Índice 06
Flacicare: Método exclusivo contra a flacidez
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Melasma: Mancha Constrangedora e Inestética
Dra. Patricia Guimarães
Revista Saúde Edição 6 | Março . 2018 | Ribeirão Preto.SP
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Dra. Rita Leão Clara
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Metatarsalgia (dor na região anterior do pé) Dr. Gustavo Maximiano Dr. Rogério Bitar
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Falando sobre queda de cabelo (alopecias)
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Perder urina é normal? E ter dificuldade para evacuar? E ter dor na relação sexual?
Dr. Enzo Melchior Junior
Dra. Sílvia Lúcia Tarifa
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Teste do Olhinho: tranquilidade para os pais e saúde para o bebê Dr. Alberto Georges Buttros Dr. Marcos Giroto Dr. Renan Barato
Teste do Olhinho: tranquilidade para os pais e saúde para o bebê Cirurgia Refrativa
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As sete chaves da beleza
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Dr. Fernando Marco Heimbeck
Dr. Carlos Eduardo Barra Couri
Diabetes Infantil Dr. Thiago Santos Hirose Dr. Renato Zorzo
Retinopatia Diabética: abra os olhos para a diabetes
Diabetes Mellitus: como controlar através da alimentação
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“Não coma lixo” Mude seu comportamento alimentar
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Daiana Souza Maeda
Dr. André Reis
Tenho asma. Posso fazer exercícios? Dr. Luis Renato Alves
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Odontologia do Esporte: uma aliada na melhora do desempenho de esportistas! Dr. Danilo Henrique Lattaro
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Tratamento das varizes: laser ou espuma?
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Um pouco mais sobre lentes de contato
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Dr. Maurício Cicillini
Dr. José Vitor de Oliveira Júnior
Ecoendoscopia: uma importante aliada no manejo de lesões pancreáticas Dr. Hemanoel de Sousa Ribeiro
O que é Dislipidemia? Dr. Renato Zorzo Dr. Thiago Santos Hirose
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Dr. Marcelo Caram R. Fernandes
Dor Lombar (Lombalgia) Dr. André Carlos Siqueira Dr. Dener Rodrigues de Abreu
Entenda as causas de dor mamária
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Dr. Clecio Takata
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Dra. Daniela Monteiro de Barros
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Diabetes
Dra. Paola Candido Rodrigues Menani Dr. Joaquim Moraes Sarmento Filho Dra. Josie Bittencourt da Silva Dra. Isabela Panzeri Barlotti Buzatto
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Prevenindo a Síndrome da Visão do Computador
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Diabetesfarma Drogaria Especializada
Dr. Marcelo Jordão L. da Silva
Dra. Fabiana de Souza Pim
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Prótese de Mama: quanto maior, melhor? Dr. João Luís Gil Jorge
Tonturas: diagnóstico e tratamento Dra. Danielle Barbosa Ruiz de Abreu
Direito e Medicina: ciências que se inter-relacionam Dr. Stefano Cocenza
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Revista Saúde Edição 6 | Março . 2018 | Ribeirão Preto.SP
Expediente
REVISTA TRIMESTRAL Março/2018 | ANO 02 | Nº 06 | Ribeirão Preto/SP Editora Lopes e Rampani Ltda - CNPJ 07.986.256/0001-69 Franquia de Ribeirão Preto: KR7 Magazine Ltda - CNPJ 09.346.831/0001-94 ESCRITÓRIOS Umuarama (sede): Rua Paulo Pedrosa de Alencar, 4291 - Ed. Manhattan Garden - CEP: 87501-270 | Centro | Tel.: 44 3622-8270 e-mail: revistasaude@sempresaude.com.br - Maringá: Av. Humaitá, 452 - Centro Empresarial Dalla Costa - Sala 303 CEP: 87014-200 | Zona 4 | Tel.: 44 3346-4050 - e-mail: artemaringa@sempresaude.com.br COLABORADORES
CAPA RIBEIRÃO PRETO DiabetesFarma Drogaria especializada no atendimento às pessoas com diabetes Dra. Fabiana de Souza Pim CRF: 59478 Fotografia:
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CAPA BARRETOS Clínica Linea: Centro Avançado de Dermatologias “As Sete Chaves da Beleza Dr. José Vitor de Oliveira Júnior - CRM/SP 115.046 RQE: 136.789
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Flacicare: Método exclusivo contra a flacidez
TTFISIOTERAPEUTA CREFITO 35.796-F
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Nos dias atuais, o tempo para cuidar da saúde e alimentação está cada vez mais escasso. Trabalho, filhos, trânsito, cuidados com a casa e outros fatores, muitas vezes atrapalham as mulheres. A pele é o maior órgão do corpo humano e requer tratamento especial. Ela é sensível e precisa de vários cuidados como proteção solar, hidratação, esfoliação. Mas, cada área desse órgão precisa de um cuidado específico, algumas precisam de mais colágeno, outras de mais proteção solar e outras de mais hidratação. A falta desses cuidados pode acarretar inúmeros problemas à saúde, como ressecamento, manchas, vermelhidão, descamação, oleosidade, flacidez, etc. A flacidez é um dos problemas mais enfrentados pelas mulheres e homens e muitos sofrem profundamente com a baixa autoestima por esse motivo. Ela pode ocorrer por vários motivos, entre eles, o envelhecimento da pele, a falta de ferro, fibras de colágeno e elastina, fatores hormonais, tabagismo, alimentação desiquilibrada, falta de hidratação, etc. Para ajudar pessoas que possuem vontade de eliminar a flacidez da pele, a Dra. Patrícia Guimarães desenvolveu um protocolo exclusivo que promove a recuperação da vitalidade e firmeza dos tecidos. É um tratamento In e Out realizado somente pela Estética Patrícia Guimarães. O Flacicare, como é chamado o tratamento, é utilizado para restaurar a saúde da pele com hidratações, terapêuticas, nutricosméticos e suplementações, proporcionando à pele a oleosidade necessária e a quantidade de água fundamental para a regeneração do tecido. Com essas etapas, é possível restaurar a hidratação da pele e proporcionar a absorção dos nutrientes que ela realmente precisa e para sintetizar colágeno e elastina. Um tecido desidratado não absorve nenhum nutriente. “Por melhor que seja o hidratante aplicado na área da pele, se ela estiver desidratada não absorverá nenhum nutriente e não irá proporcionar o resultado desejado. Por isso, precisamos cuidar dessa pele, para que ela absorva os ativos que forem inseridos.”, explica Patrícia.
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Neste tratamento, o paciente passa por várias técnicas terapêuticas para a estimulação do colágeno, por meio de aparelhos especializados e ativos que são aplicados no tecido. O conceito In & Out é muito importante para proporcionar um resultado eficaz. Muitos tratamentos estéticos utilizam o método para potencializar os resultados, pois ele auxilia na rapidez e eficácia necessária para alcançar o objetivo desejado. Com o tratamento In, é possível prevenir e combater o envelhecimento da pele, ajudando na nutrição que o organismo necessita. “Quando associamos os nutricosméticos ao tratamento tradicional, conseguimos potencializar os resultados. Com eles, tratamos o interior e o exterior, fortalecendo o organismo para que possa absorver os nutrientes.”, comenta. Com o tratamento In, que são os nutricosméticos de uso oral, associado ao tratamento Out, que são os aparelhos e os ativos aplicados na pele, o paciente consegue perceber os resultados nas primeiras sessões. Aliar o tratamento com a alimentação saudável também é muito importante.
Segundo a Dra. Patrícia, muitos alimentos prejudicam os resultados, caso sejam consumidos em excesso. “Alguns alimentos podem atrapalhar se forem consumidos em excesso. Orientamos sempre aos pacientes a necessidade de evitar farináceos, açúcares e embutidos enquanto estiverem utilizando nosso método Flacicare. Quanto mais saudável for a alimentação, mais positivo será o resultado”, explica. O tratamento é exclusivo da Estética Patrícia Guimarães, com unidades em Rio Preto e Bebedouro.
Melasma:
Mancha Constrangedora e Inestética
DRA. RITA LEÃO CLARA DERMATOLOGIA - CRM/SP 78223 RQE 68.123 • Graduação em Medicina, Dermatologia e Pós-Graduada em Cirurgia Dermatológica pela Faculdade de Medicina do ABC – São Paulo; • Título de Especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Dermatologia; • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia(SBD), Regional São Paulo; • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD); • Médica do Setor de Cirurgia Dermatológica do Ame Cirúrgico Barretos – São Paulo.
Doença dermatológica que afeta frequentemente mulheres na faixa etária de 30 até 50 anos. Acomete áreas da face mais proeminentes, como: fronte, nariz, bochechas, buço e queixo. O tratamento envolve um conjunto de medidas para clarear, estabilizar e impedir que o pigmento volte. Dra. Rita refere que, na última Reunião Americana de Dermatologia (AAD), realizado em fevereiro de 2018, San Diego, Califórnia, o tema foi intensamente discutido, já que se trata de uma patologia que incomoda muitos pacientes. Dentre as novidades, a luz solar UV ainda é o fator número 1 para indução ou piora das manchas, sendo que as luzes visíveis de luminárias, tvs, tablets e celulares também estimulam. Os pacientes com Melasma se beneficiam mais da proteção, se utilizarem filtros solares com cor, como bases e pós, pois protegem de luz visível. Entre as opções de tratamentos tópicos, a hidroquinoa é essencial por um 8
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período, associada a retinoides tópicos. Alguns trabalhos recentes realizados na Ásia demostram bons resultados com o uso do Ácido Tranexânico via oral, sendo que, para uso tópico, ainda está sendo estudado. Os lasers entram como coadjuvantes no tratamento do Melasma, sendo demonstrado efetividade com os lasers Q Switched (aprovado pelo FDA) ou laser Toning, uma das primeiras opções de tratamento feita pela especialista Dra. Rita em sua clínica. A grande vantagem desses aparelhos é que por usar baixa energia, permite ao paciente o retorno às suas atividades sem dor ou ardência na pele. “A doença deve ser conduzida por médicos profissionais altamente capacitados e que o paciente deve compreender que se trata de uma doença com difícil condução, com vários fatores causais, com terapias envolvendo tratamento na sua fase de início e/ou reativação e a manutenção que deve ser realizada durante longos períodos da vida do paciente”, frisa a Dra. Rita.
Metatarsalgia
(dor na região anterior do pé)
DR. GUSTAVO MAXIMIANO ORTOPEDISTA E TRAUMATOLOGISTA CRM/SP 134921 | RQE 50156 • Membro Titular da SBOT; • Membro Titular da Associação Brasileira de Cirurgia e Medicina do Pé e Tornozelo (ABTP).
DR. ROGÉRIO BITAR ORTOPEDISTA E TRAUMATOLOGISTA CRM/SP 94240 RQE 44173 | TEOT 8407 • Membro Titula da SBOT e SBTO; • Membro Titular da Associação Brasileira de Cirurgia e Medicina do Pé e Tornozelo (ABTPé); • Médico Assistente do HCFMRPUSP.
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“Doutor, não consigo mais usar salto, calçados apertados ou até mesmo andar descalço”; estou com calos na frente e embaixo do pé e sinto que estão piorando”; meus dedos estão ficando diferentes, parece que estão levantando, abrindo ou ficando deformados”; estou sentindo choque ou dormência em alguns dedos do pé”; estou com dor na frente do pé para realizar atividades físicas ou no trabalho”... Estas são queixas frequentes no consultório do ortopedista e fazem parte de um conjunto de patologias que caracterizam a síndrome da METATARSALGIA, ou dor da região plantar do ante-pé! Devido à dificuldade de diagnóstico e, consequentemente, de tratamento, muitos destes pacientes acabam buscando soluções “milagrosas” e tratamentos, muitas vezes, sem comprovação científica para aliviarem o quadro doloroso. Adquirem palmilhas sem a devida orientação médica, compram calçados que prometem um alívio, realizam as mais diversas “simpatias” que também podem piorar o quadro de dor e deformidade. Apenas depois de perceberem que a dor persiste e que os sintomas estão piorando ,é que acabam procurando um ortopedista que se dedica às patologias do Pé e Tornozelo. Pelos sintomas serem parecidos e as patologias serem diversas, uma boa história e um cuidadoso exame físico é necessário. Logo, podemos citar algumas patologias que estão presentes, isoladas ou até mesmo em conjunto, nos quadros de metatarsalgia: Neuroma de Morton, bursites, tendinites, lesão da placa plantar, fratura por estresse, dedos em garra, calosidades, perda do coxim plantar, dentre outras. Esses são apenas alguns exemplos dos diversos problemas que acometem essa região específica do corpo, e identificar o fator causal é importante. Os exames mais comuns para o diagnóstico são: RX dos pés com carga (pisando) para avaliar a disposição óssea e deformidades; Ultrassom para avaliar inflamações e rupturas de tecidos moles com as bursas, tendões e nervos; Ressonância Magnética nos casos de recidiva ou resistência ao tratamento; Baro-
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podometria ( teste da pisada ) fornece um estudo mais preciso das áreas de carga nos pés parado e em movimento. O tratamento visa aliviar a sobrecarga na região anterior dos pés e melhorar a dor. Mudança nos calçados, ou até mesmo uma bota imobilizadora, melhora no alongamento da cadeia posterior, modificação nas atividades de impacto, analgésicos ou anti-inflamatórios usados com parcimônia, gelo e palmilhas são medidas conservadoras que tentamos até aproximadamente 03 meses. Na falha do tratamento conservador, o procedimento cirúrgico é indicado. Dependendo da patologia e do fator causal, é indicado um procedimento específico. Este pode variar desde ressecções do tecido lesado, como no caso dos neuromas de Morton, reparos ou plastias de tecidos, como na lesão da placa plantar ou nas lesões tendíneas, alongamento cirúrgico da cadeia posterior com suas diversas técnicas e até procedimentos de reposicionamento ósseo aberto ou minimamente invasivo. Na maioria dos casos, uma melhora significativa dos sintomas é observado. Assim, devido à alta prevalência na população e por estar diretamente relacionado às atividades da vida diária, a metatarsalgia necessita de um diagnóstico preciso e de tratamento específico, pois impacta diretamente na qualidade de vida independente da idade do paciente.
