Risa Calçados Ed. 65

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ÍNDICE

conteúdo CAPA

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VERÃO EM ALTO MAR

54 Corrida com estilo

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Kildare: primavera/verão

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Aplicativos para o setor calçadista

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Comércio eletrônico para o fim de ano

24 62 História do cadarço

Perfil do varejo calçadista



EDITORIAL

por ricardo xavier

Se abra ao novo “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”. Ao dizer isso, Albert Einsten quis nos impulsionar a sempre buscar o novo, dar espaço para uma nova ideia, um novo conhecimento. E nesse sentido, a Risa também quer incentivar os lojistas a se abrirem às novidades, não terem medo de inovar. Nesta edição, de número 65, trazemos como destaque a nova campanha da Anzetutto, que buscou inspiração no universo marinho para criar os novos modelos de sandálias femininas. Informação é o que não falta. Buscamos os mais recentes estudos e relatórios sobre o varejo de calçado para que o lojista esteja bem informado sobre o mercado onde está inserido, além das tendências e novidades que estão fazendo sucesso nas grandes redes. Notícias sobre o mercado de calçados, história e conteúdo de qualidade completam essa última edição de 2015, feita com o zelo e a dedicação de sempre. Boa leitura!

EXPEDIENTE (37) 3226 3229 . www.risanet.com.br . atendimento@risanet.com.br . Rua Rio Araguaia, 301 . Amazonas . Nova Serrana/MG

Editor Ricardo Xavier

Redação Valter Junior Administrativo Andresa Santos Revisão João Hilário Projeto Gráfico Anne Pattrice

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Design e Fotografia Rafael Xavier Anne Pattrice Assistente de Design Pedro Xavier Tratamento de imagens André Azevedo

Colaboradores Wéderson da Silva (Edinho) João Hilário Rejane Mendonça Wilson dos Santos Banco de dados Rogério Xavier Astra Informática

Atendimento Nova Serrana/MG Milher Magno (37) 3226 3229 Franca/SP Rejane Mendonça (16) 3012 1550

revistarisa

É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pela Revista Risa. A publicação não autorizada por escrito sujeita o (s) infrator (es) às penalidades legais. Opiniões emitidas em anúncios e artigos assinados não representam a opinião da Revista Risa, sendo responsabilidade exclusiva do autor.





TECNOLOGIA

por valter junior

Aplicativos para o setor de calçados Como as novas tecnologias podem ajudar a aumentar a interação com os clientes e as vendas

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S

e por um lado o consumidor do século XXI está mais exigente, antenado e informado, tendo acesso à informações sobre produtos, pessoas e empresas de forma instantânea, as empresas também se beneficiam desse mundo conectado, seja obtendo dados de seu público-alvo, seja interagindo direto com ele. Desde a ascensão dos tablets e smartphones, os consumidores passaram a acreditar mais na opinião dos usuários da internet do que nas publicidades das marcas. Assim é importante que as empresas fiquem atentas ao acesso que os consumidores possuem às informações sobre produtos e serviços no mercado e monitorem

o público-alvo para atendê-lo da melhor forma. Com os aplicativos mobile (apps) fazendo parte do cotidiano dos usuários, abrem-se oportunidades para empresas atingirem o consumidor de forma direta e acertada. Só para se ter uma ideia, no mundo são mais de 1 bilhão de smartphones, 40 milhões somente no Brasil. A projeção é que em 2017 o país tenha 70,5 milhões de usuários de smartphones. Para auxiliar os empresários nessa nova missão de oferecer aos clientes um ambiente digital onde ele possa satisfazer suas vontades de consumo de maneira rápida e fácil, separamos quatro aplicativos que merecem atenção.



TECNOLOGIA

Com os aplicativos mobile (apps) fazendo parte do cotidiano dos usuários, abrem-se oportunidades para empresas atingirem o consumidor de forma direta e acertada

Asap54 O aplicativo Asap54, disponível para iPhone e Android, possibilita ao usuário tirar uma foto de objetos, como calçados, por exemplo, e realizar o upload da imagem para o aplicativo. O aplicativo analisará a imagem e recomendará, através de parceiros comerciais cadastrados, um calçado parecido. Isso é uma vantagem para os consumidores que veem itens interessantes usados por outras pessoas na rua, mas não podem ou não querem ir até elas e perguntar onde compraram. Stylect O aplicativo auxilia os usuários cadastrados a encontrarem os pares perfeitos de calçados, ele apresenta

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mais de 50 mil modelos de diversos sites que realizam a venda on-line. Logo após o cadastro, o usuário recebe imagens de sapatos e vai clicando quando gosta ou não do produto. Conforme o usuário realiza a votação, o aplicativo vai analisando quais são os gostos e oferecendo calçados mais compatíveis com as necessidades do usuário. Ele ainda pode optar por receber alertas quando sapatos da sua preferência estão em promoção. Adidas A marca de esportes Adidas lançou em agosto um aplicativo que permite ao usuário utilizar qualquer foto para estampar o tênis da marca “ZX Flux”, com a

proposta de customização do produto. O app pode rodar no sistema operacional iPhone e no Android. Dafiti A loja de calçados Dafiti também possui um aplicativo disponível em Android e iOS. Ele permite que o consumidor receba as últimas promoções, novidades e consulte os mais de 75 mil produtos das 600 marcas expostas, sem a necessidade de acessar o site para efetuar a compra. O aplicativo também oferece a opção de busca, com filtros por preços e marcas, e também a opção de troca gratuita de produtos até 30 dias depois da compra e contato para eventuais dúvidas e reclamações do consumidor.



