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Rizartrose, o que é?
A rizartrose é a degeneração (osteoartrose) da articulação da base do polegar, chamada de trapezometacarpiana. Essa articulação é responsável por promover uma ampla variedade de movimentos, incluindo a oponência do polegar (movimento de pinça), devido a ampla gama de movimentos, essa articulação está propensa ao desgaste precoce e degeneração. Atualmente, é considerada como uma doença do mundo moderno. Você sabe por quê?
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Se antes acreditava-se que a doença era consequência natural da idade, hoje entende-se que está associada ao estilo de vida moderno. Novos estudos indicam que os hábitos atuais, a vida conectada e o uso excessivo de equipamentos eletrônicos contribuem para o surgimento da rizartrose. O manuseio de celulares, tablets e teclados, artigos que exigem a movimentação intensa dos dedos, podem ser a causa do número crescente de casos da doença. Estudos dizem que 4 em cada 10 pessoas no mundo inteiro tem ou irão desenvolver a doença!
As mulheres constituem o grupo de risco para rizartrose. Os fatores primários incluem hiperlaxidez e hipermobilidade ligamentar, frequentemente diagnosticados em mulheres. Mulheres na pós-menopausa ou que executam muitas tarefas manuais também estão propensas ao surgimento da doença
Como em qualquer processo de artrose, os sintomas podem variar com a gravidade da doença. A dor na base do polegar é uma constante. A tendência é que fique mais intensa seguindo a execução de atividades mais vigorosas ou repetitivas. Escrever, digitar, usar o mouse do computador ou abrir uma garrafa são movimentos difíceis para quem convive com rizartrose.
Em um quadro mais avançado, a dor pode persistir mesmo durante o repouso. Ela está aliada à fraqueza, limitação dos movimentos e deformidade na base do polegar. Essa deformidade compreende um alargamento visível da base do polegar, com possível exposição do osso subjacente.
O diagnóstico preciso é fundamental no tratamento, esse deve ser realizado pelo especialista em Cirurgia da Mão, que com o exame clínico, físico e complementado com radiografias, diagnostica e gradua a lesão, podendo então instituir o adequado tratamento.
O tratamento depende dos sintomas apresentados e grau de degeneração. O método mais conservador pressupõe repouso, aplicação de gelo, uso de anti-inflamatórios e redução das atividades que desencadeiam os sintomas. O uso de tala ou órtese de imobilização também é recomendado para aliviar a dor e proporcionar suporte ao polegar.
Para quadros mais avançados são indicados tratamentos cirúrgicos, que podem ser realizados de forma aberta com ressecção total ou parcial do osso trapézio ou mais moderno realizada de forma artroscópica, onde é realizado o tratamento com diminutos orifícios por onde o cirurgião de mão realiza o tratamento sob visualização por artroscopia de forma minimamente invasiva, resultando em recuperação pós operatória mais breve.
DR. SULLIVAN GEORGE SAVARIS
CRM/SC 17557 - RQE 11271 - RQE 11182 Ortopedia e Traumatologia
CURRÍCULO
• Formação Médica na Faculdade de Ciências Médicas de Alfenas em Minas Gerais, concluída em Dezembro de 2006; • Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital Ortopédico Belo Horizonte; • Cirurgia da Mão, sob supervisão do Professor Dr. Arlindo Gomes Pardini no Hospital Ortopédico de Belo Horizonte; • Microcirurgia Reconstrutiva no Hospital das Clínicas de Goiânia-GO; • Artroscopia de punho pelo IOT-USP/IRCAD-SP/MWC 2019 (Madrid - Espanha).