CONCEITO DE EXCELÊNCIA
QUALIDADE E SEGURANÇA NA MANIPULAÇÃO A Multifórmulas é uma Farmácia especializado em nutracêuticos, fitoterápicos, reposição hormonal e cosmetologia. Hoje somos referência na produção de hormônios transdérmicos. O processo de manipulação é acompanhado de uma avançada tecnologia, buscamos constantemente nos aperfeiçoar e alcançamos resultados únicos através da utilização de equipamentos especiais para a micronização e homogeneização dos ativos. Nossas fórmulas e suplementos suprem as necessidades individualizadas de cada paciente, uma vez que consideramos que o papel da farmácia vai além da entrega do medicamento. Priorizamos a saúde e o bem-estar de cada um.
CONTROLE DE QUALIDADE E CERTIFICAÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA Estamos em contato com os maiores fornecedores de insumos farmacêuticos do Brasil e do exterior, buscamos o que há de mais novo em ativos desenvolvidos. Hoje possuímos um estoque diversificado de matérias-primas, e estamos sempre lançando ao mercado novos produtos, novos processos de produção e novas formas farmacêuticas.
Medicina Integrativa | Medicina Estética | Medicina Esportiva
PESAGEM MONITORADA Para que um produto saia exatamente de acordo com o que foi solicitado pelo prescritor, a Multifórmulas utiliza a pesagem monitorada. Contando com um leitor ótico e uma balança digital integrados a um software é possível minimizar qualquer possibilidade de alguma fórmula sair com menor ou maior dosagem. Nesse laboratório também existe um agitador mecânico (Powder Mix), que atua na homogeneização das fórmulas. Esses procedimentos garantem 100% de segurança na manipulação do medicamento
ISO 9001 A MULTIFÓRMULAS É A ÚNICA A TER CERTIFICAÇÃO ISO NA REGIÃO. Ter certificação ISO significa estar dentro do padrão global de qualidade no trabalho e confere credibilidade, fazendo com que as pessoas possam ter maior segurança ao utilizar um serviço de um estabelecimento certificado. A Multifórmulas é a única farmácia de manipulação da região que possui certificado ISO.
REFERÊNCIA EM HORMÔNIOS
BIOIDÊNTICOS Ao utilizar equipamentos especiais, como o nanoestruturador, a Multifórmulas alcança uma melhor homogeneização dos ativos, o que aumenta a biodisponibilidade das fórmulas. Para isso, utiliza o processo de micronização de matérias-primas, que passam pelo nanoestruturador e têm suas partículas reduzidas [na ordem de dezena de micrômetro (µm)]. Esse procedimento favorece a melhor penetração dos hormônios na pele e maior eficácia do tratamento.
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Falando sobre queda de cabelo (alopecias)
DR. ENZO MELCHIOR JUNIOR DERMATOLOGISTA CRM/SP 20218 | RQE 59077 • Médico Dermatologista pela Clínica Dermatológica do Hospital Civil de Estrasburgo França; • Especializado em Cirurgia Dermatológica e Doenças Autoimunes.
No cotidiano da rotina do meu consultório, uma das queixas mais frequentes é a queda de cabelos. A calvície no homem é tolerada para alguns, porém, em outros, e especialmente nas mulheres é muito preocupante quando ocorre além dos limites aceitáveis, o que confere aos cabelos importante função psicológica. Assim, a alopecia apresenta-se como uma perturbação importante, visto que pode levar a uma série de problemas quanto à aceitação pessoal e social, devendo ser vista não apenas como um problema cosmético, mas também como um problema médico. Isso resulta em aumento no interesse pela busca de alguma solução para cada caso. O ciclo do pelo consiste na fase evolutiva (catágena) e na fase terminal (Telógena) e sua substituição por um pelo novo, jovem (anágena). No couro cabeludo adulto, a fase anágena, fase de crescimento ativo, dura pelo menos 3 anos, a catágena, a fase de regressão, dura cerca de 3 semanas e a telógena, o período de repouso, dura cerca de 3 meses. Em um momento qualquer, aproximadamente 84% já estão em fase anágena, 2% em catágena e 14% em telógena. Do ponto de vista funcional, os pelos servem para proteger as áreas orifíciais, narinas, conduto auditivos, olhos e no couro cabeludo, como proteção aos raios ultravioletas, nas áreas intertriginosas, reduzem o atrito e, por fim, pela sua abundante inervação, fazem parte do aparelho sensorial cutâneo.
Passarei a comentar os casos mais frequentes, vistos em consultório:
Alopecia Areata (Pelada) – É uma afecção frequente de distribuição universal, afetando ambos os sexos, a causa não é totalmente esclarecida. Destacam-se fatores genéticos, autoimunes e estresse emocional. A possibilidade de ação reflexa por focos infecciosos dentários ou sinusais nunca foi comprovada e, também, a participação endócrina. Os fatores emocionais podem atuar como agente desencadeantes ou agravantes, o que também pode ser observado após trauma físicos. Encontra-se também a associação da alopecia areata com a atopia urticária e doenças autoimunes como lúpus eritematoso, vitiligo e tireoidopatias O quadro clínico caracteriza-se por perda brusca e completa de pelos em uma ou mais áreas do couro cabeludo, podendo afetar outras regiões (barba, supercílio, púbis, etc.) sem sinais inflamatórios e de atrofia da pele, originando placas circulares, com pele lisa de 1 cm a 5cm de diâmetro.
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Eflúvio Telogênico – consiste em queda exagerada de cabelos, ocorrendo 2-4 meses após um estímulo, que faz com que ocorra um desiquilíbrio no ciclo folicular, no qual os pelos, na fase anágena, passam precocemente para a fase catágena e telógena. Podendo cair mais de 600 fios de cabelos por dia (normalmente são 100 fios/dia) Causas: Pós-parto, febre, emagrecimento, deficiência proteica de ferro, zinco, estados tensionais prolongados, doenças sistêmicas, radiação solar, dermatite de contato do couro cabeludo, tração do cabelo. Alopecia Androgenética – É uma condição genética comum de queda de cabelos, produzida pela ação de hormônios masculinos circulantes em indivíduos geneticamente predispostos, começa a ocorrer por influência hormonal, uma gradual e progressiva miniaturização dos folículos terminais em determinadas áreas do couro cabeludo. Essa condição começa no início da vida adulta, com perda e afinamento progressivo dos cabelos. Na mulher, apresenta um padrão difuso, no qual normalmente a linha de implantação é poupada e o alto do couro cabeludo é mais atingido. No homem, costuma provocar um recesso bi temporal anterior e médio que pode atingir o vértex. Trata-se de uma afecção relativamente comum, afetando cerca de 50% da população masculina acima dos 50 anos e 50% da população feminina acima dos 60 anos. É multifatorial, pois envolve fatores de ordem genética e hormonal. A característica essencial da Alopecia Androgénetica (AAG), consiste no afinamento lento e gradual dos cabelos nas regiões acometidas. O início do processo pode se dar em qualquer idade após a puberdade, tornando-se evidente no homem a partir dos 17 anos e na mulher a partir dos 25 a 30 anos. São vários os aspectos das quedas de cabelos, assim sendo, nos propomos a continuar estendendo-se neste assunto, na próxima edição.
Perder urina é normal? E ter dificuldade para evacuar? E ter dor na relação sexual? DRA. SÍLVIA LÚCIA TARIFA FISIOTERAPIA - CREFITO 3059F • Graduada em Fisioterapia pela Universidade Metodista de Piracicapa - UNIMEP, em 1982; • Curso Internacional de Fisioterapia Pélvica em Maastricht - Holanda pela Faculdade Inspirar, em 2013; • Titulo de Especialista em Fisioterapia Pelvica pela Faculdade Inspirar, em 2015.
16 3941-3152 Frankfurt Condominio Empresarial R. Garibaldi, 2052 Sala 8 - Alto da Boa Vista, Ribeirão Preto SP, 14025-190 contato@silviatarifa.com.br
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Os exercícios específicos (cinesioterapia) para essa região são bastante variados, através de contrações rápidas, lentas, graduadas ascendentes e descendentes. Proporcionamos ao paciente a melhora da propriocepção e promovemos a correção da estática pélvica. Acessórios variados também auxiliam consideravelmente os tratamentos da área.
A Fisioterapia Pélvica é a abordagem especializada que atua na prevenção e tratamento das diferentes disfunções da região pélvica, como as incontinências urinárias, a bexiga dolorosa, a enurese noturna infantil, a dispareunia (dor na relação sexual), o vaginismo (impossibilidade parcial ou total na penetração sexual), a anorgasmia , a flacidez vaginal, a disfunção erétil, a recuperação funcional pós-prostatectomia, a dor pélvica crônica, os prolapsos de órgãos, a constipação intestinal crônica, a incontinência fecal, o trabalho preventivo pré e pós-parto, inclusive nas lacerações perineais nos partos vaginais. O trabalho da fisioterapia representa, atualmente, uma das melhores opções de tratamento na área pélvica, tendo em vista a possibilidade de um trabalho preventivo, de baixo custo, com obtenção de bons resultados e, principalmente, por sua característica não invasiva. Para atender essa área, é necessário que o profissional tenha, não somente a graduação na área de fisioterapia, mas também uma pós-graduação na área de fisioterapia pélvica Contamos, atualmente, com os aparelhos de eletroestimulação intracavitária ou de superfície e os biofeedbacks computadorizados e a eletromiografia, propor-
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cionando ao paciente a visualização das contrações e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico. A avaliação e procedimentos manuais são imprescindíveis, assim como a massagem de liberação miofascial sobre os pontos-gatilho de dor, encontrados nos intróitos vaginal a anal. Os exercícios específicos (cinesioterapia) para essa região são bastante variados, através de contrações rápidas, lentas, graduadas ascendentes e descendentes. Proporcionamos ao paciente a melhora da propriocepção e promovemos a correção da estática pélvica. Acessórios variados também auxiliam consideravelmente os tratamentos da área. A terapêutica comportamental, através de programação personalizada, com apuração de diários miccionais e fecais para adequação alimentar e de ingesta hídrica, a adequação do posicionamento para a micção e defecação e a otimização da propriocepção corporal e pélvica também fazem parte do tratamento. O tratamento de forma multidisciplinar e interdisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas e psicólogos, proporcionam ao paciente um resultado mais rápido e eficiente, através da união de esforços nas especialidades relacionadas aos tratamentos dessas disfunções.
Dor na atividade física Em alguns casos, estas dores têm relação ao tempo de adaptação para início ou retorno à prática de atividade física, porém, existem muitos fatores que precisam ser avaliados para saber qual a real causa desta dor.
DR. ALBERTO GEORGES BUTTROS FISOTERAPEUTA CREFITO 19098F
DR. MARCOS GIROTO FISOTERAPEUTA CREFITO 3/122542-F
DR. RENAN BARATO FISOTERAPEUTA CREFITO 3/189356-F
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No geral, hoje em dia, é muito comum a preocupação e o foco das pessoas em alimentar-se bem e praticar exercícios. Parece que está na moda, mas não é, realmente estamos vendo uma busca preventiva com a saúde, independente da idade. E o que se tem visto são pessoas que acabam desestimuladas a praticar atividades físicas ou esportivas e que podem sentir dores no quadril, coluna, joelho, tornozelo, no pé, e entre outras regiões do corpo. Sendo assim, o indivíduo sempre acaba pensando que esta dor é relacionada ao fato de nunca ter praticado atividade física e não ter dado tempo para o corpo se adaptar, ou estar voltando a praticar uma atividade que há anos não praticava. Em alguns casos, estas dores têm relação ao tempo de adaptação para início ou retorno à pratica de atividade física, porém, existem muitos fatores que precisam ser avaliados para saber qual a real causa desta dor. Em alguns casos, devido à dor que o praticante sente ao realizar a atividade física, o mesmo para de realizar a atividade, voltando, assim, ao sedentarismo. No Consultório Fisioterapêutico, quando recebemos esse paciente, na maioria das vezes, averiguamos, na avaliação, que não é a atividade que
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ele está fazendo que causa a dor e nem mesmo o tempo em que ele ficou parado. O que encontramos é uma estrutura que está rígida e com centro de gravidade postural mal adaptado, sobrecarregando articulações que, quando solicitadas, estão recebendo carga excessiva do próprio corpo que está desarmônico. Quando esta pessoa volta a praticar atividade física, a dor também volta. Nesses casos, a intervenção fisioterapêutica osteopática tem como objetivo manipular as estruturas rígidas e melhorar o centro de gravidade postural para que o corpo crie melhores condições para exercer com harmonia a atividade física desejada e evitar que as dores apareçam. Recomendamos que, quando o indivíduo começar a fazer uma mudança nos seus hábitos, procure por profissionais que vão direcionar o melhor caminho para que essa mudança seja agradável e estimulante para uma vida melhor! É essencial, antes de iniciar uma boa prática de atividade física, associá-la com o acompanhamento do nutricionista, de um médico e um fisioterapeuta! Ganhe mobilidade, tempo e motivação! Experimente uma consultoria!
Teste do Olhinho:
tranquilidade para os pais e saúde para o bebê O exame é rápido, fácil e indolor, e garante qualidade visual ao seu filho
DRA. DANIELA MONTEIRO DE BARROS CRM/SP 109.939 OFTALMOLOGISTA RQE 50141 • Oftalmologia Geral pelo Hospital do Olho Rio Preto - HORP; • Glaucoma e Plástica Ocular pelo Hospital do Olho Rio Preto - HORP; • Fellowship em Glaucoma pelo Wills Eye Hospital, Filadélfia, Estados Unidos; • Título de Especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia - CBO • Médica Assistente do Departamento de Glaucoma da UNESP - Botucatu/ SP - 2007 a 2009; • Médica do Departamento de Glaucoma e Plástica Ocular do D’Olhos, Hospital Dia Rio Preto; • Diretoria Clínica Responsável pelo Instituto de Oftalmologia Avançada INOVA Barretos/SP. • Médica Responsável pelo Departamento de Glaucoma e Plástica Ocular do Ambulatório Médico de Especialidades - AME Barretos • Membro da Academia Americana de Oftalmologia - AAO; • Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia - CBO; • Membro do International Society of Spaeth Fellows - ISSF;
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Cuidar da saúde do seu bebê é fundamental desde os primeiros dias de vida. Muitos pais possuem conhecimento sobre a importância do teste do pezinho, mas desconhecem, ou não têm a orientação necessária de que outro exame também é fundamental para seu filho: o teste do olhinho. A médica especialista em oftalmologia, Daniela S. Monteiro de Barros, explica que muitas patologias (doenças) oculares podem ser diagnosticadas a tempo, se esse procedimento for realizado dentro do primeiro mês de vida. O exame é uma espécie de triagem, onde é possível detectar se o bebê nasceu com alguma alteração anatômica ou mesmo uma doença ocular. “Conseguimos prevenir que determinadas patologias levem à cegueira”, comentou a médica. Dentre as doenças que podem ser prevenidas ou diagnosticadas, estão a catarata e glaucoma congênitos, opacidades de córnea, retinopatia da prematuridade e o retinoblastoma. “Se o teste do olhinho for feito no momento certo, ele poderá salvar tanto a visão quanto a vida da criança. Caso demore, teremos consequências irreversíveis”, salientou a oftalmologista.
