Sermais edicao 49

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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 3 | Nº 49 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Redator: Carlos Dias Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide Santos Projeto Gráfico: Henrique Melo Direção de Arte: Estúdio Mulata (www.estudiomulata.com.br) Relacionamento com o cliente: Claudia Pires Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Rua Antônio Augusto Covello, 472 São Paulo - CEP 01550-060 redacao@revistasermais.com.br Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e e-mail. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da AAPSA (Associação Paulista de Recursos Humanos e Gestores de Pessoas). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox

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Editorial Inteligência emocional na formação educacional para o sucesso! Erros que sabotam a efetividade do seu networking Ampliando horizontes: a mulher executiva internacional, como alcançar o sucesso Colaboração gerando eficiência Up 2 date Comportem-se! Cidadão 21 Moda, Beleza e Estilo 2.0 “Simpatia” Neurolinguística para realizar uma grande conquista em 2014! Como o coaching financeiro poderá ajudá-lo na realização de seus propósitos? MANUAL DO SUCESSO O perfil empreendedor e o poder da intuição! Líder ou liderado, qual é o seu papel? Ambiente de trabalho multicultural pode melhorar o desempenho das empresas O vendedor é quem deve ser fiel! Trabalhar no exterior é um diferencial no currículo Fun Learning O “Shift” nos processos de Coaching Você está preparado para ser um líder do século XXI? No alvo Vitrine de sucessos Gaudencio responde +Expressão – Emoções que tocam os ouvintes Sigam-nos no twitter:

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Especialistas nesta edição Adriana Albuquerque

Álvaro de Carvalho Neto

4 editorasermais.com.br Leticia Belia

Leila Navarro

Rodrigues

André Percia

Lisbeth Paulinelli

Cersi Machado

Elcio Assis

Marcelo Ortega

Maria Helena Magalhães

Gutemberg Leite

Marcos Mazullo

Heloísa Capelas

Paulo Gaudencio

Jefferson Schimenes

Silvana Mello

Joana D’Arc Santos Oliveira

Reinaldo Polito

Valtermario Rodrigues

Vera Cecilia Motta Pereira


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Como espantar o estresse em situações de crise no trabalho 22

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Hoje em dia é melhor influenciar do que mandar no trabalho

Transforme seus sonhos em resultados sensacionais!

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CAPA Endomarketing

Jogo Rápido Solange Frazão

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Cuidado com a ansiedade

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EDITORIAL

Caro leitor, Bem-vindo, mais uma vez, ao nosso bate-papo mensal. Como você está? Espero que esteja bem e preparado para falarmos um pouco sobre algo muito importante, exatamente a sua satisfação e engajamento no trabalho. É, em tempos de grande concorrência no mercado, mas também de oportunidades diversas, as empresas estão olhando mais para o seu principal ativo, as pessoas. Nesta edição, você encontrará uma matéria de capa sobre Endomarketing, que nada mais é do que eu acabei de comentar, um conjunto de ações das empresas para lidar melhor com o seu público interno. Afinal, cliente não é só que adquire produtos e serviços, certo? Os cuidados com os funcionários refletem diretamente nos resultados das empresas, então, nada mais justo do que dar a devida atenção e reconhecimento a cada um deles. Além desse texto que foi preparado pelo nosso redator Carlos Dias, você ainda poderá ler uma entrevista com Solange Frazão sobre sua carreira, em que conta como uma mulher é capaz, sem perder o equilíbrio, conciliar as diversas atividades do dia a dia com o trabalho. Nessa mesma linha, gostaria de indicar a leitura do artigo “Como espantar o estresse em situações de crise no trabalho”, sei que poderá colaborar muito a sua qualidade de vida, pois traz dicas para aplicar na sua rotina. No mais, quero deixá-lo à vontade, pois a edição está quentinha e com muitos assuntos que, com toda certeza, são do seu interesse. Boa leitura!

Julyana Rosa Diretora executiva Editora Ser Mais

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ARTIGO MARCOS MAZULLO

Inteligência Emocional na

formação educacional

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para o sucesso!

stamos vivendo hoje em um cenário de profunda transformação na educação do país. Fala-se muito em uma nova forma de ensinar e aprender, ainda assim, ao meu ver, temos um longo caminho a percorrer, principalmente no que diz respeito ao que estamos ensinando aos alunos. Hoje, existem muitos dispositivos para medir o nível de conhecimento do aluno e sua capacidade intelectual bem como a qualidade das instituições de ensino. Porém preparar um aluno para ser um excelente téc-

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nico não vai garantir que ele venha a se tornar um profissional de sucesso. E o que falta para que isso aconteça? Você que está lendo esse artigo, deve conhecer, ou pelo menos já ouviu falar de alguém que ao fazer algo, faz com absoluto sucesso e de uma forma natural e não importa a área. Mas também creio que você conheça pessoas que tenham os resultados inversos e tudo que se propõem a fazer, dá errado. Qual é a diferença da primeira pessoa para a segunda? Faço essa pergunta em quase todas as minhas palestras ou treinamentos e as respostas são as mais variadas, sendo que

existe uma que é a mais respondida: VONTADE! Se você também respondeu como a maioria, saiba que só a vontade não é suficiente. Pois mesmo as pessoas que fracassam possuem vontade e algumas se empenham muito, entretanto, não conseguem produzir resultados positivos. O que existe de fato nelas é uma programação mental feita na fase infantil delas por adultos que exercia poder pessoal e que de alguma forma, os programou ou para ter sucesso ou fracasso. Essa programação se deu seguindo um caminho lógico e racional, porém utilizando a forma mais potente de


Marcos Mazullo Escritor, conferencista, psicoterapeuta, coach e membro da Sociedade Brasileira de Neurociência com experiência em desenvolvimento de Lideres em todo o país. Escritor do livro Manual das Múltiplas Inteligências pela Editora Ser Mais. mazullo@universodl.com.br

para controlar as emoções? E esse é um grande mito! Pois não podemos controlar as emoções e sim utiliza-las de forma adequada. Para isso, se faz necessário conhecer qual a função de cada emoção básica e treinar a utilização dessas funções. Você já parou para pensar que possui um sistema nervoso altamente sofisticado e que é resultado de anos de evolução? Pois é! E acredite, com toda essa sofisticação o que acontece dentro dele tem um objetivo importante para você. As funções das emoções são diferentes, porem complementares. A alegria tem como função mantê-lo ativo e motivado e podemos dividi-la em dois tipos: as de curto e longo prazo. As de curto prazo nos dar um gás e conseguem nos impulsionar um pouco mais, nos levando a alcançar resultados imediatos, porém precisam ser usadas com muita cautela. Um bom exemplo desse tipo de alegria é uma balada que mesmo depois de estar exausto você entra animado, o cansaço é deixado de lado. Já a alegria de longo prazo são aquelas que desfruta-

mos de momentos importantes ao lado de quem amamos, capazes de nos possibilitar uma sensação duradoura de prazer toda vez que pensamos neles. A tristeza tem como função nos alertar que existe algo em nossa vida precisando melhorar, e ela vem inicialmente leve e fraca e a não observância a esse sinal pode levar a uma depressão profunda. Já o medo, nos protege e garante a nossa integridade física, porém ele pode rapidamente perder essa função de proteção e passar a nos impedir e aí se torna um “inimigo” implacável. E por fim, a raiva que é uma das emoções básicas mais poderosas, pois ela tem muita força em nosso sistema nervoso e se utilizarmos mal essa emoção, ela pode nos trazer problemas. Usar as emoções adequadamente, alinhando-as à capacidade racional e lógica vai aumentar a sua chance de ter sucesso em sua vida, seja no campo profissional ou pessoal, por isso sugiro que divida sua energia em aprender as coisas contemplando não somente o conhecimento racional, mas também o emocional.

aprendizado que é pela emoção. Opa! Por meio da emoção? Isso mesmo, pois aprendemos as coisas usando duas formas, que é a repetição e emoção. Então, voltando ao assunto do início desse artigo, o que precisamos incluir no sistema educacional para melhorar a possibilidade de sucesso dos alunos é uma educação emocional, pois aquelas pessoas que obtêm sucesso na vida são emocionalmente preparadas e utilizam todo potencial emocional para ajudar o racional e o lógico. Todos nós possuímos um conjunto de emoções que os neurocientistas consideram como básicas que são: raiva, tristeza, medo e a alegria. São consideradas básicas derivam todas as outras emoções e funcionam o tempo todo. É como se fossem as cores primárias, que quando misturadas derivam as secundárias. As emoções básicas misturadas entre elas e aliadas a um binômio chamado atração e repulsão derivam as outras emoções. Algumas pessoas me perguntam como fazer

Todos nós possuímos um conjunto de emoções que os neurocientistas consideram como básicas que são: raiva, tristeza, medo e a alegria.

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ARTIGO LISBETH PAULINELLI

ERROS QUE SABOTAM A EFETIVIDADE DO SEU NETWORKING

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omo está seu networking? Muitas pessoas pensam que expandir o número de contatos é ter uma ótima rede de relacionamentos. Isso pode até ajudar, mas não basta. Certamente implica selecionar, ter boas referências e conhecer pessoas e empresas que tenham interesses e motivos semelhantes aos seus. Assim, para se dar bem com o networking, a “grande sacada” está em saber posicionar o seu perfil adequadamente para fortalecer contatos, cativar e manter relacionamentos sustentáveis. Os erros que cometemos estão diretamente ligados aos comportamentos inadequados que praticamos, a nossa “não competência” nos relacionarmos. Afinal, como

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não sabotar a efetividade do seu networking? Eis alguns indicadores e reflexões para que o leitor reveja sua postura e não se deixe sabotar: COMUNICAÇÃO Uma boa comunicação projeta a sua imagem de forma positiva e ajuda na conquista e sustentação de relacionamentos. Como o outro entende sua mensagem? Aqueles que utilizam ferramentas de comunicação têm obtido mais efetividade no seu networking. Por exemplo: quantas vezes você já deixou de conquistar um novo cliente, iniciar um novo negócio ou teve uma proposta de trabalho não aprovada por dificuldade na sua comunicação? Dá retornos? Faz ligações e contatos presenciais? Fala e escreve bem? Como são suas apresentações em público?

Pode até demorar um pouco, para que os laços se estreitem e se estabeleça um certo grau de confiança para se iniciar um fluxo de parcerias e os resultados. PLANEJAMENTO É importante planejar e desenvolver um trabalho de gestão de networking focados na arte de cultivar relacionamentos de forma diferenciada. Obter sucesso é trabalhar duro e estar antenado ao desenvolvimento das oportunidades. Como você faz o planejamento? Planeja, por exemplo, como otimizar sua participação em um evento? Tem ido a eventos? Se apresentado a profissionais novos? Ser disponível e acessível conta ponto quando se trata da efetividade do networking. No campo pes-


soal, os mais chegados gostam de receber um telefonema, torpedo, e-mail ou uma visita. Trabalhe para fortalecer os laços e ainda para que fique explícito quem são os amigos, conhecidos, colegas de faculdade e clientes para facilitar a rede de contatos e como se dirigir a eles. FOCO EM RESULTADOS Profissionais acomodados dificilmente alcançam bons resultados. O resultado nasce quando você decide ativar e turbinar seus contatos de forma focada. Possuir foco em resultados é fazer acontecer aquilo a que nos propomos. É preciso ter a disciplina de se dedicar tempo a uma atividade que não lhe trará um retorno imediato. Você define metas para alcançar o resultado? Quais são elas? Tem investido tempo em manter contatos existentes? E selecionar novos? MARKETING PESSOAL São nossas ações que nos representam. Cuidar da imagem pessoal e ter uma postura adequada é indispensável. O marketing pessoal é a

venda de nossa imagem. Desde a maneira de sentar até a postura ao atender o telefone, o que você posta nas redes sociais, fazem seguramente a diferença. As organizações costumam dizer que antes de vender a imagem da empresa, o profissional precisa vender sua própria imagem. As indicações e pedidos de informações estão cada vez mais em alta dentro das empresas e lembre-se sempre de que você é analisado 24 horas por dia. O que as pessoas falam sobre você? O quanto isso pode ajudar ou prejudicar, pessoalmente ou profissionalmente? Não perca oportunidades de se relacionar por pura timidez. Esforce-se. Tem aquele ditado que diz “Quem não é visto não é lembrado”. Quanto mais você se distanciar das pessoas, menor é a chance delas se lembrarem de você. COOPERAÇÃO Saber fazer parceria e cooperar tem sido uma das marcas fortes da década atual e base para o sucesso dos relacionamentos e empreendimentos. Ajudar faz parte de sua rotina?

Você faz contatos para troca de benefícios? Como você tem ajudado a quem o cerca? Afinal, como sabemos, gentileza gera gentileza! Portanto, procure dar uma atenção especial à competência de se relacionar, buscando ferramentas para criação de estratégias com a finalidade de fechar mais parcerias, conquistar mais clientes, criar vínculos de solidariedade entre as pessoas como meio de agregar conhecimento e superar desafios pessoais e do negócio. Para finalizar, se sua rede de contatos for composta por pessoas ou organizações que compartilham objetivos comuns e você cuida desses contatos com competência, então seguramente seu networking terá grandes chances de eficácia e efetividade, possibilitando a aceleração de projetos, negócios e posições diferenciadas no mercado. Nossa rede de contatos deve permanecer sempre em “obras”, é uma construção que nunca acaba por todos os lados e todos os níveis. Paciência, porque o processo é um desafio contínuo.

Lisbeth Paulinelli Proprietária, diretora geral e consultora da Hydra Educação Empresarial e Eventos – Goiânia-Go. Escritora do livro Damas de Ouro pela Editora Ser Mais. lrpaulinelli@hotmail.com editorasermais.com.br 11


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ARTIGO Maria Helena MAGALHAES

AMPLIANDO HORIZONTES

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A mulher executiva internacional, como alcançar o sucesso

á alguns anos, falar sobre a mulher executiva nos levava invariavelmente a pensar em uma dupla ou tripla jornada, como profissional, mãe, esposa e dona de casa. Atualmente isso não chama mais a atenção, pois se tornou algo comum e já lidamos com essas múltiplas funções com facilidade. A mulher tem se destacado cada dia mais pela sua dedicação, preparação, intuição, capacidade e outras qualidades que fazem com que sua ascensão profissional seja indiscutível. Dentro dessa realidade e devido à igualdade dos papéis exercidos, a mulher não tem nenhum tipo de diferenciação com seus parceiros masculinos e tem que se sair muito bem nas suas negociações internacionais também. Contudo, lidar com outras culturas não é tão fácil assim, pois

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existem culturas, que sim, fazem diferenças entre homens e mulheres. No início da minha carreira internacional eu tinha muitas dúvidas, medo de falhar, de não saber desempenhar o que a empresa esperava de mim, mas optei por usar o bom senso, observar antes de agir e perguntar quando tivesse alguma dúvida. Hoje, tantos anos depois, expert em cultura e coaching intercultural trabalho o tema “Inteligência Cultural” onde ensino que para adquiri-la devemos ser observadores, pacientes, flexíveis, empáticos, comunicativos, motivadores, desligarmo-nos da nossa cultura, olhar com os olhos do outro e sairmos da nossa zona de conforto. Segundo David Livermore, a Inteligência Cultural é considerada uma habilidade e serve de bússola para nos guiar pelo mundo globalizado da liderança e incorpora a capacidade de interagirmos efetivamente por meio de cenários culturais distintos.

A mulher tem se destacado cada dia mais pela sua dedicação, preparação, intuição, capacidade e outras qualidades que fazem com que sua ascensão profissional seja indiscutível.


