The President

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nº56 junho | julho amanda ferber

como os princípios do esg estão transformando o mercado financeiro por carlos braga

amanda ferber

edição 56 | R$ 28,00

issn 2595-8275

CEO do Architecture Hunter e embaixadora LG Magenta

a sofisticação descomplicada do imma restaurante

O bem-vindo otimismo de marcelo Picka van roey, presidente da resorts brasil

henrique avancini, o brasileiro campeão mundial do mountain bike

Por walterson sardenberg Sº

Por mario ciccone

Por Marcos diego nogueira




Mariana Ximenes por Julio Okubo

Aponte a câmera do seu celular para o QR Code e conheça a nova coleção Essência de Amar. Surpreenda-se!


O oceano, símbolo universal da vida, é o lar de milhares de riquezas e preciosidades. Cheio de vitalidade, transformação e beleza, ele representa nossas emoções mais profundas. Dando vida às suas diversas nuances, cada joia traz a interpretação da água e de tudo o que ela significa em seus diferentes estágios.

@juliookubo

www.juliookubo.com.br



Camila Queiroz

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UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA DE VOAR.

FRETAMENTO EXECUTIVO

MANUTENÇÃO DE AERONAVES

TRANSPORTE AEROMÉDICO

PEÇAS AERONÁUTICAS

VENDAS DE AERONAVES

AVIONICS E UPGRADE DE PAINÉIS

FBO E HANGARAGEM

PINTURA E INTERIORES

CONGONHAS - SP | BRASÍLIA - DF | BELO HORIZONTE - MG | GOIÂNIA - GO RIO DE JANEIRO - RJ | SOROCABA - SP | UBERLÂNDIA - MG


voaraviation






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editorial

O segundo semestre deste ano de 2022 tem sido chamado por lideranças das mais diversas áreas de “um momento de grande desafio”. A volta da inflação em nível mundial, a persistência da pandemia e a ameaça de uma guerra ainda maior são alguns dos entraves que pairam como uma nuvem sobre a economia. Ainda assim, percebe-se um otimismo como não se via ao menos desde antes da Covid-19. O chef Marcelo Giachini, por exemplo, inaugurou em 2022 seu restaurante Imma, em São Paulo. Poderia ter esperado mais. Quem sabe uma temporada mais propícia. Mas resolveu encarar, convicto da qualidade de suas receitas e de um serviço impecável. Resultado: o Imma tornou-se um sucesso instantâneo. Clientes se mostram cada vez mais fiéis ao cardápio “descomplicado” (Giachini adora esta palavra) da casa. Marcelo Picka Van Roey é outro otimista. Presidente da Resorts Brasil, associação que reúne os principais resorts do país, ele tem certeza de que seu setor, depois de dolorosa retração, começa a voltar com tudo ao pleno vigor. A seu ver, muita gente está pensando novamente em viajar pelo Brasil. Não só pensando, aliás, mas viajando de fato. E esse contingente encontrará serviços ainda melhores nos resorts. Marcelo Picka Van Roey acredita que, entre as vocações do brasileiro, uma delas é a hospitalidade. Mais um otimista? Pois o nome dele é Henrique Avancini. Campeão mundial de mountain bike e segundo colocado no ranking internacional da categoria na atualidade, ele tanto fez que conseguiu trazer para sua cidade natal, Petrópolis, na Serra Fluminense, uma das etapas da principal disputa internacional desse esporte. E quer fazer ainda mais. Avancici acredita que não só ele mesmo, como o mountain bike como um todo, atravessam um grande momento. Mas talvez o melhor exemplo de otimismo desta edição de THE PRESIDENT seja Mariana Rabello Soares, fundadora da fabricante de cosméticos Vyvedas. Ela vivia muito bem como executiva de grandes empresas. Até que resolveu empreender em uma área ainda incipiente no Brasil: a de cosméticos veganos. Pouca gente acreditou. Para complicar ainda mais, Mariana não tinha uma verba razoável para investir em marketing e expandir a marca. Logo ela, uma especialista em marketing. Por fim, os cosméticos da Vyvedas venderam por si próprios. A boa notícia para o segundo sementre é que a linha de produtos vai aumentar. Como esperamos que cresça a economia como um todo no Brasil, sustentando um otimismo que, mais do que um nobre sentimento, é fruto de uma justificável confiança no futuro. Boa leitura!

andré cheron Publisher

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CIDADE JARDIM SÃO PAULO (11) 3198-9458 VILLAGE MALL RIO DE JANEIRO (21) 3252-2846 SHOPS JARDINS SÃO PAULO (11) 3198-8267


expediente the president Publicação da Custom Editora nº 56

publishers André Cheron Fernando Paiva (in memorian)

REDAÇÃO diretor de conteúdo Mario Ciccone mario@customeditora.com.br EDItor executivo e digital Raphael Calles raphaelcalles@customeditora.com.br

ARTE DIRETOR Raphael Alves raphaelalves@customeditora.com.br

COLABORARAM NESTE NÚMERO EDITOR CONVIDADO Walterson Sardenberg Sº TEXTO André Chaves, André Boccato, Carlos Braga, Marcos Diego Nogueira, Ney Ayres, Pat Marinho Coelho, Ricardo Prado e Tatiana Sasaki

COMERCIAL, PUBLICIDADE E NOVOS NEGÓCIOS Diretor executivo André Cheron andrecheron@customeditora.com.br diretor comercial Ricardo Battistini +55 11 97401-8565 battistini@customeditora.com.br Gerentes de contas e novos negócios Fernanda Espíndola +55 12 98182-6734 fernandaespindola@customeditora.com.br Mirian Pujol +55 11 99231-7971 mirianpujol@customeditora.com.br Ney Ayres +55 11 97687-5942 neyayres@customeditora.com.br ASSISTENTE COMERCIAL Gabriel Matvyenko gabrielmatvyenko@customeditora.com.br Digital Maria Beatriz Catiari mariacatiari@customeditora.com.br

Fotografia Anna Carolina Negri, Germano Lüders, Marcelo Spatafora e Nil Fabio Revisão Goretti Tenorio

THE PRESIDENT facebook.com/revistathepresident @revistathepresident

www.customeditora.com.br

ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO Alessandro Ceron alessandroceron@customeditora.com.br Circulação: Julho Tiragem desta edição: 35.000 exemplares CTP, impressão e acabamento: Margraf Custom Editora Ltda. Av. Nove de Julho, 5.593, 9º andar – Jardim Paulista São Paulo (SP) – CEP 01407-200 Tel. (11) 3708-9702 ATENDIMENTO AO LEITOR atendimentoaoleitor@customeditora.com.br Tel. (11) 3708-9702

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j o r n a das

Somos movidos pela paixão por viajar e por dividir com você o mundo através das páginas da revista UNQUIET. Foi pensando nisso que criamos uma maneira de inclui-lo em nossas experiências. As JORNADAS UNQUIET são roteiros de viagens com curadoria de especialistas e a possibilidade de vivenciar momentos raros, roteiros inesperados e únicos para pequenos grupos de viajantes. O primeiro programa das JORNADAS levará um grupo de sete pessoas acompanhados das especialistas Corinna Sagesser, Publisher da UNQUIET, e de Marina Klink, fotógrafa de natureza, ao Quênia. O roteiro terá duração de oito dias entre os dias 13 e 22 de novembro de 2022. A programação começa na capital, Nairóbi, com sua frenética agitação e riquíssima herança cultural; seguindo para o Parque Nacional de Meru, onde viveremos experiências inesquecíveis de safáris e veremos a diversidade da savana queniana; de lá iremos para o Parque de Conservação Loisaba, um dos destinos mais incríveis do Quênia; e, por fim, a Reserva Masai Mara, cenário das grandes migrações sazonais, abundante em vida selvagem, visitando também as tribos Masai. Além do roteiro personalizado e da companhia das especialistas, a viagem será acompanhada por guias locais e contará com voos internos em avião particular entre os lodges e hospedagens charmosas e autênticas, no estilo “Out of Africa”. Venha viajar com a Unquiet e viva experiências únicas.

@revistaunquiet

Stay alive. Be UNQUIET. Saiba mais sobre as jornadas unquiet: Aponte a câmera do seu celular para o QR code ou acesse revistaunquiet.com.br

Para mais informações consulte seu agente de viagens ou revistaunquiet.com.br


sumário 56

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30 DÉCOR

48 entrevista

83 GOURMET

Objetos para a sua casa que você irá

Mariana Rabello Soares e a ousadia da

Marcelo Giachini é o sócio e chef do Imma,

simplesmente adorar. Olhe e comprove

indústria de cosméticos veganos Vyvedas

restaurante que faz sucesso em São Paulo

36 VITRINE

56 futuro

102 drinques

De joia a canivete suíço, uma coletânea de

As inovações tecnológicas da LG

As melhores harmonizações para fazer com

produtos de alto padrão das melhores grifes

apresentadas na CasaCor 2022

um coquetel de muita tradição, o Negroni

40 gestão

70 adventure

124 Turismo

Como entender o real impacto do ESG

Henrique Avancini, um brasileiro no

Novo presidente da Resorts Brasil, Marcelo

no mercado financeiro

pelotão de frente do mountain bike

Picka está otimista com o futuro do setor

44 tecnologia

76 motor

138 ARTIGO

As transformações do 5G e o que ele vai

Os novos modelos de motocicletas BMW

Mauricio Cataneo e o que o executivo pode

mudar no cotidiano de cada um

para encarar qualquer terreno

aprender com os melhores judocas

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70 © Fabio Piva / Red Bull Content Pool


INOVAÇÃO EM TODOS OS SENTIDOS Aromas digitais, realidade ampliada, novos modelos de negócios, uma usina de ideias em parcerias com startups: saiba como a inovação digital na BASF está trazendo um admirável mundo novo até você Ao longo de uma tra jetória de mais de 155 anos, 111 de atividade no Brasil, a inovação sempre fez parte do DNA da indústria química alemã BASF. É por meio dela que a empresa cria soluções disruptivas e conectadas às necessidades dos clientes e consumidores. São avanços tecnológicos que nasceram de investimentos estratégicos em pesquisa e desenvolvimento, que sempre foram prioridade para a empresa. O orçamento global da empresa destinado a P&D foi de 2 bilhões de euros em 2021. A digitalização também está entre os pilares estratégicos. Contando com a Smart Manufacturing, área dedicada exclusivamente à aceleração da digitalização nas fábricas, a BASF vem aumentando a eficácia e a eficiência de processos de produção. Essa investida possibilita a tomada de melhores decisões, de forma mais rápida. Com dispositivos móveis, as equipes

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têm acesso a informações relevantes e atualizadas para o trabalho diário. Isso inclui, entre outras ferramentas, recursos como a Realidade Ampliada, para avaliar equipamentos em manutenção junto com especialistas globais, robôs virtuais (RPA – robotic process automation), monitoramentos online de equipamentos críticos em centros de especialidade global. Os usos dessas tecnologias – entre outras ações especiais – também contribuíram para manter a operação das fábricas, considerando os protocolos de saúde e segurança durante a pandemia, sem interrupções. “Já vínhamos num forte processo de digitalização, que foi acelerado para garantir a continuidade das nossas atividades. O meio digital tem aumentado exponencialmente as oportunidades da BASF, reforça o compromisso e parceria com nossos clientes, aumenta a eficiência e simplifica processos”, afirma Antonio Carlos Lacer-


da, vice-presidente sênior de Químicos, Produtos de Performance da BASF para a América do Sul. A companhia também está construindo um intenso relacionamento com as startups, por meio do Centro de Experiências Científicas e Digitais, onono®, gerando conexões transformadoras para realizar, em parceria, o propósito de ser um celeiro de ideias e promover a concretização delas em benefício da sociedade. Ornella Nitardi, gerente de Inovação Aberta e Ecossistemas Digitais para América do Sul da BASF, comenta: “A criação do onono® em 2019 foi um marco na cultura da empresa. Queremos realmente estar conectados com o mundo exterior não somente por meio de vendas, mas, principalmente, ajudando nossos clientes a resolver seus desafios, buscando outros parceiros que possam nos ajudar nessa solução”.

Iniciativas da companhia aceleraram a digitalização. Na página ao lado, Antonio Lacerda, vice-presidente sênior de Químicos, com colaboradores

A empresa tem trabalhado fortemente na mudança cultural, mostrando para seus colaboradores como a inovação colaborativa e de forma descentralizada é capaz de realizar projetos com mais alcance, eficácia, diversidade e sustentabilidade. B-Scent, ou o aroma virtual A digitalização também tem apoiado o contato com clientes e a apresentação para novos negócios. Um exemplo recente é o dispositivo que estimula o mais sutil dos nossos sentidos, o olfato. Essa parecia uma fronteira intransponível, mas acaba de ser superada pela BASF em parceria com a startup Noar, criadora do dispositivo. É mais um avanço que agrega os conhecimentos da nanotecnologia, Big Data, Data Science e da Inteligência Artificial para trazer novidades como esta: o B-Scent, um aplicativo voltado ao universo das fragrâncias. Como a mágica acontece? A partir do aplicativo B-Scent o dispositivo libera no ar a fragrância escolhida pelo comprador (que pode ser, por exemplo, alguém da indústria de perfumes, de cuidados pessoais ou de limpeza doméstica), permitindo sentir as fragrâncias, escolher combinações e aplicá-las em algum produto, podendo comparar o mesmo produto com e sem a fragrância. Como o dispositivo libera o perfume escolhido sem deixar resíduos no aparelho, no ar ou no usuário, possibilita a experimentação de diversos aromas em sequência, sem que um interfira no outro. No aplicativo, estão disponíveis simulações de aplicações em perfumes, pós-barba, hidratante corporal e lava-roupas líquido, por exemplo. “O B-Scent torna mais palpável a experiência e oferece maior segurança na escolha”, comenta Yasmin Muniz, responsável pelo negócio de Aromas da BASF América do Sul.

fotos: divulgação

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Já estão disponíveis as fragrâncias Menthol, Velberry, Nerol e Santalol, sendo esta última uma alternativa mais sustentável ao óleo de sândalo, um produto muito utilizado na indústria cosmética. Produzida em uma base biotecnológica, a partir de matérias-primas renováveis e com baixa utilização de carbono, a essência Santalol foi desenvolvida pela Isobionics®. Esta empresa holandesa de ingredientes aromáticos baseada em biotecnologia foi incorporada à BASF em 2019. A alternativa, que tem aroma idêntico ao original, ajuda a reduzir a exploração excessiva do sândalo branco, árvore da qual se extrai a essência, já que são necessários cerca de 30 anos até que essa árvore esteja madura para a exploração do óleo shop@BASF: o clique da química Outra inovação digital é o shop@BASF, a primeira plataforma de vendas online do setor químico. Com mais de 40 canais de venda em seis países da América do Sul e expansão contínua para novos negócios, o shop@BASF é resultado do desafio de conectar mais fortemente pequenas e médias empresas dos mais diversos setores, oferecendo suas soluções inovadoras e sustentáveis.

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A plataforma traz informações técnicas, conteúdos sobre tendências, solicitação de amostras, cotação de preços, contato direto para dúvidas e consultoria com os especialistas. Com interface amigável, disponibiliza soluções para a fabricação de calçados, produtos de limpeza, cuidados pessoais, soluções para clientes do setor de açúcar e etanol, ingredientes para a indústria alimentícia, linha de nutrientes essenciais, tecnologias em plásticos de engenharia, formulações farmacêuticas e muito mais. reciChain: fazendo a economia circular Já a plataforma reciChain surgiu de um projeto de intraempreendedorismo da BASF que, em conjunto com a Fundação Espaço ECO®, formou uma rede de empresas para escalar soluções de economia circular por meio de uma plataforma colaborativa, baseada na tecnologia blockchain. Tem como propósito apoiar o aumento da capacidade instalada de reciclagem de resíduos, em especial o plástico, e incentivar a economia circular. A iniciativa busca apoiar a responsabilidade compartilhada sobre o ciclo de vida dos produtos, permitindo adequar empresas produtoras e consumidoras de embalagens plásticas à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010, que estabeleceu o sistema de logística reversa no Brasil.


Hub de economia circular no Centro de Experiencias científicas e digitais. Na página ao lado laboratório de pesquisa e testes de produtos

Atualmente, cerca de 40% dos resíduos ainda são enviados para lixões e outros 68% das embalagens não são devidamente recuperadas, segundo pesquisa da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Nessa iniciativa as empresas são organizadas em consórcios de cadeias de valor inteiras. Além da BASF, Braskem, Bomix, Henkel, Natura, Triciclos, Wise e Recicleiros integram a fase piloto do reciChain, que tem apoio operacional da FEE®. O projeto teve início de 2021, em cooperativas de triagem vinculadas ao programa Cidade+, do Instituto Recicleiros, uma organização sem fins lucrativos que oferece suporte técnico para as cidades regulamentarem a coleta seletiva e executarem as etapas de coleta e transporte dos materiais recicláveis de maneira eficiente e circular. onono®: o celeiro das novas ideias Projetado para responder de maneira ágil às demandas do mercado, o Centro de Experiências Científicas e Digitais – onono® é equipado com tecnologia de ponta nos laboratórios de pesquisa e testes de produtos, conectividade, digitalização de processos e design, além da capacidade para

conduzir metodologias de inovação atendendo desafios da BASF e seus clientes. Já conta com mais de 40 clientes ativos e contatos com o ecossistema de inovação aberta: startups, universidades, hubs de inovação, instituições públicas. No último ano, alcançaram 31 mil conexões para resolver desafios da BASF e os clientes. As tecnologias disponíveis permitiram que as atividades de experiências e cocriação continuassem e se intensificassem no período de pandemia. Com a retomada das atividades presenciais, foram preparadas novidades no espaço físico do onono®, como o hub de Economia Circular que vai promover conexão, engajamento e prototipação de soluções para acelerar a transição junto a diferentes parceiros e elos da cadeia. Há também o laboratório de impressão 3D, para novas experiências em manufatura aditiva, e um media lab que permite criar conteúdos relevantes e ampliar os canais de comunicação. “Já estão no ar o canal do onono® no YouTube e o canal de podcast “Deu Química!”, no qual ouvimos especialistas para falar de tendências, curiosidades e nutrir o ecossistema com um conteúdo interessante”, explica Ornella Nitardi, responsável pelo onono®, o espaço que amplificou ainda mais a vocação inovadora da empresa. TP

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décor

De olho no décor Peças que vão tornar seu ambiente mais belo – e cheio de estilo Por Ney Ayres

TV LG OLED evo | Gallery Edition 65” O televisor LG OLED evo | Gallery Edition tem 65 polegadas. O modelo traz o design mais refinado e aprimorado de toda a linha para uma instalação ainda mais rente à parede e visual minimalista. O novo aparelho de TV apresenta o aperfeiçoamento da tela LG OLED evo, com adição de uma nova tecnologia que proporciona o aumento do brilho em 30% e imagens ainda mais realistas. Tem ainda o processador AI a9 (Alpha9) Gen 5, o mais avançado da empresa coreana. Ele impulsiona o desempenho e fornece às imagens uma qualidade tridimensional. O aparelho também expandiu os recursos AI Sound Pro para proporcionar um áudio ainda mais tecnológico, permitindo que os alto-falantes integrados da TV produzam som surround 7.1.2 virtual.

lg.com/br

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Sofá Dorado by Estúdio Breton Eis uma peça para encher de estilo e ousadia um ambiente. O sofá Dorado, do Estúdio Breton, tem estrutura de PVC moldado e alumínio. O revestimento pode ser feito em materiais diversos. Antes de escolhê-lo, é preciso saber se o sofá será utilizado em área interna ou externa.

breton.com.br

Poltrona Norvége by Cremme Quem conhece a Cremme sabe muito bem que se trata de uma marca de design contemporâneo que prima pela criatividade e funcionalidade. Assim é a poltrona Norvége, tão bela quanto confortável, com assento espaçoso. Foi desenhada por um craque na invenção de móveis, o norueguês Petter Skogstad. Cabe escolher entre tecido ou couro. Há também diversas opções de cor.

cremme.com.br

Banheira by Basigran Cada nova linha da Basigran é esperada com ansiedade. Pudera: a empresa é referência em mobiliário produzido em pedra. Desta vez, apresenta novidades em banheira, cubas, sofá e bancos, feitos com mármore, quartzito e granito. Chama a atenção, em especial, a banheira oval de mármore Raffaello. Cada peça requer 136 horas de processamento em máquinas e outras 128 de manuseio artesanal.

brasigran.com.br

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Doc Vox by Docol O misturador é um conjunto de Luminária by MiniCool

torneiras. Muito melhor se for o monocomando Doc Vox®, da

A MiniCool é uma marca de produtos com

Docol. Ele segue comando de voz.

design exclusivo. Além da beleza, sua nova

Uma vez predeterminada a

luminária se destaca pelos detalhes

quantidade, basta pedir, por

técnicos. Sem fio, oferece a escolha por

exemplo, que preencha de água

três tipos de luz: branca, neutra e amarela.

um copo, um jarro ou uma panela.