TECNOLOGIA

Vantagens de oferecer um aplicativo para o cliente

Antes de esperar o retorno financeiro simplesmente por ter um aplicativo da marca, as empresas precisam oferecer ao cliente benefícios para realizar o download do aplicativo. Por exemplo, acesso às informações de moda, como as últimas tendências, dicas de especialistas do setor calçadista, ou até mesmo jogos. Com isso, será possível impactar o cliente de forma efetiva, agregando valor ao produto ou serviço. Os benefícios com a criação de um aplicativo são: Interação da marca com o cliente sem lugar ou horários definidos. O aplicativo pode servir para mapear a opinião do consumidor sobre os seus produtos. Assim, a empresa planeja melhor suas ações e estratégias. •

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O aplicativo pode tornar-se um canal para divulgação de promoções, ofertas, eventos e lançamentos, por meio de notificações ao cliente; •

Pode ser programado para pagamentos de crédito sem a necessidade do cliente comparecer na loja física ou acessar o site da marca; •

• Engaja clientes, afinal trata-se de um objeto que o usuário carrega consigo todo dia, o celular; • O envio de mensagens pode ser feito sem custo, substituindo os planos de SMS;

Podem ser disponibilizados conteúdos para acesso off-line, quando o usuário não tem conexão. •



SUCESSO

por flávio augusto

Flávio Augusto Fundador da Escola de Inglês Wise Up e do Instituto Geração de Valor

VENCEDORES

inspiram E são inabaláveis em busca de seus objetivos

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resposta mais corriqueira para histórias de sucesso, quando são apresentadas com o intuito de motivar os que iniciam a carreira, é “o Fulano é uma exceção. Um ponto fora da curva”, como se, por essa justificativa, nenhum Fulano pudesse ser usado mais como exemplo e um estímulo para todos. Bem, que fique claro: todos os vencedores, em todos os países e realidades econômicas, são e sempre serão exceções. Vencedores não são e nem nunca serão maioria. Serão sempre minoria. Para ser um vencedor não há exigências quanto a seu sobrenome, alguma preferência racial ou até mesmo de escolaridade. É preciso elevar seu referencial e aprender como chegar lá. Quando se tem acesso, o comportamento vencedor é contagiante. Tornam-se vencedores os que se destacam, os que não se conformam com o comum, os que não têm interesse por estabilidade, pois assumem riscos em busca de serem destaques em suas áreas de atuação. Eles são pontos fora da curva e, por isso, estão sempre em busca do momento sublime que é estar em cima do pódio, recebendo os

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aplausos por suas conquistas. Vencedores não sentem o peso da responsabilidade, não têm medo das vaias e nem se incomodam com o peso do troféu. Ao contrário, eles trabalham todo o tempo pensando nele (troféu), sonham com ele, treinam por ele, trabalham por ele, suportam as adversidades por ele, convivem com as críticas por ele e não se desmotivam com os abutres que tentam lhe desmotivar justamente porque não tiram de seu foco a meta de levantar o troféu. Os vencedores são inabaláveis em busca de seus objetivos, enquanto a grande maioria, infelizmente, em meio a todas as adversidades, desiste, bate em retirada, não suporta a pressão e vai buscar soluções medianas e alcançáveis, típica daqueles que se conformam em estar na média, ser um ponto dentro da estatística e um a mais na multidão. Para que os vencedores existam não é necessário que também existam os perdedores. Isso não é uma verdade. Uma sociedade evoluída é aquela em que os que não chegaram no lugar mais alto do pódio também ocupam lugares bastante interessantes. Pense por um instante na competição para o prêmio da Bola de Ouro. Cristiano Ronaldo foi o último vencedor. Pobre Messi… Claro que Messi é extraordinário também! Incomodados com os vencedores, muitos tentam criar novos modelos de sociedade onde eles

não existam. Muitas metodologias educacionais não estimulam e nem premiam os melhores de uma classe e não há estímulo para desenvolver talentos fora da curva. O que é adotado é uma espécie de institucionalização da mediocridade de discurso, tirando da criança o instinto natural pela competição, presente em todas as espécies, em especial nos mamíferos. Tentar igualar a todos pela força da caneta, independentemente de seu esforço, talento ou ambições, no final do dia, é o mesmo que transformar todos em perdedores, em pessoas sem brilho nos olhos e desejos a serem conquistados. Seria como tentar amansar o Leão, convencendo-o de que a hiena é igual a ele. É tirar da águia a habilidade de voar, convencendo-a de que deve ser igual a uma galinha. Não permita que você seja padronizado, podado ou limitado por crenças travestidas de bondade e discursos assistencialistas, mas que na realidade são convicções recheadas de mediocridade e que são capazes de limitar toda uma geração e todo um país. O resultado dessas crenças e ideologias é a criação de uma geração de conformados e de uma nova casta de vencedores, os que ficarão no alto do pódio, adorados e premiados pelas grandes massas com muito prestígio, dinheiro e poder: os políticos. Para o blog: geracaodevalor.com.br



E-COMMERCE

por valter junior

LUZ NO fim do ano Comércio eletrônico é a grande aposta para superar a crise que já anuncia recuo nas vendas no Natal 18

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Confederação Nacional do Comércio anunciou em outubro que as vendas do comércio no Natal de 2015 terá recuo de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Especialistas afirmam que o Natal será nebuloso porque os estoques no varejo não estão altos, mas os lojistas só compram volumes para o dia a dia, com medo do encalhe. A perspectiva desse recuo atípico do consumo na principal data para o varejo já provoca estragos. A indústria ocupa hoje o menor nível de capacidade de produção das fábricas e o emprego temporário de fim de ano até agora não deslanchou. Por outro lado, o rendimento com o e-commerce cresce a cada ano. Segundo o relatório do E-bit, empresa especializada no comportamento do consumidor virtual, o comércio eletrônico deve fechar o ano de 2015 com faturamento de cerca de R$43 bilhões, 20% a mais que em 2014. Só no Natal de 2014, o comércio eletrônico rendeu R$5,9 bilhões. Os números positivos do comércio eletrônico têm levado muitos empresários a buscarem no ambiente virtual a solução para a queda nas vendas e para a infidelidade dos consumidores modernos, ou seja, buscam criar presença on line, seja nas redes sociais ou em sites próprios. O primeiro passo para marcar uma presença forte no ambiente virtual é criar um site para a marca. Criar um website para o próprio negócio é uma tarefa simples e existem diversas ferramentas que podem ajudar. Porém, para obter um bom

resultado é necessário organizar as ideias. Começar dedicando mais tempo à construção do conteúdo, à criação dos textos que ajudarão o cliente a entender o que é o negócio e como ele se diferencia dos concorrentes é um bom começo. Esse mesmo conteúdo, além de cativar e conquistar clientes, será fundamental para um bom posicionamento nos mecanismos de busca online. Vale destacar que o marco zero é a escolha de um nome de domínio: tudo começa a partir de um endereço online que fixe na cabeça dos consumidores, pois é isso que os clientes vão digitar nos campos de procura. Mas nem tudo é tão fácil como parece. No boom do varejo online, há uns 10, 15 anos, acreditava-se que montar uma loja virtual e vender pela internet era mais barato e até mais fácil do que ter uma loja física tradicional. Hoje, o gerenciamento de toda a complexidade de uma operação online não tolera amadores. O grande desafio debatido no mercado está em fechar a conta diante de muitos detalhes. Logística, frete, custos de aquisição de clientes, marcas próprias, investimentos em comunicação, recomendações, automações e por aí vai. A internet está em constante mudança e manter seu negócio atualizado pode parecer uma tarefa desafiadora. Configurar a identidade digital de seu negócio é uma coisa, mas a manutenção é outra. É importante dar um passo de cada vez, pois o próprio processo de estabelecer seu negócio online vai te ajudar a aprender formas simples de mantê-lo atualizado.


