Feiras & Eventos
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Editorial O Tigre Asiático Nesta edição, temos uma prévia de um dos maiores eventos têxteis do mundo. E ele acontece na China. Estamos falando da ITMA Ásia+ CITME 2014. O evento, que cresceu 15% em relação à edição anterior, de 2012, reuniu os maiores nomes do maquinário têxtil. Isso prova algo que a Revista Têxtil vem mostrando há algumas edições: a China investe em maquinário de ponta. Tanto que muitas das empresas fabricantes de máquinas têxteis já possuem instalações para fabricar no País. Ricardo Haydu
Diretor-Presidente da Revista Têxtil
Este é mais um dos motivos que têm levado as empresas brasileiras a fabricarem seus produtos na região. Entrevistamos alguns confeccionistas na Café no Bule, feira de Gramado, e grande parte deles agora produz não só na China, mas também Índia, Paquistão e Bangladesh. A principal razão apontada pela maioria, no entanto, não foi apenas a questão do Custo Brasil, mas também a falta de mão de obra no País. A importação está tão desenfreada que setores como lingerie, moda praia e fitness começam a sentir as consequências. Além dos tecidos usados por estes segmentos serem em grande parte importados, agora também cresce o número de peças prontas trazidas de fora, como mostramos na matéria especial da edição. Aliás, o evento mais importante para o setor, o Salão Moda Brasil, teve que ser cancelado pela realização da Copa do Mundo.
Quando comemorou 75 anos, a Revista Têxtil doou uma coleção com todos os exemplares para a Abit. Agora, aos 83 anos, doamos nossa segunda coleção para a ABTT, que dará continuidade ao acervo histórico do setor. Na foto, nosso diretor Ricardo Haydu entrega a edição passada ao presidente da entidade, Antônio César Corradi.
A GO TEX, feira têxtil internacional que tem a maioria dos expositores da Ásia, anunciou o lançamento da sua segunda edição, que tem expectativa de ser maior do que a primeira. Mas a intenção é tentar que as empresas brasileiras também façam parte do evento, pois a ideia não é concorrer, mas complementar, conforme disse Pan Faming, diretor do Grupo China Trade Center, que realiza o evento. Há também empresas que apostam no Brasil, como a italiana ITEMA, que realizou um evento com seus clientes e parceiros para apresentar suas últimas tecnologias e resultados de crescimento ao redor do mundo. A Revista Têxtil conferiu de perto os teares em funcionamento. Os fabricantes de denim continuam inovando e realizaram eventos particulares para apresentar suas coleções, já que o Première Vision São Paulo teve sua data alterada para novembro. Trouxemos, também, notícias que mostram como as empresas brasileiras buscam iniciativas sustentáveis e tecnológicas. Vale a pena conferir! Boa leitura
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Sumário
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ITMA Ásia + CITME Mercado ABIT ABTT Tecnologia Sustentabilidade Artigo Notícias Feiras e Eventos
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Edição Nº 731 - 3/2014
Correspondente na Argentina – Ecodesul Av. Corrientes, 3849 – Piso 14° OF. A. Buenos Aires - Argentina Tel/Phone: (541) 49-2154 / Fax: (541) 866-1742
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ITMA Ásia+CITME
Tecnologia na ITMA Ásia + CITME
Revista Têxtil apresenta destaques de alguns dos maiores fabricantes de máquinas do mundo
X
angai, na China, se tornará uma grande vitrine para as tecnologias têxteis, durante a quarta edição da ITMA Ásia+ CITME, entre os dias 16 a 20 de junho, (o evento será realizado durante o fechamento desta edição), no Novo Centro Internacional de Exposições de Xangai. Com mais de 152 mil m² de área ocupada, a feira conta com mais de 1.350 participantes de 27 países e regiões, 15% a mais do que na edição passada, em 2012. De acordo com estatísticas da Administração Geral de Alfândega chinesa, as exportações de têxteis e vestuário somaram US$ 26 bilhões, em 2013. Isso representa um aumento de 17% em relação ao ano anterior. A China continua com foco em atualizar suas tecnologias para atingir um nível internacional na indústria têxtil e outros setores, e esta é uma das prioridades do 12º Plano de Cinco Anos do governo (2011-2015). “Os investimentos em tecnologia para ajudar a indústria de têxtil e vestuário continuam à frente dos competidores e ainda fortes no mercado asiático. Assim, nosso evento continua sendo uma plataforma sem igual para fabricantes de máquinas têxteis entrarem no mercado chinês”, afirmou Charles Beauduin, presidente da CEMATEX. A Revista Têxtil adiantou o que alguns dos principais fabricantes de tecnologia do mundo irão expor. Confira!
A história da Picanol na Ásia é antiga, resultado de um longo planejamento estratégico. Uma das pioneiras a explorar as
possibilidades no Extremo Oriente, já no início dos anos 50 participou das primeiras exposições internacionais realizadas em Beijing. A crescente base instalada de máquinas Picanol na China e a demanda por um nível mais alto de serviços e suporte resultaram no estabelecimento do Centro de Serviços em Xangai, em 1987. O próximo passo foi a fundação, em 1994, da PST, Picanol Suzhou Textile Machinery Works, começando assim a produção de teares na China, há 20 anos. Esta foi a primeira grande linha de produção da Picanol fora da Bélgica e hoje conta com uma unidade completa, com três linhas de montagem para quatro modelos de produto (GT-Max, GTMax-i e GTXplus, a pinças, e a OMNIplus-X, a jato de ar), além de uma divisão mecatrônica e também uma rede de vendas de teares, peças de reposição e serviços. A maioria dos diretores, engenheiros e técnicos chineses foi treinada na Bélgica. Os teares produzidos na PST focam o nível superior do segmento médio têxtil, e têm obtido muito sucesso também em mercados emergentes fora da China. Um dos grandes patrimônios deste empreendedorismo que atravessa fronteiras é a mescla dos padrões de conhecimento e a qualidade do Grupo Picanol com a boa utilização e aproveitamento dos clientes locais. Com mais de 150 engenheiros e uma equipe forte de Pesquisa e Desenvolvimento na matriz, na Bélgica, a Picanol investe pesado em novas tecnologias a cada ano. O foco não está só no desenvolvimento e na produção dos teares mais avançados, mas também na busca do processo de tecelagem mais rentável do mundo. Ao todo, são nove tipos de teares: OptiMax,
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ITMA Ásia+CITME GT-Max, GTMax-i e GTXplus a pinças, OMNIplus Summum, OMNIplus 800, TERRYplus 800, OMNIplus 800 TC e o OMNIplus-X a jato de ar. Para a feira, a aposta é em um melhor uso de energia, material, mercado, tempo e talento. A Picanol apresentará uma grande variedade de teares, a jato de ar e a pinças. Além do OMNIplus Summum, também o OMNIplus-X estará exposto. Este tear foi desenvolvido e é fabricado na planta da Picanol em Suzhou, na China, usando a reconhecida tecnologia do OMNIplus 800. Uma novidade é que também está disponível em 280cm e 340cm de largura, além dos já existentes em 190cm e 220cm. Uma atenção especial foi direcionada à alta qualidade dos tecidos produzidos e ao baixo consumo de energia. Em relação aos teares de pinça, a atração é o OptiMax produzindo tecidos para revestimento em um tear de 540cm com enrolador tangencial. Em outro OptiMax, um denim fantasia será produzido. Pela primeira vez, o novo tear a pinças GTMax-i será apresentado. Suas grandes novidades são o sistema reforçado de pinças e o acionamento principal mais robusto, o que permite velocidades de produção mais elevadas. A maquineta e os elementos de suspensão também foram redesenhados. No total, sete teares Picanol estarão na feira, cinco no próprio estande, um OMNIplus Summum com Jacquard no estande da Bonas e outro no estande da Stäubli. As possibilidades de modernização de teares existentes também estarão presentes no estande Picanol.
Stäubli Estande E01, Hall E2 / DEIMO - C11, Hall E5 Alguns dos equipamentos mais modernos da extensa gama de máquinas têxteis da Stäubli estarão expostos. Quatro instalações Jacquard serão expostas no estande de dois andares com 625 m². Como lançamento mundial, os visitantes poderão acompanhar a produção de tecido de vestuário Jacquard em máquina modelo SX equipada com pavilhão Stäubli de 12.600 cordas, em um tear jato de água operando em uma velocidade de aproximadamente 1.000 inserções de trama por minuto. Tanto o tear como a máquina Jacquard estarão operando com acionamentos individuais eletronicamente sincronizados, o que será a característica principal desta instalação. A segunda instalação será equipada com um Jacquard LX3202 com 12.288 ganchos e pavilhão Stäubli tecendo artigo de tapeçaria / decoração em um tear de pinça de 180 cm de largura. A terceira instalação consiste em um tear de pinça e uma máquina Jacquard SX com pavilhão Stäubli de 13.450 cordas, produzindo tecido automobilístico em 220cm de largura. E a quarta é uma máquina Jacquard modelo SX com 2.688 ganchos e pavilhão Stäubli de 6.000 cordas, produzindo também tecido automobilístico em tear a jato de ar 190 cm de largura, operando a aproximadamente 1.000 inserções de trama por minuto.
Também será demonstrada a máquina Jacquard modelo LX32 para fitas rígidas ou elásticas e etiquetas, com 192 ganchos e pavilhão com quatro repetições. A terceira geração de maquinetas rotativas da Stäubli, as séries S3060 / 3260 poderão ser vistas em diversas aplicações no estande da Stäubli e nos estandes de muitos fabricantes de teares. Esta nova geração de maquinetas alcança altos níveis de desempenho e segurança. Para completar a linha de sistemas de abertura de cala, a refinada Caixa de Excêntricos modelo 1681 e a universal maquineta rotativa tipo 2658 também serão demonstradas. A máquina automática de liçamento de fios SAFIR S30, já considerada indispensável em muitas fábricas de filamento na China e no Extremo Oriente, será vista em operação. O processo de emenda de urdumes será demonstrado com duas máquinas: MAGMA para fios técnicos e grossos e a já renomada TOPMATIC para aplicações padrão com os fios mais finos. O processo de Encruz em rolos de urdume poderá ser visto na máquina OPAL, que fará encruz 1:1 em rolo de até 8 camadas e com detecção de cores. No mesmo estande, a Schönherr, empresa do Grupo, estará apresentando amostras exclusivas de tapetes e carpetes da sua última coleção, algumas com o mais recente desenvolvimento, o “Magic Weft Effect 3”, e outros com o “Magic Shadow Effect”, produzidos nos teares ALPHA 400 e 500. Adicionalmente, no estande C11, Hall E5, a Deimo, também membro do grupo, irá expor servo motores, soluções eletrônicas de controles, dispositivos de entrada e saída, drives eletrônicos e diversas soluções de controle para máquinas têxteis.
Saurer Hall W02, Estande F01 A ITMA Ásia marca a época do primeiro aniversário do novo Grupo Saurer, um dos maiores fabricantes de máquinas e componentes têxteis, com vendas em torno de um bilhão de francos e nove locações na Alemanha, duas na Suíça e seis na Ásia, perto dos principais mercados têxteis do mundo. Nos últimos nove meses, desde a separação do Grupo Oerlikon, se reorganizou e, como parte da filosofia de inovação e sustentabilidade, tem orgulho de lançar o novo selo E3, para Energia, Economia e Ergonomia, na primeira vez que todas as unidades de negócios sob o chapéu Saurer estarão unidas em um único estande, de aproximadamente 800m². Um novo quadro de fiação de anel Zinser e uma nova geração de máquina de fiação rotor Schlafhorst BD, novas configurações na rebobinadeira Schlafhorst, máquinas de bordado da Saurer, um novo produto da preparação Jintan e, como sempre, as marcas de componentes apresentarão várias inovações. Entre elas, o carro chefe da Schlafhorst, a Autocoro 8. Com a velocidade de rotor maior na prática do que os modelos anteriores, e novas soluções em automação, proporciona vantagens na produtividade. Já a nova geração do modelo
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BD aumenta a eficiência econômica e garante os melhores pacotes no segmento semiautomático com nova tecnologia de junção. Investimentos significantes em automação são atualmente o principal tema no pacote de automação de bobinagem. Portanto, a Schlafhorst apresenta a Autoconer X5, tipo V, pela primeira vez com a mais inteligente tecnologia de fluxo de material, FlowShare FX. Produtos inovadores e soluções para os setores de fios de fibras, fios para carpete, fios de pneus, fios de filamentos técnicos e de vidro sob o novo rótulo E3 serão apresentados pelas marcas Allma e Volkman. As máquinas de torção e cabeamento têm baixo consumo de energia e uso eficiente de recursos. Na CompactTwister, a alta performance em torção para fios de fibras grampeadas impressiona com economia de energia de até 40%, graças ao conceito eco drive e eco spindle, com combinações de fusos ajustadas. Sua produtividade é 30% maior, graças às maiores velocidades de entregas, mais de 120m/min. A Saurer Embroidery (bordados) trará a Epoca 6pro, customizada para uma era de demandas maiores e pedidos menores, produzidos mais rapidamente e com menos mão de obra. Sua velocidade média de produção é 30% mais alta. O corte inovador, equipado com o novo sistema de atuação individual, resulta em perda mínima de fio. Isso significa que os mais complexos padrões podem ser produzidos com fios extremamente diferentes. Soluções para fiação de anel e filamento, bem como processamento e monitoramento da qualidade, são o foco das marcas de componentes deste ano. . Os versáteis Texparts® PK 2630 SE e Texparts® PK 2630 SHE, desenhados para se adaptar a todos os filatórios do mercado, são um exemplo. Já a Saurer Jintan apresentará a JSC326, carda que garante aumento de 50% na produtividade, graças a um cilindro mais amplo e elevado.
Benninger Hall E6, Estande A22 A empresa irá expor um tambor de máquina de lavar TRIKOFLEX e o Benninger-Küsters DyePad Basic, um dos componentes chave das suas soluções de processamento
Benninger (Divulgação)
contínuo customizadas. Apesar dos tremendos esforços de desenvolvedores de máquinas para reduzir a relação de banho, o acabamento de malharia em máquinas de tingimento a jato ainda requer grandes quantias de água e, por isso, uma grande quantidade de energia. A Benninger desenvolveu e implementou um processo contínuo de acabamento de largura aberta que, além de benefícios na qualidade, também oferece economia, especialmente em termos de água e energia. Esse processo torna possível diminuir as emissões de CO2 em cerca de 2/3, em comparação com processos de tingimento por esgotamento. As plantas de lavagem e branqueamento TRIKOFLEX da Benninger e a Benninger Küsters DyePad se adaptam perfeitamente a este tipo de aplicação. A TRIKOFLEX promete alto grau de eficiência de lavagem, apesar do baixo consumo de água fresca. Reduz o consumo de água em mais de 40%, em comparação a lavadoras convencionais, ao mesmo tempo em que reduz a energia necessária para a lavagem. Além disso, foi especialmente desenvolvida para tecidos sensíveis. Já o DyePad Basic foi especialmente desenvolvido para atender as necessidades do mercado asiático, com foco em fácil manuseio. Dois swimming rollers garantem um potencial de deflexão máximo e permitem o tingimento de malharia e tecido plano sem restrições. Com o processo de tingimento CPB, o reativo é fixado em uma temperatura ambiente. Com condições controladas, este moderno sistema pode ser usado em fibras de celulose para tecidos planos e malharia, sem nenhuma restrição.
BMSvision Hall E1, Estande E1-F12. A BMSvision irá mostrar a última versão de seu Sistema de Execução de Fabricação (Manufacturung Execution Systems - MES) para tecelagem, malharia, tufting e fiação, baseada em tecnologia wireless de coleta de dados. Todos os sistemas incluem módulos de software para monitoramento das máquinas em tempo real, agendamento de produção, inspeção de fábrica, gestão de estoques de fio e rastrea-
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Groz-Beckert (Divulgação)
mento. Uma nova versão do gerador de relatório permite a combinação de dados em tempo real com o histórico das informações no mesmo documento. A BMSvision também irá apresentar seu Sistema EnergyMaster para monitorar o consumo de energia da planta e reportar sobre as emissões de CO2 da empresa. A integração desses parâmetros de energia com outras aplicações MES, tais como monitoração das operações de fiação, tecelagem e acabamento, fornece um perfeito insight na relação entre consumo de energia e produção e permite rápida identificação de potenciais de economia. Um novo módulo, “Management dashboard”, permite a apresentação combinada de dados disponíveis em diferentes módulos de software em um único relatório virtual. Com esta ferramenta, o usuário pode criar seu próprio painel de informações, que mostrará informações importantes no que diz respeito a eficiências, qualidade e consumo de energia, mostrados em tempo real e em uma tela única. A última versão do sistema automático de inspeção de tear Cyclops também foi otimizada para inspeção do carbono, Kevlar e tecidos de vidro. Também em destaque estarão os sensores e sistemas de fiação BMSVision: BarcoProfile, para monitoramento online da qualidade em máquinas de texturização, OptiTwist, sistema de monitoramento para torção em tempo real em torcedores e máquinas de cabeamento direto, e o OptiSpin, para monitoramento de fuso a fuso em quadros de anel. Todos esses sensores podem ser conectados no sistema SpinMaster MES.
Groz-Beckert Hall E5, Estande B01 Em mais de 1.000 m², a Groz-Beckert, representada no Brasil pelo Grupo NS, apresenta os seus novos produtos e serviços. O destaque principal é o “TexCar” – um modelo Mercedes-Benz E-Class que foi reconstruído de modo que quase todos os tecidos utilizados na sua fabricação ficassem visíveis. Esta exposição permite a observação dos tecidos, malhas, nãotecidos e costuras, e demonstra a diversidade da aplicação dos têxteis, que vai muito além de capas
para assentos, carpetes e tapetes. Em equipamentos de segurança, como por exemplo, o airbag e cinto de segurança, os têxteis e costuras também são indispensáveis. Mesmo sob o capô e rodas, os têxteis cumprem funções essenciais. No campo de malharia, uma máquina circular feita de acrílico transparente, que permite uma visualização profunda da interação de todos os componentes – agulhas Groz-Beckert, partes de sistema e o cilindro. Serão mostradas 14 tecnologias de malharia, como bodysize, meia malha e duplafrontura, incluindo várias técnicas jacquard, bem como uma gama única de finuras em um segmento de cilindro de E10 a E50. No campo da costura, o tema central é o SEWING5. Este termo refere-se ao abrangente plano de serviço da Groz-Beckert, que apoia a indústria de confecção, não apenas com a qualidade excepcional dos produtos e desenhos cada vez mais elaborados solicitados, mas também a produtividade e eficiência sustentáveis que aumentam significativamente o desempenho. Os 5’S da SEWING5 representam Suprimentos, Soluções, Serviços, Superioridade e Sustentabilidade. Quando se trata de qualidade, mesmo a embalagem do produto pode fazer um diferencial real. A embalagem Groz-Beckert permite que as agulhas sejam transportadas e armazenadas de forma segura. Para o setor de tecelagem, a Groz-Beckert tem uma extensa gama de produtos. Na feira, entre outras coisas, a Groz-Beckert estará demonstrando a sua máquina de atar KnotMaster. Apesar das inúmeras funcionalidades – quatro tipos de atamento, nós duplos e simples, sobras curtas dos fios atados e detector de fios duplos – o manuseio da máquina é bastante simples, graças à sua moderna tela de controle touch-screen. Graças à sua ampla gama de aplicações, o modelo padrão AS/3 se estabeleceu como um best-seller. O destaque será a versão RS/3 – perfeita para atar materiais de superfície suave, como por exemplo, fibras de vidro. Urdumes de fibras de vidro podem ser atados a uma velocidade de até 400 nós por minuto. Os produtos finais resultantes da tecelagem das fibras de vidro são utilizados como base para lonas de caminhões, barracas, placas de circuitos ou cintas para transporte, resistentes a altas temperaturas. O público brasileiro que quiser encontrar os produtos Groz-Beckert pode procurar o Grupo NS, que representa a marca no País.
PTC Hall W4, Estande C 07 As empresas Bräcker, Graf, Novibra e Suessen unem suas marcas formando um único fornecedor global de componentes tecnológicos para a indústria têxtil. A Bräcker irá expor seus componentes chave de alta qualidade para máquinas de fiação de anel. O anel Bräcker redORBIT, por exemplo, foi desenvolvido para a produção de fios de qualidade em alta velocidade
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ITMA Ásia+CITME e promete aumento de velocidade e produção, maior estabilidade no deslocamento, redução na quebra dos fios e ótima relação custo benefício, graças a combinação ideal de materiais, entre outras vantagens. Já o Bräcker OPAL® se propõe como solução suíça personalizada para os quadros de fiação de anel chineses. A Bräcker manteve sua posição líder em anéis de fiação com o TITAN, que até agora já vendeu mais de 30 milhões de peças para fiações de sucesso ao redor do mundo. A Graf + Cie AG fornece componentes premium para processos chave na indústria de fiação de grampo curto e aplicações de nãotecido, líder em cartões de revestimento metálico, stationary flats e flats flexíveis, circulares e combos top para os maiores produtores de máquinas de carda e pente, roller cards e fiações. A geração de flat clothings flexíveis para o processamento de algodão, fibras artificiais e regeneradas, bem como misturas e aplicações em outras inovações da Graf, tem notável impacto no mercado. Os padrões favorecem a extração de fibras curtas e sujeira, bem como a eliminação de neps. A dimensão dos fios para os tipos C e M são selecionadas com uma diferença de cinco números. Toda a gama de flats está disponível para diferentes tipos de cardas. A Novibra desenvolveu uma vasta gama de fusos para ir de encontro a todas as necessidades dos produtores de fios e fabricantes de máquinas de fiação em todo o mundo. Além dos fusos completos, também fornece inserções individuais. Inclusive outras marcas fabricantes de fusos são equipadas com tecnologia Novibra. A empresa sempre focou na redução da vibração dos fusos, alta velocidade, qualidade constante do fio, baixa manutenção e vida longa. O fuso NASA HPS 68 se tornou um novo padrão para alta velocidade e necessidades das fiações modernas. Com duas caixas, configura um sistema único de absorção que garante alta performance com mínima carga no gargalo de rolamento, vibração e nível de barulho, mesmo com velocidades superiores a vinte mil RPM. Já a Suessen promove todos os seus produtos sob o lema “…soluções orientadas pelo mercado...”, demonstrando a competência em lidar e processar fibras naturais e artificiais, nos processos de anel e rotor. Desde sua fundação, em 1920, tem sido de grande valor para a indústria de fiação por uma imensurável quantidade de inovações e desenvolvimentos com efeito durador e influência na história da fiação. Alguns desenvolvimentos históricos são as Open-End Rotor SpinBoxes SE-Series para as máquinas a rotor Autocoro SE 7 – SE 10, os sistemas Drafting HP-A e HP-GX para fiação de anel e máquinas de torção e o Sistema de Fiação EliTe®Compact. A Suessen terá uma máquina de fiação de anel funcionando no estande para demonstrar os destaques do evento.
