Revista QShow A Revolução da Comunicação - agosto 2016

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Potencial Sul Mineiro

DZARM. lança sua primeira franquia no Brasil. p. 8 A revista para quem tem conteúdo

www.em-breve-um-novo-portal-de-conteudo-para-o-sul-de-minas.com.br

A nova realidade do consumo e da produção de informação. Capoeira Angola Conheça a tradição original que remete à luta dos negros pelo seu lugar na sociedade. p. 10

A Empreendedora Rural

Quem chega ao pódio?

Ela levantou uma fazenda que agora é referência na exportação de café. p. 42

No mundo dos negócios ganhar medalha de ouro não é tarefa fácil. É preciso muito planejamento! p. 54


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articulistas EXPEDIENTE DIREÇÃO GERAL VALMIR RODRIGUES EDITOR CHEFE DOUGLAS PAIVA

Adaiby Maria Franco Golçalves

Analista técnica do SEBRAE

Daniela Roberta Antônio Rosa

Alessandra Espanha Empresária

Socióloga

JORNALISTA RESPONSÁVEL LEONARDO MIRANDA MTB 46.302/SP DIREÇÃO DE ARTE ANGÉLICA ARAKAKI PUBLICIDADE WAGNER DE SOUZA

Felipe França Psicólogo

Juliano A Belo

José Marcos Costa

Psicologo, escritor e ufólogo

Analista Comercial e Marketing da Artyweb

REDATORES ISABELLA ALVES LEONARDO MIRANDA FOTOGRAFIA ISABELLA ALVES LEONARDO MIRANDA REVISÃO AMANDA NAVES

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Noler Heyden Flausino

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Personal trainer e membro de ISAK

DEPTO. COMERCIAL MARCELO OLIVEIRA IMPRESSÃO GRÁFICA 3 PINTI CIRCULAÇÃO SUL DE MINAS REDAÇÃO RUA LEÃO DE FARIA, 86 3º ANDAR, SALA 5 CENTRO - ALFENAS - MG CEP 37130-000

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Amanda Naves Revisora

Leonardo Miranda Jornalista

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EDITORIAL

Novos tempos, novas formas de se comunicar Por Isabella Alves e Leonardo Miranda

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internet é um divisor de águas na história da humanidade. Sua popularização revolucionou tanto o consumo quanto a produção de informação. Neste sentido, trouxemos, como assunto de capa, uma matéria que remonta o surgimento da internet, a fim de contextualizar novas tecnologias, as quais possibilitam que pessoas e grupos possam produzir e veicular informações sem a necessidade de concessões governamentais, o que acarreta uma democratização dos meios nunca antes vista. Na nossa seção rural, temos a história de Josiane Moraes, que assumiu a administração de uma fazenda da região que passou a produzir muito mais café com muito mais qualidade e, agora, atende ao mercado internacional, deixando um exemplo de empreendedorismo e de competência feminina. Ainda dentro do campo de empreendedorismo, não poderíamos deixar de falar do circo Balão Mágico, o qual conseguiu chamar a atenção de toda a cidade e também da região com uma inovadora estratégia de marketing.

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Nesta edição, apresentamos, também, a inauguração da primeira franquia da marca DZARM. pelo Brasil. A marca, que investe em moda feminina, escolheu a cidade de Alfenas como sede do seu novo projeto. Outra matéria que também merece destaque traz tudo aquilo que você precisa saber sobre a Capoeira Angola, o estilo original que remete à luta dos negros no Brasil ao longo dos séculos. Falando de tecnologia aliada à saúde, você confere uma matéria sobre uma pulseira que promete afastar de vez o mosquito Aedes aegypti, o causador de doenças como a dengue e o zika vírus. Os criadores dessa pulseira são alunos do INATEL, localizado no sul de Minas, em Santa Rita do Sapucaí. Integrando o nosso conteúdo exclusivo, ainda temos os artigos de nossos colaboradores, profissionais que se destacam em suas áreas e que vêm compartilhando seus conhecimentos com nossos leitores. Convidamos você para uma leitura prazerosa e enriquecedora. Aproveite!


QUEM ESTÁ LENDO

Quando o assunto é aprendizado, a QShow está sempre presente, cumprindo seu papel de meio de comunicação jornalística! A Laylla é uma das novas leitoras da QShow e já usou a revista para trabalhos na escola. Nossos pequenos leitores realmente dão um show de carisma! Laylla, 7 anos - Campos Gerais

Agradeço pelo convite e pelo espaço aqui na QShow. Fico muito feliz em poder falar um pouco sobre minha carreira em uma revista tão importante pra minha região. Tuca Oliveira - Músico

Estamos interessados no que você tem a dizer. Conta pra gente! :D RevistaQShow

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APRESENTA:

DZARM.

escolhe o sul de Minas para a sua primeira franquia no Brasil Por Isabella Alves

A DZARM., marca feminina que pertence ao grupo da Hering, acaba de lançar a sua primeira franquia pelo Brasil e o local escolhido foi Alfenas! A marca se relançou no mercado em 2015 com o foco nas mulheres. A marca apresenta uma linha completa, que conta com acessórios, bolsas, sapatos, até roupas de variados estilos. Além dessa nova franquia, a marca está presente em mais de 3.000 lojas multimarcas espalhadas por todo o Brasil e em duas lojas próprias em São Paulo. De acordo com Marcela Castellano, coordenadora de marketing da empresa, usar DZARM. ajuda as mulheres para que expressem todo seu poder e sua sensualidade de uma forma natural e única. E, em Alfenas, quem deu vida ao projeto da DZARM. foi a empresária Harlene Castro de Ávila, juntamente com seu marido, Jenivaldo Ávila. Ela, que já é proprietária da empresa Gift, com lojas em Areado e Alterosa, apostou na franquia como um empreendimento de sucesso, pois já era parceira da marca. A inauguração aconteceu em 4 de agosto e recebeu vários convidados especiais, como a blogueira Luciana Peres, do “Coisas de Lu”. A fashionista veio de Carmo do Rio Claro e aprovou a DZARM. em sua nova coleção. Lu comenta que a marca está criando sua identidade própria em uma moda jovem e descolada, com os looks em jeans e as estampas, mas também mantendo a classe com a alfaiataria e as camisas. Ela destaca, além disso, a qualidade dos tecidos usados e a modelagem das roupas. Visite a loja: Rua João Paulino Damasceno, 46

Confira como foi e quem compareceu à inauguração da DZARM. em Alfenas:

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1. O casal empreendedor, responsáveis pela franquia de Alfenas, Jenivaldo e Harlene. | 2. Equipe Dzarm | 3. (esq. para dir.) Eva, Harlene e sua mãe Marina | 4. (esr. para dir. ) Carla e Rosiane, representando a Gift Areado e André Novais representando a DZARM. Alfenas | 5. A blogueira Luciana Peres, com look DZARM.


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DZARM.ALFENAS RUA JOÃO PAULINO DAMASCENO, 46 ALFENAS.DZARM

@ DZARM.ALFENAS

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CULTURA

Capoeira Angola Perigosa, mas não violenta, ela representa a essência e a resistência das tradições. Por Leonardo Miranda

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om o propósito de estimu- eles: EUA, México, Costa Rica, Su- capoeira como instrumento de lar resgate e fomento da écia, Alemanha, Dinamarca, Ja- libertação de corpo e mente”, desessência tradicional da ca- pão, Rússia e Moçambique. taca o capoeirista alfenense. poeira, no ano de 1995, os mestres O capoeirista Henrique Max, A denominação “Angola” veio Jurandir Nascimento, Cobra Man- responsável pelo grupo de estu- para representar a essência das sa e Valmir criaram a Fundação dos da FICA em Alfenas e orga- tradições da capoeira após a aboInternacional de Capoeira An- nizador do evento que trouxe o lição da escravidão no Brasil. Hengola (FICA). “Nós realizamos um mestre Jurandir até o município, rique explica que, neste contexto, trabalho de preservação, o lendário mestre Pastinha valorização e difusão da continuou a defender a prá“Nós realizamos um Capoeira Angola pelo muntica tradicional da capoeira, trabalho de preservação, a qual passou a ser denomido, unindo ações sociais e culturais para promover nada de “Capoeira Angola”. valorização e difusão cidadania e desenvolvi“Os escravizados vinham de da capoeira angola pelo diversos lugares da África, mento humano”, explicou o mestre Jurandir, em visita à porém, o porto de embarque mundo, unindo ações cidade de Alfenas, quando principal era de uma emsociais e culturais para participou de um evento do presa chamada Angola. Por grupo de Capoeira Angola, conta disso, todos os escrapromover cidadania e realizado no mês passado vos eram considerados como no Rastro da Cultura Afri- desenvolvimento humano.” angolanos. É claro que houve cana de Alfenas. outros mestres angoleiros As principais sedes da FICA destaca a preocupação dos capo- antes de Pastinha, entretanto, ele concentram-se nas seguintes ca- eiristas “angoleiros” em conservar foi visionário e organizou a capitais: Belo Horizonte (MG), Sal- e manter a capoeira na sua forma poeira a fim de preservar sua esvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). original. “Nós vivenciamos a ca- sência”, pontua o capoeirista. Ele Contudo, a fundação também se poeira no dia a dia, sem submeter ainda relembra um dos célebres encontra presente em outras sete o ritual às modernidades. Conser- dizeres de Pastinha, no qual o cidades brasileiras, além de 35 vamos nossos princípios acima de mestre destaca a importância do cidades em outros países, sendo tudo e acreditamos no poder da comprometimento dos seus alu-

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Henrique Max, responsável pelo grupo de estudos da FICA ao lado de sua esposa, Natália Sampaio de Souza.

nos para a preservação do estilo: “Pratico a verdadeira Capoeira Angola e, aqui, os homens aprendem a ser leais e justos. A lei de Angola que herdei de meus avós é a lei da lealdade. A Capoeira Angola, a que aprendi, não deixei mudar aqui na academia. Os meus discípulos zelam por mim. Os olhos deles agora são os meus”. Para finalizar, Henrique volta a parafrasear o mestre Pastinha, a maior inspiração para ele e para todos os angoleiros: “Angola, capoeira-mãe, mandinga de escravo em ânsia de liberdade, seu princípio não tem método e seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista”. Henrique Max é responsável pelo grupo de estudos da Capoeira Angola (FICA de Alfenas) e professor na Associação Beneficente Cáritas de Alfenas. O capoeirista também colabora em duas outras escolas de Capoeira Angola, sendo uma na cidade de Caldas e outra em Poços de Caldas. Os interessados em saber mais ou praticar a Capoeira Angola podem entrar em contato com o capoeirista por meio do telefone (35) 99121-3007. agosto 2016

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CULTURA

Contextualizando Atualmente, a capoeira é reconhecida em todo o mundo como uma manifestação cultural legitimamente brasileira, a qual reúne música, luta e dança de maneira única. Em novembro de 2014, a roda de capoeira recebeu o título de “patrimônio cultural imaterial da humanidade” pela UNESCO. Contudo, nem sempre foi assim... Os primeiros registros da prática da capoeira no Brasil são datados do século XVIII, época em que os praticantes – africanos ou descendentes diretos – eram perseguidos pelo regime escravocrata. E não poderia ser diferente, uma vez que a capoeira nasceu do desejo de liberdade dos escravos e da esperança de sobrevivência dos foragidos. Após os primeiros registros no século XVIII, a prática da capoeira foi amplamente difundida nos quilombos para organização social, defesa pessoal e, caso fosse necessário, ataque. Além disso, a capoeira também assumia uma conotação paramilitar, sendo usada contra as forças de coerção escravocratas. Com a inviabilidade da escravidão no Brasil, principalmente devido à resistência dos negros, a abolição do regime foi inevitável, ocorrendo em 13 de maio de 1888, momento em que os escravos se viram em uma situação de absoluta exclusão social e violência. O reflexo disso na capoeira foi que, apenas dois anos depois, a prática foi proibida em todo o território nacional. Foram necessárias quatro décadas de resistência para que, em 1932, surgisse, então, a primeira academia de capoeira da história do mundo, fundada em Salvador 12

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pelo mestre Bimba, que trouxe novos elementos para a capoeira e batizou esse novo estilo de “luta regional baiana”, considerando que a capoeira propriamente dita continuou proibida até 1940. Um ano após a descriminalização, o mestre Pastinha fundou o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA), no Largo do Pelourinho (Bahia). Pastinha foi ativista pioneiro na preservação da capoeira em sua forma original, como reconhecimento às tradições e ensinamentos da época da escravidão. Com o tempo, diversos outros grupos de capoeira

tradicional passaram a adotar o nome “Angola” em seus estilos, sempre conservando a essência primária da capoeira.

