Risa Revista do Calcado - Ed. 59

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ÍNDICE

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CAPA

A evolução do design

Foto: Rafael Xavier Local: Estúdio digital Risa Calçado: Black Free, (37) 3228-2421

14 Como elas consomem 22 Empreendedor X intuição? 28 Processos criativos 40 A evolução dos esportivos 58 Marketing: online ou offline? 64 Antepassados dos calçados 68 Criatividade, outdoor vivo 72 Quem calça as estrelas? 84 Moda inverno 4 - Risa



editorial

“Crescer não é evoluir, crescer é ficar maior, evoluir é ficar melhor”. O desconhecido autor traduziu em poucas palavras o que a Risa traz pra você nesta edição. Evoluir é estar melhor em todos os sentidos, é observar o mundo e seguir na direção certa. Todos nós precisamos evoluir. O tempo e, consequentemente, o mundo não para e os que não evoluem ficam para trás. Nesta edição da Risa contamos a história da evolução do design nos calçados e como os modelos estão cada vez mais arrojados e tecnológicos. Falando em design, temos uma matéria especial sobre os vários tipos de equipes de design e como eles podem potencializar sua empresa. Além disso, os estilistas de calçados preferidos das estrelas e os famosos que criam suas próprias coleções de sapatos também pousaram nas páginas da Risa para mostrar que estar em constante evolução é a receita do sucesso. Boa evolução e uma agradável leitura. Ricardo Xavier.

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PROFISSão Por Valter Junior

Representante Gentil Cindo décadas dedicadas ao setor calçadista

Há 50 anos trabalhando como representante comercial. Gentil Pereira de Moraes exibe sorriso largo e irreverência ao contar sua história de vida para a Risa. Sr. Gentil, como é conhecido, leva sua gentileza para seu ambiente de trabalho e conquista clientes e fabricantes com sua disposição e profissionalismo. Hoje, casado e com cinco filhos, Gentil continua com seu cantinho de trabalho, “onde tenho um telefone, uma mesa e um armário” e a dizer com alegria: “amo ser representante”. Seus 75 anos não escondem o ânimo e a paixão com que leva sua profissão. Gentil possui uma forma peculiar de trabalho, caracterizada pela irreverência e seriedade com que encara os negócios. De Bragança Paulista como vendedor de loja de confecções para calçados, para São Paulo, onde se tornou um dos mais queridos representantes do Brasil, Gentil Percorreu um longo caminho. O que o fez mudar de profissão? Sua vontade de conquistar sua independência financeira fazendo aquilo que gosta. “O que consegui ao longo desses 50 anos de trabalho, é um orgulho para mim. Não me arrependo em nada, porque consegui minha autonomia e criar meus cinco filhos, todos formados em diversas profissões”, relata. Seu primeiro cliente como representante comercial foi uma grande magazine da cidade de São Paulo. “Achei que se eles comprassem meu produto, todas as lojas da cidade também comprariam”. De lá pra cá, Gentil passou a se entregar de corpo e alma às empresas para qual trabalhou e conquistou inúmeros clientes e amigos. Para ele o que determina um bom representante é o estabelecimento de uma rotina de trabalho eficiente. “Começa por conseguir agendar com o cliente o dia e hora apropriados para a visita. O segundo passo é comparecer na data e hora marcada para a visita, mostrar seu produto, esclarecendo o cliente sobre as qualidades do mesmo, preço e data de entrega. Após fechar a venda e enviar o pedido a fábrica, temos que acompanhar a rotina de fabricação e o prazo de entrega do produto. Além disso, é imprescindí-

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vel informar o cliente sobre alguma alteração no produto ou na data e acompanhar o mesmo até sua entrega”. Problemas como atraso ou mudanças nos pedidos são os que mais acometem os representantes. Mas, ao invés de pressionar um dos dois lados, a estratégia de Gentil é ser a balança para equilibrar os conflitos. “As dificuldades são muitas, o representante perante o cliente é a voz do fabricante, e perante o fabricante, é a voz do cliente. Então ele deve tentar equilibrar esta balança e se ele for bom terá êxito”. “A profissão de representante é muito importante, pois sem ela seria muito mais difícil e dispendioso para os fabricantes conseguirem apresentar seus produtos no mercado. Os representantes são o elo entre a fábrica e o cliente. Sei perfeitamente que com o advento da tecnologia moderna essa profissão esta fadada a desaparecer, e mesmo sabendo disto eu continuarei trabalhando, porque este foi meu projeto de vida, idealizado quando ainda era jovem e que, graças à Deus, nos mantém até hoje. Eu amo ser representante!”, conclui Gentil.



EXPEDIENTE

Nossa EQUIPE Diretor Executivo Ricardo Xavier Jornalismo Valter Junior Administrativo Andresa Santos Revisão João Hilário Criação Rui e Rafael Xavier Fotografia e tratamento Rafael e André Azevedo Assistente de Arte Fernanda Costa e Pedro Xavier Colaboradores Cássio, Hilário, Kenya, Rui, Saulo e Wilson Banco de Dados Rogério Xavier Astra Informática Atendimento Nova Serrana/MG Milher Magno (37) 3226-3229 Franca/SP Rejane: (16) 3012-1550 Matriz Rua Rio Araguaia, 301 Nova Serrana/MG Cep: 35519-000 atendimento@risanet.com.br

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A Risa Revista do Calçado não se responsabiliza por conceitos emitidos nos anúncios, artigos assinados e nos informes publicitários.

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comportamento Por Valter Junior

Como elas consomem

As mulheres estão consumindo mais! Por outro lado, estão mais exigentes e menos fiéis às marcas. O varejo terá que se adaptar para acompanhar a demanda da mulher brasileira, que nos últimos 10 anos, aumentou sua fatia no bolo do consumo e conquistou espaço antes ocupados só por eles. Quem é mais consumista, o homem ou a mulher? Apesar das inúmeras pesquisas e estudos sobre o tema, a resposta nunca foi simples como 2+2=4. Mas que o consumo feminino tem aumentado

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ano pós ano, isso é uma constatação! E quando se trata de comprar sapatos, não restam dúvidas de que elas são as campeãs. Na última década, o percentual de lares chefiados por mulheres subiu de 22,2% para 37,3%, de acordo com o IBGE. A participação nos gastos em produtos e serviços também subiu entre elas, principalmente nas classes de baixa renda. Nas classes A e B, de cada R$100 gastos, as mulheres são responsáveis por R$25. Já na classe C, esse valor sobe para R$70!



comportamento

É inegável que, nos últimos 10 anos, com a ascendência de 40 milhões de brasileiros à classe média, as mulheres (e os homens também), passaram a levar para casa carrinhos e sacolas cada vez mais cheios. Um estudo da Focal Pesquisas, em parceria com a Associação Brasileira de Indústrias de Calçados (Abilcalçados), revelou que, além de mais consumistas, as mulheres estão mais exigentes e seletivas, principalmente na hora de comprar o grande fetiche feminino, o sapato. A pesquisa ouviu 2.429 mulheres com idade média de 34 anos, em Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo e deu origem ao segundo relatório Azimute 720, que traz informações preciosas sobre o comportamento do consumidor feminino. Marcas Segundo os dados do Azimute 720, quase 90% das mulheres possuem ren-