Oerlikon Manmade Fibers Hall W3, Estande F01, Sob o lema “Da fusão ao fio”, a Oerlikon Manmade Fibers estará no estande com a Oerlikon Barmag e a Oerlikon Neumag, celebrando o cinquentenário de sua parceria com a indústria têx-
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til chinesa. O foco da participação na feira é toda a cadeia de processamento de fibras artificiais: da fusão ao fio, a Oerlikon Manmade Fibers acompanha fabricantes com tecnologias inovadoras e serviços sofisticados. Ser ambientalmente amigável e sustentável, com soluções certificadas, está em primeiro plano. O portfólio de produtos expostos abrangerá de sistemas contínuos de policondensação (CP), métodos ‘estado da arte’ e ecologicamente corretos para tingimento direto na fiação, usando a tecnologia de mistura 3DD em todo o caminho, até a última rebobinadeira para POY, HOY, DFY, IDY e processo BCF. Além das bombas de fiação em exposição, a empresa também focará em soluções de produção para nãotecidos e fios especiais. Mais uma vez, haverá realidade virtual no estande: em um showroom virtual, serão apresentadas tecnologias em 3D, além de ser possível os visitantes participarem de uma jornada pelos sistemas e máquinas. A Oerlikon Barmag estabeleceu um novo marco de referência para a produção de fibras de poliéster com a bobinadeira de fios WINGS POY 1800. A nova máquina aumenta a produtividade em 20%. Comparada com seu modelo predecessor, pode acomodar 12 bobinas, ao invés de 10, o que exigiu desenvolvimentos tecnológicos sofisticados. A Winding Integrated Godet Solution, ou WINGS, é de fácil uso, um equipamento inovador que usa 30% menos espaço. A Oerlikon Barmag apresentou a WINGS POY ao mercado em 2007, inaugurando uma nova dimensão para a fiação por fibras artificiais. Mais de 14 mil unidades WINGS para os fios POY e FDY já foram vendidas, desde então. A nova WINGS, desenvolvida para requisitos especiais da produção econômica de nylon HOY, oferece todos os bene-
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fícios da bobinadeira WINGS POY. Inclui otimização especial para os requerimentos HOY, incluindo os nós de alta miscigenação, spray para proteção e o design otimizado para fricção para diminuir a gama de danos ao nylon. As máquinas eFK manual e eAFK automática de texturização mostram a evolução feita pela Oerlikon no segmento: soluções testadas, tais como os sistemas de interrupção e o dispositivo pneumático para esticar o fio, foram retidos e novas tecnologias implantadas onde eles marcadamente provaram a eficiência, lucratividade e funcionamento da máquina. Na feira, a Oerlikon apresentará seus novos recursos para tecnologias de texturização.
Uster Technologies Hall W5, Estande G01 O algodão cru está sujeito a vários tipos de contaminação, e sua remoção há muito tempo tem sido motivo de dor de cabeça para fiadores com consciência de qualidade. A Uster Technologies propõe uma solução significante e efetiva, a ser revelada pela primeira vez em público na maior feira de máquinas têxteis deste ano. A empresa terá dois estandes. No principal (Hall W5/ G01), apresentará a gama completa de instrumentos USTER® para laboratórios e processos para testes de fibras e fios, sobre uma área de 200 m², incluindo um foco especial na USTER® JOSSI. A chave é a interação entre USTER® JOSSI VISION SHIELD e a limpadora de fios líder mundial USTER® QUANTUM 3, para permitir aos fiadores encontrarem o padrão preciso de qualidade, confiança e consis-
tência. Os visitantes poderão ver como essa parceria pode fornecer total controle da contaminação em uma seção especialmente dedicada a isso. O segundo estande (Hall W4/G09) também oferecerá informações sobre o controle total de contaminação com referências especiais ao USTER® JOSSI VISION SHIELD, para detecção e remoção de todos os tipos de contaminantes do algodão nos primeiros estágios do processo de fabricação. A gama completa de instrumentos USTER®, tanto para controle de qualidade de fios e fibras, será mostrada na feira – um olhar particular sobre o sistema USTER® CLASSIMAT 5 de classificação de fios, marcado no estande com um grande U. O slogan ‘Pense qualidade’ será exemplificado com a best seller USTER® TESTER 5, com informação extensiva sobre todos os seus parâmetros, e instrumentos especializados para laboratório, tais como USTER® TENSORAPID 4 e TENSOJET 4, testes de força, e o sistema de medição de pilosidade do fio USTER® ZWEIGLE HL400. Para testar a fibra, o estande principal irá representar a família completa de controle de qualidade, incluindo a USTER ® HVI1000, USTER® AFIS PRO 2 e a USTER® SLIVERGUARD PRO. Destacar o princípio do TOTAL CONTAMINATION CONTROL apresentando os produtos JOSSI sob a bandeira da USTER, é uma chave para o sucesso na exposição. Ao mesmo tempo, a USTER está igualmente orgulhosa por apresentar seus próprios desenvolvimentos das últimas seis décadas.
Santex Hall E7, Estande E14 O Grupo Santex vai à ITMA Ásia com suas quatro marcas principais. A Santex é focada no acabamento de malharia de qualidade e sistemas abrangentes de máquinas individuais para pré-tratamento de malharias circulares ou planas. A Santashrink é para reduzir encolhimento por tensão e relaxar a secagem de malhas. A Santacompact para controle de largura e equalização da abertura de tecidos de malha por manejo sem torção, com fixação controlada. A NOVA para secagem contínua com taxas de limpeza sem água é a solução para limpeza de tecidos acabados para remover tintas não fixadas e eliminar resíduos. A Santex ESC Energy Saving Chamber (Câmara de Economia de Energia) garante alta produtividade e melhor retorno sobre investimento e estará exposta durante a exposição. A SpertottoRimar é especialista em acabamento de máquinas para lãs e tecidos similares (algodão, seda, viscose e sintéticos). A Decofast é uma máquina de deslustragem contínua sob pressão de vapor para obter estabilidade dimensional marcante em lã, woollens e mallharia. A Cavitec combina a máquina Hotmelt com calandra de laminação, transporte de baixa tensão e sistemas web-guiados. Os produtos finais são para têxteis para esportes, proteção e vestuário. As plantas Prepreg para a impregnação
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de vários tipos de materiais de fibras de vidro e carbono para compósitos estruturais para o uso na indústria automotiva, espacial e de aviação. Materiais nãotecidos são secados ou grudados no forno Santatherm. Já a Isotex é especialista em linhas completas para revestimento, acabamento por resina, plantas de impregnação e laminação, com aplicação seca ou molhada. Máquinas de gravação para filmes termoplásticos, tecidos revestidos e coagulados e prensas para PVCs calandrados, couro sintéticos, vinil e outros.
ANDRITZ Hall W3, Estande A07 O Grupo ANDRITZ irá apresentar sua vasta gama de produtos e serviços na entrega de soluções completas e individuais para produção de nãotecidos, spunlace e needlepunch, bem como suas novas tecnologias para a indústria têxtil. Com sua nova fábrica em Wuxi, China, a ANDRITZ Nonwoven aumentou sua capacidade de fabricação de nãotecidos e a gama de serviços pela Ásia. A locação tem um centro técnico e hospeda uma linha piloto de escala industrial de needlepunch e um centro de serviços de bobinas. A linha piloto needlepunch inclui uma carda, uma crosslapper, uma pre-needler e o novo tear de agulhas A30, e demonstra produção em velocidade máxima. A A30 completa a gama aXcess da ANDRITZ, que foi desenvolvida especialmente para produção de média capacidade em baixos custos de operação, garantindo performance confiável e competitiva, em uma velocidade de 1.200 rpm. A linha piloto oferece aos produtores de nãotecidos a oportunidade para conduzir pesquisas com produtos novos ou modificados sob condições antes do lançamento de mercado. As fibras são o maior fator de custo na produção de nãotecidos e todas as aplicações de mercado requerem um baixo peso médio combinado com performance mecânica consistente e uniformidade de peso. Por isso, a ANDRITZ integrou
Andritz (Divulgação)
o sistema ProDyn nas linhas de needlepunch, para obter significante redução do consumo de fibras, possibilitando um melhor retorno sobre investimento. O conceito da nova linha compreende a carda dupla eXcelle com sistema inovador de alimentação, a crosslapper dinâmica com dispositivo online de controle integrado, tear de agulha A50 com padrões versáteis de agulha e uma nova gama de drafters Zeta. A tecnologia ProDyn cria uma interação constante entre a carda e a crosslapper dinâmica. O conceito de calandra ANDRITZ para tecidos técnicos garante alta qualidade do produto e performance e encontra requerimentos de proteção ambiental. A patenteada teXcal trike, uma calandra de três rolos com dois sistemas de controle de rolo separados, oferece produtividade e flexibilidade. O conceito da teXmaster oferece operações fechadas para medidas de qualidade do produto, por exemplo medidas de permeabilidade do ar. Uma análise direta de dados obtidos na saída da calandra são usados para controlar os sistemas de rolos. A ANDRITZ também fornece soluções completas de acabamento para aplicações médicas. Nãotecidos spunbond devem seguir critérios de qualidade, com propriedades hidrofóbicas, repelentes ao álcool, permeáveis ao ar, antistáticas e respiráveis. A tecnologia da ANDRITZ inclui unwinding, impregnação, dosagem, secagem, cura e bobinagem/ corte. Além disso, a tecnologia SpunjetSoft da ANDRITZ cria uma nova geração de spunlaids com propriedades superiores em relação a estrutura, amassamento, força de tensão e maciez, como requerido no setor de higiene.
DiloGroup Hall W3, Estande C01 A DiloGroup irá fornecer extensa informação sobre linhas de produção feitas na Alemanha e recentes conceitos de máquinas das empresas DiloTemafa, DiloSpinnbau
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ITMA Ásia+CITME e DiloMachines. Um foco maior do novo equipamento é melhorar a eficiência da operação, qualidade e uniformidade com efeitos positivos em todo o processo de conectar as fibras. Todos esses elementos são parte do “Dilo – Isomation Process” e visam um consumo reduzido de fibras, já que a matéria-prima é o fator de maior custo na produção têxtil. Uma máquina que contribui para esse processo é a abridora DON, fabricada pela DiloTemafa, que inclui um fino estágio de abertura. Ela entrega o material fibroso continuamente e homogeneamente para o alimentador da carda. Outro passo para melhorar a regularidade é o alimentador de carda MultiFeed, desenvolvido pela DiloSpinnbau, disponível em larguras de até 5m. Esta máquina usa o sistema “Twinflow” e oferece capacidade de até 400kg/h/m de trabalho, quando processando fibras 1.7dtex. A Spinnbau MultiCard oferece alta produção devido à sua acessibilidade fácil e rápida para limpeza e manutenção. A máquina se adapta com todas as gamas de fibras e tem um potencial de velocidade de até 200m/min e representa uma solução econômica para a produção de nãotecidos cross laid. As crosslappers Dilo oferecem velocidades de cerca de 200m/min (a série HL) e cerca de 160m/min (a série DL). O programa de vendas da DiloMachines inclui uma gama inteira de teares de agulha, de quadro único em um lado até dois quadros de cada lado.
Rieter Hall W4, Estande D01 O know-how relativo à parte financeira, planejamento da fiação, uso dos elementos tecnológicos adequados, seleção do processo correto de fiação. Estas e outras competências são necessárias para alcançar o sucesso na operação de uma planta de fiação. A Rieter irá demonstrar em seu estande sua competência em todo o processo de fiar e apresentar os quatro sistemas ao vivo.
DiloGroup (Divulgação)
Assim, os clientes poderão visualizar um modelo de carda com 1,5 m de largura, considerada a carda com maior área de cardagem ativa. A Rieter apresenta também o passador SB-D 22, com dupla cabeça que garante maior produtividade e velocidade de entrega de até 1.100 m/min e um sistema de troca de lata automático, para latas de até 1.000 mm. O filatório G 32 produz fios convencionais, fios flammé, fios twin e fios compactos – com a qualidade controlada pelo ISM, sistema de monitoramento individual do fuso. Também poderá ser vista a alta produtividade e excelente qualidade dos fios Com4®rotor, com o sistema de emendas invisíveis, destaques da máquina de fiar a rotor automática R 60, agora disponível com até 600 posições. A R 60 é uma máquina de fiar a rotor automática que define novos parâmetros em termos de qualidade, produtividade e flexibilidade, tudo com menor consumo de energia. A melhoria na estabilidade de fiar do novo spinbox S 60 possibilita um aumento de até 5% na produção com uma melhor qualidade. A produtividade da máquina com até 600 rotores e 6 robôs é enorme. A opção de lados independentes oferece uma flexibilidade adicional. A qualidade uniforme do fio, com a emenda AEROpiecing®, que garante emendas com as mesmas características do fio, garante ao cliente uma posição de liderança no fornecimento de fios no mercado. Uma nova geração do jato de ar J 20, com o novo conceito da unidade de fiar e prolongamento da máquina para até 200 unidades, e os benefícios e características dos quatro sistemas de fiar poderão ser observados pelos visitantes no Espaço Tecnológico. Lá, as amostras de tecidos e produtos finais dos fios Com4® da Rieter estarão disponíveis. Também as últimas modificações e as peças de reposição de alta qualidade serão apresentadas pelo departamento responsável. Apresentações multimídia irão transmitir aos visitantes uma impressão dos benefícios únicos de um sistema produzido pela Rieter.
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ITMA Ásia+CITME SSM Hall W2, Estande H01 A suíça SSM Schärer Schweiter Mettler AG, criadora do sistema de atravessamento eletrônico de fios, continua sua tradição de apresentar tecnologias inovadoras. Com cinco novas introduções ao mercado da Ásia e diversas inovações e aplicações para a sua já reconhecida gama de produtos, a SSM irá expor um total de seis máquinas, para tingimento/ rebobinagem; texturização a ar; texturização de falsa torção e acabamento de costura e bobinagem. Pela primeira vez na China, a SSM TW2plus-W é um pacote de precisão de bobinagem para pacotes de tingimento e operações de rebobinagem. A tecnologia eletrônica da torcedora de fios fastflex™ permite uma alta flexibilidade para produzir um pacote de cross wound feito sob medida. O design ergonômico e tecnologias duradoras cortam despesas de manutenção e com serviços ao máximo. Da SSM GIUDICI vem a nova TG1-FT, máquina de textura de falsa torção manual. Combina um padrão de texturização com um design que economiza espaço. O resultado é uma máquina para produção de custo eficiente de poliamida de alta qualidade (abaixo de 7 dtex), polipropileno e fios de polyester de fina contagem. Combinada com a SSM GIUDICI TG1-FT, a TG1-AT também estará exposta. A máquina manual de texturização a ar SSM GIUDICI TG1-AT foi desenhada para produção de custo eficiente de fio texturizados a ar de alta qualidade, feitos de poliéster POY ou FDY, poliamida e polipropileno, de contagem final fina até média. A SSM TK2-20 CT/KT será exibida para bobinagem de acabamento de costura. Ela estabelece novos padrões de mercado ao combinar a performance estabelecida da reconhecida série THREAD KING com a funcionalidade e conforto especial da nova tecnologia de controle. A TK2-
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20 exibe propriedades de primeira classe de desenrolamento e preenche os mais altos requerimentos de processamento de fios. Com a apresentação de outras duas novas máquinas têxteis SSM, a gama de produto estará completa. Mais detalhes dos últimos desenvolvimentos serão fornecidos durante a exposição em Xangai.
Toyota A Toyota fez a sua primeira mudança em dez anos no tear a Jato de ar, seu principal produto de negócios, lançando no ano passado o JAT810, que estará à mostra na ITMA Ásia. Sucessor do JAT 710, esta máquina foi desenvolvida para economia de energia, produtividade e facilidade de uso. Com os custos de mão de obra e eletricidade subindo em países emergentes, como a China, um dos principais mercados para teares a jato de ar, a demanda por produtos com grande economia de energia e aumento de produtividade está se expandindo. Para ir de encontro a essas necessidades do mercado, a Toyota adotou um novo sistema de inserção de trama que gerou uma redução de 20% no consumo de ar, comparado com o modelo anterior. O sistema de assistência à tecelagem, o novo WAS, que incorporou a experiência adquirida há anos pela empresa, e um sistema de gerenciamento de fábrica, FACT, que possibilita gerenciamento centralizado de toda a produção, também contribuem para aumentar a produtividade. Além disso, a Toyota desenvolveu seu próprio dispositivo de derramamento, o “E-shed”, que fornece alta velocidade de tecelagem e versatilidade. A Toyota busca desenvolver teares que produzam têxteis de alta qualidade a um baixo custo, baseados no conceito de Jidoka (automação com um toque humano). Com o JAT810, a Toyota continua sua contribuição para o desenvolvimento da indústria têxtil global, respondendo às demandas dos
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ITMA Ásia+CITME clientes rapidamente e com atenção meticulosa aos detalhes, por meio de uma rede de serviços ao redor do mundo. Ainda durante a ITMA Ásia, a Toyota irá apresentar as seguintes atrações: Uma máquina com o novo conceito e-shed de largura de 210cm, trabalhando com tecidos de camisaria
em velocidades elevadas de produção para artigos complexos. Uma máquina para produção de tecidos de felpa de largura de 280cm trabalhando com artigos diferenciados. E uma máquina para produção de lençóis com largura de 340cm em velocidade de trabalho elevada.
Tabatex A brasileira Tabatex estará, de certa forma, presente ao evento. Muitas de suas representadas terão estandes na ITMA Ásia + CITME 2014. Confira: • JKS - Fundada em 1842, a empresa fabricante de Rolinhos e Manchões para Fiação, apresentará sua nova linha de produtos para Vortex Spinning Machine no Hall W2 | Estande B13. • Staedtler - No mercado desde 1783, a empresa líder no segmento de pentes fixos e circulares para máquinas de pentear apresentará sua linha nova de pentes no Hall W2 | Estande E23. • Samatex - Empresa Alemã, líder na produção e distribuição de peças de reposição para máquinas Open End, Conicaleiras e Filatórios, apresentará novidades em produtos com tecnologia de ponta. Hall W3 | Estande H09. • Reseda Binder- Líder Mundial na fabricação de Parafinas, a empresa apresentará novas tecnologias na parafinagem de fios, além da máquina de teste de atrito “Friction Tester”. Hall W2 | Estande E22. • Loepfe - A participação da suíça Loepfe Brothers Ltd será inteiramente dedicada ao conceito “Construída para ver mais”, trazendo lançamentos para linha de Fiação como os Purgadores YarnMaster Zenit+ nos modelos 3N1 e 1N1, utilizados para o controle de qualidade em máquinas Open End, e também para Tecelagem, como o purgador da linha WeftMaster, o modelo FALCON-i. Hall W5 | Estande C04. • Teraspin - A empresa indiana certificada pela ISO 9001:2008 apresentará componentes de máquinas têxteis de precisão, baseados na tecnologia SKF. A gama de produtos abrange Braço Pendular, Top Rollers, Gaiola, Fusos e seus componentes. Hall W2 | Estande H09. • ACE Heald - Empresa coreana, situada na cidade Daegu, certificada pela ISO 9001:2000, apresentará sua linha de produtos como liços e lamelas de alta tecnologia. Hall E1 | Estande H04 • Perfect Belts – A empresa indiana apresentará as novidades em peças para Teares Circulares e Extrusoras de Rafia, como Lohia Starlinger e Starlinger. • Chao Cheng - Apresentará sua linha de componentes eletrônicos baseados na fabricação de alta tecnologia, como módulos para teares equipados com Jacquard e toda a linha de sensores para diversas máquinas têxteis. Hall E1 | Estande G03. • Da Kong - Empresa com mais de 50 anos de mercado na fabricação de meias fará o lançamento da linha de máquinas de meia com preparação da ponta fechada. Hall E4 | Estande H08. • Dollfus Muller- Empresa francesa, hoje um dos maiores fabricantes de feltros, correias e esteiras para área de acabamento têxtil, apresentará sua linha de produtos de longa duração. Hall E7 | Estande C34. • Dunline – Líder na fabricação de Manchão de Borracha para Sanforizadeira, apresentará seus produtos além de informações sobre o processo de ampliação da vida útil dos Manchões. Hall E2 | Estande C06. • Textape – A italiana Textape, com mais de 30 anos de mercado no fornecimento de revestimentos de cilindro, apresentará produtos feitos com tecnologia de ponta e inovações para linha de revestimentos. Hall E1 | Estande B13. • XTY – Com mais de 30 anos de tradição, a empresa chinesa apresentará sua linha de produtos para Rama, como Morcetes, Pentes e Correntes. Hall E7 | Estande G03. • AVA – Com mais de 20 anos de mercado, a empresa especializada na gestão de design e cor desde a concepção inicial até produção final, apresentará a nova versão do software CAD/CAM para indústria têxtil decorativa. Hall N5| Estande C24. • Fait Group - Hall E7 | Estande E17. • Nankai - Hall E3 | Estande E10. • BMSvision – Hall E1 | Estande E1-F12.
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UCMTF: França na Ásia A ITMA Ásia+CITME será outra grande oportunidade para conhecer a vasta oferta dos fabricantes da França, país que é o 6º exportador de máquinas têxteis do mundo, com um volume de negócios anuais de mais de um bilhão de euros. Para a indústria de fiação de fibras longas, novas técnicas para melhorar os padrões de qualidade, os custos de manutenção e operação e controle de qualidade online. Para torção e texturização, a oportunidade de desenvolver fios com alta tecnologia para aplicações tradicionais ou técnicas, incluindo a indústria de carpetes. Na área de máquinas Jacquard e dobbies: desenvolvimentos na velocidade dos processos de produção junto com alta qualidade e mais segurança. Na área de tingimento, melhorias consistentes com economia de água e energia. Em novos setores da indústria têxtil, como os processos de nãotecidos, o maquinário francês é também o ponto da inovação. Reciclar os materiais têxteis no fim de seu ciclo de vida e transformá-los em novos produtos, ser ambientalmente correto, também é um tópico nos quais os fabricantes franceses de máquinas estão entre os líderes mundiais. Evelyne Cholet, secretária geral da associação de fabricantes (UCMTF), está muito otimista com a feira, já que as empresas que estarão expondo têm muitos clientes na Ásia e estão bem organizadas para atendê-los. Ela adiciona que este ano um tema importante será o de economia de energia, que pode chegar a 30, 40%, o mesmo ou ainda mais para consumo de água em tingimento e acabamento.
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As seguintes empresas francesas estarão na exposição •
NSC fibre to yarn - Estande W4-C06: Na ITMA Ásia, a NSC fibre to yarn, que inclui N.Schlumberger e Seydel trademarks, irá exibir a ERA, máquina combinada reconhecida por produzir tops de alta qualidade em lã, linho e fibras delicadas como cashmere. Uma nova máquina de desenho de interseção, GN8, evolução da penteadeira ERA e melhorias na família de máquinas de desenhos GC30 serão reveladas para
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clientes internacionais. Esta também será a ocasião para apresentar um novo centro de serviços com um estoque genuíno de peças em Zhangjiagang. LAROCHE - Estande W3-A08: Com um século dedicado ao design, fabricação e licenciamento de equipamentos para linhas completas de reciclagem de têxteis sólidos, a LAROCHE obteve grande progresso e tem ajudado a descobrir novas aplicações sustentáveis sob medida para produtos melhores e mais baratos, cuidando de sérios problemas ambientais e a escassez de matéria-prima. Sua linha completa Airlay para nãotecidos processa uma larga variedade de matérias-primas, produzindo uma gama variada de feltros de nãotecidos. Seus campos de aplicação incluem, entre outros, open-end com fibras recicladas, feltros de nãotecidos para isolamento em construção, automotivos, cama, mobília e tapetes, geotêxteis, isolamento acústico e térmico, horticultura e produtos técnicos. VERDOL - Estande W2-B22: A Verdol oferecerá uma das mais completas gamas de tecnologia e maquinário para o processamento de fios de filamentos. Máquinas de torção para bordado e aplicação de linhas de costura, máquinas de revestimento e máquinas para torcer e encolher fios de nylon por tratamento térmico. A VERDOL irá expor a GU Advantage, a nova máquina de revestimento para os mercados de massa. Além disso, mostrará, também, a UT Advantage, sua nova torcedora de fio industrial, dedicada também ao mercado de produção de massa, funcionando no estande. A empresa irá trazer seu Sistema completo e complexo de gerenciamento de sistemas, M.U.S.T., (Monitoring Unit System for Textile machinery) Unidade de Sistema de Monitoramento para máquinas têxteis, já instalado na maioria dos produtores de fios de carpete, vidro e T&I. FIL CONTROL - Estande W2-B23: A FIL CONTROL é reconhecida pela sua expertise em sensores de fios e componentes eletrônicos. Este ano, entrou na etapa de industrialização do novo MYT Sensor, atendendo a uma demanda crescente de montagem e torção dos usuários finais e, claro, construtores de máquinas: o controle online da tensão do fio com um preço acessível. Com seu novo sensor, está reforçando sua posição de líder em desenvolvimento tecnológico no segmento de sensor de fios. O MYT se adapta para fios de altas contagens e altamente tensionados (500g a 5000g). O próximo passo será adaptar esta tecnologia para responder as demandas de baixa tensão. PETIT - Estande W2-B24: Desde 1946, a PETIT tem sido interlocutora privilegiada no mundo têxtil para fabricantes de revestimento cilíndrico, peças
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para máquinas têxteis, teares e texturização Além de fornecedora exclusiva de peças genuínas para excelentes máquinas como ARCT, ACBF, ICBT, RITM, SAURER DIEDERICHS. A empresa conta com estoque grande de guias de fios de cerâmica e tensionadores e uma rede mundial de agentes e revendedores. AESA Air Engineering - Estande W4-B13: A AESA Air Engineering é líder global no campo de ar-condicionado industrial, que fornece soluções seguras para a engenharia de ar têxtil. Com escritórios na França, Índia, Cingapura e China, e uma rede de agentes, a AESA combina o rigor e a experiência da engenharia europeia. Especializada no condicionamento do ar em fiação, tecelagem, fibras artificiais e sistemas de remoção de desperdício, para qualquer fibra, algodão, rayon, poliéster, misturas, lã, acrílicos, fibra de vidro, fornece sistemas completos para manter as condições adequadas de temperatura e umidade e um ambiente limpo, de acordo com padrões internacionais. Oferecendo sistemas automáticos, usando o melhor sistema de filtração e coleta de resíduos. SUPERBA - Estande W3-G01: Com sede em Mulhouse, França, a SUPERBA é líder global de processo de fixação por aquecimento contínuo com vapor saturado de fios de carpete BCF, SPUN e misturas de lã. Com mais de 35 anos de experiência no campo especializado de tapetes de alta qualidade tufados e de lã, fornece soluções inovadoras e competitivas com uma gama completa de máquinas, incluindo a TVP3, última geração de máquina de fixação por aquecimento, junto com a nova frisadora MF400 e a bobinadeira automática B401. Todas são fabricadas na França pela SUPERBA, que também fornece as linhas de vaporização e encolhimento para a fixação por aquecimento de fios de acrílico e oito cores, máquinas MCD/ LA. DOLLFUS & MULLER - Estande E7-C34: A DOLLFUS & MULLER, fundada em 1811, fabrica cintos de secagem e feltros infinitos para fábricas de acabamento têxtil. A empresa irá expor feltros compactos para acabamento de malharia e feltros sanforizados para acabamento de tecidos planos e denins. Cintos de secagem de estamparia e cintos de secagem sem tensão para acabamento de malharia. A empresa irá apresentar seu novo feltro compactado para acabamento de malharia, que traz um cuidado especial com os tecidos, graças à sua superfície suave. Mostrará também seu novo cinto de secagem TAMIP HT 500 NR, mais durável, especialmente desenvolvido para impressão por pigmento.
