Revista Risa Máquinas e Componentes - Ed. 37 by Revista Risa

índice

CAPA

O Brilhante Verão 2015 Brasileiro Foto: Shutterstock

14 A matriz de um calçado 28 Evoluindo para o bem 58 Estratégia e qualificação 66 Velocidade e Atenção 10

Vendas Como aumentar

EXPEDIENTE

Revisão João Hilário

Editor Chefe Valter Junior

Criação Rui Fernandes e Rafael Xavier

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Profissão Designer

Marketing Grandes marcas

www.risanet.com.br • atendimento@risanet.com.br

Diretor Executivo Ricardo Xavier

Administrativo Andresa Santos

Assistente de Arte Fernanda Costa e Pedro Xavier

Colaboradores Cássio, Dino, Hilário, Rejane, Rui, Fotografia e tratamento Saulo e Wilson André Azevedo

Banco de Dados Rogério Xavier Astra Informática Atendimento Nova Serrana/MG Miller Magno (37) 3226-3229

Franca/SP Rejane: (16) 3012-1550 Matriz Rua Rio Araguaia, 301 Nova Serrana/MG Cep: 35519-000 (37) 3226-3229

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editorial

Você se apega em detalhes? Sabe dizer com qual sapato está sem olhar pra ele? Se a máxima de que o essencial é imperceptível aos olhos e logo não precisa ser visto faz sentido quando o assunto é sentimento, no mundo material o “imperceptível” tem de estar bem claro. Nesta edição da Risa Máquinas e Componentes trazemos um conteúdo que vai te convencer de que atenção e investimentos nos detalhes podem trazer retornos em prazos surpreendentes. E onde estão os detalhes? Quais são importantes? Um bom produto nasce antes mesmo de ser produzido e não termina na caixa. Cada peça passa por um processo de produção diferente e depois de pronto, apresentá-lo ao mundo são outros quinhentos.

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Nosso conteúdo, com destaque para a capa sobre o verão brasileiro de 2015, focam nos detalhes, ou seja, nos fatores que fazem um produto diferente do outro (ou de todos os outros), que dão destaque e originalidade, resultando em um produto único no mercado. Trazemos também matérias sobre a importância das campanhas publicitárias e de como elas podem ser criativas e marcar presença da marca na mente das pessoas. Fique atento, a Risa Máquinas e Componentes tem muito a lhe oferecer. Boa leitura! Ricardo Xavier

RESULTADO

Por Dirceu Nunes

Como conseguir melhores resultados em vendas

Alguns empresários não dedicam parte de seu tempo em ações de planejamento, seja na criação da empresa ou em suas atividades diárias de gestão do negócio. Desconsideram totalmente essa importante etapa para a sustentabilidade do negócio ou entregam a responsabilidade aos diretores ou gerentes. E se esses desenvolvem o planejamento, mesmo assim, a participação do dono da empresa é imprescindível, principalmente nas micros, pequenas e médias empresas. Afinal, é dele a responsabilidade pela criação e manutenção do negócio. Sem essa participação, os dados e ações não são corretamente validados, sendo executados na base da tentativa e erro, o que pode causar uma série de problemas, inclusive perder clientes até uma redução drástica nas vendas. Um dos principais conceitos que um empresário deve ter em mente é que ele não é só o elemento mais importante da empresa, ele é o protagonista do negócio. E ser protagonista é estar à frente de tudo o que acontece na empresa, ser o primeiro a assumir a responsabilidade, enfrentar os problemas e encontrar a melhor solução. Essa história “ser a vítima” e buscar culpados diante de um erro ou problema, não ajuda em nada na solução desses. É do empresário que deve partir as ações que coloque a empresa no rumo certo, efetivamente. Nesse contexto, podemos citar as vendas como um “problema” permanente das empresas. Ora porque se vende tanto que compromete a produção e logística, por exemplo, ora porque as vendas caem tanto que

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não pagam os custos operacionais do negócio. Se a empresa possuir um planejamento, os membros da equipe saberão, antecipadamente, quais medidas tomarem para cada período ou nível de vendas, porque dentro do planejamento deve existir um tópico muito importante chamado: MARKETING E VENDAS – que têm o objetivo principal de elevar as vendas ou, no mínimo, manter um equilíbrio em períodos sazonais e de baixa demanda. Mas há muito tempo que o “vender” deve ter foco nas necessidades do cliente, não no produto. A empresa deve pensar da mesma forma que seu público-alvo e se perguntar constantemente: Por que eu compraria esse produto ao invés do concorrente? Para ajudar aqueles empresários que ainda não desenvolveram um planejamento para seu negócio, indicamos uma ferramenta útil e eficiente, com foco nas áreas de marketing e vendas, que pode ser aplicada quando existirem limitações de recursos, tempo e conhecimento do empresário. Essa ferramenta se chama AIDALA ou AIDA, que remete à: A = Atenção / I = Interesse / D = Desejo / A = Ação, onde acrescentamos L = Lealdade e A = Apóstolo. O professor Marcelo Nakagawa, do Centro de Empreendedorismo do Insper, um dos grandes nomes da área, diz que: “Um dos planejamentos mais importantes para o sucesso do negócio é o de marketing e, principalmente, o de vendas. Grandes empresas separam as duas coisas, mas o empreendedor pode não ter recursos e conhecimentos para seguir esta

lógica. Assim, marketing e vendas tendem a ser tratados como partes do planejamento que têm o mesmo objetivo: aumentar as vendas com o mínimo de investimento em marketing.”

RESULTADO

O conceito da AIDALA torna-se interessante, principalmente, quando se trata das estatísticas sobre a satisfação de clientes que, dentre outras, apontam que: +1 = +5, onde 1 cliente satisfeito influencia positivamente 5 novos clientes. -1 = -20, onde 1 cliente insatisfeito influencia negativamente outros 20. -1 = -5x, onde 1 cliente insatisfeito custa o lucro de 5 clientes satisfeitos. “Caso não tenha recursos para elaborar um plano mais completo, o empreendedor pode aplicar a lógica da AIDALA para aumentar o número de clientes apóstolos, aqueles da equação +1 =+5”, afirma Marcelo Nakagawa. O conceito da AIDALA tem por base a aplicação dos 4 Ps do Marketing, criado por Jerome McCarthy, que tratam sobre Produto, Preço, Praça e Promoção, mas é preciso que o empresário já tenha definido o posicionamento da empresa, produto ou serviço antes de aplicar a ferramenta.

ETAPAS ATENÇÃO INTERESSE DESEJO AÇÃO LEALDADE APÓSTOLO

quisitos é através de anúncios, porque quem não anuncia não é visto. Anuncie, principalmente, nos canais onde seu público-alvo se faz presente. Mas faça direito, gere o engajamento dos consumidores junto ao anúncio. Pra isso um bom anúncio deve criar: - Associação: associar o produto a algo que ressalte ainda mais sua importância para o cliente. - Estimular o interesse, necessidade ou desejo: identifique onde nasce o interesse e a necessidade do consumidor e reforce os benefícios de seu produto sobre o concorrente. - Desperte os sentidos: busque fazer com que o consumidor “sinta” estar bem usando seu produto ou serviço. No quesito AÇÃO, sua empresa deve trabalhar as formas de disponibilização dos produtos ou serviços. Não adianta criar um anúncio atrativo, que desperte o desejo de comprá -lo se o consumidor não encontrá-lo de forma fácil. Só pra ilustrar esse tópiPERGUNTA DECISÕES co, você se lemCENTRAL E AÇÕES bra da propaganComo chamar a atenção dos da da Pepsi onde O que fazer a potenciais clientes? na compra de respeito do posiciouma Pepsi você Como fazer com que os potennamento, produto, ganhava outra? ciais clientes se interessem pela preço, praça e empresa ou produto/serviço? Fez tanto sucespromoções para so que a emprechamar a atenção, Como fazer com que desejem criar interesse, gesa não conseguiu adquirir o produto/serviço? rar desejo, facilitar produzir e enComo facilitar a aquisição do a aquisição, fidelitregar conforme produto/serviço? zação dos compra- a demanda, ou dores e criar uma Como estimular lealdade seja, atendeu às legião de apóstolos, na clientela tudo isso com pou- n e c e s s i d a d e s Como incentivar o cliente fiel a do consumidor? cos recursos? divulgar a empresa Cumpriu o que prometeu? Partindo para o desenvol Tenha eficientes canais de vimento da AIDALA, os três vendas, físicos ou virtuais, mas primeiros tópicos são pontoscuide para que os agentes de chave para a conquista de um venda estejam alinhados com novo cliente. Como chamar a o que sua empresa se comproatenção, despertar o interesse mete, ou seja, seu posicionae o desejo de alguém sem se mento de mercado. expor? Difícil, né? Uma forma Os tópicos que tratam soeficiente de atender a esses rebre LEALDADE e APÓSTOLO,