Teste sem dor e sem riscos para o seu bebê Para alívio dos pais, o teste do olhinho é um procedimento bem rápido, indolor e não machuca a criança. Uma fonte de luz sai de um aparelho chamado oftalmoscópio, como uma “lanterninha”, onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo. Se houver alguma alteração, teremos um reflexo esbranquiçado ou ausência do reflexo e, muitas vezes, a indicação do tratamento pode ser cirúrgica. A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como a presença de alguns tipos de estrabismos. A Organização Mundial de Saúde indica que bebês prematuros devem obrigatoriamente realizar o teste visual para afastar o risco de retinopatia da prematuridade, uma das principais causas de cegueira infantil na América Latina. “A triagem deve ser feita o quanto antes, porque algumas patologias causam lesões irreversíveis, “se não tratados no momento certo, essas crianças po-
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derão ser os cegos do futuro”, afirmou Dra. Daniela Monteiro.
Explicações sobre o canal da lágrima Outra questão relativa à saúde ocular da criança, que merece atenção especial, é a obstrução do canal da lágrima no recémnascido. Alguns bebês nascem com os olhos lacrimejando, isso acontece porque uma das vias lacrimais pode estar obstruída, o que é bem comum. Os pais precisam estar bem instruídos sobre o momento e a forma correta de fazer a massagem para estimular essa desobstrução. A massagem orientada pelo oftalmologista deve ser feita antes do sexto/oitavo mês de vida e, caso não tenha melhora, poderá ser indicado a desobstrução cirúrgica- sondagem das vias lacrimais. “A maioria dos pais trazem seus filhos ao consultório em média com dois anos de vida e depois de terem feito a massagem, isso muitas vezes por receio de uma cirurgia sob anestesia no bebê”, comentou a oftalmologista. Porém, quando a indicação é tardia, a cirurgia deixa de ser um procedimento simples de aproximadamente 15 minutos e poderá durar até uma a duas horas. “Se não realizada precocemente, onde era membrana há a formação óssea, não sendo possível passar a sonda. Então, abrimos uma incisão na pele, ou por acesso endoscópico, e chegamos ao local, e quebramos um pedacinho do osso para passar a sonda e concluir o procedimento”, concluiu Dra. Daniela Monteiro de Barros.
Cirurgia Refrativa
O que é a Cirurgia Refrativa? A cirurgia refrativa ou cirurgia a laser é uma técnica utilizada para a correção dos erros refracionais (miopia, hipermetropia, astigmatismo), através da alteração da curvatura da córnea. O Excimer Laser é o nome do aparelho de alta tecnologia que emite feixes de laser sobre a Córnea (camada transparente, mais superficial do olho), remodelando-a e fazendo com que as imagens focalizem diretamente na retina, proporcionando uma visão mais nítida. Como é feita a cirurgia a laser? A cirurgia é realizada sob anestesia tópica (colírio) e leva em média 15 minutos por olho. Os pacientes não sentem absolutamente nenhuma dor durante a cirurgia. Não há necessidade de internação e os pacientes são liberados para casa no mesmo dia. Quais as chances de sucesso? Existem riscos? Quando a cirurgia a laser é bem indicada em um candidato, utilizando equipamentos de última geração e realizada por um especialista em cirurgia refrativa, as taxas de sucesso são muito altas e as complicações tornam-se mínimas. Quais as diferentes técnicas para correção a Laser? Diferentes técnicas podem ser empregadas para a correção visual a laser, sendo as mais utilizadas o LASIK e PRK. LASIK: É a técnica mais comumente empregada e consiste na criação de uma lamela (flap) para a posterior aplicação dos feixes de laser na parte central da córnea. Existem dois modos de fazer este flap, um deles seria de forma manual, onde o especialista utiliza
um aparelho chamado microcerátomo e com uma lâmina cria-se a lamela, produzindo um disco circular na córnea e, também, um laser de Femtosegundo para criar a lamela, ao passo que é a cirurgia de Lasik mais moderna existente, onde se utiliza 100% o laser no procedimento. O laser de Femtosegundo pode realizar incisões na córnea com extrema precisão. Inicialmente, utilizado para a separação do tecido superficial da córnea e, posteriormente, o Excimer Laser molda parte da córnea para obter a correção do grau. Quando se utilizam os dois lasers, o procedimento fica ainda mais seguro. O LASIK tem como grande vantagem a recuperação visual muito rápida, com mínimo desconforto pós-operatório PRK: O PRK é uma técnica que vem sendo realizada há quase 20 anos e, também apresenta uma alta taxa de sucesso e previsibilidade. Consiste na remoção mecânica da camada mais superficial da córnea (epitélio) e subsequente aplicação dos feixes de laser. O PRK tem como grande vantagem o altíssimo nível de segurança, especialmente em pacientes com córneas mais finas ou leves alterações em sua curvatura. O PRK é utilizado principalmente para a correção de baixos a moderados graus de óculos.
DR. FERNANDO MARCO HEIMBECK CRM/SP 104.673 OFTALMOLOGISTA RQE 35438 • Oftalmologia Geral pelo Hospital do Olho Rio Preto - HORP; • Médico do Departamento de Córnea e Cirurgia Refrativa do D’Olhos Hospital Dia- São José do Rio Preto; • Fellowship em Córnea e Cirurgia Refrativa pelo Wills Eye Hospital, Filadélfia, Estados Unidos; • Título de Especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia - CBO • Membro da Academia Americana de Oftalmologia (AAO); • Diretor Técnico Responsável pelo Instituto de Oftalmologia Avançada INOVA, Barretos/SP; • Médico Responsável pelo Departamento de Córnea do Ambulatório Médico de Especialidades - AME Barretos.
Qual o paciente que pode realizar a Cirurgia Refrativa? Para o paciente ser considerado bom candidato à cirurgia a laser, é necessário seguir alguns critérios, são eles: • Idade superior a 18 anos; • Ausência de doenças oculares (Ex: Ceratocone); • Estar em boa condição de saúde; • Prescrição de óculos e/ou lentes de contato estabilizada por, no mínimo, um ano; • Ausência de gravidez ou que não esteja amamentando; • Exames pré-operatórios específicos, incluindo a Tomografia de Córnea. Exame este imprensíndivel para uma boa indicação cirúrgica.
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As sete chaves da beleza E as novidades não param! O ano de 2018 já começou com grandes inovações terapêuticas na área da dermatologia e, como não poderia ser diferente, a Clínica Linea: Centro Avançado de Dermatologia, disponibiliza para seus pacientes este novo menu de tratamentos em primeira mão, ressaltando tratamentos que, em 2018, serão conhecidos como As Sete Chaves da Beleza.
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“Importantes congressos já aconteceram neste início de 2018, como os da AAD (American Academy of Dermatology), em San Diego – EUA e IMCAS – Paris, atualizando-nos acerca dos melhores procedimentos para rejuvenescimento que estarão em voga durante todo o ano de 2018”, diz o Dr. José Vitor de O. Júnior, mestre em Dermatologia pela USP - São Paulo e Fellow em Laser pela Harvard University – Boston (EUA). Os principais tratamentos discutidos nestes eventos foram um novo preenchedor exclusivo para a classe médica e que foi aprovado pela Anvisa neste mês de março de 2018 à base de Policaprolactona e que já era esperado no Brasil há 5 anos. “Ele chega como um grande produto capaz de preencher e estimular o colágeno da pele, uma vez que o rol de produtos com esta função é muito limitado e restrito” diz o Dr. José Vitor, diretor técnico da Clínica Linea, um dos participantes do jantar de lançamento deste produto no Brasil. Outro destaque no meio científico dermatológico foram os Q-SWITCHED LASERS. Lasers ultra-rápidos que são capazes de tratar a pele combatendo o Melasma, Acne, Rosácea, Cicatrizes de Acne, Manchas Marrons do Envelhecimento e Retirada de Tatuagens, sem danificar ou machucar a pele, uma vez que não promovem aquecimento, tais como o SPECTRA LASER. Para elevação e sustentação da face e pescoço, a grande novidade de 2018 é a atualização da técnica que bombou durante o ano de 2017: Md Codes. Sua versão revisada e atualizada agora é MD CODES VISIONAIRY. Este código facial da beleza levanta a papada, define melhor o contorno, suaviza o bigode chinês, linha da marionete, olho fundo, rosto bipartido, harmonizando a face com a aplicação pontual de um produto à base de ácido hialurônico de alta densidade conforme pontos pré-estabele-
cidos por um mapeamento facial. Este novo Md Codes Visionary é um procedimento que combina pontos através de equações matemáticas que, além dos efeitos lifting proporcionados, também são capazes de trabalhar as feições que expressam nossas emoções, deixando a face menos brava ou menos cansada. Outra técnica que acabou de sair da incubadora para fazer sucesso na Europa e no Brasil foi o DELTA V LIFT. Procedimento injetável, utilizado para ressaltar as convexidades da face, aumentando o brilho, luminosidade e conferindo firmeza facial, consiste na aplicação vetorial de produtos específicos em alguns pontos, como a região malar, das bochechas, contorno do rosto, no formato de asa delta. Tudo isto, sem anestesia geral, cortes, pontos ou necessidade de repouso. Os efeitos são imediatos e a durabilidade do tratamento pode chegar até 12 a 18 meses. E para as gordurinhas localizadas? A sensação do momento continua sendo a quebra de gordura pela técnica do congelamento. Pelo resfriamento e CONGELAMENTO dos triglicerídeos, colesterol, esqualeno, que são gorduras que se localizam dentro das células, formam-se cristais congelados que depois serão eliminados pela urina e digeridos por células chamadas de macrófagos, que são os responsáveis pela faxina desta gordura que se quebra. Muito se falou nestes importantes eventos científicos sobre os riscos de se contratar sessões com aparelhos chineses ou alugados. Os primeiros, pela falta de comprovação científica sobre a sua eficácia. Os segundos, pelos riscos de estarem DESCALIBRADOS e provocarem QUEIMADURAS graves, uma vez que são extremamente sensíveis. Fica o alerta do especialista! No entanto, quando utilizado adequadamente e com o aparelho certo os resultados se refletem na quebra de 20% a 30% da gordura no local tratado, fazendo-se perceptíveis dentro de 8 a 12 semanas após a quebra. “Com as novas técnicas de aplicação do congelamento, como o Treatment for Transformation e o Diamond Therapy, é possível otimizar ainda mais estes resultados”, afirma o Der-
matologista Dr. José Vitor que trabalha com a técnica desde 2012 quando chegou no Brasil. A sexta Chave da Beleza, cuja procura aumenta a cada dia, é a famosa técnica de reposição capilar, conhecida como FUE. Existente desde há alguns anos, esta técnica de transplante capilar fio a fio tornou-se uma cirurgia minimamente invasiva, realizada em ambientes de clínica, com anestesia local de dentista, completamente sem dor, sem cortes e sem cicatrizes. O Dr. José Vitor, que se especializou na técnica na Polônia – na cidade de Polanica Zdröj, relata: “A procura por FUE aumentou muito, principalmente nos últimos 2 anos. Isto ocorreu em função da possibilidade de se realizar uma cirurgia que não deixa cortes na nuca do paciente e, principalmente, pelos resultados naturais que a técnica alcançou, reduzindo, assim, os estigmas que as antigas cirurgias de transplante capilar deixavam. Novos rotores, novas técnicas de extração, novas ponteiras para produção de sítios como a de safira, permitiram que a técnica se consolidasse no mercado, tornando-se a preferida hoje pela maioria dos nossos pacientes da clínica. Com esta técnica é possível colocarmos até 7.000 a 8.000 novos fios na área a ser tratada”. Desta forma, o novo cabelo permite ao paciente adquirir um aspecto mais jovial, mais saudável recompondo a moldura facial. E por fim, a sétima e última Chave da Beleza está com seus olhos voltados para o tratamento de duas áreas que sofrem com os efeitos do tempo: pescoço e mãos, duas áreas que denunciam facilmente a idade e que poucos cuidados são dedicados a elas, na maioria das vezes. A tônica do momento para o tratamento destas regiões é o RADIESSE MICRODILUIDO. Este produto, a base de Hidroxiapatita de Cálcio, é aplicado na pele dentro da derme, promovendo aumento da produção da vitamina D e de colágenos tipos I eIII, que são aqueles que deixam a pele mais durinha, mais firme e com menos rugas. Assim, o aspecto craquelado do pescoço e aquele aspecto de mãos esqueletizadas melhoram com o tratamento.
A sexta Chave da Beleza, cuja procura aumenta a cada dia, é a famosa técnica de reposição capilar, conhecida como FUE. Existente desde há alguns anos, esta técnica de transplante capilar fio a fio tornou-se uma cirurgia minimamente invasiva, realizada em ambientes de clínica, com anestesia local de dentista, completamente sem dor, sem cortes e sem cicatrizes.
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As Sete Chaves da Beleza: Seu Menu de Tratamento (1) ELLANSÈ – SEU NOVO PREENCHEDOR BIOESTIMULADOR Nome Produto Indicação
Ellansè Policaprolactona Bochechas caídas, contorno mal definido, “bigode chinês profundo”, linha da marionete acentuada, boca triste, rosto dividido.
Forma de Aplicação
Microinjeções na pele em pontos específicos.
Número de Sessões
1
Durabilidade Pós-Procedimentos Resultados
De 12 a 24 meses. Não há tempo de recuperação. Já no momento da aplicação.
(2) SPECTRA LASER - Q SWITCHED Nome Indicação
Spectra Laser - Q Switched Melasma, remoção de tatuagem, acne, rosácea, manchas do sol nas mãos e braços, manchas no colo, vasinhos no nariz.
Forma de Aplicação
Através de calor na pele.
Número de Sessões
8 a 12 sessões.
Pós-Procedimentos
Sem inchaço, vermelhidão, descamação ou dor.
Resultados
A partir da terceira ou quarta sessões.
