Revista festasdopara

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CRUZ VERMELHA BRASILEIRA NO PARÁ. Pág.08

A HERANÇA DO VOLUNTARIADO Pág.12

PRINCÍPIOS DA CRUZ VERMELHA Pág.18

A CRUZ QUE NÃO PESA voluntários da cruz vermelha brasileira, filial Pará, de ajuda humanitária, fazem a diferença no evento que está entre as maiores festas populares do mundo. conheça os 36 anos dessa participação.

F E S T A S D O PA R A . C O M . B R


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EDITORIAL

Edição 01 | 2017

Realização Gold Intermediações de Promoções LTDA

Direção Geral Heraldo Schneider Direção Executiva Silvia Ferreira Mesquita Marcos Marques Produção Executiva e Marketing Positiva Editor Responsável Carlos Pará 2165 - DRT/PA Diagramação Resistência Comunicações Fotografias Carmem Helena Salim Warris

ABRE! ABRE! ABRE!

A

Revista FESTAS DO PARÁ - UM FESTIVAL DE PRÊMIOS tem a honra de apresentar seu primeiro número. Edição Especial que mostra a participação da Cruz Vermelha BrasileiraFilial Pará, no Círio de Nazaré, maior Festa Religiosa do mundo, considerada o Natal dos Paraenses, tempo de confraternização, perdão, união e fé onde as pessoas se unem independente de crença, gênero, classe social, cor ou time preferido. O objetivo dessa edição especial é apoiar a Cruz Vermelha, Filial Pará, entidade séria que em diversos segmentos da sociedade de forma voluntária atua há 36 anos nessa Festividade. Além disso se faz presente em acontecimentos da sociedade como inundações, naufrágios, catástrofes, eventos esportivos prestando os primeiros socorros. No Círio tem sua participação destacada com um exército de voluntários que atua com amor ao próximo, dedicação e compromisso. Como a prática do bem traz outro bem, ao adquirir a Revista Festas do Pará você ganha o direito de concorrer ao FESTIVAL DE PRÊMIO ajudando assim a CRUZ VERMELHA estará efetivamente contribuindo para mudar este cenário e dar mais segurança as ações da Cruz Vermelha. Seja um voluntário doador. Abrace esta causa!

Impressão e Acabamento: RM GRAPH Distribuição Estado do Pará Contatos (91) 981860553 email contato@festasdopara.com.br Twitter @festivaldepremios Facebook https://www.facebook/festasdopara

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O CÍRIO DE NAZARÉ

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É

difícil descrever a explosão de fé que é o Círio de Nazaré. Por isso, pessoas que assistem ou participam pela primeira vez, são acometidas de sentimentos fervorosos, de emoção ou de espanto. O evento reúne cerca de dois milhões de pessoas em todos os cultos e procissões. O Círio de Nazaré não é, para o paraense apenas uma procissão religiosa. É o Natal do Pará, período de confraternização, perdão e autoreflexão. Tempo de acolher e ajudar ao próximo. O Círio é isso. É a multidão que acompanha. É a pessoa que para e vê a Santa passar. É aquele que vai para a Igreja da Sé para ver a saída da Santa. É aquele que fica na praça do Relógio, na praça dos Estivadores. É aquele que fica para ver os fogos dos arrumadores, dos estivadores, da subida da av. Presidente Vargas, na frente do Banco do Brasil, para ver as homenagens, na praça da República, no largo do Redondo. É o promesseiro da Corda. São as pessoas que ficam na Barraca da Santa, no Santuário da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. São os alunos dos colégios que fervorosamente ficam em fila no Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN) esperando a Santa chegar para prestar homenagens. É o romeiro que, desafiando seu limite físico, vindo da Igreja da Sé, chega de joelhos no CAN lá pelas 5 horas da tarde, cumprindo, assim, sua promessa. É o voluntário que fica ajudando este promesseiro. Enfim, em todos estes pontos, tem VOLUNTÁRIO da CVB-PA dando apoio, assim como em cada lugar citado tem um posto de atendimento da Cruz Vermelha Brasileira, filial Pará, com médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, socorristas, militares e voluntários formando um verdadeiro exército de prontidão para socorrer as pessoas.

