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Câncer Gástrico

O câncer de estômago é também conhecido como câncer gástrico. Pode se desenvolver lentamente ao longo de anos. Antes do aparecimento do câncer propriamente dito, alterações pré-cancerígenas ocorrem no revestimento interno do estômago (mucosa). Estas alterações precoces raramente causam sintomas e, portanto, muitas vezes passam despercebidas. Um dos subtipos mais comuns (90-95%) é o Adenocarcinoma.

Em incidência, nos homens, aqui no Brasil, ele está em 4º lugar. Nas mulheres, em 6º lugar. Em mortalidade, esse câncer alcança essas mesmas posições.

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O câncer de estômago afeta principalmente as pessoas mais velhas. A idade média dos pacientes quando são diagnosticados é de 68 anos. Cerca de 60% dos pacientes com câncer de estômago tem 65 anos ou mais. O risco médio de uma pessoa desenvolver câncer de estômago em sua vida é cerca de 1 em 154. Os riscos individuais podem ser influenciados por alguns outros fatores.

Apesar de não ainda não ter causa conhecida, alguns fatores podem aumentar o risco de câncer de estômago: • Obesidade; • Consumo de álcool; • Consumo excessivo de sal; • Tabagismo; • Ingestão de água com alta concentração de nitrato; • Lesões pré-malignas, como gastrite atrófica, metaplasia intestinal e infecções pela bactéria H. pylori; • Trabalhar exposto à radiação ionizante, como raios X e gama; • Exposição de trabalhadores rurais a agrotóxicos; • Trabalhar exposto a vários compostos químicos, como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e pigmentos; • História familiar.

Falando sobre sinais e sintomas, em sua fase inicial, essa neoplasia não costuma manifestar sintomas. Quando ocorrem, os mais comuns são: queimação, perda do apetite, dificuldade para engolir, perda de peso, inchaço abdominal, náuseas e vômitos e sangue nas fezes/fezes escuras.

O diagnóstico do câncer de estômago só é possível por meio de uma biópsia. Geralmente ela é feita durante uma endoscopia. Com esse aparelho, o médico é capaz de visualizar o interior do estômago e colher uma pequena amostra de tecido para ser examinada. Após o diagnóstico, deve-se estadiar o paciente, ou seja, solicitar exames para verificar como está o restante do organismo (comumente, tomografias).

Tratamento:

Cirurgia: é um dos tratamentos mais importantes. A extensão da operação vai depender de quanto e para onde o tumor se espalhou. Quando o tumor está restrito ao estômago, pode ser completamente removido cirurgicamente, com uma gastrectomia total ou parcial (retirada total ou parcial do estômago).

Radioterapia: costuma ser a opção de tratamento após a cirurgia, quando o tumor não pôde ser completamente extraído, por exemplo. É possível também ser empregada para diminuir tumores que estão atrapalhando a digestão, aliviar dores e sangramentos (outra modalidade).

Quimioterapia: pode ser aplicada antes de se operar o tumor, para diminuí-lo e facilitar a cirurgia. Em pacientes com metástase (doença que já foi para outros locais), ela pode aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. Algumas drogas novas estão em fase de testes (anticorpos, vacinas, imunoterapia), assim como o uso combinado de algumas já conhecidas.

DR. RIVADÁVIO ANTUNES MENACHO DE OLIVEIRA

CRM/PR 37975 | RQE 22209 | Oncologia Clínica

CURRÍCULO

• Graduado em Medicina pela Universidade de Marília (UNIMAR); • Residência Médica em Clínica Médica pela Universidade de Caxias do Sul (UCS); • Mestrado Profissional em Terapia Intensiva pelo IBRATI – Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva; • Residência Médica em Oncologia Clínica pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição – Porto Alegre; • Preceptor da Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital do Câncer de Londrina.

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