Risa Revista do Calcado - Ed. 62

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ÍNDICE

50 CAPA

Nicole Evangeline

Foto: Ricardo Xavier Beleza: Douglas Carvalho Figurino: Vitrine Boutique e Filó Acessórios: Tuty Bella Produção: Leidiane Soares Calçado: Magia da Terra (37) 3226-2208

12 Moda, o que pegou 24 Comportamento 36 O consumidor compra o que vê 42 História de Jorgito Donadelli 54 Novo estilo masculino, Lumbersexual 60 Lojas conceito 68 Coleção de luxo 72 Vitrine: cores como compor 96 Marketing, mulheres e sapatos

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editorial

Um ano de Upgrade Sobre Upgrade temos a seguinte definição. “Uma atualização em computação, para uma versão mais recente de um determinado produto. Upgrade é muito utilizado na área da informática e de equipamentos eletrônicos, e pode ser a troca de um hardware, um software ou um firmware, por uma versão melhor ou um versão mais recente, ocorrendo aí mais funcionalidade ou melhorando os sistemas já existentes” É por esse caminho que o ano de 2015 e a Risa convidam você a seguir. Um caminho de renovação, atualização, sem perder o que já funciona bem. A edição 62 da Risa Calçados trás as placas certas para você seguir essa trilha. Artigos sobre marketing e as novidades das grandes marcas. Duas matérias especiais sobre composição de vitrine e o que as lojas conceitos podem nos ensinar. Uma entrevista com a simpática e nova estrela da tv, Nicole Evangeline. Novos estilos, novos conceitos, tendências, moda, estratégias, faça um upgrade em sua empresa com a Risa. Boa leitura! Ricardo Xavier.

EXPEDIENTE

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Diretor Executivo Ricardo Xavier

Revisão João Hilário

Editor Chefe Valter Junior

Criação Rafael Xavier

Administrativo Andresa Santos

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Assistente de Arte Fernanda Costa e Pedro Xavier

Colaboradores Edinho, Hilário, Fotografia e tratamento Kenya, Rejane, Rafael Xavier e Wilson

Banco de Dados Rogério Xavier Astra Informática Atendimento Nova Serrana/MG Milher Magno (37) 3226-3229

Franca/SP Rejane: (16) 3012-1550 Matriz Rua Rio Araguaia, 301 Bairro Amazonas Nova Serrana/MG Cep: 35519-000

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moda

Virou TENDÊNCIA Os calçados que desfilarão pelas ruas no verão

Por Luana Costa

Um novo ano! 2015 chegou! E com ele muitas novidades em calçados para fazer os pés daqueles que amam a moda! Eles sairam da passarela e estão fresquinhos, para todos os estilos e gostos, lançamos nosso diário de verão para 2015. Fique por dentro das tendências, materiais, detalhes e os modelos de sapatos que já estão lotando vitrines e as páginas principais das suas lojas de calçados favoritas!

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MODA

BIRKENSTOCK Apelidadas de Birkens, elas voltaram com tudo! Essas sandálias dividem gostos e amores, com solado anatômico essa sandália cobre os pés com duas ou três tiras, algumas são que nem chinelo e na maioria das vezes possuem fivelas, já outras são fabricadas com materiais lisos e elásticos somente. Se você é antenada em moda já deve ter se lembrado que em algumas temporadas atrás ela estava em uso, como a tendência é um lindo vai e volta, elas voltaram cheias de estilo. Algumas em camurça, outras em couro, já outras em sintético metalizado, ou verniz em modelos lisos, ou com tachas e coloridas. Tem pra todos os gostos e como o verão é sinônimo de calorão se joga no sol de birkens, elas combinam com calça, short, saia, macacão, sendo assim ainda estou me perguntando, porque você ainda não foi atrás da sua!

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MODA

GLADIADORAS Das rasteiras a saltos plataformas elas são as queridinhas da estação, aposta certeira nessa temporada elas são indicadas para mulheres com personalidade, isso porque a gladiadora além de chamar atenção, conforme a altura do cano elas engrossam as pernas, quanto maior o cano da gladiadora mais pernão você terá, se essa não é sua intenção melhor optar pelas mais curtinhas com e mais largas na altura do tornozelo. Combine-as com short jeans e saias volumosas, isso dará um ar de estilosa sem perder o limite.

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MODA

ESPADRILHES E ALPARGATAS Na tendência máxima estão as espadrilhes: com salto, alpargatas: sem salto, mas com um charme que só elas têm, feitas de solado de corda com a gáspea (parte da frente) mais larga e arredondada elas chamam atenção pela simplicidade, e esse charme todo combina com tudo, calça, shorts, legging, etc. Use sua imaginação!

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MODA

SANDÁLIAS HUARACHES No ano que passou elas vieram tímidas, mais para 2015 elas estão dando o tom de garotas do verão, as huaraches ganharam reforços para esse ano, várias marcas desenvolveram modelos nessa tendência estilo mexicano. Afinal de contas o que é uma huarache? São sandálias de couro ou materiais trançados formando diferentes desenhos nos pés. Além de lindas existem em várias combinações de cores, desde o nude as mais coloridas. Alguém já aderiu a essa moda confortável?

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comportamento

Carisma Por César Romão

Essa palavra que, por si só, já é carismática, pode revelar muito, dependendo do ponto de vista de quem a emprega.

Em dicionários encontramos algumas definições comuns para ela. Em termos médicos é uma doença (epilepsia). Na sociologia é o conjunto de qualidades excepcionais inerentes a um certo tipo de líder. Nas religiões é uma força divina conferida a uma pessoa, tendo em vista a necessidade ou utilidade em uma comunidade religiosa. E, para muitas pessoas, é atribuída a alguém de qualidades especiais de liderança, seja por sanção divina, mágica, diabólica, ou apenas de individualidade excepcional. Eu não acredito que sejam apenas essas frases que definam carisma. Acho que algumas pessoas não procuram ver como as outras são, mas sim projetar nelas aquilo que gostariam de obter. Muita gente também tenta ser feliz evitando a dor e não busca a sua felicidade. E, quando uma pessoa encontra outra que a seduz está vendo nela apenas uma possibilidade de ter algo que não consegue enxergar em si mesma.

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comportamento

Quando se encontra uma pessoa carismática, tudo fica mais fácil e melhor

Todos nós temos um “algo” que é capaz de seduzir alguém, pelo simples fato de que alguém esteja carente desse “algo” que temos. Eu acredito que carisma seja uma linguagem de expressão, uma técnica, não um dom herdado pela genética ou qualquer outra coisa. Está relacionado com nossa maneira de influenciarmos as pessoas a acreditarem naquilo que estamos fazendo. Um artista tem carisma, quando o público se fascina com sua apresentação no show e, muitas vezes, não consegue manter um casamento ou exercer o mesmo carisma com um filho pelo simples fato de ser uma linguagem, e, a linguagem do palco não é a da vida. Assim como ocorre também o inverso: existem pessoas que possuem esta linguagem na vida, mas seriam expulsas de qualquer palco às tomatadas. Por isso acredito que o carisma deva ser mantido como uma técnica, apesar de algumas pessoas o praticarem sem sequer ter conhecimento disso, simplesmente agindo. Eu creio que a melhor maneira de ser

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uma pessoa carismática, é ser uma pessoa autêntica com muito carinho, educação e respeito, conquistando assim a atenção de seus interlocutores. Outro grupo de pessoas é aquele que tem seu “carisma natural” e o perde ao longo da vida. É nessa hora que as mulheres mais reclamam dos maridos e dizem: “ele mudou muito, ele não era assim; era uma pessoa carismática”. E, como técnica, necessita ser descoberta e alimentada diariamente, senão ela pode morrer facilmente diante da ferrugem das rotinas diárias. Acho que só há uma maneira de conquistar pessoas: se, ao invés de nos aplaudirem, nos seguirem. E quando digo seguirem é pela vida, não apenas por uma parte dela. Para isso você tem que ser uma pessoa verdadeira, com valores de existência. Veja os políticos, por exemplo: muitos, ao longo da história, utilizaram a linguagem da técnica de carisma para conquistar votos e confiança do povo, entretanto alguns deles, hoje, não seriam reeleitos sequer como síndico de seu próprio prédio.



