, software, serviços e treinamento.

Pernambucanas: Um século de história

Uma das redes varejistas mais tradicionais do país, a Pernambucanas foi fundada em 1908. No decorrer do século passado, expandiu a rede e chegou a se posicionar como a maior cadeia nacional. A partir dos anos 70, diversificou os seus produtos e hoje trabalha com uma mescla de artigos para casa, confecção, eletro-eletrônicos e serviços financeiros. Pertencente ao grupo de empresas Arthur Lundgren

Tecidos S.A, hoje a Pernambucanas se mantém entre as 10 maiores redes

varejistas do Brasil. Com sede em São Paulo, possui mais de 15 mil

colaboradores e 282 pontosde-venda distribuídos em 7 Estados brasileiros.

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

13


CAPA

Linux em IBM Power System: pronto para aplicações de missão crítica O Linux surgiu no início dos anos 90 como um sistema operacional para estações de trabalho, associado à arquitetura de hardware baseada em processadores CISC. Mas rapidamente atingiu o status de rodar em servidores, como o sistema operacional de menor custo para acomodar as aplicações de infraestrutura. Da REDAÇÃO

14 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009


or tudo isso, muitos ainda associam esse SO à arquitetura x86. Entretanto, a verdade é que a sua fonte aberta atraiu diversos fabricantes de hardware que passaram a suportar o Linux em diversas arquiteturas como mainframes e RISC. E, muitas dessas empresas, como por exemplo a

IBM, iniciaram o processo de contribuir na evolução do Linux, o que foi aumentando seu amadurecimento com mais recursos e confiabilidade, até atingir o status de Sistema Operacional “pronto” para aplicações de missão crítica. Galgar esse degrau, no entanto, só é possível por meio de um conjunto

porque o sistema operacional com maior estabilidade e confiabilidade também tira proveito de recursos de hardware que permitem a maior disponibilidade. Nesta matéria, vamos discutir como o Linux, aliado aos servidores Power System, cria um conjunto robusto, confiável e pronto para missões críticas.

O Linux é o Sistema Operacional para sua empresa? Dados do mercado indicam que a utilização do Sistema Operacional Linux cresceu, em média, mais de 20% em 2008. A razão desse rápido crescimento está na popularidade propiciada pela comunidade open source e ao investimento de empresas que buscam a evolução do produto em confiabilidade e conectvidade. Em geral, as companhias adotaram o Linux para reduzir o custo de propriedade, facilidade de mão-de-obra, portabilidade, flexibilidade e capacidade de expansão. A adoção em geral é feita em aplicações periféricas, como infraestrutura, evoluindo até uma total padronização em termos de Sistema Operacional.

DEFINIÇÃO DO HARDWARE Sendo o Linux um SO com suporte à diversas plataformas de hardware, qual a escolha correta para sua empresa dentre as várias ofertas do mercado? Atualmente, a busca constante de maior eficiência com custos menores e a virtualização de servidores têm sido os principais objetivos para empresas que possuem de 5 a 5000 servidores, porque a adoção de ambiente virtualizado permite: 4 Reduzir o custo total de propriedade:

• Utiliza de maneira mais inteligente os recursos de TI (com o compartilhamento de recursos propiciados pela virtualização e consolidação); • Reduz espaço físico, consumo de energia e dissipação de calor; • Potencial redução de licenciamento de SW como banco de dados;

Outro propulsor é a maturidade de distribuições mais recentes do Linux, como RedHat e Novell, bem como de suporte técnico para os mesmos, que também permite que aplicações de missão crítica sejam utilizadas nesse Sistema Operacional.

4 Aumentar a eficiência operacional:

• Permite ajustar recursos dinamicamente e conforme a demanda; • Gerenciamento simplificado e centralizado; • Cria novo ambiente em segundos, através de virtualização; 4 Ter maior confiabilidade e disponibilidade dos serviços:

• Recursos de hardware que aumentam a confiabilidade e disponibilidade, reduzindo o tempo de indisponibilidade do servidor.

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

15


A escolha da plataforma de hardware ideal para cada empresa passa, portanto, por uma série de decisões, que vão desde aspectos financeiros como custo total de propriedade, às questões técnicas como:

4 Suporte à virtualização que permita uma real redução de custos, mas segura, confiável e escalável o suficiente para não criar barreiras no crescimento da empresa e rápida implementação de novos serviços;

4 Escalabilidade que permite obter o máximo da virtualização e atender picos de crescimento com facilidade; 4 Permitir alta taxa de utilização dos recursos de hardware, o que também é vital para uma correta virtualização do ambiente (veja matéria de capa Power Channel 4);

4 Alta confiabilidade de hardware, fundamental para o sucesso de ambientes virtualizados.

Vista o Linux com uma plataforma segura Se a virtualização é fundamental para a sobrevivência corporativa, a escolha da plataforma mais segura é fundamental para um ambiente virtualizado. E a IBM há décadas vem investido pesadamente para tornar isso uma realidade nos servidores Power. Eles são desenhados com características inteligentes que visam manter os aplicativos disponíveis o tempo todo, enquanto o sistema endereça os potenciais problemas antes mesmo do gestor imaginar que os teria. Com recursos desde análise prévia de falhas, às tecnologias de isolamento automáticas, restart automático de cargas de trabalho sem interrupção de aplicativos e capacidade de auto recuperação, os servidores Power reduzem os riscos de dowtime e permitem uma diminuição significativa nos custos administrativos ao endereçar potenciais problemas. Essas funcionalidades são conhecidas como recursos de RAS (Recovery, Availability and Serviceability) e compõem uma das principais diferenças entre as arquiteturas Power e outras tecnologias.

16 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009


Algumas das principais tecnologias de RAS integradas aos servidores Power:

4 Unidade de Recuperação de Processador (UR) - Exclusivo na arquitetura Power6 (inspirado em mainframes IBM), visa reduzir paradas em função de soft errors. A UR está integrada a cada core Power6 e armazena um checkpoint do ciclo de processamento corrente. Se ocorrer um erro nesse processamento, automaticamente haverá o reprocessamento dessa instrução em função do checkpoint armazenado, o que a IBM denomina como “processor instruction retry”. Em outras tecnologias, a ocorrência de um soft error pode incidir em uma interrupção do processamento, com necessidade de reinicialização (reboot) do servidor ou máquina virtual.

4 Alternate Processor Recovery - Se a ocorrência de um soft error não for solucionada via o checkpoint (acima descrito), o sistema é desenhado para realizar esse processamento em um outro core processador. 4 Power VM Live Paritition Mobility - Foi desenhando para mover uma partição de um servidor Power 6 para outro sem o downtime do aplicativo. O que resulta em uma utilização adicional do sistema e significativa melhora na disponibilidade do aplicativo. Essa funcionalidade é parte integrante do software de virtualização PowerVM Edição Enterprise. 4 Partition Availability Priority - outro importante recurso para um ambiente virtualizado, porque automaticamente movimenta recursos de processamento de máquinas virtuais com menor prioridade para as de maior prioridade, caso um processador saia de serviço.