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VDMA: Alemanha na Ásia Produção têxtil eficiente em termos de energia e recursos será o tópico principal dos expositores alemães na ITMA Ásia + CITME 2014 em Xangai. Preços voláteis, escassez esporádica de energia e commodities e legislação ambiental rigorosa colocam os produtores têxteis asiáticos sob pressão para se ajustarem. As empresas associadas à VDMA - Associação de Máquinas Têxteis demonstrarão na feira as últimas tecnologias alemãs que aumentam lucros pela alta eficiência de energia. Os especialistas da Associação examinaram os efeitos da economia de energia sobre toda a cadeia de produção de três produtos têxteis. Os principais resultados dessa análise serão resumidos em uma brochura que poderá ser obtida nos estandes da VDMA e de seus numerosos associados presentes na feira.
Processos eficientes em energia A abordagem da análise da VDMA cobre a cadeia completa, desde a matéria-prima até o produto final. Por exemplo, uma camiseta funcional. Para fabricar este tipo de produto, o processo começa com fiação e texturização do fio de poliéster, seguido pela preparação para a urdidura. Para produzir o tecido, tecnologia de urdidura-malharia é usada, por exemplo, uma máquina automática. No processo seguinte, acabamento, este material é lavado, tingido de preto e acabado (ou seja, torna-se funcional pela aplicação de propriedades especiais, tais como repelência à sujeira, à prova d’água, camadas permeáveis a vapor d’água), seco e finalmente concluído. Para todos esses passos, da produção do filamento ao acabamento, não só a energia elétrica consumida – incluindo ar comprimido e ar-condicionado – mas também as energias termais, como gás, óleo ou vapor, foram levadas em consideração. Desde o começo de junho, profissionais têm a chance de lerem as histórias de três exemplos específicos de produto e testemunhar o potencial enorme de economia que pode ser percebido com a ajuda de máquinas têxteis adequadas, no http://machines-for-textiles.com/blue-
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ITMA Ásia+CITME -competence (em inglês) e no http://china.vdma.org (em chinês). Os visitantes dos websites têm ainda a chance de provar seu know-how em economia de energia em uma competição que traz prêmios atraentes.
Expositores alemães – setores dos grupos Ao todo, 115 empresas alemãs se registraram para a ITMA Ásia + CITME 2014. Todos os renomados fabricantes alemães estarão presentes na feira líder para o mercado asiático. Os expositores cobrirão todos os diferentes elos de máquinas com forte foco em fiação, acabamento, malharia, nãotecidos, tecelagem e tecnologia de bobinamento. Para os visitantes, será fácil visitar os expositores alemães, já que a maioria deles usará o logo “Tecnologia Alemã” (German Technology). Mais do que isso, a VDMA já segmentou grupos do setor nos halls E1 (tecelagem), E6 (Acabamento) e W1 (fiação).
Informação e suporte O primeiro ponto de contato para profissionais do trade interessados em tecnologia alemã, será o estande de informações da VDMA na Association Village Tent: estande T1A01. A tenda estará localizada ao ar livre, entre os halls E e W. Em todos os estandes, a brochura “Tecnologia Alemã: Maior Eficiência de Energia, Maiores Lucros”, estará disponível para os visitantes. Mais ainda, a VDMA fornecerá informações úteis para visitantes: • O guia VDMA ITMA Ásia, listando todas as companhias associadas de acordo com os halls, • A edição chinesa de 2014 do guia de compradores “Tecnologia Alemã – O investimento sempre se paga”, mostrando em uma matriz os programas de produção de todas as associadas. • O guia de eficiência energética da VDMA “Conservando recursos – potenciais de economia seguros”.
cimento dos mercados asiáticos, e a China em particular. Comparado com dois anos atrás, o espaço de exposição reservado por fabricantes italianos cresceu 2%”, comenta Raffaella Carabelli, presidente da ACIMIT. A Ásia constitui uma referência constante para a indústria de máquinas têxteis italiana, absorvendo 44% das vendas para o exterior. Os principais destinos da região para as empresas italianas são China, Índia, Paquistão, Bangladesh e Indonésia. O mercado chinês por si só responde por 20% das máquinas italianas vendidas no exterior, com uma movimentação de 327 milhões de euros em 2013. É o destino principal das exportações italianas. “Por muitos anos, nossos fabricantes de máquina têm tido uma presença estável na China. Conhecimento do mercado é essencial para satisfazer novas demandas têxteis locais. Hoje, em particular, os produtores de máquinas italianos são capazes de oferecer tecnologia sustentável que está atenta ao consumo de água, energia e produtos químicos, enquanto respeita simultaneamente o meio ambiente, uma evidência do forte compromisso com as tecnologias sustentáveis projetado pelos nossos fabricantes associados. No mercado atual, para os fabricantes têxteis chineses, um parceiro inovador e sustentável, tal como o setor de máquinas têxteis da Itália, representa um diferencial competitivo essencial”, continua Carabelli. A ACIMIT representa um setor industrial com cerca de 300 empresas (empregando aproximadamente 11 mil pessoas) e produzindo máquinas em um valor de 2,3 bilhões de euros, com exportações respondendo por 84% do total das vendas. Criatividade, tecnologia sustentável, segurança e qualidade são as características que fizeram da Itália líder global na fabricação de máquinas têxteis. Foto: freeimages.
ACIMIT: Itália na Ásia Cerca de 110 expositores italianos estarão à disposição na ITMA Ásia + CITME 2014, ocupando um espaço de 4.750 m². Deste total, 57 empresas italianas apresentarão seus produtos como parte do National Sector Group, organizado pela ACIMIT (Associação Italiana de Fabricantes de Máquinas Têxteis) e ICE (Agência de Comércio Italiana). Os quatro aglomerados italianos estão situados na fiação (Hall w5), nãotecidos (Hall W3), tecelagem (Hall E1) e máquinas de acabamento (Hall E7). A área total ocupada pelo Italian National Sector Group chega a 1.400m². “O alto número de expositores italianos em Xangai mostra que nossas empresas estão confiantes no cres-
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Mercado
Underwear, Fitness e Beachwear Tecnologia e design se unem em três segmentos em que o Brasil se destaca e precisa inovar, para driblar a concorrência com os importados.
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om um litoral extenso, o Brasil sempre foi o cenário perfeito para a exibição de novos modelos de maiôs e biquínis, além de cangas, chapéus e outros acessórios. Tanto é que o design brasileiro de moda praia é famoso no País e fora dele. O mesmo movimento vem sendo observado para a moda íntima: seus consumidores valorizam cada vez mais o design e matérias-primas diferenciadas, com funcionalidade. Já no caso de moda fitness, a tendência aponta para o uso de tecidos tecnológicos, que garantam melhor desempenho. A novidade fica por conta de que o consumidor final tem apostado nestas peças para uso no dia a dia, em atividades esportivas corriqueiras, ou ainda apenas na busca por um guarda-roupa mais confortável. Assim, os segmentos de moda íntima, praia e fitness investem cada vez mais em design e tecnologia para atender à demanda de consumidores exigentes e ávidos por novidades. As empresas produtoras de cada etapa realizam suas próprias pesquisas, não só de materiais, mas ouvem os consumidores, para que, com seus desenvolvimentos, possam atender às suas ansiedades. Assim, a cadeia de produção de moda íntima, praia e fitness se torna cada vez mais rica, agregando valor de ponta a ponta.
Fios e fibras: onde nasce a inovação INVISTA As brasileiras são as mulheres que mais dão importância para a lingerie. Elas valorizam muito conforto, modelagem, beleza e a experiência de compra. É o que aponta uma pesquisa realizada pela INVISTA, detentora da marca LYCRA®, em sete países – Alemanha, Brasil, China, França, Itália, Rei-
no Unido e USA. O conforto é um dos atributos mais valorizados no País: 64% das brasileiras pesquisadas disseram concordar com a afirmação “usar roupas íntimas desconfortáveis pode acabar com o meu dia”, enquanto a média internacional é de 45%. Outra pesquisa global conduzida pela INVISTA indica que 93% das mulheres mostram interesse em atributos para modelar o corpo quando compram lingerie. “Sempre fazemos pesquisas com as consumidoras, entendendo suas necessidades para desenvolver produtos mais adequados para elas; trabalhamos próximos das tecelagens e malharias, nossos clientes diretos, e também das confecções, nossos clientes indiretos” afirmou Silvana Valente Eva, gerente de Moda Íntima da INVISTA. Assim, a marca lançou os tecidos LYCRA® BEAUTY, uma tecnologia que modela o corpo, preservando o conforto. Além dessa vantagem, pode ser encontrado com cores diferenciadas e uma série de opções de tecidos que valorizam a mulher. Para que um tecido receba a etiqueta LYCRA® BEAUTY, ele passa por uma série de testes, inclusive de conforto durante o uso da peça. Já na área de Activewear (fitness), a INVISTA apostou nos tecidos LYCRA® SPORT, que possuem stretch e poder de recuperação, ajudando as pessoas a se moverem e atingirem o máximo de suas capacidades. “O consumidor de moda fitness busca conforto para a prática de atividades físicas e performance. O tecido LYCRA® SPORT passa por testes rígidos de qualidade, indicando aos consumidores que as peças oferecem vários benefícios, como adequado suporte muscular, o que ajuda a evitar a fadiga”, explica Pamella Igreja, gerente de Activewear da INVISTA. Outra área em que a empresa se destaca e investe em pesquisas constantes é a moda praia. “Sabemos que a brasileira é uma grande consumidora de moda praia e que está
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Mercado sempre em busca de novidade e qualidade”, comenta Fábio Sandes, gerente de Moda Praia. Em 2011, a INVISTA encomendou uma pesquisa global, realizada pela Strategic Insight, em seis países (EUA, Reino Unido, Alemanha, Itália, França e Brasil). O resultado? A brasileira é a que está mais atenta à qualidade do produto, seguida pelas americanas e depois pelas alemãs. No Brasil, a maioria das mulheres (88%) tem um biquíni no armário e as brasileiras (69%) compraram uma, duas ou três peças de moda praia no último ano e a vestiram por mais de sete vezes nesse mesmo período. Por isso, foi desenvolvido o fio LYCRA® XTRA LIFE, que conserva as formas das roupas de banho por mais tempo, porque possui um acabamento especial que oferece até 10 vezes mais resistência em contato com o cloro do que o elastano comum. Além disso, os tecidos de moda praia desenvolvidos com o fio são construídos para não desfiar e resistir mais ao esgarçamento natural pelo uso. Por isso, proporcionam ajuste ao corpo com durabilidade e conforto. “Como o fio LYCRA® XTRA LIFE é um ingrediente na composição do tecido, a peça final não necessariamente terá um custo mais alto. A tecnologia está presente em marcas que têm a preocupação com a qualidade do produto”, completa Fábio.
Rhodia Extremo conforto, leveza, maciez, respirabilidade, fácil conservação e secagem rápida são alguns dos benefícios oferecidos pelos fios inteligentes de poliamida, produzidos pela Rhodia. Além das vantagens garantidas pela fibra nobre, outras funcionalidades são agregadas e podem proteger dos raios UVA e UVB e controlar a proliferação de bactérias da transpiração. “Há 20 anos a empresa tem buscado desenvolver fios inteligentes que proporcionam melhor qualidade de vida às pessoas” comenta Renato Boaventura, diretor global da Unidade de Negócios Fios Têxteis da Rhodia Fibras. Dois exemplos: o Emana®, um fio com minerais bioativos, que absorve o calor do corpo humano e o devolve sob a forma de raios infravermelhos longos, que interagem com o corpo estimulando a microcirculação sanguínea. Os efeitos desta fibra, comprovados por estudos científicos da Rhodia, feitos junto ao Instituto Kosmoscience, vão desde o aumento da elasticidade da pele até a redução dos sinais da celulite. Outro exemplo é o recém-lançado Amni Soul Eco, o primeiro fio de poliamida biodegradável do mundo, que se desintegra 50% em pouco mais de um ano dentro de aterros sanitários. O Amni Soul Eco foi aprimorado em sua formulação para permitir que roupas feitas a partir dele se decomponham rapidamente após serem descartadas. “Este produto é o compromisso da Rhodia com o planeta e a indústria têxtil. A fibra de poliamida, em média, demora décadas para se decompor. Com o Amni Soul Eco, o tempo diminui para menos de 3 anos. É uma evolução enorme para a indústria e, assim, cumprimos nosso papel com a natureza e com as futuras gerações”, explica Boaventura. Ambas as tecnologias são brasileiras.
Avanço (Divulgação)
Máquinas, onde entra a tecnologia Toda a cadeia de produção depende, em primeira instância, de novas tecnologias em maquinário. No Brasil, há poucos produtores nacionais, mas quem importa busca cada vez mais novidades em tecnologia, para atender aos consumidores exigentes e, principalmente, manter uma posição em um mercado que enfrenta cada vez mais concorrência.
Avanço/Orizio A produção têxtil, por exemplo, pode contar com a máquina interlock modelo CI/C, da Avanço/ Orizio, que tem finuras específicas e é muito utilizada para fitness e moda praia. Caracteriza-se por produzir um tecido de bom toque, ao mesmo tempo em que apresenta firmeza e capacidade de moldar-se ao corpo. Recentemente, para completar este portfólio, a empresa lançou a máquina monofrontura sem platina modelo JHSP finura 32gg, tela aberta, que, além da moda praia e fitness, é bem recomendada para lingerie tradicional ou muito mais fina, o que traz um aumento do valor agregado ao produto. O principal ponto positivo da tecnologia sem platina está na ausência dos riscos verticais que, quanto mais fino o tecido, mais eram notados. Assim, com a JHSP, é possível obter tecidos como pede uma lingerie fina, sem comprometimento de sua qualidade visual. Além disto, a entre-malhas ficou muito mais elástica nos dois sentidos, praticamente não dá para identificar o direito e o avesso do tecido. Trata-se de um novo tipo de tear cuja tecnologia permite que a malha seja feita exclusivamente com o trabalho da agulha. Quanto ao investimento, custa aproximadamente 10% a mais do que um tear tradicional, o que não representa um custo tão elevado, considerando seus benefícios.
TEXMA do Brasil Os tecidos e malhas para a linha de lingerie, moda praia e fitness têm algumas particularidades, principalmente porque Revista Têxtil I 21
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Mercado utilizam elastano. Desde a preparação do produto cru até o acabamento, alguns cuidados são necessários para obter o resultado de leveza, caimento, toque e stretch, e o controle de largura e gramatura são fundamentais. Na Itália, há mais de 15 anos toda malha passa por um processo chamado controle dimensional, que controla a estabilidade dimensional, a gramatura e a largura da malha. Este processo garante o padrão do produto. O fluxo é abrir a malha, fixar em rama, fechar a malha em uma máquina apropriada, tingir, abrir e acabar. A máquina de fechar malha T-DP-24 é uma nova tecnologia desenvolvida na TEXMA Itália, que a transforma de aberta para tubular, mantendo os padrões iniciais, com uma vantagem especial: inverte o lado da malha protegendo o lado externo que, posteriormente, é confeccionado, reduzindo a incidência de pilling. A malha, depois de fixada na rama, é transportada para a máquina de fechar, que, em um processo automático, dobra a malha e costura as laterais no sentido longitudinal formando um tubo. A TEXMA DO BRASIL trouxe esta tecnologia para o País.
Máquinas para confecção Depois do tecido pronto, as máquinas de costura fazem seu papel, cada vez mais modernizando a produção e criando novidades. Em geral importadas, também trazem valor agregado para o produto e fabricante, que busca inovar sempre. “Não temos dados oficiais, mas se tivesse de estimar alguma coisa, diria que o volume de importação anual de máquinas para esses fins gira em torno de US$ 20 a 30 milhões”, comenta Mauro Andrada, empresário, diretor-presidente da Andrade Máquinas e presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos para Confecção - Abramaco. Segundo ele, a Associação tem se empenhado na busca de novas tecnologias para que a costura não seja simplesmente um ato operacional, mas também artístico. “Nosso objetivo é agregar valor de inovação industrial para o mercado confeccionista”, completa.
Andrade Máquinas A Andrade Máquinas, por exemplo, representa e distribui no Brasil as principais marcas mundiais de equipamentos para a indústria de confecção. Entre elas, são destaques para o segmento de lingerie e fitness a italiana Macpi, a japonesa Hams e a marca de máquinas de costura Sansei. A Macpi é líder mundial em equipamentos para passadoria industrial e tem uma divisão que desenvolve tecnologia especificamente para o segmento de lingerie e fitness. Desenvolveu e lidera o mercado de máquinas “sem costura”, com as quais se pode aplicar elásticos, fazer bainhas, emendar partes e produzir alças, entre outras operações, sem a utilização de máquinas de costura, colando as partes pelo uso de um adesivo térmico, gerando melhor acabamento para as peças e maior conforto para o consumidor. A Hams é uma empresa japonesa desenvolvedora de automação industrial que fabrica diversos equipamentos espe-
Andrade Máquinas (Divulgação)
cialmente para lingerie, entre os quais as máquinas automáticas para fazer os ganchos de sutiã e as de montar as alças com os passadores e reguladores de tamanho. A Hams oferece diversas versões entre semiautomáticas e automáticas para atender desde o fornecedor de insumos e aviamentos até o grande fabricante que pode verticalizar todo o processo. A Sansei é uma marca registrada da Andrade Máquinas. “Nós buscamos os principais fabricantes de equipamentos de costura. Temos todos os modelos necessários para a produção de lingerie e fitness, entre eles destaco a máquina de travete eletrônica SA-430D, que dispõe de um sistema de programação de costuras e sequenciamento de programas onde o operador pode, por exemplo, executar todas as costuras de reforço do sutiã em uma única operação, diminuindo consideravelmente a incidência de mão de obra e, consequentemente, aumentando a produtividade e rentabilidade”, conta Conceição Ruiz, gerente de mkt da Andrade.
Rivitex A americana Merrow Sewing Machine Company fabrica máquinas de costura há 176 anos. Para competir com o avanço da concorrência da indústria chinesa, a empresa lançou a Activeseam®, em 2012.
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Mercado A costura da MB-4DFO - máquina overlock de costura plana Activeseam® - foi inspirada em uma costura de topo, mas embutida da resistência e vantagem estética da interlock, flatlock e overlock. A MB-4DFO é uma máquina Premium, que trabalha com duas ou três linhas. A versão com duas linhas é chamada de Activeseam® COMFORT e tem largura de 5/32” (3,96 mm) polegadas. É indicada para tecido de lã, malha esportiva, roupa de baixo, cuecas e calcinhas. A versão de 3/32” (2,38 mm) de largura é chamada de Activeseam® SLIM e é indicada para calças para trilha, leggings, tecido de lã merino e confecção de tecidos técnicos de alto desempenho. A costura de três linhas é chamada de Ativeseam® INFUSED e tem um apelo estético maior. A linha superior esconde a segunda quando a costura está relaxada e se revela quando é esticada. A terceira linha está no interior da costura e une as outras duas. O tecido é emendado, não é sobreposto ou enrolado, obtendo-se, dessa forma, uma costura plana, sem calombos e confortável. “As possibilidades são infinitas com essa estrutura, podendo-se utilizar linhas de diferentes cores e propriedades, material, estrutura e finura - ideal para diversas aplicações”, comenta Charlie Marrow, CEO da empresa. A costura foi patenteada e só é possível de ser feita na máquina fabricada pela Marrow. Certificada por empresas terceiras especializadas como sendo 30% mais resistente e por acompanhar a elasticidade do tecido em 100%, recebeu respostas positivas de marcas de roupas esportivas como Jockey®, Adidas®, Reebok® e Nike®. “As confecções devem entender que não vendemos máquinas automatizadas que garantem uma maior produtividade e menor uso de mão-de-obra. O que oferecemos é valor agregado no desenvolvimento de produto, com novos padrões”, diz Charlie, enfatizando que desenvolvimento de produto é a essência de toda confecção. Presente em mais de 60 países, no Brasil atua há mais de dez anos com a Rivitex, seu único agente no País. Na FEBRATEX 2014, em Blumenau - SC, a Rivitex apresentará a máquina Activeseam® para tecidos de alto desempenho.
Silmaq A quantidade de detalhes de uma peça e a quantidade de peças de uma coleção traz um gargalo na produção que, quanto mais automatizada, melhor. A Silmaq traz para o Brasil sistemas de automação, da série GA, da marca Nippon, para máquinas de costura tipo galoneira, BT, zig-zag e overlocks, para aplicação de renda, aplicação com medida determinada e corte de alças, fechamento de elástico de cintura em anel e aplicação de friso/viés em contínuo, com separação automática das peças. Trata-se de sistemas de identificação de presença de tecido, com fotocélulas adaptadas a máquinas de costura e ligadas a processadores que controlam guilhotinas pneumáticas
Silmaq (Divulgação)
e elétricas, e motores eletrônicos. “O custo é relativamente baixo, se consideradas as vantagens de economia de tempo, mão de obra e material”, comenta Edson José de Souza, diretor comercial da Silmaq S.A..
Tecidos, onde a tecnologia e inovação se unem Para a moda, a variedade de tecidos é imensa. Mas na lingerie, moda praia e fitness, essa variedade também já está sendo aproveitada. O uso de materiais diversificados agrega valor estético e de conforto às peças. A mistura de fibras, desde o algodão até as mais modernas, como a poliamida e suas mesclas com elastano, garantem aos fabricantes a possibilidade de escolha de acordo com o design e a funcionalidade de cada artigo.
