Risa Máquinas e Componentes Ed. 42

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índice

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Ecoarmação Foto: Ricardo Xavier

Mundial Componentes (37) 3225-2001

12 invenção O sapato que cresce 20 artigo Dez razões para o insucesso mercado do couro 28 OMercado que movimenta

mais de 6 milhões por ano

38 multipresença A revista mais lida do setor 46 tendências Inverno 2016 56 tecnologia A revolução do design de calçados no Brasil 60 história Um flerte sobre o calçado

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editorial

superarcomcriatividade

Que a crise se instalou geral na indústria calçadista ninguém duvida. Agora, ficar lamentando, chorando pelos cantos, esperando a solução cair do céu não, não vai melhorar o mercado nem recuperar as vendas. A solução está em absorver os impactos da crise e pensar em estratégias criativas de superá-las. E é com esse objetivo que a nova Risa Máquinas e Componentes chega até suas mãos. Se você está lendo esse editorial é porque tem na sua frente uma parceira de todas as horas: a Risa. Exemplo de criatividade, baixo custo e benefícios, (um dos fatores mais procurados pelos fabricantes), nossa capa apresenta a Ecoarmação, uma novidade que acaba de chegar

EXPEDIENTE

www.risanet.com.br • atendimento@risanet.com.br

Editor Chefe Ricardo Xavier

Revisão João Hilário

Assistente de Arte Pedro Xavier

Redação Valter Junior

Criação e fotografia Rafael Xavier e Anne Monteiro

Administrativo Andresa Santos

Tratamento de imagens André Azevedo

Colaboradores Edinho Hilário Rejane Wilson

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no mercado brasileiro e vem direto para Nova Serrana, o primeiro polo a comercializar esse componente. Temos também informações sobre a política e a economia que afeta o setor calçadista e um panorama do mercado do couro no Brasil. Um portfólio com as melhores empresas de máquinas e componentes para calçados, artigos de motivação e matérias sobre moda também não podiam faltar. E não se esqueça, estamos a sua disposição e temos o prazer de contribuir para a superação da crise. Boa leitura. Ricardo Xavier

Banco de Dados Rogério Xavier Astra Informática Atendimento Nova Serrana/MG Milher Magno (37) 3226-3229

Franca/SP Rejane: (16) 3012-1550 Matriz Rua Rio Araguaia, 301 Bairro Amazonas Nova Serrana/MG Cep: 35519-000

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persistência

Leitura e Por Fabio Gomes

Interpretação Como entender o momento atual da economia brasileira

Estamos vivenciando um momento difícil em nosso País. As vezes escuto algumas pessoas falarem: “não deem muita atenção para mídia, pois ficaremos mais assustados ainda...”, claro, ou seja, é evidente se entrarmos numa zona de pânico coletivo não avançaremos em situação alguma, não obstante o País atravessa sim um momento ruim e todos nós gestores/executivos sabemos disto. Cada um de nós temos nossas fontes fidedignas de informações: Relatórios do BACEN; IPEA; imprensa escrita, eletrônica, dados setoriais, stackholder(s), etc... Neste sentido, as ferramentas de avaliação e previsibilidade estão postas. Também temos acesso a

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informações que até então eram reservadas aos que atuavam no mercado de capitais, como a procura por letras do tesouro. Neste sentido, o desarranjo politico econômico que estamos atravessando está nos deixando lições importantes, lições estas descritas a muitos anos nas diversas literaturas das ciências da administração, ou seja: Análise de Dados. Nunca se analisou tantos dados como estes últimos dois anos, em especial após a Copa do Mundo de 2014, onde degringolou nossa liquidez e recursos. Relatórios econômicos emitidos por entidades como a FGV são avaliados diariamente, ao qual procuramos ali a compre-

ensão dos elementos inerentes a decisão de comprar ou vender. Fato assim, podemos elucidar que estatística passa a ser uma área estratégica em nossas empresas, considerando sim o apelo da visão de futuro. O discurso acadêmico é que o País vem de um processo inflamado e agora está voltando aos patamares exequíveis de suas condições (oferta/demanda), entretanto em que pese tal argumentação, estatisticamente qual será o ponto ótimo de produção interna/PIB? Fica a deixa: lembras das aulas de português? Leitura e Interpretação... Abraços.



POLÍTICA

Da esquerda para direita: Pedro Gomes (Presidente do Sindinova), Jesus do Sulino (Contador de Nova Serrana), José Afonso Bicalho (Secretário Estadual da Fazenda), José Maria Scaldini Garcia (Presidente da Associação de Contabilistas) e o Deputado Estadual Fábio Avelar

Fábio Avelar solicita redução do imposto RET ao Secretário da Fazenda O Deputado Estadual, Fábio Avelar, esteve em Belo Horizonte para uma reunião com o Secretário de Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, onde solicitou a redução no Regime Especial de Tributação - RET – o que contribuirá para a manutenção da produção e dos empregos nas indústrias calçadistas de Nova Serrana. Acompanharam o Deputado, o Presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias Calçadistas de Nova Serrana – Sindinova, Pedro Gomes, o Presidente da Associação de Contabilistas, José Maria Scaldini Garcia e o Contador de Nova Serrana, Jesus do Sulino. Na ocasião, o Deputado

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solicitou a redução do imposto, que hoje é de 3 %, para 1,5%. Avelar justificou que muitas empresas de Nova Serrana estão passando por dificuldades em razão da crise econômica que assola o país e que a redução do imposto ajudaria muito na manutenção dos empregos e na continuidade da produção. O deputado e a equipe de Nova Serrana concluíram a reunião esperançosos e animados e agendaram um novo encontro para a próxima semana, quando serão apresentados documentos que comprovam as dificuldades que a cidade está passando por causa da alta carga tributária, queda nas vendas e demissões.

A equipe que visitou o Secretário Bicalho já está fazendo o levantamento da documentação que será entregue na próxima reunião.

Deputado Avelar com o Secretário Estadual da Fazenda, José Afonso Bicalho



invenção Por Valter Junior

The Shoe That Grows,

o sapato que cresce Visando ajudar famílias carentes, pastor cria sapato que cresce em até cinco números

Uma nova invenção deve dividir as opiniões entre os fabricantes de calçados. Trata-se de uma calçado ajustável que aumenta em até 5 números o seu tamanho. Pensando no objetivo principal para qual o calçado foi criado, nenhuma objeção, mas analisando sob a ótica do mercado, o novo produto pode ser uma ótima oportunidade de fidelização, ao mesmo tempo “um tiro no pé”. Em uma viagem para o Quênia, o pastor Kenton Lee viu uma criança que usava um sapato tão apertado que ela fez um buraco na ponta do calçado para dar espaço para os dedos. “Naquele dia, tive uma ideia: e se pudés-

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semos criar um sapato que se ajustasse, que aumentasse de tamanho”, disse o pastor. A ideia virou realidade quando a organização sem fins lucrativos Because International, da qual Lee faz parte, resolveu fabricar o “The Shoe That Grows”, ou o sapato que cresce. Trata-se de uma sandália com sola robusta de borracha e cabedal em couro. Fivelas e abotoaduras permitem que o calçado se expanda para acomodar o pé da criança na medida em que ela cresce. A sandália pode ser ajustada em até tamanhos diferentes com o objetivo de ajudar pessoas carentes que não possuem

condições de comprar novos sapatos a cada centímetro que os pés das crianças crescem. O modelo foi desenvolvido pela empresa Proof of Concept Noroeste e dura até cinco anos. Vem em dois tamanhos: pequeno e grande e é ideal para climas quentes. O sapato que cresce ainda não é fabricado a nível industrial, mas como o objetivo é ajudar famílias de baixa renda que não possuem condições de comprar sapatos, os interessados podem visitar o site da Because International e fazer a contribuição. Uma doação de 10 dólares compra um par que é enviado para famílias carentes.



invenção

O inventor Kenton Lee

De acordo com o inventor, Kenton Lee, o calçado está fazendo tanto sucesso que ele pretende expandir o projeto. “Recentemente, fomos contactados por muitas pessoas interessadas no projeto, gente da Grã-Bretanha, dos Estados Unidos... então, talvez criemos um programa para que os sapatos sejam comercializados.” E se a ideia pegasse? E se a ideia pegasse e os fabricantes de calçados começassem a produzir modelos semelhantes? De duas uma: ou a marca ganharia milhares de consumidores fieis em razão do desprendimento da própria marca em não fabricar modelos com vida útil curta, o que leva o cliente a adquirir outro par em um curto espaço de tempo; ou iria a falência, já que um vez comprando um par, o cliente irá demorar bastante para voltar e comprar outro.