Existem países onde a porcentagem de profissionais femininos é pequena e quando nós ocidentais vamos para lá sentimos certo ar de surpresa por parte dos homens e dependendo do rigor da religião e cultura deles, não somos nem recebidas para a negociação. Exemplo de alguns: Arábia Saudita, Iêmen, Iraque, Afeganistão. Há alguns anos, cuidando de uma negociação com uma empresa indiana, o filho do dono veio me buscar no hotel e quando eu cheguei à recepção e me apresentei, ele olhou espantado e disse: “mas você é uma mulher!” Eu lhe disse: com certeza e desculpe-me por tê-lo desapontado. Ele ficou muito sem graça e depois no carro além de me pedir desculpas pelo ocorrido, me disse que era a primeira vez que ele estava negociando com uma mulher e que não sabia como fazer. Eu simplesmente lhe disse: aja como se eu fosse um homem. Ele sorriu e a negociação foi ótima.

Maria Helena Magalhães

Mestre em comunicação, pós graduada em Administração Geral. Coaching certificada pelo ICI. Escritora dos livros Manual de Múltiplas Inteligências e Coaching - Grandes Mestres pela Editora Ser Mais. mariahelena@dbitrade. com.br

Singapura, Hong Kong e a grande maioria em Taiwan, Tailândia e China estão abertos a negociar com mulheres, mas temos que saber como nos comportarmos. Qual a postura que devemos ter quando em contato com o outro, principalmente se ele for de uma cultura tipicamente masculina? Podemos ser assertivas, mas devemos medir o quanto isso nos ajudará. Tem horas que ser impositiva demais pode transmitir a ideia de que queremos nos impor de qualquer maneira e isso pode fazer com que não nos aceitem facilmente como parceiras de negócios. Ser suave demais pode por tudo a perder, por nos acharem imaturas. Precisamos ter percepção e equilíbrio para não errarmos. Para nos sairmos bem em nossas viagens internacionais, devemos aprender o máximo que pudermos sobre o povo com o qual vamos trabalhar ou negociar. Ler sobre a sua história, assistir filmes do país, sua formação, artes, conhecer as palavras mágicas da sua língua, tais como: bom dia, por favor, desculpe, obrigada e até logo. Quanto a presentes, evite dar relógios para os chineses, pois para eles o som da palavra relógio é o mesmo da morte, bem como pacotes com quatro unidades, pois o significado da palavra quatro também é morte.

Nunca dê presentes que cortem, tais como facas, punhais e espadas para os japoneses, pois isso remete ao harakiri, modalidade japonesa de suicídio onde eles rasgavam a barriga com um punhal. Nunca passe uma caneta com tinta vermelha para o seu parceiro chinês, pois apesar da cor vermelha ser considerada de extrema sorte, escrever em vermelho significa que você cortou essa pessoa da sua vida ou que essa pessoa morreu. Em tempos passados, os nomes dos mortos eram gravados a vermelho nos túmulos ou em placas. Hoje, os obituários chineses são tradicionalmente escritos a vermelho. Deixe sempre clara a sua posição na sua empresa. A hierarquia é muito importante na Ásia. Se for o caso, peça para o diretor da sua empresa escrever uma carta apresentando-a e dizendo a que você vai. Demonstre sua competência, estabelecendo desde o início que você tem conhecimento e desempenhará exatamente o esperado e necessário. Existe uma frase de José Paulo Paes que diz “Cultura não é aquilo que entra pelos olhos, é o que modifica o seu olhar”, ou seja, quando nos colocamos no lugar do outro e vemos o mundo deles como eles, estamos desenvolvendo a nossa Inteligência Cultural. Cultura é o que identifica um povo com a sua finalidade.”

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ARTIGO JEFFERSON SCHIMENES

Colaboração

gerando eficiência

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uito se tem falado sobre o uso da colaboração para a melhoria da eficiência e da produtividade das empresas. Ao analisar essa tendência, é possível perceber que, na prática, a teoria realmente gera resultados ainda melhores, já que leva às companhias a um momento de transformação, centrando o foco na qualidade e na melhoria dos processos. A ideia por traz de um projeto de qualidade surgiu de uma realidade muito presente na vida das empresas. “Casa de ferreiro e espeto de pau” é uma frase que expressa bem

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à realidade no âmbito de processos e softwares que são exauridos ao máximo no ambiente do cliente, mas internamente adotamos soluções caseiras, geralmente milhares de planilhas em excel, como ferramentas de controle e gestão. Pensando nisso, quis formular um projeto de qualidade que denominei abaixo de Projeto Excelência. A criação de um projeto excelência, que tem o claro objetivo de levar a companhia a um novo patamar de eficiência, pode garantir a gestão dos processos e sua atualização dentro da dinâmica de mudanças naturais dos processos da companhia. Mas voltando ao princípio, quando um projeto de excelência é idealiza-

do, necessita ter três ações iniciais: realizar o mapeamento de processos críticos para a empresa; estabelecer indicadores de desempenho para os processos mapeados; e identificar oportunidades de melhoria. O ideal é que, para cada processo mapeado de uma área, seja criado um comitê de profissionais da área responsável pelo processo, fornecedores e clientes internos da área mapeada. Cada um dos novos comitês vai analisar os processos mapeados, determinando quais são seus pontos críticos e que mudanças devem ser feitas para que eles sejam melhorados. Ao final do projeto, a expectativa é contar com uma empresa mais ágil e mais eficiente em todas estas áreas.


Mas não só isso. Além da melhoria nos processos, o projeto precisa servir como fator de estímulo à participação dos funcionários na gestão da companhia. Cada comitê deve ser formado por um profissional responsável pelo processo da área mapeada, um representante da área de cliente interno e um da área de fornecedor interno, sempre envolvidos no processo analisado para se ter uma visão ampla e real do que ocorre nela. Já os colaboradores, que se inscrevem para ser parte integrante dos comitês criados, devem ser avaliados por testes de lógica e raciocínio, além de uma avaliação do perfil comportamental. Os profissionais escolhidos passarão por um período de treinamento e receberão noções de Lean e Six Sigma, fora da empresa, para o qual demonstrarão um incrível interesse. Depois desse período, cada profissional dedicará cerca de 30% de seu tempo à análise dos processos, entendendo melhor como a empresa funciona para atuar diretamente em sua melhoria. Um fato interessante é que, quando é solicitada a participação das pessoas, há uma grande adesão, algo que os gestores das empresas não imaginam de início que poderia existir tamanho engajamen-

Jefferson Schimenes É um dos diretores da Tecnoset. A emrpesa atua no setor de Tecnologia da Informação través de suas unidades de negócios Printing Services, BPO Document Solutions e Networking & Security em empresas públicas e privadas. www.tecnoset.com.br

to. Ao final, esse processo ajudará na montagem de um grupo heterogêneo, com representantes de todas as áreas e filiais da companhia. Mesmo quando o projeto ainda está em andamento, é notória a percepção que as pessoas envolvidas passam a ter da empresa que trabalham, e como a enxergam de outra forma, o que se tornado um arsenal de boas ideias e melhorias, muitas delas poderão ser incorporadas ao plano de ação. É sempre importante estimular continuamente as pessoas a contribuírem, a corrigir percursos internos para manter conceitualmente todos os benefícios que poderão ser conquistados, e isso inclui a equipe, cada vez mais envolvida. Os resultados de fato serão medidos a médio e longo prazos, mas é possível sentir desde o começo, entre os funcionários, avaliações positivas em relação à melhoria dos processos. Não tenho dúvida de que a gestão de qualidade, em um futuro próximo, fará parte do cerne da empresa que quer se manter viva, inclusive para a conquista de uma certificação ISO que ateste o bom funcionamento da área de qualidade. Mas, pelas experiências, hoje já é possível dizer que esse tipo de projeto é um sucesso: é inegável o quanto a cultura de colaboração fará parte da cultura da empresa.

O ideal é que, para cada processo mapeado de uma área, seja criado um comitê de profissionais da área responsável pelo processo, fornecedores e clientes internos da área mapeada.

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^ SE ATUALIZAR UP 2 DATE NOVIDADES PARA VOCE

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1 - Nova Nikon D5300

Oferecendo os benefícios do desempenho SLR com a versatilidade da conectividade sem fio, o novo modelo, Nikon D5300 é compacta e leve. Acumula um sensor CMOS aperfeiçoado de 24.2 megapixels e formato DX, a conveniência do Wi-Fi e vem com GPS embutido. Os usuários poderão obter imagens e vídeos HD. US$ 800 ou R$ 1.730,00.

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2 - Smartwatch Adidas

A empresa alemã acaba de lançar um smartwatch para corredores, com GPS e rastreamento de frequência cardíaca. A chegada do dispositivo marca a entrada oficial da marca na disputa por um lugar no segmento de gadgets “wearable” (que se pode vestir). US$ 399 ou R$ 850,00

3 - Pulseira inteligente

O dispositivo Airo tem chamado atenção por seu propósito saudável. O projeto busca apoio coletivo na Internet e segundo os criadores, o gadget, quando preso ao pulso, poderá analisar a saúde do dono a partir dos batimentos cardíacos. Com isso, os usuários poderão monitorar a qualidade de sono, exercícios, nutrição e até seu nível de estresse. US$ 199 ou R$ 430,00


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4 - Nexus 5

O sucessor direto do Nexus 4 é também fabricado pela LG, traz consigo o novo Android 4.4 Kit Kat, 4G em uma poderosa tela Full HD de 5 polegadas fullHD, 8 megapixels e vem com estabilizador ótico e flash LED, além de uma funcionalidade chamada HDR+. O Nexus 5 é compatível com 3G, 4G LTE, Wi-Fi, Bluetooth 4.0 LE, A-GPS e NFC. US$ 349 - R$ 800,00

5 - PlayStation 4

O PS4 é o novo videogame da Sony. Dentre suas especificações estão: 8GB de Ram, leitor de Blu-ray mais rápido e um sensor de movimentos embutido no controle, o DualShock 4. O controle do PS4 também conta com sensor touchscreen e um botão para compartilhamento, além do PlayStation App, que permite aos jogadores transformarem smartphones e tablets em segunda tela para melhorar ainda mais a jogabilidade. R$ 4 mil.

6 - Google Glass de sol

Os óculos inteligentes do Google, ganharam mais um visual alternativo, adaptável às lentes de sol. O design mais “usual” foi projetado pelo investidor do Vale do Silício e cofundador do MySpace, Sean Percival. Apesar da empresa já ter sinalizado algumas mudanças no desenho do Glass, para encaixar em diferentes tipos de óculos, os usuários ainda esperam por esses novos modelos em breve, assim como o convencional.

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ARTIGO VALTERMARIO RODRIGUES

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Comportem-se!

convivência de pessoas com diferentes crenças, valores morais e objetivos distintos, em um mesmo ambiente empresarial, não é nada fácil. É nesse contexto onde acontecem os problemas de relacionamento, bem como os comportamentais, aliás, comportamento, foco desse artigo, é um dos principais motivos de demissão no Brasil, conforme pesquisa realizada pela Catho em 2013. A pesquisa aponta que 28% das demissões acontecem por que o profissional não obteve os resultados desejados; 14,7% eram tecnicamente incompetentes e 10,9% não se relacionavam bem com outras pessoas do grupo. De acordo com o consultor Eduardo Ferraz, “as pessoas são contratadas pelo currículo e demitidas pelas atitudes”. Com base em nessas observações; em contatos com pessoas que atuam 18 editorasermais.com.br

na área de gestão de pessoas e com pessoas do meio acadêmico, identificamos dez tipos de personagens, ou melhor, de profissionais que atuam nas empresas, com os quais, certamente, você leitor, já conviveu ou convive ao menos com um deles em seu ambiente de trabalho. 1º - O “reclamão” – “Quem não chora não mama”. Essa é a primeira lição de vida que recebemos, porém, atingir a vida adulta e continuar a todo o momento reclamando de tudo e de todos, passa a ser um problema. O reclamão questiona tudo: reclama do ar condicionado, reclama do cliente, do colega, do cafezinho, do volume de trabalho, do trânsito, enfim... tudo é motivo para reclamar e se indignar. Fuja do reclamão, pois ele torna o ambiente pesado e pode tirar o foco das metas e levar as pessoas para o foco em problemas: fala mal da empresa aos quatro cantos; para ele as empresas concorrentes

são as melhores do mercado, porém, quando aparece uma vaga de emprego no concorrente sequer cogita em trocar de emprego. 2º - O “engraçadinho” – Se acha super engraçado, mas na verdade é por demais inconveniente. Parece não ter limites; faz piadinhas de mau gosto com os colegas o tempo todo, por outro lado, geralmente se chateia quando alguém faz alguma brincadeira que o envolva. 3º - O “morde e assopra” – ao mesmo tempo em que à sua frente diz que você é a melhor pessoa para se conviver, que é seu amigo, até parece que gosta mais de você que dele próprio, na primeira oportunidade, seja com o chefe ou com os colegas, aproveita para fazer comentários maldosos a seu respeito. Esse tipo de funcionário remete a uma expressão bastante utilizada por uma colega de trabalho: “Vamos conviver com os


4º - O “fofoqueiro” - é o famoso “leva e traz”. Tenta se relacionar bem com todos os colegas com a finalidade de obter informações. Ele acredita que ninguém na empresa sabe do seu comportamento inadequado, o que não é verdade. Há uma expressão que se encaixa muito bem a esse personagem: “Segredo de três tem que matar dois”. Sua postura tem o poder de desestabilizar o ambiente. Não perde uma oportunidade para fofocar. Faz fofoca para o chefe apenas para ganhar pontos e obter vantagens; faz fofoca com os colegas de trabalho, sem nenhum fundamento, apenas por prazer. 5º - O “estressado” – Em nome do estresse sente-se no direito de maltratar os colegas de trabalho e até mesmo os clientes. Problemas de família, saúde, financeiro, etc. Não dá o direito a quem quer que seja sair “soltando os cachorros” em qualquer pessoa que atravesse seu caminho. 6º - O “faz de conta” – é especialista em marketing pessoal. Com o poder da comunicação, consegue enganar algumas pessoas, fazendo-as pensar que trabalha muito, mas na verdade é o “rei da enrolação”. 7º - O “tecnológico” – Passa boa parte do tempo defronte o computador.

Valtermario Rodrigues Administrador de Empresas com ênfase em Marketing e pós-graduado em Gestão de Empresas. Escritor do livro Ser+ Inovador em RH pela Editora Ser Mais. valtermariosr@distribuidora. com.br

É um pouco “morde e assopra” e ao mesmo tempo “fofoqueiro”, pois aproveita o tempo vago para passar emails para os colegas, fazendo fofocas e comentários maldosos. Exerce, também, o papel de “reclamão“ ao digitar e-mails enormes para o chefe a fim de reclamar sobre normas e procedimentos da empresa e fazer queixas dos próprios colegas de trabalho.

falsos por que os fiéis já se foram”.

Segundo pesquisa da Catho, 28% das demissões acontecem por que o profissional não obteve os resultados desejados; 14,7% eram tecnicamente incompetentes e 10,9% não se relacionavam bem com outras pessoas do grupo.

8º - O “traíra” – Sua postura é pouco ética. É o verdadeiro discípulo de Judas. Não se deve confiar nesse tipo de indivíduo. Tem como característica principal “puxar o saco” do chefe para obter vantagens em relação aos demais membros da equipe, mesmo que isso implique em uma traição para com o colega. Geralmente faz de tudo para que o colega faça o trabalho errado ou incompleto, para entregá-lo de bandeja ao chefe.

