Rendido a novas aventuras. À descoberta de prazeres simples, mas inesquecíveis. Receitas perfeitas para um vinho excepcional. Porto Ferreira Vintage. Aprecio e sinto a sabedoria de séculos de história, a qualidade ímpar das melhores colheitas, o paladar único da maturidade ideal. Saboreio, e todos os ingredientes se enaltecem.
Porto Ferreira Vintage, uma história de boas sensações.
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ABRIL 2010 BLUE TRAVEL N.º 77 | www.blue.com.pt
08 VIAJANTES BLUE | SUDESTE ASIÁTICO 8 M E S E S E M T ERRAS D O ORI E N T E Desde 1999 que Ana Pedras e Alexandre Barbosa têm viajado por paragens remotas em busca da diferença, da novidade, da aventura. Cerca de 40 países visitados, o que mais os surpreendeu foi descobrir que, apesar das diferenças culturais, a natureza humana é universal. Este é o relato de quase um ano de viagem pela Tailândia, Malásia, Vietname, Laos, China e Indonésia – uma experiência verdadeiramente inesquecível!
32 ESPANHA | LA RIOJA EM TORNO DO VINHO Abstémios, copos de leite e fracos de estômago devem abster-se deste paradeiro. A região de La Rioja não se compadece com bebedores e comedores de ânimo leve. Aos devotos da boa mesa (e do melhor tonel), espera-os uma estadia de três em pipa. Com um novo hotel a estrear este mês, esta é uma proposta para aproveitar a dois ou com amigos, agora que o bom tempo se faz sentir.
38 ÁUSTRIA | TUX P R I M AV E R A N A M O N TA N H A É um pequeno vale nas montanhas do Tirol austríaco, destino habitual de esquiadores durante os meses mais frios. Mas é na Primavera que a montanha se veste de mil tons de verde e flores de todas as cores. Uma óptima sugestão para os amantes da natureza, das caminhadas, do ar livre, longe de tudo e de todos. E com a vantagem dos preços de época baixa, venha retemperar energias!
46 PORTUGAL | CASTRO MARIM REGRESSO ÀS ORIGENS Instalados na Companhia das Culturas, na aldeia de São Bartolomeu do sul, partimos à descoberta do Sotavento Algarvio. Ali junto aos esteiros do Guadiana, donde se avista Ayamonte, fomos ao encontro de antigas tradições. Desde o atelier do atum, em Vila Real de Santo António, às salinas de Castro Marim onde se produz flor de sal de forma artesanal saboreie a autenticidade dos produtos locais. Antes da chegada do Verão colha os alperces dos pomares da fazenda e explore os trilhos que nos levam às margens da Barragem de Odeleite.
66 PROGRAMAS DE VIAGEM I L HA DE P Á S C OA E Á F RI CA D O SU L As célebres estátuas da Ilha de Páscoa fazem parte do imaginário de qualquer viajante, e continuam a intrigar os cientistas quanto à sua origem e criação. E se não vai perder os jogos de Portugal no Mundial, aproveite conhecer melhor a África do Sul, um país vasto que se divide em diferentes destinos e oferece um pouco de tudo, para várias preferências. Duas sugestões prontas a reservar, basta fazer as malas e partir!
74 ANTÁRCTIDA U MA J ORNADA A SU L Ser viajante tem destas coisas... Sempre que agarramos uma oportunidade que nos surge no caminho, o imprevisto pode acontecer. Foi isso que fez o fotógrafo Francisco Lino, ao aceitar o convite de um amigo para integrar uma expedição à Antárctida. Realizou o sonho de uma vida e viveu dez dias na companhia de extreme skiers, num dos destinos mais fascinantes do planeta. Este é o relato dessa aventura.
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Com a Primavera em todo o seu esplendor, trazemos-lhe uma edição recheada de boas sugestões para aproveitar ao máximos alguns dos melhores cenários da Europa nesta época do ano. A começar pelo vale de Tux, em pleno Tirol austríaco, um destino ideal para os amantes da natureza e das caminhadas ao ar livre. Aqui mais perto, o novo hotel Viura, em Villabuena de Alava, é um óptimo pretexto para um regresso à região da Rioja, onde os dias se vivem em torno da boa mesa e dos bons vinhos. Em alternativa, rume até Castro Marim com reserva feita na Companhia das Culturas, para uns dias em família num Algarve que se descobre tranquilo e sem confusões. Para quem já está a pensar nas férias de Verão e não tem tempo a perder com a organização da viagem, escolhemos dois programas à medida: uma aventura de turismo sustentável na Ilha da Páscoa, e toda a energia do Mundial de futebol na África do Sul. Os mais ousados, esses, podem embarcar num cruzeiro à Antárctida, onde o ski é radical e os encontros com focas, pinguins e baleias vão deixar memórias inesquecíveis! Até lá, desejamos-lhe boas leituras e ainda melhores viagens! A
06 A BLUE ESTEVE LÁ 19 ISTO É BLUE 30 ISTO É GREEN 89 VOUCHERS BLUE TRAVEL
FOTO: ARQUIVO BLUE MEDIA
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Estivemos lá!”
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do espírito blue em tudo aquilo que lhe contamos.
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sentir na pele e na alma o prazer intenso da viagem. Depois, vem a partilha e a concretização
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“Viver cada destino intensamente, ir além do óbvio, absorver como esponjas cada instante,
ANTÁRCTIDA
CASTRO MARIM
CASTRO MARIM
FRANCISCO LINO
PATRÍCIA CABRAL
RICARDO POLÓNIO
O viajante que decide ir ao Pólo Sul para uns dias de férias, a um destino tão remoto e inóspito como a Antárctida, é questionado pela maioria daqueles a quem decide contar a sua aventura: “À Antárctida? Fazer o quê? O que existe lá para ver? Neve? Gelo? Esquimós, iglus, ou talvez uns ursos polares?”... Para além de não saberem que ursos polares só existem no árctico, tão pouco se lembram que a Antárctida é considerada como um dos mais importantes patrimónios da humanidade, uma vez que aqui se encontra a maior reserva de água doce do planeta. Quando lhes conto que vou na primeira expedição deste género jamais feita, com os melhores extreme skiers e snowboarders do mundo – aqueles que vemos nos filmes –, lançando-se de montanhas impossíveis de encarar e saltando mais de 50m no ar, simplesmente não acreditam. Sim, este é o novo tipo de turismo que se pode fazer na Antárctida, caro, extremo, fisicamente exigente (não existem meios como helicópteros ou teleféricos), perigoso mas possível. Eu fui, espero ir a outras mais, e voltei para contar!
Neste périplo pelo Sotavento Algarvio, com base na aldeia de São Bartolomeu, vivemos dias tranquilos entre o mar e a serra. A antropóloga, Eglantina Monteiro, e proprietária da Companhia das Culturas conduziu-nos numa viagem através da cultura e tradições desta região. Desde o atelier do atum, em Vila Real de Santo António, às salinas de Castro Marim ou às doçarias do Azinhal, esta foi sem dúvida uma experiência a repetir. Em casa dos nossos anfitriões fomos recebidos com toda a simpatia e em redor da mesa partilhámos um delicioso caldo de urtigas, apanhadas à mão pelo Francisco, e arroz de acelgas. Na bagagem trouxemos os espargos, espinafres e rúcula que crescem na horta da propriedade para fazer em casa deliciosas receitas vegetarianas.
Que belo “triângulo”! Perguntam vocês: “Mas que triângulo?”. Ah pois é: Castro Marim, Vila Real de Sto. António e S. Bartolomeu. Neste último vértice fica a Companhia das Culturas onde ancorámos para regressarmos às origens tão particulares da região. Arquitectura simples e fidedigna e respeito pela Natureza são pontos fortes desta casa e dos elementos que a circundam. Outro local é Castro Marim – esta vila medieval famosa pela qualidade inegável da sua Flor de Sal, pelo castelo e pelo forte, fica muito próximo de Vila Real de Santo António onde podemos encontrar o único local em Portugal a fazer muxama, uma especialidade de atum digna de se provar, comprar e divulgar. Tudo mesmo junto à fronteira (a dois passos das melhores tapas), e perto de praias longas e de areia fina, um destino encantador para miúdos e graúdos.
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Aqui sente-se a proximidade do rio Guadiana, a herança da cultura árabe e a influência espanhola.
MAIS FÁCIL. Siga a nossa classificação dos hotéis por onde andamos. Distinguimo-los pelo preço, pois o conforto e o espírito blue estão sempre garantidos!
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SUDESTE ASIÁTICO 8 MESES EM TERRAS DO ORIENTE Desde 1999 que Ana Pedras e Alexandre Barbosa têm viajado por paragens remotas em busca da diferença, da novidade, da aventura. Cerca de 40 países visitados, o que mais os surpreendeu foi descobrir que, apesar das diferenças culturais, a natureza humana é universal, e por vezes é mais fácil encontrar pessoas parecidas connosco do outro lado do mundo, do que à nossa volta no dia-a-dia. Outra grande surpresa é verificar que em muitos sítios somos os primeiros portugueses que alguma vez viram. Nalguns sítios nunca ouviram falar de Portugal, não sabem que é um país. Por vezes utilizam outros nomes, como por exemplo no Vietname “Bo-Da-Nha”, na China “Pu-Tao-Ya” ou no Japão “Porutogaru”. Este é o relato de quase um ano de viagem pela Tailândia, Malásia, Vietname, Laos, China, Nepal, Bangladesh e Indonésia – uma experiência verdadeiramente inesquecível! Espreite o site destes nossos viajantes em www.lugaresemomentos.com.
POR
Alexandre Barbosa e Ana Pedras
TEM ESPÍRITO BLUE? Procura sempre uma forma inteligente de viajar? Escolhe os hotéis que contribuem para o bem-estar das populações locais e para preservar o ambiente? Viveu momentos únicos que mudaram a sua vida? Partilhe connosco e sinta-se parte da equipa blue. Escreva-nos para avaliarmos a sua experiência para viajantesblue@blue.com.pt ou para Revista BLUE TRAVEL/viajantes blue, Rua Vera Lagoa, n.º 12, 1649 – 012 Lisboa.
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Após bastantes viagens tinha chegado mais uma oportunidade de partir à aventura. Fizemos planos, traçámos várias rotas, lemos revistas, guias, reportagens… Em Agosto de 2008 decidimos ir, porque, muitas vezes, os planos feitos com muita antecedência acabam por nunca ser postos em prática. Comprámos um bilhete de ida e volta Londres – Banguecoque com partida no dia 15 de Outubro, e regresso a 17 de Junho de 2009, mais um voo de ida para Londres e partimos.
PRIMEIRO DESTINO: TAILÂNDIA. A nossa ideia era viver (quase) um ano no Sudeste Asiático, onde já tínhamos estado várias vezes. Após cerca de 20h de viagem aterrámos em Banguecoque, a nossa cidade preferida. Já não nos recordávamos do calor, da humidade, da confusão! Em 2006 abriu o aeroporto Suvarnabhumi, e agora tudo é mais simples e civilizado (mas menos divertido). Já se compram talões para os táxis em vez de ter que negociar com o taxista directamente, há autocarros para o centro da cidade e, brevemente, o skytrain vai chegar ao aeroporto, o que vai tornar a chegada a Banguecoque tão simples como aterrar em Heathrow. Ficámos uns dias na guesthouse do costume, em Sukhumvit, onde já nos conhecem e fazem sempre uma festa quando nos vêem. É muito limpa, agradável e conveniente. Tem uma livraria por baixo com acesso à Internet e fica a cem metros do skytrain. Em Banguecoque já não vamos a sítios turísticos; gostamos de ir ao cinema, comer um tom-kha, passear pelos centros comerciais MBK e Paragon, andar de transportes públicos... simplesmente andar por lá como se fosse a nossa casa.
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SHIGATSE, TIBETE
LHASA, TIBETE
VULCテグ BROMO, JAVA
DURBAR, KATMANDU
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PARTILHAR SORRISOS Num passeio na vila da ilha Phu Quoc, numa das pontes de um pequeno rio, duas crianças cruzam-se connosco. A alegria de serem fotografadas, de se verem no pequeno ecrã de uma máquina (para nós tão banal) foi contagiante. Os sorrisos espontâneos... sentir o brilho nos olhos de uma criança... Há momentos mágicos quando se viaja, e este foi um deles!
Ao fim de uns dias apanhámos o comboio para Chiang Mai, e alugámos uma mota para conhecer a região. Uma experiência que nos marcou foi a visita ao parque de tigres, onde eles andam à solta e podemos tocar-lhes. Descemos depois para o Sul da Tailândia até Koh Tao, a ilha onde tirei o meu curso de mergulho, e continuámos para sul, sempre de autocarro, já que os comboios estavam cheios devido ao problema polític que levou ao fecho de vários aeroportos e a maioria dos turistas achou melhor ir passear para outro lado.
MALÁSIA, VIETNAME E LAOS. Apesar de haver muita gente na fronteira e grandes filas de espera,tudo decorreu com normalidade e passámos para a Malásia sem dificuldades.Passámos uma semana em Malaca, e seguimos para Singapura onde apanhámos um voo para Saigão, uma cidade de que também gostamos muito. É um lugar de contrastes, muito confuso, com muita gente e o trânsito mais caótico do universo, mas ao mesmo tempo sofisticado e moderno. Um dos nossos hobbies preferidos é alugar uma scooter e misturarmonos com os dois milhões de motos que existem na cidade. É sempre uma aventura! O meu primo Miguel e a namorada (Teresa) estavam a passar um mês no Sudeste Asiático, e Saigão foi o nosso ponto de encontro. Com eles voámos rumo a Phu-Quoc, uma ilha linda ao largo do Camboja, mas que pertence ao Vietname, onde passámos uma semana a almoçar fruta na praia, dar mergulhos no mar e na piscina, e jantar peixe fresco grelhado. Lá fizemos amigos espanhóis e ao fim de dois dias já pertencíamos a um grupo ibérico de dez pessoas com quem partilhávamos jantaradas sempre acompanhadas de cerveja Saigon e vinho Dalat. Comemorámos juntos o aniversário da Teresa, para o qual reservámos dois grandes peixes no único restaurante na praia que concordou em servir-nos até à meianoite. O grupo acabou por partir,mas nós fomo-nos deixando ficar. Passámos o Natal por lá. Um grande banquete na praia e os pés na areia substituíram o bacalhau, o peru e o pai natal. Voámos de volta para Saigão, onde passámos o fim de ano ocidental no meio da confusão. Fomos subindo para norte de autocarro e chegámos a Dalat. Pela primeira vez sentimos frio. A Ana queria conhecer Hang-Nga, a arquitecta da famosa “crazy-house”. Bastou um telefonema para marcar uma entrevista com ela e ver a sua obra-prima. Tivemos também o prazer de conhecer Dui Viêt,grande poeta e pintor de Dalat,e amigo de Hang-Nga.
