Revista Risa Comércio - Ed. 24

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ÍNDICE

Jennifer Lopez, Pitbull e Claudia Leitte, cantaram a música tema da

74Capa

Copa no Brasil, We Are One (Ole Ola)

Sua nova casa

Foto de Jomar Bragança

Destacamos oito projetos de arquitetos renomados de nossa região.

06 Jardinagem

Os segredos de um belo jardim

70

12 Saúde

52 Hot Dog

20 Casas de madeira

58 Divinópolis

A invasão do vidro 24 Ele está presente nas construções modernas

62 Conheça seu filho

34 Marcas

68 Rally

40 Relacionamento

70 Futebol

Amigdalite: Viral X Bacteriana

Entrevista com Marcelo da Casa & Campo

Como posicionar sua marca no mercado

Entenda a arte do relacionamento

Juninas 48 Festas De onde elas vieram?

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Sabia que o nome dele já foi proibido?

A cidade do Divino

Supere a distância com criatividade

Entenda como funciona este esporte

90

Sob protestos o Brasil sedia a maior das copas

Superação

A história de Roberto Vascon, o mago das bolsas



JARDINAGEM Por Valter Junior

O segredo de um belo jardim A importância do Paisagista

Projetos paisagísticos elaborados por profissionais dão suavidade e beleza ao ambiente, além de aumentar a qualidade de vida. Há algumas décadas, os grandes centros urbanos vêm sendo chamados de selvas de pedras. O nome é bem apropriado por se tratar de lugares onde as árvores, as flores, os rios e os animais foram substituídos por concreto e asfalto. A falta de vegetação e de contato com a natureza vem provocando, sorrateiramente, males irreversíveis. O aumento do número de pessoas com doenças respiratórias e da sensação térmica já são o bastante para soar o alarme de perigo. “No futuro ou teremos cidades verdes ou cidades fantasmas”, já disse o diretor da ONG, Tudo Verde. “Uma única árvore faz diferença para melhorar a sensação de desconforto térmico provocada pelo calor”, já comprovou uma pesquisa da Unicamp.

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Paisagista Cassiane Lacerda da Companhia do Verde



JARDINAGEM Por Valter Junior

A paisagista apresenta seus projetos através de recursos de computação gráfica, possibilitando a visualização das plantas que foram escolhidas, a época da floração, a cor das flores e todos os detalhes que compõem um jardim. O jardim nasce no papel com todos os seus elementos externos: pisos, luminárias, espelhos d’água, bancos, churrasqueiras, plantas e outros.

“O cliente participa do projeto desde o seu planejamento, comenta a paisagista”.

Criada para mostrar a exuberância da natureza e a imponência de reis e imperadores, a jardinagem remonta ao Antigo Egito e aos Jardins Suspensos da Babilônia, há mais de 3500 anos. Assim foi até o século XX, quando os projetos urbanísticos começaram a planejar jardins em espaços públicos. Mas de algumas décadas pra cá, a jardinagem tem sido usada não só para criar um ambiente esteticamente mais bonito, mas também para aproximar as pessoas da natureza. É possível cultivar jardins em casas e apartamentos, sejam eles grandes ou pequenos, com espaço apropriado ou não. A jardinagem é a arte e a prática de cultivar jardins ornamentais. Mas para se criar um jardim que cumpra sua missão estética e de contato com a natureza é preciso ter muito mais do que noções de estética e de implantação, é necessário técnica, experiência e principalmente sensibilidade, ou seja, de um paisagista. O momento ideal para contratar esse profissional é quando o arquiteto ainda está desenvolvendo o seu projeto. Segundo a paisagista Cassiane Lemos Lacerda, diretora da Companhia do verde, especializada em paisagismo e jardinagem, planejar o jardim como parte integrante da construção traz resultados mais satisfatórios. “Trabalhando juntos desde o primeiro momento, paisagista e arquiteto, o cliente só tem a ganhar, uma vez que cada profissional possui os conhecimentos técnicos e específicos da sua área, que complementam uma a outra”. “Para quem opta por planejar o jardim ainda na planta do imóvel, um anteprojeto é elaborado, com desenhos, descrições e especificações das interferências que serão realizadas na obra. O passo seguinte é o detalhamento quantitativo das espécies e materiais que serão utilizados no jardim”. O jardim também pode ser executado por etapas, caso o cliente não tenha condições de finalizá-lo por inteiro. O importante é que tenha um projeto em mãos e, a partir dele, estabelecer as prioridades. “O gramado ficaria em primeiro plano, já que normalmente, ocupa a maior área do jardim. Outros elementos como cerca viva, canteiros, horta e até mesmo o pomar, são escolhidos de acordo com a necessidade e gosto do cliente”, explica Lacerda.

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Em áreas menores, mais simples e em imóveis já edificados também é possível criar e cultivar belos jardins. Nestes casos, o paisagista pode optar em trabalhar sem um projeto elaborado, visitando o local e usando de consultorias técnicas para criar o jardim ideal para cada tipo de espaço. Sendo o primeiro ou o último a ser executado em uma obra, o jardim vem se tornando um espaço cada vez mais importante e prazeroso para as pessoas. Um projeto paisagístico bem elaborado e executado, acrescenta um toque de harmonia e leveza ao imóvel, aumentando a qualidade de vida dos moradores. “Contratar um paisagista para projetar o seu jardim é tão importante quanto contratar um arquiteto ou um engenheiro para construir a sua casa”, finaliza Cassiane.



EDITORIAL

Superação é a arma dos fortes! A vida moderna nos lança desafios a serem superados todos os dias. Como exemplo de superação trazemos a história de Roberto Vascon, um mineiro que, de mendigo em Nova Iorque, se tornou um dos maiores designers de bolsas do mundo. Uma matéria especial sobre pais que passam a maior parte do tempo longe de seus filhos traz dicas importantes de como superar essa distância. Superação também é o tema da nossa matéria de capa: com criatividade, superar os limites de espaços e transformar sua casa no lar dos sonhos. Aproveitando o frio e o clima de Copa a Risa Comércio traz também deliciosas matérias sobre as comidas típicas das festas juninas e uma avaliação do histórico da seleção Brasileira em Copas do Mundo. Se supere e tenha uma boa leitura! Ricardo Xavier.

EXPEDIENTE Diretor Executivo: Ricardo Xavier Jornalismo: Valter Junior Atendimento: Fernanda Costa Administrativo: Andresa Santos Tratamento de imagens: André Azevedo Fotografia: Rafael Xavier Assistentes de Arte: Milher Magno e Pedro Xavier Revisão: João Hilário Venda de anúncios: Kenya Roberta (37) 3226-3229 Divinópolis: Hilário - (37) 9116-5354 Banco de Dados: Rogério Xavier - Astra Informática

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SAÚDE I Por Dr. Michel Saliba

Amigdalite

Viral X Bacteriana As faringotonsilites – popularmente conhecidas como faringite, amigdalite e o/ou adenoidite – são processos inflamatórios e/ou infecciosos da faringe e das tonsilas palatinas (amígdalas) e faríngeas (adenoide). São divididas principalmente em duas formas: As virais e as bacterianas. A forma viral é a mais frequente em crianças menores de 2 anos. A incidência de faringo-amigdalite bacteriana aumenta consideravelmente na fase pré-escolar e escolar e quando há associação de processos alérgicos. As infecções na garganta são classificadas em agudas, recorrentes (5 a 7 infecções em 1 ano ou 4 infecções por ano em 2 anos consecutivos) e crônicas. Nas faringotonsilites virais, toda a mucosa da faringe se apresenta congesta, edemaciada, principalmente as tonsilas palatinas, que podem estar com volumes aumentados e cobertos por exsudado catarral, sem pontos purulentos. O paciente pode apresentar febre alta, calafrios, mal-estar e moderada dificuldade

para engolir. Frequentemente está acompanhada de sinais extrafaríngeos como congestão nasal, rinorréia, conjuntivite, roncos, tosse e alteração da voz. As tonsilites bacterianas, em geral, iniciam-se após um quadro viral, sendo às vezes de difícil

diagnóstico diferencial. De início súbito apresentam comprometimento dos gânglios submandibulares, com repercussões para o estado geral do doente, que apresenta febre alta, fraqueza, desânimo, vômito, dores de cabeça, dores no corpo, dor para engolir e mau hálito. As tonsilas

Dr. Michel Cyrino Saliba OTORRINOLARINGOLOGIA CLÍNICA E CIRÚRGICA PRÓTESES AUDITIVAS EXAMES OTORRINOLARINGOLÓGICOS MEDICINA DO TRABALHO

Av. São Vicente, 200 sala 112 Bom Despacho – MG - (37) 3522-7760

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palatinas costumam estar aumentadas, recobertas por exsudado esbranquiçado ou amarelo ou com pontos purulentos limitados às criptas amigdalianas e circundados por intensa congestão da mucosa faríngea. O tratamento clínico das faringotonsilites virais é sintomático, baseado em analgésicos, antitérmicos, hidratação, anestésicos tópicos e gargarejos salinos, sem indicação de antibióticos. Nas faringo-amigdalites bacterianas a escolha do antibiótico vai depender dos aspectos das lesões e do provável agente etiológico causador da infecção. Nos casos de infecções recorrentes refratárias ao tratamento clínico e de hipertrofia das amígdalas tal que leve a obstrução mecânica das vias aéreas superiores indica-se a cirurgia para a retirada das mesmas (amigdalectomia). É importante salientar que o uso de medicamentos sem orientação médica é incorreto e pode causar danos a saúde. Procure sempre um especialista!





CONSTRUÇÃO Por Valter Junior

O diretor da GPJ construtora, Guilherme Cecílio, e sua família

GPJ CONSTRUTORA

Mais que comprar uma casa, você já pensou em se tornar um investidor no mercado imobiliário? Se não, vai pensar duas vezes depois de ver as vantagens que a GPJ Construtora oferece para quem quer comprar um imóvel como investimento.

Construindo e pensando em sua família

Comprar uma casa é um sonho de grande parte dos brasileiros. E adquirir um imóvel como forma de investimento, já passou pela sua cabeça? Neste caso, a primeira dúvida que surge é se investir em imóveis é seguro. Primeiramente o imóvel é um patrimônio físico. Ele está lá, ao alcance das mãos, pode ser tocado e visto fisicamente. Segundo, a partir do momento em que você investe, o imóvel é seu, ninguém pode tirar de você, nem o governo nem as empresas privadas. Além disso, imóveis são sempre boas opções de renda. Com o bom momento pelo qual passa a economia brasileira, investir em imóveis é retorno financeiro garantido. Quem optar por um apartamento, por exemplo, pode ter certeza de que são ativos reais seguros capazes de garantir ótimos lucros. Todos precisam de moradia. Quem não tem condições de comprar a própria, sempre estará a procura de um imóvel para alugar. Sendo assim, um imóvel bem comprado pode trazer excelentes retornos para seu investidor. E investir em um imóvel na planta, vale a pena? Sem dúvida é um bom negócio. Um apartamento na planta da GPJ Construtora pode render até 80% do valor investido. O rendimento com um imóvel pode ser maior do que, por exemplo, com aplicações financeiras, que quase não têm oferecido ganhos reais. “A aquisição de imóveis na planta são mais rentáveis que os já construídos, isso porque quando o apartamento fica pronto, o lucro, que seria do construtor, passa a ser do investidor”, ressalta o diretor da GPJ Construtora, Guilherme Cecílio. As vantagens de investir em um imóvel na

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planta são muitas. Em primeiro lugar, um imóvel na planta é no mínimo 30% mais barato que os já edificados. E para quem não tem pressa, esse tipo de investimento se torna uma grande oportunidade, uma vez que podem ser feitas pequenas alterações na planta interna do imóvel, adequando-o ao gosto do investidor. A burocracia também é menor. “Por se tratar de um financiamento próprio, as exigências são menores, tornando a aquisição do imóvel relativamente rápida”, afirma Guilherme. Antes de investir Alguns quesitos devem ser analisados antes de fechar uma negociação de um imóvel na planta. Observar se o imóvel segue a tendência de mercado é um deles. “Os imóveis compactos com área construída de até 110 metros quadrados são os mais procurados”, diz Cecílio. O bairro onde o imóvel está sendo construído também deve ser analisado. “Avalie se o local está em crescimento imobiliário, isso facilita a revenda e aumenta o preço do imóvel com o passar do tempo”. Escolher uma unidade cujo prazo de entrega seja longo, também trará vantagens ao investidor como maior prazo para pagamento e menor ágio para o comprador em caso de revenda. Seja para morar, seja para revender, adquirir um apartamento da GPJ Construtora é sinônimo de bom negócio. Isso porque o valor do imóvel depois de pronto certamente será maior do que quando adquirido na planta. Então, se você decidiu se tornar um investidor imobiliário, não pense mais duas vezes, vá direto à GPJ Construtora e garanta seu futuro.



PROFISSÃO

As vantagens de contratar um arquiteto Ainda é comum encontrar pessoas que acreditam que a contratação de um arquiteto para elaborar o projeto da sua obra é um gasto dispensável. Muitos argumentam que preferem economizar ou usar o dinheiro para melhorias na obra como nos acabamentos, por exemplo. É aí que o engano começa, uma obra que não tem um bom projeto para guiar sua construção é acompanhada de gastos extras que com o planejamento de um profissional de arquitetura poderiam ser evitados. Estes gastos extras para sanar os imprevistos tornam o benefício, que o proprietário imaginou que teria não contratando um arquiteto, em um prejuízo desnecessário. Outro ponto importante é a crença de que contratar um arquiteto é um luxo e somente para os que têm um poder aquisitivo grande. O custo de um projeto arquitetônico chega a ser de 3% do valor da obra, levando em consideração os prejuízos evitados pelo projeto, este valor é ínfimo e com um retorno muito positivo. Além desta questão econômica e de evitar surpresas desagradáveis, o arquiteto supre a necessidade do cliente de ter um projeto personalizado, esteticamente bonito, atrativo, com espaços funcionais e adequado de acordo com o uso previsto. A personalização é uma questão fundamental, uma vez que com um projeto bem planejado a necessidade de alguma alteração futura será mínima já que foi pensado segundo o perfil do usuário e não em uma moda passageira. Estes são alguns dos benefícios de se contratar um profissional, portanto quando pensar em construir consulte um arquiteto que atenda suas necessidades.

