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Melasma
A formação de áreas escurecidas no rosto, características do melasma, exerce impacto negativo sobre a autoestima e a qualidade de vida das portadoras do transtorno.
Melasma é uma hiperpigmentação da pele, decorrente da deposição aumentada de melanina, proteína que garante a coloração da pele e evita os danos da radiação ultravioleta no DNA. O transtorno resulta na formação de manchas castanho-escuras ou marrom-acinzentadas, com limites bem demarcados, mas formato irregular. Embora se localizem preferencialmente na face, na região das maçãs do rosto, da testa, do lábio superior, no queixo e nas têmporas, as lesões também podem surgir no colo, pescoço e antebraços. O tamanho das manchas pode variar bastante. Em alguns casos, elas chegam a tomar as duas faces completamente.
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Melasma é uma condição crônica e recidivante. Mais frequente nas mulheres em fase reprodutiva, entre 20 e 50 anos, do que nos homens (apenas 10% são afetados), é raro manifestar-se antes da puberdade.
São mais vulneráveis as pessoas de pele morena em tons mais escuros, como as africanas, as afrodescendentes, as de ascendência árabe, as asiáticas e as hispânicas que, por natureza, produzem mais melanina, uma vez que possuem melanócitos mais ativos.
A formação dessas áreas escurecidas no rosto exerce impacto negativo sobre a autoestima e a qualidade de vida das portadoras do transtorno. Não é incomum o aspecto antiestético das lesões servir de entrave para os relacionamentos sociais e afetivos. A alteração na aparência da pele chega a interferir no desempenho profissional e a pessoa acaba se afastando dos ambientes que antes frequentava e fugindo dos amigos.
Tipos histológicos de melasma
Tomando como base a distribuição de melanina na mancha escurecida, o melasma pode ser classificado nos seguintes tipos:
Epidérmico – o depósito de melanina concentra-se na epiderme, camada protetora e superficial da pele, em contato direto com o mundo exterior;
Dérmico – a mancha de melanina atinge a derme, camada intermediária da pele, localizada entre a epiderme e a hipoderme e composta por diversos tecidos com diferentes funções. Por exemplo, vasos sanguíneos, glândulas sebáceas e sudoríparas, terminações nervosas.
Misto – quando o depósito de melanina afeta tanto a derme quanto a epiderme.
Fatores de risco
Ser mulher em idade reprodutiva e possuir tom de pele mais escuro (fotótipo III e IV) determinado por herança genética são fatores de risco importantes para o aparecimento de melasmas. Os outros são: • Exposição aos raios ultravioleta; • Ação de hormônios femininos presentes nos anticoncepcionais orais ou nos esquemas da terapia de reposição hormonal; • Gravidez, período em que alterações hormonais estimulam a atividade dos melanócitos ; • Disfunção da tireoide; • Uso de cosméticos irritantes ou de drogas para tratamento da hipertensão ou epilepsia.
Causas
Ainda não foi totalmente esclarecida a causa do aparecimento do melasma. O certo é que a exposição aos raios ultravioleta estimula a atividade dos melanócitos (células especializadas na produção de melanina, pigmento que confere cor à pele) e a melanose (acúmulo de melanina nos tecidos). Prova disso é que, em geral, as lesões características do melasma poupam as áreas do corpo menos expostas ao sol. Estudos recentes sugerem que, da mesma forma que os vasos sanguíneos, outras células da pele (fibroblastos, queranócitos e mastócitos) podem estar envolvidas no aparecimento do melasma.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se no levantamento da história pessoal e familiar do transtorno. Leva em conta o uso de contraceptivos orais, a reposição hormonal, a ocorrência de gravidez, os hábitos de exposição ao sol, assim como a avaliação clínica das máculas escurecidas, das áreas envolvidas e a gravidade das lesões. É importante estabelecer o diagnóstico diferencial do melasma com algumas doenças inflamatórias que também provocam hiperpigmentação na pele do rosto ou em outras áreas o corpo, como a dermatite de contato, a acne, a eczema e a doença de Addison, enfermidade que afeta a produção de hormônios pela glândula adrenal.