Conheça mais sobre os recursos de RAS do Power Systems em: http://www.ibm.com/systems/migratetoibm/ systems/power/availability.htm

LINUX É MAIS FÁCIL DE INSTALAR Um estudo encomendado pela IBM, sobre o desenvolvimento e a aceitação do software livre no ambiente corporativo, mostrou a surpresa dos profissionais de tecnologia ao constatar que instalar um sistema operacional Linux é muito mais fácil do que eles imaginavam. Os dados foram levantados pela consultoria Freeform Dynamics e mostram que quando direcionados ao público correto dentro de ambientes de utilização controlados, desktops rodando sistema operacional Linux são muito mais fáceis de implementar. Ao todo foram consultados 1.200 profissionais ao redor do mundo, que declararam que a transição de SO ocorre melhor quando direcionada primeiro a usuários que só usam ferramentas como programas de e-mail e softwares relacionados a atividades de escritório. Eles são vistos como duas vezes mais propensos a aceitar e se adaptar melhor à mudança do que seus colegas mais técnicos. Entre as razões que levaram as companhias a migrarem seus sistemas estão a redução de custos e a segurança dos sistemas. Já a usabilidade é um fator decisivo para a escolha de determinada distribuição para ser implantada nos escritórios.

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

17


PRODUTOS

é o mal do século 21 A sociedade enfrenta o novo desafio de combater esse distúrbio psíquico, que se torna cada vez mais comum na atualidade Por MARCELO CÚRIA

Em uma sociedade voltada ao consumo e o acúmulo de riquezas, onde as relações interpessoais se tornam cada vez mais distantes e a pressão é um fator constante na vida das pessoas, surge uma nova mazela dentro da complexidade humana, a ansiedade em excesso. Uma sensação comum que sentimos quando temos uma grande preocupação, seja com a família, no trabalho, antes de uma festa, viagem e até em fatos do cotidiano, como buzinar para o carro da frente no exato segundo que o farol abriu. Não se contaminar pela ansiedade coletiva e vencê-la são grandes desafios, porque exigem um enorme esforço diário. Precisamos ficar atentos porque o século 21 é um período de transformações rápidas e profundas, que exigem um poder de adequação muito grande, ao custo (muitas vezes) de grandes frustrações profissionais e pessoais, que acarretam em grandes inseguranças e ansiedades recorrentes. E, se por um lado o advento da internet e toda a interatividade digital de comunicação instantânea tornaram possível o que antes parecia uma utopia, se comunicar com pessoas em diferentes

partes do mundo sem mesmo conhecêlas, por outro lado, precisamos tomar cuidado para que essa agilidade não nos aprisione em uma tensão constante. É neste novo contexto que a ansiedade se torna um problema de conjectura maior, uma ameaça ao bem estar, que quando não tratada pode se transformar em uma doença. Ela se torna constante, pois existe uma ansiedade antecipatória que toma conta do indivíduo ao longo do dia, fazendo-o se privar de algumas situações ou mesmo fugir delas. A partir desse excessivo desconforto são desenvolvidas as fobias, medo de lugares fechados, abertos, medo de avião, de andar de carro, contato com outras pessoas. Durante esses eventos a pessoa começa a apresentar uma série de sintomas, chegando a perder o controle sobre suas próprias ações por alguns momentos. O corpo e a mente têm seus funcionamentos semelhantes ao de um computador que, quando não monitorados de forma adequada, podem apresentar inúmeros problemas e ter suas funcionalidades prejudicadas. Assim como nas demais áreas, a

Principais sintomas da ansiedade 4 Boca seca 4 Tensão muscular 4 Contrações ou tremores incontroláveis 4 Dificuldade em engolir 4 Dores no peito e palpitações 4 Leve tontura e vertigem 4 Palidez, desmaios 4 Falta de ar ou sensação de sufocar

18 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

4 Incapacidade de concentração


A ansiedade é extremamente normal e só vira uma ameaça quando se apresenta em graus elevados

sobrecarga de trabalho e a necessidade de uma aprendizagem rápida e contínua têm levado muitos profissionais de TI ao desenvolvimento de distúrbios de ansiedade, como o estresse. Mas se engana quem pensa que a ansiedade é uma doença, pelo contrário, ela é extremamente normal e só vira uma ameaça quando se apresenta em graus elevados, como diz Cacilda Amorim, Especialista em Psicoterapia Comportamental. “A ansiedade é uma sensação comum ao nosso organismo e não é ruim, porque é necessária em muitas circunstâncias que exigem do nosso corpo uma reação adequada, como uma preparação maior e uma reação rápida, mecanismos geralmente acionados em uma pessoa ansiosa“. Esse estado é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças. O medo é a resposta a uma ameaça conhecida, definida, enquanto a ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, vaga. Segundo a psicoterapeuta, o comportamento ansioso sempre esteve presente na humanidade só que de formas diferentes, referindo-se às dificuldades enfrentadas por nossos antepassados na escala evolutiva, na busca por alimentos, disputando espaço com animais selvagens, até os dias atuais com desafios como a entrega de relatórios, o cumprimento de prazos e metas. Cacilda cita também a herança genética como sendo um dos fatores desencadeadores de sintomas de ansiedade

aguda, que podem se manifestar ao longo da vida. Os principais tratamentos para os transtornos de ansiedade são a terapia cognitiva e comportamental, que auxiliam na mudança de pensamento e ações dos pacientes. Entretanto, esses tratamentos só devem ser adotados quando a ansiedade passa a prejudicar o cotidiano da pessoa. Um recurso pouco conhecido no Brasil, mas de eficácia comprovada é a utilização do Biofeedback nos casos de transtornos. Nesse procedimento, o paciente testa seu poder de concentração e de controle das sensações através de jogos, onde o controle é a mente dos jogadores que tem fios presos à sua cabeça e ligados ao computador, que, com a ajuda de um programa, traduz os estímulos mentais transmitidos pelo jogador para os jogos. Em casos de distúrbios mais graves é indicado o uso de medicação durante o tratamento. Para a prevenção de futuros distúrbios é recomendado o constante equilíbrio entre o trabalho e o lazer, além de uma vida com hábitos saudáveis. Para não se contaminar com a ansiedade que permeia a sociedade moderna, siga o que o médico inglês Edward Bach, aquele que criou os florais de Bach, disse em 1930: a melhor forma é aceitar as coisas como são, sem se deixar dominar pela ânsia de querer modificá-las na velocidade que desejamos. Podemos querer modificar as coisas, mas não podemos deixar a nossa mente se acelerar por causa disso.

Ações que ajudam no controle ORGANIZE-SE - Determine horários regulares de trabalho, refeições e lazer. 4 SEJA POSITIVO - Ao enfrentar um problema ou confronto, em vez de se concentrar no sofrimento 4 pense em soluções construtivas. MANTENHA-SE ATIVO E OCUPADO - O tempo livre deve ser utilizado em atividades relaxantes ou 4 em companhia de amigos e familiares. Atividade física também é uma excelente opção porque afasta as preocupações AJUDE O PRÓXIMO - Faça um trabalho voluntário ou doe um pouco de seu tempo para ouvir outras 4 pessoas. Assim, nossos problemas parecerão pequenos se comparados com os dos outros. VIVA O MOMENTO PRESENTE – Valorize o presente e tente não se preocupar tanto com possíveis 4

CACILDA AMORIM, Especialista em Psicoterapia Comportamental

ocorrências no futuro. Concentre-se nas tarefas que está fazendo no presente e viva intensamente um dia de cada vez.