Gustavo Junio, Camila Martins e Felipe Duarte Ferreira, sócios da +3 Arquitetura

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Ideia inicial antes do projeto arquitetônico

O projeto mostra como a obra vai ficar

A obra sendo executada



ESTILO Da Redação

Casas de madeira

Conforto, economia e qualidade de vida com muito bom gosto

Showroom da Casa & Campo em Divinópolis

As casas de madeira já fazem parte da paisagem brasileira e provocam reações de encanto nas pessoas. Mas além deste sentimento, as pessoas costumam ter muitas dúvidas e até alguns preconceitos sobre este tipo de construção. A Revista Risa esteve com Marcelo Prado, da CASA & CAMPO , que já construiu mais de 300 casas de madeira em Minas Gerais. Ele nos explica porque, além do bom gosto, estas construções representam um ótimo investimento, inclusive em qualidade de vida.

Marcelo Prado

da Casa & Campo que está situada na Av. Primeiro de Junho, 1040 Centro - Divinópolis – MG Telefone: (37) 3221-2176

www.casaecampo.com.br

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Risa: Em quanto tempo fica pronta a construção? Marcelo Prado: (MP) O sistema de “kits” possibilita ganho de tempo em relação a outros sistemas construtivos. A construção de uma casa de 100m2, por exemplo, após o preparo do terreno, levaria em média 90 dias e em alvenaria levaria 260 dias. Risa: Quanto custa uma casa de madeira? (MP) O custo é de 30% a 40% menor do que a construção em alvenaria para uma casa de área equivalente. E como o desperdício em um canteiro de obras chega a quase 30% do valor da obra, com o sistema de kits da CASA & CAMPO este desperdício reduz-se a quase zero, barateando ainda mais o investimento.



ESTILO Da Redação

As construções da Casa & Campo mesclam estruturas de alvenaria e madeira

Risa: Casa de madeira é segura? (MP) Com sistema construtivo de cintamento (pilares e vigas), é praticamente impossível a retirada de uma das pranchas. As pranchas são maciças e oferecem maior resistência a impacto do que uma parede de tijolos, sendo totalmente segura. A CASA & CAMPO conta com uma equipe de arquitetos e engenheiros altamente especializados, oferecendo sempre as melhores soluções para qualquer tipo de terreno. Risa: Posso ter uma casa do meu jeito? (MP) Claro, as casas de madeira não são todas iguais. Na CASA & CAMPO, você planeja sua casa de acordo com suas necessidades e disponibilidade, sem surpresas no orçamento. Oferecemos diversas opções em materiais de acabamento, todos de ótima qualidade, com fornecedores exclusivos. Assim você garante seu toque pessoal no projeto, aproveitando o bom gosto de cada pessoa. O custo de elabora-

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ção do projeto é automaticamente eliminado na aprovação. Risa: Qual a durabilidade de uma casa de madeira? (MP) Construções em madeira podem durar até mais de 1.000 anos. Se a madeira for de qualidade e bem trabalhada, sua durabilidade é proporcional aos cuidados de manutenção. Risa: É preciso manutenção? (MP) Sim, como toda construção, porém os cuidados são bem mais simples. Basta uma demão de verniz a cada 2 ou 3 anos (dependendo da incidência de sol na construção), dispensando o uso de massa corrida, fixadores, tintas etc. Risa: O perigo de incêndio é maior neste tipo de construção? (MP) Não. O risco de incêndio nesse tipo de construção é igual ao de alvenaria, porque a madeira não sofre combustão espontânea, apenas está sujeita a fatores externos como qualquer outra edificação.

Risa: Os ambientes em casa de madeira ficam úmidos? (MP) Não. A madeira é uma célula viva, que empresta e retira umidade do ambiente, equilibrando a temperatura interna dos cômodos, deixando os ambientes confortáveis em todas as estações do ano. Risa: Casa de madeira pode dar cupim? (MP) O cupim não ataca somente a madeira, eles devoram fiações e até concreto. É aconselhável imunizar o solo onde será feita a construção. Trabalhamos com madeira altamente resistente ao ataque dessas pragas. Risa: Casa de madeira se desvaloriza? (MP) De maneira alguma. Assim como as casas de alvenaria, o que determina a valorização do imóvel é a escolha do terreno, de um projeto que aproveite bem a área, a manutenção periódica e outros aspectos de urbanização e desenvolvimento social local.



ARQUITETURA Por Valter Junior

A invasão do vidro Fachadas e cortinas de vidro são cada vez mais comuns em casas, edifícios e imóveis comerciais

Casa com acabamento em vidro

Há muito tempo o vidro perdeu o sinônimo de fragilidade e de acidente para se tornar uma das melhores opções estéticas para fachadas de prédios e casas. Além de bonito e resistente, o vidro pode ser usado para melhorar a temperatura do ambiente e captar energia solar. São várias as possibilidades de formas, texturas e composições que o vidro oferece. Os tipos mais utilizados para as fachadas são os espelhados, temperados, laminados, duplo insulados, entre outros. Os vidros podem solucionar ou diminuir problemas como falta de ventilação e temperaturas baixas ou elevadas. Entretanto, o tipo do vidro deve ser escolhi-

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do de acordo com cada projeto, como explica o professor de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, Fernando Pereira. “Nos anos recentes houve evolução significativa na produção de vidros, com a apresentação de produtos com diferentes capacidades de absorver ou refletir porções da radiação solar. Um bom vidro seletivo deve ser capaz de transmitir a maior parte da porção visível da radiação (luz natural) e refletir o resto (UV e IV). Entretanto, um vidro desses não apresentará nem coloração e nem aquela aparência espelhada, tão apreciados por muitas corporações”. Há também vidros tecnologicamente desenvolvidos como

os eletrocrômicos, que mudam de propriedade por meio de uma corrente elétrica, os termocrômicos, que se adaptam conforme a temperatura e os fotocrômicos, semelhantes às lentes de óculos que escurecem de acordo com a quantidade de luz incidente. Cortinas de vidro As cortinas de vidro também se tornaram bastante populares. Além de claridade e temperaturas ideais, elas proporcionam uma estética super moderna e leve. As cortinas de vidro impedem a passagem excessiva de luz no ambiente e protegem de ventos, chuvas, poeira e barulho. Elas também possibilitam abertura to-



ARQUITETURA Por Valter Junior

O topo do principal museu da cidade de Aarhus na Dinamarca, obra do arquiteto Schimidt Hammer Lassen

tal das janelas, com fechamento não fixo, o que facilita na limpeza e não alteram a fachada original da construção. As cortinas de vidro possuem um dispositivo deslizante que permite às folhas, correrem sobre um único trilho. Quanto maior forem as espessuras e a massa do vidro, maior será o isolamento e menores os ruídos. De acordo com o tipo do vidro, as cortinas podem ser personalizadas com Fusing, uma técnica utilizada para dar forma, textura e relevo ao vidro por meio da fundição de peças sobrepostas. Com essa técnica é possível desenhar, inserir metais e bolhas nas cortinas de vidro, dando-lhes originalidade e exclusividade. Cores Várias são as técnicas para aplicar cores nos vidros. As opções vão desde a pintura a quente e a frio, jateamento e impressão digital, laminação com PVB e resina, esmalte cerâmico, filme sobre a superfície e fusão. Algumas técnicas conseguem produzir mais de 3 mil cores diferentes. Na Dinamarca, o topo do principal museu da cidade de Aarhus, é formado por combinações de fechamentos de vidros coloridos

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que produzem diferentes efeitos cromáticos e de luz, tanto para quem está dentro quanto para quem está fora. A obra é do arquiteto Schimidt Hammer Lassen. Em outro museu, o Museu de Arte Contemporânea, em León, na Espanha, tem a fachada revestida por vidros coloridos, que proporcionam ao ambiente externo e interno um clima lúdico e moderno. Os painéis de vidro que cobrem a fachada do Instituto Holandês de Imagem e Som é um quadro de arte contemporânea. O design gráfico, Jaap Drupsteen reproduziu a frequência de luz e cores de milhares de imagens tradicionais da tv holandesa, criando um painel externo psicodélico e um ambiente interno multicolorido.

Museu de Arte Contemporânea de León

O Instituto Holandês para Imagem e Som é um quadro de arte contemporânea. Criação do design gráfico Jaap Drupsteen





TURISMO Por Nelma Gontijo

Viagem a Israel Depois de viajar por várias partes do mundo, posso dizer, que foi uma das melhores viagens da minha vida, para não dizer a melhor de todas!

No começo, muita expectativa e receio de pousar no Oriente Médio mas, ao mesmo tempo, a curiosidade que, há algum tempo germinava em mim, me levou a organizar um grupo com o tema “Terra Santa”. Várias horas de voo até o aeroporto de Tel Aviv me fizeram perguntar algumas vezes, “por que não Bariloche?”. Tel Aviv possui cerca de 750 mil habitantes. É uma cidade alegre que lembra, de alguma forma, as rivieras européias, com uma praia maravilhosa às margens do Mediterrâneo. Desde o primeiro dia o guia nos preparou para esquecermos tudo que ouvimos ou sabemos de Israel em termos de segurança pessoal. Uma das atrações, a rua Yarkon, é um calçadão repleto de bares e restaurantes, de cozinha oriental à base de saladas, humus, falafel pita (pão árabe). Os carnívoros puderam saciar os instintos com uma shawarma (espeto grego de carneiro) O café da manhã israelense, com o boker tov (bom dia em hebraico) conta com um buffet maravilhoso com muitos vegetais, queijos frescos e envelhecidos, iogurtes, pães deliciosos assados na hora.

A caminho de Jaffa, voltamos cinco mil anos para entendermos a história do profeta Jonas e a trajetória de Pedro rumo a Cesaréia para evangelizar Cornélio, o centurião romano. Monte Carmelo, palco do desafio e da vitória do profeta Elias sobre os profetas de Baal. Os Jardins Persas é uma das maravilhas criadas pelo homem e centro da religião Bahai. A Galiléia é formada por pequenas aldeias e cidades que identificamos através das mesquitas, com suas cúpulas, minaretes e povoados árabes que se intercalam com os Kibutzim (pequenas aldeias cooperativas israelenses). Paisagens pitorescas entre os hortos de oliveiras até o Mar da Galiléia! Lugar onde, durante três anos, Jesus ensinou, curou e ministrou as palavras que mudaram a humanidade ao longo dos dois últimos milênios. Lugares como Cafarnaum, Monte do Sermão ou Corazin, Monte Tabor, Vale de Jezreel deixam de ser nomes e se transformam em realidade. Tudo tão próximo, tão simples e tão profundo! Visitamos ainda as montanhas de Nazaré, a Gruta da Basílica da Anunciação e carpintaria de São José. Almoçamos em Jericó, a

Nelma Gontijo, da Ascanio Turismo

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cidade mais antiga do mundo. Depois, uma pausa para boiar no Mar Morto! Experiência única na vida. Em Jerusalém, a Mesquita Dourada cercada pelas muralhas estão lá testemunhando a história. No Monte das Oliveiras, nosso guia, nos explica cada minuto, desde a última ceia até o momento e o lugar do calvário. Mais tarde fizemos a via dolorosa. Conhecemos também, uma outra Jerusalém, nova, moderna, brilhante e elegante, com shoppings e vitrines cheias. Me despedi de Israel já com uma vontade de voltar! Se Deus quiser e permitir em 2015! SHALOM!



TURISMO Por Nelma Gontijo

A partir da esquerda: Bernadete, Anísio, Cristina, Nelma, Padre Emerson, Sra. Araci, Ana Maria, Sr. Clovis, Sra. Nilza, Dr. Jose Manoel, Sra. Rita, Maria da Conceição, Dr. Edson, Geraldo, Dayse, Dr. Ely, Amanda, Dr. Luciano, Custodio

Muito interessante a viagem à Terra Santa!! Conhecer um pouco do Evangelho antes de fazer a viagem é muito importante para vivenciar tudo o que se vê. Aprendi muito nessa viagem e quero voltar em breve na companhia dos meus filhos! Clóvis Guimarães.

Ótima viagem e os lugares visitados!! A viagem superou minhas expectativas! Gostei de todos os lugares visitados: Israel, Roma, Lisboa, Fátima, Assis. Dr. José Manoel

Ao voltar da Terra Santa, muitos perguntaram-me se é possível ter certeza de que Jesus esteve, realmente, naqueles ditos “lugares santos” que se visita em Israel. Ao que respondo: Isso não é importante! O que importa é que nos tais “lugares santos” veneramos mistérios da vida de Jesus e a oração dos que creem santifica esses lugares. É preciso ir a Israel como peregrino e não como turista! Só assim se volta transformado de lá! Israel é destino imperdível para quem busca história, cultura e fé! Padre Emerson

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Padre Emerson celebrando na capela da flagelação. Jerusalém. Inicio da via-sacra.