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meu caro empresário, não são tão complexos assim. Ações de marketing de relacionamento são muito eficientes para atingirem esse estágio junto aos consumidores. Lembre-se que a venda começa muito antes da compra e que não termina após essa. Crie conteúdo relevante para seus consumidores, associados ao seu tipo de produto ou serviço e distribua-o através de revistas e periódicos de seu setor, pela internet, em seu blog e em mídias sociais. Consiga que o consumidor lhe forneça seu e-mail e mantenha um relacionamento com ele através de newsletters e e-mails marketing. Crie no consumidor a habitualidade de acompanhar seus conteúdos e ele se tornará um cliente leal e apóstolo. E se você, micro, pequeno ou médio empresário, quer desenvolver seu planejamento com base na lógica da AIDALA, baixe a planilha desenvolvida pelo professor Marcelo Nakagawa, para o Movimento Empreenda, no link http://goo. gl/KuINyI, do Portal Risanet. Dirceu Nunes é consultor na empresa START Soluções em Marketing e Gestão de Negócios. dirceununes@consultoriastart.com.br

estrutura Por Valter Junior

A matriz de um calçado

Protótipos tridimensionais são cada vez mais utilizados pela indústria calçadista para evitar prejuízos e acertar 100% na produção do calçado.

Para produzir um calçado de qualidade, com encaixe e amortecimento perfeito, medidas exatas e que seja resistente e confortável, as peças que o compõem também devem ser bem fabricadas. A produção de algumas dessas peças é tão ou mais complexa quanto a montagem do próprio calçado. O solado, por exemplo, é 50% de um calçado, é a peça mais sobrecarregada e a responsável por amortecer o impacto dos pés com o chão. Se o cadarço de um tênis estraga o dono pode simplesmente tro-

cá-lo por outro da mesma cor. Se a costura do cabedal começa a se desfazer basta queimar a ponta da linha. Se a palmilha está velha, outra nova resolve. Agora se o solado estraga, todo o calçado está comprometido. E se o solado for mal produzido, pior ainda, até mesmo novo é um incomodo. Na produção de um solado a principal ferramenta é a matriz. E você sabe como se faz uma matriz? O processo de desenvolvimento de matrizes envolve alta tecnologia e matéria prima de ponta para garantir

Modelo de matriz produzida pela Q’moldes com o solado já injetado

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uma pisada firme e confortável. O processo começa na escolha do modelo e tipo de peça que o fabricante deseja. Informações básicas como escala, especificações técnicas e forma são passadas às matrizarias que criam um modelo virtual antes de fabricar a matriz. Em alguns casos é feita uma maquete para visualizar previamente como o produto vai ficar depois de pronto. Pela maquete, que custa 20% do valor de uma matriz, é possível fazer correções no projeto e evitar gastos extras.

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A confecção da maquete é essencial para injeção de peças na medida certa. Em Nova Serrana a Líder Injetados produz Peças de TR, PVC, PVC micro expandido, TPU e EVA prensado, para tênis masculino e feminino adulto e infantil, jogging, casual, e peças para sandálias. O fundador da empresa, Geraldo Luiz Gonçalves, confirma a importância da maquete. “Com ela é possível ver um embrião do projeto com custo reduzido. Sem essa etapa o barato pode sair caro”. O próximo passo é a digitalização a laser da amostra física da matriz. A diretora da matrizaria Usimolde, Débora Rabello, explica mais sobre o processo. “O modelo aprovado pelo cliente é enviado ao setor de usinagem, onde o desenho é transformado em linhas para a leitura dos computadores e

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os dados enviados para as máquinas que produzem as matrizes”. O último estágio é a produção manual. Nesta etapa os últimos ajustes e acabamentos são realizados e a matriz é testada a fim de garantir a qualidade do produto. Matéria prima e durabilidade Para a confecção de matrizes é indispensável a escolha adequada da matéria prima. Algumas matrizarias utilizam apenas o duro alumínio, outras, por exemplo, que fabricam produtos mais complexos utilizam materiais como aço, alumínio e zamac (liga composta por quatro componentes metálicos: Alumínio, Cobre, Magnésio e Zinco). A escolha do material adequado para cada tipo de projeto também é importante, caso contrário, a matriz pode comprometer a injeção do solado, resultando

em deformidades e rebarbas. O preço de uma matriz é bem salgado. Sendo assim, alguns cuidados devem ser tomados para que o produto tenha vida útil longa e não comprometa a produção. O primeiro cuidado, de acordo com o diretor da Líder Injetados, é com o desenvolvimento do projeto. “Ele deve ser planejado e bem elaborado para que o mesmo seja executado com boas condições de segurança e durabilidade”. Manusear com cuidado a matriz ao colocar e retirá-la da injetora é muito importante. A regulagem acertada da máquina pelo injetador também é parte imprescindível para manter uma matriz bem conservada e duradoura. Além disso, é recomendável não utilizar ferramentas inadequadas para o conserto das peças.

A produção da matriz passa por vários processos

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Maquete

Maquete é uma representação tridimensional, em escala exata, de algo que já existe ou que pode vir a existir. O termo foi criado por escultores franceses para designar as peças preliminarmente elaboradas em gesso. Entretanto, esse tipo de representação já era usado pelos Vikings para criar modelos de navios, pelos chineses (há 1500 a.c.) e por índios brasileiros para projetar casas, e tornou-se comum a partir do Renascimento. Na indústria calçadista os protótipos são usados, principalmente, para produzir matrizes. Partindo do alto custo necessário para produzir uma matriz, uma representação prévia que possibilite ajustes e correções para a fabricação de um produto perfeito é indispensável para quem quer evitar prejuízos. E como se produz uma maquete? Quais materiais são usados? Os sócios Jadir Silva e Anísio Batista, da Projetec Maquetaria, que há oito anos cria maquetes de matrizes para indústria calçadista e lustres rústicos, falam um pouco sobre a produção. “A produção de uma maquete começa através do cliente, que fornece a forma ou o solado para a confecção do contorno. Através do contorno é criado um desenho de acordo com o desejo do cliente. Após isso, é feito um modelo com a contração do material, que pode ser SBR, TR, PU, PVC e outros. No caso de maquete manual é utilizado madeira e borracha”, explica Jadir. Erros na hora da fabricação de uma maquete podem comprometer toda a produção do solado e outras peças injetadas, consequentemente, do calçado como um todo. As falhas mais comuns são erros de cálculos na hora de realizar a contração do material e nas medidas do contorno ou desenho. Para evitar esse tipo de deslize, Jadir explica que é necessário “fazer uma conferên-

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cia completa antes do começo da confecção da maquete e depois de finalizá-la”. Maquetes podem ser feitas de centenas de materiais, tamanhos e escalas, dependendo da utilidade que lhe será conferida. As maquetes feitas para produzir matrizes de solados e peças injetadas usadas na fabricação de tênis, sapatos, sandálias e chinelos, por exemplo, são feitas, na maioria das vezes, com borracha e madeira.