comportamento

Um dos nossos heróis, Ayrton Senna, não era carismático mas foi um líder, talvez um dos maiores do mundo

Entende agora porquê defino carisma como uma técnica? Porque se você possui carisma e não o exercita, por quanto tempo pode durar a “conquista das pessoas” ao seu lado? Eu não diria que Lula é uma pessoa carismática. Foi, não é mais. Hoje ele é mais um produto da política que se movimenta de acordo com os precursores deste “produto”. O carisma terá um efeito maior quando a pessoa for autêntica. Ayrton Senna não era muito carismático. Era um líder, talvez um dos grandes líderes do mundo, pois fazia as nações seguirem a Bandeira Brasileira pela TV a cada vitória sua. Digo isso porque as pessoas confundem carisma com capacidade de liderança. Ele foi um dos grandes heróis de nossa história, pois mostrou ao mundo que o Brasil está no mapa. Quer conhecer um brasileiro que vejo

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como muito carismático? Roberto Carlos! E olha que ele tem seguidores há muito tempo. Lança um CD com as mesmas músicas que já conhecemos, os fãs compram aos milhões e milhões, vão aos shows ouvir a mesma coisa, todo ano assistem na TV o mesmo especial... Isto é carisma! Muitos diziam que a princesa Diana era carismática. Eu penso que ela era tímida e sofrida e isso fazia com que as pessoas sentissem carinho por ela. Certa vez ela ficou lado a lado com Madre Teresa de Calcutá e “sumiu” na cena: o carisma venceu e, naquele momento, Madre Teresa era a verdadeira princesa. Carisma não é competência primordial para o sucesso no trabalho. Não nego que ajuda muito, mas não é tudo. E, por muitas vezes, causa ciúme organizacional. Se for de homem então, nem falo mais... ciúme de homem para homem é pior que o de mulher.



comportamento

Silvio Santos esbanja carisma, e é um dos empresários bem sucedidos.

Grandes empresários nem sempre são carismáticos, Jach Welch, ex-CEO da GE é muito carismático, tanto que ganhou a mídia mundial, mas é uma das poucas exceções. Silvio Santos é um exemplo de empresário carismático e bem sucedido. Já Roberto Marinho foi apenas um ótimo empresário, mas não tinha carisma. Dentro do universo empresarial religioso, digo dessa forma, pois muitas igrejas se transformaram em verdadeiras organizações, o carisma é fundamental ao pastor, e é medido pelo número de fieis que leva aos cultos. Existem muitos pastores que falam em igrejas vazias. Apenas com o carisma de Betinho quase se conseguiu matar a fome do Brasil... Deixo aqui o teste de fogo: é impossível que sobreviva 24 horas por dia, no dia a dia, sem o exercício constante. O carisma, como técnica, é um lampe-

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jo onde você tem que manter a chama acesa, a toda hora, pois todos nós temos nossos momentos de revertério. Acredito que, nos relacionamentos, as pessoas devam se esforçar ao máximo para não se influenciarem pelas mazelas da vida e que nunca devam se esquecer daquilo que as uniu. Um coração apaixonado 24 horas por dia, durante toda uma vida, pode sustentar o carisma. Então, se você acha que não tem carisma nos seus relacionamentos, sejam eles pessoais ou profissionais, tente materializá-lo de outras formas: através de um reconhecimento, de perdão, de um carinho, de um toque de saudade... A única maneira de mostrarmos às pessoas aquilo que realmente queremos que elas pensem de nós é sendo verdadeiros. O carisma só sobrevive, assim como as pessoas, baseado na verdade.



aniversário

Modelo Pigalle Completa uma década

Há 10 anos, o designer de sapatos, Christian Louboutin lançou um dos mais célebres sapatos femininos do século XXI, o modelo Pigalle. E na temporada de inverno 2015, o modelo comemora uma década de absoluto sucesso. Batizado com o nome de um dos bairros favoritos do designer francês em Paris, o modelo de bico pontiagudo e salto fino logo ganhou o coração das mulheres por ser sofisticado e versátil, podendo se adaptar e realçar diversos tipos de looks, dos vestidos de festa às calças jeans. “Não é um sapato sazonal, mas atemporal e para a vida toda. Você pode usá-lo no verão ou no inverno, em camurça ou couro, envernizado ou fosco. Mas para mim, ele alcança sua expressão máxima na versão de couro preto, devido à precisão do design e à sola vermelha”, disse Louboutin, em comunicado à imprensa.

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O Pigalle acumula uma lista de celebridades que já desfilaram com ele pelos mais diversos tapetes vermelhos internacionais, entre elas Kate Moss, Kim Kardashian, Blake Lively, Jennifer Lopez e Rihanna. Outra lista que cresce é a de quem apenas deseja um Pigalle, o modelo custa no Brasil cerca de R$2.190,00. Para comemorar a data, a grife criou uma ação que convidou seguidores a postarem suas fotos com o modelo Pigalle no Instagram e Twittter usando a hashtag #PigalleIs10. Os melhores e mais criativos cliques foram replicados pelas mídias sociais da marca e no site oficial.



vintage

Sneaker Reebok Completa 25 anos

No ano em que o modelo Pump da Reebok completa seu 25º aniversário, a marca celebrou de diversas maneiras, e a mais recente foi dar continuidade à parceria com a Melody Ehsani, de Los Angeles, que no começo de 2014, lançou o modelo Love Me or Leave Me Alone, cujo estoque se esgotou em dois dias. O tênis comemorativo aos 25 anos confirma a tendência que ressalta o estilo urbano mesclado a elementos tradicionais do cenário fitness. M.E Holiday Pump é uma releitura do sneaker anterior e traz de volta

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a estampa phyton nas cores preto e branco com confetes coloridos. Para adornar o modelo, um cadeado e a palavra Love, aplicada na parte da frente do cabedal. No revestimento, um breve texto, que em tradução livre, destaca que o tênis é para lembrar que “cada passo que você dá com esses tênis, lembre de quem você realmente é” e que “o movimento é a liberdade para avançar”. A novidade está disponível para compras desde o dia 5 de dezembro, mas somente nas boutiques em Los Angeles.



consumo Por Camilo Manfredi*

Disponibilidade

O consumidor só compra o que vê Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), referentes a 2013, as vendas no comércio varejista cresceram 0,7% na passagem de outubro para novembro. Neste cenário, a assertividade do plano de demanda e a operação tornam-se fundamentais na resposta a todo esse consumo elevado. O último trimestre é um período crítico para indústrias e varejos que trabalham para superar metas e resultados via vendas de final de ano. O número de consumidores nas lojas é maior, como é maior também o volume de compras online. Um exemplo: as vendas no comércio varejista apre-

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sentaram crescimento nominal anualizado de 10,1%, em setembro de 2014 e aumento de 3,4%, deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado no dia 15 de outubro. Se olharmos para o final do ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2013, as vendas no comércio varejista cresceram 0,7% na passagem de outubro para novembro. Foi a nona alta consecutiva registrada pelo indicador.