Prevenção
Como já dissemos, melasma é uma condição adquirida, de caráter crônico, que exige atenção continuada e persistente para evitar a fotoexposição desprotegida aos raios ultravioleta emitidos pela luz do sol e pelas fontes de luz visível que, de uma forma ou outra, são responsáveis pelo aparecimento e reincidência das lesões
Isso pressupõe o uso diário do protetor solar de amplo espectro contra a ação nociva dos raios ultravioleta B e A.
O FPS (fator de proteção solar) que normalmente vem estampado na embalagem desses produtos indica apenas o grau de proteção contra os raios UVB, que atingem as camadas mais superficiais da pele e provocam queimaduras, vermelhidão e ardor.
Contra os raios UVA, que danificam as camadas mais profundas da pele e são fatores de risco para o escurecimento das manchas, o envelhecimento precoce e o câncer de pele, Portadores de melasma devem usar diariamente protetor solar de amplo espectro com FPS igual ou superior a 30. O produto deve ser reaplicado a cada duas horas, se a pessoa permanecer ao ar livre e sempre que molhar a pele ou suar muito.
Tratamento
Além da aplicação sistemática do protetor solar de amplo espectro, o tratamento do melasma inclui o uso tópico de agentes que promovem o clareamento gradual das manchas causadas pela produção excessiva de melanina. O mais utilizado é a hidroquinona que inibe a atividade da tirosinase, enzima essencial para a síntese de melanina nos melanócitos. Estudos mostram que a combinação de hidroquinona + tretinoína + fluocinolona acetonida, sob a forma de creme aplicado na pele bem hidratada do rosto, costuma ser benéfica para atenuar a hiperpigmentação cutânea. Quanto à indicação do ácido tranexâmico, isoladamente ou em combinação com outras substâncias, por via oral ou intradérmica, apesar de alguns resultados favoráveis, ainda exige ensaios clínicos que comprovem sua eficácia e segurança no tratamento do melasma. Peelings químicos superficiais, que promovem a esfoliação cutânea, são úteis para acelerar o processo de remoção da melanina depositada nas camadas superiores da pele e para facilitar a penetração dos medicamentos tópicos, especialmente nos casos do melasma epidérmico. Quadros que se revelaram refratários à aplicação local de agentes clareadores e ao peeling superficial podem valer-se das terapias com raios laser, visando ao rompimento dos grãos de melanina que serão reabsorvidos e eliminados pelas células do organismo.
Recomendações
• A fotoproteção com filtros solares de amplo espectro deve ser complementada por medidas que diminuem o risco de desenvolver melasmas, como uso de chapéus de abas largas, de bonés com amplas viseiras, de óculos escuros e de guarda-sol, quando possível. A atenção deve ser redobrada entre dez da manhã e quatro da tarde, período em que é maior a emissão dos raios ultravioleta que agridem a pele. • Protetor solar é para ser usado o dia todo, todo dia e não só nos momentos de lazer na praia ou na piscina. Mesmo nos dias nublados, ele deve ser aplicado, porque os raios ultravioleta conseguem romper a barreira imposta pelas nuvens e manchar a pele. • Filtros solares podem ser de dois tipos diferentes: os químicos, que absorvem os raios UV e os físicos que refletem esses raios. A associação dos dois confere aos produtos fator de proteção mais alto contra a ação nociva do sol. • A aplicação de protetor solar de amplo espectro com cor de base no rosto, além de uniformizar a aparência da pele e proteger contra a ação prejudicial dos raios ultravioleta UVB e UVA, têm outra vantagem: a cor funciona como uma segunda barreira de proteção contra os danos causados também pela luz visível que se propaga nos ambientes fechados com ar condicionado funcionando. • Os tratamentos com agentes clareadores, peeling ou laser podem desencadear efeitos colaterais indesejáveis. Por isso, devem acompanhados de perto pelo médico dermatologista que prescreveu a medicação. • Melasma pode regredir espontaneamente, bem devagar, depois do parto ou quando for abandonado o uso de contraceptivos orais. No entanto, dado o caráter recidivante do distúrbio, existem outros cuidados que podem acelerar o processo e evitar as recaídas. Prevenir continua sendo, entre todos, o melhor remédio.
