ÍNDICE
58 CAPA Barbara França
Produtos: Apolo Artes (16) 3712-2400 (37) 3226-7013
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Lista de espera As cores para 2017 História do design de calçados Excêntricos Um par para cada cliente Artesanal by Brasil Ainda mais velozes Exportações em alta Melissa Mashup Sob nova direção Zubits Quanto custa? Matéria-prima e design Lançamentos de fim de ano Automação calçadista Conforto é a nova tendência para calçados
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EDITORIAL
por ricardo xavier
Nova ideias para um novo ano Inspiração, criatividade, inovação. Com esse kit estaremos prontos para encarar 2017 com a cabeça erguida. Vamos por um ponto nessa crise e superá-la de vez com espírito empreendedor, criando não só novas linhas de calçados, mas vendendo conceitos de conforto, modernidade, praticidade, felicidade, bem estar, todos inclusos na linha de produção. E para te inspirar, selecionamos diversos lançamentos da indústria calçadista, desde calçados que contam com tecnologia de ponta até coleções feitas à mão em produções artesanais e sustentáveis. Nossa capa traz um pouco da carreira da belíssima Barbara França, que é a nova revelação da tv brasileira. Tá demais! Sem contar nas matérias que te ajudarão a calcular o preço de um calçado, entender da moda Geek e conhecer alguns acessórios como os Zubits. Boa leitura e boas festas neste final de ano.
expediente (37) 3228 0808 . www.risanet.com.br . atendimento@risanet.com.br . Rua Rio Araguaia, 301 . Amazonas . Nova Serrana/MG Editor
Ricardo Xavier
Redação Valter Junior Administrativo Leidiane Xavier Revisão João Hilário Projeto Gráfico Anne Pattrice
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Design e Fotografia Rafael Xavier Anne Pattrice
Colaboradores João Hilário Rejane Mendonça Wilson dos Santos
Atendimento Nova Serrana/MG Milher Magno (37) 3228-0808
Assistente de Design Pedro Xavier
Banco de dados Rogério Xavier Astra Informática
Franca/SP Rejane Mendonça (16) 3012 1550
Tratamento de imagens Rafael Xavier
revistarisa
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LANÇAMENTO
por valter junior
Lista de espera Novo modelo da Everlane tinha 6,5 mil mulheres a sua espera antes mesmo do lançamento No final de agosto, a marca queridinha das mulheres norte-americanas, a Everlane, lançou uma linha de Oxford que, aparentemente, se trata de um modelo bastante comum e já conhecido. Mas um fato chamou a atenção do mercado: antes mesmo do modelo ser lançado, havia uma fila de espera de mais de 6500 mulheres interessadas em pelo menos um par. Mas qual o segredo? O modelo Modern Oxford traz a essência da marca no seu mais alto grau, básico e de alta qualidade. Feito à mão com couro italiano, o Modern tem o bico levemente afinado e um salto de madeira de pouco mais de um centímetro. O calçado pode ser adquirido nas cores preto, conhaque, vermelho e bege pelo preço de 175 dólares.
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A má notícia é que o estoque do modelo já acabou, mas a Everlane já garantiu que, em breve, renovará os estoques e passará a entregar também no Brasil. Indo além de oferecer um produto básico, de qualidade e com preço acessível, a marca resolveu contar tudo que está por traz do preço do novo modelo. No site everlane.com, é possível saber o preço da matéria -prima, mão de obra, transporte e o lucro da empresa. A Everlane era conhecida por produzir camisas, calças, casacos e vestidos. Há pouco mais de um ano, lançou uma linha de botas femininas que fez muito sucesso, chegando a ter mais de três mil nomes na lista de espera. Compre no: www.everlane.com
CORES
por valter junior
As cores para 2017 Pantone antecipa sua cartela de cores para o próximo ano
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Todos os anos a Pantone, marca referência no estudo de cores para a moda, lança uma cartela de cores para nortear as produções naquele ano. Para 2017, a Pantone antecipou suas tendências para coincidir com a Semana de Moda de Nova York, realizada em setembro deste ano. Para a diretora executiva da Pantone Color Institute, Leatrice Eiseman, as cores para o verão 2017 migraram de sua zona de conforto e trazem matizes da natureza que nos rodeia, com foco para o calor dos dias ensolarados. “Uma das coisas que vimos este ano, foi um renovado sentido de imaginação em que a cor estava aparecendo no contexto que era diferente do que o tradicional. Nossa cartela de cores para 2017 evoca um espectro fluido de emoção e sentimento”.
Confira as três principais cores da Cartela Pantone 2017: A cor Niagara é um azul jeans clássico. É a cara dos dias mais quentes que virão junto com a primavera. Traz um desejo de felicidade, estabilidade e movimento. Island Paradise é um aqua refrescante que chama a atenção para uma mudança de cenário. O tom verde azulado é suave e combina com o sonho de dar uma escapada e mergulhar em águas cristalinas e praias limpas. Nos remete aos ambientes tropicais e ao desejo de relaxar. Já o Azul Lápis, também alegre e versátil, funciona para o ambiente de trabalho, lazer e para os looks de festa, deixando o tradicional marinho mais vibrante. Forte e confiante este tom de azul é radiante e tem um brilho interior intenso.
HISTÓRIA
por valter junior
História do design de calçados Mostra apresenta usos e mitos dos calçados a partir de uma coleção com 300 pares históricos
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A exposição “Shoes: Pleasure and pain” que fica no museu Victoria e Albert, em Londres, passará pela cidade de Salem, em Massachusetts nos EUA. A mostra apresenta em 300 pares de sapatos, a história do design dos calçados. A ideia é olhar para os extremos da história do calçado de todo o mundo, apresentando modelos que vão desde uma sandália decorada com folhas de ouro puro, originária do antigo Egito, até os desenhos mais elaborados pelos designers contemporâneos. A exposição ressalta a importância cultural e capacidade transformadora dos calçados e analisa os últimos avanços em tecnologia nesse setor, que cria saltos cada vez mais altos e formas dramáticas. Alguns modelos de sapatos de celebridades famosas e de colecionadores são mostrados ao lado de uma variedade de sapatos históricos, muitos que nunca foram expostos ao público.
Transformação Calçados extraordinários aparecem no folclore de todas as civilizações do mundo. Nestas histórias, os sapatos revelam o verdadeiro eu das
HISTÓRIA
pessoas. Os sapatos já foram usados para punir e como recompensa, elevar e prender, dar velocidade e dificultar o andar. Esse é o seu poder de transformação. A mostra traz também sapatos de conto de fadas para homens e mulheres, que muitas vezes dão poderes para voar e calçados mágicos, como as botas que transportam pessoas em grandes distâncias e pode até conceder a um gato astuto, o poder de se mover entre humanos. Status Ao longo dos séculos e culturas, o calçado tem simbolizado alto status social. Muitas vezes impraticável na decoração e na forma, estes sapatos eram uma forma de declarar
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a todos que quem os calçava não desempenhavam trabalhos manuais. Esses sapatos também ditavam a forma como as pessoas se moviam e como elas são vistas e ouvidas. O design de sapatos criou muitos símbolos identificáveis de supremacia e privilégio, desde os saltos vermelhos da corte de Luis XIV aos mocassins elaborados e bordados pela elite Iroquois. Estes sapatos, assim como um par de Louboutins hoje, mostram que o usuário pertence a um círculo exclusivo. Mas removido de seu propósito prático, os sapatos são parte de uma performance. Sua aparência em público pode transformar quem usa em um rei ou rainha. Sedução Os sapatos sempre desempenharam um papel importante nas diferentes culturas. Juntamente com os pés, eles têm sido objeto de fetichismo. Um sapato sexy afeta os movimentos do corpo, excitando o observador e criando uma experiência sensual para o usuário. Geralmente a feminilidade é representada por sapatos que fazem pés parecerem pequenos, seja na realidade ou através da ilusão. Já o calçado grande, pesado e de pegada militar tem
HISTÓRIA
conotações masculinas. O sapato faz diferença até quando se está sem roupa, deixando a nudez ainda mais audaciosa. A moda dos calçados em todo o mundo reflete as mudanças nas atitudes sexuais. Criação A fabricação de calçados é um processo de design, escultura e engenharia. É uma união de trabalho e arte através do artesanato tradicional e da inovação tecnológica. Sua produção inclui processos estabelecidos há centenas de anos, mas a globalização conduziu esse processo a profundas mudanças, tanto no comércio quanto no consumo . Para satisfazer os gostos sempre em mudança, designers usam habilidades e engenhosidade para criar estilos inovadores e para lidar com os desafios estruturais dos calçados. Um dos estudos em andamento para sapateiros tem sido a demanda por cada vez mais saltos altos. Obsessão Sapatos são commodities e objetos colecionáveis. Os sapatos de luxo e os impraticáveis sinalizam claramente um privilégio que desperta desejo. Hoje, um par de sapatos do estilista Jimmy Choo ou da marca Prada é uma possessão mais cobiçada do que qualquer outro item do vestuário. Gastar grandes quantias de dinheiro em um par de sapatos é prazeroso justamente porque é excessivo. Desde o amante do designer de sapatos ao entusiasta, obsessivos por calçados, não adquirem sapatos por seu valor, eles são comprados pelo prazer de possuir, por causa da beleza e, por vezes, para ficar na memória de quem usa e de quem vê. Fonte: vam.ac.uk
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CELEBRIDADES
por valter junior
Excêntricos Katy Perry lançará coleção de calçados em 2017
O mundo da moda não para e cada vez mais celebridades da tv e da música se enveredam nesse ramo, lançando coleções de roupas, sapatos e acessórios. A última a se aventurar foi a pop star Katy Perry. Ela vai lançar uma coleção de sapatos em meados de 2017, mas já antecipou alguns croquis para saciar a curiosidade das apaixonadas por sapatos. Depois de assinar uma coleção de batons em parceria com a CoverGirl, a cantora vai lançar uma linha de calçados que abarca sandálias, tênis, e estiletos inspirados nos gostos pessoais da queridinha do pop americano. Pelo que já foi adiantado pela Global Brands Group, empresa parceira no desenvolvimento dos modelos, pode-se esperar uma coleção excêntrica e com muitas cores. O lançamento oficial está previsto para o segundo semestre de 2017, mas a cantora adiantou ao que esta coleção pode ser o “início de grandes ideias”.