Música e estilos de jogo A música, um elemento fundamental da capoeira, foi introduzida para confundir os brancos, os quais, durante muito tempo, acreditavam que os escravos estavam dançando e cantando, quando, na verdade, estavam desenvolvendo e treinando a capoeira. Mesmo assim, a música ainda determina o ritmo e o estilo dos jogos.

Pandeiro Atabaque

Caxixi

Baqueta Berimbau


"Conservamos nossos princípios acima de tudo e acreditamos no poder da Capoeira como instrumento de libertação de corpo e mente.”

Características da Capoeira Angola

Características da Capoeira Regional

A Capoeira Angola é caracterizada por ser jogada em um ritmo mais lento, utilizando muitas estratégias, movimentos furtivos, os quais são executados perto do solo ou em pé, dependendo da situação a se enfrentar. Ela enfatiza as tradições da malícia e da imprevisibilidade da capoeira original, que, em sua raiz, está ligada aos rituais afro-brasileiros, caracterizados pelo candomblé. O domínio do estilo vai muito além da coordenação motora e envolve outras características, como sutileza, subterfúgio, dissimulação, teatralização e, até mesmo, a brincadeira, para superar o oponente. É válido lembrar que as referidas características remetem à essência das origens da capoeira.

“Regional” é um estilo que foi elaborado com o objetivo de destacar o valor marcial que a capoeira estaria perdendo. Trata-se de uma capoeira tradicional mais enxuta, sem rituais, com menos subterfúgios e maior objetividade. O treinamento, voltado para ataque e contra-ataque, exige muita precisão e, acima de tudo, muita disciplina. A luta regional baiana, mesmo com as críticas sobre descaracterização, tornou-se rapidamente popular e contribui diretamente para a maior aceitação da capoeira pela sociedade.

Capoeira Contemporânea A partir da década de 70, um novo estilo começou a se popularizar ao unir fatores da Capoeira Angola e da Capoeira Regional. Mais acrobático, o estilo misto é visto, por alguns, como a evolução natural da capoeira e, por outros, como a descaracterização das tradições. Com o tempo, toda capoeira que não seguia as linhas dos estilos “Regional” ou “Angola”, mesmo as praticadas por grupos que incorporam ainda mais elementos de artes marciais, passou a ser denominada como “Capoeira Contemporânea”.

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O prodígio cresceu e, com ele, sua música O famoso menino em Muzambinho e região, que participou de programas de rede nacional, cresceu e está para lançar seu primeiro CD no Rio de Janeiro. Por Leonardo Miranda

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egundo os seus pais, desde os 3 ou 4 anos, ele já batucava em tudo que era possível! O menino batucava o dia todo, sempre cantarolando as melodias que ouvia pelo rádio. “Eu fui aquele tipo de criança que, quando entrava em uma loja de brinquedos, só queria saber dos que emitissem algum tipo de som,

imitando instrumentos. Tenho guardado até hoje um violãozinho de madeira que ganhei em uma dessas situações”, lembra Tuca Oliveira, jovem talento da música popular brasileira que viveu em Muzambinho até os 18 anos de idade. Atualmente, vive e desenvolve seu trabalho na cidade do Rio de Janeiro.

Tuca, desde criança, apresentava traços musicais em sua personalidade.

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“Juninho da sanfona” e a música sertaneja Com seis anos, quando Tuca já havia dado sinais mais que suficientes de ter nascido para a música, ele começou a fazer aulas de teclado. “Eu não tinha muita paciência para estudar as partituras das aulas, era algo bem tedioso para mim. Então, quando chegava à minha casa, eu ficava tirando de ouvido as músicas que escutava no rádio ou na televisão”, comenta o músico. Aos oito, ele já começou a tocar acordeão e isso o fez conhecido em Muzambinho e região como o “Juninho da sanfona”. “Cheguei a me apresentar em alguns programas de televisão, como o ‘Domingo Legal’ do Gugu, quando cantei com Zezé di Camargo e Luciano. Foi mais ou menos assim que comecei na música, muito influenciado pelas canções que tocavam com frequência nas rádios da minha cidade”, revela o artista.


Tuca Oliveira, jovem talento da MPB.

Meio bossa nova e rock’n’roll Depois de um primeiro contato com a música caipira e sertaneja, por volta dos 15 anos, Tuca conheceu o bom e velho rock’n’roll e, é claro, apaixonou-se. “Foi essa a época em que eu ouvi e me aprofundei na obra do Queen, dos Beatles, entre outros artistas da música internacional que sempre influenciam o meu trabalho”, pontua o músico. Não demorou e Tuca voltou a se apaixonar: desta vez, foi pela beleza inconfundível da MPB. “Foram os mestres como Milton e o Clube da Esquina, Ivan Lins, Tom, o 14 Bis, Chico, Nando Reis, entre tantos outros que também me inspiram muito”, destaca. Após a fase de desbravamento dos diferentes estilos musicais e seus muitos gênios, Tuca passou a se dedicar às suas composições, que, naturalmente, passaram a surgir incorporando essas novas influências. “Ouço muita coisa e sinto

que tudo repercute de alguma forma pelo meu processo de composição. Alguns artistas mais, outros menos, mas tudo que ouço é pertinente e me influencia em algum momento”, explica.

De Muzambinho para o Rio de Janeiro Tuca deixou muitos parentes, grandes amizades e muitas histórias em Muzambinho, sua cidade natal. Sempre que possível, ele visita o município sul-mineiro para vivenciar um pouco de toda essa inspiração. Na capital fluminense, o músico continua mostrando o seu trabalho, o que fica mais fácil ao lado dos amigos. “Fiz grandes parcerias na música. Vou citar os integrantes do Nós de Cabrália (coletivo de compositores do qual participo, juntamente com Elisa Fernandes, Paulinho Thomaz, Rômulo Ferreira, Tuninho do Roque, David Alfredo e Daniel Delavusca Rio). Não posso deixar de men-

cionar meu grande amigo Victor Cupertino, um artista maravilhoso e promissor que está lançando seu disco agora e fez uma parceria comigo na música ‘Roteiro Certo’, uma das faixas do álbum. Outro amigo que ajuda a divulgar o meu trabalho é o cantor Ricky Vallen, o qual lançará um CD com uma música minha (‘Eu, Você e as Estrelas’) e com outras duas composições nossas. Ainda há a Lidi Satier e a Vanessa Pinheiro, duas compositoras brasilienses parceiras na composição da música ‘Em Algum Lugar’, a qual foi gravada em dueto pela Lidi e pelo Cláudio Venturini, do 14 Bis”, expõe Tuca.

A estratégia O músico conta que, depois de tantas parcerias e experiências, viu que era a hora de lançar seu próprio CD. Para isso, ele optou pelo financiamento coletivo (crowdfunding) para gravar o disco de uma forma independente e, antes mesmo do lançamento, ele agosto 2016

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já havia vendido quase 400 discos. “Fiquei muito satisfeito com o resultado da campanha. É maravilhoso ver as pessoas se mobilizando por seu trabalho, seu sonho. Acho que muito do sucesso da pré-venda veio do fato de, nos últimos anos, eu ter conseguido aumentar meu público por meio da internet, mesmo tendo apenas gravações caseiras. Meu SoundCloud ultrapassou 120 mil execuções recentemente e os vídeos do YouTube também são bastante acessados (apesar de eles serem muito simples, sem grandes produções)”, explica o músico. Neste sentido, Tuca não poderia deixar de comentar a importância da internet para a divulgação de seu trabalho. “Ela é o grande veículo da minha geração e o resultado disso, para mim, é que estou gravando um disco com músicas que as pessoas que vão ao meu show já

cantam juntamente comigo. Isso é muito bom, sou muito grato ao meu público!”, expõe.

As gravações do CD O CD reunirá 10 músicas, entre as cerca de 30 já divulgadas na internet. “As músicas do meu primeiro CD são canções muito importantes na minha vida. ‘Eu, Você e as Estrelas’, ‘No Mesmo Tom’, ‘Coincidência’, ‘Caixa Postal’ e ‘Teu Bem’ são algumas delas. Todas são composições minhas, tanto letra quanto melodia, que fui compondo a partir de situações que vivenciei ou observei. Ou seja, sinto que é um disco que reflete bastante sobre mim, minha personalidade, como vejo o mundo”, revela ele, empolgado e orgulhoso de seu trabalho. Tuca destaca a emoção de gra-

var seu disco com músicos que sempre admirou. “Tem sido um grande aprendizado trabalhar com pessoas que têm uma história maravilhosa na música brasileira, como meu produtor Mú Carvalho, além do baixista Jorge Helder, do baterista Jurim Moreira e do guitarrista Ricardo Silveira. Eles tocaram (e ainda tocam) com meus ídolos e vieram gravar meu CD. É coisa de sonho mesmo!”, expõe, emocionado. A campanha de financiamento coletivo já chegou ao final e cumpriu o seu objetivo. “Tudo deu muito certo e a meta foi ultrapassada. Agora, sigo com as gravações e, após o lançamento, começam as vendas da forma tradicional, além da disponibilização em todas as plataformas de streaming”, finaliza Tuca Oliveira, cheio de boas expectativas com o seu trabalho.

Convite do artista Gostaria de convidá-los a curtir a minha fanpage, no Facebook. Lá, estou sempre postando novidades da minha carreira, andamento do meu disco, minhas canções. /tucaoliveiramusica

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As duas faces de uma moeda chamada inveja Por Felipe França

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e acordo com o dicionário online de português, o termo “inveja” constitui-se por um sentimento de cobiça, uma sensação ou vontade indomável de possuir o que pertence à outra pessoa. Também se originou da expressão “invidere” ou “invidia” que quer dizer “não ver”, “olhar torto”, como se o invejoso não visse suas bênçãos e focasse nas bênçãos do outro. O que muitos talvez não entendem é que a inveja faz parte da natureza humana, pois deriva de duas variáveis: vaidade (prazer em se destacar) e comparação (atitude em relação ao outro). Por isso, podemos dizer que a inveja faz parte de nós. Desde pequenos, comparamo-nos aos familiares ou orgulhamo-nos quando tiramos boas notas. Contudo, quando não saímos tão bem e percebemos que há outros tão bons quanto nós, despertamos a tal inveja. Muitos cases de sucesso possuem alguém como fonte de inspiração (admiração). Diante disso, encontramos a outra face da moeda: a inveja como um aspecto positivo. Por exemplo, se um amigo comprar um carro e você gastar sua energia buscando prejudicá-lo ou passar parte do seu dia pensando no sucesso conquistado por ele, você fará uso da inveja negativa. Mas, se esse amigo lhe implicar para que você trabalhe e conquiste o seu próprio carro, saiba que está fazendo uso de uma inveja positiva. Tudo se resume à forma como reagimos a esse sentimento.

Todavia, o que percebemos – o que talvez tenha potencializado o termo negativo da palavra – é em relação às ideologias voltadas para a competição (comparação). Empresas, universidades, escolas, instituições e outros meios de formação provocam em suas redes sociais uma vasta concorrência entre seus membros, não atuam pela via da admiração (inveja positiva), incentivam o pódio e somente isso. Em consequência, não encontramos amigos de classe ou de trabalho, mas, sim, concorrentes. É necessária uma formação mais humana em que mestres e professores nos provoquem a uma inveja positiva. Famílias cujos membros despertem a mais profunda admiração em seus entes. Do contrário, a concorrência, a competição e a busca cega pelo sucesso reforçarão uma inveja negativa entre os homens, tornando-os mais arrogantes e invejosos. Porquanto, diante da inveja (negativa), quem sofre não é o outro (o alvo da inveja), mas o próprio invejoso. Boa inveja a todos!