TECNOLOGIAS E TENDÊNCIAS

Novo

IBM Sure Pos 300: ciclo de vida maior e o melhor custo benefício do mercado Por RONALDO OLIVEIRA*

O IBM Sure Pos 300 foi criado especialmente para as atividades de atendimento ao público RONALDO OLIVEIRA

20 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

O atual cenário do varejo no Brasil tem se alterado rapidamente com várias fusões, aquisições e expansões de lojas regionais. O antigo modelo de grande loja, do tamanho de um quarteirão, tem cada vez mais cedido espaço às pequenas lojas de bairro e em grandes vias de circulação. Essas lojas, que são tanto de grandes grupos de varejo como de pequenos empresários, demonstram uma mudança cultural que ocorreu no país pós-real e sem inflação, no qual o consumidor passa a fazer compras apenas de reposição e não mais suas compras para o mês inteiro. Isso fez também refletir em um aumento nas idas ao varejo versus a diminuição do ticket médio, alterando, assim, o padrão das lojas que têm cada vez menos espaço, mas uma circulação maior de clientes apressados. Outro ponto importante dessa mudança no atendimento ao consumidor é que, além da concorrência acirrada, o cliente esta cada vez mais infiel e, por isso, qualquer descuido, por menor que seja, é perdoado. Resultando na perda do cliente e no custo de reposição da mercadoria abandonada. Também vale ressaltar que esse tipo de comportamento se reflete não só no varejo, mas em qualquer atividade crítica de negócio – conhecido como momento da verdade do atendimento, que se define por qualquer episódio no qual o cliente entra em contato com a organização e recebe a impressão de seus serviços. Nessa classificação também estão as empresas de prestação de serviços, como aviação, viagem, comércio em geral, aluguel de carros, bancos e financeiras. Entre os itens valorizados estão confiabilidade e economia, características necessárias para o bom atendimento ao consumidor.


Atenta a esse movimento, a IBM, durante o evento da Autocom 2009, lançou o novo hardware de frente de caixa, o Sure Pos 300. Ao contrário da estratégia de alguns concorrentes, esse equipamento não é uma adaptação de PCs domésticos usados para essa finalidade. O Sure Pos 300 foi criado especialmente para as atividades de atendimento ao público. De acordo com as necessidades de espaço, economia e agilidade, o Sure Pos 300, possui um tamanho extremamente compacto, com baixíssimo consumo de energia – 35% menos que os PCs comuns, devido ao processador Intel de alta performance.

Além disso, tem um nível baixíssimo de defeito e ruído devido a sua plataforma de refrigeração sem ventoinha (fanless) e seu gabinete de fácil manutenção, que dispensa, por exemplo, o uso de ferramentas como chaves de fenda (tool free). Outro destaque é o maior ciclo de vida do produto IBM, que minimiza os custos de manutenção, comparado à reposição de peças de PCs usados para essa atividade. As peças do Sure Pos 300 têm entre dois e três anos de duração, o que permite maximizar o investimento em manutenção do parque instalado. Um item que merece destaque é a

flexibilidade de configurações desse equipamento, que pode ter HD para processamento local ou com flash drive, para processamento distribuído e virtualização utilizando as tecnologias desenvolvidas pela IBM. O Sure Pos 300 é a plataforma ideal para as atividades de atendimento ao cliente, agregando agilidade, baixo custo e gerenciamento do parque das filiais da empresa. (*) RONALDO OLIVEIRA Mestre pela FGV EAESP, Brand Manager de Retail Store Solutions e trabalha na IBM na área de gerenciamento de produtos voltados ao varejo e serviços.

Infraestrutura dinâmica BIOS, e versão do Sistema Operacional; 4 Monitoramento de Hardware/ Software; 4 Velocidade da ventoinha, temperatura, voltagem, CPU/ memória usada, espaço no disco, ausência de papel, número de cortes, serviços e processos; 4 Gerenciamento de evento/acontecimento; 4 E-mail, pager, notificação no console, iniciar programa e notificações Enterprise; 4 Distribuição de Software; 4 Firmware, aplicação, atualização de driver e sistema operacional.

O Sure Pos 300, em conjunto com as outras linhas de hardware para frente de caixa, possibilita o monitoramento de lojas e filiais com a plataforma de software Director, presente nos servidores IBM. O componente RMA (Remote Management Assistent) do Director permite o gerenciamento remoto do parque ativo na empresa e ações preventivas em campo, controlando os ativos, diminuindo o tempo de parada e o custo de manutenção. Além disso o Director também permite

que seja feito esse gerenciamento de hardware juntamente com o Tivoli e outras ferramentas de monitoramento de mercado. Com o Director e o RMA é possível: 4 Gerenciamento da Empresa; 4 Gerenciamento de múltiplas lojas e filiais e toda a rede de lojas por tipo de equipamento; 4 Gerenciamento de Inventário (hardware/ software); 4 Número de série, número do modelo, número do tipo, fabricante, endereço MAC, versão da


TECNOLOGIAS E TENDÊNCIAS

impulsiona uso do Linux no corporativo Foto: DIVULGAÇÃO

Seja como sistema operacional ou aplicativo, a portabilidade para plataforma de código aberto é irreversível no país Da REDAÇÃO

Dizer que ainda existe rivalidade entre o uso do sistema operacional Linux e Windows é coisa do passado. "Hoje é muito difícil uma empresa que não veja o Linux como uma aplicação robusta, segura e com suporte 24x7 como qualquer outro sistema operacional licenciado do mercado", afirma Rodrigo Missiagia, Arquiteto de Soluções da Red Hat Brasil. Antes, o sistema de código aberto era apenas uma ferramenta que veio do mundo acadêmico, mas que teve esse quadro revertido quando gigantes como a IBM, Oracle, Novell, Toshiba, Lucent, SAP e outras aderiram à plataforma e conduziram o

22 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

RODRIGO MISSIAGIA, Arquiteto de Soluções da Red Hat Brasil


mercado corporativo a migrar seus servidores de aplicativos, Web e bancos de dados para o Linux. "Até as operadoras de Telecom se renderam e atualmente boa parte das soluções de portabilidade numérica rodam nessa plataforma", comenta Missiagia, ressaltando que um forte motivo para esse movimento é a liberdade tecnológica que permite o aproveitamento da infraestrutura existente ao rodar em máquinas virtuais, por exemplo, dentro do Mainframe. "Isso dá mais confiabilidade ao cliente em determinadas aplicações porque ele sabe que não existe histórico de tentativa de invasão no Mainframe e nem vírus". Segundo o executivo, essa mesma confiabilidade existe na plataforma IBM Power System, que permite ao cliente ter escalabilidade (on demand vertical ou horizontal), desfrutando de uma enorme capacidade de consolidação de diversas aplicações chaves dentro do seu ambiente corporativo. Um bom exemplo é a empresa que usa banco de dados DB2 ou Oracle e consegue melhor performance ao utilizar uma máquina Power rodando Linux. Isso é possível porque a demanda por processamento será menor já que uma arquitetura Power com quatro processadores oferece a mesma performance que uma máquina Intel com oito processadores. Além da redução do custo com hardware, existe a racionalização dos recursos com licenças (cobradas por processador), com cabeamento e refrigeração porque precisa de menos equipamentos do que em um ambiente Intel. Tudo isso com melhor confiabilidade e segurança. "A satisfação do cliente é maior quando atendido por uma solução baseada na sinergia de uma empresa como a IBM e a Red Hat, ambas com times de engenheiros envolvidos em desenhar a melhor solução para esse cliente", afirma Missiagia. Ele ressalta que o grande diferencial da Red Hat é o Suporte no

