Revista têxtil 727

Page 1


CSMAT.indd 52

30/09/2013 23:54:32


Ricardo Haydu e Ricardo Rossi, novo presidente da CSMAT (Arquivo RT)

Editorial

O editorial desta edição será diferenciado. Pela primeira vez, abrirei mão deste espaço, que será dedicado a homenagear um amigo. Portanto, não falarei sobre as nossas matérias, que estão, como sempre, diversificadas e interessantes.

São Paulo, 02 de outubro de 2013

Caro Ricardo Rossi, Hoje você assume novamente a presidência da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios Têxteis (CSMAT) da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Meu amigo, você assume este cargo em um momento muito difícil para o setor, como todos sabemos, o que torna ainda maior o seu desafio. Eu não preciso falar aqui das suas qualidades como profissional têxtil, seu currículo já é conhecido no setor há tempos, muito embora mereça destaque toda a sua dedicação como professor. É notável a sua vontade de passar adiante a importância e grandiosidade do setor têxtil. Mas eu quero ressaltar as qualidades de um grande amigo. Alguém que me ajudou quando precisei, mostrando imenso valor como ser humano. Eu jamais vou esquecer da força que você me deu, por ocasião de um problema de saúde, em Medellín. A esse amigo, não apenas ao bom profissional têxtil, eu desejo um ótimo mandato. Dar continuidade às lutas levantadas na gestão anterior (com o também amigo Valdir Schick na presidência) e conseguir vencê-las, é um desafio. Como você mesmo lembrou, aproximar o resto da cadeia do nosso segmento, é um desafio. Mostrar para o mercado que, para existir um vestuário de qualidade, competitivo, é preciso de toda a cadeia, a começar pelo maquinário. Mas nós sabemos que a tecnologia e a inovação são o caminho para o sucesso. Quero que saiba, Ricardo, que eu, pessoalmente, e toda a equipe da Revista Têxtil, estaremos ao seu lado nesta empreitada, ajudando na difícil missão de erguer este setor, seja por meio de apoio governamental, seja por meio de apoio do próprio setor. Continuamos na luta! Aos leitores, espero que tenham entendido o motivo tão nobre de trocar o texto do editorial por esta carta. Mais uma vez, a você, Ricardo, meus parabéns, votos de sucesso e um grande abraço!

Revista Têxtil I 01

editorial.indd 1

02/10/2013 23:05:26


Sumário

04 08 12 14 26 28 36 38 40 48

Tecnologia ABTT Inovação Artigo ABIT/ Sinditêxtil Internacional Mercado Tendências Feiras e Eventos CSMAT/ABIMAQ

Foto da capa: stock xchng

Visite nosso site:

Online

www.revistatextil.com.br www.revistatextil.com.br/rv.virtual/default.html

Expediente

Coréia (Korea) – Jes Media International 6th Fl., Donghye-Bldg. – 47-16, Myungil-Dong Kandong - Gu – Seoul 134-070 Tel./Phone: + (822) 481-3411/3 / Fax: + (822) 481-3414

Edição Nº 727 - 5/2013

Correspondente na Argentina – Ecodesul Av. Corrientes, 3849 – Piso 14° OF. A. Buenos Aires - Argentina Tel/Phone: (541) 49-2154 / Fax: (541) 866-1742

A REVISTA TÊXTIL é uma publicação da R. da Silva Haydu & Cia. Ltda. Inscr. Est. 104.888.210.114, CNPJ/MF: 60.941.143/0001-20. • Diretor-Presidente: Ricardo da Silva Haydu; Diretora de Redação: Clementina A. B. Haydu • MTB 0065072/SP • Jornalista: Laura Navajas • Projeto e Produção Gráfica: Carlos C. Tartaglioni Representantes Comerciais Europa – International Communications Inc. Andre Jamar 21 rue Renkin – 4800 – Verviers – Belgium Tel/Phone: + 32 87 22 53 85 / Fax: + 32 87 23 03 29 e-mail: andrejamar@aol.com Ásia (Asian) – Buildwell Int. Co., Ltd. Nº 120, Huludun, 2nd St., Fongyuan, Taichung Hsien - Taiwan 42086 - R.O.C. Tel/Phone: + 886 4 2512 3015 / Fax: + 886 4 2512 2372

Órgão Oficial das entidades

Órgão de divulgação das entidades Abint – Associação Brasileira das Ind. de NãoTecidos e Tecidos Técnicos; Núcleo Setorial de Informação do SENAI/CETIQT; REDAÇÃO/ADMINISTRAÇÃO Rua Albuquerque Lins, 1151 2º andar – Santa Cecília Cep 01230-001 - São Paulo - SP - Brasil Tel/Phone: +55-11-3661-5500 Fax: +55-11-3661-5500 - Ramal 220 E-mail: revistatextil@revistatextil.com.br Site: www.revistatextil.com.br

Publicação bimestral com circulação dirigida às fiações, tecelagens, malharias, beneficiadoras, confecções nacionais e internacionais, universidades e escolas técnicas. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a filosofia da revista. A reprodução total ou parcial dos artigos desta revista depende de prévia autorização da Editora. REDAÇÃO Releases, comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas a matérias. Pedidos de informação relacionados às matérias e à localização de reportagens: e-mail: redacao@revistatextil.com.br PUBLICIDADE Anuncie na REVISTA TÊXTIL e fale diretamente com o público leitor mais qualificado do setor têxtil no Brasil e no mundo: e-mail: revistatextil@revistatextil.com.br ASSINATURAS Para renovação e outros serviços, escreva para: e-mail: revistatextil@revistatextil.com.br

02 I Revista Têxtil

sumario.indd 2

01/10/2013 23:32:22


sumario.indd 3

01/10/2013 23:32:23


Foto: Marcelo Rolim

Tecnologia

Inovações para o Nordeste Empresários da região puderam conhecer os lançamentos e destaques em diferentes segmentos da cadeia têxtil

O

mês de agosto agitou a cadeia têxtil da Região Nordeste, um dos principais polos do país. Entre os dias 20 e 23, a “Maquintex - Feiras de Máquinas, Equipamentos, Serviços e Química para a Indústria Têxtil”, realizada no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza (CE), apresentou os lançamentos e destaques de expositores de diversos segmentos da cadeia. Em sua

Lectra. (Divulgação)

quarta edição, o evento superou em 17% o número esperado de visitação, ao receber 21.387 profissionais do setor. Paralelamente à Maquintex, ocorreu a Femicc 2013. Juntos, os dois eventos, organizados e promovidos pela FCEM Feiras e Congressos, geraram negócios da ordem de R$ 587 milhões. Suas próximas edições estão confirmadas para os dias 18 a 21 de agosto de 2015.

Lectra - Os clientes puderam conhecer mais sobre a “Plataforma Fashion Lectra”, que traz soluções colaborativas de design, modelagem, pré-produção e produção, permitindo que a empresa otimize e agilize todo seu processo de desenvolvimento de produto, que vai chegar mais rápido ao consumidor final. Tudo isso, em um estande conceito, completamente diferenciado. A empresa realizou, ainda, um brunch especial para a imprensa e convidados, no restaurante Fashion Gourmet, para comemorar seus 40 anos. Em uma manhã muito especial, os presentes puderam, entre outras atrações, assistir à palestra “Preparando sua marca para o consumidor de 2015”, apresentada pela Clarissa Araújo, diretora de marketing e relações públicas da WGSN, parceira Lectra.

04 I Revista Têxtil

MAQUITEX2.indd 4

01/10/2013 21:43:53


Tecnologia

Grupo NS – Apresentou, além de sua nova filial NE, em Natal (RN), as suas novas representadas: a suíça Schoeller® Technologies AG, divisão especializada no desenvolvimento de tecnologias de acabamento têxtil, como a ecorepel® (veja mais na página 28) que oferece repelência natural à água e sujeiras de maneira ecológica, a active>silver™, que inibe a reprodução de bactérias, garantindo frescor, higiene e controle de umidade. Da alemã Gütermann®, comercializará linhas de costura industriais para o segmento de calçados, couro, móveis, vestuário, têxteis técnicos e automotivos. Já da também alemã Madeira®, trará linhas para bordar de alto padrão.

Delta. (Arquivo RT)

Delta – seu destaque foi a relaxadeira de malha acabada, máquina desenvolvida para o setor confeccionista que possibilita o relaxamento/ descanso da malha de uma forma automatizada e equalizada, gerando as informações necessárias para o confeccionista. O processo é feito em apenas 10 minutos, substituindo o método convencional que dura até 48hrs. Além disso, a máquina equaliza toda a malha do rolo, garantindo a estabilização de todas as camadas enfestadas e cortadas, entre outras vantagens.

Weko – A nova linha de cortadores com sensores IRES, que automatizam o sistema de corte de ourelas foi apresentada. Outra grande atração do estande foi o novo conceito Weko para o processo de aplicação pré e pós-tratamento e secagem de coating, acabamentos e químicos especiais, o COND-it. Ele possibilita a aplicação e secagem em um só equipamento e proporciona a separação de tecidos e malhas para impressão digital usando a nova tecnologia Spectrum para aplicação de produtos químicos. Mathis – Seu destaque ficou por conta de novos controladores touch screen, tanto em máquinas de produção quanto na sua cabine de luz (que também conta com sistema de Colorimetria Minolta), que possibilitam uso e visualização de processos melhores e mais fáceis de administrar. Além disso, a Mathis trouxe ainda informações sobre suas máquinas de tingir fitas.

J-TECK. (Divulgação)

Grupo NS. (Arquivo RT)

Weko. (Divulgação)

Mathis. (Divulgação)

J-TECK – As tintas sublimáticas J-NEXT, que contam com tecnologia Cluster e nanotecnologia, foram destaque no estande, além dos lacres de autenticidade J-TECK. A J-NEXT alia todas as características necessárias para uma produção de qualidade: possuem cores fortes e brilhantes, com alto rendimento e, graças ao uso de nanotecnologia, evita entupimentos na cabeça de impressão. Além disso, é ecologicamente correta, a base de água.

Alerta de mercado, por Sérgio Schmitz: “Há empresas no mercado de tintas sublimáticas digitais se fazendo passar por J-Teck para vender suas tintas. A J-Teck alerta que todas as embalagens de suas tintas contêm um lacre de segurança. Informa, também, que suas tintas são comercializadas em embalagens de litro e não kilo. Na dúvida entre em contato pelo telefone (47) 3267 8400. Não se deixe enganar!”

Revista Têxtil I 05

MAQUITEX2.indd 5

01/10/2013 21:43:57


Tecnologia

Tajima. (Divulgação)

Tajima do Brasil – Apresentou a máquina modelo TMARK C1506, que é mais veloz, robusta e contém uma série de novas funções e possibilidades para o segmento de bordados. O modelo chamou a atenção, pois promete reduzir consideravelmente o volume de quebras de linhas, por causa da alta estabilidade na execução do bordado. Promete também maior velocidade de produção, regulagem automática de altura das barras de agulha, mais facilidade de acesso do operador a áreas de manutenção e uma nova interface eletrônica mais fácil de operar.

Fremplast – A indústria de tintas para serigrafia e impressão digital trouxe como destaque a Linha Subli Cotton, com produtos que permitem a sublimação em peças de algodão, podendo ser aplicado em vários tecidos, como jeans, malhas, sarjas, brim, rendas, entre outros, tornando-os aptos a receber a impressão feita em papel com corante disperso por vários processos, como digital, rotogravura ou cilindros e areografia e, posteriormente, transferidos para o tecido por sublimação. Ecologicamente correta, a linha promove impressão com toque suave e alta solidez e rendimento.

Auccon. (Divulgação)

Auccon – Teve como destaque uma revisora de tecido equipada com controle de tensão, alinhamento automático, balança e aparato para enfraldar o tecido. Além da revisão do tecido (controle de qualidade), a máquina também melhora o tensionamento do rolo e o seu alinhamento, facilitando o trabalho com enfestadeira. Destaque também para o climatizador evaporativo, que reduz a temperatura em ambientes de produção com baixo custo fixo e de maneira ecológica.

Barudan – Com filial no Brasil há 22 anos, a empresa 100% japonesa investe em produtividade. Assim, apresentou máquinas, todas da “série X”, que conseguem superar em até 30% a produtividade dos próprios equipamentos anteriores. As novas máquinas possuem lubrificação automática das lançadeiras e trabalham a uma velocidade de 1200 pontos por minuto.

TRM. (Divulgação)

Fremplast. (Divulgação)

Barudan. (Arquivo RT)

TRM - O destaque do estande no segmento de máquinas de malharia circular foi o tear Pilotelli J-3.0 HSL de meia malha, veloz e sem platinas, bastante versátil. Sua tecnologia permite velocidades até 40% mais altas, com menores superfícies de atrito dos elementos de tecimento. Já no ramo de etiquetas foram apresentadas as Etiquetas Confort, que são aplicadas nas peças de confecção através de ribbon e prensa térmica, garantindo mais conforto e durabilidade.

Gera 3 – especializada em soluções que abrangem toda a cadeia produtiva, da criação, compra, elaboração, planejamento, faturamento e financeiro, apresentou o SIM Fábrica, sistema completo voltado para fábricas de confecção, com módulos como Gestão de Materiais, Compras, Planejamento e Controle da Produção, entre outros; o SIM Loja, sistema voltado para lojas de vestuários e calçados, com controles administrativos de todos os processos de uma loja de atacado e/ou varejo; e o SIM REP, voltado para representantes, que precisam de uma agilidade e acessibilidade para o envio de pedidos.

Gera 3. (Divulgação)

06 I Revista Têxtil

MAQUITEX2.indd 6

01/10/2013 21:44:00


MAQUITEX2.indd 7

01/10/2013 21:44:01


ABTT

Reinaldo Aparecido Rozzatti, Júlio Caetano Horta Barbosa Cardoso, Antonio César Corradi, Walter Kilmar, José Cláudio França (diretor de eventos da ABTT), Raschle Notker (Diretor da Picañol) e Ricardo Haydu.

Uma feira dos nossos tempos para um setor crescente

A

Maquintex 2013, Feira de Máquinas, Equipamentos, Serviços e Química para a Indústria Têxtil, contou com uma programação paralela que mereceu destaque. A Associação Brasileira dos Técnicos Têxteis, ABTT, organizou o “Seminário Tecnológico”, evento diferenciado que uniu empresários e profissionais da cadeia produtiva têxtil e de vestuário, em seminários que apresentaram as novidades do setor. Confira um resumo do que aconteceu por lá.

“Novas tecnologias das máquinas de Tecer”, pelo eng. Walter Kilmar, da Picanol A palestra apresentou tecnologias de tecer com inovações no modelo OptiMax, com novos desenvolvimentos de pinças guiadas; a transferência, no centro, controlada mecanicamente por pinças e movimentos do batente e das pinças, com uma nova performance para otimizar o processo. Apresentou, também, novidades na área de aplicação do OptiMax, que pode ser usado em: • Tecidos Balísticos - Para-Aramidas (Teijin-Twaron, Kevlar); • Base de Tapetes - Secundária (Giro Inglês) e Primária; • Geotêxteis: Grades têxteis leves (Giro Inglês); • Tecidos revestidos - Tecidos revestidos largos para banners; • Agrotêxteis - Telas abertas; • Tecidos abertos de monofilamento - Telas antigranizo (Giro Inglês).

Por Antonio C. Corradi Presidente da ABTT

Já no Picanol BlueBox, nova plataforma eletrônica do tear da marca, orientada para o usuário, há novos hardware e software, módulo de controle redesenhado, mais completos com refrigeração, placas eletrônicas com design mais robusto e modulares, o que significa menos peças de reposição em estoque. A plataforma também oferece possibilidade de check-up remoto. Por fim, Kilmar falou sobre o sistema Ecofil, que elimina o desperdício do lado esquerdo do tear, o que representa uma economia de no mínimo cinco centímetros.

“Resíduos Têxteis”, pelo técnico têxtil Júlio Caetano Horta Barbosa Cardoso Na palestra, foi apresentada uma proposta de interesse da indústria nacional nos aspectos econômicos, administrativos, financeiros, comercial e tecnológico para estimular o desenvolvimento de soluções ecologicamente corretas e socialmente responsáveis, que valorizem o potencial do país em fontes renováveis e reciclagem de produtos. Julio Caetano mostrou as máquinas e equipamentos responsáveis por esta transformação, que possibilita o aproveitamento e a utilização de produtos que antes seriam destinados ao lixo, e exortou as indústrias a cumprirem a Politica Nacional de Resíduos Sólidos e a diminuir o impacto ambiental, reciclando os resíduos sólidos que seriam enviados a aterros sanitários. Ele abordou a ampla utilização dessas máquinas em diversos segmentos da cadeia produtiva, como matéria-prima para fiação e nãotecidos

08 I Revista Têxtil

congresso.indd 8

01/10/2013 22:03:38


ABTT Ele ainda apresentou as características de projetos de incentivos que ganharam apoio do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, por estarem inseridos no contexto de diminuição dos impactos ambientais.

