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O mundo digital afetando o mundo real

A tecnologia surgiu com o objetivo de facilitar a integração da comunicação, trazendo consigo informação, conhecimento, aproximando pessoas, sendo também fonte de entretenimento e de lazer.

Mesmo a tecnologia advinda do intuito de ajudar, como tudo que é usado sem equilíbrio e sabedoria, com o tempo reverberou efeitos negativos na vida das pessoas. Esses efeitos podem ser sentidos nas esferas fisiológica, social e psicológica.

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Há estudos que comprovam relação clara entre os dispositivos eletrônicos e as alterações no ciclo do sono, afetando o ritmo circadiano. O ritmo circadiano se baliza através da luz que chega à retina. Quando em exposição à luz, principalmente a luz azul emitida pelos eletrônicos, o organismo se mantém ativo. No escuro, com o funcionamento mais ameno, a melatonina é liberada na corrente sanguínea, avisando o corpo que é hora de dormir, relaxar, se recuperar.

Manter o telefone celular, tv, notebook ao lado da cama impede a redução da atividade neuronal, deixando a pessoa em estado de alerta. Isso ocorre mesmo com o telefone desligado, pela possibilidade de alguém ligar, do relógio não despertar, causando tensão subjetiva e impedindo de relaxar. Sem entrar em profundidade, o uso exacerbado dos smarttfones pode trazer problemas auditivos, posturais, dores musculares e articulares em função dos movimentos repetitivos.

Socialmente, o ser humano que não consegue gerenciar o acesso à tecnologia se priva do contato direto com o outro, perdendo o contato físico e a prática de lidar com adversidades, frustrações, o que os torna mais inseguros no trato social. Acabam por limitar sua “fortaleza” por trás das telas. O contato é de extrema importância para a formação do Eu, para o reconhecimento do Ser e para gerar intimidade. Sem o social as pessoas passam a desenvolver relacionamentos mais líquidos e superficiais. Psicologicamente, a onda de felicidade e perfeição exposta nas postagens acarreta problemas como a baixa autoestima e até depressão. A grama do vizinho é sempre mais verde, mesmo ela sendo artificial. Existe também o problema da dependência que abarca tanto jogos eletrônicos, likes, mensagens e toda a espiral ansiosa que a abstinência de uma droga traz. Em busca do reconhecimento, de curtidas, há pessoas que fazem uma exposição exagerada das suas vidas nas redes sociais. Há também aquelas que acreditam incredulamente na intimidade virtual e acabam com suas fotos íntimas viralizadas e traumas para serem mitigados.

A má administração da tecnologia escraviza, afeta a saúde em vários âmbitos, além de sinalizar dificuldades como de internalizar limites, regras e controle do impulso.

A vida não acontece na tela dos aparelhos digitais. Quando se gasta muito tempo com a vida digital perde-se o mundo real. É preciso repensar a relação com as tecnologias, aplicando estratégias que permitam o uso assertivo e consciente.

Se você acredita que não consiga fazer isso sozinho, procure a ajuda de um psicólogo, que irá te ajudar a ter mais controle e qualidade de vida.

SHEILA MARQUARDT

Psicóloga - CRP/SC 12/11480

(48) 99941-0045 Rua Antônio de Lucca, 100 , sala 306 | Instituto Médico São Lucas - Centro - Criciúma/SC sheilamarquardt@engeplus.com.br @psicosheilamarquardt

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