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ARTIGO | SAÚDE

O segredo Por Daniela Roberta Antônio Rosa

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xiste um segredo muito bem guardado por nós mulheres ocidentais. Um segredo que, não à toa, não é revelado para nós a não ser às custas de um grande esforço. Um esforço que cada uma de nós, motivada pelo desejo de descoberta profunda de nossas capacidades humanas, precisa fazer para chegar a uma verdade que está sendo cada vez mais acobertada por práticas e discursos que nos enfraquecem ao longo dos anos: nós sabemos parir! É esse o segredo que vem sendo guardado a sete chaves, escondido sob uma lista interminável de inverdades repetidas por leigos e profissionais da saúde, principalmente nas últimas décadas. No entanto, nós sabemos parir, sim!

Talvez pareça uma afirmação óbvia, tola até, mas não é se observarmos os números que garantem ao nosso país uma posição privilegiada em um ranking que em nada deveria nos orgulhar: o ranking dos países campeões no número de cesarianas. Os brasileiros, em mais de sua metade (56%), nascem por meio da cirurgia, um índice que chega a 86% se considerarmos a rede particular. Números que se distanciam (e muito!) daquele preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica que cerca de 15% dos nascimentos precisariam realmente de cirurgia, uma cirurgia – é preciso que fique claro! – absolutamente importante para os casos em que exista uma real necessidade, em

Culinária

BRASILEIRA & JAPONESA 3536982124

Almoço: quarta à domingo 11h às 15h Jantar: terça à sábado 19h às 23h

Av São José 229 - Campinho


“para mudar o mundo, é preciso mudar a forma de nascer” que a vida de mãe e filho dependa de uma intervenção. Mas, falando de epidemia, estamos muito longe de considerar aquilo que foge à normalidade em um trabalho de parto, pois estamos diante do uso indiscriminado de uma intervenção que deveria ser restrita. Entretanto, mesmo considerando fundamental fazer aqui e em tantos outros espaços uma discussão que aprofunde o debate sobre a importância de questionar o grande número de cesáreas às quais nós brasileiras somos submetidas, não vou me ater a este aspecto aqui neste texto. Também espero sinceramente que o debate que estes poucos parágrafos irão provocar fique distante da disputa rasa na qual, muitas vezes, esse tema é encontrado, preso ao discurso da “escolha”. Um discurso que é raso, à medida que, na maioria das vezes, nem leva em consideração que não há escolha sem informação e, defi-

nitivamente, informação é uma das primeiras coisas que nos são negadas quando buscamos um parto normal. Pasmem: 80% das mulheres, quando perguntadas nas primeiras semanas de gestação sobre como gostariam de ter os seus filhos, desejam o parto normal. Os números citados algumas linhas acima nos mostram que boa parte delas não consegue. Por isso, em se tratando de informação de qualidade, devemos pensar em informação honesta: conhecer os mitos que cercam gestação, parto e pós-parto; conhecer a fisiologia do parto; democratizar e tornar acessível às gestantes e aos familiares aquilo que, de uma forma técnica, está presente no discurso dos profissionais da área; saber, por exemplo, das reais indicações de uma cesariana; tratar, principalmente, da chegada de um ser humano ao mundo com uma forma respeitosa e individualizada. Tal qual

/RestauranteMensore mensorealfenas

o médico obstetra e pesquisador francês Michel Odent escreveu: “para mudar o mundo, é preciso mudar a forma de nascer”. Haverá quem ache que é uma afirmação exagerada. Particularmente, parece-me que o tratamento dado à chegada de um ser humano é bastante revelador daquilo que somos enquanto sociedade. E, assim como o respeitado pesquisador, também acredito ser necessária uma grande mudança!

Daniela Roberta Antônio Rosa, socióloga, educadora, fundadora e coordenadora do Materna Alfenas.


ARTIGO | FASHION

Para quem ama estar na moda

Por Alessandra Espanha

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uitas novidades acontecem em Varginha em função da chegada do shopping e as mulheres agradecem. Desde um simples passeio à solução de um presente de última hora, tudo se resolve por lá. As antenadas em moda acabaram de ganhar mais uma marca (e que marca!): Carmen Steffens nasceu com o objetivo de oferecer aos consumidores sapatos, bolsas e acessórios com um design sofisticado, desenvolvidos de acordo com as últimas tendências de moda nacional e internacional, feitos com couro diferenciado de alta qualidade, muito confortáveis. E a prova de que a marca cresce cada vez mais se encontra no vídeo com uma entrevista sobre a inauguração de mais uma nova franquia, agora na cidade de Varginha (sul de Minas), à qual você pode assistir pelo nosso portal (www.perfilwe.com.br) na editoria de estilo de vida/tendências e, também, pelo nosso canal (www. youtube.com/perfilwe). Na inauguração da nova concept store da Carmen Steffens em Varginha, Alessandra Espanha usou o macacão queridinho da coleção primavera-verão com estampa floral, recortes ousados, fendas, decote trançado e aplicações de correntes, que você confere nas fotos. Carmen Steffens de Varginha Via Café Garden Shopping (35) 3212-7745

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A história de crescimento da marca é fantástica: 1993 • Nasce a marca Carmen Steffens em Franca, interior de São Paulo. 1995 • Monalisa Spaniol assume a direção criativa da marca e lidera a equipe de estilo.

2011 É lançada a revista da Carmen Steffens, em parceria com a Vogue, e é criado o “Carmen Day”, no qual clientes (VIP) conhecem todo o processo de criação dos itens da marca.

2002 • Início da expansão internacional.

Madonna é clicada usando um peep toe da Carmen Steffens e a concept store em Los Angeles ganha o prêmio de melhor loja de calçados em Hollywood.

2003 • A grife completa 10 anos com 60 franquias no Brasil e 1 no exterior.

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1998 • Oito franquias e duas lojas próprias. 1999 • Primeira participação em uma feira internacional (em Dusseldorf, Alemanha).

2004 • Abertura da primeira loja na Europa (em Lisboa, Portugal). 2006 • A marca estreia nos EUA e é eleita, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), como a melhor franquia do Brasil. 2007 • Mariah Carey usa a marca com sapatos feitos exclusivamente para a cantora. 2008 • A marca completa 15 anos com 135 franquias no Brasil e 20 no exterior, conquistando outra celebrity hollywoodiana, Eva Longoria. 2009 • É criada a CS Teen para as meninas. 2010 • Abertura da concept store em Paris.

A marca estreia no red carpet de Cannes, na França, e inaugura sua primeira loja na cidade francesa. É lançada a Maison CS.

Paris Hilton usou scarpin com cristais para badalar na Espanha. Jennifer Lopez usou sandálias e clutch da Carmen Steffens em seu clipe “First Love”. No mesmo ano, a marca ganha o prêmio de melhor franquia (entregue pela revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios) e inaugura sua quarta loja nos EUA.


Sobre Alessandra Espanha: • Personalidade de grande influência e empresária reconhecida no ramo, ela possui uma sólida imagem construída, capaz de gerar grandes resultados para os clientes do portal (Perfil WE) e da agência (WEspanha Comunicação Inteligente) que administra. • Produtora de conteúdo da editoria de estilo de vida/tendências do portal de notícias (www.perfilwe.com.br). Em sua coluna, mostra os looks com dicas de moda e estilo de vida, além das principais personalidades da sociedade e do mundo dos negócios do sul de Minas. • Apresentadora do programa “Minuto Perfil WE”, em que apresenta dicas de vestuário, comportamento e etiqueta. O programa pode ser visto por meio do canal online (www.youtube.com/perfilwe) e, também, pela Rede Minas, nas seguintes cidades: Ribeirão Preto (TV Mais), Poços de Caldas (TV Poços), Pouso Alegre e Guaxupé. • Cerimonialista com experiência de mais de 10 anos em condução de gestão e logística em eventos sociais e corporativos.

Alessandra Espanha com look Carmen Steffens

• Empresária.

2015 Nasce a CS Club, com foco nos produtos fast fashion. A marca lança a sua linha exclusiva para os cães e gatos, estreia pela “NY Fashion Week”, realiza o segundo encontro de blogueiras pela fábrica, alcança 3 milhões de seguidores no Instagram e Facebook. Nasce o talk show exclusivo para clientes da CS.

2016 A marca apresenta sua nova coleção, no Hotel Conrad (em Punta Del Leste), com a presença de top models brasileiras. Apresenta, também, open boots, escolhidas pela revista Harper’s Bazaar para compor a capa de fevereiro.

Contatos: Fixo 35.3222.3059 | Cel.: 35.9.8825.4131 alessandra@wespanha.com.br agosto 2016

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ARTIGO | SAÚDE

Entre movimento e hipocinesia, o paradigma da tecnologia Por Noler Heyden Flausino

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lá, tudo bem? Ao longo da história da humanidade, o ser humano passou por grandes transformações, repercutindo em novas formas de viver e de perceber a vida. No começo dos anos 2000, eu li um livro que me colocou a pensar no futuro, comentando que as tendências tecnicistas mostram um mundo cada vez mais sedentário. Com muitas tecnologias nos cercando, essa situação nos coloca a refletir hoje, pois caminhamos para pontos de evolução tecnológica, mas esquecemos do nosso corpo. Vivemos na era da tecnologia, mas, do ponto de vista motor, caminhamos para a mediocridade. Matriculamo-nos na academia, mas vivemos em função de programas e aplicativos de celular. Ficamos presos aos padrões físicos e não respeitamos a individualidade. Cremos que a dimensão física é um produto imposto pela mídia. O estilo de vida das pessoas está diretamente relacionado aos aspectos comportamentais, expressos por várias situações, como consumo, hábitos, forma de vida, culturas e adaptações ao ambiente socioeconômico. Em termos culturais e educacionais, um indivíduo vai escolher entre os valores e princípios que nortearam suas atividades durante sua vida. As transformações penetram no estilo de vida das pessoas. Ao mesmo tempo em que muitos problemas nos afligem, as adaptações ao sistema mostram uma

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perspectiva diferente: família, trabalho, negócios, amor, lazer e economia se modificam e surgem novos caminhos. Nos dias atuais, vemos que a tecnologia está cada vez mais incorporada à vida das pessoas, com as mídias sociais, internet fácil, aplicativos, facilidades (como fast food), entre outros tantos que repercutem muito em nosso estilo de vida. Não sou contra tais situações, mas é preciso ter uma consciência e atentar para um mundo que caminha de uma forma diferente. Abro, aqui, um parêntese: o que, hoje, acontece com as pessoas que vivenciam tanto tal processo? Do ponto de vista do movimento humano, ouso, aqui, tentar um diálogo em relação ao desenvolvimento motor, pois os padrões motores vêm sendo alterados sob uma ótica de que as pessoas estão sedentárias e vêm alterando toda a morfologia humana em função de atividades de pouco movimento, pouco gasto calórico, dando valor aos sentimentos de preguiça e menos valia às atividades que mostram uma interação entre mente e físico. O desenvolvimento motor é entendido como as alterações progressivas de comportamento motor no decorrer do ciclo da vida. Embora as alterações motoras ocorram por toda a vida do indivíduo, a aquisição do repertório que servirá de base para as outras fases da vida ocorre no decorrer da infância. A construção do lastro de movimento eleva a consciên-

cia corporal, constrói autoestima, trabalha a cognição e dá segurança para tomada de decisões. Uma criança que é estimulada ao referido processo, com certeza, terá mais condições de entender a vida. Um adulto que vivenciou tais atividades também se percebe diferente.