A designer Janina Alleyne usou uma impressora 3D para projetar curvas e criou a maquete “Exoskeleton Collection” para um solado de salto alto.

detalhe

Maquete para os calçados A Projetec Maquetaria produz modelos tridimensionais que dão uma visão antecipada do produto antes mesmo de produzí-lo

Fachada da maquetaria na cidade de Franca/SP

Quem nunca fez uma maquete nos tempos de escola? Papelão, isopor, cola e muita imaginação é o necessário para as crianças se sentirem grandes arquitetos e construtores do mundo. A maquete é utilizada nas escolas para possibilitar uma visão mais completa da realidade e dimensão de completude. Mas nem todo mundo trata maquete como brinquedo de criança. A Projetec Maquetaria produz modelos tridimensionais que fornecem aos clientes uma visão antecipada da matriz antes mesmo de sua produção, evitando produtos defeituosos e prejuízos. Há oito anos no mercado de maquetes para solados e lustres a Projetec buscou mais uma vez surpreender e melhorar o serviço prestado. Agora em novo endereço, a empresa tem mais espaço e uma loja organizada para atender melhor seus clientes. Além de melhor localização a qualidade dos produtos da Projetec evolui a cada dia. A equipe conta com funcionários de alto nível profissional para a

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confecção de maquetes e uma forma única de relacionar com os clientes. A Projetec está situada na rua Elias Nassif Sobrinho, nº 281, no bairro São Joaquim, em Franca. Os sócios Jadir Silva e Anísio Batista ressaltam que o diferencial da empresa é a atenção dada ao cliente. “Trabalhamos com produtos de alta qualidade e profissionais capacitados. Nossa filosofia é fazer dos clientes parceiros e proporcionar as melhores condições de negociação para eles”, diz Jadir. “O mais importante é que eles estejam satisfeitos com o produto e com as condições para procurar outra vez à nossa empresa”, completa Anísio. Os produtos da Projetec são negociados em várias cidades de Minas Gerais e São Paulo, como Franca, Nova Serrana e São Sebastião do Paraíso e São Paulo. Para alcançar o nível de qualidade e o reconhecimento dos clientes muito trabalho foi feito ao longo destes oito anos. “Trabalhamos com ética

e qualidade e cumprimos nossos prazos de entrega”, ressalta Jadir sobre as dificuldades enfrentadas como o aumento da concorrência e os preços. Além disso, as qualidades pessoais dos colaboradores da Projetec contribuem para fazer da empresa uma referência para os empresários do setor Coureiro-Calçadista do Brasil. As matérias primas de alta qualidade, o bom atendimento e o compromisso com os prazos comprovam isso. E no que depender de seus sócios a Projetec ainda tem um longo caminho a trilhar. Futuramente a empresa pensa em entrar no mercado industrial com máquinas modernas para confecções das maquetes, tendo seu próprio Centro de Usinagem. “E não podemos esquecer as nossas raízes que é fazer dos antigos clientes verdadeiros parceiros de negócio e conquistar novos”, finaliza Anísio. Projetec Maquetaria Rua Elias Nassif Sobrinho, 281 Franca/SP - (16) 3721-5875

Novidade

Versális

Alta tecnologia e precisão para a indústria do couro

O setor coureiro-calçadista do Brasil agora tem uma nova solução de corte de alta tecnologia que foi lançada pela Lectra durante a Fimec 2014. A “Versalis” combina o uso de softwares de última geração com maquinário de corte e promete sacudir o mercado. A Versális combina velocidade, qualidade e precisão na produção em couro. Ao integrar software e maquinário de alta tecnologia as vantagens da Versális se tornaram muitas. A a economia de matéria prima em razão da ausência de desperdício chega em até 15%. A precisão no corte do couro e o controle dos processos em tempo real permitem o monito-

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ramento da qualidade durante todo o ciclo produtivo. Além disso, possibilita flexibilidade de configuração da solução de acordo com as necessidades específicas de cada empresa. Durante o lançamento na Fimec, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer a solução em detalhes nas apresentações realizadas por especialistas da Lectra. LECTRA A Lectra é líder mundial em soluções de tecnologia integradas que automatizam, modernizam e aceleram a criação do produto, seu desenvolvimento e processos de manufatura para indústrias que utilizam

materiais flexíveis. A Lectra desenvolve os mais avançados e especializados softwares e sistemas de corte, e fornece serviços associados para uma série de mercados, incluindo o da moda (vestuário, acessórios e calçados), o automotivo (assentos e interiores de carros, airbags), o de móveis estofados, e também para uma grande variedade de outros setores, como as indústrias aeronáutica e marinha, eólica e de equipamentos de proteção pessoal. A Lectra atende 23 mil clientes em mais de 100 países, contando com 1350 funcionários e um rendimento de $256 milhões em 2012. A empresa está na lista do NYSE Euronext.

INVESTIMENTO Por Valter Junior

Evoluindo para o bem

A empresa Ademar Componentes cresce a passos largos para favorecer o crescimento do setor da moda em Nova Serrana/MG

Fachada na nova sede que fica em ponto estratégico no bairro industrial de Nova Serrana/MG

A moda é formada por vários elementos. Ela não é só peças de roupas, sapatos, tecidos, looks e modelos. A moda é mais que isso, é sentimento, bom senso, visão de futuro, elegância e, principalmente, detalhes. O que passa imperceptível aos olhos da maioria das pessoas é, na verdade, o que mais interessa. No universo da moda, seja de calçados, roupas e acessórios, o detalhe, muitas vezes, se torna o principal elemento de um produto. Quando se fala em moda calçadista, os detalhes se tornam ainda mais importante. Uma simples olhada em um calçado permite sua visualização completa. Dessa forma, enfeites, fivelas, rebites, pedrarias, estampas e outros detalhes precisam ser meticulosamente escolhidos para que o produtos chame a atenção do cliente. Caso contrário, dificilmente ele fechará negócio. E

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ainda tem mais, se os detalhes forem mal escolhidos ou combinados, o produto tem grande chance de cair no descrédito. Por muitos anos, a Capital Nacional do Calçado Esportivo sofreu com a falta de materiais de qualidade, máquinas, peças e acessórios para produzir produtos que pudessem competir no mercado nacional. Peças importantes da evolução do calçado em Nova Serrana foram as empresas de materiais de componentes. Além de garantir matéria prima para a produção de calçados, na maioria das vezes, são essas empresas que levam até o fabricante o que há de mais novo no mundo da moda. Em 2001, pensando em fornecer equipamentos, máquinas, componentes e acessórios para o setor calçadista do polo de Nova Serrana, o casal Ademar Lage de Carvalho e Mara Lucia Barbosa de

Carvalho fundaram a Ademar Componentes para Calçados. Atualmente, a empresa tem clientes em todo território nacional e suas peças estão em todas as regiões do país. Sempre conectada às tendências da moda, a Ademar Componentes tem um estoque com grande variedade de produtos, como máquinas, ferramentas e acessórios para atender de forma adequada o setor calçadista. A empresa conta com aproximadamente 2.500 modelos de acessórios em estoque atualmente. Somados aos demais componentes, o total de itens aproxima-se de 3.000. Além disso, mantêm o compromisso de prestar atendimento ágil e oferecer soluções para o desenvolvimento de modelos, otimizar o processo de produção, reduzir os custos e, consequentemente, contribuir para a evolução dos artigos da moda calçadista.

INVESTIMENTO

A equipe de atendimento: Esquerda para direita, Felipe, Thiago, Gilmar, Eustáquio, Luiz Felipe, João Paulo, Leandro, Francismar e Enoque

Como a maioria das empresas, a Ademar Componentes enfrentou muitos desafios durante sua história e aprendeu com o erros. Os sócios contam que a falta de experiência os colocaram em verdadeiras emboscadas. “O baixo capital de giro e os prejuízos acumulados por inadimplência colocaram a empresa em uma situação difícil”. Por meio de novas parcerias, os sócios conseguiram driblar o infortúnio e seguir em constante crescimento. “Conseguimos desenvolver um modelo de negócio que tornou mais baixo o custo de estocagem. A empresa também passou por algumas reestruturações operacionais e passou a aumentar significativamente seu mix de produtos”, lembra Ademar. As características peculiares da empresa, assim como de seus diretores, também foi ponto importante na estruturação da empresa. Ademar fala um pouco mais desse diferencial. “Priorizamos o respeito, a qualidade, a eficiência no atendimento. Buscamos as necessidades do cliente e procuramos atendê-las de forma pontual, sempre pensando na melhor relação entre custo e produção”. Com 13 anos de trabalho, a Ademar Componentes comercializa seus

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produtos em todo o Brasil e gera mais de 10 empregos diretos. A empresa é especializada em acessórios metálicos de moda, como fivelas, enfeites, passadores, rebites e ilhoses. Também comercializa outros componentes como elásticos, velcros, mantas, correntes e pedrarias, além de máquinas e ferramentas voltadas para a indústria da moda. Em 2014, a Ademar Componentes passou a funcionar em nova sede, melhor localizada e com mais espaço. E não vão parar por aí. O objetivo dos diretores é aumentar ainda mais a variedade de produtos para melhor atender o cliente e, consequentemente, aumentar seu faturamento. “Pretendemos aumentar pelo menos 30% a variedade de ofertas de componentes em um prazo de três anos. A longo prazo, nossa meta é a construção da sede própria com infraestrutura totalmente adequada para a comercialização de componentes de moda”, afirma a sócia Mara Lúcia. A Ademar Componentes está situada à rua José Militão dos Reis, nº142, no bairro Park Dona Gumercinda Martins. Os produtos também podem ser visualizados pelo site www.ademarcomponentes.com.br.