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A

História da Cruz Vermelha no mundo surgiu desde 1859, mais precisamente 24 de Julho deste ano quando na Europa, no país da Itália, na Aldeia de Soferino se transformou em palco da mais sangrenta batalha entre os que eram contra e os que eram a favor da unificação dos estados italianos. Foram 16 horas de combates resultando em 40 mil mortos. Os feridos agonizavam diante da total falta de remédios, assistência médica, comida e água. De passagem por Soferino, no exato momento da guerra decisiva de unificação da Itália, o negociador Jean Henry Dunant, testemunhou cenas de barbárie e se ofereceu como voluntário para tratar dos feridos. Uma atitude que marcou para sempre esse pacificador e a humanidade. Em 1863 Dunant funda o Comitê Internacional de ajuda aos feridos, assistência aos prisioneiros de guerra, teve grande avanço a partir de 1864. Neste ano foi criada a Convenção de Genebra para a melhoria das condições de amparo aos feridos. Em 1899, a Convenção de Haia na Holanda, disciplina as ordens de combate terrestres e marítimos para garantir a sobrevivência de prisioneiros políticos e de guerra. 6 www.festasdopara.com.br

Mas ao perceber que o trabalho do Comitê poderia ir além da assistencia médica e hospitalar nas guerras, Henry Dunant criu nova designação e em 1896 muda a denominação para Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A Cruz Vermelha é uma entidade internacional sem fins lucrativos, sem preferência ideológica, ou religiosa, com sede em Ge-

nebra na Suíça, com a finalidade de amparar e defender as vítimas de guerras, catástrofes naturais e grandes mobilizações populares. As prioridades da Cruz Vermelha são: Dar assistência a prisioneiros de guerra; Restabelecer o contato dos presos com seus familiares e buscar por desaparecidos; Atuar na assistência as vítimas de desastres naturais como enchen-


tes, terremotos, maremotos e furacões, especialmente em países pobres carentes de assistência as suas vítimas, como aconteceu no Sudeste asiático com as vítimas do Tsunami. Numa concepção moderna a Cruz Vermelha não se limita a atender prisioneiros mas também a detidos em situações de guerra ou em nações que violam sistema-

ticamente o Estatuto dos Direito Humanos. A Cruz Vermelha se preocupa também com as condições de detenção e a garantia aos suprimentos de alimentos de qualidade para vítimas civis em conflitos armados. O Comitê da Cruz Vermelha está presente em mais de 180 países dos cinco continenetes do mundo: Europa, Ásia, Oceania, África e Améri-

cas. No Brasil a Cruz Vermerlha se instalou em 1908. No Pará, a instituição chega em 1940 mas foi em 1981 que a entidade passou a ter de fato uma atuação mas abrangente e eficaz, atendendo a capital e o interior. Nos anos 80 a Cruz Vermelha deu total apoio as vítimas da enchente de Marabá e dos desabrigados da grande enchente do Rio Tocantins. Em 1987 a Cruz Vermelha Brasileira Filial Pará deu total atendimento as vítimas do desabamento do prédio Raimundo Farias em Belém. No Pará a maior mobilização da Cruz Vermelha é para dar assistência médica aos romeiros da maior procissão católica do Estado, o Círio de Nazaré. São dois milhões de pessoas que caminham pela romaria de Nazaré, de todas as idades, que demonstram sua devoção a Nossa Senhora de Nazaré, de várias formas, seja através de promessas ou de segurar na Corda, maior simbolo promesseiro do Círio. E antes dos voluntarios atenderem os romeiros é preciso um preparo e de treinamento intensivo para os voluntários da Cruz Vermelha de primeiros socorros. Os voluntários recebem treinamento para montrem os kits dos primeiros socorros e reunem-se com a Coordenação e recebem lições. No segundo domingo de Outubro começa a maior romaria católica do país e a Cruz Vermelha desde cedo está a postos com os promesseiros ou gente que só acompanha a procissão . Os voluntários da CV ficam em mais de 10 pontos da romaria com uns 6 kilometros de extensão. São médicos, enfermeiros, técnicos qe contribuem pra festa de forma diferente. www.festasdopara.com.br 7