(3) MD CODES VISIONARY Produtos Utilizados Ampolas de VOLIFT ou VOLUMA. Indicação Flacidez facial e rosto caído. Forma de Aplicação Injetável em pontos após mapeamento facial. Número de Sessões 1 Durabilidade 12 a 18 meses. Pós-Procedimentos Discreto inchaço e desconforto em algum ponto de aplicação. Resultados Já a partir da primeira aplicação.
(4) DELTA V-LIFT Indicação Queda da face, rosto dividido com aspecto de cansaço. Forma de Aplicação Injetável em forma de “ASA DELTA” segundo um plano de vetores faciais. Número de Sessões 1 Pós-Procedimentos Discreto inchaço e desconforto em algum ponto de aplicação. Resultados Já a partir da primeira aplicação.
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(5) CONGELAMENTO DE GORDURA Indicação Forma de Aplicação
Gordura localizada no abdômen, flancos, gordurinha do sutiã, papada, interno de coxas e braços. Ponteiras especiais que se acoplam a pele e promovem o congelamento da gordura a -12º C.
Dor Procedimento indolor. Apenas sensação de sucção local no dia da aplicação. Número e Sessões 5 Pós-Procedimentos Vermelho na área tratada ou desconforto local. Resultados A partir de 8 a 12 semanas do término do tratamento .
(6) FUE – TRANSPLANTE CAPILAR Indicação Pacientes com calvície masculina ou feminina. Anestesia Local sem sedação. Procedimento indolor. Preparo Necessidade de raspar a cabeça em homens Retirada Fio a fio sem cortes ou pontos com. Separação Cada fio é separado por uma equipe via microscópio. Colocação Feito atualmente com uma ponteira de safira sem marcas. Pós-Procedimentos Formação de casquinhas durante a primeira semana. Evolução Fios crescem e caem após o 1º ou 2º mês após o tratamento. Resultados Fios começam a crescer em definitivo a partir do 8º/9º mês de tratamento. (7) PRODUÇÃO DE COLÁGENO – RADIESSE MICRODILUIDO Indicação Pele fina e amolecida. Locais de Tratamento Área dos olhos, contorno da face, colo envelhecido, dorso das mãos, pescoço. Aplicação Microinjeções na própria pele. Preparo Creme de anestésico local Pós-Procedimentos Não há necessidade de recuperação. Número de Sessões 3 sessões com frequência semanal. Resultados Resposta da pele com produção de colágeno durante 2 anos.
Requinte em Dose Dupla
CENTRO AVANÇADO DE DERMATOLOGIA
Depois de 7 anos de sucesso como referência em dermatologia de qualidade na cidade de Barretos, a Clínica Linea – Centro Avançado de Dermatologia prepara-se para inaugurar a sua nova unidade na bela cidade de Ribeirão Preto! Idealizada para atender os seus pacientes nos mesmos moldes de Barretos, a clínica está sendo projetada para ser um centro de referência na área de Dermatologia, Cosmiatria e Transplante Capilar, oferecendo técnicas injetáveis, equipamentos e, a sua maior especialidade: Dermatologia com Requinte. Novidades vem por aí....!
DR. JOSÉ VITOR DE OLIVEIRA JÚNIOR DERMATOLOGISTA CRM/SP 115.046 - RQE: 136.789
• Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia; • Mestre em Dermatologia – USP – São Paulo; • Preceptor do Departamento de Dermatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo - HSPE.
Ecoendoscopia: uma importante aliada no manejo de lesões pancreáticas
DR. HEMANOEL DE SOUSA RIBEIRO
As particularidades anatômicas do pâncreas, como sua localização e relação com outros órgaos vizinhos, tornam sua avaliação bastante difícil, de modo que frequentemente o diagnóstico preciso só é definido após a realização de procedimento cirúrgico.
CRM/SP 137.859 CIRURGIÃO GERAL E ENDOSCOPISTA CIRURGIA GERAL - RQE Nº: 58106 ENDOSCOPIA - RQE Nº: 58107 • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED); • Especialista em Ecoendoscopia e Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica; • Coordenador do Serviço de Endoscopia do Hospital de Clínicas de São Bernardo do Campo; • Integrante do Corpo Clinico da iGastroProcto em Ribeirao Preto.
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O Câncer de pâncreas corresponde a 2% dos tipos de câncer no Brasil e possui uma alta mortalidade, sendo responsável por 4% das mortes por câncer, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). É uma doença de difícil detecção precoce, fazendo parte do conjunto de neoplasias silenciosas, cuja manifestação clínica se dá em fases avançadas da doença. Consiste, portanto, em um desafio diagnóstico e terapêutico. Neste cenário, a ecoendoscopia se estabeleceu como importante ferramenta para diagnóstico e auxílio terapêutico das variadas lesões que afetam tanto o pâncreas, quanto outros órgãos do sistema digestório. A ecoendoscopia representa um grande avanço tecnológico. Sua primeira utilização ocorreu, na década de 80, com a ideia de acoplar um transdutor de ultrassom à extremidade de um endoscópio, permitindo a obtenção de imagens ultrassonográficas dentro do trato digestório, proporcionando a avaliação, tanto da parede do esôfago, estômago, duodeno e reto, bem como de órgãos e estruturas vizinhas, como o mediastino, o baço, a vesícula biliar, estruturas vasculares, fígado, colédoco e o pâncreas. Após todos estes anos, permanece em pleno desenvolvimento, com constante surgimento de novos equipamentos, cada vez mais precisos, e a elaboração de novas técnicas. No Brasil, ainda é pouco conhecida, sendo encontrada quase que exclusivamente em grandes centros médicos. As particularidades anatômicas do pâncreas, como sua localização e relação com outros órgaos vizinhos, tornam sua avaliação bastante difícil, de modo que, fre-
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quentemente, o diagnóstico preciso só é definido após a realização de procedimento cirúrgico. Embora seja reconhecida a importância de outros exames para o diagnóstico das afecções pancreáticas, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, sendo estes os principais métodos utilizados para o rastreio do adenocarcinoma pancreático (com importante papel na identificação de metástases à distância), a utilização da ecoendoscopia, nesses casos pode trazer informação adicional, por exemplo, constatar a invasão de vasos e linfonodos, além de poder proporcionar a obtenção de amostras teciduais através de punção aspirativa com agulha fina (PAAF) para confirmação anatomopatológica. Além da contribuição para o diagnóstico, a ecoendoscopia também auxilia na terapêutica. Utilizando-se da punção ecoguiada, pode-se injetar substâncias e medicamentos, como, por exemplo, para realizar a alcoolização de cistos e para a neurólise do plexo celíaco, objetivando o tratamento de dor crônica. É, também, possível a realização de procedimentos mais complexos, como a drenagem de coleções e o acesso à via biliar, principalmente nos casos em que a Colangiopancreatigrafia Retrógrada Endoscópica (CPRE) não obteve sucesso, sendo capaz de realizar derivações wirsungogástricas, coledocoduodenais e hepaticogástricas, apresentando-se como alternativa às drenagens transparietais, com a vantagem de não haver cateteres externos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com doenças avançadas.
O que é Dislipidemia?
DR. RENATO ZORZO CRM/SP: 98962 NUTROLOGIA RQE: 69308 PEDIATRIA RQE: 69307
A primeira coisa que tem que lembrar é qual a definição de Dislipidemia, o jargão popular do problema do colesterol alto, e é importante falar da diferença. Quando você vai olhar para o colesterol, na verdade, você estará olhando as estruturas, que de uma forma comum, rotula-se tudo com o mesmo nome, o colesterol. Então, é importante a primeira coisa: você vai achar que seu colesterol é alto, porque o seu colesterol total veio alto, porque, se observarmos um atleta, por exemplo, ele pode ter um colesterol considerado como colesterol ruim, chamado de LDL, de baixa densidade, normal, e o colesterol bom, que é o colesterol HDL, mais alto, porque é praticante de atividade física, e o colesterol total, que é a soma de que tudo está elevado, e acaba sendo feito o diagnóstico errado de hipercolesterolemia. Então, vamos explicar mais ou menos como é cada um, como funciona, e por que diferenciamos tudo isso. O colesterol bom e o ruim são termos populares, não se usa esses termos no meio médico, mas vamos usá-los só para simplificar. O colesterol ‘’ruim’’ conhecido como LDL possui um potencial de agregar nas pequenas artérias, principalmente coração, sistema nervoso central e acaba formando placas de ateroma (aterosclerose), que seria uma inflamação na camada interna, que resulta em calcificação e acaba levando ao entupimento dos vasos sanguíneos, resultando em um infarto, acidente vascular cerebral, trombose ou até a morte. O colesterol ‘’bom’’, conhecido como HDL, funciona como uma ‘’vassoura’’, no sistema sanguíneo. Um dos pontos importantes, o que mais acontece é a falta de atenção ao começar um tratamento. É indicado, a partir do segundo exame alterado, nunca com apenas um, inclusive sendo a mesma coisa para o diabetes, algumas situações específicas que já se conclui em apenas um exame, mas, em sua maioria, refazendo o mesmo, pois pode-se afetar na leitura e, principalmente, na preparação.
E, por que o colesterol é alterado? Existem fatores que explicam, e uma das clássicas é a obesidade, em crianças com os mesmos riscos em adultos. E a Dislipidemia é classificada em primária, ou seja, uma doença familiar que altera especificamente o colesterol. A secundária é a mais comum de todas, que altera o LDL, como a obesidade, diabetes, hipotireoidismo. Uma curiosidade: qualquer criança com 10 anos de idade ou mais, que nunca colheu colesterol na vida, necessita colher como rotina, independente se fizer exercícios, ser magra e outros termos. Agora, antes, na história familiar positiva ou de colesterol alto, problemas de coração, ou doenças associadas, ou se estiver acima do peso, tudo a partir dos 2 anos. Quando se desconfia que a dislipidemia é secundária ou familiar na doença? Olhando apenas para o perfil lipídico, servindo para todas as idades, se a pessoa estiver com o LDL > 190 já é um alto indício de que a doença seja familiar e tem que ser abordada com certa urgência, pois é mais grave e pode até levar à morte. Lembrando que, quanto maior a idade, as sequelas também serão maiores. Em resumo, o aumento do nível de triglicérides pode levar ao acúmulo de gordura no fígado e atrapalhar o funcionamento deste, que vai levar ao aumento do colesterol e, se não tratado, corre risco de levar até a cirrose e, consequentemente, a morte do órgão. A dislipidemia está relacionada, tanto ao colesterol quanto às triglicérides, doenças diferentes, porém no mesmo rótulo. O tratamento, inclusive para a obesidade, inclui em alimentação e atividades físicas, isso é para qualquer doença, na verdade. Segundo o programa da Mara Cabral, foi falado que as pessoas costumam procurar medicamentos como milagres, tem exceções que são usados para ansiedades, falta de apetites, entres outros, porém, apenas para ajudar a ficar no patamar certo, seguindo as dietas e os exercícios.
• Nutrólogo e Pediatra com Área de Atuação em Nutrologia Pediátrica; • Professor da Universidade Federal de São Carlos; • Título de Especialista em Nutrologia; • Título de Especialista em Pediatria; • Título de Atuação em Nutrologia Pediátrica; • Mestre pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP); • Vice-Presidente da Regional Ribeirão Pretana da Sociedade de Pediatria de São Paulo; • Membro Ativo do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
DR. THIAGO SANTOS HIROSE PEDIATRIA CRM/SP 126047 | CRM/MG 69449 |RQE 39736 • Médico Pediatra (registro 39736-SP e 36515-MG) e Endocrinologista Pediátrico (registro 39736-1-SP e 36516-MG); • Educador em Diabetes pela ADJ Diabetes Brasil/Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)/Federação Internacional de Diabetes (IDF) região das Américas do Sul, Central e Caribe (SACA); • Pós-Graduação em Nutrologia Pediátrica pela Boston University School of Medicine; • Membro do Departamento de Endocrinologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).
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Entenda as causas de dor mamária A origem da dor pode ser da mama ou de outros órgãos localizados no tórax, como costelas, músculos, esôfago, coração e coluna vertebral. Quando originada na mama, tende a ser unilateral e sua localização é variável. É ocasionada por patologias benignas como cistos, mastites e trauma.
DRA. PAOLA CANDIDO RODRIGUES MENANI MASTOLOGIA, GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA CRM/SP 130.164 | RQE 61.444 | RQE 61.445 • Médica Graduada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo em 2007; • Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. • Título de Especialista e Membro da Sociedade Brasileira de Mastologia.
DR. JOAQUIM MORAES SARMENTO FILHO MASTOLOGIA - CRM/SP 68.390 | RQE 67.137 • Graduação e Pós na FMRP-USP. Título de Especialista em Mastologia e Membro da Sociedade de Mastologia.
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Dor nas mamas (mastalgia) é a principal queixa das mulheres na consulta com o mastologista. Até 70% delas irão apresentar um episódio de dor no decorrer da sua vida, sendo que a incidência máxima ocorre entre os 30 e 50 anos. A dor mamária é subdividida em cíclica e acíclica. A dor cíclica tipicamente ocorre no período pré- menstrual, afeta principalmente as laterais de ambas as mamas, podendo propagar para as axilas. Ela é causada pelo acúmulo de líquido que ocorre nas mamas na segunda fase do ciclo menstrual, em correspondência com o aumento dos hormônios femininos estradiol e progesterona. Na mastalgia acíclica, o sintoma pode aparecer em qualquer fase do ciclo
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menstrual. A origem da dor pode ser da mama ou de outros órgãos localizados no tórax, como costelas, músculos, esôfago, coração e coluna vertebral. Quando originada na mama, tende a ser unilateral e sua localização é variável. É ocasionada por patologias benignas como cistos, mastites e trauma. A mastalgia resolve espontaneamente dentro de três meses em até 30% das pacientes, voltando a se manifestar posteriormente em até 60% delas. Somente uma pequena parte das mulheres irá apresentar intensidade de dor que afete a sua qualidade de vida. Entretanto, a preocupação com o Câncer de Mama faz com que muitas delas procurem ajuda profissional.