SER HUMANO

DESENVOLVIMENTO MOTOR

SAÚDE


Chamo, aqui, atenção para o desenvolvimento de habilidades. Por exemplo, quanto tempo temos de Educação Física escolar? São duas vezes por semana, por 50 minutos. Vemos, hoje, os adolescentes não indo, pois essa atividade, perante a mídia, não consegue IBOPE, já que é mais fácil ir para academia e restringir o desenvolvimento motor com apenas aparelhos. Correr, saltar, combinar as atividades coordenativas não fazem parte, pois isso dá trabalho! O que uma criança ou adolescente que cresce vendo que a hora da Educação Física se resume a pouquíssimo tempo vai pensar? Se o momento destinado para cuidar e vivenciar o físico se dá em “pouco tempo”, então, a vida esta-

rá sempre a massacrar esse mesmo físico. Dessa forma, o prazer com o movimento humano virá sempre depois e nunca na hora. Esse sistema precisa ser entendido, aprimorado e elevado à condição da criança, a fim de desenvolver habilidades. Além disso, essa criança também não vai entender que o exercício físico é algo pertinente ao desenvolvimento, criando muitas barreiras e complexos na vida adulta. Na atualidade, vemos que a tecnologia rouba o tempo da criança de brincar, vivenciar o movimento humano. O menino ou a menina nem sabe falar direito, mas já mexe no celular do pai ou da mãe. Muitas crianças não estão atingindo uma maturação motora

e, provavelmente, não vão atingir devido às tecnologias evidenciadas, mesmo com o tempo de sobra para aprimorá-la. As brincadeiras e jogos em grupos vêm sendo deixados de lado; a valorização cognitiva é muito maior. Assim, a dimensão física entra em conflito e o “corpo” passa a ser visto como objeto e não como uma totalidade. As figuras abaixo ilustram bem as duas situações: na primeira, os adolescentes estão sorrindo e exercitando a autoestima e, na segunda, estão sentados, em posturas nada adaptadas à biodinâmica humana, além de introvertidos, não expressando as suas emoções. O debate em questão deve ser evidenciado na escola para uma elevação da consciência do movimento.

Comparações dos tipos de desenvolvimento motor A tecnologia é importante, mas desenvolver as habilidades e perceber o corpo em movimento são atividades fundamentais a um adulto seguro, feliz e confiante. Portanto, pense na valorização do lazer ativo e das aulas de Educação Física do seu filho, nas atividades ao ar livre... E muito cuidado com a supervalorização do celular, computador e tablets! Um forte abraço, vamos movimentar com consciência e inteligência!

VS Noler Heyden Flausino Profissional de Educação Física, personal trainer, membro de ISAK (International Society for the Advancement of Kinanthropometry), terapeuta holístico e consultor em exercícios físicos, estilo de vida e wellness.

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A nova realidade do consumo e da produção de informação. Por Leonardo Miranda

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ntes da popularização da internet, a produção de informação era restrita aos profissionais que atuavam em meios de comunicação tradicionais. Emissoras de televisão, rádio, revistas e jornais eram as únicas vias para se expressar e atingir um grande público. Essa realidade começou a mudar a partir dos anos 90, com a criação do protocolo HTTP e o surgimento do World Wide Web (WWW). Em meados da mesma década, também surgiam as primeiras ferramentas de pesquisa (ou buscadores), representadas atualmente por potências como o Google. Em 1995, surgia o ClassMates, um embrião de toda a complexidade que envolve as redes sociais atuais e que está online até hoje. É importante destacar que o surgimento da internet antecede, em mais de três décadas, o início de sua popularização. A tecnologia que, hoje, faz parte de nosso cotidiano começou a ser desenvolvida a partir de 1958, quando o exército norte-americano percebeu a importância estratégica

de uma rede de informações descentralizada, capaz de proteger as informações armazenadas em outras bases caso alguma fosse bombardeada. O marco inicial da popularização da internet no Brasil se deu em 1994. Na época, cinco mil usuários foram escolhidos para testar o “Serviço Internet Comercial”, lançado pela EMBRATEL em caráter experimental e com conexão internacional de 256 kbps. Depois disso, a internet não parou de crescer, tornando-se cada vez mais acessível. Durante a década de 2000, o mundo e o Brasil foram inundados por tecnologias desenvolvidas para potencializar ainda mais a capacidade interativa da internet. Aliados a isso, surgiram novos conceitos de aparelhos tecnológicos pensados para facilitar a conexão e troca de informações no novo mundo virtual que se popularizava. Em 2004, surgiu um novo divisor de águas na rede, o Orkut, que foi pensado para atingir o público norte-americano, mas fez sucesso mesmo em países como Índia e


Brasil (inclusive, por aqui, a rede social chegou a ter mais de 30 milhões de usuários). Simultaneamente com o Orkut, surgiu também o Facebook, que desbancou o Orkut tanto no Brasil quanto no mundo e se estabeleceu como a rede social mais popular do planeta. Ainda em 2004, surgia o podcast, que armazena em um servidor arquivos de áudio. Apenas um ano depois, em 2005, surgiu o YouTube: desde então, o mais popular site de vídeos da internet, uma tecnologia tão interativa quanto democrática, que permite que os seus usuários assistam, postem e compartilhem vídeos em formato digital em outros sites, redes sociais e blogs. Com o acesso cada vez maior à internet, as pessoas deixaram simplesmente de consumir informações e entretenimento, tornando-se produtoras. Neste contexto, os sites jornalísticos se popularizaram, ampliando consideravelmente as opções para quem busca informações. Começaram a surgir os primeiros youtubers e, mais recentemente, vemos ainda a popularização das WEB-TVs, di-

versas outras variações de redes sociais, como o Snapchat, e toda uma gama de aplicativos para os smartphones, como o Instagram, WhatsApp e Telegram, que dão sequência a uma verdadeira revolução que não tem data para terminar. Em meio a tudo isso, para não ficar para trás, os meios de comunicação tradicionais vêm se reinventando, tanto que, hoje, as emissoras de rádio, televisão, jornais impressos e revistas possuem sites e se empenham também nas produções audiovisuais voltadas exclusivamente para o formato mais consumido nas mídias sociais. De acordo com os dados divulgados neste mês de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há mais da metade dos 67 milhões de domicílios brasileiros com o acesso à internet, o que representa 54,9% do total. Os dados ainda revelam que o computador é usado para navegar na rede por mais de 76% dos domicílios, enquanto o celular é usado em mais de 80% das casas com acesso à internet.

Alexandre Ottoni (dir.) e o Senhor da Oceania Deive Pazos (esq.), do canal Nerd Office. λ, λ, λ Nerds!

Comunicadores da web Eles são conhecidos como “blogueiros”, “youtubers”, “podcasters” ou “ facebookers”, dependendo do site ou rede social que cada um deles mais utiliza para veicular suas produções. Alcançar fama e sucesso, hoje em dia, não depende mais exclusivamente dos meios de comunicação tradicionais. É cada vez maior o número de pessoas que têm se destacado no cenário regional e nacional por intermédio da internet. São tantos cases de sucesso que os jovens estão deixando de sonhar por uma carreira na televisão para fazer acontecer no mundo virtual. Independentemente do meio virtual (blog, site ou rede social), mesmo não sendo um caminho fácil, é indiscutivelmente mais acessível a oferta de possibilidades de rendimento e, acima de tudo, de muita independência. O blog “Jovem Nerd”, por exemplo, já possui mais de 2 milhões de inscritos em seu canal do YouTube (sem dúvidas, é um dos mais assistidos do Brasil). Os vídeos trazem abordagens irreverentes sobre assuntos como cinema, quadrinhos, séries, games, internet e tecnologia. Desde 2002, os criadores, Alexandre Ottoni e Deive Pazos, desenvolvem conteúdo para o Jovem Nerd, que vem se adaptando às novas tecnologias. A atração mais popular do blog é o “Nerdcast”, podcast vencedor de vários prêmios, como “The Best of Blogs”. E o sucesso do Alexandre e do Deive com o Jovem Nerd não é brincadeira, não! Tanto é que os comunicadores já foram apontados pela Época (revista) entre as agosto 2016

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Julia, do canal "Jout Jout Prazer" em seu video sobre coletor menstrual, o copinho tão amado pelas mulheres. :) Jout Jout conquistou o coração dos brasileiros quando falou sobre relacionamentos abusivos em seu canal. O vídeo "Não tira o batom vermelho" já tem mais de 2,000,000 visualizações.

cem pessoas mais influentes pelo Brasil, bem como duas das 25 pessoas mais influentes da internet. Outro exemplo bastante conhecido no cenário dos youtubers brasileiros é Felipe Neto, que, desde 2010, é sucesso na rede. Ele foi o primeiro a conseguir um milhão de assinantes em seu canal do YouTube no Brasil, tornando-se um fenômeno nacional, com vídeos que traziam abordagens descontraídas e, ao mesmo tempo, críticas sobre diversos assuntos. Com um linguajar jovem e popular, Felipe Neto conquistou uma legião de fãs, sendo o primeiro a atingir um milhão de seguidores por aqui. Para falar de alguém que estourou mais recentemente, ninguém melhor que a Jout Jout, do canal “Jout Jout, Prazer”. Com 24 anos de idade, ela se destacou em um cenário mais concorrido, no qual diversas pessoas já possuíam canais com milhares de inscrições. Mas, graças à sua espontaneidade, descontração, simpatia e abordagens inovadoras, ela conseguiu seu lugar ao sol e se transformou em um grande sucesso nacional. Hoje, já soma quase um milhão de inscritos em seu canal. 30

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Já o “Ana Maria Brogui”, do youtuber e chefe de cozinha Caio Novaes, foi o primeiro canal de culinária do Brasil. Ele teve tanto sucesso que, hoje, já são mais de dois milhões de inscritos e interessados nas dicas de culinária. Tudo é pensado para mostrar, de uma maneira descontraída e envolvente, que cozinhar não é tão complicado assim. O “Canal do Pirula”, com quase meio milhão de inscritos, possui uma abordagem mais politizada. Segundo ele, na descrição do ca-

nal, trata-se de um “canal voltado às coisas que mais me interessam: ciência, religião e evolução. E comédia também, porque rir ainda é o melhor remédio!”. O canal do jovem Pirula faz parte do “Science Vlogs Brasil”, selo colaborativo de qualidade que reúne os divulgadores de ciência mais confiáveis do YouTube (Brasil). O canal “Porta dos Fundos”, de uma produtora de vídeos de comédia para a internet de mesmo nome, possui um formato que exige muito mais produção, cria-

O "Canal do Pirula" faz parte do Science Vlogs Brasil, um selo de qualidade colaborativo que reúne os divulgadores de ciência mais confiáveis do Youtube Brasil.


tividade e talento do elenco. Os vídeos trazem um humor diferenciado e, desde 2012, não param de inovar, dando uma nova cara para a comédia brasileira. Trata-se de um verdadeiro fenômeno nacional de público e crítica, que conquista pessoas de todas as idades e já soma mais de 12 milhões de inscritos. Graças ao sucesso do programa, que estreou pelo YouTube em 2012, os integrantes ficaram em evidência, atuando em diversos filmes, programas da televisão aberta e fechada, bem como assinando contratos com grandes emissoras. A verdade é que não faltam exemplos de sucesso, pessoas que fizeram fama e fortuna na internet, talentos descobertos pelo próprio público, comunicadores que se dedicam às mais variadas áreas (moda, alimentação, espiritualidade, autoajuda, exercícios

físicos e toda uma infinidade de temas com incontáveis abordagens). Inclusive, o sul de Minas também está repleto de comunicadores que sonham em ter êxito na internet.

