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Ejaculação Precoce

Especial

SAÚDE DO HOMEM

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Ejaculação Precoce

Como a fisioterapia pélvica pode ajudar no tratamento?

No Brasil, cerca de 30% dos homens têm ejaculação precoce, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Mas falar sobre esse tema e suas causas ainda é um tabu para muita gente.

Uma das frustrações mais comuns no dia a dia do homem é não atender às expectativas na hora do sexo. A ejaculação precoce é a disfunção sexual mais frequente no mundo, mas, por mais constrangedor e frustrante que possa parecer para a grande maioria dos homens, tem cura.

A ejaculação precoce ocorre quando o homem ejacula mais cedo do que ele pretende. A Sociedade Internacional de Medicina Sexual (ISSM) especifica três critérios para definir a ejaculação precoce: • O período entre a penetração e a ejaculação é menor do que o desejado. • Quando o homem não consegue controlar quando ejacula. • Quando o homem se sente angustiado com a situação.

Incidindo em qualquer fase da vida sexual do homem, a ejaculação precoce, em seu estágio primário ou secundário, pode ser tratada através da Fisiosexologia, técnicas da Fisioterapia Pélvica e Educação Sexual Somática. O treinamento da musculatura peniana e perineal fortalecem a região genital e o autoconhecimento que se alcança durante o tratamento trás de volta a confiança, a autoestima e o desempenho do paciente.

Diversas técnicas para a reabilitação assoalho pélvico são utilizadas durante a fisioterapia, como, a terapia manual, cinesioterapia, estimulação elétrica, biofeedback, entre outros recursos. Os exercícios fornecem ao paciente a auto familiaridade e consciência corporal, o que pode ajudar na melhorar da autoconfiança e do senso de controle.

O principal fator que desencadeia uma disfunção na vida sexual masculina está relacionado à falta de orientação sexual, tanto na juventude quanto na fase adulta da vida. A ansiedade e o medo de falhar na cama, não satisfazendo a companheira, são agravantes na hora do sexo, juntamente com a vergonha e o preconceito em buscar ajuda.

Vantagens do tratamento natural

O foco é ir direto à causa do problema, ensinando o indivíduo a treinar seus músculos sexuais e seu corpo com o objetivo de ritmar o sistema nervoso central (SNC), o que melhora a linguagem corporal e harmoniza a vida sexual.

A vantagem das técnicas utilizadas nos atendimentos da Dra. Priscila Martins Calil é que o paciente não precisa tomar medicação nenhuma para melhorar sua vida sexual, pois o tratamento é todo feito com aparelhos fisioterapêuticos (ondas de percussão, ultrassom e eletroestimulação) e exercícios que visam o fortalecimento muscular, o aumento de artérias e a normalização da sensibilidade da região genital masculina e feminina. O tratamento varia de 5 a 12 atendimentos, conforme o histórico e o objetivo de cada pessoa.

Todos os homens, principalmente os jovens preocupados com a ejaculação precoce devem ser encorajados a procurar tratamento. Existem várias estratégias de tratamentos disponíveis que podem ajudar os homens a retardarem o tempo da ejaculação.

DRA. PRISCILA MARTINS CALIL

CREFITO 26851/F | Fisioterapia CURRÍCULO

• Fisioterapeuta com Formação Internacional em Uroginecologia; • Fisiosexologia e Educação Sexual Somática; • Coaching de Relacionamento; • Microfisioterapia. • Fisioterapia Pélvica. • Estética Fitness.

Tratamentos para:

Ejaculação Precoce - Disfunção Erétil - Dificuldades de orgasmo em homens e mulheres - Dores no momento da relação (dispaneuria) - Vaginismo - Diminuição de lubrificação e atrofia vaginal - Liberação de vergonhas, medos e traumas sexuais - Treinamento para empoderamento feminino e masculino - Coaching sexual para casais, com técnicas para ampliação da intimidade, reconexão corporal e emocional com o parceiro - Pessoas com vício em pornografia. 42 3323-4123 Rua Visconde de Nácar, 760 Centro - Ponta Grossa/PR

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SAÚDE DO HOMEM

Testosterona X Homem

A testosterona é o principal hormônio masculino, também encontrado na mulher mas em menor quantidade, sendo responsável por características consideradas masculinas como crescimento de pelos, engrossamento da voz e aumento da massa muscular.

Andropausa é a diminuição na produção da testosterona nos homens, semelhante a menopausa nas mulheres, acontece geralmente após os 50 anos. Observem os sinais: • Diminuição da libido e menor desempenho sexual; • Diminuição da massa muscular e aumento da gordura corporal; • Osteopenia e osteoporose; • Depressão; • Perda de pelos em geral;

A diminuição da produção hormonal é natural e comum, mas potencializa especialmente com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e alimentos industrializados, tabagismo, sono de péssima qualidade e estresse.