PLANEJAMENTO Por Waldimir Vieira

Posicionamento de marca Como criar e associar uma identidade diante do consumidor e ganhar vantagem competitiva Para se desenvolver esse posicionamento deve ser analisado e avaliado os seus concorrentes e a segmentação do seu produto. É importante ressaltar a importância do gestor saber e conhecer cada dia mais este mercado e como os seus consumidores se comportam, e até mesmo como seus produtos podem atingir outros consumidores de forma cultural. Como fazer e realizar um bom planejamento de marketing alinhado à visão da empresa? Cada empresa precisa ter sua visão para facilitar os processos gerenciais e saber quais os caminhos mais curtos possíveis para se chegar ao seu objetivo. Com esse alinhamento estratégico é possível observar quais os pontos fracos, os pontos fortes e aonde estamos atacando. O mercado de hoje é como um oceano. Ele é cheio de surpresas. “Ás vezes devemos saber como o peixe pequeno pode comer os peixes grandes”. Essas indústrias precisam pensar em não só vender os seus produtos, mais sim agregar valor a eles e tentar ganhar mais na sua margem de contribuição. No entanto a criação da identidade junto a marca, associada a algo que possa tornar a marca mais valorizada e mais forte, de maneira que o consumidor possa se sentir seduzido pelo uso de seus produtos. O consumidor busca um produto de qualidade e confiável, de

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maneira que também possa levantar sua alta estima e até mesmo por questão de status. Um bom exemplo para isso é o desenvolvimento do Branding, junto ao nome da marca. Há algum tempo atrás, a Boticário realizou um Branding, algo que fortaleça sua marca nesse mercado no qual atua, ou seja a criação de algo que possa fazer o consumidor mais sensível aos seus produtos. O redesenho do B da Boticário trouxe mais valor a sua marca e sim, a deixou mais rentável perante a visão dos consumidores. Para relembrar, o nome boticário surgiu em uma drogaria química no qual o seu criador começou a desenvolver os produtos, tornando–se hoje uma das franquias mais bem sucedidas no mercado de cosméticos. Já a marca Louis Vuiton é sinônimo de luxo pelos seus consumidores, status, elegância e

credibilidade dos seus consumidores. O Branding emocional vem se tornando um importante meio de conexão com os seus clientes e consumidores que de uma certa forma é uma boa maneira de sobressair de seus concorrentes, sendo que o objetivo é buscar uma maior autenticidade junto a marca. O seu produto tem como maior objetivo atender as necessidades e desejos de seus clientes. Porém devemos levar em conta, que isso não se constrói da noite para o dia. O nome e o posicionamento podem levar anos e anos. Como e que forma vamos mensurar essas estratégias? Como pular e driblar as barreiras que não têm permitido atingir e sair desse oceano? O fato é que se deve criar e investir em recursos humanos, ou Endomarketing (marketing interno) como queiram. Os nossos primeiros clientes são



PLANEJAMENTO Por Waldimir Vieira

Hoje

Antes

O redesenho do B da Boticário trouxe mais valor a sua marca e sim, a deixou mais rentável perante a visão dos consumidores

nossos colaboradores (funcionários) e eles são responsáveis por transmitir essa autenticidade diante do meio em que convive. Eles devem estar comprometidos e envolvidos cada vez mais com a marca. O alinhamento de todos os setores é de suma importância para se ganhar posicionamento. A criação de um novo projeto é uma nova forma de trabalho ou um novo jeito diferente de fazer negócios. No entanto encontramos com vários gestores que não fazem reserva de investimento para o setor de marketing. O ideal seria de 2% a 3% do faturamento da organização. Para fazer a divulgação, precisa-se do desenvolvimento e de investimento no mercado. É muito importante divulgar seu produto, pois com isso é possível mostrar e trabalhar a marca junto ao seu consumidor. A realização das formas de

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trabalhar a sua marca e até mesmo como fazer o marketing certo, é através de uma boa consultoria e assessoria de marketing. Os resultados começarão aparecer em torno de um a dois anos, levando em consideração o ambiente mercadológico em que a empresa está posicionada e inserida. Para isso é importante realizar o marketing correto e o tipo de publicidade que será feita, para atingir o consumidor, através de mídias, como emissoras de televisão, revistas e outros. O mais importante dessa divulgação é saber e conhecer cada dia mais os passos, as tendências e as dúvidas dos consumidores em relação ao seu produto no mercado. Conforme dito por muitos investidores, “colocar os ovos em um cesto só pode colocar a sua empresa em risco”. Deve-se buscar nos mercados, e nos caminhos, a

Waldimir Vieira CRA –MG 01.043868 W.V Marketing e Consultoria (37) 9965-7582

elaboração de novas estratégias de negócios, sendo para trabalhar os seus stakeholder, o que chamamos de contatos e indicações de todos que fazem parte da sua cadeia produtiva, ou “ter em mente que por mais difícil, é possível atravessar o oceano, pois o verdadeiro empreendedor não abandona o seu barco com facilidade”.



SAÚDE II Por Juliana Tourino

Bruxismo em crianças um sinal de alerta O bruxismo em crianças é uma disfunção que vem crescendo com frequência nos tempos de hoje. Trata-se do indesejável hábito bucal de apertar, cerrar ou ranger os dentes, podendo ocorrer durante o dia e também à noite, durante o sono, de forma inconsciente. Geralmente o bruxismo inicia-se na primeira infância e cessa na adolescência, mas pode surgir até mesmo na fase adulta. Segundo estatísticas atuais, cerca de 6% a 20% das crianças apresentam bruxismo. A prevalência é relativamente alta, com tendência ao aumento deste hábito devido às pressões da vida moderna, sendo o estresse comum em crianças, cuja agenda é sobrecarregada com atividades extracurriculares como ballet, natação, inglês, futebol, etc. Apesar da causa exata do bruxismo ainda ser desconhecida, sabe-se que vários fatores estão envolvidos, tais como fatores locais (restaurações altas, anomalias dentais), sistêmicos (doenças alérgicas, sinusite, bronquite) e psicológicos (medo, rejeição, frustração, raiva).

As consultas periódicas ao odontopediatra permitem ao profissional diagnosticar o bruxismo através do exame intrabucal, onde o sinal mais evidente está representado por desgastes atípicos do esmalte, sendo mais comum nos dentes anteriores. O relato dos pais também informando sobre o barulho ensurdecedor do ranger dos dentes da criança também ajuda a identificar a disfunção. Após o A Clínica Odontor fica na Rua Mato Grosso, 1254 Bairro Sidil - Divinópolis/MG (37) 3221-5888/ (37) 3221-5860

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Dra. Juliana Tourino Prado é formada pela Universidade de Itaúna, com especialização em Odontopediatria pela USP de Bauru-SP e pós-graduada em Ortodontia pela Associação Brasileira de Odontologia.

diagnóstico, o tratamento pode ser determinado e traçado corretamente, sendo necessária algumas vezes até mesmo a intervenção de outros profissionais como o pediatra e o psicólogo. É fundamental o acompanhamento do odontopediatra, de forma a orientar a criança e os pais, além de aplicar o tratamento para evitar o agravamento das consequências geradas por esse hábito na vida adulta.



COMPORTAMENTO Por Helena Lara

A arte de se relacionar Relacionamentos amorosos são com frequência causas de adoecimentos emocionais diversos. É mais comum que as mulheres manifestem queixas e procurem ajuda profissional quando o assunto é conflitos no relacionamento, seja ele, namoro, casamento ou até mesmo nos relacionamentos “sem status”, os chamados casos ou ficadas. Os conflitos mais observados são os relacionados à infidelidade, confiança ou sentimento de baixo investimento na relação por parte de um dos pares. Os problemas são diversos, mas a sua maioria giram em torno da boa e velha comunicação, ou da falta dela. Neste terreno, encontram-se problemas quando o diálogo não ocorre de maneira eficaz. Observo e escuto com frequência queixas como “ele não dá a devida atenção a isto ou àquilo”, ou relatos de negligência por parte do companheiro em relação a algo que um dos pares esperava que fosse realizado e não foi. Em primeiro lugar há de se considerar o que chamamos de contratos do relacionamento. Um namoro, casamento e toda relação que tem a pretensão de atingir tais status necessitam de acordos que devem ser pactuados entre o casal. Muitos desses acor-

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dos acontecem naturalmente, através das manifestações do que cada um gosta ou não gosta, sejam elas verbais e não verbais. Outros contratos precisam ser mais bem explicitados, realizados de maneira mais oficial, onde cada par vai expor o que considera como valor importante a ser impresso na relação. É comum que os acordos ocorram mesmo após brigas, pois uma vez que o casal não fez determinada pactuação sobre certo tema, entra num ponto de conflito, gerado por um impasse. Assim, somente depois é que definem regras para aquele determinado tema. Pois bem, a respeito de temas importantes é necessário que através de um diálogo aberto, franco e pontual, o casal exponha seus desejos, expectativas e definam juntos como caminharão no relacionamento em detrimento dos temas que julgam importantes. É natural que haja divergências, porém, há de se considerar as bagagens que cada um carrega consigo, sobre o relacionar-se e o que se compreende sobre os vários processos, sentimentos e comportamentos que se desenvolvem através disto. Para alguns, por exemplo, relacionar-se amorosamente pode ter conotação de sofrimento.



COMPORTAMENTO Por Helena Lara

Neste caso, imaginemos que seus primeiros modelos amorosos, os modelos parentais, se desenvolveram em contexto de infidelidade. Então unir-se a outra pessoa terá um tom diferenciado daquele que conviveu com um modelo cuja expressão era a de um amor romântico. Não digo que filhos reproduzirão os primeiros modelos amorosos, porém, não deixam de ser modelos, mesmo que sirvam para ser negados. Desta maneira, há de se ponderar os conceitos e a noção de união do outro, através da comunicação e das trocas, pois assim lentamente se constroem as bases de namoro e casamento. Não se pode esperar que o outro entenda e compreenda determinado assunto a sua maneira, pois ambos têm visões distintas sobre o mesmo tema. Neste sentido, o casal, mesmo trazendo “cargas” das famílias de origem, devem criar regras de relacionamento próprias que favoreçam o desenvolvimento saudável da sua proposta amorosa. É comum também ouvir os românticos afirmarem que irão agir de determinada maneira esperando uma contra posição do outro. Relações humanas não são relações lineares, de causa e efeito, assim, comportar-se de determinada maneira esperando obter um comportamento específico do parceiro só gera frustração e agrava o conflito. Somente através de uma comunicação eficaz é que se pode dissolver problemas. Muitas vezes o que ocorre é que os pares estão mais preocupados

com suas realizações individuais, que se esquecem do fato de que o foco principal é, ou pelo menos deveria ser, a relação e os objetivos que têm em comum. Divergências sempre ocorrerão, principalmente em resposta às naturais e eventuais mudanças no ciclo de vida do casal. Por isso, os acordos deverão ser bem estabelecidos, e ao mesmo tempo flexíveis às mudanças que se fizerem necessárias. É importante que o casal compreenda suas expectativas e motivações para o relacionamento e os objetivos comuns à proposta do unir-se. Tendo objetivos comuns, é importante que compreendam também que podem discordar sobre diversos temas, porém sempre precisam se respeitar e em alguns momentos aceitar, o que significa ceder para o que não pode ser modificado. Por outro lado, uma pessoa que sempre cede em detrimento dos desejos do outro

Helena Nogueira Lara, Psicóloga,

atua em Políticas Públicas na Área de Assistência Social, Terapeuta Clínica com foco em Atendimento Familiar Sistêmico

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terá que avaliar suas posturas e ponderar o quanto tem investido na relação em função de outras áreas de sua vida. A terapia individual e de casal vem desta forma, como um suporte àqueles que sentem necessidade de compreender melhor determinados fenômenos da relação amorosa e até mesmo para auxiliar pessoas a compreenderem e dissolverem conflitos, diminuir ansiedade e recuperar estados emocionais adoecidos. Relacionar-se é uma verdadeira arte, pois exige a criação de espaços individuais e coletivos (eu, você, nós) a partir de valores próprios de cada casal. Além disso, em um relacionamento amoroso saudável, homens e mulheres devem equilibrar suas expectativas com as do parceiro, e cultivar vários ingredientes, cuja receita deverá ser criada por cada par de namorados.



SAÚDE III Por Valter Junior

Sorrir com segurança

é viver mais feliz

Dr. Fernando Franco Dias atende na Rua Marechal Deodoro, 37, 1º andar - Centro Nova Serrana - (37) 3225-0243

Dar atenção à saúde bucal é essencial na vida moderna. Além da estética, cuidar dos dentes, da gengiva e da boca como um todo é indispensável para uma vida feliz e sem dor. Quem não gosta de sorrir sem medo? As pessoas sabem que devem procurar um dentista pelo menos duas vezes ao ano, mas não são todos que o fazem. Seja por medo ou esquecimento, a maioria procura um dentista apenas quando detectam algum desconforto. O problema é que quando isso acontece a complicação pode estar em estado avançado. Visitas ao dentista para limpeza e controle são muito importantes para manter a saúde dos dentes. Além disso, durante uma sessão o dentista pode visualizar com antecedência um problema em fase inicial ou um que surgirá no futuro, minimizando e até mesmo evitando completamente seus efeitos. Com a evolução da tecnologia os tratamentos dentários estão além de mais eficientes, também mais acessíveis. Em relação à dois tipos de especialidades bastante procuradas nos consultórios, a Ortodontia (aparelho) e a Implantodontia (implante), os dentistas Fernando Franco Dias e Vitório André Marques Pereira chegam à Nova Serrana com novidades que vão mudar o seu conceito sobre tratamento odontológico. Ortodontia A Ortodontia é a correção dos dentes através do

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aparelho ortodôntico. Os tratamentos convencionais são demorados (entre 2 a 3 anos), o que os tornam caros, além disso, muitas pessoas sentem desconforto em razão dos brackts e dos amarrilhos elásticos, as borrachinhas. A novidade trazida por, Fernando Franco é a Ortodontia Veloz. Trata-se do mesmo aparelho ortodôntico, que dispensa o uso da borrachinha e reduz o tempo de tratamento em até 40%. “Dessa forma conseguimos reduzir os custos do tratamento, o número de manutenções e visitas ao dentista, além dos efeitos colaterais nos dentes”, ressalta Franco. Para quem deseja corrigir os dentes, mas não gosta da estética proporcionada pelos aparelhos tradicionais, o aparelho invisível é o mais indicado. “São feitos de safira ou porcelana. Ambos são mais confortáveis que os aparelhos convencionais”, explica Fernando. Muitos são os motivos que levam as pessoas a procurarem um ortodontista. Além da estética, em razão de dentes tortos, separados ou muito juntos, muitas dores de cabeça podem estar relacionadas com o mal posicionamento dos dentes. A dica é não esperar o problema aparecer para procurar um especialista. Com o avanço da tecnologia, o tratamento dentário se tornou acessível para pessoas de todas as idades. E para sua segurança, são feitas avaliações prévias nos pacientes para um completo diagnóstico e um tratamento eficiente.