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“Tem sido um objetivo incrível para mim fazer parte desta indústria da moda. Lançar uma coleção de sapatos é como se fosse um passo natural para mim. Depois de anos estudando e procurando os parceiros ideais para minha linha, encontrei pessoas que entendessem minhas ideias artísticas. Eles entenderam minha visão, cada detalhe do que eu queria”, diz Perry.
NOVIDADE
por valter junior
Um par para cada cliente Marcas de calçados buscam na personalização a valorização do indivíduo
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As pessoas mudam, o mundo muda, a moda muda. A história já provou que modismos, hábitos, tendências são cíclicas, veem e vão. Já vimos os brilhos entrarem e saírem de moda, as calças bocas de sino, o All Star... tudo é fugaz, passageiro, mas pode ser retomado, adaptado a qualquer instante e voltar ao centro das passarelas. Atualmente assistimos a onda do personalizado invadir todos os setores da moda, do design à arquitetura, enfim, as pessoas não querem mais se parecer com aquela estrela da música ou do cinema, agora, todos buscam uma identidade própria, algo que seja só seu. Sapatos, bolsas, chapéus e roupas ganham novo significado e valor quando são customizados e/ou personalizados. Diversas marcas, como Insecta Shoe, Louloux, Vert, Ciao Mao, Shooz, estão ganhando o mercado com a proposta do artesanal, do feito à mão, do sustentável.
Mondala Não diferente, a marca de sandálias portuguesa Mondala chegou ao mercado com a proposta de praticidade, personalização e beleza. São duas versões de sandálias (salto e rasteira) que levam apliques personalizados e removíveis, chamados de Mondas, que podem ser recombinadas nas sandálias conforme o gosto das clientes. A marca prepara o lançamento de um terceiro modelo de sandália de salto médio. A estilista criadora das Mondalas, Adriana Coelho, diz que a procura é cada vez maior justamente em razão da proposta de personalização. “Não fazemos mais que 10 pares de Mondalas iguais. Será difícil encontrar alguém com sandálias iguais”. As primeiras edições já se esgotaram e algumas nunca serão reproduzidas, como as de uma cliente que quis reaproveitar antigos brincos nas mondas.
NOVIDADE
Todas as sandálias da marca são produzidas 100% em pele e fabricadas nas fábricas de Felgueiras e São João da Madeira, em Portugal. São totalmente artesanais e as pedras usadas nas mondalas vêm dos países que a Adriana visitou, como Peru, Colômbia, Brasil, Marrocos e Turquia. Cada Mondala tem um nome (Cuzco, Cappadocia, Antalya, Sahara), e uma história, explicando a sua origem geográfica, a composição, o modo como foi produzida, que é contada num pequeno folheto que acompanha a sandália. Adriana quer agora levar as Mondalas para todo mercado europeu. “Não vai ser uma marca de massas,
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queremos manter a exclusividade de cada modelo”, ressalta a estilista, que investiu dez mil euros na marca e que deverá faturar entre 75 mil e cem mil euros só no primeiro ano. As Mondalas são vendidas em caixas de madeira, onde nome da marca é gravado a fogo. Na caixa, além das sandálias, o cliente leva um saco de algodão, para levar na mala de viagem. As sandálias custam a partir de 149 euros (rasas) e 249 euros (altas). As Mondalas podem ser adquiridas separadamente por até 52 euros. Conheça acessando o site: www.mondala.pt.
FEITO À MÃO
da redação
Artesanal by Brasil Empresários calçadistas brasileiros apostam em produtos feitos à mão
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Depois do boom de sapatos importados, principalmente da China, o retorno às origens e a busca de um estilo de vida mais sustentável, através de um consumo mais consciente, tem feito as pessoas migrarem para produtos mais simples e únicos. Nesta seara ganham destaque os produtos feitos à mão, que por serem artesanais têm a personalização como marca registrada, assim como o conforto para os pés. A cidade de Curitiba é sede de duas empresas nestes moldes, cujo sucesso já extrapolou as fronteiras do País. A marca Tutu Ateliê de Sapatilhas é uma delas. Em agosto, as sapatilhas, oxfords e botinhas da marca curitibana chegaram às lojas Fuerstin Marwar, nas cidades de Viena e Salzburgo, na Áustria. O projeto de exportação teve início no ano passado, quando a marca foi apresentada em um evento de moda no Castelo de Schönbrunn, em Viena. De lá para cá, contou com
o intermédio de um representante local e apoio técnico do Peiex – Projeto Extensão Industrial Exportador do governo federal. “Nosso produto foi muito bem aceito na Europa e resolvemos fazer um teste começando com esses dois pontos de venda na Áustria”, conta Gustavo Krelling, sócio da Tutu. O Peiex é um projeto gratuito que atende pequenas e médias empresas com interesse na exportação. A seleção é feita mediante inscrição pelo site. No ano passado, 200 empresas foram atendidas pelo Peiex e a expectativa é que outras 200 sejam atendidas em 2016. A Tutu comemora o seu primeiro pedido de exportação e já está planejando os próximos pedidos. Com câmbio do dólar favorável, a marca agora mira em outros países. “Nosso foco continua sendo o mercado nacional. Por enquanto, a exportação é um braço da empresa. Neste momento queremos colocar o produto
da Tutu em pequenas boutiques, que têm a ver com o estilo da marca”, conta Gustavo. Tutu Do balé para os pés urbanos, a marca especializada Tutu Ateliê de Sapatilhas uniu delicadeza à praticidade ao focar no calçado característico da indumentária de dança. O figurinista Gustavo Krelling e designer Fabiana Montalvão se conheceram ainda na faculdade e de bons amigos se tornaram sócios na empreitada. O site da marca é www.tutusapatilhas.com.br Gasp e seus produtos sem gênero Uma outra marca, também artesanal de sapatos e que nasceu da amizade de estudantes de design, é a Oficina Gasp. Bruna Andrade, uma das sócias, conta que, do terceiro para o quarto ano da faculdade de Design, Renan Almeida, também sócio, comentou que o pai dele havia tido uma fábrica de calçados em Curitiba, na década de 1980, que faliu com a invasão dos sapatos chineses. “Ele disse que tinha vontade de retomar o trabalho feito pelo pai, Gaspar, daí o nome Gasp”, conta. Durante um ano, a ideia da marca foi trabalhada e acrescida do conceito idealizado, de ser um sapato sem gênero. “Aproveitamos também para aprender a fazer sapatos com o Gaspar”, conta Bruna. Em 2012, nasceu a Gasp, que trabalha com a sapataria clássica artesanal. “Não temos ideia de produzir em larga escala, queremos produzir nossos produtos para o consumidor consciente que sabe o valor das coisas, da sapataria clássica artesanal”, explica. Os produtos podem ser comprados pelo site www.oficinagasp.com. Referência: bemparana.com.br
INOVAÇÃO
por valter junior
Ainda mais velozes Nike testou nas Olimpíadas do Rio calçado que pode aumentar o desempenho de atletas de corrida
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As Olimpíadas 2016 deixaram um legado que vai além da estrutura física construída no Rio de Janeiro. É que a Nike lançou uma nova tecnologia que foi testada nos jogos olímpicos do Rio para melhorar o desempenho dos atletas e, agora, deve servir de parâmetro para o desenvolvimento de calçados esportivos ainda mais eficientes. Antes dos jogos, a Nike organizou uma base de dados baseado no desempenho de cerca de 100 atletas de corrida que usaram o calçado, medindo a velocidade durante uma corrida. Assim, ela produziu calçados adequados ao modo de cada um dos atletas correrem. A nova tecnologia está concentrada especificamente no solado. O modelo usa a impressão 3D
para produzir a sola do calçado e possui “pinos” inclinados para trás e para frente para aumentar a tração durante os exercícios. Shane Kohatsu, diretora de design e inovação da Nike, explica que a chave foi compreender como as solas se recuperam fora da pista. O maior desafio da marca era construir um calçado que melhorasse o desempenho, suportasse a força exercida durante a corrida de 100 metros e, ao mesmo tempo, fosse leve o suficiente. Na teoria, os pinos no solado deveriam resultar em maior velocidade para os corredores. Cerca de 100 atletas usaram o calçado durante as olimpíadas em algum esporte de corrida. Os resultados dos testes ainda não foram divulgados pela empresa.
