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Tratamento da hiperplasia prostática benigna
A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é uma condição comum à medida que os homens envelhecem. Até 30% dos homens após os 50 anos de idade apresentam aumento do volume prostático, e cerca de 70-80% deles apresentarão esta doença aos 80 anos. Mesmo que benigno, o aumento da próstata pode causar sintomas urinários desconfortáveis, como a dificuldade de urinar, aumento da frequência miccional e incontinência urinária.
TRATAMENTO
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Cerca de 1 a cada 3 homens portadores da HPB tornar-se-ão sintomáticos e merecerão tratamento específico para esta doença, seja com medicamentos ou com cirurgia. A ocorrência de jato urinário fraco, a sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e o fato de urinar um maior número de vezes à noite são sintomas clássicos da HPB. A piora dos sintomas pode evoluir para retenção urinária aguda e necessidade do uso de cateteres vesicais. O julgamento do tipo de tratamento a ser instituído depende de múltiplos fatores, como sintomatologia, idade, condições clínicas do paciente, volume prostático, entre outros.
Os exames complementares (entre eles laboratoriais, ultrassonografia e
estudo urodinåmico) podem acrescentar maiores dados e auxiliar na decisão terapêutica. De posse destas informações, o médico Urologista é capaz de avaliar e instituir o melhor tratamento. Na maioria das vezes as medicações orais irão compor a linha inicial do tratamento. Quando necessário, o tratamento cirúrgico pode ser indicado e algumas técnicas são amplamente utilizadas, compreendendo:
1. Ressecção Endoscópica Transuretral da Próstata (RTU-P): Este tratamento cirúrgico é o padrão-ouro para pacientes elegíveis e é realizado através da uretra, ou seja, não existe “corte”. A recuperação é normalmente muito boa e rápida. 2. Prostatectomia Aberta ou Transvesical (PTV): cirurgia reservada para pacientes que apresentam próstata de grande volume, em geral acima de 80-90 gramas. É uma cirurgia mais agressiva que a RTU-P por se tratar de procedimento aberto e assim de
manda período de internação mais prolongado (2-4 dias). A modalidade laparoscópica é uma forma de diminuir o vulto cirúrgico, e é também amplamente utilizada. 3. Embolização Prostática e demais terapêuticas minimamente invasivas (normalmente em pacientes com má condição clínica) - UROLIFT / STENT
URETRAL: São técnicas ainda pouco sedimentadas em nosso meio. No cenário atual, são reservadas aos pacientes com pior condição clínica e não elegíveis aos demais procedimentos cirúrgicos.
DR. GUSTAVO DE OLIVEIRA MOTA CRM/SC 18.530 | RQE 10.267 | Urologista
CURRÍCULO • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia • Membro do EAU - European Association of Urology • Membro da ICS - International Continence Society