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NORFIL SE BENEFICIA DE UMA PRODUÇÃO FLEXÍVEL 50 A RELAÇÃO DA MODA E OLIMPÍADAS

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ITMA + CITME 2020

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NORFIL SE BENEFICIA DE UMA PRODUÇÃO FLEXÍVEL

COM A PENTEADEIRA E 90

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Amais recente penteadeira E 90 da Rieter alcança o mais alto nível de produtividade disponível no mercado. Junto com a elevada utilização da matéria-prima e o consumo de energia econômico, obtêm-se os menores custos de produção por quilo de fita penteada. Além dessas capacidades da E 90, a Norfil, cliente da Rieter, ficou particularmente impressionada com o monitoramento contínuo da qualidade da fita. Isso faz com que as surpresas desagradáveis no fio fiquem no passado.

A penteadeira E 90 produz até 100 quilos de fita penteada por hora. A alta velocidade de penteação de 600 pontos finos por minuto e o comportamento estável e sem perturbações da máquina permitem esse padrão de produtividade extremamente alto (Fig. 1). Além disso, a E 90 oferece todos os níveis de qualidade com elevada consistência: de fios com baixa extração de resíduos de fibras curtas a fios finos em sua própria categoria.

FLEXIBILIDADE ELEVADA E QUALIDADE CONSISTENTE

Essa flexibilidade também foi um aspecto importante para que a Norfil S.A., com sede no Brasil, investisse na E 90. A Norfil é uma empresa familiar no estado da Paraíba, fundada em 1989. Graças a investimentos contínuos em tecnologia e automação, a empresa tem produzido 2.400 toneladas de fio por mês. Utilizando matéria-prima de sua própria plantação de algodão, a Norfil fabrica fios de alta qualidade para a indústria de vestuário, tendo como principal produto o algodão penteado. A empresa estava procurando uma penteadeira que pudesse não apenas oferecer uma qualidade consistentemente alta, mas que também conseguisse produzir diferentes níveis de qualidade com alta consistência. A nova penteadeira E 90 atende a essas expectativas. A unidade de operação é muito fácil de usar, o que permite à Norfil alterar de maneira flexível os requisitos de qualidade. Os novos componentes de tecnologia desenvolvidos para a E 90 diminuem significativamente a extração de resíduos de fibras curtas e levam a uma melhor utilização da matéria-prima.

A penteadeira E 90 alcança o mais alto nível de produtividade disponível no mercado

INFORMAÇÕES EM TEMPO REAL SOBRE A QUALIDADE DA FITA

Toda a produção da Norfil ocorre com total controle da qualidade da fita graças ao Rieter Quality Monitor (RQM). Essa comprovada tecnologia dos passadores da Rieter agora está totalmente integrada à E 90. Um sensor monitora continuamente a qualidade da fita produzida pela penteadeira e fornece de maneira constante informações exatas e confiáveis sobre o nível de qualidade atual. Isso permite a detecção antecipada de desvios no peso da fita e na uniformidade da fita. Como resultado, as surpresas desagradáveis no fio devido a configurações alteradas na penteadeira são coisa do passado na Norfil. Seu proprietário, Fabio Borger (Fig. 2), afirma: “A nova penteadeira E 90 retira muitas coisas de nossas mãos, de modo que podemos nos concentrar em nossas prioridades. Isto deve-se principalmente ao Rieter Quality Monitor (RQM). Ele é fácil de ajustar e podemos confiar nas configurações. A penteadeira entrega a qualidade prometida de uma forma muito consistente e com uma alta taxa de produtividade.”

ALTERAÇÃO RÁPIDA NO NÍVEL DE RESÍDUOS DE FIBRAS CURTAS

Outra exigência da Norfil para a nova penteadeira era a capacidade de alterar rapidamente o nível de resíduos de fibras curtas. Usando a E 90, eles podem alterar rapidamente de 24% para 14% – isso amplia a faixa de trabalho e economiza matéria-prima. Agora, a empresa pode produzir fita com um baixo nível de resíduos de fibras curtas de 14%, com consistência máxima para Ne 30 a uma taxa de 550 pontos finos/minuto, com espaço suficiente para acelerar facilmente para 600 pontos finos/minuto, se necessário (Fig. 3). Graças à enorme economia nos resíduos de fibras curtas trazida pela E 90, a Norfil também conseguiu cortar custos, mantendo a qualidade.

A Rieter desenvolveu novos componentes tecnológicos para a E 90 que aumentam significativamente a gama de aplicações do pente fixo e do pente circular. Com este novo desenvolvimento, é possível reduzir a quantidade de extração de resíduos de fibras curtas em 3%, sem a necessidade de alterar as configurações do pente fixo e do pente circular. Como resultado, melhora-se significativamente a utilização de matérias-primas com a baixa extração de resíduos de fibras curtas. A produção máxima permanece consistente mesmo durante a produção de fios de alta qualidade.

A Norfil ficou muito satisfeita com o apoio contínuo que recebeu dos técnicos da Rieter ao longo de todo o projeto de instalação da E 90. Em cooperação com os tecnólogos da Rieter, a Norfil conseguiu implementar novas ideias, resultando em um novo processo de penteação estruturado para suas necessidades específicas. A E 90 é a melhor solução para a Norfil, que já encomendou o próximo lote de penteadeiras.

RT

Fabio Borger, proprietário da Norfil, agradece as informações confiáveis e em tempo real fornecidas pelo Rieter Quality Monitor

A penteadeira E 90 oferece valores CV consistentes em um nível de resíduos de fibras curtas mais baixo em comparação com a E 62 e a E 66

A RELAÇÃO DA MODA E OLIMPÍADAS:

UMA CONVERSA DE SÉCULOS!