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da própria e não são fiéis à uma única marca. Das entrevistadas, 65% disseram que preferem as lojas multimarcas, àquelas que oferecem produtos de marcas diferentes, e só 5,9% são adeptas aos estabelecimentos que comercializam produtos de uma só marca. A comparação entre um calçado e outro também é um dos principais prazeres da compra revelados pela pesquisa. “As mulheres estão mais independentes, menos fiéis às marcas e exigindo uma adequação do mercado. Mais de 85% das entrevistadas possui renda própria e 76% delas não pode ser representada por uma única marca”, destacou o diretor da Focal Pesquisas, Gustavo Campos, durante a divulgação do relatório em fevereiro deste ano. As mulheres também estão mais dispostas a pagar mais por produtos que estão na moda (53,3%), mas pra isso, elas precisam saber o que está na



comportamento

moda. Neste quesito, ganham ponto as lojas que possuem equipes de vendedores capacitados e conhecedores das tendências da moda, que sejam capazes de apresentar os produtos de forma adequada e convincente. Uma surpresa no relatório foi que as mulheres estão priorizando os calçados que integrem elementos como calce, conforto, beleza e preço, independente da marca. No armário das mulheres da classe A, concluiu o estudo, também haverá sapatos que pelo posicionamento do mercado pertencem à classe C. “A mulher moderna quer ter o máximo de opções e é por isso que a multimarca é um castelo indestrutível, ressaltou Gustavo. Influência Vários fatores influenciam as mulheres na hora da compra ou antes mesmo de sair de casa para isso. A maioria das entrevistadas (85%), disseram que compram sapatos em grande quantidade. A média de pares consumidos é de seis por ano (três no outono-inverno e três na primavera-verão). Isso significa que as indústrias de calçados precisam lançar um produto novo a cada 60 dias ou menos. Além disso, os lojistas devem estar atentos aos lançamentos para não perder a clientela para a concorrência. “O ciclo deve acelerar ainda mais com a chegada das grandes redes européias no Brasil. A moda também tem papel fundamental no ato da compra, já que 53,3% das entrevistadas disse pagar mais por um produto em evidência.

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Sendo assim, é preciso investir em comunicação, mídia, anúncios, feiras, entre outros. Se a feira está cara, negocie. Mas nunca deixe de participar e deixar o seu produto na mídia”, comentou Campos. Com a dificuldade de locomoção cada vez mais latente nas grandes cidades e também no interior, as mulheres pensam duas vezes antes de ir longe, à procura de um sapato. Cerca de 40%, preferem comprar calçados em lojas no seu bairro ou em outro próximo. Esse dado exige um novo posicionamento que considere melhor a distribuição dos produtos, principalmente nos grandes centros. Outro fator que influencia no consumo feminino é a opinião das amigas. Um terço das entrevistadas costuma comprar calçados imaginando o que as amigas vão pensar, e 40% delas dizem influenciar nas compras dos sapatos das amigas. O e-comerce também passou a fazer parte da rotina de compra das mulheres. O interesse em comprar sapatos pela internet subiu. O último levantamento apontou que apenas 0,5% das mulheres utilizam esse tipo de comércio, em 2014, 2,5% já praticam esta modalidade de compra. Com mais de mil páginas sobre o comportamento do consumidor feminino, o Azimute 720 conseguiu identificar o que é mais relevante no calçado para mulher. De acordo com o levantamento, o Calce e Conforto são prioridades para 62,8% das mulheres em um calçado. Já o Design/Estilo é o segundo item mais observado, (53,2%), ficando a frente do Preço, que determina a compra de 38,4% das mulheres.





ARTIGO Por Leila Navarro

Perfil empreendedor e intuição combinam?

Você deve se lembrar de alguns momentos em sua vida que sabia algo, mas não sabia o porquê deste saber, nem sua lógica. Você apenas queria seguir aquele caminho, pois tinha a ciência de que daria certo, porém não conseguia explicar o porquê da sua escolha. Isto ocorre porque você não possui dados suficientes arquivados em seu conhecimento analítico para justificar esse tipo de atitude. Isto é intuição. A intuição sempre será parte do processo inovador. Ela pode ter vários nomes, e ser chamada de ideia, inspiração, faísca, brilho, dentre outros. São substantivos que deixam subentendidos que o processo inovador é dotado de qualidade e energia. Ele é uma parte natural de nossas vidas, e pode ocorrer com qualquer pessoa em diferentes situações. O processo intuitivo é a habilidade que temos de saber algo diretamente, sem necessariamente, pensarmos analiticamente. Acredito que a intuição é uma aptidão ainda pouco reconhecida e, geralmente, associada a uma competência feminina. Ela não é ativada, estimulada ou valorizada como deveria e, por isso, desperdiçada. Isso porque nossa cultura é basicamente formada por inúmeras informações que dependem de análises que, por sua vez, devem ser medidas e verificadas constantemente, abdicando, assim, da intuição.

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artigo

O pensamento analítico constata o que já é sabido, como estatísticas e dados baseados no passado. No entanto, o pensamento intuitivo baseia-se em pouquíssimas informações analíticas e está relacionado às tendências futuras, posturas positivas e acessa outros fatores, como se “visse uma luz no final do túnel”. O potencial empreendedor no mundo moderno tem muito a ver com o despertar do poder intuitivo. Ao parar para analisar, você encontrará diversas situações em sua vida, em que soluções, aparentemente impensadas, resolveram problemas pensados em momentos completamente inesperados. Foi a intuição que trabalhou por você neste momento. Infelizmente, passamos muitos anos da nossa vida aprendendo a pensar analiticamente e pouco tempo aprendendo a pensar intuitivamente. Porém, a intuição pode ser treinada e desen-

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volvida, e, consequentemente, incorporada ao processo inovador. Inovar é renovar, é trazer novidades, é ampliar horizontes. É trazer a felicidade ao seu processo criativo, às suas metas, aos seus sonhos. A intuição independe de raciocínio, mas se você souber se atentar aos detalhes que ela proporciona, só tem a ganhar em todos os aspectos da sua vida profissional e pessoal. Você entrará em sincronicidade com o universo juntamente com seus planos, e como disse Gandhi “a felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia”.