E-COMMERCE

Pela inovação, o e-commerce 33/34, única loja brasileira especializada na venda de calçados de tamanhos menores, foi selecionada para fazer parte do Web Summit 2015, um dos eventos de tecnologia mais importantes do mundo

Case de sucesso: 33/34 A empreendedora Tania Gomes Luz, que calça número 33, decidiu criar o e-commerce 33e34.com.br e se surpreendeu com o resultado. “Sempre acreditei em e-commerces de nicho. No momento em que decidi empreender, fez todo sentido buscar um modelo de nicho aliado a uma demanda reprimida que eu tinha certeza da existência. Somos 5 milhões de mulheres que usam 33/34 no Brasil!” A loja virtual tem como objetivo trabalhar somente com modelos de calçados femininos, na numeração 33/34 de diversos fabricantes conceituados no varejo, como Raphaella Booz, Bárbara Kraz, Werner, Ballasos e Converse. Além de oferecer um produto específico, a 33/34 Shoes busca criar uma experiência de compra inesquecível para suas clientes. “Trabalhamos com preços competitivos, entregas rápidas. Mas o principal é que queremos ser um canal em que essas mulheres possam, não só comprar sapatos ideais ao seu tamanho, mas possam compartilhar sua satisfação umas com as outras, trocar experiências, falar das marcas, do conforto, da praticidade e do glamour de cada sapato. Mais

que um e-commerce, seremos um novo espaço para esse público se divertir, comprando e usando o que gosta. Nossa cliente deixa de ficar com o que tem nas lojas normais, para escolher entre os lançamentos, aquilo que é o seu estilo!”, finaliza a empresária. Pela inovação, a 33/34, única loja brasileira especializada na venda de calçados de tamanhos menores, foi selecionada para fazer parte do Web Summit 2015, um dos eventos de tecnologia mais importantes do mundo, no programa ALPHA Class, que seleciona startups em vários países, reunindo-as com investidores de grandes fundos, mentores e imprensa especializada em um evento único.

Tânia Gomes, criadora da 33/34

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HISTร RIA

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por valter junior


HISTÓRIA do cadarço Os modelos como conhecemos hoje foram inventados em 1970, mas o uso de fios para amarrar os calçados data de 3000 a.C.

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eça fundamental de um tênis ou sapato, o cadarço tem uma história que se confunde com a própria história do calçado. Tão antigo quanto os primeiros calçados, feitos a mais de 3000 a.C., o cadarço se tornou não só uma peça funcional para manter o calçado firme nos pés, mas também um acessório decorativo e uma moda em constante mudança. Determinar com precisão a origem do cadarço é tão difícil quanto afirmar com exatidão a data do surgimento dos primeiros calçados. Os registros arqueológicos de calçados são raros porque, geralmente, eram feitos de materiais que se deterioravam rapidamente. Mas o que se sabe é que os primeiros “sapatos” usados pelo homem primitivo teriam, provavelmente, sido um simples emaranhado de pedaços de couro ou grama presos à alguma forma de cordel. A recente descoberta de Ötzi , homem da idade do Bronze

que viveu cerca de 3000 a.C., revelou justamente um tipo de sapato feito de couro e “cadarços” feitos de corda e lascas de cal. Antes do século XX, a maioria dos calçados eram no estilo slip-on, ou seja, daqueles que o pé escorrega para dentro e são amarrados ou abotoados por meio de ganchos. No Museu de Londres também há registros de calçados medievais do século XII, que contavam com um sistema de amarração que utilizava fios passados e amarrados em ganchos ou ilhoses na frente e na lateral dos calçados. Só em 1970 que essa realidade veio mudar com a invenção do cadarço moderno por Harvey Kennedy. Antes, vários modelos de cadarços já haviam sido testados, mas nenhum tão eficiente quando os de Kennedy. Ao patentear a invenção, Harvey recebeu pelos direitos da patente uma bagatela de aproximadamente 6 milhões de reais.


HISTÓRIA

Estilo straight

Estilo barra

Estilo Criss Cross

HISTÓRIA

Um novo contexto para cadarços: embalagem para evento da All Star. À esquerda, case para Iphone

Atualmente os cadarços são basicamente cordões usados para prender e ajustar um calçado aos pés. São confeccionados com o entrelaçamento de fios longitudinais (urdume) e transversais (trama), com acabamento nas pontas de metal ou plástico chamado de ourela ou canutilho. Propriedades Os cadarços modernos podem ser feitos de algodão ou couro, mas, na maioria dos casos, usam fibras sintéticas, o que pode explicar o fato de tantas pessoas se abaixarem no meio da rua para “amarrarem os sapatos”. É que as fibras sintéticas são escorregadias e, portanto, mais propensas em desfazer os laços, diferente das fibras naturais de couro, algodão, juta ou cânhamo usado por muito tempo para a produção dos cadarços. A pequena parte de plástico ou de metal que envolve as pontas do cadarço, chamado de canutilho ou ourela, servem para manter o fio coberto e também o torna mais fácil de transpassar através dos buracos ou ilhoses. Podem aparecer com secção transversal plana ou circular (redon-

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da). Os planos geralmente são mais fáceis de segurar e ficar vinculado de forma mais segura do que aqueles com uma secção transversal redonda. Os cadarços podem ser revestidos para aumentar a fricção e ajudálos a ficarem presos. Laço Laçar o cadarço significa passá-lo através dos furos, ilhoses, “loops” ou orelhas para fechar os lados do sapato ou tênis. Matematicamente, há quase dois trilhões de maneiras de laçar um sapato com seis pares de ilhoses. O método mais comum, denominado “Criss Cross“, é também uma das mais fortes e mais eficientes, especialmente em comparação com outros métodos mais decorativos que geralmente são mais difíceis de apertar ou afrouxar. Um dos métodos mais populares de motivo decorativo, denominado “tabuleiro de jogo”, é, na verdade, quase impossível de apertar ou afrouxar, assim, o sapato é efetivamente considerado um “slip-on“. Diversos métodos de “straight” ou laços retilíneos (também conhecido como estilo “Barra”) são muito populares, especialmente em calça-

dos cujos lados do sapato unem-se no meio. Os métodos de laçadas também são escolhidos pelos seus benefícios funcionais. Por exemplo, a serem feitas de modo mais rápido ou mais fácil para apertar ou afrouxar, ligando-se mais fortemente, sendo mais confortável e utilizando-se de mais ou menos comprimento de cadarço. Mitos Um mito popular afirma que os soldados Gurkha, indianos que lutaram pela Grã-Bretanha em algumas batalhas no final da década de 1880 e na II Guerra Mundial, arrastavamse ao longo do chão agarrando-se nos cadarços das botas dos soldados inimigos que eram abatidos. Outro mito conta que os soldados britânicos empregavam o estilo ‘straight’ ou laços retos, enquanto que os soldados japoneses usavam o estilo cruzado. Na cultura japonesa, cruzar os cadarços significava a sabedoria da diferença entre a vida e a morte, e que por essa sabedoria, os britânicos teriam passado a adotar o estilo cruzado, mostrando a grande importância de se laçar corretamente os cadarços.