EXPORTAÇÕES
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da redação
Exportações em alta Produtores de calçados e máquinas para calçados buscam lá fora opções para superar a crise
Fabricantes de calçados e de máquinas e componentes para a indústria calçadista estão apostando no mercado exterior como alternativa para superar a queda nas vendas e na produção que abateu o setor nos últimos anos. Viagens e visitas à diversos países em todos os continentes estão sendo realizadas por grupos de empresários para apresentar, lá fora, os produtos nacionais e abrir novos mercados. Brazilian Footwear Os calçadistas associados ao Brazilian Footwear, programa de promoção de exportações e investimentos, decidiram os seis países que serão mercados-alvo para o biênio 2017/2018: França, Reino Unido, Estados Unidos, Colômbia, China/Hong Kong e Emirados Árabes. Os empresários receberam uma pesquisa com 41 países pré-selecionados, para que avaliassem o grau de interesse e representatividade da empresa no mercado. Esses dados qualitativos foram apresentados junto a outras 70 variáveis quantitativas. Os resultados alcançados pelo Brazilian Footwear mesmo em meio a um período de dificuldades no mercado internacional podem ser considereados relevantes. Em 2015, ao passo em que as exportações totais de calçados caíram 10% (de US$ 1,067 bilhão para
US$ 960,4 milhões), o recorte das empresas apoiadas pelo programa, e que representam quase 85% do total de embarques, apontou para uma queda de 6% (de US$ 802,2 milhões para US$ 753,76 milhões). Brazilian Machinery Em mais uma ação do projeto Brazilian Machinery, parceria da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas para Couro e Calçados (Abrameq) com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), uma delegação de empresários brasileiros foram para León, no México, para consolidar parcerias e fortalecer sua presença no setor. Participaram onze empresas brasileiras fabricantes de máquinas para calçados e couro, além de tratamento de efluentes. O primeiro evento ocorreu no Hotel Real de Minas e participaram empresários, representantes de entidades empresariais e convidados especiais, que compartilhara, os processos de fabricação para melhorar as boas práticas do mercado. O segundo encontro foi realizado na Anpic, a mais importante feira da cadeia coureiro-calçadista na América do Norte e Central. No espaço da Abrameq, as empresas brasileiras exibiram produtos, serviços e equipamentos.
SUSTENTABILIDADE
por valter junior
Melissa Mashup Melissa lança coleção com materiais 100% recicláveis
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A marca de sapatos femininos Melissa está com uma novidade para as clientes. Na sola dos calçados da coleção Mashup, as consumidoras irão encontrar o selo 100% Real Plastic. Com a imagem de uma vaquinha, logo acima do logotipo da marca, a empresa demonstra toda sua preocupação com o bem -estar dos bichos. Esse selo serve para identificar produtos que não contém matéria-prima de origem animal de espécie alguma. “Nenhum dos acabamentos das Melissas possui materiais de origem animal. A essência para dar o cheiro da Melissa é de base natural emulsionada em uma base líquida (base álcool), não é alérgica nem tóxica e é aprovada pelo International Fragrance Association – IFRA”, esclare-
ce André Azeredo, coordenador de Marketing da Loja Melissa. Moda e amor aos animais Embora a marca ainda não seja totalmente vegana, para a Melissa, o selo 100% Real Plastic é uma forma de posicionamento como empresa interessada em propagar a mensagem de amor aos animais. Por enquanto, apenas os calçados da nova coleção Mashup possuem esse título. Ou seja, a Melissa ainda não garante que todos os calçados produzidos daqui para frente também serão considerados veganos, mas a consumidora pode confiar que serão sempre 100% recicláveis. A marca ainda está analisando cada calçado produzido para detectar se existe algum traço ou uso de
SUSTENTABILIDADE
“Nenhum dos acabamentos das Melissas possui materiais de origem animal. A essência para dar o cheiro da Melissa é de base natural emulsionada em uma base líquida (base álcool), não é alérgica nem tóxica e é aprovada pelo International Fragrance Association – IFRA”
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material auxiliar que contenha algum percentual de origem animal. A dica para as melisseiras (as fãs da marca) conscientes é virar a sola do sapato e conferir se a imagem da vaquinha está lá.
também são conhecidas como ‘betas’, costumam ver além da moda tradicional, começam a usar produtos que em pouco tempo se espalham nas vitrines, são praticamente ‘ditadoras’ de moda.
Coleção Para desenvolver essa coleção de produtos e todo o conteúdo da marca, a Melissa segmentou e se direcionou para três públicos:
INTERMEDIÁRIOS: Os modelos mais básicos, clássicos e atemporais. Combinam com aqueles looks que se adaptam a diferentes situações de uso, que vão da manhã até a noite, a praticidade que agrada consumidoras mais básicas.
BLACK: São os modelos da coleção com a cara das meninas modernas e formadoras de opinião, aquelas que pensam no look completo e que contam uma história através dele, porque se apropriam de todas suas referências. Essas meninas, que
WHITE: Modelos mais carregados e lúdicos, com utilização de brilho, glitter e personagens. Quem os usa? Mulheres literais, meigas e que valorizam os detalhes do look.
DESIGN
por valter junior
Sob nova direção Paul Andrew é o novo diretor de design da Salvatore Ferragamo Salvatore Ferragamo se dota, pela primeira vez, de um diretor de Design (Design Director) para sua linha de sapatos femininos. O posto, que acaba de ser criado, foi confiado ao talentoso designer inglês Paul Andrew, com efeito imediato. Este último iniciará com a pré-coleção pensada para o outono 2017. Esta nomeação “demonstra cada vez mais o interesse e a paixão da Maison florentina por um design inovador e criativo”, lembra a grife em um comunicado, destacando seu papel de referência no setor do calçado desde 1927! Privada de diretor criativo desde a saída de Massimiliano Giornetti em março passado, a Salvatore Ferragamo parece mais do que nunca querer dar ênfase aos acessórios e dirige-se a uma reorganização conduzida em profundidade, enquanto, por outro lado, encontra-se em plena transição administrativa. Na realidade, o grupo é dirigido desde o mês de agosto por Eraldo Poletto, que pediu demissão do seu posto de diretor-geral da casa de marroquinaria italiana Furla para suceder a Michele Norsa. É um dos melhores novos talentos do setor que a Ferragamo escolheu para este novo papel. Com 37 anos, Paul Andrew já se fez um nome na cena ‘fashion’ via sua própria label de calçados lançada em
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2013, distinguindo-se por seus scarpins com saltos vertiginosos bastantes confortáveis. O estilista continuará a trabalhar para sua linha de sapatos femininos, que, recentemente, foi enriquecida com uma oferta masculina e é distribuída nas mais belas butiques, de Saks à Colette, passando por Luisa Via Roma. “Reconhecido por uso inovador da cor e materiais e por suas competências técnicas únicas, Paul sempre buscou garantir um conforto e portabilidade excepcionais, oferecendo uma qualidade elevada e um design bonito e atrativo”, destaca ainda a Salvatore Ferragamo em um comunicado.