Possibilita ainda ajuste de intensidade da

O sistema permite que o fluxo seja

iluminação, opções de ângulo do facho

acionado ou interrompido de

luminoso, seletor sensível ao toque e

maneira remota.

bateria recarregável de lítio.

docol.com.br

minicool.com.br

Mesa by Jader Almeida O designer catarinense Jader Almeida tem diversos prêmios internacionais. Outros podem chegar em virtude de criações como a mesa Leaf. Como o nome antecipa, ela lembra a leveza de uma folha. A imagem de sua sombra projetada reitera essa impressão. O tampo de vidro também contribui para isso, permitindo ver a estrutura de sustentação. Tem acabamento de metal em preto textura, preto reto fosco ou metalizados.

jaderalmeida.com

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Geladeira Smart LG Side by Side InstaView Craft Ice UVnano As geladeiras da LG não param de evoluir. A mais recente prova disso é a Side by Side InstaView Craft Ice UVnano. O amplo espaço interno, o design moderno e o emprego de tecnologia de ponta impressionam, sim. Mas os detalhes são ainda mais reveladores. Entre as novidades está a máquina embutida Craft Ice. Ela permite produzir gelo em formato de esferas, que derretem com lentidão, mantendo o sabor e a refrescância das bebidas. Outra evolução é a aplicação da tecnologia UVnano no reservatório de água. Com o uso de luz ultravioleta, você tem garantia de eliminação de até 99,99% das bactérias. Dessa maneira, a água se revela sempre pura para toda a família. A geladeira também conta com a tecnologia InstaView Door-in-Door. Trata-se de um painel de vidro que se ilumina com duas batidas. Esse expediente permite ver o interior sem abrir a porta. Isso reduz o consumo de eletricidade e diminui em 41% a perda de ar frio. Tem mais: para manter os alimentos frescos por mais tempo, a Side by Side InstaView Craft Ice UVnano vem equipada com o filtro Hygiene Fresh. Ele elimina até 99,999% de bactérias e remove o mau cheiro. Fechando o pacote de novidades, a geladeira conta, ainda, com conectividade via aplicativo e gavetas de controle de umidade, além de dez anos de garantia no compressor Linear Inverter.

lg.com/br

Sofá by Artefacto Em sua quinta coleção, desenvolvida com exclusividade para a Artefacto, a designer Patrícia Anastassiadis apresenta móveis manufaturados a partir de matérias-primas naturais e atemporais. A inspiração vem dos ideais estéticos da Grécia Antiga. O destaque fica por conta do Sofá Eos. Suas linhas seguem as leis áureas de proporção. Ao mesmo tempo, unem leveza e grandiosidade.

artefacto.com.br

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cult

Marcas históricas

Novo livro da Taschen, Logo Beginnings faz um estudo da identidade gráfica das companhias mais importantes do mundo Por mario ciccone

Uma das boas novidades da editora alemã Taschen é o livro Logo Beginnings. A obra de 432 páginas (em inglês, alemão e francês) mostra a origem de marcas e seus respectivos logotipos reconhecidos em todo o mundo. Autor do volume, o professor e designer alemão Jens Müller é descrito pela revista Wired como “detetive dos logos”. Ele investiga a origem de 6 mil marcas entre a 1870 e 1940. Muitas delas, como BMW, Louis Vuitton e Rolex, foram criadas há mais de um século. O livro tem algumas preciosidades, que farão o leitor viajar no tempo. Entre elas, o logotipo da General Electrics sendo desenhado em um prédio na Feira Mundial de Nova York. Também está presente a figura heráldica (como um brasão) da Peugeot, que está em uso desde 1850. Não por acaso, a montadora é conhecida como a mais antiga do mundo. A obra apresenta ainda a história do logotipo da montadora alemã Opel, que fazia parte do Grupo General Motors e hoje integra o Grupo Stelantis ao lado de Renault, Peugeot e Citroen. Essa marca é utilizada há quase 160 anos. Porém, passou a ser usada de forma mais constante somente na segunda metade da história da companhia. Em 1937, a figura de um

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Livro tem propagandas antigas e estudos gráficos de marcas famosas, como Louis Vuitton, Michelin e Peugeot

zepelim perfurava o O em “Opel”. Mesmo que a empresa nunca tenha construído aeronaves, o símbolo persistiu até 1963, quando finalmente foi substituído por um relâmpago. Outra curiosidade se refere à Shell. Em meados dos anos 1950, a petrolífera se tornou uma das primeiras empresas do mundo a utilizar manuais de design e, assim, unificar a identidade de sua marca. Nesses diagramas, eram apresentadas diretrizes para o projeto de postos de gasolina e até veículos. Tudo foi padronizado até o último detalhe. Em sua organização, o livro está dividido em quatro categorias de desenho: Figurativo, Forma, Efeito e Tipográfico. Cada capítulo tem uma subdivisão de acordo com seus elementos básicos: círculo, esboço, linha e sobreposição. Assim, o leitor consegue ter uma perspectiva de princípios do design relevantes ainda hoje. TP taschen.com

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vitrine

ONDE A TRADIÇÃO E A VANGUARDA SE ENCONTRAM Design e tecnologia em criações exclusivas Por Pat Marinho Coelho

Intimissimi apresenta a PJ Party para o inverno 2022 A coleção de homewear e nightwear forma diversos looks coordenados. Seu caimento moderno pode te acompanhar até em looks streetwear. A nova linha foi desenvolvida com três tipos de fibras nobres e naturais: a seda, o algodão e o modal com lã. As modelagens e estampas permitem um divertido mix’n’match. A coleção foi projetada para oferecer um equilíbrio perfeito com estilo único.

@intimissimibrasiloficial

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VICTORINOX - 125 ANOS DA CRIAÇÃO DO PRIMEIRO CANIVETE SUíÇO Em 1897, Karl Elsener criou e patenteou uma peça de design icônico que representa funcionalidade e qualidade - inventou uma atitude. “Hoje é onipresente, usado até no espaço como equipamento oficial dos astronautas nas missões espaciais”, destaca o bisneto do criador, Carl Elsener. A Réplica 1897 Edição Limitada, um verdadeiro item de colecionador, contempla 54 unidades para o Brasil.

@victorinoxbr

Diamonds are girls best friend 4ever Não existe um diamante igual ao outro, assim como cada um de nós, que possuímos impressões digitais únicas. A singularidade de cada diamante, acontece na sua formação, em decorrência da cristalização do carbono, submetido a altas temperaturas e intenso calor que conferem diferentes inclusões e colorações às pedras, definindo sua beleza extraordinária e exclusiva. A Maxior Joias preserva os valores clássicos da alta joalheria, com laboratório de gemologia e ourivesaria próprios, conta com os melhores profissionais em todas as etapas de criação e produção de suas joias. Harmoniza o trabalho artesanal com as tecnologias de ponta, sem deixar de lado as inspirações contemporâneas que emprestam elementos da arte, da moda e da arquitetura para criar coleções únicas e construir uma marca original, múltipla e em constante movimento.

@maxiorjoias

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TIFFANY & CO. LANÇA NOVA CAMPANHA DA COLEÇÃO T E APRESENTA HAILEY BIEBER COMO A EMBAIXADORA GLOBAL DA CASA A coleção T é a construção gráfica pura e inspirada no logotipo desta marca lendária. Encontra poder na simplicidade de cada design com silhuetas ousadas em peças polidas à mão. “Um ícone de estilo moderno, Hailey Bieber incorpora o espírito poderoso da T Collection”, disse Alexandrea Arnault, vice-presidente executivo de produto e comunicação da Tiffany & Co.

@tiffanyandco

Balmain Army decreta o “Officier Real Plated Gold” para fashionistas de alta patente A Balmain Eyewear cria o emblemático “Officier” em ouro 18K, com edição limitada a 200 unidades disponíveis no mundo. Sob o comando de Olivier Rousteing, a primeira coleção foi apresentada, há dois anos, durante a Semana de Moda de Paris. Os óculos marcam como elemento-chave em insights nas coleções e nos remetem às origens da maison. Distribuição exclusiva:

@protusgroupbr

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Walk a Mile in these louboutins “Walk a Mile in My Shoes” é a iniciativa que reuniu três amigos - o designer dos icônicos scarpins de sola vermelha, Christian Louboutin, ao lado do casal de atores de Hollywood Sabrina & Idris Elba. O sucesso da coleção de 2021 resultou em novas criações para celebrar a esperança, a empatia e a diversidade, como resposta ao clamor global contra o racismo sistêmico e a injustiça social. Além de apoiar a educação, as artes criativas e o empoderamento da juventude – 100% dos lucros das vendas serão doados para seis instituições de caridade em todo o mundo. Graças ao apoio, foi possível arrecadar mais de 1 milhão de euros na primeira coleção. O trio criou a nova coleção, em dois capítulos - uma homenagem às flores de seus países de origem, com a participação do artista Jean-Vincent Simonet, e as heranças culturais africanas.

@louboutinworld

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gestão

Como o ESG está mudando o mercado financeiro? Por carlos Braga*

Em junho de 2004, um grupo de 20 instituições financeiras responsável pela gestão de mais de US$ 6 trilhões endossou uma iniciativa patrocinada pelo Pacto Global da ONU intitulado “Who Care Wins”, cujo subtítulo foi “conectando os mercados financeiros a um mundo em mudança”. O foco deste relatório foi emitir uma série de recomendações, visando estabelecer, pela primeira vez, a integração de aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) em pesquisas, análises e investimentos do mercado financeiro. Essas instituições já demonstravam, à época, preocupação com o impacto das mudanças climáticas e sociais sobre os ativos financeiros. Desde então, existe uma maior pressão e foco por parte dos investidores e stakeholders para entender como as empresas criam valor ao incorporar objetivos ESG na sua estratégia de negócios. Enquanto a maioria das empresas está apenas começando a alinhar o seu propósito corporativo com os objetivos ESG, uma minoria já se beneficia de uma governança que define, monitora, mede e comunica o seu posicionamento sustentável aos seus stakeholders e vem sendo premiada pelo mercado por essa postura. Em muitos casos, os efeitos da pandemia da Covid-19 e a demanda crescente da sociedade por maior justiça social, diversidade e inclusão levaram as empresas a avançar na escala de maturidade ESG em um ritmo mais rápido. Neste sentido, o mercado financeiro passou a valorar com um prêmio significativo empresas geridas com foco maior na sustentabilidade em relação a seus pares menos sustentáveis, e isto tem levado a uma busca nunca vista pela adoção de práticas ESG que detalharemos ao longo do capítulo em questão. De acordo com a Agência Internacional de Energia, estima-se que a transição esperada para uma economia de baixo carbono exigirá cerca de US$ 1 trilhão de investimentos

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anuais, gerando novos investimentos e oportunidades. Neste contexto, o perfil de risco-retorno das organizações expostas a riscos climáticos pode mudar significativamente, pois elas podem ser mais afetadas não apenas por fatores físicos, tais como crises hídricas, quebras de safras, alagamentos, mas também por políticas climáticas, taxações e novas tecnologias. Esse mesmo estudo estimou o valor em risco, como resultado das mudanças climáticas, para o estoque global total de ativos sob gestão, variando de US$ 4,2 trilhões a US$ 43 trilhões entre agora e o final do século, dependendo do sucesso das medidas a serem tomadas pela comunidade global para mitigar esses riscos. Instituições financeiras que investem e/ou financiam atividades que podem não ser viáveis no longo prazo por serem menos resilientes à transição para uma economia de baixo carbono provavelmente terão retornos mais baixos e riscos mais altos. Soma-se a isto o fato de que as metodologias de avaliação atuais podem não estar mensurando adequadamente os riscos relacionados ao clima devido a informações insuficientes. Neste sentido, os investidores precisam de infor-

mações adequadas sobre como as organizações estão se preparando para uma economia de baixo carbono. Além disso, os reguladores do mercado estão interessados nas implicações para o sistema financeiro global, especialmente no sentido de evitar deslocamentos massivos de ativos financeiros e perdas repentinas nos portfólios de investimento que possam causar algum tipo de risco sistêmico. Veja abaixo algumas das principais inciativas supranacionais consideradas referências globais que têm impactado fortemente o investimento sustentável e a indústria de serviços financeiros. O Acordo de Paris: Trata-se de um tratado internacional sobre mudanças climáticas que entrou em vigor em 2016. O Acordo de Paris foi assinado em 2015 por 195 países na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21). O objetivo do acordo é limitar o aquecimento global abaixo de 2° C, de preferência a 1,5° C, em comparação com os níveis pré-industriais. O Acordo de Paris é a base de muitas legislações nacionais para limitar o efeito estufa e emissões de gases e definir metas de emissão zero líquidas. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Consiste-se dos 17 objetivos definidos pelas Nações Unidas,

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ges t ã o

De acordo com o Global Sustainable Investment Review, no início de 2020, o volume de investimento ESG atingiu US$ 35,3 trilhões visando alcançarmos um futuro mais sustentável para todos, até 2030, que foram adotados por todos os Estadosmembros das Nações Unidas, em 2015. Há um total de 231 indicadores e 169 metas que buscam acabar com a pobreza, melhorar a saúde e a educação, reduzir a desigualdade e estimular o crescimento econômico, ao mesmo tempo que buscam mitigar os impactos das mudanças climáticas. Embora os ODS sejam objetivos supranacionais, as empresas e os investidores também têm sido encorajados a adotar tais métricas. O Pacto Global da ONU e seus capítulos nacionais têm liderado essa orientação para a implementação dos ODS juntamente às empresas. Os Princípios para Investimento Responsável (PRI) da ONU fornecem orientação aos investidores interessados em alinhar seus portfólios aos ODS. A Força-Tarefa em Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD): Estabelecida em 2017 pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSA), organismo ligado aos países do G20, a TCFD vem influenciando a política e regulamentação global em relação às mudanças climáticas. As recomendações TCFD são desenhadas para ajudar as empresas a fornecer melhores informações sobre como as organizações devem reportar seus riscos e oportunidades relacionados ao clima e divulgações em torno de governança, estratégia e metas de gestão de risco. Global Reporting Initiative (GRI): Fundado em 1997, o GRI é uma Organização independente ligada à ONU. É o padrão global mais abrangente e amplamente utiliza-

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do para relatórios de sustentabilidade, cobrindo uma ampla gama de aspectos econômicos, ambientais e tópicos sociais. Os relatórios do GRI permitem aos investidores acessarem facilmente as métricas ESG das empresas e as compararem versus o desempenho entre as empresas do mesmo setor. É considerado por muitos a sistemática de divulgação mais amigável, atendendo às necessidades de uma ampla variedade de investidores e outras partes interessadas. Conselho de Padrões de Contabilidade de Sustentabilidade (SASB): Fundado nos Estados Unidos, em 2011, o SASB é uma organização privada sem fins lucrativos focada em promover a divulgação de qualidade sobre aspectos ESG que atendam às necessidades dos investidores. O SASB desenvolve métricas setoriais para 79 indústrias em 11 setores. A abordagem setorial do SASB, focada na materialidade e baseada em evidências, é muito respeitada pelo mercado financeiro em geral.


Crescimento global dos ativos ESG De acordo com o Global Sustainable Investment Review, no início de 2020, o volume de investimento ESG a nível global atingiu US$ 35,3 trilhões, representando um total de 35,9% do total de ativos sob gestão. Ativos de investimento sustentável continuam a crescer em todas as regiões. Dito isto, os Estados Unidos e a Europa ainda representam mais de 80% desta classe de ativos em nível global. Embora os investidores institucionais tendam a dominar o setor financeiro, o interesse de investidores de varejo em investimentos sustentáveis vem crescendo continuamente. No início de 2020, os investidores institucionais detinham 89% dos ativos em comparação com 11% detidos por investidores de varejo. O investimento ESG no Brasil ainda é pequeno, mas vem crescendo. Segundo dados da ANBIMA, os fundos brasileiros categorizados como ESG possuem R$ 7 bilhões em ativos sob gestão, o que representa aproximadamente 1% da indústria local de fundos de ações. As entradas aceleraram desde 2019, quando essa classe de ativos somava R$ 5 bilhões, mas ainda

são números pequenos quando comparados à captação de fundos de ações, da ordem de R$ 190 bilhões no mesmo período. CONCLUSÃO Como podemos ver, a sustentabilidade nunca foi tão importante, assim como os líderes empresariais nunca estiveram tão engajados, realçando ainda mais o dever fiduciário do mercado financeiro como indutor desta agenda com um viés de longo prazo nem sempre presente nas suas decisões de investimento. Desta forma, à medida que as empresas melhoram a qualidade da sua gestão e a transparência de seus relatórios, os investidores poderão avaliar os investimentos com precisão e direcionar o capital para negócios sustentáveis com maior segurança. Acreditamos que o mercado financeiro saberá recompensar as empresas que tornarem a gestão de riscos e oportunidades ESG como parte da sua proposta de valor e planejamento de longo prazo, com benefícios claros para os seus stakeholders e a sociedade em geral. TP

(*) CARLOS BRAGA é professor da Fundação Dom Cabral e sócio da Brasilpar Serviços Financeiros, além de conselheiro de diversas empresas privadas e organizações do terceiro setor. Entre outras funções, foi vice-chairman do BDMG, vice-presidente da Artesia Gestão de Recursos, CEO do banco britânico RBS para o Brasil e diretor do ABN AMRO Real, onde participou de diversas iniciativas pioneiras de ESG à época. Fez parte da revisão estratégica do BDMG, com destaque para o alinhamento do banco às metas ODS da ONU, o que levou ao seu reconhecimento como instituição de maior impacto socioeconômico do Brasil em 2020, pela publicação britânica CFI Magazine. Atualmente, é professor de ESG do Programa de Formação de Conselheiros e do MBA da FDC, além de coautor dos livros Inovação, o Motor do ESG, Ascensão das Multinacionais Brasileiras e Gestão de Riscos no Mercado Financeiro. Este artigo é um capítulo do ebook Sessão 2: ESG: Um olhar do mercado financeiro para a sustentabilidade.

Veja aqui a obra completa:

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tecnologia

Nova era

Maior plataforma de inovação da década, o 5G se tornou realidade no Brasil e irá mudar a vida das pessoas Por André Chaves*

Recém-implantado no Brasil, o 5G significa tecnologia celular de quinta geração. Brasília é a primeira cidade do país a receber a novidade. A diferença mais importante entre as gerações é a baixa latência, ou a velocidade com que os sinais são enviados para o dispositivo. Para texto, 3G terá uma taxa de resposta de latência de 100 ms, 4G será de 50 ms e 5G será de 1 ms. E como ela irá afetar a sua vida? Para começar, a indústria de games irá, ao pé da letra, avançar de fase. O tempo de resposta do 5G é tão curto que a latência será reduzida ao ponto em que um jogo parece ter terminado em um instante. É um adeus ao carregamento de telas com um tempo de reação tão curto. Será um mundo totalmente novo de jogos remotos. Além dessa indústria, o 5G também dará início a uma

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revolução criativa na moda, arte e design. Grande parte do processo criativo já ocorre em espaços virtuais como tablets ou laptops, mas a tecnologia trará uma experiência cada vez mais integrada entre espaços virtuais e o mundo real. No momento, por meio de ferramentas de criação digital, os programadores estão se esforçando para obter efeitos de tela próximos ao realismo natural. Mas com inovações como telas de exibição, espelhos AR e telas dobráveis. É importante ressaltar que a latência insignificante do 5G tornará essas telas instantaneamente responsivas, para que você possa controlar pessoalmente sua criatividade e ideias na tela. Somado a isso, outro mercado que cresce é o de wearables (itens que podem ser vestidos, como óculos, relógio e fones).