“Economia Criativa e Responsabilidade Socioambiental”, pelo prof. eng. Flávio Sabrá, do SENAI CETIQT; O Prof. Sabrá nos apresentou sua linha de pesquisa em Economia Criativa Espacial, que investiga as relações entre as apropriações do espaço por lugares e dispositivos humanos e a criatividade. O objetivo é oferecer suporte a políticas de desenvolvimento cuja fundamentação transcenda a dicotomia produção e consumo. O mercado das redes sociais é o ambiente em que as relações entre produção e consumo ocorrem. Mas, se necessitamos saber qual a contribuição a ser dada, teremos: A moda e o design são atividades criativas que possuem grande potencial para a absorção cultural e a criação de símbolos e valores compatíveis com as aspirações da nova sociedade. As estruturas da sociedade dependem de relações muito mais amplas e complexas do que aquelas que podem ser medidas apenas pelo capital econômico. A adoção de novos símbolos e valores que materializem os capitais sociais e culturais de um lugar pode ser assumida pelo design e pela moda. As identidades dos locais são promovidas por este processo e aparecem como elementos de projetos de produtos têxteis e confeccionados de alto valor agregado, desde que validados pelas redes sociais locais e globais. Nossa grande luta é desenvolver uma cultura do saber local com conceitos de moda e design e o resgate de como fazer. Na apresentação da Responsabilidade Socioambiental, o prof. Sabrá nos informou sobre o Laboratório de Sustentabilidade para a Cadeia Têxtil e de Confecção, montado pelo Cetiqt, que desenvolve estudos e pesquisas acerca de produtos e processos inseridos na cadeia produtiva, de acordo com parâmetros que estruturam o tripé da sustentabilidade, que são: • Ambientalmente correto - conscientização da fragilidade do ambiente físico e os efeitos sobre a atividade humana; • Economicamente viável - sensibilidade aos limites e ao potencial de crescimento econômico, seu impacto na sociedade e no ambiente, garantindo a competitividade de seu negócio; • Socialmente justo - compreensão das instituições sociais e seu papel na transformação e no desenvolvimento. Sabrá apresentou, também, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, LEI Nº 12.305, de 02 de agosto de 2010,

que descreve a logística reversa como um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Ele ainda falou sobre estudos de casos de produtos e processos e das pesquisas efetuadas pelo Cetiqt. Abordou a importância das ações e das investigações contempladas nas questões ambientais, sociais e econômicas que fazem parte do escopo do laboratório, posicionando as instituições de ensino como um instrumento de pesquisa para a indústria de confecção.

“Sustentabilidade e Meio Ambiente”, por Reinaldo Aparecido Rozzatti, da ABTT Em sua palestra, Rozzatti coloca o homem como o único responsável pelo atual estado de degradação da qualidade de vida do planeta. Se não houver consciência coletiva de que é necessário esforço de todos e ampla colaboração governo-sociedade, o legado que deixaremos para as próximas gerações será bastante sombrio. Para ele, todos nós temos o dever de preservar o meio ambiente, através do uso racional e controlado dos recursos naturais e do reaproveitamento dos materiais têxteis e todos os demais que possam ser reciclados. A água é o elemento mais importante para a sobrevivência do homem, pois, à semelhança do planeta, é formado por cerca de 71% de água em seu organismo. Do volume disponível de água no planeta, aproximadamente 97% está nos oceanos. Cerca de 2% é encontrada em estado sólido, formando grandes massas de gelo nas regiões próximas dos polos e no topo de montanhas muito elevadas. Só 1% da água está disponível em reservatórios subterrâneos, rios e lagos, nem sempre potável. A principal causa do “Efeito Estufa” é a grande emissão de CO2 (dióxido de carbono), resultado da queima de materiais fósseis para a geração de energia motriz e térmica para a produção de vapor, que irá acionar turbinas, geradores e aquecer água/banho para os processos industriais. Uma das grandes contribuições para a redução da emissão de dióxido de carbono é a substituição de combustíveis fósseis – carvão, petróleo, madeira etc. – que necessitam da sua queima, por energia renovável, que vem de recursos naturais como sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica, pois são naturalmente reabastecidos, além de fontes limpas. O desenvolvimento sustentável só é possível onde a exploração dos recursos naturais e a orientação dos investimentos estejam de acordo com as necessidades atuais da humanidade sem comprometer as futuras gerações (Tópico da Agenda 21 – Rio de Janeiro, 1992).

Revista Têxtil I 09

congresso.indd 9

01/10/2013 22:03:39


ABTT O triângulo da Sustentabilidade é composto pelo uso racional da água, menor consumo de energia – como consequência menor consumo de combustíveis necessários para geração de energia, eletricidade, vapor etc. – e, portanto, menor geração de CO2, o grande causador do efeito estufa que provoca o aquecimento global. Vejamos algumas ações para que nossa indústria têxtil, de confecção e de moda possa colaborar de maneira efetiva para a sustentabilidade do planeta: • Controlar fluxo e volume nos banhos e máquinas; • Otimizar processos de produção e ajustar a qualidade do pré-tratamento, seguindo as necessidades de produção; • Pesquisar a possibilidade de combinar diferentes tratamentos em um único processo; • Pesquisar possibilidades de reuso da água; • Coletar e armazenar a água da chuva. • Quando desenvolver produtos, obter os looks desejados sem ir para extremos de desbotagem total da peça para posterior tingimento. E procurando obter efeitos em peças confeccionadas empregando ozônio, laser e ação mecânica. O uso destes recursos contribui também para economia de combustível na geração de energia, pois são dispensadas as operações de secagem. Na confecção, desenvolver programas de coleta e separação de retalhos de tecido, aparas no corte do enfesto, resíduos de tecido gerados na operação de costura, pontas e sobras de linhas, pois são materiais nobres e que podem ser desfibrados para reaproveitamento. As fibras assim obtidas podem ser misturadas com materiais virgens, obtendo fios para comercialização e fabricação de novos materiais têxteis, ou usadas para a produção de mantas de nãotecidos para a fabricação de carpetes, para uso na indústria automotiva e de isolamento e outros.

“As implicações da NR12 na indústria de confecção”, por Moises José de Abreu, SENAI Francisco Matarazzo A palestra tratou sobre a normalização e os estudos que a escola tem feito no sentido de conscientizar os profissionais do setor para o cumprimento e adequação à norma. A NR 12 trata de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, definindo referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção que devem ser observadas para garantir a saúde e integridade física do trabalhador. De-

vem ser adotadas, em ordem, medidas de proteção coletivas, medidas administrativas ou de organização do trabalho e medidas de proteção individual. Moisés apresentou dispositivos fixos e móveis para atendimento da norma e como eles melhoram a segurança e autoestima dos empregados.

“Modelagem Tridimensional para o design de moda”, pela Prof. Elaine Radicetti A professora trouxe as inovações formais possibilitadas pelo uso da modelagem tridimensional/ moulage. Apesar de a modelagem plana ser uma técnica muito precisa e ter sua utilização na indústria de confecção já bem estruturada, encontra seus limites nas construções mais arrojadas e conceituais de determinadas peças do vestuário, por dificultar a visualização do formato final do produto, assim, se a construção de volumes diferenciados de peças desestruturadas for feita por esta técnica, sofrerá com a falta de informação e imprecisão das medidas. Para suprir esta lacuna, a moulage (derivada de moule, palavra francesa que significa forma) seria eficaz. Também conhecida por modelagem tridimensional, é uma técnica especial desenvolvida com o auxílio de um manequim de costura ou modelo vivo, o que possibilita a visualização das três dimensões – altura, largura e profundidade. Elaine explicou que, ao se desenvolver uma análise sobre o desempenho da modelagem tridimensional em substituição à plana para a criação de produtos que atendam as necessidades atuais de inovação, é possível compreender quais características favorecem ou dificultam o desempenho do criador de produtos de moda. Desta forma, para a construção de um produto mais completo e que contemple tanto formas básicas como aquelas inovadoras, faz-se necessário o estudo das duas técnicas de modelagem, aprofundando mais na tridimensional/ moulage, permitindo um melhor processo RT de criação. A consolidação das parcerias da ABTT nos mostra a oportunidade de aproximar mais a entidade das empresas, associações e instituições de ensino nacionais e internacionais, visando maior intercâmbio entre profissionais do setor. Queremos trazer pessoas que atuam no campo da pesquisa e desenvolvimento para agregar valor às palestras e seminários que a ABTT vem organizando. Só nos resta dizer que a Maquintex está de parabéns por mostrar a pujança do setor têxtil e confecção, que é o segundo em geração de empregos formais no país. Temos a certeza de que a nova edição, em 2015, deverá superar as expectativas do setor, e reiteramos nossa parceria lembrando que realizaremos paralelamente o “XXVI Congresso Nacional de Técnicos Têxteis”.

10 I Revista Têxtil

congresso.indd 10

01/10/2013 22:03:39


ABTT

Revista TĂŞxtil I 11

congresso.indd 11

01/10/2013 22:03:40


Inovação

A moda dos jovens talentos

D

urante a realização da Maquintex, também aconteceu a final do concurso Ceará Moda Contemporânea, realizado pelo Sinditêxtil/CE. Com o tema “Arte, Moda e Contemporaneidade”, o projeto contou com as parcerias da FCEM, Sindconfecções, Sindroupas, SENAI-CE, SEBRAE-CE, UFC (Universidade Federal do Ceará), Marista, Fanor e Estácio/FIC. Em sua

quinta edição, o concurso reuniu estudantes e profissionais da moda. Ao todo, seis designers apresentaram suas criações na final, na categoria “Design”. O prêmio “Mérito de Excelência” foi conquistado por Bruno Oliveira Araújo. As vencedoras da categoria “Modelagem” foram Rita de Cássia e Ademira Gomes e na categoria “Costura” a vencedora foi Admila Rabelo.

1º lugar: David Lee A coleção “Sobre fábulas e cordéis” conquistou o público ao unir os dois gêneros literários. O jovem estilista encontrou no vaqueiro e no cavalo os personagens para desenrolar sua história. O cavalo ganha voz e ganha uma relação de amizade com o vaqueiro, que os torna um só. Seres fantásticos são destaque na coleção, que usa tecidos atoalhados, bordados manuais (que reproduzem a pelagem do cavalo) e crochês, entre outros detalhes. O estilista contou com o apoio da Vicunha, que cedeu alguns tecidos usados nos looks. Na foto, o brim Spears vermelho, da linha CARBOLumen, que tem aparência similar ao couro, recebe aplicação de um boi bumbá estilizado.

2º lugar: Luis Butrago Sua coleção “Prosopopeias das mãos” traduz a importância do artesanato cearense, que mistura influências de todas as raças que povoaram o estado: rendas e labirintos da europa e a cerâmica africana.

3º lugar: Márcia Silva

Fotos: Divulgação

A coleção “O império em preto e branco” une o grafite, arte urbana, a optical art, que explora a falibilidade do olho, com suas ilusões ópticas, e a moda em looks que misturam efeitos visuais e trabalho manual.

Kelton Souza: “Façanhas de Z.NON” é a coleção inspirada em telas, mosaicos e xilogravuras do artista contemporâneo Zenon. Destacam-se os materiais, como juta, renda, metais e outros, além de técnicas de costura e modelagem.

Bruno Olly: Sob o tema “Filhos da Revolução”, a coleção fez menção às manifestações sociais, que foram retratadas em estampas nos looks. A estrutura firme das modelagens retas e em camadas se inspiram no cubismo. Icléa Coutinho: “As imagens de amor de cordel” é composta de looks que unem inovação e arte popular, em um contraste de branco com o preto, em listras, filós e rendas, com materiais naturais como algodão e linho.

12 I Revista Têxtil

concurso2.indd 12

01/10/2013 23:16:26


Inovação

Revista Têxtil I 13

concurso2.indd 13

01/10/2013 23:16:27


Artigo

O que garante o êxito dos fios Com®4?

F

requentemente nos perguntam que tipo de fio recomendamos para uma aplicação específica. Nem sempre é fácil responder, já que o seu campo de aplicação depende das exigências econômicas da fiação, do produto final, dos clientes e do produtor, entre outras. As seguintes informações devem ajudar a tomar uma decisão relativa ao fio Com4® mais apropriado para cada cliente e respetiva aplicação têxtil. Além da flexibilidade do processo em si, também deve-se ter em conta as caraterísticas do próprio fio. As diferenças existentes entre os diversos tipos de Com4® e a comparação com fios concorrentes serão analisadas separadamente.

Fatores que justificam o êxito dos fios Com4® Cada fio Com4® tem as suas caraterísticas próprias, que o distinguem claramente dos demais, e a sua comparação é um fator decisivo quando se trata de escolher o mais adequado para uma aplicação específica. Para os negociantes e compradores de fios, é importante perceber quais são as diferenças entre os Com4® e os outros fios de anel, compactados, open end e jato de ar existentes no mercado, como também é relevante para a fiação decidir em que tecnologia de fiar e de qual fabricante irá investir. Quando se produz fios, muitas vezes, há um compromisso entre a qualidade e os custos, e pode ser que as vantagens evidentes de uma tecnologia de fiar não possam ser aproveitadas integralmente. Assim, utiliza-se, por exemplo, um rotor menor para atingir uma produtividade mais elevada, mas em contrapartida o fio obtido é menos volumoso.

Quais são as principais caraterísticas dos fios Com4®? Muitas caraterísticas dependem fortemente do título do fio e da matéria-prima utilizada (Figura 2). A tabela mostra

Por Iris Biermann

as caraterísticas principais de cada tipo de fio que podem ser encontradas na prática. O Com4®ring carateriza-se por uma elevada flexibilidade quanto à matéria-prima utilizada, pelo título do fio e o seu caráter. Já o Com4®compact carateriza-se por uma tenacidade muito elevada, pela sua estrutura homogênea e pela baixa pilosidade, assim como a elevada densidade. Com o fio Com4®rotor é possível obter produtos finais com um aspeto muito uniforme, graças à sua estrutura especial. A matéria-prima com a elevada porcentagem de fibras curtas tem como consequência uma regularidade ainda mais elevada que os outros tipos de fios Com4®. Sobretudo no campo de aplicação principal do Com4®rotor – fios de algodão de títulos grossos – estes evidenciam uma menor variação da tenacidade. A pilosidade do fio pode ser definida a gosto, isto é, pode ser alta ou baixa, de acordo com as exigências do produto final.O fio Com4®jet carateriza-se por uma estrutura ímpar, com uma pilosidade mínima muito curta. É bastante volumoso, o que se repercute numa elevada cobertura pelo fio nos tecidos. Graças à sua estrutura especial, com muitas fibras envolvendo o núcleo, evidencia-se por uma elevada resistência à abrasão.

Porque é que um fio Com4® tem tanto êxito no processamento ulterior? As caraterísticas dos fios resultam em vantagens evidentes no processamento ulterior (Figura 3). Com4®ring possui caraterísticas favoráveis que se repercutem no processamento ulterior, isto é, a consequência dos bons rendimentos e as altas velocidades de processamento que resultam em fios com uma qualidade constante. Neste contexto, há que assinalar as vantagens registadas na inserção da trama nos teares de jato de ar. Uma pilosidade mais alta que em outros fios ajuda a transportar o fio pela cala.

14 I Revista Têxtil

rieter.indd 14

01/10/2013 22:26:36


Artigo Com4®compact distingue-se por um processamento a velocidades elevadas. Nos processos ulteriores, mostra uma resistência bastante mais alta em todas as fases, graças à sua elevada tenacidade. Nesses processos, há que realçar o baixo número de roturas, especialmente na tecelagem. A elevada tenacidade permite a aplicação de processos de acabamento de efeito permanente. Cada um desses tratamentos tem como consequência uma redução da resistência do tecido. Se o fio tiver uma tenacidade elevada, então o seu potencial em termos de processos de acabamento poderá ser aproveitado de uma maneira mais eficaz. Com4®rotor: O comportamento no processamento ulterior, onde o andamento é estável em geral, advém da baixa variação da tenacidade. A necessidade em termos de goma é mais baixa, graças à sua estrutura especial, que oferece menor tendência a se enganchar. Se para um fio open end fosse utilizada uma receita para a engomagem similar àquela para um de anel, então haveria o risco de usar goma a mais. Como consequência, haveria mais tendência para roturas, por ser um fio mais rígido. Em termos gerais, o Com4®rotor gera menos fibras voláteis nos processamentos ulteriores, o que finalmente resulta numa redução das limpezas necessárias em teares planos ou circulares. Fio Com4®jet: Para atingir o mesmo tom escuro num tecido fabricado com fios Com4®jet necessita-se de me-

Características dos fios

Características principais de cada fio Com4®

nos corante. Este fato tem, no entanto, os seus riscos. Se a receita para o tingimento não for adaptada ao fio utilizado, corre-se o risco de o tecido ficar “sobretinto”, o que resultaria em um toque mais áspero e uma menor solidez da cor. Graças ao bom envolvimento das fibras na estrutura do fio, regista-se em geral um bom andamento nos processamentos ulteriores. Em termos gerais, isto significa uma menor necessidade de trabalhos de manutenção na malharia. Na tecelagem, o fio tem uma menor tendência para se enganchar e a quantidade de fibras voláteis é mais baixa.