Certo, então como aumentar a testosterona ou diminuir essa queda natural?!

Os suplementos de testosterona devem ser usados sob prescrição médica e podem ser encontrados em forma de injetáveis, comprimidos, gel, creme ou adesivo transdérmico.

Mas nosso foco aqui está em buscar alternativas que estimulem a produção desse hormônio, como: • Aumento do consumo de alimentos ricos em zinco; • Vitamina D e vitamina A; • Melhorar a qualidade do sono; • Principalmente a prática regular de exercícios físicos orientados.

Qual o melhor estímulo físico para melhorar a auto-produção de testosterona?! • Treino de força: os treinos resistidos, treinos tensionais com características de fixação neural são os mais indicados. Conhecido popularmente como musculação, são exercícios os quais você precisa vencer uma determinada sobrecarga, resistir determinado peso. Logicamente volume e intensidade dos estímulos deverão ser analisados de acordo com a individualidade de cada um para que sempre o treino tenha adaptações progressivas e seja ao mesmo tempo seguro. • Treinos de HIIT (intervalados de alta intensidade) também são aconselhados, pois ajudam no processo de perda de gordura com a manutenção de massa magra.

Como sempre, a melhor estratégia é a busca integral da saúde com uma equipe multidisciplinar para te acompanhar nesse processo o mais cedo possível, para que os efeitos naturais da baixa de testosterona sejam mais leves.

VITOR HUGO B. OLIVEIRA

CREF 18617

KELLY LEANDRO

CREF 18871

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SAÚDE DO HOMEM

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SAÚDE DO HOMEM

Ingredientes cosméticos que não podem faltar para os cuidados dos fios masculinos

É crescente a procura do público masculino aos cuidados gerais além da aparência física, corpo e pele, dando vazão há alguns anos, aos cabelos e barba.

Pesquisas relatam que o Brasil está em 2º lugar no ranking mundial para produtos e a promessa anual é que até ao final de 2021 movimentem cerca de 50 bilhões de reais no setor. (panoramafarmaceutico.com.br)

Sempre na busca da‘inovação constante’, fui recente ver de perto o que há tão de tão inovador neste mercado. Aqui estão as principais novidades da última feira científica em dermocosméticos em São Paulo, que participei sobre tendências em cosméticos capilares de sucesso, em setembro deste ano.

Muitos destes ingredientes foram lançados este ano e outros não são tão recentes, mas continuam ainda, sendo os “queridinhos” quando o assunto é cabeleira renovada e barba com fios uniformes:

• Actrisave - É uma alternativa natural, extraído do arroz negro e da flor do cacto Opuntiaficus indica. Possui ação antioxidante e controle hormonalque promove inibição da enzima 5-alfa-redutase (estudam apontam em 40%), bloqueando a queda de novos fios, além da ação antioxidante que potencializa os resultados. Uso tópico e oral. • Prohairin - Com a promessa de ser um novo peptídeo (fração de proteína Octapeptide-2)biomimético pelo estímulo das células tronco ao crescimento capilar, este ativo estimula o crescimento de novos fios após 6 semanas de uso, além de aumentar a produção de proteínas de ancoragem (que fixam a raiz do cabelo ao couro cabeludo), reduz a oleosidade do couro cabeludo em 23%. Interessante aos propensos a dermatites seborreicas. Aumenta a produção e a fixação da melanina (previne fios brancos).Uso tópico. • Tricoxidil - É a escolha natural para o crescimento capilar via estímulo da produção dos fatores de crescimento KGF, IGF-1 e VEGF, que com o passar dos anos o organismo vai diminuindo sua produção natural. Estes fatores de crescimento são envolvidos na proliferação de células na matriz, da papila dérmica e sistema vascular, aumentando a quantidade de matriz extracelular na papila e mantendo o folículo na fase anágena (aumento em 29% da fase de crescimento capilar em 90 dias de uso). Interessante para veganos, pois contém fitocomplexos com frações específicas de óleos essenciais. Para uso tópico.

DRA JULIANA PARENTE MENEZES RIBEIRO

CRF/PR: 14330 | Farmacêutica – Bioquímica (USC) CURRÍCULO

• CEO do Grupo Eficacia Brasil desde 2002: Farmácia Humana, Pet , Cursos e eventos. • Docente na pós graduação de Saúde Quântica e-eid. • Mestre em Ciências da Saúde (UEPG). • Especialista em Farmácia Clínica , Farmácia Magistral, Cosmetologia, Homeopatia, Saúde Quântica, Florais, Tecnologia em Biofísica na Saúde. • Título internacional pelo Bach Centre - England, como “practitioner de Bach” • Criadora do Método Saúde Integral, com aplicação no consultório farmacêutico (Floralterapia, Fitoterapia Brasileira e Chinesa, Aromaterapia, Terapia Ortomolecular, Auriculoterapia, Bioeletrografia e Biorressonância). • Autora dos Livros: Modulando a vida com florais, Detox Integrativo (lançado em Portugal) e o livro o Sinta o Efeito Detox. Participação na obra “Formulário de Ativos Dermatológicos” e “ Formulário da Tricologia Magistral” .