“

Pretendemos aumentar pelo menos 30% a variedade de oferta de componentes em um prazo de três anos”

”

profissão

Por Victor Barbieratto

Design Diferencial Competitivo

Poderíamos escrever dúzias de páginas para contarmos a origem do design, bem como suas mais diversas aplicações. Apesar de não ter uma palavra em português que defina sinteticamente o que significa design, podemos pensar na junção de duas vertentes: uma primeira que se trata do visual, da aparência, da estética, do desenho. Outra é a composição do projeto, do pensar, elaborar e executar. Design é a idealização, criação, desenvolvimento, configuração, concepção, elaboração e especificação de objetos que serão produzidos industrialmente ou por meio de sistema de produção seriada e que demandem padronização dos componentes, compatibilização do desenho para construção em maquinário mecânico ou manual, envolvendo a repetição das diferentes etapas de produção. Essa é uma atividade estratégica, técnica e criativa, normalmente orientada por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema. Enfim, o design é uma atividade projetual muito complexa, que envolve não somente os desenhos e combinações de cores. Quando falamos no design dos calçados, temos ainda mais exemplos da atuação destes profissionais, por se tratar de um tipo de produto que possui diversos componentes e plataformas de atuação – desde solados 3D complexos até tecidos com impressões digitais que são basicamente obras de design gráfico. Obviamente não conseguimos ter uma visão completa de todas as fábricas de calçados e componentes, porém, como designer, tenho reconhecido dois grandes grupos em minha vivência de projetos em marcas grandes, médias e pequenas.

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profissão

O desenvolvimento nas grandes marcas O primeiro grupo é o das grandes marcas – que vendem muitos produtos e possuem uma estrutura corporativa mais complexa e completa. Neste tipo de empresa, existem os departamentos separados por atividade e setor, cada um com sua equipe especializada. No departamento financeiro, os funcionários cuidam exclusivamente das entradas e saídas monetárias da empresa. No departamento de RH, os funcionários cuidam exclusivamente das relações interpessoais dentro da companhia, além de contratações, demissões, relacionamento com sindicatos, etc. Quando focamos no desenvolvimento dos produtos e coleções, temos primeiramente a estrutura do departamento de marketing. São estes profissionais que fazem o relacionamento com os representantes e o departamento comercial. As informações obtidas com a análise qualitativa e quantitativa das vendas geram novos vetores estratégicos para as próximas coleções (e até para reforços de coleções em linha). Com base nos dados coletados, o departamento de marketing formula um briefing de criação, no qual existe toda a preocupação com a coleção como um todo – produtos alocados em cada espaço de mercado. Além dos preços de venda, o briefing contém informações importantes sobre o público-alvo de cada produto, custo-alvo

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Veja a modelagem 3D de solado projetado pelo Creek Design Studio para a Atta Injetados

dos mesmos, volume esperado de produção, forma de divulgação e canais de venda. Estas informações são imprescindíveis para que os produtos projetados estejam totalmente alinhados à necessidade detectada pelo departamento de marketing. Se algo sair do esperado nesta etapa, teremos produtos que foram fracassos de vendas. O departamento de design e desenvolvimento recebe o briefing da coleção e inicia suas pesquisas. São realizadas viagens e pesquisas de mercado, visando interpretar quais são as tendências de consumo, e como os consumidores enxergam os produtos da marca atualmente, perante seus concorrentes diretos e indiretos. Após a pesquisa, são formuladas ideias sobre a estru-

tura da coleção, envolvendo as plataformas que serão trabalhadas (solados, materiais, cores, enfeites, comunicação). Estas definições são importantíssimas, podendo ser consideradas os alicerces para que a coleção seja estruturada. Também são as etapas mais demoradas de todo o processo de pesquisa e desenvolvimento das coleções, por serem necessárias atividades com matrizarias, modelagens 3D e outras. Nesta etapa, são analisadas as coleções anteriores e, com critério, são selecionados os projetos que serão retrabalhados, os que serão mantidos e os que serão excluídos, dando lugar a produtos completamente novos. Com a estrutura da coleção definida, inicia-se o processo de criação dos projetos.

profissão

Exemplo de prancha de desenvolvimento de calçado (Richard Kuchinsky)

Chegamos ao ponto mais visual do trabalho dos designers, mas que na realidade representa uma pequena parte de suas atribuições. Com desenhos, recortes de revistas, amostras de materiais e quaisquer outras ferramentas disponíveis, os designers apresentam suas propostas para cada produto que compõe a coleção de calçados. Novas tecnologias sempre ajudam neste processo – por exemplo, recentemente o Creek Design Studio adquiriu uma impressora 3D, buscando agilizar e diminuir os custos do processo de maquetes para solados, enfeites e demais detalhes de projetos. Como os designers sempre trabalham no âmbito visual, apresentar um projeto palpável pode ser determinante na sua aprovação.

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Impressora 3D Cliever CL-1

profissão

Divulgação da marca Magia da Terra, projeto conduzido pelo Creek Design Studio

Os designers trabalham em conjunto com os developers, profissionais responsáveis pela produção das primeiras amostras e pré-custos dos projetos. Do inglês development, os desenvolvedores são aqueles que transformam os projetos em 2D para o 3D. Voltando às grandes empresas e seus departamentos, temos enfim a reunião de aprovação dos projetos da coleção. São reunidos os departamentos de marketing (que gerou a demanda), o departamento de design (que apresentará suas respostas ao briefing) e o departamento técnico (modelistas e engenharia de fábrica). Nesta reunião, toda a coleção é apresentada, com detalhes técnicos e pré-custos de cada modelo. Somente com todos estes dados, a coleção pode ser avaliada, pois cada produto deve estar dentro do custo-alvo, ter visual condizente com o público-alvo e empregar soluções técnicas possíveis de serem resolvidas na fábrica. Depois de toda a coleção definida, são feitas novas reuniões para apresentação de cada produto aos coordenadores da

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fábrica, além de feitos os projetos de comunicação visual e material de vendas da coleção. A preocupação com a forma de divulgação dos produtos é também atividade dos designers, pois é por meio destas peças gráficas que seus projetos serão vendidos. A correta relação entre o ambiente, a modelo, suas poses, roupas e o calçado foram essenciais, por exemplo, para demonstrar os conceitos abordados na coleção da Magia da Terra. Somente com todas estas etapas concluídas, é agendada uma apresentação para a equipe comercial da empresa, data na qual estes profissionais serão tomados por uma nova história, novos conceitos e temas. São feitas as apresentações produto a produto, com toda a argumentação necessária para que os mesmos sejam sucesso de vendas. Um exemplo que pode ser citado foi a coleção feminina dos calçados adventure Montreal, que precisavam unir a delicadeza feminina com a robustez dos produtos adventure. Desde o princípio do desenvolvimento dos produtos,

ficou clara a necessidade de estudo e pesquisa do público-alvo, para que os produtos tivessem a dosagem certa dos conceitos citados, aliando tudo às soluções técnicas disponíveis na empresa. Com todo o desenvolvimento finalizado, a equipe de vendas vai a campo e, conforme apresentam a coleção aos clientes, novas requisições, alterações e soluções para novos produtos. Estas observações irão compor o novo briefing que dará início a todo o processo novamente.