LIDERANÇA

por alexandre prates

Alexandre Prates Especialista em desenvolvimento humano, liderança e performance organizacional

Precisa-se de chefes Onde foram parar os chefes que provocam, que falam a verdade sem melindres, que criticam, que têm conversas duras? Infelizmente, estão em extinção

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eus amigos, o mundo corporativo mudou, ou melhor, está tudo invertido. Conversando com um grande líder, falávamos sobre gestão de pessoas, motivação, engajamento, reconhecimento, enfim, discussões frequentes nos tempos atuais. Depois de alguns minutos, ele me disse: “Meu amigo, quanto tempo perdido! Na minha época, bastava estar empregado e receber o salário em dia que já nos motivávamos!” Mas, felizmente e infelizmente as coisas mudaram. Felizmente, pois as organizações se obrigaram a evoluir em seus padrões de gestão de pessoas, tornando-se um ambiente mais evolutivo e promissor para os profissionais. E infelizmente, pois na busca por esse ambiente estimulador e pela tão almejada retenção de talentos, os “chefes” foram banidos das organizações e tiveram que trocar os seus crachás para “líderes”. Antes fosse somente o cra-

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chá, mas ultrapassamos os limites. Adotamos uma postura de pouca cobrança, muita conversa e como consequência, um baixíssimo desenvolvimento do perfil profissional. E as consequências estão aí, em todos os lugares: empresas com serviços precários e profissionais com carreiras prejudicadas. Me perdoem os ativistas corporativos, mas eu tenho saudade dos chefes dos velhos tempos. Claro que o mundo mudou, mas a gestão que funciona, não. O jeito macro de gerir, sim, isso mudou. Implantamos indicadores de desempenho, o RH se tornou cada vez mais estratégico, novos sistemas de remuneração foram implantados, enfim, muita coisa mudou. Mas o jeito micro de gerir pessoas, isso não deveria ter mudado. Chefe bom é aquele te motiva, reconhece, treina, participa e cobra. Quem disse que líder não deve cobrar? É disso que sinto falta, do chefe que provoca, que fala a verdade sem melindres, que critica, que tem

conversas duras, que não utiliza técnicas avançadas de feedback — simplesmente faz a gestão como deve ser. Nunca consegui entender a diferença entre chefe e líder. Tudo o que já me disseram tem mais a ver com o caráter e competência do sujeito do que efetivamente características da função. Chefe ou líder, tanto faz, só tenho uma certeza: independente da nomenclatura ou do rótulo, a única coisa que verdadeiramente importa é o quanto você consegue extrair o melhor das pessoas. E não digo apenas da sua nota na avaliação de desempenho, falo do quanto você educa, desenvolve e forma profissionais de verdade. O mercado conta contigo! Deixe o seu legado de liderança sendo o chefe que a sua empresa e seu time precisam.

Para o site: http://www.elhombre.com.br



CONSUMO

por valter junior

Consumo de calçados Somados, homens e mulheres gastam cerca de R$24 bilhões por ano com calçados

Modelo casual da Sport Fire

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s brasileiros gastaram pouco mais de R$ 22 bilhões com calçados, em 2014, sendo as mulheres responsáveis por R$ 12 bilhões, enquanto os homens desembolsaram R$ 10 bilhões. Os dados fazem parte do estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) e foram estimados com

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base em informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a assessoria econômica da Fecomércio, o estudo revela uma quebra de paradigma em relação ao valor gasto pelas mulheres. Elas, de fato, consomem mais que os homens, mas a diferença é de apenas 20%. Adicionalmente, as diferenças



CONSUMO

Sandália da marca Ana Amaral

O estudo revela uma quebra de paradigma em relação ao valor gasto pelas mulheres. Elas, de fato, consomem mais que os homens, mas a diferença é de apenas 20%

se concentram no tipo de calçado e na classe de renda mais elevada. Quando dividido por renda, o estudo aponta que é na classe A que há a maior discrepância: apesar de representar apenas 4% da população, essa parcela de famílias responde por 19% do consumo de calçados femininos, sendo que as mulheres gastam 107% a mais com calçados do que os homens, de modo que o estereótipo de gastos com sapatos pelas mulheres provavelmente deriva do comportamento identificado no grupo de renda mais elevada. No sentido oposto, a classe E é a única faixa de renda cujo cenário contrapõe o senso comum. As mulheres gastam 4% a menos com calçados do que os homens, que despendem 50% de tudo o que gastam com calçados. Com base no gasto de todas as classes, os homens compram R$

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6 bilhões em tênis e apenas R$ 4 bilhões em outros calçados. Já as mulheres despendem apenas R$ 2,5 bilhões com tênis e quase R$ 10 bilhões em outros calçados. Para a instituição, essa tendência pode ser um termômetro para o comércio varejista adaptar e direcionar melhor seus produtos. À frente de bens essenciais, os brasileiros gastam com calçados femininos o correspondente a 157% do que gastam com feijão, 149% dos gastos com pão, 128% no caso de legumes e verduras, 109% do que gastam com leite, 91% do total gasto em arroz e 78% das despesas em frango. Os dados são influenciados pelo forte consumo de calçados das classes A, B e C. Scarpins e sandálias têm a preferência As mulheres gastam, em média, R$ 350 com sapatos femininos em

compras pela internet, de acordo com informações da 33/34, e-commerce especializado em apenas duas numerações de sapatos. Segundo a CEO da loja, Tânia Gomes Luz, mulheres que tem um estilo mais moderno ou minimalista, procuram mais scarpins, sandálias e peeptoes. “Notamos que as consumidoras que preferem esse estilo correspondem a 50% do nosso faturamento”. Scarpins e sandálias foram alguns dos produtos mais procurados pelas mulheres, desde janeiro. Os scarpins custam em média R$ 105 a R$ 470 e representam, em conjunto com as sandálias, 60% das vendas. Ainda de acordo com dados do e-commerce, o Estado de São Paulo representa 30% do total de transações, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais. Fonte: new.d24am.com