consumo

Neste cenário, a assertividade do plano de demanda e a operação tornam-se fundamentais na resposta a todo esse consumo elevado. Para evitar esvaziamento repentino dos estoques e falta de produtos nas prateleiras ou ausência de itens nos centros de distribuição que fazem atendimento direto a cliente e e-commerce, cinco itens precisam ser observados pelas empresas: 1. Entendimento da demanda – De uma maneira bem prática, analisar o que aconteceu no mesmo período em anos anteriores, verificar o índice de crescimento anualizado e ter a ciência dos eventos previstos auxiliarão no entendimento pleno. Como sempre, ferramentas de previsibilidade de demanda e colaboração “interna / externa” fortalecem e solidificam os processos. 2. Acordos de fornecimento – entregar e receber a quantidade necessária quando se precisa é o objetivo. Quando o nível de serviço dos fornecedores é relativamente baixo, acordos de fornecimento, que contemplem um plano futuro de abastecimento podem minimizar o risco da falta e até eventuais multas por atrasos e não entregas. A gestão desses acordos deve ser facilitada. 3. Gestão proativa dos estoques – o acompanhamento constante sobre os níveis de estoque é um diferencial e garante que os produtos estejam na hora, local e quantidade correta. A gestão proativa normalmente vai da inteligência de reposição ao monitoramento do processo por meio de indicadores de performance. 4. Velocidade na reposição dos produtos – velocidade atualmente é imprescindível; uma rápida reposição proporciona uma combinação de baixo custo de estoque e alta disponibilidade de produtos. O conceito de agregação de estoque facilita a implantação dessa ação. É importante agregar o máximo de estoque no centro de distribuição e ter velocidade na reposição do que é vendido e planejado. A redução dos lead times também é imprescindível. 5. Agilidade na reposição das gôndolas – o resultado final não aparecerá se não houver agilidade na operação de reposição das gôndolas; em muitos casos, o produto pode estar na loja e não estar disponível e aos olhos dos consumidores. De nada adianta ter estoque diferente de zero se o item não estiver ao alcance do consumidor. A combinação dessas cinco ações se torna o diferencial competitivo e fortalece as empresas no período de alta demanda e necessidade de reposição rápida e precisa. Não existe receita de bolo, mas planejamento é o primeiro passo rumo a resultados animadores. *Camilo Manfredi é Gerente de Serviços - Planning & Replenishment na NeoGrid.

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inovação

Puma Lança coleção com refletivos para treino à noite

Corredores noturnos ganham mais visibilidade na prática de esportes

Com a chegada do verão muita gente se anima a estender o treino ou começar uma atividade durante a noite, muitas vezes dividindo espaço com carros e outros veículos nas ruas. Pensando nisso a Puma lançou duas coleções para aumentar a segurança em condições de baixa luz: a NightCat e NightCat Powered. A NightCat está presente em calçados, jaquetas, shorts e camisetas em forma de um refletivo que aumenta a visibilidade do corredor em contato com a luz de faróis. Está colocada em locais estratégicos para que os motoristas possam identificar facilmente braços, ombros, peito, laterais e parte frontal dos calçados dos corredores. Já a NightCat Powered equipa os modelos Faas 600 V2 e Mobium Ride com o refletivo nos locais estratégicos, além de um chip de led recarregável na língua dos calçados para melhorar a sinalização. A autonomia é de 60 a 70 minutos de luz contínua ou 100 a 110 em luz piscante. Para recarregar basta conectá-lo a uma porta USB durante 30 minutos.

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Vale lembrar que a aplicação dessas novidades não altera a velocidade e tecnologia disponíveis nos produtos Puma. O preço da linha NightCat varia de R$ 99,90 a R$ 249,90. Enquanto os modelos Puma Mobium Ride e Puma Faas 600 v2 com NightCat Powered saem por R$ 499,90 e 459,90 respectivamente.



MARCA Por Valter Junior

Donadelli

Design arrojado a serviço do homem moderno Uma das maiores preocupações atuais dos empresários calçadistas brasileiros é fabricar um calçado com qualidade, capaz de competir com produtos europeus, chineses, americanos e asiáticos. Os polos internacionais como Europa e Ásia estão em constante evolução e seus produtos, com os preços cada vez mais baixos, dificultam a competição para as pequenas médias e até para as grandes indústrias brasileiras. Há 50 anos, na cidade de Franca, Jorge Donadelli iniciou uma pequena produção de sapatos masculinos em couro. A produção quase toda artesanal deu origem a uma tradição familiar que levaria o nome Donadelli a ser reconhecido como uma das principais marcas de calçados masculinos, cuja beleza e qualidade se destacam.

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A filosofia da Donadelli é de que, assim como para as mulheres, os calçados representam e falam muito sobre os homens. Para a Donadelli, sapatos são uma extensão da personalidade do homem e a empresa precisa estar sempre atenta aos diferentes estilos de vida do homem moderno. Atualmente comandada pelos irmãos Jorgito e Carolina Donadelli a empresa continua preando pela beleza e conforto de seus produtos, com destaque para o design moderno e arrojado que as novas gerações da Donadelli imprimiram. Em conversa com a Risa, um dos sócios, Jorgito Donadelli, falou sobre a inspiração para a criação dos modelos, da nova coleção, da trajetória de sucesso da empresa e como os filhos herdaram e deram continuidade a arte de seu pai, o grande Jorge Donadelli.



MARCA

Como e quando surgiu a Donadelli como marca de sapatos e quem a dirige atualmente? Nossa empresa foi fundada em 1962, há 52 anos, pelo nosso pai, Jorge Donadelli. Atualmente, eu, Jorgito, e minha irmã Carolina Donadelli dirigimos a empresa. Como o design dos produtos é discutido na empresa e onde vocês se inspiram para criar? Todo trabalho de design de nossos produtos é feito por mim diretamente. Iniciamos fazendo um estudo da coleção anterior para entendermos o que teve melhor aceitação por parte de nossos clientes. Depois inicia-se uma pesquisa de tendências em busca de alternativas que possam dar sequência a nossa linha de produtos. Nossa pesquisa atualmente é feita através de viagens, internet e rua. É importante ressaltar que nossa maior inspiração é o homem contemporâneo em suas mais variadas necessidades, no trabalho ou lazer, entendemos que um sapato diz muito sobre a personalidade do homem. Vocês estão desenvolvendo alguma nova coleção? Estamos com nossa coleção Verão 2014/2015 ainda na vitrine, mas nossa coleção de inverno está pronta e será apresentada nos próximos dias em nosso show room em São Paulo. Como sempre será uma coleção repleta de no-

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vidades com o que há de mais moderno em sapatos e acessórios masculinos, sempre dentro de nosso foco que é o homem contemporâneo. Fale um pouco sobre a evolução dos Calçados Donadelli ao longo dos anos? Nosso fundador, Jorge Donadelli, sempre buscou trabalhar com produtos de alta qualidade e design. Esta sempre foi uma marca de nossa empresa. Em meados dos anos 90 fizemos uma completa reformulação das nossas coleções e daquele momento em diante a Donadelli passou a ser reconhecida no mercado como a marca de calçados mais moderna e arrojada do Brasil. Importante ressaltar que nunca perdemos de vista o conforto e o acabamento de nossos produtos. E hoje, o que diferencia os sapatos Donadelli dos demais? Sem dúvida o conforto, a qualidade e o design. Cada detalhe é cuidado de forma independente para que o conjunto seja harmônico e encantador. Onde é possível comprar um produto Donadelli? Em nosso e-commerce (www.jorgitodonadelli.com.br), em nossa primeira loja franqueada no Catuaí Shopping de Maringá e em mais de 300 lojas multimarcas pelo Brasil.







CAPA Por Valter Junior

Nicole

Aos 29 anos, com singeleza de menina e pensamento de gente madura, Nicole Evangeline é o destaque desta primeira edição da Risa no ano de 2015. Ela, como a Risa, representa dois ideais de vida: experiência e juventude, virtudes que só são alcançados com muito trabalho e amor pelo que se faz. Humilde, Nicole diz que sua história e carreira não tem nada de muito glamour. Natural da cidade do Rio de Ja-

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neiro, sempre estudou muito, começou cedo a fazer teatro no Tablado, conciliando com os trabalhos de modelo e a faculdade de cinema. Com muitos convites para trabalho, o diploma teve que ser adiado em razão dos compromissos profissionais e das viagens de ida e volta para São Paulo. Não por acaso ou sorte, mas por reconhecimento do trabalho foram surgindo comerciais, curtas e médias me-


Angeline

tragens, testes para novelas até a consagração com a participação na novela da TV Globo, “Em Família”. Antes, porém um longo trabalho foi trilhado. Antes de ser atriz, trabalhou como modelo para várias marcas, fazendo comerciais e campanhas publicitárias. Profissionalmente, atuou em peças como “A Valsa dos Seis” e “Vestido de Noiva”, fez curtas e médias metragens, além de clipes musicais para bandas estrangeiras.