O designer nasceu na Grã-Bretanha, onde se formou na Berkshire College of Art and Design. Ele iniciou, em seguida, na Alexander McQueen, antes de se transferir para Nova Iorque em 1999 para integrar a marca Narciso Rodriguez. Em 2014, Paul Andrew levou o CFDA/Vogue Fashion Fund, tornando-se o primeiro calçadista a ganhar esse prêmio. Este ano, ele também levou o prémio Swarovski nos CFDA Awards. Nos Estados Unidos, trabalhou, entre outras, para a Donna Karan, mas também para a Michael Kors, Calvin Klein e Ralph Lauren. Fonte: pt.fashionnetwork.com
ACESSÓRIOS
por valter junior
Zubits “Fechadores” magnéticos dispensam amarração em calçados com cadarços
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Funcionalidade e praticidade são dois conceitos que entraram de vez na indústria calçadista. Há pouco tempo, as únicas características que contavam na hora de fazer um tênis, uma sandália ou bota eram beleza e conforto. Pra muita gente ainda, se o calçado for bonito e confortável já está ótimo. Mas não para todos. Os consumidores estão ficando cada vez mais exigentes e cobrando das marcas que seus produtos, além de bonitos e confortáveis, sejam também funcionais e práticos. Exigem que além de status, os calçados ajudem na pisada, distribua melhor o peso para os pés, transpire menos, dure mais e seja o mais fácil possível para calçar e tirar. Levar tudo isso em considera-
ção na hora de produzir um calçado pode torná-lo inviável financeiramente, já que o custo terá de ser repassado ao consumidor. Por isso, muitas empresas e start-up desenvolvem acessórios para calçados, como o usado para proteger o cabedal da pedaleira de motos, os medidores de frequência cardíaca, as palmilhas ortopédicas... Zubits Os Zubits são fechos magnéticos usados para facilitar o calce e o tirar de calçados. O acessório pode ser usado em qualquer modelo de calçado que tenha cadarços. Em 2012, Ryan e Valerie Wiens começaram a se perguntar se poderia haver uma maneira mais fácil de co-
Você acopla um par de Zubits nos cadarços de seus calçados. Ele tem um íma em seu interior que atrai uma peça para a outra locar e tirar os sapatos de seus filhos. Eles já tinham observado que até os calçados de velcro, seus filhos levavam muito tempo para tirar e colocá-los. Pensaram na ideia e a desenvolveram com a ajuda de funcionários de uma empresa high-tech de engenharia magnética da Califórnia. Com o produto finalizado, eles perceberam que o acessório podia ser benéfico não só para as crianças, mas para adultos, idosos, enfim, para todos. Dois anos depois nasciam os Zubits. No lançamento do produto, em 2014, o casal já conseguiu 7.200 apoiadores individuais. Funcionam assim: Você acopla um par de Zubits nos cadarços de
seus calçados. Ele tem um íma em seu interior que atrai uma peça para a outra. Para calçar, basta abrir os Zubits e as três primeiras fileiras de atacadores se abrem totalmente. Depois basta fechar os Zubits até fazer um clique e pronto, os calçados já estão firmes e seguros. Para tirar, basta pisar no calcanhar de um dos tênis com o outro pé. Os Zubits podem ser adquiridos no site oficial da marca ou em lojas virtuais como a Amazon. São disponibilizados em várias cores e em três tamanhos: para crianças, adultos e pessoas acima de 85 quilos. O preço varia por tamanho entre 19 e 21 dólares.
MÁQUINAS
por valter junior
Nova ou usada? Aumentar a produtividade e a qualidade, expandindo os lucros e garantindo o menor preço e a competitividade das indústrias calçadistas. Essa é a missão da Central Máquinas, empresa especializada em locação e vendas de máquinas recondicionadas e seminovas para toda linha de produção de calçados. Com sede em Franca-SP, a Central Máquinas atua há mais de 20 anos no mercado de máquinas para calçados e possui equipe técnica especializada para reforma e manutenção dos equipamentos. Vantagens Para os sócios, Plínio e Gustavo Parra, adquirir uma máquina recondicionada é uma estratégia de redução de custos imprescindível nessa época de desaquecimento da economia. “Principalmente para pequenas e médias empresas, que encontram muitos obstáculos para a ampliação ou modernização de sua capacidade produtiva, a aquisição ou troca de equipamentos se-
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Diretores da Central Máquinas explicam as vantagens de se adquirir um equipamento seminovo
minovos traz inúmeras vantagens”. Entre as principais vantagens, Plínio Parra lista o custo-benefício e garantia oferecida pela Central Máquinas. “A principal vantagem do empresário quando adquire uma máquina recondicionada da nossa empresa é o custo-benefício. O preço é bastante inferior com relação à uma maquina nova. Além disso, nossos equipamentos passam por uma reforma e revisão especializada completa, com a colocação de peças novas, adequações para maior produtividade e atualização de componentes”. Revisão e vida útil A revisão completa pela qual passam as máquinas comercializadas pela Central Máquinas é o grande diferencial da empresa. “Uma máquina seminova, com aparência e funcionamento de um equipamento novo”, reforça Plínio. Além da pintura completa, os equipamentos passam por reforma integral de todos os elementos, troca
de peças, manutenção preventiva, adaptações dos modelos aos mais novos e adequações às Normas de Segurança, especialmente a NR-12. Outra preocupação de quem vai comprar uma máquina usada é em relação a vida útil e ao preço do equipamento. Os diretores afirmam que a maioria das máquinas usadas tem vida útil prolongada, principalmente quando passam por reforma. “Ficam praticamente nas mesmas condições de uma máquina nova, pois efetuamos a troca de aparelhos e componentes com falhas e substituímos por aparelhos novos e de qualidade. E o melhor, o preço de uma máquina usada é, em média, de 60% do valor. Temos máquinas do corte ao acabamento, desde máquinas para produção mais artesanal à máquinas de tecnologia de ponta com alto valor agregado. Possuímos máquinas para produção de sapatos masculinos e femininos, infantis, botas, botinas, sapatilhas, rasteirinhas, chinelos, cintos e bolsas”, finaliza o sócio Gustavo Parra.
MODA
da redação
Presença no Coachella As it girls Olivia Lopez, Drea Sobieski, Jeni Ni e Jenny Ong foram convidadas a experimentar marcas brasileiras
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Música, badalação e muita moda. Esses foram os pontos altos da primeira etapa do Coachella Music and Arts Festival, um dos mais famosos festivais de música do mundo, que dessa vez foi palco também para o calçado Made In Brazil. Convidada especial do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados desenvolvido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a influenciadora norte-americana Oli-
via Lopez, radicada em Los Angeles, contou com o conforto e estilo de marcas como Vicenza, Schutz, Vinci Shoes, Amazonas e Corso Como para curtir, de 15 a 17 de abril, um dos mais movimentados finais de semana da temporada. Realizado na cidade de Indio, na Califórnia, o Coachella já é reconhecido por atrair atenções para além da cena musical, já que o festival concentra também importantes tendências de moda e comportamento e é destino certo de celebridades e influenciadores de todo o mundo.
MODA
Olivia Lopez, (@lusttforlife) autora do blog Lust for Life, jornalista e consultora de moda, foi a embaixadora oficial do programa Brazilian Footwear no evento. Além de calçar exclusivamente os calçados Made In Brazil durante os três dias de festival, na manhã de domingo, 17, Olivia foi a anfitriã de um brunch oferecido a um seleto grupo de fashionistas na casa em que ficou hospedada juntamente com outras quatro amigas influenciadoras: Jeni Ni (@thejenini), Jenny Ong, (@neonblush), Drea Sobieski (@dreasobieski) e Rachel Nguyen (@thatschic). O evento foi marcado por momentos de descontração e confraternização entre os presentes, que se preparavam para curtir o último dia de festival enquanto interagiam com os produtos das marcas participantes da ação. Olivia Lopez comemora o sucesso da parceria com o Brazilian Footwear: “Foi muito fácil montar
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meus looks para o Coachella com os calçados das marcas brasileiras, que chamam a atenção pelo extremo conforto que proporcionam”, afirma a blogger. “Além disso, nosso brunch de domingo foi muito agradável e todos os convidados aproveitaram muito”, diz Olivia. Para Luise Lunardi assistente de marketing da CC Corso Como, participar da ação representou um grande passo da marca em relação à sua atuação em canais on-line. “Fazer parte dessa ação junto ao Brazilian Footwear foi muito satisfatório, uma vez que o Coachella é um festival de grande visibilidade, tão importante para moda quanto é para a música”, comenta Luise. “Além disso, o evento acontece nos Estados Unidos, principal mercado da CC Corso Como, o que possibilitou que nos conectássemos aos nossos consumidores através de uma influenciadora tão importante do mundo fashion como a blogueira Olivia Lopez”, completa.