VENDAS

por valter junior

Detalhes que fazem a diferença O Num mercado cada vez mais competitivo, sai na frente quem oferece qualidade, apresentação e comodidade na hora da compra

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aumento de ofertas e canais de compras disponíveis, tanto em lojas online quanto físicas, tem elevado o nível de exigência dos consumidores. No setor de varejo calçadista não é diferente, e sai na frente quem oferece qualidade, apresentação e comodidade para clientes que buscam autenticidade nas marcas, qualidade nos produtos e facilidade para

encontrar o que desejam. Diante dessa imposição, os pequenos e médios empresários do ramo de calçados tentam se reinventar para manter seus níveis de crescimento e competitividade. Para auxiliar estes empreendedores, o Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae, por meio do relatório mensal deste setor, levantou algumas exigências e oportunidades que podem



VENDAS

Com consumidores mais críticos, os valores e as tradições da empresa também devem estar alinhados com a promessa do negócio

ser exploradas pelos varejistas. 1) Uma delas é que consumidores bem informados tendem a acreditar menos em publicidade e mais nas percepções de outros compradores. A saída para melhorar o negócio, a partir da real necessidade dos clientes, é investir no monitoramento das redes sociais da marca, blogs e sites direcionados ao consumidor. 2) Outra dica é investir no novo conceito Omni-Channel, ou multicanalidade, que é estar presente em todos os canais de venda possíveis, mas de maneira alinhada e integrada, para permitir que o cliente tenha acesso facilitado ao item que deseja comprar. Atualmente, não há mais diferenças entre loja física ou virtu-

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al, pois o consumidor compra em diversos canais e efetua a operação naquele que lhe for mais conveniente e prático — ele pode conhecer o produto na loja, comprar online, e vice-versa. Alguns canais que podem fazer parte dessa renda de vendas: as próprias lojas físicas, venda porta a porta, E-commerce, Mobile Commerce, TV commerce, Social Commerce, entre outros. Com consumidores mais críticos, os valores e as tradições da empresa também devem estar alinhados com a promessa do negócio. E, nesse contexto, o líder do varejo tem papel fundamental, pois é ele que irá transmitir isso à equipe, para que tenha um perfil adequado e atue de

maneira harmônica com o propósito do negócio. 3) A necessidade de um bom projeto arquitetônico para as lojas físicas, que permita ao comprador uma experiência de compra diferenciada, também não deve ser subestimada. Acessibilidade, fachadas atrativas, e outros aspectos considerados importantes como visual merchandising consistente, comunicação visual vibrante, iluminação especial para destacar os atributos e os diferenciais das coleções, além de vitrines amplas e chamativas podem auxiliar o cliente a ter uma ideia do que há no interior da loja. Fonte: Sebrae



LOJA

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PONTOS DE VENDA Estratégias para o sucesso em lojas físicas e virtuais

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ompetir no mercado calçadista não é uma tarefa fácil, em especial para os empresários de pequenos negócios que precisam disputar espaço com os grandes da indústria. Um exemplo são os pequenos pontos de vendas, sejam eles físicos ou virtuais que precisam enfrentar a concorrência das grandes redes de lojas. Para se tornar competitivo, portanto, é preciso criar estratégias que garantam visibilidade à marca, seja da marca de um único produto, seja a marca da própria loja ou rede. Há alguns anos, marcas reconhecidas partiram para a abertura de lojas próprias e essa também pode ser uma alternativa de diversificar a comercialização de produtos dos pequenos empreendedores. Para você que já tem um pequeno ponto de venda ou que já está consolidado no mercado, a Risa fez um apanhado das principais características de

um ponto de venda e um balanço desse mercado para você reavaliar o formato de seu ponto de venda ou mesmo tomar a decisão de abrir um. Perfil do varejo de calçados Diante de um cenário de constantes mudanças é importante que o empresário do pequeno ponto de venda de calçados reflita sobre novas ações para alcançar seu público-alvo. O novo consumidor está cada vez mais exigente em relação aos produtos e serviços que o varejo calçadista oferece. Por isso, busca autenticidade nas marcas, qualidade nos produtos e facilidade para encontrar o que deseja. Diante dessas exigências, o varejo brasileiro de calçados busca se reinventar para manter o crescimento e a competitividade. Dessa forma, vale ressaltar que no Brasil hoje, 750 milhões de pares de calçados são comercializados por


LOJA

Loja da Converse nos Estados Unidos: uma forma diferenciada de expor produtos

O novo consumidor está cada vez mais exigente em relação aos produtos e serviços que o varejo calçadista oferece. Por isso, busca autenticidade nas marcas, qualidade nos produtos e facilidade para encontrar o que deseja

ano em 60 mil pontos de vendas do segmento de calçados. Outro dado importante é sobre a ascensão da classe C, que se tornou um público consumidor mais exigente por produtos caros e de qualidade. O Brasil também ocupa a 6ª posição no ranking por unidades franqueadas, atrás dos EUA, China, Coreia do Sul, Japão e Filipinas. Nos últimos anos os segmentos que mais cresceram foram os de esporte, saúde, beleza e lazer. Já os segmentos de acessórios pessoais e calçados ampliaram seus negócios em mais de 17%. Novos consumidores Os novos consumidores estão cada vez mais bem informados e por isso tendem a acreditar menos em publicidade e mais nas percepções que outros consumidores publicam na Internet. Investir no monitoramento destas publicações é uma boa forma para melhorar o seu negócio, a partir da real necessidade dos seus

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clientes. Algumas estratégias são: Efeito showrooming: A decisão de compra do produto é realizada no ponto de venda, o consumidor frequenta a loja física para visualizar o produto e, depois, realiza a compra on-line. Por isso, é necessário trabalhar cada vez mais com uma visão integrada de seus canais de venda. Omni-channel: O conceito do omini-channel envolve estar presente em todos os canais de vendas possíveis e de maneira alinhada e integrada, para permitir que o cliente tenha acesso facilitado ao item que deseja comprar. Investir no omini-channel envolve alinhar a promessa da marca e oferecer uma prestação de serviços e atendimento adequados à expectativa de diferentes clientes. Liderança consciente: Os consumidores estão mais críticos em relação ao alinhamento do propósito com a promessa do negócio. Nesse contexto,



LOJA

Personalizar o atendimento ao cliente faz toda a diferença no momento da compra

o líder do varejo tem o papel fundamental, pois ele deve transmitir os valores e tradições da empresa à equipe, para que esta tenha um perfil adequado e atue de maneira alinhada ao propósito do negócio. Principais pontos de venda Um ponto de venda não se trata só daquela tradicional loja que vende várias marcas e modelos de calçados. O ponto de venda foi criado para atingir o maior número de pessoas possível e por ser classificado em lojas de rua, espaços em shopping ou lojas virtuais. O ponto de venda também pode ser classificado em: Lojas multimarcas: oferecem as mais variadas marcas de sapatos aos clientes. Regiões centrais da cidade são mais indicadas para esse tipo de estabelecimento. Franquias: negociam apenas com marcas exclusivas e se encaixam melhor em bairros nobres.