SAÚDE III Por Valter Junior

Implantodontia

A Implantodontia é basicamente a colocação de implantes. Trata-se da introdução de um parafuso de titânio no osso do maxilar ou da mandíbula para a fixação da prótese dentária. O parafuso substitui a raiz do dente, por isso é chamada de raiz artificial. O implante é similar aos dentes originais e proporciona conforto e segurança na mastigação e na fala, devolvendo a beleza e saúde bucal do paciente. Segundo o implantodontista Vitório André Marques, o implante está indicado para “pessoas que perderam um ou mais dentes ou que sofrem com crescimento incompleto dos mesmos”. O implante, ou dentadura fixa, substitui as próteses removíveis, que são bastante desconfortáveis e esteticamente inferiores. Não há número limite de dentes que podem ser implantados. Pode-se implantar de um a todos os dentes. O tempo de tratamento varia de imediato (implante completo no mesmo dia) até um ano e dois meses, quando o paciente precisa de enxerto ósseo para receber o implante. Vitório explica que o tratamento também se tornou bastante acessível. “Devido ao desenvolvimento da tecnologia e das técnicas de implante, o tratamento é além de mais rápido, mais acessível. Quem perdeu um ou mais dentes e quer ter o sorriso de volta, o indicado é procurar primeiramente um implantodontista. “O osso é fundamental na odontologia. É ele quem segura o dente. Dessa forma buscar tratamento rápido é fundamental para aproveitar a boa condição do osso e não comprometer a saúde da boca”, finaliza Vitório. Vitório André Marques Pereira Rua Marechal Deodoro, 37, 1º andar Centro – Nova Serrana (37) 3226-4586

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CULTURA Por Valter Junior

De onde vieram as

Festas Juninas?

Além de serem comemoradas no verão, as festas homenageavam os deuses pagãos da colheita

As festas em comemoração aos santos Antônio, Pedro e João foram trazidas pelos portugueses para o Brasil e aqui adaptadas às tradições tupiniquins. Entretanto as tradicionais festas juninas nasceram bem antes, com outros significados. As comemorações das boas colheitas do solstício de verão (junho e julho no hemisfério norte) começaram no período gregoriano e se popularizaram na Europa a partir do século XII. As homenagens aos deuses da colheita foram duramente combatidas pela igreja Católica durante a Idade Média, mas foram incorporadas à tradição religiosa, substituindo os deuses pagãos por santos católicos. Já a tradição de cultuar o fogo remonta as homenagens à Agni, o deus hindu do fogo. Com o passar dos anos, no Brasil, as festas juninas ganharam outros símbolos característi-

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cos. Como é realizada na época fria do ano, fogueiras passaram a ser acesas para que as pessoas pudessem se aquecer. A boa colheita do milho, nos meses de junho e julho no hemisfério sul, é responsável pelas deliciosas quitandas de milho servidas nas festas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca, milho cozido, canjica. Várias brincadeiras também foram incorporadas para animar as pessoas, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, o casamento na roça, a quadrilha, entre outros. Adaptações São muitos os exemplos de como as festas juninas foram incorporadas e adaptadas de acordo com a cultura brasileira. A quadrilha, por exemplo, era uma dança praticada nos palácios franceses desde o século XIX,

e trazidas para o Brasil por dois mestres de Orquestras, Millet e Cavalier. Aqui se transformou na quadrilha caipira. Os comandos franceses dos animadores de baile se transformaram segundo o jeitinho brasileiro. Soirée (ordem para todos se juntarem no centro do salão), virou Sarauê. En arrière (para trás), virou anarriê e En avant (para frente) virou anavã. A fogueira também se tornou característica fundamental das comemorações. O historiador Alceu Maynard Araújo no livro Folclore Nacional, conta que a fogueira é em geral acesa logo que o sol se põe e sempre antes da meia-noite. Em geral quem acende é o dono da festa, ou melhor, o dono da casa. Nos lugares onde há abundância de lenha é costume fazê-la a mais alta possível para dar prestígio a quem a armou.



CULTURA Por Valter Junior

Delicias Juninas Resistir às tentações gastronômicas típicas das festas juninas é quase impossível, mas mudar a forma de preparar os alimentos pode ajudar muito a manter uma dieta saudável sem sacrifícios Junto com o frio, os meses de junho e julho trazem as tradicionais festas juninas. É hora de tirar o casaco do guarda roupas e experimentar as deliciosas comidas típicas. Nessa época, todo o Brasil presta suas homenagens à Santo Antônio, São João e São Pedro das mais variadas formas e com as mais diferentes gastronomias. As opções não são poucas, está preparado? Caldos de feijão, mandioca e galinha, pé de moleque, doce de leite, cuscuz, curau, pamonha, castanhas, amendoins, cocada, paçoca, canjica, arroz doce, maça do amor, (a fome já pintou na área), pipoca, pudim, quindim, queijadinha, costelinha de porco, biscoitos, bolos, café, quentão, vinho, chocolate quente. Essas e muitas outras iguarias fazem parte do cardápio da época fria do ano. E não é só porque é tempo de festas juninas, no frio, a tendência das pessoas é mesmo comer mais, principalmente alimentos com alto teor de gordura e açúcar. Mas nem tudo é festança. Os cuidados com a alimentação nesta época do ano devem ser redobrados. Para a nutricionista Leila Rodrigues, tudo depende de como os alimentos estão inseridos na dieta alimentar. “Tudo é

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proporcional a dose que usamos. Se o alimento não dá um resultado positivo, quanto menos usar dele, melhor será. Para uma pessoa que está acima do peso, por exemplo, e quer emagrecer, com certeza, as opções apresentadas não serão as que irão ajudá-la.” Para quem está em alguma dieta, seja qual for, a dica é: mantenha sua dieta! Mude a forma de preparar os alimentos para não ter que resistir às tentações gastronômicas. Uma boa opção para quem quer comer os alimentos típicos dessa época é melhorar os pratos, ou seja, diminuir o teor de açúcar, gorduras e preferir os alimentos frescos. A nutricionista dá alguns exemplos. Caldo de galinha: fazer com galinha caipira, retirar todo excesso de gordura, cozinhar sem a pele, usar apenas temperos naturais como alho, cebola, cheiro verde. Bolos: troque os tipos de farinhas (use aveia, farinha integral, farinha de côco, farinha de berinjela, farinha de grão de bico, farinha de arroz), diminua a gordura da receita e a substitua (azeite, óleo de coco, castanhas), diminua as porções e substitua o açúcar por frutas na receita (banana madura, uvas

passas, ameixa seca, tâmaras). Muitas pessoas evitam certos tipos de alimentos com a justificativa de que “engordam”, mas acabam fazendo combinações gastronômicas nada saudáveis. O valor energético não é o principal problema, e sim, o tipo de nutriente presente no alimento. “Doces são ricos em açúcar e, alguns combinados com gorduras ruins, o doce de leite, por exemplo, formam uma combinação perfeita para ganho de gordura, principalmente se ingeridos dentro de uma dieta sem equilíbrio e de forma excessiva. Procure não misturar tudo, escolha um tipo de alimento por vez e sempre em porções pequenas”, orienta Leila.



FAST FOOD Por Valter Junior

Hot Dog

como surgiu? O mais tradicional lanche do mundo já foi até proibido de ser chamado de cachorro quente

É impossível saber ao certo como surgiu o Hot Dog, ou Cachorro Quente, mas há três curiosas histórias sobre a origem dessa deliciosa iguaria. A mais conhecida é a de um açougueiro de Frankfurt, na Alemanha que, em 1852, batizou as salsichas que fabricava com o nome de seu cachorro bassê. A segunda é de um imigrante, também alemão Charles Feltman que, nos Estados Unidos, em 1880, criou um sanduíche quente com pão, salsicha e molhos. Por último, conta-se que em 1904, em Saint Louis, nos EUA, um vendedor de salsichas quentes criou uma maneira para seus fregueses não queimarem as mãos ao comerem as salsichas. Ele passou a oferecer luvas de algodão limpas, o problema é que os clientes esqueciam de devolvê-las, o que o deixava no prejuízo. Seu cunhado, que era padeiro, sugeriu que deixasse as luvas de lado e oferecesse pão aos clientes, assim nasceu o cachorro quente. A verdade é que foi nos Estados Unidos onde o Hot Dog ganhou popularidade. Em

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Nova York, a cidade mais rica do mundo, os carrinhos de hot dog são facilmente encontrados nas ruas. Por lá, além do tradicional molho de tomate e condimentos, o lanche vem acompanhado de cebola e chucrute (conserva de repolho). No Brasil, por volta de 1926, o empresário Francisco Serrador, que idealizou a famosa Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, passou a vender cachorro quente em seus cinemas, fato que inspirou Lamartine Babo e Ary Barroso a criarem, em 1928, a marchinha de carnaval “Cachorro Quente”. Na década de 1940, o cachorro quente tornou-se ainda mais popular no Brasil, em razão da vinda de norte-americanos para as bases militares brasileiras durante a 2ª Guerra Mundial. A partir de então, Hot Dog se tornou uma das preferências nacionais. Seja em festas infantis, lanchonetes, em estádios ou nas ruas, ele faz o maior sucesso! Com o passar do tempo o tradicional lanche também foi sendo reinventado, com salsichas de frango ou de peru e outros ingredientes.

Curiosidade O uso do termo Hot Dog já foi proibido por instituições que regulamentam e controlam a comercialização de alimentos. O argumento era que as pessoas poderiam achar que a salsicha fosse feita com carne de cachorro. Como a proibição não surtiu efeito o termo se manteve e continua sendo utilizado em todo o mundo. Dica da Sadia Para um Hot Dog nota 10, capriche na escolha do pão. Escolha entre o tradicional pão de cachorro-quente ou o francês. Invista em acompanhamentos como maionese, mostarda, ketchup, queijo fundido ou prato derretido, purê de batata, relish (conserva) de pepino, salada de repolho e cenoura ralada, batata palha entre outros. Faça um molho caseiro com pimentão, cebola e tomate em rodelas, e adicione algumas ervas para dar mais sabor. Você pode acrescentar, também, folhas de alface ou rúcula. Seu cachorro-quente vai ficar irresistível!



FAST FOOD Por Valter Junior

Dil Lanches

Parada obrigatória no centro de Nova Serrana

O Dil Lanches é parada obrigatória no centro de Nova Serrana quando a intenção é matar a fome. Além do tradicional cachorro quente, também são servidos sanduíches e o famoso macarrão na chapa. Há 11 anos, o Dil Lanches está na Praça Mário Ernesto, (pracinha do Brandão) e, com muito trabalho, conquistou uma clientela fiel que vai de crianças à idosos. Seu segredo, ele conta que está nos alimentos frescos e na inovação. “Precisam sempre estar fresquinhos e saborosos, isso é uma das coisas importantes que faz o cliente confiar no produto que está consumindo. É preciso ter criatividade também e sempre inovar, como é o caso do baita-cão, um cachorro quente gigante, feito com 2 pães, bacon, frango, muito queijo e batata. Adilson Zumerli, o Dil, que já chegou a vender apenas 10 hot dogs em um dia, já pensa em expandir o negócio para outras cidades e quem sabe até abrir franquias. Em breve, os clientes terão a comodidade do disk entrega, para receberem em casa todas as delícias do Dil Lanches.

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FAST FOOD Por Valter Junior

Abner Lanches O Hot Dog mais tradicional da cidade

Abner Fonseca é o mais antigo vendedor de cachorro quente ainda ativo no centro de Nova Serrana. Foi também o primeiro a trabalhar com uma mini van adaptada para o negócio. Além do Hot Dog, um delicioso espaguete também é servido no local. Há 16 anos, Abner estabeleceu a rotatória da rua Antônio Martins como seu ponto fixo. Hoje ele só trabalha no local, mas teve que correr muito para conquistar a clientela. “No início eu ficava procurando festas como shows, rodeio e outras para aumentar as vendas, mas antes dos eventos sempre vinha para o ponto para atender os clientes fiéis” comenta o comerciante. O cachorro quente do Abner virou ponto de parada para centenas de pessoas que transitam pelo centro à noite. Mais do que comer um bom lanche, o local virou ponto de encontro de amigos. “Nós atendemos pessoas de todas as idades, desde crianças até jovens, adultos e idosos. Todos que gostam de um bom espaguete e um ótimo Hot Dog”. O segredo para tanto sucesso está na experiência em agradar o cliente, no trabalho e na dedicação, aliados a produtos de qualidade, higiene e ao carisma do comerciante que conquista os fregueses há 16 anos.

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CIDADE Por Valter Junior Fotos Amilton Augusto

Divinópolis

a cidade do Divino

Em pouco mais de um século, Divinópolis passou de pacato arraial à cidade polo industrial têxtil e referência em moda, medicina e educação superior

A cidade de Divinópolis, conhecida como a “princesinha do Centro-Oeste”, completou 102 anos no dia 1º de Junho. Para os divinopolitanos essa data é mais que especial, ela celebra a criação de uma das mais importantes cidades de Minas, polo industrial têxtil e referência no setor médico e universitário, e fazer parte disso

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é motivo de orgulho. Mas não é só para os nativos que a cidade tem significado, para milhares de pessoas de municípios como Araújos, Perdigão, Nova Serrana, Pará de Minas, São Gonçalo do Pará, Conceição do Pará, Cláudio, Carmo do Cajuru, Pitangui, o antigo Arraial do Espírito Santo sempre foi sinônimo de modernidade, de-

senvolvimento e oportunidades. Qual morador das cidades citadas nunca foi à Divinópolis para uma consulta médica, para fazer vestibular, para estudar ou para comprar roupas? Em pouco mais de 100 anos de fundação, Divinópolis construiu sua história e ajudou a construir a de muitas outras cidades da região.