TDB Tecidos “Na lingerie, a microfibra continua em alta por conta do extremo conforto, do toque macio e da alta durabilidade. Nosso tecido de microfibra é perfeito para a Linha Dia e para a Lingerie Noite também, por causa do caimento”, comenta Marcos Aiza, gerente de desenvolvimento de produto da TDB Tecidos. A empresa se especializou no segmento e, para melhor atende-lo, também diversificou a oferta de laises e rendas, que agora aparecem também estampadas. “É um produto bem sofisticado, que remete ao sexy”, opina Aiza. “Em termos de materiais novos, uma das apostas é o Flash, tecido que possui brilho acetinado e serve tanto para a moda íntima quanto para o fitness. Ele pode ser coordenado com as laises estampadas para criar um resultado sensual e chique”, completa. Na linha de Sustentação, a empresa apostou acreditando em estampas fashion: florais, animal prints e marmorizados
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Mercado são as padronagens da vez. No fitness, além do Flash, há outros dois tecidos novos: o Nuah Tricô, que tem uma textura que lembra o tricotado, e o Cover, que é um tecido de microfibra, confortável, mas com bom “power”, e um acabamento especial que remete ao couro craquelado. Ambos funcionam muito bem em leggings. Todos os produtos da TDB são feitos com fios da Hyosung, empresa coreana que é a maior fabricante de elastano do mundo.
Advance Têxtil A Advance Têxtil disponibiliza um grande mix de produtos para os segmentos de praia, lingerie, fitness e moda. No portfólio, malhas de poliamidas com e sem elastano, microfibras, tules, rendas, forros, jerseys e artigos com acabamentos tecnológicos, além de estamparia diferenciada e exclusiva. A malha de microfibra, encontrada em vários artigos, está disponível em gramaturas leves, pesadas, com e sem elastano, confeccionadas em malharia circular e Kettensthull. “Trata-se de artigos nobres, diferenciados, que proporcionam conforto e toque macio, ideais para quem valoriza qualidade”, diz Eliane Waetge - Gerente de Marketing. Além da microfibra, a Advance oferece a Tech Family, uma família de artigos tecnológicos. O UV PROTECTION ADVANCE conta com acabamento de proteção UV. O PERFORMANCE ADVANCE tem acabamento impermeabilizante, por isso é ideal para atividades aquáticas, já que reduz o atrito na água. O DRY ADVANCE promete secagem mais rápida do suor, o que proporciona mais conforto nas atividades físicas. Por fim, o BIO ACTION ADVANCE é anti-microbiano.“Hoje o consumidor está cada dia mais exigente com qualidade, artigos diferenciados e que possam agregar valor ao seu produto, mas com preço justo. Hoje a Advance Têxtil consegue atender a isso”, finaliza Eliane.
Acabamentos: onde a química faz a diferença MK Química Além de uma variedade de combinações de fibras, é possível imprimir características funcionais às lingeries, como por exemplo, propriedades vitamínicas ou medicinais, através de substâncias que passam do tecido para a pele. A MK Química satisfaz às necessidades dos consumidores, firmando parcerias com as indústrias têxteis, garantindo processos seguros, eficazes e com respeito ao meio ambiente. Para artigos esportivos, a MK disponibiliza para o mercado o produto SUPERFINISH® MK T-HE, um agente hidrofílico desenvolvido para promover a adsorção e transporte de umidade proveniente do suor, dando ao esportista a sensação de estar sempre seco, o efeito popularizado pela NIKE como Dry Fit. A fibra do poliéster empregada em vários produtos esportivos não tem intrínseca a propriedade de reter água, logo
o seu uso, quando não passa por um tratamento apropriado, retém o suor, dá a sensação de aumentar a temperatura do corpo e causa mau cheiro. Efeitos como esse do SUPERFINISH® MK T-HE encarecem o produto, porém geram um enorme valor agregado e os consumidores estão dispostos a pagar mais por artigos de alto desempenho e conforto.
Tremembé Química A Tremembé Química também é especializada na produção de alguns produtos para esta finalização, tais como produtos a base de nanotecnologia de prata, hidrofílicos e anti UV. Os produtos a base de nanotecnologia de prata evitam o odor. Os hidrofílicos absorvem o suor, tornando o contato com o corpo muito mais agradável, e os produtos anti UV conferem uma proteção contra os raios ultravioletas. “Eles contêm tecnologia avançada. Além disso, nós, da Tremembé, extremamente preocupados que somos com o meio ambiente, lançamos uma linha de produtos completamente isenta de fenóis”, comenta Joel Rodrigues, Gerente Comercial da Tremembé.
Estamparia Digital: onde a mágica acontece Tabatex Com o consumidor mais exigente por lingerie, moda praia e fitness atreladas à moda, é cada vez mais comum o uso de tecidos estampados. E, como nos outros segmentos, a estamparia digital cresce cada vez mais. Antes de mais nada, pela qualidade da estampa. Mas também porque com esta tecnologia é possível desenvolver metragens pequenas com uma grande variedade de desenhos, sem a necessidade da gravação de quadros ou cilindros. No processo digital, o tempo de recebimento do tecido impresso (passando por todas as etapas) é de apenas dez dias, muito mais rápido do que no processo convencional, que leva-se em torno de 40 a 60 dias.
Atexco (Divulgação)
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Mercado A VEGA 3180 é um modelo da Atexco, empresa chinesa especializada na fabricação e desenvolvimento de equipamentos de impressão digital, comercializada no Brasil pela Tabatex, que possui um inovador conceito de impressão com cabeças de alta produção para uso industrial, aliado à praticidade de operação da máquina. O processo, que utiliza tinta ácida, permite a impressão em tecidos como seda e polimiada (mais indicados para confecção de moda praia) e garante ótimo rendimento de cores e maciez no tecido. A manutenção e reposição de peças são feitas no Brasil através de um fornecedor/parceiro capacitado pela Tabatex, garantindo mais rapidez e eficiência no serviço de pós-venda. “Com o processo de impressão digital, as micro e pequenas confecções conseguem criar suas próprias coleções de desenhos, o que antes era inviável, devido ao custo dos cilindros gravados para cada desenho”, afirma Marco Antônio Turci, representante comercial da Tabatex.
Sintequímica O diretor da Sintequímica, empresa especializada em estamparia digital, José Clarindo de Macedo, completa: “Dentre as suas inúmeras vantagens, estão a exclusividade, produção de pequenas, médias e até longas metragens, rapidez e ilimitado número de cores”. Segundo ele, a tecnologia da estamparia digital já é muito forte nas empresas voltadas à moda praia. “Como sabemos, o Brasil possui mais de 8.000km de litoral e a nossa moda praia é exportada para muitos países. Acredito que mais de 95% do que é estampado em poliamida destinada ao segmento seja digital”, afirma. Na lingerie, também se aplica a estampa digital, porém os desenhos mais criativos e que merecem um desenvolvimento constante estão mais direcionados para a moda-praia, na opinião do diretor. Já para o fitness, o poliéster e poliamida são muito utilizados. Dois processos de estamparia digital são aplicáveis no poliéster: por transfer, com corantes dispersos sublimáticos, ou impressão direta, com dispersos. Nesta última, existe melhor penetração, assim como melhores índices de solidez, na fibra de poliéster. Na poliamida, corantes ácidos apresentam ótimos resultados na estampa digital, apresentando ótima solidez, inclusive com relação ao suor. O investimento inicial em equipamentos digitais é elevado, principalmente para a empresa que não possui maquinário de pré e pós-tratamentos, necessários para a linha completa da impressão digital. Diversas marcas de impressoras são oferecidas com grande variedade de velocidades. O produto final não fica mais caro devido ao uso desta tecnologia digital, pois muita economia é feita em processos, gravações, consumo de água, além do fato de evitar sobras de estoque. O atendimento da Sintequímica consiste em fornecer todos os corantes ácidos para diferentes cabeças de impressão, além dos insumos de pré-tratamento, como o Superprint
DIG AC., que oferece grande rendimento tintorial na poliamida destinada à moda praia. “É relevante a escolha correta do pré-tratamento, pois, se o resultado inicial for bom, isto significará uma estampa digital perfeita”, explica Macedo.
Softwares e máquinas de corte: produção rápida e eficaz A automação em todo o processo é importante para garantir a qualidade do produto final. Tecnologias modernas facilitam o passo a passo de toda a linha de produção de lingerie, desde pensar o produto.
Lectra O processo de produção de lingerie é delicado, complexo e exigente. Novas tecnologias e o uso de materiais diferentes e diferenciados oferecem às empresas mais opções para criar produtos inovadores que atendam às exigências do consumidor. O desenvolvimento de uma coleção de lingerie, moda praia ou mesmo de fitness apresenta diversos desafios, que vão desde a complexidade da modelagem e materiais, até gradação e qualidade. Controlar os custos dessa produção é particularmente difícil, considerando o alto valor dos materiais, prototipagem e a precisão necessária na produção. Isso faz com que os profissionais de design sejam cada vez mais pressionados para gerar peças de qualidade, de acordo com a moda e dentro do orçamento das marcas. É aí que entram as tecnologias da Lectra. Com 40 anos de experiência na indústria da moda, a empresa francesa tem soluções de design, desenvolvimento e produção que podem ajudar os produtores de lingerie, moda praia e fitness a diminuírem o tempo de colocação no mercado, aumentar a qualidade e reduzir as amostras para preservar as margens. O Kaledo Style, por exemplo, conta com ferramentas de vestuário específicas, simples e eficazes que reduzem o tempo necessário para criar novos modelos, com planos de coleções e
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Mercado desenhos rápidos. Suas ferramentas também permitem que as especificações e instruções de produção detalhadas cheguem mais rápido e facilmente às equipes de produção e fornecedores, reduzindo a necessidade de esclarecimentos e a margem de erros. O software torna mais fácil a tomada de decisões sobre os modelos, pois auxilia no planejamento de linha, paletas de cores, desenhos técnicos e especificações de produto. Já com o Modaris, a modelagem e a prototipagem ganham uma nova dimensão. Sua versão 3D permite ainda o alcance da vestibilidade perfeita com economia de peças pilotos. Gráficos dinâmicos de gradação, interdependência de moldes, visualização de todos os tamanhos e atualizações automáticas reduzem os erros, melhoram a consistência e economizam tempo. Visualizar os designs em 3D antes que as amostras físicas sejam produzidas permite aos designers avaliar os detalhes do estilo - como colocação de renda ou padronagem e opções de cor e componente - na tela para garantir que as opções sejam bonitas e econômicas, com menos protótipos.
Audaces Uma das razões pelas quais a produção de lingerie é delicada é porque envolve muitas peças a cada coleção. Além de econômicos, os departamentos de criação precisam ser produtivos. A brasileira Audaces também oferece softwares para acelerar esta produtividade. O Audaces Idea permite, na tela do computador, escolher estampas, criar apenas um lado da peça enquanto o outro surge simultaneamente e possui a ficha técnica, que dá o pré-custo, antes que a primeira peça-piloto seja produzida. Outro software, o Audaces Vestuário, é composto pelo Audaces Vestuário Moldes, que agiliza o processo de graduação das peças, etapa que é particularmente complexa nos segmentos de lingerie e moda praia, e pelo Audaces Vestuário Encaixe, que organiza os cortes da peça nos tecidos com precisão, garantindo o melhor aproveitamento da matéria-prima. Como esses segmentos utilizam tecidos de alto valor, a economia proporcionada é mais significativa.
Audaces (Divulgação)
O Audaces 3D tem sido muito solicitado pelo segmento de fitness. É um sistema que permite a disposição dos cortes sejam sobre um manequim virtual. O software dispõe de uma ferramenta chamada Mapa da Pressão, que possibilita ver onde o modelo está justo, onde há sobras de tecido, antes da produção de uma peça-piloto. “São softwares de simples operação, que dispõem de interfaces amigáveis e têm ícones que ilustram bem as suas funções, que demandam apenas conhecimento sobre confecção. O investimento nessas ferramentas, que podem ser adquiridas por meio de financiamento, é compensado rapidamente pela economia que proporcionam”, comenta Cláudio Grando, presidente da Audaces.
Organiza Têxtil E para gerenciar toda essa produção, o mercado garante opções de softwares de gestão, como os da Organiza Têxtil. Com 19 anos de mercado, 12 dos quais exclusivos à indústria de confecções, a Organiza conta com um software específico para fabricantes de lingerie, moda praia e fitness, que garante o controle da fábrica com funcionalidades específicas para o segmento. O software oferece ferramentas como ficha técnica, controle de estoque de matérias-primas e compras, cálculo de custo dos produtos, financeiro e outros, e pode ser instalado no servidor da empresa, além de ser acessado remotamente. Há três versões do software, uma Ligth, para micro e pequenas empresas, versão V8, para médias e grandes empresas, e a versão Diamond, para grandes empresas, com necessidades de customizações específicas.
Etiqueta - Tecnolabel O conforto é tão apreciado em lingerie que até itens como etiquetas precisam ter cuidado. A Tecnolabel se especializou na produção de etiquetas Confort, que são fixadas nas peças de lingerie, moda praia e fitness por uma prensa térmica, evitando assim o desconforto causado pelas etiquetas convencionais, que normalmente são cortadas logo antes do primeiro uso.
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Mercado “Assim, a marca fica fixada por mais tempo na peça, visto que não é cortada. E o conforto para o consumidor é muito maior, além de evitar acidentes de corte da própria peça ao cortar a etiqueta convencional”, comenta Markus Trevizan, diretor da Tecnolabel.
Produto final: o resultado da soma de todos os elos da cadeia 2 Rios Para Matheus Diogo Fagundes, vice-presidente da empresa, a consumidora busca cada vez mais o conforto aliado à moda, com atenção especial a peças que se ajustam ao corpo, evidenciando as curvas e escondendo algumas imperfeições. Para atendê-la, a empresa busca por materiais diferenciados e exclusivos, com cores, estampas e aviamentos diferentes, e tecnologia - tecidos e bojos para maior conforto, juntamente com a modelagem para atender aos mais diversos biótipos. A 2 Rios investe em tecnologia em todos os processos, desde máquina de corte automatizada até matérias-primas e aviamentos. Os detalhes mais aparentes à consumidora são os bojos, principalmente o Super Up 3X (aumenta em até 3 vezes os seios), Bojo Spacer com tecnologia 3D que se molda ao corpo e, além de não “quebrar”, amassar, amarelar, ainda ajuda na transpiração. O mais recente lançamento é o Bojo Anatômico, feito com uma espuma especial para ser mais confortável e ajustado ao corpo. Com sede em Miami e 24 anos de mercado, a 2 Rios enxerga que a busca por inovação e tecnologia é fundamental para um mercado tão competitivo quando é o setor têxtil, principalmente pela dificuldade perante concorrentes internacionais.
2 Rios (Divulgação)
Lupo (Divulgação)
Lupo A marca é renomada, com lugar garantido no mercado. No entanto, como a concorrência é cada vez maior, a empresa se dedica a buscar constantemente a melhor tecnologia em equipamentos e matérias-primas, ao aprimoramento contínuo de seus processos produtivos e foca na capacitação de seus colaboradores. “Todos estes elementos juntos são essenciais para proporcionar ao consumidor confiança em nossos produtos”, afirma Geraldo Donisete Spera, gerente de produção da Lupo. Assim, a empresa busca aliar o design desejado pelos consumidores com a melhor tecnologia disponível. Em relação aos equipamentos, Geraldo aponta como destaque as máquinas de lingerie sem costura, nas quais podem ser produzidos desde produtos Underwear até roupas esportivas, proporcionando às peças qualidade e conforto. Em relação às matérias-primas, o destaque fica por conta do fio Emana®, e quanto aos processos produtivos, o tratamento Dry é um dos grandes diferenciais, pois proporciona aos tecidos o transporte de umidade, fazendo com que os produtos fiquem sempre secos.
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Mercado Any Any
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A empresa tem apostado muito na marca Lupo Sport, com produtos diferenciados que, devido a sua estrutura de malha, proporcionam liberdade de movimentos e ajuste perfeito ao corpo. A Lupo trabalha com os melhores fornecedores de fios e equipamentos do mundo. Os fios, a maioria vem de Israel, e os equipamentos, da Itália.
A Any Any busca atender a públicos variados, tanto os que buscam por conforto e tecnologia, os que são atraídos por design diferenciado e os que usam as peças confortáveis para o dia a dia e de design em ocasiões especiais. A empresa aposta na filosofia de que o consumidor permite-se pagar mais por tecnologia, quando lhes traz benefícios, e também por design, quando desperta desejo. Para ter uma gama variada de produtos, a aposta é sempre na procura pelo que há de mais novo e desenvolvido em tecnologia. Maquinários de ponta, matérias-primas tecnológicas e acabamento de ótima qualidade são requisitos essenciais. Como destaque, apresenta sutiãs sem bojo com forro tecnológico que proporcionam extremo conforto e modelagem estratégica que garante contorno e sustentação. Há apostas também em lingeries que se destacam com materiais sofisticados como sedas, cetins e rendas.
Plié A marca aposta na criação de lingeries que unem conforto e tecnologia, desenhadas em microfibra macia, sem a necessidade de costuras laterais. Nos últimos 10 anos, a Plié se tornou referência no mercado em modeladores sem costuras. São peças feitas em máquinas de última geração que permitem a combinação de diferentes fios e trabalhos de pontos.
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Mercado
Body for Sure (Divulgação)
Esta manipulação permite a alteração da elasticidade do tecido em partes diferentes de uma mesma peça, o que possibilita sua construção sem a necessidade de cortes ou emendas. São máquinas circulares tubulares, que formam a lingerie em formato de tubo, sem nenhuma costura nas laterais. As peças saem da máquina praticamente prontas. A empresa trabalha também com o tratamento hidrófilo, dado ao fio do tecido para facilitar a evaporação do suor, impedindo que a umidade fique em contato com o corpo, mantendo a pele seca, impossibilitando a proliferação de bactérias que causam alergias e problemas ginecológicos. A Plié lançou recentemente a Linha Control Compression, que inclui peças elaboradas com tecnologia de ultima geração que possibilitam a compressão balanceada e constante, de acordo com a funcionalidade de cada modelagem. Esta característica, associada à tripla regulagem, dispensa futuros ajustes, sendo esse o grande diferencial das disponíveis atualmente no mercado. Apostando ainda nas inovações tecnológicas, a Plié possui ainda uma Linha de modeladores feita com o fio Emana®, da Rhodia®.
Body for Sure A Body for Sure está há mais de 20 anos no mercado no segmento fitness e praia. Atributos como design, tecnologia, qualidade e funcionalidade já fazem parte do DNA da marca, que busca as melhores tecelagens e estamparias do Brasil como fornecedoras. As estampas são autorais e exclusivas, sendo digitais e de cilindro. Para a praia, são usados tecidos com tecnologia no fio que protege a peça em contato com o cloro, sal e sol, permitindo uma durabilidade maior.
CCM (Divulgação)
Para o fitness, tecidos com tecnologia que gerenciam a umidade, secam mais rápido, não pegam cheiro e protegem contra raios solares. A compressão dos tecidos também é importante, pois auxilia diretamente na performance do atleta. “Produtos para o segmento fitness e praia são muito exigidos na hora do uso, então se não tiverem tecnologia inserida no fio podem desapontar o consumidor”, comenta Tina Carneiro, diretora de Estilo, segmento praia/fitness. A nova coleção da marca é inspirada na poetisa Cora Coralina. As estampas, feitas em digital com alta tecnologia de definição, são diferentes de tudo que há no mercado. “Uma coleção autoral, com muita identidade, design e tecnologia para surpreender consumidores cada vez mais exigentes”, finaliza.
CCM No caso do fitness, o consumidor é mais exigente: quer moda, conforto e performance. “A consumidora da CCM quer ficar mais bonita. Ela entende de moda e não quer mais o básico que a maioria das marcas de fitness fazem, está disposta a pagar um preço justo por produto tecnológico e bonito. Depois dessa onda fast fashion com produtos baratos e de qualidade ruim, as pessoas voltaram a dar valor a tecidos que cuidam da pele, que permitem a respirabilidade e têm ação anti-bacteriana. Depois que a cliente usa CCM, ela não quer voltar para o poliester comum”, comenta Kenia Cariello, diretora criativa da CCM. A empresa aposta em tecidos com tecnologias que melhoram a performance, ajudam a manter a temperatura do corpo, diminuem a fadiga muscular. As peças da coleção CCM + Pat Pat’s, por Lala Noleto, foram feitas com o fio Emana®, que melhora a circulação e o aspecto da pele. RT
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Mercado
Conjuntura A visibilidade do setor é grande e algumas marcas, principalmente de moda praia e lingerie, são renomadas no País e fora dele. No entanto, como toda a indústria têxtil e de confecção brasileira, o segmento vem, desde 2011, com uma produção declinante. “O Brasil tem dificuldade de ser competitivo, por motivos diversos. Um fator foi a apreciação do câmbio durante muito tempo, enquanto nossos concorrentes não fizeram isso. Outro está relacionado ao fato que o mundo passou a viver uma condição muito pior, as economias desenvolvidas crescendo pouco ou em recessão. Além disso, o Brasil ficou para trás em uma série de reformas, investimentos de infraestrutura, coisas que poderiam nos tornar competitivos dentro do mercado local”, afirma Fernando Pimentel, diretor superintendente da Abit. Esse quadro criou uma situação em que a indústria vem perdendo dinamismo, apesar de continuar a investir mais de dois bilhões de dólares por ano só em máquinas e equipamentos (números liberados pelo BNDES, segundo Pimentel). “A participação dos importados vem crescendo, está em 15% como um todo, mas no varejo já é de 30% e quando apontamos peças específicas, como jaquetas e camisas, esses valores são mais relevantes. E o segmento de moda íntima não está imune a esses problemas”, explica. Segundo ele, os dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial - IEMI apontam que o setor também apresentou queda em 2011 e 2012, comparado com 2010, quando foram produzidas 848 milhões de peças de moda íntima e de dormir. Em 2012, foram 776 milhões e 2013 um pouco menos. Já as importações deram um salto, saíram de 39 milhões de peças e vieram para 107 milhões em 2012, em moda íntima e dormir, e continuaram a crescer em 2013. As exportações, por sua vez, caíram de 18 milhões e 700 mil peças para 12 milhões. Para meias, o quadro ficou diferente, porque a produção em 2012 ficou maior que 2010, cerca de 700 contra 674 milhares de pares de meias. Mas também a importação cresceu, saiu de 43 milhões de pares e foi pra 78 milhões, enquanto as exportações tiveram queda. De moda esportiva, o Brasil conta com 3.293 unidades produtivas. Em 2012, foram produzidas 743 milhões de peças, o que representa uma queda de 5,6% em relação a 2011. “A participação dos importados nesse mercado vem crescendo, mas ainda é menor do que em outros segmentos, chegando em cerca de 5%”, continua o diretor superintendente. Já em moda praia, a estimativa do IEMI é que haja 1.330 unidades produtoras de moda praia, que registraram um pequeno crescimento de produção em 2013 contra 2012, de 263 para 267 milhões de peças. Pimentel ressalta, porém, que em 2010 foram 298 milhões de peças. “E, mesmo levando em conta o gosto e a preferência pela nossa moda praia, as importações cresceram muito, de 948 mil peças em 2010 e para 3,5 milhões em 2013”, comenta. “Podemos identificar com clareza que a produção nacional vem perdendo espaço neste segmento, assim como em outros da nossa indústria”, afirma Pimentel. “Mesmo considerando esses produtos em que o Brasil é mais reconhecido, está aumentando a importação e há um perigo grande, porque alguém que faz um biquíni legal aqui pode levar seu know-how para fabricar lá fora, com condições de trabalho desumanas e desiguais, em países que não operam com as mesmas leis trabalhistas, previdenciárias que o Brasil opera”, alerta. Diante desses dados, a Abit apresentou ao governo a proposta de criação do Regime Tributário Competitivo para Confecção. “Enfatizamos que, dentro do modelo que propusemos, tanto confecção quanto têxtil, teríamos condições de preservar a fatia de mercado da indústria brasileira até 2025. No entanto, se isso não for adotado, nossos exercícios econométricos mostram que, ao invés de atender 85% de um mercado de mais de dois milhões de toneladas, que será o mercado do vestuário em 2025, nós vamos chegar a 50% disso, no máximo”, pondera. Marcelo Prado, sócio diretor do IEMI, acredita que o pior já passou, com a mudança no câmbio, que tornou a importação um pouco mais seletiva, além de diminuir seu crescimento. No entanto, ele diz que o governo precisa tomar providências e mudar a política econômica. “Estamos indo para o 4º ano de PIB com baixo crescimento. As famílias acabam não aumentando a renda, o investimento está aquém da necessidade. E o segmento de moda íntima, que não passava dificuldades com os importados, agora passa, pois está inserido no contexto geral. O consumo é baixo e acaba sendo direcionado para os importados, que não caíram, só estão crescendo menos”, comenta. Para o futuro, as expectativas são de crescimento lento. A menos que o governo tome medidas impopulares, que incluem equilibrar o gasto público e a recuperação do ambiente para investimento, além da desoneração da produção. Dentro do setor, ele vê grandes empresas se reinventando, usando novas formas de comércio, de suprimentos, de vendas. “No entanto, apenas as maiores têm capital para isso. As pequenas e médias ficam prejudicadas”, conclui.