Parcerias entre universidades e gigantes tecnológicas irão possibilitar monitoramento remoto de pacientes cardíacos

Quando essas duas inovações tecnológicas se juntam, é possível potencializar em muitas iniciativas. Vale citar a parceria inédita entre a Samsung e o InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Eles se juntaram para um projeto de pesquisa com foco no monitoramento remoto de pacientes que passaram por cirurgias cardíacas. A parceria tem como proposta desenvolver uma plataforma de telemonitoramento digital assistido, utilizando os smartwatches para aferição e coleta de dados de pacientes cardiopatas nos períodos pré-operatório e pós-operatório de cirurgia cardiovascular. Serão analisados no estudo os sinais vitais dos pacientes, tais como frequência cardíaca, pressão sanguínea, saturação de oxigênio, padrão do sono e eletrocardiograma. Isso tornará possível acompanhar os pacientes em relação ao tratamento, identificando riscos e permitindo intervenções antecipadas caso aconteça qualquer alteração relevante, evitando assim complicações mais graves. Com os avanços em tecidos e sensores inteligentes, será possível, também, ver a fusão de wearables e algumas tecnologias relacionadas em sapatos, camisas e uma ampla gama de outras áreas. À medida que as velocidades de latência

continuam a diminuir, o 5G também verá um aumento significativo nas atualizações de conectividade em massa, com muitos dispositivos colaborando ao mesmo tempo. Assim, você não apenas saberá quantos passos deu hoje, mas também como estava o clima quando deu cada passo, de que maneira a umidade local afeta o comprimento do passo e quanto peso está carregando. Outra indústria que começa a adoção do 5G é o entretenimento. Com dispositivos e sensores habilitados em casa, a música poderá mudar para diferentes alto-falantes à medida que você se move entre os cômodos. Esses alto-falantes podem ainda monitorar em tempo real os dados do seu estado de saúde físico e mental. Com essas informações, um assistente virtual toca uma música suave para você relaxar ou um disco inteiro vibrante para celebrar. E como afeta a sua vida? De diversas formas. Para começar, irá possibilitar a construção de cidades inteligentes, fazendo com que veículos, sistemas de trânsito, sistemas de vigilância e outros se tornem ainda mais automatizados. A tecnologia 5G permite o funcionamento dos carros autônomos, hoje já uma realidade em alguns locais no mundo. Além disso, essa nova geração

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Na cidade ou no campo: hiperconectados

das telecomunicações permitirá aos carros agir de forma independente em vários casos, de maneira segura e assertiva seguindo os sinais das vias de trânsito. Eles identificarão o que estiver no caminho (um cão, uma pedra ou até uma pessoa) e transportarão os passageiros para o local correto seguindo um mapa atualizado. Os carros autônomos só são possíveis na tecnologia 5G em virtude da baixa latência – conceito apresentado no início deste texto. Até porque os veículos precisam funcionar com absoluta precisão. Não pode haver perda de sinal durante o trajeto – ou os carros ficariam perdidos e incontroláveis.

Impacto social O sistema 5G também é uma alavanca no desenvolvimento de setoreschave da economia, como o agronegócio. Apesar da sua importância, 70% das propriedades rurais não têm acesso à internet. A implementação do 5G beneficiará o campo, oferecendo maior velocidade de transferência de dados e menor latência. Isso possibilitará o funcionamento de um número enorme de aparelhos, máquinas e drones por meio de conexões de Internet das Coisas (IoT). Tal revolução vai criar empregos, novos métodos de trabalho e especializações, aumentando a

O 5G irá impactar toda a economia e a vida das pessoas. De carros autônomos ao agronegócio

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eficiência do setor e contribuindo para diminuir a desigualdade social nas comunidades rurais. O mundo vive sob o impacto de uma revolução tecnológica que está transformando profundamente todo o sistema econômico – agricultura, indústria e serviços –, com forte impacto no mundo do trabalho, na vida das pessoas. As novas tecnologias não representam apenas uma evolução incremental em relação às anteriores. Não estamos apenas subindo um degrau na escada do conhecimento e de suas aplicações na vida dos cidadãos. O que estamos presenciando é um grande salto tecnológico. Ao gerar profundas transformações, a nova realidade provoca novas posturas de todos. Na prática, obriga um projeto de desenvolvimento para colocar a criatividade à prova para melhor utilizar todas as oportunidades que a tecnologia nos proporciona. TP

(*) André Chaves é Managing Director da ManacaPartners, apresentador e cofundador do podcast Future Hacker e especialista em startups e inovação.

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entrevista

Beleza sustentável Antes de o orgânico virar moda na indústria da beleza,

Mariana Rabello Soares apostou nos cosméticos veganos e na aromaterapia. Hoje, 18 anos depois de fundar a Vyvedas, colhe os frutos do pioneirismo

Por Tatiana Sasaki Retratos marcelo spatafora

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en ne g t ró ec vi oi ss t a

Um aroma pode despertar emoções, gerar bemestar, trazer à tona uma série de lembranças. É capaz, também, de ser um gatilho para novas ideias. Com faro para negócios, Mariana Rabello Soares detectou uma oportunidade e decidiu fundar sua marca de cosméticos naturais, trocando uma carreira promissora pelo sonho do empreendedorismo. À época, o conceito de orgânico no Brasil se limitava à comida. Shampoos, sabonetes e batons sem derivados animais podiam até ser um nicho, mas não uma tendência que norteasse lançamentos no mercado da beleza. “Em 2004, ninguém queria saber de orgânico, vegano, cruelty free”, lembra a fundadora da Vyvedas.

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Como costuma acontecer com propostas pioneiras, tirá-la do papel não foi fácil. Primeiro, a administradora de empresas especializada em marketing teve que driblar a resistência da indústria, pouco aberta a experiências “naturebas”. O passo seguinte foi convencer redes de drogarias e supermercados a colocarem nas prateleiras os produtos da marca, todos livres de derivados animais e de petróleo. Para ampliar o catálogo e alavancar o faturamento, a empresa angariou investimentos, abriu lojas próprias em São Paulo e realizou uma série de ações com influenciadoras digitais. Na pandemia, reforçar a presença nas plataformas online foi a maneira de atender aos novos hábitos e demandas do consumidor. Hoje, a Vyvedas dispõe de um portfólio de 60 produtos para corpo, rosto e cabelos, além de uma linha com itens para casa e spa. Está presente em mais de 500 pontos de venda, como St. Marche, Renner, Beleza na Web, Época Cosméticos, Amaro e Grupo Zaffari. “A Vyvedas, com seu propósito e característica, agora está entre as maiores tendências”, celebra Mariana, que estima um crescimento de 30% neste ano. O otimismo tem explicação. À frente de uma marca consolidada, a empresária sabe que o cenário vem mudando, com o crescente interesse do consumidor por produtos ligados a um propósito sustentável e um estilo de vida mais natural. O Brasil é o quarto maior mercado de produtos de beleza e cuidados pessoais do mundo. Além disso, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec),

o segmento com foco em ingredientes de origem natural cresce entre 8% e 25% ao ano no mundo todo. Se depender do faro de Mariana, a Vyvedas vai abocanhar uma boa fatia deste mercado.

na mesmice. E a Vyvedas veio para oferecer um diferencial e preencher gaps. Nossa ideia, desde o princípio, foi fazer produtos com matérias-primas nacionais e de qualidade global, só que com preço atrativo para quem costumava comprar o importado. Lá fora já era forte o conceito de orgânico em cosméticos. Mas aqui ninguém estava nem aí para essa coisa de vegano, de cruelty free. Eu fazia apresentações em clientes e eles diziam: “Volta daqui um ano”. Tanto que a Vyvedas demorou para decolar.

THE PRESIDENT _ Quando a Vyvedas nasceu, o conceito de cosméticos veganos ainda não era disseminado no Brasil. Como surgiu a ideia? Mariana Rabello Soares - A Vyvedas nasceu da necessidade que eu sentia de encontrar no Brasil um produto de beleza diferente. Em 2004 não havia, por exemplo, variações para sabonetes. O único era um de erva-doce, de uma marca famosa. Em termos de embalagem, era tudo semelhante. E eu, que trabalhava numa multinacional e viajava com frequência para o exterior, comecei a ter ideias. Até que um dia fui à Tailândia. E lá, onde quer que fosse, sentia cheiro de capim-limão, que eles chamam de lemon grass. Era capim-limão até na comida. Pensei: “No Brasil também temos essa planta, por que não a aproveitamos?”. E fiquei com isso na cabeça. Eu estava saindo do Deutsche Bank porque o projeto em que trabalhava, de startup de investimentos para pessoa física, tinha sido vendido para o Banco do Brasil. Além disso, estava me casando. Senti que era o momento de ir fundo na ideia. Tinha o desejo, a vontade, mas não fazia ideia de onde estava me metendo.

Por que aliar cosméticos à filosofia dos Vedas? Acho que tem tudo a ver. Embora formada em administração de empresas, eu era fascinada pelos Vedas e pela medicina ayurvédica. Os Vedas são, na verdade, o livro sagrado da cultura hindu e base dos princípios da ayurveda, que é precursora da homeopatia. Ayurveda quer dizer “conhecimento da vida”, ou “conhecimento da longevidade”. “Ayur” significa vida, e “veda”, ciência. É uma filosofia que prega a cura pela natureza e a busca do autoconhecimento, com corpo e mente em equilíbrio. Eu sempre achei isso fascinante e queria dividir com as pessoas. E a aromaterapia, técnica da ayurveda que usa a fragrância das plantas para promover o bem-estar, é base dos nossos produtos.

Você detectou uma demanda, mas o mercado estava preparado? Havia sim uma demanda porque no Brasil ou a gente comprava um cosmético importado e caro, ou caía

Da concepção até a marca surgir de fato, quanto tempo se passou? Levou quase um ano de desenvolvimento e pesquisa. Nossos primeiros lançamentos foram três shampoos que

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estão no portfólio até hoje. Sempre me perguntam o porquê da Litsea cubeba, que é uma “prima” do capim-limão, só que mais suave. O motivo é que o capim-limão é mais difícil de trabalhar. O shampoo ficava turvo, e queríamos um produto cristalino. A Litsea, por sua vez, é mais delicada e tem todas as propriedades do capim-limão, por isso a escolhemos. Naquele momento lançamos também o shampoo de abacate com coco e o de maracujá. Na sequência, apresentamos os óleos essenciais destes mesmos aromas, atendendo hotéis e spas. Hoje temos cerca de 60 produtos no catálogo, mas, no começo, era uma operação bastante tímida. A gente batia na porta dos varejistas e ninguém queria saber. Hoje os varejistas não só nos procuram como o consumidor valoriza a Vyvedas. E surfamos essa onda, que agora virou tendência. Você vinha do marketing no setor bancário, uma área completamente diferente. Deve ter sido um enorme desafio e também uma descoberta o processo de desenvolvimento de produtos. Foi sim um desafio, ainda mais naquela época. O mercado, de fato, não estava preparado para uma marca vegana. A Vyvedas nasceu vegana, não é que tinha uma ou duas linhas. Mesmo na indústria, enfrentamos desafios. O óleo mineral usado em cosméticos convencionais é o mesmo que você põe no carro, um derivado do petróleo. É normal a indústria usar, mas a gente não queria. E me falavam:

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“Você vai pagar por um óleo mais caro, vegetal, quando o que tenho em escala é o mineral? Não dá, seu produto é inviável”. O mais fácil estava ali, mas não era o que atendia. Foi um aprendizado e uma luta contra a resistência que havia na própria indústria. Em relação à matéria-prima, a preferência é por ingredientes nacionais? O conceito vegano está presente em todo o processo? Somos super-rigorosos quanto às nossas premissas. Uma delas é ser vegano e cruelty free, isto é, sem derivados animais e sem testes em animais. Então não adianta o produto ter em sua composição um extrato com um derivado animal ou um conservante que a gente não aprova. Homologamos todos os fornecedores de matéria-prima, que, posso dizer, estão muito avançados. Nem sempre conseguimos usar matéria-prima nacional porque às vezes não dá para sintetizar por aqui, e lá fora a indústria está bastante desenvolvida em nanotecnologia. É uma combinação: damos preferência à matéria-prima nacional, mas também usamos a importada. O que a Vyvedas não abre mão é de ser vegana, não ter corantes e conservantes nocivos, não ter óleo mineral. A indústria da beleza tem apresentado grandes inovações. Pode contar sobre esses avanços? Há inovações incríveis. Hoje é possível, e acho que esse é o grande diferencial da nanotecnologia, sintetizar as propriedades de uma matéria-prima e garantir

muito mais eficácia ao produto. Para a nossa vitamina C, por exemplo, precisávamos de um estabilizador para o produto não oxidar. E a tecnologia está tão avançada que pudemos escolher um componente chamado Stay-C, que não só dá estabilidade como potencializa a fórmula. Quando falamos dos nutricosméticos, há toda uma tecnologia na composição das fórmulas que proporciona que a pele se restaure, é a beleza de dentro para fora. No início, sua operação era focada no B2B. Em que momento começaram a abertura de lojas e o atendimento ao cliente final? A Vyvedas começou com os produtos de cabelos distribuídos em supermercados, e os de bem-estar, em hotéis e spas. Esses dois lados sempre conviveram no B2B, que cresce até hoje. Mas teve uma hora que sentimos necessidade de falar com o cliente, entender o que ele quer. Em 2011, começamos a abrir nossas lojas próprias e lançamos o site – que não era, na época, prioridade. As lojas, sim, passaram a ser o foco e chegaram a ter uma força similar ao B2B. Chegamos a vender 40% nas lojas e 60% no B2B, e o faturamento das lojas seguia crescendo. Até que em 2019 começamos a investir em e-commerce. Com a pandemia, nosso e-commerce deu um boom. O comportamento do consumidor mudou? As pessoas migraram das lojas físicas para o site. Com os shoppings fechados, resolvemos investir no e-com-



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merce pra valer, lançando produtos que fizessem mais sentido para o cliente online. Sabonete, por exemplo, pode não fazer tanto sentido por uma série de motivos, às vezes o custo do frete não compensa a compra. Além disso, percebemos uma maior demanda por autocuidado. Já estávamos consolidados em banho e cabelos, e entendemos que tínhamos de oferecer algo mais para o cliente. Por isso, lançamos nossos nutricosméticos e os séruns para o rosto. Principalmente depois dos 30 anos, o ser humano não produz com tanta intensidade a queratina, o colágeno. E é aí que entram os nutricosméticos, cápsulas que ajudam a repor e a produzir as proteínas da beleza. Esses produtos se tornaram carros-chefe do e-commerce, representam quase 40% da receita do canal, que cresceu mais de 150% de 2020 para 2021. É o nosso foco, onde planejamos seguir investindo e lançando produtos. Voltando à sua trajetória: você trabalhou na Sony Music e também em dois bancos estrangeiros. O que a encorajou a deixar uma carreira bem-sucedida e tomar o caminho do empreendedorismo? Eu adorava a minha carreira, não posso dizer que estava infeliz. Como executiva, convivia com profissionais brilhantes, viajava, tinha reuniões e debates interessantes. Numa multinacional você está sempre aprendendo, há muita troca, investimento em treinamento, RHs focados. Quando você vai para o empreendedorismo, não tem nada disso. Você lida com burocracias, com ques-

tões tributárias, barreiras para registrar um produto. Mas tem a chance de realizar seus sonhos. Eu sou uma pessoa mão na massa e me realizei como empreendedora porque gosto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, mas também de saber em que pé está cada coisa. Costumo dizer que o ótimo é inimigo do bom. Às vezes, é preferível fazer e dar um projeto por encerrado, porque se ficar esperando a perfeição você não sai do lugar. O que eu diria hoje para um empreendedor é: “Planeje. Faça contas, veja se aquilo fará sentido daqui uns anos”. Foi com planejamento que a Vyvedas foi acontecendo. Também tive muito apoio de amigos, família, sócios investidores. Do ponto de vista financeiro, como fez para viabilizar a empresa? No começo foram recursos próprios. Mas, em determinado momento, senti necessidade de fluxo de caixa e de investimento, para poder crescer. Porque estamos falando de um mercado competitivo, com companhias globais e gigantes nacionais. E para mim, uma pessoa de marketing sem dinheiro para fazer marketing, era uma frustração. No começo, prospectava as primeiras redes de supermercado com a malinha e uma apresentação impressa no papel sulfite. Uma vez pus um diretor de hotel no meu carro e o levei para conhecer a produção. Estava chovendo, e acabei fechando o contrato. Foi meu primeiro contrato com o Caesar Park. Mas chega uma hora que o braço fica curto, você precisa de equipe, de mais recursos. Foi então que entraram sócios investidores, pessoas que acreditaram no projeto e são meus sócios

“Em breve, esperamos alcançar outro patamar. Quero buscar investimentos maiores, crescer mais”

até hoje. Assim a marca foi tomando fôlego para abrir loja, crescer, investir no e-commerce, passar pelas crises. Em breve esperamos alcançar outro patamar, quero buscar investimentos maiores, crescer mais. A pauta ESG está cada vez mais presente nas empresas. Como a sustentabilidade se manifesta na Vyvedas? A sustentabilidade sempre foi tratada com muito cuidado, tanto que os frascos da Vyvedas são biodegradáveis, e as sacolas e cartuchos de sabonetes, de papel reciclado. Também tínhamos um programa de coleta de embalagens, suspenso devido à pandemia, mas que pretendemos retomar. Esse cuidado não poderia ser diferente em uma marca natural e vegana. TP

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HI TECH

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tecnologia, design e inovação Inteligência artificial, eletroeletrônicos dialogando entre si, suas preferências e hábitos acionados por comando de voz: conheça todas as novidades que a LG trouxe para o maior evento de arquitetura e décor do Brasil

Fotos germano lüders

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n eI gTE H ó cC i Ho s

A CASACOR sempre teve a vanguarda do design, arquitetura e décor. Hoje, a inovação também tem o seu lugar de destaque. As soluções que o evento apresenta jÁ estão no presente das casas. Inteligência artificial, aplicativo que pode comandar vários aparelhos, hiperconectividade: Tudo se mostra ao alcance dos olhos e das mãos no maior evento de decoração do Brasil, aberto ao público até 11 de setembro. Não por acaso, a LG Electronics é parceira de tecnologia da CASACOR há cinco anos e transformou a edição paulistana em um imenso showroom, com 141 produtos em 28 estandes.