Sucessos da web sul-mineiros Em nossa região, também começam a despontar comunicadores da web. Em nossa 24ª edição, trouxemos uma matéria sobre o blog “Beleza Teen”, que surgiu em Varginha, em 2013, por meio de brincadeiras. Na época da publicação da matéria, em abril deste ano, o canal do YouTube das jovens irmãs Nathany, de 12 anos, e Mariany Petrin, de 13, possuía pouco mais de um milhão de inscritos. Atualmente, já são mais de um milhão e meio. As irmãs tra-

As irmãs Nathany e Mariany da cidade de Varginha, fazem sucesso no Youtube e em outras redes sociais. Leia a matéria completa na # 24 da Revista QShow.

zem uma abordagem engraçada de tudo aquilo que envolve o dia a dia das garotas de suas idades. “Sempre gostamos de gravar, de imitar repórteres na frente da câmera e outras coisas, mas nunca postávamos, até que resolvemos postar um vídeo sobre maquiagem e as pessoas gostaram”, explicam as referidas irmãs. Como o sucesso era muito, o que exigia cada vez mais das meninas, a mãe, Valquíria Petrin, decidiu dedicar seu tempo integralmente ao blog das filhas, participando de todo o processo de produção e veiculação. O canal de Marina Azze, que também é de Varginha, traz vídeos divertidos e cheios de informações relevantes sobre o mundo da moda, maquiagem e beleza, tudo feito pela própria atriz e blogueira, que já possui experiências atuando na mídia tradicional. Nas produções, Marina testa, em si mesma, diversos produtos de beleza. Marina conta que resolveu trazer o seu trabalho para a internet depois de ver o potencial da rede, enquanto ela ainda trabalhava em uma emissora de televisão tradicional. “A televisão dá glamour a tudo. Na internet, a gente é mais a gente mesmo, pois ela abre portas da nossa vida mais simples, aproxima os seguidores e dá maior liberdade na comunicação. Isso me encantou demais e foi o motivo que me fez vir para o blog. E o blog trouxe a vontade do YouTube”, expõe a blogueira. Marina conta que não foi fácil se adaptar à realidade imediatamente, pois precisou estudar e se dedicar ao máximo, já que havia voltado a ser anônima na internet. “Tive que começar tudo do zero. Mas, de repente, aparece-

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“A quantidade de blogueiras que falam de moda, sem nunca ter participado desse mercado, é de impressionar. Quem entende mesmo do assunto tem menos espaço pela internet do que quem não entende. Ou seja, será mesmo que as pessoas estão atrás de informação ou querem apenas uma companhia para sua solidão?" Marina Azze é atriz e blogueira, influenciadora no cenário de moda, maquiagem e beleza da cidade de Varginha MG.

ram os fã-clubes e vi que estava no caminho certo. O melhor disso é que tudo é feito pelas minhas próprias mãos”, explica Marina. Além disso, a blogueira destaca que foram necessários investimentos como programas, iluminação, estúdio de edição e produtos. “É um público fiel, pois eles realmente sabem que eu testo os produtos, eles acompanham os testes. Então, quando falo sobre algum produto no YouTube, quem assiste sabe que é realmente bom, daí o produto acaba na prateleira”, comenta. Mesmo possuindo mais de 25 mil inscritos, Marina expõe que ainda não conseguiu muito dinheiro diretamente do YouTube. Contudo, indiretamente, seu canal já gera receita graças às parcerias com lojas que oferecem os produtos por ela testados. 32

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“As pessoas têm essa ilusão de que vão ficar milionárias rapidamente no YouTube. É como qualquer trabalho: um passo de cada vez. O YouTube dá mais trabalho (ao contrário do que muita gente pensa) do que muitos empregos por aí. Por isso, muita gente desiste no meio do caminho. São muitos investimentos e dedicação”, argumenta a blogueira. São doze horas diárias de dedicação ao blog e ao canal. Marina está o tempo todo fazendo contratos, escrevendo posts, testando produtos, gravando ou fotografando. “Uma vez na rede, nunca mais você sai de casa sem ‘trabalhar’. O trabalho influencia o seu jeito de vestir, a forma como fala, seu comportamento em todos os lugares. As pessoas te notam. São necessários fatores como respei-

to, muita responsabilidade com as empresas que se associam ao seu nome e, o mais importante de tudo, carinho com quem te segue”, destaca. A blogueira está com boas perspectivas e pretende atingir 100 mil inscritos em seu canal até o final do ano. Marina destaca que alterações recentes no YouTube dificultaram o acesso dos seguidores, o que complicou a divulgação dos trabalhos. “Entretanto, enquanto a confiança dos meus leitores permanecer como está agora, estará valendo toda a pena. A propósito, você que me lê por aí já se inscreveu? Então se inscreva aí: www.youtube/marinazze. Já? Vamos, estou te esperando!”, convida Marina Azze.

Sites de notícias “Alfenas Hoje”, o primeiro da região. Em maio de 2007, surgia o “Alfenas Hoje”, site de notícias com abordagens jornalísticas que atualmente conta com mais de 300 mil visualizações ao mês. Segundo o jornalista Alessandro Emer-


Marcos Vieira (dir.) Magaiver e (ers.) - sócios proprietários GMinas e Denise Modeira, repórter e apresentadora do canal.

gente, editor e um dos fundadores do portal de notícias, o Alfenas Hoje foi o primeiro portal com notícias diárias de Alfenas. Inclusive, cidades maiores na região (como Pouso Alegre, Passos, Varginha) só passaram a ter veículos jornalísticos online depois. “Esse pioneirismo fez com que muitos veículos na região adotassem o Alfenas Hoje como parâmetro. Contudo, o mais importante é que a ferramenta seja utilizada com o foco no leitor, ou seja, sem os interesses paralelos”, explica o editor. Emergente lembra que a recepção foi bastante positiva, com aceitação não somente do novo meio de comunicação (pela possibilidade de imediatismo), mas, sobretudo, da linha editorial adotada. “A oportunidade de expressar e de opinar em relação aos fatos da cidade também foi algo que propiciou uma aceitação dos leitores, os quais não tinham essa

possibilidade na mídia tradicional”, completa. O jornalista ainda destaca a proximidade como um dos fatores que atraem o interesse do leitor. “Nesse sentido, a necessidade e a vontade de obter informações sobre a sua cidade, sobre a sua região, são combustíveis para a existência desses sites, que têm se proliferado nos últimos anos”, argumenta. Após uma gradual aceitação do mercado, hoje, os empresários sabem que não podem deixar as suas marcas fora do universo online e isso está garantindo os anunciantes que viabilizam a continuidade desses meios de comunicação. O editor do site do Alfenas Hoje destaca que a informação deixou de ser exclusividade de uma parcela minoritária de veículos atrelados ao poder econômico. “Os sites de notícia oferecem pluralidade, o que é fundamental em uma democracia. Assim, é possí-

vel quebrar o monopólio da informação, oferecendo pluralidade ao noticiário, isto é, oferecendo um olhar diferente em relação aos fatos ou, até mesmo, tornando visível o que o poder econômico conseguiria manter escondido dentro de outra realidade”, destaca ele.

WEB-TV: GMinas Pioneirismo em um novo conceito de televisão. As WEB-TVs já possuem um contexto um pouco diferente, uma vez que buscam oferecer a diversidade de conteúdo presente na televisão aberta. Em Guaxupé, a GMinas TV chegou com tudo não só para a cidade, mas para toda a região. Segundo Marcos Vieira, o sócio-proprietário da empresa GMinas, os acessos não se limitam à cidade e região, atingindo pessoas em outras regiões e até em outros países. agosto 2016

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Tudo começou há cerca de três anos, quando Marcos Vieira apresentou o projeto para Weliton Vagner, que trabalhava junto com ele em uma emissora de televisão regional. Weliton, que é conhecido como “MacGyver” (por se aventurar para conseguir imagens), e Marcos deixaram seus empregos para acreditar em um novo campo para a região. “Como a minha intenção era criar a primeira WEB-TV da região, não perdi tempo! Fiz uma boa parceria e encaramos o desafio”, explica Marcos. Os sócios já haviam comprado uma câmera, mas foi preciso correr atrás dos equipamentos necessários para começar com uma excelente qualidade de imagem e som. “Assim que estava tudo pronto, nós passamos a ficar em cima da notícia e os resultados vieram rapidamente. Focamos no que queríamos apresentar para o público e a questão financeira foi se resolvendo com um número cada vez maior de visualizações, pois conseguimos chamar a atenção da população e dos anunciantes que acreditam no nosso trabalho para divulgar suas marcas”, expõe o sócio-proprietário. A WEB-TV, hoje, já possui um estúdio ainda mais estruturado do que o primeiro e outras quatro câmeras. A equipe profissional, além de Marcos e “Magaiver” (MacGyver), que sempre colocam a mão na massa, é composta por: Denise Madeira, João Paulo Angelini, Maicon Silva, Jonathan Vieira e Renato Pessan. Todos os equipamentos e pessoal garantem a qualidade não somente das reportagens realizadas, mas, também, dos institucionais e dos programas da GMinas: “Caravana sertaneja”, “Nos bas34

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tidores” e “Em defesa da fé”. “São programas dinâmicos, pensados e desenvolvidos para preservar o dinamismo da internet. Nada de produções longas demais: usando um roteiro simples, é possível deixar os programas mais interessantes, curtos e fáceis de carregar, indiferentemente da qualidade da internet dos usuários”, completa Marcos. A prova do sucesso e aceitação desse novo formato de televisão fica evidente pelo número de seguidores da televisão. Até a publicação desta matéria, a GMinas contabilizava cinco milhões de visualizações em seu canal no YouTube. “Hoje, contabilizamos cerca de meio milhão de acessos mensais pelo nosso site. Tudo isso, atribuo à atualidade e à qualidade das matérias que nós produzimos”, destaca Marcos Vieira.

Thaís Leocádio, blogueira há cinco anos do "Ratas de Biblioteca".

Entre a mídia tradicional e a web A blogueira Thaís Leocádio, há cinco anos, desenvolve o blog literário “Ratas de Biblioteca”, juntamente com sua irmã, Amanda. O conteúdo consiste em oferecer resenhas de livros que as irmãs leram. Thaís é natural de Areado. Atualmente, sua família vive em Alfenas e ela estuda Jornalismo em Belo Horizonte. Ela revela que o blog é sua paixão, mas não pode depender dele financeiramente. “Trabalhar (e receber dinheiro!) produzindo conteúdo independente na internet exige muito tempo e muito esforço. E, no momento, eu não posso me dedicar tanto. Por isso, eu reconheço o va-


lor do trabalho de quem consegue chegar lá. Além de toda a exposição, é muito difícil inovar com tanto material já postado por aí. E, para se destacar, é preciso fazer diferente”, observa a jovem blogueira e estudante. Thaís, que já estagiou em grandes emissoras da capital mineira, comenta que, hoje, tudo está interligado, com veículos tradicionais atentos para as inovações. “Quando trabalhei em um veículo tradicional, como eu estagiava no site, estava diretamente lidando com a internet. Mas, mesmo os programas de televisão, as novelas, os telejornais, todos os formatos contam com a internet para aproximar o público do conteúdo, receber feedback, gerar uma interação direta”, pontua ela. A universitária conta que pretende continuar com seu blog como hobby. Já quanto ao futuro profissional: “Eu me vejo contando histórias em meios tradicionais de comunicação mesmo. Mas, de toda forma, eu precisarei da internet”, expõe Thaís.

Responsabilidades Marina Azze lembra que, ao mesmo tempo em que a internet democratiza a produção de informação, ela também cria a necessidade de mais discernimento dos consumidores desse conteúdo. Marina Azze adverte que existe muita gente sem a menor informação, espalhando informação errada e, o mais preocupante disso, com milhares de seguidores. “A quantidade de blogueiras que falam de moda, sem nunca ter participado desse mercado, é de impressionar. Quem entende mesmo do assunto tem menos

espaço pela internet do que quem não entende. Ou seja, será mesmo que as pessoas estão atrás de informação ou querem apenas uma companhia para sua solidão? Tem muita maquiadora que nunca fez cursos de maquiagem ensinando a maquiar...”, observa, além de completar advertindo que isso tem sido uma constante. “Um monte de gente sem conteúdo criando conteúdo sobre o que nem sabe. Uma loucura! É tão forte a ilusão criada com os seguidores que as marcas se renderam a isso (não por ter conteúdo, mas, sim, por ter seguidores). Não sei... Sinto falta de conteúdo na maioria dos geradores de conteúdo. Meus youtubers preferidos não têm tantos seguidores. Os blogs que interessam a mim não são os mais acessados. É como na televisão: tem muita celebridade e pouca gente que faz arte”, comenta a blogueira. Thaís Leocádio complementa pontuando que a internet é como uma faca de dois gumes. “Assim como é possível aprender, estudar, conhecer pessoas legais, trabalhar, é também possível produzir boatos e difamações, praticar crimes virtuais e mais um monte de coisas ruins. Tudo na vida tem que ser usado com equilíbrio. O mundo virtual não é diferente!”, afirmou a estudante de Jornalismo e blogueira. Alessandro Emergente, do site do Alfenas Hoje, pontua a importância da informação de qualidade para fidelizar os leitores em seu portal de notícias, uma vez que o público desse tipo de meio virtual tem mais consciência da credibilidade da informação. “A garantia da longevidade passa necessariamente pela seriedade com que se trata a informação. A credibili-

dade, assim como em qualquer outro meio, continuará sendo o maior legado a ser conquistado”, conclui Emergente. Marcos Vieira, sócio-proprietário da GMinas, destaca que o conteúdo da sua WEB-TV é de cunho jornalístico, trazendo reportagens sobre os acontecimentos da cidade e região, sempre com independência e imparcialidade. “Desenvolvemos um trabalho desvinculado de conchaves políticos, pois a informação de qualidade é nossa meta. Por isso, preocupamo-nos em trabalhar cada vez melhor o setor comercial da empresa para continuarmos crescendo independentes”, explica o sócio-proprietário da WEB-TV. Mesmo com tanta tecnologia ao alcance de um toque, as mudanças influenciadas pela internet e novas tecnologias, em relação à maneira como produzimos e consumimos informações, estão apenas no início. É um cenário que demanda responsabilidade não apenas daqueles que consomem informações, mas, também, daqueles que as produzem, pois sobre a atual realidade se edifica todo um novo contexto informativo. Assim, é preciso ter sempre em mente que a liberdade de expressão demanda responsabilidade sobre aquilo que se expressa. Como abordamos uma questão muito ampla e que está em constante modificação, estaremos dando continuidade à abordagem em futuras edições, trazendo matérias como meios de informação e indivíduos que estão trilhando esse novo caminho no universo da comunicação. Fique ligado nas próximas edições. A QShow virá com novidades!