EQUIPE

Por Victor Barbieratto

Processos Criativos e o Desenvolvimento de Produtos

A atividade de criação de novos produtos pode ser vista de diversas maneiras, dependendo do foco e das experiências de vida de quem está avaliando. Há quem pense que os designers e criadores são loucos, insanos e desorientados, pois precisam ter ideias que extrapolam o comum para poderem criar coleções inovadoras. Na verdade, o processo criativo não é bem assim. Como disse Thomas Edison: “a genialidade é 99% transpiração e 1% inspiração”. Enxergo o processo de criação de produtos da mesma forma. O conhecimento técnico e a constante atualização do profissional criativo dão embasamento para que as criações possam sair do papel e tornar-se realidade. Como designer de produtos, sempre sigo o lema de que não podemos fazer obras de arte. Os bons projetos

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são aqueles que vendem e trazem o retorno esperado para o cliente. Belos projetos que não se traduzem em retorno financeiro para o cliente não podem ser considerados projetos de sucesso. Isso deve ser levado em conta em cada projeto, pois nem sempre os produtos projetados são absolutamente inovadores e diferenciados. Tudo depende do foco do projeto e da coleção de produtos. Se o público-alvo não absorverá produtos muito inovadores, eles acabarão sendo micos de mercado, e não representarão bons projetos. Neste caso, é indicado que se tenha um conjunto de projetos de bons produtos, com conceitos diferenciados aplicados em produtos mais comuns, que serão mais facilmente absorvidos pelo mercado.



equipe

Os Diferentes Tipos de

Equipes de Design

Cada designer, ou equipe de design, possui um método criativo que mais lhe agrada e se adapta ao mercado de atuação. Equipes de design automobilístico, por exemplo, costumam adotar um esquema de competição interna por projetos, que exacerba a sensação de estarem sendo provados a cada momento e, com isso, gerando melhores projetos. Em minhas aulas para designers em formação, busco sempre adotar estratégias de trabalho em equipe, visando somar as qualidades e conhecimentos adquiridos de cada designer. Esta somatória de habilidades pode fazer com que os projetos criados sejam mais completos e atendam às necessidades e desejos dos clientes. O método de trabalho das equipes de design automobilístico também possui seus pontos negativos. O ambiente do departamento de criação por vezes

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não é dos melhores – seu concorrente está sempre na mesa ao lado. Também podemos pensar nas pesquisas de novas tecnologias e aplicações, que neste formato de operação, não são compartilhadas entre as equipes. Separadamente, podemos ter a reinvenção da roda acontecendo em duas equipes, o que é um desastre para a empresa. Os trabalhos realizados por uma equipe de designers possuem também diversos pontos negativos, com certeza. O confronto de ideias e conceitos podem gerar problemas importantes no desenvolvimento de um projeto. Nem sempre as ideias de um profissional são aceitas por outra pessoa, e isso pode ser ainda pior se os prazos do projeto em questão forem muito curtos. A pressão exercida em uma equipe toda pode gerar níveis de estresse que abalam ou comprometem os projetos.



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Equipe interna

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Uma equipe bem estruturada, com profissionais de diferentes áreas, com diferentes níveis de conhecimento e experiência, pode diminuir os altos e baixos encontrados no decorrer de um projeto. Neste caso, as diferenças entre cada um fazem com que uma equipe heterogênea alcance melhores resultados.

quitetos, engenheiros civis, designers de produto e designers gráficos é necessária. Somente com os engenheiros envolvidos desde o início na criação, os arquitetos e designers conseguirão criar “com os pés no chão”, pois nenhum deles possui obrigação de saber detalhes estruturais do projeto.

Especialidades da Equipe Quando pensamos em grandes projetos (como por exemplo, os estádios da Copa do Mundo Fifa 2014), diversas equipes são formadas, cada uma para resolver diferentes partes dos projetos. Dentro destas equipes, são necessários profissionais com formações diferentes, buscando sanar os problemas e entraves de cada atividade. Por exemplo, para a criação dos estádios, uma equipe composta por ar-

Equipes de Design Internas Em empresas de calçados e artefatos de moda, são comuns as equipes internas de pesquisa, criação e desenvolvimento de produtos. Este formato de atuação é exemplificado abaixo: Os profissionais contratados são responsáveis por todo o âmbito dos projetos, desde sua criação até a seleção de fornecedores, formas de divulgação e demais atividades do desenvolvimento dos produtos.



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Equipe externa

Equipes de Design Externas Não é mais novidade para as empresas do setor coureiro-calçadista as prestações de serviços de design e desenvolvimento de produtos. Por experiência própria, posso dizer que é um formato de trabalho ainda em adaptação – por muitas vezes, os empresários possuem receio de abrir informações importantes da empresa para um consultor externo. O comprometimento deste consultor é de suma importância para o sucesso dos projetos, pois toda sua documentação e acompanhamento devem ser feitos à distância, visto que não há uma presença física na empresa durante todo o período de trabalho.

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Assim como as equipes internas de design, o trabalho com equipes externas possui seus prós e contras, que são mostrados no quadro abaixo:

Equipes de Design Internas Terceirizadas Há ainda um terceiro formato de trabalho com equipes de design – as equipes internas terceirizadas. Comuns no mercado automobilístico, os contratos são feitos entre a montadora e um escritório de design, que instala um designer (ou equipe de design) dentro de seu cliente. Desta forma, todos os suprimentos necessários, além de remunerações e demais obrigações, são providos diretamente pelo escritório de design contra-

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tado. Isso facilita muito as atividades da montadora, pois todas as preocupações com o desenvolvimento de produtos ficam focada em um único contrato. Além disso, toda a obrigação de desempenho e resultados é resolvida pelo escritório de design, que se responsabiliza por responder à demanda contratada. Esta é uma forma de trabalho ainda mais inovadora, pois a integração dos funcionários terceirizados à empresa deve ser total, visando os resultados almejados.



equipe

Motivação das Equipes Seja qual for o formato de atuação da equipe de design de sua empresa, o importante é que seja composta de profissionais com boa formação e, acima de tudo, com alto nível de envolvimento e empolgação com os projetos. As atividades criativas sofrem alta influência quando os profissionais não estão motivados para a resolução dos projetos. A motivação é um item essencial neste tipo de atividade, e pode ser conseguida de diversas maneiras: • Designers precisam de desafios: fazer projetos similares por bastante tempo não motivam mentes criativas. Novos desafios fazem com que a equipe precise buscar novas soluções e, assim, cada profissional aprende um pouco mais; • Designers precisam de suporte técnico: apesar de ser necessário o conhecimento técnico básico do produto que está sendo projetado, existem detalhes que somente os profissionais com formação técnica (modelistas de calçados, por exemplo) podem assegurar. Uma equipe de design com suporte técnico rende muito mais, pois não foca os projetos em detalhes ina-

tingíveis. É de suma importância que esta equipe técnica esteja integrada à criação desde o início, e sempre ciente das mais novas tecnologias existentes no mercado, buscando apresentá-las aos designers para a criação de produtos inovadores; • Designers precisam de reconhecimento: mentes criativas precisam ser estimuladas constantemente. A criação de produtos pode ser comparada à maternidade (ainda mais quando estamos falando de um jovem profissional). Todo o empenho do designer em um projeto pode se esvair quando o profissional percebe que seu trabalho não está sendo valorizado, acarretando assim em criações menos eficazes; • Designers precisam de acesso à informação: como criar produtos sem conhecer o histórico de vendas da empresa? Como selecionar e aplicar materiais sem saber qual é a real situação do estoque da empresa? Como projetar produtos sem conhecer a fundo o público-alvo para o qual se destinam? Estas informações devem estar sempre à mão, pois bons designers se preocupam com o projeto como um todo.