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Em vez de culpados, é preciso buscar soluções
O
Rafael Cervone Presidente da Abit
goleiro Barbosa, que tomou o fatídico gol do atacante Ghiggia, não foi o único culpado pela opinião pública e a imprensa pela derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950. O uniforme de nossa seleção também foi sumariamente julgado e condenado como um dos grandes responsáveis pela chamada “tragédia do Maracanã”. A sentença têxtil baseou-se no fato de a camisa branca, com golas azuis, “ser insuficientemente nacionalista”. À época, o jornal carioca Correio da Manhã decretou, em editorial, que o traje sofria de “falta de simbolismo moral e psicológico”. O bom senso e a razão reparam a injustiça histórica, pois Barbosa não perdeu aquela copa sozinho e o uniforme branco, embora jamais utilizado novamente pela Seleção, não teve qualquer influência no resultado. Nos 64 anos desde aquele triste episódio do esporte nacional, quando novamente o Brasil tenta vencer uma Copa do Mundo jogando em casa, o futebol evoluiu muito em termos de preparação física, conceitos táticos e materiais. Atletas, como qualquer ser humano, continuam suscetíveis a eventuais falhas, mas os uniformes nunca mais poderão ser culpados. Mais do que isso, deixam de ser um item passivo do jogo, como em 1950, tornando-se um dos fatores ativos para a performance física. Sem dúvida, uma seleção que disputasse esta Copa do Mundo de 2014 utilizando camisas e calções antigos levaria sensível desvantagem em relação aos times vestidos com peças dotadas das últimas tecnologias desenvolvidas pela indústria têxtil. Seus jogadores cansariam mais, ficariam mais desidratados e carregariam um peso extra em comparação aos oponentes. Os grandes avanços ocorridos nos tecidos possibilitam, por exemplo, que os uniformes atuais sejam muito mais leves, não concentrem suor e favoreçam a oxigenação da pele dos atletas.
Fotos: Divulgação
ABIT / Sinditêxtil
Tecnologia, aliás, não é uma resposta apenas para os fabricantes de tecidos e confeccionados destinados à área esportiva, mas a toda a indústria têxtil e de vestuário do Brasil, em uma competição ainda mais importante do que a Copa do Mundo da FIFA: o duro jogo da concorrência internacional, não só na preservação de nosso mercado interno, como nas exportações. Nesse complexo campeonato, ao contrário do que ocorreu na derrota da Seleção Brasileira em 1950, não é produtivo ficar simplesmente buscando culpados. Precisamos, sim, ter consciência dos obstáculos dos impostos elevados, dos juros altos, das vantagens competitivas nem sempre leais de algumas nações e de todos os problemas relativos ao “custos” e “sustos” do Brasil. É nosso dever conhecê-los e nos mobilizarmos civicamente para tentar melhorar o ambiente de negócios. Porém, em vez de ficar na retranca e na eleição de culpados, precisamos adotar atitude proativa, a começar pelo item crucial da tecnologia, um grande diferencial de competitividade. Temos, ainda, de capitalizar nosso reconhecimento internacional como nação que desenvolve moda sustentável e politicamente correta, inclusive no que se refere à legislação trabalhista. Estamos dialogando com avançados centros de produção japoneses, portugueses, espanhóis e norte-americanos, para trocar experiências e know how. Devemos aproveitar nosso grande parque industrial e produzir aqui para marcas que hoje utilizam a manufatura chinesa e de outros países. Excelência local para globalizar nossa indústria. Esta é a ideia! Com táticas mais contemporâneas, não só capacitaremos melhor nossas empresas para o mercado externo, como para o doméstico. São estratégias que nos tirarão da defesa e nos colocarão dentre os favoritos para vencer no campeonato mundial do comércio exterior, no qual cada conquista significa mais empregos, geração de renda e crescimento econômico. RT
“Em vez de ficar na retranca e na eleição de culpados, precisamos adotar atitude proativa”
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ABTT
nãotecidos
Antônio César Corradi Presidente da ABTT
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moda é um instrumento de comunicação e a cada nova coleção vemos a busca pelo conforto, benefícios e estéticas associadas a novas tecnologias e à busca pelo atendimento das necessidades do mercado consumidor. A moda, como principal consumidor de novas tecnologias, corre atrás destes desenvolvimentos. Se focarmos nossa vista no segmento têxtil lar, veremos toda uma busca da utilização de componentes têxteis, do entrelaçamento e dos acabamentos especiais. Neste âmbito, os tecidos inteligentes surgiram como materiais aptos a conferir aspectos e características para dar respostas aos estímulos solicitados, tais como: mudança de cor, geometria, aparência, volume e demais propriedades físicas visíveis. A inclusão de “Shape Memory Materials” (SMM), que tem as duas vertentes - “Shape Memory Alloys” (SMA) e “Shape Memory Polymer” (SMP) – permite criar efeitos estéticos e funcionais nos tecidos e, com isso, desenvolver produtos diferentes com efeitos tridimencionais, de profundidade, que dão vida ao tecido, e apostar em design, qualidade e serviços personalizados que devem acrescentar valor ao produto sem perder a finalidade ergonômica. O designer têxtil e o profissional de moda, aliados a novas tecnologias, combinam técnicas e criação, oferecendo grande variedade de produtos com qualidade ao mercado consumidor. Dentro do têxtil lar, temos casa, mesa e banho, infantil e adulto e sistemas que englobam vastos e diferenciados elementos que mudam as cores, o desenho, as texturas, a estrutura e propriedades ligadas às características físico-químicas de sua finalidade e condição de uso. Neste sentido, os nãotecidos têm um destaque especial, já que podem ser produzidos com diversas matérias-primas, de formas variadas e com acabamentos mecânicos, químicos e térmicos, conferindo características diferenciadas e num curto prazo de fabricação. Isto permite uma infinidade de produtos. Na área hospitalar: roupas de cama, roupas de proteção para utilização em UTI e salas de isolamento, coberturas de sapatos, mascaras faciais, campos cirúrgicos etc.
Fotos: Arquivo RT
A tecnologia dos
Na área doméstica: nos carpetes e forrações, decoração de paredes, cortinas e persianas, cobertura de móveis e colchões, panos para limpeza e enchimento para edredons e colchas. Na indústria elétrica: na construção de motores trifásicos, na separação das fases, no enrolamento de conexões. Também pode ser usados em geradores e cabos elétricos. Na construção civil: nas escavações, na parte hidráulica, em estradas de rodagem, construção de pontes e impermeabilização de solo, entre outros. Na indústria automobilística: hoje tem um grande número de utilidades que podemos elencar, sendo as principais a substituição dos laminados dos bancos e tetos, isolamento acústico de assoalho, painel e motor, reforço do banco e painéis de instrumentos. Na filtração: usados com grande variação de elementos filtrantes para ar, óleo, água, produtos químicos etc. A busca pelo diferente traz a cada nova coleção uma infinidade de novas descobertas e, com elas, uma infinidade de acabamentos que causam grandes prejuízos ao meio ambiente. Temos um grande problema, que é a poluição, e dentro da indústria têxtil, especialmente a provocada por corantes, causa a contaminação das águas e do eco sistema. Já existem programas na União Europeia, com participação de vários institutos de diversos países, para a integralização do tratamento biológico e um tratamento com ozônio, separados em duas etapas. O que é uma inovação, fazer a degradação biológica e a oxidação química dos processos em etapas, diferente do que era feito no processo convencional. Tem-se um filtro biológico para crescimento do micro-organismo, separado do recipiente que concentra o ozônio e os resíduos. Isto faz com que se tenha até 80% menos iodo no tratamento, tendo como inconveniente o custo dos produtos e da energia. O uso de nãotecidos em diversas aplicações e atendendo a mercados cada vez mais exigentes e rápidos, como a utilização de bi-componentes e uso de recicláveis, está fazendo dele uma tecnologia inovadora, durável e sustentável do ponto de vista de proteção do meio ambiente com combinações de versatilidade e adequação ao uso em um mercado de grande expectativa no futuro. RT
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Tecnologia
Open House ITEMA no Brasil A Revista Têxtil conferiu os teares da empresa italiana.
30% do faturamento da empresa desde o seu lançamento, no final de 2012. A máquina sofreu algumas atualizações, na parte eletrônica e na cabeça de pinça, de cerâmica, que ficou mais leve, mais estável e mais rápida. A máquina está disponível em dois modelos, um com pinça a gancho (SK) e outro com pinça free flight (livre voo), em larguras que vão de 170cm até 380cm. A A9500 tem a mesma plataforma que a pinça, o que gera sinergia com as peças de reposição. Seus pontos chaves estão no RTC, Real Time Control, que controla cada inserção de trama, otimizando o ajuste da máquina e o consumo de ar, ao mesmo tempo que possibilita ajuste automático da máquina, o que significa menos paradas. “O sistema hoje é dez vezes mais rápido que o anterior, chega a 1000 inserções por minuto, em uma máquina de 2,10m”, comenta Roland Funke, gerente de vendas da Itema. Além disso, ele promete revolucionar o controle de produção com uma atualização do sistema IPOS, que será revelada durante a ITMA Ásia, em Xangai. RT
Foto: Arquivo RT
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o dia 15 de maio a, ITEMA reuniu seus clientes e parceiros no Senai Americana para apresentar novidades e destaques em seus produtos, além de resultados e estratégia da empresa. A ideia é se aproximar e valorizar o mercado brasileiro e de países vizinhos. “A América Latina é um mercado importante, com muita perspectiva de crescimento, principalmente no Brasil, Argentina, México”, elogia Fulvio Carlo Toma, diretor de mkt e vendas do grupo. Sobre o Brasil, para ele representamos um mercado grande. “Nossa presença está muito bem marcada no denim, cama, mesa, banho e camisaria. Justo neste momento, o Brasil está pagando uma fatura pelo mundial de futebol, os investimentos estão focados. Fazer este evento no Senai não é casual, este é um dos melhores institutos do setor que já vi, dá um caminho e uma marca forte para o têxtil brasileiro. Se os números do Brasil não são como os da China – e nunca serão –, onde se vende milhares de teares a cada ano, é importante porque é um mercado qualificado”, comenta. O grupo Itema vem da união de três grandes marcas, Sulzer (que foi fundada em 1834), Somet e a Vamatex. “Trabalhamos para criar teares com inovação, temos quase duzentos anos de história e experiência como base para isso”, orgulha-se o diretor. Pela união das três empresas, a Itema passou a ser a única com fabricação de três tecnologias de inserção de trama, a pinça, jato de ar e projétil, de modo que é a única no mercado que atende a todos os segmentos onde o têxtil possa atuar: têxteis técnicos, vestuário, para o lar, automóveis etc. Em termos de números, a Itema é propriedade do grupo Radici, que tem quase 1,5bi de euros de faturamento. Ano passado, foram vendidos cerca de quatro mil teares, o que representou um crescimento de 55%. Cerca de 70% do faturamento total da empresa vêm dos quatro países de maior mercado, Turquia (35%), China(25%), Índia (7%) e Itália (7%). Para o diretor, o crescimento se dá pelo comprometimento com a inovação de produto, estratégia, estrutura, mentalidade e do trabalho em equipe. Mais ou menos 6% do faturamento é investido no desenvolvimento de novos produtos e novas ideias. “Não há nenhuma outra empresa no mundo que chegou a este resultado de crescimento no ano passado”, observa. Indiretamente, a Itema está presente em cerca de 100 países, com agentes e representantes. Sua produção se dá na Itália, Suíça e China, mas as peças são as mesmas, produzidas na Itália. As máquinas apresentadas no evento foram a R9500, considerada uma revolução, que passou a responder por
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Grupo Metalnox lança nova marca
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undado em 1982, o Grupo Metalnox traz sua experiência com máquinas têxteis para um novo ramo: o de estamparia digital. O Grupo lança neste ano sua nova marca, a Metalnox Digital, com a produção de equipamentos de alta tecnologia e grande rendimento, como impressoras digitais para sublimação e máquina de impressão direta em tecido (DTG). Por serem nacionais, os equipamentos, que têm um ano de garantia, são financiáveis pelo cartão BNDES, Proger e leasing. A Metalnox Digital é a primeira fabricante do Brasil e terceira no mundo de DTG, máquina para impressão direta em tecido. A EVOX Mtx8 imprime direto no tecido (Direct to garment), com até 600x800mm, proporcionando ao segmento liberdade de criação, alta produtividade e baixo custo de impressão. O equipamento proporciona economia de processos, recursos e matérias-primas e redução de layout de fábrica, além de ser mais ágil e flexível. O equipamento possui tecnologia diferenciada para proteção de cabeças, o sistema Intelligent Head Protection, que evita o contato dos nozzles com o oxigênio, proporcionando maior vida útil, Função Grayscalle e Binário, que gera melhor
Ampla
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rgulhosa de sua produção com tecnologia nacional, a Ampla comemora dez anos em grande estilo: com o lançamento de novos modelos ou ainda upgrade dos antigos. As novidades foram apresentadas ao público e imprensa durante a Serigrafia SIGN Futuretextil, realizada entre os dias 6 e 9 de maio, no Anhembi. Com um estande grande, a Ampla colocou em funcionamento seus principais equipamentos, para as áreas de comunicação visual e têxtil. No mercado desde 2004, a Ampla começou como importadora. Em 2006, começou a produzir, já com departamento de engenharia próprio, o que significa que a tecnologia é exclusiva, não é cópia, o diretor Lie Tji Tjhun faz questão de afirmar. “Ao longo de 10 anos, acompanhamos a evolução do mercado. Começamos com cinco funcionários, hoje são 300 por todo o País. Já entregamos mais de 2.500 máquinas ao mercado. Nossos equipamentos têm design e tecnologia próprios, contamos com área de engenharia, usinagem, prototipagem e produção”, orgulha-se Tjhun. A empresa encontrou um nicho de mercado. “O empresário brasileiro quer tecnologia, mas ele não é capitalizado. Fabricando no Brasil, damos a chance de ele encontrar preço bom e
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Tecnologia
definição de imagem, Sistema Work Flow, que acarreta em maior produtividade, devido a eficiência de deslocamento e do número de nozzles da cabeça de impressão, dentre outros diferencias tecnológicos. Além disso, apresenta vantagens ecológicas. Sem necessidade de água no processo, cozinha/laboratório para manipulação e criação das pastas base e tintas nas tonalidades especificas e outros, há eliminação das estações de tratamento de efluentes, tornando o processo mais sustentável. Além da EVOX MTX8, a Metalnox lançou a impressora digital para sublimação modelo ePRINT Mtx STRONG, também com fabricação 100% nacional. Especialmente desenvolvida para impressão com papel e tinta sublimática, proporciona maior variedade de cores e estampas perfeitas, sendo capaz de atender alto volume de produção, 90m²/h, e com alto rendimento de cor. RT
financiamento pelo FINAME/ Cartão BNDES, assim as parcelas cabem em seu bolso”, explica Lie Tji Tjhun. Como o financiamento é maior, ele pode optar por uma máquina mais cara, mas com mais valor agregado em termos de tecnologia. Além do mercado nacional, a empresa conta com parcerias internacionais, em países como EUA e Canadá, além do Oriente Médio e América do Sul. Investindo na expansão, participou de duas feiras nos EUA, uma em outubro do ano passado e outra em abril de 2014. Na SIGN, apresentou a unificação de todas as plataformas das impressoras, de modo que elas têm agora a mesma base, maior, que garante mais velocidade e menos vibração, aumentando, portanto, a qualidade do produto final. Apesar da mesma base, as funcionalidades são diferentes: UV, Solvente, Têxtil. O nome Targa está com a empresa desde 2006, já é reconhecido. Assim, nomeia toda a linha. Atenta aos movimentos de mercado, há dois anos a Ampla começou a estudar o setor têxtil, o que resultou na Targa XT Aquatex, impressora de sublimação com até 16 cabeças que chega a imprimir 230m/hora. Devido à plataforma, é possível o empresário começar com a máquina menor, de 4 cabeças, e ir atualizando conforme a necessidade. RT
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Sustentabilidade
Covolan Têxtil
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preocupação com a construção de uma marca vai muito além da qualidade do produto. Atualmente, a questão da sustentabilidade permeia toda a produção, com uma preocupação não apenas ambiental, mas social, também. ONGs como o Greenpeace têm trazido o têxtil à berlinda, ao denunciar não apenas problemas relacionados ao meio-ambiente e questões trabalhistas, mas também risco aos seres humanos, causados pelo uso de substâncias químicas perigosas. A cobrança do consumidor final, atento a tudo graças à velocidade da informação, é grande, e as marcas precisam cuidar não apenas da sua produção, mas a dos seus fornecedores, também. Este movimento é mais forte para as marcas estrangeiras, principalmente porque o Brasil ainda não tem uma legislação específica para química nos têxteis, embora seja bastante exigente quando o assunto é meio-ambiente. Na Europa, EUA e até mesmo na China (a legislação chinesa é uma das mais rígidas), a entrada de produtos exige comprovação da sua idoneidade. Casos recentes na mídia envolvendo marcas nacionais trazem a tona o problema de importar peças sem cuidado, ou ainda contratar fornecedores que não trabalhem de acordo com boas práticas. Tanto é que a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) está
reunida com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para criar a primeira norma sobre uso de químicos nos têxteis. Ciente de todo este panorama de mercado, a Covolan Têxtil vem se destacando como única portadora de diferentes certificações. Sua primeira certificação foi a ISO 14001 (Ambiental). Mais recentemente, a OEKO-TEX® Standard 100, que trata da segurança química, de acordo com as normas mais rígidas do mundo, ISO 9001 (Qualidade) e a ABVTEX, de responsabilidade social. Nas últimas semanas, a empresa deu mais um passo a frente e se tornou uma das duas únicas empresas brasileiras a receber a STeP: Sustainable Textile Production – Produção Têxtil Sustentável, da Oeko-TEX. Trata-se de uma certificação que garante que a empresa possui boas práticas em seis âmbitos diferentes: Gerenciamento Químico; Performance Ambiental; Segurança no Trabalho; Responsabilidade Social; Gestão Ambiental – mais do que cuidar da própria performance, a empresa deve se preocupar com o ambiente ao seu redor, atuando para melhorá-lo; Gestão da qualidade – análise dos fornecedores, inclusive. A STeP cobre as exigências das mais rígidas leis do mundo, o que faz com que a empresa certificada ganhe considerável vantagem na comercialização de seus produtos, que terão valor agregado sem aumento de custo.
Prêmio
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Tremembé Indústria Química conquistou o 1º lugar do Prêmio Vale Sustentável, na categoria Sustentabilidade até 100 funcionários. O troféu foi dado à Tremembé pelo Projeto Papel Zero e é um importante reconhecimento pelo trabalho que a empresa vem desenvolvendo em prol do meio ambiente ao longo dos anos. O projeto substituiu o uso do papel, no âmbito da empresa, por outros meios de registro, promovendo utilização racional do recurso. Para começar, detectou-se onde os papéis eram usados, e depois eles foram substituídos por outros meios. O resultado beneficiou diretamente os 42 colaboradores da empresa e indiretamente toda a sociedade, o consumo em papel foi reduzido em 63%. E, além dos benefícios ao meio ambiente, o projeto possibilitou também redução de custos e otimização de tarefas. O concurso é uma inciativa da Rede Difusora de Comunicação e tem por objetivo divulgar e reforçar o compromisso com a qualidade de vida do planeta, por meio de prêmios a projetos que valorizem ações de responsabilidade social e sustentável das mais diversas empresas da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.
(da esq. p/ dir.) Maria Aparecida, Eunice, Antonio Augusto/Diretor da Tremembé e Professor José Rui/Reitor da Unital. (Divulgação)
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Sustentabilidade
Conhecimento e informação Até mesmo a China já tem restrições a algumas substâncias, com testes de solidez, PH, formaldeído.
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inda dentro da programação pela parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Abit, o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, Citeve, realizou no dia 14 de abril, na sede da Abit, o Workshop Toxicidade/ Performance/ Sustentabilidade na Indústria Têxtil e de Confecção. Presente na abertura do workshop, Fernando Pimentel, superintendente da Abit, enfatizou a importância da parceria e do segmento de têxteis técnicos, que ainda deve crescer muito no Brasil. Do Centro, vieram profissionais especializados para falar sobre os temas do workshop. Segundo Braz Costa, do Citeve, há um esforço do instituto para trazer mais informações para o Brasil. Ele aproveitou a ocasião para esclarecer um pouco mais sobre o centro, que completa 25 anos realizando análises de 180 mil amostras por ano. “O objetivo do Citeve é ajudar as empresas a serem mais competentes. O centro acompanhou a mudança do setor em Portugal, com a melhoria da qualidade das empresas, que hoje observam design e inovação. O têxtil é um dos principais segmentos, está presente em vários outros, EPI, medicina, calçados, automóveis e outros”, disse. Presente em Portugal, Brasil, México, Tunísia, Argentina, Paquistão e Chile, o Citeve conta com laboratórios para ensaios diversos e realiza certificação de produtos, além de consultoria para produção sustentável e inovação, entre outras atividades. Com 617 empresas sócias, não possui fins lucrativos e todo o faturamento é revertido em pesquisas. Além disso, no Brasil, o Citeve é o representante oficial da Oeko-Tex, e sua atuação no País acontece por meio de parceiros, com todos os seus serviços. No workshop, além de apresentação do Centro, representantes do Citeve falaram sobre os temas pertinentes para o setor. Maria Antônia Lopes explicou sobre a legislação europeia em relação às substâncias tóxicas em têxteis. O tema é complicado, porque muitos processos usam químicos, alguns tóxicos para humanos ou ainda para o ambiente. O assunto é importante, porque as leis variam de país para país, tornando o processo de exportação e importação mais difícil. O Brasil, ainda não tem legislação, mas a Abit já está trabalhando com a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) para elaborar regras de controle de uso de químicos tóxicos nos têxteis. Alguns varejistas do País estão começando a não aceitar produtos que não sejam certificados. A União Europeia criou o Reach, um sistema único integrado de registro, avaliação e autorização de produtos químicos, não só no têxtil, mas para vários setores. Elaborado pela Agência Europeia dos Produtos Químicos, o Reach deverá conter registros de 30 mil químicas até 2018. Pelo documento, a responsabilidade sobre a toxicidade do produto fica a cargo do produtor, que deve registrar a substância e todas as suas aplicações – papel, metal, têxtil e outras –, sendo responsável também por mostrar quais quantidades podem ser usadas sem que seja nocivo para humanos e ambiente. O sistema conta ainda com uma lista de substâncias proibidas para todas as indústrias ou segmentos específicos, uma lista de substâncias preocupantes e uma lista de autorizações. Já os EUA contam com a Safety Improvement Act, legislação para vários tipos de artigos, especialmente os usados por crianças. As leis variam, ainda, dentro dos estados. Pela California Proposition 65, por exemplo, o consumidor tem o direito de saber se, nos produtos que usa, existem substâncias tóxicas e em que proporção. Até mesmo a China já tem restrições a algumas substâncias, com testes de solidez, PH, formaldeído. Por aqui, apesar da fala de legislação, já há a tentativa de proteger a entrada de produtos com tóxicos, em ações isoladas. Em relação aos têxteis, a complicação é maior, porque a cadeia é muito vasta, complexa e global, de forma que cada componente – fio, tecido, linha e outros – deve ser certificado. De modo que o desafio para a indústria é muito maior. As certificações internacionais podem ser uma solução. Embora cada país tenha a sua, a Oeko-tex é um rótulo bastante respeitado ao redor do mundo, principalmente porque se baseia no fator mais restritivo, em geral. Fundado em 1992, é um dos selos mais antigos, segundo Regina Guidon de Assis, representante do Citeve no Brasil. “O selo tem abrangência internacional, tem manual e gera segurança na criação de valor para um produto têxtil”, diz Regina.