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Diagnosticando o Câncer de próstata

O câncer de próstata é comum entre os homens com mais de 50 anos. Nos estágios iniciais, o câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma.

Novembro é conhecido com o mês de combate ao câncer de próstata. Mas antes de falar sobre esse assunto, é importante explicar em poucas palavras o que é o câncer, e também o que é a próstata.

Câncer é um desenvolvimento anormal das células, que pode ocorrer em qualquer órgão do nosso corpo. Esse processo patológico pode ocorrer pela ação de fatores internos (como genética) e por fatores externos (como por exemplo, hábitos de vida, exposição à luz ultravioleta e alguns vírus). A causa externa é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer, e de um modo geral, necessita de um longo período de exposição para que o desenvolvimento ocorra. Esses fatores podem agir isoladamente ou em conjunto para a formação do câncer.

A próstata é uma glândula exclusiva do organismo do homem. Ela possui o tamanho e o formato de uma noz e fica localizada logo abaixo da bexiga, em uma região próxima ao reto. A próstata tem como função produzir uma porção do sêmen (líquido ejaculado durante o ato sexual que contêm os espermatozóides).

Como o câncer pode ocorrer em qualquer parte do organismo, ele pode ocorrer também na próstata. Segundo INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em alguns casos, o câncer pode se desenvolver de uma maneira muito rápida, se espalhar pelo organismo, atingindo outros órgãos e levando a morte.

O câncer de próstata é comum entre os homens com mais de 50 anos. Nos estágios iniciais, o câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma. Conforme a doença vai progredindo, podem ocorrer dificuldades de urinar: o homem vai ao banheiro, mas ainda sente a bexiga cheia. Isso acontece porque o aumento da próstata impede o esvaziamento da bexiga (lembre que próstata fica localizada logo abaixo da bexiga). Em estágios avançados, pode ocorrer dor óssea, e a presença de sangue na urina.

Para auxiliar no diagnóstico do câncer de próstata, temos disponíveis dois principais exames: um exame de sangue, chamado de PSA (antígeno prostático específico) que se eleva nos casos de desenvolvimento da célula prostática, e o TOQUE RETAL, exame clínico no qual o médico palpa a glândula, para verificar um aumento da glândula. Esses dois exames são considerados exames complementares e devem ser utilizado em conjunto caso o médico solicite.

Não posso deixar de encerrar esse texto, frisando o preconceito que cerca o exame do toque retal. Como mencionei, ele é complementar ao exame de sangue. Caso o médico solicite, é porque naquele momento, esse exame é necessário. Não deixe que um preconceito cause prejuízo à sua saúde. Cuide-se. Por você e pelas pessoas que te amam. Consulte seu médico com frequência, e sempre que houver solicitação de exames, seja o de sangue, ou o exame de toque, os faça!

DR. LUIZ RENATO OLCHANHESKI JUNIOR

CRF 26.326 | Farmacêutico

CURRÍCULO

• Graduação em Farmácia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa; • Especialista em Análises Clínicas pela Universidade Federal do Paraná; • Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa; • Professor dos cursos de Biomedicina e Farmácia da Unicesumar, campus Ponta Grossa; • Supervisor Técnico do Laboratório de Análises Clínicas Oscar Pereira

A importância do outubro rosa na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de mama

Jéssica Mainardes (Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Israel Marcondes (Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Letícia Fernanda da Silva (Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Laís Cristina Zinser Spinassi (Acadêmica do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Fabiana Postiglione Mansani ( Professora Associada do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa)