Victor Barbieratto é especialista em calçados. Graduado em Design de Produto pela Unesp, com MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV. Realizou trabalhos de desenvolvimento de solados, cabedais e arte-final para clientes do Brasil, Venezuela, México, Guatemala, França e Itália. Atuou como designer de calçados da Penalty nas linhas infantis, casuais, running e futebol. Atualmente, está à frente do Creek Design Studio (Ribeirão Preto/SP), desenvolve projetos em parceria com a Assintecal e é professor da escola de design Immaginare. Contatos: victor@creek.com.br www.creek.com.br

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TECNOLOGIA Por Valter Junior

A evolução dos esportivos

A família Flintstones, e todos os personagens do famoso desenho animado, compartilham uma característica comum, você sabe qual é? Não são os móveis como tv e geladeira, nem o carro de pedra, nem a alimentação rudimentar ou campanhas feitas de dinossauros. Também não são os penteados ou o comportamento boçal. São os calçados, ou melhor a falta deles! Os Flintstones foram criado em 1960, traduzido em mais de 20 idiomas e já foi assistido por mais de 300 milhões de pessoas no mundo. O contexto da idade da pedra remonta uma época em que proteger os pés ainda não era uma necessidade. Há mais de quatro mil anos, porém, as classes abastadas do Egito começaram a usar sandálias feitas de papiro trançado, cana ou fibra. O registro mais antigo de calçado fechado é do ano de 1595a.c., um modelo mesopotâmio que consistia em um pedaço de couro enrolado ao pé e atado com tiras de couro cru. Para se chegar aos modelos conhecidos hoje como tênis, o caminho

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foi longo. O calçado já foi um artigo de luxo, uma necessidade e hoje, faz parte do vestuário comum de todas as pessoas, pra não dizer que é quase uma parte do corpo. Esportivos A criação do calçado esportivo como conhecemos hoje, o tênis, tem estreita ligação com os Jogos Olímpicos da Antiguidade. Na Grécia, os competidores que usavam sandálias se destacavam nas competições e popularizaram o uso do calçado. Já no século II, os romanos introduziram as primeiras versões de palmilhas e pinças para melhor fixação. A mentalidade retrograda da Idade Média fez com que os calçados fossem usados ou para os serviços no campo ou como artigo de luxo para se destacar socialmente. Com a Revolução Industrial e o aparecimento de modalidades esportivas em todo o mundo os calçados ganharam importância não só no mundo esportivo, mas foi popularizado entre todas as camadas sociais.



TECNOLOGIA

Em 1895, foi criada a primeira empresa especializada em calçados esportivos, a Reebok, fundada pela família do empresário Joseph William Foster. Membro do Clube Atlético British Bolton, Foster não era tão veloz quanto seus adversários e começou a pensar em como virar o quadro. Com a aplicação, por ele mesmo, de pregos na sola do tênis, o rendimento de Joseph começou a melhorar. Vendo o sucesso de seu invento, criou a J. W. Foster Company, e logo todos os atletas do clube estavam usando calçados produzidos pela Foster. Foi o início da revolução da indústria de calçados esportivos, principalmente com o lançamento do modelo Running Pump, apresentado em 1909 e largamente usado nas Olimpíadas de 1924, em Paris. Paralelamente a invenção de Foster, foi descoberta a fórmula de preservação da borracha – a vulcanização – inicialmente utilizada para melhorar a qualidade dos pneus. Algumas indústrias de calçados dos EUA passaram a utilizar solados de borracha e substituíram o

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couro por tecidos mais leves e baratos. Nascia o Sneaker, que logo começou a se popularizar e ser utilizado por mulheres e também nas quadras de tênis. Entretanto, os calçados utilizados especificamente para prática de esportes (principalmente corridas) eram feitos em couro ultra fino, com uma sola em crepe (borracha natural). Alguns esportes, como futebol, exigia tachas de metal aplicadas no solado para melhorar a aderência, característica muito bem desenvolvida pela Adidas, com sua primeira chuteira, de 1925. Tecnologia A recuperação econômica pós Segunda Guerra permitiu o desenvolvimento de novos materiais e a aplicação de tecnologia na produção de calçados. O número de empresas e marcas de calçados esportivos aumentou consideravelmente criando uma concorrência internacional para a produção de calçados esportivos cada vez mais leves, baratos, confortáveis e resistentes.



TECNOLOGIA

Tecnologia Air

A tecnologia AIR criada pela Nike nos anos 1970 revolucionou a indústria esportiva ao introduzir uma bolsa de ar que proporciona maior amortecimento e leveza. A bolsa é composta de fibra interna e gases pressurizados que garantem também maior estabilidade. Na corrida pela preferência de atletas foram criadas também outras tecnologias de amortecimento como a utilização de gel pela Asics e o modelo DMX da Reebok. Na década de 1980 as marcas se viram obrigadas a oferecer uma tecnologia diferente das outras para se destacarem no mercado. Foi a época em que surgiu a sola intermédia de dupla densidade e a sola em varus, que aumenta significativamente o amortecimento. O Asics Tiger 1982, o Air Jordan Nike 1985 e o modelo feminino de 1982 da Reebok, são exemplos destas novas tecnologias aplicadas à fabricação do tênis.

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A produção de calçados esportivos nos últimos 20 anos evoluiu de forma fantástica. A introdução de tecnologia de ponta nos tênis, principalmente nos solados para oferecer maior amortecimento e impulsão, alargou amplamente o conceito de calçado esportivo possibilitando o desenvolvimento de centenas de modelos com as mais diferentes utilidades e características. Investimentos em pesquisas biomecânicas, inovação em materiais e componentes geram altos investimentos, que tendem a serem repassados aos produtos finais, o que acaba por gerar calçados com preços relativamente altos se comparados com outros segmentos de calçados. Por outro lado, todas estas evoluções possibilitadas pelos maciços investimentos resultam em calçados de alta tecnologia, que proporcionam aos usuários melhores performances e uma maior integridade física.



TECNOLOGIA

Para se ter uma ideia desta evolução separamos algumas das tecnologias aplicadas ao calçado esportivo pelas principais marcas de tênis.