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Sustentabilidade Os parâmetros para certificação são vários e os ensaios para isso são realizados por laboratórios autorizados. “Na Europa, já há um alto nível de conscientização do consumidor em comprar produtos certificados. No Brasil, ainda falta, mas já está começando”, diz Regina. O selo Oeko-tex vale por 12 meses e os dez países com maior número de certificados são China, Alemanha, Turquia, Índia, Bangladesh, Itália, Hong Kong, Paquistão, Japão e Portugal. Outro tema abordado no workshop foi a questão da sustentabilidade. Segundo Braz Costa, o assunto tomou proporções maiores, já que algumas marcas têm sido confrontadas em relação aos trabalhadores e impactos ambientais. A Oeko-tex também tem um selo de sustentabilidade. A área atrai cada vez mais as empresas brasileiras, que querem valorizar sua imagem. “A STeP, Sustainable Textile Production, certifica a empresa (e não um produto), analisando suas condições de produção, com critérios similares em todo o mundo e específicos para o setor têxtil”, explica Maria José Carvalho, do Citeve. Baseada em três pilares, ambiental, social e econômico, a STeP envolve seis módulos: • Gestão de Produtos químicos, em relação ao impacto ao consumidor e ao meio ambiente. • Desempenho ambiental, analisando eficiência de processos, uso eficiente de recursos, controle de águas residuais e emissões para o ar.
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Gestão ambiental – controla e monitora água, energia, resíduos, produtos, embalagens, transporte, armazenamento. • SST – Segurança no local de trabalho (EPI, ruído, iluminação, estrutura, planos de emergência). • Responsabilidade Social – Condições de trabalho aceitáveis, de acordo com a ONU e a OIT, sem trabalho infantil, discriminação, controle de horas, remuneração e outros. • Gestão da qualidade – Similar à ISO 9001, com gestão de risco e governança corporativa. A empresa é certificada em três níveis, 1- Básico, 2- Boa Implementação com potencial para otimizar, e 3- Bom exemplo de boas práticas. Em cada um deles, é possível detectar falhas e aprimorá-las, para a empresa atingir o nível três. Por fim, encerrando o workshop, Maria Antónia Lopes falou sobre a certificação de vestuário do trabalho e os ensaios que o Citeve realiza para isso. A Europa tem diretivas específicas, segundo Antónia, que devem ser respeitadas por todos que exportam têxteis workwear para lá. De modo geral, as roupas devem oferecer inocuidade e conforto e serem resistentes ao uso e manutenção, além de protegerem o usuário de acordo com sua atividade – contra fogo, água, produtos químicos etc. Depois disso, a profissional rapidamente explicou sobre os testes e certificações para roupas com proteção UV.
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Artigo
Alternativa de tingimento O custo e emissão reduzida de produção de itens de denim da moda usando o sistema alternativo SNP de tingimento índigo
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edução de custos e impacto ambiental na produção de itens em denim para moda, usando o sistema alternativo SNP de tingimento índigo. O denim é um dos artigos mais populares da moda, com um consumo anual de cerca de 6,5 bilhões de m² (equivalente a 2,145 bilhões de kg). No início pensado como roupa de trabalho, pelas suas características típicas de resistência, seu “tingimento anil” trouxe suas qualidades especiais para a moda e seu uso aumentou. Agora, resta a busca por uma alternativa de fabricação que reduza a elevada utilização de recursos. O gosto pelas peças está ligado à tonalidade do índigo e suas lavagens. A coloração anil é valorizada pelos consumidores na peça pronta. Sua aparência desbotada, produzida por abrasão e outros processos, e as diferenças na profundidade da cor, com destaque das costuras, fazem com que os jeans sejam artigos únicos. Estas variações podem ser obtidas a partir de diferentes fios em uma só peça, bem como pela construção do tecido, que pode ser suave ou bem apertada. As peças em jeans têm ainda mais características típicas. O fio índigo colorido juntamente com a trama não tingida traz uma coloração diferente nos lados direito e avesso, bem como a aparência típica de denim diferente da sarja, claramente visível. Todas estas propriedades permitem que o designer de alta moda possa atender aos desejos do consumidor. Outros requisitos atuais dos consumidores, além de moda com baixo custo, estão no cuidado com outras pessoas (trabalho infantil, condições de trabalho), bem como no impacto ambiental. O modo de produção de um denim clássico, com sua coloração, é claramente elaborado, comparado com outras mercadorias tingidas.
Coloração Como a intenção original era produzir vestuário de trabalho barato para o homem do campo nos Estados Unidos, a velocidade de produção não importava. Apenas a transição para um item de moda apontou para esse gargalo temporal. O tingimento usual de tecido pode fazer desaparecer o efeito típico do denim, e, portanto, não é bom para este produto.
Altan Arslan Dipl Ing, Dipl C.Meyer (Mönchengladbach)
Assim, são tingidos os fios, em grande escala. A operação de tingimento real é precedida por um passo de alimentação de lavagem alcalino e/ ou um tratamento com uma solução de hidróxido de sódio fria. O tingimento deve ser forte, insolúvel em água, realizado em meio alcalino, e uma redução apropriada. Durante a pintura, a passagem na máquina de tingimento é repetida várias vezes (média 4 a 8), o fio é mergulhado no banho de tinta, espremido e depois fixa imediatamente pela oxidação com o oxigénio atmosférico. O procedimento de coloração requer uma complexidade mecânica elevada e uma grande quantidade de agente redutor (de 0,02 a 0,04g/ kg de ditionito de sódio) e água de lavagem (3 a 6 l / kg). Em adição a estes custos e aspectos ecológicos para o tingimento índigo, a sequência final agrava a contaminação por um aumento da salinidade dos banhos de tingimento. O agente redutor é concentrado no banho na forma de sal. O resultado é um longo processo, em termos de profundidade de cor, e o que é muito mais difícil, em termos de lavagem. O tingimento de fios denim contínua usando corantes de enxofre, combinado com o tingimento de índigo em uma planta, o que potencializa o erro durante o processo. Métodos de coloração alternativos, por cuba e corantes reativos, também fazem com que os custos continuem a subir. A coloração após a tecelagem (Tinting) dilui a aparência original das peças denim, bem como revestimentos que foram projetados na cor por pigmento. A finalização traz uma ampla gama de possíveis destinos de equipamentos para escolher. Existe a desengomagem convencional, a necessidade de minimizar o efeito de “torção” do tecido de sarja e de encolhimento compressivo, busca pelo toque (amaciadores, polimento, revestimento etc), bem como aparência (brilho, coloração, revestimento de cor). Como no acabamento têxtil, são usadas grandes quantidades habituais de águas residuais e de descarga no ar. As etapas de secagem, muitas vezes intermediárias, requerem um uso dispendioso de fontes de energia primária.
Procedimentos alternativamente otimizados Os fatos acima mencionados obrigam e incentivam a indústria de transformação a uma abordagem completa-
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Artigo mente diferente para os itens. Aqui estão melhorias na tinturaria, minimizando a quantidade de álcalis e agentes, como a redução de corante pré-reduzido (DyStar - Indigo IVA 40%) e agentes redutores recicláveis (DyStar - Mediador / eletroquímica). Por redução do chassis, minimizando os passos de imersão no banho de tingimento, o agente redutor também é diminuído. Limitações desses sistemas são o tingimento modificado do corante índigo. Novas abordagens, como tingir a urdidura por uma adição forçada de baixa absorção molhada (espuma, spray etc), são objetos de novos desenvolvimentos e aplicações de patentes (Gaston, DyStar, Mestre). No entanto, tudo isso não muda o procedimento básico para aplicar um condenado em sua leucocorante em meio alcalino e corrigi-lo como uma coloração anil. A geração do artigo denim nas mercadorias a granel com tecidos acabados sem um corante à base de água pode ser uma visão alternativa da seguinte forma: • Coloração que diz respeito a um projeto a) e b) de cor por um “processo de impressão”. Por este meio, o demorado passo de “tecelagem” é ignorado. Agora, uma série de tecidos tratados será utilizada independentemente de ligação real. O projeto é de impressão e a cor pode ser variada numa larga medida, uma restrição ao tom índigo natural. • Wash - efeitos já estão incorporados ao projeto e mesmo uma impressão após a montagem é possível. A tecnologia de impressão Natural Sublistatic, método curto SNP, não utiliza trabalho de impressão direta, mas a impressão por transferência térmica. Tal como qualquer perito na arte da utilização deste processo de impressão indireta, a capacidade de os corantes de dispersão por meio de sublimação / difusão na fase gasosa / dessublimação no substrato é de cópia real. Substrato aqui significa fibras termoplásticas que permitem que o corante ressublimem no intervalo de temperatura de corantes. O algodão de fibra não-termoplástico ou outros tecidos de fibras vegetais ou animais (linho, seda, lã etc) é modificado por uma decoração com um polímero neutro que pode ser tingido pela impressão por transferência térmica. As despesas anteriormente necessárias, tais como o tingimento contínuo de fios e de acabamento para obter a aparência desejada, podem agora ser minimizadas. Estes sistemas personalizados são combinações de técnicas de processamento conhecidos (impressão em execução ordem / secagem / condensação / transferência / pós-tratamento aquecimento / Chiller / saída), que fornecem os melhores resultados usando a faixa de SNP. O método SNP está disponível em todas as áreas de roupas e permite, em termos técnicos:
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Processamento de todos os tecidos comuns, sem restrições sobre o tipo de criação de superfície ou a elasticidade; • Estruturas independentes do substrato (sarja em malha simples); • Impressão ótica; • Lado direito e avesso do mesmo ou de diferente design ou cor; • Resposta rápida para o “gosto do cliente”; • A oferta de curto prazo de pedidos iniciais e subsequentes; • Baixo risco de encalhe, porque só as matérias-primas brancas são para estocar. A essas vantagens em relação a uma produção racional somam-se os benefícios da operação econômica. • O pré-tratamento fornece apenas baixos requisitos de absorção e brancura, além disso, este passo pode também ser implementado como um serviço de custo com a aquisição dos bens; • A impregnação dos produtos com o polímero necessário pode ser feita no maquinário existente ou é parte integrante do SNP; • Acabamento e beneficiamento também podem ser realizados em instalações já existentes ou são parte integrante do SN. Uma consideração ecológica, aqui a água e o consumo de energia de um artigo de denim típico é reduzida.
Dados A produção anual de denim atinge de cerca de 6,5 bilhões m², 4 bilhões de metros de tecido de 1.600 milímetros de largura, cerca de 3 bilhões de peças de vestuário acabados, cerca de 60% da produção realizada na China. A tecnologia SNP reduziu o consumo de água fresca em cerca de 90 % e, assim, evita a formação de esgoto. A pequena quantidade de água residual contém apenas os radicais de corante e não é comparável com índigo. Quimicamente, o método garante rapidez em comparação com a forma clássica de trabalhar em vários substratos. O SNP mostra método para produtos de moda a um nível de solidez de cor suficiente. O método permite uma nova forma simplificada de trabalho e favorece a criação acessível de jogos pequenos, de acordo com a moda. A limitação ao material é cancelada. Seda, lã, viscose, modal, liocel, qualquer mistura destes e outras fibras interessantes também podem ser usadas. O SNP é um processo de direção de como as cores em tecidos podem ser alteradas. Até agora, na cadeia de substrato, certas propriedades de matérias tinham de ser dadas no pré-tratamento, a fim de se obter uma cor sem quaisquer problemas. Com uma escolha sensata de fibras, fios e design de superfície, com o desenvolvimento adequado do SNP dá para personalizar o produto sem comprometer a qualidade ou a aparência elegante. RT
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OTM 2014, depois do sucesso da ITM Notícias
Foto: Divulgação
A aposta da Capricórnio Têxtil para o Inverno 2015 foi em sofisticação pelas cores. A tecelagem ampliou seu portfólio de artigos com tingimentos especiais com 11 novos tecidos de estruturas densas e refinadas, que levam sofisticação às peças em stretch. São quatro cores exclusivas, que permitem maior variação de lavagens e diferenciação do produto final no mercado. A cor Intense Black renova o denim com o preto intenso e profundo, multiplicando as possibilidades de efeitos em lavanderia. Compondo esse grupo, os artigos: Regent, Bond, Carnaby e Picadilly. A cor Turquoise Dye, com nuances que oscilam entre o verde e o azul brilhante, traz uma inovação em tingimento, com os tecidos Mykonos e Santorini. A Intense Grey traz um cinza profundo, que possibilita desde o efeito amaciado até o délavé, sem perder o tom acinzentado. São duas novidades nesse segmento: o NewCastle, e o Brighton. Já a cor Shine Blue apresenta o jeans em nova cor azul brilhante, que tende ao púrpura. O artigo Tahiti é extremamente versátil em lavanderia. Para complementar os lançamentos, chega também o artigo Orfeu, na cor Intense Blue, desenvolvido em tecidos mais leves e em puro índigo, que permite variações de tons que vão dos mais escuros aos mais claros. Por fim, o Cozumel, na cor Inside Green, em uma tonalidade diferenciada de azul que aflora tons esverdeados em lavanderia. De acordo com Maria José Orione, diretora de Planejamento Estratégico da Capricórnio Têxtil, os novos tecidos são resultado de pesquisas sobre as tendências no segmento jeanswear e as evoluções no comportamento de consumo. “Acreditamos na inovação contínua como diferencial de mercado”, acrescenta Orione.
Inovação para o Inverno 2015
A coleção Inverno 2015 da Tavex está marcada por um mix de tecidos premium que transitam entre todos os estilos e levam alta tecnologia, conforto, flexibilidade e versatilidade. Ao todo, foram apresentados dezesseis lançamentos exclusivos para a estação. Entre as novidades, foi apresentados uma linha 100% algodão, chamada ICON, com artigos que oferecem grande variedade de lavanderia. Já a família FREE preza por conforto e toque macio, formada por três linhas: a Fitness Denim, para o mercado masculino, Second Skin, com diferentes pesos, cores e novos acabamentos, em stretchs superiores a 30%; e a Tri-blend Tecnology® by Tavex, que ganhou uma versão Black. O tecido mistura dos três fios – algodão, T400® e elastano – e alcança a melhor propriedade das fibras, transformando o jeans em um artigo de performance , com a excelente capacidade de recuperação da Lycra T400®, além da versatilidade do algodão. Já a família Denim Couture by Tavex traz uma seleção de denins com aspecto sofisticado, formada por quatro linhas. A Absolute FIT by Tavex tem extremo conforto com mais de 50% de elasticidade; a Runway by Tavex combina sofisticação e conforto, em estruturas novas e não convencionais; a Jeather Denim® by Tavex, evolução do jeans com aspecto de couro em tecidos com toque surpreendente e mais de 30% de elasticidade; e a TWINIC® by Tavex. Desta última, os tecidos Cramber e Skye se destacam pela visão inovadora de cor com infinitas possibilidades de misturas e pela pluralidade da lavanderia, que implica na preocupação com a economia de água.
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Novas cores para o jeanswear
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Notícias
Denim estampado
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A Cedro Têxtil aposta no beneficiamento e customização do jeans como importante diferencial competitivo junto ao consumidor. Por isso, em parceria com a GB Customização, realizou, na primeira semana de junho, um evento para apresentar uma coleção onde o principal destaque são as intervenções realizadas a partir de modernos processos de lavagem e aplicações. As peças foram confeccionadas com a linha de tecidos TOP DENIM CEDRO, que se caracteriza pela versatilidade e inúmeras possibilidades de beneficiamento que geram coleções inovadoras. A GB Customização é sediada em Colatina, Espirito Santo, e mantém em São Paulo o primeiro showroom de lavanderia do País. Além disso, a Cedro ampliou sua linha de tecidos estampados, artigos diferenciados obtidos por uma combinação de tingimentos versáteis e intensos, aliados a acabamentos tecnológicos de estamparia. A coleção oferece estampas no denim em quatro padrões que se caracterizam pelo tingimento azul intenso e bases super stretch em 100% algodão. As estampas se revelam nas diversas possibilidades de lavagens do denim, sejam clássicas ou ousadas, destacando os contrastes entre os tingimentos azuis e os desenhos. O Puff é uma estampa arabesco em relevo, em base super stretch, com 36% de potencial. O Slic é um animal print em resina que proporciona um aspecto sutil entre o denim e a estampa, base super stretch e 44% de potencial. A Folhagem vem em pigmento, em base super stretch com 36% de potencial. Por fim, a opção Estampa no avesso traz listras azuis no avesso do tecido. Os lançamentos da Cedro foram apresentados na DENIM PREMIERE VISION, realizada entre os dias 21 e 22 de maio, em Barcelona.
Vicunha apresenta coleção Inverno 2015 A Vicunha abriu seu showroom, entre os dias 27 e 29 de maio, para antecipar os lançamentos para o Inverno 2015. A coleção foi baseada em conforto, bem-estar e estilo. O Athletic Denim, lançado no último semestre, foi um sucesso e ganhou mais dois novos artigos, e também a linha Athletic Color, com as sarjas Bungee, Bungee Black e Spinning. Sua elasticidade varia de 40% a 65%, graças à construção diferenciada. Além da versão PT, a cartela inclui nove cores, entre as quais Black, Verde militar, Azul carbono e Concreto. Outra novidade está nos denims e colors da Emana Línea, denim funcional, macio e sofisticado feitos com a fibra de poliamida 6.6 da Rhodia, que tem a tecnologia de infravermelho longo capaz de transformar o calor do corpo em benefícios. Com os azuis e blacks em evidência para a estação, a Vicunha aposta em produtos com diferentes tons de azul puro índigo, como Bruna e Luize. Artigos rígidos, sem stretch da linha Essential, como o artigo Ross, de tingimento puro índigo super intenso que garante diferentes padrões de lavagem, também estão em evidência. Para camisaria, que pede tecidos mais leves e clássicos, novas versões de intervenções entre azuis e brancos em diferentes padrões. O artigo Bob traz o clássico pois, Dylan tem triângulos e Drops, formas orgânicas inspiradas no mar. A linha Transforming Denim também foi lançada na coleção passada e foi um sucesso. Por sua tecnologia inovadora, sua cor original só é revelada com um processo químico. Para o inverno 2015, a linha ganhou mais um padrão de cor, o cinza, com o produto Iron, que revela cores desde os cinzas mais puros a padrões que contrastam com a cor esverdeada. Quando o assunto é tingimento e estamparia, a Vicunha busca sempre se diferenciar. Na sua linha Entropia, por exemplo, técnicas diferentes de tingimento com pigmento são misturadas, garantindo efeitos e padrões inusitados.
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Denim com visual de couro
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Dentro da tendência esportiva cada vez mais visível nas coleções de renomados estilistas, a Canatiba Denim Industry aposta no denim com aspecto de moletom, que tem conquistado o mercado. Com tecnologia de ponta, os tecidos unem visual moderno, conforto e toque macio. A empresa amplia agora a gama de produtos com o lançamento da família Malha Denim MEGAFLEX®, que ganhou novas versões. Os tecidos têm tingimento blue intenso ou blue black, são compostos por algodão, poliéster e elastano ou algodão e elastano, em pesos que vão de 8oz a 11oz. Já para os denins com visual de couro, que já se tornaram um clássico, a Canatiba aposta em tonalidades pastel. Com o sucesso da linha Mirror, de denins com visual couro compostos por 74% algodão, 24% poliéster e 2% elastano, a aposta é no lançamento do tecido com novas cores: branca, areia, rosa, verdes, azuis, petróleo e vinho. O Mirror Rosa Pó é o primeiro denim da linha que apresenta trama branca. Tem peso leve, toque extremamente macio e acabamento especial resinado que confere ao lançamento aspecto de couro envelhecido. Já o Mirror de Verão tem peso leve e tonalidades claras, com toque, respirabilidade e elasticidade. O Mirror Petróleo e Mirror Vinho têm acabamento especial resinado brilhante e trama tinta preta, e ganharam duas novas cores: petróleo e vinho.
Proteção de patente
O Grupo Solvay obteve proteção de patente para aplicações de sua fibra inteligente Emana®, fornecida pelo Instituto Europeu de Patentes (EPO). Criada no Brasil pela Rhodia, empresa do grupo, a Emana® recebeu a patente (EP2402387) após um amplo exame do produto, que confirmou os benefícios e valor agregado trazidos ao mercado têxtil pela tecnologia. “Essa validação da patente é a confirmação final do elevado grau de inovação da tecnologia FIR do fio Emana®. A patente nos protege contra a reprodução e utilização do nosso produto por concorrentes e seguidores”, diz Gabriel Gorescu, Gerente de Marketing e Inovação da Unidade Global de Negócios Fibras, do Grupo Solvay. O fio têxtil inteligente de poliamida 6.6 emite raio infravermelho longo (FIR, na sigla em inglês), que em contato com a pele interage com o corpo, melhorando a microcirculação sanguinea. Vários testes clínicos mostram que oferece benefícios cosméticos tais como a melhoria da elasticidade da pele e ajuda a reduzir os sinais de celulite, além de melhorar o desempenho esportivo.
Miroglio inaugura fábrica A Miroglio Textile, empresa europeia do segmento de tecidos estampados, presente no Brasil desde 2010, inaugurou recentemente sua primeira fábrica no País, na cidade de Guabiruba, em Santa Catarina. A planta terá capacidade de produzir dois milhões de metros de tecidos por ano e abastecerá todo o país. A empresa investiu R$ 2 milhões na fábrica, com o objetivo de trazer seu conhecimento industrial, e aposta em tecnologia de ponta para atender ao mercado brasileiro. A tecelagem produzirá em bases de viscose, poliéster, seda, linho e algodão e os tecidos serão estampados apenas em máquinas digitais de última geração. “O Brasil é o foco de investimento da Miroglio no mercado latino-americano. A fábrica vai abastecer o País de uma maneira muito mais rápida e eficaz”, conta o diretor-geral da empresa no Brasil, Giuseppe Lano. A Miroglio fatura hoje R$ 20 milhões por ano no Brasil e, além da nova instalação, possui um showroom em São Paulo. Batizado de print lab, o espaço reúne todas as coleções produzidas, estampas e um acervo com mais de 50 mil desenhos. Anualmente, são desenvolvidas cerca de três mil novas estampas, compondo o maior acervo de estamparia do mundo.
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Notícias
Produção física cresceu Nos primeiros dois meses do ano, janeiro e fevereiro, a produção brasileira do segmento de vestuário teve crescimento de 12,34% em relação ao mesmo período de 2013, segundo dados do IBGE. Já no segmento têxtil houve um aumento de 0,67% no acumulado do ano. Somente no mês de fevereiro, a produção brasileira do segmento de vestuário cresceu 3,4% e a do setor têxtil teve queda de 0,1% em relação ao mês anterior. Se comparada a produção de fevereiro de 2014 com o mesmo período em 2013, a produção física da indústria do vestuário teve crescimento de 27,40% e a do segmento têxtil cresceu 3,83%. Nos primeiros três meses do ano, as importações de vestuário apresentaram aumento de 7,9%, em valor, comparativamente com o mesmo período em 2013. Essa variação foi de 1,8%, em toneladas, segundo dados do Sistema Alice/MDIC. Já as importações de têxteis e confeccionados, entre janeiro e março deste ano, cresceram 4,2%, em valor. As exportações caíram 6,9%, enquanto o crescimento do déficit na balança comercial no período foi de 6,5%, em relação ao mesmo período de 2013. Os especialistas da Abit acreditam que o déficit deve ultrapassar os U$ 6 bilhões, novo recorde. Nos meses de janeiro e fevereiro, o volume de vendas de produtos têxteis e de vestuário cresceu 5,1% e a Receita Nominal aumentou 10,6%, se comparado à janeiro-fevereiro de 2013. No comparativo entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2014, o volume de vendas caiu 0,46% e a Receita Nominal apresentou recuo de 0,082%. (Dados com ajuste sazonal)
Fio LYCRA® renovável A INVISTA, um dos maiores produtores integrados de intermediários químicos, polímeros e fibras do mundo, detentora da marca LYCRA®, apresentou recentemente o único fio de elastano bio-derivado comercialmente disponível em todo o mundo. Aproximadamente 70% do novo fio LYCRA® bio-derivado é proveniente de uma matéria-prima renovável, que vem de uma dextrose derivada do milho, o que ainda garante um processo de produção que emite menos carbono do que a fabricação de elastanos que usam materiais tradicionais. Foram realizados testes bem sucedidos da aplicação do fio LYCRA® bio-derivado na fabricação de tecidos. Suas propriedades seguirão os altos padrões e especificações da INVISTA e não é esperado que seja necessário fazer qualquer adaptação nos tecidos, no processo de finalização ou estamparia. Com o fio, a empresa oferece ao varejo e fabricantes de tecidos uma opção que pode impactar a avaliação de todo o ciclo de vida do tecido e da roupa. O lançamento reafirma o compromisso da INVISTA com inovação. “O fio LYCRA® bio-derivado é mais um exemplo que confirma o nosso compromisso com a indústria têxtil”, destaca Dr. Robert L. Kirkwood, vice-presidente executivo de Marketing e Tecnologia da INVISTA Apparel.