DRA. JOSIE BITTENCOURT DA SILVA CRM/SP 105.820 MASTOLOGIA - RQE Nº: 68707 • Médica Graduada pela Faculdade de Medicina na Universidade Federal da Bahia em 2001; • Especialização em Imagem Mamária pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo;
O Câncer é uma causa incomum de dor mamária. Ele é encontrado em até 0,5% das mulheres que procuram atendimento médico por dores nas mamas, principalmente nos casos em que são encontradas outras alterações além da dor, como nódulo ou secreção mamilar. Na abordagem diagnóstica, a avaliação médica apurada irá inicialmente caracterizar qual dos dois tipos de mastalgia a paciente apresenta e, nos casos de dor acíclica, se a origem é mamária. Sendo assim, se for encontrada alguma lesão na mama, esta deve ser investigada e tratada de acordo com a doença diag-
nosticada. Nos casos de mastalgia cíclica, a orientação verbal adequada, indicando que a condição é benigna, permite que pelo menos 85% das pacientes aceitem e tolerem sua dor sem medicação. Quando a dor atrapalha atividades do dia a dia, o tratamento medicamentoso está indicado. A depender da intensidade da dor e do número de dias que ela afeta a mulher, estão disponíveis medicações para uso diário ou por alguns dias no mês. O tempo de tratamento é individualizado, a depender da resposta aos medicamentos e do reaparecimento da dor no caso de interrupção dos mesmos.
Dor nas mamas (mastalgia) é a principal queixa das mulheres na consulta com o mastologista. Até 70% delas irão apresentar um episódio de dor no decorrer da sua vida, sendo que a incidência máxima ocorre entre os 30 e 50 anos.
DRA. ISABELA PANZERI CARLOTTI BUZATTO MASTOLOGIA, GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA CRM/SP 134.178 | RQE 61.698 | RQE 38.588 • Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo em 2008;
DRA. VIVIANE FERNANDES SCHIAVON MASTOLOGIA, GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA CRM/SP 108.618 | RQE 56.636 | RQE 56.637 • Médica Graduada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo em 2002; rsaude.com.br | Março . 2018 | Revista Saúde
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Prevenindo a Síndrome da Visão do Computador Síndrome de Visão de Computador: como prevenir.
DR. MARCELO JORDÃO L. DA SILVA OFTALMOLOGISTA CRM/SP 80828 | RQE 55289 • Mestre em Medicina pela IASMPE; • Doutor em Ciências Médicas pela UNICAMP e FMRP/USP; • MBA Gestão em Saúde pela Fundace/USP; • Diretor Administrativo do Hospital Oftalmocenter Rib. Preto.
Segundo a pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é o quarto país com mais internautas no mundo. O total de pessoas na população brasileira com mais de 10 anos que se conectaram na internet atingiu 120 milhões usuários. Foi também, em 2014, que o total de domicílios online ultrapassou a barreira dos 50%, chegando a 54,9% e, daí, tem crescido exponencialmente. Seja para trabalhar, seja nos momentos de lazer, os brasileiros também já passam mais tempo na internet que em frente à televisão, revela o estudo “O futuro da mídia”. O tempo médio de navegação (32,5 horas semanais) já é três vezes superior ao de audiência de TV (9,8 horas). Outras informações da mesma pesquisa também são muito reveladoras: 81% dos entrevistados disseram considerar o computador como a ferramenta de entretenimento mais importante. Questionados sobre suas atividades preferidas, 53% deram como resposta o uso da internet, que só perde para assistir a filmes (55%). Em terceiro lugar, está justamente ver TV (46%), seguido de ouvir música (36%) e ir ao cinema (30%). TV e internet aparecem quase sempre como atividades relacionadas. Dois terços dos que assistem TV executam outra tarefa, enquanto estão no sofá, como navegar na internet, ver e-mails e acessar sites.
Desconforto visual
Com tanto tempo diante da tela do computador, o mais provável é que os sintomas da Síndrome de Visão de Computador (CVS) - olhos irritados, vermelhos, coceira, olhos secos ou lacrimejamento, fadiga, sensibilidade à luz, sensação de peso nas pálpebras ou da fronte, dificuldade em conseguir foco, enxaquecas, dores lombares e espasmos musculares - apareçam como resultado de condições externas relacionadas à tela do computador ( falta de iluminação, má localização da iluminação, posição imprópria do monitor e tela suja) - e a problemas oculares pré-existentes: miopia, hipermetropia, presbiopia. Os hábitos inadequados de uso do computador, por horas sem descanso, também integram esta lista. A Ergoftalmologia, campo da Oftalmologia do Trabalho, age preventivamente, visando prevenir acidentes oculares. No campo da Ergonomia, seus esforços buscam adaptar o ambiente de trabalho à visão 30
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humana, proporcionando conforto visual ao usuário do computador. Todos os esforços que visam prevenir o aparecimento da CVS são válidos, pois qualquer pessoa que passe aproximadamente duas horas por dia em frente ao computador apresenta o risco de desenvolver a Síndrome.
Para prevenir a Síndrome de Visão de Computador
As condições do ambiente de trabalho, umidade relativa do ar, ventilação, temperatura e iluminação podem afetar diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores. No ambiente doméstico, o mesmo pode acontecer. Algumas providências podem ser tomadas relativas aos cuidados com os olhos e com a postura corporal, durante o uso de computadores, leituras prolongadas ou tarefas repetitivas, nos diferentes ambientes, sejam de trabalho ou domésticos.
Conheça algumas destas medidas preventivas:
• O uso do ar-condicionado determina a diminuição da umidade relativa do ar. O ar fica seco, ocorre o aumento da evaporação da lágrima. O indivíduo exposto ao ambiente refrigerado pode ter esse fenômeno agravado, pois apresenta também diminuição do número de piscadas. Podem ocorrer secura dos olhos, da garganta e das narinas, ardência nos olhos, lacrimejamento, visão dupla ou borrada e sensação de areia nos olhos;
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Além do ar-condicionado, outras condições também podem determinar o aumento da evaporação da lágrima e o ressecamento dos olhos, como correntes de ar e ventiladores mal posicionados e direcionados para os olhos. O ambiente de trabalho deve ser planejado antecipadamente. Quando isso não é possível e o ambiente não apresenta as condições ideais para o uso do computador, os erros devem ser detectados e corrigidos. Para evitar o ressecamento dos olhos, recomenda-se o aumento do número de piscadas. Piscar com frequência estimula a produção de lágrimas e a lubrificação dos olhos. O uso de lubrificantes oculares, sempre sob supervisão médica, três ou quatro vezes ao dia, mantém a lágrima estável, aumentando o conforto durante o dia; Deve-se ficar atento à localização das janelas em relação à iluminação natural, que pode prejudicar a visão do usuário do computador, se não estiver sob um planejamento luminotécnico correto. Luz natural ou artificial direcionada, que atinge a tela do computador por trás do usuário, determina deslumbramento e dificulta a visualização. Luz que incide em direção lateral ao usuário interfere no campo visual do trabalhador, o que pode determinar desconforto, cansaço e dor no final da jornada de trabalho e, até mesmo, olho vermelho. A iluminação do ambiente de trabalho deve ser homogênea e controlada, ou seja, o local deve estar iluminado por igual, não havendo variação da iluminação, que incida na tela do computador, na mesa e nos utensílios de trabalho, interferindo no campo visual do trabalhador; Durante a utilização do computador, a cabeça deve seguir o alinhamento da coluna vertebral, que deverá estar reta e encostada na cadeira. O material utilizado como apoio deve estar em local de fácil visualização, ao lado do monitor ou próximo a ele, evitando, assim, movimentos bruscos com os olhos; O olhar do usuário do computador deve estar ligeiramente voltado para baixo, entre 15° a 25°. Assim, a pálpebra protegerá boa parte da superfície ocular, diminuindo sua exposição e melhorando a lubrificação dos olhos. A má postura ocular pode causar lacrimejamento, fotofobia, coceira nos olhos, cansaço visual, dor ocular, sensação de areia, olhos vermelhos, olheiras, bolsas embaixo dos olhos, dores de cabeça e irritabilidade; Não se deve comer durante o trabalho com o computador. Migalhas podem cair no teclado e contaminá-lo. Existem bactérias que são comuns ao teclado e ao mouse do computador que podem contaminar mãos e, posteriormente, olhos e boca, causando as mais variadas infecções. Se o computador for compartilhado com mais pessoas, a limpeza deverá ser ainda mais constante. O indi-
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víduo é propagador e disseminador de vírus e de bactérias, mesmo sem saber. Antes de iniciar seu dia de trabalho, passe uma flanela ligeiramente umedecida em água ou em produto próprio para a limpeza de computadores, em todo o teclado, no mouse e na tela. Antes de se dirigir ao computador, as mãos devem ser lavadas, estar limpas, sem resíduos de gorduras ou alimentos; Após horas de trabalho, o piscar reflexo diminui, sem que a pessoa perceba. Durante o trabalho, coloque um lembrete, como, por exemplo, ‘piscar’ em algum cantinho do monitor. Assim, você estará se policiando e piscando mais vezes, evitando o ‘olho seco’. Em atividades normais, os olhos piscam, em média, 22 vezes por minuto, enquanto que, quando estão em atividade de leitura, piscam de 12 a 15 vezes por minuto. Quando se está diante da tela do computador, essa frequência pode abaixar até para cinco vezes por minuto; Os usuários de lentes de contato devem lubrificar mais vezes os olhos, quando em frente ao computador, em leitura continuada ou em trabalhos repetitivos, para evitar problemas de ressecamento ocular. Manter as lentes de contato limpas e higienizadas deve ser uma rotina. Dessa forma, quando bem indicadas e usadas de acordo com as orientações médicas, seus olhos serão preservados de possíveis complicações, e você usufruirá, em segurança, as vantagens óticas das lentes; Os usuários de lentes bifocais deverão posicionar seu monitor um pouco mais para baixo, facilitando a utilização adequada das lentes para a leitura, evitando, assim, a movimentação do pescoço e da cabeça para trás, a fim de melhorar a focalização delas; Sobe o uso de laptops: para não acarretar problemas visuais e posturais, o computador portátil deve ser utilizado da mesma maneira que os computadores fixos de mesa. Nada de computador no colo, na cama ou na mesa de cabeceira; Uma pausa obrigatória. Recomenda-se que, a cada 50 ou 60 minutos, o usuário de computador dê uma parada por cinco minutos. Este tempo deve ser empregado para esticar as pernas, fazer ligeiros alongamentos dos braços, do pescoço e do tronco. Dirija seu olhar para um local distante, através de uma janela, por exemplo. Assim, a musculatura ocular também poderá trabalhar, evitando a fadiga dos olhos; Sentar de forma relaxada em frente ao computador também causa problemas de visão e posturais. A postura correta para o trabalho deve ser: costas eretas; planta dos pés apoiada no chão; tronco em ângulo de 90° com as pernas; cabeça no alinhamento do tronco; olhar ligeiramente voltado para baixo, aproximadamente 25°.
Segundo a pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é o quarto país com mais internautas no mundo. O total de pessoas na população brasileira com mais de 10 anos que se conectaram na internet atingiu 120 milhões usuários. Foi também, em 2014, que o total de domicílios online ultrapassou a barreira dos 50%, chegou a 54,9% e, daí tem, crescido exponencialmente.
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Diabetesfarma
Drogaria Especializada
“Nosso diferencial está no atendimento personalizado e especializado, feito por profissionais qualificados, com orientações adequadas, buscamos proporcionar conhecimento, segurança e uma melhor qualidade de vida ao paciente, sempre respeitando rigorosamente a prescrição médica.”, Salienta Fabiana Pim.
À frente da DiabetesFarma, está Fabiana de Souza Pim, farmacêutica e educadora em diabetes que, em 2012, com a proposta de reunir em um único espaço todos os produtos e serviços necessários para a eficácia no tratamento de pessoas com diabetes, inaugurou a DiabetesFarma – Drogaria especializada, em Ribeirão Preto, além da loja online que atende todo o Brasil. Quando o paciente recebe o diagnóstico, ele se depara com muitas dúvidas sobre a doença, as mudanças de hábitos, alimentação, exercícios e tratamento, além de muitos mitos e verdades sobre a doença. A DiabetesFarma surgiu então para dar todo o suporte às dúvidas e necessidades deste paciente. Lá, ele encontra uma equipe de profissionais qualificados, prontos para orientar na utilização correta de seus produtos, garantindo, assim, a eficácia do tratamento e uma melhor qualidade de vida. São educadores em diabetes e sabem que a informação é o pilar para o sucesso do tratamento. Na DiabetesFarma, você encontra uma ampla linha de medicamentos, insulinas, monitores e tiras de glicemia, agulhas e seringas, lancetas e lancetadores, canetas para aplicação de insulina, entre outros acessórios. Além disso, você também encontra diversas opções de produtos diet, tais como: adoçantes, achocolatados, doces diversos, bebidas dietéticas, entre outras delícias, zero adição de açúcar. A missão da DiabetesFarma é proporcionar o bem-estar e qualidade de vida dos pacientes, sempre respeitando rigorosamente a prescrição médica.
DRA. FABIANA DE SOUZA PIM FARMACÊUTICA - CRF: 59478 • Farmacêutica pela Universidade de Ribeirão Preto Unaerp; • Educadora em Diabetes pela ADJ Diabetes Brasil/Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)/Federação Internacional de Diabetes (IDF); • Certified Pump Trainer Medtronic; • Membro da Sociedade Brasileira de Diabetes.
16 3441-1301
R. João Penteado, 1812 - Jardim America, Ribeirão Preto - SP, 14020-180 www.diabetesfarma.com.br
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Avanços no Tratamento do Diabetes Os avanços no tratamento de diabetes só tem aumentado a cada dia, pesquisas de novos produtos e novas tecnologias são feitos em todo o mundo. E hoje já evoluímos muito do que tínhamos há tempos atrás... glicosímetro, tiras reagentes, canetas de aplicação de insulina, agulhas, sensores de glicose, bomba de infusão, medicamentos antidiabéticos orais, insulinas. Todas essas palavras fazer parte do cotidiano de quem tem diabetes. Vamos falar um pouquinho de cada uma delas, e trazer a vocês o que hoje já temos disponível para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Bomba de Insulina A bomba de infusão de insulina é um aparelho que fica ligado ao corpo do paciente e, por meio de um cateter subcutâneo, libera insulina na corrente sanguínea, conforme a programação feita pelo médico ou usuário. Pode ser usada com um sensor, que também é aplicado no subcutâneo e monitora continuamente a glicose no líquido intersticial, informando os valores e tendências de glicose na tela da bomba. Canetas de Aplicação de Insulina As canetas de aplicação de insulina trouxeram praticidade e conforto na vida das pessoas com diabetes que necessitam de aplicações diárias de insulina, elas variam no design, conforme o fabricante e podem ser descartáveis, quando já vêm preenchidas e, também, podem ser reutilizáveis, permitindo a troca do refil. As canetas permitem o uso de agulha bem menores que nas seringas. A menor agulha disponível para caneta possui apenas 4mm, trazendo mais conforto e segurança. Medidores de Glicemia (Glicosímetros) Os monitores de glicemia evoluíram, e muito, antigamente a glicose era checada pela urina, com fitas reagentes que mudavam de cor. Hoje, os medidores são modernos, possuem visor de fácil leitura, armazenam os dados dos últimos testes e oferecem segurança e precisão nos resultados, facilitando o controle da glicemia. Para visualizar a glicemia, basta uma pequena gota de sangue que é colocada em uma tira reagente e inserida no medidor.