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Fábricas multimarcas: esse modelo de negócio oferece o produto da própria confecção, e é apropriado, por exemplo, em pontos turísticos. Dicas Montar um planejamento de negócios eficiente e um plano de marketing para auxiliar na escolha do tipo de loja ideal são fundamentais para o sucesso do negócio. Uma boa alternativa no marketing para as pequenas empresas é explorar os 4Ps, que dizem respeito ao produto, preço, praça (ponto de venda) e promoção. No caso específico do item ponto de venda abrange também as áreas de logística, cobertura, transporte, estoque, armazenamento e distribuição de produtos. Ou seja, exige muita organização e responsabilidade. Inicialmente, avalie qual seria o ponto de venda ideal para o seu negócio, investir na comercialização em lojas multimarcas, ou inovar com a abertura de lojas de fábrica ou lojas próprias. Com isso definido,

inclua em seu planejamento e crie metas. Criar mais de uma alternativa em pontos de venda pode ser uma forma de expandir e conquistar mercado. Para isso, busque orientações de um profissional capacitado e se ligue nessas dicas: • Ser atraente tanto no ambiente interno quanto externo; • Induzir a compra proporcionando boa exposição e organização do produto; • Expor o preço para vender melhor. Mas, tome cuidado com o excesso de informações; • Oferecer a prova dos produtos e um ambiente sofisticado é um ponto positivo; • Personalizar o tratamento ao cliente faz a diferença na compra.

Com informações do: Setor de Inteligência do Sebrae (SIS)





CAPA

por valter junior

Alto verão 2016 Nova coleção da Anzetutto é inspirada nos encantos do universo marinho

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risa calçados

I

nspirada na beleza hipnotizante das sereias, a Anzetutto lança a campanha de primavera/verão 2016, retratando uma mulher tão poderosa que pode vencer as forças do oceano e a dimensão das montanhas para alcançar seus sonhos e objetivos. Nas imagens, o personagem mítico eleito é representado de maneira lúdica, destacando o encanto contido no cenário marinho adaptado à realidade das mulheres brasileiras. Desta forma, vestidos longos e que valorizam as curvas femininas foram os eleitos para contracenar com os grandes protagonistas do ensaio: os lançamentos da marca para a estação mais quente e vibrante do ano. Forte, irreverente e autêntica. Assim é definida a mulher Anzetutto, incorporada com maestria pela modelo Bruna Jaroceski. A campanha tem produção executiva da Agência Orgã e foi clicada pela equipe da RPDOIS Fotografia, com moda e beleza de Os Holland. Nas imagens, as principais modelagens da temporada ganham destaque nos pés da top model, valorizando pedrarias, tons intensos e matérias-primas luxuosas.



CAPA

FICHA TÉCNICA Conceito: Agência Orgã Moda e beleza: Os Holland Fotografia: RPDOIS Fotografia Modelo: Bruna Jaroceski

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risa calçados

www.anzetutto.com.br





ESTILO

da redação

Corrida fashion Atualmente, parecer que você corre pode ser mais atraente do que realmente correr

O

crescimento das vendas de calçados para corridas migrou, no ano passado, dos tênis de alto desempenho técnico produzidos para atletas para modelos mais baratos voltados ao uso casual, uma mudança que está alterando a economia do maior mercado de calçados esportivos. Há vários fatores em jogo — incluindo uma confusão envolvendo alegações de saúde referentes aos tênis não estruturados tecnicamente para corridas. Mas a causa mais ampla é a chamada tendência do “lazer esportivo”, que está remodelando o cenário varejista com uma fusão entre condicionamento físico e moda. As vendas de tênis de corrida que custam mais de US$ 125 nos Estados Unidos (a maioria modelos focados em desempenho), caíram 18% nos 12 meses encerrados em 11 de abril, enquanto as dos tênis de corrida que custam menos de US$ 125

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risa calçados

(como os voltados para os amantes da moda), subiram 8% no período, segundo a SportsOneSource, firma que monitora o setor. Como resultado, o mercado está virando um jogo de números, com a quantidade de linhas casuais impulsionando mais as vendas que os preços altos dos tênis de desempenho. “Que eu me lembre, é a primeira vez, e eu estou nesse negócio há 14 anos, que as vendas unitárias estão crescendo mais que as vendas em dólar em geral”, diz Neil Schwartz, diretor de desenvolvimento de negócios da SportsOneSource. Os tênis de corrida são a principal categoria de calçados esportivos dos EUA por vendas no varejo. Suas vendas cresceram 3,5%, totalizando mais de US$ 6 bilhões no ano passado. É uma categoria ampla que inclui tênis de treinamento de alta tecnologia destinados a maratonistas, que podem chegar a custar



ESTILO

Tênis da marca Onity

Tênis da marca GLK

56

risa calçados

US$ 200, e também outros modelos usados principalmente por questões de moda e que são vendidos a preços inferiores a US$ 100 nos EUA. “Devido ao crescimento desse negócio do tênis de moda, o uso casual está crescendo e está sendo ainda mais segregado do lado do desempenho”, diz Schwartz. Sempre houve pessoas que usam tênis de corrida para fins que não envolvem o esporte. A novidade é que os consumidores estão se voltando com tamanha força para modelos mais baratos que têm um visual mais esportivo, mas não são de fato voltados para a prática de esportes, que isso está fazendo com que fabricantes como a Adidas reformulem suas linhas de produtos e varejistas esportivos como a Finish Line Inc. ampliem o espaço destinado aos calçados que têm um apelo mais de moda. “É uma mudança de penetração, que se distancia da corrida em direção aos tênis com menos tecnologia e mais voltados para estilo de vida”, diz Lauren Blanda, gerente geral de merchandising da City Sports, rede americana de lojas de artigos esportivos.