E não e só profissionalmente que Nicole é uma vencedora. A perda precoce do pai foi um momento traumático, mas, ao mesmo tempo, um ponto de virada na vida da atriz. Com o fato, a responsabilidade chegou mais cedo na vida. “Comecei a ler e estudar muito. Passava até alguns recreios na biblioteca em meio aos livros quando criança”. A personagem na novela “Em família foi a coroação de anos de muito estudo e


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dedicação. “Com esse personagem meu trabalho ganhou destaque, mas eu sempre trabalhei bastante”, ressalta Nicole. Fazer a enfermeira Laís não foi nada fácil. Nicole conta que fez muito laboratório, frequentou hospitais no Paraná e pode ver uma realidade que era distante para ela. “Frequentava a casa dos pacientes, já que fiquei em um hospital de uma cidade bem no interior do estado e ajudava a cuidar dos doentes. Ficava disfarçada de enfermeira no meio das outras enfermeiras e podia observar e participar bem de perto. Para mim, esse foi um grande desafio, que me fez uma atriz e uma pessoa melhor. Pude olhar mais atentamente para os idosos, por uma perspectiva muito boa e próxima, a de uma enfermeira”. Atualmente Nicole não está gravando nenhum novo trabalho, mas não para de estudar e se dedicar para que, em breve, seus fãs sejam presenteados com mais um grande trabalho. Nesses raros momentos, (de não estar gravando) Nicole gosta de se divertir. Desde pequena, quando não estava

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estudando, gostava muito também de brincar, ficar com os bichos de estimação, andar a cavalo, fazer balé e esporte. E hoje, não é diferente, Quando não está trabalhando, faz questão de estar com os amigos e a família, e sempre que pode vai ao teatro, assistir um bom filme em casa ou curtir um livro, já que não está em nenhum relacionamento sério. MODA Nicole Evangeline é uma apaixonada por moda. Segue tendências, acompanha desfiles, lê, estuda, pesquisa, gosta de “estar na moda”. Mas sabe ter uma relação saudável com este universo. Para ela, o mais importante da moda é favorecer as pessoas. (“As tendências, as dicas de moda, elas nos ajudam a enaltecer nossos pontos fortes. Por isso é importante ler, saber das novidades para sempre valorizar nosso melhor. E com o tempo, isso se torna mais evidente e natural, você vai se conhecendo e vai conhecendo o que fica bem em você. A grande tendência é criar uma identidade própria!”)


Ping Pong Nome Nicole Evangeline Profissão Atriz Nascimento 2/12/1985 Altura 1,56 Peso 51kg Esporte Futebol Qualidade Determinação Defeito Perfeccionista Time Flamengo Cor Azul Musica Clássica, Rock, Sertanejo e Pop Internacional Adora Ler Detesta Falta de educação Usa muito Calça flare e camisa O que te representa Tolerância Ator Marlon Brando Atriz Katerine Happer


Estilo

Lumber sexual Nasce um novo estilo

O novo conceito de moda e comportamento inaugura, também, um novo look

A camisa xadrez é uma das marcas

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Lumbersexual é igual a Metrossexual, só que o contrário: enquanto os “Metros” são super vaidosos e procuram uma imagem impecável, isenta de pelos, extremamente alinhada e simétrica, os “Lumber” são mais casuais, largados e naturais, adotando cabelos compridos e bagunçados, barbas por fazer e pelos, muitos pelos. Apesar de parecer uma novidade, esta nova tendência de comportamento masculino, identificada pela mídia internacional, tem como inspiração a caricatura de uma profissão centenária: a dos lenhadores. Daí o nome, nascido de uma junção entre as palavras “lumberjack” (lenhador) e “sexual”. São, portanto, além da barba – maior símbolo da trend - peças como camisas de flanela xadrez, gorro de malha, calça larga, botas e tatuagens que compõem o look Lumbersexual. Sucesso entre as mulheres, o estilo foi detectado primeiramente por Tom Puzak, do site especializado em roupas de camping e aventuras GearJunkie.com, e já ganhou perfil no Instagram com mais de 13 mil seguidores.

Vincent Gallo



estilo

A camisa xadrez e o machado de lenhador estão sempre juntos

“O metrossexual é uma espécie em extinção e está sendo substituída por homens que preferem a vida ao ar livre - ou o simulacro dela - em vez dos hábitos de estética meticulosa”, declarou Puzak, em seu site. Em seu livro “Guia do homem com estilo, ainda que mal barbeado”, publicado na França pela editora Pyramyd, Geoffrey Bruyere aponta que “a era das silhuetas longilíneas quase femininas acabou: agora se usam cortes mais amplos, materiais mais autênticos como flanela, couros vegetais, denim bruto”. Pegando emprestado elementos do “bear” – grupo gay, composto por homens barbudos e fortes – o Lumbersexual exalta a virilidade masculina, assumindo traços naturais comuns aos homens. Dentre os famosos, atores como, Vincent Gallo, Hugh Jackman (o Wolverine) e Gerard Butler, são, cada um a sua maneira, representantes do estilo.

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Peças do look de um lumbersexual

O ator Hugh Jackman



mercado Fonte: Fashion Mag

nike for women De olho no público feminino

A mulher seria o futuro para a Nike? Mark Parker, presidente e diretor executivo do grupo já havia anunciado durante as últimas apresentações de resultados trimestrais que a marca norte-americana via um grande potencial nos produtos para as suas clientes. A gigante americana da moda esportiva está afirmando as suas ambições. Ela revelou durante um espetáculo exclusivo em Nova York, suas coleções femininas para a temporada primavera-verão 2015. Entre calçados, que integram a tecnologia Flyknit, novos tops e uma série de peças voltadas ao desempenho, a marca apresentou, via um coletivo de atletas renomados, seus produtos de running, trainning e de sportswear. A Nike está apostando na carta esporte, mas também naquela da criação,

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integrando colaborações de criadores de moda. A marca apresentou notadamente uma série de produtos criados pelo brasileiro Pedro Lourenço e que está disponibilizada desde novembro em alguns pontos de vendas da Nike. Esta abordagem, que mescla criatividade e desempenho, deve conduzir a categoria mulher da Nike a um novo crescimento. “As nossas relações com nossa comunidade virtual de 65 milhões de mulheres, vinculadas à nossa qualidade de inovação dos produtos, estão conduzindo nosso crescimento”, explicou Mark Parker, o CEO do grupo. “E nós estamos buscando um valor suplementar de 2 bilhões de dólares nos volumes de negócios para atingir os 7 bilhões no fim do nosso exercício fiscal de 2017”.



conceito Por Romano Pansera

Lojas conceito O que elas tem a ensinar?

Fachada da loja conceito da Riachuelo, em São Paulo

No cruzamento das ruas Oscar Freire e Haddock Lobo, em São Pulo, a Riachuelo inaugurou sua primeira loja conceito. O curioso é que a sede da rede de vestuário conhecida por vender roupas a preço baixo, fica na mesma região de lojas de marcas como Montblanc e Louis Vuitton. “Queremos democratizar a moda no endereço mais fashion do Brasil”, disse Flávio Rocha, presidente da empresa. O novo empreendimento ocupa o ponto onde antes funcionava o Espaço Santa Helena, especializado em produtos de luxo para casa e decoração. É a maior “butique” do pedaço e a 14ª loja da Riachuelo na capital. Com 1.200 metros quadrados, o local tem três andares e conta com cerca de 15.000 itens à venda. No primeiro piso ficam as roupas para mulheres, com uma pegada jovem e fashion. O 2º é quase todo destinado aos homens. Já o 3º abriga as coleções de lingerie, moda praia e fitness. No centro do magazine, um elevador envidraçado de pistão hidráulico faz a ligação entre os pavimentos.