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Já pensaram nisso Em 2008, a marca de calçados infantis Kidy Sticky já havia criado um tênis que aumenta de tamaho. O Inchworm é um calçado que pode variar em três tamanhos, chegando a até dois números maior que o original. Basta apertar um botão para que o tênis tenha seu tamanho alterado. O número pode ser controlado através de um contador na sola do calçado. A empresa Fat Shoes Day, responsável pela distribuição do calçado na Grã-Bretanha, acredita que comprando o tênis os pais podem economizar pelo menos um par por ano.



capa Por Valter Junior

Armação de cabedal com mais conforto e menor custo

O que leva uma pessoa a comprar um par de calçado? Na maioria dos casos é a necessidade, mas muitas pessoas, principalmente as mulheres, não resistem à beleza, às cores e o modelo de alguns calçados. É só ver e levar! Um visual atraente é fundamental para a venda do calçado. O design, as texturas, as cores,

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os modelos, influenciam diretamente na decisão do consumidor, porém, os componentes estruturais do calçado não são menos importantes. Um calçado desarmado, amassado, não é visto com bons olhos pelas redes de lojas, muito menos pelo consumidor. Por isto, setores de desenvolvimento da indústria calçadista sempre buscam ma-

teriais que elevem o conceito visual do calçado, principalmente na armação do cabedal. Até hoje, o EVA (conhecido como borrachinha) é bastante utilizado para armação e construção do cabedal, principalmente dos calçados esportivos. Apesar de possuir baixo custo, o EVA sempre foi apontado como um pro-


duto que esquenta muito os pés, provocando transpiração, desconforto, excesso de suor e odores desagradáveis após alguns dias de uso. Destinado a manter o calçado armado e com boa aparência, a Ecoarmação é fabricada com matérias primas isentas de substâncias restritivas, visando a sustentabilidade e a redução

do impacto ambiental, por isso é considerado um produto ecológico. Além disso, possui ótima adequação e adaptação na armação do calçado, oferecendo um excelente aspecto visual ao produto acabado. Há algum tempo, somente as grandes marcas mundiais de calçados utilizavam a Ecoarmação em razão do custo

elevado desse componente. A princípio, as marcas de calçados europeias, com destaque para as fábricas da Alemanha, utilizavam a Ecoarmação pela sua capacidade de armação e de evitar a transpiração. Em seguida, as grandes marcas da América do Norte também adotaram a Ecoarmação na estrutura de seus calçados.


capa

Mas a partir de 2014, com o aumento da oferta mundial de matérias primas e a redução dos custos, foi possível viabilizar o uso da Ecoarmação com o melhor custo benefício para outros países como o Brasil. Agora, a redução do custo do material e a facilidade em adquiri-lo, fez da Ecoarmação o melhor produto para armar o calçado.

Veja algumas vantagens de utilizar a Ecoarmação. • BAIXO CUSTO • TRANSPIRÁVEL (evita excesso de suor) • FLEXÍVEL (boa adequação) • ALTA DURABILIDADE • ALTA RESISTÊNCIA • EXCELENTE ACEITAÇÃO DE COSTURAS • INODORO • PERMITE VENTILAÇÃO • ECOLÓGICO

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Nova Serrana é o primeiro polo calçadista do Brasil a ter a Ecoarmação disponível para os fabricantes de calçados. Amostras para teste e avaliação podem ser obtidas com o distribuidor autorizado: MUNDIAL COMPONENTES PARA CALÇADOS LTDA. Avenida Belém, 207 Sagrada Família Telefone (37) 3225-2001 ou pelo E-mail mundialcomponentes@hotmail.com



planejamento

Dez razões para o INSUCESSO Por Luana Costa

Descubra o segredo da arte dos negócios.

Sempre que converso com alguém, ou mesmo em roda de amigos, percebo que sempre falam de sucesso, alguém ou algo... O que deu certo para aquela pessoa, como ela alcançou o sucesso, onde tantos falharam o que ela se tornou, etc. Pensando nisso resolvi inverter as coisas, vamos lá: tanto se fala sobre sucesso, e sua fórmula pronta... e se falássemos sobre o insucesso? Com certeza não cometendo os erros comuns para o insucesso à estrada para o sucesso iria ser menor e melhor do que isso, talvez mais fácil de ser traçada, afinal de contas: onde não perduram os erros, as chances de se encontrar as es-

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trelas brilhantes são consideravelmente maiores! Não procrastinar É certo você já ouviu essa palavra, se não o significado dela é: transferir para outro dia ou deixar para depois. Quer ser considerada a pessoa mais ineficiente? É só procrastinar, existem pessoas que deixam para depois de amanhã o que elas podem fazer hoje, e isso as torna pessoas desorganizadas e descomprometidas, não quero essa pedra no caminho do sucesso. Pessoas Tóxicas Quer uma razão melhor para o insucesso, do que uma

pessoa bola murcha enchendo sua vida e seus planos de negatividade! Sinceramente, essas pessoas deveriam procurar ajuda urgente, elas têm a capacidade de estragar os seus planos e os dos outros, se você tem uma meta siga-a independente do que os outros ao seu redor vão falar, conheço vários exemplos a este respeito, um deles de uma pessoa que tinha emprego fixo e ganhava R$ 970,00 por mês, um dia ele resolveu sair do seu emprego com carteira assinada, estabilidade; para se dedicar ao que ele mais amava: vender salgado e sorvete de fabricação caseira na rua, todas as pessoas que ele conhecia



planejamento

diziam: você está maluco? No sol, de bicicleta isso não é vida, isso não dá dinheiro! Mas ele não ouviu ninguém e seguiu seu sonho, hoje fazendo o que ele mais gosta consegue por dia no mínimo 200,00, totalizando R$ 4.200,00 mensais. Se você amar o que faz, nenhum degrau será alto demais.

sucedidas não tem este problema, elas aprendem com os seus erros e com os erros dos outros principalmente, são consideradas atentas e observadoras e sempre estão tentando aprender algo por menor que seja, o “sabe tudo” não tem vez para o sucesso, não no mercado atual.

Más Influências Com quem você se relaciona? Ditado que todo mundo conhece: “Diga-me com quem andas e lhe direi quem tu és.” Simplório não é, mas muito sincero e digno de partilha! Se você não quer ter insucesso, por favor, seja ético, se cerque de pessoas honestas e éticas! O mundo dos negócios eu sei é muito traiçoeiro, mas acredite existem muitas pessoas corretas no mundo e identificá-las é fácil, primeira qualidade é a honestidade, se uma pessoa foi honesta com você desde o princípio independente da situação, pode pesquisar meu amigo, é dessa pessoa que você precisa.

Lutar e Fim Lutar pelo que se quer não é o problema, o grande estraga tudo é o lutar sozinho, meu amigo, se você não tiver fé e crença em seu projeto, ele não vai vingar. O fracasso adora quem luta e luta e reclama e luta de novo e reclama. Na vida real o impossível é só questão de opinião, já dizia um famoso músico, se você não acredita em seus projetos, esqueça, eles nunca caminharão sozinhos. É com a fé, a esperança e a crença que levantamos todos os dias com vontade de crescer, de ser mais, de fazer a diferença.