Cruz Vermelha

Brasileira no Pará 36 anos de atuação humanitário no

Círio de Nazaré

O

s trabalhos no Círio de Nazaré começaram em 1981, ano da reativação da instituição da Cruz Vermelha Brasileira - Pará. O atendimento aos romeiros foi uma das principais atividades deste período. Os 80 voluntários ajudaram na distribuição de água. No ano seguinte, ficou definido que a Cruz Vermelha Brasileira – Pará passaria a ser responsável pelos atendimentos médicos do Círio. Naquela oportunidade, em parceria com o exército, seis postos foram montados, com a ajuda de 100 voluntários. Atualmente através de uma ação integrada que envolve o Governo Federal através das forças Armadas e os Governos Estadual e Municipal através de suas secretárias, além de Empresas Privadas a Cruz Vermelha Brasileira no Estado do Pará se prepara para atender mais de 2,5 milhões de romeiros, em uma das

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maiores manifestações religiosas do mundo. Para serviços médicos no Círio de Nossa Senhora de Nazaré, dia 08 de outubro de 2017, no Pará, serão montados 21 postos de atendimentos. Na trasladação que antecede o evento existirão 15 postos. A expectativa é de que serão mobilizados cerca de 4.500 voluntários, mesmo número do ano passado, quando foram registradas 1.574 ocorrências. Além da atuação na trasladação e no Círio a Cruz Vermelha Brasileira CVB-PA participa de todas as Romarias e em eventos relacionados ao Círio, em 2016 foram percorridos 140,300 km quilômetros pelas ruas de Belém, Ananindeua, Marituba e pelas águas da baía do Guajará em cerca de 41 horas de procissões. No ano de 2004 o percurso de cerca de 3,6 quilômetros foi concluído em nove horas e 15 minutos considerado o Círio mais demorado de sua história. A experiência da Cruz Vermelha Brasileira – Pará conta que quanto mais demorada a procissão consequentemente


FOTOS: CARMEM HELENA

maior o número de ocorrências no Círio de 2004, a quantidade de casos foi gigante, comparado com os demais anos, a Cruz Vermelha Brasileira - Pará atendeu o seu maior público com 3.765 atendimentos. Com o crescimento do número de fiéis a cada ano houve a necessidade de ampliar a estrutura para o atual patamar. Ao longo dos 36 anos de atuação no Círio a Cruz Vermelha Brasileira – Pará criou estratégias e colocadas em prática. Em 2007 houve a primeira atuação da Cruz Vermelha no Círio fluvial na ocasião foram cedidas 2 lanchas pela empresa Pará River, em 2008 foram criados os corredores de emergências que são vias que são interditadas apenas para o fluxo das ambulâncias. Referendada pela sua mega atuação no Círio de Nazaré a Cruz Vermelha Brasileira no Estado do Pará é referência na América Latina em atendimentos meio a multidão o que já lhe rendeu a participação em grandes eventos de cunho religioso de nível internacional como por exemplo a Jornada Mundial da Juventude realizada no período de 23 á 28 de julho de 2013 no Estado do Rio de Janeiro com atuação de 22 voluntários da Cruz Vermelha Brasileira – Pará.

PROJETO CÍRIO

PROJETO CÍRIO O Projeto Círio constitui a maior atividade realizada pela Cruz Vermelha Brasileira – Pará em um dia

O Projeto Círio constitui a maior atividade realizada pela Cruz Vermelha Brasileira – Pará em um dia. O trabalho envolve um exército de Voluntários prestadores de socorro, sem distinção de raça, cor, religião ou situação social. É imprressionante o número de pessoas que procuram a CVB-PA para se escrever e ser voluntário no Círio, são mais de 50 organizações públicas, entre as quais, as Forças Armadas, o Ministério da Fazenda, secretarias estaduais e municipais, escola estaduais e municipais, Fundações, Autarquias, Federações, Empresas, Colégios, Universidades, Canais de Televisão, Rádio.