Caraterísticas têxteis positivas dos fios Com4® para o utilizador Neste caso a estrutura do fio também influencia as caraterísticas dos substratos têxteis (Figura 4). Tecidos produzidos com fios Com4®ring se sobressaem por possuírem boas caraterísticas, sobretudo o grau de cobertura nos tecidos de malha, graças à elevada pilosidade. Neste contexto, também há que realçar o toque muito macio. Geralmente produtos fabricados com fios de anel são mais bem aceitos pelos usuários – até por uma questão histórica e de tradição. Fios Com4®compact resultam em tecidos com uma elevada resistência. Aos consumidores, saltam à vista os contornos bem definidos dos motivos estampados, assim Fios Com4® comparados entre si

Fios Com4® comparados com os concorrentes

Com4®compact

Com4®rotor

Com4®jet

A tenacidade mais alta

Alta uniformidade visual

Baixa pilosidade excepcional

Estrutura uniforme do fio Pilosidade baixa Fios de alta densidade

Baixa variação da tenacidade Pilosidade ajustável Alta resistência à abrasão Volume elevado.

Volume elevado Baixo coeficiente de atrito. Alta resistência à abrasão

Com4®jet

Fatores que influenciam comportamento nos proc. ulteriores

Aspecto do substrato têxtil Aplicação têxtil Figura 1: Fatores que justificam o êxito dos fios Com4® Com4® ring

Alta flexibilidade em relação à matéria-prima, tenacidade e caráter do fio

Elevada tenacidade Pilosidade elevada

Figura 2: Quais são as principais caraterísticas dos fios Com4®? Com4®ring

Com4®compact

Com4®rotor

Boas características de andamento

Velocidades de produção altas

Baixa taxa de roturas

Boa inserção na cala, baixo consumo de ar no tear de jato de ar

Baixa taxa de roturas na tecelagem

Elevada tenacidade após os acabamentos

Baixo consumo de goma

Causa menos fibras voláteis e sujidade

Baixo consumo de corantes com a mesma intensidade de cor Baixa tendência para enganchar Causa menos fibras voláteis e sujidade

Figura 3: Porque é que um fio Com4® tem tanto êxito no processamento ulterior?

Revista Têxtil I 15

rieter.indd 15

01/10/2013 22:26:36


Artigo como os padrões Jacquard ou de maquineta em tecidos. A origem deste fato é a estrutura compacta destes fios. Uma pilosidade menor também significa menos refração da luz na superfície do tecido – fios Com4®compact resultam em produtos finais mais brilhantes. Fios Com4®rotor caraterizam-se por um aspecto muito regular do tecido, sobretudo nos artigos em malha. Sua alta resistência contra o deslocamento das fibras também pode ser observada nos tecidos. A estrutura aberta do fio facilita as operações de flanelagem, como por exemplo para cobertores, no campo dos têxteis lar. As superfícies que melhor se adequam para uma flanelagem, quanto à regularidade e durabilidade, são aquelas de tecidos fabricados com fios Com4®rotor. Fios Com4®jet são os favoritos relativamente ao anti-pilling, sobretudo nas malhas. A razão é sua pilosidade singular. É comum dizerem que fios produzidos com uma tecnologia de fiar open end são mais estáveis, as fibras encontram-se num estado energético neutro. Isso é extremamente importante para o comportamento de tecidos de malha. O fenômeno do deslocamento das costuras não acontece utilizando-se fios Com4®jet. Tecidos produzidos com estes fios, devido à sua estrutura, evidenciam um alto poder de absorção de humidade, aspeto importante em artigos para esportes, assim como para roupa interior.

Quais são os principais campos de aplicação têxteis dos fios Com4®? De acordo com suas caraterísticas, os fios Com4® têm os seus campos de aplicação preferenciais (Figura 5). Fios Com4®ring são os mais universais quanto à aplicação. Aqui podemos frisar sua utilização no campo de vestuário e roupa íntima, mas também nos têxteis para o lar. Nos artigos em felpo, é utilizado no tecido base graças à alta tenacidade.

A área de utilização de excelência do Com4®compact é a dos tecidos de camisaria. Mas também existem outras, tais como malha de alta qualidade e tecidos para roupa de cama feitos a partir de fios de títulos finos. O setor das meias também é um campo de aplicação preferencial dos fios Com4®compact. Fios Com4®rotor para Denim são uma simbiose no mercado. Vestuário de trabalho robusto, mas também têxteis para o lar, assim como artigos para uma aplicação técnica, como tecido base para lixas, usam os fios Com4®rotor. A conquista dos mercados pelos fios Com4®jet foi iniciada no setor das malhas. Atualmente, também já são utilizados na produção de tecidos para roupa de cama com fibras celulósicas regeneradas. Futuramente, a expansão do consumo de fios Com4®jet será realizada nas mais diversas áreas.

Fios Com4® em comparação entre si Mesmo na comparação dos diversos fios Com4® entre si, existem aspetos importantes que se referem as suas caraterísticas, nos processamentos ulteriores, e a sua aparência no produto final. As tabelas que seguem mostram regras de caráter geral e tentam mostrar as diferenças em relação às matérias-primas e títulos dos fios, que podem provocar alterações de valências dentro das comparações. Em geral, são válidas as afirmações apresentadas de seguida. Basicamente as tabelas têm que ser interpretadas como segue: quanto mais cruzes houver, mais positiva é a caraterística do fio mencionada. Na comparação, merecem destaque as seguintes caraterísticas dos fios (Figura 6): Elevada tenacidade e alongamento do fio: O Com4® compact evidencia-se na comparação pela tenacidade e alongamento mais elevados, seguido por Com4®ring, Com4®jet e Com4®rotor. No alongamento, as diferenças são menores. Com4®ring e Com4®compact mostram o alongamento mais elevado, seguidos por Com4®rotor e Com4®jet.

Com4®ring

Com4®compact

Com4®rotor

Com4®jet

Boa cobertura

Contornos bem definidos

Alta resistência à abrasão

Sem tendência para torcer (malhas)

Toque e caimento macios

Boa aceitação por parte dos clientes

Elevada resistência do substrato

Superfícies brilhantes

Superfície com aspecto muito uniforme

Flanagem com aspecto uniforme

Baixa tendência para o pilling

Absorção rápida de água.

Figura 4: Caraterísticas têxteis positivas dos fios Com4® para o utilizador Com4®ring Utilização universal Roupa exterior Roupa interior

Com4®compact Camisa social Malhas de alta qualidade Roupa de cama de alta qualidade

Com4®rotor Jeans Roupa de trabalho

Com4®jet Tecidos de malha Roupa exterior

Utilizações técnicas

Roupa de cama

Têxteis lar Meias finas Felpos Figura 5: Quais são os principais campos de aplicação têxteis dos fios Com4®?

16 I Revista Têxtil

rieter.indd 16

01/10/2013 22:26:36


Artigo

Revista TĂŞxtil I 17

rieter.indd 17

01/10/2013 22:26:39


Artigo Variações menores da tenacidade são uma vantagem dos fios Com4®compact e Com4®rotor, seguidos de perto por Com4®ring e Com4®jet. Esta afirmação refere-se às suas aplicações típicas. A menor variação da tenacidade dos fios open end de títulos grossos de algodão é, por exemplo, mais acentuada do que em fios de títulos finos ou de misturas. A pilosidade dos fios não pode ser qualificada como positiva ou negativa, depende sempre do seu campo de aplicação. Uma questão importante é saber se é fácil ou difícil influenciar a pilosidade, sobretudo no que se refere aos critérios de elevada ou reduzida, curta ou comprida. Os fios Com4®jet têm o mais alto potencial para redução da pilosidade, seguidos de perto pelos Com4®compact. Com4®rotor e Com4®ring têm comparativamente um potencial menor para reduzir a pilosidade longa. No que se refere à regularidade dos fios, deve-se distinguir entre a regularidade da massa e a ótica. A primeira, medida com um sistema capacitivo e expressa em CVm (%), pode ter um valor elevado num certo fio, mas isso não significa que ele tenha automaticamente um aspeto irregular numa superfície têxtil . Por este motivo, o departamen-

to tecnológico da Rieter deliberou produzir habitualmente uma pequena amostra de malha circular a fim de apreciar a regularidade visual num substrato têxtil, paralelamente à medição usual da regularidade dos fios (método capacitivo e método ótico). Volume dos fios: Com4®rotor seguido do Com4®jet apresentam o maior volume. O Com4®compact é por natureza o menos volumoso. O coeficiente de atrito do fio – a quantidade de fibras que se solta pela fricção entre dois fios – é um indício relativo à quantidade de fibras voláteis geradas nos processamentos ulteriores. Com4®compact, assim como Com4®jet, mostram os melhores valores, ou seja, a menor tendência para provocar fibras voláteis, seguidos por Com4®rotor e Com4®ring.

Comparação das caraterísticas nos processamentos ulteriores Para analisar as caraterísticas nos processamentos ulteriores haverá que enfatizar os seguintes parâmetros (Figura 7):

Com4®ring +++

Com4®compact ++++

Com4®rotor +

Com4®jet ++

+++

++++

+

++

+++

++++

+++

++

+

+++

++

++++

+++

++++

++

+++

Elevada regularidade ótica

++

++

+++

+++

Alto volume

++

+

++++

+++

Coeficiente de atrito baixo

+

+++

++

+++

Tenacidade elevada

Elevada capacidade de trabalho

Baixa variação da tenaciodade* Redução da pilosidade longa (53)*

Elevada regularidade da massa*

Figura 6: Caraterísticas comparativas dos diversos tipos de fios Com4®

* Depende do título e da matéria-prima quanto mais “+” mais positivo é

Com4®ring

Com4®compact

Com4®rotor

Com4®jet

Baixo consumo de goma

++

++++

+++

++++

Baixa tendência para se enganchar

+

++++

+++

+++

Baixa tendência para libertar pó

++

++++

+++

++++

Velocidade de produção alta na tecelagem

++

++++

+++

++

+++

++++

++

++

++

+++

+++

++++

+++

++++

+

++

Taxa de roturas baixa

Elevado grau de aproveitamento de corantes Alta tenacidade após os acabamentos

Figura 7: Fios Com4® no processamento ulterior. Comparação entre si.

18 I Revista Têxtil

rieter.indd 18

01/10/2013 22:26:39


Artigo Consumo de goma: os fios Com4®compact e Com4®jet têm a menor necessidade de produto de engomagem, seguidos de perto pelos fios Com4®rotor. Devido à sua elevada pilosidade, o fio Com4®ring tem a maior necessidade de produto de engomagem, para reduzir a tendência para se enganchar na tecelagem. Como já referido anteriormente, a tendência para ocasionar fibras voláteis depende, por um lado, da pilosidade própria ao tipo de fio e, por outro, do grau de incorporação das fibras na estrutura do fio. Os fios Com4®compact e Com4®jet têm aqui o comportamento mais favorável. O número de roturas nos processamentos ulteriores está relacionado com a velocidade de produção, a qual pode ser atingida, por exemplo, na tecelagem. A tenacidade absoluta, assim como a variação da tenacidade, são valores decisivos. Nos processamentos ulteriores a taxa de roturas mais baixa foi registada com os fios Com4®compact, seguida pelos fios Com4®rotor. A formação da bobina na máquina de fiar influencia a taxa de roturas nos processamentos ulteriores, assim como as caraterísticas clássicas dos fios. Os sistemas de bobinagem integrados nas máquinas de fiar open end e de jato de ar permitem obter bobinas com uma formação homogênea. Um elevado aproveitamento do corante traduz-se, por um lado, por um tingimento mais rápido e, por outro, por uma menor absorção de corante, mantendo a intensidade da cor. O Com4®jet carateriza-se pelo melhor aproveitamento dos corantes. É possível atingir mais rapidamente a intensidade de cor desejada com uma quantidade menor de corante. Com4®rotor e Com4®compact também mostram um comportamento aceitável quanto às caraterística de aproveitamento dos corantes, graças às suas estruturas.

Qual é o melhor fio relativamente às caraterísticas dos substratos têxteis pretendidas? Comparando os tecidos entre si haverá que realçar os seguintes pontos (Figura 8). Tecidos produzidos com fios Com4®rotor e Com4®jet têm o aspeto mais uniforme, seguidos por Com4®compact e Com4®ring. A estrutura mais clara de tecidos planos ou de malha é obtida utilizando fios Com4®compact e Com4®jet. As estruturas especiais destes fios apoiam a definição exata das listas estreitas em tecidos para ternos. Nas sarjas clássicas, também é bem visível a linha da sarja quando se utilizam fios Com4®compact e Com4®jet. Pilling reduzido: Tecidos produzidos com fios Com4®jet mostram a menor tendência para a formação de pilling. Com4®compact e Com4®rotor têm um comportamento similar neste aspeto. Os fios Com4®ring têm a maior tendência para formação de nódulos nos tecidos correspondentes.

Tecidos com o toque mais macio são claramente o domínio dos fios Com4®ring. Mas também tecidos fabricados com fios Com4®jet e Com4®compact podem resultar em superfícies com um toque macio. Para obter um toque macio num tecido fabricado com fios Com4®rotor é necessário reduzir substancialmente a torção e adicionalmente haverá que enveredar por processos especiais nos acabamentos.

Fios Com4® em comparação com concorrentes Os fios Com4®ring destacam-se, sobretudo, pela constância e reprodutibilidade da sua qualidade. Esta elevada constância de valores registada entre os fusos do mesmo filatório ou até de diversos filatórios do mesmo tipo, e durante a vida útil das máquinas, faz com que o comprador ou o vendedor do fio tenha a segurança de ter efetuado uma boa compra ou uma boa venda. Nos filatórios de anel da Rieter, é possível integrar certos dispositivos a fim de produzir fios especiais, confirmando mais uma vez a alta flexibilidade na produção de fios. Assim, podemos resumir as vantagens dos fios Com4®ring em relação a produtos concorrentes: • Possuem a menor variação entre bobinas de diversos fusos; • Fios com a menor variação da qualidade dentro de uma bobina. Os fios Com4®compact destacam-se por elevado grau de compactação, a menor variação da qualidade, uma elevada tenacidade e um know-how de longa data na tecnologia de compactação em termos globais, se comparado com fios produzidos com sistemas concorrentes. Fios Com4®compact caraterizam-se por uma compactação constante durante um longo período de funcionamento. Esta afirmação baseia-se na longa vida útil dos elementos de compactação, como a superfície dos tambores perfurados, praticamente isenta de desgaste, e que é a alma do nosso sistema de compactação. Dados provenientes da prática confirmam que os valores da tenacidade são efetivamente mais altos do que em fios compactados da concorrência, graças a um guiamento mais preciso das fibras no trem de estiragem durante a compactação. Toda a experiência colhida desde o início do desenvolvimento do sistema de compactação, há cerca de duas décadas, é posta à inteira disposição dos clientes e usuários do sistema Com4®compact. Assim, podemos resumir as vantagens dos fios Com4®compact em relação a produtos concorrentes como segue: • Fios com um grau de compactação mais elevado; • Possuem compactação mais constante entre bobinas de diversos fusos;

Revista Têxtil I 19

rieter.indd 19

01/10/2013 22:26:40


Artigo •

Contam com valores de tenacidade mais elevados; • Sistema que permite uma rápida obtenção de bons resultados em novos tipos de fio. Os fios Com4®rotor destacam-se por poderem ser produzidos com uma baixa torção para uma tenacidade definida e terem poucas emendas, constantes entre si e similares ao fio, em comparação com fios open end concorrentes. Caraterizam-se pela possibilidade de trabalhar com torções bastante baixas, o que é um pressuposto para a produção de tecidos com um toque macio. A tecnologia de ponta da unidade de fiar da máquina Open end R 60 torna possível a produção de fios com torções baixas, mantendo o nível da tenacidade e das imperfeições. O reduzido número de emendas é mais uma vantagem a assinalar em comparação com fios de sistemas concorrentes. A tecnologia moderna e inovadora da unidade de fiar permite um funcionamento impecável e reflete-se numa taxa de roturas bastante baixa. Graças ao sistema inteligente de emendas, com a função AEROpiecing®, é fácil chegar aos ajustes certos para obter uma emenda impecável sob o ponto de vista visual e de tenacidade, similar ao próprio fio. Assim, podemos resumir as vantagens dos fios Com4®rotor em relação a produtos concorrentes como segue: • Fios ótimos para produzir tecidos com um toque macio; • Possuem as melhores caraterísticas para um bom andamento nos processamentos ulteriores;

Emendas praticamente invisíveis nas superfícies têxteis. Fios Com4®jet evidenciam-se pela sua pilosidade singular e pelas emendas não visíveis, em comparação com fios de jato de ar de sistemas concorrentes. O tipo de pilosidade deve-se ao sistema de guiamento das fibras que diverge dos sistemas da concorrência e que é efetuado pelo Fiber Feeding Element (FFE). O sistema de emenda do fio é a diferença mais notória em relação aos concorrentes. O ajuste exato de uma emenda no Com4®jet, quanto ao aspecto e à tenacidade, é efetuado de uma maneira muito mais simples. Assim, podemos resumir as vantagens dos fios Com4®jet: • Resultam em tecidos com uma menor tendência para o pilling; • Sofrem menos roturas nos processamentos ulteriores; • Fios com emendas invisíveis. Na prática, observamos que, muitas vezes, são utilizados simplesmente fios com o custo mais baixo, sem consideração aos eventuais benefícios ou problemas que poderão surgir mais tarde, tanto nos processamentos ulteriores como nos produtos finais. Nos fios, existe um elevado potencial para otimizar os processamentos ulteriores ou as caraterísticas dos substratos têxteis que, nesse caso, é deixado de lado e esquecido. Resumindo, pode-se afirmar que um fio com um custo aparentemente mais favorável resulta, afinal, numa opção com um custo total mais alto ou, como se costuma dizer, “o RT barato sai caro”.