Não aprender com os erros Você conhece alguém que sempre comete os mesmos erros? As pessoas bem

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Parar de Aprender (pensar que tudo sabe) e Não ter educação Quer uma coisa pior do que alguém cheio de ego que pensa saber todas as coisas

porque trabalha a vida inteira neste negócio? Pois é, se tem o negócio ele com certeza está quase falido e se ainda não tem o sucesso nunca o acompanhará! Felizmente o mercado muda, as pessoas mudam, o mundo muda, você já mudou! E com essas mudanças continuam os velhos hábitos, eu já sei, eu não preciso aprender, não precisa falar já sei o que vai dizer. Se a pessoa tem QI de gênio você estaria milionária junto com ela, pois se ela sabe tudo e o mundo está pequeno! A humildade em aprender coisas novas todos os dias é o segredo de se desgrudar do insucesso, teoria + técnica + habilidade + sonhos = você pronto para o sucesso. Quantos minutos você consegue conversar com uma pessoa má educada? Eu diria meio segundo? Pessoas que não tem educação para tratar de negócios ou tratar de pessoas, não podem e nem vão chegar ao fim da corrida, surge à antipatia e a falta de pessoas ao redor delas significa uma coisa: está sozinha neste barco, boa sorte! Não se adaptar as mudanças O mundo muda cada vez



planejamento

que você pisca, a relação entre pessoas mudam também em um segundo, pensando no sucesso? Prepare-se! Você terá de aprender a técnica do camaleão! No mundo atual os clientes é que fazem seus produtos, a internet direciona o compasso da dança, o contato ficou tão fácil que fazer o cliente se apaixonar ou lhe odiar não é mais só entre vocês e sim entre: você o seu cliente e o mundo, as redes sociais estão aí e elas não irão embora tão cedo, porque quando cansarem de uma rede social terá outra fazendo o maior sucesso. Se ligue! O mundo se conectou! Falta de planejamento Se você não sabe onde vai, qualquer caminho serve, e este é o problema! Pode ser que seu barquinho encalhe no meio das pedras, porque qualquer vento lhe convém, a vida da gente tem fracasso, tem escolhas, tem lado positivo e negativo, tem foco nas metas, tem persistência e perseverança, além de milhões de outros motivos e acontecimentos entre nós, o mundo e nossos sonhos. Existem crises, economia fraca, gente reclamando, mas aí existe você e com persistência mostra pra eles que: enquan-

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to uns choram outros vendem lenços! Planeje em tempos de bonança para não se desesperar em tempos de “vacas magras”. Quem planeja bem, colhe melhor! O Dinheiro não é importante Que o dinheiro não traz felicidade, eu já sabia por que conheço pessoas ricas de dinheiro e pobre em amigos, companhias, admiradores, família, etc... Mas quem disse que o dinheiro não é importante? Com ele você viverá experiências novas, tranquilidade para alçar voos maiores, ter uma qualidade de vida, investir em novos sonhos, então para de demagogia, dinheiro é importante sim! Só tem um problema o dia que o dinheiro começa a dar as cartas, precisamos identificar todos os dias quem é o dono de quem, para que o dinheiro se torne consequência do trabalho bem feito. Persistência nível 1 Se você já jogou vídeo game sabe exatamente do que estou falando, sempre que jogamos vídeo game, precisamos com muita paciência e perseverança ir passando os níveis, ficar experiente, e com o tempo aprendendo as armadi-

lhas e caminhos para encontrar as vidas extras que tanto precisamos para chegar mais longe no jogo, a nossa vida também funciona assim, existem nesses jogos os desesperados que chegam até uma certa fase do jogo e param de jogar porque não conseguem avançar a fase: desistem, desanimam e o pior param de persistir. A persistência é para os campeões, os melhores guerreiros! No mundo dos negócios e em qualquer mundo nada é fácil, existem obstáculos que nem no vídeo game e se não soubermos persistir o sucesso ou a última fase do jogo ficará cada vez mais distante. Seja um jogador persistente e vença este jogo! O sucesso está logo ali, você já pode vê-lo?



investimento

Nem a crise segura essa empresa

Na contramão da crise econômica, KR Aviamentos compra fábrica da Ornamentus e aumenta a competitividade

Texto da legenda

Na contramão da crise por qual passa todos os setores, principalmente o industrial, a KR Aviamentos, empresa especializada na produção de componentes para o setor de confecção e calçadista, adquiriu a empresa Ornamentus, também do mesmo segmento. A KR aviamentos trabalha com injeção de ABS, TPU e nylon, além de metalização a vácuo para enfeites destinados ao setor de confecção e calçadista. Já a extinta Ornamentus era especializada na injeção de ABS, focada no setor calçadista. Com a aquisição, a KR aviamentos aumentou consideravelmente seu portfólio de produtos, de forma especial, os que atendem ao setor de

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calçados, aumentando seu poder competitivo e conquistando um lugar de ainda mais destaque no mercado. Agora, a KR Aviamentos conta com duas unidades de produção: a sede na cidade de Caieiras-SP e a mais nova aquisição, o parque de produção da Ornamentus, na cidade de Boracéia-SP, o que contribuiu para o aumento significativo da capacidade de produção sem deixar de lado a qualidade tradicional da KR. KR Aviamentos A empresa se destaca pelo compromisso com o cliente,

pontualidade, qualidade dos produtos, agilidade no atendimento e na entrega e no contínuo desenvolvimento de produtos que estão em evidência no mercado da moda. A KR conta com um departamento próprio de criação onde são desenvolvidos os produtos em parceria com os clientes, resultando assim em uma grande e variada linha de produtos e diversos tipos de acabamentos que atendem com excelência o mercado de confecção e calçadista. A sede da empresa tem mais de 5000m2 de área construída e possui equipamentos de última geração para produzir de forma limpa e sem agredir o meio ambiente.



produção Por Valter Junior

O mercado

do couro Com mais de 300 curtumes o Brasil é um maiores produtores de couro do mundo, mercado que movimenta mais de 6 milhões por ano.

O couro é um material oriundo da pele animal e possui um conjunto de propriedades físicas e estéticas, que proporcionam alta durabilidade e estabilidade em relação à variação da temperatura e umidade dos produtos em que é aplicado. Devido a essas vantagens, o couro está presente na indústria de calçados, mobiliário, automobilística, tapeçaria, vestuário, entre outros. As propriedades do couro são resultados de sua natureza aliadas aos tratamentos químico e mecânico a que é submetido. O processo de curtimento à base de cromo é o mais utilizado atualmente. Panorama do atual mercado do couro O Brasil é um dos maiores produtores de couro no mundo. Em 2012, foram mais de R$ 6 bilhões em produção – equivalente a 0,29% do valor total da produção da indústria brasileira de transformação. São 310 curtumes espalhados pelas cinco regiões do Brasil, com destaque para o Sul, que concentra 149 unidades,

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e em particular para o estado de Santa Catarina, responsável por 2,9%, do total das vendas de couro no país. Dos 310 curtumes, 12,8% produzem couro curtido, 17,7%, couro semi acabado e 64,9%, couro acabado. Do total de couro produzido no Brasil, 3,4% é para consumo próprio, 24,8% usado na indústria nacional e 71,4% se destina à exportação. Lei do couro - A correta aplicação da palavra Em vigor, a Lei Nº 4.888 tem como objetivo proibir a utilização do termo couro em produtos que não sejam obtidos exclusivamente de pele animal. Essa lei orienta os setores a não utilizarem expressões como “couro ecológico” e “couro sintético”. O não cumprimento dessa legislação constitui crime de concorrência desleal, cuja a pena é detenção do infrator de três meses a um ano, ou multa. Por isso, é importante que o setor calçadista empregue corretamente a palavra couro para evitar problemas com a legislação.



produção

O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) lidera um projeto, em nível nacional, chamado Blitz Lei do Couro. Ele tem por objetivo vistoriar a correta aplicação da palavra couro pelos estabelecimentos comerciais. A Blitz já passou por diversos estados brasileiros, inclusive por Santa Catarina, nas cidades de Florianópolis e Balneário Camboriú. Neste sentido, o CICB elencou algumas dicas que auxiliam na identificação do couro genuíno: Superfície: O couro possui textura e padrões irregulares, que o diferenciam do material sintético – que tende a ser mais uniforme. Dica! Toque na superfície do produto e perceba se há ou não irregularidade distribuída .