9º - O “espertalhão” – é pouco criativo, entretanto, muito atento em tudo que acontece a seu redor. Se alguém tem uma boa idéia ele sai na

frente e a lança como se fosse de sua autoria. Sem dúvida, a boa comunicação é característica presente em todos os profissionais de sucesso. Essa característica, também se apresenta de forma visível no espertalhão. Sua boa fluência verbal é capaz de levar as pessoas a acreditarem que ele é um profissional de alto nível. 10º - O “acomodado” – se finge de morto para não ser visitado. Preocupa-se apenas em fazer o seu “feijão com arroz”. Perguntado se sabe fazer algo especifico até se disponibiliza, mas prefere indicar outra pessoa a qual, segundo ele, exercerá a atividade com mais qualidade, por ser especialista no assunto. Segundo o Coach Homero Reis, fazer o estritamente necessário, não saindo nunca das suas atribuições de trabalho, é o terceiro motivo que mais aparece em demissões, perdendo apenas para as demissões por dificuldades em relacionamento, seguida pelo não cumprimento de metas. O “acomodado”, é o tipo de profissional contratado para determinada função que não move uma borracha, por que, segundo ele, não é sua obrigação. Conseguiu identificar algum desses dez tipos de profissionais em seu ambiente de trabalho? Em algum momento, seja de forma sutil ou inconscientemente, também assumimos o papel, por exemplo, de morde e assopra, de reclamão, de fofoqueiro..., afinal ninguém é santo. O problema é quando essa postura passa dos limites da ética e contribui sobremaneira para prejudicar o bom relacionamento com os colegas de trabalho e consequentemente interferir no alcance dos objetivos da empresa. O colega de trabalho de hoje pode ser o chefe de amanhã e, fatalmente, boas oportunidades podem ser perdidas no futuro por conta de uma postura inadequada no ambiente que atuamos hoje. É importante manter certo cuidado com nossas atitudes e comportamento, principalmente no ambiente de trabalho, portanto, comportem-se!

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ARTIGO VERA CECILIA MOTTA PEREIRA

COMO ESPANTAR O ESTRESSE EM SITUAÇÕES DE CRISE NO TRABALHO

Dizia um amigo, toda vez que alguém reclamava do trabalho, que “Trabalho é castigo divino. O bom é andar de barco em Paraty...”

A

o alinhavar no meu pensamento as várias ideias que o tema me trouxe, resolvi pesquisar o título proposto, no Google, antes de prosseguir. Resultado: surgiram 3.280.000 (três milhões, duzentos e oitenta mil) referências. Depois que realizei o meu espanto, fui analisar os itens e percebi que a maior parte compunha-se de “receitas”, fórmulas para, em alguns passos ou procedimentos, a pessoa livrar-se do mal-estar sofrido. Mas, o fato de haver tantas “receitas” (de variadas competências, como médicas, fisioterapêuticas, religiosas, espirituais, comportamentais e outras) significava também que não estamos nem perto de entendermos o que

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acontece, como acontece e quais as responsabilidades para resolvermos a questão. Pensei também que, se bastassem alguns passos para livrar-nos, não haveria necessidade de tantos milhões de sugestões. I – Significados dos termos: Espantar: causar espanto, admiração e também assustar, amedrontar, enxotar, expulsar. Estresse: pode ser definido como (a) a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem ao indivíduo (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio ambiente e (b) o desgaste físico e mental causado por esse processo. O termo estresse foi tomado em-

prestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936, pelo médico Hans Selye na revista científica Nature. O estresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de ocorrerem doenças.


Trabalho: O trabalho é um conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta. II – O sofrimento no trabalho “O sujeito pode transferir esse (seu) reconhecimento do trabalho para o registro da construção de sua identidade. E o trabalho se inscreve assim na dinâmica da autorrealização. A identidade constitui a armadura da saúde mental... E isso confere à relação com o trabalho sua dimensão propriamente dramática. Ao não contar com os benefícios do reconhecimento de seu trabalho nem poder ascender ao sentido da relação que vive com esse trabalho, o sujeito se confronta com seu sofrimento e só a ele.” – C. Dejours, especialista em medicina do trabalho e em psiquiatria e psicanalista, em texto publicado no

Vera Cecilia Motta Pereira Especialista em Psicologia Clínica e Hospitalar, e Supervisora em Psicologia, pelo Conselho Regional de Psicologia. Escritora dos livros Master Coaches, “Saúde Emocional” e “Manual de Múltiplas Inteligências”, pela Editora Ser Mais. veracp@uol.com.br

jornal argentino Página/12, 02-05-2013. Normalmente, a maioria dos que trabalham se esforça para fazer as coisas o melhor possível e coloca nisso muita energia, paixão e compromisso pessoal. O justo é que essa contribuição seja reconhecida. Quando não é, quando passa inadvertido em meio à indiferença geral ou os outros a negam, o resultado é um sofrimento, que aumenta com o tempo e que a pessoa, inadvertidamente, carrega só. Como se fosse algo que só ela vivencia e por isso é visto e percebido como motivo de vergonha e falha pessoal. Como vimos nas definições, a mesma coisa que nos espanta nos assusta. Isso tem preocupado inúmeras pessoas, nas mais variadas esferas, e não é, repito, não é algo que a pessoa possa resolver por sua própria vontade, já que muitas variáveis estão além de seu poder.

É importante que a pessoa que sente esse mal-estar não o vivencie sozinha, tente conversar com alguém de sua confiança, já que de acordo com pesquisadores, nove dimensões do trabalho se relacionam diretamente com o estresse: pressão (quantidade, turnos, ritmo - corporal e emocional, horas de trabalho), controle (poder de decidir o que fazer, como e quanto), recompensa (reconhecimento pessoal e ganhos financeiros), além de: possibilidade de crescimento; significado (ausência de alienação); apoio; clareza; satisfação e segurança. Se você tiver interesse em avaliar se seu trabalho pode estar estressante, segundo as dimensões apontadas acima, envie-me um e-mail (veracp@uol.com. br), com o assunto: Estresse e Trabalho, e nós lhe mandaremos um Questionário para você responder e refletir.

Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão).

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´ ARTIGO ALVARO DE CARVALHO NETO

Hoje em dia é melhor

influenciar do que mandar no trabalho

N

a mesma proporção que os conhecimentos da humanidade surgem, se desenvolvem e se disseminam, as lideranças são desafiadas. Da descoberta da falsa divindade dos monarcas aos escândalos políticos e corporativos da atualidade, o poder vem sendo transferido de mãos superiores para mãos inferiores, e uma certeza amadurece no consciente coletivo: o rato, quando assume o lugar do gato, também vira gato. Em igual intensidade com que essas mudanças acontecem no mundo e nas pessoas, amadurece também a incerteza que fundamenta as decisões das governanças corporativas e políticas. Tal insegurança transpassa as barreiras antes mantidas como fiéis protetoras e mantenedoras dos poderes nas lideranças e se mostra meio sem jeito à percepção de todos os seguidores. Por outro lado, programas de formação e estímulo de habilidades corporativas desenvolvem competências relacionais nos ocupantes das linhas abaixo do organograma que têm colocado mandantes e comandados num mesmo nível de autoridade. A ordem dada parece não ter mais 22 editorasermais.com.br

sentido ou efeito se sua necessidade não for entendida e compartilhada por todos. É fato que ninguém mais manda por que não se pode mais mandar e ninguém mais obedece por que não se têm mais juízo para obedecer. Pelo menos, não mais o juízo de valores que mantinha liderados obedientes há tempos atrás, mas alguma significativa evolução em seus juízos da realidade. Os seguidores amadureceram. Aos executivos e gerentes cujas respectivas táticas desconsideram esta óbvia mudança, é preciso dizer que ninguém mais poderá contar com seu papel formal para se garantir como mandante da equipe. Será necessário influenciar essas pessoas se utilizando de autoridade - diferentemente de poder, autoridade não vem do cargo, mas das virtudes para a influência interpessoal. E aos executivos e gerentes que buscam desenvolver a habilidade da autoridade, será preciso, fundamentalmente, eficácia e integridade. Quem influencia, influencia alguém a algo. Portanto a causa da influência precisa estar lá e sua definição aceita por todos ou quase todos. As maneiras de se alcançá-la também devem ser participativa e assertivamente argumentadas. Não existirá eficácia

influente se não brilhar diante da equipe um estado futuro desejado. Os líderes influentes são coerentes com o que são ou pensam. Suas ações comunicam uma ética admirável que referencia o grupo. A hipocrisia salta aos olhos e pode ser notada indiscriminadamente por qualquer um do time. Sem tais competências na liderança ou apenas sob as ordens, surge uma falsa concordância que Fela Moscovicci chamou de acordo mórbido – diante dos mandantes as pessoas se mostram indiscutivelmente concordantes, mas, em suas vísceras, já mataram o trato feito.

Álvaro de C. Neto Consultor Organizacional, Coach e Psicodramatista, com 20 anos de formação/experiência em Educação Corporativa, Consultoria Organizacional e Coaching. Escritor do livro Coaching & Mentoring pela Editora Ser Mais. alvaro@aptware.com.br


´ Por um planeta sustentAvel

Celular - bracelete movido à energia solar

Móveis feitos com latinhas

É verdade que o aparelho tem poucas funções: apenas liga e recebe chamadas, além de enviar e captar mensagens. Ele pode ser enrolado no punho do usuário, como um bracelete comum. Além de simplificar o armazenamento, essa posição facilita a captação da luz solar e garante que a bateria estará sempre sendo carregada.

O empresário Adriano Bezerra de Sousa (foto) criou a MEA - Móveis Ecológicos da Amazônia, empresa de Caracaraí (RR) que produz móveis com latinhas de alumínio. A MEA produz mesas, cadeiras, lixeiras, bancos, fruteiras, entre outros. São confeccionadas cerca de 200 peças por mês. Por exemplo, as cadeiras, feitas com 1.600 tampas de latas, custam cerca de R$ 250. Já as mesas, com cerca de 1.000 latinhas, saem por R$ 300.

A banca de jornal que economiza papel

Atualmente, é muito raro encontrar alguém que compra um jornal e lê todos os seus cadernos. Após fazer a leitura de seus assuntos favoritos, a grande maioria das pessoas simplesmente descarta o que não interessa. Na banca de jornais sueca MegaNews, a solução adotada foi diferente. Para evitar o desperdício de papel, o cliente seleciona, por meio de um sistema eletrônico, as publicações segmentadas que gostaria de ler. Após dois minutos para o processamento das informações, o conteúdo é impresso e o preço pago corresponde apenas ao valor estabelecido para aquele determinado material.

“Recicle mais, pague menos”

É um projeto simples e bastante eficaz. Todos os clientes da empresa AES Eletropaulo podem trocar materiais recicláveis por desconto na conta final de luz. Para isso, a pessoa faz um cadastro rápido no ponto de coleta em que vai levar seu lixo. Quanto mais a pessoa recicla, maior é o desconto que ela recebe.

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ARTIGO ADRIANA ALBUQUERQUE

Transforme seus sonhos em resultados sensacionais!

M

uita gente sonha e todos que sonham gostariam de ver os seus sonhos se transformarem em realidade, isso é um fato. Mas por que poucos conseguem realizar os seus sonhos? Você já parou para pensar nisso? E porque estes poucos que os realizam, continuam se superando e realizando ainda mais enquanto a esmagadora maioria vive “empurrando com a barriga” e reclamando da vida? A minha profissão de psicóloga, palestrante, coach, escritora e consultora empresarial me dá a oportunidade de conversar com muitas pessoas todos os dias em diferentes empresas por esse Brasil afora ao prestar consultoria, em sessões com os meus clientes de coaching e em convenções quando sou contratada para ministrar uma palestra para centenas e, às vezes, milhares de participantes. O que eu mais gosto de conversar com as pessoas é sobre seus sonhos. Ao conversar com algumas pessoas sobre isso, percebo que algumas não conseguem realizá-los por que simples-

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mente não param para OBSERVAR. Andam tão ocupadas com a sua rotina diária que não percebem a importância de dar PAUSAS. Poucas se dão conta de que elas são necessárias. Tão necessárias quanto o movimento. Aliás, essas paradas são fundamentais para continuarmos em movimento. Não um movimento sem rumo definido ou repetitivo, exaustivo e estressante, mas um movimento ritmado, orquestrado e direcionado. Deste que nos leva à expansão, ao crescimento, felicidade e à realização de nossos sonhos. Eu admiro muito os sonhadores, adoro conversar com eles. Mas admiro ainda mais os que transformam os seus sonhos em resultados sensacionais! Resultados que se traduzem em prazer, realização e felicidade! Que têm o poder de fazer com que as pessoas acordem com vontade de viver e querer ainda mais resultados!! E você? Está disposto a transformar os seus sonhos em resultados sensacionais? E a ser mais feliz e realizado? Se sim, estamos na mesma sintonia! Pessoas de resultados sensacionais têm mais prazer em viver e vivem muito mais.


Continue comigo na leitura deste texto, vamos juntos compartilhar reflexões que podem apoiá-lo a dar uma guinada na sua vida no início deste primeiro semestre de 2014! Vamos lá? O que eu mais gosto de fazer profissionalmente é dar palestras sobre SUPERAÇÃO. Adoro ouvir das pessoas no final da minha apresentação que elas vão redirecionar as suas vidas a partir das reflexões que fizeram. Isso me faz feliz, pois sinto que a missão está sendo cumprida. A missão de fazer com que as pessoas despertem para a consciência da abundância e da realização pessoal e que passem a ter a certeza absoluta de que são capazes de realizar GRANDES SONHOS. Em minha palestra de Superação & Resultados apresento quatro competências para a conquista de RESULTADOS SENSACIONAIS!!! Escolhi compartilhar com você a primeira competência que considero fundamental na

Adriana Albuquerque Benedito Milioni Palestrante, coach internacional. Escritora dos livros Ser+ Em Gestão de Pessoas, Manual Completo de PNL e Ser+ Em Gestão do Tempo e Produtividade pela Editora Ser Mais. adriana@adrianaalbuquerque.com.br

realização de seus OBJETIVOS. A primeira competência é a VISÃO 360 graus que está baseada na sua capacidade de observar... Primeiro observe a você mesmo. O que vê? O que consegue perceber? Você hoje é a pessoa que sonhou ser alguns anos atrás? Faça uma lista de suas competências: conhecimentos, habilidades e atitudes que o apoiam e que serão necessárias a sua expansão e crescimento. Quais você possui e precisa desenvolver? No que você ainda precisa melhorar? Que comportamentos precisa extinguir e quais precisa ter? Quais os seus talentos? No que você de fato é muito bom? O que o diferencia dos demais profissionais da sua área de atuação? Quais os seus SONHOS? Já traçou as suas METAS deste ano? Tem um planejamento para alcançar os seus maiores objetivos? Eles o impulsionam? São desafiadores? Fazem o seu coração pulsar forte?! Quando você se imagina realizando, isso o faz feliz? Saiba, a sua felicidade reside onde o seu coração bate forte! Estamos no segundo mês do ano de 2014, você já entrou em movimento? Está tomando ações efetivas para REALIZAR aquilo que propôs? A vida é movimento, portanto, mexa-se, permaneça em movimento e não desista nunca! Somente assim as coisas passam a acontecer! É assim que agem os grandes vencedores. Observe o contexto no qual você se

encontra hoje, observe as pessoas com as quais convive, quais delas agregam valor a sua carreira e a sua existência? De quais pessoas você precisa se afastar? Quais precisam fazer parte do seu círculo de amizades? Observe as oportunidades que você enxerga à sua frente. O que você está fazendo para aproveitá-las? Veja como o mundo está hoje. Quais os paradigmas vigentes? Já ouviu falar em física quântica? Sugiro que leia e estude sobre isso. É a física das inúmeras possibilidades! Possibilidades de SER, TER e FAZER muito, muito, muito mais do que imagina! O filme “Quem somos nós” veiculado em cinemas de todo o mundo aborda esse assunto, vale a pena conferir. Portanto, ao observar o contexto, as pessoas e a si mesmo, estipule os seus OBJETIVOS e METAS e ENTRE EM AÇÃO! Mas lembre-se, para que você esteja MOTIVADO a agir, os seus objetivos precisam nascer do desejo da sua alma em plena conexão com os seus SONHOS pautados em seu TALENTO. Isso exige que você olhe para dentro de si, faça escolhas conscientes e siga com FÉ, DETERMINAÇÃO, FOCO e muito TRABALHO. Seu SUCESSO é diretamente proporcional a sua CAPACIDADE DE OBSERVAR E TOMAR AÇÕES. Eu desejo que você tenha muito sucesso em 2014!! Estamos juntos! # S U C E S S O A G O R A !!!