ASSUNTO Por David Andrade

Vista aérea do centro da cidade e os seus edifícios

Catedral do Divino Espírito Santo Saúde e ensino superior Essa história começou em 1888, com a chegada do primeiro médico no ainda Arraial do Divino Espírito Santo, Dr. Xavier Coelho. Na mesma década, é inaugurada a Estação Ferroviária de Henrique Galvão, hoje Divinópolis, por onde o desenvolvimento da freguesia deu um grande salto ao estar diretamente ligada à Estrada de Ferro do Oeste de Minas, que ligava São João Del Rey à

Corte, no Rio de Janeiro. Até a emancipação, em 1912, a comunidade foi atendida por Dr. Xavier e alguns poucos médicos que viviam na região. Com a transformação do arraial em cidade, não se passaram cinco anos até a fundação da Santa Casa de Misericórdia, em 1918, atualmente, o Lar dos Idosos. A primeira farmácia veio em 1922, fundada por José Augusto de Avelar, e o primeiro hospital, em 1933, o

Nossa Senhora Aparecida, cujas instalações ficavam juntas à Santa Casa. O segundo Hospital a ser fundado na cidade foi o Santa Lúcia, 26 anos depois, em 1959. Enquanto o Brasil entrava em uma Ditadura Militar, a década de 1960 foi demasiadamente boa para Divinópolis, quando se fala em saúde e educação. Em 10 anos a cidade viu surgir os principais centros de serviços médicos e unidades de ensino superior que


CIDADE

Vista aérea do campus da FUNEDI, ligada à Universidade Estadual de Minas Gerais

Divulgação

Divinópolis oferece cursos de nível superior em várias especialidades, além de pós graduação e mestrado

Divulgação

Por Valter Junior Fotos Amilton Augusto

Entrada da Faculdade Pitágoras, que oferece vários cursos e pós graduação

ainda são referências na região e atraem pessoas de várias cidades em buscas dos serviços e cursos oferecidos. Em 1964 nasce a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Divinópolis (FAFID), que mais tarde se tornou a Fundação Educacional de Divinópolis (FUNEDI), unidade associada à Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Um ano depois foi instalada a antiga Faculdade de Direito do Oeste de Minas (Fadom), hoje Faculdade Pitágoras. No mesmo ano, 1965, é fundado também o Hospital São Judas Tadeu. O maior hospital da cidade, o São João de Deus, foi inaugurado em 1º de junho de 1968. A obra nasceu da parceria entre o empresário Geraldo Corrêa e a Ordem Hospitaleira de São João de Deus, que além do hospital em Divinópolis, mantêm um Lar dos Idosos, em Itaipava-RJ, uma Casa de Saúde Psiquiátrica em São Paulo e está presente em 51 países, gerindo e animando obras assistenciais. Três anos depois, em 1971 foi inaugurado o CTI

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junto à unidade hospitalar. Antes de findar a década, em 1969, ainda foi inaugurada a Faculdade de Ciências Econômicas de Divinópolis (Faced). Consolidação As três décadas seguintes foram de consolidação. Divinópolis passou a receber um volume cada vez maior de pessoas de várias cidades da região em busca de tratamento médico e oportunidades de estudo. Com isso, centenas de consultórios e clínicas médicas, assim como faculdades e campus universitários começaram a surgir para atender a demanda. No final do último século, e início do atual, para alavancar de vez o crescimento, a cidade ainda viu surgir CTI infantil, em 1999, o pronto socorro no São João de Deus, em 1993, e no mesmo ano o Hospital Santa Mônica. O campus da Universidade de Alfenas (Unifenas) veio em 2000, o Hospital do Câncer, em 2002 e o Campus da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ),

em 2008. O Cefet foi inaugurado em 2010 e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em 2012. Além disso, está em construção na cidade um dos maiores hospitais públicos de Minas. Referência Divinópolis é hoje referência em vários tratamentos de saúde como cirurgia geral, pediatria, obstetrícia, neurologia clínica, oncologia clínica, cardiologia, cirurgia plástica, cárdio-vascular, cirurgia de cabeça e pescoço, urologia, mastologia, transplante de rim, neuro-cirurgia, psiquiatria e outras. Quase quatro mil profissionais da área da saúde atuam no município. Do total, 1.160 nas unidades públicas municipais, 57 estaduais e 2.708 nas unidades privadas. O município possui cerca de 509 estabelecimentos de saúde, sendo 48 unidades públicas e 461 privadas. A maioria dos atendimentos são realizados à pessoas de outras cidades. A nível hospitalar, a média mensal de internações é de 863, dos quais 395 (46%)


Mercado municipal no centro de Divinópolis

são de Divinópolis e 468 (54%) de outros municípios. A nível ambulatorial, são realizados mensalmente mais de 10 mil procedimentos de alta complexidade, cujos 62% se referem à pessoas de outras cidades. Já na média complexidade, do total de 12.738, 2.659 são de outros municípios, atingindo o percentual de 21%. As informações são da Secretaria Municipal de Comunicação de Divinópolis. Em se tratando de ensino superior, Divinópolis também não deixa a desejar. O mais antigo Campus Universitário da cidade, a Funedi, oferece 16 cursos de graduação nas mais diferentes áreas, 14 áreas de especialização e duas linhas de pesquisas para mestrado. A Unifenas instalou o Campus em Divinópolis em 2000 com o curso de Farmácia. Em seguida, foram implantados os cursos de Nutrição, Radiologia, Biomedicina, Design – Moda e Estilo e Fisioterapia. A Faculdade Pitágoras também oferece 16 cursos de diversas áreas, além de pós-graduação e MBA. No centro da cidade, a Faced oferece seis cursos nas áreas de economia, administração e contábil e ainda cursos de extensão e especialização. O último campus a ser instalado em Divinópolis foi o da UFSJ, com graduação em bioquímica, enfermagem, farmácia, medicina e cursos de pós-graduação em biotecnologia e em ciências da saúde e o Programa de Residência em Enfermagem. Além destas, Divinópolis ainda conta com duas unidades de ensino técnico, o Cecom e o Cefet. E tem o setor do vestuário, que, de acordo com o Sindicato das Indústrias do Vestuário de Divinópolis (Sinvesd), são mais de 200 indústrias associadas que produzem moda feminina, masculina, unissex, festa, infantil, infanto-juvenil, íntima, jeans, juvenil, praia, pijama e uniformes, além de camisarias, estamparias, bordados, facções e lavanderias. Seja em busca de moda, tratamento médico ou ensino superior, a “princesinha” é e continuará sendo referência para as milhares de pessoas de dezenas de cidades do Centro-Oeste mineiro.

Fonte de água na praça do Santuário


EDUCAÇÃO Por Valter Junior

Conheça a vida

de seu filho

Seja criativo e não deixe que a distância física se torne um abismo entre vocês

A pós-modernidade causou profundas transformações em nossa sociedade. Ela substituiu certos valores por outros ou por nenhum, relativizou o bem, o mal, o certo, o errado e mudou as perspectivas sobre o homem e sobre o mundo. Por exemplo, alguns postos de trabalho nunca foram vistos antes sendo ocupados por mulheres, as crianças nunca tiveram tanta autonomia e independência, os adultos nunca estiveram tão ocupados com o trabalho. Nesse ínterim é preocupante como uma das mais

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antigas instituições, a família, sofre com a falta de organização e estrutura. Quanto mais os pais ficam longe, mais os filhos perdem as referências. Quanto mais isso acontece, mais os pais perdem o entusiasmo de educar os filhos. E os resultados disso são nefastos: brigas entre pais e filhos, ódio, rejeição, traumas e até tragédias. Os números confirmam que a distância física entre pais e filhos é cada vez maior. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), nos últimos 10 anos, a participação de mulheres com empre-

go fora de casa subiu de 56,7% para 64%. O número de separações também aumentou em 20% na última década, de acordo com o IBGE. Uma pesquisa americana, que entrevistou 600 mães e 700 pais, apontou que 56% conseguem passar apenas quatro horas por dia com seus filhos, e cerca de 28%, somente duas horas. Pensando na dificuldade que muitos pais têm de acompanharem o crescimento dos filhos, estando perto nos momentos mais importantes, a Risa selecionou algumas dicas para minimizar essa distância.



EDUCAÇÃO Por Valter Junior

Estar perto quando eles acharem importante Muitos pais se aproximam dos filhos somente próximo à datas especiais como dia das crianças, natal, páscoa, aniversário e ficam convencidos de que isso basta. A presença física constante dos pais funciona como um elemento organizador da vida dos filhos, sem ela, eles não criam vínculos de afeto e hierarquia necessários para o bom convívio familiar e social. Sendo assim, é importante que os pais estejam sempre presentes, principalmente quando os filhos pedirem ou acharem importante e não quando os pais acham que devem estar próximos. A realidade é bastante diferente de família para família. Em alguns casos o trabalho dificulta ou impossibilita os pais estarem presentes nas horas importantes para os filhos. Nestas situações, aquele que estiver presente, precisa reafirmar o carinho e afeto do outro. Por

exemplo, em uma apresentação na escola cujo horário só é compatível para a mãe, ela precisa reforçar a vontade do pai de estar lá com frases como “se seu pai estivesse aqui estaria cheio de orgulho”. Quando a mãe está longe e o filho teima em não obedecer o pai, este deve reforçar a presença da mãe: “sua mãe está longe mas sabe de tudo que você faz”. Limites A distância é um fator complicador na educação dos filhos. Sem a presença física, impor limites é muito mais difícil, principalmente na fase da adolescência. A dica é estar presente, mesmo estando distante. O telefone é uma boa ferramenta. Ligações e muita conversa reafirmam a autoridade dos pais mesmo à distância. Deixar regras fixadas em locais visíveis, mandar torpedos e, aproveitando a era digital se comunicar por email, redes

sociais dentre outros recursos também são válidos quando a questão é estar perto. Não deixe que a distância se torne algo natural. Se os pais são ausentes na vida dos filhos, faltam-lhe com atenção, afeto, compreensão e carinho esse déficit se torna natural para eles. Mas com isso, terão muitas dificuldades para se relacionarem com outras pessoas na fase adulta. Criatividade Na realidade, pouquíssimos pais conseguem passar todo o dia com seus filhos. Seja qual for o empecilho para conseguir mais tempo, seja criativo. Envie mensagens, grave um vídeo, surpreenda na escola e deixe sempre claro que ama seu filho. Se o tempo com os filhos é curto, estabeleça um prazo para o diálogo, para que o filho compartilhe seus medos, angústias e alegrias, criando laços de confiança com os pais.

Vida escolar

Acompanhar os filhos na vida escolar está entre as tarefas mais difíceis para os pais. Chegar em casa cansado do trabalho e ajudar o filho na lição de casa é uma grande demonstração de carinho e responsabilidade, mas não é fácil. Ir às reuniões ou apresentações escolares é ainda mais complicado. Geralmente elas acontecem no horário de trabalho e conseguir uma brecha se torna um calvário.

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A Risa conversou com o diretor pedagógico do Colégio IES – Pitágoras, Márcio Lomas, que orientou sobre a importância da presença dos pais na vida escolar dos filhos e para uma formação integral da inteligência e do caráter.

Risa – Quais são as principais oportunidades para os pais interagirem com seus filhos nas tarefas da escola? Márcio Lomas (ML) – Pesquisas mostram que nada é tão decisivo para um bom desempenho escolar quanto o incentivo dos pais para os estudos. Já se sabe até como eles podem dar esse empurrão. A interferência adequada dos pais na educação dos filhos causa um impacto tão grande que se estende por toda a vida adulta. Segundo resultados da pesquisa do Insper, órgão de pesquisa educacional, o conjunto de medidas que surtem resultado, uma vez adotadas com persistência em casa, chama atenção pela simplicidade. Incentivar o filho a fazer a lição de casa e a ir à escola todos os dias, providenciar um lugar tranquilo onde ele possa estudar e comparecer às reuniões de pais tem o efeito de elevar as notas em torno de 15%. Há pais que ficam ansiosos, alegando que não conseguem fazer o dever de casa com o filho. O importante, nesse caso, não é o fazer em si, mas a oportunidade de interagir com o filho, lendo os enunciados, ensinando-lhe a pesquisar, a se organizar, a trabalhar as dúvidas. Muitos pais não têm estudo suficiente para resolver exercícios com os filhos e nem esse deve ser o propósito da lição de casa. Mas, estar presente no momento, interagir com o filho nesse momento é fundamental para o sucesso da vida escolar. Não cabe aos pais agirem como professores em casa – confusão comum, e sem nenhum reflexo positivo. O que sempre ajuda é demonstrar, desde cedo e de forma bem concreta,

quanto se valoriza a educação, essa talvez a maior contribuição possível da família. Daí a relevância de montar uma biblioteca em casa ou de manter o hábito de conversar com os filhos sobre o que se passa na escola. Esse tipo de ambiente se traduz numa série de indicadores positivos, como mais vontade de ir à aula, um comportamento melhor na escola e expectativas mais elevadas sobre o futuro. Participar de reuniões de pais é um momento de ver o filho na perspectiva do grupo, dos que também têm filhos na mesma escola, na mesma sala e, portanto, na mesma faixa etária. Nos momentos de discussão acerca do rendimento e do comportamento dos alunos, torna-se um momento de reflexão, de conhecimento sobre o próprio filho, fora do ambiente de casa. O mesmo diz respeito à participação dos pais nos eventos da escola. É um momento ímpar de se envolver em atividades que sempre buscam socializar, formar o lado humanístico dos alunos. Os itens citados anteriormente refletem em boas oportunidades para os pais interagirem com os filhos nas tarefas da escola. Risa – Como detectar que o rendimento escolar vem de algum problema na família? ML – É perceptível através de observações sobre o comportamento atípico do educando: cai o rendimento em sala de aula, fica introspectivo ou, ao contrário, torna-se indisciplinado. Passa, enfim, a viver uma situação atípica da que demonstrava até então. Muitas vezes, a separação do casal é um dos fatores, além da falta de regras como assistir a TV ou navegar na internet até altas horas. Antes, contudo, a escola precisa verificar se o aluno não apresenta diagnóstico de deficiência auditiva e visual, problemas na parte motora, dislexia, disgrafia, dislalia, déficit de atenção etc. Se percebem tais fatores, chama-se a família para orientá-la como proceder para sanar o problema, sugerindo apoio psicopedagógico, psicológico e até neurológico, além de aulas de reforço. Os professores também são orientados acerca das estratégias que precisa usar em sala de aula para recuperar a aprendizagem do aluno e dar-lhe mais segurança no processo ensino-aprendizagem. A parceria família-escola é fundamental, portanto.