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Para Sonah Lee, head de marketing da LG Brasil, o espaço da casa se ampliou: “As pessoas cada vez mais querem ficar dentro de suas casas. As soluções i ntel igentes e a Casa LG Magenta - nosso espaço localizado na CASACOR - reforçam nosso compromisso com a conectividade e inteligência artificial, que facilitam a rotina dos consumidores e tornam o ambiente residencial cada vez mais aconchegante. Além disso, é possível mostrar aos consumidores e arquitetos que a tecnologia e o design do ambiente se complementam”. Em sua 35ª edição, a CASACOR tem um espaço especial: a Casa LG Magenta. Idealizado pelo arquiteto Otto Felix, o ambiente tem 415 metros quadrados e traz eletroeletrônicos de última geração da marca LG. Conheça aqui alguns destaques desta edição, para programar a sua visita ao evento, que desta vez acontece no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, um icônico símbolo da arquitetura modernista dos anos 1950. Casa LG Magenta Com tijolos de vidro, pisos Portinari e cerâmica esmaltada, o ambiente da Casa LG Magenta traz alguns eletroeletrônicos de última geração que se harmonizam com as peças retrô e a arte da década de 1950, como uma mesa de jantar do renomado arquiteto Jean Gillon. “Gosto de citar Le Corbusier [1887-1965, arquiteto, urbanista e pintor franco-suíço], que definia a casa como uma máquina de morar. A arquitetura moderna vem da função, do racional, do simples, e foi do simples, de uma planta organizada por

um único bloco, de uma construção feita com bloco de vidro que a gente contou uma história de 100 anos, e também um pouco de um futuro no qual a tecnologia da LG faz nossa vida melhor”, revela o arquiteto Otto Felix. Uma nova geração de TVs OLED Neste ano de Copa do Mundo os visitantes da Casa LG Magenta poderão conferir a nova geração de TVs com tecnologia OLED. A LG foi pioneira e permanece na liderança global nesse tipo de tecnologia que utiliza como fonte de iluminação diodos orgânicos e não cristais líquidos, como nas telas LCD. Um dos destaques é a TV LG OLED evo Gallery Edition, com 65 polegadas. Com design aprimorado para uma instalação ainda mais rente à parede e visual minimalista, a evolução da tecnologia OLED garante o aumento do brilho em 30%, imagens ainda mais realistas e recursos AI Sound Pro para proporcionar um áudio mais potente. A LG traz duas séries inéditas para a CASACOR São Paulo 2022: TV LG OLED séries G2 e C2 – esta última com um novo tamanho disponível, em 42 polegadas, a menor OLED do mundo, criada especialmente para o público gamer, seja para jogos de PC ou consoles de última geração. Há, também, a maior OLED que será comercializada no Brasil, com 83 polegadas. “Temos nove anos de experiência desenvolvendo a tecnologia OLED. Assim, a LG se tornou uma referência no mercado”, afirma Cintia Viani, gerente de marketing de TV da LG do Brasil. Os convidados também poderão

No alto, Sonah Lee, head de marketing da LG Brasil. Na sequência, o arquiteto Otto Felix e ambiente da Casa LG Magenta

fotos Daniel Valenti/ Divulgação LG

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TE C H

conhecer a elegante LG OLED Objet Collection Posé, apresentada recentemente na Semana de Design de Milão, e ainda sem previsão de lançamento no Brasil. Em parceria com a Moooi, sofisticada marca holandesa de estilo de vida e designs extraordinários, a linha Objet Collection está adicionando um toque de classe para o segmento de TVs. Apoiada em cavaletes, com cantos aveludados, uma textura diferenciada e um revisteiro na parte traseira, a referência a um ambiente de ateliê ou galeria é inevitável. E surpreendente, mostrando como o design pode realizar proezas como a de deixar um aparelho de TV com uma presença leve como uma obra de arte na sala. Geladeira com água puríssima e que se ilumina para você A grande novidade da família de Geladeiras Smart Side by Side UVnano fica por conta da exclusiva máquina embutida Craft Ice, que permite fazer gelos em formato de esferas que derretem lentamente, mantendo os drinques gelados por mais tempo. Com espaço interno otimizado e design moderno e sofisticado, outra evolução é a tecnologia UVnano, que utiliza luz ultravioleta na limpeza do bocal de água, eliminando até 99,99% das bactérias. O refrigerador, que tem capacidade de 598 litros e compressor Linear Inverter com dez anos de garantia, também tem InstaView Door-in-Door, um painel de vidro espelhado elegante que se ilumina com duas batidas rápidas, permitindo ver o interior sem a abertura da porta. E, para manter os alimentos frescos por mais tempo, vem

equipado com diversas tecnologias, entre elas o filtro Hygiene Fresh+, que elimina até 99,99% de bactérias e remove o mau odor. Inteligência Artificial na Área de Serviço A nova lavadora e secadora de roupas vertical LG WashTower reforça o compromisso de inovação e tecnologia de ponta combinada com moderno design para diversos estilos de decoração. Apresenta portas de vidro temperado, elementos decorativos cromados e acabamento em aço escovado, com excelente durabilidade e alta resistência a arranhões. O produto contribui para um visual elegante na lavanderia, oferecendo harmonia para os ambientes com o painel de controle central de fácil acesso, que posiciona os comandos da lavadora e secadora numa altura ideal para operação. Por meio da Inteligência Artificial, a LG WashTower identifica o tipo de tecido das roupas no cesto (como algodão natural ou fibras sintéticas) e escolhe o melhor ciclo de lavagem e secagem, garantindo a máxima preservação dos tecidos e entregando peças limpas e frescas mais rapidamente. Também conta com ciclos de lavagem com vapor – para eliminação de 99,99% de vírus, bactérias e alérgenos – e lavagem a seco, para higienização de peças delicadas. Por ser um produto conectado, a WashTower permite o download de ciclos adicionais e pareamento Smart entre lavadora e secadora, no qual o ciclo de secagem é automaticamente selecionado com base no ciclo de lavagem. Com capacidade de 17 kg para

A tecnologia LG preserva o recurso mais precioso na vida das pessoas: o tempo

lavagem e 16 kg para secagem, tem dez anos de garantia do motor Direct Drive. “Essa máquina preserva o seu bem mais precioso: o tempo”, resume Rodrygo Silveira, gerente de produto de linha branca na LG. Programa de Fidelidade LG Magenta O nome Casa LG Magenta é uma referência ao Programa de Fidelidade LG Magenta, criado há um ano e voltado a arquitetos e designers de interior. Composto por três grandes pilares (Conteúdo, Benefícios e Programa de Fidelidade), trata-se de uma plataforma de compartilhamento de tecnologias, tendências, debates e informações técnicas que auxiliam esses profissionais em seus projetos, trazendo soluções diferenciadas a partir de demandas de cada projeto. “Tem muito design inserido nos produtos também”, observa a arquiteta Amanda Ferber, uma das embaixadoras


A arquiteta Amanda Ferber, uma das embaixadoras do Programa de Fidelidade LG Magenta

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do Programa de Fidelidade LG Magenta. “Além de trazer master classes, também queremos trazer conteúdo do mercado, falar dos principais benefícios dos nossos produtos e, também, dos descontos exclusivos para os arquitetos e pontuações”, explica Amanda, que dá como exemplo de conteúdo oferecido pela plataforma uma palestra recentemente feita pelo arquiteto Fernando Forte, do escritório FGMF, sobre tendências contemporâneas da arquitetura. Fernando Forte destaca o valor da parceira. “O LG Magenta é programa

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de relacionamento no formato ganhaganha. O arquiteto é beneficiado com os benefícios exclusivos e o seu cliente também tem vantagens ao adquirir um produto LG.” Segundo ele, a continuação do LG Magenta e o programa de pontos são uma evolução no mercado. “O apoio dos profissionais da LG e os cursos oferecidos pela marca ajudam a capacitar os novos arquitetos e preparar sua carreira.” Já a arquiteta Renata Pocztaruk, do estúdio ArqExpress, considera essencial que os profissionais (arquitetos e

designers) tenham conhecimento de diversas áreas. “Como grande parte desses profissionais atua de forma autônoma, o programa LG Magenta os auxilia com cursos e especialistas capacitados da LG para acompanhamento, além de todos os benefícios oferecidos e os materiais para a execução dos projetos”, afirma Renata, também embaixadora do programa LG Magenta. “O programa nos abraça, fornecendo sabedoria e transmitindo segurança para o desenvolvimento de cada profissional.”


Acima, entrada da Casa LG Magenta. Ao lado, a partir do alto, os arquitetos e embaixadores do LG Magenta: Mariana Orsi, Fernando Forte e Renata Pocztaruk

A arquiteta, fotógrafa e embaixadora Mariana Orsi também participa do programa LG Magenta. Ela define a iniciativa como uma ferramenta importante para o segmento de arquitetura e design de interiores. “O LG Magenta contribui para que os profissionais entreguem um projeto completo ao cliente, com produtos tecnológicos”, conta. “O programa fornece cursos com novas perspectivas, como a produção de fotografia. Isso é um ponto importante no trabalho de arquitetura e exige técnicas para que as imagens valorizem o trabalho do profissional. O LG Magenta engloba todas essas dicas em seus cursos e muito mais.” TP Conheça o Programa de Fidelidade LG Magenta aqui: lg.com/br/magenta fotos Daniel Valenti/ Divulgação LG

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Hora certa

Há quase uma década, a relojoaria Panerai está engajada no projeto de sustentabilidade. Para orgulho de seu COO, Jérôme Cavadini Por RAPHAEL CALLES, de Genebra Jérôme Cavadini, COO da Panerai, está animadíssimo com os rumos da companhia. O compromisso com a sustentabilidade da relojoaria veio à tona para o cliente final no último ano, com a apresentação de relógios produzidos com materiais reciclados. Um deles, inclusive, tem 98% de todo o seu peso com matéria-prima originária de reciclagem. Este ano, a companhia ampliou a sua atuação com a apresentação de linhas inteiras elaboradas com aço e-Steel, que representa 52% do total do peso do relógio com matéria-prima de origem reciclada. Cavadini registra que a atuação da Panerai vai além das vitrines. Envolve também, entre outras iniciativas, uma parceria com a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco no desenvolvimento do programa Ocean Literacy. No projeto, uma campanha com 100 universidades de todo o mundo visa esclarecer aos alunos como uma marca de luxo

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pode ser uma força para o bem do planeta, com compromisso com a sustentabilidade. A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) foi palco de uma dessas apresentações em maio, organizada por Ronaldo Christofoletti, do Instituto do Mar. O diretor da companhia para América Latina e Caribe, Amine Mediouni, e a executiva de comunicação da Panerai, Marcela Roudenbush, ministraram uma palestra sobre o tema para 100 universitários. O compromisso com a sustentabilidade vem aos olhos do público apenas nos anos recentes. Mas a companhia preza pelo baixo impacto ambiental desde muito antes, quando deu início ao projeto de sua manufatura, em Neuchâtel, na Suíça. Foi durante o Watches & Wonders 2022, principal evento de alta relojoaria do mundo, que o animado Jérôme Cavadini concedeu a seguinte entrevista:


THE PRESIDENT _ A sustentabilidade tem sido um projeto de comunicação bem forte para a marca, com modelos, embalagens e lojas. Como a manufatura se encaixa nesse mundo sustentável? Jérôme Cavadini - Temos maneiras diferentes de seguirmos nesse caminho. A própria manufatura construída nove anos atrás foi projetada para proteger o meio ambiente ao máximo. Optamos por não utilizar gás ou óleo no processo de aquecimento do prédio. Oferecemos bicicletas ou transporte público para que nossos funcionários cheguem ao trabalho. Demos início a tudo isso dez anos atrás. Como foi o processo de implementação da manufatura? Todo o time que trabalhou nessa planta foi o mais sortudo do mundo. Começamos do zero. Isso é ótimo porque, se você olhar para companhias mais antigas, elas já tinham uma estrutura. E nós tivemos a sorte de começar desde o rascunho. Assim, pudemos planejar a distribuição dos setores, a posição do restaurante para que pegasse mais ou menos sol etc. Para o sistema de aquecimento, por exemplo, instalamos sensores no subsolo onde a temperatura é constante. Há uma rede líquida que circula o prédio, auxiliando na manutenção da temperatura. Hoje em dia isso é bem comum na Europa, mas, quando projetamos a nossa manufatura, não era. Foi um desafio para os engenheiros na época. E na linha de produção? Tentamos sempre reduzir o impacto.

As máquinas são menores, com maior eficiência energética. Usam 30% menos eletricidade. Investimos todos os anos nesse perfil. Quanto aos relógios, lembremos que são feitos de aço, bronze, com pulseira de couro. Assim que Jean Marc [Pontrué, atual CEO] assumiu a companhia, este tópico veio à tona. Ele perguntou: “É possível produzir um relógio 100% reciclado?”. Eu disse que talvez não. Mas fizemos primeiro um exercício intelectual. O projeto final chegou ao mercado no ano passado, mas iniciamos cerca de dois anos antes. E, a partir disso, como no mundo automotivo, como a Fórmula 1, pensamos: “Como este conceito pode chegar às lojas em maior escala, uma vez que a primeira peça era muito limitada?”. Para cada relógio em e-Steel que produzimos, poupamos cerca de 20 quilos de CO2 quando comparamos a relógios sem aço reciclado. Três anos atras, uma das principais estratégias das companhias de alta relojoaria era falar sobre sustentabilidade. Mas agora não se trata mais de uma estratégia, e sim de uma obrigação: você precisa ser sustentável, reciclar, devolver ao mundo o que ele te deu... Nos anos 1970, começamos a ter alguns movimentos que falavam de ecologia. Nos anos 1980 e 1990, pudemos ver que havia algo realmente acontecendo e, nos anos 2000, vimos diversos relatórios e estudos científicos mostrando que estávamos com números cada vez piores. O ponto é: por quanto tempo vamos continuar a falar e quando começaremos a colocar em ação? Então recebemos a recomendação

dos headquarters, tanto da Panerai quanto do Grupo Richemont, para começarmos a falar e colocar em ação tais planos. Para nós, é quase como uma emergência. Não estamos sozinhos: muitos do mercado de luxo têm a mesma preocupação. Também como indivíduo, como membro de uma empresa. A respeito dos custos da manufatura: reciclar é mais barato ou mais caro? Sobre o aço, quando comparamos a produção de peças com aço comum com o reciclável, os custos são semelhantes. Claro que o preço pode ser impactado por conta de toda a pesquisa que envolve alcançar este resultado.

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Manufatura, construída do zero, oferece soluções de sustentabilidade que, na época, não eram comuns na Europa; equipamentos da manufatura são mais econômicos energeticamente

Porém, em três anos, vamos adotar apenas o e-Steel. E o custo não será passado para o consumidor. Os preços podem subir por outros motivos. Já sobre movimentos: fazer um mecanismo com um alto grau de itens reciclados custa muito mais. Estamos tentando ampliar isso na indústria, para fornecedores, para que em algum tempo isso possa ser reduzido. Então vamos trabalhar com o aço, depois com o titânio, com o bronze. Como você adapta sua linha de produção com esses novos materiais e tecnologias? Depende do material. Para e-Steel, apenas algumas ferramentas são distintas. Para Carbotech é um pouco diferente, pois o carbono libera minúsculas partes que se espalham por toda a máquina.

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Então precisamos comprar novo maquinário. Temos a sorte de trabalhar em uma empresa e em um grupo que nos ajuda a alcançar tais objetivos. A ideia é renovar e adquirir nova linha de maquinários. Você tem diferentes times dentro da manufatura. Como funciona a comunicação entre eles? É uma pergunta interessante, pois isso diz respeito à humanidade. Primeiro, temos um bom tamanho de equipe. Na manufatura, são cerca de 250 pessoas, que podem chegar a cerca de 300. Isso significa que não temos muitas hierarquias. A comunicação flui facilmente. E temos poucas paredes e portas. Então a comunicação acontece porque somos pequenos, mas também porque trabalhamos como uma família. Comunicação é o contato. Temos um clube de

lazer, que é algo que foi diretamente pensado por Jean-Marc, podemos ir esquiar com a família, temos uma confraternização anual. Um ótimo indicador é a festa de Natal da empresa: quantas pessoas aparecem para a festa? São muitas. E isso diz o quanto a atmosfera de trabalho é positiva. A Panerai está preparada para crescer? É um plano da marca ampliar esta produção e o tamanho da fábrica? Nós poderíamos crescer, sim, do lado operacional, pois temos algumas áreas do prédio que ainda não foram ocupadas. Poderíamos fazer. Mas a marca é conhecida por ter alguns produtos que são restritos no mercado. Então é complicado. No final das contas, não queremos ser uma marca que está no pulso de todos. TP


Modelo estilo “Panda” foi sucesso entre colecionadores nos anos 1960 e é reapresentado este ano

60 anos entre terra e ar TAG Heuer Autavia ganha três novos modelos em celebração a seu aniversário Por RAPHAEL CALLES, de Genebra O Autavia, um dos mais simbólicos modelos da TAG Heuer – que tem seu nome da união de AUTomobile e AVIAtion –, ganha três novas peças para integrar a coleção, uma celebração dos 60 anos da linha. As referências incluem dois modelos com função cronógrafo flyback (que pode ser reiniciado com o apertar de um único botão) e um com função GMT (permite a marcação de um segundo fuso horário). As três peças têm em comum o bisel de rotação unidirecional, a certificação cronométrica COSC, que assegura precisão diária nos mecanismos, e um sistema de troca facilitada de pulseiras. Para um dos modelos com função cronógrafo, uma caixa completamente preta com revestimento DLC e mostrador da mesma cor faz referência a modelos militares do passado da companhia. Aqui, o revestimento luminescente dá destaque às marcações em tom verde nas situações de baixa luminosidade. Já a segunda peça, com um mostrador que combina o pra-

teado com o preto, é uma alusão a edições limitadíssimas do Autavia na década de 1960, quando foi lançado. Apelidado de “Panda”, vem com uma caixa de aço polido. O terceiro modelo, que traz a função GMT, combina com graça azul, laranja e preto. No bisel de cerâmica com rotação bidirecional, a marcação de 24 horas permite saber com rapidez se é dia ou noite no segundo fuso horário, graças ao preto entre 18 e 6h. O laranja destaca a leitura deste segundo horário, em um ponteiro central alongado que realiza a indicação diretamente no bisel. As peças com função cronógrafo vêm com uma pulseira de couro de crocodilo, enquanto o modelo GMT é acompanhado de um bracelete de aço. Todas as peças fornecem uma resistência de 100 metros de profundidade aquática. TP tagheuer.com

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Além dos limites

Montanhista Nimsdai Purja quebra recordes ao escalar o Monte Everest com um relógio especialíssimo da Montblanc Por RAPHAEL CALLES, de Genebra Um lançamento para marcar a relojoaria. Trata-se de um modelo completamente estanque, sem nada de oxigênio dentro da caixa. O objetivo: alcançar os mais altos picos do mundo sem intercorrências, como embaçamento do mostrador pelo ar rarefeito. Bem, a maioria da população não é alpinista, mas também para estes há uma consequência formidável: um mecanismo livre de oxidação. Nasceu assim o 1858 Geosphere Chronograph “0 Oxygen”, da Montblanc. Nimsdai Purja, um dos maiores montanhistas da atualidade, testou pessoalmente o relógio nas alturas. Nascido no Nepal, radicado na Inglaterra, ele é detentor de diversos recordes de montanhismo. Em maio, ele subiu a montanha Kanchenjunga levando no pulso o Montblanc 1858 Geosphere Chronograph “0 Oxygen” LE290. Seguiram-se outros dois picos monumentais: o Everest e o Lhotse, todos sem suprimento adicional de oxigênio. Purja completou o circuito em apenas 8 dias, 23 horas e 10 minutos. Um segundo marco foi a travessia do Everest ao Lhotse em apenas 26 horas, também sem o uso de oxigênio suplementar. Em todo o trajeto o modelo 1858 Geosphere Chronograph “0 Oxygen” revelou-se fidelíssimo. É o primeiro da compa-

nhia alemã a adotar as funções de hora mundial e cronógrafo. Isso facilita a vida tanto de esportistas quanto de jetsetters. A ausência de oxigênio na caixa foi obtida pela produção do relógio em ambiente hermético e com sistemas que impedem a entrada do gás nos momentos de ajuste e ativação do cronógrafo. Tudo isso amplia a vida útil do mecanismo e melhora ainda mais a precisão na marcação do tempo. Em edição limitada a apenas 290 peças, o relógio combina as funções de indicação de hora mundial e cronógrafo. A caixa de titânio entrega resistência e leveza, enquanto a legibilidade é assegurada pelo revestimento luminescente nos ponteiros indicadores. O bisel, de rotação unidirecional, é elaborado em cerâmica e auxilia na localização por conter os principais pontos cardeais ali gravados. Além do suporte ao montanhista, a maison também apoia a iniciativa Big Mountain Cleanup, da Nimsdai Foundation. Um projeto que visa manter a limpeza dos maiores picos do mundo, preservando-os para as gerações futuras. Equipes de limpeza são disponibilizadas nas montanhas mais populares do mundo em parceria com projetos de reciclagem e educação locais. TP © Ninsdai

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Henrique avancini campeão mundial de mountain bike

o dono do mundo


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da montanha Campeão do mundo e há anos entre os primeiros do ranking mundial de mountain bike, o fluminense Henrique Avancini volta os olhos do planeta para o Brasil, onde vem revolucionando o mercado da bicicleta Por Marcos Diego Nogueira