Um forte motivo para o movimento de expansão do Linux é a liberdade tecnológica que permite o aproveitamento da infraestrutura existente ao rodar em máquinas virtuais RODRIGO MISSIAGIA

esquema 24x7 em Português reconhecido mundialmente, com atendimento feito por engenheiros brasileiros certificados nos Estados Unidos, que realizam suporte local no nível 1 e 2 com tempo de resposta de 60 minutos. E se ao apresentar uma solução Linux, seja sistema operacional ou aplicação, houver o questionamento sobre o treinamento, o arquiteto explica que a Red Hat oferece a qualificação adequada para que o cliente tire o máximo proveito da solução. Isso inclui a avaliação do conhecimento dos profissionais envolvidos no projeto para indicar que cursos cada um deverá fazer. "Muitas empresas que aderem ao Windows dispensam o treinamento porque 'acham' que têm time especializado nessa plataforma. Mas, na prática, constatamos que essas empresas não conseguem usufruir efetivamente de todos os recursos que a solução adotada oferece. O que é um grande erro, porque gera desperdício".

Faz parte também do comprometimento da Red Hat com o universo open source lançar a cada seis meses uma atualização do seu sistema operacional Fedora, que ganhou a versão 11 no mês passado. A grande novidade desse lançamento é um amplo conjunto de funcionalidades que inclui o desenvolvimento de spotlights em gerenciamento de software e som, aperfeiçoamento dos componentes fundamentais de virtualização e apresentação da Comunidade Fedora – um projeto de portal ainda em versão beta. A lista de recursos do Fedora 11 é composta por diversas melhorias importantes em virtualização, incluindo um console interativo atualizado, uma máquina virtual redesenhada para hospedar assistente de criação e maior segurança com o suporte SELinux para guests. Também foram feitas melhorias no desktop, como fonte automática e instalação de conteúdo de experimentação usando o PackageKit, melhor suporte para leitura de impressões digitais, e sistema atualizado de método de entrada para suportar usuários de línguas estrangeiras. Juntamente com o Fedora 11 entra no ar o teste beta da Comunidade Fedora. Um portal que visa simplificar a interface entre a comunidade de usuários Fedora para contribuir com a plataforma. O portal lança um painel de ferramentas customizáveis e de uso fácil, que rastreia contribuições, conversações e atualizações em uma interface gráfica simples. Esse projeto usa um novo framework web, construído com a melhor geração de componentes open source que tem a capacidade de fornecer uma maior experiência em tempo real. O objetivo é que o portal se torne uma ferramenta online única, simples e útil para que os membros da comunidade possam customizar, para posteriormente, produzir e organizar suas contribuições referentes ao Fedora .

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

23


PRODUTOS

Equação Linux + IBM Power Systems transforma adversidades em oportunidades É inquestionável que estamos diante de grandes transformações na maneira como os negócios são conduzidos e fundamentalmente na infraestrutura de TI que os suporta, em função de importantes fatores globais Por KLAUS H. KIWI e RICARDO M. MATINATA*

Em um cenário de crise, a infraestrutura de TI precisa ter essencialmente: Baixo custo de propriedade; 4 4 Flexibilidade e capacidade de expansão; 4 Arquitetura e padrões abertos.

24 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

O primeiro fator é a crise dos mercados financeiros, que acarretou na redução de gastos com tecnologia e, principalmente, a reavaliação do custo total de propriedade das infraestruturas corporativas. Principalmente esse último, que implica em mais eficiência no consumo de energia e menos complexidade na manutenção. Outro item importante de transformação é a expansão dos mercados emergentes aliada à onda de aquisições e fusões de empresas, que intensificaram a demanda por estratégias rápidas de integração, transformação de Tecnologia da Informação, tecnologias mais flexíveis e expansíveis. Por fim, o fator de influência governamental, por meio dos pacotes de

auxílio em socorro aos problemas financeiros, que, por um lado fomenta a renovação, por outro, implica em um maior escrutínio das decisões e transações dos negócios, requerendo tecnologias mais abertas e padronizadas. Contudo, apesar de um ambiente repleto de adversidades e mudanças, nunca houve melhor momento para transformar problemas em oportunidades. Isso porque a diferença fundamental neste atual período de crise, quando comparado a outros momentos similares ao longo da história, reside na enorme disponibilidade de tecnologia. Seja na forma de poder de processamento ou mesmo na grande capacidade e confiabilidade de transmissão


das informações, possibilitando a concepção de soluções antes não factívies. O ponto chave passa a ser, então, qual dessas tecnologias estaria melhor posicionada para o desafio? Enquanto a resposta para esse questionamento passa longe de ser única (e certamente tende a caminhar para um cenário dirigido por perfis de uso, ou seja, tecnologias que se adaptam melhor para esse ou aquele grupo de problemas), é fundamental que exista uma boa sustentação. No caso específico de Tecnologia da Informação, a base adequada começa na escolha da melhor plataforma, com a combinação apropriada entre hardware e software. E nesse contexto, o Linux aparece como uma sólida opção de plataforma para desempenhar o papel de agente simplificador das transformações, cada vez mais rápidas. Hoje o Linux é sustentado por um robusto ecossistema que não só produz soluções alternativas àquelas proprietárias, proporcionando um baixo TCO, como também sustenta sua expansão em funcionalidades, atingindo uma fatia mais ampla de aplicações. Sua disponibilidade em diferentes arquiteturas de hardware, tanto o posiciona como elemento de integração e flexibilidade (porque possibilita que a infraestrutura de TI cresça, conforme o negócio se expande), como fomenta o reaproveitamento dos recursos ao longo do tempo. E não menos importante, sua filosofia aberta e livre proporciona a requerida transparência e padronização para transações remotas e além das fronteiras. A crescente expansão do Linux em aplicações de missão crítica comprova o sucesso desse sistema operacional livre em proporcionar desempenho, segurança, confiabilidade e custo competitivo para os mais variados ambientes. E esse sucesso é ainda maior quando o Linux é combinado com a plataforma que foi desde o começo desenhada e otimizada para ambientes corporativos: IBM Power Systems.

Isso é possível porque ela proporciona maior economia em custos com o data center, reduz riscos de disponibilidade e ainda melhora o aproveitamento de recursos compartilhados com os de virtualização avançados. Assim, as corporações podem maximizar o retorno dos investimentos em Linux utilizando-se de consolidação em um número reduzido de sistemas Power. O que significa não só economia em custos de administração e gerenciamento, mas também em energia e espaço do data center. Linux rodando em servidores Power é considerada como plataforma "Tier 1" pela IBM e conta hoje com mais de 8 mil aplicações suportadas.