Atração, retenção e fidelização: o papel das lojas conceito

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conceito

C&A, uma das maiores redes varejistas do Brasil

Hoje, o mercado oferece produtos e serviços com qualidade técnica muito similar e, cada vez mais, o design inovador é que faz a diferença. O avanço da tecnologia equiparou a fabricação dos bens e de serviços. Assim, as empresas e marcas têm o desafio diário de inovar e reinventar a forma como se relacionam com seus clientes. O mercado mais competitivo e os consumidores menos fiéis às marcas e produtos, exigem da indústria e dos varejistas um exercício permanente de inovação e diferenciação que, se bem executado, torna-se um importante aliado na conquista do público. As variáveis expostas demonstram uma nova realidade do varejo e abrem espaço para a exploração de um relacionamento mais direto e próximo com o consumidor, permitindo às indústrias a criação das chamadas lojas conceito, ou flagships. As lojas conceito, em geral, são lojas que quebram a cadeia do varejo e abrem um canal direto entre a indústria e o consumidor, sem depender do interme-

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diário. Ela cria um espaço experimental que transmite a força da marca, onde o consumidor e o público em geral podem conhecer e dar feedback direto sobre todas as linhas e produtos experimentais, projetados e produzidos por determinada empresa para venda. A técnica já é praticada no mundo, há mais de 20 anos. Aqui no Brasil, algumas marcas começam a trabalhar muito bem essa oportunidade. É o caso da C&A no Shopping Iguatemi, da Samsung no Shopping Morumbi e da Casa Electrolux na Rua Colômbia. Outros exemplos dessa técnica são as Havaianas da Alpargatas, que tem uma banca de feira dentro da loja e nos remete às origens desse produto, onde o cliente pode customizar a sandália. A Galeria Melissa, também na rua Oscar Freire, em São Paulo, criou um espaço diferenciado onde explora os atributos e valores da marca e permite ao consumidor experimentar sensações e conectar-se com os produtos e a atmosfera da marca.



conceito

Loja conceito da marca Louis Vuitton

Canais diretos de vendas, possibilidade de experimentação, criação de atmosfera adequada para compras, customização e personalização de produtos são algumas das ferramentas utilizadas pela indústria e pelo varejo para reter o consumidor e criar um vínculo de cumplicidade com a marca. A interação constante com os consumidores e o desenvolvimento de um relacionamento próximo e contínuo são estratégias que o varejista deve utilizar sempre para me-

Interior da loja conceito da Riachuelo

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lhorar seu desempenho e reforçar a atuação no mercado. As flagships, ou lojas conceito, aparecem neste contexto como tendência para atender ao novo consumidor e proporcionar uma extensa experiência com a marca. Estimulado a todo momento, o consumidor entra em contato com uma ampla gama de sensações e produtos que não teria acesso em outros canais de venda. Por isso, é um reforço importante de imagem, conceito e percepção.



conceito

Lojas da M&M’s são todas customizadas em universo lúdico

A transformação na forma como o varejo expõe e explora este ponto de venda está mudando desde a década de 90, quando a indústria concluiu que o perfil do consumidor havia mudado e que esperava um ambiente mais interativo, conectado, experimental e receptivo. Desde então, grandes marcas investem em um relacionamento mais direto e customizado. Um exemplo é o das lojas da M&M’s em Las Vegas, Nova Iorque e Orlando, nos Estados Unidos, que foram trabalhadas com a ideia de customização, experimentação, inovação e, principalmente, a atmosfera lúdica que o espaço oferece. A criação dos ambientes incentivam os consumidores a conviverem com a marca e suas extensões durante todo o tempo de permanência na loja, seja experimentando os chocolates, interagindo com os acessórios ou conhecendo novos produtos e as novidades que a marca oferece. As flagships buscam uma identificação com o consumidor e entendem as necessidades de mudança, adaptação e conceito no relacionamento com o público. É uma estratégia utilizada com bastante êxito em diversas partes do mundo e que, no Brasil, desponta como

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uma forte tendência em ações que visam reposicionar e fortalecer marcas e o relacionamento com o consumidor. Neste contexto, surgem como uma opção válida para consolidar a empresa e seus produtos utilizando outros meios de aproximação e tornando a comunicação da marca menos dependente da propaganda tradicional. Além disso, mostram-se como uma forma eficaz na conexão com consumidores, quando unidas a ações de relacionamento e experimentação. Romano Pansera é Presidente do POPAI Brasil – Associação global do Marketing no Varejo



luxo Por Valter Junior

Aurora Boreal

A nova coleção de Jorge Bischoff Assim como os raios de luz difusa do fenômeno conhecido como aurora boreal, os modelos da nova coleção de Jorge Bischoff são luxo em forma de sapatos. Luxo em nível máximo As criações Aurora Boreal Jorge Bischoff revelam uma experiência de luxo em nível máximo: pele original de cobra python com acabamento perolado na cor salmão, em tom desenvolvido espe-

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cialmente para a coleção, e autênticos cristais Preciosa, da República Tcheca, enriquecendo o conjunto. Uma explosão de nuances e texturas ao alcance de poucos – a edição é limitada a 500 peças numeradas. Aurora Boreal Jorge Bischoff consolida uma luxuosa série de produções especiais – iniciada em 2013, com a coleção Celebration, em homenagem aos 10 anos da grife.



luxo

Universo Online A experiência de adquirir um produto Aurora Boreal Jorge Bischoff não se restringe às peças da coleção. No mesmo dia e horário do lançamento dos produtos nas lojas físicas, um site especial foi ao ar. Ao acessar www.jorgebischoff.com.br/auroraboreal, a consumidora pode conferir imagens de detalhes de cada produto. Além disso, uma área restrita foi desenvolvida especialmente para as apaixonadas que adquirirem produtos Aurora Boreal Jorge Bischoff. O acesso a este conteúdo online exclusivo ocorrerá por meio de uma senha gravada no cartão numerado que acompanha cada peça da coleção e reserva uma surpresa às clientes. cuidado e Respeito ao meio ambiente Os produtos da coleção Aurora Boreal Jorge Bischoff são desenvolvidos em pele original de cobra phyton importada da Indonésia e da Malásia sob licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com certificado de procedência e manejo sustentável. Os espécimes provêm de reservas extrativistas de mata tropical, não sendo criados em cativeiro.

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vitrine

Por Victor Barbieratto

Cores Como compor uma vitrine

A sociedade usa a vitrine desde os primórdios, e em muitos casos até não sabendo, pois toda exposição de mercadorias deve ser coordenada de maneira que o consumidor a entenda e assimile de imediato. Esta prática teve início com os Mesopotâmicos e os Egípcios e data de milhares de anos antes de Cristo, demonstrando a sensibilidade dos seres humanos com relação ao visual e ao desejo. Na antiguidade, a primeira manifestação de publicidade e identificação das lojas eram placas de madeira ou pedra com um único símbolo que identificava a mercadoria vendida naquele estabeleci-

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mento. Por exemplo, uma uva entalhada na pedra mostrava que ali se vendia vinho, uma cabra indicava a venda de leite, um trigo indicava uma padaria, e assim por diante. Os primeiros mercados árabes já se constituíram com um formato de exposição que deu tão certo que até hoje se utiliza no mundo inteiro: mercadorias expostas sobre tecidos ou bancadas e todos separados por grupos de produtos similares em formas e cores, pois sabiam do encantamento das cores sobre o homem. E sendo assim, criaram uma estética, que por mais incrível que possa parecer, nos serve até hoje como exemplo.



vitrine

A boa combinação da cor e da iluminação nas vitrines pode elevar em até 75% as vendas