Adidas Torsion O Torsion é uma tecnologia de apoio que reduz o peso do sapato pela substituição da espuma e borracha da sola por um plástico termicamente estável. Facilita o movimento independente do pé. A3 Tecnologia de amortecimento, estabilidade e impulso através de colunas em PU colocadas na sola intermédia. Climacool Tecido em micro fibra que evacua o suor quatro vezes mais rápido que o algodão. Consiste em canais de entrada de ar colocados de forma a reduzir a temperatura dos pés. Reebook DMX Duas ou mais câmaras de ar sem pressão conectadas entre si cujo ar, forçado pelo peso provocado pela prática esportiva, amortece os impactos e oferece alguma impulsão. Play Dry Tecnologia em tecido de micro fibra que ajuda a evacuar o suor mais rápido que os tecidos tradicionais. Diadora Doubleaction Amortecimento e impulso baseados na colocação de material visco elástico na sola para aumentar a capacidade de amortecimento de impactos e material mais firme na planta para aumentar a capacidade de resposta.

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Fila 3a Combinação de câmara de ar com pressão e material polimérico tipo PU para maior amortecimento. Nike Air Câmara em uretano com gás encapsulado sob pressão. Oferece maior capacidade de amortecimento de impactos da sola intermédia. Shox Tecnologia de amortecimento e impulsão que utiliza uma série de colunas em PU colocadas na sola intermédia dos sapatos.

Puma Cell Tecnologia baseada no princípio dos favos de mel. Os favos distribuem as forças verticais para o plano horizontal através das suas paredes.

Asics Gel Tecnologia de amortecimento de impactos que utiliza material semifluido com a capacidade de redistribuir as forças do plano vertical para o plano horizontal. Duosole Sola exterior feita de PU e borracha expandida. É consideravelmente mais leve e flexível que as solas tradicionais.



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Curiosidades

A numeração dos calçados surgiu na Inglaterra, em 1304. A medida era baseada inicialmente no grão de cevada; três grãos de cevada correspondiam a uma polegada.

Um dos primeiros modelos lançado pela Nike recebeu o nome de Nike Cortez, em homenagem ao conquistador espanhol que consquistou o México no século XVI, Hernan Cortez.

Em 1924 os irmãos Dassler fundaram a Gebruder Dassler Schuhfabrik, que mais tarde, com o fim da sociedade, se tranformou nas marcas Adidas e Puma.

Em Berlim, nas Olimpíadas de 1936, 40 medalhas de ouro foram conquistadas por atletas usando calçados Dassler, incluindo quatro do Americano negro Jesse Owens. O fato despertou ódio em Hitelr que mandou confiscar a fábrica dos irmãos Dassler durante a Segunda Guerra. No início dos anos 1980, uma greve nos transportes públicos de Nova Iorque, obrigou as mulheres a colocarem os sapatos de salto na bolsa e usarem tênis na volta para a casa.

Nos Jogos Olímpicos de 1932, em Los Angeles, o Alemão Arthur Jonath foi o primeiro atleta a conquistar uma medalha de ouro olímpica com um calçados Dassler.

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CAPA Por Valter Junior

O design dos esportivos Do Kichute ao Black Free, os desenhos dos calçados esportivos são cada vez mais arrojados

Há muito tempo o tênis deixou de ser um artigo usado simplesmente para proteger os pés ou em competições esportivas para se tornar um símbolo de poder e status, que dá o sentimento de pertencimento à determinada tribo ou estilo. Desde o lançamento de um dos tênis mais icónicos da história, o Nike Leather Cortez, de 1971, as empresas de calçados esportivos lançaram-se em uma guerra por modelos com design cada vez mais arrojados, modernos e que atendam as necessidades de seu público. Do Kichute ao Sneakers, passando pelo M2000 e Nike Shox, o design dos esportivos evoluiram, acompanhando as mudanças sociais e o progresso tecnológico e hoje, continuam nos pés e na cabeça de novas e velhas gerações. Tudo começou com três modelos que fizeram grande sucesso nas décadas de 1970 e 80: Conga, Bamba e Kichute. Podemos incluir nesta lista mais dois nomes. O All Star nasceu na década de 1920 e, 50 anos depois (talvez até hoje) continuou sendo um dos tênis mais populares do mundo, símbolo de rebeldia e atitude. A Keds, que fabrica esportivos desde 1916, lançou em 1960 um modelo de esportivo mais delicado, destinado ao público feminino. O Conga e o Bamba tiveram seu auge nas décadas de 1970 e 1980. O design era simples e o que variava eram as cores. Feito com praticamente três peças de tecido (cabedal, contraforte e língua), sola, palmilha e cadarços trançados em ilhoses, os modelos foram largamente usados por

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crianças e adolescentes. Em razão do baixo custo pelo qual eram vendidos, muitas escolas acabaram adotando um dos modelos como parte do uniforme. E o Kichute, quem com idade superior a 30 não teve um? Na década 1970, quando o Brasil se tornou tricampeão mundial, a Alpargatas lançou o Kichute, que se tornou o calçado mais popular e barato do planeta. Até Zico foi garoto propaganda do Kichute! O design não avançou muito em relação aos modelos já existentes, mas ao incluir peças no cabedal e travas no solado, que fazia do calçado, ao mesmo tempo tênis e chuteira, o modelo se tornou moda entre os jovens que o usavam tanto para ir à escola quanto para praticar esporte.


“Hoje, além da variedade de modelos, cores, estampas o design tem sido indispensável nas principais marcas do mercado”


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Em meados da década de 1980, os tênis esportivos começaram a ganhar desenhos mais arrojados e modernos. Mais peças de materiais coloridos, modelos com mais de três cores, além de coloração no solado e tecnologia aplicada à produção. Nike Air, Le Cheval, M2000 e New Balance, foram os grandes furacões que arrastaram as gerações de jovens e adultos em busca de status e estilo. Além das cores, as novas coleções ganharam modelos com cano alto e design futurista. Alguns possuíam línguas enormes e amortecedores coloridos. A década de 1990 trouxe variações para os modelos esportivos. A marca Vans, surgiu em 1996 fabricando modelos para skatistas, que se tornaram símbolos do vestuário rock alternativo.

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Modelos básicos como o Slip On, Old Skool e SK8 de cano longo, estão sendo reeditados em várias cores e estampas. A nova era iniciada com o ano 2000 também criou modelos de calçados esportivos futuristas e com tecnologia de ponta aplicada no desenho das coleção e na produção das peças. Mais uma vez a Nike saiu na frente e lançou, em 2001, o Nike Shox, um modelo com nova tecnologia de amortecimento e estabilidade. Além disso, o Shox combinava cores e design moderno e logo se tornou símbolo de status, já que o preço não era nada acessível. De lá pra cá, o design dos esportivos tem ganhado curvas, contornos e conceitos cada vez mais modernos, criativos e que atendem as necessidades de seu público.