Exemplo de projeto com diversos pontos de atenção para a pesquisa e desenvolvimento – Montreal Calçados e creek design studio

profissão

O desenvolvimento nas pequenas marcas Nas médias e pequenas marcas, a estrutura corporativa é mais enxuta, na qual muitos funcionários exercem diversas funções. Dificilmente temos um profissional exclusivo para cada setor, além do departamento de desenvolvimento ser um dos mais prejudicados. Com a dificuldade em conduzir pesquisas e conseguir antever as necessidades e anseios de seu público-alvo, as pequenas empresas costumam basear suas coleções em visões diretas de sua equipe de vendas. O problema é que para toda consideração, devese utilizar um filtro – a estratégia de atuação da empresa. A equipe de vendas é responsável pelo dia-a-dia, pelos resultados imediatos e seu desempenho é medido em números de vendas por mês. A diretoria da empresa deve-se preocupar com a continuidade do processo, com o valor e reputação de sua marca no mercado. Não tendo uma equipe de marketing responsável pela manutenção da estratégia e dos valores da marca, projetos forado-eixo podem ser requeridos e executados, sem que se perceba que apesar de trazer um lucro imediato, o prejuízo no longo prazo será maior. Este foco mal ajustado, direcionado a produtos “que estão vendendo” pode fazer com que a empresa perca seu reconhecimento por parte dos clientes e, assim, tenha seu volume de vendas reduzido

cada vez mais. A equipe de desenvolvimento, nas pequenas e médias marcas, normalmente não possui os profissionais exclusivos para cada cargo. Não é raro encontrarmos modelistas técnicos exercendo atividades de pesquisa, desenho, criação, seleção de fornecedores e outros itens que são funções dos designers. Não há, neste tipo de empresa, uma preocupação com a formação daquele profissional. A pergunta “para o quê este profissional foi preparado?” normalmente é ignorada. Um modelista técnico, por exemplo, possui diversas atribuições em sua formação – é o profissional recomendado para resolver tecnicamente quaisquer problemas dos calçados, além de ter conhecimento para se desenvolver novas formas, matrizes, corpos de fôrma, modelar e destacar novos projetos, solucionar e propor novas formas de se obter melhor consumo de materiais. Como este profissional poderá exercer com total capacidade suas atribuições, quando precisa pesquisar, criar, desenhar e desenvolver os produtos como um todo? Para que esta pesquisa seja feita, são realizadas viagens, são assinados sites com material inovador, ou as pesquisas são realizadas em fontes de informação básica, das quais grande parte dos concorrentes têm acesso? É muito provável que você esteja

ou conheça uma empresa que responderia SIM para todos estes questionamentos. Para que sejam obtidos produtos inovadores, que chamem a atenção dos consumidores e agreguem valor à marca, é necessário um investimento em desenvolvimento. Uma correta estruturação dos departamentos de marketing, design e development é essencial para que se tenha uma visão antecipada das macrotendências e, assim, se consiga apostar com maior exatidão nos produtos das coleções. A atividade de design visa minimizar os riscos das marcas em relação às suas apostas em novos produtos e coleções. Com muita transpiração e inspiração, sempre se consegue traçar uma estratégia que seja condizente com o mercado e, por consequência, criados produtos que são rapidamente absorvidos pelos consumidores que foram estudados. Em suma, o design é um diferencial competitivo que pode alavancar (e muito) os rendimentos das marcas, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Aposte em uma boa equipe de design e desenvolvimento. O retorno deste investimento virá mais cedo do que se imagina, e será mais duradouro ainda quando esta equipe tiver total conhecimento das possibilidades e da amplitude de atuação da marca para a qual projetam.

Victor Barbieratto é especialista em calçados. Graduado em Design de Produto pela Unesp, com MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV. Realizou trabalhos de desenvolvimento de solados, cabedais e arte-final para clientes do Brasil, Venezuela, México, Guatemala, França e Itália. Atuou como designer de calçados da Penalty nas linhas infantis, casuais, running e futebol. Atualmente, está à frente do Creek Design Studio (Ribeirão Preto/SP), desenvolve projetos em parceria com a Assintecal e é professor da escola de design Immaginare. Contatos: victor@creek.com.br www.creek.com.br

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CAPA Por Victor Barbieratto

O Brilhante Verão 2015

Brasileiro Aeroporto de Confins – obras inacabadas à beira da Copa do Mundo

Que estamos vivendo um período de mudanças, ninguém duvida. Nos últimos meses, os jornais divulgam cada vez mais detalhes sobre as melhorias e olhares voltados ao nosso país na época da Copa do Mundo. Porém, ao mesmo tempo, vemos diversas denúncias de fraudes e superfaturamento que nos deixam aterrorizados. Quem viaja pelo país percebe claramente os atrasos em obras nos estádios e, talvez ainda mais importantes, os inúmeros atrasos em obras de mobilidade e acesso urbanos. Os aeroportos estão com obras atrasadas, com todas as suas regiões em situação precária.

Mas, apesar de tudo isso, os brasileiros se empolgam e aguardam ansiosamente o início do que pode ser a “melhor Copa de todos os tempos”. Temos todos os motivos para acreditar que nossa Seleção brigará pela taça, e trazer assim um pouco de alegria para um povo que mescla os sentimentos mais antagonistas que podemos pensar. De Norte a Sul, listamos influências de todas as partes do mundo, necessidades e desejos diferentes. São estas diferenças que tornam nosso país tão especial. E é nestas diferenças que devemos focar para construirmos nossas coleções de produtos para o Verão 2015. No Fórum de Inspirações Verão 2015 da Assintecal, foi abordado o surgimento de um nacionalismo inédito, fruto de inúmeros fatores, como o aumento da consciência política e o engajamento em causas sociais, entre outros assuntos. O desejo coletivo de criar um país do qual possamos nos orgulhar cada vez mais implica a exaltação de nossas raízes, tradições e valores mais ancestrais. A questão da brasilidade, que andava dormente, de repente ganhou uma enorme injeção que não poderíamos deixar de examinar.

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Produtos Conceituais Primeiramente, vamos falar de nossos produtos conceituais – aqueles que fazem vitrine, que chamam a atenção dos clientes e valorizam a marca que representam. A estratégia para estes produtos é antecipar as grandes tendências mundiais, causando encantamento e agregando valor para os usuários. Para estes produtos, olhamos para o caos urbano como catalisador de uma nova estética, onde a vida e a cultura essencialmente urbanas se desenvolvem em meio a construções humanas: prédios, ruas, praças e shoppings.

O desfile de Christopher Shannon Spring/Summer 2014 trouxe diversos elementos da cultura urbana – sobreposição de estampas e texturas, facilidade e adaptações das peças a diversas temperaturas, como esta jaqueta, que se transforma em um colete.

Tecido dupla-face desenvolvido por Victor Barbieratto e a empresa BHZ Design, de Belo Horizonte - MG. Neste tecido, folhas secas foram dubladas em sanduíche, formando um relevo diferenciado e traduzindo as ações humanas em detrimento da natureza. O verso estampando um pulmão corroído nos lembra das influências negativas da poluição urbana.

Desfile de Emma Mulholland, no qual as peças totalmente urbanas expressam os emaranhados de fios em justaposição com as iluminações frenéticas das grandes cidades.

Solado de EVA desenvolvido por Victor Barbieratto e a empresa Duolev, de Franca – SP. Neste produto, o conceito urbano foi levado à sua extrema amplitude, com um solado extremamente leve, prático e que comporta os modelos de calçados em voga nos cenários das grandes metrópoles mundiais.

capa Os espaços públicos são transformados pela street art, a customização atinge os acessórios, objetos de decoração e até espaços públicos.

Neste elástico com estampa digital desenvolvido por Victor Barbieratto e a empresa Stickfran, de Franca – SP, temos claramente as obras de street art servindo como inspiração para diversas aplicações no mundo da moda. As cores, aplicações sobrepostas de ilustrações e a atitude desta corrente artística são temas de difusão muito grande pelas cidades e, quando bem incorporadas ao design de produtos, podem ser diferenciais interessantes nas coleções.

No desfile de Katie Eary Summer 2014, podemos ver modelagens despojadas e a forte presença do laranja, fortes evidências das grandes metrópoles em suas peças. É inevitável notarmos a estampa de onça, porém ela aparece com um visual desgastado, como se tivesse sido lavada.

Formas geométricas, simples e coloridas, parecem simplificar, simbolicamente, a vida estressante e confusa dos citadinos.