FINANÇAS
da redação
Quanto custa? Aprenda a calcular o preço do calçado produzido em sua empresa
O mercado de calçados está cada vez mais competitivo. Essa mudança na concorrência exige dos empreendedores melhorias na gestão e a profissionalização do negócio. Um dos caminhos é aprender sobre gestão de custos para utilizar as informações e aprimorar a formação do preço. A correta utilização e a escolha do método mais adequado à realidade do negócio ajudam a aumentar a competitividade e potencializam as vendas. Nesse texto, vamos apresentar aos empresários calçadistas a gestão de custos e a técnica do custeio por absorção, utilizando informações do Relatório de Inteligência do Sebrae. Para começar Obter lucro é o principal objetivo da maior parte das empresas. Em termos contábeis, lucro é o resultado da diferença entre receita total e custo total. Matematicamente, isso
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é representado por: Lucro (L) = Receita Total (RT) – Custo Total (CT). A RT resulta da quantidade vendida multiplicada pelo preço de venda, enquanto o CT é o resultado dos custos e despesas variáveis multiplicados pela quantidade produzida e somados aos custos e despesas fixos. Matematicamente, isso é representado por: L = (Pv ×Qv) - (CDV × Qp+CDF) Onde: Pv = Preço de Venda Qv = Quantidade Vendida CDV = Custos e Despesas Variáveis Qp = Quantidade Produzida CDF = Custos e Despesas Fixas. Custo e Despesas Custo: valor gasto com bens e serviços para ofertar outros bens e
A correta utilização e a escolha do método mais adequado à realidade do negócio ajudam a aumentar a competitividade e potencializam as vendas serviços. Exemplo: salários. Despesa: valor gasto com bens e serviços referentes à manutenção da empresa. Exemplo: material de escritório. Fixas x Variáveis Fixas: não se alteram em situações de aumento ou diminuição de produção. Exemplo: aluguel de infraestrutura. Variáveis: alteram de acordo com a quantidade de produção/ atividades realizadas. Exemplo: comissões. Gestão de custos e formação de preços A formação de preços está intimamente relacionada à gestão de custos para a maior parte dos negócios. A metodologia de preços mais disseminada se baseia no controle contábil dos custos para adicionar uma margem sobre ele e auferir lucro. Por isso, o conceito de gestão de custos será apresentado de maneira breve, como modo de subsidiar a formação de preços. A gestão dos custos é constituída por uma gama de ferramentas e técnicas aplicadas que, juntas, possibilitam controlar e planejar o desenvolvimento da operação. Também fornece, por meio de análises e interpretações dos dados relacionados à produção, subsídios para a tomada de decisão. A gestão de custos é essencial para prover informações estratégicas, auxiliar a tomada de decisões e o alcance dos objetivos estratégicos, bem como subsidiar os métodos de formação de preço. Tal gestão também é de extrema importância para a boa formação de preços. Em qualquer método utilizado, o preço cobrado pela mercadoria/ produto/ serviço prestado deve ser suficiente para cobrir os custos, somando as despesas variáveis e fixas. O preço deve ser suficiente para gerar o lucro líquido esperado pela empresa. Custeio por absorção Custeio por absorção, ou custeio
integral, é um método desenvolvido no século passado, na Alemanha. A aplicação dele consiste na assimilação de todos os custos gerados pelo uso de recursos da produção, e somente dela, aos bens elaborados. Os gastos do esforço produtivo são diluídos entre todos os produtos. O custeio por absorção pode não ser útil para a gestão de custos de uma empresa devido às possíveis distorções geradas na distribuição dos custos entre os diversos produtos/serviços oferecidos. Esse método pode mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas. Fique atento ao utilizá-lo! Principais características do método 1 - Considera todos os custos – fixo, variável, direto e indireto. 2 - Para situações que envolvam dois ou mais produtos/serviços, é necessário utilizar um critério de rateio. 3 - Critério legal exigido no país, conforme Lei nümero 6404, de 15 de dezembro de 1976. 4 - Os resultados são influenciados diretamente pelo volume de produção Ao aplicar corretamente o método do custeio por absorção, o resultado será similar ao exemplo abaixo: Descrição
Valor em reais
Matérias-Primas utilizadas na produção
5.000
Custo da mão de obra utilizada
2.000
Despesas gerais de produção
1.000
Impostos
1.000
Total do Custo de Produção do Mês
10.000
Unidades produzidas no mês
1.000
Custo unitário da produção
10
O que fazer de imediato? Com o mercado cada vez mais competitivo, além de formar o preço de venda, é necessário conhecer os preços da concorrência. Faça pesquisas periódicas sobre os preços praticados no mercado para conhecer suas condições perante os concorrentes. Valores acima da média indicam que seus custos estão muito elevados. Preços abaixo da média mostram que seus custos estão abaixo dos concorrentes.
ESTILO
por beatrice maria zenellato
Estilo Geek Entenda como uma das tribos urbanas que mais crescem consomem moda
As tribos urbanas têm ganhado destaque no mercado da moda, pois representam grupos com características próprias, padrões de consumos, estilo de vida diferenciado e, sobretudo, influenciam a moda, pelo modo peculiar. Algumas dessas tribos urbanas possuem, inclusive, boa representatividade. Com informações sobre um determinado público, as empresas calçadistas poderão acompanhar as tendências lançadas por eles e traçar estratégias para contemplar esse público, por meio de releituras e buscando alternativas para o desenvolvimento de coleções. Tribo urbana: geeks Geek é uma expressão ou gíria da língua inglesa que designa pes-
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soas excêntricas que são conectadas ou aficcionadas por tecnologia, eletrônicos e outros. A definição e o termo geek estão relacionados a outros termos como nerd, dweeb e dork, mas, segundo os geeks, apresentam conotações distintas. Normalmente, o geek é confundido com um nerd, pois são pessoas que dominam um assunto, geralmente relacionado à tecnologia, mas também a elementos culturais como revistas em quadrinhos, música e filmes. As pessoas dessa cultura definem o termo como apaixonados pelo que fazem e pelo que entendem. Pode-se dizer que o termo geek é uma releitura dos nerds, num contexto atual. Hoje os geeks são considerados excêntricos, não são mais pessoas tímidas e estranhas,
ESTILO
agora são diferenciadas, com cultura e estilo próprio. O geek está relacionado a pessoas curiosas, inteligentes, que consideram a possibilidade de mudanças, são antenadas, adoram alta tecnologia e roupas de marcas conhecidas como Nike e Adidas, que compõem o visual dessa tribo. Definitivamente, o estilo nerd/ geek está na moda, graças, em parte, pelos programas de TV (seriados), filmes e músicas. Outra forte característica do grupo é a relação com vídeo games, filmes ou desenhos em quadrinhos que fazem da ficção científica, temas que são incorporados como proposta de vida.
Outra forte característica do grupo é a relação com vídeo games, filmes ou desenhos em quadrinhos que fazem da ficção científica, temas que são incorporados como proposta de vida
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Moda geek ou nerd O estilo nerd ou geek até então não existia para o mundo da moda. O grupo era considerado out off fashion (fora da moda), porém com o passar do tempo a tribo urbana ganhou destaque e relevância para marcas de moda, que têm criado linhas de produtos para esse gru-
po, ou ainda, estão segmentando nessa tribo. Parte da ascensão ocorre pelo fato que o nerd de ontem é o homem bem-sucedido de hoje, o que permite estarem bonitos e bem vestidos, mas, sobretudo, lançam moda. Essa visibilidade atraiu os olhares da moda e o interesse pelos gostos e hábitos da tribo urbana que já é considerada uma das referências na moda. Algumas marcas, cientes da importância do grupo, estão atendendo a esses gostos. Alguns sites de ecommerce se especializaram na venda de camisetas, criando peças com imagens de desenhos animados (referências dos geeks), de personagens de filmes e também com imagens que referenciam as redes sociais, bem como, imagens de vídeo games.
ESTILO O estilo geek, por ser moderno e ávido por novidades, possui inúmeras referências que influenciarão diretamente a forma de vestir. Atualmente é possível encontrar a moda como exemplos que compõem o visual geekchic moderno. Os geeks misturam moda do passado com a do futuro, os looks juntam exemplares de brechó com referências de tecnologia. A aplicação da tecnologia é comum na forma de vestir, associando elementos como LEDS. Alguns exemplos de elementos que compõem o visual dos geeks/ nerds são: • Óculos com armações mais grossas, capuz, objetos e acessórios coloridos • Sobreposições de camisetas com padronagens distintas; • Uso de acessórios como suspensórios e gravatas (em padrões antiquados), como gravata borboleta; - Combinação de camisa xadrez, suéteres e calça skinny e também o uso de coletes; - Uso de roupas mais descontraídas como bermudas de alfaiataria; • Nos calçados, para compor o visual nerdchic, modelos que vão desde sapatos sociais e botas até os docksides; - Utilizam sapatos que estejam no meio termo entre social e descontraído, como tênis de lona e sapato Oxford; • Uso de peças vintage (sucesso em coleções antigas); - Saias e shorts com cintura alta; - Camiseta pólo; Camisetas e baby looks com frases, imagens e fotos dos ídolos, como heróis, mangás, animes e personagens de filmes e séries de televisão;
O estilo geek, por ser moderno e ávido por novidades, possui inúmeras referências que influenciarão diretamente a forma de vestir
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• Estampas de videogames, comandos eletrônicos e gadgets, ou seja, roupas que tenham referências em eletrônicos e informática, símbolos como @, www, Google, Internet Explorer, iPod, iPad e videogame.
COMPONENTES
por sis.sebrae-sc.com.br
Matéria-prima e design Um bom design aliado à matéria-prima de qualidade e bons componentes é um diferencial competitivo importante 54 risa componentes
O design define a combinação de materiais na produção do calçado, portanto é uma atividade de planejamento, pesquisa e criação a partir das matérias-primas e dos componentes disponíveis. O resultado da combinação criativa dos materiais é um design de materiais que agrada o cliente e define uma tendência na moda. Couro como matéria-prima No design de calçados, a matéria-prima e os componentes fazem toda a diferença. O couro é tradicionalmente a matéria-prima do calçado, mas com tecnologia e criatividade surgiram novos tratamentos dados a ele, assim como novas matérias-primas para o calçado. Essa evolução tem sido constante. O trabalho dos técnicos em curtimento para preparar a matéria-prima e desenvolver novas estampas é
uma arte. E a criatividade que vem depois, com a aplicação do couro em casacos, biquínis, cintos, bolsas e numa infinidade de objetos que utilizamos, é um trabalho cada vez mais artístico. O couro tem um poder de sedução pela beleza, pelo toque e pelo conforto. Permite grande variedade de resultados e aplicações. Há quem diga que o couro é uma obra de arte, pelas características próprias e resultados que possibilita. O calçado e seus componentes Os componentes são os elementos do calçado que integram o seu design. Não se pode pensar em design de componentes sem a visão abrangente do calçado e nem o design de calçados sem a contribuição de cada um dos componentes. A seleção de componentes deve considerar os aspectos estéticos,
COMPONENTES
como os materiais, texturas, cores e as propriedades estruturais, físicas e químicas. Dessa forma, tem-se uma interface muito forte entre a engenharia e a moda, por meio do design, entendido como projeto que alia desenho e construção. Integrando a indústria de calçados e os fabricantes de componentes O designer de calçados e artefatos deve trabalhar em conjunto com os fornecedores de componentes. Dessa forma, a produção dos componentes poderá incorporar os atributos necessários ao produto final também em desenvolvimento.