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Flexibilidade: A elasticidade e resiliência natural fazem parte das características que diferenciam o couro do material industrializado. Dica! Faça um teste rápido: estique e aperte o produto e perceba se há rigidez. Etiqueta: É possível identificar na etiqueta a composição do produto e, assim, verificar a procedência do material utilizado para a confecção do mesmo. Aroma: O couro possui um aroma que o caracteriza, mesmo após todo o tratamento e acabamento dado a ele, para chegar a etapa final de uso. Dica! Sinta o aroma original do couro

Fabricação de couro - Curtumes à base de cromo Apesar desse tipo de curtume existir há mais de um século e ser o mais popular na fabricação de couro, ainda falta compreensão do mercado em entender o modo de produção e seus benefícios para o couro. É importante que as empresas busquem esclarecimentos com entidades preparadas, que possam fornecer informações a respeito do assunto. O curtimento consiste em um processo de transformação de peles de animais em um material estável, durável e resistente ao ataque de micro-organismos. Somente após esse processo, o material leva o nome de couro. Atualmente, mais de 90% dos couros produzidos no Brasil são fabricados à base do mineral cromo e são classificados como couro curtido (wet blue).



produção

Modelos em couro da marca EG (Calçados Gontijo de Nova Serrana)

Tipos de Couro

Couro cru: todos os tipos de pele animal (bovina, suína, caprina, ovina e outros) não curtida.

o cromo na forma trivalente, ou seja, no formato em que não há riscos ao ser humano.

Couro semiacabado (crust): inclui o couro animal (bovino, suíno, caprino, ovino e outros) curtido, recurtido, tingido, lixado ou não, que ainda não recebeu acabamento.

Zonas da pele de couro É fundamental que os profissionais do setor, responsáveis pelo desenvolvimento e produção do calçado, saibam identificar as zonas de pele do couro mais nobres. Assim, é possível garantir o melhor aproveitamento, tanto da matéria-prima trabalhada como do produto final.

Couro acabado: inclui couro bovino, suíno, caprino, ovino e outros, acabado e pronto para uso. O cromo, em certas condições, é inofensivo e não traz perigos aos consumidores e ao meio ambiente. A escolha de fornecedores respeitáveis e que sigam as diretrizes básicas no processo de aplicação, é uma das alternativas para que as empresas mantenham a qualidade do seu produto. A indústria coureira somente utiliza

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O couro A qualidade, flexibilidade e textura do couro dependem da sua estrutura fibrosa, ou seja, do entrelaçamento das fibras e do seu processo de industrialização. O curtidor O curtidor, responsável pela escolha da parte do couro

que será trabalhado, usa sua habilidade para produzir um material com propriedades específicas e que atendam uma finalidade requerida. No caso dos calçados, as solicitações variam bastante, devido à parte superior requerer propriedades específicas de cada marca. Área Nobre A zona central da pele é a que apresenta condições favoráveis para a produção de um couro, com camurça mais aveludada, firme e fina. Esta região apresenta um tecido mais fibroso e compacto, proporcionando um curtido com textura mais firme e com menos tendência a quebras. Mercado Atualmente, o couro bovino é o mais empregado na fabricação de calçados, bolsas,



produção

carteiras, cintos, malas, entre outros produtos. Porém, a procura por outros tipos de couro tem crescido como a pele de suínos, caprinos, ovinos, jacarés, rãs e peixes. Classificação de couro - Tipos de defeitos O Programa de Classificação da Qualidade do Couro (PCQC) tem o desafio de integrar o produtor às indústrias frigorífica e curtidora, orientando-os quanto à qualidade da produção através do manejo adequado e de um sistema de rastreabilidade da matéria-prima. Esse programa tem por objetivo melhorar a qualidade das peles, para que sejam aproveitadas pelos curtumes e transformadas em couro, sem nenhum tipo de defeito. No Brasil, a maior parte dos defeitos dos couros tem origem no campo, no transporte do animal vivo e no abate, por isso, é necessário que haja programas de conscientização. CLASSIFICAÇÃO DE QUALIDADE DO COURO 1º e 2º - Couros que não apresentam nenhum defeito natural, de manejo (parasitas, escoriações, transporte), de

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marcação de fogo abaixo da barriga ou na cara. 3º e 4º - Couros que apresentam alguns defeitos devido à incidência de carrapatos, mas não apresentam defeitos abertos, como riscos e marcação de fogo profundo 5º - Couros com pequenas incidências de carrapatos e escoriações cicatrizadas e riscos leves. 6º - Couros com incidências de carrapatos, marcas de bernes e moscas do chifre já cicatrizadas. 7º - Couros que apresentam alta incidência de carrapatos, bernes abertos e riscos profundos Vantagens da aplicação do couro nos produtos São várias as vantagens na utilização do couro. Ele é uma matéria-prima nobre, com durabilidade alta, resistente ao calor, à água, à flexão e à tração. O material ainda evita choques elétricos, quando empregado na sola do calçado. Além disso, o calçado de couro se adapta às formas do pé no decorrer do dia, proporcionando maior conforto

Ações recomendadas Armazene corretamente o couro em prateleiras, com divisórias que variem de acordo com o tamanho e quantidade da matéria-prima. As prateleiras maiores são as mais indicadas para armazenagem do couro; Mantenha a temperatura abaixo dos 25ºC nos estoques onde o couro é armazenado. Assim, é possível evitar a proliferação do mofo e parasitas que possam prejudicar sua qualidade; Conserve a umidade do ar em 60% e evite a falta de flexibilidade, elasticidade, Resistência ao rasgamento e mofo. Lembre-se que o excesso/falta de umidade do ar altera as condições do couro; Cuide com a intensidade da iluminação nos estoques e evite a perda do brilho, da cor e das propriedades físicas do couro; Acompanhe as notícias e os dados do setor pelo site do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). O Centro possui uma vasta quantidade de materiais disponíveis, gratuitamente, para acesso. Confira também o ranking das empresas mais exportadoras do Brasil.





PRESENÇA Por Valter Junior

Multipresença Risa: a revista mais lida do setor calçadista A Risa é multipresente Em quase duas décadas de dedicação e seriedade com seus clientes e anunciantes, a Risa sempre esteve e continua presente nas principais feiras do setor, seja ela de calçados, máquinas ou componentes. Sua missão? Levar até lojistas e fabricantes de calçados informações relevantes que irão fazer a diferença no dia a dia dos negócios. Nas feiras, seja no Sul, Sudeste ou Norte do País, a Risa é uma das publicações mais procuradas por lojistas, representantes, fabricantes e por todos os profissionais que trabalham diretamente com o setor calçadista. E é fácil explicar porquê.

Camila Rodrigues

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Na abertura da Fenova, os lojistas receberam a Risa e já atualizaram com os modelos de calçados expostos na revista.



presença

Nos principais polos, nas principais feiras, do Norte ao Sul do País, em fábricas, lojas ou associações calçadistas, a Risa está sempre presente com sua marca forte, traduzida na beleza de suas imagens, na leveza de sua diagramação, na qualidade de seu conteúdo e na distribuição direcionada. Além disso, nas páginas da Risa estão as principais marcas de calçados, máquinas e componentes do Brasil, de modo especial do polo de Nova Serrana.