Universidade Estadual de Ponta Grossa Ponta Grossa – Paraná - Brasil

A campanha “Outubro Rosa” foi criada na década de 1990, como parte do Movimento Internacional de Conscientização sobre o câncer de mama. A ideia difundiu-se mundialmente e atualmente, todos os anos, durante o mês de outubro, realizam-secampanhas de divulgação de informações e promoção da conscientização sobre a doença. A campanha nasceu como política mundial de prevenção e detecção precoce do câncer de mama, mas, hoje em dia, através dela também é feita o alerta para outros tipos de cânceres e doenças que afetam a saúde da mulher, como o câncer de colo de útero. O câncer de mama tem grande importância epidemiológica, considerando que é o câncer mais comum e a causa mais comum de morte por câncer em mulheres. Apresenta alguns fatores que podem predispor ao seu desenvolvimento, o que é fundamental que a população em geral saiba, a fim de que saibam também como preveni-los. Além disso, o movimentotambém fala sobre o rastreamento do câncer de mama, ou seja, a identificação de doença em mulheres assintomáticas através da mamografia, exame de escolha para tal. Através da disseminação desse conhecimento, pacientes com idades entre 50 e 69 anos ficam cientes de que podem buscar os serviços de saúde público para realização da mamografia, a qualidentifica a presença de doença em estágios iniciais, facilitando o tratamento e melhorando o prognóstico da paciente. Atualmente, aproveita-se o momento do mês de outubro para falar também sobre o câncer de colo de útero, o único câncer ginecológico rastreável, causado pela infecção persistente dos tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV). Trata-se do terceiro câncer mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte mais frequente em mulheres no Brasil.É importante que as mulheres saibam que a doença está relacionada à atividade sexual e que quanto mais precocemente a atividade sexual seja iniciada, e maior seja a multiplicidade de parceiros, mais essa mulher estará exposta ao risco da infecção e, consequentemente, ao desenvolvimento de neoplasias de colo de útero, ainda que muitas sejam infectadas mas não venham a desenvolver doença. Com relação a essa patologia, aproveita-se o momento para divulgar a prevenção e o rastreamento oncológico. A prevenção é feita principalmente através de vacinação, conforme indicações do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Já o rastreamento oncológico está indicado a mulheres de 25 a 64 anos, que já tenham dado início a vida sexual, e é feito através do exame preventivo, conhecido como Papanicolau. Considerando a importância do tema, a Liga Acadêmica de Terapêutica Médica Aplicada da Universidade Estadual de Ponta Grossa (LATEM – UEPG) realizou uma palestra sobre o tema, direcionada às funcionárias da empresa PLSS Soluções, com exposição abrangente sobre as doenças supracitadas, e sanando eventuais dúvidas do público. A palestra ainda contou com divulgação do folder com informações sobre o assunto, produzido pelos acadêmicos ligantes. Dessa forma, a LATEM demonstrou mais uma vez seu caráter extensionista, atendendo à comunidade local com ação de grande importância na saúde pública.

Alguns sinais e sintomas podem ser notados pela própria mulher, levando-a buscar avaliação médica e detectando a doença de forma precoce.

REFERÊNCIAS 1. ARBACH, Máryam. Diagnóstico por Imagem - Rastreamento. Sociedade Brasileira de Mastologia, 2020. Disponível em: http://www.spmastologia.com.br/diagnostico-por-imagem/ 2. Calendários de vacinação. Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), 2021. Disponível em: https://sbim.org.br/calendarios-de-vacinacao 3. Câncer de Mama. INCA, 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama 4. Câncer do colo do útero. INCA, 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero 5. Reduzir a mortalidade do câncer: a importância das políticas de rastreamento. FEMAMA, 2019. Disponível em: https://www.femama.org.br/site/br/noticia/reduzir-a-mortalidade-do-cancer-a-importancia-das-politicas-de-rastreamento?gclid=CjwKCAjw7--KBhAMEiwAxfpkWOs8KuqlmnPUiraw9SJummdrVC-MlehednVE501J317PQ0D7JT2_bhoCN7o QAvD_BwE

Efeitos da COVID-19 no sistema musculoesquelético

Dra. Cláudia Moraes e Silva Pereira (Docente do Departamento de Educação Física Universidade Estadual de Ponta Grossa)

Universidade Estadual de Ponta Grossa Ponta Grossa-Paraná - Brasil

Implicações do Covid 19 na saúde e qualidade de vida da população

Com o objetivo de proteger a população e enfrentar a rápida contaminação pelo COVID-19, medidas de afastamento social foram tomadas com diferentes protocolos de isolamento foram tomadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Tais medidas, que se tornaram eficazes para a contenção da contaminação, também trouxeram diferentes consequências referentes à diminuição da qualidade de vida da população. A falta de atividade social, a inatividade física e a má alimentação foram algumas consequências do isolamento prolongado, causando um crescimento de casos de ansiedade e depressão neste período.

Por outro lado, pessoas que foram acometidas pelo vírus e passaram por tratamentos relacionados à doença também foram afetadas pela diminuição da saúde e da qualidade de vida. Os sobreviventes que passaram pela contaminação,apresentaram comprometimento do sistema respiratório, cardiovascular e muscular, causando fadiga e dificuldade de reestabelecer as antigas atividades (LANZA, 2021).