A virtualização, mais madura e estável que em plataformas x86, é capaz de compartilhar processadores, memória e acesso a dados dinamicamente, além de poder usufruir de hardware especificamente desenhado para lidar com grandes volumes de dados. Essas características, aliadas ao Linux (que é naturalmente portável e multi-plataforma) retrata o ambiente ideal para consolidação, aumento a economia em até 80% nos custos com energia, refrigeração e espaço no data center. (*) KLAUS H. KIWI e RICARDO M. MATINATA Engenheiros de Software em desenvolvimento de produtos e Líderes Técnicos do IBM LTC Brasil

Vantagens no uso do Linux em plataforma Power

4 Virtualização madura com hardware especializado e funcionalidades desenhadas para o ambiente corporativo; 4 Consolidação, melhor utilização de recursos compartilhados, redução de custos com energia, gerenciamento e administração; 4 Migração facilitada pelo PowerVM Lx86; 4 Plataforma considerada "Tier 1" pela IBM contando com mais de 8 mil softwares suportados; 4 Recursos avançados de RAS - Reliability, Availability & Serviceability.

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

25


PRODUTOS

Ferramenta, disponível gratuitamente por download, simplifica a equação Linux + Power Por FLÁVIO PRETO*

O Linux é um sistema operacional com suporte pleno pela IBM e, a cada dia, é adotado por mais empresas ao redor do mundo em aplicações que vão desde infraestrutura até missões críticas. Considerando os benefícios oferecidos pela plataforma Power, a equação Linux + Power se torna claramente uma excelente opção para quem deseja ter servidores efetivamente seguros, mais confiáveis e escaláveis. Para essa equação ficar ainda mais simples, a IBM oferece o IBM Installation Toolkit for Linux on Power, uma ferramenta desenvolvida pelo Linux Technology Center (LTC) que está disponível gratuitamente para download no site da fabricante. O Toolkit permite instalar tanto o RedHat Enterprise Linux, como o SuSE Linux Enterprise Server por meio de um wizard padronizado, permitindo que o usuário, leigo ou não, se abstenha das peculiaridades de cada instalador sem sacrificar os recursos que cada distribuição oferece.

26 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

Além de instalar o Linux, essa ferramenta também permite consultar, de maneira centralizada, a documentação e livros de referência sobre Linux rodando em Power. E os administradores ainda podem contar com um instalador de pacotes que disponibiliza aplicações para gerenciamento de cluster, diagnóstico, inventário de hardware, pacotes como Java, Advanced Toolchain para Power e atualizações de Firmwares. Se a demanda for por consolidação, não podemos esquecer dos servidores x86 que estão rodando o LAMP Stack (Linux + Apache + MySQL + PHP ou Python ou Perl). Para esse cenário, a ferramenta fornece um método que permite facilmente migrar servidores de x86 para Power. Através de um wizard, esse método replica as aplicações e migra os dados de servidores x86, tanto 32 como 64 bits, para servidores Power. Assim, os administradores não precisam migrar manualmente, evitando possíveis erros e reduzindo o tempo das tarefas de con-

solidação. Além disso, efetua uma análise da máquina x86 e, automaticamente, dimensiona uma partição virtualizada no Power, poupando recursos sem sacrificar o desempenho das aplicações. Outro aliado da equação Linux + Power é o PowerVM Lx86, que permite as aplicações Linux x86 rodarem em ambientes Power sem qualquer tipo de modificação. Nesse caso, o IBM Installation Toolkit permite que, em poucos passos, se obtenha o PowerVM Lx86 instalado e configurado. Já no quesito escalabilidade, é possível executar a ferramenta através de dois métodos: o primeiro é voltado para rapidamente iniciar o uso da ferramenta utilizando um DVD, enquanto o segundo é mais sofisticado e permite carregá-la na rede em diversas máquinas ao mesmo tempo, indicado para ambientes como data centers. Ou seja, com a ferramenta IBM Installation Toolkit, o administrador de sistema tem à sua disposição meios que facilitam desde a consolidação até as rotinas de manutenção diárias. Link para instalação: http://www14.software.ibm.com/ webapp/set2/sas/f/lopdiags/ installtools/home.html

Com o IBM Installation Toolkit for Linux on Power é possível: 4 Instalar RedHat Enterprise Linux ou SuSE Linux Enterprise Server;

4 Ter acesso à documentação sobre Linux on Power;

4 Instalar pacotes de monitoração, inventário e diagnóstico;

4 Instalar Java; 4 Instalar Advanced Toolchain para Power; 4 Atualizar o firmware da máquina; 4 Migrar servidores LAMP de x86 para Power; 4 Instalar o PowerVM Lx86.

(*) FLÁVIO PRETO Engenheiro de software em desenvolvimento de produtos da IBM LTC Brasil.


Consolide aplicações x86 para Power sem perder o investimento em TI Isso é possível com o Power VM LX 86, disponível em todas as edições do PowerVM Por RAFAEL XAVIER e RAMON VALLE*

Com os servidores Power e as soluções de virtualização PowerVM, a IBM tem como objetivo ajudar seus clientes a reduzir custos com energia, espaço físico e manutenção da infraestrutura de TI, enquanto promovem uma melhoria no desempenho do ambiente e aumentam a disponibilidade. Na decisão de migrar para essa plataforma, a dúvida imediata das empresas é como não perder seu antigo investimento em aplicações que já fazem parte de suas operações. Para sanar essa questão, a IBM criou o PowerVM Lx86 – uma solução para consolidação de aplicações x86 na plataforma Power, que está disponível em todas as edições do PowerVM: a Express, a Standard e a Enterprise. Com essa ferramenta é possível executar as aplicações Linux x86 32bit em servidores IBM System p ou IBM BladeCenter, sem a necessidade de recompilação ao criar um ambiente de execução e traduzir, dinamicamente, as instruções e chamadas de sistema da arquitetura x86 para Power. Para ganhar desempenho, faz cache das instruções traduzidas, evitando retrabalho de tradução e ainda aumenta o desempenho da aplicação conforme é re-executado ao longo do tempo.

Além de cache, faz diversas otimizações na tradução e é inteligente ao ponto de identificar a recorrência das aplicações, sem desperdiçar tempo com otimizações caras para aplicações raramente executadas. O PowerVM Lx86 também facilita a adoção da arquitetura Power para sistemas x86 legados, durante a fase de transição, oferecendo excelente escalabilidade, disponibilidade e segurança. Essa solução é suportada no Red Hat Enterprise Linux 4.4 e posteriores, Novell Suse Linux Enterprise Server 10, entre outras. O importante é usar a mesma versão do SO (ou uma versão mais antiga) no ambiente criado pelo PowerVM Lx86. Com o lançamento da versão v1.3.1, surgiu o controle do uso de memória virtual para aplicações x86 (o Fast Little Endian switch – disponível apenas para máquinas Power6),

suporte ao modo 80-bit para maior precisão matemática em cálculos de ponto-flutuante e à huge pages, que permite desempenho superior em aplicações com grande volume de dados, como banco de dados ou ERP. Além da adição de suporte às novas versões de distribuições Linux, tais como Red Hat Enterprise Linux 5.3 e Novell Suse Linux Enterprise Server 11. Em adicional, fabricantes de software podem utilizar o Virtual Loaner Program (VLP) da IBM para testar suas aplicações Linux x86 em um ambiente Power, livre de custos de aquisição. Os servidores disponíveis são baseados em processadores IBM Power6 e IBM Power5.