EDUCAÇÃO Por Valer Junior

Risa – E como identificar um problema que acontece na escola e interfere em casa? ML – Normalmente, o que mais afeta o educando, com reflexo em casa, diz respeito ao bullying. A escola é mais uma peça da engrenagem social e, infelizmente, reproduz mazelas expostas pela sociedade. Sendo assim, o preconceito contra o diferente, ou seja, o gordinho, o magro demais, o alto, o baixo e, assim sucessivamente, tem reflexo na escola. Isso se estende ao reduto familiar. Contudo, o mais importante é que os professores tenham esse olhar atento, diferenciado, que lhes permitam identificar pontos fortes de bullying e atuar de forma educativa, ou seja, formadora e transformadora da conduta. O causador do bullying necessita ser acompanhado, ser conscientizado sobre o respeito nas rela-

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ções interpessoais, inter-relacionais e de aceitação do outro, que é diferente, mas não inferior. As famílias são convocadas e inicia-se o trabalho de resgate da autoestima do aluno alvo. Risa – Qual é a importância da parceria entre escola e pais para a formação completa do aluno? ML – A parceria não é somente entre pais e escola, mas sim entre família e escola. A diferença se deve ao fato de termos um novo modelo de família, que não se coaduna com os modelos tradicionais de família-padrão, chamada de família celular: pai, mãe, filhos, avós. Hoje, agregam-se novos elementos à família, em decorrência das novas relações estabelecidas. Quando o aluno sabe que as duas instituições estão unidas – família e escola –

em prol do sucesso dele, o seu rendimento duplica. Ele se sente valorizado, com uma base sólida a sustentá-lo durante as dificuldades e sabe que será aplaudido no sucesso. Quando não há essa parceria, a inabilidade das famílias em estabelecer limites em casa faz com que deleguem à escola tarefas que deveriam ser delas também, pois há uma verdadeira permissividade nas relações entre filhos e pais. Os efeitos são desastrosos. A pressão exercida sobre a escola não leva a nenhum ganho para os alunos. Existe aquele perfil de pai que só se preocupa com a nota do filho, não faz a sua parte e espera da escola soluções milagrosas. Agora, se há parceria de fato entre as duas instituições os progressos do aluno são incontestáveis.



HOBI Por Valter Junior

Aventura 4x4

Quem gosta de fortes emoções e velocidade em veículos com certeza curte Rally. É a modalidade automobilística mais antiga, começou a ser praticada em 1875 na França, ainda com carros a vapor. No Rally, as provas são marcadas por trechos sinuosos e lamacentos, trilhas, obstáculos, dificuldades naturais e muita poeira. Nas quatro modalidades de Rally, a semelhança está na presença de um co-piloto, chamado de navegador, que lê a planilha com informações sobre o trajeto e os locais das provas, que podem ser estradas de uso comum e tre-

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chos fechados, mas sempre em estado razoável ou péssimo. Em algumas competições as provas podem durar dias em percursos que variam de mata fechada, passando por desertos e locais cobertos com neve. Rally de Velocidade Nessa modalidade, o livro de bordo com o roteiro, locais de serviços, reagrupamento e deslocamento e condições de pista permite que o navegador faça um levantamento detalhado da pista. O objetivo dessa modalidade é percorrer o trecho definido em menor tempo possível. Ge-

ralmente as pistas são estradas públicas em estado razoável de conservação que são interditadas para as provas. Rally Cross Country No Cross Country o livro de bordo é repassado apenas um dia antes da corrida. As estradas geralmente estão em péssimo estado de conservação. Em determinadas etapas percorre-se trechos totalmente inexplorados. A dificuldade nessa modalidade é correr rápido e saber por onde correr. O Rally dos Sertões é a mais conhecida competição Cross


Rally

O automobilismo mais radical do mundo

Country do país e o segundo maior rally do mundo. Ele acontece em diferentes regiões do Brasil e muda de local todos os anos. Em 2013, foram 10 dias de provas cruzando dois estados, Tocantins e Goiás. Rally de Regularidades São percorridos vários trechos com média de quilometragem e velocidade definidos. Além de curvas. No rally de regularidades a dupla pode disputar a competição com “qualquer carro” e sem preparação profissional. A dificuldade é manter a média de velocidade e

quilometragem em todos os trechos. Entre as competições de regularidades o Mitsubishi Motorsports é um dos mais tradicionais no país. A terceira etapa da edição 2014, em Curitiba, foi um bom exemplo do misto de aventura e adrenalina que marcam esse esporte. Por conta da chuva forte na véspera e na manhã da competição, as trilhas ficaram enlameadas e bastante lisas. Alguns trechos ficaram intransponíveis e parte do trajeto sofreu ajustes. Rally Dakar O Rally Dakar, apesar de ser

o nome de uma competição, já se tornou quase uma modalidade específica por contemplar todas as características dos rallys de velocidade, regularidade e cross country. É a maior competição off road do mundo e começa sempre na primeira semana do ano. A prova aconteceu até 2008 entre a Europa e a África, passando pelo deserto do Saara e encerrando, geralmente, nas praias de Senegal. Temendo ataques terroristas, a partir de 2008 a competição passou a ser disputada em países sul-americanos como Argentina, Chile, Bolívia e Peru.


ESPORTE Por Valter Junior

Os craques dos títulos Em cada uma das cinco conquistas do título mundial, a seleção brasileira revelou ao mundo um gênio da bola

A maior campeã de Copas do Mundo, a Seleção Brasileira, passou a ser temida desde seu primeiro título. As escalações, nos anos em que levantou a taça, foram marcadas por equipes completas e sempre com uma surpresa: um jogador que, no estilo brasileiro, desencantou com atuações fenomenais. Junto com cada uma das cinco taças erguidas, subiu junto o nome de um jogador que, sem tirar o mérito dos demais atletas, foi o grande responsável pela conquista. Pelé No ano do primeiro título mundial da seleção canarinho, com apenas 17 anos, Pelé conquistou o mundo com sua genialidade para o futebol. Rápido, habilidoso e criativo, em 1958, Edson Arantes do Nascimento era o mais novo entre os convocados para seleção. Pelé só entrou em campo no terceiro jogo da seleção, contra a União Soviética. Nas quartas de final, Pelé garantiu a vitória sobre o País de Gales. Na final, contra a Suécia, o rei marcou dois dos cinco gols do Brasil, consagrando de vez seu futebol e dando ao Brasil o primeiro título de melhor do mundo. Mané Garrincha Um dos artilheiros da Copa de 1962, no Chile, com quatro gols,

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Garrincha foi também o grande destaque daquele mundial. Com dribles desconcertantes, jogadas criativas e inusitadas, o anjo das pernas tortas foi eleito o melhor jogador da competição. Fez gols importantes como os dois contra a Inglaterra nas quartas de final e o gol na semifinal contra o Chile. Nesse ano, a final terminou em 3x1 para o Brasil sobre a Tchecoslováquia. Jairzinho Ao lado de Pelé, em 1970, Jairzinho foi o grande nome daquele time que ficou conhecido como a melhor seleção brasileira de todos os tempos. Conhecido como o Furacão da Copa de 70, Jairzinho foi o maior artilheiro do Brasil naquele ano, no México, com sete gols e o primeiro atleta que balançou as redes em todas as partidas de uma Copa. Na final, contra a Itália, Jairzinho também deixou sua marca, ajudando o Brasil a conquistar o tri. Romário Com uma atuação brilhante em todas as partidas, o “baixinho” conquistou o mundo com seus gols, oportunismo e seus passes, em 1994, nos EUA. Marcou cinco gols, e só ficou as oitavas de final sem balançar as redes. Contra a Itália, na final, perdeu a artilharia da Copa, mas

fez o seu na decisão por pênaltis. Ao lado de Bebeto, Romário recuperou a auto estima do brasileiro, que há 24 anos não via o Brasil ganhar uma Copa. Ronaldo Criticado pela atuação contra os franceses, na final do mundial de 1998, Ronaldo superou as expectativas dos brasileiros e levou o Brasil ao Pentacampeonato. Com 25 anos, Ronaldo jogou sete das sete partidas disputadas em 2002. Marcou oito gols, dois deles na final contra a Alemanha, ficando atrás apenas de Gerd Müller, que marcou 10 em 1970. Em compensação, é o maior artilheiro da história das Copas com 15 gols. Neymar A grande esperança do Brasil este ano, disputando a Copa em casa, é o jovem Neymar. Das categorias de base do Santos, seu talentoso futebol o levou, aos 22 anos, ao maior clube da atualidade, o Barcelona. Gênio com a bola, inventor, rápido e habilidoso, Neymar representa o verdadeiro futebol brasileiro: alegre, bonito e de personalidade. Vestindo a camisa 10, Neymar assume a responsabilidade de deixar no Brasil a taça que definirá a melhor seleção do mundo até 2018.


Neymar comemorando o seu primeiro gol na Copa de 2014


ESPORTE Por Valter Junior

O Brasil nas Copas

O Futebol nasceu na Inglaterra, o primeiro campeão mundial foi o Uruguai, a seleção que mais esteve entre os quatro primeiros nas copas do mundo é a Alemanha e a atual primeira do ranking da FIFA é a Espanha. Então por que é o Brasil o país com mais tradição neste esporte?

Alguns dados podem explicar isso. A seleção canarinho foi a única que participou de todas as 19 edições da competição e, também, a única a conquistar cinco vezes o título. Além disso, a paixão dos brasileiros pelo esporte é inexplicável. Em nenhum outro país, durante os 30 dias da Copa do Mundo, se vê tanta festa, tanta torcida, tanta paixão e amor por uma seleção como no Brasil. Histórico em casa Sediar uma Copa do Mundo não é sinônimo de favoritismo para seleção anfitriã. Apenas seis títulos, das 19 edições do torneio, foram conquistados por quem recebeu o evento: Uruguai (1930), Itália (1934), Inglaterra (1966), Alemanha (1974), Argentina (1978) e França (1998). Para a seleção brasileira, jogar em casa tem três pesos a mais.

1 - Transformar o misto de alegria e indignação que divide os brasileiros diante da realização do evento aqui. 2 - Superar o trauma de 1950, quando o Uruguai venceu o Brasil, na final, em pleno Maracanã, por 2x1. 3 - Aumentar ainda mais a distância da Itália, segunda maior campeã mundial, com quatro títulos. Cinco títulos O primeiro título veio em 1958, na Suécia, oito anos depois da decepção em casa frente ao Uruguai. Naquele ano, a grande revelação foi Pelé, que ao lado de Garrincha, e com apenas 17 anos, conquistou o mundo com sua forma extraordinária de jogar. Em 1962, no Chile, com Garrincha em sua melhor fase, o Brasil bateu a Tchecoslováquia por 3x1. O tri campeonato veio oito anos

Jogadores que iniciaram o jogo de abertura da Copa no Brasil

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depois, no México, com a brilhante seleção de 1970, que contava com Pelé, Jairzinho, Gerson, Tostão e Rivelino. O jejum até o tetra foi de 24 anos, até que a equipe de Dunga, Romário, Bebeto, Branco e Taffarel, fizeram o Brasil inteiro soltar o grito em 1994, nos EUA. Mais um recorde: foi o primeiro título na história das copas conquistado nos pênaltis. A partir daí, o brasileiro assistiu a seleção intercalar em glórias e decepções. Depois da espetacular campanha de 1994, a grande frustração, por 3x0, o Brasil é derrotado pela França, com um belíssimo espetáculo do jogador francês Zidane. A redenção veio em 2002, com o Pentacampeonato. Mas nas duas edições seguintes, só decepção. Em 2006, nas quartas, o Brasil foi eliminado pela França e em 2010 pela Holanda.


Copa e os protestos Há um ano, a Copa do Mundo no Brasil é alvo da insatisfação de uma parcela de brasileiros que pede por Saúde, Educação, Transporte e Segurança no padrão FIFA

Protestos contra a copa no centro da maior cidade do Brasil, São Paulo

Em plena Copa das Confederações, em 2013, o governo de São Paulo decidiu aumentar a passagem de ônibus em R$0,20. Uma onda de protesto tomou as ruas da cidade e, em poucos dias, ganhou a adesão de centenas de milhares de pessoas em várias cidades do país, sob diversos motivos. Um ano depois, em plena Copa do Mundo, o Brasil é um misto de paixão e revolta. Enquanto milhões vão aos estádios, assistem os jogos em casa, bares, praças, torcem e se emocionam com a seleção brasileira, outros protestam, colocam a culpa no governo, no Neymar e não querem nem saber de futebol. Há um ano começava a maior onda de protestos que o Brasil já assistiu. Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a corrupção, por mais igualdade, menos preconceito, mais liberdade, menos censura, mais saúde, educação e segurança. Durante pouco mais de um mês as ruas das principais capitais e grandes

centros foram tomadas. No dia 20 de julho de 2013, uma quinta-feira, foram contabilizadas mais de um milhão de pessoas nas ruas. A Copa do Mundo passou então a ser o bode expiatório da indignação dos brasileiros, reduzindo todas as tensões e questões sociais em gastos pontuais com um evento esportivo. Os questionamentos se resumem em porque o Brasil gasta tanto em uma Copa, mas não oferece hospitais, escolas e transporte de qualidade para sua população? Gastos Os protestos contra a Copa do Mundo não são desprovidos de razão. Os gastos para realizar o evento foram astronômicos, 25,6 bilhões de reais, de acordo com o Governo Federal. Do total 83,6% saíram dos cofres públicos e 4,2 bilhões da iniciativa privada. Foram investidos do montante, 60,1% em transporte e aeroportos, 2,6% nos portos, 1,4% em Telecomunicações e 27% na re-

forma e construção de estádios. O Governo explica que são investimentos que vão ser usufruídos pelos brasileiros depois da Copa. Além disso, a expectativa do Governo Federal é que a Copa do Mundo renda quase 30 bilhões ao PIB. A Copa termina em 13 de julho e só o tempo vai dizer se os investimentos retornarão em mais mobilidade urbana e segurança para a população, ou se as ruas deverão ser tomadas novamente.

No Rio de Janeiro também ocorreu os protestos


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Estar, jantar e lavabo Nayara Prado e Raquel Machado

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Nayara Prado e Raquel Machado Transformar o cinza no novo branco. Este foi o desafio das designers veteranas da mostra, Nayara Prado e Raquel Machado. Em um espaço multifunção de 58m², que integra diversos ambientes de convivência de um apartamento, a presença de diferentes tons do cinza mostra que, se o uso for bem explorado, o resultado pode ser harmônico e sofisticado. O “concreto” duro das grandes metrópoles aparece de forma acolhedora e se contrasta com a natureza representada por um jardim vertical e com a iluminação pontual. O projeto contempla também clássicos móveis da marca, que integram os espaços de jantar e estar. As paredes receberam um sofisticado tecido e as mesas de centro fazem as vezes da estante. O conceito sustentável também possui papel determinante para a concepção do ambiente. Materiais recicláveis, como fatias de tubetes de papelão emendadas com restos de arame de construção, são percebidos nas divisórias e em uma escultura de acervo pessoal das designers.