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CASE - BLACK FREE No polo calçadista de Nova Serrana, há 120 quilômetros de Belo Horizonte, a empresa Black Free entendeu bem o novo conceito de design para tênis esportivo e tem lançado coleções com visual futurista, responsável por colocar seus produtos em quase todas as capitais do Brasil. Em 2013, a empresa revitalizou sua marca para refletir seu crescimento no cenário calçadista nacional. Com a campanha “Você faz seu mundo”, os modelos ganharam a visão futurista com a excelência e qualidade de sempre dos tênis Black Free. Além dos gigantes do segmento de calçados esportivos, o futuro é o que inspira o desenvolvimento do design dos tênis Black Free. Os anseios humanos, no que diz respeito à estética são pensados e trazidos para as coleções, seja

“Veja o detalhe do solado costurado na lateral do cabedal”

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ela masculino, feminino ou infantil. “Nós temos em mente que, além de conforto, o calçado precisa ter um visual que satisfaça os gostos estéticos do nosso consumidor. Assim, nosso público torna-se nossa inspiração, o seu dia a dia e suas vontades”, ressalta o diretor da empresa, Rodrigo Daniel Araújo. O design dos tênis Black Free busca refletir, com suas curvas e combinações de cores, o conceito da marca: modernidade, juventude e beleza. Cada modelo e cada coleção, afirma Rodrigo, passa por uma série de avaliações estéticas antes de serem levadas para produção. “Acompanhar o mercado, as tendências e acima de tudo, estar em sintonia com nosso público para conseguir aproximar marca e consumidor”, diz o diretor da Black Free.



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Desde o primeiro modelo, o design dos tênis Black Free evoluíram muito. As coleções atuais contam com curvas arrojadas e criativa mistura de cores. Os materiais e o solado são de excelente qualidade, além de leves e confortáveis, o que possibilita o desenvolvimento de modelos que agradam homens, mulheres e crianças dos mais variados estilos. Além disso, são desenhados para acompanhar o cliente no dia-a-dia, no trabalho, no lazer e na prática de atividades físicas. Não há dúvidas de que o diferencial dos tênis Black Free está em seu

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visual arrojado e futurista, que chama a atenção tanto nos pés quanto nas vitrines. Prova disso é o sucesso alcançado em cada coleção lançada, o que fez a marca chegar a 23 capitais brasileiras e a empresa se tornar uma das 10 maiores fabricantes de calçados esportivos do país. A Black Free, empresa especializada no segmento casual e esportivo, está com a nova linha de tênis casual masculino e feminino e com nova coleção de tênis esportivo infantil. Os modelos e a empresa podem ser conhecidos pelo site www.blackfree.com.br.



marketing Por Valter Junior

Online ou offline

Onde vender calçados e como integrar espaços físicos e virtuais para aumentar as vendas

O surgimento de lojas online no Brasil tem crescido assustadoramente. Em 2012 eram 23 mil delas, e segundo a Ecomerce School, até o fim de 2014, serão mais de 45 mil. Os números preocupam os varejistas tradicionais, mas ao contrário do que parece, o aumento de espaços virtuais não significa o fim da loja física. O que ameaça é a falta de integração entre o offline (loja física) e o online (loja virtual), de modo a oferecer a melhor e mais completa experiência de compra. Entendendo que essa integração está alinhada às exigências dos consumidores, empresas como a Google, Amazon e a Ebay, estão abrindo espaços físicos ou buscando parcerias com outras empresas para abranger a presença física e diminuir a distância entre marca e consumidor. A iniciativa também visa melhorar a distribuição de produtos e fornecer um suporte concreto para o consumidor em casos de problemas de pós-compra. “Os consumidores exigem e empurram às empresas à diversificação de

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canais. Com as marcas online, não é diferente”, avalia o presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Maurício Salvador. O exemplo da Shoes4you é interessante. A empresa é uma loja virtual de calçados e firmou uma parceria com a marca Pash, para expor seus produtos na loja do bairro Jardins, em São Paulo. A Shoes4you disponibiliza calçados de várias marcas e modelos e renova as coleções todo mês, tanto na loja virtual quanto no espaço físico. Ponto de venda Segundo Luciana Barreto, diretora da Smolan, empresa especializada em marketing e gestão, o ponto de venda, ou seja, a loja física, é responsável por 70% do poder de decisão de compra do consumidor. “É neste ambiente que a marca estabelece vínculos e cria conexões com os desejos e necessidades do consumidor”. Se bem aproveitado o espaço físico pode causar impacto positivo e determinar uma boa compra.



marketing

Por outro lado, o espaço físico mal organizado pode ter resultados contrários, afastando o cliente da loja, às vezes para sempre. Ainda de acordo com Barreto, muitos varejos esquecem a premissa básica do marketing no varejo que é manter o ponto de venda Abastecido, Organizado, Sinalizado e Atraente. O conceito de Fieldmarketing diz bem sobre isso. É uma ferramenta com o objetivo de aplicar no ponto de venda a estratégia traçada pela inteligência do marketing da empresa para o aumento de vendas. Por meio desta técnica, diz Luciana “é possível acompanhar, mensurar, criar parâmetros e padronizar a execução para mais de um ponto de venda simultaneamente”. Para garantir uma boa assertividade é preciso rigor e disciplina. O lojista pode começar criando um cronograma para checar todos os pontos de venda periodicamente, se possível, estabelecer um acompanhamento diário. É preciso também pensar na exe-

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cução perfeita do produto na loja, ou seja, a exposição e os artifícios usados para chamar a atenção do cliente, de modo alinhado com à necessidade da indústria, do lojista e do cliente. Na Índia, principal país onde atua a Smolan, o uso do fieldmarketing teve resultados fantásticos. Em uma ação realizada por uma rede varejista de departamentos e perfumaria, foi possível converter 97% a mais de vendas com a exposição correta dos produtos, melhoria na navegação da loja e sinalização de marca. “Com um ponto de venda atrativo, organizado, bem sinalizado e, principalmente, abastecido com os produtos de preferência do consumidor, o processo de decisão de compra é muito mais rápido e, por vezes, automático. Ou seja, se o cliente entra em um varejo e, em seu mapa mental, já subentende que o produto de preferência está em determinado local da loja, a compra acontece automaticamente”, conclui Barreto.



marketing

Integração entre online e offline

São muitas as vantagens para as marcas terem presença digital. Seja como para reforçar a marca, seja como uma extensão do negócio. Para lojistas, por exemplo, ter disponível para a compra na internet, os produtos de sua loja física é uma estratégia que, com certeza, aumenta o número de vendas, desde que algumas regras sejam estabelecidas. Ter sempre em estoque o produto exposto na internet, e possibilitar troca, na loja fiscal de um produto comprado na internet é uma excelente forma de integração dos espaços físicos e virtuais. Para quem só tem o ponto de venda físico, um bom começo é criar um site de vendas e participar das redes sociais. Atualmente a mais utilizada pelas marcas é o Facebook. A plataforma oferece a criação de fanpage, que é uma página para empresas, dentro do Facebook, para compartilhar histórias e se conectar com as pessoas.