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DRA. TATIANA CRISTINA NEVES BOSI
CRO/PR 21741 - Odontologia CURRÍCULO
• Bacharel em Odontologia, pelo Centro de Ensino Superior do Campos Gerais Faculdades Integradas, CESCAGE, Ponta Grossa-PR, 2011; • Especialista em Ortodontia, Faculdade de Ensino Ingá. Maringá-PR,2016; • Aperfeiçoamento de Fios no Instituto Tereza Scardua-SP, 2018; • Aperfeiçoamento de Harmonização Facial com Toxina Botulínica e Preenchedores, Instituto Odontologia Vetor, Lapa-PR, 2018; • Aperfeiçoamento em Terapias de Indução de Colágeno Dérmico, São Paulo, 2018; • Especialização em Oro Facial, Instituto Tereza Scardua, SP 2019; • Aperfeiçoamento Técnicas Avançadas em Rinomodelação. CEPRENO – Centro de Pós-Graduação e pesquisa em Odontologia. SP 2019.
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Cerca de 60% dos casos de cegueira são evitáveis
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Cerca de 700 mil pessoas, ou seja, mais da metade dos brasileiros com perda de visão total poderiam estar enxergando, de forma normal ou parcialmente, se fizessem visitas anuais a um oftalmologista.
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De acordo com a OMS, Organização Mundial da Saúde, cerca de 2,2 milhões dos casos de distúrbios visuais poderiam ser evitados com tratamento e medidas de prevenção.
Segundo o CBO, Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 60% dos casos de cegueira poderiam ter sido evitados com diagnóstico precoce e tratamento adequado.
O oftalmologista do IVPG, Instituto da Visão de Ponta Grossa, Dr. Alessandro Both, destaca a importância da conscientização da população para as doenças que podem levar à cegueira, tanto em quadros permanentes quanto nos casos de baixa visão. Algumas situações são reversíveis como a catarata, mas outras como o glaucoma não, que é o maior exemplo de cegueira irreversível”, afirma.
Fatores como o isolamento social, o sedentarismo e o tempo de uso das telas causaram uma grande piora na saúde ocular da população. Doenças como a catarata, o glaucoma e a miopia registraram aumento em números de casos.
A pandemia afetou de forma expressiva o número de consultas e cirurgias relacionadas à visão no âmbito Sistema Único de Saúde (SUS) em 2020. De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), ocorreu uma queda de 35% nas consultas. No caso das cirurgias, houve uma queda de 27%, se comparado a 2019, ano pré-pandemia.
Os pacientes com receio de irem as consultas, acabaram tendo evolução de quadro. Segundo o Dr. Alessandro Both, um paciente de catarata, que conviveu esses dois anos com a visão reduzida, felizmente consegue resolver o seu problema por meio cirúrgico. No entanto, pacientes com glaucoma, não é possível reverter esse período que o paciente esteve sem acompanhamento.
O aumento do sedentarismo e a piora nos hábitos alimentares durante a pandemia também favoreceram o aumento de casos de diabetes, doença associada ao surgimento de problemas na visão. A retinopatia diabética, glaucoma, catarata e edema macular podem ser provocadas pelo excesso de açúcar no sangue que quando não tratadas, são capazes de gerar danos irreversíveis à visão.
Cegueira em crianças
A perda da visão acaba sendo mais comum em idades mais avançadas, mas as crianças também podem ser acometidas pela cegueira. Muitos casos poderiam ser evitados ao se realizar um pré-natal mais cuidadoso. É importante também o cuidado com doenças infecciosas como, rubéola e toxoplasmose, que podem causar alteração visual. A rubéola pode causar catarata congênita e como exemplo de causa congênita, temos o glaucoma congênito.