Lampadário e Lider Interiores apresentam sua nova casa


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Quarto da moça Gabriela Alves

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Gabriela Alves Estreando na Mostra de Ambientes da Lider Interiores, a arquiteta Gabriela Alves assinou um quarto de moça que mistura elegância e funcionalidade. A partir do desejo das filhas de seus clientes, a profissional projetou um ambiente sofisticado, em que o bem-estar e o bom gosto são prioridade. O trabalho com cores e texturas revela tonalidades neutras na essência do projeto e tons mais vibrantes nos detalhes. A laca bege predomina no mobiliário maior, e roxa, nos menores. Espelhos também foram bastantes utilizados, criando a sensação de amplitude no espaço de 23 m². Um dos diferenciais são as placas de gesso decorados nas paredes, uma novidade lançada por um colaborador da região. Para complementar o clima intimista, a iluminação conta com o recurso da sanca e um lustre magnífico. Afinal, o quarto de uma menina é seu castelo, que guarda segredos e sonhos.


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Sala de jantar Iara Leão

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Iara Leão A proposta inicial foi montar uma sala de jantar, usando a linha de móveis de madeira de demolição. Inspirei-me em um casal que gosta de receber, e tem um apartamento em Nova York, com varanda dando para uma belíssima vista. Procurei misturar materiais modernos, como iluminação, mas com uma pegada diferente, como o Lustre que remete a um farol, vasos franceses, obras de arte, e um requinte na montagem dos espaços. Procurei sair do óbvio, sem perder a classe, como os assentos da mesa de jantar que são diferentes, estante iluminada na varanda, etc. Trazer um aconchego para esta proposta, não foi difícil pois a madeira de demolição por si só já faz este trabalho. Na varanda, coloquei uma mesa para um café da manhã, e uma chaise de vime trabalhada, para repouso e leitura, gaiolas fazem uma composição com luminária, plantas, mesas laterais com richelieu vasados; uma obra de arte assinada por Isabela Vecci, assim como as cristaleiras, dispostas na entrada do ambiente.


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Home theater

Wania Guerra e Juliana Guerra

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Wania Guerra e Juliana Guerra A União familiar foi uma das grandes influências de Wania Guerra e Juliana Guerra, mãe e filha. Na elaboração de um espaço home theater aconchegante e ideal para aproveitar momentos de descanso e curtição com as pessoas de quem gostamos. Os 35 m2 contam com um mobiliário de design diferenciado, um projeto de iluminação sofisticado, aparelhos com tecnologia de ponta e objetos decorativos que mostram a personalidade dos moradores. O grande desafio do local, um pilar, foi facilmente contornado com um adesivo da imgem da musa Marilyn Monroe, que se tornou uma das grandes atrações o home. A descontração também está presente nas almofadas de tecido, com cores que lembram as da bandeira da Inglaterra. Como pano de fundo. As profissionais utilizaram painéis em laca pérola, um confortável sofá de linho off-hite e outros movéis, em cores neutras, como o preto e o palha.

Foto: Jomar Bragança


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Empório Marília Cabral

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Marília Cabral O espaço foi pensado para dar ao cliente conforto no momento de escolher e comprar suas almofadas, adornos, tapetes, quadros e cobreleitos. Foi usado móveis de linha clássica em tons de marrom e beje que combinados com as mesas laterais em tom de alaranjado garante ao cliente a sensação de aconchego. O tom de azul entrou na decoração pontualmente no lustre de cristal e no papel de parede floral.


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Quarto de viajante Fernando Melo

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Fernando Melo O ambiente apresenta o quarto de dois jovens apaixonados por viagens por isso, foi criado um espaço prático, confortável e com múltiplas funções para dar suporte à atividade preferida do casal. No pouco tempo em que passam em casa, o planejamento das viagens é feito no home office. A escolha de cores neutras para os elementos principais do quarto permite o destaque de algumas peças chave que expressam o perfil dos usuários do ambiente: o mapa mundi no painel, onde o casal marca os destinos já visitados e aqueles almejados; a poltrona de diferentes tons vibrantes representa a diversidade dos locais visitados, souvenirs e lembranças expostos nas estantes e prateleiras.


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Quarto de casal

Nidia Duarte e Walquíria Seixas

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Nidia Duarte e Walquíria Seixas Ambiente idealizado para atender as expectativas diárias de um casal. As combinações de tons como areia, bege e cinza, a composição de móveis clássicos e modernos e a iluminação indireta enfatizam a neutralidade e leveza do ambiente com um toque de sofisticação e requinte.


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Livin

Karine Vivian Teixeira

Créditos

Lampadário (Lustres): Rua Rio Janeiro, 324 loja 4 - Centro - Divinópolis - (37) 3222-5599 Lider Interiores (Móveis): Rua Goiás, 219 - Centro - Divinópolis - (37) 3221-9466 Fotos: Ricardo Xavier Tratamento: André Bueno

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Karine Vivian Teixeira Partindo do princípio de que em qualquer lugar do mundo, sem dúvidas, a casa é nosso porto seguro. Este espaço foi criado pensando em oferecer aconchego, conforto, descanso e estimulando o convívio entre as pessoas. Foi criado usando móveis, adornos, tapetes da Lider; lustre clássico da Lampadário. As cortinas Silhouette - Luxaflex e papel de parede - Bonaire - Ângela Alvim Decoração - proporcionaram um efeito romântico, dando leveza ao ambiente. O adesivo ilustrativo e o quadro Europeu completaram o ambiente com requinte e harmonia.


SUPERAÇÃO

Roberto Vascon

Por Valter Junior

Um grande exemplo de perseverança

A história de Roberto Vascon beira a um conto cuidadosamente elaborado, com nuances que vão do céu ao inferno em questão de dias. O enredo só não é mais surpreendente que seu desfecho. De garoto pobre do interior de Minas e depois catador de latas em Nova York, Vascon se tornou milionário e um dos maiores design de bolsas do mundo. Pra se ter uma ideia, Madonna, Oprah Winfrey, Cindy Lauper e Beyonce são alguns dos nomes que já usaram Vascon. E quando se pensa que já é o bastante para uma só vida, o mineiro da “gema” vendeu tudo e foi viajar o mundo em busca de cultura e como forma de retribuir tudo aquilo que ele diz ter “recebido de Deus”. Voltou sem dinheiro, mas na sua visão, mais rico do que antes. “Raras pessoas possuem a bagagem cultural que eu tenho”. Hoje, Vascon comanda uma loja, onde também funciona sua fábrica de bolsas e vive pelo Brasil espalhando seu sorriso, contando suas histórias e mudando vidas ou pelo menos a forma como as pessoas enxergam o ser humano e as oportunidades.

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Natural de Raposos, há 25 km de Belo Horizonte, Eli Roberto Vasconcelos Matos já veio ao mundo de forma inusitada. Em plena Ditadura Militar, enquanto muitos eram torturados e mortos no Departamento de Ordem Política e Social, foi no Dops que a bolsa de Dona Terezinha Matos estourou. Ela estava ali porque o marido, catador de ferro velho e alcoólatra, havia arranjado confusão com um general da Polícia e há sete meses estava detido. Sem tempo para escola ou amigos, o pequeno Eli se dividia em catar ferro velho e vender bolinhos no trem. Autoditada, aprendeu ler e escrever copiando os outdoor nos trens. Frequentou a escola apenas seis meses, tempo suficiente para lhe darem o diploma do primário. A outra tentativa foi frustrada por um deputado que lhe prometeu uma bolsa de estudos. “Trabalhei duro para comprar os materiais e um pão para ir para escola, mas era mentira do deputado, me colocaram para fora”, conta. Foi também na infância que Vascon fez um pacto que o seguiria por toda a vida. Segundo ele, ainda criança, se tornou amigo pessoal de Deus, com quem conversa como com um amigo. Um sanduíche, um plié e um tal de Cazuza Com 13 anos, a morte do pai o obriga a procurar emprego na capital para ajudar no sustento da família. Aos 16, já era um “grande bailarino”, tudo em razão de um sanduíche e uma bolsa de estudos oferecidos pelo Diretor do Corpo de Baile do Palácio das artes, Carlos Leite, ao adolescente faminto que andava pelas ruas. Mas o sonho de Bolshoi teve de ser abortado aos 17, Vascon teve que se alistar. Não houve resistência, para ele, passar pelo Exército seria uma forma de exorcizar os traumas com a polícia vivido pelo pai e por ele. A passagem pelas forças armadas poderia ter sido menos sofrida, não fosse a pequena confusão de trocar a continência por um plié diante de um membro do alto escalão do Exército. “Havia tanta medalha na farda que eu fiz um plié, que na verdade é uma reverência ao rei e não um deboche, mas eles não entenderam e eu fiquei preso por 30 dias, relembra Vascon. Ao deixar o Exército, o futuro “mago das bolsas” foi de carona e sem dinheiro, ser ator no Rio de Janeiro. O primeiro trabalho? Lavar carros. Mas ao sair de Minas Gerais, a sorte e “Deus”, como ele prefere dizer, parecem ter combinado de, aos poucos, fazerem uma reviravolta com aquele mineiro pra lá de persistente. Em um dos vários dias de muita fome um cliente lhe ofereceu um almoço por achar que o lavador de carros era educado e limpo demais para estar ai. “De onde você veio? Eu vim de Minas ser ator aqui. E você quem é? Eu canto, tenho um grupo, meu nome é Cazuza” Nasceu ali, conta Roberto, uma grande amizade com um dos maiores cantores e poetas do Brasil, que lhe iria ajudar em outras situações futuras.


SUPERAÇÃO Por Valter Junior

Mendigo na segunda cidade mais rica do mundo - New York A vida no Rio não estava fácil. Exceto por um saco com jóias encontrado a beira mar, que lhe deu condições de alugar um apartamento e estocar comida por um tempo, Vascon não encontrou o que queria na cidade maravilhosa. “Acho que isso não é pra mim, eu preciso ir embora, vou para Europa”, desabafou certa vez com o amigo do Barão Vermelho. Cazuza recomendou os EUA, “você tem a cara de lá”. E assim foi, em 1988, o mineiro pobre de Raposos embarcou para Nova Iorque em busca de um sonho que nem ele mesmo sabia que teria. De início, Vascon caminhou por 12 horas do aeroporto até a ilha de Manhattan. Nem mesmo a mala ele conseguiu levar durante todo o trajeto. “Joguei fora a mala e comecei do zero”. Literalmente! Vascon chegou em Nova Iorque sem dinheiro, sem conhecidos, sem falar inglês, enfim, lascado. Sua nova casa? Um banquinho no Central Park, no qual viveu por quatro meses catando latas e tomando banho nas unidades do Mac’Donalds. “Eu entrava no banheiro dos fundos e com uma toalha molhada me limpava. Mas eu trocava de Mac’Donalds para não ser pego”, conta aos risos. Enfrentar a fome também não era fácil. “Descobri que cada lata era cinco centavos, então 20 latinhas dava um café, 40 um pão com manteiga, e assim eu me virava.” O sonho – “o que eram aquelas bolsas voando?” Ser mendigo no Central Park, no frio de novembro não era nada confortante para quem foi em busca do american dream. Mais uma vez o Amigo pessoal era a única saída. “Fome, sede, frio, e a festa que Você me prometeu, que ia ser maravilhosa e que eu teria um lugar ao sol. Eu só quero uma casa, um colchão pra dormir, um chuveiro pra tomar banho e um prato de comida, mas se tiver pesando muito, me tira da festa, talvez seja melhor outra pessoa”, foi o apelo naquele dia. Mal sabia Vascon que tudo iria mudar! Naquela noite, sonhou com milhares de pássaros que pousavam em uma árvore. Ao brincar com as aves percebia que o que voavam eram bolsas coloridas com asas. “O que eram aquelas bolsas voando?” Indagou ao acordar. Sem entender, seguiu a vida. Naquele dia em um contêiner de lixo encontrou uma quantidade de latas que lhe renderam 80 dólares. “Com mais 400 podia voltar para casa” era seu pensamento. Mas ao passar em frente a uma loja de couro, “com os mesmos couros das bolsas do sonho”, interpretou a deixa divina. “Comprei couro, tesoura, linha agulha, furador e fui pro banquinho produzir bolsas. Fiz doze bolsas naquele dia”.

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Fé, marca registrada de Vascon


Em frente à sua casa, ou melhor, do banquinho, Vascon estendeu um lençou, colocou as bolsas e começou a rezar. “Cara, você me deu um sonho doido e eu gastei 80 dólares, agora me ajuda”. De repente dois pés se aproximaram, “olhei pra cima e era uma mulher linda”. Era sua primeira cliente, nada mais, nada menos que Nancy Harris, na época editora de moda do New York Times. Harris não se interessou só pelas bolsas que achou serem italianas, mas ficou curiosa em saber porque um rapaz com menos de 30 anos, que nunca frequentou uma faculdade de moda, fazia ali, rezando e vendendo bolsas que ele fez depois de vê-las em um sonho. Em troca de uma conversa, Harris pagou 450 dólares pelas 12 bolsas e pediu a Vascon que produzisse mais e fosse ao Times na sexta-feira (era terça), que ela venderia todas para ele. “Cheguei no endereço, mas pra mim, New York Times e nada eram a mesma coisa, conta Vascon, cujo nome foi criado naquele dia. Eles não conseguiam falar Vasconcelos, só chegavam até o vascon..., aí eu deixei assim mesmo, Roberto Vascon”. Sua primeira cliente lhe rendeu um artigo no Times, escrito por Woody Hochwender e, a partir daquele dia, o pequeno Eli ficou conhecido em toda cidade como o “mago da moda e das bolsas”. Em cinco dias, já às sete da manhã, em um dos Flea Markets (mercado de pulgas) de NY, onde Vascon foi vender suas bolsas, mais de mil pessoas o esperavam, além dos 100 fotógrafos e de toda imprensa televisiva da cidade. “Fiquei famoso da noite pro dia e não sabia até aquele momento”. Foi o início de uma longa e promissora carreira. Mas nem tudo estava colorido ainda. Vascon alugou uma loja no centro da cidade, estocou couro e contratou funcionário, mas para atender a demanda precisava de uma máquina que custava 10 mil dólares. A solução veio em uma reunião com japoneses interessados em comprar o nome Vascon. Claustrofóbico, Roberto decidiu fazer um encontro relâmpago. “Vamos fazer uma reunião de dois minutos?”, perguntou aos japoneses. “Eu quero 10”, foi a oferta. Pouco tempo depois veio a resposta. “A gente veio preparado para te dar um milhão de dólares, e você tá pedindo 10? É muito”. Surpreso e sem “força nas pernas”, Vascon conseguiu negociar um valor 200 vezes maior que o que ele queria.