Cabides de acrílico desenvolvidos por Victor Barbieratto e a empresa Affare Laser, de Franca - SP, baseados na arte do grafiteiro Zezão, que iniciou seus trabalhos nas galerias pluviais de São Paulo e hoje expõe suas obras em galerias de arte e museus de todo o mundo.

Em todas as peças publicitárias e shows de seu álbum de 2013 “Random Access Memories”, os artistas do Daft Punk vestem smokings brilhantes Yves Saint Laurent. Os reflexos e o design de seus capacetes remetem às grandes metrópoles e seus prédios e construções tecnológicas.

Couro desenvolvido por Victor Barbieratto e a empresa Couroquímica, de Franca/SP. Nesta pele, foi trabalhado o conceito dos focos de luz das grandes metrópoles, com uma junção dos alambrados e diversos sinais geométricos encontrados nestas cidades. O toque macio e ao mesmo tempo robusto nos traduz a sensação de proteção almejada pelos seus singelos habitantes.

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Produtos de Planejamento Agora vamos falar sobre aqueles produtos que um dia foram conceituais, mas que foram sucesso de crítica e agora estão em fase de planejamento. Esta é uma etapa importante, pois são feitos diversos estudos de viabilidade produtiva e comercial, visando sua entrada definitiva na produção maciça da empresa.

Para estes produtos, enfocamos o hedonismo das cidades litorâneas, onde o sol, a praia e o mar são o ponto de encontro e de partida de tudo e todos. São lugares em que a natureza se impõe e o horizonte aberto convida à contemplação, e nos quais visualizamos os antagonismos entre a abundância e a escassez, o local e o de fora, o latifundi-

A assimetria e o acúmulo de pedaços de madeira fazem jus ao nome da Poltrona Favela, dos Irmãos Campana.

ário e o escravo, o belo e o feio, o jovem e o velho, que tanto expõem a diversidade de nosso país. A arte das favelas da foco a produtos fabricados com materiais reaproveitados, que antes eram descartados. Temos daí referências de importantes artistas brasileiros como os Irmãos Campana e Arthur Bispo do Rosário.

Manto de Arthur Bispo do Rosário, brasileiro que foi internado por 50 anos na Colônia Juliano Moreira, destinada a abrigar doentes psiquiátricos. Sua arte foi comparada a Marcel Duchamp, pois utiliza o mesmo conceito de que objetos do cotidiano podem ser levados para o campo das artes.

A francesa Givenchy trouxe, em sua coleção Resort 2014, também o tema do acúmulo, seja ele de estampas ou de peças. Com fotos tiradas dentro de uma barbearia, um destaque é o cabelo rosa dos modelos, outro destaque é a inscrição “favelas” em uma camiseta – referência explícita da fonte de inspiração da marca.

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Causam fascínio estas superfícies intricadas, com várias camadas, sejam de vegetação, sejam de madeira, couro, plumas ou paetês. Os materiais mais simples, quando trabalhados de maneira inusitada, revelam uma beleza surpreendente.

O verde e o rosa encontrados tão facilmente em nossa natureza serviram de base para este couro que mescla o brilho e o fosco com intensidade. O material desenvolvido por Victor Barbieratto e a empresa Mundo da Camurça, de Franca – SP, traz um conceito sobre a mata atlântica e nossos diferenciais, tão importantes para nossa cultura e história.

Além do toque natural, as manchas e diversos tons de verde traduzem com clareza nossa imensa diversidade natural. Este foi o conceito deste couro desenvolvido por Victor Barbieratto e a empresa Santa Croce, de Restinga – SP.

A vegetação tropical, as cores do pôr do sol e a arquitetura das favelas fornecem os elementos para a criatividade.

Laminado de PU com relevo imitando uma grande folha, desenvolvido por Victor Barbieratto e a empresa BHZ Design, de Belo Horizonte - MG. Neste projeto, a exaltação da natureza brasileira deu origem a um produto com toque e visual diferenciados.

Aqui, o brilho do verão toma força, com dourados e demais pontos de luz traduzidos pelas grandes marcas de moda mundiais, afinal o Sol nasce para todos. E quando ele se põe, na chamada hora dourada, todos se sentem igualmente abençoados e protegidos. Foto do desfile da marca Dolce & Gabbana, no qual conferimos uma forte alusão ao brilho do sol, com muita presença de tons dourados.

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Na campanha Resort 2014, a Gucci apresenta o brilho forte do sol em produções que unem luxo e conforto. As peças da coleção têm como pano de fundo o Rio de Janeiro, fonte de inspiração para a estilista Frida Giannini.

O brilho do sol refletido na água do mar foi a inspiração deste couro desenvolvido por Victor Barbieratto e a empresa FAF Couro, de Bariri – SP. O efeito molhado foi conseguido através da aplicação de transfer e papel especial.

Os raios de sol na areia e na água produzem efeitos luminosos impressionantes, que foram traduzidos neste couro com pintura, projeto de Victor Barbieratto e da empresa Policouro, de Franca – SP.

Produtos de Giro Rápido

Finalizando nossa coleção, temos os produtos de giro rápido e produção constante, para os quais trazemos a valorização de elementos primitivos e prosaicos, que até agora passavam despercebidos ao nosso olhar. Encontramos inspirações nos desenhos e texturas das carrocerias dos caminhões, no grafismo dos engradados de bebidas coloridos, nas listras dos uniformes dos times de futebol – dos mais famosos aos times de várzea.

A coleção Verão 2014 da Givenchy antecipou a tendência de listras e estrelas, em alusão às bandeiras e brasões dos times esportivos. Com a chegada da Copa do Mundo, esta é uma forma diferenciada de expor este conceito.

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Os gomos das bolas de futebol e as cores dos caminhões de madeira serviram de inspiração para esta manta de peles de tilápia criada por Victor Barbieratto e a empresa Aguapé, de Pindorama – SP.

Este laminado de PU aparentemente não possui nada de especial, mas é um material incrível. Baseados na inventividade dos brasileiros e sua constante busca pela utilização de técnicas diferenciadas, Victor Barbieratto e a empresa BHZ Design, de Belo Horizonte – MG, criaram este produto que é pintado com tinta 100% à base de terra. O resultado é um produto com toque, visual e história únicos, que refletem diversos aspectos de nossa cultura.

Nas casas, barcos e nos muros pelo país, as cores crestadas pelo sol e a madeira desgastada pelo uso remetem à passagem do tempo, que vagarosamente deixa marcas. Estes itens passam a ser considerados antigos e primordiais, pois estimulam e despertam os sentidos.

A alegria, espontaneidade, a geometria das fachadas das casas nordestinas e uma referência direta à bicicleta de um Goiano que se diz mecânico de discos voadores deu origem a este solado, projetado por Victor Barbieratto e a empresa W&A Solados, de Franca – SP.

As texturas e cores das casas e barcos desgastados pelo tempo deram origem a este solado projetado por Victor Barbieratto e a empresa K2 Solados, de Franca – SP.

A geometria das fachadas, dos tapumes e das embarcações cria uma identidade visual que encanta pela simplicidade. O lado mais comum do Brasil é também o mais especial. São estes atributos implícitos que buscamos nos produtos de nossas coleções. Atualmente, contar uma história pode nos render mais vendas do que simples produtos expostos. E nada melhor do que contarmos a NOSSA história – aquela que ninguém pode tomar pra si. Não precisamos ter produtos com a bandeira do Brasil e sempre nas cores verde e amarelo para transmitirmos brasilidade. Com uma boa pesquisa e projetos que consigam resgatar nossos maiores atributos, poderemos nos diferenciar e oferecer ao mercado produtos e coleções inovadoras, que despertem os sentidos e façam a diferença na vida das pessoas. No desfile de sua coleção Verão 2014, Adriana Degreas utilizou as formas geométricas com ênfase, produzindo peças com muito estilo e conceito.