Tintas sublimáticas A J-TECK vem apresentando a cada ano o maior e melhor desenvolvimento nas suas tintas sublimáticas digitais, sempre em constante aprimoramento, para oferecer o melhor produto. Assim, em sua tinta J-NEXT agregou as duas melhores tecnologias (Nano e Cluster) para obter cores fortes e vibrantes, bem como uma tinta mais fluida e com pigmentos iguais em todo seu conteúdo. Em seu laboratório, a J-TECK trabalhou na fórmula de sua tinta, de modo que ela gere um maior rendimento, trazendo mais economia para seu cliente. Sua composição mais fluida evita entupimento na cabeça de impressão. Isso, junto com as cores fortes, possibilita ao cliente imprimir muito mais com um litro de tinta. A missão da J-TECK é trazer um produto de qualidade e tecnologia ao mercado, para que seus clientes consigam ter maior produção e desenvolvimento, além de proporcionar-lhes o melhor atendimento. Para tanto, não só são agregadas novas tecnologias ao produto, como também a J-TECK criou um lacre de autenticidade que é apresentado em todas suas garrafas, para a certificação do cliente de que realmente está adquirindo um produto da marca.
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Fotos: Agencia Fotosite
Feiras & Eventos
Alexandre Wagner Herchcovitch Kallieno
Giuliana Romanno Lenny
SPFW e Fashion Rio
A
s duas semanas de moda mais importantes do país confirmaram uma tendência em comum: a busca pela identidade brasileira, para garantir competitividade, e coleções mais comerciais. O verão 2014-2015 será fluido, leve e elegante, com uma variedade de tecidos e texturas, resultado de pesquisas e do uso de tecnologias diferenciadas. Rendas, laises, tules e sedas se alternam com denins, couros e jacquards, com muita estampa. Elementos artesanais, como bordados e motivos tropicais nas estampas garantiram a brasilidade das peças.
Alessa
Victor Dzenk
Alguns desfiles foram marcados por tecnologia. Ronaldo Fraga apresentou, em parceria com a Rhodia, o primeiro tecido biodegradável do mundo. João Pimenta garantiu maciez aos tecidos exclusivos para sua coleção. Na coleção de Pedro Lourenço, a tecnologia está presente do recorte a laser às estampas, incluindo acessórios impressos em 3D. Alexandre Herchcovich desfilou um masculino com jeans, malha, tyvek (tecido antitérmico à prova de fogo) e couro. Esta matéria-prima, aliás, apareceu em desfiles de marcas variadas, inclusive recortada, seguindo a tendência de tramas, tressês, vazados RT e telados, também vistos nas passarelas.
Patricia Viera
João Pimenta
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Fotos: Agencia Fotosite
Feiras & Eventos
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Feiras & Eventos
Minas Trend:
Negócios e moda em Belo Horizonte
O
Programação paralela
mos importantes negócios para a composição de nosso mix”, afirmou Gilson Amaral Brito Jr., gerente do complexo. O Espaço do Quartzo foi apresentado pela segunda vez no Minas Trend, totalmente repaginado. A iniciativa é de uma parceria entre o Sistema Sindijoias Ajomig, a Fiemg, Sebrae e Governo de Minas. O espaço foi destinado à apresentação de produtos elaborados por designers convidados, confeccionados com quartzo, matéria-prima 100% nacional, que tem aplicação em inúmeros setores, da moda à decoração. Mais uma vez, o Minas Trend foi palco para o Ready to Go, que premia novos talentos. Ana Paula Sudano, estilista e proprietária da Grama, marca estreante no mercado, foi a vencedora do concurso promovido pelo Workshop MIT – Moda, Informação e Transformação. O objetivo é dar oportunidades a novos nomes para se inserirem no mercado e prepará-los para participar do Minas Trend em um espaço próprio. Nove grifes participantes do Minas Trend – Faven, Mabel Magalhães, Lucas Magalhães, Gig, Vivaz, Mary Design, Barbara Bela, Rogério Lima e Raquell Doisélles –, apresentaram imagens que serão estampadas em camisetas para ampliar a divulgação e gerar renda para o Projeto Minas Pela Paz, inciativa da Fiemg e de 26 empresas privadas que busca promover ações preventivas contra o crime, o estimulo à educação e a inserção social de ex-detentos.
Além do salão de negócios e dos desfiles de moda, os visitantes tiveram acesso a outras atrações. No estande do Sesi, uma exposição de equipamentos de proteção individual customizados por alunos de moda do Senai Modatec, teve por objetivo sensibilizar os visitantes em relação à importância da qualidade de vida no trabalho e aos itens de segurança. O Minas Trend recebeu, também, as informações de moda do Inverno 2015, com as palestras do Fórum de Inspirações, expostas pelo consultor Marnei Carminatti. “O Preview oferece uma investigação do mercado, dos movimentos de consumo, design, moda e varejo, com o objetivo de entender as expectativas dos consumidores para o desenvolvimento de novos produtos”, avalia o palestrante. O Fórum é uma realização da Assintecal, Footwear Components by Brasil, Abicalçados e CICB. O Fashion City Brasil também participou do evento, com um estande para atender ao público varejista e confeccionista que quisesse saber mais sobre o empreendimento, que será o maior complexo de moda da América Latina. “Apresentamos todo o conceito que engloba nosso negócio. Conseguimos aumentar nosso volume de reservas em 20% e efetiva-
Foto: Danilo Grimaldi, Agência Fotosite
14º Minas Trend apresentou as coleções de vestuário, calçados, bolsas e acessórios de moda para a temporada Primavera/Verão 2015. Realizado entre os dias 07 e 10 de abril, o evento contabilizou aumento de 15% no número de compradores em relação à edição anterior, de Outono/ Inverno, e o de expositores cresceu 23,9%, em comparação com a Primavera/ Verão anterior, com a adesão de 254 empresas. Segundo o Sindvest-MG, uma média de outras 60 confecções, já aprovadas pela curadoria do evento, não puderam participar desta edição devido à falta de espaço disponível. Para o presidente da entidade, Michel Aburachid, o salão confirmou os bons índices registrados pelo Estado recentemente. “No ano passado, tivemos um aumento no faturamento de 14% sobre 2012 e os dois primeiros meses deste ano superaram em 5% o mesmo período de 2013”. O crescimento se deve, também, à qualidade e design diferenciado dos produtos apresentados no salão, que já virou referência para compradores e lojistas. A 15ª edição do Minas Trend, Outono / Inverno 2015, já tem data prevista para 6 a 9 de outubro, no Expominas, segundo divulgação da FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais.
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Feiras & Eventos
Ammis, Anne est Folle, Aurea Prates, Fabiana Milazzo e Faven. Fotos: : Zé Takahashi - Agência fotosite
Nas passarelas Os desfiles do Minas Trend confirmaram as tendências das semanas de moda paulista e carioca: o verão vem fluido, leve, elegante e brilhoso! As marcas que desfilaram apostaram em tecidos nobres, como sedas, crepes e organzas, misturados com malha, couro e neoprene. Como já é tradicional em Minas, as pedrarias e o brilho não podiam faltar.
A moda mineira virá em tramas abertas em diversos materiais. O corpo fica à mostra em trançados, rendas e vazados a laser. O brilho da estação fica por conta de bordados com canutilhos, aplicações de paetês e pedrarias e ainda lurex ou fios metalizados. As estampas também fazem referência a motivos florais e tropicais, em elementos amplos e chamativos, que contrastam com estampas geométricas, em cores vivas. RT
GIG, Lucas Magalhães, Mary Design, Plural, Rogério Lima e Vivaz. Fotos: : Zé Takahashi - Agência fotosite
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Dragão Fashion Brasil Ao comemorar 15 anos, se consolida como mais importante evento de moda autoral do País.
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riado em 1999, em Fortaleza/CE, o Dragão Fashion Brasil é considerado o mais representativo evento de moda do Nordeste, um dos principais do País. Idealizado por Claudio Silveira, ao longo dos anos, se tornou uma plataforma de lançamento de novos talentos, ao mesmo tempo em que atrai grandes nomes da moda brasileira. Sua força está na proposta de intercâmbio de experiências, concepções e cultura de moda, especialmente entre estilistas e marcas comprometidos com uma visão mais autoral. A edição de 2014 comemorou 15 anos de DFB. Realizada entre os dias 23 a 27 de abril, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, foi marcada por uma série de eventos paralelos, como oficinas, cursos, workshops, palestras, shows abertos e performances multiculturais, além dos vários desfiles de marcas e novos talentos. Com o tema “A moda move o mundo”, a edição atingiu a maturidade. “Nós amadurecemos, acho que conseguimos um formato mais completo, dentro do que sonhávamos. Temos uma estrutura real, honesta, moderna, com várias ações, pontos de convergência dentro do evento, que se tornou plural”, comenta Claudio. Um dos braços do evento é a Vila Fashion Arts, espaço onde artesãos, artistas e estilistas puderam apresentar e comercializar seus produtos. Outra conquista importante foi o Jardim das Delícias, que reuniu sete chefs de cozinha consagrados na região, que venderam pratos a preços populares. “Conseguimos montar o primeiro encontro de street food do Nordeste, com os chefs em cozinhas montadas na praça, foi uma loucura”, comemora. Além disso, esta edição do DFB consagrou o Dragão Pensando Moda, realizado em parceria com o Senac/CE, em paralelo aos desfiles e outras atividades do evento. Aberto ao público em geral, promoveu o intercâmbio de experiências de grandes profissionais do setor. “Depois que o Senac entrou, nossa proposta e nossa visibilidade triplicaram, houve apoio financeiro para conseguir trazer grandes apostas para formação e qualificação de todo o trade, foi muito interessante”, comemora Silveira. Outra iniciativa foi o Atelier Criativo Brasil, realização do Sebrae-CE com o apoio do Dragão, que foi a plataforma de lançamento do projeto, e da Casa Cor Ceará. A ideia foi de integrar os setores têxtil e de acessórios, promovendo uso criativo da matéria-prima residual de uma empresa de moda. Foram realizados cinco desfiles colaborativos, apresentando a seleção dos 10 designers participantes do projeto, um estilista com um designer de acessórios/ jóia. No line-up, Mar del Castro + Jomara Cid, Mark Greiner + Roberto Dias, Ivanildo Nunes + Claudio Quinderé, Kallil Nepomuceno + Jussara Regás e Alysson
Fotos: Roberta Braga, Silvia Boriello e Ricardo K
Aragão + Suzane Farias. Além dos desfiles, o projeto também irá gerar uma exposição na Casa Cor Ceará, entre 10 de outubro e 18 de novembro de 2014. Valorizando jovens talentos, o Concurso dos Novos envolveu faculdades e cursos técnicos de estilismo e moda de todo Brasil. Tendo como tema “movimento”, reuniu oito instituições de ensino: Centro Universitário Dinâmico das Cataratas (PR), Fac. Santa Marcelina (SP), Instituto de Desenvolvimento Educação e Cultura -IDECC (CE) | Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PR), Universidade Estadual de Londrina - UEL (PR), Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Universidade Federal do Ceará - UFC e Universidade Federal do Piauí (PI). A Universidade Federal do Ceará levou o primeiro lugar com uma coleção futurista, inspirada em velocidade e ele-
Atelier Criativo Mar Del Castro + Jomara Cid
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UFC
Lino Villaventura
mentos funcionais, com oito looks utilitários. Os segundo e terceiro lugares, respectivamente, ficaram com as turmas da UEL e do IDECC. Não só os talentos universitários são valorizados. Com o reality Comunidade Moda, a descoberta de novos talentos se estende à comunidade ao redor. Com look inspirado em monumento da Itália, Paulo Ícaro, da comunidade Novo Bairro Mundo Bin, levou o primeiro lugar. O ponto forte do evento foram os cerca de 40 desfiles, realizados em três salas. “Os desfiles são muito importantes, existe uma troca de saberes grande entre os estilistas, esse ano trouxemos marcas locais de peso nacional, como a Água de Coco, Dona Florinda, trouxemos de volta Vitorino Campos. Assim, quando junto tudo isso, noto que o Dragão chegou a uma situação confortável. Foram 15 anos de muita luta, mas chegamos a um evento bem focado, não só em moda. Conseguimos atender a um público realmente muito grande, de 30 a 40 mil pessoas”, comemora. O evento conseguiu nesta edição apoio financeiro via Lei Rouanet, captando metade do seu custo. Além disso, o apoio do Governo Estadual também foi fundamental. “Havia a intenção do governo de reativar o Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, então eles proporcionaram parte da estrutura”, comenta. Além disso, a Secretaria de Cultura liberou apoio via Lei de Mecenas, o que permitiu a captação de empresas locais, como Coelce, Coca-cola e a Santa Clara. Por fim, um dos maiores apoiadores foi a Riachuelo. “Como eles dizem na propaganda, é a patrocinadora oficial da moda brasileira. E é, mesmo, nossa maior incentivadora”, elogia Claudio. “O Dragão é um sonho. Não
David Lee
Ivan Aguilar
é uma fonte de renda para empresa, é mais uma ponte com outras empresas, que passam a conhecer nosso trabalho e saber o que conseguimos fazer com pouco dinheiro”, comenta. Para Claudio, o evento está no caminho certo. O Dragão Fashion Brasil surgiu do desejo do organizador de ter um lugar na moda brasileira para seu Estado, o Ceará, então segundo maior polo têxtil do País. “Tínhamos equipamentos, tecnologia, costureiras e criadores, mas não tínhamos visibilidade nacional. Eu foquei no autoral, não no comercial, justamente para me diferenciar”, conta. Este foco no autoral, para ele, é uma das coisas mais importantes do evento e que deve se manter. A pluralidade alcançada atualmente pretende mostrar que a moda é mais do que estética da roupa. “A moda está na arte, nos móveis, na rua, na comida, nos artesanatos. Para mim, estar na moda é conseguir levantar a cultura de um país, uma região, pela moda e a favor da moda. A cultura brasileira está sendo vista, o Nordeste é o Brasil, temos raiz, identidade, nossas rendas com sua fabricação manual. Não adianta tecnologia sem isso”, comenta. A intenção para o futuro é fortalecer cada vez mais a questão autoral, que, para Silveira, é o mais importante. “Os grandes criadores têm que ter esse foco, não podem perder suas raízes, identidades. Temos que buscar informações, qualificar todos eles e nosso trade, para que cada vez mais acreditem no potencial dessa moda regional, entendendo que moda é cultura, mas não é caricata. Por isso os jovens talentos. Precisamos desse sangue novo, eu gosto disso, porque dá um certo frescor na qualidade do trabalho que vem sendo apresentado”, finaliza. RT
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Água de Coco
Gisela Franck
Jeferson Ribeiro
Jonathan Scarpari
Mario Queiroz
Dona Florinda
Paulo Ícaro
Vitorino Campos
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Café no Bule
garante bons negócios Lojistas e fabricantes saem satisfeitos com resultado da feira realizada no Serra Park, em Gramado.
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Café no Bule Primavera-Verão 2014/15, realizada entre os dias 13 e 15 de maio, movimentou negócios equivalentes a 25% dos estoques do varejo para a estação, segundo os organizadores do evento. Originalmente concebida para ser realizada em junho, teve a data antecipada por conta da Copa do Mundo. No entanto, a alteração afetou pouco os negócios, pois os lojistas entenderam o quanto este é um ano atípico. “Fomos forçados a realizar a feira nesta data, mas já sabíamos disso há um ano e vínhamos conversando com fabricantes e lojistas sobre essa antecipação, porque vamos conseguir trabalhar alguma coisa depois da Copa, mas logo em seguida vem a campanha eleitoral. Era a última chance de eles negociarem tranquilamente e, por isso, compareceram ao evento e mostraram seu potencial de compras”, ressalta Claudio Goerl, diretor da Cia das Feiras, empresa promotora da Café no Bule.
Claudio Goerl, diretor da Cia das Feiras, realizadora da Café no Bule. (Foto: Arquivo RT).
Ele conta, também, que alguns fabricantes não tinham mostruário pronto de verão. No entanto, foram incentivados a trabalhar com pronta entrega de inverno e conseguiram realizar negócios, também. Há, ainda, uma projeção de complementos de compras após o recebimento dos primeiros pedidos. A Café no Bule vence novos desafios. “Além da antecipação da data, tem a questão de um nome novo, em fase de consolidação. E eu acho que fixou”, comemora Claudio. Para as próximas edições, a ideia é ampliar o número de expositores, aumentando a gama de produtos oferecidos. Mas, já nesta, muitos fabricantes apresentaram novidades e realizaram negócios.
Expositores A marca de camisaria T.A.T.U., por exemplo, veio especialmente da Turquia para conhecer um pouco do mercado
Zeynel Abidin Yilmar no estande da T.A.T.U.: da Turquia para o Brasil. (Foto: Arquivo RT).
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Feiras & Eventos brasileiro. A um custo inicial de 20 dólares, a camisa chegaria por aqui em cerca de 55 dólares, em preço de atacado. “É complicado exportar para o Brasil, há muita burocracia e taxas caras, temos que falar com as pessoas certas”, comenta Zeynel Abidin Yilmaz, proprietário da marca. “Pensamos em abrir nossa própria empresa no Brasil. Estamos pesquisando, comparando”, revela. A T.A.T.U. conta com quatro lojas de atacado na Turquia, uma na Romênia, duas na Grécia, três na Polônia, duas em Barcelona, duas em Moscou e duas no Irã. A Consciência nasceu em 2011, no mesmo grupo da Jinurs, que existe desde 2004, empresa familiar do Brás, São Paulo, focada no jeanswear. A marca surgiu junto com a ideia de lançar uma linha ecológica, enquanto a Jinurs trabalha com um produto mais popular. A peça ecológica tem tecido feito em fibra natural de Liocel Lenzing, é lavada a seco, com zero água, costurada com algodão orgânico e todo seu aviamento é de madrepérola, coco, madeira, matérias-primas naturais. Hoje, a marca tem a linha Consciência ECO e uma outra linha de jeans. Como lançamento da estação, a coleção Brasil, na qual cada peça é trabalhada de acordo com as características de um estado brasileiro. Apesar de não ser totalmente ecológica, a linha conta com uso controlado de recursos. Outra inovação em que eles apostaram foram peças com o Beauty Denim, da Canatiba, que conta com o fio Emana®, da Rhodia. A Kissmiss aposta em uma coleção diferenciada, “linda, mas comercial. Estilo custa e o Brasil não entende”, define Itamar Gomide, proprietário da grife. Suas peças são fabricadas na China, em um processo que, entre produção e liberação leva em torno de 120 dias, motivo pelo qual a empresa trabalha com um ano de antecedência. No momento, a responsável pelo desenvolvimento de produtos, Adriana Farias, já planeja a coleção de verão 2016. Com uma história de Private Label, a Kissmiss resolveu investir em multimarcas para ampliar as frentes de negócios. A marca mineira Kissaman tem 28 anos de mercado. Com fabricação 100% própria, valoriza a parte artesanal do processo de produção, inclusive as bordadeiras. A última coleção, trabalhada em geral em tecido plano, foi inspirada no tema “Ano sabático”, com roupas leves e confortáveis, em estampas suaves, com transparências, tye dye, folhagem, tudo o que lembra um lugar tropical, a beira-mar. A empresa trabalha com estamparia digital e convencional, terceirizadas, além de trabalhar internamente com sublimação localizada. As bases de tecido são variadas, em chiffon, cetim, crepe e viscose, além de malha neoprene. Para combater a concorrência com os importados, a Kissaman aposta em produtos de qualidade e diferentes. “É difícil cliente nosso que não venda também produtos importados, então demos um passo a frente, entendemos o que o importado faz e não fazemos mais, trabalhamos com outros estilos, tentando nos diferenciar”, comenta Matheus Ramalho, responsável pela marca. Já em relação aos tecidos, boa
Calça com Beauty Denim: aposta tecnológica da Consciência. (Foto: Arquivo RT).
parte tem que ser importada. Como são duas linhas, uma, a Mel Ramalho, é mais elaborada, permite um preço mais alto e aceita os custos do tecido nacional. “Agora na linha Kissaman que é mais popular, preciso do tecido importado, porque o nacional não dá preço”, completa. Localizada em São Paulo, a marca Erva Café faz parte de um grupo familiar que está no mercado desde 1993, com a terceira geração atuando no negócio. O grupo atua com três linhas de trabalho. A pequena, que vai do P ao GG, é a Erva Café; a intermediária, que é a Erva Café Premium, e a Erva Plus Size, uma linha incrementada, para as gordinhas que saem do básico. As três marcas seguem o mesmo estilo, com bastante estampa, recortes, pedrarias, brilhos e detalhes. Nas bases, tecido plano, chiffon, viscolycra, viscoflex. Há um pouco de malharia, também, bem como couros e rendas, criando um mix de texturas. As matérias-primas podem ser nacionais ou importadas, não só pelo preço, mas também pela dificuldade de achar alguns tecidos no País. Mesmo o que a marca traz da China, a qualidade é boa, garante uma das proprietárias, Gabriela Fernandes. A Aishty existe há 14 anos, com um showroom e um depósito. Tudo o que a marca comercializa é importado. Quando começou, fabricava no Brasil, mas foi obrigada a pa-
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Feiras & Eventos rar e levar seus projetos para facções na China, Índia, Paquistão, Bangladesh. “Aos poucos, paramos o nacional. Não tem vantagem fabricar aqui. O terceirizador não paga as costureiras, que trabalham como escravas, e nós acabamos respondendo”, comenta Charles Nahra. A fabricação da coleção não acontece totalmente à distância. A empresa conta com uma equipe na China e os dois irmãos proprietários se revezam no País, acompanhando todo o processo de produção. “Eles são muito profissionais. A coleção é exclusiva e as fábricas com as quais trabalhamos já mandam ideias e trabalhamos em conjunto. A matéria-prima é lançada com muita antecedência e eles adaptam tudo”, elogia Charles. Para cada tipo de produto, a Aysht tem um fornecedor e a produção é atemporal, não há mais coleção. Nas peças, há muita variedade, inclusive lingerie, camisaria e alfaiataria. Outra empresa que migrou sua produção para a Ásia foi a Crocker. A confecção paulista nasceu no Brás, há 20 anos. Atualmente, conta com duas lojas de pronta entrega. Seus produtos, que vão do básico ao jeans, incluindo malharia, são fabricados 50% no Brasil e 50% fora. “Esta decisão foi tomada, devido à dificuldade de produzir aqui”, comenta Alan Bukatti, responsável pela marca. A Pacific Blue opta por oferecer um produto classe A, com preço acessível para a classe C. A ideia é trabalhar em cima de volume, vender mais para ganhar. “O segredo do sucesso é muito trabalho, no mundo de moda se você não correr te ultrapassam rápido”, afirma Fouad Rhein. No processo de produção, a empresa conta com cool hunters que adaptam o que pesquisam pelo mundo ao gosto das brasileiras. A produção, também por uma questão de mão de obra, está se deslocando para China, Índia, Indonésia e Bangladesh, com cerca de 70% da coleção feita fora do País. O design, no entanto, é todo brasileiro. “Infelizmente queríamos produzir tudo no Brasil, mas de uns tempos pra cá a dificuldade de encontrar mão de obra está muito grande, porque as nossas meninas não querem mais ser costureiras, elas sonham com algo a mais. Tenho 400 máquinas paradas”, justifica Fouad. Para ele, a parte dos tributos interfere tanto na produção quanto na importação. “Nosso produto está se tornando tão caro que fica inviável exportar, há mais de uma década, e nós exportávamos para os EUA, a Europa e até África, muito mais do que importávamos”, lamenta. A Mooncity trabalha com moda masculina, feminina e outros produtos. A empresa começou no setor de calçados e hoje, tem matriz na China, País de origem do proprietário e de todas as peças comercializadas. Ao longo do ano, são lançadas duas coleções específicas, mas devido à dificuldade do timing provocada pela importação, há mais coleções com produtos atemporais.
multimarcas da Região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, gostaram muito do espaço do evento, confortável e com muitas acomodações. “Podemos abrir novos fornecedores. Eu acredito que tem espaço para a feira expandir. Em um espaço curto de tempo ela vai expandir e virar referência nacional, porque a feira é bem organizada, trouxe um mix em termos de vestuário, então é promissora”, opina Luciana.