Sensor de Glicose Os sensores de glicose dispensam picadas nos dedos e mede a glicose no líquido intersticial, que fica na região subcutânea. O sensor é instalado no braço e, através de um leitor, o paciente scanea o sensor para obter o valor de glicose, além disso ele mostra as tendências da glicemia através de uma gráfico que pode ser baixado através de um software. Insulinas As insulinas foram modificadas e aperfeiçoadas desde o seu surgimento, em 1922. Hoje contamos com insulinas análogas de longa e curta duração que tem o objetivo de reduzir hipoglicemias e melhorar o controle glicêmico. Medicamentos Antidiabéticos Orais Os medicamentos também evoluíram, atualmente existem 7 classes de medicamentos orais e 1 injetável, para tratar o diabetes tipo 2. Os estudos têm avançado e, hoje, há classes consideradas inovadoras, como os inibidores de DPP4, análogos de GLP-1 e inibidores de SGLT2. Seja qual for a terapia escolhida, o fato é que o sucesso dela dependerá da aceitação do diagnóstico. Uma pessoa com diabetes pode chegar onde quiser, não existe limites para quem acredita e busca aquilo que almeja, o único obstáculo do homem é aquilo que ele pensa, tudo começa na mente.
Diabetes Um dos pontos cruciais sobre o diabetes é o fato de ser uma doença silenciosa, no caso do diabetes tipo 2 e, por isso, ele somente é detectado e confirmado com exames laboratoriais.
O diabetes é uma das doenças mais comuns no Brasil e no mundo. Em Ribeirão Preto, na década de 90, a prevalência era de 12,1% dos adultos. Apesar de a maioria dos casos de diabetes ser em adultos, ele também pode ocorrer em crianças e, nesta faixa etária, o tipo mais comum é o diabetes tipo 1. Este tipo de diabetes acomete cerca de 300 mil crianças no Brasil e para seu tratamento o uso de insulina é necessário, desde o diagnóstico. Já o diabetes tipo 2, acomete, principalmente, adultos obesos ou com acúmulo abdominal de gordura e, em muitos casos, o tratamento se faz com medicamentos orais. O uso de insulina pode ser necessário em adultos, porém em fases mais avançadas da doença. Um dos pontos cruciais sobre o diabetes é o fato de ser uma doença silenciosa, no caso do diabetes tipo 2 e, por isso, ele somente é detectado e confirmado com exames laboratoriais. Neste cenário, destaca-se que apenas cerca de 50% das pessoas com diabetes possuem o diagnóstico no Brasil. Ou seja, há pessoas com diabetes lendo esta matéria e que sequer sabem se possuem o diagnóstico! As pessoas com maior risco da doença e que devem realizar exames mais frequentes são aquelas acima do peso, com hipertensão arterial, colesterol ou triglicérides alterados, sedentários, com história familiar de diabetes, pessoas que já apresentaram derrame ou infarto e mulheres com quadro de ovários policísticos. E a glicemia de jejum nunca pode ultrapassar a marca de 100mg/dl após jejum de 8 horas! Apesar de ser uma doença crônica e até o momento sem cura, o diabetes é uma doença completamente controlável. E, este controle é feito, atualmente, com muita qualidade de vida. O tratamento da pessoa com diabetes deve ser realizado pelo médico e pode ser acompanhado por profissionais de diferentes áreas da
saúde, como farmacêutico, nutricionista, educador físico, enfermeiro. O objetivo é oferecer ao paciente um norte para que ele tenha acesso aos 4 pilares abaixo: 1. Educação sobre a sua doença; 2. Atividade física regular; 3. Alimentação saudável; 4. Tratamento medicamentoso. Atualmente, o paciente e médico dispõe de medicamentos muito eficazes para controle dos níveis de glicose no sangue com poucos ou nenhum efeito colateral. Além de mais opções de insulinas, com novos perfis de ação, em canetas ultramodernas e seguras, trazendo qualidade de vida para os pacientes. Nenhuma das novas tecnologias consegue promover um bom controle do paciente sem que ele e sua família estejam em completo entendimento sobre a doença. Nos dias de hoje, com todas as armas que temos, podemos afirmar que o diabetes não é sinônimo de sequelas. Sim é possível evitar amputações, infarto, cegueira, insuficiência renal, impotência sexual com uma vida saudável. Não bastasse tudo isso, os pacientes de hoje têm de ter saúde para poder desfrutar das novidades que estão por vir. O transplante de células-tronco tem os primeiros estudos no mundo realizados na Faculdade de Medicina da USP - Ribeirão Preto com resultados promissores. Teremos em breve o sensor de glicose em formato de lente de contato, capaz de medir a glicose na lágrima em tempo real. O pâncreas artificial biônico está em fase avançada de pesquisa e, em breve, estará disponível no mundo todo. Outra pesquisa importante é o implante de células produtoras de insulina diretamente na pele ou no abdome, fazendo com que elas detectem a glicose no sangue e automaticamente produzam a quantidade exata de insulina necessária para o paciente a cada segundo. Enfim, como podemos ver, a abordagem da pessoa com diabetes está em constante evolução. Nos dias de hoje, a qualidade de vida destas pessoas “doces” está cada vez melhor com o que temos a oferecer e num futuro próximo as perspectivas são ainda melhores.
DR. CARLOS EDUARDO BARRA COURI CRM/SP 102310 RQE: 57342 • Endocrinologista; • Pesquisador da Equipe de Transplante de Células-Tronco da USP Ribeirão Preto; • Pós- Doutorado pela USP.
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Diabetes Infantil Diabetes é uma doença onde ocorre um acúmulo de glicose dentro da corrente sanguínea; isso acontece quando o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou quando esse hormônio não é capaz de agir de maneira adequada. Acontece que o diabetes não escolhe faixa etária, ou seja, crianças e adolescentes também podem apresentar a disfunção. Apesar de representar apenas 10% dos casos de diabetes, o diabetes tipo 1, geralmente diagnosticado em crianças e adolescentes tem crescido muito nos últimos anos. E o mais curioso é que os casos de diabetes tipo 2 que, geralmente, acomete apenas os adultos, tem aparecido também em crianças e adolescentes, talvez pelos hábitos pouco saudáveis, excesso de peso e falta de atividade física. Mas, vamos falar do diabetes tipo 1, que é o tipo que mais comumente acomete as crianças e adolescentes. Na maioria dos casos, neste tipo de diabetes o sistema autoimune que deveria nos defender contra vírus e bactérias, passa a destruir as células produtoras de insulina no pâncreas e o paciente precisa desde o diagnóstico, de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais. Quando a glicemia está alta demais no sangue, o corpo avisa que algo não vai bem e os sintomas vêm à tona. Se o seu filho ou algum conhecido apresentar os sinais abaixo, procure um médico imediatamente: • Vontade de fazer xixi muitas vezes ao dia e à noite (às vezes, acaba fazendo na calça ou na cama); • Aparecimento de formigas no vaso sanitário; • Emagrecimento, sem perda de apetite; • Muita sede.
Acontece que o diabetes não escolhe faixa etária, ou seja, crianças e adolescentes também podem apresentar a disfunção. O diagnóstico é feito através de um simples exame de sangue. Caso haja glicemia de jejum acima de 126mg/dl, é detectado o diabetes, e o médico pode solicitar exames adicionais para confirmação do diagnóstico. Tratamento Pacientes com diabetes tipo 1, como deixam de produzir insulina, o tratamento deve ser feito com insulinas. Atualmente, existem diversos tipos de insulina, com características diferentes, de acordo com o seu início e tempo de ação, e somente o médico poderá avaliar qual o melhor tipo para o controle glicêmico adequado. Alguns pacientes podem apresentar perfil para usar bomba de insulina que é um dispositivo que fica acoplado no corpo do paciente e injeta insulina através de um cateter, de acordo com a programação feita pelo médico, possibilitando ajustes mais finos e um melhor controle. Lembrando que bons hábitos alimentares e atividade física são ótimos aliados no tratamento do Diabetes Tipo 1 e Tipo 2.
DR. RENATO ZORZO CRM/SP: 98962 NUTROLOGIA RQE: 69308 PEDIATRIA RQE: 69307 • Nutrólogo e Pediatra com Área de Atuação em Nutrologia Pediátrica; • Professor da Universidade Federal de São Carlos; • Título de Especialista em Nutrologia; • Título de Especialista em Pediatria; • Título de Atuação em Nutrologia Pediátrica; • Mestre pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP); • Vice-Presidente da Regional Ribeirão Pretana da Sociedade de Pediatria de São Paulo; • Membro Ativo do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
DR. THIAGO SANTOS HIROSE PEDIATRIA CRM/SP 126047 | CRM/MG 69449 |RQE 39736 • Médico Pediatra (registro 39736-SP e 36515-MG) e Endocrinologista Pediátrico (registro 39736-1-SP e 36516-MG); • Educador em Diabetes pela ADJ Diabetes Brasil/ Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)/Federação Internacional de Diabetes (IDF) região das Américas do Sul, Central e Caribe (SACA); • Pós-Graduação em Nutrologia Pediátrica pela Boston University School of Medicine; • Membro do Departamento de Endocrinologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). rsaude.com.br | Março . 2018 | Revista Saúde
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Retinopatia Diabética: abra os olhos para a diabetes
Segundo especialistas, o exame da pupila dilatada pode detectar se há alguma alteração no fundo do olho, antes mesmo que os sintomas apareçam. Isso pode antecipar o tratamento, controlando assim a evolução de uma possível e silenciosa retinopatia diabética.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o número de diabéticos no Brasil já ultrapassa os 13 milhões de pessoas, representando 6,9% da população do país. Além de cada vez mais comum e “democrática”, afetando crianças, jovens, adultos e idosos, a diabetes também carrega com ela diversas complicações quando mal controlada, podendo provocar desde cegueira até a morte do paciente. Perigosa e silenciosa, a Retinopatia Diabética é um dos exemplos de doenças causadas pelo descontrole da diabetes. Por não provocar inicialmente sintomas ou alterações significativas na capacidade de enxergar, essa doença se tornou a principal causa de cegueira adquirida no Brasil, e uma das principais causas de incapacidade para o trabalho. A retinopatia diabética afeta os pequenos vasos da retina, região do olho responsável por formar as imagens enviadas para o cérebro. Quando o diabetes não está controlado, a hiperglicemia desencadeia várias alterações no organismo que, entre outros danos, levam à disfunção dos vasos da retina. Os sintomas dependem do estágio da disfunção. Inicialmente, quando ainda não há sintomas, apenas o exame com a pupila dilatada pode identificar as pequenas alterações no fundo do olho. Quanto mais cedo forem identificadas e tratadas estas alterações, maiores as chances do paciente preservar a visão. De acordo com o tempo e com o descontrole da diabetes, os sintomas aumentam e se intensificam, podendo levar o paciente à cegueira.
Classificação Fase Inicial e não proliferativa – Microaneurismas ou pequenas áreas de dilatação dos pequenos vasos sanguíneos da retina; Fase Moderada e não proliferativa - Alguns vasos sanguíneos são bloqueados.; Fase Severa e não proliferativa - Mais vasos sanguíneos são bloqueados e várias regiões da retina param de receber sangue. Sem oxigênio suficiente, mandam sinais ao organismo para formar novos vasos para sua nutrição (neovascularização). Retinopatia Proliferativa – Fase mais avançada, onde a retina envia sinais, solicitando melhor circulação de sangue e provocando o crescimento de vasos sanguíneos defeituosos e frágeis. Prevenir é simples Segundo especialistas, o exame da pupila dilatada pode detectar se há alguma alteração no fundo do olho, antes mesmo que os sintomas apareçam. Isso pode antecipar o tratamento, controlando assim a evolução de uma possível e silenciosa retinopatia diabética. A orientação é de que pacientes com diabetes devem realizar pelo menos um exame de fundo de olho por ano e, caso apresentem alguma alteração da retinopatia diabética, são necessárias consultas mais frequentes.
DR. CLECIO TAKATA OFTALMOLOGISTA CRM/SP 116669 | RQE 55632 • • • •
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Graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP; Residência Médica em Oftalmologia pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto; Especialização em Retina Clínica e Cirúrgica pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto; Título de Especialista pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia).
Diabetes Mellitus: como controlar através da alimentação O Diabetes tipo 1 é caracterizado, quando o sistema imunológico ataca as células beta, fazendo com que pouca ou nenhuma insulina seja liberada, e isso faz com que a glicose fique no sangue ao invés de ser utilizada como energia. Ela é pouco frequente, apenas 5 a 10% das pessoas apresentam esse tipo e, geralmente, aparece na infância ou adolescência. O tratamento é através do uso de insulina e a alimentação e atividade física têm papel fundamental para controle da doença. Já o tipo 2, ocorre quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a glicemia. Esse tipo é mais frequente, cerca de 90% das pessoas possuem e atingem, principalmente, adultos. Na grande maioria dos casos, a alimentação e atividade física são capazes de controlar a doença, sem necessidade de uso de medicamentos. A American Diabetes Association (ADA) sugere que a refeição deve ser feita de maneira que o seu prato fique dividido em três partes, uma com 50% e duas com 25% cada. A metade maior (50%) do prato deve ser ocupada com vegetais, verduras e legumes. Um quarto (25 %), deve ser completo com proteína magra (peixe, frango, filé mignon, patinho, maminha, coxão mole, coxão duro, lagarto, músculo) e o outro um quarto da refeição, de carboidratos complexos (arroz integral, batata doce, inhame, mandioca, mandioquinha, quinoa). Como controlar diabetes através da alimentação: Reduzir consumo de açúcares e carboidratos refinados: uma dieta balanceada ajuda a evitar muitas complicações originadas pela doença, melhorando sua qualidade de vida e mantendo a doença sob controle, sem variações ou picos de glicemia e, consequentemente, diminuindo o uso de medicamentos, devendo evitar principalmente o consumo de: açúcar, mel, geleia, compota, marmelada, produtos de confeitaria e pas-
telaria, chocolates e guloseimas, sorvetes, fruta em calda, fruta cristalizada, frutos secos e fruta muito doce como por exemplo: banana, figo, uva e caqui, além de refrigerantes e outras bebidas açucaradas, assim como as bebidas alcoólicas. Ler rótulos dos alimentos: É importante que diabético aprenda a ler os rótulos dos produtos antes de consumir, porque o açúcar pode aparecer escondido sob a forma de glicose, maltodextrina, sacarose, mel, xarope de glicose ou frutose, frutose, maltose, extrato de malte ou açúcar invertido. Aposte nas fibras solúveis: esse tipo de fibra tem a capacidade de se misturar na água, formando uma espécie de gel. Esses géis aumentam a viscosidade dos alimentos no estômago, o que proporciona uma sensação de saciedade maior e torna mais lenta a velocidade na qual a glicose entra na corrente sanguínea, controlando assim a glicemia. Exemplo: aveia, batata doce, feijão, maçã, beterraba, cenoura, mandioca, lentilha, ervilha. Canela: Estudos comprovam que a canela ajuda no controle do diabetes, e o consumo diário de 1 colher de chá pode reduzir a taxa de glicose no sangue em até 26%. Prefira alimentos de baixo índice glicêmico: Os alimentos de baixo índice glicêmico são aqueles que não alteram muito os níveis de glicose no sangue e, por isso, são os mais indicados para os diabéticos.