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ARTIGO | UFOLOGIA

Foram mesmo os deuses astronautas? Por José Marcos Costa

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o ano de 1968, o arqueólogo amador e escritor Erich von Däniken publicou um interessante livro, intitulado “Eram os deuses astronautas?”. O autor falava, em sua obra, sobre supostas ligações envolvendo as grandes pirâmides do Egito, as grandes pirâmides incas no Peru, as assombrosas linhas de Nazca, as tumbas maias em Palenque com os seus estranhos desenhos, os misteriosos moais da Ilha de Páscoa e outras intrigantes construções antigas, apresentando a ideia de que todas essas obras teriam uma origem relacionada à visita de alienígenas na Terra há muitos anos e que a humanidade, ignorante em relação ao que esses seres seriam, os teria tratado como se fossem seus deuses. Na época, o livro não fez sucesso algum no mercado editorial europeu em que foi lançado. Todavia, quatro anos mais tarde, quando chegou às livrarias norte-americanas, a obra começou a chamar atenção de leitores que apreciavam histórias de mistério e teorias da conspiração (lembremos que, naqueles anos, a Guerra Fria estava no auge e o assassinato de John Kennedy ainda era um dos assuntos mais comentados pelo povo estadunidense. Sendo assim, para o livro chegar à comunidade ufológica americana, foi um estalo de dedos e, claro, tudo que faz sucesso lá também fará pelo resto do mundo. Isso fez com que Däniken se tornasse, então, o autor de um dos maiores best-sellers de todos os tempos, vendendo mais de um milhão

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Segundo Erich von Däniken (1), na escultura de pedra (2), o imperador maia Kulkucan está pilotando uma nave.


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Crédito: The History Channel

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3, 4 - As misteriosas linhas de Nazca são geoglifos muito antigos localizados no deserto de Nazca, ao sul do Peru. Em 1994 foram reconhecidos como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, e recobrem mais de 1000 km². No Google Maps você pode localiza-las nas coordenadas -14.725833, -75.148611. 5 - "Da série Alienígenas do Passado que estreou no The History Channel. O programa apresenta hipóteses de antigos astronautas e propõe que textos históricos, arqueologia e lendas contêm evidências de contato humano-extraterrestres."

de exemplares por ano durante mais de duas décadas. Assim, estava inaugurada a era dos “alienígenas do passado”, teoria aceita pelos mais diversos ufólogos e explorada ao máximo por figurinhas carimbadas na televisão paga, como o ufólogo e apresentador de programa Giorgio A. Tsoukalos, o cara do cabelo arrepiado. Bom, a verdade é que Däniken, malandrão, exagerou em muitos dos fatos, manipulou informações, distorceu coisas e inventou algumas outras enquanto escreveu a sua teoria. Novamente, não vou explicar o que é verdade e o que é mentira em “Eram os deuses astronautas?” por aqui, neste artigo, porque não há espaço bastante. No entanto, mesmo com tanta manipulação, não há como negar que a tese faz sentido. Eu, pes-

soalmente, acredito que os alienígenas nos visitaram no passado, sim, assim como nos visitam hoje, porém, não, eles não construíram as pirâmides, mas inspiraram seus construtores humanos, como muitos dos relatos sobre divindades antigas realmente são avistamentos de óvnis ou até contatos imediatos. Procurem na Bíblia Sagrada (Ezequiel, capítulo 1: 4-28), no Bhagavad-Gita, livro sagrado do hinduísmo (capítulo 11: “A visão de Arjuna”), ou, ainda, no grande hino ao deus Aton dos egípcios, sendo considerado como a primeira oração escrita pelo homem para um deus monoteísta. Tirem suas próprias conclusões. Disso tudo, fico intrigado em imaginar o que aconteceria nas mentes de milhares de religiosos fundamentalistas e suas crenças absolutistas se um dia os aliení-

genas novamente decidissem revelar sua existência abertamente a nós humanos. Que colapso isso causaria a essas pessoas de fé conservadora! O Papa Francisco já pronunciou que batizaria “até os aliens” e pessoas pelo mundo todo de diversas religiões que acreditam na existência de vida inteligente fora da Terra, o que me parece ser um bom sinal para que um dia “o povo que veio do céu” novamente se revele para nós daqui da Terra.

José Marcos Costa

é psicólogo, escritor e ufólogo. jose.cognitivo@yahoo.com.br

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TECNOLOGIA

Tecnologia contra o Aedes aegypti Alunos do INATEL criam pulseira que promete repelir o tão temido mosquito. Por Isabella Alves

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dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya, doenças transmitidas pelo temido mosquito Aedes aegypti, ainda são recorrentes em nosso país e uma preocupação constante de toda a população. Com a comoção geral causada por essas doenças e com o crescente número de infectados pelo Aedes aegypti no país, um grupo de estudantes preocupados no Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL) decidiu agir, criando a “PulseTech”, uma pulseira que promete espantar para longe o “mosquito da dengue”. A ideia do projeto surgiu no primeiro semestre de 2016, durante uma aula de empreendedorismo no INATEL, com sede no sul de Minas Gerais, em Santa Rita do Sapucaí. Nessa aula, a intenção era propor uma solução que melhorasse a qualidade de vida no planeta. Foi, então, que os alunos Danilo Germiniani e Danilo Ferreira, graduandos de Engenharia de Computação, e Beatriz Medeiros e Eduardo Teixeira, graduandos de Engenharia de Controle e Automação, pensaram sobre a PulseTech. “Até então, tudo o que tínhamos era a ideia e a vontade de torná-la real. Acreditando nessa ideia, inscrevemo-nos para o primeiro ‘Crowdworking’ do Brasil, uma parceria entre INATEL, 38

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Equipe da PulseTech: alunos do instituto localizado no sul de Minas, responsáveis pelo projeto.

Ericsson e Telefónica Open Future. Hoje, fazemos parte das 20 empresas que foram selecionadas para o programa”, conta a equipe para a Revista QShow. A pulseira, que tem a previsão de chegar ao mercado até o início de 2017, possuirá um circuito emissor de uma frequência ultrassônica variada que é audível apenas pelo mosquito. Essa frequência causa desconforto ao Aedes aegypti, fazendo com que ele se afaste da área alcançada pela onda sonora. Para alcançar o resultado ideal, foram realizadas diversas

pesquisas e tentativas, chegando a uma boa frequência contra o mosquito. A pulseira será recarregável, com indicadores de nível de bateria e uma duração aproximada de 76 horas, além de ser resistente à água, proporcionando maior conforto no dia a dia. A média de preço é de R$60,00, mas os pesquisadores estão buscando preços acessíveis para que os benefícios da pulseira sejam desfrutados por uma grande parte da população. Pensando nisso, a intenção é de firmar parcerias com redes comerciais e sites online,


com vendas em qualquer região do Brasil. Contudo, a preocupação dos alunos empreendedores vai além de lançar um produto exclusivo no mercado. A equipe da PulseTech queria contribuir, de alguma forma, com a segurança da população brasileira, que é constantemente ameaçada por doenças transmissíveis pelo mosquito Aedes aegypti, que se torna mais resistente a cada ano e tem sofrido importantes mutações que dificultam ainda mais seu controle, aumentando muito o número de infectados. A equipe explica que “a PulseTech pretende devolver ao usuário a tranquilidade que foi tirada pelo mosquito, garantindo eficiência e praticidade para que ele se sinta protegido e, ao mesmo tempo, li-

A pulseira emite uma frequência ultrassônica que repele o mosquito.

vre para viver normalmente. Um dos nossos principais objetivos é garantir a vida”. Além disso, um ponto interessante levantado pela equipe foi acerca das vantagens da pulseira para um dos grupos mais expostos aos riscos das doenças (principalmente do zika vírus): o das grávidas. Foi realizada uma pesquisa em que as futuras mães relataram que não se sentiam confortáveis com repelentes

comuns, pois eles devem ser usados, em média, de 4 em 4 horas para garantir uma maior proteção e são produtos químicos que geram receio quanto à saúde da mãe e do bebê. A PulseTech chega com uma proposta inovadora no mercado brasileiro, sendo uma alternativa limpa, eficaz e agradável e permitindo que as mães e o restante da população estejam com proteção em qualquer lugar.

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NEGÓCIOS & EMPREENDEDORISMO

A grande sacada circense

O que os artistas do circo perceberam que muitos empresários não querem enxergar? Por Leonardo Miranda

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ntigamente, a chegada do circo, por si só, já configurava um grande acontecimento e mobilizava a cidade. Muitos moradores corriam até as portas e janelas para ver o que o circo tinha a oferecer. Todos olhavam admirados para aqueles ônibus e caminhões, tão velhos quanto cheios de alegria. Tudo aquilo trazia entretenimento para os entediados moradores das cidades da região, que eram ainda menores que hoje. Quando o jipe fantasiado de locomotiva de brinquedo cortava as ruas de terra e paralelepípedos das cidades, as crianças corriam atrás e juntavam os tão desejados cupons de desconto. As décadas passaram, os tempos mudaram e, para o bem ou para o mal, a cultura também mudou. E mudou muito, tanto que, hoje em dia, os critérios da população são outros. Mesmo que enfeitados, as pessoas não se iludem mais com veículos velhos. Ninguém espera muita coisa de um circo sem recursos para divulgar seu espetáculo. Entretanto, alguns circos vêm acompanhando todas essas mudanças, afinal, o espetáculo não pode acabar! Atualmente, existem exemplos de 40

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circos de renome nacional e internacional que oferecem um grande show de criatividade amparado pela mais alta tecnologia de imagem, luz e som. Até mesmo os circos mais próximos do cotidiano da região já vêm se reinventando para continuar impressionando o “respeitável público”. Um exemplo disso aconteceu em Alfenas, com a visita do Circo Balão Mágico. Os proprietários deixaram de usar o velho jipe disfarçado de trenzinho, tiveram uma boa sacada, investiram em publicidade e... sucesso! O resultado não poderia ser outro: o Balão Mágico conseguiu ser o comentário do momento em uma cidade com mais de 70 mil habitantes, mesmo em meio a todas as opções de entretenimento existentes hoje em dia. Durante os primeiros dias, os alfenenses não falaram em outra coisa. Filas se formaram na porta do circo e os espetáculos ficaram lotados. Com o sucesso, o circo ganhou destaque em vários meios de comunicação locais, como sites de notícias, jornais impressos e também a emissora de televisão. Sobre a popularidade nas redes sociais... Bom, não teve quem não viu alguma postagem de algum amigo que foi ao circo. Resultado: toda essa mídia espontânea trouxe ainda mais sucesso.