RAFAEL XAVIER e RAMON VALLE Engenheiros de Software em desenvolvimento de produtos da IBM LTC Brasil

Acesse o link http://www.ibm.com/systems/vlp para saber mais sobre o VLP, que provê partições System p com o PowerVM Lx86 configurado e está pronto para acesso remoto.

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

27


PRODUTOS Nova versão traz maior escalabilidade, flexibilidade e interoperabilidade ao mundo dos servidores Power Por CARLOS ROBERTO DO NASCIMENTO COSTA e EDJUNIOR BARBOSA MACHADO*

No universo das distribuições Linux existem variações para os mais diversos propósitos, como desktop, server ou embarcado. Dentre essas, somente um grupo seleto está disponível para a arquitetura Power, sendo que desse grupo, somente Redhat Enterprise Linux e Suse Linux Enterprise Server oferecem suporte profissional por meio de contrato comercial. O fato é que ambas apresentam características importantes com vantagens e desvantagens distintas, mas nosso foco será o novo SLES 11. Lançado em Março, o SLES 11 foi desenvolvido para compartilhar recursos estratégicos com outros componentes da família de produtos Novell, como o SLED (SUSE Linux Enterprise Desktop), por exemplo. Um dos seus destaques é que possui um avançado gerenciador de pacotes, permitindo atualizações 10x mais rápidas que nas versões anteriores. Outra característica importante é o fato de ser baseado no Kernel do Linux versão 2.6.27 com suporte a hardware de última geração, suporte ao sistema de arquivos em cluster da Oracle, protocolo de comunicação de clusters e storages OpenAIS e o framework Mono na versão 2.0. Esse último recurso, permite a interoperabilidade entre sistemas .NET, rodando

28 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009


tanto no SLES como em servidores Microsoft. Mas é na plataforma Power que o SLES 11 se destaca. A IBM, via Linux Technology Center, contribui ativamente para o desenvolvimento do SLES, dando atenção especial às tecnologias de virtualização e

computação de alto desempenho. Somadas às características que já diferenciam o SLES como solução robusta e flexível, a versão 11 do produto leva aos clientes mecanismos que permitem adequar-se, de forma rápida e segura, às mudanças decorrentes das novas tecnologias e fazer

o uso efetivo em seus negócios, como a computação em nuvem. (*) CARLOS ROBERTO DO NASCIMENTO COSTA e EDJUNIOR BARBOSA MACHADO Engenheiros de Software do IBM Linux Technology Center que atuaram no desenvolvimento e testes do SLES 11 para Power

Principais destaques do SLES 11 na plataforma Power:

1. Live Partition Mobility é a nova tecnologia de virtualização nos sistemas Power da IBM, que pode ser combinada com 4 outras tecnologias de virtualização já consolidadas no mercado. Tais como partições lógicas ou partições usando Live Workload, para fornecer uma plataforma totalmente virtualizada que ofereça o nível de flexibilidade exigido hoje pelos sistemas em produção nos data centers. É justamente essa tecnologia que permite migrar partições virtualizadas entre máquinas diferentes, sem que seja necessário interromper a disponibilidade do servidor. 2. O SLES 11 suporta virtualização N_Port ou Fibre Channel NPIV. Isso possibilita que múltiplos Fibre Channel possam ocupar 4 uma única porta física, facilitando o projeto de hardware em Storage Area Network (SAN), especialmente quando são usados SANs virtualizados.

4 3. A versão 11 traz também outra nova tecnologia para sistemas IBM Power conhecida como Active Memory Sharing (AMS). Visando estender a utilização de recursos de memória através do sistema físico, o AMS aloca um pool de memória que é compartilhado de forma automática e dinâmica entre as partições lógicas de acordo com o workload de cada máquina virtual, otimizando a utilização de memória sem demandar trabalho adicional ao administrador. 4. Suporte à virtualização de dispositivos de fita, permitindo que as partições tenham acesso direto aos mesmos por meio do 4 VIO Server, tornando possível compartilhar recursos e simplificar as rotinas de backup e restauração. 5. O SLES 11 tem melhor suporte à computação de alto desempenho e permite criar soluções de missão crítica usando Power, 4 já que traz o OpenFabrics Enterprise Distribution (OFED) – a mais avançada tecnologia de dispositivos InfiniBand. OFED inclui drivers para redes Ethernet de 10 Gigabit e bibliotecas MPICH2 MPI para que as aplicações sejam desenvolvidas tirando maior proveito dessa tecnologia e maximizar os investimentos em infraestrutura de servidores Power Blade. Esse conjunto reduz custos, tempo e complexidade através de conexões com alta largura de banda entre servidores.

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

29


Você busca uma solução completa para os seus negócios? Conheça como o IBM i tem atendido grandes empresas no Brasil e no Mundo, conquistando uma legião de fãs nesses seus 20 anos de existência. Nesse período, o sistema manteve-se robusto e confiável, sempre incluindo novos recursos tecnológicos de integração e conectividade: Veja o depoimento de Gestores de TI sobre o IBM i: “Enquanto os gestores de outras empresas se preocupam com ações de gerenciamento de banco de dados no final do dia, vou para casa jantar com minha família. Porque o IBM i? Ele realiza a maioria das operações de um DBA de forma automática e segura.” MARCELO JORGE FERNANDEZ - Tecnologia da Informação da Cremer

"Para grandes volumes transacionais (em média 4 milhões de consultas diárias) e informações em Banco de Dados (mais de 1 bilhão de registros), consideramos o IBM i o sistema mais indicado. Sem pagamentos em licenciamento/manutenção de banco de dados, vírus free e um DB2 e equipamentos altamente confiáveis são algumas das razões de nos mantermos fiéis ao IBM i há mais de uma década.” JAIR DE ÁVILA - Gerente de Suporte Técnico e Telecomunicação Ass. Comercial de São Paulo

“Altamente seguro, simplesmente esqueço que existe o servidor. Então por que IBM i? Porque em 10 anos de uso, nunca tivemos parada de máquina.” RONALDO MASSUCATO - Tecnologia da Informação da ABR Ind. Com. de Auto Peças

Fotos: DIVULGAÇÃO

“Optamos pelo IBM i em 1997, por ser a única tecnologia capaz de dar continuidade aos nossos negócios em tempo hábil, porque necessitávamos migrar imediatamente a base para um banco relacional em função do rápido crescimento dos negócios, volume de dados e processos. Realizamos a migração em menos de dois meses e, desde então, confirmamos a potencialidade da plataforma quanto à alta disponibilidade e segurança. Não temos dúvidas que o IBM i é o único sistema capaz para consolidação de grandes ambientes e tem confiabilidade para esse procedimento. O backup consolidado também é uma das principais vantagens desse ambiente.” EDSON JORDÃO - Gerente de TI do Grupo Nagem

“Dentro de nosso caminho crítico de arquitetura de TI para suportar as operações industriais e de varejo os servidores IBM i que possuímos são os maestros de nossa orquestra de hardware. Em meio a tanto modismo de TI, o SO IBM i é perene e robusto entregando aos nossos usuários os resultados esperados minuto a minuto, por anos consecutivos, e tem nos gerado um estado de tranqüilidade fundamental para podermos nos dedicar aos negócios, tal como deve ser o papel atual de TI nas organizações.” SERGIO FRANCISCO DA SILVA SANTOS - CIO do Grupo Tecnol

30 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

Alguns benefícios do IBM i: 4 O IBM i é um ambiente OS/DB com uma ampla auto-gestão o que requer apenas uma pequena equipe de TI gerenciando mesmo ambientes complexos, tornando-se uma solução com baixo custo de operação.