NO TOPO DO MUNDO O chegar ao topo possível, depois de uma expedição de vários dias pelo Tibete que nos levaria até ao Nepal, foi seguramente um dos pontos altos da viagem. E por fim, chegar à base do Evereste, um dos lugares mais altos do mundo, a 5.200m de altitude; estar lá, sentir o sol forte, o vento frio dos glaciares, estar perante um cenário único e grandioso... foi simplesmente inesquecível!
MUDANÇA DE PLANOS. Passado alguns dias conhecemos um casal de holandeses,que alterou por completo a nossa viagem.Contaram-nos que tinham apanhado o trans-mongoliano, desceram a China até Chengdu, e foram de comboio para Lhasa… Pensámos que isto sim, parecia uma viagem a sério. Como queríamos voltar a Laos, onde tínhamos estado em 2002, decidimos atravessar a fronteira, subir até ao norte do país e aí passar para Yunnan, uma província da China. B L U E
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Ainda no Vietname passámos o ano novo chinês (TET) em Hoi-An. Os Vietnamitas limpam e pintam as casas, decoram-nas com plantas, e sente-se uma energia indescritível no ar. Passámos ainda uns dias em Hué antes de atravessarmos a fronteira para Savanakhet. No Laos tudo é diferente. Num país com uma densidade populacional baixíssima, tudo corre devagar. Demorou alguns dias para nos adaptarmos, depois do stress do Vietname. Por lá fizemos uma das viagens de barco mais bonitas até hoje, ao subir o rio, durante nove horas de Luang-Prabang até Nong-Khiaw, num barquito que levava apenas seis pessoas.
EXPEDIÇÃO NOS HIMALAIAS A expedição que fizemos do Tibete ao Nepal, levou-nos por mais de dez dias entre montanhas, glaciares e lagos gelados. Na imagem, o momento da chegada à base do Evereste
A CHINA É… GRANDE! E de autocarro é ainda maior! E pela primeira vez não conseguimos falar com ninguém. Passámos por vários sítios onde nunca tinham visto turistas. Rapidamente aprendemos a dizer “arroz salteado com vegetais” e “tofu com tomate”. Tocavam-me nos pêlos dos braços, porque nunca tinham visto tal coisa, e o maior choque cultural foi não encontrar lâminas da barba nem desodorizante; os chineses não têm pêlos e não usam. Safou-me o Pedro, um brasileiro que seria nosso companheiro na exploração do Tibete, e que vinha preparado com vários kits extra. Passámos um mês e meio a descobrir um pouco da China rural. Ficámos pelas províncias de Yunnan e Sichuan; conhecemos os arrozais de Yuanyang; alguns dos cerca de 55 grupos étnicos que se encontram naquelas bandas; as cidades históricas de Dali e Lijiang; a maior estátua de Buda do mundo em Leshan; passámos três dias a subir (a pé e rodeados de macacos) o monte Emei, a montanha mais sagrada da China, e dormimos duas noites em templos de monges que há pelo caminho; viajámos até Yunlong, perto da Birmânia, só para ver um Yin-Yang natural formado pelo rio. EM LUCHUN FICÁMOS SEM DINHEIRO. A três dias de autocarro de qualquer grande cidade, os cartões que tínhamos não funcionavam, o banco não fazia cash-advance e não nos trocava dólares nem euros. Acabámos por ser salvos por um polícia que falava inglês e nos trocou 40 dólares. Era Março e queríamos passar para o Tibete. Sabíamos que alguns viajantes já o tinham feito sem visto e pensámos fazer o mesmo. Mas logo descobrimos que nem com autorização se podia lá entrar. A fronteira estava fechada devido às “comemorações” dos 50 anos de exílio do Dalai Lama. Fomos ficando por Chengdu. Ficámos surpreendidos com a ópera de Sichuan; o maior parque de pandas do mundo; com o metro destruído pelo terramoto de 2008; com o hot-pot, uma espécie de fondue muito popular, que acompanha de forma fantástica uma Tsing-Tao gelada; e com o facto de a maioria da população se deslocar em motos eléctricas. A fronteira abriu a 5 de Abril, e a 15 entrámos no Tibete. A nossa ideia era apanhar o comboio Chengdu-Lhasa (a linha mais alta do mundo, que passa acima dos 5.000m e onde o bilhete inclui uma máscara de oxigénio) e em Lhasa ir de jipe até à fronteira do Nepal. Mas o governo Chinês só permitiu entrada a quem tivesse tudo organizado. Foi necessário alugar um jipe, um guia e um motorista ainda antes de sair da China. A CHEGADA DE COMBOIO A LHASA foi, no mínimo, estranha. Devido ao ar rarefeito (3.700m), não tínhamos energia, e tivemos que nos “arrastar” até ao jipe que já nos esperava à saída da estação. Alguns dias depois já estávamos preparados para seguir viagem.
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SASKIA, TIBETE
OLD DHAKA, BANGLADESH
LAOS, PERTO DE LUANG PRABANG
LAOS, PERTO DE NONG-KHIAW B L U E
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VIETNAME SVANAKHET, LAOS
HOI-AN, VIETNAME
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VALE SEMPRE A PENA... A viagem, os preparativos, os cenários, as aldeias, as pessoas que encontramos, são momentos cheios de emoção que guardamos com carinho. Fizemos muitos amigos pelo caminho. As pessoas são a maior surpresa que encontramos quando viajamos
Comprámos botijas de oxigénio, comprimidos para a altitude, roupas quentes e seguimos rumo ao Nepal. Após templos, precipícios, estradas desertas, paisagens deslumbrantes e o Evereste, o jipe deixou-nos perto da fronteira, e lá passámos para Khodari. Após seis meses passados em culturas asiáticas, sentimos que estávamos a entrar noutro mundo.
PRÓXIMA PARAGEM: BANGLADESH. Apesar de termos gostado bastante do Nepal, acabámos por passar pouco tempo por lá. Cortes de energia diários, falta de combustível e instabilidade política deram-nos a motivação necessária para voar para o Bangladesh. Aterrámos em Dakha com 40ºC e sem grandes planos. Acabámos por fazer uma viagem de dois dias no “Rocket”, um barco a vapor onde ainda se sente um ambiente colonial. Viajámos em 1ª e pagámos €14 por duas noites numa das oito cabines privadas com ar condicionado. O andar de baixo leva mercadorias, animais, e a maioria dos passageiros, que não têm sequer lugar para se sentar. Não deixaram estrangeiros viajar nesta “classe”, dizem que não é “próprio”. No Bangladesh não estão habituados a ver turistas. Tivemos sempre pessoas à nossa volta, que fingiam não estar a olhar para nós, mas até mudavam de direcção para nos seguir de forma subreptícia. Sentimo-nos estrelas de cinema, e ter cerca de 20 pessoas atrás de nós passou a ser normal. Apesar de curiosos, foram sempre muito simpáticos e nunca invadiram o nosso espaço pessoal. POR FIM, BALI. Voámos rumo a Jacarta e de lá apanhámos comboio para Yogiakarta, para ver Borubudur, o grande templo Budista. Rumámos depois a Bali, passando apenas por Cemoro Lawang para ver o vulcão Bromo, inserido numa paisagem que parece de outro planeta. Já só queríamos passar as últimas três semanas na praia a fazer surf e a apanhar sol. Ainda pensámos ir até Nusa Lembogan ou até Komodo para ver os famosos dragões, mas a praia de Balangan, na Península de Bukit no sul de Bali, fez-nos mudar de ideia.
KATMANDU Uma menina a vender especiarias no mercado nocturno de Katmandu
VOÁMOS FINALMENTE DE VOLTA, e descobrimos que tudo estava na mesma, excepto nós. Nunca pensámos que pudesse demorar cerca de dois meses até voltarmos a uma vida “normal”. Ao princípio, habituados a viver com meia dúzia de objectos pessoais não sabíamos onde púnhamos as chaves, eu não me lembrava sequer onde ficava o supermercado, ou de que lado da estrada se conduzia. Tinha os seguros todos por pagar, o selo do carro, as revisões, as contribuições, e mais uma data de coisas acabadas em “ões”; não me lembrava qual era a gaveta das meias nem como se ligava o esquentador... Resumindo, a vida pareceu-nos muito complicada. O mais importante agora é voltar a juntar uns trocos, pedir um novo passaporte, e pensar por onde será a nossa próxima expedição. E B L U E
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MARCAR A DIFERENÇA Nos interiores reina o branco pacificador, e muitos pormenores originais como a bancada de cozinha a fazer as vezes de lavatório, as sobras da canalização transformadas em toalheiros, ou as mangueiras de jardim que agora são chuveiros
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T E X T O S Patrícia Cabral
«LIVE LIKE A LOCAL» Quem ficar na novíssima House 4, numa rua sossegada do Bairro Alto, encontra muito mais do que um simples alojamento. Aqui vai sentir-se como em casa de amigos, de três amigos – o fotógrafo Pedro Garcia, o dono do Bicaense, Micas, e o actor Filipe Duarte, que decidiram abrir esta guesthouse durante uma conversa ao jantar, já lá vão três anos. A ideia era criar um sítio como eles próprios gostariam de encontrar quando viajam: descontraído mas com todos os confortos. O Pedro dá-lhe as melhores dicas para viver Lisboa tal como um lisboeta, bem longe de qualquer roteiro turístico! Duplo a partir de €95. Travessa de São Pedro, n.º 9 r/c esq, Tel.: 21.343.0345, www.house4ba.com B L U E
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©FOTOS RICARDO POLÓNIO
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RESTAURANTE LARGO Rua Serpa Pinto, n.º 10-A Chiado, Largo de S.Carlos Tel.: 21.347.7225, www.largo.pt Horário: Aberto todos os dias das 12h à 01h
LISBOA | RESTAURANTE LARGO
Depois do Porto com o Bull & Bear chegou a vez dos lisboetas se renderem ao talento do chef Miguel Castro e Silva. O nosso ponto de encontro foi no restaurante Largo, a mais recente coqueluche do panorama nacional gastronómico. Ao fim de uma hora de conversa, com provas à mistura, ficou bem clara a sua receita de sucesso. «A minha cozinha sou eu próprio. Inspiro-me nos sabores portugueses com tendências internacionais», diz-nos. A qualidade dos produtos usados na confecção é outro dos trunfos de Miguel. «Tenho uma óptima relação com os fornecedores. Chega-me matéria prima proveniente dos mais variados mercados nacionais e internacionais». Rendi-me às Lulinhas salteadas sobre batatas crocantes com dois azeites e o Lombinho de porco com migas de grelos, ambos com uma apresentação muito clean. «Gosto de simplificar e trabalhar a verdadeira essência de um produto», remata. 20
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Chef | Perfil
Miguel Castro e Silva Com uma vasta carreira, o chef Miguel Castro e Silva tem-se destacado nas mais diferentes áreas da gastronomia nacional e internacional. Foi consultor de F&B na Fundação de Serralves, na Quinta da Romaneira, colaborou no desenvolvimento do conceito do restaurante Tugga, em Londres, entre muitos outros projectos paralelos. Em 2007 publicou o livro «The Food&Cooking of Portugal» e foi convidado a escrever três receitas para o «Larousse Gastronomique». Em parceria com a Vista Alegre, lançou ainda uma linha de loiça e criou lotes de vinhos com produtores do Douro e Dão. Depois da abertura do restaurante de petiscos De Castro Elias, dedica-se agora de corpo e alma ao Largo.
T E X T O S Patrícia Cabral
UMA COZINHA ESSENCIAL
A PROVAR Entrada Trio de peixes – atum à japonesa, tártaro de carapau e vieiras grelhadas ■
Prato de peixe Bacalhau 80º de cura portuguesa com migas de poejo e hortelã da ribeira
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Prato de carne Cachaço de porco preto com ensopado de cogumelos do campo e grão ■
Sobremesa Pudim de mel com requeijão e doce de abóbora
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Podia ser Milão, Nova Iorque, ou outra cidade cosmopolita, mas fica no Chiado, e nasceu da recuperação do antigo Convento da Igreja dos Mártires
FAÇA VOCÊ MESMO {Receita do chef } LOMBINHO DE PORCO COM MIGAS DE GRELOS, MOLHO DE CENOURA E GENGIBRE Lombinho de porco; Grelos; Feijão-frade cozido; Broa de milho; Alho; Azeite Grelhe os lombinhos de porco temperados com sal grosso. Escalde os grelos arranjados em água com sal, esfrie e escorra. Salteie os grelos cortados em azeite, tempere de alho e junte o feijão. Por fim ligue com a broa. Enforme em cincho. Sirva as migas com o lombinho cortado sobre o molho. MOLHO DE CENOURA E GENGIBRE 3 cenouras; 1 cebola; azeite; louro alho; gengibre; caldo de aves Coza no caldo com o azeite a cebola com o louro, a cenoura aos bocados, o alho e o gengibre raspado. Quando cozido retire o louro, triture e passe por um passador fino. Rectifique os temperos.
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Paço de Arcos | Enigma REFEIÇÕES COM VISTA PARA O MAR Um restaurante e Coffee Lounge é a proposta do Enigma, em plena Marginal. Num edifício de dois andares, as refeições são servidas no primeiro andar e apostam numa carta variada. Tem um menu de peixe e carne para cada dia da semana que custa €16 e ao jantar €25. A partir das 10h30 o Coffee Lounge abre para pequenos-almoços, e durante a tarde serve lanches. No bar tem after work cocktails ou uma bebida para terminar a noite. Praça Guilherme Gomes Fernandes 5, Tel.: 21.441.1199, www.restaurantenigma.com
LISBOA
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GASTRO BAR
NOVAS EXPERIÊNCIAS O restaurante Bocca integrou um conceito onde o chef Alexandre Silva exibe a sua cozinha criativa, saborosa e aromática, em pequenas porções. É o Gastro Bar, onde se partilha entre amigos e com toda a descontracção, sushi, sashimi, ostras, mini-pizza, pratos portugueses e até o best of Bocca. A isto junta-se uma carta de cocktails, elaborada para cada sugestão, ou vinho a copo, que percorre cerca de 90 rótulos
Miraflores | Chef Mate
Rua Rodrigo da Fonseca 87-D, Tel.: 21.380.8383, www.bocca.pt
do Chef Mate, que abriu há pouco mais de um mês,
COZINHA GOURMET EM CASA Hoje apetece-me um creme de cenoura com queijo parmesão, seguido de lasanha de espinafres e camarão, e por fim uma tarte merengada de lima... Basta ir ao site
encomendar um jantar de amigos ou o seu jantar. As entregas são gratuitas num raio máximo de 10km. Rua da Piscina, n.º 6, Loja 1, Tel.: 21.145.2145, www.chefmate.pt
GASTRONOMIA | PRÉMIO Igor Martinho, chef do restaurante Quinta dos Frades, foi o vencedor do 20º concurso Chef Cozinheiro do Ano 2009. Com apenas 25 anos, conta já com uma vasta experiência na área da restauração. www.quintadosfrades.com
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ou telefonar e escolher o seu prato favorito. Perfeito para
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www.tmn.pt
CANNES HOTEL 7ART rue Maréchal Joffre, Tel.: +33.4.9368.6666, www.7arthotel.com É a mais recente abertura da cidade, mesmo a tempo do festival de cinema. Tem apenas 14 quartos distribuídos por três pisos de um edifício provençal, e fica em pleno centro histórico, a 100m do Palais des Festivals onde vai poder ver as estrelas de Hollywood desfilar em Maio. Uma das fachadas é pintada com um tromp l’oeil “Uma entrada de cinema”, alusivo à Sétima Arte. O isolamento sonoro garante sossego mesmo durante as épocas mais agitadas, e há WiFi grátis em todo o hotel. Duplo a partir de €70; durante o festival, €160.