Nem tudo são flores

O site gawker.com, uma fonte confiável dentro do Facebook, confirmou que a Rede está trabalhando para diminuir o alcance das publicações e entregar apenas 2% do conteúdo gerado. Por exemplo, a marca Guaraná Antárctica tem cerca de 17 milhões de fãs. Se apenas 2% do seu conteúdo for entregue, “só” 340 mil pessoas receberão os posts. Em uma fanpage com 20 mil fãs, os 2% equivalem a apenas 1000 pessoas. Para garantir um bom alcance, as empresas que possuem fanpage terão que investir financeiramente em novos fãs e principalmente para impulsionar os posts para que os fãs os vejam. Como o espaço virtual também é controlado, a solução é não depender absolutamente de apenas um dos espaços (virtual ou físico), integrando-os de modo a ofertar uma experiência completa de compra, garantindo o retorno do cliente.

As vantagens da fanpage são:

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É uma ferramenta de marketing eficiente, quando usada corretamente e com baixo custo Uma vez curtida, a página pode ser vista por outras pessoas que não conhecem a marca. Possibilita conhecimento sobre o perfil do público alvo e a relevância das publicações. É possível dar a cara da empresa para a fanpage com a customização da página.



HISTória Por Valter Junior

Antepassados dos calçados Exposição conta história do sapato e traz relíquias usadas por Marylin Monroe e Tutancâmon. Mostra esteve em Belo Horizonte e segue para Ribeirão Preto, São Paulo e Curitiba

Já imaginou ver de perto sapatos raros feitos para os filmes Cinderela e o Mágico de Oz? Quem sabe os modelos clássicos usados por Marylin Monroe, Brigitte Bardot e Sisi, a imperatriz da Áustria? E se de passagem ainda pudesse ver réplicas de calçados criados em 800 a.c. e da sandália de madeira usada pelo faraó Tutancâmon? É essa sensação de volta ao passado dos calçados que a exposição “ A História do Sapato” quer levar para várias regiões do Brasil.

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Organizada em 12 vitrines, a exposição explicita a associação do calçado ao bom gosto e à personalidade humana, ao expor diversos modelos que vão do famoso salto agulha aos tradicionais Oxford para a prática de esporte. Os 92 pares expostos são distribuídos em cinco temas: Sapatos antigos, de desenho, glamour, famosos e únicos, de modo a contar a evolução do acessório e a diversificação de estilos e materiais usados na produção. Essa história está sendo



história

contada por meio de calçados exclusivos, únicos e irreverentes, produzidos para pessoas e ocasiões especiais. A exposição, desenvolvida exclusivamente para rede Multiplan, esteve no Shopping Pátio Savassi, em Belo Horizonte, do dia 14 de março a 10 de abril. De lá seguiu para o Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto, onde fica até o dia 10 de maio. O Morumbi Shopping recebe a mostra de 14/08 à 7/09, e entre os dias 15/09 e 05/10 é a vez do Park Shopping Barigüi, em Curitiba.

A sedução dos sapatos A exposição traz modelos de diferentes séculos, usados por civilizações distintas para mostrar que a sedução causada por um par de sapatos não é recente. Elaboradas com os mais diversos materiais, de couro ou madeira, pano ou palha, com ou sem enfeites, as peças se transformaram em obras de arte ao longo dos tempos. O sapato dá sinais incontestáveis sobre hábitos e estilo de vida e, desde muito tempo, a vestimenta é fator determinante na escala social. Príncipes, burgueses, soldados, esportistas, clero ou servos, diferiam em seu vestuário. Menos espetaculares do que os chapéus, os sapatos revelam com exatidão as classes sociais e as sutilezas da sociedade. Assim como um anel desliza no dedo mais fino, um sapatinho de cristal só é adequado para uma princesa. Esse é o objetivo da exposição “A História do Sapato”: voltar ao passado e reconhecer a importância do calçado na nossa sociedade atual.

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criatividade

Outdoor vivo Johnson & Johnson A Johnson & Johnson, multinacional americana, especializada na produção de farmacêuticos, utensílios médicos e produtos de higiene, lançou um tipo de publicidade nada convencional. O outdoor palpável é uma novidade que coloca anúncio e público em contato real e físico. A equipe da Johnson construiu um outdoor vivo com o nome de “World of Suavidade” para celebrar sua loção hidratante para o corpo, que mantém a pele adulta, macia durante todo o dia. A Johnson convidou os consumidores a sentir a suavidade da loção em si próprios, interagindo com as modelos reais do anúncio. O outdoor foi projetado para destacar a relevância da marca e abordar o produto com uma visão de futuro. Produzido pela Companhia de Produção Hot

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House, o outdoor foi feito usando tons de rosa suaves e materiais cuidadosamente selecionados para destacar o conceito de suavidade da Johnson. Ele apresenta três jovens imersas no “mundo de suavidade de Johnson” e traz uma abordagem mais ousada e inovadora para a marca. Para Beatriz Franco, da Johnson & Johnson, a iniciativa tinha objetivo de mostrar a qualidade dos produtos da marca. “A nossa loção hidratante 24 horas deixa a pele tão macia que queríamos fazer algo diferente para demonstrar isso para as mulheres. E qual a melhor maneira de colocar o produto à prova, que convidar as mulheres a experimentarem em si mesmas?” Apesar de ter sido criado a mais de dois anos, o “World of Suavidade” é uma das mais ousadas formas de publicidade já vista.





fama Por Valter Junior

Quem calça as estrelas? Os shoemaker são responsáveis por desenvolver as mais famosas coleções de sapatos do mundo. São culpados também pela euforia de muitas mulheres diante de uma vitrine. Seus sapatos estão na cabeça de muitas, mas nos pés de poucas.

O lugar dele é nos pés, mas ali na vitrine, novinho, parece que chamando, faz a cabeça da maioria das mulheres, principalmente das aficionadas, fanáticas e consumistas. O sapato feminino deixou de ser um artigo de menor importância em relação, por exemplo, à roupa ou à bolsa, para se tornar, muitas vezes, o centro das atenções. A personagem de Sara Jessica Parker, da série “Sex And The City”, exemplifica bem esse fenômeno. Carrie Bradshaw é colunista do The New York Star e viciada em sapatos, ou seja, uma shoeholic. Estima-se que a personagem tenha gasto cerca de 40 mil dólares

com sapatos ao longo do seriado, principalmente com os do estilista Manolo Blahnik. Sobre este, a pop star Madonna, declarou certa vez que, “calçar um Manolo é melhor que fazer sexo”. A pergunta é, além de Blahnik, quem são os responsáveis pela euforia feminina diante de um artigo criado apenas para proteger os pés? Entre tantos, os shoemaker, ou designers de calçados, deram novos conceitos aos sapatos femininos. Mais que proteção para os pés, para uma mulher ele pode representar status, poder, conquista, auto-estima entre tantas outras sensações provocadas pelos sapatos.

“Calçar um Manolo é melhor que fazer sexo” Madonna.