Vascon com uma de suas bolsas personalizadas, sobre o cavalo que lhe inspirou

A mãe de Vascon pediu para ele comprar laranjas, mas o dinheiro que ela deu apenas dava para comprar 6 unidades, ele pegou uma a mais pois eram 7 pessoas. Quando sua mãe viu, lhe deu uma surra e fez voltar ao mercado para devolver o que tinha pegado sem pagar

Na porta de igreja, em Raposos, com uma bolsa em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade


SUPERAÇÃO Por Valter Junior

A grande curva No auge da carreira como design de bolsas, Vascon ficou milionário, comprou um apartamento de frente para o banco onde passou quatro meses, no Central Park e uma casa para a mãe. No início da década de 1990 ele já possuía sete lojas nos EUA, uma no Japão e 220 funcionários. “Mas fui perdendo o tempo para os amigos e a conexão com Deus”, conta. No aniversário de 1992, ninguém além de sua mãe ligou para lhe desejar parabéns. “Às 21h eu tomei uma séria decisão na minha vida, ia buscar o que eu sempre quis, cultura”. No dia seguinte, demitiu todos os funcionários, fechou todas as lojas, liquidou as bolsas, vendeu seu apartamento e pagou contas. “Eu precisava de mais dinheiro. Muito dinheiro não seria o bastante para o que eu queria fazer que era devolver para Deus tudo que ele me deu, ajudando quem quisesse estudar, quem estivesse com fome, sede frio e tudo que eu não tive e conquistei”. Por cinco anos, Vascon viajou o mundo e conheceu 128 países. “Não fui para mostrar nada a ninguém, fui para conhecer a cultura e a realidade das pessoas. Eu gostava de ir para o interior. Na minha infância, no interior de Minas, meu sonho era alguém chegar e me oferecer uma oportunidade de estudar”. Mesmo com apenas o primário, Vascon chegou a aprender seis idiomas. Entre as andanças, na Índia, um caso marcou para sempre a vida daquele viajante. “Meu guia sempre sentava comigo na mesa para comer. Com ele moravam 10 pessoas, o pai era cego e só ele trabalhava. Ele comia um pouco e guardava o resto para levar para casa. Eu ficava muito mal com aquilo”. Em agradecimento a um vestido enviado à esposa do guia, Vascon foi convidado a

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conhecer sua casa. “O bairro e a casa eram muito pobres, era uma favela. Dentro da sala passava esgoto, onde o pai dele atolava e as crianças brincavam. O cheiro era muito forte. Eu pedi para ir ao banheiro e era um desastre.” Diante daquela situação, Vascon inventou que moraria na Índia e precisava de uma casa. Comprou um imóvel em um bairro de

classe média, um carro, adaptou a casa com corrimãos, mobilhou e convidou a família do guia para jantar. “Na janta conversei sobre multiplicar e distribuir os pães. Eu falei sobre acreditar em Deus, e em ter a dádiva de ter recebido tanto e poder doar tanto. Assim dei as chaves da casa para o guia e fui embora. Meu avião saía em duas horas”.


Depois de cinco anos viajando, Vascon gastou tudo que tinha voltou a dormir no banquinho no Central Park. “Eu não perdi nada, só ganhei. A bagagem cultural que tenho hoje, raras pessoas tem e o dinheiro não compra. Os ‘vai com deus’, os ‘muito obrigado’, raras pessoas receberam tanto como eu recebi. Hoje pode estar ruim, amanhã muda tudo. Eu quero permanecer na festa, permanecer bem e ajudar tantos quanto eu puder”. Novamente no banquinho, outra jornalista do Times o reconheceu e Vascon ganhou uma nova página, mas desta vez a história era muito mais emocionante do que a que ela havia contado da outra vez. “Mais uma página no Times e em uma semana minha vida mudou novamente”. Ha três anos Vascon voltou para o Brasil, montou uma loja em BH onde faz bolsas exclusivas por encomenda. Em 2012, escreveu um livro com a ajuda do biógrafo Elias Awad e, hoje, além de acompanhar a produção na fábrica, anda pelo Brasil palestrando e contando sua história. E que história!

Na fábrica de bolsas em Belo Horizonte

Roberto Vascon lendo seu livro na porta do seu “castelo”, onde passou a infância.


SUPERAÇÃO Por Valter Junior

Exemplos de superação Não desistir é o lema do brasileiro. São milhares de exemplos de pessoas que nasceram em famílias pobres, sem acesso à educação, saúde, emprego, mas que não desistiram, batalharam duro e deram a volta por cima, se tornando grandes empresários, artistas, atletas, entre outros exemplos. São histórias como a do “mago das bolsas”, Roberto Vascon, que, além de surpreendentes, fazem as pessoas se moverem com mais vontade em busca de seus sonhos.

Silvio Santos Senor Abravanel é filho de pais judeus e nasceu em 1930, no bairro da Lapa no Rio de Janeiro. Atualmente seu patrimônio está avaliado em 6 bilhões de reais, mas a vida para o senhor da Tele Sena, não foi nenhum baú de felicidade. De família humilde, ainda jovem começou a trabalhar como camelô, vendendo capas de plástico para título de eleitor e caneta tinteiro. Para conquistar os clientes, Silvio fazia números de mágicas e brincadeiras com vendas nas esquinas da Rio Branco com Ouvidor. Sua voz e seu trato com as pessoas chamou a atenção de um guarda que, apesar de apreender os produtos de Abravanel, deu-lhe um cartão da Rádio Continental para uma entrevista. Radialista, vendedor de anúncio, feirante, apresentador de circo até chegar à televisão, em 1962, de onde não saiu mais. O Grupo Silvio Santos, comandado por Abravanel, engloba o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a Jequiti Cosméticos e a Liderança Capitalização (Tele Sena).

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Ivete Sangalo A Cantora baiana de axé, Ivete Sangalo, é uma das personalidades musicais mais famosas do Brasil e conhecida em vários países. Em 2004, ela vendeu 604 mil cópias do DVD “MTV ao Vivo e bateu o record do disco “Unplugged in New York”, do Nirvana. Quatro anos depois Sangalo bate o próprio Record, chegando a marca de 700 mil, com o DVD, “Ao vivo no Maracanã”. Antes porém de se tornar famosa, Ivete teve uma vida difícil. Perdeu o pai com 15 e um irmão com 16, e teve que vender as marmitas preparadas por sua mãe para sustentar a família. Foi morar em Salvador com 17 e tentar a carreira de modelo. Mas não resistiu à paixão pela música e começou sua carreira em bares e teatros, até conhecer o produtor do Bloco Eva, Jonga Cunha, que fundou a Banda Eva e uma história de muito sucesso.

Joaquim Barbosa O ex-Ministro Joaquim Barbosa, nasceu em Paracatu, Interior de Minas. Filho de pai pedreiro e mãe dona de casa, Joaquim ajudava o pai durante o dia e estudava até altas horas. Aos 16 foi sozinho para Brasília onde começou a trabalhar em uma gráfica do Correio Braziliense e terminou o ensino médio. Fez Direito e Mestrado em Direito do Estado na Universidade de Brasília e foi professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ganhou notoriedade como relator no caso Mensalão, e comandou por dois anos o STF.



EMPREENDEDORISMO Por David Andrade

Vicente Campos e sua esposa Roberta Magalhães

Grupo Real Campos Conheça a história de sucesso do grupo que se tornou referência em locação de imóveis, construção, decoração e loteamento. O Grupo Real Campos atua em diversas cidades do Centro Oeste de Minas. As principais atividades da empresa estão voltadas para o mercado imobiliário, como lançamento de loteamentos de terreno urbano e rural, reforma e construção de edificações, venda e instalação de produtos de acabamentos para construção. O grupo é formado pelas seguintes empresas: Real Campos Empreendimentos. (Construtora Real Campos), Real Campos Imobiliária, Real Campos Materiais de Construção. (Decorbom Acabamentos) e Construtora Resende Campos (Loteamento Bairro Calais). A empresa surgiu de um sonho do engenheiro civil Vicente Campos em construir uma Bom Despacho mais moderna e visio-

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nária. A Real Campos Empreendimentos foi constituída em 1º de junho de 1988, tendo como nome de fantasia “Construtora Real Campos”. A empresa atua em diversas cidades do Centro Oeste de Minas no setor da construção civil, com elaboração de projetos de engenharia, reformas e construções de edificações, execução de obras por administração e empreitada. Ao abrir seu escritório de engenharia teve a visão de conciliar outro empreendimento: a imobiliária. Projetar, construir e agora administrar e vender imóveis de terceiros. Constituída em 1989, a Real Campos Imobiliária atua na intermediação imobiliária com administração, locação e venda de imóveis urbanos e rurais. Em 1993, Roberta Magalhães, esposa de

Vicente, então formada em administração de empresas, tornou-se sócia gerente da imobiliária. Com o compromisso de administrar a área de locação da Imobiliária e contatar os locadores e locatários, Roberta ingressou no curso de corretora de imóveis e se tornou além de corretora de imóveis, a delegada do CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) daqui da região. O desejo de expandirem os negócios continuou. Com grande investimento em publicidade, a Real Campos Imobiliária, tornou-se notoriamente a número um em imóveis e juntamente com outro sócio, Sérgio Calais, lançaram em 2002 o empreendimento Bairro Calais, sendo o primeiro loteamento de terreno da cidade de Bom Despacho a ter toda a


infraestrutura: água, luz, esgoto e asfalto. O Bairro Calais está localizado na área residencial mais nobre da cidade e já possui mais de 200 casas construídas. Em 1999 surgiu a Decorbom Acabamentos, a empresa do grupo no ramo de acabamentos: piso de madeira durafloor, piso de borracha, carpetes, papel de parede, forro PVC, piso antiderrapante, paviflex, decorflex, divisórias, persianas, redes de proteção para janelas, varandas e piscinas. O que se destaca no grupo é a mão de obra especializada para a execução dos referidos serviços de assentamento e montagem dos produtos comercializados. Estas são somente algumas obras do grupo: serviços de implantação das torres de transmissão de energia da CEMIG entre Abaeté e Martinho Campos. Em Bom Despacho destacam-se: construção do Hotel JB, Igreja São Vicente, Creche São Vicente, Indústria de Leite Vigor, edifício Dona Nena de 11 pavimentos, edifício à Rua Ari Marques nº 200 de cinco pavimentos, quadra poliesportiva da Prefeitura, 70 casas populares no Bairro Tabatinga, velório municipal, reforma do teatro arena do SESC, prédios administrativos e seis fornos gigantes para Arcelor Mittal, reforma e ampliação de 11 Escolas Estaduais da região e em Belo Horizonte, destaca-se a reforma geral do telhado de uma ala do Palácio das Artes. Outro segredo do sucesso do grupo e a permanência no mercado é a rede de contatos que é estabelecida e preservada. O bom atendimento, a transparência e a clareza de informações são prioridades dos empreendimentos. “Poder crescer fazendo e ajudando as pessoas é uma realização imprescindível. Estamos aqui para ajudar, esclarecer e aprender com todos os clientes que surgem. Na realidade formamos um elo, onde a confiabilidade é determinante para o nosso crescimento” – afirmam os sócios.

DECORBOM. Rua Vigário Nicolau, 279. Bom Despacho. (37) 3522-6017

Sede da Real Campos à Rua Alferes Tavares, 93. Bom Despacho. (37) 3521-1522

Como metas a longo prazo, pretendem se tornar a melhor empresa em todos os ramos que o grupo oferece, mas desde já não medem esforços para se tornarem um grupo ainda mais conhecido e atuante no mercado. Vicente e Roberta são empretecos – formados no curso de vivência para desenvolvimento de qualidades do empreendedor EMPRETEC criado pela ONU e patrocinado no Brasil pelo SEBRAE. As características empre-

endedoras trabalhadas no curso são sem dúvida segredo do sucesso do grupo que sempre faz do empreendedorismo uma nova busca e ainda inovam, reciclam e ao mesmo tempo surpreendem com as novas descobertas. Venha se surpreender no que há de melhor em imóveis seja para alugar, vender ou construir, e apreciar os lançamentos de acabamentos e soluções práticas que só a DECORBOM tem. www.realcampos.com.br

“A confiabilidade é determinante para nosso crescimento”. Bom atendimento, transparência e clareza de informações são nossas prioridades.


ANIVERSÁRIO Por Valter Junior

239 anos da

Polícia Militar

Em Divinópolis, o comando do 23º Batalhão realizou uma solenidade na data especial

A Polícia Militar de Minas Gerais completou no dia 9 de junho, 239 anos de serviços prestados à população mineira. Em várias cidades do estado foram realizadas atividades em comemoração à data, que remonta ao nascimento da instituição, ainda no século XVIII. Além disso, várias autoridades locais e regionais foram homenageadas em razão dos serviços prestados em prol da segurança pública e do apoio à PMMG no combate à criminalidade. O tema da comemoração em 2014 foi: “239 anos da PMMG: Orgulho de ser policial militar”. Em Divinópolis a solenidade aconteceu no Ginásio Esportivo do 23º Batalhão e foi presidida pelo comandante da 7º Região da Polícia Militar, Coronel Eduardo Campos de Paulo. Em Nova Serrana a cerimônia aconteceu na 28ª Cia Independente e em Bom Despacho as comemorações foram realizadas no 7º Batalhão.

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Em Nova Serrana também aconteceu a cerimônia de comemoração dos 239 anos da PMMG

A Polícia Militar de Minas Gerais, instituição integrante do sistema de Defesa Social do Estado, nasceu com o Regimento Regular de Cavalaria de Minas, em 9 de junho de 1775 em Ouro Preto. Sua missão primeira era guardar as minas de ouro descobertas na região de Vila Rica e Mariana. Seu patrono é o alferes Tiradentes, que também serviu à Cavalaria. A PMMG está

presente em todos os 853 municípios mineiros com mais de 50 mil integrantes, sendo a segunda maior polícia do Brasil. Todos os anos, no aniversário de sua fundação, a Polícia Militar de Minas Gerais concede a sua mais alta comenda, a Medalha Alferes Tiradentes, à autoridades civis e militares que se destacaram por suas atuações junto à sociedade.






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