4 O Banco de dados DB2 é integrado ao Sistema Operacional IBM i e sem custo adicional de aquisição ou manutenção do Banco de Dados, o que significa uma economia substancial em custos de licenciamento/manu-tenção. Também permite criptografia, banco de dados e backup.

4 O IBM i possui software de segurança integrado à sua arquitetura. Não requer software de segurança adicional e não possui ocorrência registrada de ataque por “vírus de computador”. Alta segurança, sem custo adicional.

4 IBM i oferece excelentes funções de virtualização, via PowerVM, que permitem extrema utilização do hardware disponível e requer menos hardware para consolidação de diversos ambientes. É possível fazer mais com menos.

4 IBM i é conhecido por ser altamente seguro e disponível, o que maximiza o ROI da solução.

4 Os processadores Power6 apresentam o melhor benchmark Performan-ce por core, o que significa mais trabalho com menos processadores.

4 Servidores IBM Power System estão disponíveis desde 1 até 64 processsadores em padrão torre, rack ou BladeCenter. Suportam arquitetura All-in-One, Three-tier ou Two-tier. Alta flexibilidade para a escolha de infra-estrutura ideal.

4 O IBM i é conhecido por sua inovação na indústria de TI: 64-bits desde 1995, suporta aplicações com ponto decimal flutuante, único com arquitetura orientada a objetos e banco de dados integrado, suporte à criptografia para banco de dados e para backups em fita por software.


Foto: DIVULGAÇÃO

O Linux é uma plataforma estável, segura e consolidada para serviços Web. Da mesma forma que a arquitetura IBM Power System

Nagem escolhe o Power6

EDSON JORDÃO, Gerente de TI da distribuidora

rodando Linux para seu portal B2C Distribuidora de Recife aposta na arquitetura IBM e no Open Source por serem robustos e confiáveis Da REDAÇÃO

A distribuidora Nagem, especializada em produtos de informática, papelaria e material de escritório, apostou na dupla Power rodando Linux para suportar sua aplicação de e-commerce. O novo portal de vendas da distribuidora entrou no ar há seis meses para fortalecer as relações com seus clientes ao proporcionar mais uma opção de compra. Há 19 anos a Nagem aderiu à plataforma IBM para a consolidação dos seus principais serviços, com aplicações em i5/OS, Linux e Windows integradas. “Quando iniciamos o projeto de venda pela Web optamos por PHP por ser uma linguagem de alta produtividade com segurança na fase de desenvolvimento e de rápida capacitação do pessoal. Além disso, o Linux é uma plataforma estável, segura e consolidada para serviços Web. Da mesma forma que a arquitetura IBM Power System”, explica Edson Jordão, Gerente de TI da distribuidora. O desenvolvimento do projeto foi realizado por uma equipe interna, composta por um analista/programador e um web designer, da área de

desenvolvimento da Nagem. Esse departamento é o responsável pelo desenvolvimento e manutenção dos aplicativos estratégicos da companhia. O executivo explica que a Nagem é um referencial na prestação de serviços porque valoriza seus clientes, garantindo a constante satisfação com qualidade e proporcionando maior conforto no processo de compras. A estratégia é disponibilizar seus diversos canais de venda: Corporativo, Revenda e Varejo, visando a ampliação dessa abrangência, de forma sustentável, incluindo em sua carteira de clientes os consumidores da Web. “Por isso a aplicação B2C é estratégica e está integrada ao nosso ERP para que, quando o cliente terminar um pedido, a informação seja gravada e processada no sistema, em tempo real”, afirma o executivo. Essa aplicação está rodando na infraestrutura existente, um servidor IBM Power 6, que demandou apenas a criação de mais uma partição lógica Linux para compartilhar os recursos do hardware. Nessa partição foi instalado o sistema operacional Linux Suse, rodando o Apache e PHP.

Isso só foi possível porque o IBM Power tem recursos on demand, que garante confiabilidade e disponibilidade do serviço, bem como maior facilidade de gerenciamento e suporte. “A estrutura já existente evitou altos investimentos para rodar a nova aplicação, com a certeza de que teríamos a segurança da plataforma que já usamos, com escalabilidade, alta disponibilidade, integração com o legado e utilização do banco de dados corporativo (DB2/400), nativo da plataforma”, detalha Jordão. O objetivo da Nagem é proporcionar aos seus clientes mais um canal de venda, por meio de uma ferramenta de navegação e interação com alta tecnologia e segurança. A distribuidora está localizada em Recife (PE), mantêm Centros de distribuição e unidades de negócios em Recife, Salvador, Fortaleza, São Paulo e, em breve, em Imperatriz do Maranhão, 16 lojas localizadas em Salvador, Aracajú, Recife, Natal e Fortaleza e representantes em Aracajú e Brasília. Atualmente emprega 1,4 mil funcionários e comercializa 180 marcas. Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

31


SOLUÇÕES DE NEGÓCIOS

CDLRio migrou de x86 para Power devido à estabilidade e segurança

Plataforma Linux responde por 40% dos negócios da companhia que atua há 50 anos no mercado de proteção ao crédito Da REDAÇÃO

Com um volume médio de 5 milhões de consultas/mês em seus sistemas, o CDLRio (Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro), fundador do Serviço de Proteção ao Crédito é uma das mais importantes e conceituadas entidades ligadas ao crédito e ao varejo do país, migrou suas aplicações de Email, Web Server, File Server, Print Server, LDAP, FTP, Firewall e Gateway da plataforma Intel para o GNU/Linux. Sendo que as aplicações de Web Server e

32 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

Gateway são críticas e, ao mesmo tempo, estratégicas respondendo por 40% dos negócios da empresa. A portabilidade aconteceu porque as máquinas x86/Windows utilizadas não tinham o perfil de um servidor, comprometendo a continuidade de todo o ambiente. “Optamos pela plataforma Linux devido à estabilidade, segurança e performance alcançada com o software livre”, explica Rogério Muzy, Gerente de TI do CDLRio.