Lojista pesquisando novas marcas

Presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala

Pode ir fazendo uma seleção para ganhar tempo

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presença

A Risa já distribuiu mais de um milhão de revistas, bom para quem sempre esteve presente nas páginas deste periódico direcionado aos lojistas

Pela Risa, lojistas e fabricantes ficam por dentro das principais tendências para o setor, do mercado e da indústria calçadista, o que rola na concorrência e, é claro, soluções, dicas e orientações para toda a cadeia produtiva do calçado, da injeção da sola à venda para o consumidor final. Com a experiência adquirida nesses quase 20 anos a Risa também encarou o desafio da Multipresença. Ela está nas feiras, nas lojas, nas fábricas e também na internet em diversos canais, como Site, Facebook, Twitter, Instagran e Youtube. Tanto seu site oficial (risanet.com.br) quanto seus perfis nas redes sociais são atualiza-

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Miryan Martin

Marina Silva em visita a Francal



presença

Presidente da Couromoda, Francisco Santos

dos diariamente com conteúdos realmente interessantes. Viu como é fácil explicar porquê a Risa é a mais procurada pelos profissionais do setor calçadista? Uma revista com 17 anos de mercado, presente nas principais feiras do setor, marca forte na internet e como anunciantes as melhores marcas do País, só podia mesmo ser a mais lida.

Carol Nakamura

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Juju Salimeni

Correspondente Luiz Carlos Arena



tendências

Inverno 2016 Ostentar também é pertencer

Para entender a moda é preciso conhecer e analisar informações diversas vindas de vários polos formadores de opinião. A partir de então, vem o trabalho de selecionar entre elas as que mais se adequam ao perfil de seu público, sua capacidade produtiva e o momento evolutivo de sua produção. O Inspiramais é um evento da Assintecal que apresenta pesquisas, seleciona e organiza tendências estéticas em evidências no mercado da moda. Isso envolve o comportamento das pessoas e diversos segmentos como vestuário, móveis, acessórios e artes diversas. Para o inverno 2016, o Inspiramais preparou três conceitos de moda que buscam contemplar de forma geral as aspirações dos consumidores de moda, criar tendências para próxima estação fria e, é claro, inspirar os fabricantes de calçados. E para fazer com que essas informações chegue diretamente a você, empresário da indústria calçadista, designer de calçados e outros profissionais envolvidos na criação, a Risa apresenta as principais informações desse levantamento para você se inspirar para o inverno 2016. Focaremos no conceito de Pertencimento.

Dourado - Moschiro Spring 2015

A moda na era da selfie - por Walter Rodrigues A importância das imagens em nossos dias é tão significativa que uma boa câmera pode ser item decisivo na hora da compra de um celular, e já existem até cursos e aplicativos (apps) que ensinam a fazer a melhor selfie (autorretrato), não importando se ele será compartilhado

com cinco seguidores de um núcleo familiar ou com milhões de fãs pelo mundo. Essa plateia mundial, hipnotizada por participantes de reality shows, artistas pops, celebridades de 15 minutos, sempre em busca de entretenimento, o que revela um comportamento contemporâneo em que o instantâneo e o imediato têm o poder de se tornar virais e o

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assunto número 1 no mundo, até ser suplantados por outro acontecimento fugaz. Desde os anos 90, quando as modelos foram preteridas das capas das principais revistas de moda em favor das celebridades, mais marcas de luxo estão usando atores e atrizes em sua publicidade. A moda sempre foi algo inspiracional, instigando o desejo de se parecer com.



tendências

Couro em madeira por Marten De Ceular

Todo consumidor se inspira em alguém, e a pose do selfie imitando a capa da revista nada mais é que a força da imagem impulsionando o consumo. Assim, de simples coadjuvante, o consumidor passou a ser propagandista, coocriador, fiscal e até inspirador para as marcas. É interessante notar que a mensagem enviada por essa profusão volátil de rostos e nomes estrelados nas redes sociais e na mídia, estimula o consumo de luxo, geralmente inacessível para a maioria de seus seguidores. Cria-se, assim, o desejo de consumo de itens mais acessíveis, que geram lucros milionários, desde que os logos estejam bem visíveis para satisfazer o voyeurismo contemporâneo. O consumidor atual estabelece com as marcas de

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luxo uma relação ao usar o produto original ou o genérico. 0 que importa é que, no filme de sua vida, na timeline de suas redes sociais, todos o reconheçam. Ostentar, hoje, deixou de ser pecado e foi ressignificado como atitude normal afinal, a exibição proporciona mais likes e, em consequência, mais status. O mais fascinante disso tudo é que, cada vez mais, se expor, se comunicar utilizando a própria imagem está contribuindo para uma nova maneira de apresentar produtos. Empresas atentas a essas manifestações têm oferecido a seus clientes inúmeros canais para eles divulgarem sua satisfação com os produtos e atitudes das marcas. Afinal, nada melhor do que a propaganda boca a boca, ou melhor, cara a cara.

Atanado em cadeira - Martin De Ceular

Foil de Okay Art



tendências

Pink - Moschiro Spring 2015

Nesta estação a palavra ostentação também se refere ao pertencimento, à apropriação de tradições, da exclusividade e da essência dos produtos artesanais aqueles que contém alma, pois tudo que reflete é conteúdo.

No mundo onde as fronteiras estão cada vez mais fluidas, a força identificadora de cada empresa deverá ser ampliada. No Conceito Pertencimento, essa força se concentra na inovação, que poderá estar ligada a um simples ajuste na criação, concepção ou produção dos produtos. O importante é saber o propósito dessa tomada de posição, e entender que essa ideia percorrerá bom caminho

até poder ser considerada um sucesso. Muitas vezes, corremos atrás do êxito na criação dos produtos e nos esquecemos da nossa missão, do que fazemos melhor e que gera reconhecimento. Inovação é conhecer seus limites e buscar superá-los. Ostentação é o resultado da pesquisa realizada para a formatação do Inverno 2016. Ao estabelecer esse parâmetro reflete-se sobre a importância da identidade para a sobrevivência no mundo globalizado. Ao revelar esse sentimento de pertencer, estabelecemos dois extremos: ostentar pela essência e ostentar pela aparência. A dualidade presente no universo revela-se, aqui, de forma criativa e positiva. Materiais com aspecto e superfície simples estabelecem uma linguagem de sofisticação com sua forma. As superfícies com diferentes aspectos são impactantes: relevos, 3D, movimento, efeito espelhado, ousadas estampas de animal. Aqui, a temática da simplicidade fica evidente, sintetizada e despretensiosa. É simples na forma e na mensagem.

Couro em madeira de Marten De Ceular

Simplicidade - Augustina Bottoni

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tendências

A visão romântica do futuro apresentada no filme Her, dirigido por Spik Jonze, retrata a relação de um jornalista com um programa de inteligência artificial, criando assim uma perfeita analogia com estes tempos em que aplicativos digitais aproximam as pessoas. Da direção de arte ao figurino do filme, que apostam em cores quentes para representar o personagem, tiramos alguns dos tons propostos para este conceito. Outra característica marcante é a presença de referências retrô combinadas com elementos

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futuristas e tecnológicos. Contrapondo as cores quentes de Her, temos um tom de rosa-claro que fica perfeito em superfícies aveludadas e em todos os tipos de texturas que imitam ou são própria para têxteis. Ainda sob o signo do retrô tecnológico, o azul-turquesa, característico do mobiliário de fórmica e dos carros da década de 1950 e 1960, inspira formas curvilíneas. O pink iluminado aparece em contraste com as sombras invernais, presentes nas outras cores da cartela do Conceito Pertencimento, deixando-as mais sedutoras.