Reduzir consumo de açúcares e carboidratos refinados: Uma dieta balanceada ajuda a evitar muitas complicações originadas pela doença, melhorando sua qualidade de vida e mantendo a doença sob controle sem variações ou picos de glicemia, e consequentemente diminuindo o uso de medicamentos.
Alimentos de baixo índice glicêmico: • Leite, iogurtes e queijos; • Cereais integrais; • Leguminosas: feijão, soja, ervilha, grão de bico; • Pão integral, macarrão integral, milho; • Frutas e verduras em geral (maçã, pera, damasco seco, cenoura crua, nozes, ameixa, cereja, abobrinha, couve-flor, tomate, espinafre, alface, repolho, brócolis).
DAIANA SOUZA MAEDA NUTRICIONISTA - CRN 32138 • Graduação em Nutrição – 2007/2010 - Centro Universitário São Camilo – São Paulo; • Pós-Graduação Lato Sensu em Nutrição Clínica Funcional - VP Consultoria Nutricional – Divisão Ensino e Pesquisa e da Universidade Cruzeiro do Sul; • Pós-Graduação Lato Sensu em Nutrição Esportiva - FAPES - Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na Área da Saúde; • Especialista em Nutrição Esportiva Avançada pela IFBB – Internacional Federation of Body Building and Fitness; • Acreditação Internacional ISAK “Anthropometrist Level One”. rsaude.com.br | Março . 2018 | Revista Saúde
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“Não coma lixo” Mude seu comportamento alimentar
DR. ANDRÉ REIS MÉDICO CRM/SP 58.677
Está cada vez mais evidente que o alimento que você escolhe interfere na sua saúde positiva ou negativamente.
As respostas fisiológicas estão diretamente ligadas com o que comemos, digerimos, absorvemos e eliminamos. Vivemos em um mundo onde o alimento está pronto em vários locais, como supermercados, lojas de conveniências, restaurantes de fast food e etc. É só pegar abrir, esquentar e pronto, COMI! Isso não é se alimentar e sim se intoxicar, porque muitos destes alimentos prontos têm conservantes, corantes e temperos, e nem sempre são adequados pela durabilidade que precisam ter para permanecerem meses e meses nas prateleiras dos supermercados. As pessoas, por falta de tempo, estão cozinhando menos em casa e comendo mais comida pronta (disk food), tanto em restaurantes de comida rápida, como também em restaurantes comuns. Já existem aplicativos com preços mais baixos e tipos variados de comida: isso se chama negócio. Sim, um mercado com interesse financeiro onde, na maioria das vezes, os produtos não atendem a qualidade mínima adequada para consumo, para que as margens e os lucros sejam interessantes muitos dos ingredientes não são os melhores. As gigantes deste mercado (... folha de São Paulo – 19/2/2018) já sentiram uma queda no consumo, pois o mundo está se informando e percebendo que o alimento de má qualidade pode ser um grande vilão, quando o assunto é saúde. A mudança de como encarar o alimento e o que trazer para dentro de casa precisa ser cada vez mais difundida. Sabemos que algumas alergias e patologias estão diretamente ligadas a alguns temperos e produtos, como os derivados de leite e glúten, onde, para terem validades maiores, são carregados de conservantes que AGRIDEM nosso organismo e nossas células. Sintomas como dores de cabeça, gastrites,
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sinusites e até mesmo falta de disposição, geralmente melhoram muito após a mudança de comportamento alimentar. Não dá mais para consumir alguns alimentos que hoje em dia fazem parte de uma rotina ruim, isso mesmo, as pessoas só têm noção e percepção que estavam com hábitos errados, após perceberem as melhoras após a exclusão de alguns alimentos. Nosso corpo sofre por não aceitar os alimentos industrializados que provocam uma revolução interna e, com o passar dos anos, alguns sintomas começam a aparecer. Comer eventualmente fora de casa e até mesmo “comida lixo” não faz mal, o que não deve ser feito é ter este mal hábito como rotina. Nós, pais, temos a obrigação de levar para dentro de nossas casas comida de verdade, de qualidade. Alimentos que precisamos cortar, lavar, descascar e até mesmo remover a terra, e não simplesmente desembrulhar comida pronta e servir para nossos filhos e a nós mesmos. Precisamos aprender a ler os rótulos dos alimentos e saber o que estamos comendo, e aí sim vamos perceber quanto lixo colocamos em nosso corpo. Ainda dá tempo de mudar o seu comportamento alimentar e da sua família e só depende de um ingrediente – vontade. Como costumo dizer aos meus pacientes que vários são os benefícios deste novo corpotamento alimentar e, ainda, de brinde eles ficarão felizes com o novo corpo na parte estética também. Foi com base em várias informações e estudos, e até mesmo do próprio comportamento humano, que desenvolvi o método performance com saúde, que visa o bem-estar, vida saudável e feliz, com muita energia para envelhecer com dignidade.
Tenho asma. Posso fazer exercícios? A asma é uma doença crônica das vias respiratórias que acomete quase 20 milhões de pessoas no Brasil, incluindo crianças e adultos e é uma das principais causas de internações e óbitos dentre as doenças respiratórias. É também uma das principais doenças que geram custos aos sistemas de saúde.
DR. LUIS RENATO ALVES PNEUMOLOGISTA CRM/SP 122.744 | RQE 35330 • Doutor pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP; • Especialista em Pneumologia pela SBPT; • Membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
A asma, também chamada de bronquite asmática, causa uma inflamação nos brônquios principais, ocasionando uma limitação ao fluxo de ar dentro dos pulmões, gerando sintomas de falta de ar, tosse e chiado no peito. Uma outra característica da asma é a hiper-reatividade brônquica, que faz com que, em contato com fatores desencadeantes ambientais, tais como fumaça, cheiros fortes, poeira e inalação de poluentes, haja uma contração da musculatura que envolve os brônquios, o que leva a um fechamento ainda maior do fluxo de ar dentro dos pulmões, ocasionando crises de falta de ar e chiado, que podem levar à insuficiência respiratória. Embora a asma seja uma doença crônica, o que significa que não existe cura, é uma doença tratável e, caso o paciente siga um tratamento regular com o afastamento de fatores ambientais que possam piorar a doença e o uso regular de medicações, pode ter uma qualidade de vida absolutamente normal, sem nenhuma limitação causada pela mesma. Em tempos passados, os pacientes asmáticos eram considerados li-
mitados do ponto de vista físico, não podiam fazer atividades físicas, especialmente aeróbicas, como corrida e caminhadas e tinham enormes restrições de outras atividades, o que interferia muito na qualidade de vida dos portadores dessa doença. Nos dias de hoje, porém, com um programa de tratamento regular, que envolve limpeza ambiental, evitando exposições excessivas a poeiras domésticas, áreas de mofo, fumaças e uso de medicações como os broncodilatadores e corticosteroides por via inalatória, feitas de maneira regular, os pacientes apresentam melhora e quase sempre remissão completa dos sintomas respiratórios e, assim, não devem apresentar nenhuma limitação à realização de qualquer atividade. Podem praticar atividade física, o que por sinal é bem recomendado e, dessa forma, ter uma qualidade de vida normal, sem limitações. É importante salientar, no entanto, que o tratamento deve ser contínuo e regular, sem interrupções, e sempre supervisionado por um médico pneumologista. rsaude.com.br | Março . 2018 | Revista Saúde
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Odontologia do Esporte: uma aliada na melhora do desempenho de esportistas! Especialidade Odontológica voltada para o cuidado com atletas, sejam eles amadores ou profissionais, focada na periodização de tratamento e prevenção de lesões DR. DANILO HENRIQUE LATTARO CIRURGIÃO DENTISTA CRO/SP 86074 • Graduado pela Faculdade de Odontologia da USP - Ribeirão Preto/SP; • Especialista em Periodontia pela Faculdade de Odontologia da USP Ribeirão Preto/SP; • Pós-Graduado em Odontologia Estética e Implantodontia pela USP Ribeirão Preto/SP; • Membro da Associação Odontológica de Ribeirão Preto/SP.
16 3625
4543
Av. Maurilio Biagi, 800 - Sala 409 Edifício Spasse Office Ribeirão Preto/SP danilohl@yahoo.com.br @dhlodonto @dr.danilolattaroodontologia Dr Danilo Lattaro Odontologia
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A Odontologia do esporte visa melhorar o rendimento dos atletas, promovendo a saúde bucal e prevenindo possíveis lesões decorrentes de atividades esportivas. O atleta, por exigir mais do seu físico em relação às demais pessoas, necessita estar sempre atento à sua saúde, e a saúde bucal não pode ficar fora deste contexto. Constatou-se que o rendimento de um atleta pode ser reduzido se ele tiver algum distúrbio na sua saúde bucal. Deste modo, visando uma melhoria no desempenho do atleta, faz-se necessário um exame odontológico minucioso, a fim de promover o tratamento de eventuais doenças ou mesmo atuar de forma preventiva. É preciso planejar bem o tratamento do atleta, pois cuidados diferenciados devem ser tomados. Por exemplo: - O consumo excessivo de bebidas isotônicas que, por serem extremamente ácidas, contribuem para que o esmalte dentário seja afetado; - restaurações metálicas não são indicadas, por serem muito duras e resistentes, podendo inclusive, levar à fratura de dentes devido ao impacto sofrido durante a prática esportiva; - ter cuida-
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do no uso de medicamentos para não interferir no exame antidoping; - uso de protetores bucais para evitar fraturas dentárias, dentre outros. Alterações bucais também podem levar à redução do desempenho do atleta, tais como: má oclusão, respiração bucal, perdas dentárias, desordens na ATM (articulação têmporomandibular), problemas nos canais, alterações gengivais/periodontais, cárie dentária, raízes residuais, etc. Podem levar também ao aumento do risco de lesões e dificuldade na sua recuperação, bem como diminuição da capacidade aeróbica, não aproveitamento do alimento ingerido (comprometimento da mastigação e consequente digestão), dores de cabeça, zumbidos, estafa e fadiga precoce. Sendo assim, é cada vez mais definitiva a inserção da Odontologia no cenário esportivo, sendo de extrema importância para promoção de saúde bucal e saúde geral (sistêmica) de atletas, amadores ou profissionais e, nesse contexto, o cirurgião-dentista é um profissional que deve sempre integrar a esquipe de saúde envolvida com os esportistas. crosp.org.br/odontologiadesportiva.com.br
Tratamento das varizes: laser ou espuma? As varizes são veias dilatadas e tortuosas nos membros inferiores, podendo ocasionar dor, inchaço e desconforto.
As varizes são veias dilatadas e tortuosas nos membros inferiores, podendo ocasionar dor, inchaço e desconforto. Hoje, reconhece-se cada vez mais, a importância da veia safena no surgimento das varizes, porém não é o único fator causal. Atualmente, na vanguarda do tratamento dessa doença, está a retirada da safena a laser. Técnica que exige conhecimento e experiência do cirurgião vascular, permitindo um retorno precoce às atividades diárias, com baixa agressividade cirúrgica. Outra técnica que também vem sendo utilizada com ótimos resultados, é a espuma. Pode ser realizada em consultório, por sessões, sem anestesia cortes e repouso mínimo.
DR. MAURÍCIO CICILLINI CIRURGIÃO VASCULAR E ENDOVASCULAR CRM/SP 86093 | RQE: 54547
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Um pouco mais sobre lentes de contato
DR. MARCELO CARAM R. FERNANDES OFTALMOLOGISTA CRM/SP 144404 | RQE 49090 • Membro da Sociedade Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa; • Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia; • Médico Assistente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
As lentes de contato são cada vez mais comuns no nosso cotidiano, a cada dia surgem novas opções que proporcionam melhor qualidade visual e se adaptam a casos nos quais antes não era possível sua utilização. A maior parte das lentes utilizadas são as lentes gelatinosas, que se moldam ao olho do paciente e promovem grande conforto. São utilizadas para correção da refração, como alternativa aos óculos, e possuem diferentes modelos. Conseguem corrigir diferentes tipos de grau, tanto miopia, hipermetropia quanto astigmatismo. Elas podem ainda ter duração variável, podendo ser diárias, mensais ou anuais. Existe ainda a possibilidade de aplicação dessas lentes de contato para correção da presbiopia, a famosa vista cansada que se manifesta como a dificuldade para a visão de perto. Isso pode ser feito com lentes de contato multifocais ou utilizar lente para visão de longe em um olho e de perto em outro, a chamada monovisão. No entanto, existem muitos pacientes que não são candidatos a esse tipo de lentes, seja porque não se adaptam ao seu uso ou porque elas não são capazes de corrigir sua visão. Para esses casos, existem lentes de contato especiais, chamadas Lentes de Contato Rígidas Gás Permeável (LCRGP). Essas lentes, inicialmente, são um pouco menos confortáveis, mas são capazes de corrigir distorções maiores que alguns pa44
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cientes podem apresentar na visão, ou refrações com graus mais elevados. Para casos ainda mais extremos, existem lentes chamadas Esclerais e Semi-Esclerais. Elas são lentes maiores, que envolvem toda a córnea do paciente e possuem excelente conforto. São capazes de retardar ou até evitar que seja necessário Transplante de Córnea em alguns pacientes. Seja qual for o modelo escolhido ou regime de uso, é fundamental que as lentes sejam usadas da maneira correta. Não se deve utilizá-las além do tempo para o qual são desenvolvidas e sempre se utilizar soluções adequadas para sua limpeza. Deve-se sempre manuseá-las após higienização adequada das mãos manutenção e dos estojos das lentes. Mais além, deve-se evitar seu uso em atividades em que entrem em contato com água, devido ao risco de contaminação, e não se deve dormir com as lentes, exceção feita as lentes de Ortoceratologia que são utilizadas durante o sono e retiradas após. Sendo assim, é fundamental que a prescrição e acompanhamento do uso das lentes seja feito por um médico Oftalmologista capacitado, imprescindível para escolha do modelo mais adequado, orientação, correção de eventuais falhas e tratamento de eventuais complicações que possam surgir. Caso não seja feito dessa forma, pode-se ter complicações graves como úlceras e colocar em risco a visão do paciente.