Com4®ring ++

Com4®compact +++

Com4®rotor ++++

Com4®jet ++++

++

++++

+++

++++

++

+++

+++

++++

Elevado volume e grau de cobertura

+++

+

++

++

Adequado para a flanelagem

++++

+++

++

+++

++

+

+++

++

+++

++

++++

++++

+++

++++

++++

+++

++

+

+++

++++

+++

++++

+

++

+

+++

Superfície uniforme

Superfície com estruturas claras (listas, motivo estampado) Baixa tendência para o pilling

Toque macio

Boa absorção de água Elevada resistência à abrasão*

Menor tendência para torcer (malha) Elevada estabilidade dimensional

Superfície com aspecto ++ ++++ brilhante Figura 8: Comparação das caraterísticas de tecidos feitos com os diversos tipos de fios Com4®

* Depende do título e da matéria-prima quanto mais “+” mais positivo é

20 I Revista Têxtil

rieter.indd 20

01/10/2013 22:26:40


Artigo

Revista TĂŞxtil I 21

rieter.indd 21

01/10/2013 22:26:41


Artigo

Estudo do resíduo sólido gerado pelo processo de foto-oxidação catalítica no tratamento de efluentes têxteis Por Daiane C. Lenhard, Célia R. G. Tavares, Alessandra Z. dos Santos, Verônika Carrer Fontana, André Luís da Silva Volpe, Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Engenharia Química.

Resumo O processo de foto-oxidação catalítica tem se mostrado promissor no tratamento de corantes e efluentes têxteis. Nele é utilizado um catalisador, muitas vezes em suspensão, que ao final do tratamento deve ser separado do efluente tratado, gerando um subproduto. Este resíduo necessita ser classificado de acordo com a NBR 10004/2005 da ABNT, para que seja dada disposição adequada a ele. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o resíduo gerado no tratamento do efluente de uma lavanderia têxtil industrial pelo processo de foto-oxidação catalítica. A caracterização foi feita por difração de raios-X e por análises de lixiviação, de acordo com a NBR 10005/2005 da ABNT, e de solubilização, de acordo com a NBR 10006/2005 da ABNT. O material foi classificado como resíduo Classe II-A, não perigoso e não inerte, devendo ser disposto em aterro industrial adequado para este tipo de resíduo. Palavra chave: Foto-oxidação catalítica, resíduo sólido, dióxido de titânio.

1 Introdução Os efluentes gerados em processos têxteis são considerados de grande potencial poluidor e quando descartados sem o devido tratamento, além de modificar a coloração natural dos corpos receptores hídricos, podem provocar alterações em ciclos biológicos afetando principalmente mecanismos de fotossíntese. Em função da crescente necessidade de procedimentos que apresentem uma maior eficiência no tratamento destes efluentes, várias técnicas de tratamento têm sido avaliadas nas últimas décadas. Os Processos Oxidativos Avançados (POAs) são considerados alternativas atrativas para a degradação de contaminantes orgânicos não biodegradáveis em efluentes industriais (Azbar et al., 2004). Estes processos são baseados na geração do radical hidroxil (•OH), que tem alto poder oxidante e pode promover a degradação de vários compostos poluentes em poucos minutos (Freire et al., 2000).

Os radicais hidroxil podem ser gerados através de reações envolvendo oxidantes fortes, como ozônio (O3), reagente Fenton (H2O2/Fe2+), semicondutores, como dióxido de titânio (TiO2) e óxido de zinco (ZnO) e irradiação ultravioleta (UV) (Teixeira & Jardim, 2004). Alguns destes processos caracterizam-se pela utilização de um catalisador sólido e, consequente geração de resíduo do tratamento, o qual precisa ser disposto de maneira adequada para não comprometer o ambiente. Como exemplo, podemos citar os processos que utilizam o reagente Fenton, que geram um precipitado contendo sais ferrosos, e o processo fotocatalítico, nos casos em que se utiliza o semicondutor em suspensão. A Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT) classificou os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. Assim, de acordo com a Norma Brasileira 10004/2004 (NBR10004/2004) da ABNT os resíduos sólidos podem ser identificados como Classe I ou perigosos; Classe II A não-inertes e II B ou inertes. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o resíduo gerado no tratamento do efluente de uma lavanderia têxtil industrial pelo processo de foto-oxidação catalítica, de forma a propor a disponibilização adequada para este resíduo.

2 Material e método 2.1 Amostragem do resíduo sólido O resíduo sólido avaliado neste trabalho foi gerado durante os processos de tratamento de efluentes de uma lavanderia têxtil industrial pelo processo de foto-oxidação catalítica com o catalisador dióxido de titânio (TiO2) em suspensão. Nos ensaios de foto-oxidação catalítica foram utilizados 100 g de TiO2 para tratar 100L de efluente. Após os ensaios, o catalisador foi separado do efluente por decantação durante 48h. O resíduo decantado foi seco em estufa a 105 °C. A amostra analisada foi composta pelo resíduo de cinco experimentos de foto-oxidação catalítica com TiO2.

22 I Revista Têxtil

efluentes2.indd 22

01/10/2013 22:13:51


Artigo 2.2 Caracterização resíduo sólido A caracterização da amostra foi realizada de acordo com a NBR 1004/2004 da ABNT. Para tanto, foi realizado um teste de lixiviação de acordo com a NBR 10005/2004 e um teste de solubilização de acordo com a NBR 10006/2004. Para o teste de lixiviação foram pesados 100 g de amostra do resíduo e transferidos para o frasco de lixiviação. Em seguida, adicionou-se 2000 ml da solução de extração. Fechou-se o frasco de lixiviação, de forma a evitar vazamento, e manteve-se o mesmo sob agitação durante 18 h à temperatura de até 25°C, com uma rotação de (30 ± 2) rpm, em um agitador rotatório. Após este período o material foi filtrado, e o filtrado obtido, denominado extrato lixiviado, foi armazenado a 4°C até realização das análises dos compostos constantes no anexo F da NBR 10004/2004 da ABNT. Para o preparo da solução de extração utilizada no teste de lixiviação foram adicionadados 5,7 mL de ácido acético glacial à água deionizada e o volume foi completado para 1000 mL. Para o teste de solubilização, a amostra do resíduo foi peneirada em uma peneira de malha 9,5 mm e 100 g desta foi colocada em um frasco de 1000 mL. Adicionou-se 400 mL de água deionizada e isenta de orgânicos e fechou-se o frasco. Procedeu-se a agitação manual do frasco em baixa velocidade por 5 min. Em seguida, cobriu-se o frasco com filme de PVC, deixando-o em repouso por sete dias, em temperatura até 25°C. Após este período a solução foi filtrada utilizando um aparelho de filtração guarnecido com membrana filtrante com 0,45 μm de porosidade. O filtrado obtido, denominado extrato solubilizado, foi armazenado a 4°C até realização das análises dos compostos constantes no anexo G da NBR 10004/2004 da ABNT. Tanto o teste de lixiviação como o de solubilização foram realizados em duplicata. 2.3 Análise de difração de Raios-X Também foi realizada a análise de difração de Raios-X para caracterização do resíduo. Para tanto, a amostra foi analisada em um difratômetro de raios-X da marca PHILIPS modelo X’PERT, utilizando radiação de cobre (Cu-Kα) e ângulo 2θ variando entre 10 e 70ºC. Para a identificação das substâncias, utilizou-se o banco de dados JCPDS (Joint Committee Powder Diffraction Standards).

3 Resultado e discussão De acordo com a NBR 10004/2004, um resíduo é considerado perigoso se possuir propriedades de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade. A fase cristalina do resíduo gerado nos experimentos constitui-se basicamente de dióxido de titânio, como pode

Revista Têxtil I 23

efluentes2.indd 23

01/10/2013 22:13:52


Artigo neste trabalho. Os ensaios de lixiviação e solubilização permitiram a classificação do resíduo como Classe II-A, ou seja, não perigoso e não inerte. No extrato solubilizado foram encontradas concentrações de chumbo e manganês acima do limite estabelecido pela NBR 10004, da mesma que forma que o resíduo obtido nos experimentos deste trabalho. Apesar do resíduo gerado no processo foto-oxidativo ter sido classificado na mesma classe que aqueles gerados nos processos convencionais de tratamento, é importante ressaltar que o catalisador utilizado neste processo e que se constitui no resíduo gerado, tem a possibilidade de ser reutilizado no processo de tratamento. Isto aumenta a sua vida útil como auxiliar de processo e consequentemente leva à diminuição da quantidade de resíduo gerado no processo de tratamento como um todo. Análise de difração de Raios-X do resíduo sólido gerado no tratamento de efluentes têxteis por processo de foto-oxidação catalítica.

ser verificado pela análise de difração de raios X, apresentada na Figura 1. A fase amorfa, no entanto, pode conter outros compostos, como metais pesados, como foi verificado pelos testes de solubilização e lixiviação. A NBR 10004/2004 da ABNT também estabelece concentrações limites de alguns metais e íons resultantes nos extratos lixiviados e solubilizados das amostras. A partir da análise do extrato lixiviado é possível classificar os resíduos como classe I, perigosos, e classe II, não perigosos. Como os constituintes relacionados no anexo F da NBR 10004/2004 (Arsênio, Bário, Cádmio, Chumbo, Cromo, Mercúrio, Prata, Selênio, Fluoretos) apresentaram concentrações inferiores às apresentadas pela norma para compostos perigosos, o resíduo analisado foi classificado como Classe II, ou não perigoso. A partir do teste de solubilização é possível classificar os resíduos como Classe A, não inerte, ou Classe B, inerte. Para que o resíduo seja considerado inerte, o extrato resultante do teste de solubilização não deve apresentar constituintes em concentrações superiores às estabelecidas pelo Anexo G da NBR 10004/2004 (Alumínio, Arsênio, Bário, Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo, Ferro, Manganês, Mercúrio, Prata, Selênio, Zinco, Cianetos, Cloretos, Fenóis, Fluoretos). O resíduo analisado apresentou concentração dos metais chumbo, ferro e manganês e de fenóis totais, no extrato resultante da solubilização do resíduo, superior ao limite estabelecido pela NBR 10004/2004. Dessa forma, o resíduo é considerado não inerte, sendo classificado como resíduo Classe II-A, sendo que sua disposição final deve ser feita em aterros industriais específicos para esta classe de resíduos. Ramos (2009) avaliou as características de uma mistura de resíduo sólido (lodo) proveniente do tratamento de efluentes por processos de coagulação/floculação e lodos ativados das mesmas 12 lavanderias industriais visitadas

4 Conclusão O resíduo, gerado no tratamento dos efluentes têxteis, consistiu basicamente de dióxido de titânio associado a fibras têxteis, além de material amorfo, como metais pesados. O mesmo foi classificado como CLASSE II-B, ou seja, não perigoso e não inerte, devendo ser disposto em aterro industrial apropriado para essa classe de resíduo sólido. RT Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004. Resíduos sólidos – classificação. 2004, 71p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.005. Procedimentos para obtenção do extrato lixiviado de resíduos sólidos. 2004, 16p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.006. Procedimentos para obtenção do extrato solubilizado de resíduos sólidos. 2004, 3p. AZBAR N., YONAR T., KESTIOGLU K., 2004, “Comparison of various advanced oxidation processes and chemical treatment methods for COD and color removal from a polyester and acetate fiber dyeing effluent”. Chemosphere. v. 55. p. 35-43. FREIRE, R. S., PELEGRINI, R., KUBOTA, L. T., et al., 2000, “Novas tendências para o tratamento de resíduos industriais contendo espécies organocloradas”. Química Nova. V. 23. p. 504-511. RAMOS, F.M.S. Tratamento de resíduos sólidos da indústria têxtil. Maringá, 2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Programa de Pós Graduação em Engenharia Química, Universidade Estadual de Maringá. TEIXEIRA, C. P. A. B. e JARDIM, W. F., 2004. “Caderno Temático – Processos Oxidativos avançados – Conceitos teóricos”. Universidade Estadual de Campinas – Instituto de Químca. v. 3

24 I Revista Têxtil

efluentes2.indd 24

01/10/2013 22:13:53


Artigo

A qualidade de produtos têxteis

A

percepção do consumidor em relação à qualidade de produtos têxteis, que antigamente já foi incipiente, está cada vez mais aguçada. A qualidade deixou de ser um diferencial no mercado para se tornar um dos valores essenciais para a sobrevivência das indústrias têxteis no Brasil. Neste cenário, o setor cada vez mais demanda respostas rápidas às necessidades de aprimoramento e controle de qualidade dos produtos que chegam ao consumidor final. Muitas vezes, ações simples para o fabricante com acessível relação custo x benefício proporcionam um alto valor agregado ao controle de qualidade de seus artigos têxteis. Uma das ações que podemos indicar é a realização de ensaios de laboratório que permitem monitorar, ajustar e aperfeiçoar padrões de qualidade dos produtos. Como exemplo, cito os ensaios para avaliação de solidez de cor que permitem controlar o quão “resistente” é a cor de um substrato têxtil em face de suor, saliva artificial, água do mar, água de piscina, luz artificial, lavagem doméstica com ou sem cloro, lavagem a seco, além de outros aspectos percebidos pelo consumidor no dia a dia do uso de seu artigo têxtil, seja um vestuário, artigo esportivo, lingerie ou artigos de cama, mesa e banho.

Por Danielle Cordeiro e Érica Missiato

Ensaios de solidez de cor podem prevenir sérios problemas de qualidade, reclamações de clientes, devoluções, custos de retrabalho, bem como desgaste da marca perante o mercado consumidor. Assim como qualquer ensaio de laboratório, os ensaios de solidez de cor devem ser realizados de acordo com normas padronizadas - (ABNT NBR, ISO, ASTM, AATCC, ou outras), em ambiente adequado à condução destes ensaios com equipamentos apropriados e RT conduzido por técnicos capacitados.

Érica Missiato - Gerente de Produtos Têxteis, Vestuário & Calçados e Danielle Cordeiro - Marketing e Supervisora de Vendas (Divulgação)

Revista Têxtil I 25

qualidade2.indd 25

02/10/2013 00:43:55


País rico é país que gera riqueza para combater a pobreza

O

Foto: Divulgação Abit

ABIT / Sinditêxtil

Aguinaldo Diniz Filho Presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção

Brasil passa por um momento histórico, que está abalando as estruturas políticas do país. As pessoas estão indo às ruas não para comemorar gols, ou a seleção, mas para gritar por seus direitos. Esse quadro de indignação e esgotamento das Instituições Públicas já era sentido há anos pelos empresários, diariamente. O gigante Brasil estava adormecido e precisou que a população de forma ordeira e civilizada, se movimentasse como poder originário, para cobrar melhores caminhos. No meio desse turbilhão, a Abit realizou um encontro em Brasília entre empresários do setor, de todo o País, no dia 19 de junho, com parlamentares que defendem a indústria da moda e a indústria nacional. Também foi um momento histórico, pois reunimos mais de 300 pessoas interessadas em lutar por essa causa. Sensibilizar políticos, autoridades e até mesmo nossos pares em relação a uma agenda de competitividade não é tarefa simples, mas no Encontro de Brasília estivemos coesos na direção a seguir. Essa consciência coletiva reconhece que o Brasil foi abençoado com algumas dádivas naturais, como commodities metálicas e não metálicas, mas parece que não sabemos tirar proveito desses presentes. É preciso agregar valor e transformar esses recursos em benefícios para os brasileiros. Um país rico é antes de tudo um país que gera riqueza para acabar com a pobreza. A indústria nacional vem sendo tolhida em sua vocação que é gerar riquezas. Há uma década, a indústria representava quase 30% do PIB. Hoje, está patinando em menos de 14%. O governo criou incentivos, desonerações, redução do custo de energia, margem de preferência, PSI (Plano de Sustentação de Investimento), e dentre outras medidas, todas absolutamente importantes para o setor, que faz uma vez mais questão de reconhecer, mas não são suficientes, infelizmente, tendo em vista uma concorrência desleal e predatória, em que vive o nosso setor. Precisamos sim e talvez a hora seja agora, de uma reforma tributária que desonere, simplifique e dê transparência ao recolhimento de tributos, hoje em torno de 37% do PIB.