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PRINCÍPIOS

“A Cruz Vermelha através de seus voluntários, adotam os princípios de: Humanidade, Neutralidade, Independência, Voluntariado, Unidade e da Universalidade. Esses princípios esclarecem o que é o nosso trabalho, e assim podemos trabalhar todos os leques de ações alinhados a isso, preparados para executar o socorro dentro da romaria do Círio em vários momentos, seja no aperto da curva da praça dos estivadores com a presidente Vargas, seja na distribuição de água ou quando há aquela agonia de cortar a corda onde há briga pelo pedaço da corda e provoca tumulto e acidentes

graves. Nessas várias situações os voluntários vão e socorrem emergencialmente. Outra ação muito frequente é quando aqueles que caem desmaiados, os voluntários com suas macas volantes, socorrem e os resguardam em lugar seguro, em algum dos 21 postos instalados no percurso do Círio, procuram ser rápidos e objetivos para não acontecer um acidente fatal ou aumentar o fluxo da rede pública de saúde. Todo o percurso fora dos postos, os socorristas, também fazem as buscas e paradeiros das crianças que se perdem. Os postos de vinculação em toda a extensão do Círio contam com equipe compostas por 10,

20 ou 30 pessoas, que procuram os postos mais próximos sinalizados dentro da própria romaria” explica o presidente da Cruz Vermelha Brasileira – Pará, Jair Bezerra que também iniciou sua carreira na instituição como voluntário há 15 anos atrás e sempre ajudou institucionamente para as coisas acontecerem. Em momentos difíceis da história da instituição, ele sempre esteve na logística com setores intersetoriais para que nada pudesse dar errado. Era uma espécie de padrinho da Cruz, e de três anos pra cá foi convidado para ser conselheiro e trouxe para a instituição revoluções de melhorias. Hoje ele chega ao cargo

HUMANIDADE

IMPARCIALIDADE

NEUTRALIDADE

A Cruz Vermelha nasce da preocupação de prestar auxílio a todos os feridos, dentro e fora dos campos de batalha; de prevenir e aliviar o sofrimento humano, em todas as circunstâncias; de proteger a vida e a saúde; de promover o respeito pela pessoa humana; de favorecer a compreensão, a cooperação e a paz duradoura entre os povos. 10 www.festasdopara.com.br

A Cruz Vermelha não distingue nacionalidades, raças, condições sociais, credos religiosos ou políticos, empenhando-se exclusivamente em socorrer todos os indivíduos na medida dos seus sofrimentos e da urgência das suas necessidades, sem qualquer espécie de discriminação.

A Cruz Vermelha, a fim de conservar a confiança de todos, abstém-se de tomar parte em hostilidades ou em controvérsias de ordem política, racial, filosófica ou religiosa.


FOTOS: SALIM WARRIS

de presidente e entre os voluntários ele é demasiadamente querido pela experiência e pelo espírito de liderança que emana. Em sua atual gestão, com todo a sua equipe, fortalece a Cruz Vermelha Brasileira - Pará e eleva seu grau de importância no Estado e para a sociedade. A Cruz Vermelha Brasileira Pará, tem uma equipe de interprofissionais formada por advogados, psicólogos e assistentes sociais que dão toda assistências às crianças perdidas. Os atores, representando diversos personagens infantis, encantam as crianças, facilitando a sua espera pelos parentes nos postos de atendimento.

O Círio tem uma peculiaridade ímpar na ação da Cruz Vermelha Brasileira, filial Pará por ser uma atividade única no Brasil e por congregar mais de dois milhões de pessoas na rua num só dia. Podemos dizer que a concentração maior está ao longo da procissão, as ruas transversais do pecurso ficam todas tomadas, é um “mar” de pessoas; todo católico as prepara para este dia, que é considerado o Natal dos paraenses . A participação da Cruz Vermelha Brasileira - Pará culmina com um número considerável de voluntários para atender as pessoas e o mais imp0ortante é que nunca

teve nenhum óbito durante estes 25 anos de ação. Este trabalho passou a ser referência, pois várias instituições foram criadas com o mesmo objetivo de ajudar copiando, por exemplo, suas macas volantes (padiolas). Várias entidades governamentais e não-governamentais atualmente já organizam os postos com atendimento adequado e congregam também voluntários. A Cruz Vermelha Brasileira - Pará por ser a precursora deste trabalho no Círio, tem se preocupado juntamente com a coordenação do Círio em cadastrar estas organizações e prepara seus voluntários em primeiros socorros.

INDEPENDÊNCIA

VOLUNTARIADO

UNIVERSALIDADE

A Cruz Vermelha é independente e, no exercício das suas actividades como auxiliar dos poderes políticos, conserva autonomia que lhe permite agir sempre segundo os Princípios do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

A Cruz Vermelha é uma instituição de socorro voluntária e desinteressada.