Todavia, como foi que os artistas do circo chamaram tanto a atenção dos alfenenses? Eles fizeram uma entrada triunfal, como os circos faziam antigamente. Chegaram com tudo mesmo! Porém, para chegar com tudo hoje em dia, eles anunciaram o espetáculo com um carro da marca e da cor que muitos desejam: um Camaro amarelo. Isso sem contar o outro meio de transporte que pouquíssimos brasileiros possuem: um avião. Esses dois elementos instigaram a confiança e a curiosidade da população. Todos esperavam um grande espetáculo do “circo do Camaro amarelo”! Tal foi a grande sacada do Balão Mágico: uma excelente estratégia publicitária, digna dos artistas dos picadeiros que precisam se reinventar para manter a arte circense sempre viva. Sei que essa história já é velha. Mas, não importa, relembro tudo isso apenas para deixar duas questões em aberto:

1. Se ninguém confia em um circo

que não investe na divulgação de seu espetáculo, será que os consumidores confiam em uma empresa que não investe na divulgação de seus produtos e serviços?

2. Se os artistas do circo usam

meios de transportes mais condizentes com o mundo contemporâneo e fazem sucesso, será que os empresários não deveriam procurar os meios de comunicação com as mesmas características?

Fachada do circo Balão Mágico e seu comentado camaro amarelo.


NEGÓCIOS & EMPREENDEDORISMO

A empreendedora rural Depois de atuar em uma grande empresa, ela encarou o desafio de levantar uma fazenda que, hoje, é exemplo de rentabilidade na região. Por Leonardo Miranda

Josiane Moraes, que assumiu a administração da Fazenda Santa Cruz.

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la representa um novo conceito de produtor rural: uma mulher empreendedora, com conhecimento de produção, visão de negócios e consciência de mercado. Formada em Administração de Empresas e Direito, pós-graduada em Processo Civil, ela se transformou em uma gestora na produção de café que atua em um mundo globalizado, produzindo no sul de Minas para atender ao mercado internacional. Uma história iniciada em meados de 2008 que prova que o potencial empreendedor feminino não tem limites. 42

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O plantio Ao assumir a administração da Fazenda Santa Cruz, localizada entre as cidades de Paraguaçu e de Machado, Josiane Moraes aceitou um novo desafio em sua vida. “Antes de 2008, eu só costumava visitar a fazenda nos finais de semana, apenas para passear. Depois, quando fui administrar, lembro que pedi a movimentação financeira e outras informações sobre a produção. Tudo que recebi foi apenas um caderninho com algumas anotações”, conta Josiane. Mesmo com a experiência

de 15 anos atuando em uma das maiores empresas de produtos alimentícios do país, Josiane teve que sair em busca da matéria-prima básica para o sucesso em um novo ramo: conhecimento. “Eu precisei começar do zero. Corri atrás e aprendi tudo sobre cultivo, mais métodos de plantio, manejo e colheita. Passei a entender mais sobre o maquinário agrícola e também sobre o mercado cafeeiro. São conhecimentos que, em grande parte, devo ao engenheiro agrônomo Guy Carvalho, excelente profissional e grande amigo”, conta Josiane.


Da direita para esquerda - Lucas Alves, Irene Vieira da empresa Atlântica Coffe Trading e Rogério Nery, representante Lucaffé em visita à fazenda .

De acordo com os registros da propriedade, antes da gestão de Josiane, a fazenda colhia, no máximo, 25 sacos de café por hectare. A colheita era 60% mecanizada e 40% manual e toda a produção só poderia atender ao mercado regional, realidade que começou a mudar quando a administradora escolheu o rumo que daria para a fazenda: voltar sua produção de café para atender a um mercado mais rentável, isto é, ao mercado externo. “Foquei meus esforços para valorizar a produção e vi que precisaria atender criteriosos requisitos para conquistar certificações de propriedades necessárias para o nosso café ser aceito no exterior”, explica Josiane. Ela pontua que os seus compradores só se interessam pelos produtos feitos com responsabilidade. “Lá fora, eles sabem que a qualidade final de qualquer produto depende diretamente do comprometimento de toda a cadeia produtiva com questões de segurança alimentar e preocupações socioambientais”, completa.

O manejo Aproximadamente seis meses de trabalho da administradora bastaram para a fazenda conquistar seu primeiro certificado de qualidade: o “Nucoffee”. No ano seguinte, houve mais um certificado: desta vez, o “UTZ”. Em 2011, foi a época de garantir o “Certifica Minas”. Em 2013, a conquista foi dupla, pois foram dois certificados, sendo eles: “4C” e “BSCA”. Em 2014, veio a maior de todas as conquistas: a certificação de propriedade “Rainforest”, um dos mais criteriosos certificados do ramo

alimentício do planeta. Com tantas certificações, fica mais que comprovada a excelência do trabalho voltado para melhorar a produção, valorizando os funcionários e respeitando o meio ambiente. “Possuímos mais de 20% de área de preservação. Essas áreas estão distribuídas no entorno da fazenda, delimitando nossas terras ao formar um corredor ecológico. Desta forma, garantimos que a flora e a fauna da região tenham condições de sobrevivência”, argumenta a administradora. Além disso, Josiane destaca que esses corredores ecoagosto 2016

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NEGÓCIOS & EMPREENDEDORISMO

lógicos, justamente por serem necessários para um meio ambiente saudável, acarretam diretamente a redução do uso de agrotóxicos. “As áreas de preservação possibilitam uma procriação de predadores naturais para muitas das pragas do café que aterrorizam os produtores da região”. Ainda dentro do contexto da preservação ambiental, como água é vida, foram criados nove grandes açudes e nove poços menores para garantir o abastecimento de espécies da flora e fauna. Entre as espécies de árvores presentes na fazenda, estão: peroba, jacarandá, cabreúva, bico-de-pato, timburi, ingá, canela-do-brejo, ipê-amarelo e paineiras. Entre as espécies animais, é pos-

sível avistar uma grande variedade de pássaros, tais como: urubu-rei, canário-da-terra, tucano, entre outros. Mamíferos como o veado-mateiro, paca, capivara, jaguatirica e onça-parda também compõem esse ambiente natural dentro da fazenda.

A colheita Josiane praticamente triplicou a capacidade produtiva da fazenda, passando de 25 sacos por hectare, em 2008, para a média de 50 a 80 sacos de café colhidos atualmente por hectare, sendo 90% da colheita mecanizada e apenas 5% manual. Assim, essa verdadeira empreendedora rural conquistou o respeito necessário para poder

escolher os seus clientes. “Interessados em comprar não faltam!”, comenta Josiane. Essa nova realidade possibilitou agregar mais terras à propriedade, somando 650,6 hectares hoje (sendo 150 hectares de mata nativa preservada e 392 hectares de café). A produção média anual é de 12.000 sacas de café, produto que chega a valer até 20% mais que os cafés de propriedades não certificadas. A Fazenda Santa Cruz é propriedade do marido de Josiane, o italiano (naturalizado brasileiro) Giovanni Bragagnolo, que confia e incentiva o trabalho da esposa. “Tudo aqui é mérito da minha esposa: ela é a grande responsável, ela levantou essa fazenda”, afirma o marido com orgulho.

1. Funcionários devidamente equipados para lidar com o cultvo. 2. Estrutura de primeiro mundo para atender o mercado externo

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ARTIGO | NEGÓCIOS & EMPREENDEDORISMO

Gestão e Marketing

A atitude necessária aos empresários contra os efeitos da crise. Por Adaiby Maria Franco Gonçalves

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o perguntar aos empresários “como vão seus negócios?”, é comum ouvir que o faturamento baixou e que a viabilidade dos negócios anda por um fio como resposta. Esses mesmos empresários acrescentam, ainda, que o cenário desfavorável dos negócios é causado pela crise que assola o país. Analisando as respostas, deparamo-nos com dois aspectos: primeiro, a constatação baseada em fatos e, segundo, a causa, baseada em argumentos do senso comum exprimido pelo emprego de chavões populares, podendo-se, portanto, questionar a veracidade e a validade do raciocínio. Os empresários se basearam em dados, cálculos e controles gerenciais, embasando suas respostas e dando credibilidade às suas afirmações. Entretanto, em seguida, creditaram ao atual cenário sócio-econômico-político a culpa exclusiva pelo insucesso dos negócios sem, contudo, argumentar sobre o contexto e as circunstâncias do impacto da “crise” nos resultados. Percebe-se que existe um desequilíbrio entre o fato em si (a 46

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queda no faturamento) e a razão apontada como causadora desse fato (a crise). Ao analisar e, principalmente, ao aceitar o fato e a razão apresentados, assume-se um comportamento passivo diante de uma situação que demanda, acima de tudo, uma atitude profissional na gestão dos empreendimentos, exigindo uma mudança radical da postura do empresário à frente da empresa e dos negócios. E nem sempre se percebe essa necessidade de mudança. Geralmente, é mais fácil atribuir a causa do insucesso a fatores alheios ao próprio controle e culpa. Obviamente que, em uma análise contextual, a chamada “crise” tem consequências devastadoras para a economia e a sociedade do país. Empresas de todos os setores (primário, secundário e terciário) perceberam, nos últimos dois anos, quedas significativas em seus resultados, com raras exceções. Os índices de queda do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que mede a riqueza produzida pelo país no valor agregado dos setores, espelham essa retração. Estima-se que o Brasil feche o ano de 2016 com o segun-

do pior desempenho do mundo (-3% a -3,5%), à frente apenas da Venezuela, segundo dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), sendo que alguns analistas apontam expectativas ainda mais negativas (-3,86%). Para 2017, a estimativa é que haja uma ligeira melhora, com o índice de crescimento estagnando-se em 0%. Já para a sociedade em geral, os índices acumulados do desemprego no Brasil mostram a queda no poder de compra das famílias, refletindo a redução dos índices de crescimento da demanda e afetando todos os setores (principal-


O aumento da competitividade e as características dessa nova economia requerem um planejamento eficaz e uma coerente estratégia de marketing para que tal empresa consiga atrair os clientes

mente, o terciário, setor de comércio e de serviços que, juntamente ao setor industrial, apresenta queda acentuada de crescimento). Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são 10,4 milhões de desempregados pelo primeiro trimestre de 2016, uma taxa 40% maior que o mesmo período no ano passado. Diversos outros aspectos poderiam ser citados e considerados como vilões da economia e responsáveis pela queda nos resultados dos empreendimentos no Brasil. Muitos deles, inegavelmente, fogem do controle dos empresários

de qualquer setor. Contudo, há outro lado para ser abordado, aquele em que concentraremos a partir de agora: as necessidades de uma empresa em cenários desfavoráveis e o comportamento de seus gestores frente a esses desafios. Poderíamos, novamente, começar fazendo uma pergunta aos empresários: o que estão fazendo na gestão de suas empresas com a finalidade de transformar o cenário desfavorável e aproveitar as oportunidades? Dessa vez, entretanto, vamos auxiliá-los na resposta. Muitas mudanças aconteceram e afetaram as empresas, além do que já foi exposto. A globalização e suas consequências, novas tecnologias, aumento da concorrência e a valorização do cliente trouxeram a necessidade de ações inovadoras e os gestores precisam, portanto, ter cada vez mais criatividade. Neste sentido, existem três tipos de organizações: as que fazem acontecer, as que apenas observam acontecer e as que, surpreendentemente, se espantam com o que aconteceu. A que pretende se manter competitiva deve estar

entre as organizações inovadoras, que fazem acontecer, e não apenas entre seguidoras das que já fizeram. Novas ideias e métodos de gestão podem fazer a diferença no alcance das metas e objetivos estabelecidos na empresa. A gestão empresarial pode ser considerada como o principal fator de sucesso do negócio e tornou-se o grande diferencial entre as empresas e para o próprio mercado. Uma boa gestão pode ser capaz de identificar erros e programar melhorias que tornarão o produto mais competitivo no mercado. Acompanhando os investimentos feitos e seus resultados, será mais fácil que os gestores planejem os próximos passos, visando à organização da rotina, à definição de objetivos e metas, ao planejamento e à execução das estratégias, à redução de custos, à prestação de contas em relação às metas traçadas e ao desenvolvimento das lideranças. Alguns métodos de gestão são importantes e se referem aos conceitos fundamentais para a saúde da empresa. Além disso, de certa forma, têm operação simples em suas implantações na empresa. agosto 2016