O designer de calçados e artefatos deve trabalhar em conjunto com os fornecedores de componentes. Dessa forma, a produção dos componentes poderá incorporar os atributos necessários ao produto final também em desenvolvimento
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É necessário que haja um trabalho integrado, buscando a sinergia entre fabricantes e fornecedores. Esta sinergia deve envolver toda a cadeia produtiva: desde os fornecedores das matérias-primas básicas, às instituições de ensino e pesquisa e prestadores de serviços diversos. Um trabalho de prospecção, realizado conjuntamente pela indústria calçadista e pelas empresas de componentes é uma estratégia para o desenvolvimento de um design diferenciado integrando matéria-prima e componentes. Um design diferenciado, inclusive pelos componentes, é uma vantagem competitiva, e deve ser o objetivo da indústria calçadista.
CAPA
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da redação
Revelação Barbara França, atual vilã de Malhação, é uma das revelações da TV brasileira em 2016
Nesta última edição da Risa Máquinas e Componentes do ano, apresentamos uma das revelações da TV em 2016: Barbara França. A jovem atriz começou na rede Globo com 13 anos, saiu, fez teatro, cinema, participou de projetos fora da TV, e em outras emissoras até voltar para Globo e emplacar o papel de vilã principal em Malhação. Barbara França nasceu em São Lourenço-MG mas foi criada no Rio de Janeiro. Em 2006, aos 13 anos, iniciou sua carreira na TV no especial de fim de ano da Rede Globo, chamado ‘’Os Amadores’’. Aos 15 anos fez trabalhos como modelo e estrelou renomadas campanhas como: Coca-Cola, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Tim, Hyundai, Honda, Leader, Lypton, Nestea, Linea, entre outros. Em 2007 participou do programa Linha Direta, episódio Monica Granuzzo, da Rede Globo e, dois anos depois, em 2009, integrou o elenco do humorístico ‘’Turma do Didi’’, também da Rede Globo, onde contracenou com ícones como Remato Aragão. A partir deste momento Barbara foi chamada para diversas participações em novelas da emissora. Sempre focada e determinada em sua carreira, aprimorou seu lado artístico com cursos de teatro e TV como: O Tablado; Artcenicas (Antonio Amancio), Nu espaço; Escola de Atores Wolf Maya e Companhia de Teatro contemporâneo. No cinema em 2014 integrou o casting do longa ‘’#Garotas’’, dirigido por Alex Medeiros, dando vida à personagem Milena, uma das três protagonistas. O filme foi distribuído pela Paris Filmes, e ficou em cartaz nos cinemas de todas as capitais do Brasil no final do ano de 2015. Durante as filmagens do longa, foi convidada pelo autor e diretor Paulo Nascimento a integrar o elenco de sua série, ‘’Animal’’, que seria a primeira parceria da Globo com a Globosat. Sua personagem era a Estrela e a trama tinha como protagonista, Edson Celulari.
CAPA
Em 2015, foi convidada pela Rede Globo para participar de um workshop com o preparador de elenco, Eduardo Milewicz. Uma oportunidade única na qual pode aprender muito e também mostrar o seu trabalho. O resultado é que em 2016, Barbara França interpretou a vilã Barbara na nova temporada de Malhação - Pro dia Nascer Feliz.
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Sobre o atual papel, Barbara contou que teve de “suar a camisa” para conseguir. “Fiz muitos testes para Malhação, uns cinco. Com a Fatinha, eu bati muito na trave. Estava entre mim e a Ju [Juliana Paiva] e acabou que ela honrou maravilhosamente o papel, foi incrível. Fiquei arrasada porque cheguei muito perto. Mas nada acontece por acaso. Eu não estava preparada, tudo aconteceu da maneira como tinha que acontecer e da melhor forma. Agora faço uma vilã que é incrível, com o meu nome, muita coisa a ver comigo em termos, por favor! -, como o vôlei de praia, o nome, a família, ela é superatleta, gosta de fazer exercícios e praticar esportes...”.
TRADIÇÃO
por trp.pt
Quase extinta Marca portuguesa de calçado Josefinas lança modelo de tênis utilizando a arte de bordar à mão
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“Acreditamos dar uma nova vida às artes do bem fazer em Portugal e acabamos por reinventar os sapatos usando as técnicas dos nossos mestres sapateiros. Sabíamos que este bordado feito à mão e tão rico estava quase extinto. Tínhamos de recuperar de alguma forma e homenageá-lo”, disse à Lusa Sofia Oliveira, uma das sócias da marca. Filipa Júlio, Maria Cunha e Sofia Oliveira criaram em 2013 a Josefinas, que começou como um negócio de sandálias feitas à mão por costureiras e sapateiros do Norte. Entretanto, além de vários modelos, o portfolio da marca passou a incluir também tênis e bolsas. Até julho deste ano, quando abriram uma loja em Nova Iorque (Estados Unidos da América), os produtos eram vendidos apenas online, através do site da marca. Com as bordadeiras do Vale
do Sousa (zona que abrange cinco municípios do distrito do Porto e um do distrito de Aveiro), criou-se a “Rose Couture”, uma “edição muito especial”, um modelo de tênis mais delicado e mais feminino. Encontrar as quatro bordadeiras com quem a marca trabalha “não foi fácil, porque é uma arte que está quase extinta. Mas encontramos mulheres extraordinárias, que aprenderam a bordar com as suas avós. Cada rosa em cada sapatilha demora 16 horas a ser feita”, contou Sofia Oliveira. Esta não é uma edição limitada, mas cada par tem que ser feito por encomenda. “Não fazemos estoque das Josefinas Rose Couture, cada par é feito para a mulher que o encomenda, porque é um trabalho que demora algum tempo a ser feito, dado que tudo é feito à mão”, referiu a responsável.
Um par Josefinas Rose Couture custa 495 euros, valor justificado pelas criadoras com o trabalho “muito minucioso, muito requintado e muito delicado” envolvido na confecção. Cada par demora cerca de 16 horas para ficar pronto. A edição Rose Couture foi lançada recentemente, mas a marca já recebeu várias encomendas nacionais e internacionais. Para isso, contou Sofia Oliveira, poderá ter ajudado o fato de a blogger italiana Chiara Ferragni ter partilhado na rede social Instagram, na qual tem 6,6 milhões
A edição Rose Couture foi lançada recentemente, mas a marca já recebeu várias encomendas nacionais e internacionais
de seguidores, uma fotografia na semana da moda de Milão com uns Rose Couture calçados. Os Estados Unidos é o principal mercado da marca, com cerca de 35% das vendas. Segue-se a Europa, com Reino Unido e Portugal em lugar de destaque. Recentemente, as vendas têm crescido em mercados como Singapura, Hong Kong e Austrália. Mais informações: josefinas.com/pt/rose-couture
SAÚDE
da redação
Ergonomia A importância de oferecer segurança ao trabalhador A preocupação com a saúde do trabalhador no setor calçadista motivou a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e do Vestuário do Rio Grande do Sul (Feticvergs) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a elaborarem a cartilha de ergonomia na indústria calçadista: diretrizes para segurança e saúde do trabalhador, lançada em 2011. Reunimos as principais informações dessa cartilha e juntamos com outras orientações do Relatório de Inteligência do Sebrae sobre o tema, com intuito de orientar os empresários de pequenos negócios quanto às boas práticas ergonômicas, posturas recomendadas, informações
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sobre mobiliário dos postos de trabalho e outros. A regulamentação da ergonomia nos postos de trabalho começou a ser regulamentada no Brasil na década de 1970. Precisamente em 1978, foi criada a Portaria 3.214, que regulamenta de seção relativa à prevenção da fadiga e, com isso, a Norma Regulamentadora 17. Em 1990, a NR 17 sofreu alteração, inovando ao não restringir a ergonomia à postura e mobiliário, incluindo questões relacionadas à organização do trabalho no processo de adaptação da atividade laboral Projeto multifuncional e seus benefícios As variações de postura e funções,
também chamada de multifuncionalidade, são recomendadas na cartilha justamente como medidas estratégicas de prevenção. Um projeto multifuncional bem realizado deve trazer benefícios, como: • Completar a flexibilidade funcional da equipe; • Melhorar a satisfação e qualidade do trablho do empregado; • Aumentar o comprometimento e a motivação, assim como a autonomia de cada funcionário; • Expandir o nível de aspiração dos trabalhadores; • Diminuir o afastamento do funcionário por lesões; • Ampliar o conhecimento, a responsabilidade e o controle sobre o trabalho; • Reduzir bastante o refugo e o retrabalho; • Incrementar a produção e melhorar a qualidade do produto. Características ergonômicas nas áreas do setor calçadista Em cada área, algumas questões devem ser levadas em conta:
dades não permitem a alternância postural e, nesses casos, sugere-se troca de funções. Montagem: Comum o uso de maquinário e atividades com elementos biomecânicos diversificados, o que demanda postura em pé. Em alguns casos, há presença do uso de força muscular durante a realização da tarefa, o que, de acordo com a Nota Técnica 060/2001, limita a posição sentada. A cartilha traz mais detalhes ao dividir as atividades em quatro principais grupos. Costura: Motricidade fina, acuidade visual e o acionamento de pedal, quando envolve máquinas, são as principais atividades e geralmente ocorrem na postura sentada. Entretanto, se o trabalho for bem configurado e adaptado permite uma postura alternada, o mais indicado em termos biomecânicos, com exceção para o deslocamento frequente.