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ILHA DE BOAVISTA SPINGUERA www.spinguera.com STONE SPA
FÉRIAS 2010
3 DESTINOS A NÃO PERDER Na cosmopolita Barcelona entregue-se aos prazeres do corpo e mente; num hotel perdido a norte da Ilha de Boavista goze o melhor da praia; e em Cannes, assista ao Festival de Cinema, um dos eventos culturais mais esperados do ano..
Uma antiga vila de pescadores a norte da Ilha de Boavista deu lugar a um cenário mágico chamado Spinguera. Neste hotel mesmo sobre a praia, natureza e arquitectura fundem-se harmoniosamente. Sem televisão nem rede para móveis, quem escolhe este destino procura o máximo de isolamento e muito descanso. Os dez quartos e dois apartamentos com cozinha têm vistas rasgadas para o mar. No restaurante-bar Cá Cabra servem-se pratos da cozinha caboverdiana e mediterrânea ao som das mornas.
Momentos blue Lisboa | Matiz Pombalina A dois passos do Santos Design District, perfeito para tomar um copo ao final do dia ou petiscar, entre exposições temporárias. Rua das Trinas, 25, www.matiz-pombalina.pt ■
STONE SPA Gran Vía de Les Corts Catalanes, 559, www.casanovabcnhotel.com No centro de Barcelona, o hotel Casanova oferece um espaço de relaxamento ideal para fazer uma pausa. O Stone Spa, construído apenas com materiais naturais, aposta nos quatro elementos: terra, água, ar e fogo. À chegada os clientes recebem uma pedra que os ajudará a libertar as tensões acumuladas. Depois é só escolher o caminho a seguir que os conduzirá ao Vulcão das Águas, Jardim Mediterrâneo, Bolhas de Sensações ou outros... No final da sessão tem à sua espera uma taça de Cava para saborear no Cantinho da Serenidade.
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Lisboa | Buona Bocca Apetece-lhe uma fatia de pizza de trufas ou camarão e gengibre? Experimente nesta pizzaria que serve fatias ao corte de vários sabores por apenas €3. Av. 5 de Outubro, 170-B, www.buonabocca.com ■
Lisboa | Fábulas Prove uma tosta Robin Hood, uma sanduíche Casseopeia ou uma das tartines do Fábulas. É restaurante, galeria de arte, cyber café e wine bar, numa atmosfera medieval. Tel.: 21.347.6323, www.fabulas.pt ■
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BARCELONA
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www.kaffa.pt
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GOURMET
SABORES DO MUNDO Dois novos restaurantes em Buenos Aires e um bistrot em Paris são boas propostas para umas férias gastronómicas, aqui na Europa ou na América latina.
FERVOR
SOTTOVOCE
{ RESTAURANTE DE FAMOSOS }
BUENOS AIRES | FERVOR O estilista Karl Lagerfeld e o guitarrista dos AC/DC, Angus Young, foram alguns dos nomes que já experimentaram os grelhados do Fervor. Este restaurante, situado no emblemático bairro da Recoleta, foi em tempos uma tinturaria japonesa. À frente da cozinha está a chef Luiza Gonzalez Urquiza, que prepara os coelhos na brasa, cordeiro grelhado e a escarola, uma mistura de frutos do mar grelhados e regados com molho verde ou maionese. A decoração bem ao estilo Art Déco prima pelo conforto e originalidade. Com dois andares, tem uma mezzanine no primeiro piso. www.fervorbrasas.com.ar
{ COZINHA DE SABORES ITALIANOS }
BUENOS AIRES | SOTTOVOCE Com dois restaurantes, um no bairro do Libertador e outro em Puerto Madero, aposta numa cozinha requintada. Sottovoce, uma expressão que significa «em voz baixa», aposta nos sabores italianos tradicionais. Desde a clássica Polenta à bolonhesa ou a Beringela parmigiana, tudo vale a pena experimentar. Tem ainda a famosa salada Caprese e o Carpaccio de salmão, rúcula e queijo parmesão. Para a sobremesa peça a Torta de maçã com canela e as Panquecas recheadas com doce de leite argentino. www.sottovoceristorante.com.ar
L'OGRE
{ UM BISTROT PARA GOURMANDS }
PARIS | L'OGRE
P O U SADAS D E P O RT U GAL Até Novembro, sete pousadas de Portugal propõem uma experiência diferente para ficar a conhecer as melhores castas de norte a sul do país. www.pousadas.pt
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Henry, Nicolas e Maxime são os três amigos por detrás do L´Ogre, um bistrot de cozinha francesa. «Quisemos criar sabores autênticos e apetitosos com origem em tradições culinárias. A nossa carta baseia-se nos produtos frescos da estação», explica Maxime. Uma das especialidades deste restaurante é o leitão acompanhado de batatas assadas. A mousse, feita de chocolate branco ou preto conforme o humor do chef, é outra das sobremesas mais requisitadas. Para acompanhar, peça um café, proveniente da Sicília, tem um sabor extremamente característico. 1, Avenue de Versailles
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www.fluxograma.com
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AVEIRO
| BINIBAG GUESTHOUSE
FÉRIAS BUDGET JUNTO À RIA Abriu há um ano como a primeira guesthouse da cidade de Aveiro, oferecendo uma alternativa de alojamento a quem vem de férias para esta zona do país. Tem seis quartos, incluindo duas suites para casais e quatro com beliches, e uma cozinha disponível para os hóspedes, podendo reservar a casa por inteiro. A decoração mistura peças antigas recicladas e móveis contemporâneos com o toque personalizado da artista plástica Teresa Melo. No primeiro piso há salas de leitura e TV/DVD com um ponto de acesso gratuito à Internet (há acesso Wi-Fi em toda a casa), e no terceiro piso um lounge para ouvir música e relaxar, bem como um terraço de onde se avista a Ria de Aveiro. Além de poder alugar bicicletas, peça para lhe reservarem um passeio de caiaque pelos canais da cidade ou da Ria, uma degustação das delícias da região, aulas de surf ou kite surf ou sessões de yoga. Suites a partir de €50, Tel.: 234.041.230 http://binibag.blogspot.com ou http://binibag.wordpress.com
A NÃO PERDER! Passeio de caiaque nos canais principais da Ria de Aveiro, com saída no cais localizado à porta da BiniBag (duração 1h30m), em parceria com a Portugal Kayak, www.portugalkayak.com
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Degustação do “Gourmet Ria de Aveiro”, em parceria com a loja Boletus Gourmet, http://boletusgourmet.com
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Jantar no Restaurante Dori, na Costa Nova (especialidades: Arroz de marisco, Açorda de marisco, Peixe escalado…) Um serão animado nos bares da Praça de Peixe, na zona histórica de Aveiro
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A esplanada do Offshore Bar, na praia da Barra ■
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www.plantagri.com
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IMAGINARIUM
ECOBOLA AZUL
PRENDAS SUSTENTÁVEIS
LAVAR SEM QUÍMICOS
www.imaginarium.pt
www.ecobolas.com.pt/comprar
A Imaginarium lançou as linhas Bioexplorer e Biohabitat para ensinar as crianças a respeitar e conhecer a natureza. Em qualquer das lojas desta marca encontra diversos acessórios para ensinar os seus filhos a poupar energia. Desde um aplicador para a torneira que permite poupar até 40% de água a uma lanterna ecológica ou sementes orgânicas, tem óptimas ideias para oferecer prendas sustentáveis.
Da próxima vez que comprar detergente para a roupa, opte pela Ecobola Azul. Para além de não conter químicos, o que é perfeito para a sua pele, protege o ambiente das agressões. Basta entrar no site www.ecobolas.com.pt/comprar, e fazer a sua comprar online.
EUROPCAR CUIDAR DO BEBÉ E DO AMBIENTE www.quintalbioshop.com Se procura alternativas ecológicas e tem um bebé, as fraldas descartáveis Bambo Nature são uma excelente opção. Sem quaisquer aditivos químicos, foram distinguidas com a «Nordic Swan Eco Label», uma reconhecida agência de protecção ambiental dinamarquesa.
FROTA ECO-FRIENDLY www.europcar.pt A Europcar encomendou 500 veículos eléctricos Renault para aluguer, que vão ser entregues no terceiro trimestre de 2011 nas principais capitais europeias. Os veículos que não produzem emissões poluentes vão estar disponíveis em três modelos diferentes: familiar, pequeno e de carga.
T E X T O S Patrícia Cabral
BAMBO NATURE
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www.ana.pt
{ F I M - DE -S E M ANA B LU E NA E U RO PA }
LA RIOJA E M
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Abstémios, copos de leite e fracos de estômago devem abster-se deste paradeiro. A região de La Rioja não se compadece com bebedores e comedores de ânimo leve. Aos devotos da boa mesa (e do melhor tonel), espera-os uma estadia de três em pipa. Com um novo hotel a estrear este mês, esta é uma proposta para aproveitar a dois ou com amigos, agora que o bom tempo se faz sentir. Fotos A R Q U I V O
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ESTAS BANDAS NÃO SE ACONSELHAM a meninos copos de leite e enfastiados com a vida. Acólitos de Baco, bebedores distintos (sem a tramontana perdida) e adoradores da uva rainha, esses sim estarão nas suas sete quintas entre os vinhedos e as bodegas de La Rioja. E agora que sobram na mesa apenas os duros e os puros – que isto de beber bem, só acompanhado de um puro – vamos ao que interessa. Um herético abstémio ou um pisco não têm lugar nesta assembleia. A fama hospitaleira dos riojanos não é letra morta, e o mais certo será tratarem-no como um filho e porem-no à engorda. Pois, ao viajante acabado de chegar já o laçaram sem apelo nem agravo para o interior de uma bodega, a mais velha de toda a região, pertença do marquês de Legarda, na bonita terra de Ábalos, na Rioja Alta, onde não moram nem cem almas. O marquês gaba-se de não falhar um garrafão diário de tinto (e uma oração à Virgem Maria) desde o ano da morte do caudilho Franco. As bodegas de La Real Divisa datam de 1367, e não há outras como estas em toda a Espanha. Os tonéis, as barricas e as pipas de carvalho francês são os mesmos que o primeiro marquês encomendou a um carpinteiro de Bordéus. O marquês é ele próprio um fóssil e recusa, veemente, a modernidade. “El progresso és todo una mierda”, diz, inspirado por um gargarejo da colheita de 1995, das melhores da última década. Refere-se ao aparato fabril da maioria das bodegas, e denota uma embirração particular com a bodega El Fabulista, de Laguardia, que para além de estar em território basco leva a assinatura de Santiago Calatrava. Quem mandou o senhor arquitecto meter o bedelho em seara alheia e vender-se aos interesses da lavoura? Ergue o copo e volta a falar com vigor: “que se jodam los modernos e viva el rey Juan Carlos!”. O viajante não hesita na degustação e prova agora tintos de 82 e 2oo1, este último uma odisseia no espaço que o deixa a fibrilar como o canavial ao fundo do jardim. Senta-se então, à fresca, como é seu hábito pós-digestivo, debaixo de uma velha oliveira e deixa o marquês nas masmorras entregue aos seus impropérios. Antes de arribar a este pueblo, de Ábalos, a 5okm de Logroño, a capital da Rioja Alta, o viajante chegara ao povoado de Santo Domingo de la Calzada e ao parador da Plaza del Santo.
CONTACTOS ÚTEIS Para saber mais informações sobre a região contacte o turismo local através do Tel.: +34.902.277.200, ou pelo site oficial em www.lariojaturismo.com. Consulte também a web oficial do Turismo de España em www.spain.info.
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Na rota do T-Rex Entre as alternativas à rota do vinho, a mais original é a dos dinossáurios. Toda La Rioja é um rincão de pegadas e fósseis, e há uma concentração de guias especializados disponíveis para passeios de um dia. Os hotéis encarregam-se do contacto. Das vilas e aldeias históricas, Briñes, Briones e Santo Domingo de la Calzada são as mais intocadas.
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ARQUITECTURA ARROJADA e um design supreendente marcam a mais recente abertura da região – O NOVÍSSIMO HOTEL VIURA ONDE DORMIR
. Hotel Villa de Ábalos Plaza Fermín Gurbindo 2, Ábalos Tel.: +34.941.334.302, www.hotelvilladeabalos.com Uma casa solarenga com quatro séculos, recuperada por uma família local. Tem 12 quartos rústicos, restaurante e uma bodega privada. Duplo a partir de €95
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Hospedería Señorío de Briñas Travesia de la Calle Real 3, Briñas Tel.: +34.941.304.224 www.hotelesconencantodelarioja.com Duplo a partir de €130
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Hospedería de Casalarreina Plaza Stº Domingo de Guzmán, 6, Casalarreina Tel.: +34.941.324.730 www.alojamientosconencantodelarioja.com Duplo a partir de €140
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Parador de Santo Domingo Plaza del Santo, Santo Domingo de la Calzada Tel.: +34.941.341.150, www.paradores.es Duplo a partir de €140
BOAS REFEIÇÕES
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Echaurren Padre José García, 19, Ezcaray Tel.: 941.354.047, www.echaurren.com O hotel é um típico alojamento de estância de ski e fica no vale de Valdezcaray, a 42km de Logroño, no cruzamento entre o caminho de Santiago, a Rota do Vinho e a Cuna del Castellano, no vale do rio Oja e aos pés do majestoso pico de San Lorenzo. O restaurante divide-se em duas salas distintas, uma para pratos típicos, outra para a nouvelle cuisine. Francis Paniego, filho da imortal Doña Marisa Sánchez de Paniego, é o chef de serviço à copa e as suas criações fazem parte do itinerário real e disso só se podem gabar alguns como Arzak ou Subijana.
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El Rincón del Vino Calle Marqués de San Nicolás, 136, Logroño Tel.: 941.205.392 Especializado em assados como o Chuletón.