"Tudo o que é tradicional hoje, um dia não foi." É partindo dessa premissa que Henrique Avancini vem revolucionando o mountain bike no Brasil. Atual segundo colocado no ranking mundial e colecionador dos títulos de campeão mundial em 2018 na categoria maratona e das Copas do Mundo nos formatos short track e cross country – entre muitos outros –, ele considera a explosão no número de adeptos da categoria e a gigantesca audiência brasileira nos eventos internacionais como a sua maior conquista. Isso se evidenciou ainda mais em abril, quando sua cidade natal, Petrópolis, sediou uma etapa da Copa do Mundo de Mountain Bike. Não era apenas a estreia de uma etapa da competição na cidade serrana do Rio de Janeiro, mas também um retorno à América do Sul, que não recebia uma etapa desde 2005, quando Santa Catarina foi uma das sedes. Sim, um feito e tanto para uma modalidade que tem na Europa os seus principais centros. “Acho que a minha carreira passou por um crescimento e o esporte foi tendo mais atenção de uma forma muito paralela”, conta ele ao final de uma rara temporada de três semanas no Brasil, onde consegue recarregar as energias ao lado da família. Em especial, da filha Liz, que tem 3 anos e meio, cinco a menos de quando Avancini iniciou-se no mountain bike, sempre incentivado pelo pai, Rui, dono de uma oficina de bicicletas. Fabio Piva / Red Bull Content Pool

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“Muito mais do que construir uma carreira, percebi que, se eu não fizer o esporte crescer, não adianta ser o melhor piloto brasileiro. Ainda vou ficar preocupado se conseguirei pagar o aluguel”, conta, na sede da equipe da qual é criador e mentor no Brasil e que leva o seu nome, com cinco atletas de elite e um total de 18 profissionais entre staff operacional, esportivo, fisioterapeutas, mecânicos, treinador, nutricionista e psicólogo. Na ocasião, acabara de anunciar a sociedade com a startup Semexe. Ele explica: “A ideia é suprir a demanda que era uma dor de cabeça no mercado da bike”. É na base de operação e preparação em Petrópolis que Avancini se mantém até partir para a Europa, onde corre pela Cannondale Factory Racing, marca americana com a equipe sediada na Alemanha. Em seu perfil do Instagram (@avancinimtb), ele comenta: “Foi bom passar as últimas três semanas no Brasil com família, amigos e competindo eventos. Segundo semestre com cinco Copas do Mundo e mais os Campeonatos Mundiais. Pé na estrada até o fim da temporada”. THE PRESIDENT _ Você passou as últimas semanas de junho no Brasil e tem um segundo semestre recheado de competições. O quanto é difícil ser um atleta que vive pelo mundo longe de quem se ama? Henrique Avancini - Acho que esse é um grande desafio, porque a minha média em temporadas normais, como este ano, é de cerca de 200 dias fora de casa. Às vezes, nas maiores conquis-

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tas você não tem as pessoas mais amadas para compartilhar. Também nos momentos de frustração você não tem aquele apoio familiar. Isso sempre foi um desafio a mais para mim como brasileiro, considerando que o mountain bike é uma modalidade com um eurocentrismo muito forte. Mas desde a primeira vez que tentei a vida na Europa, em 2009, fui aprendendo a criar uma casca e aproveitar os momentos quando se está junto. E como fazer para diminuir essa distância? É muito uma questão de você fortalecer as oportunidades que tem de estar junto. Quando eu tenho oportunidade de estar aqui no Brasil com a minha filha ou com a minha família, tento aproveitar esses momentos ao máximo, fortalecendo o vínculo. O mais desafiador sem dúvida é a minha relação com a minha filha. Ela é superagarrada comigo e, toda vez que começo esse processo de arrumar mala, a gente tem de conversar para que não seja muito dolorido para ela também. Quais os planos para o segundo semestre e como anda a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024? Tive um primeiro semestre de bom rendimento e até de certa constância, entregando resultados consideráveis, com algumas vitórias importantes. No momento, estou na segunda colocação no ranking mundial, mas nas Copas do Mundo tenho falhado

um pouco. Ainda não consegui retomar os níveis dos anos anteriores, minha grande meta para o segundo semestre. Pensando mais a longo prazo, estou numa idade que é muito boa para a modalidade. Os 33 anos, até a faixa ali dos 35, é de maturidade esportiva. O seu corpo até muda, mas o mountain bike demanda muito autoconhecimento e experiência, vivência de competição. Estou em condições de fazer mais esse ciclo olímpico, de chegar com saúde e gana suficientes para ter a única conquista que me falta, a medalha olímpica. Acho que não dá para dizer que a minha carreira é completa se não conquistar isso. Você falou sobre o eurocentrismo da modalidade, e em abril Petrópolis sediou uma etapa da Copa do Mundo de Mountain Bike pela primeira vez. . Qual o significado disso? Provavelmente foi a maior conquista da minha carreira. O crescimento do esporte potencializou a minha carreira e a minha carreira potencializou o crescimento do esporte no Brasil. E chegou um ponto em que o Brasil se tornou uma nova fronteira de padrão mesmo para o mountain bike mundial. O número de audiência brasileira era recorde em todas as transmissões das Copas do Mundo. Isso foi trazendo um olhar de muito interesse por parte da União Ciclista Internacional, e de todos os investidores no esporte. Eu ouvi verdadeiras lendas do esporte, que estão desde o começo da modalidade, caras que


Com a medalha de 2018 UCI Mountain Bike Marathon World Championships

passaram por cerca de 200 Copas do Mundo ao longo desses 30 anos, falarem que “poxa, esta foi a mais especial, a mais marcante, a mais energizante”. Ouvi europeus, americanos, asiáticos, gente da Oceania dizerem: “Isso aqui foi incrível, o Brasil é diferente”. Viver isso paralelamente ao crescimento da minha carreira, na minha cidade natal, no meu país, foi um grande marco na história da bicicleta no Brasil. A história da bicicleta no Brasil nunca viu tantos adeptos. Você se preocupa com esse papel de pioneiro? Não só me preocupo com isso como assumi como uma missão. Passei a buscar resultados cada vez maiores, mais expressivos, principalmente para gerar um efeito de mais atenção para o esporte. Às vezes o pessoal chega a me criticar, no sentido de que eu não tenho um foco tão exclusivo como outros atletas, sou envolvido demais com outras coisas que, óbvio, tomam o meu tempo e a minha energia. Só que essa foi a minha motivação para chegar a ser um dos melhores do mundo. Hoje, já macaco velho, é difícil tentar fazer de uma forma diferente. E nem gostaria. Acho que a satisfação de estar contribuindo para algo maior às vezes é mais válida do que ganhar uma corrida. Fabio Piva / Red Bull Content Pool

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Em um dos vídeos no seu Vlog você fala sobre as surpresas que sempre encontra. Afinal, todas as pistas são diferentes. Como é trabalhar com essa exposição ao desconhecido? Indo para o lado mais filosófico, acho que se preparar para o mountain bike é se afastar da valorização do próprio ego. Porque mesmo quando você é um dos melhores do mundo ainda precisa manter a consciência de que não domina esse esporte. O mountain bike é muito variável. Você passa por tantas situações diferentes que, quando começa a acreditar que sabe se preparar para qualquer terreno, é quando começa a se perder um pouco nesse processo. É preciso se manter aberto ao novo, aos desafios. Essa

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humildade é extremamente importante, tornou-se uma das grandes lições que a bicicleta me ensinou. Falando nisso, um vídeo em que você se veste de Sr. Agnaldo, um ciclista de 65 anos, viralizou. Qual foi a importância e quais as lições que tirou disso? Essa foi uma ativação muito legal. Era um projeto que eu tinha na gaveta há alguns anos. Foi muito legal. Primeiro porque o ciclismo tem muito da sua etiqueta, o modo de se vestir, o modo de falar, a combinação de equipamentos, e eu apareci todo errado. Então óbvio que gerou aquele olhar preconceituoso das pessoas. Foi muito legal ver os reflexos diferentes

nas pessoas, às vezes um pouco de preconceito, às vezes um pouco de respeito, às vezes um pouco mais de cuidado. O que mais curti foi ser um ciclista anônimo. Eu não tinha mais essa percepção do que é estar em meio a tantos ciclistas, sendo só mais um ali e sem ser reconhecido, sem ninguém querer tirar uma foto, sem ninguém julgar de uma forma como geralmente você é julgado. Quando chego num evento de ciclismo no Brasil, eu me sinto como se fosse uma vitrine ambulante. O tempo inteiro as pessoas estão olhando que comida você vai pegar, que roupa está vestindo, como sorriu para a foto, a velocidade em que anda. Você sente o olhar das pessoas o tempo inteiro em


“Acho que se preparar para o mountain bike é se afastar da valorização do próprio ego”

tudo que faz. E ser um anônimo foi uma experiência incrível, me fez pensar muito sobre a vida, sobre o futuro, sobre como a gente julga e se prende demais nas percepções. Como conseguiu manter a regularidade durante a pandemia? Foi um grande desafio, principalmente pela situação no país. Em 2020, comecei o ano muito bem, e aí o calendário foi suspenso e reaberto na Europa num período em que eu praticamente não conseguia sair do Brasil ainda. Então tive uma desvantagem de dois meses. Falando de uma temporada condensada, isso foi um baita prejuízo. Tirei isso como uma motivação e me isolei, busquei

onde estava falhando, onde eu tinha margem para melhora, me aprofundei ao máximo em todas as áreas e esperei a chance de voltar a competir. Gerou aquela agonia de ver os melhores do mundo competindo e eu isolado. Mas fui construindo aquela certeza de que, quando voltasse a competir, iria competir melhor que nunca. Foi o que acabou acontecendo: tive um final de temporada ali com várias vitórias muito expressivas, inclusive nas Copas do Mundo. Terminei o ano como número 1 do mundo. Depois de terminar duas vezes como número 2 (em 2018 e 2019), finalmente cheguei ao primeiro posto do ranking mundial. TP

Bartek Wolinski e Fabio piva/ Red Bull Content Pool

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O espírito de aventura Curvas, vento e paisagens deslumbrantes: com mais de 1,3 milhão de clientes, os modelos BMW GS se tornaram o parceiro ideal para descobrir o mundo sobre duas rodas

“Viajo todo fim de semana e, sempre que possível, por dias. Não vejo a hora de chegar o fim de semana para rodar”, suspira Gisela Heitzmann, olhando com satisfação sua companheira de viagens, uma BMW R 1200 GS Adventure Triple Black comprada em março de 2019. A moto já levou sua dona mundo afora por mais de 60 mil quilômetros. Foi amor à primeira vista no caso de Gisela, motociclista desde os 18 anos, em uma época em que era raro ver mulheres sobre duas rodas (fora bicicletas). “Depois, fiquei grávida e lá se foram anos sem pilotar”, relembra. “Voltei porque meu filho quis comprar uma moto. Eu o acompanhei na concessionária e acabei comprando antes dele.” De volta à paixão sobre rodas, em 2015, Gisela conheceu o atual marido, que a con-

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venceu a trocar a moto por uma maior, uma bigtrail. “Fui à concessionária, na época a Caltabiano, e subi numa BMW R 1200 GS. Comprei imediatamente. Rodei 30 mil quilômetros em dois anos.” O modelo seguinte de Gisela é o atual, dos 60 mil quilômetros rodados com muita adrenalina – e segurança. Isso porque a BMW R 1250 GS Adventure dispõe de um sofisticado sistema de Pilotagem Pro, com modos para pista seca, molhada ou off-road acionados por um simples botão, que permitem uma viagem segura em qualquer estrada. Outro diferencial, já testado por Gisela e seu marido em suas viagens, são o ajuste eletrônico de suspensão (D-ESA), que regula automaticamente o amortecedor traseiro de acordo com as condições de pilotagem. Há também o Assistente de


Modelos BMW R 1250 GS e R 1250 GS Adventure Triple Black têm acabamentos que combinam alumínio, prata e preto

Troca de Marchas. Permite aumentar e reduzir marchas sem acionar o manete da embreagem. Imponentes e ainda mais estilosas. Assim são as novas BMW R 1250 GS e R 1250 GS Adventure Triple Black. Com acabamentos que mesclam preto, prata e alumínio, os modelos aliam as tradicionais qualidades da linha GS a um visual ainda mais esportivo. O segredo responde por três números: 719. A Divisão 719, na fábrica do BMW Group em Berlim, especializou-se na criação de modelos especiais, com produção limitada. Recentemente, a marca resgatou o código 719 para sua linha de customização, trabalhando acessórios e peças com detalhes usinados, pintados e, muitas vezes, feitos à mão. No caso da R 1250 GS Triple Black, espelhos retrovisores e tampas de cabeçote, por exemplo. O motor, robusto como deve ser o de uma bigtrail, conta com sistema de injeção eletrônica e gera 136 cv de potência a 7.750 rpm. Líder de vendas “A BMW R 1250 GS é considerada um ícone entre os amantes de bigtrails, e os resultados de vendas refletem o sucesso desse modelo”, comemora Gabriela Cicone, head de Marketing e Produto da BMW Motorrad Brasil. “A GS é o modelo BMW Motorrad mais vendido no Brasil e no mundo. Por aqui, fechou

2021 com 21,2% de participação. Representa o que há de melhor no segmento”. Gisela Heitzmann concorda. “Fiz viagens incríveis com minha moto, mas creio que a que mais gostei foi pelas Serras Catarinenses”, revela. “Tem tudo que um motociclista gosta: estrada com curvas, off-road, on-road, chuva, frio, sol e belíssimas paisagens. E, à noite, para relaxar, boa comida e um vinho. E, claro, a companhia de amigos.” O BMW Rider Experience desenvolve viagens organizadas dentro dos mais altos padrões de qualidade, que se diferenciam por trabalhar técnicas fundamentadas, atualizadas e estudadas ao longo de décadas. São mais de 30 práticas avançadas de pilotagem, em um sistema metodológico que permite a real absorção e execução das técnicas pelos alunos. Os cursos são realizados em sessões teóricas e práticas, com o auxílio de materiais didáticos exclusivos do BMW Rider Experience e ministrados por instrutores certificados pela BMW Motorrad International Instructor Academy. Gisela Heitzmann conta como foi a experiência: “Fiz um curso de on-road e um de preparação para o GS Trophy. Foi ótimo. Aprendi, por exemplo, a passar por areia, e isso me trouxe mais confiança em pilotar por estradas de terra”. TP

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A serviço do esporte O que há de mais tecnológico para deixar a sua vida saudável ainda mais completa Por Marcos Diego Nogueira

Nike+ Fuelband Um sensor de movimento que rastreia todo o seu exercício, preenchendo um contador de metas diário. Perfeito para medir etapas, tempo e calorias queimadas. Por enquanto um produto com venda exclusiva na loja NikeTown, em Londres.

nike.com

Óculos Recon MOD Live Este é digno de filmes de ação: um display perfeito para Balança de controle corporal OMRON A avaliação do corpo inteiro para um controle mais efetivo da sua saúde. É o que promete – e cumpre – esta balança de bioimpedância da OMRON. Entre suas funções úteis, calcula o IMC, além da gordura corporal e visceral.

omronbrasil.com

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esquiadores e snowboarders que mostra dados como a velocidade e a posição no mapa em uma pequena tela nos óculos. E mais: a comunicação Bluetooth com seu celular ainda permite que você leia textos e atenda chamadas enquanto estiver em ação.

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Smart eBike Dos mesmos fabricantes do carro Smart, esta bicicleta elétrica não só auxilia a propulsão de cada pedalada como também

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recarrega um pouco da bateria a partir da energia adquirida na

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Um português

brasileiro O campeoníssimo Mário Roma ama o Brasil como poucos. E contribui para o seu crescimento por meio do esporte

Ele é um português movido a desafios. Ainda criança, com pouco mais de 8 anos, Mário Roma tornou-se campeão português de vela. Anos se passaram e aquele mesmo jovem representou sua pátria no principal templo do esporte para um atleta. Foram dois Jogos Olímpicos (em Seul e Los Angeles). A experiência no mar lhe rendeu inúmeros títulos nacionais e internacionais, bem como o recorde mundial de travessia do oceano Atlântico e a marca de mais jovem membro de tripulação na volta ao mundo de vela, a Ocean Race. Formado em arquitetura e design pela Universidade de Belas Artes de Lisboa, chegou ao Brasil em 1989. Investiu inicialmente no mercado hoteleiro, construindo o primeiro resort no Rio Grande do Norte. Anos mais tarde, abriu uma filial da maior rede de lojas de móveis do mundo: a Ethan Allen. Em 1998, fundou a Express Web, empresa digital vocacionada ao e-commerce, e começou a se aventurar no mountain bike, esporte que viria a ser uma de suas maiores paixões. Desde 2000 começou a acumular títulos nacionais e internacionais na modalidade. Tornou-se o único luso-brasileiro a conquistar títulos em provas de ultramaratonas. Em 2008, Mário Roma criou a Roma Sports Marketing, na qual atua em duas áreas principais: marketing esportivo e eventos esportivos. Com mais de 40 mil cadastros, presta serviços de marketing e consultoria às maiores empresas brasileiras e multinacionais dos ramos de esportes, ciclismo e eventos outdoor. Em 2010, a Roma Sports Marketing iniciou a implantação dos principais eventos internacionais de ciclismo da América Latina. Nasceu assim a Brasil Ride, uma ultramaratona de mountain bike. Esta prova, dividida em etapas, é conhecida como o fotos fabio piva

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Giro d’Italia de MTB e recebe da mídia especializada o título de “a melhor prova do mundo de MTB Premium”. Ao lado de um parceiro deficiente visual, Mário Roma integrou a primeira equipe brasileira a pedalar a maior etapa de ultramaratona de mountain bike da África do Sul. Em 2019, tornou-se campeão mundial de mountain bike 24 horas (solo), na cidade de Costa Rica/MS. Naquele mesmo ano, foi premiado pela UCI (Union Cycliste Internationale) por realizar uma etapa do Campeonato Mundial Amador de Estrada no Brasil, projetada para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Mario Roma é destaque na mídia como o “português que mudou o ciclismo no Brasil”. Status este que contribuiu para que a Brasil Ride recebesse duas etapas com a chancela máxima do esporte. Algo concedido apenas a outras duas provas internacionais no ciclismo: a Cape Epic e a Transalps. A veia empreendedora de Mário Roma o motivou a criar uma nova marca: a Full Gas. Trata-se de uma empresa de suplementos desenvolvida com o objetivo de atender um público que busca resultados e alta performance. Recentemente Mário Roma encarou novos desafios. Como a criação da Brasil Ride Espinhaço, prova credenciada pela

União Ciclística Internacional que acontece em Minas Gerais e, cumpridas apenas as duas primeiras edições, já reconhecida como uma das melhores provas do mundo. Para 2022, pela primeira vez a Brasil Ride aconteceu fora do país. A escolha recaiu sobre Portugal, sua terra natal. A Portugal Brasil Ride arrancou suspiros e elogios de estrangeiros e brasileiros. Mário Roma tem se consolidado como ícone e líder de opinião no mercado esportivo no Brasil e no mundo ao criar parcerias estratégicas com diversas grandes marcas esportivas do mercado de ciclismo e por manter um relacionamento muito próximo com atletas e mídia global. Continua a escrever artigos para inúmeras revistas no Brasil e exterior, além de ministrar palestras sobre qualidade de vida e esportes em eventos corporativos com o tema “Pessoas Comuns em Lugares Incomuns”. Atualmente, e cada vez mais, dedica-se a impulsionar os projetos sociais do Instituto Brasil Ride, que completará 10 anos em 2023. Contribui assim para o desenvolvimento da educação, integração social e saúde por intermédio do esporte. Depois desta apresentação, Mário Roma escreverá em THE PRESIDENT sobre os desafios, aventuras e experiências de pessoas e as etapas de suas vidas. TP

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Marcelo Giachini

Chef e sócio do Restaurante Imma Simples e sofisticado


Descomplicado Assim o chef Marcelo Giachini define o seu restaurante, o Imma, que, embora recém-aberto, já faz sucesso de crítica e público em São Paulo Por WALTERSON SARDENBERG Sº Retratos Germano Lüders

“Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã, vai dormir à noite e, nesse meio-tempo, faz o que gosta.” A frase do cantor e compositor Bob Dylan define o cotidiano do paulistano Marcelo Giachini, 47 anos, sócio e chef do Imma. O restaurante foi inaugurado no comecinho deste ano de 2022 no elegante bairro do Jardim Paulistano, em sua cidade natal. Giachini ama o que faz. Adora cozinhar e, de quebra, tem aptidão para a administração. Seu caminho, no entanto, não foi simples. Nascido em uma família modesta da zona leste, filho de um motorista de táxi, não cultivou na infância e adolescência o hábito de ir a restaurantes. Passava longe. “Íamos apenas uma ou duas vezes por ano, em alguma data especial”, relembra. Isso não o impediu de descobrir a vocação para a gastronomia, embora tenha resolvido estudar economia – era mais seguro. Gradou-se na PUC, a Pontifícia Universidade Católica, em São Paulo, e iniciou uma carreira bem-sucedida na área, atuando, entre outros empregos, como economista do BankBoston. Já então, nas horas vagas, percorria restaurantes com gosto e avidez, até que a inevitável ficha caiu: ali estava sua genuína vocação. “Percebi que tinha de correr atrás”, resume. Decidido, vendeu o que tinha para estudar gastronomia na prestigiosa e tradicionalíssima escola Le Cordon Bleu, em Paris, aberta em 1895. Formou-se como o melhor aluno da turma, iniciando uma trajetória que o levaria ao Imma, casa que, embora tão recente, já coleciona críticas muito favoráveis na imprensa.