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MODA, BELEZA E ESTILO

Das pistas para os looks diários Inspirada no universo de nosso maior campeão das pistas e ídolo do esporte nacional, a Ayrton Senna Eyewear Collection by TAG Heuer é composta por quatro modelos únicos que unem inovação, elegância e a mais alta tecnologia de materiais, características marcantes da grife que resultaram na perfeita fusão entre o espírito das corridas e um visual vintage. Ou seja, das pistas para os looks diários com muito estilo. Os preços variam de R$ 1.755,00 a R$ 2.146,50

Olhos de Alexa Chung A coleção de beleza, desenvolvida em parceria com a britânica Eyeko, tem foco nos olhos e promete um traço de delineador perfeito, assinatura de beleza da modelo e apresentadora, para a alegria das fiéis admiradoras de Alexa Chung. A coleção conta com um delineador “canetinha”, máscara e embalagens criadas pela própria Alexa.

Vending machine L’OREAL

Coleção de relógios para adultos

A empresa de cosméticos misturou beleza e tecnologia em uma inteligente vending machine no metrô de Nova York. Essa máquina terá reconhecimento de cores que detectará o que as mulheres estão usando, fazendo um escaneamento da cabeça aos pés. Depois disso, ela sugestiona batons, sombras e esmaltes que combinam com as cores das roupas e do cabelo das consumidoras. Se a pessoa concordar, pode comprar os produtos ali mesmo, na machine.

A Lego tem feito relógio para as crianças por anos, mas, lançou uma coleção para os fãs adultos. A novidade terá partes removíveis e os braceletes podem ser combinados numa variedade de estilos. Os relógios estarão disponíveis em analógicos e digitais. Os preços vão de US$ 85 até US$ 185.

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NOVIDADES DO MUNDO DA WEB

Aplicativo fitness

Restart-se Machine

A Nokia, em parceria com a Adidas, lançou o app Adidas miCoach. O aplicativo é gratuito e permite escolher ou criar planos de treinamento, além de acompanhar os progressos e fornecer feedback para aperfeiçoamento do treino. A experiência é ainda mais customizada nos smartphones Nokia Lumia com Windows Phone 8 por meio de funções exclusivas presentes nos aparelhos como o Nokia Música e HERE Maps.

Depois de patrocinar o Rock in Rio, Trident mostra que a música está em seu DNA e traz mais uma novidade para o público do Facebook. Os fãs da rede social serão surpreendidos pelo aplicativo Restart-se Machine – que reconhece o humor do internauta por meio da foto de seu perfil e sugere a ele uma trilha sonora para transformar o seu dia, deixando-o mais animado.

BackUp Contacts

Songza

Para nunca mais perder os contatos quando trocar de aparelho – ou quaisquer casos parecidos – esse aplicativo gera uma lista com todos os nomes e números da sua agenda no formato VCF, que é compatível com a maioria dos programas para contatos.

O Songza é um aplicativo e agregador de playlists, que podem aparecer por temas ou ritmos musicais. Além das suas, você pode ouvir as listas criadas por outras pessoas. É gratuito e pode ser baixado por iGadgets e Androids de graça.

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´ PERCIA COACHING ANDRE

“SIMPATIA” NEUROLINGUÍSTICA PARA REALIZAR UMA GRANDE CONQUISTA EM 2014!

N

o final do ano e início de um novo, pessoas têm o hábito de tomar decisões e desejam fazer “viradas” , mudar e construir resultados em sua vida. Infelizmente, a maioria dessas tentativas falha. Mas agora nós vamos ajeitar as coisas, adicionando processos do COACHING, DA PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA E DO DESIGN HUMAN ENGENEERING (DHE) para que você tenha mais chance de obter um resultado concreto. Em primeiro lugar, traga à sua memória TRÊS experiências onde você realizou alguma coisa por si. Onde pôs em prática coisas as quais geraram resultados que fizeram diferença em alguma área de sua vida: pessoal, profissional, familiar, afetiva, religiosa... Para cada uma dessas experiências identifique: 1) Qual era o ESTADO INICIAL da situação?

2) Qual era o ESTADO DESEJADO? 3) Qual a importância do Estado Desejado em si e para sua vida como um todo?

4) O que queria, especificamente? 28 editorasermais.com.br

5) O que fez que dependeu exclusivamente de você?

6) Que evidências fizeram você saber que estava no caminho certo? E que havia chegado? 7) Como você construiu harmonia para si e para os demais a sua volta? 8) Que recursos, capacidades e talentos usou para construir o resultado desejado? 9) O que acredita sobre ter sido capaz de construir cada resultado e todos em geral? 10) Qual o efeito que a construção dos resultados teve sobre sua pessoa? 11) Quais os efeitos para além de você? 12) Crie um símbolo ou metáfora para cada experiência, desenhando-a num papel

Responda cuidadosamente este questionário que analisa o alinhamento neurolinguístico de cada experiência de sucesso até que um símbolo final desenhado represente

a experiência como um todo. Faça um triângulo com os três símbolos no chão. No centro, escolha alguma coisa que você deseja construir. Se imaginar que existe uma parte sua – ainda – impedindo você de fazer o que é preciso para mudar, o que esta parte poderia estar querendo fazer você perceber através desse impedimento? Desejo me relacionar melhor, por exemplo. Estou me “impedindo” de buscar relacionamentos. Essa parte ainda me impede para que eu perceba o que? Para me conscientizar do quê? Como posso lidar ou resolver essas coisas de outra forma mais saudável para que eu não precise ficar “impedido”? Depois de ter respondido as questões acima, releia a sequência das 12 respostas que deu para cada uma das três experiências de sucesso, e em seguida (sem intervalo), responda as mesmas doze perguntas para o que deseja construir agora, terminando também com um símbolo único. No chão, coloque no centro do triângulo.


(VER DESENHO COM ESFERAS) Ponha-se de pé em cima de cada círculo das três experiências relembradas de sucesso, reveja o que escreveu e perceba no corpo onde sente mais forte uma sensação que representa o sucesso, e deixe-a espalhar-se para muito além de seu corpo. Deixe que o corpo, intuitivamente faça um movimento e/ou gestual que represente o que sente. Vá passando de uma para outra fazendo a mesma coisa. Na segunda visita a cada símbolo no chão, comece a integrar os movimentos corporais, imagens, diálogos internos e sensações. Na terceira visita, chegue a um NOVO movimento e sensações que integram os três. Sempre tendo em mente o que respondeu para cada experiência, imagine que vai integrando as estratégias que deram certo nas três. Você deverá ter então uma experiência integrada depois de três ou eventualmente quatro ou cinco visitas a cada uma das três experiências. Quando sentir a integração, vá para o centro do triângulo, agrupando todos os símbolos desenhados no centro, que representa o que agora está construindo, e faça o movimento integrado, imaginando que adapta a integração de estratégias para o que agora está construindo.

Repita o movimento integrado e adapte as estratégias, imagens, sons, movimentos, fisiologias e diálogos inter-

André Percia Nlp mastercoach trainer certificador internacional. design human engineer. www.youtube.com/Andrepercia aprecia@terra.com.br

nos para a situação presente. Imagine vozes que o inspíram confiança e segurança, muitas delas, dando-lhe apoio nos passos concretos que escolhe dar para se aproximar daquilo o que deseja. Como esses passos concretos, mudanças e alterações na sua vida e rotina podem ser prazerosos, divertidos, saudáveis e eficazes? Reveja suas 12 respostas para seu novo objetivo e faça as alterações necessárias para que tenha os melhores resultados possíveis! Faça um gesto único e diferenciado para finalizar o momento ápice da motivação e alinhamento que vai experimentar, repita-o várias vezes, e faça-o antes de agir em sua vida na construção completa dos resultados. Escreva exemplos de pessoas que conseguiram resultados semelhantes, exemplos de recursos e capacidades que sabe que tem para construir esse resultado e todos os dias escreva e convença-se do quanto efetivamente merece construí-lo. Se quiser, monte um painel onde no centro estarão os quatro símbolos, e, em volta, imagens que representam todas as evidências sensoriais ( coisas que vai ver, ouvir, dizer para si e sentir) quando atingir o resultado desejado. Coloque-o em algum lugar onde vai vê-lo várias vezes todos os dias (ou versões dele em vários lugares) para que possa estimular seu Sistema Reticular e programar seu foco.

Você deverá ter então uma experiência integrada depois de três ou eventualmente quatro ou cinco visitas a cada uma das três experiências.

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CAPA CARLOS DIAS

Fale pra

dentro Endomarketing

ferramenta de comunicação para empresas

Aplicação do conceito ajuda a motivar e reter os colaboradores

O

endomarketing, nada mais é que a mistura de elementos de marketing, RH e comunicação interna. Endo, prefixo grego (éndon) que significa “para dentro”, somado ao termo criado pelos americanos, marketing, passa imediatamente a ideia de que as técnicas de abordagem aos clientes externos podem ser aplicadas aos públicos internos. Sua ação é voltada para fazer com que o trabalhador fique mais feliz e motivado, resultando no aumento e melhora da produtividade. Essa motivação do colaborador faz com que ele entenda seu papel e como coletivo é importante para uma empresa. Para o vice-presidente de Grupos da

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AAPSA, Moisés Correia da Silva, o endomarketing ou marketing interno vem crescendo e tornando-se um instrumento de comunicação e de promoção de informação, estratégia, valores, missão, visão da empresa e tem servido como uma grande ”liga”, no sentido de transformar conteúdos complexos em formato acessível e de fácil assimilação pelos colaboradores das corporações. “No endomarketing, utilizamos vários elementos do marketing tradicional e grande parte do sucesso da implementação do projeto dentro das empresas reside na estruturação de um projeto que envolva a área de gestão de pessoas, a qual é especializada nos temas correlatos aos colaboradores, preocupandose com os stakeholders, no que diz respeito às pessoas e que tem contato com


a organização”, constata. Sendo assim, o endomarketing é uma ferramenta capaz de capacitar, motivar e engajar os colaboradores de uma organização, visando envolver os objetivos pessoais de cada funcionário com a cultura organizacional da empresa. Pensando assim, uma das ações de maior importância para o endomarketing é gerar comprometimento e isso acontece com a transparência nas relações da empresa com os funcionários referente aos objetivos da organização. É preciso que os colaboradores entendam de fato o programa de endomarketing, mas principalmente sintam que os resultados não beneficiarão apenas a parte empresarial, e sim levem pontos positivos para suas vidas profissionais e pessoais. Segundo a superintendente de Endomarketing do banco Itaú Unibanco, Valerie Cadier Adem, o endomarketing é uma disciplina cada vez mais estratégica em todas as organizações que precisa ter o colaborador como

um alvo importante a ser conquistado e motivado para que a empresa atinja seus objetivos. “Não se trata simplesmente de informar, mas de estabelecer uma relação bilateral em que os colaboradores possam contribuir para o crescimento da empresa e para a consolidação de sua cultura interna“, relata. Para a superintendente, são muitas as possibilidades de se criar uma rede interna de comunicação eficiente por meio de diversos canais que se complementam. “O que vai determinar a escolha das empresas, além do orçamento que pretendem disponibilizar para este fim, é a abrangência de público e seus hábitos de consumo de informação, sem contar as diferentes características editoriais que poderão ser trabalhadas de acordo com as particularidades do público ou mesmo da organização”, destaca. Um outro ponto importante a ser observado é a qualidade e poder de atração do conteúdo a ser passado. Hoje em dia é preciso considerar até os veículos externos como con-

correntes, na medida em que as pessoas são expostas a inúmeras informações diariamente. Dessa forma, é preciso saber gerar conteúdo relevante e com qualidade visual e de texto tão boa quanto qualquer veículo externo considerado um referencial. “Um bom exemplo é a nossa revista interna, que buscou em editoriais de ponta a inspiração para o seu novo projeto editorial, lançado em agosto de 2011”. Clientes internos Diferentemente do marketing para cliente interno, com foco no cliente externo, ou seja, treinamento, motivação, satisfação educação e ‘mimo’ ao cliente, o endomarketing tem a visão preventiva e estratégica tratando-o como o primeiro cliente da empresa. “A comunicação interna é umas das ferramentas do endomarketing. Enquanto o endomarketing assume um papel estratégico junto ao planejamento das principais iniciativas de uma empresa em busca de sua visão para, de certa

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CAPA

forma, ‘vender’ a empresa aos seus colaboradores”, aponta Valerie. A comunicação interna é a tradução desses objetivos por meio de campanhas, ações de engajamento ou até mesmo simples informativos. Analisando este fato, vejamos a seguir a implantação do projeto de endomarketing pela empresa Mastercard, em 2009, por Moisés Correia da Silva. A empresa na época precisava resgatar o seu DNA, pois passava por momentos de profunda transformação no segmento financeiro e que inclsuive perdeu alguns talentos para o mercado. Obviamente isso não fazia parte dos planos da empresa. A partir disso, a companhia começou a estimular os colaboradores a reconhecer momentos que “Que Não Tem Preço” (campanha de marketing) no seu próprio dia a dia para que criassem um ambiente de coleguismo e equipe.

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Nesse sentido, a empresa desenvolveu um plano que pudesse transmitir tudo o que aquela campanha da MasterCard transmitia para o mercado no que diz respeito aos seus consumidores e usuários de cartão – o conceito Priceless “Que Não Tem Preço” para seus clientes internos. “Estávamos naquela fase, na iminência no lançamento da campanha de marketing para o público consumidor e a ideia foi a de utilizar a campanha para disseminar o conceito para todos os funcionários e prestadores de serviço que atuavam diretamente conosco”, explica Moisés. A partir da ideia, foi criado um comitê liderado por Moisés, no papel de responsável pelo RH (Cone Sul da América Latina), por um profissional responsável pela área de Comunicação e outro pela área de Marketing, formando um “pelotão de guerra” como Moisés mesmo os intitulou na época. O plano de endomarketing foi estru-

turado e dividido em duas etapas. Na primeira etapa, um mês antes do lançamento da Campanha Não tem Preço para os consumidores, os colaboradores foram convidados a participar enviando fotos de seus momentos Priceless (Que Não Tem Preço) de seu arquivo pessoal. A ideia foi bem aceita e no total, foram recebidas mais de 500 fotos de todos os colaboradores da empresa. Na segunda etapa, alguns dias antes do lançamento da campanha em todas as mídias, foi realizado um evento externo (off site) em que atividades de interação foram criadas, nas quais foram compartilhadas as histórias dentre os participantes. “Transformamos todas as fotos recebidas em um banco de dados de fotos, as quais continham momentos especiais dos colaboradores com seus familiares, pais, animais de estimação, ou seja, essas cenas reproduziam momentos de grande prazer, orgulho e alegria. Eram


O Endomarketing é voltado para fazer com que o trabalhador fique mais feliz e motivado, resultando no aumento e melhora da produtividade.

momentos que não tinham preço para eles”, destaca Moisés. As melhores histórias foram premiadas com um momento “que não tem preço” e que consistia num vale massagem ou day spa. Nesse mesmo evento foi produzido um mural com fotos de todos os colaboradores. Para o evento criaram um painel formado pelas fotos de todas as pessoas e que continha nos mesmos moldes da campanha: Ir ao Estádio de Futebol – R$ 100, Comprar a camisa do Time – R$ 200, Levar seu Filho para ver Seu Time Ganhar Não tem Preço. O plano deu tão certo que após a realização desse evento, no escritório matriz em Nova Iorque, criaram um formato similar de painel, só que com as fotos dos funcionários em retrato digital. “Isso só funcionou em função de um plano discutido, estratégico e que se propunha a passar para as pessoas o

que era mais relevante e importante e considerando-se os anseios dos colaboradores”, destaca Moisés. Outro dado interessante desse plano é que as fotos dos funcionários foram as primeiras a povoar o site da campanha que recebeu mais de 70 mil histórias reais de consumidores. Para dar sustentação à toda a campanha instaurada e fazer com que unisse as estratégias de RH, formado por marketing, comunicação e RH, foi preciso agir rápido para que não fosse perdido o que havia sido construído anteriormente e que fosse estruturado mais um plano eficiente e de sucesso como havia sido o evento de mudança. Foi então que surgiu a proposta de criação de cafés da manhã com grupos pequenos (focus groups) para passar informações sobre a empresa, posicionamento de mercado e da marca. Por outro lado, a empresa ouvia de todos

os colaboradores, o que precisava para ser uma empresa “Que Não tem Preço”, ou seja, que seus colaboradores realmente vestissem a camisa. Nessas reuniões, os colaboradores manifestavam seus anseios, ideias, insatisfações, sugestões para que realmente a empresa tivesse tal alcunha. Foram coletadas, durante quase um mês, várias informações de todos os grupos, uma vez que ao final de cada café eles tinham que reproduzir numa folha de papel quais eram as medidas concretas para o processamento dessas mudanças. O plano foi um sucesso e a sequência disso foram várias iniciativas implementadas, desde a mudança de layout, criação de programa de qualidade de vida, mudança de benefícios, mudança no serviço de copa, rediscussão de estratégia de remuneração total, dentre outras.