Calendário Para a próxima feira, Café no Bule Fashion Tricot Inverno 2015, que será realizada de 21 a 23 de outubro, o pavilhão estará todo climatizado, de modo que agora pode oferecer melhor infraestrutura para expositores e visitantes. “Todo mundo está interessado neste evento. Em geral, o fabricante de tricô tem seu mostruário pronto no final de setembro, não faz sentido esperar até janeiro para expor. Durante esse período, o fabricante continua produzindo sem ter certeza da aceitação do seu produto. Com a feira em outubro, além de vender antecipadamente 20 a 30% da coleção, vão poder mostrar o produto e ter um retorno do mercado”. Dirigida especialmente para produtores de tricô, a feira pretende atrair expositores dos principais polos do país, como Caxias do Sul, Monte Sião e Jacutinga, entre outros. Em 2015, serão realizadas três feiras. A Café no Bule Outono/Inverno 2015, que ocorrerá entre os dias 20 e 22 de janeiro de 2015, a Café no Bule Primavera-Verão 2015/16, que já tem data definida para 9 a 11 de junho, e a próxima edição da Café no Bule Fashion Tricot Inverno 2016, todas no Serra Park, em Gramado. A promessa é de garantir um tratamento diferenciado, especial para o lojista, que deve encontrar um novo layout, novas marcas e novos produtos. Há ainda o projeto para uma feira exclusiva para o denim, mas que ainda está sendo estruturado. RT
Comprador E não foram só os expositores que se mostraram satisfeitos. Luciana Abud e Farah Salim, da Casa Salim, loja
Moda brasileira fabricada na China com exclusividade para a AISHTY (Foto: Arquivo RT).
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Feiras & Eventos
Audaces A Audaces, empresa 100% brasileira especializada na produção de tecnologias para o segmento de confecções, participou da 19ª Emitex (Salón Internacional de Provedores para La Industria de La Confeción), realizada entre os dias 7 e 9 de maio, em Buenos Aires. Presente em mais de 70 países, a Audaces tem a Argentina como uma de suas prioridades no exterior, mantendo, inclusive, uma de suas unidades internacionais no país. Na Emitex, a empresa mostrou suas soluções para o mercado de confecção local em estande de 80 m². Entre os destaques, está o Audaces Idea, primeiro software de criação desenvolvido especificamente para o segmento de confecção, o Audaces Vestuário, software para a automação no desenvolvimento de modelagens, a Audaces Neocut, máquina de corte automática de alta precisão e o plotter Jet Lux. Com tecnologia a jato de tinta, o equipamento realiza a impressão de riscos com alta qualidade e precisão numa velocidade surpreendente, o que garante maior produtividade.
SALÃO+B
TECHTEXTIL
A Associação Brasileira de Estilistas, Abest, realizou, entre os dias 27 e 29 de maio, a 4ª edição do Salão+B, feira de negócios que reuniu 45 grifes associadas. O evento foi marcado por importantes acontecimentos. Na abertura, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin assinou um Termo de Cooperação entre a Agência de Fomento Paulista e a Abest. Pelo termo, a Associação poderá oferecer aos seus associados as linhas de crédito da instituição financeira, com juros baixos, longos prazos e opções de garantias para o negócio. Durante a Conferência Abest de Conteúdo Criativo, o presidente da instituição, Roberto Davidowicz, anunciou a criação de seu núcleo de moda sustentável. A Conferência reuniu importantes nomes da moda para debaterem temas atuais do setor, como sustentabilidade e inovações que o e-commerce trouxe para a indústria da moda. O tema Sustentabilidade na Moda, com mediação de Daniela Falcão, diretora de redação da revista Vogue, recebeu a coordenadora geral da ONG Casa Geração Vidigal, Nadine Gonzalez; a presidente do Instituto-E, Nina Almeida Braga; Raquel Guimarães, da Doisélles (marca associada à ABEST), que apresenteu o seu trabalho em tricô, o Projeto Flor de Lótus, desenvolvido junto aos detentos do presídio de segurança máxima de Juiz de Fora; e Andrea Fasanello da ModaFusion, ONG que trabalha com capacitação de mulheres e valorização da cultura na moda. Outra atração do evento foi a mostra “ABEST Amor Brasil”, que reuniu criações de 19 designers, com peças icônicas que recriam o DNA brasileiro. Cada estilista trouxe, especialmente para a exposição, com tecidos cedidos pela Focus Têxtil, bolsas, calçados, vestidos, camisetas e acessórios, com releituras da identidade nacional.
A 11ª edição da Techtextil Norh America e a 2ª Texprocess Americas aconteceram entre os dias 13 e 15 de maio, no Georgia World Congress Center in Atlanta, Georgia, EUA. O evento foi realizado simultaneamente com a JEC AMericas, o que resultou no maior evento de têxteis técnicos, nãotecidos, maquinário têxtil, compósitos, produtos de costura e equipamentos dos Estados Unidos. As feiras uniram 363 expositores da Techtextil, 164 da Texprocess e 232 da JEC, totalizando 759 expositores de 29 países, que atraíram 9.039 visitantes. Havia pavilhões da Itália, Portugal, Bélgica, China, Alemanha, EUA e França. O evento teve um aumento de 45,8%, em relação a 2012. “Foi extremamente encorajador ver essa energia do público”, disse Dennis Smith, presidente da Messe Frankfurt North America. “Como a indústria de produtos de costura dos EUA está cada vez melhor e a indústria de tecidos técnicos continua a prosperar, temos orgulho de contribuir com esta plataforma de negócios”, continua. Em paralelo com a exposição, um simpósio foi desenvolvido por especialistas da indústria, com 21 sessões de mais de 70 apresentações, em uma variedade de formatos e assuntos, como nanotecnologia, pesquisa de proteção e militar, têxteis médicos e de alta performance, automação e máquinas inteligentes. Os mais de 2.000 participantes puderam interagir com os palestrantes, fornecendo um diálogo aberto de intercâmbio de conhecimento. A 12ª edição da Techtextil América do Norte, o único evento das Américas dedicado a tecidos técnicos e nãotecidos, será realizada novamente com a JEC Américas, entre os dias 2 a 4 de junho de 2015, no George R. Brown Convention Center in Houston, Texas. E a Messe Frankfurt também anunciou as datas para os três eventos juntos novamente para 3 a 5 de maio de 2016, no Georgia World Congress Center in Atlanta, Georgia.
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LECTRA A Lectra, empresa francesa especializada em soluções tecnológicas, apresentou, no dia 06 de maio, na sede da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção - Abit, a palestra “Uma nova era para o desenvolvimento de produto”. Apresentada pela Gerente de Marketing Lectra América do Sul, Daniella Ambrogi, a palestra mostrou como a tecnologia pode ajudar as confecções a integrar a criação ao processo de produção, promover a colaboração entre equipes e reduzir o tempo de entrega ao mercado, além de facilitar a gestão de mudanças. “O Brasil produz pouco, porque investe pouco. Queremos que a indústria da moda saiba o que fazer para não fazer parte desta estatística de baixa produtividade”, comentou Daniella. Segundo ela, com o uso da tecnologia é possível eliminar atrasos, reduzir o retrabalho, economizar matéria-prima, além de outras vantagens. Ao longo da palestra, ela foi apresentando as soluções da Lectra, que tem a tecnologia no centro de sua oferta. O Modaris, software de criação, é um exemplo disso. Seu uso garante produção mais rápida e, um dos passos mais importantes, a comunicação entre o designer, a modelista, máquina de corte, enfim, processos de produção, reduzindo o retrabalho, erros de cor e outros. Se for usada a sua versão 3D, então, o software minimiza a necessidade de peças piloto, pois o designer consegue ver em um manequim virtual o caimento de cada peça de acordo com o modelo e o tecido.
Foto: Divulgação Lectra
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Feiras & Eventos
Seminário na França
CASA DE CRIADORES
A Lectra investiu em mais uma ação para valorizar seus clientes brasileiros: alguns de seus principais clientes da indústria de moda foram convidados para uma visita à sede em Bordeaux, na França. A empresa francesa, aproveita a ocasião para que o grupo, formado por estilistas, modelistas e gestores, possa conhecer melhor os produtos e serviços oferecidos. Entre os dias 2 e 4 de junho, os visitantes participaram do Seminário Lectra Moda & Confecção, no Centro de Tecnologia Internacional Lectra (IATC). Na programação, especialistas da Lectra falaram sobre o futuro do desenvolvimento do produto e sobre a revolução do 3D na moda, além de demonstrarem o Modaris, uma solução de modelagem avançada para criação, gradação e prototipagem virtual 3D que a Lectra oferece em todo o mundo. “O Modaris é uma solução que está inserida em uma abordagem Design to Cost, uma metodologia de produção baseada na integração de todo o processo de desenvolvimento de produto. Desta forma, todos os departamentos envolvidos neste processo (criação, modelagem, encaixe e corte) recebem conjuntamente as informações sobre alterações realizadas na fase de modelagem. Isso contribui para que a indústria aumente a produtividade e rapidez no desenvolvimento de produtos, melhore os custos e aumente a qualidade do produto final”, explica Adriana Papavero, Diretora Lectra América do Sul. A programação do Seminário incluiu mesa redonda mediada por Leonie Barrie, da JustStyle, sobre “Uma nova era no desenvolvimento de produtos”, com a participação de empresas que já usam a tecnologia 3D. Para encerrar o evento, os clientes Lectra América do Sul foram levados para uma visita à região vinícola de Saint-Emilion. A Lectra realiza edições periódicas para seus clientes em todo o mundo.
Mais uma vez, o centro de São Paulo serviu de palco para a 35ª Casa de Criadores, realizada entre os dias 4 e 6 de junho, na Galeria Prestes Maia. Com o desfile de 23 estilistas e marcas que apresentaram suas coleções para o verão 2015, contribuiu mais uma vez com a revitalização do centro da capital paulista, evidenciado desde as primeiras edições do evento, que já foi realizado em espaços como o Viaduto do Chá, o Vale do Anhangabaú e o shopping Light. “A Casa de Criadores tem como uma de suas missões resgatar ícones arquitetônicos da cidade. Para isso, procuramos sempre utilizar locações de grande valor urbanístico e que, de quebra, são espaços lindos que adquirem novo significado de uso ao abrigar nossos desfiles”, afirma André Hidalgo, criador e realizador da Casa. A parceria com o Senac voltou: estudantes de Design de Moda da instituição desfilaram criações no dia 6, ao mesmo tempo em que os alunos do curso de Modelem ganharam uma exposição no lounge do evento.
BREAD AND BUTTER A próxima edição da Bread and Butter acontece de 8 a 10 de julho. Considerada a maior feira internacional especializada em jeans e urbanwear, nasceu como um conceito em Colônia, deu seus primeiros passos em Berlim, alcançou dimensão Internacional em Barcelona, e agora está de volta a Berlim. O evento reúne empresas, marcas e estilistas do setor de Denim, Sportswear, Street Fashion, Function Wear e Casual Dressed Up, e ainda os distribuidores da etapa prévia da indústria têxtil.
CONTEXMOD A segunda edição do Contexmod aconteceu entre os dias 20 a 22 de maio, em São Paulo. Entre as dezenas de trabalhos apresentados, quatro vieram de estudantes e professores do Centro Universitário da FEI. Um deles aborda os efeitos da resina melamínica e do amaciante de silicone na resistência de tecidos de poliéster à lavagem, atrito e calor dos tingimentos. O segundo apresentou uma visão multidisciplinar sobre o novo sensor têxtil de toque para aplicação em vestuário, em parceria com o Departamento de Engenharia Elétrica. O terceiro tratou da influência da fibra de carbono em nãotecidos de isolamento, aplicados no interior de veículos automotivos. Também foi apresentado um projeto sobre raios infravermelhos em tecidos com tratamento biocerâmico, desenvolvido em parceria com o Departamento de Física da FEI. O Conxtexmod tem por objetivo divulgar trabalhos de professores, pesquisadores e estudantes, além de fomentar a discussão sobre gestão, tecnologia e moda. O Congresso é uma realização da ABTT, em parceria com o Centro Universitário da FEI, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI e Escola de Artes Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo USP – EACH.
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Feiras & Eventos
INSPIRAMAIS
CANCELAMENTO
O Inspiramais, Salão de Design e Inovação de Materiais, chega a mais uma edição nos dias 16 e 17 de julho, no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca, em São Paulo. O evento já faz parte do calendário da moda nacional e traz o lançamento oficial dos fabricantes de componentes para o Inverno 2015. Fazem parte do Inspiramais vários projetos, como o Fórum de Inspirações, que traz amostras das empresas participantes, organizadas de acordo com um tema que é previamente trabalhado com elas, que recebem orientação para a criação e desenvolvimento de materiais inovadores em design e tecnologia. O Projeto Comprador é Promovido pela Assintecal, com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), e conta com rodadas de negócios entre compradores internacionais e fornecedores de componentes brasileiros. O Mix By Brasil incentiva o uso de técnicas que unem artesanato e design como forma de diminuir o impacto ambiental e social, o Preview do Couro trará amostras de peles de todos os curtumes participantes do Fórum de Inspirações, o Inovamais, com seminários e oficinas, além de outros.
A direção da New Stage eventos, realizadora do Salão Moda Brasil, importante evento de moda íntima, praia, fitness, têxtil e aviamentos, anunciou o cancelamento da edição 2014 do evento, devido à insegurança dos empresários do setor, pela realização da Copa do Mundo de futebol no mesmo período. A edição de 2015 está prevista para ser realizada no mês de junho.
NR12 NA FEBRATEX 2014
TÊXTIL HOUSE FAIR
Representantes governamentais e do setor têxtil e de máquinas do Brasil participarão de um debate sobre a Norma Regulamentadora 12, a NR12, que será realizado durante a 14ª edição da Febratex – Feira Brasileira para a Indústria Têxtil. O “Debate e Informações NR12”, que faz parte do “Fórum Febratex de Informação”, será realizado no dia 13 de agosto e contará com a participação de representantes do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, da Abramaco – Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos para Confecção, da Abimaq– Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos e da ABTT – Associação Brasileira de Técnicos Têxteis. A NR 12 define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A Revista Têxtil adiantou o assunto na edição passada, em uma entrevista imperdível. Solicite a sua!
De 16 a 19 de agosto de 2014, das 9 às 19h, a Grafite Feiras e Promoções promove a 6ª Têxtil House Fair Primavera/Verão, feira profissional de negócios de têxteis para o lar, que acontecerá no Anhembi – Pavilhão Oeste. O evento reúne toda a cadeia produtiva do segmento do Brasil e de países da América Latina, Europa, Ásia e África. Entre os mais de 150 expositores, estarão presentes fabricantes, importadores e distribuidores de produtos e serviços de Cama, Mesa, Banho; Colchões e Travesseiros; Cortinas e Acessórios; Tapetes e Carpetes; Tecidos e Revestimentos para Decoração e Aromatizantes. Em 2013, a feira recebeu mais de 12 mil visitantes, e para esta edição a expectativa é de superar este número.
FENIM FASHION SP A 2ª edição da FENIM fashion São Paulo acontece no Pavilhão Verde Expo Center Norte, entre os dias 14 e 16 de junho. Com realização da Fenim Feiras, o evento trará os lançamentos das confecções para a Primavera/ Verão 2014/ 2015. Para a edição, expositores detentores de mais de mil marcas têm presença garantida, segundo os organizadores, e irão exibir peças de moda social, esportiva, casual, jeanswear, surfwear e acessórios em geral, em moda masculina, feminina e infanto-juvenil.
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Foto: Divulgação CPM
Feiras & Eventos
PREMIÈRE VISION O Première Vision São Paulo anunciou seu novo conceito gráfico. A imagem criada mostra uma modelo quase em um passo de dança, interagindo com a leveza de um tecido em movimento com a legenda “Let the celebration continue” ou “Que a celebração continue”. Energia, elegância e intensidade são as palavras-chave que definem a atmosfera de comemoração pela 10ª edição do Première Vision São Paulo, em seu 5º ano de existência. O evento acontecerá nos dias nos dias 4 e 5 de novembro, no Expo Center Norte, em São Paulo, marcando o novo calendário adotado pela organização, mais adequado ao calendário atual de compras e lançamentos da moda local.
CPM O pavilhão CPM Styles será maior na próxima edição do Collection Première Moscow, e já conta com novos nomes de expositores. Lançado na última edição do evento, o pavilhão já gerou resposta positiva e continuará no Hall 8.3. Expositores internacionais estarão presentes no evento, que acontecerá entre os dias 3 e 6 de setembro. Entre os expositores, estão nomes como Imago By Georgette, Ana Popova, Nikolay Krasnikov, Neveen e Cellina Quenty. Também contribuindo para o talento especial do pavilhão está o mundo dos acessórios. Os designers do programa patrocinado Designerpool também têm seu lugar no CPM Styles. Como parte do programa de jovens talentos, estão Nastasia Kirichenko, Djamal Makhmudov, Yanina Vekhteva, Kalle Assamae e Alexander Arngoldt. Mais do que isso, no próximo evento a Igedo Company (organizadora) entrará em uma parceria com a agência russa R.E.D., que não apenas apoia na prospecção de novas marcas, mas também ajuda expositores do CPM Styles a encontrarem varejistas, importadores e agentes. Além disso, todos os dias, às três da tarde, o Hall 8.3 será palco de uma apresentação. Em seguida, um happy hour no Styles bar patrocinado pelo jornal russo PROfashion. A próxima CPM acontecerá no Centro de Exposições de Moscou.
GO TEX SHOW 2014 A GO TEX SHOW - Feira Internacional de Produtos Têxteis 2014 foi oficialmente lançada no dia 21 de maio, em um café da manhã para expositores, empresários, parceiros e imprensa, em São Paulo. A segunda edição do evento será realizada entre os dias 27 e 29 de outubro, no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte e já conta com mais de 200 expositores confirmados, oriundos da China, Índia, Bangladesh, Itália e Paquistão. A organização do evento aproveitou a ocasião para anunciar algumas novidades. A primeira é que, com a mudança de local, o espaço útil da feira cresceu em 36% e a expectativa é que seis mil visitantes conheçam os produtos têxteis de 400 expositores, de ponta a ponta da cadeia. Para atrair expositores nacionais, a organização ofereceu para eles condições especiais. “Estamos trabalhando para que as empresas brasileiras percebam a importância de participar de uma feira global, estabelecendo a troca de experiência entre empresas vindas de diversos países, como acontece nas principais feiras internacionais do setor”, afirmou Pan Faming, diretor do Grupo China Trade Center e diretor executivo do Comitê Organizador da GO TEX. Outra novidade desta edição é que o evento vai receber o concurso “Novos Designers Brasil”, em que estudantes de moda de universidades de São Paulo irão apresentar uma coleção de quatro looks confeccionados com matéria-prima dos expositores. A ideia é unir o design brasileiro com os materiais internacionais. O Comitê Organizador do evento é composto pelo CCCT – China Chamber of Commerce for Import & Export of Textile and Apparel, CCPIT TEX – The Sub-council of Textile Industry, China Council for The Promotion of International Trade, Grupo China Trade Center e FCEM - Feiras, Congressos e Empreendimentos.
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Feiras & Eventos
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ITMA E EDANA ASSINAM ACORDO A Associação Internacional para Nãotecidos e Indústrias Relacionadas (EDANA) e a MP Expositions, organizadora da ITMA 2015, assinaram um memorando de entendimento em relação ao apoio na organização de uma conferência sobre nãotecidos durante a ITMA 2015. “Por mais de 40 anos, a EDANA serviu às suas empresas associadas com um número de programas e eventos desenvolvidos para unir a indústria. Dividimos um objetivo comum de ajudar o têxtil e, no nosso caso, a indústria de nãotecidos, para que alcancem uma maior audiência por meio de grandes inovações e educação”, declarou Pierre Wiertz, gerente geral da EDANA. “A ITMA é a maior exposição de tecnologias têxteis e do vestuário e apresenta toda a cadeia de valores. Desde a introdução do setor de fios e fibras na ITMA 2011, há uma crescente ênfase nas soluções para nãotecidos e tecidos técnicos. Os visitantes podem testemunhar a interação dos materiais e químicos com máquinas durante demonstrações ao vivo. A cooperação com a EDANA é benéfica para a indústria”, completou Eileen Ng, diretora executiva da MP Expositions. Entre os esforços conjuntos propostos pelo acordo, assinado em Genebra, no dia 10 de abril, durante a Index 2014, está a colaboração em uma conferência de nãotecidos que será realizada na ITMA 2015, em Milão. “Como proprietários da ITMA, nós damos às boas vindas à EDANA, como coorganizadora da conferência de nãotecidos. Muitos dos nossos associados que produzem máquinas e soluções para nãotecidos esperarão ansiosos por esta iniciativa”, disse Charles Beauduin, presidente da CEMATEX, elogiando a parceria. Detalhes da conferência serão divulgados em breve. A ITMA 2015 será realizada entre os dias 12 a 19 de novembro.
ITM 2016 TEM AS DATAS MARCADAS Os organizadores da ITM Texpo Eurasia International Texile Machines Exhibition, maior feira de máquinas têxteis da Turquia e região, TEMSAD, Teknik Fuarcilik e Tuyap, divulgaram a data da próxima edição do evento, que ficou marcada para os dias 1 a 4 de setemebro de 2016, novamente no Centro de Exposições Istanbul Beylikdüzü Tüyap. Aos interessados, a pré-reserva de espaços começou no dia 05 de maio. Altamente aguardada por profissionais de toda a cadeia têxtil, a ITM Texpo Eurásia é considerada uma das exposições líderes do setor, com lugar garantido no calendário de exposições têxteis do mundo. Reunindo centenas de líderes em diversos segmentos, o evento apresenta as últimas tecnologias em máquinas e acessórios em uma das regiões mais importantes do mundo. Com recordes de visitantes e participantes a cada ano que é organizada, a ITM Texpo Eurásia abrirá suas portas no dia primeiro de setembro com a presença de autoridades governamentais e do setor. O coração do setor têxtil baterá novamente na Turquia e a ITM será palco para os shows dos líderes têxteis, exatamente como no ano passado. Além disso, o País ficará em evidência novamente em todo o mundo, devido a este importante evento. As pré-inscrições para reservar espaços na ITM Texpo Eurásia começaram no dia 05 de maio, no site www. item2016.com.tr. É necessário preencher um formulário e submete-lo o mais rápido possível, pois há vantagens para quem se inscreve cedo, como preços reduzidos. No evento, os visitantes encontrarão as seguintes tecnologias: Máquinas de preparo para algodão e fibras; Máquinas e acessórios para preparo do fio; Rebobinadeiras de fios; Tecnologias para nãotecidos; Tecnologias de preparo para a tecelagem; Teares; Máquinas para carpetes e tafting; Máquinas de malharia plana e circular; Máquinas de tingimento, estamparia digital e convencional, acabamento; Químicos têxteis; Dispositivos para laboratórios e sistemas de controle de qualidade; Sistemas de aplicação e automação – CAD – CAM – CIM; Peças e acessórios para máquinas.
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