UNIDADE

A Cruz Vermelha é uma instituição universal, no seio da qual todas as Sociedades Nacionais têm direitos iguais e o dever de entre-ajuda.

A Cruz Vermelha é uma só. Em cada país só pode existir uma Sociedade, que está aberta a todos e estende a sua acção humanitária a todo o território nacional. www.festasdopara.com.br 11


A HERANÇA DO VOLUNTÁRIADO

Os voluntários que vão chegando na sede da Cruz Vermelha Brasileira - Pará, em Belém chegam sozinhos porque tomaram conhecimento através dos veículos de comunicação ou porque acham importante participar do Círio. Chegam também em grupos de amigos, grupos de colegas de colégio, porque o colega participou e disse que foi legal, ou porque ele foi socorrido ou viu alguém ser socorrido. Ser voluntário no Círio é tão significativo para as pessoas que famílias inteiras têm o prazer de participar, a exemplo temos a família Lêdo, através de sua filha Edna Lêdo, que foi a primeira presidente da Cruz Vermelha Brasileira – Pará na reativação. Sua mãe, Maria José Lêdo, já falecida, pessoa incansável que contribuiu de todas as formas para que a Cruz Vermelha Brasileira – Pará se mantivesse viva. A família Mendonça começou com a filha Vânia fazendo parte da reunião de reativação, compondo as bases da primeira diretoria. O engajamento desta grande família foi surpreendente, come12 www.festasdopara.com.br

çaram a participar sua prima Sandra, que participou do conselho diretor, mãe, irmã, tias, sobrinhos, primos e trazendo também muitos amigos. No início sua mãe e tias preparavam as garrafas de café para serem distribuídas entre os voluntários. Hoje já existe uma campanha de arrecadação de pacotes de café comandada por estas voluntárias. Outro núcleo que se destaca é o da família Pegado. Tudo começou com Suleima Pegado, que passou a fazer parte como voluntária da Cruz Vermelha Brasileira – Pará, primeiro com a doação de material. Depois fez uma promessa de que, se tivesse êxito no seu pedido a Nossa Senhora de Nazaré, iria trabalhar no Círio. Com a graça alcançada, sua participação efetivou-se não só através de doações, mas com engajamento de seu marido Raimundo Pegado e filhos em todo este trabalho maravilhosos no Círio. Suleima fazia parte da coordenação geral do Projeto Círio, dando todo apoio logístico, tendo o suporte dos funcionários e voluntários na execução do projeto. Hoje ela é Conselheira Benemérita Cruz Vermelha Brasileira - Pará.

Jane Hasegawa

Ex- Presidente da Cruz Vermelha Filial Pará

A Dona Jane Oliveira Hasegawa foi voluntária na Cruz Vermelha por volta de 1990 e depois, convidada para assumir a presidência em 1994. Depois saiu e voltou em 1999 e ficou até 2012 como Presidente e Diretora da Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha. Para ela, ser voluntária, declara: “Ser voluntária é um gesto de carinho e de amor pelo ser humano, doar-se de coração e


FOTOS: CARMEM HELENA

tos que começaram comigo já partiram como a Tia Vanda, Tia Lucimar, as quais ajudaram na formação da Cruz Vermelha Brasileira - Pará. No começo não tínhamos equipamentos apropriados para o atendimento e improvisavamos com o que era nos doado e permitido. Não tínhamos maca, então fazíamos suportes humanos com os nossos braços para transportar as pessoas até o ponto de apoio, o qual era a CDP, lá não tínhamos também surporte para os socorridos. Então improvisavámos com mesas de plástico amarradas umas as outras para formar uma maca aonde deixamos os socorridos. Nunca deixamos de atender ninguém. Na época passada não tínhamos rádio, então saíamos no meio da multidão para comunicar com os pontos de apoio. Não tínhamos corredores de emergância que temos e nem os rádios que usamos hoje. O que me fez vir para a Cruz Vermelha Brasileira - Pará, foi a sua ação humanitária, o amor ao próximo, prestar socorro e ajudar a quem precisar. Estamos em todos os momentos cruciais e te-