Da maneira como a conhecemos hoje, quanto a sua estrutura, a vitrine data da era vitoriana, na Inglaterra, onde tinha a aparência de janela com um manequim. Mas a grande evolução das vitrines se deu após o advento dos Shopping Centers, no período Pós Segunda Guerra, quando o mundo (principalmente os EUA) teve o grande boom das compras. Desta data em diante, sua evolução jamais parou, agregando sempre novos elementos e formas de ornamentação, buscando sempre a mesma atitude: agregar valor aos produtos expostos. A boa combinação da cor e da iluminação nas vitrines pode elevar em até 75% as vendas das lojas de varejo, atesta o especialista em design de vitrine Wilson de Oliveira Souza, que está concluindo tese de doutorado sobre o assunto na área de design e arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Ele explica que a cor é elemento fundamental no vitrinismo, pois supera barreiras linguísticas, proporciona comunicação que vai do

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consciente ao subconsciente e, quando bem utilizada, constitui um dos principais instrumentos para fazer com que o passante, quer defronte uma loja de rua ou de shopping, seja atraído de forma sedutora pelos elementos de design. Uma vez seduzido, o passo seguinte é entrar na loja e comprar. Nas questões ambientais, por exemplo, deve-se levar em conta se o espaço comercial é aberto (rua) ou fechado (shopping). A cor preta transmite uma sensação de redução do ambiente, enquanto o branco passa a ideia de amplitude. São sensações que afetam o lado psicológico do consumidor em um momento muito importante: a decisão de compra. Somente um consumidor satisfeito emocionalmente concretiza a compra. Caso contrário, ele procura o concorrente. As relações interpessoais também são afetadas com diferentes significados que uma combinação de cores proporciona. Há diferença de comportamento das pessoas se elas se encontram em uma praia ou em uma região de monta-



vitrine

nha, por exemplo. Em termos psicológicos, uma cor fria pode transmitir a ideia de timidez, enquanto uma cor quente está relacionada a pessoas expansivas. Por esta razão, há, inclusive, estudos que determinam uma cor para cada faixa etária. É o componente emocional permeando o comportamento humano. Assim como na psicologia, determinadas cores também estão relacionadas antropologicamente à história de um povo, de sua cultura, de seus antepassados etc. O luto em nossa cultura é representado pela cor preta, já no Japão, por exemplo, o branco é utilizado para tal finalidade. Por isso, temos de saber claramente o que pretendemos transmitir e que público -alvo queremos atingir, resultando no fato de que o vitrinismo é personalização e uma vitrine nunca é igual às das demais lojas. Utilizar os mesmos elementos da concorrência é suicídio. Igualmente, a ‘overdose’ de cores e objetos denigrem a apresentação dos elementos na vitrine.

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A combinação de cores na vitrine deve estar relacionada com o interior da loja, com a fachada. A vitrine acaba funcionando como uma sala de visitas. É ela que dirá o que a loja tem a oferecer. A função dela é seduzir, porque a efetivação da compra acontece no interior do estabelecimento. É muito comum os lojistas se preocuparem com a gestão financeira do empreendimento e se esquecerem da comunicação. Imagens são forças psíquicas e hoje, mais do que nunca, a iconografia é a linguagem corrente no pós-moderno. O homem medieval se pautava pela iconografia religiosa – basta recordar os vitrais coloridos das igrejas - e o homem moderno atua mediante imagens (ícones) publicitárias. Cor e iluminação representam uma questão de sobrevivência para os varejistas, principalmente em uma época em que os produtos estão se tornando cada vez mais próximos um do outro. O diferencial será pela personalização e pelo uso adequado das cores como meio de identificação, pois permite a visibilidade e facilita a memorização.



vitrine

CORES

A cor é elemento chave na execução da vitrine. Quando trabalhada corretamente, seu resultado é harmonioso, trazendo somente nela em muitos casos o próprio tema da coleção. Quando pensamos em lojas multimarcas, esta exposição de conceitos é diminuída, por conta da comunicação visual de cada marca. Embora tenhamos a intenção de justificar racionalmente a compra, é o emocional que determina o ato de comprar. Hoje, até mesmo produtos de primeira necessidade são acompanhados do fator emocional. Marca, qualidade e preço, nessa ordem, determinam a decisão de compra.

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O efeito simbólico da cor e de uma iluminação eficiente sobre os produtos numa vitrine contribuem sobremaneira para elevar as vendas. Para usar adequadamente as cores nas vitrines é importante que os profissionais em vitrinismo conheçam os efeitos positivos e negativos das cores nos seres humanos. A cor pode ajudar a atrair o consumidor, mas o seu uso eficiente deve-se levar em conta questões ambientais, fisiológicas, sociológicas, psicológicas e antropológicas, entre outros campos de estudo. Tudo depende do contexto, do produto e do público que se pretende atingir.



vitrine

A RELAÇÃO ENTRE AS CORES

A cor não pode ser trabalhada isoladamente, pois o que determina seu resultado é a escolha correta da iluminação. Luz e Cor andam de mãos dadas e a relação entre duas ou mais cores chama-se harmonia. Existem três tipos de relação entre as cores: Cores Análogas (harmonia de cores vizinhas no círculo cromático). Por exemplo, uma mistura entre tons de amarelo e verde. Contraste (harmonia de cores opostas no círculo cromático). Por exemplo, combinações entre vermelho e verde.

se colocar de 2 a 3 cores em uma vitrine, buscando uma harmonia e conceito com relação às peças expostas. As combinações de cores abaixo são exemplos de como podemos montar vitrines diferenciadas: Amarelo e Azul Uma combinação original e que agrada a maioria dos clientes. Neste caso, recomenda-se testar os tons de azul mais claros e acinzentados, aproveitando o amarelo puro na maioria dos detalhes pequenos e linhas de composição da vitrine.

Monocromática (utiliza sempre cores do mesmo espectro). Por exemplo, uma combinação tom-sobre-tom de vermelhos. Devemos levar em consideração que se colocarmos muitas cores/estampas e talvez nem tantos produtos, ainda assim estaremos poluindo visualmente a vitrine. A impressão de muitas cores não deixa perceber cada uma separadamente, confundindo o consumidor. A solução perfeita é a de

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Vitrine Zara



vitrine

Verde e Branco O verde é uma cor muito perigosa. A escolha criteriosa do tom é essencial para criar um layout agradável e, ao mesmo tempo, sofisticado. Recomenda-se combinar a partir dos tons de verde mais metálicos e levemente azulados que, combinados com o branco, sugerem limpeza e bom gosto. Experimente outras variações de verde, misturando elementos mais claros com mais escuros.

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aplicada a grandes áreas, tende a desagradar os olhos. É sempre melhor utilizar tons de azul acinzentados em grandes áreas. Já na questão do cinza, qualquer tom é permitido, desde o mais claro até o grafite, neste último tom devemos ter cautela, para não deixar o visual pesado.

Cinza e Vermelho Quando falamos no cinza para esta combinação, escolhemos os tons de cinza mais claros para a maioria dos elementos em cinza e alguns elementos em tons de grafite. O vermelho escuro sugere força e “aquece” os tons muito frios de cinza.

Preto e Cinza Apesar de serem duas cores que intimidam, o preto e o cinza são muito elegantes conferindo sofisticação. Na composição de layouts podemos abusar nos tons de cinza mais claro, escolhendo detalhes em preto. O inverso não deve ser utilizado, ou seja, a utilização de grandes áreas em preto, sendo uma cor de difícil contraste para leitura mesmo as fontes sendo em branco.

Azul e Cinza Uma combinação fria, mas muito agradável. São tonalidades, clássicas, sofisticadas e quase sempre indispensáveis quando não se quer errar. Mas devemos ter atenção para o fato de que existem alguns tons de azul para os quais se recomenda cautela no uso, como por exemplo, o azul puro (ciano), por ser uma cor muito forte e, se

Preto, vermelho escuro e branco O preto e o vermelho escuro são duas cores muito pesadas que, sozinhas, não são recomendadas na composição de uma vitrine (exceto em vitrines temáticas, com um conceito de coleção). Entretanto, se houver predominância de branco, estas duas cores podem conferir um aspecto maravilhoso ao layout da vitrine.



vitrine

Amarelo, cinza e laranja O amarelo e o laranja são cores alegres e quentes e, se combinadas com o cinza, conferem um ar moderno e original à sua vitrine. Azul e laranja Assim com o azul e o amarelo, a vitrine obterá excelentes efeitos se combinados tons de azul acinzentado com laranja em tons mais vivos, este último em detalhes de destaque na vitrine. O laranja tem a propriedade de aquecer e o azul, que é uma cor fria, confere um visual moderno e diferente ao layout. Normalmente, vitrines infantis e mais divertidas utilizam esta combinação de cores.