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THE PRESIDENT _ Como descobriu seu interesse pela gastronomia? Marcelo Giachini – Sempre gostei de cozinha, desde criança. Mas só passei a frequentar restaurantes depois que me formei em economia e comecei a trabalhar. Foi na época em que os restaurantes passaram a convidar para visitarmos a cozinha. Eu fazia questão de visitá-las. Ficava maravilhado com aqueles panelões gigantes, fervendo. Mas sua vida como economista prometia um futuro estável. Sim, eu ganhava razoavelmente bem, tinha uma carreira próspera. Estava tranquilo. Ainda assim, procurava a verdadeira vocação. Notei que todas as pessoas realmente bem-sucedidas tinham um brilho no olhar. Eram mais felizes porque faziam o que gostavam. Falei para mim mesmo: “É simples. Basta descobrir do que gosto mais”. Acabei percebendo que meu caminho estava na cozinha. Mas não era fácil na época. Não existiam ainda as faculdades de gastronomia. Não havia opções mais claras para se tornar cozinheiro de sucesso. Você cozinhava em casa? Minha mãe deixava a comida pronta para eu esquentar. Mas eu sempre dava minha arrumadinha particular. Colocava um temperinho e tal, reformulava. Aí começaram a aparecer na TV os programas de culinária com chefs de verdade. Fiquei interessadíssimo.

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Mas não conhecia ninguém da área. Pensei comigo: “Se eu gosto mesmo de cozinhar, preciso aprender de modo correto, tenho de adquirir know-how”. Aí resolvi fazer algum curso. Até que descobri o Le Cordon Bleu de Paris. Como foi? Em 2001, o pessoal da escola veio fazer uma apresentação no Festival da Boa Mesa, no Centro Têxtil da Lapa. Conheci os chefs, conversei com eles e falei que adoraria cozinhar, mas não conseguia imaginar um caminho para mim. Um dos chefs me disse: “Na nossa escola, no primeiro dia, vamos te ensinar a segurar numa faca de cozinha”. Pensei comigo: “Opa, tem alguém que vai me ajudar”. Aí demorei alguns anos para conseguir ter a condição financeira para estudar fora. Não sai barato. Fui aceito no Cordon Blue no final de 2005, para começar o curso em 2006. Já havia juntado as economias e deixado o banco. Você falava francês? Falava muito bem inglês, comecei a estudar francês antes de ir. Cheguei a Paris já me comunicando mais ou menos em francês. Durante o curso, percebi que realmente era aquilo o que eu nasci para fazer. Tive muito destaque e acabei me formando em primeiro lugar na turma, no final de 2006. Isso me deu confiança. Decidi continuar na Europa. Estagiei em um restaurante na França. Depois trabalhei em Bruxelas, na Bélgica, em um bistrô com uma estrela no Michelin. Voltei ao Brasil no meio de

“Sempre gostei de cozinhar. Mas não ia a restaurantes. Só fui fazê-lo já adulto e formado em economia”

2007, e vi que a gastronomia estava fervendo, só se falava de chefs. E então? Comecei a dar consultoria e virei professor na escola de gastronomia da Anhembi Morumbi. Também trabalhei em alguns hotéis. Até que, em 2011, o pessoal da Casa Flora me chamou para dar uma curadoria e desenvolver o portfólio de alimentos da empresa. Fiquei por lá alguns anos e fui crescendo dentro da importadora. Mas o sonho de ter um restaurante acabou falando mais alto. E assim surgiu o Imma. Os investidores são amigos da faculdade. Cursei economia, mas fiz muito amigos no direito, gente que conheço há mais de 25 anos. Falei para eles: “Pessoal, vamos fazer um negócio? Eu


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entro com tanto, vocês também cada um com um pouquinho”. Juntei o capital e me aventurei. Qual é o conceito do Imma? Eu queria um lugar com excelência na cozinha, onde tudo fosse muito bom, mas descomplicado. A ideia é servir pratos razoavelmente conhecidos, mas feitos com muita técnica e alguma variação bem sacada. Por exemplo, o que mais vendemos aqui é barriga de porco. Todo mundo já comeu. Mas faço com uma técnica diferente, com um capricho diferente. O objetivo é uma cozinha com substância. Gosto de brincar com os contrastes, tanto na textura como no sabor. Combino uma louça mais rústica com algo bem trabalhado como o porco com a pele pururucada e um purê bem lisinho do lado. Tudo é muito bem preparado. A costela de boi passa 24 horas cozinhando em temperatura constante. Depois a finalizo no forno a lenha. Fica com uma aparência rústica, mas com uma delicadeza quase que sublime.

Há algum chef que o inspirou? Gosto de chefs que valorizam o ingrediente, mesmo sendo uma coisa simples, como um purê de batata. Tem um cozinheiro americano de que gosto muito. Ele usa as técnicas que eu uso e funciona bem. É o Thomas Keller. Ele utiliza bastante o cozimento a vácuo, que aprecio bastante. Aqui no Brasil sempre gostei bastante dos cozinheiros mais clássicos. Admiro o Laurent Suaudeau. Aprendo a cada conversa com ele. Na realidade, tem muita gente boa. Você caprichou no ambiente. Esta varanda é bem agradável. Pois é, quando vi esta casa pensei: “Achei o lugar”. A varanda combina com o bar, que é um bar com poltronas. Também há mesas na lateral da casa e no jardim dos fundos. Temos a parte interna também. Costumo fechá-la para confrarias. Há bastante procura. Cabem 24 pessoas. A sala é

aberta para o jardim. Quer dizer, você está em um ambiente ao mesmo tempo aberto e fechado. O batismo do restaurante veio do nome da rua, a Immanuel Kant, certo? É muito difícil dar nome para restaurante. E um dos meus amigos, que também é meu sócio, falou numa reunião: “Poxa, a rua se chama Immanuel Kant, em homenagem ao filósofo prussiano. O apelido dele de infância era Imma”. Sabe quando bate? Todo mundo olhou um para o outro e concordou. O nome virou Imma. Cada vez que eu ouço soa mais natural. Fale um pouco mais das especialidades da casa. Sempre trabalho com contrastes, até nas entradas. Algumas são cruas e outras vão para o forno. Entre as cruas estão o tartar de carne, que é filé-mignon cortado em cubinhos com avelã e pinhão tostados, o que dá um pouco de crocância. Tenho carpaccio de fotos tuca reinés

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peixe e um jamón ibérico também. E há as entradas que vão para o outro lado, que é o lado do forno a lenha. Faço uma brandade de bacalhau que finalizo no forno a lenha, uma polenta cremosa com cogumelos, uma berinjela levíssima. Entre os pratos principais, destaco a linha de arrozes: arroz de pato, de polvo. Também as carnes de cozimento longo, como a paleta de cordeiro que desosso depois de pronta, ponho numa forma, prenso. Gosto bastante dessa brincadeira do que é bem fresco ou tem pouco cozimento e do que tem muito cozimento. As sobremesas também são criações suas? Também estudei confeitaria na França. Preparo um mil-folhas com creme de confeiteiro que é um dos meus orgulhos. As pessoas falam: “Poxa, é o melhor mil-folhas que comi na vida!”. Você tem ascendência italiana. Isso não tem influência na sua cozinha? A maior influência que o meu sangue italiano me deu foi a paixão pela cozinha. E também a vontade de comer bem, de me sentar à mesa para conversar e me divertir. Fiz um curso de massas na Itália, mas meu espaço é pequeno, não consigo produzir massas. Ainda assim sirvo algumas. Um linguini com molho de tomates, por exemplo. Esta varanda também vai bem numa happy hour. Dá para vir ao Imma só para beber e petiscar?

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Claro! Temos uma ótima coquetelaria, sob a tutela do barman Rodolfo Bob, um especialista. Há vários quitutes no cardápio, além dos sanduíches. Faço um sanduíche de porco e brinco que a inspiração veio da porta dos estádios. Você faz almoço executivo? Sim. A cada dia escolho um prato do cardápio e sirvo com entrada e sobremesa pelo preço fixo de R$ 65. Tem funcionado bem. É uma maneira de tornar a casa mais conhecida. Sim, é exatamente essa a nossa ideia. Não quero que o Imma seja frequentado só em datas especiais, como aniversários de casamento. Pretendo que seja um restaurante de todo dia, seja para um almoço de negócios, um jantar romântico, um almoço com a família, um drinque com os amigos. Abrimos de terça a domingo. O que é o Imma em uma palavra? Descomplicado. Se a gente olhar os últimos dois anos, todo mundo teve uma vida difícil com essa história de pandemia, ou até mesmo alguma tragédia familiar. Acho que a vida pode e deve ser mais simples. Quero que a pessoa se sente aqui, olhe o cardápio e fale: “Nossa, que vontade de comer isso ou aquilo”. Eu tento entender o que cada um quer e fazer com que se sinta bem. Sou apaixonado por gastronomia antes de ser cozinheiro. Já comi em restaurante três estrelas na França, na Itália... Qual deles considera o melhor?

“A maior influência que o sangue italiano me deu foi a paixão pela cozinha, a vontade de comer bem”

Em 2006 fui ao La Pergola, em Roma, um três estrelas do Michelin. Surreal! Serve uma cozinha italiana moderna. Acredite ou não, o chef era um alemão. Ele sabe valorizar o simples. É o que procuro fazer. A barriga de porco do Imma, por exemplo, é preparada com minúcias. É cozida numa temperatura em que a gordura não derrete. Por isso, não encharca a carne. Para dar a crocância na pele, deixo no forno com a luz só por cima. Então é um prato de porco que é leve, porque a gordura não derreteu. Você consegue cortá-la fora e comer só a parte magra. Os acompanhamentos são salada e purê de batata, mas é purê de batata extremamente bem-feito, e uma salada com um tempero muito equilibrado. Com poucos ingredientes a gente consegue fazer uma coisa especial. Eis a ideia. TP


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Italiano disputado

Unidades do restaurante Modern Mamma Osteria têm menu sofisticado Por ney ayres O Modern Mamma Osteria é comandado em São Paulo pela dupla de chefs Paulo Barros e Salvatore Loi – que estiveram juntos no Girarrosto. A casa tem dois endereços. Um no bairro do Itaim Bibi. Outro, o mais recente, no Baixo Pinheiros. Em ambos, um menu italiano com porções para dividir, massas com molhos clássicos e refeições idem. Vale lembrar: Loi foi trazido da Itália para trabalhar no Fasano, onde esteve por anos a fio. Para as entradas há as focaccias para dividir, os antepastos como crudo de atum com mascarpone ao limone de purê de tomate, tábua de presunto e o schiacciata para duas pessoas. Entre os pratos clássicos, destaque para a lasanheta Vitelo com creme de grana padano e trufas negras. A casa também tem uma encorpada carta de drinques.

Acima, o prato de lasanheta de berinjela. No alto da página, a fachada da unidade de Pinheiros e os sócios Paulo Barros e Salvatore Loi

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Modern Mamma Osteria Rua Manuel Guedes, 160 – Itaim Bibi (11) 930838387 Rua Ferreira de Araújo, 342 – Pinheiros.


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Ano de crescimento Grupo Henkell Freixenet se consolida como líder no segmento de espumantes importados no Brasil Por Mario Ciccone Retrato Anna Carolina Negri

O mercado de vinhos está vivendo saltos nos anos de pandemia. Dados da Ideal Consulting, empresa especializada em inteligência de mercado, apontam que o consumo da bebida no Brasil subiu de 383 milhões de litros em 2019 para 501 milhões em 2020. No ano passado, é verdade, houve uma retração para 489 milhões, mas já é uma acomodação em patamares muito mais elevados do que o volume anterior. Um grupo retrata muito bem essa nova realidade de consumo e produção. Trata-se da Henkell Freixenet, fruto da fusão dos alemães da Henkell com os espanhóis da Freixenet. É o número 1 na produção de espumantes, com 225 milhões de garrafas vendidas em 2020. A operação brasileira também vem colecionando resultados positivos. O faturamento cresceu 80% em 2021 em relação ao ano anterior, saltando de R$ 46 milhões para R$ 86 milhões. Em 2022, o faturamento mostra-se 62% acima de 2021, mesmo com a turbulência dos mercados. “A filial brasileira está com muita visibilidade dentro do grupo e atualmente estamos entre as mais rentáveis”, afirma Fabiano Ruiz, diretor executivo da Henkell Freixenet no Brasil. “Hoje, a matriz tem um olhar diferente para o nosso país. É o sétimo mercado mais importante do grupo.” Junto com o Brasil, Reino Unido e Estados Unidos também estão em franco crescimento. A filial tem hoje 85 produtos em seu portfólio. No Brasil, de cada três espumantes importados, um é da Henkell Freixenet. Ainda assim, os espumantes nacionais abocanham 86% das vendas gerais da bebida. A Henkell Freixenet leva em conta participar diretamente da produção nacional. “Queremos entrar nessa briga, mas resolvemos esperar. Os importados ainda têm margem para crescer”, acredita Ruiz. “Talvez para 2023, podemos pensar nesse projeto. Mas precisa fazer sentido. Pode ser


Fabiano Ruiz, diretor executivo da Henkell Freixenet no Brasil

Grupo Henkell Freixenet no brasil

em números 2 milhões

de garrafas vendidas

80%

de crescimento

30%

dos espumantes importados

R$ 86 milhões de faturamento

85 produtos no portfólio

Dados de 2021

uma parceria ou até uma aquisição. Porém, deve estar de acordo com o nosso padrão de qualidade.” Há 30 anos em atividade no Brasil, a companhia tem alguns campeões. Vale destacar os Cavas da linha clássica, como Carta Nevada, Cordón Negro e Cordón Rosado. Neste ano, a empresa lançou a linha Freixenet Cuvée de Prestige, com três rótulos safrados, o que inclui o Cuvée D.S e o Malvasía. De acordo com Fabiano Ruiz, a companhia também trabalha para apresentar opções mais joviais. “Queremos apresentar bebidas que não necessitam de uma taça. São mais descoladas e modernas. Podem acompanhar frutas, gelo e até drinques." É o caso da categoria “wine seltzer”, bebida gaseificada à base de vinho (comercializada em lata). Também o novo rótulo Freixenet Mía é atrativo para consumidores mais jovens, que buscam um consumo mais descomplicado. A empresa apresenta ainda versões sem álcool, como o Freixenet 0% Álcool, que foi um sucesso com 70 mil garrafas vendidas no ano passado e com projeção acima de 100 mil para este ano. O Grupo Henkell Freixenet não se resume a espumantes. Tem rótulos tintos e brancos da Alemanha, Espanha, Itália, França e Estados Unidos. Vale o seu brinde. TP freixenet.com.br

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Boas Baforadas

Selecionamos dois charutos nacionais e um nicaraguense. Todos de alto padrão Por ney ayres O Seis 14 A região do Recôncavo Baiano produz alguns dos melhores puros brasileiros. Fica lá, na cidade de Cruz das Almas, uma das fábricas que mais tem se destacado no ramo: a Perez e Rodrigues. Seu 0 Seis 14 foi lançado em dezembro do ano passado. Feito à mão, com folhas de tabaco Cubra (sementes cubanas), cuidadosamente selecionadas e envelhecidas pelo menos três anos. Tem bitola 56 e escala de força média. Trata-se de um charuto de longa duração, com médio corpo e estilo cubano. Em São Paulo, é vendido com exclusividade pelo Lounge Europa. Lounge Europa Avenida Europa 614, Jardim Europa europatabacaria.com.br Charuto Quadrado A tradicionalíssima Leite & Alves é uma das empresas mais antigas no segmento no Brasil. Foi fundada em 1854. Hoje está radicada em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Embora seja uma companhia histórica, permanece ousada. Prova disso é o Charuto Quadrado, lançado recentemente. É produzido com tabacos Mata Fina em Stalk Cut. O método se

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caracteriza pela colheita cortando a planta pelo caule, rente ao solo, podando todas as folhas de uma só vez. Ato contínuo, o tabaco é pendurado de cabeça para baixo e curado no sistema air cured. Dessa maneira, o caule alimenta a folha garantindo uma cura mais demorada e uniforme, preservando mais açúcares e óleos essenciais para a fermentação. Destaque para a bitola grossa e curta do Charuto Quadrado, proporcionando uma degustação equilibrada e com muito sabor. Guardian Of The Farm Em 1998, Eduardo Fernandez foi para a Nicarágua, na América Central, com um sonho: cultivar o melhor fumo do mundo, capturando a essência dos charutos cubanos de outrora. Em Cuba, convocou uma equipe de agrônomos que trabalharam nos níveis mais elevados de Cubatabaco, em muitos casos por mais de meio século. Esses homens continuam atuando na Aganorsa Leaf. São os responsáveis pelo excelente Guardian of the Farm, que pode ser encontrado em três bitolas, em caixas de 25 unidades. Vendas com exclusividade na Caruso Itaim e Caruso Jardins (Così), em São Paulo. carusolounge.com.br


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A vez do

Negroni Por ney ayres

O Negroni é um tradicional coquetel italiano servido pelo mundo inteiro. Inclui gim, vermute rosso e um amaro (bitter italiano, sendo o mais popular o Campari). Muitas vezes, o drinque vem acompanhado de um pedaço ou casca de laranja. Desta vez, indicamos alguns restaurantes paulistanos onde se pode degustar um bom Negroni, aliado a uma boa gastronomia. Locale Trattoria /Caffè Sob o comando do Grupo Locale, dos irmãos Gabriel e Nicholas Fullen e do empresário Sandro Myasaki, a Locale Trattoria surgiu após o sucesso instantâneo do Locale Caffè, misto de bar e café típico italiano, instalado em endereço vizinho. A sugestão do chef Igor Witer para combinar com o Negroni é o gnocchi al ragù di ossobuco. A carne vem desfiada em molho à base de vinho. Ele também indica o spaghetti al pesto genovês e o creme de burrata. Rua Manuel Guedes, 369, Itaim Bibi (11) 3071-0482 localetrattoria.com.br @localetrattoria

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O maior ícone do Rhône agora é exclusividade da World Wine SAFRA 2015 RP 96 | WS 96 | JS 94

Safra 2017 RP 97 | WS 97 | JS 94

SAFRA 2017 RP 95 | JS 94 | WE 94

Safra 2018 RP 93 | JS 92 | WE 95 | AD 94

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O maior nome do Rhône também é o produtor com maior quantidade de notas 100 Robert Parker no mundo. Fundado em 1808 e pioneiro no processo de converter vinhedos ao biodinamismo, M. Chapoutier chega na World Wine para compor o melhor portfólio de vinhos franceses do Brasil.

worldwine.com.br

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QT Pizza Bar O projeto arquitetônico feito por Bruna Pires foi inspirado em lugares jovens de cidades cosmopolitas como Nova York. Na decoração aparecem néons, grafites e objetos que remetem ao universo da pizza. Completa o ambiente um bar externo com uma agradável varanda e mesinhas na calçada, ideal para acompanhar o movimento do bairro. Bruna Pires e o publicitário Matheus Ramos são os sócios do QT Pizza Bar, na região dos Jardins. Recomendam a harmonização do Negroni com pizza napolitana. Elas são feitas com a técnica de fermentação natural. Alameda Ministro Rocha Azevedo, 1.096, Jardim Paulista (11) 96367-4656

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Como Marius, bisavô de Michel Chapoutier, sempre dizia: “Um bom vinho é aquele que nos convida a tomar outro gole”. Assim é a linha Marius - recém chegada no portfólio World Wine - elaborada em Languedoc-Roussillon pelo enólogo mais consagrado do Rhône, trazendo sua filosofia de respeito ao terroir e traduzindo o calor do sul da França em vinhos alegres, frutados e com frescor ímpar. O V I N H O C E RTO E M Q UA LQ U E R M O M E N TO.