Inspire-se nesta história e boas criações! 54 risa

tradição Por Valter Junior

Estratégia e Qualificação

Características da Q’Moldes, empresa que há 24 anos fabrica as melhores matrizes para solados do Brasil

Os sócios Alvaro Rogério, José Roberto (Badu) e Adriano Matallano

Vencer a concorrência está entre os maiores desafios das pessoas na atualidade. Todo mundo o tempo todo está tentando vencer alguém ou alguma situação. Concorre-se por vagas de emprego, pelo melhor lugar no cinema, pela fruta madura no mercado, pela última peça na prateleira. Quem está inserido no mercado sofre ainda mais com a carga de ter que correr para não ser ultrapassado. A concorrência pode tanto ser boa (quando estimula o aperfeiçoamento de ambas as partes) como pode ser injusta (quando não oferece as mesmas condições de competição). A decisão está na consciência das pessoas. Alguns se decidem pela corrida desleal, outros como usam a inteligência e traçam estratégias para estar na frente da concorrência sem ter que atropelar ninguém.

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A Q’Moldes, empresa especializada na fabricação de matrizes e maquetes para calçados e que já comercializa seus produtos em todo o Brasil e Mercosul. Resume bem o que é combinar inteligência, estratégia e muita dedicação ao trabalho. Sua história está intimamente ligada à figura de seu fundador, José Roberto, conhecido como Sr. Badú, que forneceu os princípios básicos e a filosofia de trabalho que mantém a Q’Moldes, há mais de duas décadas como uma das maiores empresas do ramo de matrizes. Atualmente a Q’Moldes produz matrizes para calçados em TR, PVC, PU, microexpandido, bicolor, tricolor, fullplastic, injeção direta, borracha, maquetes usinadas entre outros. Seus produtos estão em todos os polos calçadistas do Brasil,

com destaque para o sudeste e também em países do Mercosul. Na última década a empresa implantou seu parque industrial e adquiriu as máquinas do centro de usinagem. As mudanças resultaram na maior qualidade do produto final, no acabamento e na precisão das matrizes usinadas. A empresa possui 28 colaboradores e é comandada pelos sócios Adriano Matallano Ortiz, Álvaro Rogério Deza e José Roberto Balestero Ortiz. São quase 25 anos de experiência aliando produtos precisos e confiáveis com pontualidade nos compromissos com os clientes. Uma das maiores preocupações de seus diretores, desde a fundação da empresa, é com a qualificação de sua mão-de-obra. Herança herdada de Sr. Badú, a capacitação técnica de seus colaboradores

tradição

Máquinas modernas resultam em produtos mais precisos e de qualidade.

é uma das receitas da empresa para manter a qualidade do produto e uma indústria sólida em estrutura e pessoal. Outra particularidade que foi continuada pelos atuais administradores é a gerencia total dos projetos desenvolvidos pela empresa. “Todos os passos são acompanhados, desde sua concepção como protótipo até a entrega do produto final para o cliente”, diz Adriano. Sr. Badú A história da Q’Moldes se confunde com a trajetória de seu fundador, Senhor José Roberto. Badú começou a trabalhar com 11 anos como faxineiro em uma indústria de matrizes. Com os anos passou a exercer a função de ajudante e depois matrizeiro, na época as matrizes eram feitas artesanalmente em aço. Aos 18 abriu sua primeira empresa de matrizes, na cidade de São Paulo. Com o olhar visionário e empreendedor, Badú percebeu que poderia ter mais vantagens de competição se estivesse melhor localizado. Para instalar a nova sede, Badú escolheu a cidade de Serrana/ SP, em função de sua localização estratégica. A cidade está situada entre os polos de Franca, Birigui e Nova Serrana, o que possibilita uma logística mais eficiente, Além de fazer parte da região de Ribeirão

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Preto, grande centro com forte comércio e oportunidades de empregos e negócios. Nascia então a Q’Moldes. Na época havia pouca mão de obra qualificada na região, o que levou Sr. Badú a investir no aprimoramento e capacitação técnica de seus colaboradores. Com a evolução dos produtos e máquinas e a implantação do parque industrial o quadro de funcionários passou a ser ainda mais técnico para atender a tendência moderna do centro de usinagem. Olhar pra frente Apesar de já estar consolidada no mercado, os diretores da Q’Moldes sabem que não podem se acomodar ou serão ultrapassados. Prova disso é o novo mercado re-

cém conquistado que ainda abrirá novas portas, o Mercosul. “O mercado está em constante modificação: novas tendências, novos negócios, novos mercados, novos clientes e nova demanda. Diante destas rápidas modificações a empresa visa atingir novos mercados e oportunidades”, comenta Alvaro Deza. Para isso a Q’Moldes estruturou sua logística própria preservando a relação comercial direta com clientes e fornecedores para manter e cumprir seus prazos e compromissos. Sempre com produtos de alta qualidade e vida útil longa. Além disso, está desenvolvendo um novo site para atender todas as regiões do Brasil e o Mercosul e continuar a distribuir seus produtos por mais longos anos.

Precisão e maior qualidade na produção de matrizes

artigo

2014

Velocidade e Atenção Por Fábio Gomes

O ano de 2014 já começa a alcançar as velocidades esperadas em termos de produção, em especial para alguns mercados que alimentaram a combustão em 2013. Conforme publicação do Jornal A FOLHA DE SÃO PAULO, na edição 03 de março de 2014, o ano de 2013 teve um incremento de 2,3%, resultado que superou 2012, entretanto a força que a locomotiva da indústria teve que fazer para ter tal resultado foi extraordinária. No campo da gestão de nossas empresas pudemos sentir isto nas dificuldades de negociações de preços de ven-

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das, aquisições de insumos e por fim na carga tributária. Tais prerrogativas já fazem parte de nossas rotinas, decisões são tomadas sempre com margens baixíssimas e controles adequados diante recebíveis. O fato novo está na capacidade de geração de caixa a médio e longo prazo a considerar ameaças que possamos encontrar no transcorrer dos trabalhos ou seja o risco do negócio X risco financeiro. Sob uma análise econômica, somos capazes de prever nossos cenários, bastando montagens de fluxos das vendas, custos e resultados,

agora em falando-se nos riscos financeiros aqui deveremos ter a compreensão que “ em 20 minutos tudo pode mudar” (vinheta da BandNews). Com o apagão da mão de obra vem o fantasma dos não entregáveis, que passa a ser uma fraqueza cada vez mais potencial nas organizações. Faltam pessoas para as linhas de produção, para a administração dos estoques e por fim até para a logística, o que nos faz crer que a importação de mão de obra terá um grande impulso a partir de 2014. Fica a lição: curva A,B,C no mercado.

marketing Por Valter Junior

Como as grandes marcas

conquistam o mundo

campanhas

Estar presentes nas prateleiras não basta. Grandes marcas precisam estar na mente das pessoas

Campanha da Pampili para o inverno 2014

Para muitos empresários do setor couro-calçadista a linha de produção é a etapa peça fundamental que faz a engrenagem girar. Montar um calçado, roupa ou bolsa com material de qualidade e precisão na fabricação parece ser o bastante para que o produto caia no gosto do público. Mas só parece! Um produto de qualidade não chega nas mãos de lojistas e consumidores com as próprias pernas (aliás eles nem têm pernas). E mais que isso, ninguém usa apenas um par de calçado, uma peça de roupa ou só uma bolsa. A moda

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calçadista, de vestuário e de acessórios andam sempre em sintonia, já que o corpo é um todo e as peças de um look fazem parte de um conjunto. Apresentar o produto para o mundo vai muito além de fabricar e colocá-lo em qualquer prateleira. As formas de divulgação devem ser pensadas durante todas as etapas de desenvolvimento de um modelo, uma peça ou uma coleção. Um bom produto nasce a partir de um bom conceito, uma ideia primária que dê sentido à sua produção e o apresente como um produto integrado ao modo

de vida do público alvo. E o final não é a linha de montagem! Vender e conquistar espaço na mente das pessoas com a marca não se limita a uma peça de qualidade. Alguns produtos permanecem na mente dos consumidores como referência no segmento. Impossível não fazer ligação entre pasta de dente e a famosa ex-marca Kolynos, esponja de aço e Bombril, sabão em pó e Omo, refrigerante e Coca-Cola entre outros muitos. A prova disso que é marcas consideradas até pouco tempo como

campanhas

marketing

A Ballasox estampa a imagem da cantora Claudia Leitte em suas campanhas.

secundárias tem conquistado o público com campanhas geniais na tv, jornais, revistas e principalmente na internet. A produção em torno da apresentação de um produto, seja qual for a forma de publicidade é de grande importância para reforçar a marca no mercado e na cabeça das pessoas. Além disso, agrega valor ao produto e destaca os detalhes e as características próprias da marca. Todas as