Almoxarifado e expedição: Têm como característica os deslocamentos, ou seja, os profissionais ficam na posição em pé, exceto em postos de revisão ou informatizados, quando ficam sentados ou alternam posições.
Mobiliário adequado para qualidade de vida Grande maioria das atividades na indústria calçadista permite a postura alternada, portanto, adequações no mobiliário são imprescindíveis para a qualidade de vida dos funcionários. Dessa forma, devem ser levados em consideração os seguintes aspectos da Cartilha:
Corte: Maior exigência de movimentação dos membros superiores e a configuração das máquinas requer a postura em pé. Algumas atividades permitem alternar a postura, como revisão ou pequenos ajustes nas peças. Algumas ativi-
Configuração dos postos de trabalho: a altura da bancada ou mesa é projetada para a postura em pé. Entretanto, a cadeira deve ter regulagens, garantindo a flexibilidade de ajustes conforme as diversidades antropométricas da
Reduzir o refugo e o retrabalho, e incrementar a produção e melhorar a qualidade do produto são alguns dos benefícios de um projeto multifuncional
população e acompanhar a altura da bancada. Atividades de trabalho alternado: ocorrem em bancadas e mesas. Envolvem motricidade fina e acuidade visual, precisam ocorrer na postura alterada. São elas: preparar e aplicar os adesivos, revisar a qualidade, fechar caixinha, entre outras. Alcances, visualização e acionamentos: são determinantes para a saúde do trabalhador. Em alguns casos, o ponto de visualização deve ser considerado ótimo, situado na metade da linha do olho e o cotovelo fletido a 90º. Atividades de trabalho que devem ser executadas em pé: em especial nos setores de corte e montagem a postura alternada não são permitidas em função de características ou da configuração da máquina. No caso do setor de corte, essa função precisa ser realizada em pé. Os postos de trabalho com utilização de pedais: os dois tipos de pedais mais utilizados nas atividades de trabalho na indústria calçadista são o mecânico e o “bolha”. Os mais utilizados são: cadeira adaptada ou apoio de pés e utilização do pedal protegido na posição sentado e em pé. Características da cadeira e seleção do assento: de acordo com a Nota Técnica 060/2001, as cadeiras devem oferecer estabilidade de encosto. O assento de trabalho ideal deve ser determinado em função da atividade desenvolvida, das condições ambientais de trabalho e da opinião dos usuários.
SAÚDE
Apoio de pés: além de a cadeira ser flexível para acomodar a maioria dos trabalhadores, deve ser utilizado um apoio de pés que tenha regulagem de altura. para permitir que fiquem acomodados de forma confortável durante o trabalho.
da capacidade das pessoas e máquinas dentro de cada empresa. A adaptação passa por uma fase inicial de investimentos e, portanto, é importante um estudo para apurar a viabilidade econômica. Para isso, pense em alguns fatores:
Consequências da má e boa ergonomia e investimentos A qualidade de vida dos trabalhadores é primordial para o bom andamento das atividades. Na indústria calçadista, as funções se caracterizam por serem repetitivas, ou trabalho unifuncional, o que acarreta na sobrecarga de algumas partes específicas do corpo, afetando músculos, tendões, articulações, podendo ocasionar Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort). O mais indicado e para a prevenção das LER e Dort é um estudo das necessidades de operação e
• Análise detalhada do organograma da empresa; • Graus de risco presentes no ambiente de trabalho; • Amplitude dos processos de produção; • Diversidade de matérias-primas utilizadas; • Estrutura do treinamento interno da empresa; • Habilidades da chefia para questões interdisciplinares.
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Com a análise, indica-se a formação de uma equipe multidisciplinar para organizar as ações do projeto, que pode ser composta pelo empreendedor, gerentes, en-
genheiros, equipe de saúde, recursos humanos etc. Colocando em prática Algumas ações podem ser tomadas de imediato para resolver alguns problemas de ergonomia. Comece oferecendo boas condições de trabalho a seus colaboradores, isso é primordial para que ocorra a valorização do funcionário. Lembre-se que a posição alternada, sentado e em pé, é o ideal para a qualidade de vida dos funcionários. Portanto, preste atenção e questione seus funcionários quanto a ergonomia. Agora, se o seu negócio não possui estrutura e profissionais suficientes ou capacitados, procure por consultores para avaliar as mudanças necessárias, que contribuirão para aplicar boas práticas ergonômicas na empresa. Fonte: sebrae.com.br
NOVIDADE II
por valter junior
Lançamentos de fim de ano Marcas apostam em tendências do passado, filmes e nova onda fitness Com a aproximação do final do ano, as marcas de calçados aumentam suas produções bem como o número de novas coleções e lançamentos para conseguir atrair o máximo de clientes para vitrines onde seus produtos estão expostos. Conforto, inovação, ousadia são algumas das características exploradas pelas marcas na tentativa de decolar um modelo que vire febre e venda bastante. Esporte A Under Armour anunciou seu mais recente lançamento para os amantes da corrida. A marca investiu em uma das tendências que mais cresce no Brasil: o estilo fitness. O Slingride foi desenvolvido com a tecnologia norteamericana, UA SpeedForm, que permite que o calçado se adapte melhor nos pés e às condições do solo, já que o solado foi criado para simular a planta dos pés. Na parte frontal o Slingride conta com o material Dyeema, uma das fibras mais resistentes e flexíveis que
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se conhece. No calcanhar, uma placa em TPU proporciona maior suporte e estabilidade. Essas três características fazem com que o Slingride se ajuste perfeitamente e seja ao mesmo tempo confortável em qualquer solo, seja em atividades de curta ou longa distância. A marca criou três modelos femininos e três masculinos em seis cores. Todos os modelos têm pisada neutra e drop de 7.5mm. Seu peso é de aproximadamente 212g e está sendo vendido por R$699 em lojas especializadas e no site da marca (underamour.com.br). Dourados e metalizados A tendência dos dourados e metalizados, que esteve em alta nos anos 2000, voltou com força em 2016 e deve continuar no verão 2017. A moda agora é combinar cabedais dourados e metalizados com solados estilo tratorado, flatform ou branco. As sandálias metalizadas saem do ambiente de festa e chegam no
dia a dia das mulheres, nos modelos rasteira ou plataforma. Os tênis Oxford também acompanham essa tendência.
Buscando acertar a receita bem sucedida de 2015, a marca de calçados infantis Diversão Calçados lançou uma coleção inspirada na Saga Star Wars
Star Wars Buscando acertar a receita bem sucedida de 2015, a marca de calçados infantis Diversão Calçados lançou uma coleção inspirada na Saga Star Wars. Em 2015, aproveitando a febre da estreia do capítulo VII da Saga, várias empresas lançaram calçados, acessórios, brinquedos e vários outros produtos baseados no ambiente galáctico ou nos persona-
gens da história. A Diversão Calçados é uma das marcas licenciadas oficial da franquia no Brasil. Entre as propostas desenvolvidas, destacam-se quatro modelos que exploram os personagens mais aclamados da Saga: mestre Yoda, Darth Vader, os soldados Stormtrooper e os robôs R2D3 e BB-8. Além disso, durante o mês das crianças, os lançamentos ganham uma exposição especial nas stores com painéis temáticos e vitrines que remetem às principais cenas da guerra estelar mais famosa do mundo.