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La Cueva de Doña Isabela Travesía de los Jardines 15, Casalarreina Tel.: 941.324.122 www.lacuevadedonaisabela.com
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La Vieja Bodega Avenida de la Rioja 17, Casalarreina Tel.: 941.324.254, www.viejabodega.com
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SANTO DOMINGO É TERRA PEQUENA E DÓCIL, como quase todas as da Rioja, tirando Logroño, uma réplica provinciana de Madrid tomada de assalto pela estudantina e que serve o efeito de aliviar o tédio, sobretudo nas noites de sábado, e em particular na Calle de los Laureles, junto à praça central, crivada de bares, taperías e tocadores de concertina. Saudoso de uma Merluza con salsa langostada e uns Pimientos piquillo rellenos de setas y trufas, o viajante toma assento no El Rincón del Vino, dos hermanos Sergi, Armando e Guillermo Soto Mendí, uma referência para apreciadores de Chuletón de buey en plancha de la abuela. Foi na cozinha deste rincão de Logroño que uma família de antifranquistas viveu clandestina durante a guerra civil, entaipada em oito metros quadrados de cave. “Era a minha avó que lhes mandava a comida pelo esgoto”, conta Sergi, o mais novo dos irmãos, mestre de cerimónias e assador encartado. Também Rosa León, do Los Caños, de Haro, entendeu abrir um comedor no antigo cárcere da cidade. A tortura, hoje, é não poder levar Rosa na mala e a sua receita mágica de Bacalao a la riojana. O VIAJANTE ESTÁ NO CENTRO DA RIOJA ALTA, e já palmilhou desde Elciego, uma das principais referências da Rioja Alavesa, a Cenicero, terra das bodegas francófilas do Marqués de Cáceres (dono dos vinhedos Château Camensac de Bordéus) e berço da moderna indústria do vinho riojano. Andou à beira de pastos de flores silvestres e campos nos pouco mais de 20km que separam Haro de Briones, um dos povoados medievais mais intactos de toda a Rioja, espécie de aldeia-museu com ruas de pedra evocando ofícios extintos – ferreiro, canteiro, marceneiro… – e uma bonita igreja, ex-líbris da terra. Ora, seguindo o leito do rio Linares y del Cidacos, abre-se um outro museu natural, na Rioja Baja, com quilómetros de vista desafogada de localidades como Enciso, Igea, Munilla, Valdecedillo, Arnedo, Grávalos e Cornago. RUMAMOS DEPOIS A BRIONES, e ao Museu da Cultura do Vinho, onde está reunido numa centena de hectares tudo o que ao vinho diz respeito, de vinhedo a instrumentos da era romana. O viajante come uma esgalha de uvas negras como azeitonas enquanto ouve a palestra de um enólogo. Da muita parra e muita uva, o viajante retém para os amigos (depois de bebido a preceito) o conselho de um Viña Salceda (Crianza), da casta Tempranillo, com um toque de Mazuelo e Graciano. Escreve a caligrafia infantil e já rosado como um pincho de pimientos picantes: “trata-se de um caldo excelente, vivido em barrica de roble americano durante 18 meses, seguidos de oito meses na garrafa”. Para os menos informados escreve em rodapé as advertências: ao ler o selo de garantia deve reparar no título. Por exemplo, Crianza corresponde a um vinho com pelo menos três anos que passou um ano, no mínimo, na barrica. Segue-se, em crescendo de virtude, o Reserva, que corresponde a vinhos muito seleccionados com envelhecimento mínimo, entre barrica e garrafa, de três anos, um deles na barrica.
HOTEL VIURA Calle Mayor s/n, Villabuena de Alava; Tel.: +34.945.609.000, www.epoquehotels.com Duplo a partir de â&#x201A;Ź180
A 29 DE JUNHO não perca a festa mais animada de La Rioja em Haro, prepare-se para um dia diferente e participe na DIVERTIDA BATALHA DO VINHO Mas íamos no Viña Salceda (e podíamos ir num Remírez de Ganuza 1999 reserva ou num Finca el Bosque 2oo1), com uma linda cor de cereja madura e de tonalidades brilhantes. O aroma é completo e prolonga-se no paladar, com um passeio de boca agradabilíssimo e uma persistência de mula. É com relutância que o viajante passa ao salão para uma mesa farta de especialidades. Anota telegraficamente, e depois de saciado, a Menestra de verduras, as Patatas a la riojana e os Pimientos rellenos. O resto cabe apenas no caderninho de notas, isto é, os Callos a la riojana, servidos com chouriços inteiros, fiambre, amêndoas e uma mistura de vegetais e especiarias, e o Solomillo al vino de Rioja, uns espessos bifes de boi, largos como pás, macerados em vinho tinto e brandy, e cozinhados com cogumelos e alho. Nas cartas da Rioja abundam também as trutas vermelhas, de carne rija e gostosa, e fritas no ponto é como as deve comer. Depois, deixe-se ficar à sombra da parreira dos fundos, onde a vista se estende pela planície.
QUANTO AO ALOJAMENTO, são várias as escolhas na região, a começar pela Hospederia Señorio de Casalarreina, ou pelo Parador de Santo Domingo de la Calzada. Pedro Ortega é o mestre obreiro do aclamável restauro do antigo colégio, uma casa gótica do século XVI deixada ao abandono. De sua lavra já existia o Señorío de Briñas, outro palacete riojano em cacos usado como quartel das tropas italianas durante a guerra civil, também este tornado num “hotel de encanto”. A regra, válida para todos os projectos de Ortega, é de três simples: conservar, inovar, surpreender. Pois o mote está cumprido em qualquer dos edifícios. Trata-se, em ambos os casos, de casas de fachadas solarengas, decoração rústica com tabiques de pedra, chão de barro, vigas de madeira, fornos a lenha, tons de ocre, tecidos vaporosos e número limitado de quartos que, no caso dos 15 da Hospedería de Casalarreina, dão para o jardim e a entrada da capela. A estrear a partir deste mês, o novíssimo Hotel Viura, em Villabuena de Alava, a apenas dez minutos de Haro e em pleno coração da região vinícola. É membro do grupo Epoque Hotels e tido como o primeiro boutique hotel de La Rioja. O arrojado projecto de arquitectura, a cargo da empresa basca Designhouses, proprietária do hotel, criou um hotel único feito de cubos de betão sobrepostos, aparentemente de uma forma caótica e irregular. Amplas janelas e terraços privativos trazem abundante luz natural aos interiores, onde reinam materiais de qualidade, soluções de alta tecnologia, peças de design e obras de arte contemporânea. Com apenas 33 quartos, este é seguramente um hotel a reservar na sua próxima visita à região. Ao fim do dia não deixe de subir até ao lounge bar no topo do edifício, para saborear um dos vinhos da garrafeira no terraço panorâmico, com vistas deslumbrantes para o campanário da igreja seiscentista de San Andrés e para montes cantábricos em redor. Sugestões blue para umas miniférias em torno dos bons sabores riojanos.
VISITAS ÀS BODEGAS
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Contam-se mais de 300 bodegas mas o nosso conselho vai para apenas duas. As Bodegas de La Real Divisa, em Ábalos (Tel.: 941.334.118), datadas de 1367 e as mais antigas de Espanha, e as de Muga, em Haro (Tel.: 941.306.060, www.bodegasmuga.com), pela qualidade do seu vinho e o atendimento personalizado.
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Centro de Interpretación del Vino de La Rioja Calle Bretón de los Herreros 4, Haro Tel.: +34.941.305.719 Pode fazer um curso de iniciação de provas aos fins-de-semana às 11h30, com degustação de quatro tipos de vinhos. €15 com visita ao centro, material didático e diploma.
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Museu de la Cultura del Vino Dinastía Vivanco Carretera Nacional 232, Briones Tel.: +34.941.322.332, www.dinastiavivanco.com
VINOTERAPIA
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Spa Caudalie No spa do hotel Marqués de Riscal, em Elciego (Tel.: +34.945.180.880, www.marquesderiscal.com), projectado por Frank Ghery, pode fazer banhos, envolvimentos, massagens e outros tratamentos com produtos à base de vinho, aproveitando as suas conhecidas propriedades terapêuticas.
VAMOS A CONTAS
3 dias
RIOJA Duas noites no Hotel Villa de Ábalos Gasolina
95€ 120€
Portagens
35€
Refeições
100€
350€
{ Total por pessoa } * Os valores indicados estão sujeitos a alterações conforme a época do ano
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TUX P R I M A V E R A
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M O N T A N H A
É um pequeno vale nas montanhas do Tirol austríaco, destino habitual de esquiadores durante os meses mais frios. Mas é na Primavera que a montanha se veste de mil tons de verde e flores de todas as cores. Uma óptima sugestão para os amantes da natureza, das caminhadas, do ar livre, longe de tudo e de todos. E com a vantagem dos preços de época baixa, venha retemperar energias! Texto e fotos A R Q U I V O
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SENTADOS AOS PÉS DE UMA CASCATA, é fácil esquecermo-nos do mundo e dos seus problemas. Difícil seria ficar indiferente perante tamanha dádiva da natureza, sobretudo quando o lugar é de primeira fila e se é pulverizado pela suave nuvem de água que vem bater-nos na face. Para assistir a este fenómeno de beleza rara, apenas precisámos de andar cinco minutos. E o melhor de tudo é que, para onde quer que nos viremos, temos sempre opção. Estamos em Tux, no Tirol austríaco, e à nossa volta há montanhas cobertas de verde e flores, cheiro a relva acabada de cortar, o som dos badalos das vacas que pastam. Um cenário de calma e tranquilidade, o ambiente perfeito para umas férias longe do stress da praia, das multidões, das filas de trânsito… O burburinho da água é, de resto, a “imagem de marca” deste vale, um “ruído de fundo” permanente – a banda sonora de um filme habitado por Heidis, Pedros e duendes do nosso imaginário. Quer venha do rio ou dos ribeiros, das fontes ou das cascatas, o som da água que corre é omnipresente. Como as encostas verdejantes que dançam ao vento, criando ondas de relva. Ou as casinhas de madeira semeadas um pouco por todo o lado, para guardar o feno ou os animais de pasto. Tux é o lugar ideal para os amantes da natureza, das caminhadas, do ar livre, para os que precisam do cheiro da terra para se sentirem vivos e retemperarem energias. Os que gostam de passear a pé ou de bicicleta, de pescar trutas no rio ou de fazer piqueniques no campo. Os que se pelam com a perspectiva de ver “bambis” e marmotas, que não perdem a oportunidade de explorar cascatas e grutas, de fazer escalada ou alpinismo, paraglide ou flying fox (já lá iremos). TUX ESTÁ CHEIA DE TRILHOS BEM INDICADOS para que os amantes das caminhadas não se enganem, e orgulha-se dos seus 25okm de possibilidades. Mas este vale alpino constituído por cinco aldeias – Vordelanersbach, Lanersbach, Juns, Madseit e Hintertux – tem ainda outras características a seu favor: o acolhimento de quem aqui vive, uma população rural que mantém o modo de vida tradicional, e o facto de poder fazer ski em Agosto, por aqui, há neve o ano inteiro, e é o único sítio na Áustria onde isso acontece.
COMO IR A Lufthansa, www.lufthansa.com, tem voos directos para Munique a partir de €135 com taxas incluídas. Daqui, o melhor é alugar um carro para chegar ao vale de Tux, a pouco mais de 170km a sul, e para poder explorar a região ao seu ritmo.
CONTACTOS ÚTEIS
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Turismo de Tux Lanersbach, 472 Tel.: 43.5287.8506, www.tux.at
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Concerto de Primavera Dia 30 de Abril, para ouvir o melhor da tradição musical da região.
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Tage des Offenen Tales De 29 a 30 de Maio, dois dias com muita animação para toda a família.
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Zillertal Bike Challenge 2010 De 2 a 4 de Julho, um evento a não perder para os amantes de BTT www.zillertal-bikechallenge.com
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Delicacy Festival 11 de Julho, 4 e 22 de Agosto, na praça principal da aldeia de Finkenberg.
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A SIMPATIA DO ACOLHIMENTO é uma constante nas pequenas vilas de montanha longe da confusão, venha aproveitar a Primavera nos vales do TIROL AUSTRÍACO A 3.550m de altitude, para além de um terraço panorâmico donde se tem uma vista magnífica sobre as montanhas no Tirol, há quem apanhe banhos de sol enquanto outros se lançam pelas pistas abaixo, brancas de neve. Pode fazer um piquenique num dia e snowboard noutro. Quem disse que não podia ter o melhor de dois mundos? Nas encostas que se pintam agora de amarelo, rosa e azul, também se pode aprender a identificar as flores de Tux – as alpenrose cor-de-rosa, o edelweiss branco, a enzian azul índigo, que só cresce na montanha. É nessas mesmas encostas, polvilhadas de casas de madeira, que ainda se vêem camponeses com cestos de duas alças às costas, carregados de feno e amparados por cajados. Tux conserva muita desta vida rural de aldeia, e parte da sua riqueza reside nisso mesmo. Se excluírmos o turismo e o fenómeno do ski, a economia de Tux assenta essencialmente na agricultura, no leite das vacas, transformado em queijo e manteiga, no arar dos campos. Em dias especiais – casamentos, funerais ou simplesmente para ir à missa –, os trajes tiroleses saem à rua; camisas brancas com mangas de balão e saias compridas, nelas, ou casacos cinzentos de lã lodan, cintos de couro e calças até meio da perna com suspensórios, neles.
BERGLAND WELLNESS HOTEL
ONDE DORMIR
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Hotel Tuxertal Lanersbach, 338 Tel.: +43.5287.8577, www.tuxertal.at Duplo a partir de €85 por pessoa
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Der Rindererhof Hintertux Tel.: +43.5287.8558, www.rindererhof.at Duplo a partir de €85 por pessoa com meia-pensão incluída
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Bergland wellnesshotel Madseit, 690 Tel.: 00.43.5287.8500, www.bergland.com A partir de €100 por pessoa
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Spa Hotel Tuxerhof Vorderlanersbach Tel.: +43.5287.8511, www.tuxerhof.at A partir de €130 por pessoa com pequeno-almoço incluído
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Familotel Testerhof Vorderlanersbach Vorderlanersbach 286 Tel.: +43.5287.87297, www.testerhof.at
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A VIDA A RITMO LENTO. O mais interessante é que esta cultura comunitária, agrícola, parece longe de estar em vias de extinção. Pelo menos, julgando pelos exemplos que encontrámos, como o jovem pastor que passa todos os verões com as suas vacas, no topo da montanha. Foi criado assim, explica-nos, e apesar de se considerar um jovem moderno, é este o estilo de vida que quer manter. No outro extremo da vida está Josef Erler, um homem de cabelo branco e olhos cinza que vive com a mulher numa casa tradicional, com fileiras de gerânios vermelhos à varanda, datada de 17o3 e na família há três gerações. Agricultor desde 1964, Josef produziu o seu próprio leite e queijo durante 4o anos. Tinha oito vacas, quatro bezerros, cavalos e ovelhas a que fiava a lã. Hoje, os agricultores de todo o vale mandam o leite das vacas para uma fábrica industrial que faz manteiga e queijo. Um dia, quando Josef era novo e andava a apascentar as vacas, foi entregar o leite a uma aldeia distante. A sua futura mulher trabalhava nessa queijaria. Falaram... e apaixonaram-se. Duma aldeia à outra distavam cinco horas de caminhada, difícil, pela montanha. Ano e meio mais tarde, ela veio viver com ele. Casaram, e tiveram três filhos. A primeira vez que Josef saiu de Tux, foi para combater, na Segunda Guerra Mundial, corria o ano de 1945. “Recruta obrigatória.” Vieram buscá-lo, a ele e a todos os outros homens da aldeia. Tinha 16 anos. Lutou pelo exército alemão, foi preso. Esteve seis meses numa prisão no Sul da Alemanha. Na faixa do seu traje tirolês – com que hoje, domingo, foi à missa – pode ler-se: “Gott mit mir” (Deus comigo). O seu cinto passou de geração em geração, de pai para filho – desde o século XVII. Hoje chegaria aos 5.ooo euros. A história destas duas personagens é também uma parte da vida de Tux, uma realidade diferente para testemunhar nos dias que se passam aqui.