empreendimento

Itaúna Gravações Em 2011, os irmãos Márcio Antônio dos Santos e Marcílio Moreira dos Santos fundaram a empresa Itaúna Gravações, oferecendo serviço de venda e acabamento em couro e camurça para o setor calçadista de Nova Serrana. Hoje, instalada na própria capital mineira do calçado, a empresa cresceu e se tornou referência no seu setor. Atualmente com seis funcionários treinados a Itaúna Gravações oferece serviço de dublagem em geral, venda e acabamentos em couro, camurça, e também, perfuração em materiais sintéticos e couro. Segundo seus diretores o que diferencia o serviço e os produtos da Itaúna Gravações das demais empresas do mesmo segmento é a honestidade que permeia todos os setores da empresa. “Trabalhamos com muita humildade, honestidade seguido de um bom atendimento, entrega rápida e um ótimo custo benefício, diferenciado das demais empresas”, acrescenta Márcio. História Fundada pelos irmãos Márcio e Marcílio em outubro de 2011, na cidade de Itaúna, cidade natal dos sócios, a então micro empresa teve bastante dificuldades para conquistar um lugar no mercado. “Com muito custo conseguimos comprar a primeira máquina para perfurar e metalizar couro. Instalamos ela na garagem da minha casa, que media apenas

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16 metros quadrados”. Pelo fato de ter a maioria dos clientes em Nova Serrana, a logística também não era fácil. “No inicio era muito difícil. Tínhamos que recolher material em Nova Serrana, levar para Itaúna e depois retornar com o mesmo para entregar. Esbarramos nas desconfianças dos clientes sobre a qualidade do serviço e entrega, por se tratar de uma empresa nova e de outra cidade. Mas graças à Deus, conseguimos nos mudar para Nova Serrana e as coisas começaram a melhorar, pois estávamos mais perto das fábricas, o que melhorava completamente nossa logística e dinâmica de produção”. Já em Nova Serrana, os horizontes se ampliaram a as chances de crescimento apareceram com mais clareza. “Como trabalhamos com prestação de serviços começamos a visar o ramo de dublagem, setor onde havia muita reclamação em relação as entregas. Então resolvemos investir neste mercado e estamos conquistando novos clientes a cada dia, isso graças a qualidade de nossos produtos e a rapidez de nossas entregas”, diz Márcio. A Itaúna Gravações funciona na rua Antônio José dos Santos, 443, bairro Fausto Pinto da Fonseca (Cafezal), próximo a Faculdade de Nova Serrana (FANS). Entre em contato pelo telefone (37) 3226-6027 ou pelo e-mail: mar_sto@hotmail.com.

Os gêmeos Márcio e Marcílio Santos



tecnologia

Moda Co

Plataforma foi aprovada por várias empresas do setor calçadista

Celebrando a moda e o design brasileiro, a plataforma Moda Co anuncia, após pouco mais de dois meses de funcionamento, os grandes vencedores do primeiro desafio lançado por um seleto grupo de empresas formado por Piccadilly, Bibi, Pampili e Kidy. O projeto, inédito no segmento calçadista brasileiro, gerou grande engajamento entre os criativos do setor. A iniciativa concedeu premiações para os trabalhos escolhidos pelas empresas e designers inscritos na plataforma de criação coletiva, somando R$ 10 mil em gratificações. Lançada no mês de abril, a Moda Co contabiliza mais

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de oitocentas inscrições até o momento. O resultado é comemorado pelo consultor de Design Estratégico da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Dario Henke. “Quando lançamos a plataforma, tínhamos o sentimento de estar prestando um grande serviço para o setor calçadista. O engajamento e o feedback das empresas nos deixam contentes e, acima de tudo, confirma a nossa expectativa inicial. A Abicalçados, com a Moda Co dá um passo à frente, trazendo o conceito de criação coletiva para um setor que, tradicionalmente, tinha seus processos de de-

senvolvimento escondidos a sete chaves”, comemora o consultor, acrescentando que a plataforma foi uma vitória rumo à quebra de um paradigma relevante. “A concorrência entre as empresas não pode ir contra o potencial criativo dos profissionais”, acrescenta Henke. Aprovação do setor calçadista pela Moda Co Para a gestora da Pampili, Edilza Cavalcante, a ferramenta é uma importante oportunidade de experimentar o processo de cocriação, recebendo ideias de designers externos, seus olhares sobre a marca e contribuições reais. “Talentos



tecnologia

dedicando-se a um briefing, que representa um desafio real para a empresa gera um resultado que vai muito além do produto em si, mas oxigena, gera insights e promove novos conceitos”, avalia. Segundo ela, o processo aconteceu de acordo com o planejamento, em datas e qualidade. “Atingiu nossas expectativas. Os projetos apresentados representam, em grande parte, contribuições relevantes em aspectos de inovação e originalidade”, frisa, ressaltando que o projeto escolhido pela empresa será “utilizado como uma ideia preciosa, que será adotada e desenvolvida com muita atenção”. A ideia é acompanhada por Rebeca Figur, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Bibi. Segundo a profissional, a Moda Co trouxe propostas

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inovadoras e inspiradoras para futuros projetos. “É muito animador saber que temos uma plataforma que organiza tantos talentos a fim de revelar grandes designers e inspirar novos e inovadores projetos”, avalia. Rebeca destaca que o processo de acompanhamento dos projetos foi gratificante, gerando expectativa já para os próximos passos da plataforma. “A ideia é usarmos o projeto o mais rápido possível, pois buscamos inovar sempre. Ele - o trabalho vencedor - servirá de inspiração para a nossa própria equipe de desenvolvimento”, adianta Rebeca. Sobre a Moda Co Moda Co é uma plataforma totalmente virtual criada pela Abicalçados, através do programa Brazilian Footwear, desenvolvido pela entidade em

parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Ao longo dos pouco mais de dois meses em que os desafios das empresas estiveram no ar, os designers cadastrados – de forma gratuita, diretamente pelo site www.modaco.cc ou pelo perfil pessoal do Facebook – postaram seus projetos de acordo com os briefings fornecidos pelas empresas. Dia 22 de junho, foram divulgados os vencedores nas modalidades Prêmio Empresa, em que o trabalho escolhido pela empresa recebeu uma quantia de R$ 1,8 mil, e no Prêmio Comunidade, concedido pela própria comunidade de designers inscrita, que pôde votar nos melhores trabalhos postados. O valor da gratificação foi R$ 700.



história Por Angelo Rafael

Um flerte histórico

sobre o calçado

...a essência do que é realmente o calçado é imutável. E o fascínio que ele exerce sobre o homem também. A história da humanidade está repleta de referências aos calçados. Mulheres sumérias, hititas, babilônicas, assírias e persas já usavam sandálias amarradas nos tornozelos, como a que a moda “lança” de vez em quando. Os modelos masculinos, nestas mesmas civilizações eram quase botas, vazadas, que cobriam as panturrilhas e eram amarradas nas coxas. Na África, em determinadas classes sociais

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de certas tribos e etnias diversas sandálias eram enfiadas no dedo e tinham cabedais coloridos, adornadas com contas e pedrinhas coloridas, que na maioria das vezes queriam sinalizar origem étnica, poder ou classe social. Heródoto, poeta grego do século III já falava em seu escrito “O Sapateiro” sobre 18 tipos de calçados catalogados já naquela época. Por exemplo, o “monodermom” que era pra-

ticamente um único pedaço de couro que ensacava o pé, amarrado no tornozelo por um cordão, tipo ideal para o inverno. Outra tipologia era a sandália propriamente dita, com a formação da palmilha com o desenho da planta do pé, de onde saiam tiras que o seguravam e eram amarradas em cruz até o joelho. Este modelo é um clássico que até hoje serve de referências para estudos de design.



história

No período Vitoriano, os saltos praticamente desapareceram

O teatro grego se valia dos antepassados dos coturnos para as encenações das suas tragédias e comédias, mas foram os romanos que usando-os nas batalhas e conquistas se encarregaram de difundi-los. Já as mulheres gregas andavam descalças ou de sandálias pelas ruas, dependendo das condições sociais de cada uma. Na intimidade das casas e palácios usavam calçados fechados e mais cômodos. As nobres romanas chegaram a usar sandálias cujos solados eram de ouro fundido e marchetado e as tiras adornadas com pedras preciosas. No ano 301 d.C., um edito do Imperador Diocleciano faz referências a mais de vinte tipos de calçados romanos, entre eles as famosas “caligae”, que eram calçados militares de sola com faixas fixadas com pregos. A ele, o imperador, era reservado o “camepagus”, e aos magistrados o “udo” feito com pele de cabra com pelos. Os bárbaros usavam no período pós Império Romano os “uose”, tipologia similar a um coturno forrado de pele. Foram os romanos que moldaram a gáspea do calçado e elaboraram formas diferentes para os pés esquerdos e direitos, que vieram a ser aprimorados só em 1818 pelos ingleses.