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Vasto Restaurante O restaurante Vasto, do Grupo Coco Bambu, tornou-se um sucesso consagrado nos Jardins. O ambiente é luxuoso, mas também aconchegante e descontraído. Ao centro, tem um bar americano, inspirado nos melhores restaurantes nova-iorquinos. Quem assina o menu é a sócia fundadora e chef executiva Daniela Barreira. Ela busca apresentar o melhor das carnes nobres. Mas também se esmera na culinária japonesa, nos frutos do mar, saladas e sanduíches. A dica de harmonização com Negroni vai para o Spicy, uma receita levemente picante de camarões sobre pão rústico. Rua Haddock Lobo, 1.573, Jardins (11) 3377-7733 @vastorestaurante

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Berinjela à parmegiana em forno à lenha

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Rua Emanuel Kant, 58 - Jardim Europa

HORÁRIOS:

Terça-feira à Quinta-feira: 12h às 15h / 19h às 23h Sexta e Sábado: 12h às 23h Domingo: 12h às 17h

CONTATO: (11) 93279-0201 INSTAGRAM: @immarestaurante


UMA ESPECIAL EXPERIÊNCIA COM O CHEF ANDERSON OLIVEIRA

Eis o prazer de almoçar em meio às araucárias, margeado por hortênsias e onde os únicos ruídos provêm de um rio e do canto de dezenas de pássaros Por andré boccato

Este é o Restaurante Dona Chica, atração no Parque Estadual Campos do Jordão Horto Florestal, onde os visitantes são levados a uma experiência rica em sabores, conceitos sobre sustentabilidade e resgate da memória afetiva por meio da gastronomia. O chef e proprietário do Dona Chica, Anderson Oliveira, nasceu em Campos do Jordão. É formado em hotelaria pelo Senac e fez gestão de negócios de serviços alimentícios e gestão empresarial na FGV. Para o chef, a ideia de ter um restaurante dentro de uma reserva ambiental é uma forma de educação, ativação da agricultura familiar e encadeamento produtivo. “O restaurante rejeita produtos industrializados e prestigia produtos da Mantiqueira visando fortalecer a economia local, com um cardápio cuidadosamente elaborado e focado na gastronomia de resgate”, conta Anderson. O rico cardápio, com opções de petiscos, entradas, pratos principais e sobremesas, é criado valorizando os produtos de excelência da serra, a exemplo de truta, queijos, frutas silvestres, azeites, mel, cogumelos, pinhão, geleias, arrozes e uma boa carta de bebidas para harmonizar entre drinques autorais, licores, vinhos, destilados e cervejas artesanais também produzidos na região. O chef Anderson proporciona – mediante reserva - a experiência do Chef na Floresta, quando faz ao vivo pratos especiais na parrilla e no fogão de chão, para um número de pessoas e cardápio previamente definidos. Bonito ver o chef preparando os petiscos especiais, o Leitão Caipira, a Paella da Montanha - feita com truta - o Arroz Caldoso com Filet Serenado, entre outras de suas especialidades. Carismático, ele nos conta causos gostosos de ouvir e convida a todos a respirar e vivenciar a bela natureza do parque. Dona Chica é simplesmente um dia para ser bem feliz!

Acima, a tábua de petiscos. No alto, a paella da montanha

Dona Chica Restaurante Parque Estadual Campos do Jordão, Horto Florestal Campos do Jordão - SP Aberto todos os dias das 11h30 às 17h. restaurantedonachica.com.br @donachicarestaurante Fotos Nil Fábio Produção Fabiola Maceo

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Boa música

Così apresenta Jazz & Roll às sextas e sábados em sua tabacaria Tem música de qualidade na tabacaria Così/Caruso. Todas as sextas e sábados a partir das 20h30, o piso superior da casa tem apresentações com shows de vários artistas, como Lal Medina e Gê Cortes. Toda a programação tem a curadoria da produtora Mônica Gribel. Para acompanhar shows, vale muito conferir a carta de drinques. Lá estão sugestões assinadas pelo mixologista André Caveagana. Entre elas, Coffee Brand (brand de Jerez, Kahlua, Fernet, limão e espuma de café com gengibre), Ginbuticaba (gin infusionado com jabuticaba, xarope de jabuticaba e tônica), Black Mojito (rum Kraken, xarope de hortelã, limão, hortelã e club soda), Mundaka (Jerez Cream, Pisco Capel Moai, Angostura Orange). Claro, é possível escolher drinques clássicos e sem álcool. Inaugurada em novembro, a tabacaria é uma parceria com o Caruso Lounge e tem sistema de exaustão especial. O local também é muito procurado para eventos e confrarias. Caruso Lounge Jardins/Restaurante Così Rua Haddock Lobo, 1589, São Paulo – SP Das 13h às 22h. Jazz & Roll das 20h30 às 23h55 Tel. 11 3061-9543 restaurantecosi.com.br

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Bodega Norton, cultivada com talento e paixão entre vinhas argentinas Conectando história com terroir, a Bodega Norton apresenta safras únicas de alguns dos melhores tintos, brancos e espumantes. Incluindo renomados Malbecs da cordilheira dos Andes. Desde 1896, quando o engenheiro inglês Edmundo Norton assinou sua primeira produção no local, talento e paixão se misturam nesses vastos vinhedos, onde não só a localização geográfica privilegiada influencia a qualidade dos vinhos, como também a idade das vinhas, entre 30 e 80 anos de vida produtiva. Sob a influência visionária do empresário austríaco Gernot Langes Swarovski, que em 1989 incorporou a marca, a Bodega Norton segue próspera sob o comando do seu filho Michael Halstrick, hoje à frente de cinco vinhedos, todos localizados nas melhores áreas da região de Mendoza, na Argentina. É com prazer que a Casa Flora importa e distribui vinhos icônicos da Bodega Norton, como o Gernot Langes, elaborado com uma cuidadosa seleção das melhores e mais antigas uvas Malbec, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc das vinhas Norton, dentre outras opções de rótulos Altura e Reserva dessa vinícola que coleciona enólogos experientes e já está presente em mais de 60 países.

Para mais informações: casaflora.com.br casafloraimportadora

Aprecie com moderação.

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Prove e aprove

Uma seleção de grandes vinhos, vindos de Portugal, Argentina, Chile, Itália e Eslovênia Por ney ayres

Reguengos Garrafeira dos Sócios 2017 Elaborado pela Bodega Carmim, na região portuguesa do Alentejo, distingue-se pela elegância e equilíbrio associados à robustez e longevidade, típicos de um grande vinho. A colheita 2017 é um blend de Alicante Bouschet (65%), Aragonez (20%) e Touriga Nacional (15%). Esta amálgama permaneceu armazenada por mais um ano, submetida a provas regulares. Somente os melhores lotes foram selecionados para o Garrafeira dos Sócios, que em seguida estagiou outros oito meses em meias pipas de carvalho. Engarrafado, repousou mais um ano na adega. Tinto de cor granada carregada, apresenta aromas complexos de frutas negras com notas de especiarias como pimenta negra e baunilha. No paladar, é encorpado, com taninos elegantes e boa acidez. Vinho de guarda, chega ao Brasil por intermédio da Casa Flora. casaflora.com.br NS Villa Blanca Estate Malbec Safra 2017 O Víssimo Group é uma joint venture da Grand Cru (uma das maiores importadoras do Brasil) com o Evino (segundo maior e-commerce de vinhos da América Latina). Uma das primeiras ações da parceria foi anunciar a representação da Bodega Nieto Senetiner, uma das melhores vinícolas da Argentina. O cartão de visitas é o NS Villa Blanca Estate Malbec safra 2017. As vinhas, com mais de um século, ficam em Mendoza, a 950 metros de altitude. O amadurecimento deste Malbec ocorreu ao longo de 24 meses em barris de carvalho francês. No aroma, frutas negras maduras e compotas, com notas florais e especiarias. No paladar, corpo médio mas suculento, com taninos macios e boa acidez. O final é persistente. Uma excelente experiência. vissimo.com.br

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16 anos – Aguzzo Cucina Italiana Produção própria de massas artesanais, pães, molhos, antepastos, sobremesas Três unidades: Pinheiros Rua Simão Álvares, 325 TEL: (11) 3083-7363

moema Alameda dos Maracatins, 495 TEL: (11) 3586-8491

jardins Rua Haddock Lobo, 1002 TEL: (11) 3081-3970

Temos espaço para aniversários, confraternizações e eventos corporativos.

@ aguzzocucina


Krasno Orange Klet Brda é o maior produtor de vinhos eslovenos. A vinícola foi fundada em 1957 e exporta para 26 países. Por aqui, seus produtos são representados pela BWC BRASIL (Berkmann Wine Cellars), que recentemente nos trouxe o vinho Krasno Orange, de produção sustentável. A composição é de 40% Rebula, 30% Malvasia e 30% Sauvignonasse. Cada variedade foi fermentada em separado. A casta Rebula em recipientes de madeira por 12 meses. Já a Sauvignonasse e a Malvasia em inox por um mês. No aroma, sobressaem marmelo e pera madura. No paladar, mineralidade distinta, com cítrico e tomilho. Os taninos são suaves e doces com retrogosto longo, fresco e duradouro, arredondado com amêndoas torradas. Vale a pena degustar este vinho de sabor único. bwcbrasil.com.br Prosecco D.O.C .Treviso Extra Dry “40” Uma ótima notícia. Enfim, os brasileiros poderão apreciar os grandes proseccos da vinícola italiana Vignarosa, companhia com mais de dois séculos de história. A empresa desembarca por aqui, trazendo seus vinhos feitos na região de Treviso, no Veneto. A linha de produtos é grande. Um destaque? O prosecco DOC Treviso Extra Dry “40”, espumante comemorativo de 40 anos de pesquisa, trabalho e paixão de conceituados enólogos. Tem 100% da casta Glera. É resultado do método charmat com fermentação longa. Seu aroma revela frutas brancas, maçã e pera e um toque floral. No palato, apresenta-se levemente fresco, elegante e, ao mesmo tempo, seco, de boa acidez. Equilibrado. vignarosa.com.br

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Casa do chef Eduardo de Castro Gastronomia original desde 2015


AR Touriga Franca Safra 2018 A Adega de Redondo tem 65 anos de uma bela história. Trata-se de uma cooperativa que congrega mais de 200 produtores da região portuguesa de Redondo, no Alentejo. Vem de lá o monovarietal AR Touriga Franca Safra 2018. As uvas são selecionadas em lotes especiais dos melhores terroir da região. Uma vez pronto, o vinho envelhece 12 meses em barrica de carvalho francês, seguidos de outro período igual em garrafa. Só então é vendido. O aroma tem frutas negras do bosque, com notas de especiarias, chocolate preto, tabaco e pimenta negra. No paladar, revela-se estruturado, encorpado, com taninos elegantes, boa acidez, bom equilíbrio com final persistente e saboroso. Grupo Riggar Castas Importadora @castasimportadora Don Melchor safra 2019 Considerado um dos vinhos mais emblemáticos da América Latina, o chileno Don Melchor continua fazendo bonito. A safra 2019 ganhou 98 pontos do criterioso crítico James Suckling. O Don Melchior vem do Vale do Maipoa, a região vitivinícola de maior prestígio no país vizinho. Localizado aos pés da cordilheira dos Andes, no terraço norte do rio Maipo - a 650 metros acima do nível do mar –, o vinhedo está plantado com variedades francesas pré-filoxera, importadas da França em meados do século 19. A composição do Don Melchor é 92 % Cabernet Sauvignon, 5% Cabernet Franc, 2% Merlot e 1% Petit Verdot, sob os cuidados de Enrique Tirado, um dos maiores enólogos do planeta. O tinto passou 15 meses em barris de carvalho francês, dos quais 72% eram novos e 28% eram de segundo uso. Esta combinação deu vida a um assemblage refinado, com uma enorme complexidade aromática e uma ótima expressão de fruta, além de apresentar taninos ultrafinos. É vinho de guarda de até 35 anos. Um espetáculo. donmelchor.com

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Homenagem ao grande Celso 118

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Celso La Pastina morreu em agosto de 2020, aos 62 anos. Era um importador e restaurateur de sucesso e figura queridíssima no mundo do vinho. Em sua homenagem, seus herdeiros lançaram agora um tinto de primeiríssima. O Edição Limitada Celso La Pastina foi elaborado com 100% da casta Carignan, a preferida do saudoso Celso. Trata-se de um vinho orgânico, criado com vinhas de mais de 100 anos no Valle del Maule pela enóloga Noelia Orts, de uma das mais tradicionais produtoras chilenas, a Bodega Emiliana. Foi elaborado exclusivamente para o mercado brasileiro. lapastina.com.br


Cozinha tipicamente portuguesa, com receitas de diferentes regiões de Portugal. Do clássico ao sofisticado. Cardápio bem elaborado e uma seleta carta de vinhos em ambiente acolhedor. Assim é o Marialva Cozinha Portuguesa. Sinta-se em casa.

Rua Haddock Lobo, 955 – Jardins, São Paulo / SP Reservas: (11) 3061-0261 / 95956-0546 @marialvaoficial


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Levels lança cardápio italiano

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Por ney ayres

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O restaurante Levels, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, lança um cardápio italiano inédito assinado pelo chef e sócio da casa Daniel Bordone. A casa, comandada pelo restaurateur Daniel Sahagoff, oferece ainda outros dois cardápios: um ibérico e um japonês. Os destaques do novo menu italiano são os antipasti. Ali estão opções clássicas como arancini, carpaccio de mignon com rúcula selvagem e parmesão, polenta cremosa com ragu de costela e pesto de agrião e pizzeta napolitana. Entre os pratos principais, destaque para o ravióli de búfala ao molho pomodoro, lasanha de funghi e fonduta de pecorino trufado, paleta de cordeiro com tagliolini na manteiga de sálvia e risotto de frutos do mar. Para completar, há uma carta de vinhos com mais de 50 rótulos. Além dos drinques, incluindo clássicos como Negroni e Dry Martini. Entre os coquetéis autorais da casa vale lembrar o Lillet Spritz (lillet, morango, pepino, hortelã e espumante).

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Levels Rua Dr. Mário Ferraz 507, Jardim Paulistano (11) 3167-7773

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Os melhores à mesa Um nobre engarrafado Quando as palavras champanhe e Krug estão na mesma frase é necessário ter certa dose de reverência. A boa nova: dois rótulos do produtor, marca do grupo Moët Hennessy, estão desembarcando no Brasil. O Grande Cuvée 169ème Édition é um champanhe que reúne 146 vinhos de safras de 11 anos diferentes – entre 2000 e 2013. A assemblage tem 43% de Pinot Noir, 35% de Chardonnay e 22% de Meunier. Elegante, vai muito bem com camarões, ostras e até cheesecake. Já o Rosé 25ème Édition é um champanhe rosé, com um blend de 28 vinhos de cinco anos distintos, entre 2008 e 2013, numa composição de 45% Pinot Noir, 30% Chardonnay e 25% Meunier. Vale combinálo com foie gras e carnes brancas e de cordeiro. Harmonizar as novidades da Krug com menus do restaurante Kinoshita, em São Paulo, também combina muito bem. Prove com wagyu beef e black cod.

catalogomh.com.br

Brioches para todas as horas A marca S’OUi apresenta uma linha completa de brioches, com a qualidade da mais autêntica panificação francesa. Eles têm sabor delicado, maciez e altíssima qualidade. São cinco opções: minibrioche com leite A2, minibrioche de ervas finas, minibrioche australiano, minibrioche com gotas de chocolate ao leite e, por fim, tamanho família. Os produtos S’OUi podem ser encontrados nos melhores empórios e supermercados.

soui.com.br

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Beach Club

Conheça o único e exclusivo Beach Club do Litoral Paulista

O Casa Grande Hotel comemora 50 anos de existência e seu ambiente requintado une tradição e modernidade em todos os detalhes. Além das áreas de lazer como piscinas, quadras, academia e Casa da Criança, o resort lançou o Beach Club, uma área exclusiva em frente ao mar com atendimento e serviços diferenciados.


Turismo

Marcelo Picka Van Roey presidente da resorts brasil novas descobertas


Turismo

Um Brasil para ser descoberto Marcelo Fernando Picka Van Roey, novo presidente do Conselho da Resorts Brasil, fala da sua paixão por viagens e dos desafios para o crescimento do turismo no país Por Mario Ciccone

“Ando devagar, porque já tive pressa”. Nesse verso de Renato Teixeira está a chave para aproveitar a vida – e o turismo. O músico é um do preferidos de Marcelo Fernando Picka Van Roey, eleito presidente do Conselho da Resorts Brasil para o biênio 2022-2023 – a entidade reúne os melhores resorts brasileiros. Aos 44 anos, este paulista de Rio Claro é um apaixonado por viagens, gastronomia e vinhos. Foi fisgado pelo estômago. Ele carrega as suas mais gostosas recordações de uma viagem ao País Basco, na Espanha. “Uma das melhores maneiras de conhecer os costumes locais é ir aos restaurantes que as pessoas do lugar frequentam”, instrui. “Conversando com elas, podemos entender o que realmente é típico e elaborar o roteiro a partir daí.” Marcelo Van Roey tem alguns diplomas na parede: tecnologia, hotelaria e administração de empresas. Também

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concluiu um MBA em economia do turismo na USP (Universidade de São Paulo). Atuou como consultor na BSH International e professor de desenvolvimento de projetos hoteleiros, especialmente no Centro Universitário Senac. Desde 2005, coordena a área de hotelaria do Senac São Paulo. Estão sob o seu comando os hotéis-escola de São Pedro e Campos do Jordão. Eclético em suas escolhas, Marcelo é fã de Ayrton Senna – não era gente que andava devagar, como cantava Renato Teixeira. Está lendo 1984, o clássico romance de George Orwell sobre uma sociedade totalitária. Também gosta de ouvir álbuns de Paul Simon e Queen. E é um apaixonado por basquete. Não por acaso um de seus ídolos é Michael Jordan. Mas se você perguntar pela sua preferência, será sempre uma viagem. A próxima.


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Turismo

THE PRESIDENT _ Como começou a sua paixão por viagens? Marcelo Fernando Picka Van Roey - Fui fisgado pelo estômago, pois minha paixão começou por meio da gastronomia e da descoberta de culturas, sabores e ingredientes. Desde pequeno buscava provar e saber mais sobre pratos diferentes. Com o passar do tempo, fui aprofundando esse gosto e utilizando as viagens para conhecer mais. Na minha opinião, uma das melhores maneiras de conhecer os costumes locais é ir aos restaurantes que as pessoas do lugar frequentam. Conversando com elas podemos entender o que é típico e elaborar o roteiro a partir daí. Ao longo do tempo fui buscando viagens cada vez mais ligadas à gastronomia e ao enoturismo.