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CAPA

Empresas são pessoas Um conceito que deveria ser relavado entre as empresas é que elas não são somente espaços físicos, e sim pessoas. Espaço físico sem pessoas são apenas espaços. Como sabemos, pessoas têm comportamentos e temperamentos diferentes uma das outras e também possuem o direito de interagir de maneira formal ou informalmente. Para que um programa de endomarketing seja verdadeiro e busque resultados para ambas as partes, estimular o bom convívio e reforçar o valor empatia é fundamental para a saúde da empresa. “Marketing de dentro para dentro” É o marketing voltado para as pessoas dentro da organização como o próprio nome diz. Endomarketing é a integração do marketing com o RH e que promove a interação funcionário com a empresa, criando métodos motivacionais, interação com os familiares, treinamentos, valorizações e ações do gênero para que a satisfação no ambiente de trabalho seja sempre favorável. Para Moisés, as empresas preocupam-se cada vez mais em entender os consumidores e desenvolver produtos e serviços customizados, uma vez que a competição é cada vez mais acirrada e o mundo cada vez mais globalizado.

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“Num mundo de escassez de talentos em que os melhores profissionais são disputados, fundamental ter uma estratégia de retenção e um plano estruturado de endomarketing para que as pessoas sintam-se cada vez mais felizes”, adverte. As empresas precisam entender seus clientes internos, tanto quanto os clientes externos, uma vez que caso os colaboradores da empresa partam, toda a inteligência, conhecimento, energia é movida para outro lugar. Considera-se ainda a importante paticipação da geração Y que movimenta-se muito mais nas corporações e que regras e modelos antigos muitas vezes não funcionam para eles.” Temos exemplos como o Google, a Acesso Digital, dentro outras, que procuram propiciar um clima de trabalho flexível e que vá de encontro aos anseios de seus colaboradores”, cita Moisés. Os colaboradores cada vez mais são adeptos de propósitos e isso faz parte da empresas que buscam para trabalhar. Para isso têm que acreditar nos produtos e serviços oferecidos por ela e assim manter sua credibilidade alta com o cliente externo. É a satisfação interna atuando na busca da satisfação externa. “Sabemos que pessoas mais felizes e mais engajadas são mais produtivas e isso garantirá maiores resultados para a empresa”, analisa. Para Valerie, a questão da estratégia de performance sustentável, cuja base é o orgulho de pertencer dos colaboradores do Itaú, é evidenciada por meio de performances diferenciadas, construindo, assim, um ambiente de trabalho com clima transparente e meritocrático – que é o papel do Endomarketing. “É possível contribuir para que os colaboradores se sintam cada vez mais satisfeitos e, por consequência, sejam reais representantes da instituição”, assegura.

O endomarketing é uma disciplina cada vez mais estratégica em todas as organizações que precisa ter o colaborador como um alvo importante a ser conquistado e motivado para que a empresa atinja seus objetivos.

Transparência empresarial Os colaboradores têm o direito de saber o que acontece no local de trabalho, pois lá passam grande parte de seus dias, quiçá de suas vidas. A transparência pode ser considerada como uma manifestação da empatia, eliminando possíveis mentiras, omissão e até mesmo a famosa “rádio peão”, não gerando margens para boatos e histórias infundadas que podem causar mal-estar tanto para a organização quanto para o colaborador, dificultando, baixando a produtividade e a qualidade do ambiente.


Três desafios para o endomarketing Nesse momento, gestores de organizações dos mais variados portes e segmentos começam a compreender melhor o endomarketing e perceber o quanto sua utilização dentro dos preceitos do marketing, disciplina que o gerou - pode representar em termos de resultados. O primeiro desafio está na ampliação do seu espaço de importância nas cúpulas das organizações. O endomarketing precisa de mais espaço nas discussões que enfoquem direcionamentos estratégicos de curto, médio e longo prazos, com a finalidade de promover o rápido alinhamento entre discurso dirigente e ação da força de trabalho, compatibilizando-os com as diretrizes firmadas em nível diretivo. Dessa forma, em breve, sentar-se à mesa com um executivo de Endomarketing significará deparar-se com um profissional que possui informações sobre o comportamento do público interno, seus pontos fortes, fracos, e as utiliza de forma a obter o melhor rendimento da equipe. O segundo desafio está na aplicação de abordagens inovadoras aos olhos dos diferentes públicos internos e saber lidar com os mesmos. Juntamente com os meios de comu-

nicação tradicionais e a chegada das novas tecnologias, será decisivo para o enfrentamento desse desafio com gerações de empregados cada vez mais à vontade com os novos ambientes de interação. O endomarketing precisaria demonstrar sua capacidade de adaptar-se a essa realidade e formular estratégias de abordagem adequadas a esse novo contexto. Seu terceiro desafio do endomarketing diz respeito ao desenvolvimento de métodos para a mensuração dos resultados conseguidos a partir de sua aplicação. A nova cena empresarial, com margens de lucro decrescentes, não admite mais investimentos na mobilização do público interno que não tragam consigo o retorno mínimo esperado. Os resultados obtidos a partir da atuação coordenada das pessoas demarcarão os parâmetros de avaliação das taxas de sucesso dos planos de endomarketing. Enfim, o endomarketing renasce para ocupar lugar de destaque em empresas de todos os setores e de todos os portes, deixando os bastidores da comunicação interna para protagonizar a gestão do desempenho humano em sua acepção literal, com foco absoluto nos objetivos das organizações.

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JO GO RÁ PI DO 36 editorasermais.com.br

Solange Frazão

Ela é considerada, hoje, referência de saúde e beleza no Brasil. Desde pequena é apaixonada por esportes e sua dedicação resultou em dez títulos de beleza, entre eles, o miss São Paulo e o segundo lugar no miss Brasil em 1982. Após diversos trabalhos na TV, atualmente apresenta o “Estilo Saúde” transmitido para todo o país pela Rede Mulher. Confira esta entrevista exclusiva e saiba mais sobre sua carreira e vida. Por Carlos Dias

Empresária, palestrante, modelo, atriz, apresentadora de televisão entre outras atividades. Como conciliar vida pessoal e profissional sem prejudicar um dos lados? Não é fácil, mas é possível quando fazemos tudo com prazer e amor. Tive que aprender a conciliar todos os lados e sempre deu certo. Tenho que me programar para aproveitar ao máximo o tempo. Esse é o segredo. Eu priorizo algumas coisas como minha saúde e meus filhos e depois vem o trabalho. Ter uma agenda eletrônica com alarmes é imprescindível. Sei que apesar dos compromissos, tenho minha família, minha casa, meu namorado, meu descanso e meu lazer, mas no final, consigo estar em tudo e com todos. Qual a receita para conseguir se manter atuante na área por tantos anos, sendo reconhecida pelo público e pela mídia como case de sucesso? Em primeiro lugar, é uma honra ser reconhecida e respeitada. Não existe na verdade uma «receita» e sim, dedicação, determinação, estudo e verdade. Minha luta sempre foi mostrar o quanto as pessoas precisam de informações para levar


uma vida com mais qualidade. Acredito que para se manter em constante ascensão é preciso dedicar-se. Esse é meu lema. Em sua opinião, quais foram os principais fatores que levaram a ter esse reconhecimento? O reconhecimento para ser mais valioso tem que ser espontâneo. Tudo que faço é por amor, sem esperar o reconhecimento, e sim, por puro prazer e realização. Só sei agir com o coração e acredito que esse é um dos fatores que as pessoas mais valorizam no ser humano. Buscar o bem-estar e a qualidade de vida significa optar por algumas atividades e abrir mão de outras? Mais ou menos assim. Temos que saber adaptar novos hábitos em nossas vidas em busca de uma vida saudável. Muitas vezes temos apenas “maus hábitos” que precisam ser adaptados à vida nova. O mais importante é a conscientização de que podemos alcançar a qualidade de vida, trocando alguns hábitos e seguir em frente, em busca da saúde plena. Dedicação e determinação andam ao lado do bem-estar. O que é qualidade de vida no seu conceito? Quais as dicas que você poderia dar para uma rotina mais saudável? Seja na alimentação, exercícios físicos, etc. Qualidade de vida representa bem-estar físico, mental e espiritual em harmonia com a juventude, saúde e a alegria de viver. Esse conjunto é tão importante quanto respirar. Eu amo a vida e quero muito viver mais e com qualidade. Para isso, preciso fazer a minha parte. Faço exercícios cinco vezes por semana (aeróbios e anaeróbios). Também faço alongamentos e escolhi um esporte da minha preferência para praticar um dia na semana (o tênis). O resultado é com certeza uma qualidade de vida. Sei que o tempo passa, mas me sinto jovem e disposta apesar dos meus 50 anos. Com certeza será assim por muitos e muitos anos porque me dedico à vida com muito carinho. Como foi a experiência de escrever o livro Linda e em forma com Solange Frazão? Resolvi escrever em consideração à demanda de pessoas que me escreveram e me pediam orientações e dicas de exercícios, alimentação, beleza (cabelo e pele) e saúde. Fiz uma pesquisa enorme e separei as maiores dúvidas e questões. Escrevi diretamente para essas pessoas como se eu estivesse respondendo a cada uma das perguntas. Adorei e fiquei apaixonada pelo resultado e principalmente pelo número de livros vendidos. Para mim, esse trabalho representa o número de pessoas que receberam informações importantes para uma vida melhor e também para que as pessoas se sintam mais bonitas e saudáveis. Já estou preparando outros livros, aguardem!

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ARTIGO CERSI MACHADO

CUIDADO COM A

H

ANSIEDADE

oje em dia, saber lidar com as preocupações de forma consciente se tornou uma das principais capacidades para se obter êxito. Como conseguir qualidade de vida diante da agitação que vivemos? Como lidar com a ansiedade que toma conta do cotidiano de todos nós? Precisamos compreender que ansiedade não é doença. É normal sentirmos um pouco de ansiedade, isso pode até nos ajudar a ter atitude, a colocar em movimento algo que consideramos importante, a nos ajudar na adaptação de alguma mudança. Há uma grande diferença entre ansieda-

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Aprenda usá-la a seu favor de e a superansiedade. A ansiedade se torna ruim quando prolongada, quando foge de seu controle e se torna irracional, interferindo em seus relacionamentos e em sua saúde. De acordo com os estudiosos nos assuntos sobre ansiedade e estresse, não há mal em ter um pouco de ansiedade, por exemplo: antes de uma entrevista de emprego, antes de uma apresentação em público, etc. A respiração acelera, o coração bate mais forte, as mãos começam a suar; esses são sinais fisiológicos da ansiedade. Mas, quando isso começa a fugir do controle, é preciso avaliar a maneira como está interpretando os desafios de seu dia a dia para que a ansiedade não se transforme em

algo patológico. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, o excesso de ansiedade está entre as principais causas de afastamento do trabalho. Quando ficamos ansiosos, o organismo libera cortisol, que em doses moderadas é uma coisa boa, porém, quando a ansiedade se repete demasiadamente, o cortisol aumenta e isso pode prejudicar o sistema imunológico, acelerando a morte de células. Quando você está prestes a conquistar um objetivo importante, uma grande conquista, a ansiedade vai começar a tomar conta de seu corpo, e isso é um bom sinal, pois é consequência de sua motivação. Já pensou se você estiver indo em


jetar o futuro, porém, você deve ficar consciente para que no agora você aja com inteligência. Veja algumas dicas para lidar com a ansiedade: - Quando a ansiedade começar a tomar conta, pare e analise as razões desse sentimento. Talvez você precise se organizar melhor, ou talvez precise avaliar melhor algumas decisões no presente. Então, reflita e depois tenha uma atitude inteligente sem se martirizar. - Não bagunce tudo e todos ao seu redor. Não deixe a ansiedade se tornar irracional. - Reconheça seus limites e aprenda a relaxar. Quando estiver no trabalho pare de vez em quando, respire melhor, movimente o corpo, tome água, fique em silêncio. Ao retornar para o trabalho você se sentirá melhor. - Lembre-se que você não pode abraçar o mundo. Seja lógico ao definir suas prioridades do dia. Determine um tempo adequado

para cada atividade. - Cuide de si mesmo. Determine duas prioridades essenciais: dormir bem e se alimentar corretamente. - Procure atividades prazerosas para descontrair e relaxar. Sua vida não deve ser focada somente em trabalho e pagar contas, então não abra mão do lazer e diversão. - Tenha resiliência e não olhe somente para o lado negativo das situações, enfrente as adversidades de cabeça erguida, sem fazer tempestades em copo d água . Prezado leitor, esteja consciente para saber lidar com a ansiedade, pois é através dessa consciência que poderá desenvolver algumas virtudes tão importantes, por exemplo, a paciência, a confiança em si mesmo e o autocontrole. Ansiedade faz parte de nossa vida, portanto, utilize-a a seu favor por que, às vezes ela vem para nos fazer sair do lugar, para que a vida não seja uma jornada monótona e sem energia.

busca da realização de um objetivo, mas sem um impulso maior, sem uma energia e vontade latente para alcançar o que tanto sonhou? Que graça teria essa conquista? O problema, repito, está na ansiedade demasiada e mal administrada. Ansiedade é um sentimento de futuro, ninguém sente ansiedade por algo que já aconteceu. Viver demasiadamente a ansiedade é estar preso ao medo do futuro. O que cada um precisa avaliar é se a ansiedade não está sendo ausência de fé em si mesmo, falta de confiança no presente, pois isso acaba gerando insegurança. “O homem que sofre antes de ser necessário, sofre mais que o necessário“(Sêneca). Lembre-se que a vida acontece aqui e agora, e o presente é o recurso mais importante que possuímos para concentrarmos nossa energia. Então, não devemos ficar presos ao futuro. É claro que devemos ter metas e pro-

É normal sentirmos um pouco de ansiedade, isso pode até nos ajudar a ter atitude, a colocar em movimento algo que consideramos importante, a nos ajudar na adaptação de alguma mudança.

Cersi Machado Palestrante motivacional e treinador empresarial. Especialista em Gestão de Estratégica de Rh. Escritor dos livros Ser+ Líder e Ser+ Com Motivação, Ser+ Execelência no atendimento pela Editora Ser Mais. www.cersimachado.com.br

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ARTIGO JOANA D’ARC SANTOS OLIVEIRA

Como o coaching financeiro poderá ajudá-lo na realização de seus propósitos?