A Kohl’s Corp. está lucrando com tênis mais baratos de desempenho e tênis esportivos casuais de empresas como a Skechers USA. Glenn Lyon, diretor-presidente da Finish Line, diz que suas lojas estão vendendo mais tênis casuais do que no passado. Tênis de corrida são a principal categoria da rede varejista de calçados Famous Footwear, segundo o diretor superintendente, Rick Ausick. Ele recentemente notou que os clientes estão preferindo tênis de corridas aos modelos focados em desempenho. “Em outras palavras, achamos que a maioria de nossos clientes está comprando um tênis para passar o fim de semana em vez de um para correr por cinco quilômetros”, diz. O segmento de corrida técnica não tinha um grande sucesso desde o apogeu do tênis minimalista, cuja forma imita o contorno dos pés. A tendência surgiu na virada da década, com alegações de que correr descalço era mais saudável, mas as vendas despencaram no ano passado, quando essas alegações foram minuciosamente analisadas. Desde então, as vendas de tênis técnicos



ESTILO

Tênis da marca Drone

“Devido ao crescimento desse negócio do tênis de moda, o uso casual está crescendo e está sendo ainda mais segregado do lado do desempenho”

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risa calçados

de corrida mais estruturados cresceram, mas não com o mesmo fervor. “O consumidor está realmente confuso sobre o que deve usar e não está seguro se deve confiar no vendedor”, diz Matt Powell, analista do setor do NPD Group. A Adidas teve algum sucesso com sua linha de tênis para corrida Boost, mas com o preço acima de US$ 150 o par, o produto era demais para o mercado de massa. Paul Bowyer, diretor do segmento de corridas da Adidas nos EUA, diz que a empresa deve lançar duas novas linhas de tênis para corridas em 2016, com preços entre US$ 50 e US$ 100. Em março, o diretor-superintendente da marca Nike, Trevor Edwards, disse que tênis “inspirados em corridas” como o Roshe estão vendendo bem, mas a empresa está trabalhando em desafios para sua categoria principal de corrida, que “não está com o bom desempenho que gostaríamos que estivesse”. Fontes internas dizem que isso está acontecendo porque podemos ter deixado para trás o auge do modelo Free, da Nike. No mercado há

cerca de dez anos, os tênis Free se tornaram um campeão de vendas não só para a Nike, mas para toda a indústria. “Nos espaços de moda esportiva, eles não estão mais usando os Free, da Nike”, diz Blanda, da City Sports. Ela diz também que o modelo mais novo do Free, lançado no início do mês, está vendendo bem, mas que a força da linha como um todo “já não é mais o que era há um ano”. O enfraquecimento dos modelos mais técnicos levou varejistas esportivos tradicionais a rever suas ofertas. Isso tem ajudado as lojas da City Sports, segundo Blanda, porque o ciclo de um tênis técnico de corrida pode chegar a dois anos e o de um tênis casual tem um ciclo de entrada e saída das lojas em torno de 12 semanas. Ao encomendar os tênis voltados para estilo de vida em quantidades limitadas, a loja mantém seus estoques renovados, diz ela. Fonte: The Wall Street Journal Brasil





VAREJO

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risa calรงados

por valter junior


PERFIL DO VAREJO de calรงados Conhecer bem para vender melhor


VAREJO

Existem mais falácias e poucas informações”, afirma o diretor do Fórum Couromoda, Airton Manoel Dias, ao se referir ao universo calçadista. E justamente para tentar suprir essa carência, foi realizada a segunda edição da pesquisa Perfil do Varejo Brasileiro de Calçados, entre outubro e novembro de 2014. O resultado dessa pesquisa está sendo apresentado em todos os polos calçadistas do Brasil e a Risa traz os principais pontos desse estudo bastante esclarecedor sobre o perfil do varejo calçadista brasileiro. Para o diretor do Fórum Couromoda, a realização do perfil colabora para um mercado mais competitivo, competente, atraente e moderno. “Conhecer esses resultados é fundamental para o varejo e, ainda mais, para a indústria, já que dessa forma

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risa calçados

é mais fácil de se encontrar as soluções mais adequadas que esse novo varejo precisa”, fala, ao destacar que muitas informações que não se tinha antes, agora são conhecidas e podem ser debatidas pelo setor. Das 380 empresas pesquisadas, 
63% são sapatarias mistas multimarcas,
45% delas têm um ponto de venda, 35% delas têm dois a cinco pontos e 16% são sapatarias femininas multimarcas.
“Em média, elas atuam em cinco ou seis pontos”.

Em relação ao (faturamento médio mensal, 47% das empresas declaram faturar até R$ 150 mil (R$ 1,8 milhão por ano) e 22%, entre R$ 151 e R$ 300 mil. A classificação fiscal das empresas indica que 78% atuam como Simples, 14% pelo Lucro Presumido e 8% pelo Lucro Real. Do universo pesquisado, 89% atuam somente com lojas físicas, 11% com lojas



VAREJO

físicas e virtuais. Os estoques por região, apresentaram aumentos se comparados com a última pesquisa, realizada em 2012. A média brasileira subiu de 111 dias para 120.
A região Sul foi a que teve o segundo maior aumento, passando de 117 dias para 126. Já o Sudeste cresceu de 108 para 126 dias.
 Mark-up médio tem crescimento O percentual que a loja coloca no preço de determinado produto apresentou elevação na comparação com a mesma pesquisa de 2012. O mark-up médio praticado pelos lojistas passou de 111%, em 2012, para 116%, em 2014. “Se uma loja comprou um produto por cem reais da indústria e colocar 116% de mark-up, o lojista vai vender o pro-

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risa calçados

duto por 216 reais. Esse aumento no percentual ocorreu, provavelmente, para assegurar um resultado operacional positivo da ordem de 5% a 7%”, destaca Dias, ao observar que houve crescimento do mark-up praticado em todas as regiões e em todas as linhas. Os varejos simples tiveram um mark-up inferior aos de lucro presumido e de lucro real. “Como ocorre nas despesas, o mark-up também sofre alteração, dependendo do tamanho da empresa e de sua classificação fiscal. Quanto maior a empresa, maior o percentual de mark-up declarado”.