FÉRIAS BEM PREENCHIDAS Num cenário digno da Heidi, entre prados verdejantes e as típicas casas do Tirol austríaco, vivem-se dias que vão ficar na memória. Em cima, à esquerda, atreva-se a voar pela copa das árvores no Flying Fox; em baixo à esquerda, o Gasthof Alt Ginzling, interiores acolhedores para descontrair depois dos passeios; em baixo, à direita, Josef Erler, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, exibe orgulhosamente o seu ranzen, o cinto de couro tradicional que foi passando de geração em geração
PELOS TRILHOS DO VALE Roupa confortável, calçado adequado, uma garrafa de água e os binóculos, é tudo o que precisa para descobrir os caminhos deste vale. Existem milhares de trilhos bem assinalados para os amantes da natureza e do ar livre. O traje típico tirolês é exibido com orgulho pelos habitantes locais, especialmente nos hotéis e restaurantes. Não perca uma visita à fábrica de queijos em Mayrhofen, a 20 minutos de Tux
BOAS REFEIÇÕES
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Klein & Fein Restaurant Lanersbach 372, Tel.: 5287.86133 Três pedras à porta marcam a entrada para este restaurante, simples mas com uma boa ementa. Recomendamos o zander, um peixe parecido com truta, muito bom, e que prove o vinho austríaco, Zweigelt (tinto) ou Blaufränkisch, feito com um tipo de uva que só existe neste país.
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As encostas da montanha são o melhor de Tux. É onde está a natureza, com os seus mil e um passeios, e as casas de madeira preservadas no seu estado original com as traseiras forradas por pilhas de lenha geometricamente encaixadas. No vale propriamente dito, o inevitável “progresso” veio desfear as casas, dotá-las de pinturas tipicamente austríacas nas paredes, de néons e tabuletas, de acrescentos em vidro de gosto duvidoso. Nesse aspecto, Hintertux é a aldeia menos bonita e Vorderlanersbach a mais preservada. Quem se sentir seduzido por Tux deve vir avisado que não há por aqui hotéis de charme ou restaurantes gourmet, de decoração e menu apurados. Em Tux, prevalece a decoração típica da montanha, com animais empalhados, hastes de caça penduradas, cortinas de padrões às flores. Se isso para si não tiver importância, se o que quer é abraçar toda esta natureza e passar pelo hotel apenas para dormir, a hospitalidade dos locais e os cenários de montanha compensam largamente estes aspectos.
O DIA AMANHECE EM TONS DE AZUL FORTE e, entre as várias possibilidades de passeio, decidimo-nos por uma ida até Grieralm. Fica a 1.800m de altitude, com um lago onde se pode pescar trutas ou tomar banho. E é o sítio ideal para fazer um piquenique. Por isso, abastecemo-nos de pão, presunto, queijo e fruta e zarpamos até lá acima, pela estrada ladeada de fetos e musgo fofo. Grieralm é perfeito para dar descanso ao cérebro, deitar para trás das costas um ano de preocupações e activar os sentidos. Com vista para a montanha, passamos uma pequena ponte de madeira e estamos ao pé do lago, onde há mesas e sombras propícias ao nosso repasto. Sobranceiro, como uma presença que vela por todos que aqui vêm, um enorme Cristo talhado a partir de uma árvore surpreende, pela beleza e minúcia do trabalho. É gigantesco, esculpido em madeira, de braços abertos e coroa à cabeça, feita a partir dos troncos da copa. Parece ali colocado para assim poder olhar por todo o vale, e é uma obra de arte impressionante, independentemente de se ter ou não um credo religioso. E o artista não anda longe. No antigo abrigo de montanha onde é usual parar para recobrar forças, o proprietário do restaurante é também o autor da obra.
Geislerhof Vorderlanersbach 197 Tel.: 5287.87657, www.geislerhof-tux.at A 1.600m, subindo pela encosta de Vorderlanersbach, encontra-se uma gästhof (casa de hóspedes) que é também um restaurante de montanha. É um bom local de paragem entre passeatas. Esta antiga casa de 1250, reconstruída em 1969, tem no interior a tradicional stübe, a sala de jantar dos Alpes. As empregadas servem-no em trajes tiroleses, e recomendamos que prove a gastronomia local: prato de queijos, presunto e sülze – uma espécie de mortadela –, o tradicional wienerschnitzel (bife panado), ou uma frigideira de tiroler gröstl, um bife cortado às tiras com batata frita salteada e ovo estrelado. À sobremesa, claro, a apfelstrudel ou topfenstrudel (tarte de requeijão).
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Gasthof Alt Ginzling Tel.: 5286.5201, www.altginzling.at Aqui deve comer uma coisa, e uma coisa só: truta (frische forellen). É um restaurante muito tranquilo, “encaixado” num vale na pequena aldeia de Ginzling, com vista para a montanha, onde se almoça ao som dos pássaros. Se a seguir for acometido de uma incontrolável moleza, pode sempre rumar à sombra contígua ao restaurante, ou alugar um quarto no andar de cima.
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Grieralm Tel.: 5287.86922 Neste abrigo de montanha a 1.800m, onde tudo é de madeira (e é tudo, das cadeiras, aos relógios e aos candeeiros, esculpidos pelo proprietário, Hermann Wildauer), pode ter a certeza de ser bem recebido. É um espaço rústico, com música e uma lareira, perfeita para as noites frias, onde pode fazer uma refeição, comer algo ligeiro ou tomar um copo depois de jantar. Como é ao pé do lago, recomendamos que venha de dia.
CENÁRIOS DESLUMBRANTES, trilhos pedestres, passeios de bicicleta... Tux é o destino ideal para ir em família e para os AMANTES DA NATUREZA SEIS SUGESTÕES A NÃO PERDER
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Passeio até Ginzling A meia hora de Tux (13km), este passeio até à aldeia de Ginzling vale a pena por vários motivos: primeiro, porque nos aguarda a promessa (bem cumprida, acrescente-se) de uma truta fresca para o almoço. Depois, porque o caminho até lá, uma estrada cheia de curvas ladeada de árvores e folhagem (a lembrar os caminhos de Sintra), é muito bonito. Finalmente, porque no Verão é comum as famílias virem para aqui tomar banho nas piscinas naturais que se formam entre as pedras do rio.
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Visita à queijaria de montanha Tel.: 5287.87523 Na Bergkäserei Stoankasern, uma casinha a 1.984m de altitude, todas as manhãs durante o Verão pode ver o leite ser transformado em queijo e manteiga. Aqui fazem-se queijos de 40 e 50kg, e o melhor de tudo é que pode provar manteiga alpina ou leite de manteiga no próprio local de produção.
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Visita à Spannagel Höhle Uma aventura subterrânea no glaciar de Hintertux: é assim que é descrita a viagem à maior gruta do Tirol, com 10km de comprimento e estalactites, estalagmites, cristais e mármores em abundância. Subindo pelo teleférico até à segunda paragem, uma seta indica o caminho até à gruta. São cinco minutos de descida a pé. Chegados lá, dão-nos um capacete e um oleado para nos proteger dos pingos que caem.
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Desportos radicais Natursport, Lanersbach, 367 Tel.: +43.5287.87287, www.natursport.at Flying fox (atravessar um desfiladeiro preso por uma corda), brainwashing (subir uma cascata de capacete na cabeça), rafting, canyoning, etc...
VAMOS A CONTAS
5 dias
TUX Voos
135€
Aluguer de carro 5 dias
235€
Gasolina
65€
Quatro noites no Der Rindererhof Refeições
340€ 150€
925€
{ Total por pessoa } * Os valores indicados estão sujeitos a alterações conforme a época do ano
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Hermann Wildauer é um homem robusto, de e mãos calejadas pelo trabalho da madeira. Esculpiu este Cristo numa árvore com dois mil anos (uma estranha coincidência?), no espaço de três semanas. “Simboliza a grandeza da natureza perante a pequenez dos homens”, explica. A coroa foi feita a partir de seis ramos da árvore – “as principais religiões do mundo. Cristo tem duas árduas tarefas para resolver”, continua ele, “a coexistência pacífica entre as várias religiões e o peso do mundo à cabeça”. Vale a pena passar aqui um dia, a pescar, passear, descansar, e a almoçar, no abrigo de Hermann.
A NATUREZA É SOBERANA EM TUX. Por isso, qualquer programa que a envolva é uma decisão acertada. Hoje que o calor aperta, optamos por um passeio ao longo do rio que percorre as cinco aldeias e nos protege do sol abrasador. A luz passa pela folhagem num jogo de frescura e sombras. Permanentemente acompanhados pelo som da água, temos uma hora e meia de caminhada pela frente de Lanersbach até Hintertux. Pelo caminho, cruzo-me com um pescador de cana artesanal em riste. Anda à pesca de trutas, diz, “mas não para comer”. Esta manhã, apanhou dez e de seguida devolveu-as ao rio, garante. Mas não se pense que em Tux só há programas com bichos e flores. Para os mais radicais, que gostam de pôr a adrenalina a correr, há várias hipóteses: paraglide, brainwashing (subir uma cascata de capacete na cabeça a apanhar água no cocuruto), e flying fox, uma actividade em que se atravessa um desfiladeiro preso por um cabo de aço. Como o brainwashing nos parece excessivamente radical, optamos pela “raposa voadora”. Para não faltar à verdade, devo dizer que a primeira vez que olhei para baixo achei que as pessoas deviam ser doidas varridas para tentar uma coisa daquelas. A altura é de 60 metros, com um rápido e rochas lá em baixo. A muito custo, depois de algumas demonstrações, encho-me de coragem (ou de insensatez), olho para baixo – e salto para o abismo.
} MARI M CAST RO E M F I M - DE -S E MANA {
Regresso INSTALADOS NA COMPANHIA DAS CULTURAS,
na aldeia de São Bartolomeu do Sul, partimos à descoberta do Sotavento Algarvio. Ali junto aos esteiros do Guadiana , de onde se avista Ayamonte, fomos ao encontro de antigas tradições. Desde o atelier do atum, em Vila Real de Santo António, às salinas de Castro Marim onde se produz flor de sal de forma artesanal, saboreie a autenticidade dos produtos locais. Antes da chegada do Verão colha os alperces dos pomares da fazenda e explore os trilhos que o levam às margens da Barragem de Odeleite. Por P A T R Í C I A C A B R A L Fotos R I C A R D O P O L Ó N I O
às origens A blue ESTEVE LÁ! Março de 2010
Entre o mar e a serra... Por detrás ergue-se a serra do Caldeirão e a um quilómetro está na praia verde. Nesta encruzilhada nasceu a Companhia das Culturas, paredes meias com a aldeia de São Bartolomeu, é um lugar para se encontrar. Desde o aroma às laranjeiras em flor à colheita das ervas bravas renda-se à fertilidade desta terra.
DIA 1 | S EX TA- F E I RA
EMBAIXADORES DO LUGAR O casal formado por Eglantina Monteiro, antropóloga, e Francisco Palma Dias, escritor, veio para São Bartolomeu há dez anos com o objectivo de fazer nascer este projecto de vida.
A referência que tínhamos era uma capela branca altaneira, à entrada da aldeia de São Bartolomeu. Depois foi só percorrer setecentos metros de estrada batida e logo avistámos o portão cinzento deste monte algarvio, outrora dedicado à agricultura de sequeiro. O sorriso aberto de Eglantina, proprietária da Companhia das Culturas, e a indolência do Luar, o rafeiro alentejano da família, cativou-nos de imediato. Lentamente deixei-me seduzir por este cantinho onde reina a calma e a intervenção humana, tanto no exterior como interior, reduz-se ao mínimo. Desde as paredes da casa, ainda com a rugosidade da pedra, pintadas num azul mar ao antigo lagar transformado numa sala ou a debulhadora onde irá funcionar uma sala de som e imagem, tudo foi adaptado. O projecto arquitectónico, assinado por Pedro Ressano Garcia, resultou de um diálogo constante entre os donos e o arquitecto. As obras que decorreram ao longo de dez anos culminaram há um ano e meio com a abertura deste turismo rural. «Estava uma completa ruína. Quando idealizámos o conceito tentamos estabelecer uma articulação entre a arquitectura e o lugar que a envolve», disse Eglantina. Aliás, como o nome da casa sugere, acaba por funcionar como plataforma de encontro entre as várias culturas que abarcam todo o baixo Guadiana. A propriedade de uma família vinda da Catalunha em meados do século XVIII, ligada à pesca, indústria da conserva e agricultura, foi passando de geração em geração até chegar às mãos dos actuais donos. «Na época a política incentivava os ofícios e indústrias. O Marquês do Pombal fez um convite ao empresário e detentor deste imenso terreno para instalar a indústria de conservas», recorda Francisco Palma Dias sobre os seus antepassados. A conversa prosseguiu em redor da lareira na antiga sala da cortiça, agora uma zona de estar, com peças dos anos 60 e 30, almofadas do Ikea, entre outros objectos de estilos e épocas diferentes. «Adoro fazer pesquisa em associações, feiras e depois recuperar as antiguidades», conta Eglantina. >>>
COMO IR Siga a AE para o Algarve e apanhe a Via do Infante na direcção Vila Real de Santo António/Espanha. Na N125 virar para Vila Real de Santo António, 500m depois encontra o cruzamento Praia Verde/Castro Martim. Aqui tome a direcção de Castro Marim até ver a placa para São Bartolomeu.
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COMPANHIA DAS CULTURAS
Fazenda S. Bartolomeu, Castro Marim, Tel.: 281.513.188, Duplo a partir de €80, www.companhiadasculturas.com Cinco quartos e duas mezzanines, ideais para um casal com um filho, confluem para o pátio exterior, que inicialmente não existia, tendo sido destelhado para o efeito. Uma cozinha, onde pode preparar refeições, e uma sala fazem parte das restantes divisões da casa. O antigo lagar, com acesso directo à piscina, foi transformado num agradável espaço de estar com biblioteca.
FILOSOFIA ECOLÓGICA A herdade de São Bartolomeu, propriedade de família há várias gerações, estende-se ao longo de 40 hectares. Certificada ecologicamente desde os anos 80 utiliza energia solar, faz recuperação de águas residuais e compostagem do lixo orgânico. Pelo terreno distribuem-se pinheiros mansos, sobreiros, alfarrobeiras, figueiras, oliveiras, entre outras árvores. A maior produção é de alperces, que são utilizados no consumo da casa e exportados para o norte da Europa. Pode pegar num cesto e apanhar os espargos, acelgas, tomilho e funcho e preparar na cozinha uma agradável refeição vegetariana. Ao pequeno-almoço apenas vêm para a mesa os produtos locais, estando interditos os cereais, queijo de barra e fiambre. Desde as compotas de figo e laranja feitas por Eglantina, ao néctar de alperce, ovos frescos e pão de lenha, tudo apetece depois de uma noite bem dormida.
