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A MÁ ALIMENTAÇÃO NAS ESTAÇÕES DE SP

Hambúrgueres, cachorros-quentes, salgados, refrigerantes, bolachas e balas. De forma geral, essas são as opções disponíveis para quem se alimenta no metrô por GUILHERME GAMA fotos VICTOR MATIOLI

Énecessário que se tenha um olhar da saúde pública sobre esses espaços para que seja possível a implementação de políticas de promoção da alimentação saudável”, diz pesquisadora Jessica Vaz Franco. Nas estações do Metrô em São Paulo, por onde passam 5 milhões de pessoas por dia, é comum encontrar serviços de alimentação para os passageiros, que veem no trajeto ao trabalho ou à faculdade a oportunidade de se alimentar. Um estudo da Faculdade de Saúde Pública (fsp) da usp analisou 66 pontos comerciais em 19 estações do Metrô para entender como esse ambiente alimentar pode interferir na alimentação e, portanto, na saúde da população.

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Os dados apontam que a grande disponibilidade e o baixo custo dos alimentos e bebidas ultraprocessados (de alta caloria e baixo valor nutricional), em comparação com alimentos in natura ou minimamente processados, podem limitar a autonomia dos usuários do transporte que buscam escolhas saudáveis, o que diverge com a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional (san), preconizada pela Constituição.

“Para mudar esse cenário, é necessário que se tenha um olhar da saúde pública sob esses espaços para que seja possível a implementação de políticas públicas que auxiliem na promoção da alimentação saudável”, afirma ao Jornal da usp a nutricionista Jessica Vaz Franco, doutoranda pela fsp e uma das autoras do estudo.

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