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fama

Quem são ELES? Manolo Blahnik

Manolo Blahnik, com seus 70 anos, já desenhou modelos para os mais renomados estilistas do mundo, como Yves Saint Laurent, Christian Dior, Calvin Klein e John Galliano. O design possui clientes fiéis que vão de celebridades do cinema à realeza. Perfeccionista, Manolo acompanha todos os processos de criação de seus produtos, desde o croqui até as campanhas publicitárias, que muitas vezes, usam seus próprios desenhos. Seus sapatos são conhecidos pelos acabamentos primorosos e pelo salto estiletto, facilmente reconhecido. Blahnik cria escarpins e sandálias atemporais, mas com um toque de sofisticação único. Além dos modelos tradicionais, Manolo também acompanha a moda oferecendo dramaticidade e ousadia aos seus produtos. Mas tudo isso não é para qualquer mulher, um Manolo Blahnik custa em torno de 600 a 1.500 euros, entre 1.800 e 4.500 reais. Apesar do sucesso, o design tem apenas duas lojas, uma em Londres e outra em Nova York.

Alexandre Birman Empossado em 2013 como novo membro do Conselho de Desenhistas de Moda da América (CFDA), Alexandre Birman é brasileiro e um dos mais conceituados desenhistas de sapatos femininos. Já foi premiado como um dos 10 maiores desenhistas de calçados pela Footwear News, além de ter um perfil na Vougue. Algumas criações de Birman são feitas sob encomendas, e apenas um par do modelo é produzido.

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fama

Christian Louboutin

Com a mesma capacidade de enlouquecer as mulheres, Christian Louboutin, é o queridinho das celebridades internacionais. Sua cartela de clientes tem nomes como Angelina Jolie, Nikole Kidman, Mary-Kate Olsen, Katie Holmes. O salto vermelho é a marca registrada do estilista, que também ousa em saltos de até 12 centímetros e joias incrementadas aos sapatos.

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Seus modelos também são famosos pela personalidade atribuída com ricos detalhes e tecidos metalizados, com várias texturas, pitons, tachas e estampas de animais como leopardo, tigre, onça, zebra e cobra. Christian também produz escarpins coloridos, bordados e chamativos, além de sandálias com tiras monocromáticas e de cores vivas. Seus sapatos custam entre 2 a 12 mil reais.



fama

Fernando Pires Direto da terra tupiniquim, Fernando Pires conquistou o mundo com as curvas excêntricas, estampas exóticas e saltos arrojados de seus sapatos. Conhecido como “arquiteto dos pés”, trocou as construções, em1990, para criar calçados conceituados que cairam no gosto de celebridades nacionais e internacionais. Ele divide com Manolo Blahnik a preferência da pop star Madona. Além de ter sido o preferido de Hebe Camargo, Pires também calça estrelas como Gisele Bundchen e Mariah Carey. Os cristais são uma das marcas registradas de Pires, na coleção verão 2014, o shoemaker abusou do elemento em grafismo e animal print. Fernando também produz calçados para figurino de desfiles, telenovelas e teatro.

Giuseppe Zanotti Giuseppe Zanotti calça nada mais nada menos que Lady GaGa. E para completar, está nos pés também de Jennifer Lopez e Halle Berry. Já é um bom atributo para descrever um dos mais excêntricos designer de sapatos do mundo. Tudo começou com uma pequena fábrica de calçados, comprada em 1990, que em poucos anos já possuía um departamento só para joias e saltos. Zanotti é conhecido por fazer sapatos por encomenda para atender a demanda de cada pé. A marca tem cinco fábricas de produção própria e mais de 350 funcionários. Giuseppe não se limitou ao calçado elegante das mulheres. Suas coleções oferecem uma ampla gama de sneaker para mulheres e homens, além da ousadia da jewelry collection, uma espécie de extensão de joias para o pé.

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Negócio Por Valter Junior

Coleções de estrelas Celebridades da música, do cinema e da tv investem em coleções próprias de calçados tornando seus seguidores, megaƒãs Celebridade e calçado! Esse é um dos casamentos mais perfeitos para gerar uma renda por fora das telas e dos palcos, que estrelas da música, da TV e cinema descobriram nos últimos 30 anos. Se já não bastasse ter o invejável poder aquisitivo para poder comprar o último modelo Nike, um Manolo Blahnik, um Adidas ou um Alaia, popstars têm cedi-

do ao capricho de lançarem sua própria linha de calçados. Para as empresas de calçados isso também não é nada mal. Ao juntar celebridade e calçado a marca agrega valor ao seu produto e transforma milhares de fãs em megafãs, ou seja, àqueles que, além de simpatia pelo ídolo, consomem freneticamente produtos ligados à ele.

Carlos Santana Desde os anos 1990 no mercado de calçados femininos, o famoso guitarrista mexicano, Carlos Santana cria linha tipo “deserto chique”, com couro de cobras e lagartos. O ganhador de nove Grammy em 2000, inspira seus modelos em seus famosos sucessos como Mariá, Mariá e Smooth. As coleções de Santana são desenvolvidas em parceria com a empresa Brown Shoe Company. Fergie A encantadora vocalista da banda Black Eyed Peas, Fergie, aproveitou o recesso do grupo, que dura desde 2010, para lançar sua coleção de sapatos. Desde 2011, a cantora tem aparecido de surpresa em lançamentos de novas coleções e “pregado peças” em clientes ao se passar por vendedora em lojas para promover seu peep toe, que valoriza o salto e trançados arrojados com tiras. Jessica Simpson Também do mundo da música, Jessica Simpson tem conquistado fãs com sua música e sua popularidade, graças ao reallity show Newlyweed: Nick and Jessica, estrelado com seu ex-marido. Sua mais famosa coleção, The Calkins, ficou conhecida pela lateral feita com um material transparente que dá leveza e estilo para o calçado. Sua linha lançada em 2014, já aposta na vertente sexy da mulher e no estilo californiano dos anos 1970. Os modelos são leves e com acabamento ricos, além de sandálias em pele luxuosa e de cores neutras. Na mesma pegada Gwen Stefani possui a linha conhecida por L.A.M.B. Os modelos são modernos e coloridos, mas os preços não são nada acessíveis. Kanye West O último a se aventurar em coleções assinadas foi o rapper americano Kanye West, que assinou o modelo Nike Air Yeezy 2 Red. O tênis parece uma mistura de pele de lagarto com curativos faciais e se tornou um sucesso mundial em pouco tempo. O primeiro lote foi vendido por 245 dólares e esgotou em 10 minutos.

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moda

Inverno quente O inverno 2014 vem com charme e ousadia para cobrir os pés na estação fria do ano. Saltos, botas e casual, reaparecem com materiais aveludados, sintéticos e em animal print. O design neste inverno está mais arrojado e elegante, valorizando a mistura de cores e os detalhes. Como o frio promete não castigar tanto em 2014, as coleções de inverno trazem modelos mais arejados e leves, mas sem perder o charme da estação.

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