EXTENSOS PRADOS VERDEJANTES servem de pasto aos animais da Quinta do Grilo Potros, cavalos e p贸neis convivem EM HARMONIA COM OS VISITANTES
UMA QUINTA PEDAGÓGICA Na Quinta do Grilo, a cinco minutos a pé da Companhia das Culturas, os animais passeiam livremente. Desde os gansos aos potros e cavalos faz lembrar um autêntico zoo. Fica em São Bartolomeu do Sul, mas a Eglantina e o Francisco explicam-lhe melhor como lá chegar.
A cortiça, outra fonte de produção da herdade, emerge um pouco por todo o lado – desde mesas, a cabeceiras de cama e bacias de lavatório. O acesso aos quartos, através de um pátio exterior, faz lembrar um riad marroquino, onde se respira uma atmosfera árabe. Se pretende maior privacidade reserve o quarto 7, com acesso directo a um pátio independente.
GASTRONOMIA BRAVA. Uma das vantagens desta herdade é podermos comer quase tudo o que se colhe da natureza, até as urtigas se utilizam para preparar o delicioso consomé feito pelos nossos anfitriões. Pegue num cesto e vá até à horta biológica apanhar os espargos, rúcula, espinafres e acelgas com os quais pode fazer uma refeição ligeira. Aconselhados pela dona experimentámos os espargos com ovos mexidos caseiros e sumo de laranja. A tarde ficou reservada para irmos até à Quinta do Grilo, a dez minutos a pé da herdade, onde nos esperava o Luís, filho da Englatina, ansioso por nos mostrar as suas habilidades sobre o dorso de um pónei. Acabou por ter de se contentar com um simpático burro que se limitou a dar umas voltinhas no recinto, intimidado pela presença de um cavalo que teimava em não obedecer ao tratador.
AULAS DE EQUITAÇÃO NA QUINTA DO GRILO João Miguel é o instrutor de serviço que conduz as aulas de equitação. Os preços variam entre os €15 e €20. Os passeios de pónei, burro e potro duram uma hora e custam €25.
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SHOPPING NA ORGANIC FARM SHOP Sítio da Fornalha; Castro Marim; Tel.: 91.710.7147; www.quinta-da-fornalha.com Trufas de figo, confeccionadas pelo pasteleiro Manu, doce de figo e flor de sal são alguns dos produtos que pode comprar nesta loja biológica. Tem ainda uma biblioteca, com livros sobre a fauna e flora locais, e uma DVDteca.
SABORES A MAR NO SEM ESPINHAS Praia da Manta Rota; Tel.: 281.951.980; www.semespinhas.net Frederico e Raquel Folque são os donos deste restaurante, a funcionar há um ano e meio. Depois do sucesso do Sem Espinhas, na praia do Cabeço, chega a vez da Manta Rota. A PROVAR: Naco de atum com batata doce e redução de alfarroba; Horário: Aberto todos os dias das 10h00 às 23h30
RAUL GOMES É O INCANSÁVEL CHEF DO SEM ESPINHAS
PÔR DO SOL NA PRAIA Na esplanada do restaurante Sem Espinhas, na praia do Cabeço, goze aqueles fins de tarde já com cheirinho a Verão...
DAS SALINAS PARA AS LOJAS GOURMET saboreie toda a pureza da flor de sal que em Castro Marim ainda se produz DE UMA FORMA ARTESANAL
Dali fomos de carro até à Quinta da Fornalha, em Castro Marim, para espreitar a nova loja biológica Organic Farm Shop, onde nos rendemos às trufas de figo feitas pelo Manu, o pasteleiro francês que, ao lado de Rosa, decidiu criar este projecto cem por cento ecológico. «Temos 800 figueiras na propriedade e decidimos pegar no produto base e fugir ao tradicional», conta-nos, por sua vez, entusiasmada com esta aventura. Para além de uma associação cultural e bar, as pessoas vão ter possibilidade em participar nas mais variadas actividades ligadas à produção agrícola. Para terminar o nosso dia esperava-nos um jantar no Sem Espinhas, na Manta Rota, na companhia do Filipe e Raquel Folque, o simpático casal que há oito anos abriu o primeiro Sem Espinhos, na praia do Cabeço. E por ali, junto ao mar, ficámos a saborear as entradinhas que não paravam de chegar à mesa...
SEGREDOS DA FLOR DE SAL Jorge Raiado toma conta das salinas do sogro em Castro Marim, onde se produz flor de sal.
ONDE COMPRAR? Pode comprar na Casa de Pasto do Castelo, em Castro Marim, um saco de flor de sal de dois kilos por €10. Opte também por uma das embalagens a €5,90 ou os tubos de €2,90. Limão, azeitona ou pimentão são alguns dos sabores que pode usar em diferentes cozinhados. Tm.: 96.692.2437; www.salmarim.com
DIA 2 | S Á BAD O Da janela da mezzanine, onde pernoitei estes dias, não me cansei de admirar a Olaia, uma árvore com pequenas flores rosa, que embeleza o terreiro principal. Observei a empregada a pôr a mesa do pequeno-almoço à sua sombra, onde me esperava a tão falada muxama (lombos de atum) servida como se fosse carpaccio... Acompanhada de queijo fresco de cabra ou rúcula e regada com um fio de azeite, depressa se tornou num vício que me fez ir de propósito à fábrica do sr. Dâmaso abastecer-me. Néctar de alperce, produção da herdade, compotas de figo e laranja feitas pela dona, que pode comprar por €7, almeice de ovelha (o soro que fica quando se faz o queijo), pão e mel caseiro foram os restantes ingredientes deste repasto regional. B L U E
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TAPEAR NA ORTA c/Lusitania, 8; Tel.: 95.932.1132 Horário: Das 10h30 às 14h30; das 15h30 às 21h30. Todos os dias . Pedro Orta (página ao lado), é o dono desta mercearia e tapearia, que junta espanhóis e portugueses em redor da mesa a petiscar boas tapas.
NA ORTA, EM AYAMONTE prove o melhor presunto e queijo de Espanha Por sua vez, na Companhia das Culturas, saboreámos a MUXAMA COM RÚCULA AVENTURAS DE SAL... Na reserva natural de Castro Marim, onde se concentram as salinas, que ganharam vida nova depois da flor de sal ser considerada produto gourmet, exporta-se o precioso cristal por essa Europa fora. Jorge Raiado, um comerciante local, levou-nos até às salinas do sogro onde ficámos a conhecer as diferentes etapas de produção. «A técnica que utilizamos é cem por cento artesanal. Temos 36 talhos distribuídos por 800 metros quadrados e exportamos para França e Espanha», diz-nos exibindo orgulhosamente o sal nas mãos. Brevemente pensa abrir uma loja em Castro Marim, onde, para além do sal vai vender outros produtos locais. ... HISTÓRIAS DO ATUM. Neste roteiro inesperado pelas indústrias do Baixo Guadiana fomos ao encontro do sr. Dâmaso – um personagem que faz da sua pequena fábrica de conservas um autêntico museu vivo do atum. «Somos os únicos do país a fazer isto», enquanto nos mostra a sala onde chegam os atuns pescados no Atlântico.
O REI DO ATUM O Sr. Dâmaso é o dono desta pequena fábrica, a única do género no país, onde se vende a muxama, sangacho e estupeta. O atum pescado no Atlântico, centro e sul é totalmente aproveitado e transformado em conservas. CONSERVAS DÂMASO – Lot. Industrial, Lt. 6, Vila Real de Sto. António; Tel.: 281.513.840, www.conservasdamaso.com; Horário: De segunda a sexta das 8h às 13h e das 14h às 17h. Ao sábado encerra às 13h e ao domingo o dia todo
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Receitas antigas Alguns dos bolos da pastelaria A Prova, no Azinhal, são confeccionados de acordo com receitas antigas. Uma das especialidades é o Bolo de Massa Pão cuja receita foi passando de geração em geração. Prove ainda a Florentina, na imagem ao lado, uma deliciosa bolacha crocante à base de amêndoa.
Desde a muxama, lombos do atum que são sujeitos a um processo de secagem durante 20 dias numa câmara, à estupeta – óptima para uma salada, ou o sangacho que tem pouca gordura, toda a carne é aproveitada. Continuando nos bons petiscos atravessamos a ponte sobre o Guadiana até Ayamonte para tapear no Orta. Esta mercearia que vende produtos ultramarinos desde 1863 funciona também como taperia e tem uma vasta selecção de enchidos, conservas e pâtés. Sentados num dos barris que servem de mesa, na companhia de Pedro – o dono que vive por cima, provámos as Petingas em vinagre, Presunto fatiado e o Queijo Manchego.
AS DOCEIRAS DO AZINHAL Eduarda, Madalena e Anabela são as três sócias da pastelaria A Prova. Aberta há dez anos aconchega o estômago de quem aqui passa...
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DOCES PRAZERES. Na pacata aldeia do Azinhal, no concelho de Castro Marim, por volta das 17 horas torna-se difícil conseguir um lugar sentado na pastelaria A Prova. Os habitantes locais e muitos estrangeiros não resistem aos bolos feitos pela Eduarda, Madalena e Anabela, as três sócias que há dez anos presenteiam o estômago de novos e velhos com as suas doçarias. Aqui prova-se o tradicional bolo de massa de pão, uma receita original do Azinhal, cujos ingredientes estão no segredo dos deuses. Desde o Morgado de amêndoa, Dom Rodrigo, Torta de Alfarroba podia ali ficar toda a tarde a provar estas delícias...
PASTELARIA A PROVA Largo de Santa Bárbara; Azinhal; Tel.: 281.495.654 Horário: De segunda a sábado das 9h às 19h. Encerra ao domingo.
O clã da Casa Azul Isabel e o marido Rex Gormam, com os filhos Tucha e Pedro, são os donos da Casa Azul. Começou por ser uma casa de férias, tendo sido transformada num bar em 2005. CASA AZUL – Cacela Velha; Tel.: 281.952.477; Horário: Das 12h às 22h; encerra à quarta-feira; www.casaazulbar.com
DIA 3 | D OM I N G O Mesmo junto às margens do Guadiana, a poucos quilómetros de Alcoutim, ficam as ruínas romanas do Montinho das Laranjeiras. A sua construção data do século I, tendo sido ocupada até ao século XIII. Com três áreas distintas da época, romana, visigótica e islâmica a sua localização privilegiada facilitou as trocas comercias com os mercadores que atravessavam o rio. No recinto encontra-se uma pequena vigia, de onde pode observar a paisagem circundante e as embarcações por ali ancoradas. A arqueóloga Alexandra Gradim, que não esconde a paixão pelo seu trabalho, foi a nossa guia nesta viagem através de uma história milenar. O acesso ao recinto é gratuito e pode ser visitado ao longo de todo o ano.
ESPECIALIDADE DO CHEF Cláudio Natário, o chef de cozinha da Casa Azul, prepara uma Tagine de borrego com couscous de chorar por mais...
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NAS NOITES DE VERÃO o pátio da Companhia das Culturas ganha um encanto único Junto à piscina ou na biblioteca SINTA TODA A MAGIA DESTE LUGAR...
PROGRAMAS A FAZER . VISITA À VILLA ROMANA A arqueóloga Alexandra Gradim, conduziu-nos numa visita pelas ruínas romanas do Montinho das Laranjeiras, a 6km de Alcoutim. www.cm-alcoutim.pt . PERCURSOS PEDESTRES NO BAIXO GUADIANA Existem 19 circuitos pedestres, devidamente assinalados, que pode fazer ao longo do Baixo Guadiana. Desde as paisagens, cultura, história e tradições conheça este património vivo. www.odiana.pt . PASSEIOS DE BARCO ECOLÓGICOS A Sunquays organiza passeios marítimos na Ria Formosa numa embarcação movida a energia solar. O embarque é feito em Olhão ou Faro e tem lotação máxima de doze pessoas. Os preços variam entre os €20, com duração de duas horas, e €50 para os percursos de cinco horas. www.sunquays.com
RECEITAS PARA FAZER EM CASA OVOS MEXIDOS COM ESPARGOS SELVAGENS Corte os espargos aos bocados e salteie na frigideira com azeite, alho e sal a gosto. Depois misture os ovos e envolva-os até ficarem macios.
UMA CASA FAMILIAR. O nosso périplo pelo Baixo Guadiana terminou em Cacela Velha, mais precisamente na Casa Azul, que desde 2008 passou a ter um restaurante. À nossa espera estava Isabel Gorman, a proprietária, que há 37 anos se perdeu de amores por esta vilapatrimónio que inspirou um poema de Sophia de Mello Breyner. «Na altura não havia água nem luz. Durante muito tempo foi a nossa casa de férias e, em 2005, decidimos abrir o bar», recorda Isabel. Ao lado da mãe nesta aventura estiveram os filhos Tucha e Pedro, as caras deste espaço, que foi beber muito ao legado árabe deixado na zona. «A nossa gastronomia oscila entre a portuguesa e a marroquina. A Tagine de borrego, uma das nossa especialidades, é exemplo disso», acrescenta. Nós provámos e recomendamos as Gambas com manga e abacate, charuto de queijo cabra e claro a dita Tagine. DESPEDIDA DO GUADIANA. Nesta incursão pelo sotavento Algarvio trouxemos na bagagem os aromas campestres, os sabores dos produtos regionais, a proximidade do rio que nos leva até Espanha e a simpatia de quem nos acolheu. Fomos ao encontro das indústrias locais, dos ofícios que lutam para não desaparecer e das pessoas por detrás de projectos inovadores. Na Companhia das Culturas sentimos a essência do lugar e a sua relação com a agricultura biológica, a paisagem envolvente e a própria economia local. Uma descoberta para fazer com todo o tempo do mundo... E
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VAMOS A CONTAS
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ALGARVE
Gasóleo
70€
Portagens
38,15€
Refeições
120€
2 noites na Companhia das Culturas
80€
HORTA BIOLÓGICA Pegue num cesto e apanhe os legumes frescos da horta biológica da propriedade. Nós trouxemos rúcula, espargos e espinafres, oferecidos pela proprietária e preparámos deliciosas refeições em casa.