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O calçado sempre esteve entre a funcionalidade e a estética

As classes sociais romanas diziam que tipo de calçados deveria os homens e as mulheres usar. A cor amarela, verde e vermelho, além do branco, eram destinadas às mulheres nobres. Os homens usavam a cor escarlate. Os cônsules usavam o branco e os senadores sapatos finos, rasos e baixos na cor natural do couro. No caso dos militares existiu uma variedade de calçados robustos de couro,

com dedos à mostra ou não, ferrados e reforçados. Dentre as curiosidades deste mundo o Imperador Caius adotou um tipo específico de calçado militar. No obscurantismo da Idade Média os tamancos de madeira eram usados por homens e mulheres pobres, que no período do inverno os colocavam perto do fogo, ou até brasas dentro dos modelos fechados para reterem o calor e assim aquecer os pés.



história

Só com o desenvolvimento da manufatura que os calçados abandonaram os pregos que uniam a sola e o corpo

Em relação às medidas foi o Rei Eduardo I que decretou que uma polegada seria equivalente a três grãos de cevada enfileirados, medida esta que corresponde até nossos dias. No séc. XII a França adota a estranha “Poulaine”, com pontas longas que às vezes eram amarradas na perna ou no joelho, similar ao que chamamos hoje se sapatos de palhaço. No séc. XV na Alemanha se usava a “pata de urso”, sapato fechado com a ponta extremamente larga. Neste período Henrique VIII proibiu o uso de sapatos pontiagudos, a seu favor, que tinha pés grandes e doloridos, provavelmente devido a algum tipo de doença. Eram modelos simétricos e se tornaram bastante populares. Na época dourada das grandes navegações e do mercantilismo europeu, o couro e a pele foram dando lugar aos tecidos. Materiais exóticos aportavam em famosos centros de comércio, vindos dos confins de além mar. Surgem muitos sapatos que sejam para homens ou mulheres, confeccionados em vários tipos de tecidos, bordados, pintados, cravejados de pedras, dentre outros. Em Veneza a versão da plataforma tomou um rumo inesperado: quanto mais alta era a cepa do sapato, mais

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status tinha a senhora. Havia casos que elas só conseguiam andar com a ajuda de dois empregados que as seguravam de cada lado pelas mãos. Algum tempo depois as prostitutas venezianas adotaram esta tipologia como reconhecimento da profissão. O calçado sempre viveu entre a funcionalidade e a estética. Durante o estilo gótico as pontas se afunilaram e quanto mais pontiagudas e longas mais determinava a condição social de quem o usasse. Haveria uma relação com o estilo gótico onde as torres-agulhas de suas igrejas buscavam os céus? Em 1600, Luís XIV baixou decreto que todos os nobres deveriam calçar vermelho e saltos altos. Luiz XV os popularizou com laçarotes, fitas e passamanarias e até hoje esta terminologia é usada para definir um sapato alto. No entanto em pouco tempo este modelo masculino cede lugar ao feminino e os homens passam a usar outros tipos de sapatos, baixos com fivelas largas. Na Nova Inglaterra, puritana, os modelos se valeram de amarrações e dezenas de botões no fechamento, principalmente nos sapatos femininos. Descrição e rigidez eram palavras de ordem. Observamos também este mesmo

conceito no vestuário. O Estilo Diretório lança o sapatinho bailarina para combinar com seus vestidos vaporosos. De 1830 à virada do século as botas unissex com cadarços ou botões eram a sensação, mesmo se neste período a Inglaterra lançou o mocassim de indefectível estilo nativo da Nova Inglaterra. Só com o advento da máquina de costura em meados do século XIX é que a manufatura dos calçados pode deixar os pregos que uniam a sola ao corpo do calçado, dando assim o primeiro passo para a industrialização. Mesmo assim as tachas e pregos continuaram sendo usados em certos tipos de calçados, e também por portugueses, no Brasil, que recebera seus novos colonos sapateiros e oficiais similares. Houve um tempo em que os aristocratas usavam calçados tão delicados que não resistiam a um único dia de uso. No período vitoriano, em deferência à Rainha Vitória, que era de estatura baixa, os saltos praticamente desapareceram. Este é um exemplo clássico de interferência sócio-política nos costumes, hábitos e consequentemente nos modismos. Nesta época as sapatilhas se tornaram quase obrigatórias para a maioria das mulheres inglesas.



história

Mas a moda é um círculo, que gira, ora lentamente, ora rápido e as sapatilhas em curto espaço de tempo ficaram fora de moda. Na década de 1920 a sandália reapareceu. Desta vez alta. O enfranque com a “alma de aço” permitiu mais delicadeza, sutileza e colocou os dedos à mostra em detrimento às tentativas anteriores de se criar uma posição mais altiva ou elegante para o porte feminino. Eram os tempos de falsa euforia que precedeu a grande depressão. A história narra muitas curiosidades sobre a altura dos saltos. Fala-se de certa Médici que por ser baixa fez confeccionar sapatos com saltos altos para o seu casamento, e depois copiados pelas damas e cortesãs francesas. Outros tecem comentários sobre os Luíses. No entanto um sutil fio divide a verdadeira história das lendas, mitos e suposições. Uma coisa em comum é certa: o fascínio que os sapatos altos sempre exerceram nas pessoas e nas mulheres em especial. No pós - guerra o “new look” de Dior trás de volta a feminilidade perdida. Franceses e italianos se juntam para dar ao sapato um trono de não mais um coadjuvante na formação da nova identidade da moda e do estilo. Assim, junto à cintura marcada, saia godê duplo cortada no viés e as meias de nylon, inteiras, o sapato de bico fino e salto carretel é copiado no mundo inteiro. Até hoje temos releituras, como é muito típico na história da moda. O tênis, como o próprio nome determina foi originalmente concebido para prática deste esporte. Hoje a alta tecnologia e as pesquisas científicas pontuam sobre o conforto e desempenho, levando em consideração muito estudo e pesquisas em novos mate-

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riais, ergonomia e design. Os tamancos, que originalmente eram esculpidos numa peça inteiriça de madeira deixam os pés acima do solo, por alguns poucos ou muitos centímetros. Os orientais tradicionais ainda hoje usam em algumas cerimônias e ocasiões. O acaso ou necessidade, aliados à criatividade pode conceber modelos como da nossa “Bombshell” Carmem Miranda, que imortalizou o seu estilo e interpretação tendo como base as nossas cores e a nossa exuberante natureza tupiniquim. A sandália em si, usada por ambos os sexos, tem sua principal característica deixar os pés à mostra, herança de um passado mais que remoto. A versão feminina eleva e bai-

xa os saltos de acordo com o humor dos estilistas e demanda de mercado. Não esqueçamos de pontuar que a versão masculina de duas tiras no peito do pé é a antítese do poder na época de São Francisco. Hoje temos redesenho e revisitações até cravejadas de brilhantes. O caso mais famoso no Brasil de sandália rasteira é o das sandálias Havaianas, que no início de sua produção era voltada para um público popular e hoje temos muitas versões. Já vimos até uma com a forquilha trabalhada em ouro. O verbete chinelo tem sua raiz etimológica noutro verbete: China. O chinelo tem a forma do contorno da planta do pé e uma faixa que a segura no seu dorso.