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oaching financeiro é um processo de transformação, realização e conquistas. Pelo uso da metodologia do coaching, o profissional coach direciona o coache a programar-se e entender as regras para a conquista de sua liberdade financeira. Esse processo destina-se às pessoas realmente comprometidas com sua autonomia, liberdade e prosperidade financeira. Pessoas que acreditam e buscam pela realização dos seus projetos de vida, de carreira, enfim, identificam a grande missão e lutam pelo seu legado. Por exemplo: a conquista da casa dos sonhos, do carro, da carreira, estudos dos filhos, viagem internacional, promover riqueza pra si e para sociedade, ter seu próprio negócio, gerar empregos, etc. Infelizmente nas escolas não têm educação financeira e as pessoas não aprendem a se relacionar de forma consciente e inteligente com o dinheiro. O consumo desenfreado e compulsivo tem levado as pessoas a sérios problemas financeiros. O desconhecimento tem levado a grandes perdas nas escolhas de seus investimentos. Um diagnóstico financeiro é fundamental para identificar onde o indivíduo se encontra e onde deseja chegar. Proponho uma reflexão: Qual é o seu nível de satisfação atual com sua vida financeira? Quais são seus principais objetivos? Quando você deseja alcançá-los? 42 editorasermais.com.br

Por que isso é importante na sua vida? Que diferença essa conquista trará de benefício pra você e às pessoas que estão a sua volta? Depende de quem para que seu objetivo seja realizado? O que irá fazer para que esse objetivo dependa de você, para ser iniciado e mantido a partir de hoje? Grande parte dos problemas financeiros provém do comportamento inadequado com o dinheiro. Nossos gastos e a maneira de consumir estão relacionados ao estado emocional e impulsos. Nossas atitudes e hábitos podem nos proporcionar Riqueza ou Falência. O coaching financeiro promove o seu movimento à construção de um Plano de Ação focado aos objetivos, com metas de curto, médio e longo prazos potencializando suas crenças e conduzindo-o à consciência do por quê do seu sucesso! Nesse processo você desenvolverá sua evolução financeira por meio de três pilares da riqueza: Renda Principal - recurso de sua atividade profissional principal e deve cobrir todas as suas despesas. É o seu salário. Deve ser suficiente para cobrir suas despesas com: aluguel, água, luz, telefone, plano de saúde, educação, transporte, enfim, seu orçamento doméstico contemplando inclusive investimentos à sua aposentadoria complementar. Renda Extra: são recursos decorrentes de outra atividade que não seja a principal e têm como objetivo promover renda para seus

investimentos financeiros. Por exemplo, um professor recebe o salário como renda principal e pode ter como renda extra as atividades de escritor,cursos extracurriculares, aulas particulares e palestras. Renda Passiva: é o dinheiro trabalhando pra você. Independente de você trabalhar entra na sua conta. Pode ser por exemplo renda de aluguéis, direitos autorais, dividendos sobre investimentos em ações. Que tal você assumir o controle financeiro de sua vida colocando o dinheiro trabalhando a seu favor? Entre em ação com o apoio do coach financeiro elabore seu projeto focado aos seus objetivos e metas financeiras de curto, médio e longo prazo. Alcance sua liberdade financeira e prosperidade colocando o dinheiro trabalhando a seu favor, através de mudança de hábitos e comportamentos na maneira de consumir e investir.

Joana D ’Arc Santos Oliveira

Personal e Professional Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Master Coach Financeira pelo ICF e palestrante. Escritora do livro Team & Leader Coach pela editora Ser Mais. jnadarc@gmail.com


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LEILA NAVARRO

Comportamento

O perfil empreendedor e

o poder da intuição!

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ocê deve se lembrar de alguns momentos em sua vida que sabia algo, mas não sabia o porquê deste saber, nem sua lógica. Você apenas queria seguir aquele caminho, pois tinha a ciência de que daria certo, porém não conseguia explicar o porquê da sua escolha. Isto ocorre por que você não possui dados suficientes arquivados em seu conhecimento analítico para justificar esse tipo de atitude. Isso é intuição. A intuição sempre será parte do processo inovador. Ela pode ter vários nomes, e ser chamada de ideia, inspiração, faísca, brilho, dentre outros. São substantivos que deixam subentendidos que o processo inovador é dotado de qualidade e energia. Ele é uma parte natural de nossas

vidas, e pode ocorrer com qualquer pessoa em diferentes situações. O processo intuitivo é a habilidade que temos de saber algo diretamente, sem, contudo, pensarmos de forma analitica. Acredito que a intuição é uma aptidão ainda pouco reconhecida e, geralmente, associada a uma competência feminina. Ela não é ativada, estimulada ou valorizada como deveria e, por isso, desperdiçada. Isso por que nossa cultura é basicamente formada por inúmeras informações que dependem de análises que, por sua vez, devem ser medidas e verificadas constantemente, abdicando, assim, da intuição. O pensamento analítico constata o que já é sabido, como estatísticas e dados baseados no passado. No entanto, o pensamento intuitivo baseia-se em pouquíssimas informa-

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Comportamento

O processo intuitivo é a habilidade que temos de saber algo diretamente, sem, contudo, pensarmos de forma analitica.

ções analíticas e está relacionado às tendências futuras, posturas positivas e acessa outros fatores, como se “visse uma luz no final do túnel”. O potencial empreendedor no mundo moderno tem muito a ver com o despertar do poder intuitivo. Ao parar para analisar, você encontrará diversas situações em sua vida, em que soluções, aparentemente impensadas, resolveram problemas pensados em momentos completamente inesperados. Foi a intuição que trabalhou por você neste momento. Infelizmente, passamos muitos anos da nossa vida aprendendo a pensar analiticamente e pouco tempo aprendendo a pensar in-

tuitivamente. Porém, a intuição pode ser treinada e desenvolvida, e, consequentemente, incorporada ao processo inovador. Inovar é renovar, é trazer novidades, é ampliar horizontes. É trazer a felicidade ao seu processo criativo, às suas metas, aos seus sonhos. A intuição independe de raciocínio, mas se você souber se atentar aos detalhes que ela proporciona, só tem a ganhar em todos os aspectos da sua vida profissional e pessoal. Você entrará em sincronicidade com o universo juntamente com seus planos, e como disse Gandhi “a felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia”.

Leila Navarro Palestrante motivacional, autora de 14 livros, entre eles, “Talento para ser Feliz”, “Talento à prova de crise” , “O poder da superação”, “Obrigado, equipe” e “Autocoaching de Carreira & de Vida”, da Editora Ser Mais. leilanavarro.com.br

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HeloIsa Capelas

OTIMISTA

Líder OU liderado qual é o seu papel?

Na luta por cargos de destaque, muitos profissionais exibem comportamentos negativos e prepotentes; de outro lado, colaboradores com grande potencial abrem mão da proatividade e acomodam-se em suas rotinas. O resultado, em ambos os casos, é a insatisfação e a frustração profissional

Q

ualquer que seja a estrutura em que estão inseridos, os líderes desempenham papel indispensável e inquestionável. Não importa se ali chegaram por merecimento ou em obediência a uma ordem hierárquica construída com base em aspectos como idade ou poder aquisitivo. Seja como for, quando estão à frente de seus grupos, são eles os grandes responsáveis por analisar cada situação e encontrar as melhores soluções, aquelas capazes de beneficiar a todos ou a maioria. Não à toa, o termo liderança, por si só, remete a outros conceitos, como respeito, inteligência, sabedoria e, muitas vezes, sucesso. No ambiente corporativo, essencialmente, a busca por postos de liderança tornou-se uma meta profissional quase obrigatória para colaboradores de todas os setores, afinal, quem não gostaria de agregar tantos atributos ao próprio currículo? No entanto, basta observar de perto a maneira como essas relações se dão para compreender que há muito por trás do insaciável desejo de ‘crescer na

empresa’. Na luta por cargos de destaque, inúmeros profissionais utilizam-se de recursos pouco positivos ou produtivos. Recusam-se a desempenhar tarefas, a assimilar feedbacks e passam por cima das instruções repassadas por seus superiores por que, de alguma maneira, consideram-se melhores que aqueles a quem estão subordinados. Incorrem em prepotência para provar que estão mais aptos e prontos para desempenhar aquela função. De outro lado, profissionais excelentes e com grande potencial optam por abrir mão da proatividade, da capacidade de se impor e de apresentar inovações. Ficam acomodados em suas rotinas e, ainda que cansados de encará-las, preferem manter-se a parte de qualquer responsabilidade maior que eventualmente lhes seja repassada. Em suma, enquanto uns buscam o reconhecimento a qualquer custo, outros optam pelo anonimato. Nenhum deles se dá conta de que esses comportamentos trarão, em curto ou longo prazo, resultados inesperados e invariavelmente negativos. Entre as principais consequências decorrentes de tais ações, está a sensação constan-

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te de insatisfação com a desvalorização profissional. Será possível evitar essa frustração?

O caminho até aqui Consolidar a própria carreira exige, acima de tudo, autoconhecimento. A partir dessa ferramenta, o profissional torna-se apto a enxergar quais são seus verdadeiros atributos e a identificar quais pontos precisam ser aprimorados. Ao assumir com honestidade tudo aquilo que é seu, qualidades e defeitos, ganha a oportunidade de mudar sua trajetória e caminhar em direção àquilo que realmente deseja alcançar. Essa avaliação interna necessita de comprometimento e de mudança de paradigmas. Aqueles que assumem qualquer risco na busca por cargos mais altos devem, inicialmente, voltar os olhos para si e questionar-se: estou realmente pronto para desempenhar essas tarefas? Por que me considero mais apto para realizá-las que outros profissionais? Em quais pontos tenho deixado a desejar? Minhas ações visam a gerar resultados positivos para meus colegas de traba-


OTIMISTA

lho apenas para mim? Estou aberto a sugestões? Gosto de compartilhar ideias e iniciativas? Essa reflexão deve ser exercitada continuadamente até que se possa identificar a origem desses comportamentos. E, com frequência, essa análise nos leva de volta à infância. Quando pequenos, não tivemos outra alternativa que não obedecer a familiares e adultos e sermos totalmente liderados. Magoados e ressentidos com a impossibilidade de decidirmos por nós mesmos, prometemos que nunca mais seríamos mandados. Chegamos à fase adulta comprometidos com esse ideal e incapazes de sermos subordinados. Da mesma forma, os colaboradores que optam pelo ‘anonimato’ podem e devem realizar um processo interno semelhante: por que não exponho minhas ideias aos meus colegas de trabalho e superiores? Por que não tomo iniciativas em relação às funções que desempenho? Em que aspectos essas características me beneficiam? Em quais aspectos me prejudicam? Novamente, a resposta e explicação para esses comportamentos podem estar na infância. Basta lembrar que, quando éramos pequenos, todas as decisões importantes eram tomadas por outras pessoas, como pais e familiares. Por isso, não precisávamos nos responsabilizar por essas deci-

sões, ainda que tivessem resultados negativos. Sair dessa posição pode não ser fácil para algumas pessoas, que, na fase adulta, sentem-se inseguras para liderar, fazer afirmações ou apontar caminhos.

Ponto de mudança Inúmeras pesquisas ligadas ao mercado de trabalho destacam as atitudes comportamentais como decisivas nas conquistas profissionais. Conhecimentos técnicos são pré-requisitos importantes, mas o que de fato permite a um profissional apresentar desempenho acima da média está muito mais relacionado às suas habilidades pessoais ou, mais especificamente, à sua capacidade de autoliderança e de gerenciamento interno de emoções e comportamentos. Por isso mesmo, o autoconhecimento e a conquista da autoconsciência são tão importantes para que se possa alavancar a própria carreira. A partir dessas ferramentas, o profissional encontra o equilíbrio e descobre o que, de fato, espera de seu trabalho. Ele encontra sabedoria para liderar a si mesmo e, a partir daí, passa a colaborar efetivamente para a sustentabilidade do clima organizacional em que está inserido. Por isso, cabe a cada profissional

despertar o líder humano que já existe nele, isso é, o líder capacitado a reconhecer suas qualidades e suas fraquezas, seu potencial e suas deficiências. Para isso, é fundamental passar a vida a limpo desde o seu nascimento até o momento atual e descobrir, com clareza, como você se tornou a pessoa que se tornou. A partir daí, entra-se em um processo de transformação emocional. O novo líder será aquele que voluntariamente se apropriar de todo o seu bem e de todo o seu mal, isso é, de sua humanidade. Em outras palavras, as novas lideranças surgirão naqueles que já se aprofundaram no autoconhecimento, naqueles que foram preparados, descobertos e escolhidos por eles mesmos, tornando-se capazes de mudar o mundo e enfrentar as adversidades com novas possibilidades. No entanto, esse conhecimento não virá do professor, do mercado, da mídia ou do outro, mas, sim, de você mesmo. Se é essa a trajetória que você deseja percorrer, venha bater um papo conosco. O Centro Hoffman acaba de lançar o curso Educação para Líderes, que propõe, justamente, o autoconhecimento como ferramenta indispensável ao desenvolvimento de lideranças. Acesse o site http://goo. gl/581kj2 e abra-se para essa nova experiência!

Heloísa Capelas Diretora do Centro Hoffman no Brasil. Conferencista, aplica cursos com a metodologia Hoffman, considerada por Harvard um dos trabalhos mais eficazes de mudança de paradigmas para líderes. Escritora dos livros Ser + Inovador em RH, Ser + em Gestão de Pessoas e Master Coaches pela Editora Ser Mais. heloisa@centrohoffman.com.br www.centrohoffman.com.br e www.heloisacapelas.com.br

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Elcio Assis

Corporativo

Ambiente de trabalho multicultural pode melhorar o desempenho das empresas

A

evolução das necessidades do consumidor nos últimos 50 anos foi muito grande, devido a diversos fatores como o crescimento da população, aumento da diversidade de produtos e serviços disponíveis, e o acesso às informações num tempo muito mais curto e de uma forma muito mais rápida, por meio de dois toques na tela de um celular ou tablet. Phillip Kotler (2010) menciona em seu livro sobre Marketing 3.0 três tipos de consumidores: O 1.0 um consumidor passivo que somente recebia os estímulos (pelas ferramentas de Marketing) para comprar algo, o 2.0 que nasceu na era da informação, tendo acesso a informações sobre produtos/serviços, e podendo fazer comparações e escolhas com mais liberdade, e o 3.0 que é o consumidor que busca valores, que muitas vezes estão atrelados à uma cultura específica.

“Marketing consiste em todas as atividades pelas quais uma empresa se adapta a seu ambiente- criativa e rentavelmente. ”Ray Corey (Kotler, 1998.p.22). O ambiente empresarial teve que evoluir para se adaptar e tirar proveito deste novo mundo que surgiu com a internet e o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, um mundo totalmente globalizado e conectado 24 horas por dia. Essa conexão global é uma busca constante das empresas que querem continuar a crescer, pois, inevitavelmente a única opção para continuar crescendo é a expansão para outras áreas do planeta, áreas essas que podem conter valores e culturas diferentes das que a empresa está acostumada. Alguns autores já vislumbravam esse futuro, Chiavenato (2004) em seu livro sobre Teoria Geral da Administração menciona que a nova economia é uma economia interligada em rede, integrando moléculas em grupos que são conec-

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tados a outros para criar riqueza. Essa conexão pode ser mais forte e contínua se a empresa tiver um ambiente multicultural, no qual onde as pessoas falam mais de um idioma, e tenham experiências que possam ajudar a construir uma organização melhor e mais produtiva, além de atraente para o consumidor. A necessidade de expansão e crescimento é normal e sadia para todas as organizações, e na maioria dos casos, essa necessidade inclui escritórios em pontos estratégicos do planeta, facilitando assim o contato e o entendimento das expectativas do consumidor local. Quando a empresa internacionaliza, ela corre o risco de encontrar práticas profissionais e costumes diferentes do que está acostumada, já com um ambiente multicultural, esses fatores podem não ser tão críticos, pois, a adaptabilidade já faz parte da cultura da organização. Uma organização multicultural é mais adaptável a qualquer situação que pos-


Corporativo

sa ser exposta, como consequência das inúmeras adaptações que seus membros tiveram que fazer para entender, compreender, simpatizar e produzir com pessoas que podem ter visões completamente diferentes e ainda assim, buscar um resultado positivo para a organização. O grande desafio é colocar as peças originárias de diversas partes do globo e fazê-las encaixar, caso isso aconteça, podemos dizer que a empresa montou uma máquina que pode produzir muito, e com uma qualidade muito maior que possa ser atraente em todas as partes do planeta. Hoje falamos muito da globalização, de marcas globais, e do desenvolvimento de negócios em terras além das nossas fronteiras, o consumidor está cada vez mais exigente, e a sobrevivência de uma empresa ou organização, podem depender do entendimento das expectativas ou necessidades desse consumidor de uma forma geral. A busca pela melhoria contínua é incessante nas empresas que querem um futuro melhor, e para isso, nada melhor do que aprender as coisas boas que outras culturas podem nos ensinar e utilizá-las para o crescimento, e desenvolvimento na direção dos objetivos organizacionais. Vamos às vantagens de se ter um ambiente multicultural em uma empresa: A empresa terá mais facilidade em se

relacionar com empresas estrangeiras, terá uma amplitude maior da rede de contatos comerciais, uma diversidade de ideias que podem fomentar o negócio, a expansão do negócio para novos mercados, e uma melhor compreensão dos anseios e necessidades de clientes externos, melhorando assim a imagem social da empresa. Num artigo da revista Exame(mar/ 2013) sobre o fundo 3G, é mencionado que só na AB InBev existem 84 brasileiros nas operações ao redor do mundo, comprovando a existência de um ambiente de trabalho multicultural muito produtivo e eficiente. Da mesma forma que empresas ao redor do mundo andam contratando talentos brasileiros para melhorar seu desempenho, as empresas brasileiras também estão investindo em talentos estrangeiros (estes buscando novos horizontes após a crise de 2009), todas em busca de um desempenho melhor, uma visão mais multicultural, e uma eficiência maior em todas as áreas de atuação. Concluindo, um ambiente com membros de várias origens pode ser extremamente produtivo e eficiente, tendo em vista que o mundo hoje esta praticamente livre de fronteiras quando se fala de negócios. Convido você a refletir se a montagem de uma equipe de trabalho dessa forma não seja a melhor opção quando os objetivos organizacionais da sua empresa são o crescimento e a eficiência.