 Aumento nas redes estaduais
 Diversos pontos sobre o varejo brasileiro foram analisados em empresas de todos os tamanhos para



VAREJO

Interior de uma das lojas da Rede Besni

Das 380 empresas pesquisadas, 
63% são sapatarias mistas multimarcas,
45% delas têm um ponto de venda, 35% delas têm dois a cinco pontos e 16% são sapatarias femininas multimarcas. Em média, elas atuam cinco ou seis pontos representar o universo calçadista do Pais. Um deles foi a representatividade das empresas regionais em relação as que estão presentes em todo o território brasileiro. De acordo com o diretor do Fórum Couromoda, nos últimos cinco anos, houve um crescimento muito forte dos pontos de venda das redes estaduais. “Eles têm uma concentração muito grande de lojas em uma determinada região, o que também altera a forma de venda”, comenta Dias, ao lembrar que esse aumento é bem menor em relação às redes nacionais.

 Estoques em contínua transformação
 A quantidade de coleções que são lançadas pelas indústrias por ano é um dos motivos para a queda no giro de estoque se comparado com uma década atrás. O giro médio que era de seis meses agora é de quatro meses. “A indústria não devia ter uma política de venda igual para os três tipos de varejo: simples, lucro

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risa calçados

presumido e lucro real. E as que conseguirem se ajustar aos novos prazos de entrega vão se beneficiar”, reforça Dias, ao salientar que a indústria também tem que se preparar para as nuances do País, como as datas regionais e nacionais. Vendas de calçados sobem 6,8 no primeiro trimestre de 2015 No acumulado do primeiro trimestre de 2015, três setores fecharam com crescimento e três com queda. No campo positivo tivemos as altas de 6,8% no segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios; de 3,3% em móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática; e de 2,2% nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas. Aqueles que tiveram recuos foram os segmentos de veículos, motos e peças (-8,7%); combustíveis. Fonte: Jornal NH e Assintecal





MODA

da redação

ELAS ESTÃO DE VOLTA Gladiadoras voltam às vitrines. Mas é preciso cuidado para combinar

N

o ciclo eterno de vai e volta da moda, o verão 2016 traz em destaque uma tendência dos anos 2000: a sandália gladiadora. O modelo polêmico, do tipo ame ou odeie, vai aparecer nas lojas em versão longa, com tiras que chegam até os joelhos, com salto, rasteira e com franjas. De acordo com a consultora de moda, Glória Kalil, as sandálias tipo gladiadora estão na moda, sim. Mas é preciso ficar atenta na hora de montar o look e não pagar mico. “Estão na moda mas não significa que fiquem bem em todo mundo nem que sejam esteticamente equilibradas. Especialmente aquelas longas que chegam quase até o joelho”, afirma Kalil, que também dá dicas de como usar o modelo que vai ter seu grande revival neste verão que chega. Se liga! 1. Não ficam bem em pessoas mais velhas; se você não tem mais o tal frescor da juventude, opte pelas de tiras menores. 2. Não funcionam para quem tem pernas curtas; se além de curtas elas forem grossas o jeito é escolher as sandálias bem longas que redesenhem o formato das pernas. Deixe as de cano curto para quem tem canela mais fina. 3. Ao escolher sua gladiadora dourada ou prateada, olhe-se de costas; muitas delas têm apenas duas tirinhas atrás (uma na altura do tornozelo, outra na batata das pernas) e dão a impressão de que você se machucou e está usando uma prótese ortopédica. 4. As metalizadas, mesmo as de salto baixo, podem acompanhar looks de festa - embora sempre fiquem um pouco com cara de fantasia.



COLEÇÃO

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risa calçados

da redação


NATURAL

URBANO Kildare se destaca com sua nova coleção primavera/verão 2015-2016

R

everenciando o conceito “Coloque Alma em Tudo”, a Kildare mira no homem moderno, irreverente, que vai atrás dos seus sonhos e faz da vida uma eterna aventura. É nesse espírito que a marca apresenta a campanha de primavera/verão 20152016, onde o “Cara Kildare”, em um momento de descontração – que se traduz em um refúgio para a correria da rotina urbana –, aproveita para relaxar com estilo. Fotografado por Carlos Contreras e estrelado pelos modelos Guilherme Roth (LOV Model Management) e Gabriella Soltys (Super Agency), o ensaio foi realizado em uma locação que transita entre o clima da natureza em contraste com o cenário ao fundo (skyline), idealizando uma conexão com o natural e, ao mesmo tempo, com o cotidiano das grandes cidades.


COLEÇÃO

A Kildare mira no homem moderno, irreverente, que vai atrás dos seus sonhos e faz da vida uma eterna aventura

76

risa calçados

Em destaque na campanha, aparecem os principais lançamentos para a temporada quente, entre sapatos, sandálias, joggings, siders e abotinados, que abordam os conceitos de casualidade e descontração. O mix selecionado sintetiza uma coleção de produtos simples e com alma jovem, ideal para a atmosfera informal da primavera/verão 2015-2016.





ANUNCIANTES

Anunciante

80

risa calçados

Telefone

Pág.

ABS

(37) 3287-0281

67

Ana Amaral

(37) 3226-2001

33

Andaime

(37) 3226-1052

46

BDMG

(31) 3219-8000

65

Besni

(11) 3357-0500

82

Cadenza

(37) 3225-4900

70

Capelli Boots

(16) 3722-2987

11

Clovis

(11) 3327-3327

07

Danper

(37) 3288-1288

34

Drone

(37) 3227-1116

60

Evydency

(37) 3225-0222

05

Feira Moda

(34) 3210-2391

77

Fenova

(37) 3228-8500

78

Frad

(11) 4220-4788

37

Gibizinho

(37) 3226-4672

27

GLK

(37) 3226-5177

57

Happy Star

(37) 3226-2044

17

Julia Mezzetti

(31) 3508-8200

59

Kiko&Kuka

(37) 3226-6888

08

Madstar

(37) 3226-2866

81

Magia da Terra

(37) 3226-2208

39

Mundial Sport

(37) 3287-1003

69

Nara Martins

(37) 3226-1016

43

New Acess

(37) 3226-0379

21

Onity

(37) 3226-5300

52

Panky

(37) 3226-1077

51

Pé de Aço

(37) 3225-2393

69

Pepita

(37) 3226-0650

13

Randary

(37) 3225-1502

73

Raster

(37) 3226-1719

29

RCA

(37) 3226-1353

45

Riccal

(37) 3226-5160

72

Risa

(37) 3226-3229

43

RKM

(37) 3226-2044

15

Sport Fire

(37) 3228-2340

31

Scaleno

(37) 3226-2615

09

Talya

(37) 3226-3660

22

Via Vip

(37) 3228-9000

02

Velluti

(37) 3228-0000

84






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