LIDERANÇA
por clarissa santiago*
Virou líder? Conheça os desafios que vêm pela frente
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Independente da área de atuação, todo mundo almeja ter reconhecimento profissional e ascender na carreira. Entretanto, a fase de transição é repleta de desafios, especialmente quando se assume um cargo de liderança. Esse momento exige desenvolvimento de competências e um planejamento especial para os primeiros meses, período essencial para a consolidação da liderança. Outro ponto que irá influenciar, e muito, a nova gestão é a adaptação. No mundo corporativo, a capacidade de se adaptar a um novo cenário é entendida como uma competência essencial. O grau de adaptabilidade (mais rápido ou mais lento) pode significar ganhos ou perdas significativas para o negócio. O quanto antes conseguir se adaptar, mais rápido serão os resultados. A transição para a liderança é difícil porque representa uma série de mudanças que irão aumentar o seu raio de abrangência e visão do negócio. Uma delas consiste em deixar de responder pelos resultados individuais e passar a responder pela entrega do grupo. O livro Pipeline de Liderança, de Ran Charan, Stephen Drotter e James Noel, nomeia essa transição como “primeira passagem”, que compreende três principais fatores de mudança. São eles: habilidades, alocação de tempo e valores profissionais. Em relação às habilidades, a mais difícil está em deixar de fazer o trabalho anterior e passar a apoiar a equipe na execução. A dificuldade está em deixar de lado as competências que garantiram o reconhecimento até aqui, para incorporar outras habilidades do gestor como
planejar, delegar, apoiar, avaliar e desenvolver pessoas. Outro desafio importante é a alocação do tempo, isto é, como torná-lo produtivo. Conciliar as suas atribuições e estar disponível para a equipe, passa a ser um fator determinante para o sucesso da liderança. Essa condição é especialmente difícil para os gestores de primeira viagem, que tendem a realizar o trabalho anterior e não assumem a liderança do grupo. Lembre-se, uma das maiores missões agora é inspirar e mobilizar a equipe para não apenas aceitar os valores da empresa, mas sim fortalecê-los e disseminá-los no dia a dia. Quando analisamos o todo, vemos que um dos pontos mais difíceis é a mudança de valores profissionais. É preciso entender as práticas de liderança e gestão como impulsionadoras para os resultados com a equipe. Se você foi nomeado líder é porque mostrou ter capacidade para assumir a função e superar esses e outros desafios. Aproveite a oportunidade para desenvolver suas competências e decolar sua liderança.
*Clarissa Santiago é gerente de inovação e aprendizagem da Enora Leaders, empresa de educação corporativa especializada em aceleração de resultados.
PRODUÇÃO
da redação
Automação calçadista Empresa cria novos equipamentos para reduzir o tempo e custo na colagem de solados
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A observação de um processo manual, que gerava fadiga ao trabalhador e defeitos na construção do calçado na parte de colagem do solado, ocasionando retrabalho e devoluções, foi o ponto de partida para a GMK Indústria e Comércio de Máquinas para Calçados apostar no desenvolvimento de um equipamento para automação do processo de aspersão e passagem de cola na base do calçado. Além disso, a automação é considerada uma estratégia fundamental de crescimento do setor, porque proporciona maior produtividade e qualidade do produto acabado. O projeto apoiado pelo Tecnova RS envolve transferência de tecnologia da italiana Molina&Bianchi para fabricação da máquina, com ênfase nos módulos de comando e movimentação do equipamento. A partir da transferência de tecnologia, acompanhada por técnicos da empresa italiana, que já é parceira da GMK, começaram as adaptações para as condições de insumos e operação no Brasil. O desenvolvimento do novo equipamento inclui também a identificação de materiais e componentes necessários, com a prospecção de fornecedores de insumos similares
ou substitutos no mercado nacional. O CEO da GMK, Fernando Kieling Filho, informa que o protótipo está concluído e que testes de produção já estão em andamento nas empresas parceiras para homologação final da versão e posterior produção do lote-piloto para comercialização. O objetivo agora é ampliar a divulgação e conscientização das vantagens da nova tecnologia junto aos fabricantes dos principais polos calçadistas do País e também por meio da participação em eventos e feiras especializadas. Entre os resultados esperados estão alcançar índice de 70% de nacionalização do equipamento e ingressar no mercado com preço abaixo do modelo importado.
TENDÊNCIA
da redação
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Conforto é a nova tendência para calçados Nos desfiles da São Paulo Fashion Week 2016, marcas de calçados mostraram que para 2017, estar confortável é a nova moda
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a pegada do see now buy now (veja agora compre agora) os sapatos desfilados nas passarelas da SPFW 2016 já estão nos pés de muita gente por aí, como os chinelos tipo rider que Rihanna fez para Puma, os slippers da Gucci e as flatforms de Stella McCartney. E ao que tudo indica os saltos estão mesmo ficando de fora das composições de looks das mulheres. Na verdade, a moda está cada vez mais adepta a onda de conforto que começou em 2010 com o sportswear e explodiu com o normcore, em 2013. Nessa edição, algumas marcas como Animale e Lilly Sarty, que
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trabalham com propostas para mulheres mais sensuais, trouxeram peças com o salto alto repaginadas, com o salto grosso. Mas quem brilhou mesmo nas passarelas foi o pé no chão. Salto alto em queda Nos EUA, segundo uma pesquisa feita pelo NPD Group, as vendas do clássico e altíssimo stiletto caíram em 12% nos últimos dois anos. Enquanto isso, os modelos pé no chão cresceram 13%. Por aqui, o WGSN, empresa especializada em pesquisa de tendências para o mercado, explica que essas peças já representam 41% de todo o setor.
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7. Legendas: 1 – Ratier trouxe os chinelos estilo rider para a passarela. Unissex, eles ainda podem ser usados com ou sem meia. 2 - Na Osklen os sapatos têm solado de ráfia, com as alpargatas. O mote é o conforto.
8. 3 - Lab, de Emicida, fez uma parceria com a marca de tênis Reebook. Uma dica para deixar o look mais descolado é apostar nas meias altas.
gonistas e vão da cidade à praia.
4 - As flatforms (aqui exageradas, numa pegada mais conceitual) pisaram forte no desfile da Just Kids.
7 - No desfile da À La Garçonne a dica de estilo: meia colorida com sapato.
5 – No desfile da marca Lolitta os chinelos estilo rider foram os prota-
6 – As flatforms do experimento Nohda também se destacaram.
8 – Vitorino Campos fez uma parceria com a marca Melissa e apostou na sandália com meia.
EXÓTICOS
por valter junior
Mais que inusitados Calçados produzidos por Kobi Levi são obras de arte para serem usadas nos pés
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Andar com a Madonna a seus pés, se manter firme mesmo tendo uma casca de banana nos sapatos ou nem se preocupar com o incidente desagradável de pisar num chiclete são algumas das propostas dos sapatos desenvolvidos por Kobi Levi. O designer israelense não cria apenas sapatos conceituais, ele cria obras de arte que podem ser usadas: designs arrojados que se mesclam à ironia e ao bom humor. Fica difícil ver a linha que separa a moda da arte em suas obras. O próprio artista se refere às suas criações como telas: “O sapato é a minha tela. O gatilho para criar uma nova peça começa quando uma ideia, um conceito e/ou uma imagem vem à mente. A combinação da imagem com o calçado cria um novo híbrido e o conceito/design ganha vida. A peça é uma escultura que se pode vestir.” Sua inspiração vem, na maioria das vezes, de fora do mundo do calçado. Por exemplo, sua última série de sapatos foi inspirada por pássa-
ros. Levi acrescenta que quando ele pensa em um sapato, pensa como obra de arte, uma obra que você possa viver. Ao mesmo tempo que ela é modificada no seu corpo, você também é modificado por ela. Outro aspecto importante do seu trabalho é a forma quase artesanal como ele os concebe: todos os sapatos são feitos à mão. Kobi diz que o desafio de desenvolver suas obras dessa maneira é o que o estimula. Dentre as obras mais impressionantes de Kobi estão um sapato em formato de boneca inflável, alguns representando animais como pássaros, cachorros e gatos, outros formados por dois sapatos com o nome de mãe e filha, em que o salto é uma representação em tamanho menor do próprio sapato, e até mesmo um sapato inspirado em pornografia. Mas sem dúvidas as criações que despertam mais atenção do público são o par de sapatos que recebeu o “singelo” nome de “Blon-
de Ambition”, claramente inspirado na turnê de Madonna na sua fase “vestido com seios pontudos + microfone de cabeça + rabo de cavalo loiro claríssimo” e um outro par em que o artista simulou aquele episódio, algo entre nojento e irritante, pelo qual todos nós já passamos de pisar em um chiclete. Sobre Kobi Levi Design e sapatos sempre foram as paixões de Kobi Levi desde sua infância em Tel Aviv, Israel. Seus primeiros projetos de sapatos foram criados durante seu tempo de colegial. Eles foram feitos de papelão na época. Em 2001, graduou-se Bezalel Academy of Arts e Design, em Jerusalém. Desde sua graduação Kobi trabalhou como designer de calçados freelance. Durante este tempo aprendeu os segredos comerciais da produção de calçados e artesanato. Para seu próprio lazer, Kobi cria sapatos de estilo único, criativos e inovadores, que desafiam as definições padrões do
design, da arte e da moda para criar um nicho próprio. Esses calçados em forma de arte foram postados em um blog em abril de 2010. Logo o blog ganhou vida própria e viralizou no mundo todo. Os calçados de Kobi chegaram ao conhecimento de Lady Gaga que logo encomendou alguns pares para seu clipe “Born This Way”. Com a atenção mundial voltada para seu trabalho, a procura pelas obras de Kobi cresceram inacreditavelmente. Sua caixa de entrada de e-mail recebe milhares de pedidos de todo o mundo. Em julho de 2011, Kobi abriu seu estúdio em Tel Aviv e começou a oferecer os desenhos originais para venda. No estúdio, ele cria, desenvolve e produz edições limitadas de seus calçados. Todos os pares são feitos à mão a partir de materiais de alta qualidade. Fonte: obiviousmag.org
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