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A saúde mental na família
Não raro a relação familiar é repleta de desafios, medos e conflitos, independe de seu tamanho ou da idade daqueles que a compõem. Mesmo com as melhores intenções, pais e filhos acabam cometendo alguns erros na convivência. Com a correria diária frente às múltiplas tarefas, nem sempre é fácil dar a atenção e o cuidado que todos necessitam. Manter a saúde emocional na família torna-se então um desafio.
A família é nosso primeiro ambiente social, importantíssimo para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. Todos precisam se envolver e se preocupar em conviver de forma agradável e sadia. Quando saudável emocionalmente, toda a família se beneficia: com maior autoconfiança dos membros, sentimento de pertencimento e estreitamento dos vínculos. Algumas maneiras de auxiliar na promoção de um ambiente saudável são: • Proporcionar um clima de afeto e apoio; • Estar cientes do temperamento uns dos outros e respeitar suas singularidades; • Comunicar-se de forma clara e simples; • Evitar críticas e cobranças demasiadas; • Escutar uns aos outros, a fim de compreender cada ponto de vista; • Estabelecer limites; • Realizar atividades recreativas e esportivas juntos; • Aprender juntos a lidar com as frustrações; • Expressar os sentimentos de forma autoregulada; • Não mentir ou ocultar o estado emocional; • Validar os sentimentos uns dos outros.
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O bom clima emocional familiar é fruto da ação e dos esforços de todos. Mas, por terem maiores condições de proporcionar um ambiente agradável, os adultos acabam por assumir o papel de desenvolver e ofertar condições para que os mais jovens tenham, e com o tempo desenvolvam por si, ferramentas de autocuidado emocional.
Os adultos são modelos. Todos os comportamentos de autocuidado para com a saúde emocional precisam antes de tudo ser experienciados neles mesmos. Veja, se as máscaras de oxigênio caem quando estamos num avião, a orientação é que as coloquemos primeiro em nós mesmos e, só depois, ajudar aos que estão a nossa volta. Afinal, só é possível ajudar o próximo se, antes, nós estivermos bem.
O exercício contínuo do autoconhecimento, a partir de reflexões honestas e profundas sobre a própria trajetória, surge então nesse processo como caminho de restauração e estabelecimento da saúde emocional. Permite a compreensão de quem somos, como e por que chegamos até o momento presente assim. E como ferramenta complementar desse processo, tem-se o perdão, para com nossos pais e para com nós mesmos. Ser capaz disso, é desenvolver uma experiência de mais amor e qualidade às relações.
E é importante lembrar: ninguém nasce pai ou mãe. Esses papeis são construídos e se você tem dificuldades em exercê-los busque auxílio profissional. Pais são seres humanos, que precisam também aprendem constantemente. Aprender é saúde!
ANA CAROLINA FARIAS SILVA
CRP 08/26318 | Psicóloga Clínica
CURRÍCULO
• Colaboradora no Serviço de Aconselhamento Genético da UEL; • Especialista em Terapia Analítico Comportamental (UNIFIL); • Atendimento Individual, Casal e Família.
43 99660-2841 | 43 3328-3344 Rua Pensilvânia, 314 - Jardim Kennedy - Londrina-PR