FOTO: CARMEM HELENA

alma para uma causa justa sem esperar algum retorno”. O voluntariado do Círio chega com todo o gás, com vontade de trabalhar, mas passa uma semana ajudando na organização e se preparando na logística e no planejamento das ações. Há o voluntário que solicita em seu trabalho licença para poder participar da preparação e conseguem licença. Há o voluntário que organiza seu grupo de amigos do seu edifício ou condomínio e procura a filial para se inscrever. Há o que faz promessa de que, se passar no vestibular, irá participar do Círio pela Cruz Vermelha Brasileira - Pará e há também empresários que fazem promessas de distribuir água no Círio. O senhor Jorge Abel Aguiar, com 59 anos, voluntário há 35 anos da Cruz Vermelha Brasileira - Pará, atua na Coordenação de Comunicação de Rádios, fala do seu amor em servir a Instituição: “Tenho 35 anos de atuação na Cruz Vermelha Brasileira - Pará. Começamos com o trabalho de prestar socorro e auxílio às pessoas no Círio através do voluntariado, mui-

Jair Bezerra

Presidente da Cruz Vermelha Filial Pará

mos agido com a máxima responsabilidade em prol da vida. É um trabalho que passo para os meus filhos. É contagiante e enriquecedor ajudar as pessoas. Já tive momentos difíceis que achei que não iria conseguir estar na Cruz Vermelha Brasileira - Pará, mas a força e a determinação, me fez presente e vencer os obstáculos para cumprir com a minha missão que é ajudar o próximo”. Abel começou como voluntário, há 35 anos ajudando a Cruz Vermelha Brasileira - Pará no Círio, fazendo o trabalho de radioamador na comunicação de um posto da CVB-PA para outro. www.festasdopara.com.br 13


NOVA METODOLOGIA

Cada ano a Cruz Vermelha Brasileira - Pará, avança mais trazendo novos métodos para dentro do Círio. Hoje tem o método de utilizar plataformas que olham por cima e enviam por rádio a localização das situações, um projeto dentro do projeto para facilitar a logística. As ações educativas nas mídias para estimular a prevenção é muito utilizado atualmente porque a nossa ideia não é fazer o atendimento dos primeiros socorros e sim a prevenção. Caso haja a necessidade de socorrer, os voluntários vão lá e fazem, estão preparados para isso. As motos macas é um projeto novo que acelera o transporte dos agonizantes, o projeto da água, da comunicação, o papel educacional 14 www.festasdopara.com.br

para fazer a prevenção para prevenção, são trabalhos altamente integrados que não são simples e dependem não só da mão-de-obra voluntária mas do apoio financeiro dos seus parceiros. A Cruz Vermelha Brasileira - Pará começou com 32 voluntários e atualmente conta 6500 pessoas. No Círio acaba sendo mais de 30 mil voluntários contando com os voluntários do Exército, Marinha e Aeronáutica. A Cruz Vermelha Brasileira - Pará diferente de outros grupos acompanha todos os 15 dias do Círio, atua nas romarias fluvial, terrestre, motoromaria, Cirio das Crianças, Trasladação, Círio, Recírio, Ciclo Romaria.

FORMAÇÃO

A Escola Santo Agostinho na Passagem Nossa Senhora das Graças que fica defronte da sede da Cruz Vermelha Brasileira - Pará, cede as salas para dar os treinamentos tanto teórico quanto prático, ensinando aqueles princípios de: Humanidade, Neutralidade, Independência, Voluntariado, Unidade e da Universalidade. A formação sempre acontece com os voluntários que vem, se inscrevem e passam a vestir o uniforme da instituição com a responsabilidade de estar usando um manto sagrado. Até os 15 anos, os voluntários tem que vir acompanhados dos pais. A primeira noção depois dos princípios éticos e humanitários é fazer um preâmbulo como proceder nos primeiros socorros em caso de acidente ou desmaio, no auxílio


FOTOS: SALIM WARRIS

O CÍRIO E A MULTIDÃO

O Círio tem uma peculiaridade ímpar na ação da Cruz Vermelha Brasileira - Pará por ser uma atividade única no Brasil e por congregar mais de dois milhões de pessoas na rua num só dia. Podemos dizer que a concentração maior está ao longo da procissão, as ruas transversais do pecurso ficam todas tomadas, é um “mar” de pessoas; todo católico as prepara para este dia, que é considerado o Natal dos paraenses .