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grandes marcas pensam em uma boa campanha antes mesmo de organizar a linha de montagem. As grandes marcas estão fortemente presente na internet por meio de websites, onde são apresentadas as coleções e as campanhas, blogs onde tem possibilidade de trabalhar a moda rápida e apresentar seus conceitos, e nas redes sociais, espaço para divulgação e interação com o público. Tam-

bém não abrem mão de estarem na tv, no rádio, em jornais e revistas, além de outdoors e outras formas de publicidade de massa. E para que a campanha tenha sucesso e atinja de forma eficaz o público alvo é indispensável a contratação de profissionais como modelos, fotógrafos, maquiadores, produtores de moda, cabeleireiros, design e a escolha adequada de acessórios e um ambiente que dialogue com o conceito.

campanhas

marketing

Orcade

A Orcade, que começou na produção de cintos de couro migrou para os calçados femininos, há quase trinta anos vem conquistando o público com o desenvolvimento de calçados sofisticados para todos os tipos de mulheres. Seguindo as principais tendências da moda internacional, A coleção inverno 2014 é inspirada em etnias, tons terrosos, artigos naturais, aplicações de metais, bordados e tramas compõem o estilo rústico chique.

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campanhas

marketing

Ferricelli A Ferricelli é uma marca de Franca conhecida internacionalmente pela produção de calçados casual, Dress e Summer. Suas campanhas focam o público jovem que gosta de se vestir bem com conforto e visual despojado.

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campanhas

marketing

san remo A San Remo é uma empresa já com 40 anos de mercado que trabalha com uma linha casual. Focada no público masculino, tem feito campanhas valorizando as tendências voltadas para quem transforma um simples gesto em estilo de vida. Divulgando em revistas e diversas mídias, sua comunicação tem agregado valor e sentimento a essa marca que cresce a cada ano.

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campanhas

marketing

Jorge Alex Presente no mercado desde 1983 com 4 lojas na capital paulista, situadas em Santana, Moema, Morumbi e Shopping Anália Franco, a Jorge Alex se consolida hoje como uma das principais referências de qualidade e estilo no mundo dos calçados. A variedade em mix de produtos, preços e estilos são marca registrada da grife, que atende a inúmeros públicos sempre com muito bom gosto.

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campanhas

marketing

Anzetutto A Anzetutto, desde 1994, se inspira na mulher contemporânea e busca aliar design e versatilidade para combinar com o estilo de vida da mulher moderna. Na Campanha Inverno 2014, a marca busca instigar as mulheres a saírem da zona de conforto e irem em busca daquilo que acreditam ser melhor para si e para os outros. Com uma pegada grunge e um toque de romantismo, a marca buscou inspiração na força dos movimentos juvenis da década de 80 para reforçar o conceito de atitude.

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campanhas

marketing

Século XXX Fundada em 1986, a Século XXX é uma marca de calçados femininos que produz artigos em couro de alta qualidade e design arrojado. A nova campanha para o inverno da Século XXX se inspirou no charme de Buenos Aires. O glamour da capital argentina sugere a personalidade do público da Século XXX, mulheres modernas e sofisticadas. As grandes estrelas da campanha são os sapatos que destacam estampas animais, efeitos metalizados e superfícies em napa, verniz e nobuck.

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vantagem

Design e Inovação

“É preciso estar aberto e conciso sobre a vida da empresa, onde a mesma se encontra hoje e onde ela quer chegar. Em um mercado onde os consumidores estão cada vez mais velozes e exigentes, pensar no detalhe do detalhe pode fazer toda diferença.” Por Luana Costa

Como forma de crescimento, o design e a inovação de produtos continuam sendo a principal vantagem competitiva das empresas em um mercado onde mais do que concorrentes, existem boas ideias. E porque não dizer que essas boas ideias podem colaborar agregando valor há empresa de várias formas: • Agregando valor a marca como forma de blindagem em uma crise econômica. • Melhorando os canais de vendas e distribuição do produto. • Se tornando marca referência em estilo. • Ganhando cada vez mais espaço nas vitrines de lojas e comércios. A inovação surge quando o diferencial pode ser visto no produto: visualmente o produto precisa agradar os olhos do consumidor, por isso o design, a diferenciação e o que é novidade, consegue atrair mais consumidores do que outros produtos “semelhantes”. O Brasil é claro tem seus altos e baixos na indústria em geral, mas de uma coisa tem-se certeza: existe brasileiro pra comprar muito produto. Um exemplo claro disso são as inúmeras marcas consagradas no mercado internacional que querem uma fatia do mercado brasileiro. O design de um produto não está apenas na forma, modelo, ou nos materiais utilizados para chamar atenção do consumidor. Ele pode ser percebido no conforto, na durabilidade, no desempenho, no propósito para o qual o produto foi criado. É preciso pensar no que o cliente busca. O que o cliente espera. O que o cliente precisa. A inovação de um produto não pode ser concebida apenas pela novidade na criação, mas também na inovação dos processos (melhorias), inovação em sustentabilidade,

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inovação em máquinas e equipamentos. Sempre em busca de tecnologias, e melhorias para a empresa como um todo, é essa a inovação que pode ser levada ao produto através dos colaboradores internos, através da responsabilidade com a sustentabilidade e o meio-ambiente, através da consciência de que a empresa precisa se conhecer para gerar valor para o cliente. Em um mercado cada vez mais competitivo e de alto padrão é preciso criar mais do que um produto vendável, é preciso estabelecer laços entre a empresa e o consumidor e isso pode ser feito com design e inovação. Uma vez que seu produto é amplamente agradável aos olhos do cliente fazendo com que ele compre novamente seu produto, acelerando a engrenagem do ciclo de venda. Muito mais que uma marca o consumidor espera que o produto possa lhe oferecer algo a mais, sendo assim a empresa precisa pensar na seguinte questão: Será que o que o consumidor espera de um produto pode ser realmente oferecido quando o mesmo levar o produto pra casa? Todos os membros da empresa precisam ter em mente o trabalho conjunto em prol do tesouro que é o cliente. Sam Walton fundador da Wal-Mart rede de supermercados onde hoje se vende de tudo um pouco, dizia que: “só existe um chefe: o cliente. E ele pode demitir todas as pessoas da empresa: do presidente do conselho até o faxineiro, simplesmente levando o dinheiro pra gastar em outro lugar”. Enfim o design e a inovação de produtos traz consigo responsabilidade, treinamento e planejamento. Uma vez que a missão, a visão e os valores da empresa tornam-se a sua bandeira, pode-se pensar em um novo caminho.

Veja alguns objetos com design inovador

Capa para celular inquebrável

Cadarço feito em fibra ótica

Doggles: óculos de sol para cães

Touchcubo

Cadeado pra garrafa

anunciantes

Anunciante

Telefone

Pag.

ABS Solados

(37) 3287-0281

Acecal

(37) 3226-3358

Ademar Componentes

(37) 3226-2420

Atta

(37) 3226-4487

Anunciante

Telefone

Pag.

Minas Batch

(37) 3226-8206

Miranda Componentes

(37) 3225-4249

Máquinas Morbach

(51) 3066-5666

Ney Máquinas

(16) 3722-8603

(16) 3017-0007

Baxmann

(11) 2818-6959

Olupa

Bordanova

(37) 3226-4027

Palmilhas Romano

(37) 3226-0805

BRB Borrachas

(16) 3720-1558

Passalacqua

(16) 3323-5500

Cartonagem Serranense

(37) 3226-4463

Patrus

(31) 2191-1045

Central Máquinas

(16) 3727-2666

PauliFran

(16) 3721-6573

Cipatex

(15) 3284-9000

Poppi

(16) 3711-6500

Clima Minas

(37) 3226-2043

Prisma Solados

(16) 3720-0449

Creek

(16) 3877-8150

Projetec

(16) 3721-5875

Duraplast

(83) 3331-3353

Q’moldes

(16) 3987-1488

Elastcouro

(37) 3226-1706

Raima Têxtil

(19) 3468-5437

(37) 3226-3229

Fenova

(37) 3228-8500

Risa

Francal

(11) 2226-3109

Ritz

(37) 3226-2326

Grou’S

(16) 3727-9300

R3 Componentes

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