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ARTIGO | NEGÓCIOS & EMPREENDEDORISMO

Vejamos: as frustrações em um investimenO aumento de produtividade to financeiro. e qualidade das entregas é fruto Quando a gestão ocorre, toda de resultados obtidos com uma empresa aprende e passa por boa gestão empresarial. Ao iden- transformações comportamentificar o colaborador que tem um tais, uma mudança organizaciomelhor desempenho em deter- nal. O lucro e o ganho de imporminada função, o gestor o incen- tância no mercado sempre serão tiva a trabalhar melhor e ainda objetivos de qualquer empresa, consegue obter a eficiência das mas eles tendem a chegar de matarefas, verificando quais delas neira muito mais natural e consisdemoram mais, descrevendo seus tente para aquelas que possuem procedimentos e possibilitando a um sistema de gestão consolidacorreção das falhas que causam os atrasos por ajustes A globalização e suas na execução, a fim de que consequências, novas os procedimentos operacionais sejam seguidos. tecnologias, aumento O controle financeiro da concorrência e a eficaz é obtido com monivalorização do cliente toramento das principais atividades da empresa com trouxeram a necessidade o registro das informações de ações inovadoras e geradas pelas operações de os gestores precisam, produção, comercialização e administração. É impor- portanto, ter cada vez mais tante, entretanto, que os criatividade. resultados sejam analisados com frequência pelo gestor, impedindo que qualquer desvio do, conseguindo transmitir agioperacional acabe por provocar lidade, confiança e credibilidade dispêndios financeiros desneces- a seus clientes e conquistando a sários e comprometedores para sustentabilidade e expansão dos as margens de ganho do negócio. negócios. Caso esses desvios ocorram, deImaginemos uma empresa de verão ser prontamente ajustados atuação no comércio. O aumento para que a empresa volte a cami- da competitividade e as caracnhar normalmente na busca de terísticas dessa nova economia atingir seus objetivos. requerem um planejamento efiO planejamento torna o negó- caz e uma coerente estratégia de cio da empresa mais competitivo, marketing para que tal empresa com a antecipação de mudanças consiga atrair os clientes, cada e inovação, como, por exemplo, o vez mais exigentes quanto à salançamento de um novo produto. tisfação de suas necessidades e O planejamento traz para o pre- expectativas. Assim, a necessidasente os resultados de uma ação de de planejar ações estratégicas que será desenvolvida no futuro e para ter assertividade nas relaque foi gerada por uma tomada de ções com os clientes se torna fundecisão no presente. Ademais, ele damental. minimiza os riscos com perdas e Um plano de marketing estra48

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tégico busca o diferencial de um produto ou um serviço, aproveitando as oportunidades existentes no mercado para fortalecer a empresa, seja ela de qualquer porte, e atingir seus objetivos. Um plano de marketing estratégico, desenvolvido para cada produto específico, oferecendo um diferencial em qualidade, praticidade, rapidez de entrega, estilo, resistência, entre outros, em relação aos demais presentes pelo mercado, é o que está sendo empregado pelos empresários que têm obtido aumentos significativos em suas vendas. Para a permanência no mercado, é necessário que a empresa tenha vantagem competitiva duradoura, criando continuamente um valor para o cliente por meio da gestão estratégica, em relação às seguintes variáveis: produto ou serviço, preço, comunicação e entrega (elementos presentes em um plano de marketing elaborado).


O planejamento torna o negócio da empresa mais competitivo, com a antecipação de mudanças e inovação, como, por exemplo, o lançamento de um novo produto.

Gestão das atividades empresariais e planejamento de marketing: são essas as estratégias fundamentais para o empresário assumir o papel de liderança à frente do seu negócio. O SEBRAE apoia fortemente os empresários que acreditam que podem transformar um cenário desfavorável em um campo fértil de oportunidades de crescimento e desenvolvimento dos negócios pela mudança de atitude, por meio da adoção de estratégias criativas e inovadoras, gerindo seus negócios com o emprego de métodos formais de gestão. À disposição desses empresários/empreendedores, o SEBRAE disponibiliza materiais específi-

cos e soluções, como treinamentos e consultorias, para que eles implantem ou aperfeiçoem as suas práticas de gestão empresarial e marketing de negócios. Com o acesso ao site (www.sebrae. com.br) ou com a visita ao escritório do SEBRAE mais próximo, o empresário poderá obter todas as informações necessárias de como receber as orientações de especialistas em gestão de negócios. Inove, faça mais, surpreenda e supere as expectativas de seu cliente, para que a sua “experiência de cliente” seja positiva em relação à sua empresa (com produto ou serviço). Sucesso e boas vendas!

Adaiby Maria Franco Golçalves. analista técnica do SEBRAE

Referências: * http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/04/fmi-piora-previsao-de-queda-do-pib-brasileiro-para-38-em-2016.html ** http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2016/04/20/ pnad-trimestre-ate-fevereiro.htm ***http://m2adiagnosticoempresarial.com.br/sistema/content/gestao/Planejamento_Estrategico_Organizacional.pdf

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As redes sociais e o mercado de trabalho Dicas para um perfil campeão. Por Juliano A. Belo

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s redes sociais fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas e mudaram drasticamente o conceito de “relacionamento”, até então entendido como uma ação de proximidade e de ligação afetiva. Apesar de esse novo conceito ainda manter as essências do relacionamento tradicional, as redes sociais criaram novas formas de comunicação por meio da troca instantânea de informações, que, quando bem trabalhadas, podem trazer grandes benefícios aos usuários, como a formação de uma boa rede de contatos. Essa mudança de comportamento e relacionamento das pessoas traz novos conceitos para a sociedade, que tenta entender e acompanhar esta revolução. No mundo corporativo, esta nova tendência tem se consolidado a

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cada dia, sendo utilizada como uma poderosa ferramenta de relacionamento com clientes e, principalmente, para os processos de seleção. A forma com que cada indivíduo se relaciona nas horas vagas traz grandes revelações sobre sua reputação e tem um peso significativo no momento da escolha do candidato para uma vaga de emprego. As atividades realizadas no mundo virtual têm intensa relação com o mundo real e reflexos significativos no cotidiano. As pessoas levam o sobrenome das empresas e isso exige que elas tenham comportamentos adequados, mesmo antes de conseguir a tão sonhada vaga no mercado de trabalho. Apesar de a taxa de desemprego ter alcançado níveis recordes em comparação com os anos anteriores, muitas empresas estão

com processos seletivos em aberto, porém, não encontram candidatos adequados para suprir a demanda. Hoje, uma das grandes carências das organizações é a falta de “colaboradores empreendedores”, ou seja, pessoas capacitadas e comprometidas que atuam de uma forma inovadora e tratam as empresas em que trabalham como se fossem suas. Esse novo conceito de profissional faz com que as organizações refinem cada vez mais os seus processos seletivos e utilizem as redes sociais como ferramenta para filtrar os novos candidatos, avaliando seus perfis pessoais e verificando informações que possam traçar suas identidades virtuais, como posicionamento político e religioso, vínculo com torcidas organizadas, presença de fotos e conteúdos constrangedores.


Ainda que sejam escolhas pessoais dos candidatos, muitas empresas evitam associar esses conteúdos à sua imagem institucional. Assim, é de extrema importância construir uma boa imagem digital, que deve ser adequada aos padrões de cada rede social. As dicas abaixo lhe ajudarão a formar um perfil campeão! Amplie os seus contatos qualificadamente: Ter uma boa rede de contatos pode ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho, principalmente se o seu perfil passa uma imagem profissional. Publique com inteligência: Deve-se evitar publicações vazias, irrelevantes e que possam atrapalhar a sua imagem digital. Procure falar de assuntos relacionados com o seu campo de atuação ou com a área da empresa na qual você almeja alcançar uma vaga. Evite os debates inúteis: Momentos tensos que são criados nos debates religiosos e políticos devem ser evitados. As empresas não gostam de atrelar suas imagens a esses assuntos. Cuidado com as características da rede: As redes sociais possuem particularidades. O LinkedIn é uma rede social profissional; já o Facebook é mais genérico, mas nem por isso deve ser tratado com

desleixo ou desprezo. É importante tomar cuidado para não colocar coisas irrelevantes nas redes, pois os recrutadores e parceiros também fazem parte delas. Pense antes de curtir uma publicação ou página: Procure verificar se a página ou publicação a ser curtida não trará nenhuma imagem negativa para o seu perfil, já que muitas empresas possuem princípios que vão contra algumas comunidades virtuais. Evite as situações não profissionais: Fotos frequentes em baladas e com bebidas são comuns nas redes sociais. Contudo, devem ser evitadas com muita frequência, pois os recrutadores podem assimilar tais imagens a um descompromisso do candidato com o trabalho e essa situação pesa no momento da escolha de alguém para a vaga. Valorize as suas conquistas profissionais: Procure valorizar suas conquistas profissionais, ações que obtiveram sucesso ou projetos com resultados positivos, buscando marcar nas publicações as pessoas envolvidas. Essa ação aumenta sua visibilidade na rede e demonstra compromisso profissional.

Juliano A Belo. Analista Comercial e Marketing da empresa Artyweb Analise e Tecnologia em Software LTDA e sócio fundador da empresa Oriento Consultoria e Treinamento. Apaixonado por Marketing e Tecnologia, atua na criação de projetos web para empresas e empreendedores e ministra palestras e cursos pela Artyweb e a Oriento

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Medalha de ouro no mundo dos negócios: é possível? Por Valmir Rodrigues, contador e sócio do Grupo Competência.

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m tempos de Olimpíadas, refletimos sobre o lugar mais alto do pódio, que é o sonho de todos, pois quem chega lá é porque ganhou a medalha de ouro. E, no mundo dos negócios, é possível ganhar uma medalha de ouro? Vamos conhecer uma Demonstração de Resultado de Empresa (DRE) em um determinado período. Digamos que essa empresa teve: Faturamento

100.000,00

(-) Deduções (impostos)

25.000,00

= Vendas líquidas

75.000,00

(-) Custos dos produtos vendidos

50.000,00

Lucro antes das despesas

25.000,00

Despesas: Funcionários + encargos Aluguel Telefone Energia e água Contabilidade

10.000,00 2.000,00 800,00 500,00 1.000,00

Despesas diversas

3.200,00

Total das despesas

17.500,00

Resultado após as despesas

7.500,00

* Esse exemplo é de uma empresa fictícia que não está enquadrada no sistema de tributação (lucro real).

A DRE reflete a realidade de uma empresa, então: Pódio: é o faturamento/vendas Ouro: Impostos. Lugar mais alto do pódio. Prata: Custos dos produtos vendidos. Bronze: Despesas.

Nesse exemplo, a medalha de ouro vai para o governo (impostos) e a medalha de prata vai para os fornecedores, pois, sem o produto, não há empresa e não é possível gerar faturamento. A medalha de bronze vai para os colaboradores e para os fornecedores de despesas.

O que sobrou para o sócio? Observe a pergunta é "O QUE SOBROU?" Em nosso exemplo, 7,5% do pódio (faturamento). Volto, então, à pergunta:

É possível a medalha de ouro? Sim, é possível, pois ganhar a medalha de ouro no mundo dos negócios é ter o mínimo de certeza de que o negócio dará lucro em um percentual melhor do que a simples utilização de seu dinheiro em uma determinada aplicação financeira. Para isso, precisamos que essa medalha de ouro (impostos), que já é do governo, volte para a sociedade (por meio de segurança, saúde, educação, entre outros) e que os governos não interfiram burocratizando, complicando a legislação brasileira e dificultando a vida das empresas. Comparando o Brasil com os Estados Unidos, nesse quesito, temos a certeza de que lá, isto é, nos Estados Unidos, o governo foi constituído para não interferir nos negócios das empresas. Já no Brasil, o governo foi constituído para atrapalhar a vida das empresas, com legislações complexas e de difícil execução.Se não simplificar, o Brasil vai travar e será impossível a medalha de ouro no mundo dos negócios.


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