Principais alterações musculoesqueléticas e motoras no pós COVID-19

Quando nos referimos às sequelas relacionadas às alterações musculoesqueléticas e motoras em virtude da COVID-19, as principais alterações encontradas no sistema musculoesquelético são: diminuição da força, limitações articulares, polineuropatias, potência diminuída, encurtamentos, dor, resistência e flexibilidade muscular lesionada, redução da massa óssea e muscular e miopatias que podem levar a alterações do equilíbrio e da marcha. Tais alteraçõespodem desencadear doenças como osteoporose, hipertensão, diabetes e obesidade (FEITOSA, 2021). Nesse aspecto, a importância da avaliação frequente do sistema músculo esquelético durante a reabilitação, permite a análise e o acompanhamento da real evolução da recuperação da massa muscular (SARTORIO et al., 2005; KHAN et al., 2020). A avaliação física é considerada uma grande aliada na recuperação de pacientes pós COVID-19, já que auxilia na clarificação de informações do estado atual de saúde, contribuindona rápida reabilitação e retorno para a vida social.

Avaliação de composição corporal pós COVID-19

Atualmente, desenvolvemos um Projeto de Extensão nomeado Saúde e Qualidade de Vida no pós COVID-19 onde avaliamos os pacientes que receberam alta do Ambulatório de Reabilitação pós COVID-19 do Hospital Regional Universitário de Ponta Grossa localizado na Universidade Estadual de Ponta Grossa. O objetivo da avaliação éidentificara implicações do COVID-19na estrutura musculoesquelética, bem como possíveis complicações relacionadas à estrutura corporal dos pacientes. Em parceria com o Instituto de Avaliação Física e Saúde La Bonne Santé avaliamos os pacientes que saem da reabilitação através da utilização da balança de bioimpedância do sistema InBody 370. Esse equipamento apresenta diversos dados referentes à composição corporal, que inclui o sistema musculoesquelético. Identificamos que os pacientes apresentam uma diminuição significativa da massa muscular durante o processo de internação. Depois que retornam à vida social, os pacientes apresentam um ganho de peso que reflete também no aumento do percentual de gordura. Nesse aspecto, apontamos para a necessidade de um acompanhamento multiprofissional pós doença, com orientação nutricional e exercícios físicos específicos para esta população, objetivando o retorno rápido e efetivo da saúde e qualidade de vida.

REFERÊNCIAS 1. FEITOSA, A.N.A. Reabilitação nas principais alterações neurofuncionais de pacientes com condições pós-covid.In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. 2. KHAN, S.et al. RelativeAccuracyofBioelectricalImpedanceAnalysis for AssessingBodyComposition in ChildrenWithSevereObesity. JournalofPediatricGastroenterologyandNutrition. 2020; 70 (6): e129–e135. https://doi: 10.1097/MPG.0000000000002666. 3. LANZA, F.C. Programa de Reabilitação aplicado ao paciente com condição pós-covid. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. 4. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Relatório COVID-19 / BRASIL. Disponível em: https://covid19.who.int/region/amro/country/br. 2021. 5. SARTORIO A, et al. Bodywaterdistribution in severeobesityand its assessmentfromeight-polar bioelectricalimpedanceanalysis. Eur J Clin Nutr. 2005 Feb;59(2):155-60. doi: 10.1038/sj.ejcn.1602049.

Bonitinhas, mas... perigosas!

Gabriele Ratke Morgan (Acadêmica do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Laiane Maria Micaloski (Acadêmica do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Ana Paula Bernardes da Rosa (Acadêmica do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Marta Regina Barrotto do Carmo ( Professora do Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Ponta Grossa)

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As plantas, além do metabolismo primário que garantesuas funções vitais, como os processos da fotossíntese, respiração e transporte de solutos, apresentamtambém um metabolismo secudário que está associado a produção de compostos com a função de defesa(contra a predadores eseres causadores de doenças) e estratégias ecológicas (para beneficiar sua reprodução, competição e propagação). Os compostos do metabolismo secundário geralmentente estão restritos ao reino vegetal e são eles que utilizamos para a produção de remédios, repelentes, inseticidas, corantes e aromas. No entanto, alguns desses compostos produzem toxinas capazes de provocar danos à saúde de humanos e de animais.