Bege e branco O bege é uma tonalidade muito suave e pode ser combinada livremente com o branco, compondo vitrines para qualquer público-alvo. Esta é a combinação mais versátil de todas as apresentadas anteriormente.

Vitrine Dior

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vitrine

Combinações de cores que precisam ser analisadas com cautela

Vitrine Antix

Verde e amarelo Apesar de o verde e o amarelo serem motivos de orgulho nacional, não é recomendada a utilização dessas duas cores juntas em um layout de vitrine. O verde por si só é uma cor difícil de combinar, ficando melhor quando utilizada com cores neutras (branco ou cinza). Além disso, diversos tons de verde são desagradáveis aos olhos. O amarelo muito vivo tende a “brigar” com o verde, esteja ele em qualquer tom. Além disso, exceto em época de Copa do Mundo, não temos uma boa relação com esta combinação de cores. Vermelho e preto O vermelho e o preto são cores que transmitem muito peso e sensualidade e podem intimidar os clientes. Evite utilizar estas cores muito fortes combinadas sozinhas, como cores únicas de uma vitrine. Além de promover a falta de entendimento dos elementos da vitrine, pode incomodar algumas pessoas por cansar rapidamente os olhos.

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Verde e vermelho O verde e o vermelho, assim como, o verde e o amarelo, são duas cores que “brigam” entre si, já que o verde não é neutro e o vermelho se impõe sem cerimônias. Laranja e vermelho ou amarelo e vermelho Duas cores muito quentes devem ser utilizadas com muita discrição. Estas combinações, por si só, não devem ser adotadas como os únicos tons em um layout de vitrine. Utilize em companhia de tons mais frios, cinza ou azul, preferindo o tom de vermelho mais escuro que confere maior suavidade. Já a combinação entre o laranja e o amarelo puro podem ser utilizadas, desde que com cautela, pois, de outra forma o resultado pode parecer um verdadeiro carnaval. Roxo e preto O roxo é uma bela cor, mas ao mesmo tempo muito estranha. Ele pode fazer parte com sucesso de



vitrine

layouts mais divertidos e jovens, quando levemente claro e combinados com cores alegres, como o amarelo ou o laranja. Entretanto, o roxo traz em si a sensação de mistério e medo, e unido ao preto, sugere morbidez. Branco e amarelo Assim como as cores muito escuras tendem a pesar em uma vitrine, cores muito claras desagradam os olhos com a mesma intensidade. Apesar de ser uma cor muito alegre, amarelo puro, quando combinado com o branco, tende a ficar muito apagado. Regras finais • Evite misturar dois tons quentes e predominantes na aparência geral de uma vitrine; procure sempre “quebrar” o calor com algum tom frio; • Cuidado ao utilizar dois ou mais tons muito luminosos como únicos em uma vitrine; • Evite combinar apenas preto e cinza em uma vitrine muito importante na loja. Quebre a monotonia utilizando uma terceira cor mais alegre; • Tenha extremo cuidado com algumas tonalidades de verde (verde bandeira e verde limão). O verde é uma cor mui-

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to bonita e pode favorecer o seu layout quando bem aplicada; • Não deixe de observar, acima de qualquer coisa, o público-alvo a atingir, isso determinará a utilização de cores.



vitrine

A COR E A VITRINE As vitrines estão dispostas em locais de passagem e, portanto, algumas considerações são importantes para compreender o efeito da cor e da iluminação no consumidor. Primeiro que os produtos são observados sempre através de um vidro e, geralmente, a 90 graus do ângulo de visão, ou seja, pela visão lateral, chamada também de visão periférica. Isso significa que é preciso mais do que simplesmente expor os objetos. A vitrine, assim como os demais elementos da loja, precisam fazer parte do planejamento de marketing e isso inclui a cor, elemento que é uma necessidade mais psicológica que estética. A cor faz parte da simbologia e do imaginário do ser humano.

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A cor pode arruinar ou ressaltar seu projeto. A utilização das cores sofre a influência de uma série de fatores como: estação do ano, público-alvo (idade, nível socioeconômico e cultural), moda, tendência, luz, etc. E ainda quando se fala de cor, deve-se analisar a cor da decoração e a cor do produto em si. O que se pode fazer é cercar-se de uma série de cuidados. Produto • Em caso de produtos com embalagens como: (máquina fotográfica, eletrodoméstico, sapato) não as utilize, pois normalmente elas são bem coloridas e quase nunca fazem um conjunto harmonioso com o restante;



vitrine

• Procure sempre trabalhar com, no máximo, três cores. Mais do que isso você corre o risco de provocar uma grande poluição visual; • Em caso de dúvida, mantenha sempre o charme dos clássicos (Exemplo: preto e branco). Decoração • Cuidado! Observe sempre as cores do produto que será exposto. Procure sempre trabalhar da forma mais neutra possível ou, se o projeto pedir, utilize apenas detalhes de cores que fazem conjunto com o produto; • Brilho: evite ao máximo. O que brilha numa vitrine é o produto. Mas se for realmente necessário, procure sempre um vitrinista para auxiliá-lo na montagem. Se você for calçadista, por exemplo, você pode indicar ao lojista como ele poderá montar uma boa vitrine com seu produto, valorizando-o;

• A luz não é um detalhe, e sim parte integrante da cor. Lembre-se que a luz pode alterar algumas cores, portanto escolha as cores de acordo com a luz e vice-versa. As cores influenciam psicologicamente no comportamento do cliente - é o que chamamos de psicodinâmica das cores. Muitas cores levam a impulsos de compra sem que o cliente perceba. Essa resposta do ser humano às cores está no nível da consciência e muitas do subconsciente. O nível consciente está ligado a fatores como moda, classe social e cultural ou mesmo a idade e a região onde se vive. O subconsciente está mais relacionado a acontecimentos da infância, medo, necessidades de afeto, aceitação, e assim por diante. As ações e reações das cores têm reflexos fisiológicos no ser humano. O que determina a aplicação de cores com sucesso é o equilíbrio do seu uso. Se a cor em muitos casos provoca reações fisiológicas, imagine no seu cliente!

Victor Barbieratto é especialista em calçados. Graduado em Design de Produto pela Unesp, com MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV. Realizou trabalhos de desenvolvimento de solados, cabedais e arte-final para clientes do Brasil, Venezuela, México, Guatemala, França e Itália. Atuou como designer de calçados da Penalty nas linhas infantis, casuais, running e futebol. Atualmente, está à frente do Creek Design Studio (Ribeirão Preto/SP) e desenvolve projetos em parceria com a Assintecal. Contatos: victor@creek.com.br www.creek.com.br

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MARKETING Por Wagner Ballak

Mulheres e sapatos Uma paixão a ser explorada e um desafio para os homens

O que tem o Marketing, Neuroestratégia, sapatos e um casal fazendo compras, em comum? Tudo! A diferença está no relacionamento dos protagonistas com o bem mencionado (sapatos). A criação de uma campanha para alegrar um casal em um momento que pode ser traumático pela visão masculina, mas, de extrema felicidade se olharmos pela ótica feminina. Este é um grande desafio para o Marketing. Quando uma esposa convida o marido para acompanhá-la em um dia especial para comprar sapatos, na cabeça desse homem ocorrerá um turbilhão de emoções: complexos trade-offs tomadas de decisão incongruentes: ficar ou ir junto, sabendo que haverá uma enorme perda de tempo para uma das partes (ele, claro), surpresa, comunicação travada causando sudorese e outras. Os sistemas cerebrais límbico, córtex e reptiliano começam uma disputa ferrenha para saber o que fazer. As sinapses entram em curto-circuito. “E agora?” Pensa o marido. Porém, o límbico vence os dois, já que se trata do emocional chantageado. E os dois partem para uma jornada que poderá ultrapassar a