No bojo das reformas necessárias, que por longo tempo estão sendo discutidas, urge também, que façamos as reformas políticas, trabalhista e previdenciária, que sem dúvida, abrirão as portas do futuro para a Nação Brasileira. O Brasil sempre foi um player muito respeitado no setor têxtil mundial, mesmo sem exportar tanto. Sua capacidade instalada envolvendo mais de 32 mil empresas, sua autossuficiência no algodão, investimentos médios de US$ 2 bilhões/ ano, sendo um dos parques fabris de referência em sustentabilidade, sempre impressionou os jornalistas e compradores internacionais que vieram conhecer nosso setor in loco. Apesar de toda a representatividade da indústria da moda nacional, de sua força inigualável de gerar emprego e renda para mais de 1,7 milhão de brasileiros, produzindo cerca de 9 bilhões de peças confeccionadas (incluindo-se aí vestuário e cama, mesa e banho) e estando dentre as quatro maiores do mundo, a carga tributária tem sido o grande algoz que está tirando nossa competitividade, juntamente com os produtos importados asiáticos que, ao contrário, recebem todos os incentivos inimagináveis para atravessar o oceano e chegar aqui, de forma tão desleal, muito mais baratos do que as roupas produzidas no próprio Brasil. Esse quadro brasileiro de inúmeros impostos e tributos sociais, previdenciários, ambientais, trabalhistas, é um criadouro de situações que denigrem a moda brasileira, como trabalho análogo à escravidão, informalidade, produtores virando importadores, e por aí vai. A Abit e a Frente Parlamentar Mista Jose Alencar pelo Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção estão defendendo um Regime Tributário Competitivo para Confecção (RTCC), pois acreditam que somente assim será possível resgatar a competitividade e garantir não somente o emprego de milhares de brasileiros, como também crescer e gerar mais renda para o Brasil. Definitivamente, vale a pena lutar por este setor, lutar por cada atividade que gere dignidade ao povo RT brasileiro e lutar pelo Brasil.

26 I Revista Têxtil

ABIT.indd 26

01/10/2013 22:31:31


Foto: Divulgação Abit

ABIT / Sinditêxtil

Revista Têxtil I 27

ABIT.indd 27

01/10/2013 22:31:34


Internacional

Segmento de “sportswear” se prepara para crescer

A

demanda mundial por vestuário para sportswear, indoor e fitness se prepara para um forte crescimento, apesar da retração nos gastos por parte do consumidor e da economia fraca nas principais potências mundiais. O crescimento é atribuído a diversos fatores, entre os quais se destacam a crescente consciência entre os consumidores dos benefícios do esporte para a saúde e bem-estar; um aumento na participação, particularmente entre as mulheres, em atividades esportivas; a abertura de novas instalações para a realização de práticas esportivas e melhorias na funcionalidade e conforto do vestuário desenhado para exercícios indoor. Além disso, desenvolvimentos recentes em “dispositivos para vestir” estão possibilitando que os participantes de esportes indoor tenham altos níveis de recompensa. Esses dispositivos são capazes de coletar dados sobre o desempenho de uma pessoa e possibilitam planejar melhorias em sua performance – o que aumenta sua motivação.

Fornecedores de vestuário para sportswear e fitness estão tentando atender às necessidades deste mercado, criando novos produtos que estimulem o apetite de entusiastas de estilo fitness, encorajando, assim, mais gastos com atividades esportivas. Um dos principais exemplos é o vestuário para yoga, um segmento de mercado cuja participação cresceu nos últimos anos e que têm sido um alvo de sucesso da empresa canadense Lululemon. No começo dos anos 2000, a confecção tinha monopólio virtual no mercado de yoga dos EUA e, entre 2000 e 2012, as vendas cresceram massivamente. Isso atraiu os maiores players do setor de sportswear indoor – incluindo Nike e Adidas – para um mercado que já foi considerado um nicho pequeno demais. Os esforços para desenvolvimentos futuros estão focados no mercado mais efetivo de exercícios físicos, recompensas e prazer, aumentando ainda mais a funcionalidade e conforto das roupas. Tais ações têm o potencial de injetarem mais demanda na indústria de vestuário. As perspectivas para esse mercado, portanto, permanecem brilhantes.

Fibras naturais com acabamento ecológico de alta tecnologia

E

cologia, sustentabilidade e naturalidade são os grandes temas da atual coleção Schoeller. O foco maior está no ecorepel®, a tecnologia de acabamento livre de fluorocarbono para repelir água e sujeira. Biodegradável, muito resistente à lavagem e abrasão, esse acabamento realça diversos tecidos Schoeller. Na atual coleção da marca, a naturalidade desempenha um papel importante não apenas nos acabamentos. Assim, verdes quentes, beges, laranjas e amarelos, bem como os tons do céu e mar dominam. Autênticos e funcionais, tecidos de lãs com fluxo e caída suave também. Efeitos surpresa também são criados na Schoeller com a linha funcional schoeller®-spirit e misturas de algodão com diferentes microestruturas. Todos arejados, oferecem proteção do vento e intempéries climáticas, graças ao ecorepel®, em alguns casos, uma membrana adicional do c_changeTM. Um efeito surpreendentemente refrescante pode ser obtido com a nova linha Cool Fabrics. O tecido schoeller®-dryskin tem tom de limão e conta com um adicional coldblack® para aquecimento e proteção UV, bem como a tecnologia de bem-estar 3XDRY® feelgood, que

mantém o uso agradavelmente fresco em dias quentes ou em situações agitadas. Mais tecidos refrescantes com ventilação excelente e toque gelado são, por exemplo, o leve schoeller®-WB-400 dupla-face em petróleo/ bege ou bege/branco ou o schoeller®-shape, tecido elástico de superfície lisa em sofisticado azul navy. Vários cortes a laser garantem um look técnico e desenhos em uma série de padrões gráficos. Por exemplo, o schoeller®-WB-400 dupla-face em cáqui mate/ bege, ou tão brilhante ou revestido de alumínio em um schoeller®spirit verde menta refrescante.

Cortes a laser: um dos destaques da coleção. (divulgação)

28 I Revista Têxtil

internacional.indd 28

02/10/2013 23:23:08


Internacional

Demanda global de fibras deve crescer em 2013

A

última edição do PCI Fibres Red Book (Relatório da demanda mundial de fibras sintéticas de 2012) mostra que a demanda global por fibras atingiu 82,1 milhões de toneladas em 2012, com estimativas, ainda no meio do ano, de cerca de 85,8 milhões de toneladas para 2013. Ainda segundo o relatório, a demanda em 2010 havia sido de 76,3 milhões e, em 2011, de 78,9 milhões. Essa pesquisa anual de demanda cobre lã, algodão e as fibras fabricadas, tratando tanto do consumidor final quanto das fiações. Todas as aplicações estão inclusas para as chamadas fibras suaves: vestuário, casa e técnicos; fibras pesadas, tais como juta e polipropileno, estão excluídas. A análise divide o mundo como 13 regiões e também detalha capacidade e produção para as principais fibras sintéticas, acrílico, nylon e poliéster, em cerca de 70 países. O relatório existe desde 1990, mas a análise está baseada em dados desde 1960. A demanda final e o consumo das fiações também são previstos até 2030. Depois de ter enfraquecido em 2001, a demanda global por fibras vem crescendo ano a ano, desde então, em uma taxa de 4%, e 2012 seguiu exatamente este número. O consumo de lã pelas fiações caiu, no entanto, em 2,5% em 2012, para 1,06 milhões de toneladas, e o algodão em 2,2%, para 22,9 milhões. O crescimento aconteceu nas fibras artificiais, em cerca de 6,8%, alcançando 58,2 milhões de toneladas. Entre elas, acrílico, nylon staple e nylon para fios de carpete (BCF) todas caíram, com a maior parte do crescimento visto em fibras celulósicas,

que subiram 19%, e nos filamentos têxteis sintéticos, subindo tanto o nylon como o poliéster em cerca de 9,5%. A China permanence como mercado dominante, tanto em consumidores finais, com 30% da demanda global, e como processador têxtil, com 53%. Na lã, tem 33% do consumo fabril, no algodão 35% e em fibras fabricadas 61%. Mas há preocupação que o mercado chinês consumidor de fibras esteja superaquecido. A demanda per capita na China para 2012 esteve em 18,4kg, versus uma média global de 11,7kg, com a Coreia do Sul em 21,3kg, Taiwan em 21,1kg e o Japão nos 21Kg. A China pode tomar esses mercados em um futuro próximo ou suas cifras, especialmente em fibras fabricadas, estão infladas por superinvestimento? E se alguma correção for feita, haverá uma redução na produção chinesa de fibras, o que poderia jogar a indústria petroquímica global fora de equilíbrio, ou gerar um aumento nas exportações, o que afetaria a atividade têxtil no mundo em desenvolvimento, especialmente no sudeste asiático? Essas preocupações estão todas revisadas neste novo relatório, além disso há ainda a influência da questão monetária, e a taxa de investimento em novas fibras e na capacidade têxtil permanece alta, especialmente na China. A demanda global por fibras para 2013 está para aumentar cerca de 4,5% e tais taxas de crescimento não devem relaxar até 2015, quando o padrão de demanda na China estará mais claro e a influência da questão monetária mundial provavelmente reduzida.

Picanol apresenta tecnologias na Techtextil India 2013

A

Picanol sempre foi precursora em adaptar seus teares para possibilitar que eles fabricassem tecidos industriais, tais como lonas e correias transportadoras. Ainda hoje, a empresa foca em tecidos técnicos, combinando suas tecnologias top de linha (que a tornaram líder em teares de vestuário e têxteis para o lar), com uma forte área de pesquisa e desenvolvimento e equipe de serviços que adaptaram os teares de acordo com as necessidades específicas dos produtores de tecidos técnicos. As máquinas da Picanol oferecidas para o segmento são fabricadas na Europa, baseadas em duas plataformas, a OMNIplus Summum airjet e a OptiMax pinça positiva. Essa úlima está disponível em todas as larguras e é basicamente usada para aplicações de maior largura

no segmento técnico: uma variedade de tecidos de muita demanda, tais como airbags de tecidos de uma peça, agrotêxteis superlargos (540cm), vidro industrial, para-aramidas, monofilamentos etc. O desenvolvimento foi um passo lógico para a Picanol, para preencher as crescentes demandas do mercado técnico. Onde foi preciso, adaptações modulares foram desenhadas para ampliar a gama de teares. A Picanol participa da Techtextil Índia desde o começo e realiza bons negócios com produtores renomados do país. Tendo escritório próprio em Delhi, Mumbai e Coimbatore, a Picanol da suporte a suas entregas com serviço local completamente treinado. A empresa vem servindo com sucesso ao mercado indiano desde 1956.

Revista Têxtil I 29

internacional.indd 29

02/10/2013 23:23:08


Internacional

Loja online inteligente economiza tempo

S

erviços online também permitem tornar mais eficientes processos relacionados à manutenção, cuidado, modernização e aquisição de peças originais para máquinas dentro da indústria têxtil. Com esta finalidade, a Oerlikon Manmade Fibers, divisão de fibras artificiais da Oerlikon, atualizou seu website myOerlikon.com para fornecer produtos e serviços das marcas Oerlikon Barmag e Oerlikon Neumag em uma interface de uso simples. Assim, os clientes podem agora acessar serviços sob medida mais fácil e confortavelmente - e tudo isso em onze línguas diferentes, a qualquer hora do dia e da noite. O website já revela logo na primeira página, apenas pela sua aparência, o que os usuários podem esperar. Depois de se logar em um único passo, a interface estilo Windows 8 permite rápido acesso a todos os módulos de serviço, não apenas via PC, mas também usando tablets ou outro dispositivo inteligente. Os clientes registrados recebem acesso a todas as informações requeridas para operar seu portfólio de produtos - precisamente feito para o maquinário e requerimentos específicos de cada um dos clientes. A página do site fornece aos clientes uma visão global de suas máquinas com todos os dados relevantes, incluindo um catálogo de peças originais e instruções de operação. O módulo de mídia fornece ao usuário as publicações mais atualizadas das várias gerações de máquinas, ofertas de serviço abrangentes e seminários de treinamento, em conjunto com suporte de tecnologia. A loja online oferece muito mais do que apenas “compras”: os usuários são capazes não só de realizar pedidos, acessar e visualizar informações de status, preços e estoque online, mas eles também têm acesso a todas as suas pesquisas e transações, incluindo toda a documentação correspondente, tais como listas de embalagens, notas fiscais e guias de transporte, dos últimos quatro anos. “Mesmo as maiores lojas online B2C frequentemente não têm uma função deste tipo. Por esse motivo, nós também oferecemos aos nossos clientes soluções inovadoras, líderes no nosso segmento de atuação, e ainda mais transparência para melhorar a eficiência. Nosso website está online no mundo todo e o dia inteiro e simplifica a programação exata do tempo de aquisição de novas ferramentas, a minimização dos tempos de parada, bem como gestão de custos ideal com funções ‘estado da arte’”, explica Marcel Bornheim, chefe do suporte ao cliente. Também não fica para trás em importância o link com o banco de dados atualizado. Os clientes agora podem conectar seus próprios dados – em formato de planilha do Excel,

por exemplo – ainda mais facilmente com a função de ordenamento do myOerlikon.com, reduzindo consideravelmente o tempo e esforços requeridos para entrar com os dados no website, em comparação com a versão prévia da plataforma. Mais inovações incluem a provisão de informações em campanhas diferenciadas, bem como a rotulagem de produtos especiais como mercadorias perigosas. Isso irá acelerar quaisquer formalidades em potencial quanto ao pagamento de impostos e importação. O site oferece seus serviços em onze línguas diferentes. O sistema foi desenvolvido em cima dos meses prévios em conjunto com a plataforma Saurer e também está disponível para clientes Saurer. A Oerlikon é líder em tecnologia industrial especializada em máquinas e engenharia de plantas e fornece soluções industriais para a fabricação de fibras artificiais, sistemas de acionamento, vácuo, cobertura e nanotecnologia avançada. O segmento de fibras artificias conta com as marcas Oerlikon Barmag e Oerlikon Neumag e é líder de mercado. Como uma empresa orientada para o futuro, o segmento de pesquisa e desenvolvimento da divisão de fibras artificiais do grupo Oerlikon é direcionado por investimentos em soluções que gerem economia de energia e tecnologias sustentáveis. Os principais mercados para a Oerlikon Barmag estão na Ásia e para a Oerlikon Neumag estão nos EUA, Turquia e China. As empresas – com cerca de 2500 colaboradores – estão presentes em 120 países como parte da rede de produção, vendas e distribuição da Oerlikon Manmade Fibers. Nos centros de pesquisa e desenvolvimento em Remscheid, Neumünster e Chemnitz, engenheiros altamente qualificados e técnicos desenvolvem produtos líderes em tecnologia e inovadores para o mundo de amanhã.