É comum entre plantas latescentes (aquelas com presença de um líquido branco – “leite”) a produção de compostos químicos quepodem ocasionar alterações metabólicas nos indivíduos, caracterizando uma intoxicação, que pode ser aguda, quando há ingestão ou contato acidental, ou crônica, quando a intoxicação ocorre de maneira gradativa, como por exemplo, pelo uso contínuo de plantas abortivas, alucinógenas ou até mesmo de algumas medicinais. Dentre as principais plantas envolvidas em acidentes, podemos citar àquelas que cultivamos em nossas residências como a comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia seguine), o copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica)a espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata), a palmeira cica (Cycas revoluta) ea espirradeira (Nerium oleander). Além disso, plantas muito comuns na nossa região, como a mamona (Ricinus communis), ocinamomo (Melia azedarach), a saia-branca (Brugmansia suaveolens) e o fumo (Nicotiana tabacum)são frequentemente citadas como intoxicação por ingestão acidental. Segundo dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Brasil encontra-se em 8ª posição no ranking de intoxicação mundial,ocorrendo cerca de 2.000 casos por ano de intoxicação por plantas, sendo mais comuns em crianças menores de dez anos. Os principais problemas envolvem alterações em diferentes sistemas, como o nervoso, circulatório, respiratório e o gastrointestinal, podendo ocorrer perda de vidas humanas e de animais. Quando ingeridas, apresentam sintomas como diarreia, alucinações, dor abdominal, febre, náusea, vômito, asfixia e inchaço, e quando a intoxicação ocorre por via cutânea, causa ardência, coceira, lesões, bolhas e vermelhidão na pele. Existem alguns cuidados que podem ser tomados a fim de se evitar a intoxicação que envolvem o cuidado ao manusear plantas desconhecidas ou que possuam substância leitosa, como o uso de luvas e a boa higienização das mãos após mexer em plantas e jardins. Além disso, sempre deixar as plantas fora do alcance de crianças e animais domésticos. Ao apresentar algum sintoma após o contato com uma planta possivelmente tóxica, procure atendimento médico. Para mais informações sobre como proceder em casos de intoxicação, entre em contato com o SINITOX - Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas pelo telefone: 0800 722 6001, um serviço público com atendimento 24 horas.

Estas substâncias tóxicas podem estar presentes em todas as partes da planta ou apenas em partes dela, como folhas, frutos, sementes e raízes.

REFERÊNCIAS 1. http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/media/plantas_toxicas.pdf 2. Matos, F.J.A., Lorenzi, H. Plantas Tóxicas- Estudo de Fitotoxicologia Química de Plantas Brasileiras. Editora Plantarum, 2011. 3. Melo, D.B., Macedo, L.M.; Almeida, I.O. Intoxicação por plantas no Brasil: uma abordagem cienciométrica. Brazilian Journal of Development, v.7, n.4, p. 40919-40937, 2021.

Diagnóstico e educação em saúde como estratégias para prevenção e controle de parasitoses em crianças

Fernanda Silva Ribas (Acadêmica do Curso de Farmácia UEPG e Bolsista de Extensão Universitária – PROEX da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Júlia Caroline Durski (Acadêmica do Curso de Farmácia UEPG e Bolsista de Extensão Universitária – PROEX/PIBIS – Fundação Araucária) José Lucas Meira Stler (Acadêmico do Curso de MedicinaUEPG e Bolsista de Extensão Universitária – PROEX/PIBIS – Fundação Araucária) Rubiana Pytlowanciw (Acadêmica do Curso de Farmácia UEPG e Bolsista de Extensão Universitária – PROEX –da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Profª. Dra. Rosimeire Nunes de Oliveira – (Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Ponta Grossa) Dr. Júlio César Miné (Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa)

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No Brasil, crianças em idade escolar constituem o principal grupo de risco para infecção por parasitos, representando, portanto, um sério problema de Saúde Pública, especialmente devido à alta morbidade, déficit de crescimento e no desenvolvimento físico, intelectual e social, resultante do parasitismo. Clinicamente as parasitoses podem ser assintomáticas, sintomáticas leves- com quadros de diarreia, dores abdominais, vômitos, irritabilidade e perda de peso, e/ou sintomáticas graves, onde se observa anemia e outras complicações, sobretudo em crianças desnutridas ou com quadros de imunossupressão.