história

A sapatilha, alusão ao diminutivo de sapato, leve, fina e delgada, abrange vários segmentos, dentre eles aquele do balé, chuteiras ou outras para esportes. No caso da chuteira, como o próprio nome já diz é própria para chutar bolas, no caso do esporte. Dentre suas características peculiares observamos os cravos no solado, que evita quedas e escorregões. Vemos também cravos similares nos sapatos especiais para a prática do golfe. Observamos que as botas, calçado de cano alto, tem seus antepassados nos modelos romanos, e deles derivaram-se muitos outros com características e serventias diferentes: coturno, galocha, basqueteira, para usar na neve, para alpinistas, etc. A alpargata, que no nordeste brasileiro chamamos de alpercata é uma variação antiga com a sua maior representatividade no estilo sapatilha, confeccionada em lona com solado de corda, e que na França desfrutou de grande popularidade nos anos 80, com o nome de “espadrille”. No entanto as alpercatas nordestinas são modelos com características próprias, de linhas e modelagem fortes e com uma identidade definida. O senso de observação de quem estuda o calçado faz com que não concordemos com descrições e derivações inflexíveis e lineares sobre certa tipologia ou outra. Na realidade a essência do que é realmente o calçado é imutável e o fascínio que ele exerce sobre o homem também.

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Angelo Rafael é Artista Plástico, Designer e neo Escritor. Autor dos livros “Os Homens do Couro - memórias poéticas de um ofício” e “A Casa das Bocas Pintadas de Encarnado”. Atualmente Diretor do Museu Assis Chateaubriand da Universidade Estadual da Paraíba em Campina Grande, PB..



gestão Fonte: administradores.com

Como superar a falta de motivação Uma pergunta precisa ser o primeiro passo para resolver o problema: De quem é a culpa pela desmotivação? Do profissional? Da empresa?

Não é raro encontrar profissionais desmotivados. Um levantamento divulgado há cerca de dois anos pela consultoria Towers Watson, no Estudo Global sobre Força de Trabalho, apenas 28% dos brasileiros entrevistados disseram se sentir motivados em suas funções. É um número alarmante e revela uma fragilidade que pode comprometer e muito os resultados de qualquer organização. Mas esse ainda é um tema deixado em segundo plano ou mal compreendido por boa parte dos gestores. Uma pergunta precisa ser o primeiro passo para resolver o problema: De quem é a culpa pela desmotivação? Do profissional? Da empresa? Às vezes, profissionais desmoti-

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vados são consequências da própria organização, seja por políticas equivocadas de gestão de pessoas ou a falta de uma liderança adequada. As razões para a perda da motivação podem ser das mais variadas. Pode pesar a falta de feedback entre profissional e empresa, não conseguir implementar alguma ideia ou projeto, problemas de relacionamento, pressão exagerada por resultados, responsabilidades muito abaixo (ou acima) de seu potencial, ausência de planos de carreira e outros. Nem sempre, porém, o problema está nas empresas. Às vezes, uma decisão errada do profissional na escolha da carreira pode torná-lo desmotivado com o trabalho que

exerce. Em casos assim, nem todos os benefícios, bônus ou aumento de salário vão torná -lo plenamente satisfeito. Ações motivacionais são mais importantes do que os empresários podem imaginar. Um colaborador desmotivado rende mal. Vários nessa situação podem gerar resultados desastrosos e comprometer não só o faturamento, mas também o desempenho geral da empresa. Nesse sentido, o líder tem papel fundamental. Ele tem que identificar os motivos da desmotivação e buscar soluções, conversando de maneira franca com os colaboradores, de maneira individualizada, obviamente, para evitar expor entre todos os problemas de cada um.





projeto Por Valter Junior

Fábricavirtual Aplicativo ajuda a organizar máquinas e processos produtivos na indústria do calçado em ambiente 3D

O setor de produção de uma fábrica de calçados é uma das sessões mais complexas de uma empresa desse ramo. Nem os escritórios de RH, finanças, compras ou marketing contam com tanta tecnologia, organização e trabalho em equipe como a produção. Todo empresário calçadista conhece bem os transtornos causados por mudanças na disposição do maquinário, dos sub-setores da produção. Ou mesmo quando uma máquina é substituída por outra com tamanho maior, menor ou de formato diferente, encaixá-la no local sem causar mudanças abruptas nas demais máquinas e processos produtivos é extremamente complicado. Com o objetivo de oferecer melhores soluções para as etapas do processo produtivo dos calçados, a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçado e Afins (Abrameq), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) criou o projeto “Fábrica Virtual”, que foi desenvolvido pela Universidade Feevale.

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A Fábrica Virtual é um aplicativo de demonstração das tecnologias disponibilizadas pelas indústrias brasileiras de máquinas para calçados. Através dele, os fabricantes de calçados têm acesso às melhorias nos processos fabris, cuja utilização resultará em ganhos de produtividade, atendimento às exigências na área de segurança e garantia de padronização na qualidade do produto. O projeto é uma ferramenta de exibição e prospecção de equipamentos. Através de dispositivos móveis, animações e simulação, o sistema possibilita que empresários e interessados conheçam os equipamentos e seus fabricantes sem haver a necessidade de estar fisicamente junto a eles. A Fábrica Virtual apresenta os operadores e as máquinas em funcionamento em um ambiente 3D digital, podendo interagir com ele escolhendo novos ângulos de visão, olhando as máquinas com detalhes. Outra vantagem do App é que ele permite a participação e demonstração eficiente dos produtos sem que o empresário tenha de arcar com os altos custos

de transporte de máquinas para feiras nacionais e internacionais. De acordo com Rosângela Arruda, diretora executiva da Abrameq, “o App também oferecerá aos clientes soluções para todas as etapas de fabricação de um calçado”. O aplicativo contém inicialmente 20 máquinas utilizadas para a fabricação de calçado feminino fechado, com salto. No vídeo de demonstração disponibilizado no site brazilianmachinery.com o fabricante pode visualizar como o aplicativo funcionará e quais máquinas e setores da produção serão contemplados. No vídeo é possível ver que o App dará orientações para a disposição de balancin e balancin de ponte, máquina de chanfrar, costurar, cortar tira, conformar, entre outras.







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(37) 3225-2001

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Brazzaville

(37) 3226-1683

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Perpapeis

(37) 3287-1958

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BRB Borrachas

(16) 3720-1558

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Poppi Máquinas

(16) 3711-6500

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Cipatex

(15) 3284-9000

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Raima Têxtil

(19) 3468-5437

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Central Máquinas

(16) 3727-2666

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Risa

(37) 3226-3229

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Couromoda

(11) 3897-6100

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Rota Comercial

(37) 3225-6113

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Fenova

(37) 3228-8500

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Sicop Tecnologia

(37) 3226-2758

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Febrac

(37) 3228-8500

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Só Facas

(16) 3725-2422

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Francal

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Solados Kanaan

(16) 3727-0112

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HD Injetados

(37) 3226-1810

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Shadow’s

(51) 3204-0300

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Injetados Bianca Santos

(37) 3225-2748

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Top Injetados

(37) 3226-6292

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Impar Injetados

(37) 3225-3274

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Transduarte

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João Marcelo Injetados

(37) 3226-0099

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Usinova

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INJETADOS Injetados Ciclone Rua G, 189 Jardins do Lago - Nova Serrana/MG (37) 3226-0200 / 9116-5611 / 9102-0780 adrianemaia2723@gmail.com

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