Principais doenças que causam a cegueira
Dentre as causas mais comuns de cegueira estão a catarata, o glaucoma, os erros refrativos, a retinopatia diabética e a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Muitas dessas doenças aparecem de forma silenciosa e não apresentam sintomas em seu estágio inicial, o que reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento oftalmológico durante todas as fases da vida.
DR. ALESSANDRO BOTH
CRM/PR 18683 |RQE 12147 | Oftalmologia
CURRÍCULO
• Fellow em Córnea e Catarata na Oftalmoclínica Curitiba; • Fellow em Retina e Vítreo na Oftalmoclínica Curitiba; • Mestrado em Cirurgia na PUC-PR; • Especialista em Córnea pela UNIFESP - EPM
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Como a Nutrição pode ajudar no Câncer de Mama
Hoje tem se buscado cada vez mais o atendimento especializado de nutrição oncológica para o acompanhamento de casos de câncer de mama para prevenção e controle dos sintomas relacionados ao tratamento.
Por se tratar de uma especialidade pouco conhecida da área da saúde, muitas mulheres acabam passando pela quimioterapia, radioterapia ou até mesmo a cirurgia sem o acompanhamento nutricional o que pode gerar efeitos colaterais relacionados a estes tratamentos muito mais intensos se comparados a pacientes que fazem o acompanhamento nutricional o que melhora de forma significativa a qualidade de vida neste período. A outra virada de chave é no pós-tratamento, quando vem o alívio do diagnóstico e aquela frase tão esperada da alta médica, e eu sempre afirmo que é neste momento que o trabalho da nutrição preventiva começa de forma significativa, afinal a prevenção tumoral começa no prato, numa noite bem dormida, numa vida vivida de forma saudável e prazerosa. A nutrição deve agir justamente nos hábitos que levam a uma rotina saudável e acessível ao paciente, afinal a prevenção de recidivas tumorais é de longo prazo, se não posso dizer para o resto da vida, então ela deve ser feita com acessibilidade, constância, de forma prazerosa e individual a cada paciente. Durante o tratamento oncológico é comum que alguns efeitos colaterais estejam presentes no dia a dia das pacientes como obesidade ou desnutrição, pois dependendo do tratamento a paciente pode ser levada rapidamente para um destes dois quadros extremos de composição corporal. Há também sintomas associados ao sistema gastrointestinal que levam a perda de peso por causar redução de ingestão alimentar como náusea, mucosite (úlcera bucal), diarreia, obstipação, dores, cansaço e todos esses sintomas podem ser prevenidos e ou minimizados com o auxilio da nutrição com abordagens simples e eficazes. Quando se fala em qualidade de vida é essencial que durante o tratamento o paciente mantenha uma rotina adequada com horas de sono de boa qualidade, uma alimentação balanceada e individualizada as condições que o quadro do paciente apresenta, adaptado aquele momento e mutável conforme a evolução do mesmo. Os exercícios são essenciais para o corpo e mente auxiliando a minimizar as dores e perda de massa muscular e minimizar quadros de ansiedade assim como práticas complementares como meditação, acupuntura e terapias da mente para manter a saúde mental em dia.
Muitos mitos rodeiam esse tema sobre alimentação e câncer de mama. Lemos e ouvimos coisas do tipo: “não ingira glúten”, “corte a lactose”, “açúcar alimenta o câncer”, “faça jejum”, “dieta cetogênica é o caminho da cura” e esquecemos que o pior vilão no meio de tudo isso é a desinformação. Não existe nada milagroso, nem mesmo um alimento, um chá ou um protocolo, nada disso substituirá o bom e velho preventivo que são os bons hábitos saudáveis.
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KASSIA OLIVEIRA
CRN/PR 12879 | Nutrição
CURRÍCULO
• Nutricionista Oncológica adulto e pediátrica e emagrecimento; • Pós graduação em Oncologia; • Pós graduação em Nutrição Clínica Hospitalar; • Pós graduação em Fitoterapia.
42 3026-5400 Complexo Ispon Rua Francisco Ribas, 638 - Centro - Ponta Grossa-PR
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