O correto diagnóstico para o oferecimento do tratamento específico assim como as ações educativo-preventivas, que representam boa estratégia de aprendizado, sempre deve ser levado em consideração para que os índices de parasitoses intestinais diminuam. Em Ponta Grossa as frequências de crianças parasitadas têm diminuído e isso é mostrado nos resultados dos Exames Parasitológicos de Fezes (EPFs) das crianças participantes do projeto de extensão Enteroparasitoses em Crianças da Região de Ponta Grossa – PR. No período compreendido de 2008 a 2020, foram analisados 3914 EPFs, sendo que 810 (20,69%) crianças encontravam-se positivas para a presença de ao menos um enteroparasito, sendo os mais frequentes: Entamoeba coli, Giardiaduodenalis, Endolimax nana, Trichuristrichiura e Ascaris lumbricoides. Atividades de Educação em Saúde têm sido desenvolvidas com foco nos principais parasitos diagnosticados nos EPFs das crianças, e conforme relato da direção escolar, sobre uma problemática particular de cada comunidade escolar, que é a infestação por piolhos (pediculose). Além disso, o cuidado de empregar uma linguagem apropriada a cada público, visando melhor compreensão das doenças abordadas. A ação educativa permite interações com diferentes faixas etárias dos estudantes, de modo a proporcionar melhor aprendizagem sobre as formas de prevenção e controle das parasitoses intestinais abordadas. No caso das crianças da Educação Infantil, observamos uma atuação efetiva na ação da prática de higiene das mãos, na qual os alunos aprenderam sobre a importância dessa ação após o uso do banheiro e antes das refeições. Em relação às ações sobre pediculose, utilizamos teatro de fantoches,a contação de histórias, além da apresentação do ciclo de vida dos piolhos, formas de transmissão, esclarecimento de mitos e verdades sobre o tratamento e curiosidades acerca da biologia e comportamento desses insetos. A Extensão Universitária constitui um elo de interação entre a Universidade e a sociedade, contribuindo para a formação dos acadêmicos e desenvolvimento de profissionais com responsabilidade social. Em nosso projeto, a realização das ações de diagnóstico associada às ações de educação em saúde refletiu na queda da prevalência de parasitos, observadas principalmente nos anos, 2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020; em comparação com os anos de 2009, 2011 e 2016, nos quais novas escolas foram adicionadas ao projeto e foi observada maior prevalência de crianças parasitadas. Esses dados mostram a importância de atividades educativas visando o processo educativo, de autocuidado e de mudança de hábitos por meio da adoção de boas práticas de higiene pessoal e alimentar, como medidas profiláticas efetivas contra endo e ectoparasitoses de maior prevalência na população infantil.

O ambiente escolar é favorável para aquisição de parasitoses entre crianças, uma vez que elas são mais suscetíveis à infecção, devido à imaturidade imunológica somada à facilidade de contato interpessoal, hábitos de higiene pessoal ainda em formação, além do contato constante com o solo e de hábitos como geofagia.

REFERÊNCIAS 1. MEIGA, M. Z.; SOUZA; J. A.; OLIVEIRA, R. N.; ROCHA, C. S.; MINÉ, J.C. Frequencyofenteroparasites in individuals in themunicipalityof Ponta Grossa - PR (2010-2016). O Mundo da Saúde, 42(3): 744-61, 2018. 2. RODRIGUES et al. Health education actions about human parasitosis in public schools in the municipality of Jataí, State of Goiás, Brazil. Rev. Extensão, Uberlândia, v. 18, p. 133-141, 2019. 3. SENNA – NUNES, M. S. et al. Ações educativas para a prevenção de parasitoses aplicadas em escolas no município de Nova Iguaçu, RJ,Brasil. XV Congresso Latino-americano de Parasitologia, São Paulo, 2001.

INFORME FINANCEIRO

Uniprime disponibiliza linhas de crédito especiais aos cooperados

Sempre atenta às necessidades específicas de seus cooperados, a Uniprime oferta alternativas para a alta demanda de final de ano e amplia seu leque de produtos.

Antecipação de Recebíveis

Para uma boa gestão financeira dos consultórios médicos e odontológicos, o prazo médio de pagamento e de recebimento precisa estar equilibrado. Porém, nem sempre é fácil manter o fluxo de caixa no azul, especialmente em períodos instáveis como o atual, de dificuldade de crédito e atendimentos comprometidos devido à instabilidade econômica.

Uma opção que pode ajudar nesse processo é a antecipação de produção médica e odontológica, uma operação de crédito que permite ao cooperado Pessoa Física ou Jurídica receber o dinheiro do convênio antes do previsto.

A Uniprime do Brasil, maior cooperativa de crédito do país com foco na área da saúde, oferece modalidades de empréstimo que possibilitam a antecipação de até 70% da produção da Unimed e Odontológica, visando atender as necessidades de recursos financeiros de cooperados no curto e médio prazo. “Uma grande vantagem da antecipação, comparando com outras linhas de crédito, é que o cooperado não está pegando algo emprestado de alguém, mas sim, usando um recurso que já é da clínica, simplesmente antecipando datas. Por este motivo, as taxas são menores que os empréstimos disponíveis”, afirma Geraldo Nazareno Martini, gerente geral das Agências Uniprime da Região de Campos Gerais. Além da agilidade na liberação, da conveniência e da segurança, uma vez que a disponibilidade dos recursos garante fluxo de caixa, o cooperado também recupera parte dos juros pagos na distribuição das sobras.

Crédito Rural

Sempre atenta e comprometida com as necessidades específicas de cada perfil de cooperado, a Uniprime do Brasil incluiu recentemente em seu portfólio o Crédito Rural, uma linha que auxilia produtores a custear a produção, fazer investimentos e expandir suas operações. Entre os diferenciais, destaca-se a tarifa específica de IOF, que é menor em relação às linhas comerciais, além de se ajustar ao ciclo produtivo da cultura financiada, através de prazos de amortização flexíveis e agilidade na aprovação e liberação do crédito.