Elcio Assis Pós-Graduado em Comunicação Empresarial e Maketing com formação em Gestão em Negócios pela UB, com mais de 15 anos de experiência na área Comercial. Escritor do livro Consultoria Empresarial pela Editora Ser Mais. elcioassis@uol.com.br editorasermais.com.br 49

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MARCELO ORTEGA

VENDAS

O vendedor é quem deve ser fiel!

V

ocê pode fazer milhões de coisas para conquistar clientes, mas para perdê-los basta apenas uma coisa: esquecer um detalhe que for. De nada adianta seu esforço em fazer a primeira venda se você não acompanhar o cliente no momento em que ele mais quer a sua companhia, logo após o fechamento da venda. É comum que vendedores busquem conquistar sempre novos negócios e muitas vezes se esqueçam de monitorar se o cliente que acabou de comprar satisfez seus desejos e

necessidades, ou ainda, sentiu até mais que isso, se encantou algo mais, algo que não esperava. A pessoa ou empresa que se torna cliente seu, espera de você, suporte, presteza e atenção também depois do fechamento da venda, no pós-venda. Se você ou sua equipe abandona o cliente nesse momento e só depois de algum tempo volta a visitar ou ligar para o cliente, vai encontrar um cliente ressentido ou sem aquela mesma sintonia conquistada durante a venda. Ou, o que é pior, esse cliente estará perdido. É muito mais fácil vender numa empresa ou para uma pessoa que

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já comprou do que para quem nunca comprou. Além disso, muitos estudos dizem que é mais barato para uma empresa manter seus clientes atuais do que conquistar novos clientes, principalmente por que muitas vezes é preciso fazer descontos, concessões e promoções para conquistar um cliente novo. Por isso, neste artigo especial falarei sobre a importância de investirmos na fidelização de nossos clientes, além de sobre as melhores práticas do pós-venda! Certa vez, numa loja de carros que não revelarei nem o nome nem a marca, por questões éticas, vivi uma


VENDAS

situação que ilustra bem esse tema: Um vendedor recebe um senhor de idade que era um dos principais clientes daquela loja. Tratava-se de um empresário que comprara uma frota de veículos para sua empresa e trocava também seus carros mais antigos por novos naquela loja. Percebi que o vendedor já tinha intimidade com esse cliente e até o tratava com muita liberdade. Mas o que mais me intrigou foi ver que, quando apareceu uma pessoa na loja, possível comprador, e perguntou algo a esse vendedor, ele simplesmente abandonou aquele senhor empresário e cliente e foi atender esse novo contato. Depois do ocorrido, questionei o vendedor: por que ele havia optado por deixar o senhor de idade para atender aquela pessoa desconhecida? Ele simplesmente me disse que o senhor de idade já era cliente, e o desconhecido, ainda não. Ora, diante de tal absurdo, eu posso concluir: ainda existem empresas que traçam estratégias orientando equipes de vendas a tratar melhor o novo cliente do que o cliente antigo. Quer um outro exemplo que vivenciei: fui cliente de um grande banco durante 10 anos, até que um dia fui tratado da mesma maneira que o cliente da loja de carros. Notei que duas pessoas de minha equipe de

vendas haviam recebido presentes do banco, tais como um ano de assinatura de revista grátis ou uma viagem para o Nordeste. Questionei o motivo da premiação e eles me disseram que tinham acabado de abrir conta naquele banco e, óbvio, adoraram os prêmios que ganharam com a abertura da conta. Por se tratar do mesmo banco que o meu, eu logo liguei para a central de atendimento para verificar o que haviam reservado como prêmio para mim, correntista há bastante tempo e detentor de três cartões de crédito daquela instituição. Acredite se quiser, a resposta da atendente foi que eu não fazia parte daquela campanha de incentivo. Mesmo assim, eu procurei uma melhor explicação, questionando o motivo pelo qual as duas pessoas de minha equipe, que acabaram de se tornar clientes, tinham sido beneficiadas e eu, como cliente antigo, não estava sendo premiado e bem tratado também. Bem, ela nada pode fazer, apenas disse que eu não tinha direito a nada e que aquela campanha era para trazer novos clientes. O que eu fiz? Mandei carta ao gerente de marketing do banco demonstrando minha indignação com o ocorrido e, como não tive nenhum retorno, hoje sou cliente de outro banco! Eu pergunto: será que o banco ou a loja de carros saíram ganhando?

No curto prazo pode até ser, mas esses exemplos são comuns e fazem que, no longo prazo, os clientes deixem de ser fiéis, pois fidelidade é algo remoto nos dias de hoje e depende muito da atenção que damos aos detalhes. Por que eu contei essas histórias? Aliás, são apenas algumas que sei e presenciei, pois situações assim acontecem todos os dias em todos os lugares. Eu as contei para que você possa avaliar a sua conduta (ou de sua equipe) quanto ao atendimento na pós-venda. Costumo dizer em minhas palestras e treinamentos que, existem pelo menos dois elementos de sustentação, para a fidelidade, de um cliente: a satisfação e o relacionamento. Vise sempre a satisfação de quem compra de você, é sua obrigação com seu clientes. Utilize o relacionamento como uma porta para novos clientes. Muitos vendedores acreditam que é perda de tempo relacionar-se com um cliente após a venda; afinal, o seu objetivo já foi atingido. Porém, se você mantém o nível de satisfação do seu cliente elevado, ele não hesitará em indicá-lo para amigos e conhecidos, que poderão tornar-se seus clientes também!

Marcelo Ortega Vendedor, Treinador, Palestrante e Fundador do Instituto Marcelo Ortega Autor dos Best-Sellers: Sucesso em Vendas e Inteligência em Vendas – Ed. Saraiva www.institutomarceloortega.com.br - Formando Treinadores e Líderes Educadores www.marceloortega.com.br editorasermais.com.br 51

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Leticia Belia Rodrigues

DESENVOLVIMENTO HUMANO

Trabalhar no exterior é um diferencial no

O

currículo

processo de construção de uma carreira costuma ser bastante desafiador, não importa em que fase estamos. São muitos caminhos possíveis, e diferentes decisões a serem tomadas. Mesmo depois de escolhermos uma área de atuação e completarmos uma faculdade, as dúvidas continuam: devo fazer uma pós-graduação? No Brasil ou no exterior? E se eu estudar uma língua estrangeira a mais? E se conseguir trabalhar por algum tempo em outro país? Qual a melhor forma de valorizar meu currículo e conquistar melhores oportunidades? A consolidação de um mundo globalizado traz novidades quanto ao

que faz destacar um currículo frente aos demais. Dependendo da empresa em que o candidato quer trabalhar e de sua área de especialização, ter experiência de trabalho no exterior pode fazer toda a diferença. Esse perfil é buscado em processos seletivos que buscam preencher vagas que expõem o profissional a contatos com pessoas de outros países, sejam pares, gestores ou clientes. Também preferem esses profissionais as empresas que têm vagas que requerem treinamentos técnicos no exterior ou que oferecem a possibilidade de mudança permanente ou temporária do profissional para outros países. Se é este tipo de oportunidade que você busca, é bom ler o restante deste artigo. Quem tem experiência de trabalho

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no exterior, vivenciou outro idioma e outra cultura de uma forma diferenciada, pois esteve exposto a eles em um ambiente profissional. Esta pessoa tem a seu favor a capacidade de adaptar-se a mudanças e a novos ambientes, a perseverança e o desembaraço para assumir novos desafios. Somado a isso, ainda pode articular relações com pessoas de outros países, com sensibilidade para considerar as diferenças culturais que influenciam as necessidades e a percepção de benefícios por cada um. Ainda melhor do que ter a experiência de trabalho, é ter essa vivência somada a um curso de pós-graduação ou MBA, principalmente no caso de profissionais seniores. Para estes, o pleno aproveitamento do período no exterior inclui estudos e trabalho


DESENVOLVIMENTO HUMANO

com foco em sua área de atuação, e conta pontos em processos seletivos. Sérgio Paulo Silvestre, analista de sistemas, aproveitou essa oportunidade e foi longe. Com pós-graduação em E-commerce e MBA em Gestão de Projetos, ele fez uma extensão em empreendedorismo na Universidade de Babson, em Massachusetts, referência mundial no tema (www.babson.edu). Nesta oportunidade, ele desenvolveu um projeto muito bem avaliado pelos professores. Algum tempo depois, o professor Bob Caspe, um de seus maiores incentivadores, fundou uma incubadora de empresas (iecpartners.com) e convidou Sérgio para fazer parte da incubadora por quarenta dias, o que aconteceu em setembro de 2012. Hoje, Sérgio está em fase de operacionalização da sua start-up Verde-se, especializada em soluções logísticas e sustentáveis para redes de supermercados. Em paralelo, o investimento nestas experiências internacionais já rendeu a Sérgio a preferência entre outros candidatos para ocupar seu emprego atual, que exige inglês fluente e oferece a oportunidade de viajar ao exterior a trabalho. Quem quer vivenciar um trabalho

no exterior, deve pesquisar e ficar atento com as especificidades de cada país. Na Nova Zelândia, por exemplo, existe a possibilidade de conciliar uma pós-graduação com 20 horas semanais de trabalho. Basta ter o visto de estudante, que é dado para cursos com duração superior a três meses. Depois de formado, é possível conseguir um visto de trabalho para continuar trabalhando por um ano em terras neozelandezas, segundo informou Germano Gomes, brasileiro radicado no país. Se este for um dos destinos que lhe interessam, informe-se com mais detalhes pelo site de imigração da Nova Zelândia (www. immigration.govt.nz). Outra forma de dar o primeiro passo para essa experiência, é consultar uma entre as várias empresas especializadas em intercâmbio no exterior. Flávia Monnerat, turismóloga com larga experiência no setor, é quem dá as dicas. Segundo ela, o intercâmbio é considerado como uma forma de aperfeiçoamento de idiomas ou para complementar ou concluir o ensino acadêmico, como o High School, no qual o jovem estuda parte do ensino médio em outro país e faz a convalidação das notas

para o colégio brasileiro. Também existem aqueles que buscam o intercâmbio para cumprir a graduação, a pós-graduação, MBA’s e mestrados. Um profissional que já tenha nível avançado em outro idioma pode buscar um curso na sua área de atuação, como Marketing, Economia, Direito, Negócios, entre outros. Alguns desses cursos exigem a comprovação de proficiência no idioma em que fará o curso, pois o intercambista irá estudar com alunos nativos no idioma. Esse teste de proficiência também pode ser feito no Brasil. “Existem ainda os intercâmbios que chamamos de work experience. Estes são para estudantes universitários que utilizam o período de férias na universidade para trabalharem na área de serviços, geralmente turismo e hotelaria. O país que mais contrata esse tipo de mão de obra é os EUA, e claro, é necessário nível avançado de inglês”, diz Flávia. Atente que para cada país e tipo de intercâmbio existe uma particularidade nas exigências de vistos e vacinas. De resto, pesquise as opções que mais agregarão ao que você deseja construir para seu futuro profissional, e arrume as malas, sabendo que o sucesso estará o aguardando.

Leticia Belia Rodrigues Fundadora do Instituto Alicerce, desde 2009 atua como consultora em desenvolvimento humano, coaching de vida e carreira, instrutora e designer de treinamentos cognitivos e comportamentais. Escritora do livro Damas de Ouro pela Editora Ser Mais. leticiacoach.com.br

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Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.

To hang around

TO HANG AROUND: ficar em volta, ficar um pouco mais, permanecer - They hang around that street corner every day whistling at the girls. Eles ficam naquela esquina o dia inteiro assobiando para as garotas. - You don’t have to leave now if you don’t want to. Hang around for a bit longer. Você não precisa ir embora agora se não quiser. Fique um pouco mais. - He hangs around with that gang from the other side of town. Ele fica com aquela gang do outro lado da cidade.

To feel up to

To feel up to significa ter vontade, disposição, animação para fazer algo: I don’t feel up to walking the dog this evening. Eu não estou com vontade de levar o cachorro para passear esta noite. Do you want to go to the cinema? I’m sorry but I don’t feel up to it. Você quer ir ao cinema? Lamento, mas não estou com vontade. I know it’s been a long day, but do you feel up to playing tennis after dinner? Eu sei que foi um dia longo, mas você gostaria de jogar tênis depois do jantar? I’m sorry to cancel, but I just don’t feel up to going dancing tonight. Lamento cancelar, mas eu não estou com disposição para dançar hoje a noite.

To get along with

To get along with significa se dar bem, ter um bom relacionamento: Getting along with colleagues is very important in my job. Ter um bom relacionamento com os colegas é muito importante em meu trabalho. I got along very well with my father and mother.

Eu me dou muito bem com meu pai e minha mãe. Tom and Jerry don’t get along. Tom e Jerry não se dão muito bem.

To go after

To go after significa ir atrás, perseguir, buscar: If you don’t go after what you really want then you’ll never be happy. Se você não buscar o que você realmente deseja, então nunca será feliz. When the Police knew the thief’s identity they went after him. Quando a polícia descobriu a identidade do ladrão, eles foram atrás dele. The cavalry unit was told to go after the retreating soldiers. A unidade da cavalaria foi ordenada a perseguir os soldados em retirada. He decided he was going after the world record for the high jump. Ele decidiu que buscaria o record mundial do salto em altura.