Uniforme olímpico da delegação do Canadá que traz o streetwear composta por jaqueta jeans repleta de grafittis, customizações e outros detalhes que homenageiam seu país e a nação anfitriã. Um uniforme desenhado pela marca Hudson Bay em colaboração com a Levi’s

SUELI PEREIRA*

*Sueli Pereira tem mais de 20 anos de experiência no setor têxtil e formada em jornalismo, história da moda e gestão empresarial, e um estudiosa do comportamento humano. Enfim chegamos aos jogos olímpicos, um evento que já começa marcado por superação mental, física para organizadores e atletas que tiveram que adaptar as condições impostas pela pandemia. Esta provavelmente será a Olimpíada de mais histórias de superação do que de recordes e performance.

Fato ou lenda, o curioso é que a primeira disputa olímpica, do que hoje seria próximo ao atletismo, foi vencida por Corobeu, cidadão de Olímpia, que correu despido por crer que assim teria melhor desempenho. O desafio da performance com menor ou melhor impacto por meio da roupa nasceu com a própria competição e este desafio vem sendo o propulsor de inovação tecnológica no vestuário atlético se expandindo para outros segmentos.

A moda absorve todos estes movimentos e transforma em estilo, é o caso da roupa para a prática do skate, antes um esporte marginalizado e agora oficialmente olímpico, com isso ela ganha maior evidência na moda por meio das marcas sportswear.

A demanda por peças confortáveis, levaram os skatistas a usar o moletom, logo no final da década de 70, quando Norma Kamali estilista nova-iorquina, começou a fazer roupas com o tecido, já usado desde a década de 30 para aquecer os trabalhadores de frigoríficos de Nova York, porém com modelagem e design mais atual para a época. O moletom que oferecia conforto, mas não resistência, passa a dar lugar as calças cargo e jeans pesados bem amplos, já que não existia jeans stretch e nada poderia impedir seus movimentos. Logo, foi redefinido a cara do esporte de rua. É obvio que isso foi absorvido pela moda que aos poucos passou a oferecer cada vez

mais atributos necessários de resistência, conforto térmico e flexibilidade à detalhes de costura, entre outros.

A construção dessa estética acontece nos espaços olímpicos e esportivos, mas também nas academias e ruas que revelam os atletas urbanos com seus corpos normais, seus sobrepesos, ou seus músculos conquistados com muita disciplina. O esporte tomou nossas vidas numa busca pelo equilíbrio, saúde e bem-estar; e a moda abraça seu papel nessa empreitada. Uma pesquisa realizada pela agência Grey mostrou quatro estilos predominantes de beleza, o esportivo está entre eles e representa para os adeptos o autocontrole, num mundo que pouco podemos controlar. O esporte é mais que uma onda, é um norteador permanente que tem a ver com estilo de vida e com valores comportamentais que evolui e avança para as principais marcas.

Cada vez mais nossas identidades são múltiplas, o belo é mais do que um estado físico -- descontruir o belo o corpo escultural que tanto perseguimos, é um desafio nada fácil, mas esta olimpíada promete ser palco desta nova inclusão de atletas como Ana Patrícia Ramos, jogadora de vôlei de praia, que sofria bullying quando criança pelo seu tamanho e na equipe era vista com limitação pelos seus 1m94cm de altura. Ana distingue-se da barriga tanquinho e do corpo de beleza simétrica impecável idealizada, mas despontou entre as atletas, sendo a primeira a garantir a vaga nas olimpíadas de Tóquio.

Por outro lado, a atleta amadora Ellen Valias (@ atleta_de_peso) luta para conscientizar a sociedade de que é possível ser gorda e praticar esportes. Ellen não se profissionalizou por não se “enquadrar” no padrão imposto. Hoje ela é patrocinada pela Adidas, uma marca esportiva que entendeu que o corpo gordo tem o direito de se movimentar e que como outras marcas vêm atendo estas demandas que, além de gerar bem-estar, geram grandes negócios e movimentam toda a cadeia.

A indústria têxtil também corre atrás da alta performance. Hoje vemos tecidos com quase 100% de power stretch, se adaptando aos mais diversos corpos e reproduzindo as roupas esportivas, seja com aspectos do moletom ou leggings, permitindo que a roupa caia como uma luva, inclusive nos tamanhos ofertados em PMG, como na moda esportiva.

Entre as mídias e atletas dando voz ao diverso, o movimento da positividade corporal vem crescendo e

atingindo o mainstream, marcas American Eagle, Nike e Torrid ofertando tamanhos estendidos. A rede americana Athleta, do grupo Gap treinará todos os funcionários de suas lojas com a certificação bodySTRONG® para ensinar linguagem corporal positiva além de um grande plano para clientes plus size, com oferta de tamanhos em todas as categorias até 2022, o que representará 70% da oferta da marca sem diferenciar as linhas convencionais de plus size.

Enquanto isso, os atletas americanos usarão Skims, a marca de shapewear lançado por Kim Kardashian em 2019, por baixo de sua Ralph Lauren e Nike. Com mensagem corporal e racialmente inclusiva, a marca está firmando sua reivindicação como a abordagem americana da próxima geração

E falando em skims, retomo à Corobeu, séculos se passaram e o seu desafio ainda está na pauta do têxtil, desenvolver tecidos que façam as pessoas sentirem-se tão leves e confortáveis como em suas próprias peles, independente da forma e contexto, numa espécie de simbiose.

A moda vai além da necessidade de vestir construindo entre performance e identidades, entre o corpo físico e emocional, sendo grande condutora da transformação e acolhimento do diverso. E você ainda acha que a moda é apenas um jogo estético ou sistema poderoso que mobiliza massa como os jogos olímpicos? RT

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