30 I Revista Têxtil

internacional.indd 30

02/10/2013 23:23:08


Internacional

Revista TĂŞxtil I 31

internacional.indd 31

02/10/2013 23:23:10


Internacional

Abint e Edana organizam workshop conjunto no Brasil

A

Abint – Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos– e a Edana, a associação internacional das indústrias de nãotecidos e similares, anunciaram uma extensão da sua parceria, que já dura oito anos e, até então, estava focada em cursos de treinamento sobre nãotecidos. Agora, passa a incluir também novas áreas, como Gestão de Produto e Sustentabilidade. Em 2005, o diretor técnico e de educação da Edana, Jean-Michel Anspach, entregou o primeiro curso de treinamento na área de nãotecidos para os membros da Abint e outros executivos brasileiros interessados, e já voltou ao país em muitas ocasiões. Durante a 4ª edição da NT&TT Show (Feira Internacional de Nãotecidos e Tecidos Técnicos), em 2011, em São Paulo, os diretores da Abint e a equipe da Edana se encontraram para discutir objetivos em comum no apoio à indústria de nãotecidos e toda a sua cadeia de suprimento. A partir disso e de outras discussões, ambas as associações identificaram uma área prioritária para cooperação futura, começando com um workshop de um dia em São Paulo, em 19 de novembro de 2013, sobre “Gestão de Produto e Sustentabilidade na Indústria de Nãotecidos”. A Edana tem mais de 20 anos de experiência na abordagem de Gestão de Produtos (em todos os aspectos de segurança

do produto e observação de normas regulatórias da cadeia de suprimentos) e Sustentabilidade (em particular para avaliações de impacto ambiental e LCAs), para produtos baseados em nãotecidos, na Europa e em outras áreas crescentes do mundo, tais como Oriente Médio e África do Norte (MENA). A Edana organizou com sucesso o Workshop Supply Chain para seus membros, bem como a aclamada “Outlook”, Conferência Anual de Cuidados Pessoais, tanto na Europa quanto na Ásia. A Abint, também muito ativa na área de métodos de testes voluntários e padronização, está muito afiada em serviços extendidos para seus membros na área de aspectos sociais e ambientais da sustentabilidade, incluindo métodos de avaliação ambientais tais como Avaliação do Ciclo de Vida e a gestão de resíduos de nãotecidos e bem convertidos. Jorge Saito, secretário-geral da Abint, e Pierre Wiertz, gerente geral da Edana, anunciaram “Nós estamos convencidos que o rápido crescimento do mercado de nãotecidos no Brasil vai requerer cada vez mais respostas para questões de sustentabilidade e gestão de produtos, e nesta economia globalizada e sociedade ambientalmente consciente de hoje é essencial uma abordagem harmônica e responsável por parte dos interessados da indústria”. Detalhes do workshop serão anunciados em breve.

Monforts abre novo Centro de Tecnologia Avançada

A

alemã Monforts anunciou a recente inauguração de um Centro de Tecnologia Avançada. Ocupando uma área de 1500m2, o centro está localizado em um pavilhão completo, na sede da companhia, em Blumenberger Strasse, Mönchengladbach, e permitirá aos clientes a oportunidade de realizar testes nas máquinas de acabamento e tingimento da Monforts, sob condições reais de produção, em completa confidencialidade. O novo ATC (sigla em inglês) inclui instalações completas para os testes, onde experimentos para tingimento e acabamento podem ser realizados diretamente sobre o tecido plano, malha, tecido técnico ou nãotecido do próprio cliente, simulando condições completas de trabalho. Com os resultados destes testes, a Monforts também será capaz de fazer recomendações para melhorar os acabamentos dos tecidos. O pavilhão conta com uma completa gama para tingimento contínuo Thermex, adaptável ao processo Econtrol®,

uma rama Montex 6500 com retorno de cadeia vertical, equipada com Eco Applicator, e uma rama Montex 8000 para tecidos técnicos - incorporando Eco Applicator, alta temperatura e execução à prova de explosão para tratar tecidos com solventes. A nova instalação representa um investimento de 2,5 milhão de euros, que envolvem um gerador de vapor e utilidades completas, incluindo uma cozinha de cores e equipamentos de testes de tecido em laboratório. Os tecnólogos da Monforts estão disponíveis para intenso aconselhamento dos clientes, em todos os aspectos do tingimento e acabamento, para tecidos clássicos e técnicos, fornecendo assistência completa para processos econômicos e ecológicos. Cursos de treinamento também estão disponíveis para operadores de máquinas, para utilizá-las sob condições econômicas com uso mínimo de tintas e impulso de energia, com melhor resultado de valor agregado pelo acabamento.

32 I Revista Têxtil

internacional.indd 32

02/10/2013 23:23:11


Internacional

Autocoro 8 revoluciona as fiações a rotor chinesas

A

nova Autocoro 8, com a revolucionária tecnologia de unidade única de fiar e automação altamente eficiente, é a mais inovadora máquina de fiação a rotor no mundo. Mais de 150 mil unidades de fiação já estão se beneficiando de suas vantagens. Os ganhos de produtividade chegam frequentemente a 25%. A nova tecnologia de fiação rotor está ganhando espaço na China, também. O sr. Chen Chunda, da Changzhou Qunda Textile & Raw Material Co. Ltd, se entusiasma sobre a tecnologia e produtividade e está tão convencido pela máquina que está investindo em uma instalação em larga escala com 18 novas máquinas. “A Schlafhorst é a empresa líder no mercado global para máquinas de fiação. A Autocoro 8 é a máquina com a melhor tecnologia e a mais alta produção no mundo”. Um fio com qualidade é especialmente importante para o sr. Shen Jiianping, da Jiangsu Yitianxia Textile & Technology Co. Ltd. “Nossos clientes esperam fios de qualidade top. A Autocoro 8 tem a garantia de produção sempre em um nível mais alto, com excelente produtividade e qualidade de primeira linha”. O sr. Yang Zhigang, da Zhangjiang Changxin Textile & Co. Ltd., está empolgado porque a nova Autocoro 8 oferece vasta gama de prospectos para o futuro. “Todos os aspectos da Autocoro 8 nos impressionaram. A taxa de eficiência da máquina é sempre ótima, mesmo se três lotes estão sendo produzidos ao mesmo tempo”. A Schlafhorst é a líder em mercado e inovação para fiação de anel, enrolamento e fiação a rotor para fibras e filamentos. É uma das unidades do Grupo Saurer, líder no setor têxtil, especializado em maquinários e no processo de fiação.

Oerlikon apresenta tecnologias de fios para diversas aplicações

H

á uma vasta gama de aplicações para fios industriais. Entre outras coisas, eles são usados em sistemas de energia eólica e na tecnologia aeroespacial, bem como em coberturas de estádios feitas com membranas tecnológicas, geogrelhas feitas de poliéster usadas em paisagismo e para nãotecidos impermeabilizantes e cobertura. A divisão da Oerlikon responsável por fibras fabricadas pelo homem (Oerlikon Manmade Fibers) também esteve presente na feira Techtextil, em Mumbai, Índia, entre os dias 3 e 5 de outubro. A diversidade de têxteis industriais foi destacada na feira internacional para tecidos técnicos e nãotecidos. Com as marcas Oerlikon Barmag e a Oerlikon Neumag, a empresa apresentou soluções para a produção eficiente de fios inovadores para aplicações especiais. Além disso, o público conheceu novos métodos de produção de nãotecidos. A Oerlikon Neumag é fornecedora líder de tecnologias de nãotecidos. O expert do assunto da empresa, dr. Ingo Mählmann, fala sobre uma tendência considerável a usar spunbonds. Até agora, produtos com fibras de grampo e fibras de vidro eram mais usados. No entanto, nãotecidos são consideravelmente mais baratos para fabricação, com um processo de estágio único de produção, por exemplo. Ele enfatiza os benefícios das máquinas de fiação da Oerlikon: “Em termos de sistema, nossas máquinas não só são capazes de produzir quatro vezes mais material. Elas também ajudam a cortar custos operacionais de energia e manutenção e economizar custos de operador”. A demanda por fibras especiais de alta tenacidade, tais como aramida, UHMWPE e carbono, é crescente. A Oerlikon Barmag atende esse mercado. A WinOro, por exemplo, foi desenhada especialmente para fios de viscose, fibras de aramida e polietileno ou material similar e foi adaptada para suas respectivas especificações.

Revista Têxtil I 33

internacional.indd 33

02/10/2013 23:23:11


Internacional

Autefa solutions continua sua expansão

O

grupo Autefa inaugurou mais uma fábrica, na China. A abertura da Autefa Solutions Wuxi foi comemorada nos dias 28 e 29 de julho, quando, na presença de mais de 100 convidados, o vice-presidente da China Hi Tech Group Cooperations CHTC e CEO da Unidade de Máquinas Têxteis, Maoxin Ye, e o dr. Stefan Schlichter, CEO da Autefa Solutions, realizaram o tradicional corte da faixa. Com a Autefa Solutions Wuxi, a empresa combina as tecnologias chinesa e europeia com o propósito de atender ao mercado local da China. Uma das primeiras máquinas produzidas é a Crosslapper UNILINER CL 88, confiável e econômica, equipada com moderna tecnologia de acionamento, baseada na série de sucesso Crosslapper TOPLINER. Durante seu discurso de inauguração, o Dr. Stefan Schichter explicou: “Em adição às nossas já comprovadas máquinas

para o mercado premium, que garantem alta performance e qualidade, nós agora oferecemos, com a Autefa Solutions Wuxi, máquinas e serviços também da China para clientes chineses. A matriz europeia de nossos produtos está no design e no software, que serão acrescidos da produção e montagem da Autefa Solutions Wuxi”. Autefa, Fehrer, F.O.R. e OCTIR, as principais empresas do grupo, estão localizadas na Alemanha, Áustria e Itália. Todas têm uma longa história de sucesso no maquinário têxtil ao redor do mundo e também no mercado chinês. A Autefa Solutions oferece linhas completas para nãotecidos, enfardadeiras de fibras e máquinas de cardar lã. Em 2011, a China Hi Tech Group Cooperations (CHTC) assumiu as empresas e fundou o grupo Autefa Solutions. A sede da companhia fica em Friedberg, Alemanha, e de lá os negócios completos em diferentes setores são operados. Autefa Solutions Wuxi, cerimônia de inauguração, Maoxin Ye, vice-presidente CHTC e CEO da Unidade de máquinas têxteis e dr. Stefan chlichter, CEO Autefa Solutions. (Divulgação)

Pulcra Chemicals adquire a Skintex® Cosmetotextile da BASF

O

grupo Pulcra Chemicals anunciou recentemente a aquisição da Skintex®, a divisão de cosmetotêxteis da BASF. A marca foi originalmente desenvolvida pelo departamento têxtil da Henkel & Cognis, há cerca de dez anos. Durante a criação do grupo Fashion / Pulcra Chemicals, a Skintex® permaneceu com a Cognis, que foi adquirida pela BASF em 2010. A aquisição traz os negócios da Skintex® de volta

para seu grupo de origem. “A área de acabamentos têxteis de performance é um alvo de crescimento para nosso negócio e o portfólio de produtos da Skintex® aumenta as ofertas disponíveis para nossos clientes”, afirma Brian Francois, presidente da Pulcra Chemicals LCC. “Estamos felizes de ter os negócios da Skintex® de volta e esperamos trabalhar com muitas marcas globais que adotaram a tecnologia”.

34 I Revista Têxtil

internacional.indd 34

02/10/2013 23:23:11


Internacional

Revista TĂŞxtil I 35

internacional.indd 35

02/10/2013 23:23:12


Mercado

A força do denim P ela sua versatilidade, os jeans estão entre as peças de vestuário mais utilizadas no mundo inteiro. A força deste setor no Brasil já é bastante conhecida, somos um dos maiores produtores do mundo. Apesar de não ter ficado imune à crise, em 2012 o segmento apresentou crescimento de 3,5% em volume de produção, sobre o ano anterior, além de 7,9% a mais de faturamento, chegando a R$ 7,3 milhões, segundo dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI). As indústrias brasileiras investem em estratégias diversas para alavancar os negócios e conquistar cada vez mais clientes. Desde levar a coleção a outros lugares até investir em peças conceituais, vale a criatividade na busca para manter o setor em alta. Canatiba - Foi pioneira na implantação de um road show em que apresenta a coleção e, com palestras e desfiles, mostra a variedade que os denims da marca podem gerar, tanto em modelagem quanto em técnicas de lavanderia. “Investimos em ações interativas, diferenciadas e exclusivas, que levam com rapidez informações de nossa coleção até os clientes de todas as

Canatiba. (divulgação)

Santana. (divulgação)

Capricórnio. (divulgação)

regiões do país, no timing ideal”, afirma Marli Vernillo, gerente de marketing da Canatiba. Além deste modelo, a empresa apostou também no “Canatiba Fashion Truck”, um caminhão adesivado com a marca, equipado com um showroom com peças-conceito. Os clientes são convidados com antecedência para visitar o showroom itinerante. “Todos os polos fazem parte do programa da Canatiba e a definição da ação em cada um deles é feita de acordo com a necessidade do mercado local. São realizados eventos constantemente”, diz Marli. Santana Textiles - Também conta com seu modelo de showroom itinerante. Passando por um momento geral de reestruturação, em que está trazendo ao seu produto uma característica mais focada em moda, realizou o lançamento da sua coleção com a marca Loco Denim em São Paulo, durante o Première Vision SP, e depois partiu com as peças para eventos no Sul e no Nordeste. O modelo de exposição varia de acordo com a região. No sul, por exemplo, foram alugados quartos de hotel para a montagem do showroom. Já em Caruaru, a Santana fez uma parceria com um distribuidor local para expor em sua loja, em conjunto com lavanderias, que montaram corners para apresentar seu trabalho. “Os clientes contam com um representante da Santana e um especialista em lavanderia para tirar dúvidas. Além disso, o retorno, as opiniões sobre os produtos nos ajudam nos próximos desenvolvimentos”, explica Priscilla Sidoti, gerente de marketing corporativo da Santana. Capricórnio Têxtil - Estreou recentemente no modelo itinerante de apresentação de coleções. O “Capricórnio on the Road” levou, em agosto, as peças da empresa para Maringá, Blumenau, Goiânia e Fortaleza. Segundo Gabriela Manfredini, gerente de marketing da tecelagem, a empresa tem interesse em estar presente no país inteiro, mas optou por começar o evento nas praças onde tem mais retorno de vendas. “Como essa foi a primeira edição do evento, o showroom em cada cidade nos serviu como um laboratório, porém já concluímos que na próxima oportunidade, devemos “moldar” o projeto de uma maneira que atenda as particularidades das regiões envolvidas. Estamos prevendo um desfile, uma palestra e parcerias com lavanderias locais”, revela Gabriela. Cedro Textil – a empresa inaugurou showroom em São Paulo, para aumentar as vendas na região. “Estar no Brás é uma estratégia, São Paulo representa 18% do nosso mercado”, disse Aguinaldo Diniz Filho, atual presidente da Cedro. Segundo ele, as persepctivas são de que este número suba para até 28%. “Queremos nos destacar pela inovação, desenvolvimento de novas tecnologias. Além disso, a Cedro

36 I Revista Têxtil

denim2.indd 36

02/10/2013 23:26:31


Mercado

Cedro. (divulgação)

Vicunha. (divulgação)

tem a vantagem de ter três frentes de produto, denim, coloridos e workwear”, diz Aguinaldo. Segundo Marco Antônio Branquinho, futuro presidente da empresa, que assume o cargo em 2014, a Cedro equilibra muito bem esses três ramos de atuação. Para ele, o desafio da sua gestão será manter este equilíbrio. “Este é um mercado sazonal. Recentemente, os coloridos estavam mais em alta, mas já temos estudo que o denim vai voltar mais forte. Então, precisamos balançar os investimentos para aproveitar bem cada ciclo”, afirmou. Luiz Cesar Guimarães, diretor comercial da Cedro e um dos responsáveis pela implantação do espaço, apontou que o Lounge era necessário também para uma maior aproximação com o cliente. A inauguração aconteceu dois dias depois de a empresa completar 141 anos.