às crianças e aos idosos que se machucam com frequência. O trabalho no Círio oportunizou momentos de reflexão entre a diretoria, funcionários e voluntários da Cruz Vermelha Brasileira - Pará, deixando de ser uma atividade para se tornar um projeto. Hoje, após cada Círio são realizadas reuniões de avaliação ainda no mês de Outubro, onde são traçadas as primeiras diretrizes para o ano seguinte. Em janeiro, na reunião de estruturação do próximo Círio, com os funcionários, já esquematizamos a maneira de como devemos

melhorar a qualidade de serviços prestados aos romeiros e orientações aos voluntários que são os atores na execução do projeto. Atualmente este projeto conta com alguns patrocinadores diretos e indiretos de ocasião, isto sem contar com a ajuda dos governos federal (Forças Armadas) estadual, através das secretarias estaduais, e o governo municipal, através das secretarias municipais.

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Para o jovem voluntário que está transportando pessoas na maca não interessa quem faz parte deste trabalho, pois para ele o importante é estas participando no Círio, ajudando as pessoas. Neste momento não tem classe social, não tem raça, não tem cor, não tem família tradicional. Todos são iguais, todos são humanos, todos são grandes voluntários.

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SOLIDARIEDADE E ESPÍRITO HUMANITÁRIO

A maioria dos voluntários que participa da Cruz Vermelha pelo Círio une a solidariedade e espírito humanitário. O trabalho voluntário se inicia na Cruz Vermelha com as aulas teóricas com um grupo. Na aula prática, além de lições de primeiros socorros, sincronia, rapidez e dedicação são quesitos importantes para que, na hora da procissão, tudo transcorra sem problemas. Ao lado cenas reais de situações vivenciadas pelos voluntários acompanhados de técnicos e responsáveis da CVB-PA

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Após a grande procissão, a equipe da logística que participa da montagem dos 21 postos de atendimento, prepara para a desmontagem de todos os postos e para recolher o material

Após a grande procissão, a equipe da logística que participa da montagem dos 21 postos de atendimento, prepara para a desmontagem de todos os postos e para recolher o material, as macas, as caixas de medicamentos, mesas, isopor, e tudo o que foi armado para retornar a sede da Cruz Vermelha, filial Pará. Até as 17 horas ficam nessa missão.

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O QUE A IMPRENSA NÃO CONTA

Após a grande procissão, a equipe da logística que participa da montagem dos 21 postos de atendimento, prepara para a desmontagem de todos os postos e para recolher o material, as macas, as caixas de medicamentos, mesas, isopor, e tudo o que foi armado para retornar a sede da Cruz Vermelha, filial Pará. Até as 17 horas ficam nessa missão. A voluntária Viviane Evellyn, 20 anos anos, que atua desde os 14 anos, atualmente é a responsável pelo abastecimento e montagem dos postos, kit de medicamentos e água, relata: “Entrei na Cruz Vermelha em 2013, tinha 14 anos e vim através de uma amiga. Conheci o trabalho da CV-PA e me identifiquei com a ação humanitária que eles desenvolvem. É um trabalho gratificante, no Círio, vemos a procissão de frente e de costas, como faço parte da logística, auxílio no transporte de medicamnetos, montagem e desmontagens dos postos de apoio. Somos a equipe que é a primeira a entrar e começar o trabalho e a última a sair, nosso trabalho inicia bem antes do Círio, com a preparação de todo equipamento necessário ao evento. Nunca participo do almoço do Círio, pois a procissão termina e nós estamos ainda acompanhando e desmontando e transportando todo o material até a sede. O que fez permanecer e estar na CV-PA é o trabalho humanitário, é o querer ajudar o próximo, é doar-se ao próximo. Nossa equipe abrange até a preparação do lanche que são doados as pessoas que são socorridas, preparados pelas pessoas mais idosas da CV-PA. São preparados 25 mil pães que são doados pelos parceiros da CV-PA. É gratificante fazer parte dessa família!” Estas são algumas de tantas histórias de voluntários que participam de coração e alma durante estes anos que trabalhamos no Círio.


Fundada em setembro de 2007, a AVABEL nasceu da necessidade dos batedores de açaí se organizarem frente à queda nas vendas ocasionada pelos rumores de que o Açaí por eles vendido, estava contaminado pelo protozoário causador da doença de Chagas. Carlos Noronha Presidente

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