The Cowboy

A tough old cowboy once counseled his grandson that if he wanted to live a long life, the secret was to sprinkle a little gunpowder on his oatmeal every morning. The grandson did this religiously and he lived to the age of 93. When he died, he left 14 children, 28 grandchildren, 35 great grandchildren and a fifteen foot hole in the wall of the crematorium. Vocabulary Help tough - durao counsel - aconselhar grandson - neto sprinkle - pulverizar, espalhar gunpowder - polvora oatmeal - aveia hole - burado wall - parede

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ARTIGO SILVANA MELLO

O “Shift” nos

processos de Coaching

P

assamos uma vida inteira em constante processo de mutação, onde algumas mudanças são inexoráveis, como a mudança física gerada pelo passar dos anos, a mudança mental e afetiva desenvolvida pelos processos de aprendizagem, pelas nossas experiências, por nossa educação, pelos nossos relacionamentos, perdas, vitórias, frustrações e a forma com que aprendemos a processar tudo isso. Por fim, e não menos importante, a mudança espiritual, uma dimensão importante que ga56 editorasermais.com.br

nhamos consciência ao longo dos anos, ou seja, a mudança transpassa a nossa vida de fora a fora. As mudanças não param por aí, dias atrás estive em um cliente que me contou do desafio biológico que seus funcionários atravessam. Perguntei: quais são: “acordar às 5h00 para pegar o ônibus que passa às 6h00 em função de uma mudança no horário da empresa que funcionará das 7h00 às 16h00 ao invés de 8h00 às 17h00. Também temos muitos funcionários que lidam com países muito distantes que precisam estar disponíveis de madrugada”. A mudança está presente em nossas

vidas e, de maneira quase molecular, vamos absorvendo e fazendo as adequações necessárias. Este artigo tem o objetivo de ajudar as pessoas que querem e precisam mudar e de alguma forma enfrentam dificuldades! Algumas reflexões importantes sobre a mudança: 1 – Somos competentes para fazer a mudança em nós mesmos, basta querer, mas querer de verdade Muitas vezes, acreditamos que para resolver uma situação ou problema, é necessário que exista uma mudança somente por parte do outro. Percebemos, porém, que situa-


ções parecidas voltam a se repetir, tornando-se um círculo vicioso, um verdadeiro looping. Isso nos mostra que, se a mudança não acontecer em nós, nunca será efetiva. Certa vez, no meio de um processo de coaching de um executivo que estava no continente asiático, estávamos trabalhando sua Gestão Estratégica, maturidade para uma posição maior, e acabamos descobrindo que a conexão que ele estabelecia com as pessoas era muito pobre, distante e, pouco a pouco, começamos a investigar de maneira mais profunda a forma como ele se conectava com as pessoas. Quando começamos a explorar a maneira como ele se relacionava de um modo geral, descobrimos uma falta de conexão em todos os seus relacionamentos. Essa descoberta foi muito importante para ele, pois estava realmente disposto a mudar e se desenvolver. Sua liderança se transformou por que ele abriu esta porta. Não foi fácil, mas um salto importante na vida e na carreira dele. Ele foi promovido, resolveu ser pai em uma idade já avançada, enfim, fez outras mudanças em sua vida.

Silvana Mello É certificada em Coaching pela Columbia University, Team Coaching pelo TCI de e na Metodologia de Mapeamento de Valores do Centre Barrett de Londres. Atua como Head da Unidade de Coaching da LHH|DBM e Master Coach para a America Latina. www.lhh-brasil.com.br

2 – A importância do autoconhecimento Depois de mais de 1000 horas desenvolvendo processos de coaching para executivos dentro e fora do Brasil, certamente é possível observar que os executivos que têm uma maior consciência sobre suas potencialidades, pontos a desenvolver, valores, crenças, missão e visão de futuro são os que estão mais prontos a responder rapidamente a um processo de mudança. É muito comum encontrar nas empresas executivos que não têm clareza sobre suas potencialidades e pontos a desenvolver. E este é o fator mais crítico na vida de um profissional, pois não se conhecer implica em tomar decisões de carreira baseadas em modismos e oportunismos. Significa frustrar-se com posições que estão acima ou aquém de seu tamanho ou até inclinar-se em uma

carreira que não o fará feliz. Muitas vezes o executivo tem uma boa noção de seu perfil, mas não conhece o impacto de seu estilo no meio ambiente e aprofundar sobre isso ajuda muito nos processos de mudança. Eu apoio um executivo que não tem a menor noção do impacto de seu estilo de liderança e isso é realmente devastador. A ampliação dessa sensibilidade é muito importante. A consciência por si só é curativa e a descoberta da percepção dos outros é valiosa. 3 – A arte de Mudar Depois de querer e se conhecer... Ufa...! Agora é só tomar a decisão de mudar! Parece fácil... A mudança só faz sentido quando tem conexão com sua missão maior no mundo, com sua crença, com seu coração. Certa vez eu estava trabalhando com uma alta executiva que atuava em uma empresa de TI. Ela era linda, solteira, muito competente e, até certo ponto, ambiciosa. Ela queria trabalhar sua visão de futuro, que, basicamente, incluía pensar em sua carreira no longo prazo. Começamos a trabalhar e no meio do processo ela começou a descobrir um ser humano que queria trabalhar por uma causa social, que queria ter uma família bem grande, queria ser feliz, ser uma boa mãe e uma boa esposa. No decorrer dos meses era evidente a sua angústia e surpresa com o desdobramento do processo de coaching. Até que um dia ela me disse: “mas este ser humano sou eu”! Ela casou-se, ficou grávida de gêmeos e mudou sua visão de futuro sobre sua vida e carreira, tudo isso em apenas sete meses. Tenho muito orgulho de ter trabalhado com ela. Certamente ela fez mudanças profundas por que ela quis, estava disposta a se conhecer e tomou a decisão de mudar... E você? Quando você dará o seu próximo passo? O verdadeiro shift começa com uma mudança de atitude, com uma intenção genuína de mudar. editorasermais.com.br 57


ARTIGO gutemberg Leite

Você está preparado para ser um

P

Saber lidar com pessoas, ter espírito de equipe, sair do lugar comum, enfrentar desafios, são algumas das qualidades exigidas para se tornar bom líder hoje

oucos sabem mas existe uma grande diferença entre chefiar e liderar uma equipe. Chefe á pessoa capaz de administrar funções, líder é aquele que inspira outros da equipe e influencia no bom resultados das tarefas. É possível sim a empresa “construir” um líder, claro que ele já nasce com algumas aptidões em seu DNA, mas a forma como a corporação lhe impõe desafios faz com que esse líder aperfeiçoe seus pontos fortes e melhore os “fracos”. O líder precisa também saber trabalhar com diferentes tipos de funcionários, pressões, metas e eventuais demissões. Ele não precisa nascer para esta função, mas pode se tornar um líder excepcional se tiver o acompanhamento certo. Pessoas que só sabem dizer “sim”, não são ideais para serem lideres ou gestores. As empresas querem e necessitam de profissionais para estes cargos que saibam debater e questionar nos momentos devidos e não de marionetes que apenas cumpram ordens. Nenhuma empresa funciona sozinha, e por mais que o líder seja ex58 editorasermais.com.br

celente em todas suas aptidões sem uma equipe ao seu lado ele não terá resultado positivo. Logo uma de suas funções é instigar os que estão ao seu redor, o sucesso nunca será apenas de um, mas de todos, e é isso que alguns não entendem, acham que por ser líder tem um poder soberano. O líder ideal trabalha em parceria com os demais da equipe e não como se ele fosse melhor que alguém. • Promova discussões e debates, o pensamento crítico e criativo, a liberdade de pensar sem medo de censuras ou mesmo de perder o emprego. • O verdadeiro líder está sempre à procura de colaboradores que pensam de maneira diferente e que são por natureza curiosos e questionadores. Pois, ele sabe que precisa se cercar de pessoas que ambicionam romper os padrões estabelecidos para começar novas ideias. • Respostas rápidas em geral não são as melhores, pessoas com este tipo de raciocínio não examinam as questões que lhes são postas com profundidade, com isso o resultado final pode ser comprometido. • Não tenha medo de mudar sua opinião, essa atitude não irá dara você mais ou menos “poder”.

• Não tenha medo de admitir erros perante a equipe, todos somos passíveis de erros. • Encorajar os colaboradores a questionarem absolutamente tudo na organização. Nada deverá ser deixado de lado ou para depois. • Estimular os indivíduos a pensar e expressar suas ideias e pensamentos. • Orientar as pessoas para que usem sua mente de maneira crítica e questionem diariamente suas “ideias preconcebidas”. O profissional que tem medo de pensar tem a sua mente enferrujada prematuramente.

Gutemberg Leite Mestre em Ciências da Comunicação. Administrador de empresas. Diretor Comercial da Meta RH. Escritor do livro Ser+ em Comunicação, Ser+ em Gestão de Pessoas pela Editora Ser Mais.


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Eleita a melhor empresa do segmento de Empregos e RH O site de empregos foi o vencedor do Prêmio ÉPOCA ReclameAqui – as Melhores Empresas para o Consumidor 2013, na categoria “Empregos e RH”. A premiação é um reconhecimento às empresas que melhor se relacionam com os clientes na hora de resolver problemas e atender reclamações.

Parceria inédita no Brasil Unidos pela solidariedade, Avianca e o Instituto Ronald McDonald fecham parceria com o intuito de elevar os índices de cura do câncer infantojuvenil. Os passageiros de todos os voos da Avianca assistirão a um vídeo que apresentará a atuação do Instituto Ronald McDonald na causa do câncer. O objetivo é incentivar doações, que se transformam em unidades médicas equipadas para cuidar de pacientes com câncer, hospedagem para quem faz tratamento fora de suas cidades (Casa de apoio), suporte psicossocial e alimentação.

ASICS fecha acordo com o IBCC Empresa de calçados anuncia uma campanha para ajudar no combate ao câncer no Brasil. A marca lançou no Brasil três tênis de sua linha (GEL-Noosa TRI 8, GT-1000 E GT-2000) com cores específicas desta iniciativa. Na ação de marketing sustentável, 50% da renda obtida com a venda desses modelos será automaticamente revertida para o Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer (IBCC), e a empresa se compromete a doar o valor mínimo de 100 mil dólares.

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Dança das cadeiras MasterCard

Empresa anuncia a nomeação de Gilberto Caldart como presidente da companhia para a região da América Latina e Caribe. Caldart, que atualmente lidera a Divisão GeoSouth da MasterCard, é responsável por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

LHH|DBM

Saraiva

BRToken

Matilde Berna a mais nova integrante do time de consultores da empresa – Consultoria global em mobilidade de talentos – e passará a atuar em programas direcionados à gestão de carreira, que abrangem todo o ciclo profissional.

Michel Jacques Levy é o novo Diretor Superintendente do Grupo Saraiva, empresa do mercado editorial. O executivo vai compartilhar a gestão e liderança da companhia com Jorge Saraiva Neto, Diretor Presidente.

A empresa brasileira desenvolvedora de soluções para autenticação de usuários e assinatura de transações na internet acaba de contratar Adriano Schulz como novo gerente de canais, com passagens por empresas como Avnet, Oracle, HP e IBM.

Fonte: assessorias de imprensa das empresas.

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Manual de prioridades do CEO Manual de prioridades do CEO mostra as várias formas de se evitar e superar as armadilhas existentes no mundo dos negócios. Um guia para orientar líderes a se manter no cargo e executar uma estratégia empresarial bem-sucedida. Neil Giarratana Editora: Saraiva R$ 30,36

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Sabedoria: A competência perdida

Contabilidade das pequenas e médias empresas

Gestão estratégicas de pessoas - com foco em competências

Escrito para estudantes e profissionais de contabilidade, a obra conta com a participação de um seleto grupo de especialistas da área para esclarecer e reunir diretrizes da área para as pequenas e médias empresas (PMEs).

O livro aborda o conceito de competências como instrumento para alinhar a estratégia organizacional a processos de gestão de pessoas e apresenta casos reais de organizações privadas e públicas, grandes e pequenas, extraídos da experiência do autor como consultor e pesquisador.

A obra aborda temas sobre relacionamentos e inteligência relacional e apresenta a sabedoria como uma competência fundamental para nossos dias. Voltado para gestores, líderes e educadores, o livro proporciona o meio para o desenvolvimento efetivo das relações sociais, afetivas e profissionais.

Bruno Rocha Fernandes Editora: Campus/Elsevier R$ 69,90

Homero Reis Editora: Thesaurus R$ 35,00

José Elias Feres de Almeida, Ricardo Lopes Cardoso, Adriano Rodrigues e Eduardo José Zanoteli Editora: Elsevier R$ 129,00

*Fonte: assessorias de imprensa das editoras.

vitrine de sucessos


Sugestão de Sucesso

Clima Organizacional e qualidade de vida no trabalho

É o primeiro livro da “Série MBA Gestão de Pessoas” organizada pela educadora Andrea Ramal e tem o conteúdo voltado para profissionais que desejam entender e implementar melhorias no ambiente empresarial. Em Clima Organizacional e Qualidade de Vida no Trabalho, a autora apresenta teorias e questões práticas relacionadas às experiências de diversos profissionais em sua rotina de trabalho. Patricia Ítala Ferreira LTC Editora R$ 47,00

Todo mês, uma escolha para você ampliar seu conhecimento e Ser Mais! editorasermais.com.br 63


COLUNA pAULO GAUDENCIO

Sua pergunta... Ter experiência e/ou vivência no exterior realmente equivale a uma pós-graduação para as empresas? Tenho interesse em atuar em grandes corporações e vejo que isso pode ser um diferencial. Essa informação procede? Renan Santiago, Engenheiro

...GaudEncio

responde

Não corresponde à realidade, a vivência no exterior tem valor sim. O ideal é que você faça a pós e tenha a vivência. A vivência no exterior mostra o aumento da prática no exercício profissional, a pós mostra o aumento dos conhecimentos teóricos. O ideal é a soma de ambos.

Paulo Gaudencio Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.

Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br 64 editorasermais.com.br


A seção de anúncios mágicos da Ser Mais

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~

EXPRESSAO Reinaldo Polito

Emoções que

T

odos nós, com mais ou menos intensidade, nos envolvemos e até nos emocionamos com sons, cheiros e imagens que marcaram nossa vida. Se soubermos associar o conteúdo das mensagens às possíveis lembranças que marcaram a vida dos ouvintes, aumentaremos as chances de sucesso de nossas apresentações. Por exemplo, pessoas com mais de 50 anos, tendo ou não vivido em cidades do interior, provavelmente, se emocionariam com relatos que falam de trens. Vejo por mim, por exemplo. Histórias de trens e ferrovias me emocionam. Elas me remetem a um tempo feliz da minha vida. Embora tenha me valido muito do transporte ferroviário para as minhas viagens, eu me lembro ainda mais do apito do trem das dez que partia de Araraquara, no interior do Estado de São Paulo, para transportar passageiros ou cargas até as mais diferentes localidades. Era possível acertar o relógio pela regularidade com que aquela cena se repetia todos os dias. Apitava o trem e o carrilhão que ficava na sala de visitas confirmava o horário. Eu me ajeitava debaixo do lençol, já pensando qual o melhor local para brincar no dia seguinte. Algumas pessoas viveram momentos

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tocam os ouvintes

de grande emoção quando um palestrante descreveu com detalhes sua vivência com trens. Sua palestra era sobre os problemas e possíveis soluções para os meios de transporte no Brasil. Para falar sobre as vantagens do transporte ferroviário descreveu sua própria experiência. Contou como gostava de viajar pelas cidades do interior com o pai. Mencionou detalhes das locomotivas movidas a vapor, do uniforme impecável dos conferentes de bilhetes que circulavam pelos vagões, do barulho característico das rodas girando sobre os trilhos. Embora a experiência fosse do palestrante, os ouvintes se transportaram para momentos onde os trens participaram da vida deles ou de pessoas ligadas a eles, como pais, tios, amigos, vizinhos. Um deles fez um aparte dizendo que ouvir aquelas histórias era como se estivesse revivendo suas viagens de trens na época de infância. Nunca vi um aluno indiferente quando apresento minha coleção de vagões e locomotivas que mantenho em meu escritório. Dependendo da palestra, se o tema puder ser contextualizado com trens, não hesito em contar as minhas experiências ou dos ferroviários com quem convivi, como meu sogro e meus tios. Assim como os trens, várias outras experiências são marcantes na vida das pessoas. Quase todo mundo co-

lecionou figurinhas, tampinhas de garrafas, maços de cigarros. Há um universo infindável de informações que fazem parte da história de vida das pessoas e que podem servir para ilustrar os mais diferentes temas das conversas e das apresentações. Colecione essas histórias. Não importa que não sejam suas. Se você ouviu uma boa história que o tenha remetido aos momentos marcantes da sua vida, provavelmente, as suas plateias e seus interlocutores também poderão se emocionar. Não são as histórias em si, mas o que elas produzem na lembrança das pessoas. São essas experiências que tiram o peso do rigor técnico das apresentações e as tornam mais humanas e sensíveis. O importante é que estejam perfeitamente contextualizadas para não parecer que são incluídas na exposição sem razão de ser.

Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br


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