Vicunha - Parcerias diferenciadas mostram possibilidades variadas com os tecidos da coleção de inverno da marca. No projeto Customizart, estilistas e artistas plásticos renomados assinaram jaquetas elaboradas com denims e brims Vicunha, que receberam interferências em tinta a óleo e outros materiais, de acordo com a inspiração de cada autor. Ivan Campaña, da Espanha, José Muñoz, do Uruguai, e os brasileiros Mozart Fernandes, Vitor Mizael, Idelza Digiere, Juliana Santos e Lorran Augusto criaram alguns modelos, que estão expostos no showroom da Vicunha. Já a parceria com a marca de calçados Louloux gerou cinco modelos-conceito de scarpins e sapatilhas em índigos e brins combinados com detalhes coloridos em verniz e metalizados. Desenvolvidos pelo designer e proprietário da Louloux, Cristiano Bronzatto, os produtos estão expostos no showroom da Vicunha. RT

perfil do consumidor brasileiro mudou e transformou também diversos segmentos no mercado nacional. Entre eles, o da indústria de têxteis para o lar. Segundo Ramiro Sanchez Palma, empresário da Andra Tecidos Ltda e Coordenador do Comitê Texbrasil Decor de Tecidos para Decoração, da ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, tanto o perfil do consumidor quanto os processos de produção mudaram. “Hoje, as pessoas passam mais tempo em suas casas, quer seja pelo custo de vida, insegurança, dificuldade nos deslocamentos ou ainda pela comodidade de termos quase tudo mais fácil. Assim, aquela cortina antiga, o sofá com o tecido esgarçado, o tapete surrado começam a incomodar mais, tanto visualmente, como pelo conforto que já deixa a desejar”, afirma. Além disso, ele aponta um aumento claro na oferta e da qualidade dos produtos, que evoluíram e trouxeram uma nova ordem na comercialização, “quer seja pelo nível de informação de todos os envolvidos, como pela necessidade de o consumidor adquirir um bem que deve ser durável”. Ele diz que os volumes de tecidos usados pelo setor são grandes, complexos e variados, pois a decoração engloba cama, mesa e banho, tecidos para revestimentos de móveis, confecção de cortinas e

colchões. “Entre nacionais e importados, temos uma estimativa de consumo em torno de 15 a 20 milhões de metros/mês”, diz. Ainda de acordo com o empresário, o tipo de tecidos varia conforme sua aplicação, para cama utiliza-se mais algodão 100% ou ainda em mistura com poliéster. Já para cortinas, a predominância é do poliéster, ou em composições de fibras mais nobres, como linho e seda, para agregar valor ao produto. Para o revestimento, o sintético vem ganhando espaço pelo custo e pelo toque, mas também as fibras naturais são valorizadas. Finalmente para os colchões, utilizam-se tecidos tecnológicos, que são compostos de sintéticos, basicamente, mas com características espeRamiro Sanchez Palma. cíficas para tal uso. RT (Divulgação)

Têxteis para o lar O

Revista Têxtil I 37

denim2.indd 37

02/10/2013 23:26:37


Tendências

Tecidos e tecnologias em destaque

O

inverno 2014 será mais sério, com formas comportada e os tecidos como grandes destaques, em tramas elaboradas, com padronagens e estampas que resgatam referências clássicas e acabamentos bastante valorizados, com apelo tecnológico e esportivo. Fios tintos se destacam e fazem um contraponto com o visual multicolorido das estampas digitais. Na cartela de cores, cinzas, beges e pretos, com tons de vermelhos, berries e rosas para um visual mais luxuoso. Os azuis, mostardas e metálicos também aparecem. Essas e outras informações foram transmitidas na 42ª edição do Senac Moda Informação, que foi realizada no dia 28 de agosto, em São Paulo. Especialistas apresentaram as tendências de acordo com quatro temáticas centrais. Film Noir - A atmosfera e a dualidade dos filmes policiais dos anos 1940 são as principais inspirações deste tema. São destaques cetins encorpados e opacos com elastano, tweeds, crepes e sarjas de aspecto lanoso, tecidos com macroestruturas, fios grossos e peso leve, em padronagens macro, como xadrez, diagonal e Chevron, tecidos de alfaiataria com padronagens masculinas, preferencialmente com elastano, inclusive cinza mescla, tecidos de algodão ou misto de viscose, poliéster e elastano, com superfícies trabalhadas em maquinetas, fios tintos, estampas difusas ou lisos, tricoline, voal de viscose, seda, crepes leves de poliéster, viscose ou seda, cetim charmeuse, rendas, tules e chiffon, peles, couros e tricôs, malhas duplas e malhas jacquard. Tempos Modernos - Referências do passado juntam-se a tendências do futuro para propor a moda dos dias atuais, rápida e sem preconceitos, em propostas práticas, esportivas e confortáveis ou ainda tecnológicas. Tecidos e malhas pedem estruturas mais compactas, volume sem peso, acabamentos tecnológicos e elasticidade para acompanhar as linhas de rou-

pas modernas. São destaques o neoprene, ponto roma, moletom e moletinho, malha jacquard, trilobal, viscolycra, lycra, cotton lycra, malha canelada, meia-malha, mescla, matelassê, veludo de malha, malha com coating PU, malhas duplas, jacquard, tricotina, cetim compacto, tecidos duplos de algodão com nylon e elastano, nylon liso e nylon matelassê, tafetá, tecidos sintéticos hi-tech, piquê, crepes, lãs duplas, feltro, pele de potro, imitações de peles e couros, acabamentos resinados e encerados. Opulência folk – Muito luxo em materiais nobres e estamparia refinada, com motivos elaborados e elementos éticos, nesta continuação da onda ornamental maximalista. Nos tecidos, destacam-se o brocado, cloquê, jacquard, tapeçaria, veludo de tear ou malha, veludo devorê, renda guipure e chantilly, tecidos bordados, chiffon, cetim, organza, façonné, seda, couro gravado, couro metalizado, peles, tecidos com brilho ou lustro, tweed e tecido cestaria, crepes, tule, rendas muito trabalhadas, malha jacquard, malharia retilínea jacquard, malhas laminadas lisas ou com gravações, neoprene, couro e camurça recortados a laser, peles naturais ou sintéticas, acabamentos plastificados, laqueados e metalizados. Galeria do rock – O tema concentra grande parte do que o rock já produziu em termos de comportamento e cultura: irreverência, transgressão, agressividade, mas também sensualidade, energia e glamour. Destacam-se voal de algodão ou viscose, tricoline, algodão e flanela xadrezes, lã rústica ou xadrez, clidélia estampadinha ou xadrez, sarja stretch, sarja oleada ou emborrachada, couro, couro metálico, vinil, tweed, lã xadrez, bouclés escovados, denim (estampado, gofrado, patchwork, bordado, matelassê, jacquard), meia-malha, malha canelada, moletinho, moletom, malha flamê, malha devore, malha tricô, neoprene, malha mescla, malha lurex, cotton lycra, ponto roma, veludo de malha, veludo devore, pelúcia, camurça, couro, tricô. RT

38 I Revista Têxtil

senac.indd 38

01/10/2013 23:58:59


Inverno 2014

Revista TĂŞxtil I 39

senac.indd 39

01/10/2013 23:59:00


Feiras & Eventos

Fevest Lingerie para todos

E

m nossa última edição, frisamos a importância do segmento de lingerie e fitness para a cadeia têxtil brasileira. A Fevest - Feira Brasileira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-Prima, realizada entre os dias 04 e 06 de agosto, em Nova Friburgo, RJ, comprovou este fato. Ao longo dos três dias, nove mil pessoas passaram pela feira, que atingiu cerca de R$ 45 milhões em negócios gerados e já conta com 100% de vendas para a próxima edição. Realizado pelo Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo e Região, Sindvest, o evento conta com a promoção da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e do Sebrae, além de apoio do governo do estado, também já garantido para a próxima edição. “O evento é responsável pela consolidação do polo, é o mais antigo que existe no setor de lingerie”, comenta Valéria Lattanzi, da Fábrica de Ideias, responsável pela organização da Fevest desde 2004. O Polo de Moda Íntima de Nova Friburgo e Região é considerado o maior do país, com 1.340 confecções de pequeno, médio e grande porte. O Sebrae atua em parceria com as instituições locais e a Fevest é apontada como exemplo de sucesso do investimento na região. “O polo é hoje o mais bem-sucedido Arranjo Produtivo Local (APL) de moda íntima do Brasil. Seus produtos são reconhecidos pela qualidade e, principalmente, em relação à modelagem, design e inovação, resultado do longo processo de qualificação ao qual as confecções locais foram submetidas”, afirma Carolyne Gomes Jorge, gestora do APL e Moda de Nova Friburgo e Região pelo Sebrae.

Valéria Lattanzi, da Fábrica de Ideias, e Marcelo Porto, do Sindvest. (Arquivo RT)

nas – de peças importadas e de outros segmentos de mercado que competem com a moda íntima. Por fim, ele adiantou que está prevista a construção de um centro de convenções na região para os próximos anos, possibilitando mais crescimento.

Prêmio Durante a Fevest, os visitantes também puderam conhecer os vencedores do Prêmio Destaque de Moda 2013, que pretende estimular o desenvolvimento e a qualidade do setor, com foco nas atividades realizadas em cada empresa. As estilistas Ana Amélia e Ana Luiza, da Lalie Lalou, ficaram em 1º lugar, Eleonor Erthal, da Monthal, em 2º e Andréia Barbosa, da Pelle Nuda, ficou com a 3ª colocação. O Prêmio é uma iniciativa do Conselho da Moda com apoio do Sebrae, Sindvest e Sistema Firjan, através do Senai Moda Design e Senai Cetiqt.

Expositores Lalie Lalou - A grife recebeu o Prêmio Destaque de Moda pela inovação da sua coleção, que teve como destaque os brallets (sutiãs mais alongados, que parecem minicorsets) e as peças de homewear, que “têm como diferencial sua múltipla utilidade. Confortáveis e estilosas, não parecem pijamas, por isso podem ser usadas para receber alguém em casa, ou mesmo para sair à rua. Além disso, oferecem o conforto adequado para descansar ou dormir”, explica Ana Amelia Rabello, proprietária

Futuro Para Marcelo Porto, presidente do Sindvest, o evento tem suma importância para a região e deve ser pensado sempre adiante. “O mercado se preocupa com a coleção atual, mas a gente precisa enxergar mais longe, pensar fora da caixa, se quiser se manter. É preciso de gente que crie caminhos que ainda não existem”, diz. Ele afirma ainda que a feira deve ser mais do que negócios, deve ter, também, foco no relacionamento e no encantamento dos clientes, o que gera oportunidades futuras. O presidente do Sindicato frisa ainda a importância de parcerias com outros polos nacionais para que, juntos, possam combater as ameaças exter-

As irmãs Ana Amélia e Ana Luiza exibem o troféu conquistado. (divulgação)

40 I Revista Têxtil

Fevest3.indd 40

02/10/2013 23:30:28


Feiras & Eventos e estilista da marca. O Fluity, da Santa Constância, é um tecido muito utilizado pela Lalie Lalou por sua qualidade e toque agradável - atributo muito valorizado para a roupa íntima. Nesta coleção, apostaram também no Satin Persa, da Rosset, que tem aparência de cetim com o toque e a elasticidade da microfibra. Lucitex - A principal característica dos produtos da marca é a funcionalidade. Nesta coleção, a Elegância Shapewear, a sensualidade também foi explorada, em tecidos de máxima compressão, mas que valorizam também a beleza. Assim, as peças ousam com rendas, transparências e bijuterias. O Cetinete Power é um dos tecidos mais usados pela empresa, oferecendo sustentação e conforto. Outra aposta é o Tule Power, tecido transparente de compressão, que permite a integração da sensualidade da transparência à sustentação. A Lucitex aposta ainda em tecidos tecnológicos, como o max power, que conta com 46% de elastano. Há ainda produtos confeccionados com a já famosa tecnologia Emana®, da Rhodia. Magia e Sedução - Com uma coleção voltada à sensualidade feminina, a marca apostou nos tules e rendas, que oferecem maior fluidez e transparências estratégicas às peças. Os destaques ficaram por conta das camisolas e espartilhos, que inspiram o lado provocativo da mulher, com um leve toque de erotismo, segundo Marlene Wermelinger, sócia-diretora da marca. Lia Lou - Apresentou uma coleção inovadora, seguindo tendências de moda com o Top Cropped Liz, com acabamento cirré, que “volta dos anos 90 para a moda contemporânea com for-

ça total. Usado com calças, shorts e saias de cintura alta, a peça brinca entre o sensual e despojado”, explica Leo Rodrigues, sócio-diretor da marca. A aposta também foi nas anáguas, “que nos fazem lembrar aquele tempo das nossas avós. Sob vestidos e saias, elas nos trazem memórias afetivas de uma época cheia de charme e delicadeza, que se traduz, hoje, em peças que compõem looks cheios de estilo”, explica o jovem Leo. Os tecidos mais usados nas peças têm como base a fibra Lenzing Modal®, proporcionando contato macio no corpo. Além disso, o sutiã IVY LiaLou® usa a tecnologia do bojo Space (fabricado pela Delfa), que tem espuma com memória e não amassa. Integrante de um grupo de três empresas, consolidadas no mercado há quase três décadas e que formam o grupo Leovilu, a marca LiaLou® investe em criação e reinvenção, acompa- Leo Rodrigues, sóciodiretor da Lia Lou: nhando as tendências anáguas em alta. da moda. RT (arquivo RT).

Fematex 2014:

união da cadeia têxtil

P

rofissionais e técnicos de toda a cadeia têxtil poderão se encontrar na nova edição da Fematex – Feira Internacional de Soluções para a Indústria Têxtil, evento que irá reunir fabricantes e fornecedores dos segmentos de fios e fibras especiais, matérias-primas, tecidos, aviamentos e complementos, químicos e auxiliares, equipamentos e novas tecnologias, serviços, consultoria, ensino, sistemas de gestão e bureaux de desenho e estilo. Promovida pelo Sintex - Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau, a feira será realizada entre os dias 20 e 23 de maio de 2014, direcionada a empresários têxteis e confeccionistas, estilistas, profissionais de criação, desenvolvimento de produtos, produção e comercial de todos os segmentos de moda. “Percebemos que existe uma forte demanda dos setores têxtil e confeccionista em relação a novas matérias-

-primas, tecnologias e serviços que possam aumentar a produtividade e competitividade das empresas”, avalia Ulrich Kuhn, presidente do Sintex, promotor do evento. “Nosso objetivo é reunir expositores com produtos e serviços diferenciados, que possam agregar valor ao produto final”. Além do lançamento de novas tendências, matérias-primas, serviços e equipamentos para o setor têxtil e de confecção, a Fematex também irá contar com uma ampla programação de palestras especializadas e outras atividades que podem colaborar com a atualização técnica e profissional dos visitantes. Em sua nova edição, a Fematex tem o apoio da Abit Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, ApexBrasil, TexBrasil, ABTT - Associação Brasileira de Técnicos Têxteis, Sistema Fiesc, Hertz, Parque Vila GerRT mânica e Prefeitura de Blumenau.

Revista Têxtil I 41

Fevest3.indd 41

02/10/2013 23:30:29


Feiras & Eventos Corredores cheios em busca do mundo mágico Disney. (Divulgação)

ExpoDisney

O mundo mágico da Disney

O

s licenciamentos têm se destacado dentro do setor têxtil. Durante a última ExpoDisney, realizada em São Paulo, nos dias 31 de julho e 01 de agosto, o mundo mágico dos desenhos animados e superproduções da empresa foi comercializado em itens de vestuário, brinquedos, eletrônicos, publicações, artigos alimentícios, de higiene pessoal, papelaria e festa. A feira aconteceu com o objetivo de gerar negócios. “O evento deve conectar o varejo com os licenciados”, resume Richard León, vice-presidente de varejo, vendas e licenciamento da The Walt Disney Company (Brasil) Ltda. A Disney conta com uma vasta diversidade de produtos. Há parques, estúdio de TV, filmes, desenhos, jogos, produtos on-line, enfim, oferece entretenimento para toda a família. A empresa está presente há 20 anos no Brasil e há cerca de doze anos conta com um escritório próprio para gerenciar a movimentação de negócios. Atualmente, são cerca de 220 empresas licenciadas que comercializam mais de 40 mil produtos das diversas áreas de negócios da companhia. Segundo dados do site da Abral – Associação Brasileira de Licenciamento, não há uma pesquisa oficial que endosse os números do setor de licenciamento no Brasil, mas estima-se que haja cerca de 500 empresas licenciadas, 600 licenças disponíveis, das quais 75% são estrangeiras, e que o setor gere 1.300 empregos diretos e milhares de empregos indiretos. Cerca de 70% do mercado de licenciamento são propriedades ligadas ao entretenimento, 20% de propriedades corporativas e 10% propriedades ligadas ao esporte. A

confecção lidera o uso dos licenciamentos, seguida por brinquedos, papelaria e personal care. O faturamento do varejo de licenciados, em 2012, atingiu a marca de R$ 12 bilhões, com média de crescimento de 14% nos últimos anos. Ainda de acordo com o site, o Brasil está entre os seis países com maior faturamento em licenciamento de marcas do mundo. Estados Unidos, Japão, Inglaterra, México e Canadá estão entre os mais expressivos. Para a Disney, os números se confirmam. O setor de confecção é a maior área dentro de todas as linhas, englobando cama, mesa e banho, calçados e acessórios. “A categoria de moda e utensílios para casa é muito importante para a Companhia e vem crescendo de maneira expressiva. Aliás, o Brasil tem conquistado ótimos resultados e hoje está entre os top10 em licenciamento de produtos”, comemora Rick Leon. Com relação à representatividade atual das lincenças, Mickey e Minnie seguem sendo a franquia número um para meninos e meninas de 2 a 5 anos e adolescentes de 6 a 12; Disney Princesas, a primeira entre meninas; Carros para meninos; Marie se des- Rick León, vice-presidente de vendas e licenciamento taca como uma das maiores varejo, da The Walt Disney Company franquias da Disney no Brasil; (Brasil) Ltda. (Divulgação)