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{ Total duas pessoas } * Os valores indicados estão sujeitos a alterações conforme a época do ano
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PROGRAMAS
ILHA DE PÁSCOA A V E N T U R A
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As célebres estátuas da ilha de Páscoa fazem parte do imaginário de qualquer viajante, e continuam a intrigar os cientistas quanto à sua origem e criação. A Explora, empresa de viagens de aventura na América do Sul já com 20 anos de experiência, propõe diferentes roteiros e programas para conhecer melhor esta remota ilha do Oceano Pacífico, a quase 4.000km ao largo da costa do Chile. Por R O S Á R I O
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VIAJANTES RESPONSÁVEIS. As duas grandes linhas condutoras da Explora é a interacção com a Natureza e o contacto com as comunidade locais, levando sempre os viajantes por roteiros pouco convencionais, em zonas remotas da América do Sul, bem longe dos circuitos turísticos. O compromisso com a sustentabilidade leva a empresa a procurar minimizar o impacte das suas acções nas diferentes zonas onde operam, a contratar os próprios locais – caso da maior parte dos guias que o acompanham na Ilha de Páscoa –, e a comprar os produtos de agricultores e artistas das regiões que visitam. No caso da Ilha de Páscoa vai encontrar uma cultura verdadeiramente única, que mantém intactas antigas tradições e costumes. Responsáveis pelas enormes esculturas moai – mais de 88O bustos de basalto gigantes –, os habitantes originais terão vindo de outras ilhas polinésias, mas até hoje não se sabe bem como terão erguido tamanhas pedras, classificadas Património Mundial pela UNESCO. E estadia é na Posada de Mike Rapu, no topo do monte em Te Miro Oone no centro da ilha, inaugurada em Dezembro de 2007 e projectada pelo arquitecto José Cruz que assinou já vários projectos premiados como o pavilhão do Chile na Expo92 em Sevilha, ou o hotel Salto Chico, no Parque Nacional de Torres del Paine, na Patagónia. Mike Rapu nasceu e cresceu na Ilha de Páscoa, onde se tornou mergulhador profissional. Em 1989 criou o seu próprio centro de mergulho perto de Hanga Roa, a capital da ilha, no mais importante spot de mergulho da região. Em 2000 bateu o recorde sulamericano de mergulho em apneia, submergindo até aos 71m e mantendo-se debaixo de água durante 3 minutos e 48 segundos. No ano seguinte quebrou o seu próprio recorde ao mergulhar até aos 79m enquanto treinava. Mike é também um cozinheiro de mão-cheia, tendo já publicado um livro em que resgata algumas das tradições culinárias de Rapa Nui. 66
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POSADA DE MIKE RAPU
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UMA POUSADA DE CHARME construída segundo princípios ecológicos é o seu ponto de partida descobra uma ilha única, e as célebres esculturas moai, PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE A POSADA DE MIKE RAPU foi a primeira na América do Sul a obter a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) atribuída pelo Green Building Council dos Estados Unidos, e fica numa propriedade de quase dez mil hectares, com vistas rasgadas para o Oceano. Cada um dos 30 quartos tem uma zona de estar, banheira de hidromassagem e vista, e não têm televisão para que possa aproveitar ao máximo a natureza circundante. Para uma estadia em grande, reserve uma das quatro suites Raa, de planta circular e com 44m2. No exterior encontra piscina, jacuzzi a aquecimento solar, bar, sala de massagens e uma loja com roupa de explorador, artesanato local e jóias. A partir daqui pode participar numa das mais de 15 sugestões de passeios, a pé, a cavalo ou de bicicleta, seja apenas por duas horas ou um dia inteiro, fisicamente exigentes ou adequadas a qualquer pessoa, com ou sem piqueniques ao ar livre. Os grupos, com um máximo de oito pessoas, são acompanhados por um guia bilingue, jovem e conversador mas que não o vai bombardear com informações, nascido na ilha que conhece como a palma da mão, que o vai levar a conhecer a cultura e geografia locais, numa viagem que vai, seguramente, ficar na memória. E
COMO IR Com a Explora, www.explora.com, num dos vários programas à escolha. Como exemplo, 7 noites custam a partir de €3.625 por pessoa em quarto duplo. O preço inclui transfers entre o aeroporto local e a Posada, alojamento em pensão completa com três refeições por dia e bar aberto, e as explorações diárias com guia e equipamento como barcos, jipes ou bicicletas.
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ÁFRICA DO SUL A
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A Kuoni, um dos principais operadores turísticos de Espanha, fundada em 1974, criou vários programas especialmente pensados para o Mundial de Futebol 2010. O campeonato, que arranca a 11 de Junho, é um excelente pretexto para embarcar numa viagem a África do Sul, um país vasto que se divide em diferentes destinos. Seja para fazer praia, explorar cidades, seguir um roteiro vinícola ou ir ao encontro da vida selvagem num safari, a África do Sul oferece um pouco de tudo, para várias preferências. Por R O S Á R I O
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OS PREÇOS DOS PROGRAMAS INCLUEM os voos de ida e volta até Africa do Sul, o alojamento e a entrada para os jogos, sendo que o valor varia em função do alojamento escolhido e da fase do campeonato do jogo a que quiser assistir. Na fase de grupos, Portugal vai disputar a Costa do Marfim em Port Elisabeth no dia 15 de Junho, às 16h; a Coreia na Cidade do Cabo a 21, às 13h30; e o Brasil em Durban, dia 25 às 16h (saiba mais em www.fifa.com) A cidade Port Elizabeth irá receber também o jogo entre o terceiro e quarto classificados, bem como um dos jogos de quartos de final, no novo estádio Nelson Mandela Bay. Esta é uma das cidades portuárias do país, numa província que foi berço de personalidades como Thabo Mbeki, Steve Biko e o próprio Nelson Mandela, entre outros heróis da resistência ao Apartheid. É, também, a segunda cidade mais antiga da África do Sul e um destino de ecoturismo, com o Parque Nacional de Ado a apenas 40km. Um dos passeios preferidos dos visitantes é ao longo de Marine Drive, que passa pelas melhores praias da cidade, como as de Humewood, King's, Hobie e Pollock. Em alternativa, siga o Donkin Heritage Walking Trail, um percurso pelo centro da cidade que passa pelos principais edifícios de interesse histórico, como a biblioteca vitoriana, a cottage de Castel Hill, do período colonial ou o edifício da ópera. 70
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CAPE TOWN, DURBAN ou Port Elizabeth são destinos obrigatórios numa viagem a África do Sul se for em Junho, faça uma pausa nas visitas para VER JOGAR PORTUGAL Se a sua escolha for a Cidade do Cabo, também não se vai arrepender. Com a chegada dos primeiros europeus no século XVII, Cape Town tornou-se ponto de paragem obrigatória para os marinheiros que seguiam a rota das especiarias até à Índia. A influência malaia ainda hoje se faz sentir, especialmente nos muitos restaurantes asiáticos e no ambiente cosmopolita que aqui se vive. Sobranceira à cidade, a Table Mountain ergue-se a mais de mil metro e é um dos seus ícones mais conhecidos. O estádio de Green Point, com capacidade para 70 mil pessoas, irá receber, além do jogo de Portugal na fase de grupos, um dos dois jogos de semi-finais. Os amantes do vinho encontram aqui alguns dos melhores néctares da África do Sul, mas também vale a pena visitar o Two Oceans Aquarium, que exibe a vida marinha dos oceanos Atlântico e Pacífico, que se juntam precisamente neste ponto do globo. Finalmente, Durban, a maior cidade da província de Kwazulo-Natal onde Vasco da Gama aportou em 1497, será também palco de uma das semifinais do Mundial no novo estádio de Moses Mabhida. Não deixe de visitar um dos cinco maiores aquários do Mundo, integrado no parque marinho de UShaka Marine World, de conhecer a cultura Zulu e dois sítios classificados como Património Mundial pela UNESCO – o The Greater St Lucia Wetland Park e o The Ukahlamba/Drakensberg National Park. Com uma vasta extensão de praias, uma vida nocturna animada e uma importante comunidade artística, Durban será seguramente um dos hotspots mais concorridos durante o Mundial de 2010, e um destino a não perder numas férias na África do Sul. E
COMO IR A Kuoni, www.kuoni.es, preparou diferentes programas para o Mundial de Futebol 2010 na África do Sul. Os preços incluem os voos de ida e volta com a Emirates até Africa do Sul com partidas de Londres, Frankfurt, Munique, Paris ou outras cidades europeias, uso da sala VIP na escala no Dubai, alojamento, transfers do aeroporto e para os estádios, e entrada para o jogo escolhido, sendo que o preço varia em função do alojamento escolhido e da fase do campeonato do jogo a que quiser assistir. A título de exemplo, uma estadia de 5 dias com uma entrada para um jogo da fase de grupos custa a partir de €2.936, por pessoa em quarto duplo.
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TEXTO E FOTOS DE FRANCISCO LINO
UMA JORNADA A SUL
Ser viajante tem destas coisas...
Sempre que agarramos
uma oportunidade que nos surge no caminho, o imprevisto pode acontecer. Foi isso que fez o fotógrafo Francisco Lino. Ao aceitar o convite de um amigo para integrar uma expedição à Antárctida, realizou mais um sonho e passou 16 dias na companhia de extreme skiers, num dos destinos mais fascinantes do planeta. E porque a vida sem aventura não é nada, este é o relato dessa viagem.
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ESTAVA EM ARELAUQUEN, em Bariloche, plena Patagónia Argentina, no lodge de um grande amigo meu europeu que se apaixonou pela Argentina há cerca de 15 anos, entre uma sessão de fotografia e os preparativos do meu documentário, quando este me pergunta se eu quero ir fazer umas fotos à Antárctida integrado numa expedição. Este é um lugar que me fascinava há muitos anos, mas embora tenha feito muitas viagens á volta do mundo e tenha tido outras incríveis experiências, a vida nunca me levou até lá. Mas sabia que um dia lá iria. Muito antes desta era moderna de viajar, da era da comunicação global, da imagem e tecnologia, sempre me fascinou a história dos exploradores que aqui chegaram há pouco mais de cem anos. Nessa época, os viajantes usavam velhos e pobres métodos, veleiros sujeitos às mais diversas tempestades, cães que puxavam os trenós... Os sistemas de posicionamento não existiam, e de telefones por satélite ainda ninguém tinha ouvido falar. Desde miúdo, nesta paixão que tenho por viajar, lembro-me de ver velhos livros e de ouvir várias histórias sobre este remoto lugar. Embora não fosse da forma como gosto de fazer as minhas viagens (sem planear nada, tudo a mil, pois só tinha cinco dias para me organizar e preencher o milhão de papelada necessária), esta era uma oportunidade única; viajar com um amigo, poder desenvolver o meu trabalho, conhecer o lugar, a fauna, sentir como era realmente Antárctida... Descer até á ultima fronteira do mundo, ao continente de ninguém, conhecido por muitos mas visitado apenas pelos mais audazes, é uma aventura para muito poucos. A viagem é longa, e a travessia do Estreito de Drake demora três dias, isto se não formos mais longe que a Península Antárctica, ao continente profundo. Os que se atrevem a vir até aqui são viajantes fanáticos e experientes, em busca da magia que a natureza no seu estado mais virgem lhes pode transmitir. O frio extremo, com temperaturas de -30 ou 40º C, o isolamento puro, o risco dos glaciares e a suas enormes fendas que podem atingir mais de 80 metros de profundidade, o navegar por águas perigosas e impossíveis com ventos de mais 80 nós... Estas são algumas das condições que pode encontrar numa viagem destas. Em Ushuaia, na Terra do Fogo, num vilarejo pequeno mas muito simpático, tivemos muito que fazer, a começar com um dia curto de treino de técnicas de glaciar nas montanhas à volta de Ushuaia, seguido de alguns jantares que serviram para que nos fossemos apresentando.
A maior reserva de água doce do planeta, cerca de 70%, encontra-se aqui. A Antárctida é um dos mais importantes patrimónios naturais da humanidade
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O grupo era composto principalmente por profissionais de ski, guias, esquiadores do Alasca e do Lago Tahoe, actuais e ex-campeões do mundo de ski extremo como Xavier de le Rue, Jeremy Jones, Warren Miller e Kristen Ulmer. Os restantes eram viajantes como eu, a editora da Elle Itália, e um velhote americano reformado que me elogiou todo o tempo, porque no primeiro dia de ski um esquiador rompeu os ligamentos e eu carreguei-o aos ombros… Este era o sonho de carreira para parte da tripulação, e a aventura de uma vida para os mais novatos.
AS ÁGUAS A SUL DA TERRA DO FOGO são das mais famosas do globo, descritas por viajantes como Charles Darwin que por aqui passou em meados do século XIX a bordo do HMS Beagle, o navio que usou na sua circumnavegação e no qual escreveu um dos mais famosos livros, “A Origem das Espécies”, sobre a nossa existência. Passámos o célebre Cabo Horn, temido e respeitado por toda a comunidade náutica, e num saltinho estávamos no Estreito de Drake, entre o extremo da América do Sul e a Antárctida, conhecido como a Meca de todos os velejadores pelas suas águas bravas e ventos 78
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fortíssimos. Surpreendentemente tivemos uma travessia muito calma, num dos mares mais temidos e tempestuosos do mundo. São aproximadamente 560 milhas náuticas e três noites de mar. Nas primeiras horas de 9 de Novembro passávamos as famosas Ilhas Shetland do Sul, e ancorávamos em Cierva Cove, no lado oeste da Península Antárctica. O ancoradouros naturais são todos fascinantes, rodeados por enormes montanhas e glaciares que terminam no mar, icebergs que parecem desenhados a régua e esquadro, sempre animados por pinguins que mergulham e nadam, baleias e lobos marinhos. O desembarque em terra firme foi feito com muita perícia por um grupo de jovens biólogos Argentinos. Em grupos de cinco, subimos a montanha inclinada, cada um tomando um caminho diferente até ao cume de Nunatak, onde todos tínhamos diferentes e incríveis vistas á nossa volta. A Península Antárctica é bastante estreita neste ponto, exactamente como teria sido há mais de cem anos, quando Amundsen guiou a sua equipa pelo caminho que se avista daqui rumo ao Pólo Sul. Agora posso entender; este lugar é um longo caminho de onde quer que estejamos.
ANTES DE PARTIR... São muitos os requisitos para quem quiser fazer esta viagem, desde o preenchimento de um exigente formulário médico, cópia do passaporte, uma longa avaliação técnica, curso de avalanche e salvamento, uma longa lista de equipamento técnico obrigatório, como picaretas, botas para caminhar no gelo, pá, sonda, arnês, etc., um contrato e termo de responsabilidade, e seguro para evacuação em menos de 24 horas por meio aéreo. A empresa organizadora ajuda-o a tratar de todas as formalidades.
QUANDO IR A melhor época para visitar a Antárctida começa a partir de Novembro e prolonga-se até meados de Março, quando o risco de os barcos que não são quebra-gelo ficarem presos é menor, os dias de grandes tempestades são menores, e é possível desembarcar em terra, ao contrário do que acontece nas estações mais frias do ano.
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Entre os melhores... Incluídos nesta expedição, liderada por Doug Stoup, estavam alguns dos melhores extreme skiers do Mundo, como Meaghan Wheeler, instrutora da equipa de competição infantil de Lake Tahoe, Xavier de le Rue e Jeremy Jones
COMO IR Com a Ice Axe Expeditions, www.iceaxe.tv, com partidas de Ushuaia a bordo de um clipper para fazer a travessia de três dias até à Península Antárctica. Os preços são a partir de €5.200 para uma viagem de 16 dias, incluindo uma noite em Ushuaia, alojamento, refeições, visitas de semi-rígido às estações e às comunidades de pinguins e focas-leopardo, as saídas de ski e serviços de guias. Conte também com apresentações feitas pela equipa responsável pela expedição, biólogos e oradores convidados sobre os mais variados e interessantes temas, desde a fauna, experiências várias, temporais, tudo acompanhado por filmagens, muitas delas exclusivas, e apresentações multimédia excepcionais. Não inclui voos nem seguro de viagem.