Dor Lombar (Lombalgia) A dor lombar ou lombalgia é o segundo maior motivo de visita ao médico, só perdendo para o resfriado comum. Até os 20 anos, 50% da população vai ter apresentado lombalgia e aos 60 anos, cerca de 80%.
As causas mais comuns de lombalgia são desconhecidas e, nestes casos, são denominadas de lombalgia mecânica, inespecífica ou postural. E, felizmente, na grande maioria das vezes, os sintomas melhoram espontaneamente. O exame identificou hérnia de disco, vou ter dores para o resto da vida? A Ressonância Nuclear Magnética (RNM) é excelente para a avaliação da coluna, no entanto, estes exames têm sido solicitados em demasia para um problema em que a avaliação clínica é muito mais importante para o diagnóstico e tratamento corretos. Vale ressaltar que é quase impossível em uma ressonância de coluna lombar de adulto, não haver alguma alteração degenerativa, ou seja, por desgaste, como protrusão de disco, artroses ou osteófitos (“bico de papagaio”). E, ainda, 25% das pessoas que não sentem nada, têm hérnia de disco na ressonância. Portanto, se você tem uma hérnia de disco, saiba que não está sozinho na população e que em 90% dos casos, o tratamento é clínico e, se for bem realizado, não haverá necessidade de cirurgia ou outro procedimento invasivo. Qual exame devo fazer, então, para descobrir qual o meu problema? Acredite ou não, apesar da tecnologia atual, a história e o exame físico realizados pelo especialista continuam sendo o alicerce para o correto diagnóstico e tratamento adequado e, geralmente, são mais que suficientes.
Como prevenir a lombalgia? O principal objetivo é o fortalecimento da musculatura responsável pela sustentação do corpo: musculatura abdominal, dorsal e estabilizadora da coluna. Portanto, o combate ao sedentarismo é uma das principais medidas a ser tomada entre os novos hábitos (estilo de vida), que compreendem tam-
bém a manutenção de peso corporal ideal, abandono do tabagismo, melhora da autoestima, satisfação pessoal e profissional. As atividades físicas devem envolver, além do fortalecimento da musculatura, atividades aeróbicas, alongamentos e reeducação postural. Atividades que envolvem várias modalides de exercícios, incluindo o relaxamento da musculatura através de exercícios respiratórios são também bastante úteis e bem aceitos pelos pacientes. Faz parte da prevenção, a informação do paciente quanto à melhor forma de agir quando a dor aparecer. O repouso total na cama não deve ser superior a 2 dias, e a melhor forma de combater a dor é a associação de medidas locais, repouso relativo, cuidados com a postura e carregamento de peso, medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Não hesite em procurar o especialista para receber a melhor combinação de medicamentos! E lembre de não carregar o mundo nas costas!
DR. ANDRÉ CARLOS SIQUEIRA CRM/SP 79788 - RQE 38844 ORTOPEDIA/ TRAUMATOLOGIA • Cirurgia da Coluna Vertebral; • Doenças da Coluna Vertebral; • Membro Titular Sociedade Brasileira Ortopedia e Traumatologia - SBOT; • Membro Titular Sociedade Brasileira de Coluna - SBC.
O que é importante contar ao meu médico? Essa pergunta é muito importante e facilita muito o diagnóstico quando o paciente consegue se lembrar de todos os itens abaixo!
• Quando começou a dor? • Qual a duração dos sintomas? • O que aconteceu no momento de início? Algum trauma, acidente, levantando peso, dirigindo? • Qual é a hora do dia em que a dor é pior? • Quando que a dor melhora? Em repouso? Em atividade? Adotando alguma posição? • Quando a dor piora? Com estresse, alguma posição, alguma atividade? • Existe algum sintoma associado como perda de força, dormência ou formigamento das pernas, febre? • Há alguma doença associada? Há história de câncer? Há disfunção da bexiga ou do intestino? • Está vivenciando alguma situação de estresse, depressão ou problema sócioeconômico?
DR. DENER RODRIGUES DE ABREU CRM/SP 114422 - RQE 37026 ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA • Cirurgia da Coluna Vertebral; • Doenças da Coluna Vertebral; • Membro Titular Sociedade Brasileira Ortopedia e Traumatologia - SBOT; • Membro Titular Sociedade Brasileira de Coluna - SBC.
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Prótese de Mama: quanto maior, melhor? Muitas mulheres que colocaram implantes mamários de grande volume parecem estar voltando atrás, diminuindo suas próteses ou deixando as mamas em um padrão mais natural.
DR. JOÃO LUÍS GIL JORGE CIRURGIÃO PLÁSTICO CRM/SP: 134.182 | RQE: 53.134 • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; • Graduação, Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP; • Especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital Pérola Byington – SP; • Título de Especialista pela SBCP.
No mundo todo, a cirurgia de colocação de próteses de mama é muito popular há décadas; afinal, muitas mulheres desejam aumentar suas mamas com próteses de silicone. Há pouco tempo, o senso comum dizia que quanto maior, melhor, com celebridades exibindo suas curvas impressionantes e seus decotes ousados e avantajados. No entanto, os tempos são outros e o senso de beleza está começando a mudar. A mamoplastia de aumento continua popular, talvez até mais do que antes, mas as mulheres parecem perceber que mamas muito grandes podem ser um peso para elas. As tiras do sutiã podem machucar o ombro e deixar marcas indesejáveis, além de causar desconforto. As roupas podem parecer pequenas e muitas vezes causar um estigma de gorda em mulheres com mamas muito grandes. Isso sem falar na hora de fazer exercícios: uma caminhada na esteira pode ser bem desagradável. Muitas mulheres que colocaram implantes mamários de grande volume parecem estar voltando atrás, diminuindo suas próteses ou deixando as mamas em um padrão mais natural. Victoria Beckham, Katie Price e Emília Clarke são bons exemplos. A atriz Tamra Barney estava se sentindo incomodada com os seus seios grandes. Ela, que tinha próteses de silicone, removeu-as em 2012 e justificou: “Peitos grandes fazem você parecer muito mais pesada quando é muito baixinha”. Os problemas com o peso das próteses podem influenciar esta situação, mas a evolução
cultural também tem papel importante. Hoje, aceitamos como bonitos outros padrões de tamanho e formatos de mamas. Atualmente, a beleza se baseia mais em um corpo harmônico e silhuetas femininas simples, algo mais alcançável a todas as mulheres. Para que os seios sejam bonitos, não necessitam ser grandes. Os extremos não são atraentes, ser saudável é o ideal e ter um corpo proporcional é essencial! Com essa mudança do exagerado para o realista, liderada por celebridades, muitas mulheres devem estar querendo reduzir o tamanho das suas mamas. Há, abaixo, algumas informações sobre redução de mamas: • Seu cirurgião irá precisar de detalhes sobre sua primeira cirurgia das mamas; • A vantagem de trocar um implante maior por um menor é que o cirurgião poderá usar o mesmo ponto de incisão para substituir o maior pelo menor; • Trocar sua prótese por uma menor pode exigir suturas para reduzir cirurgicamente o tamanho da bolsa para que o implante se encaixe corretamente; • Um “lifting” de mama (levantamento das mamas) pode ser realizado durante o procedimento para ajustar a pele ao novo tamanho da mama. Converse sempre com um cirurgião plástico especialista e certificado pela SBCP e tire as suas dúvidas sobre o volume de suas mamas e o uso harmônico das próteses de silicone. Lembre-se: o belo é harmonioso. Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
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Tonturas: diagnóstico e tratamento Tontura é um sintoma definido como a perda do equilíbrio corporal. As tonturas estão entre os sintomas mais frequentes em todo o mundo e são de origem labiríntica, na maior parte dos casos, porém podem ser de origem visual, neurológica ou psíquica.
DRA. DANIELLE BARBOSA RUIZ DE ABREU CRM/SP 106028 RQE 24134 • Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Itajubá; • Otorrinolarimgologista com Título de Especialista pela Associação; • Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico Facial.(ABORLCCF); • Membro Titular da ABORL-CCF.
Existem vários tipos de tontura: rotatória (vertigem), não rotatória, sensação de flutuação, sensação de cabeça vazia e oscilopsia (dificuldade em focar objetos). O termo labirintite é utilizado na forma popular, mas de forma errônea, para designar todas as doenças do labirinto. A labirintite ocorre quando há inflamação ou infecção do labirinto sendo uma doença muito grave. As labirintopatias (termo correto) ocorrem devido a um erro no funcionamento do labirinto e causa, geralmente, tontura rotatória (vertigem). Há várias doenças que podem causar as labirintopatias e o tratamento é realizado conforme o diagnóstico estabelecido. A manutenção do equilíbrio corporal é uma função extremamente complexa e envolve diversos órgãos e sistemas. Muitos pacientes, com tontura, também podem referir outros sintomas, como: ruídos no ouvido ou na cabeça (zumbido, tinitus), diminuição da audição (hipoacusia), pressão nos ouvidos, dificuldade para entender, desconforto a sons mais intensos, perda de memória, dificuldade de concentração, fadiga física e mental. Isto ocorre, pois o sistema labiríntico está diretamente conectado à audição e ao sistema nervoso central.
Existem diversas causas de tonturas que podem ser de origem periférica, central ou sistêmicas. A maioria delas está relacionada aos problemas da orelha e labirinto (vertigem posicional paroxística benigna, neurite vestibular, pós trauma, doença de Méniere, toxidade por medicamentos ). As doenças neurológicas (centrais) como tumores, enxaqueca e epilepsia também são causas de tonturas. Outras causas recorrentes são as tonturas causadas por distúrbios metabólicos ,cardiovascular e psíquicos (hipertensão arterial,diabetes,alteração no colesterol , hormônios tireoideanos, estresse e depressão). O diagnóstico é feito por meio de uma história clínica, exame físico e exames complementares. Na avaliação otorrinolaringológica, além dos exames laboratorias, é realizada uma investigação otoneurológica que consiste de audiometria, impedanciometria, eletronistagmografia e potenciais auditivos do tronco encefálico (BERA). Exames de imagens, como tomografia computadorizada e ressonância magnética também pode ser solicitados. O tratamento das labirintites costuma ser multidisciplinar e vai desde o uso de medicações até mudanças nos hábitos de vida, reabilitação e suporte psicológico. Geralmente apresenta boa resolução. rsaude.com.br | Março . 2018 | Revista Saúde
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#social |
Revista Saúde Março . 2018 Ribeirão Preto . SP
REUNIÃO DO PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA EM CIRURGIA PLÁSTICA DE RIBEIRÃO PRETO No dia 01/02, foi realizada mais uma reunião do Programa de Atualização Científica em Cirurgia Plástica de Ribeirão Preto, no Hotel Wyndham, com a ilustre presença do Professor e Dr. André Auersvald.
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Revista Saúde | Março . 2018 | rsaude.com.br
Direito e Medicina:
ciências que se inter-relacionam O advogado Stefano Cocenza aproveitou para ministrar uma palestra sobre o tema Erro Médico x Erro Escusável durante o curso em Portugal.
No Brasil, é cada vez mais crescente a
Dentre os temas de interesses que en-
busca do judiciário para a resolução dos
volvem a relação médico-paciente, Stefano
problemas cotidianos, principalmente na
Cocenza citou dois assuntos como sendo
área da Saúde. De acordo com levantamen-
mais relevantes para os profissionais da
to da Sociedade de Direito Médico e Bioé-
saúde: o consentimento informado e a res-
tica (Anadem) aproximadamente 12 ações
ponsabilidade civil médica.
diárias são distribuídas no Tribunal de Justiça de São Paulo - totalizando cerca de 4.500 ações por ano - versando sobre erro médico. O advogado Stefano Cocenza fez um Curso de Especialização em Direito da Medicina na Universidade de Coimbra, em Portugal a fim de ampliar o conhecimento na área de direito médico.
No que se refere ao consentimento informado, sua importância decorre do fato de que nem sempre o resultado indesejado de um procedimento médico ou odontológico decorre de erro do profissional, podendo estar ligado à falta de observação do paciente das prescrições indicadas pelo
O curso visou os debates sobre o direito
profissional no termo de consentimento in-
médico português e sua comparação com o
formado, como não levantar peso durante
direito médico brasileiro. Com a experiên-
um determinado período sob risco de rom-
cia, o advogado analisou e confrontou as
per um ponto.
diferenças legais e jurisprudenciais entre
Com relação à responsabilidade civil
os países. No decorrer do curso, foi aborda-
médica, foi abordada a diferença de nossas
da ampla variedade de assunto, tais como:
legislações, comparando a responsabilida-
a responsabilidade civil e penal; o con-
de civil objetiva e subjetiva, com o intuito
sentimento informado; capacidade para
de explorar a forma de responsabilização
consentir e menores e adultos incapazes;
do profissional da saúde.
reprodução assistida; o segredo médico; proteção de dados pessoais; experimentação com seres humanos e outros animais; a lei de saúde mental; segurança do produto farmacêutico; neuroética e neurodireito – inteligência artificial, roboética e direito;
Ao contrário do que muitos imaginam, Direito e Medicina são ciências que se inter-relacionam de maneira muito recorrente. Os advogados não precisam saber diagnosticar doenças, assim como os médicos não devem
proteção jurídica do cadáver, transplante
se preocupar sobre qual o tipo de recurso a
de órgãos, tecidos e células, utilização do
ser utilizado em determinada ação proces-
cadáver para fins de ensino e investigação;
sual. O atual cenário exige um vasto conheci-
o medicamento e a propriedade industrial;
mento, que contempla a legislação e recursos
aspetos jurídicos da telemedicina, e-health
cabíveis do direito e as normas que envolvem
e m-health.
o exercício da medicina.
DR. STEFANO COCENZA OAB/SP 306.967
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