Entre as principais melhorias o executivo ressalta o ganho de performance, segurança e continuidade em um ambiente mais limpo e organizado. O projeto é composto por duas máquinas 520 com software iTera High Availability (HA) para as partições host. “Os equipamentos foram adquiridos com três anos de diferença. Portanto, temos diferentes configurações, que não impedem que o desenho adotado seja o mesmo para as duas


Optamos pelo Linux no Power devido à estabilidade, segurança e performance alcançada com o software livre Foto: DIVULGAÇÃO

máquinas. Replicar toda a configuração de software adotado na primeira 520 na nova e implantar a solução de HA foi muito simples. O único cuidado foi colocarmos a máquina com menor capacidade para ser a contingência”, afirma Muzy. A primeira estrutura de Host + Guest foi implantada em 2005, com todo trabalho desenvolvido em GNU/Linux em 1998, com a consolidação em uma máquina Power. “Houve um período de aprendizado e adaptação da solução na nova arquitetura por acreditarmos que seria estratégico”. Em 2007 uma nova máquina Power com software de HA foi adquirida e a equipe do CDLRio implantou a solução nas máquinas host. Na mesma ocasião, desenvolvemos uma solução de HA para as máquinas Guests. A companhia é cliente IBM desde os tempos do Mainframe, quando utilizavam máquinas 4341/ 4381/9221. Muzy explica que na época dos downsizings, eles iniciaram um estudo para saber quais arquiteturas o mercado oferecia que pudesse atender o volume de consultas diárias. “Dentre as várias arquiteturas oferecidas, a única que conseguiu provar sua capacidade, foi a IBM com o AS/400”. Assim, a primeira máquina foi adquirida em 1997, quando todo o processo partiu do zero – desde a análise e desenvolvimento até os testes. “Em 1999, colocamos a nova estrutura em produção com um AS/400 620. Desde então, fazemos as atualizações necessárias para continuarmos atendendo nossos associados”. A próxima etapa do projeto é a implementação de um backup site. O CDLRio, com mais de 50 anos de atuação com larga experiência em Base de Dados para apoio a decisão de negócios, participa da Rede Nacional de Informações Comerciais (Renic),

ROGÉRIO MUZY Equipe de TI do CDLRio. A partir da esquerda: Marcos Paulo Hauer, Marcos Aurélio Gavilan, Rogério Muzy (Gerente de TI), Almiro Lopes e Paulo Capetti

congregando diversas entidades brasileiras que operam Serviços de Proteção ao Crédito, sendo uma das mais abrangentes e completas Base de Dados do gênero no país. Atualmente a companhia oferece uma série de serviços financeiros que só se tornaram possíveis devido ao planejamento e contingência da infraestrutura de TI. Entre os serviços está o Cadastro de Proteção ao Crédito, uma ferramenta fundamental para ampliar o acesso aos bens de consumo e proteger empresários de perdas decorrentes da inadimplência. São mais de 1 milhão de estabelecimentos cadastrados, utilizando e alimentando o sistema com informações atualizadas. Outro serviço é o SIAC, que agrega informações sobre pessoas físicas e jurídicas dos principais bancos de dados comerciais. “Por meio dos nossos sistemas de TI fornecemos informações sobre capital, sócios, alterações contratuais e restrições como protestos, Cadastro de Proteção ao Crédito, cheques sem fundo, falências e concordatas, tanto sobre pessoas jurídicas quanto sobre pessoas físicas”, ressalta Muzy.

Já o LigCheque do CDLRio oferece todas as informações para garantir a origem e o histórico de cada cheque, com agilidade e segurança, minimizando os riscos. Por meio dos dados do cheque e do emitente é possível ter acesso direto ao banco de dados do Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos do Banco Central, além de ocorrências de cheques roubados ou extraviados em todo o Brasil. Através de um convênio firmado com a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, o CDLRio também divulga para seus associados (no momento em que o CPF é consultado no Cadastro de Proteção ao Crédito, LigCheque e SIAC) se existe alguma ocorrência de roubo, furto, extravio ou uso indevido de documentos registrados nas 140 Delegacias Legais do Estado do Rio de Janeiro. “Com o objetivo de prover serviços diferenciados que demandam tecnologia com alta disponibilidade, recentemente o CDL Rio e a Certisign selaram uma parceria para garantir aos associados autenticidade e integridade na comunicação com a Receita Federal“.

Julho Agosto Setembro 2009

POWER Channel

33


OPINIÃO

Infraestrutura dinâmica com

POWER

para um planeta mais inteligente

Mundialmente, várias empresas e governos estão trabalhando para desenvolver ambientes integrados de TI que ajudem a baixar custos e aprimorar serviços. Esse é o conceito de Smarter Planet, onde as tecnologias possibilitam melhor gerenciamento, respostas mais rápidas e efetivas aos desafios apresentados pelo atual cenário econômico mundial, cada vez mais composto por negócios globalmente integrados. Por ROBERTO DINIZ*

Um dos componentes desse conceito é a Infraestrutura Dinâmica. Com a quantidade de informações explodindo e a complexidade dos processos aumentando é necessário uma infraestrutura mais flexível, que conecte o mundo digitalmente, que suporte a convergência dos negócios e as necessidades de TI, que permita maior agilidade e inovação das organizações frente ao mercado. A Infraestrutura Dinâmica é baseada em três imperativos exigidos pelos clientes. O primeiro é a melhoria nos níveis de serviços, seguido pela redução dos custos totais e, por último, mitigar riscos operacionais. Para atender esses imperativos existe uma série de ações que, se bem conectadas, resultarão em um planeta mais inteligente por meio dessa infraestrutura que faz mais com menos. Uma dessas ações é o gerenciamento de serviços, com a automação dos processos que passam a ser medidos e controlados. Em seguida vêm a virtualização e consolidação das máquinas, sistemas operacionais e outros

34 POWER Channel Julho Agosto Setembro 2009

recursos de Tecnologia da Informação, o que também alavanca a eficiência energética. Outros pontos são a gerência dos ativos, soluções para a resiliência dos negócios com alta disponibilidade, as tecnologias para recuperação de desastres e os sistemas e processos de segurança. A grande vantagem da plataforma Power é reunir várias dessas funcionalidades, principalmente quando o tema é virtualização e consolidação. Essa família de produtos tem a melhor performance e a maior confiabilidade do mercado. Isso só é possível porque combina capacidade de processamento com funcionalidades de software (de forma muito inteligente) e de maneira similar à usada nos mainframes. Por serem flexíveis, as máquinas Power permitem rodar várias aplicações em sistemas operacionais separados no mesmo ambiente. Isso melhora a eficiência energética porque, apesar de sua alta capacidade de processamento de dados, consome pouca energia, justamente porque o chip foi desenhado para

oferecer essa eficiência, combinada à uma grande capacidade de processamento. E gerenciar ativos também é mais eficiente na plataforma Power, porque medindo, controlando e automatizando é possível uma melhor utilização dos ativos e as tomadas de decisões serão mais eficazes. Por fim, falando em segurança, tópico cada vez mais crítico para os CIOs, lembramos que Power é extremamente confiável e seguro, com um sistema operacional bastante imune a vírus e às típicas ameaças que rondam as máquinas x86. (*) ROBERTO DINIZ Executivo de Otimização de TI, IBM Brasil




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.