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elasticidade da paciência. Mas, isso não afeta a esposa, completamente à vontade. Ela, comprometida consigo mesma, desconhece o limite do tempo e, talvez de seu cartão de crédito (se for data especial, será um desafio para o marido). As caretas do marido não irão desanimá -la e nem vão intimidá-la. E surge a ideia de chamar uma amiga para acompanhar aquele momento. Este é o cenário de um palco ainda inexplorado para o Marketing. Já que os protagonistas são antagônicos (marido e esposa), há um desafio para o Marketing. Há um desafio com muitas soluções. Basta criatividade. Porém, deve-se entender três coisas antes de adentrarmos no âmago do problema e resolvê-lo. Marketing não é “propaganda” e não é “publicidade”. • Marketing estuda o complexo mercado regido por inúmeras influências: stakeholders (todos os envolvidos da cadeia produtiva e consumidora), macro e microeconomia, política e a relação psicológica e gerencial de todos os players dentro do sistema mercadológico, implementando soluções importantes para a atuação de duas áreas correlatas: Propaganda e Publicidade. Não é “a defini-

ção”. É uma forma de explicar de modo sucinto como funciona. Não há que ser definido conceitos acadêmicos aqui neste espaço. • Propaganda é a forma criativa para desenvolver produtos ou serviços, criando necessidades em seus consumidores. • Publicidade é a maneira ou modo de veicular essa informação. A função do Marketing é incutir no cérebro límbico feminino que ela precisa de sapatos. O córtex masculino entende que há uma terrível e controversa “briga” neural entre seus três cérebros (córtex, sistema límbico e reptiliano) e fica estático, apenas no “piloto automático” para receber as ordens de sua senhora. Lembrando que não existe aqui um presságio sobre a “guerra dos sexos” e que não existe imposição feminista e chantagista contra a posição machista (inexistente no texto). É natural que as mulheres estejam mais propensas à sedução da Propaganda, criada pelo Marketing e veiculada pela Publicidade. E é aí que, ao meu ver, o Marketing poderia utilizar ferramentas de ponta (como o Balanced Score Card) como ponto estratégico de condução das preferências e gostos femininos por sapatos.


MARKETING

Explicação racional A pergunta masculina é: “-Por quê tanto sapato?” A pergunta feminina é: “-Por quê eu não comprei esse antes?” Um terrível trade-off. Como agradar esse duelo hermenêutico? Não é tão simples assim. Justamente porque as mulheres entram em inúmeras lojas, experimentam inúmeros pares e elucubram ao máximo sobre detalhes que passam despercebidos pelo pesar analítico do córtex masculino!!! Que detalhes são esses? Segundo as mulheres, detalhes de um par poderiam ficar melhores em outro. Há uma infinita combinação tácita de arranjos na cabeça feminina que deixaria Freud enlouquecido. Então, entre preços, detalhes e tamanhos, resta ao ser masculino, com seu córtex inquieto, esperar!!!! Possível solução Porém, o Marketing e a Propaganda, tratando de não ignorarem o sujeito que está acabrunhado sem fazer nada por horas em uma loja de sapatos, esperando sua dama se deliciar com suas indecisões profundas, teriam meios para fazer com que o tempo masculino, nesse momento tão indesejável para ele, fosse melhor aproveitado em lojas de sapatos. Se pensarmos bem, com relação à Demanda Elástica e Bens Complementares (conceitos da Economia), se o Marketing se debruçasse sobre a prancheta criando o “Husband Day Off”: onde o

marido prestes a enfartar seria convidado a fazer um checkup indumentário ou calçadista, dependendo da loja, sendo “bajulado” por uma Shoe Stylist que saberia até a forma de pisar do “antes estressado” homem, diante de equipamentos de ponta que mensurariam o pisar, formato de pé e tipo de calçado mais adequado. Evidenciaria os melhores modelos, marcas e combinações. Além disso, o maridão seria servido em um confortável assento no estilo “poltrona do papai”, tomaria uma bebida especial (não alcoólica) oferecida com exclusividade pela casa, completamente de graça, durante a “garimpagem” ad infinitum feminina. E se a esposa ficasse mais de uma hora na loja, o casal levaria um brinde que poderia ser uma caneca ou chaveiro com o timbre da loja. E se as compras fossem efetivadas, haveria ainda um cupom que permitisse descontos para próximas compras e mesmo tratamento VIP masculino, vislumbrando maior permanência na loja, fidelização do cliente e possíveis voltas e indicações de potenciais novos clientes. Ações que não custariam tanto e fariam diferença para a geração de fluxo de caixa da empresa. Hoje, o Marketing tem mais possibilidades de transformar situações banais como essa em cases de sucesso. Basta ter criatividade. E assim, o marido deixaria seu sistema límbico sossegado e sua esposa mais feliz!!!

Wagner Ballak é Administrador profissional (CRA-SP nº 128922), professor de Administração na Anhanguera (polo Paraty), é Web Designer, palestrante e desenvolvedor Web. Desde 2000 com agência de comunicação visual para Web. Possui diversos cursos livres de Web, Motion Graphics, Programação PHP e 3D. Mais de 500 trabalhos em seu portfólio.

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anunciantes Telefone

Pag.

Telefone

Pag.

ABS

(37) 3287-0281

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Mizzani

(37) 3226-7292

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Aeros Pike

(37) 3287-1644

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Nara Martins

(37) 3226-1016

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Ana Amaral

(37) 3226-2001

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Onity

(37) 3226-5300

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Bella Rios

(37) 3225-3414

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Pank

(37) 3226-1077

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Besni

(11) 3357-0500

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Patrícia Reis

(37) 3225-0381

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Brenda

(37) 3287-0239

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Pé de Chulé

(37) 3287-1624

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Campu’s

(37) 3287-1256

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Pega-Lu

(37) 3288-1050

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Capelli

(16) 3722-2987

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Pepita

(37) 3226-0650

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Cecília Lima

(37) 3234-1515

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Pekeno-Pé

(37) 3226-4085

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Citon

(37) 3226-7636

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PKN

(37) 3225-7511

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Clovis

(11) 3327-3327

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Raster

(37) 3226-1719

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Creek Design Stúdio

(16) 3877-8150

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Reig

(37) 3287-1560

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Daniel Calçados

(11) 2696-3160

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Replay

(37) 3287-0279

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Danper

(37) 3288-1288

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RCA

(37) 3226-1353

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DK

(37) 3287-1543

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Riccal

(37) 3226-5160

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Dan Rosê

(37) 3288-1922

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Risa

(37) 3226-3229

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Drone

(37) 3227-1116

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RKM

(37) 3226-2044

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EG

(37) 3226-1238

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Saygon

(37) 3287-1042

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Evydency

(37) 3225-0222

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Sport Fire

(37) 3228-2340

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Fenova

(37) 3228-8500

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Scaleno

(37) 3226-2615

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Frad

(11) 4220-4788

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Talya

(37) 3226-3660

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(37) 3227-1118

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Anunciante

Anunciante

Francal

(11) 2226-3109

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Texas

Iza Morena

(37) 3225-5606

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Velluti

(37) 3228-0000

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Kiko e Kuka

(37) 3226-6888

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Via Euro

(37) 3226-3016

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Let’s

(37) 3226-2501

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Vithória Dias

(37) 3226-2869

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Levindo Assessoria

(37) 3228-4011

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Vulcão

(37) 3226-4907

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Madstar

(37) 3226-2866

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Wilhans

(37) 3287-0055

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Marcial Boots

(37) 3288-1035

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Ynover

(37) 3226-2008

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Marina Rio

(37) 3225-6300

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Zyller

(37) 3287-1745

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