Para o Dr. Cesar Toshio Oda, médico endoscopista que atuou como secretário municipal da saúde de Ponta Grossa, presidente da Unimed Ponta Grossa e é o atual coordenador regional da Uniprime, o lançamento contribui para a solidez da cooperativa, e os resultados ficam evidentes ao observar o fortalecimento da instituição na região dos Campos Gerais. “Todas as iniciativas da Uniprime agregam valor à manutenção do crescimento regional, gerando riqueza nos municípios, estimulando atividades econômicas, mantendo e criando empregos e fomentando o empreendedorismo. Nossos associados são mais do que clientes ou correntistas: são donos do negócio!”, conclui.

LORAINE NABHAN

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INFORME JURÍDICO

Ganhou, mas não levou? A melhora nos procedimentos de coerção facilita a vida dos credores no recebimento de valores

Quem nunca ficou feliz com uma vitória em ação judicial? É a verdadeira sensação de ‘agora sim a justiça foi feita’. No entanto, nem sempre ganhar, significa levar. Ou melhor: ganhar um processo e receber os valores da condenação são coisas bem distintas e muitas vezes até distantes.

Isso se deve em razão de que a vitória em eventual demanda não está ligada ao seu efetivo recebimento. Muitas vezes por mais que o Autor seja vitorioso, ele deve dar início à uma nova batalha: a do recebimento do crédito reconhecido pelo Poder Judiciário.O princípio de que uma execução não deve prejudicar substancialmente o devedor ao ponto deste não conseguir sustentar-se, não exime o processo de atender aos interesses do credor e de proporcionar meios deste conseguir o recebimento de valores.

Nesta nova saga em busca do adimplemento, compete ao credor ter uma postura agressiva e convencer o juiz a empregar meios mais severos de constrição de patrimônio.

Estes meios consistem, por exemplo, na realização de bloqueio em contas bancárias, penhora de bens móveis e imóveis, restrição de direitos e uma série de outras alternativas. No entanto, essas medidas não poderiam ser realizadas constantemente e repetidamente em um curto espaço de tempo, sob pena de configurar abuso no procedimento executivo.

Todavia, este entendimento de que o processo estava sendo muito “bonzinho” com os devedores, começou a mudar.

Recentemente surgiu uma ferramenta solicitada pelos advogados e determinada pelos juízes, com a finalidade de bloquear valores em contas bancárias de forma repetitiva. É a famosa “teimosinha”.

Esta nova ferramenta jurídica trouxe uma esperança aos credores que muitas vezes tem ciência de que seu devedor movimenta valores em contas bancárias, mas não conseguem bloquear nenhuma quantia. Isso porque a teimosinha, como o próprio nome sugere, consiste em uma ferramenta que é “teimosa” na localização de valores em contas. O advogado pode solicitar ao juiz que busque valores em contas bancárias por diversas vezes até que consiga bloquear alguma quantia em seu favor. Antes da ‘teimosinha’, o credor poderia solicitar no processo apenas uma tentativa de bloqueio de contas. Restando esta infrutífera, ficava o devedor livre para nova movimentação de suas contas até que novo pedido de bloqueio online.

Com a “teimosinha” o juiz possui autonomia para determinar várias tentativas de bloqueio de valores em vários dias diferentes e por um período mais longo, impossibilitando o devedor de prever a data em que suas contas podem ser bloqueadas. O Tribunal de Justiça de São Paulo já proferiu decisão inclusive determinando a utilização da ‘teimosinha’ como forma de “bloqueio permanente de ativos financeiros da parte executada via SISBAJUD, até a satisfação integral do débito executado”¹ .

Decisões autorizando a ‘teimosinha’ também estão ganhando a confiança do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.

Ainda que de forma modesta, a “teimosinha” vem sendo muito bem recebida pelo Poder Judiciário, já que é uma importante ferramenta que possibilitará o recebimento de valores e consequentemente a redução de ações executivas infindáveis.

Afinal, de que adiante uma decisão na mão se o credor não receber o que efetivamente é de direito?

¹ Agravo de Instrumento nº 2202768-46.2021.8.26.0000 -Voto nº 48078. Tribuna de Justiça do Estado de São Paulo.

AMANDA CRISTHINA FLACH

OAB/PR 74.283

• Diretora da área de Recuperação de Ativos da JOÃO PAULO NASCIMENTO & ASSOCIADOS – ADVOGADOS E CONSULTORES. • - Especialista em Direito Constitucional Aplicado; Especialista em Direito e Processo Administrativo; Mestre em Ciências Sociais Aplicadas. • - Especializanda em Direito, Compliance e Gestão de Riscos. • - Especializanda em Direito Empresarial.

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