VOOS A TAP, www.flytap.com, voa de Lisboa para Buenos Aires a partir de €1.200. As Aerolineas Argentinas, www.aerolineas.com.ar e a companhia aérea LAN, www.lan.com, voam de Buenos Buenos Aires para Ushuaia com tarifas a partir de €250. O voo demora cerca de três horas e meia, com escala em El Chaltén.
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A única rocha exposta é tão inclinada que o gelo e a neve não se sustentam, e tudo o que não sejam rochas pode esconder fendas de um glaciar – as temíveis crevasses, muitas delas criadas pelo deslocamento do gelo devido ao aquecimento global. O perigo é que estas fissuras estão geralmente cobertas por uma camada de neve fina, pelo que são quase impossíveis de detectar.
O TEMPO ESTAVA ESPECTACULAR, um lindo azul do céu e do mar que se confundiam, com uma ligeira e suave brisa marítima. O comandante do barco, um homem com uma longa experiência na Antárctida e mais de 250 expedições, sendo esta a sua última, contou-nos que nunca tinha passado uma semana com tantos dias de sol. Nos dez dias que aqui passámos oito foram de sol, e se tivermos em conta que estatisticamente a Antárctida goza apenas de 10% de dias de sol por ano, podemos dizer que a sorte estava do nosso lado. O grupo que embarcou nesta viagem veio especialmente para esquiar. Encontrámos boas pendentes, pusemos as peles de foca nos skis e lá fomos nós, montanha acima e abaixo, num colorido de skis, snowboards e telemarks. Sem helicópteros, partíamos do nível do mar e escalávamos até aos quase dois mil metros de altitude, carregando em média 25kg de equipamento. Com as equipas de filmagem para um anúncio da Coca-Cola e de um documentário, chegámos a carregar cerca de 600kg de equipamento como material de produção, distribuídos entre operadores de câmara, directores fotográficos e produtores. Assistentes não havia, pois o orçamento já era pesado e o skill técnico exigido era também muito elevado. Com temperaturas a rondar os 5º C ao sol, fazíamos a eterna subida em T-shirts de manga comprida, só precisando de vestir os casacos no topo da montanha para descer. De regresso a bordo, enquanto esperávamos pelo jantar, o navio seguiu para sul durante a noite através do canal de Neumayer até ao ancoradouro de Lockroy. Esperava-nos um segundo dia parecido com o anterior, outros cenários, outras montanhas, a visita à colónia de pinguins-gentoo, e umas esquiadelas nas montanhas inclinadas que nos cercavam. Mas foi então que o pior aconteceu.
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A ESTAÇÃO AMERICANA mais próxima, em Palmer, na ilha de Anvers, inicialmente ofereceu-se para ajudar. Mas quando se determinou que a condição do esquiador não apresentava risco de vida, voltaram atrás na decisão. O capitão rapidamente rumou para Norte, e nas próximas vinte horas navegámos rumo à base chilena de Frei, na ilha de King George, nas Ilhas Shetland do Sul. O tempo ajudou e continuou a tratar-nos como a poucos; muito frio, mas um mar que parecia um lago, e uma noite estrelada e cristalina como nem os mais experientes costumam ver por aqui. Os chilenos foram mais hospitaleiros e conseguiram-nos de imediato um voo num C130 brasileiro que aqui estava de visita. Mais descansados, a nossa viagem continuou ao longo destas Ilhas Shetland, com expedições de ski a cerca de mil metros e safaris às colónias de pinguins e lobos marinhos a bordo dos semi-rígidos. Os dias de ski eram sempre bastante duros; saíamos pelas cinco da madrugada para regressarmos ao barco ao pôr do Sol, depois de várias, subidas a pé ao topo das montanhas que podiam demorar três horas. As descida, essas, aqui não contam, pois duram uns escassos cinco minutos! A meio da expedição ainda houve tempo para descontrair numa divertida “festa branca”, com todos vestidos a rigor, com uma criatividade que nunca imaginei que estes bravos pudessem ter.
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Numa dessas subidas, enquanto um dos grupos atravessava uma ponte lá bem no alto, no cume da montanha, subitamente um dos esquiadores cai numa fenda, felizmente não muito profunda, e parte uma das pernas. Os guias, experimentadíssimos e profissionais das mais importantes operações de ski do mundo, socorrem-no prontamente. Mas o processo é moroso, apesar de a fenda não ser muito profunda – algumas chegam a ter cerca de 100m, esta tinha 20m. Mas com poucos meios e em condições dificultadas devido à inclinação, a operação não era fácil. Doug Stoup, o líder da expedição e reconhecido aventureiro, com um largo currículo de mais de 18 expedições na Antárctida, prontamente desce e resgata o esquiador. Foram precisas duas horas, e dez guias envolvidos para içar e transportar o ferido até ao barco, pois estávamos longe, mesmo depois de descer até ao nível do mar. Este foi o episódio mas “quente” da viagem, mas todos conhecíamos à partida os riscos, e sabíamos que a morte poderia fazer parte do “prato do dia”. Era uma experiência raramente vivida, um desporto super radical num cenário desconhecido, mesmo para os mais experientes guias de ski do mundo.
Sentimo-nos pequenos perante esta imensidão.
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Depois de mais uma esgotante subida, tempo para comtemplar... Doug Stoup, o líder da expedição, Warren Miller, um dos mais intrépidos extreme skiers do Mundo, e Kristen Ulmer, dez vezes campeã do Mundo de extreme ski, preparam-se para mais uma descida
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A VIDA MARINHA seria uma companhia constante nesta aventura. Desde as baleias que nos vêm visitar, as orcas, os pinguins, que numa incansável luta pela sobrevivência lá conseguem fugir de uma ou outra orca, os albatrozes, que depois de um voo interminável, acompanhando-nos durante praticamente toda a viagem, fazem um breve descanso na balaustrada do navio, focas-leopardo, icebergs que parecem autênticas esculturas... um semfim de coisas que aqui se vivem, bem longe do mundinho da maioria do comum dos mortais. E cada lugar por onde passamos é sempre diferente do anterior, surpreendentemente bonito. Pensamos como é possível um deserto branco ser assim tão fascinante, um mundo único que ainda não foi muito transformado pelo homem, e que parece intocável… IR MAIS LONGE. Para quem quiser viver esta aventura, deixo aqui algumas indicações práticas. A maioria das viagens ocorrem na região da Península Antárctica e nas ilhas mais próximas. As viagens em pequenos cruzeiros de 300 pés (100 metros) dominam o tipo de turismo feito aqui, e permitem conhecer o continente a partir de um hotel flutuante. Outra alternativa são os voos sobre o Mar de Ross organizados pela Croydon Travel de Melbourne e transportados pela companhia aérea Quantas. Uma minoria de 84
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intrépidas almas, as realmente aventureiras, também podem participar numa aventura polar organizada por algumas das empresas que operam na região e subir o monte Vinson, o mais alto, o mais gelado e o mais ventoso da Antárctida, a mais de 4.895m de altitude, ou até esquiar até ao Pólo Sul geográfico. A Antárctida é um lugar único. Aqui não existem hotéis em terra firme, só os flutuantes como o nosso Clipper Adventurer, nem cabeleireiros ou shoppings para visitar. As únicas poucas compras possíveis encontram-se nas várias estações que se mantenham activas. Como sabem, este é o único continente não habitado permanentemente pelo homem. Todas as estações, a maioria com fins científicos, só são habitadas sazonalmente e algumas têm simplesmente uma presença política. Todas a visitas são feitas com potentes semi-rígidos, que devem estar preparados para temperaturas abaixo de zero e para os gelos pontiagudos que poderão cortar facilmente os seus cascos. Lembro que geralmente a água encontra-se a 0º C, perto do ponto de congelação que na água salgada é de cerca de -2º C. Isto significa que, se alguém cai á água, em menos de cinco minutos entra em estado de hipotermia e pode morrer.
INFORMAÇÕES ÚTEIS Para saber mais sobre a Antárctida consulte o site do Antarctic Treaty Secretariat, www.ats.aq, o site da organização sem fins lucrativos Polar Conservation Organization, www.polarconservation.org, ou o site da International Association of Antarctica Tour Operators, www.iaato.org
Vencer o medo, ousar ir mais além,
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arriscar sair da nossa zona de conforto para ser recompensado com um cenário destes, único, indescritível... Um sonho ao alcançe de poucos, mas um sonho possível e que não se esquece!
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A gestão do turismo nesta região, tem algumas características particularmente interessantes. Quando em 1959 o Tratado da Antárctida foi assinado, não referia as actividades não governamentais como o turismo. Não se imaginava que este continente, até então visitado apenas por baleeiros, cientistas e heróis do passado, como Shackleton, Mawson, Scott ou Amundsen (o primeiro explorador a chegar ao Pólo Sul geográfico), pudesse um dia vir a ser um destino turístico. Mas o turismo cresceu, tendo atingido um recorde de 14.000 pessoas na passagem do milénio, e os países que integram o tratado definiram várias directivas que devem ser cumpridas rigorosamente pelos visitantes. O principio subjacente é o de que a Antárctida deverá continuar a ser um continente intocado, em que o homem, não fazendo parte do seu habitat, deverá ter a menor interacção com este meio. Todas as acções e visitas, como, por exemplo, às colónias de pinguins, deverão respeitar certas regras. O não cumprimento destas medidas comporta o risco de serem imputadas multas que podem ir dos dez mil dólares até à pena de prisão. Para que as directivas definidas do tratado fossem garantidas, um grupo de operadores turísticos privados juntou-se para fundar a International Association of Antarctica Tour Operators (IAATO), que garante o cumprimento do referido código de conduta. Como resultado, a Antárctida é actualmente um dos destinos mas bem geridos a nível mundial, e muitos outros têm seguido as suas melhores práticas. Para nós esta viagem tinha chegado ao fim. De regresso a Ushuaia, toda a tripulação se concentrou no deck para admirar o Cabo Horn ali tão perto. Não houve quem não ficasse fascinado com a sua beleza, exuberância e estado virgem; ninguém habita esta terra inóspita, e há apenas um pequeno farol há muito abandonado… Os últimos dias foram passados em festa nos bares locais, celebrando o fim da expedição. Entre desportistas, homens da montanha, gente muito divertida e simpática, o ambiente era verdadeiramente animado. O remate perfeito para uma experiência inesquecível, para a viagem de uma vida! e
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ANTÁRCTIDA Voo Lisboa – Buenos Aires
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Seguro
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Viagem à Antárctida
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Voo Buenos Aires – Ushuaia
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O Palácio dos Salazares ou da Viscondessa do Espinhal, apelidado hoje de Palácio da Lousã, foi mandado construir no século XVIII e, em 1818, foi acrescentado o torreão central. Cada ala de quartos tem as suas particularidades e os seus encantos. E se uns miram a serra, os canteiros, as tílias, a frondosa magnólia e os patamares exteriores, outros espreitam a Lousã histórica e quase que pomos os olhos em cima da Capela da Misericórdia, datada de meados do século XVI, ali mesmo na rua do hotel, e que merece uma visita. Há poucos anos foi alvo de uma recuperação bem cuidada, preservando ao máximo aspectos arquitectónicos antigos e alguns móveis seculares, como o oratório que ainda hoje podemos admirar num dos salões de estar à nossa disposição. O Palácio da Lousã abriu portas para vir enriquecer esta vila a dois passos de Coimbra e onde se é recebido com um “Beirão de honra” como boas-vindas, não fosse a bebida produzida por estas bandas. Também no Bar do Palácio pode provar as misturas possíveis com este Licor Beirão, cuja receita está guardada a sete chaves. Um caipirão, por exemplo, vem mesmo a calhar, para que o gelo e a lima nos refresquem de um passeio pela Lousã, que nos permitiu ficar a saber que foi terra de importante produção de papel, sendo detentora de uma das fábricas mais antigas do nosso país. www.palaciodalousa.com
HOTEL BOUTIQUE Mandado construir nos finais do século XVIII, no Palácio da Lousã sente-se o peso da história. Alvo de uma recuperação que preservou a arquitectura original, admire as peças antigas expostas nos salões, observe a serra das varandas e passeie pelo jardim palaciano.
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de origem chinesa, que nasceu há mais de quatro mil anos e o seu objectivo é encontrar a harmonia do Homem com o ambiente, estudando os espaços e a sua interacção com as energias das pessoas que nele vivem, sugerindo soluções para melhorar o seu ambiente. A energia existente nas nossas casas reflecte o nosso estilo de vida. Através da sua análise será possível avaliar e propor as correcções necessárias, solucionando ou melhorando problemas financeiros, de saúde, emocionais, ou mesmo profissionais.
o terreno por caminhos saloios, com as dunas do Guincho, brisas atlânticas e a verde Serra de Sintra como cenário de fundo. Iniciaremos com briefing sobre segurança, regras de conduta e funcionamento da viatura, segue-se uma série de manobras de perícia com o objectivo de preparar os aventureiros para um verdadeiro obstáculo. A recompensa pela adrenalina é um fantástico miradouro!
Mudar a decoração lá de casa ou do escritório para uma vida mais feliz, sensações ao rubro em terra no ar e na água. Este mês a Odisseias deixa-lhe quatro actividades todas diferentes, mas todas com algo em comum: são irresistíveis! www.odisseias.com
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do ambiente e entrevista; entrega posterior do relatório da consulta de Feng Shui por email e explicação das sugestões de decoração.
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Preço: €74,90
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SAILING EXPERIENCE
. A EXPERIÊNCIA: Este pack inclui
A EXPERIÊNCIA: Se quer experimentar a sensação de velejar então esta é a solução perfeita. Aprenda os conceitos básicos da navegação à vela com um skipper profissional: içar as velas, virar de bordo ou cambar, bolinar ou navegar pela alheta. Se preferir aproveite simplesmente para apreciar a sensação de deslizar ao sabor do vento e apreciar a magnífica paisagem que a barra do Tejo e a Costa do Estoril têm para oferecer.
uma descida no Fantasticable, cabo com 1.538m a uma altura de 150m, que liga os lugares de Lamelas e Bustelo, onde pode atingir uma velocidade máxima de 130km/h...! Depois desta experiência vertiginosa, segue-se o Air Bungee, onde será preso à copa de duas árvores, e propulsionado através de trampolins. Divirta-se a dar o maior número de saltos possível! Finalize esta experiência com um Percurso Aventura: uma actividade que oferece aos praticantes a possibilidade de percorrer um circuito de habilidades em altura (em forma de pontes), integrando-se com a natureza em locais até então inacessíveis (ao nível da copa das árvores).
. LOCAL: Pena Aventura Park – Vila Real. . DURAÇÃO: 1h30m . INCLUI: Uma descida de Fantasticable; Air Bungee; Percurso Aventura Médio.
. VÁLIDO PARA: 1 pessoa. Preço: €32
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(atendimento dias úteis, das 10h às 19h)
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