42 I Revista Têxtil

disney2.indd 42

02/10/2013 23:34:46


Feiras & Eventos Winnie The Pooh é uma das mais bem sucedidas em todo o mundo e Toy Story segue forte para crianças de 2 a 5 anos. Há ainda Fadas, Club Penguin, Phineas e Ferb, super-heróis de Marvel e, agora, LucasFilm. “A Disney possui as franquias mais desejadas do universo infantil e também adulto, Mickey, por exemplo, é um personagem atemporal, dinâmico, que está presente em milhares de produtos, assim como as Princesas da Disney, que conquistaram mães e filhas através de suas histórias. Todo o portfólio foi baseado em personagens que estão presentes na vida das pessoas, portanto cada um tem seu valor especial e, o mais importante, é que a continuidade destas histórias, por meio dos produtos de consumo, permite à Disney perpetuar a sua presença e magia além das telas de cinema, fazendo parte da vida de cada um”, conta Leon. Cortina Lepper: Animação Aviões é um dos lançamentos Disney e já faz sucesso nos licenciados. (Divulgação)

Evento A ExpoDisney foi dividida em Mundo da Imaginação, Aventura, Ação e do Sonho. O primeiro destacou filmes novos do estúdio, como “Malévola” (Maleficent), estrelado por Angelina Jolie, e “O Cavaleiro Solitário” (The Lone Ranger), com Armie Hammer e Johnny Depp no elenco. O Mundo da Aventura teve como carro-chefe a franquia “Aviões”, da Disney, e “Carros”, da Disney-Pixar. O setor de Ação foi baseado nos heróis da Marvel, incluindo Homem de Ferro, Homem-Aranha, Thor, Capitão América e Incrível Hulk, enquanto o Mundo da Magia buscou inspiração nas Princesas. Os visitantes também tiveram acesso a um ciclo de palestras para se atualizarem no segmento, além de conhecerem as novidades de alguns licenciados, que realizam bons negócios por conta da marca. A Lepper, por exemplo, conta atualmente com 42% do seu faturamento devido a personagens diversos. Da Disney, a empresa conta com seis marcas, a Marie, Ariel, Rapunzel, Sininho, Spider e a nova aposta, Aviões. Com investimentos em estamparia de quadros, os desenhos dos licenciados ganham bastante qualidade de cor. A fabricante de cama, mesa e banho Camesa esteve presente na ExpoDisney com suas licenças da marca, mas possui um portfólio diversificado de licenças, que variam desde os clássicos infantis (Disney), lifestyle (UFC, Angry Birds) e oportunidades (CBF, Carrossel, Chiquititas). “A grande aposta é chegar a públicos diferentes através da associação do nome da empresa com grandes marcas nacionais e internacionais, trazendo mais visibilidade e abrindo diferentes frentes de negociação”, explica Alberto Hakim, diretor de marketing. Talles Roberto da Silva, coordenador de marketing da Jolitex, afirma que os produtos licenciados abrem muitas portas no varejo e ajudam a construir uma marca forte para a empresa. “Hoje, a Jolitex trabalha com as maiores licenças no Brasil, tendo um reconhecimento imediato de seus produtos com os personagens no mercado”, diz. Atualmente, os licenciados correspondem a 25% da empresa, em cobertores, mantas e tapetes, nos segmentos solteiro, juvenil e baby. RT

Mickey e Minnie são os personagens preferidos das crianças. (Divulgação)

Roupa de cama Jolitex: a gata Marie é um dos personagens mais carismáticos. (Divulgação)

Revista Têxtil I 43

disney2.indd 43

02/10/2013 23:34:49


Feiras & Eventos

Comércio Brasil-China

O

Autoridades realizam a abertura do evento (Divulgação).

Entrada das feiras (Divulgação).

Credenciamento cheio na China Sourcing Fairs (Divulgação).

Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, abrigou entre os dias 8 e 10 de setembro uma importante feira de negócios entre Brasil e China: a 2ª edição da China Sourcing Fairs, edição São Paulo. Ao agrupar várias feiras em uma só, atendendo aos setores de vestuário e têxteis, eletrônicos, presentes e souveniers, além de equipamentos e materiais de construção, constituiu a maior exposição de produtos fabricados na Ásia que acontece no Brasil. Realizada pela Global Sources (NASDAQ: GSOL), reuniu mais de 950 estandes, um aumento de 85% em relação à edição de 2012. Na abertura oficial do evento, no dia 8 de setembro, estiveram presentes autoridades chinesas, como Hu Ying, vice-cônsul geral da China em São Paulo, Feng Yurong, vice-prefeito, e Li Jun, secretário-geral da Prefeitura, de Zhongshan, RPC, e Tommy Wong, presidente da Global Sources Exhibitions. “Com esta segunda exposição, estamos expandindo a escolha de produtos para os compradores latino-americanos e fixando firmemente as Feiras como o evento de destaque para o abastecimento de produtos de qualidade diretamente de fornecedores da Ásia e Grande China”, disse Tommy Wong. “Nosso objetivo é mudar o cenário B2B aqui, proporcionando uma plataforma de abastecimento e comercialização eficiente para compradores e também expositores, para que eles possam se beneficiar plenamente do mercado brasileiro e sul-americano em expansão. Este tipo de feira de negócios nunca havia sido oferecido no Brasil nessa escala”. Além do salão de negócios, a Câmara Brasil-China (CCIBC) ajudou a organizar reuniões entre compradores e expositores através dos Private Sourcing Events (Eventos Privados de Sourcing) e forneceu consulta para expositores que procuravam mais informações sobre o mercado brasileiro e sua importância como uma fonte alternativa de compradores durante o atual período de crescimento econômico global mais lento. O comércio entre o Brasil e a China ultrapassou EUA$ 40 bilhões no primeiro semestre de 2013, um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. As China Sourcing Fairs no Brasil são gerenciadas pela Milton Exhibits sob licença da Global Sources, empresa líder de mídia entre companhias (B2B) e a principal facilitadora do comércio com a Grande China. No mercado há 50 anos, está publicamente cotada na NASDAQ desde 2000. RT

Recepcionistas a caráter (Divulgação).

Setor vestuário também teve diversidade (Divulgação).

Produtos foram variados (Divulgação).

44 I Revista Têxtil

china2.indd 44

02/10/2013 23:35:47


Feiras & Eventos

Têxtil House: Lançamentos para Cama, Mesa e Banho

D

urante a semana de 18 a 21 de agosto lançamentos de decoração puderam ser conferidos ao vivo na 4ª edição da Têxtil House Fair, em cama, mesa, banho, cortinas e almofadas, e ainda em outras variantes de decoração presentes na 47ª House & Gift Fair, ambas promovidas pela Grafite Feiras. Para Marcelo Vital, diretor da Têxtil House, o mercado do setor está ótimo, sempre conta com altos e baixos, mas é uma indústria importante. Há, sengundo ele, um impacto dos importados, mas quem conhece seu negócio está se encontrando. “Temos que parabenizar o empresário brasileiro que está seguindo seu caminho, mesmo com as turbulências”, afirma. Confira os destaques de algumas marcas. Anatex - Especialista em cortinas, neste ano apostou na produção de capas para almofadas, em versões simples ou ainda combinadas. As confeccionadas em algodão contam com processo nacional de produção (até do tecido), mas a organza e o chenile são importados. Nas cortinas, há ainda o tecido Ipê, confeccionado em 80% algodão e 20% poliéster, com efeitos maquinetados por diferentes batidas do tear e tingimentos diferenciados. Fiama – Já conhecida pela sua estamparia, atualmente manual, convencional e digital reativa e por sublimação, conta com uma linha que chega a mais de 300 produtos. No destaque, tecidos estampados em camurça e veludos, além da linha Solaris, que conta com uma tecnologia de estampa que garante alta solidez e resistência a intempéries, com tecidos para ombrelones, guarda-sóis e cadeiras de praia, entre outros usos.

Anatex. (Divulgação)

Fiama. (Divulgação)

Döhler - Inspirada no ano da copa e na tendência por unir o artesanal ao moderno, apostou forte em estampas para diferenciar suas coleções. Assim, faz uma releitura da tropicália brasileira, em estampas de chinelos e um composê de baianas (novidade: o tecido é muito usado para patchwork), calangos, araras e tartarugas que se unem a animal prints. No entanto, há outro lado da coleção geométrica, em tons suaves e aquarelados. Lepper - Apostou bastante nos licenciados, que respondem por 42% do seu faturamento. Entre as marcas licenciadas, Marie, Ariel, Rapunzel, Sininho, e Spyder. Na feira, os lançamentos Aviões, Barbie – Butterfly e a Princesa Fairy e Monstertti. O diferencial da empresa está na qualidade e nos modelos de estampas, que ocupam toda a colcha ou lençol, contando com desenhos diferentes também nas fronhas. Paranatex - Desenvolve tecidos para revestimento de estofados e sofás, principalmente. No entanto, pela sua resistência e acabamento, os tecidos também podem ser usados para forro de parede. Os carros-chefe estão em tecidos 100% algodão, em bases estampadas e lisas. Com produção 100% nacional, apostou também no linho, que deixou o tecido mais leve e macio, e no poliéster, que garante resitência. Branyl – A empresa já havia detectado uma tendência diferenciada e nesta coleção apostou nela com força: cortinas com padronização horizontal. Na primeira coleção, o produto foi quase apenas invertido. Agora, houve o desenvolvimento de uma cortina diferenciada, com uma barra mais escura, para controlar e direcionar a entrada de luz. A empresa apresentou também 40 padrões novos de tecidos para decoração. RT

Döhler. (Divulgação)

Paranatex. (Divulgação)

Branyl. (Divulgação)

Revista Têxtil I 45

house3.indd 45

02/10/2013 23:43:22


Feiras & Eventos

GoTEX: Mais negócios sino-brasileiros

O

Centro de Convenções do Anhembi irá sediar o evento que pretende promover mais negócios entre Brasil e China, a GoTEX Brasil – Feira Internacional de Produtos Têxteis, que acontecerá entre os dias 23 e 25 de outubro de 2013. Realizada pela China Trade Center, em parceria com a FCEM Feiras e Eventos, irá atuar como uma global sourcing para as confecções brasileiras, oferecendo produtos diferenciados, design e serviços, com a promessa de custos baixos. A mostra vai reunir expositores dos segmentos de fibras, fios, tecidos, confecções (moda e homewear) e aviamentos, entre outros. Os organizadores garantem que trata-se de produtos direfenciados dos que há por aqui. A feira já conta com 100% dos 347 estandes comercializados. Em pesquisa com os expositores, os organizadores apuraram que 23,75% deles já realizam negócios com o Brasil e outros países da América do Sul. Isso significa que eles estarão presentes na feira com o objetivo de estreitar essas relações e ainda abrir novos mercados por aqui.

Parcerias Os executivos que cuidam da organização e da promoção da GoTEX show estão focados em fechar as parceiras com entidades do setor têxtil e de confecções. Assim, comemoram

a conquista recente de mais um importante apoio institucional para a mostra: a Alobrás – Associação de Lojistas do Brás. A parceria visa mobilizar os confeccionistas do bairro para visitação à feira. “É com satisfação que a Alobrás firma parceria com a ‘Go TEX Show 2013’, excelente oportunidade para os lojistas do Brás conhecerem as novidades dos segmentos de fibras, fios, tecidos, confecções (moda e homewear) e aviamentos, entre outras. Este intercâmbio cultural entre expositores chineses e comerciantes brasileiros tem tudo para dar certo e beneficiar o consumidor “, declara Jean Makdissi Jr, conselheiro executivo da Alobrás. O evento é promovido pelo China Trade Center, com o apoio da Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Têxteis e Vestuário – CCCT, e do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional através do Sub-Conselho da Indústria Têxtil – CCPIT TEX. A organização é da FCEM. O China Trade Center foi fundado em 2002 na cidade de São Paulo e atua no setor de comércio exterior, auxiliando empresas em feiras de negócios internacionais, principalmente eventos que são realizados na Ásia. Desde sua fundação, trabalha como um facilitador de negócios entre brasileiros e chineses, levando e trazendo empresas dos dois países para rodadas de negócios, impulsionando as relações comerciais. RT

Café no Bule é adiada

A

Revista Têxtil havia publicado em sua última edição uma matéria sobre a nova feira de Gramado, Café no Bule Fashion Denim, que seria realizada no final de outubro. A Cia. das Feiras, no entanto, anunciou o cancelamento desta edição devido a problemas com hospedagem na cidade de Gramado. Segundo Claudio Goerl, a prefeitura antecipou a realização do Natal Luz, tradicional evento da cidade, do dia 15 de novembro para o dia 01. As reservas de hoteis, tradicionalmente pagas pela Cia. das Feiras aos lojistas, atingiram preços altos por conta do evento, tornando inviável a hospedagem. “Já estávamos com tudo certo, inclusive com grande participação de empresas, principalmente de denim e de malharia, além de grande interesse de lojistas. Infelizmente houve este problema com a hospedagem”, contou Claudio. Para evitar o problema no próximo ano, a feira foi antecipada para os dias 21 a 23 de outubro, evitando nova coincidência. As outras datas se mantém. Em maio, dias 13 a 15, haverá a Café no Bule Primavera/ Verão. Em janeiro, a partir de 2015, a de outono/inverno. E a de outubro será dedicada ao denim e malharia.

Claudio Goerl, socio-diretor da Cia. das Feiras (arquivo RT)

46 I Revista Têxtil

gotex.indd 46

03/10/2013 23:52:31


Feiras & Eventos

Revista TĂŞxtil I 47

gotex.indd 47

03/10/2013 23:52:32


CSMAT/ABIMAQ

Câmara setorial apresenta nova diretoria

E

m cerimônia realizada no dia 02 de outubro, em São Paulo, a Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios Têxteis (CSMAT) da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) conheceu sua nova diretoria. Ricardo Rossi, responsável pelo comércio exterior da Avanço S/A (Orízio), assume, pela segunda vez, o cargo de presidente, junto com os vices de sua chapa (abaixo relacionados). Técnico têxtil pelo SENAI Francisco Matarazzo e Engenheiro Mecânico Têxtil pela FEI, com especialização em Tecnologia de Fiação e Nãotecidos e Pós-Graduação em Gestão de Negócios e Economia Empresarial, Rossi atua na ABIMAQ desde 1996, quando era representante da empresa J.D. Hollingsworth, atual TCC (Trutzschler). A primeira vez que assumiu a presidência da CSMAT, foi em 2002, mas também já atuou em diversas comissões da câmara. Em seu currículo, além de atuações na ABIT e ABINT, Ricardo Rossi se orgulha de exibir o cargo de professor no curso de engenharia têxtil da FEI (disciplinas de Tecnologia da Fiação e Tecnologia dos Nãotecidos). “Leciono com muito orgulho, pois considero uma obrigação passar adiante o conhecimento e a experiência adquirida ao longo dos anos. Desde adolescente até hoje, esta foi a única área em que transitei e atuei. Por isto penso que posso fazer algo em prol da CSMAT e da cadeia produtiva têxtil”. Para a gestão que se inicia, os planos envolvem o incentivo à exportação, ou aumento na participação para quem já exporta, apesar das dificuldades do setor. “Precisamos buscar ferramentas para expandir, não podemos mais ter aquela ideia de que nossa produção se dá para o mercado nacional”, diz Ricardo Rossi.

Outro desafio, em sua opinião, é buscar mais aproximação e cooperação com os demais elos da cadeia produtiva têxtil. “É preciso lembrar que, entre a fibra e a confecção, existe a tecnologia, o maquinário”, afirma. Está nos planos da nova diretoria, também, incentivar a adesão das empresas ao selo de qualidade da ABIMAC, com os dizeres “Brazil Machinery Solutions”. “Assim, criamos uma identidade, atesta a boa procedência dos produtos”, conclui.

Despedida Uma curiosidade: a CSMAT não conta com diretorias, abaixo do presidente há os vices, para que todos atuem com as mesmas responsabilidades. Portanto, Valdir Schick se despede da presidência, mas continua fazendo parte da diretoria, na vice-presidência. “Estávamos apagando incêndios, equacionando problemas de feiras e alguma coisa sobre importação, exportação. Agora é hora de lutar como se deve, unindo forças com a cadeia e com a ABIMAQ como um todo”, conclui. Nova diretoria Presidente:

Ricardo Rossi Avanço S/A Indústria e Comércio de Máquinas Vice-presidentes:

Caio Ramos Texima S/A Indústria de Máquinas

Fábio Kreutzfeld Delta Indústria e Comércio de Equipamentos Industriais Ltda. Geison Trevisan Castilho e Silva Castilho Máquinas Têxteis Ltda.

Juliano Augusto Gomes Weko América Latina Equipamentos industriais Ltda. Marcos Lichtblau Automatisa Sistemas Ltda.

Melquizedeque Nunes de Oliveira Metal Working Indústria e Comércio Ltda. Ricardo Rossi, novo presidente da CSMAT (divulgação)

Valdir Schick Indústria e Comércio Schick Bin Acessórios de Máquinas Ltda.

48 I Revista Têxtil

CSMAT.indd 48

02/10/2013 23:49:40


CSMAT.indd 52

03/10/2013 00:15:19


CSMAT.indd 52

30/09/2013 23:55:15


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.