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O mais legal é que quanto mais viajamos, mais descobrimos que ainda temos muito a aprender. Por que escolheu seguir carreira no segmento? O ato de servir alguém é uma das coisas mais gratificantes e nobres que existem na vida e a paixão pelo segmento veio pela alegria que sempre tive em praticar a hospitalidade. Receber as pessoas e ter como desafio fazê-las se sentir melhores que na própria casa é algo que me encanta. Como foi a sua chegada à área de hotelaria do Senac São Paulo? Cheguei ao Senac como aluno do curso superior de tecnologia em hotelaria e me apaixonei pela instituição que lida

com essa área há décadas e sempre foi uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento de mão de obra para o setor. Após esse período, voltei como professor, pude ajudar a multiplicar tudo que eu havia aprendido e continuar aprendendo na troca diária com os alunos. Passei também pela gerência de desenvolvimento antes de atuar nos hotéis. Fale um pouco sobre a sua carreira como professor. Foi uma época especial. Aprendi muito mais do que ensinei. Tenho a sorte de atuar em uma empresa como o Senac, onde nunca deixamos de ser professores, seja em sala de aula, nos laboratórios ou nos hotéis-escola, onde ensinamos hotelaria em tempo real e na


“A hotelaria do Brasil está entre as melhores do mundo. Sabemos acolher bem o hóspede”

prática. Tenho diversos ex-alunos atuando em cargos bastante legais mundo afora. Desde hotéis, hospitais, navios até empresas de serviços ou do mercado financeiro. Do ponto de vista de um hóspede, como é a experiência no Grande Hotel São Pedro e no Grande Hotel Campos do Jordão? No Grande Hotel São Pedro temos como prioridade atender com excelência e hospitalidade, proporcionando experiências únicas, visando a qualidade de vida, contato com a natureza, saúde e bem-estar. Trabalhamos para que cada momento se torne uma memória inesquecível para quem passar por aqui. O destaque é o exclusivo parque aquático para hóspedes de todas as idades, com toboáguas e brinquedos. É totalmente acessível para pessoas com necessidades especiais de locomoção. Além disso, conta com ginásio poliesportivo

coberto, quadras de tênis, campo de futebol society, academia, trilhas internas e um lindo jardim contemplativo. Para quem busca relaxar, o Health Club oferece diversos tratamentos. É possível desfrutar do revigorante banho de imersão sulfuroso a 37 ºC. Já o Grande Hotel Campos do Jordão oferece uma estrutura completa de lazer e esportes, com piscinas cobertas e aquecidas, ginásio poliesportivo coberto, quadras de tênis e squash. Temos mais de três quilômetros em meio à natureza, que ainda conta com um labirinto, arvorismo, áreas para piquenique, vinhedo próprio, bosque com frutas regionais e uma horta própria. Os hóspedes ainda podem desfrutar do nosso Health Club, com uma série de alternativas de relaxamento e bem-estar, além de um moderno Fitness Center. Em ambos, a gastronomia é o carro-chefe. Além do restaurante principal, os hóspedes podem optar por experiências diferentes nos nossos restaurantes à la carte: Arte da Pizza (Grande Hotel Campos do Jordão) e Engenho das Águas (Grande Hotel São Pedro). Uma das ideias são as experiências gastronômicas exclusivas. A partir de uma conversa com o chef, os hóspedes podem personalizar a sua refeição e desfrutar de um menu 100% exclusivos. Os hóspedes também podem escolher os vinhos de que mais gostam e, em 24 horas, o sommelier e o chef trabalham em harmonia para criar um menu exclusivo. Como anda a formação de mão de obra no setor? Estamos em um bom nível

em relação a outros países que também recebem muitos turistas? O hotel pode estar impecável, com uma estrutura linda. Mas se o serviço é ruim, o hóspede não volta. Com a retomada do turismo, o mercado está procurando mão de obra qualificada, o que aumentou a procura por cursos do setor. A hotelaria do Brasil está entre as melhores do mundo. O recurso humano na hotelaria é extremamente importante, mesmo sabendo que a tecnologia faz parte do crescimento constante da modernização. As pessoas ainda são essenciais e acredito que, em hotéis que prezam pelo alto nível de serviços, elas serão para sempre. E nesse quesito o Brasil é muito avançado. Temos uma força de trabalho bastante criativa, disponível e que sabe acolher muito bem os hóspedes. Em relação a turistas estrangeiros, o máximo que o Brasil recebeu em um ano foram 5,5 milhões em 2018. Qual a sua avaliação da imagem do país no exterior e sua capacidade de atrair visitantes? O Brasil tem riquíssimas atrações ligadas à cultura, excelente gastronomia, belas paisagens e hospitalidade acolhedora. Nossos resorts investem muito em inovação e tecnologia para atrair cada vez mais turistas do mundo inteiro e estamos colhendo os resultados. No primeiro bimestre de 2022 tivemos um aumento de 63% dos gastos de estrangeiros no país, segundo o Banco Central. Ainda temos muito potencial para explorar, mas estamos no caminho certo. O Brasil é a sétima melhor nação do mundo para turistas

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que viajam sozinhos, segundo um relatório do US News & World Report. O mesmo levantamento também aponta como o destino global número um no quesito aventura. Por outro lado, é claro que os estrangeiros são importantes para muitos negócios, incluindo o turismo, mas em um país do tamanho do Brasil temos a opção de trabalhar ainda mais para tentar atrair uma parte dos milhões de brasileiros que viajam para o exterior. Ouvimos muitos relatos de brasileiros que priorizavam viagens internacionais e que ficaram impactados e surpreendidos com a qualidade e beleza dos destinos brasileiros. De que forma é possível fazer o turismo explodir no Brasil em geração de empregos, faturamento e atração de turistas? Os turistas buscam por experiências além da acomodação. Os serviços caminham para uma personalização cada vez mais intensa, que cativa e gera uma relação de confiança com o hóspede. Criar experiências exclusivas é um diferencial no setor hoteleiro e pode ser um grande aliado para atrair mais turistas. A exclusividade gera valor para o empreendimento e consequentemente faturamento. Há espaço e demanda para inovações. O Brasil tem destinos fantásticos para todos os gostos, uma gastronomia incomparável em suas diversas regiões e riquezas naturais e culturais únicas. A correta divulgação desses pontos e o combate aos problemas infelizmente corriqueiros no país – como a violência – resultariam em uma combinação que faria o país passar a outro patamar no quesito turismo.

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De que forma a Resorts Brasil está atuando nessa melhoria?

fomento para a economia brasileira.

Desde a sua criação, há 20 anos, e mesmo durante a pandemia, a Resorts Brasil trouxe muitos benefícios e vai continuar trabalhando para oferecer cada vez mais. Estamos fomentando uma troca constante de experiências e boas práticas no associativismo. Além disso, muitas pautas importantes estão sendo discutidas e colocadas em prática junto ao poder público para garantir um ambiente favorável ao desenvolvimento do nosso setor. Em paralelo ao trabalho junto ao governo, a Resorts Brasil busca debater as necessidades do segmento e construir soluções que beneficiem a todos os resorts associados. Nesse sentido, promovemos ações e fóruns para debater desafios e temas relevantes para os profissionais e para os resorts.

A sustentabilidade é uma prioridade entre os associados da Resorts Brasil?

Por que decidiu encarar ser presidente da Resorts Brasil? Assumi a presidência da Resorts Brasil por acreditar no trabalho coletivo, na instituição e sua importância no setor. A entidade vem desempenhando um bom trabalho. Nosso intuito é ajudar os resorts associados a enfrentarem desafios em diferentes contextos. Quais são as suas prioridades à frente da entidade? E por quê? A prioridade é fazer com que a Resorts Brasil desempenhe um papel transformador, disseminando temas como inovação e sustentabilidade. Por meio da transparência e da ética, quero promover as melhores práticas aos associados, defendendo o turismo como uma indústria geradora de emprego e

Sim, é um dos pilares da Resorts Brasil. Diversos resorts realizam ações importantes que fazem a diferença, sendo algumas reconhecidas por premiações e certificações nacionais e internacionais. Toda a cadeia do turismo está mais consciente, desde o hóspede que prioriza empreendimentos sustentáveis até os investidores. O desenvolvimento sustentável deve ser prioridade no setor hoteleiro. Era uma tendência conhecida entre analistas do setor de turismo a de que o turismo rodoviário iria crescer no pós-pandemia. Esse movimento foi confirmado entre os resorts? Sim, o turismo interno está em alta e as viagens regionais também. Segundo o relatório Radar Resorts Brasil, no primeiro trimestre de 2022, tivemos um aumento de 15% na taxa de ocupação, comparada ao primeiro trimestre de 2020 (último antes de a pandemia se iniciar). O turismo rodoviário também segue essa tendência. Com a pandemia, houve aumento das viagens mais curtas e para destinos mais próximos da cidade de moradia dos hóspedes. Acreditamos que esse movimento rodoviário também deve continuar em alta. Podemos afirmar que o turismo brasileiro está em ritmo de recuperação. De que forma os resorts brasileiros se diferenciam na experiência do hóspede? Os resorts brasileiros se diferenciam pela experiência completa que propor-


“Criar experiências exclusivas é um diferencial e pode ser um aliado para atrair mais turistas”

cionam. Boa parte dela vem do lado humano, da atenção e da customização. E isso o brasileiro sabe fazer muito bem. Sabe receber, deixar os hóspedes à vontade e, ainda, tem prazer em valorizar a sua cultura local. Além disso, cabe citar a gastronomia, uma das mais ricas do mundo. Tudo isso faz com que os hóspedes saiam satisfeitos e com desejo de voltar. A união de gastronomia local e internacional é um dos pontos fortes dos nossos resorts?

No alto, Parque Aquático Grande Hotel São Pedro. Acima, Grande Hotel Campos do Jordão

O hóspede busca por novas experiências e a culinária pode proporcionar isso, conectando um prato com histórias regionais, por exemplo. Sem dúvida a gastronomia é um dos grandes diferenciais dos resorts e quase sempre é um fator determinante na escolha ou fidelização de um hotel por parte do cliente. TP

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Na praia Anse Volbert, na ilha de Praslin: para os românticos

fotos: Michel Denousse,


Lua de mel no Éden As Ilhas Seychelles foram eleitas o mais romântico dos destinos turísticos. A fama procede

Ricos e famosos podem escolher sem qualquer restrição o lugar onde aproveitar a lua de mel. Ou seja, os dias mais felizes de suas vidas. Pois bem, você sabe dizer onde o príncipe William e Kate Middleton passaram a deles? Resposta: nas Seychelles, o onírico arquipélago tropical pulverizado em 115 ilhas, dispostas com harmonia ao largo da costa leste da África, no oceano Índico. Aliás, foi onde o ator George Clooney e a advogada Amal Alamuddin também passaram a deles. As Seychelles têm muito a oferecer aos visitantes. Em especial, aos casais enamorados. Incluam-se entre os predicados as praias de águas límpidas e areias imaculadas, encravadas em um país em que mais da metade do território é protegido por leis de preservação — recorde no planeta. Adicionem-se à lista os hotéis com serviços especiais como suítes com pis-

cinas de frente para o mar, tratamentos em spas magníficos, passeios de barco ao pôr do sol, mergulho com snorkeling ou ar comprimido em points de rica vida marinha ou voos panorâmicos. Acrescentem-se, ainda, as influências de uma nação multicultural, com três idiomas oficiais — creole seichellence, francês e inglês — e culinária estupenda. Não é de estranhar, portanto, que as Seychelles tenham sido eleitas o destino mais romântico de 2021 pelo criterioso World Travel Award, que também indicou o arquipélago como o primeiríssimo lugar para lua de mel no Índico. Levas de casais de visitantes vêm ano a ano se encantando com os hotéis do arquipélago, instalados, sobretudo, nas três ilhas principais: Mahé (onde fica a capital, Victoria), Praslin e La Digue.

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As Ilhas Seychelles são simplesmente perfeitas para quem busca privacidade. As ilhas menores e mais remotas, onde há apenas um hotel de luxo (e com poucas suítes) e a natureza praticamente intocada, são a escolha daqueles que buscam ambientes mais íntimos e reclusos. Felicité é uma das ilhotas particulares. Dista 20 minutos de helicóptero do aeroporto de Victoria. Fica ali o Six Senses Zil Pasyon, um hotel com 28 villas, todas com providencial distância umas das outras. E todas com piscina própria diante do mar. As frutas, ervas e legumes servidos em seus quatro restaurantes e seis bares são orgânicos e cultivados na própria ilha, onde sustentabilidade rima, antes de tudo, com verdade. No Six Senses Spa, um dos tratamentos mais procurados é o de rejuvenescimento. Se bem que basta botar os pés em Felicité para sentir-se mais jovem. A Ilha Alphonse fica um pouco mais distante de Mahé. Exige uma hora de voo, apreciando, de cima, outras ilhas verdejantes. Alphonse já foi habitada por imigrantes de Maurício e representantes do antigo governo britânico. Hoje é frequentada pelos poucos hóspedes do hotel Blue Safari, que tem, ao todo, 29 acomodações, amplas, isoladas e de cara para o mar. Vivem aqui as graúdas tartarugas de Aldabra, criaturas pré-diluvianas que chegam a pesar 240 quilos. Também gigantescas são as arraias-manta — e tão pacíficas quanto. Pode-se mergulhar entre elas, ao largo da Ilha Alphonse. Entre as mais requintadas hospedagens do arquipélago está a da Ilha Desroches. Pudera: leva a marca Four Seasons. Desroches está incrustada a 35 minutos de voo da capital. Os hóspedes têm à disposição 402 hectares de natureza e 14 quilômetros de praias. Entre as villas, cintila até uma com cinco suítes. Não é preciso tanto para a lua de mel, claro. Ainda assim, as menores contam com 191 metros quadrados. Um dos programas oferecidos é fretar um barco com tripulação para mergulhar em enseadas escondi-

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Muita elegância no Four Seasons da Ilha Desroches

Paul Turcotte


No catamarã ou no fundo do mar: sempre vendo belezas

das e voltar ao pôr do sol para encontrar um jantar montado especialmente do deck da piscina da villa. Em outras palavras, muito romântico. A Ilha Denis, outra privativa, está a 30 minutos de voo, decolando de Mahé. São somente 23 villas e chalés, separados por densa vegetação. Em suma, exclusividade. Conforto também. Rusticidade, espaço e elegância se combinam à perfeição. Entre os atrativos está a pesca oceânica. Garoupas e pargos vermelhos podem ser fisgados — e preparados para o jantar. Exemplares menores são devolvidos ao mar. Mergulho autônomo é outro chamariz, assistido por um centro completo de certificação PADI. Quem preferir pode apenas se refestelar em um cruzeiro ao redor da ilha ou no spa relaxante. Com certeza, Kate Middleton e George Clooney souberam escolher. TP seychelles.com

fotos: Michel Denousse e imran ahmad

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Turismo

Züri Plural

Mais importante cidade suíça, Zurique está pronta para ser explorada no mundo das artes, gastronomia e cultura

Por Raphael Calles, de Zurique

Estar em Zurique e não se alucinar com as possibilidades é uma tarefa quase impossível para um turista normal. A maior e principal cidade da Suíça guarda infinitas possibilidades que agradam os públicos dos 7 aos 70 anos – ou por que não de absolutamente todas as idades? O mínimo de tempo recomendado para aproveitar o que a cidade oferece é três dias. Mas já adianto: vai ficar com gosto de quero mais. Muito mais. E fique tranquilo: a língua é o alemão (ou uma variante do suíço-alemão), mas a grande maioria dos 450 mil moradores fala inglês. Locomoção e acesso são facilitados por conta da alta capilaridade dos transportes públicos. Caminhadas de, no máximo, 300 metros, separam você do seu hotel a qualquer destino dos arredores – e, claro, de toda a Suíça. No coração do distrito financeiro e a poucos passos da Cidade Velha, o hotel Park Hyatt se camufla entre as construções mais modernas daquela região. O edifício de poucos andares situado na Beethovenstrasse, por si só, é um destino que requer tempo para ser explorado. São nove opções de hospedagem entre suítes e apartamentos, um restaurante, um bar e o lobby do hotel, que permite apreciar pratos e drinques variados.

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Zurique ergue-se ao redor do rio Limmat, que, no verão, é atrativo para residentes e turistas


Região financeira da cidade (sup. esq.) abriga o hotel Park Hyatt; seu lobby permite apreciar pratos e drinques diversos; Lindt Home of Chocolate (dir.) apresenta todo o processo de fabricação do chocolate

Se arte te chama atenção, é possível migrar de Beethoven (lembra do nome da rua do hotel?) para Monet, Manet, Picasso, Van Gogh ou Warhol no recém-ampliado Kunthaus, o museu de arte da cidade. O maior acervo da Suíça encontra-se lá. São mais de 4 mil pinturas e esculturas desde o século 13 até os dias de hoje, com cerca de mil obras expostas divididas em, ao menos, seis áreas diferentes em acervos próprios, de colecionadores e doadores privados – estes últimos responsáveis por dois terços de todo o acervo. Estar na Suíça, claro, aguça o desejo por chocolates. Não se apoquente. A poucos minutos do Centro, desponta a Lindt Home of Chocolate. Sim, é uma das principais marcas do ramo. O aroma nos conquista já a alguns metros da entrada. No lobby, uma imensa fonte de chocolate nos convida a conhecer a mostra fixa, que nos apresenta todo o processo de produção da fábrica, desde a plantação de cacau até o processo de embalagem. Aos curiosos e com crianças, o espaço também oferece uma série de oficinas que ensinam desde a criação de trufas, barras de chocolate, pequenas guloseimas para os pequenos e cursos sazonais, como os famosos

coelhinhos de chocolate, os Golden Bunny. Os atrativos Züris se expandem pela Cidade Velha, o distrito de Zurich West, com uma pegada hype como uma Vila Madalena à Suíça e, claro, a famosa Bahnhofstrasse. É a mais cara e mais nobre rua comercial do mundo. Estende-se por uma milha da estação central ao lago. Tem mais de 100 galerias de arte, 50 museus e 2 mil restaurantes com gastronomia de todo o mundo. Não nos deixa entediar. Nunca. Os atrativos estão a cada esquina, a cada rua, a cada ladeira. Zurique é diminuta em tamanho. Mas totalmente ampla em todos os outros sentidos. TP Park Hyatt Zurique hyatt.com Kunsthau Zürich kunsthaus.ch Lindt Home of Chocolate lindt-home-of-chocolate.com

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Turismo

Caribe exclusivo

Moskito Island é uma ilha particular do empresário Richard Branson. Você pode alugá-la Por Raphael Calles

Há não muito tempo, Moskito Island, nas Ilhas Virgens Britânicas, no norte do Caribe, era considerada um retiro para pouquíssimos. Agora, apenas para poucos. A ilha particular, que integra o portfólio da Virgin Limited Edition, do magnata Richard Branson, acaba de ganhar duas novas propriedades: The Point Estate e The Oasis Estate. Elas se juntam à The Branson Estate, que só havia recebido alguns convidados ilustres, como Barack Obama e sua família. Cercada pelo verde-esmeralda do oceano e ao lado de sua ilha-irmã Necker, a ilha dispõe aos hóspedes serviços exclusivos e o altíssimo acabamento de uma das três propriedades – ou as três, por que não? –, que são completamente diferentes entre si. A hospedagem, de no mínimo quatro noites, inclui gerente, chef particular e uma equipe de funcionários que estarão preparados para proporcionar o máximo em bem-estar dos hóspedes. Todas as refeições, bebidas, esportes aquáticos e roteiro personalizado estão inclusos nas diárias. Se o desejo do hóspede é deitar sob o sol em uma praia toda

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dele, será atendido. Se preferir um tratamento de spa, é possível solicitá-lo até mesmo na suíte. E, se quiser emoção, atividades diversas podem ser programadas: de caça ao tesouro para grupos de adultos e crianças a esportes aquáticos, incluindo vela, kitesurf, stand-up paddle, snorkeling e caiaque. The Branson Estate, principal propriedade da Ilha, conta com três vilas conectadas por passarelas de madeira elevadas, incluindo a residência principal, Headland House, que abriga as principais áreas de estar, jantar e entretenimento, assim como a suíte master e mais dois quartos. Ela se junta à Beach Villa, à beira-mar, com quatro suítes e sua própria piscina de borda infinita e, ainda, Villa Mangrove, ao lado dos manguezais e com vista para as Ilhas Virgens Britânicas. Moskito Island tem acesso facilitado pela proximidade com San Juan, em Porto Rico, com um voo de aproximadamente 35 minutos para o aeroporto de Virgin Gorda. TP moskitoisland.virgin.com


Voos diários entre Brasil e Itália Por ney ayres

A ITA Airways, a nova companhia aérea nacional italiana, chegou com tudo. A partir de agosto, oferecerá voos diários São Paulo/Roma e Roma/São Paulo. A ótima notícia foi anunciada em um evento no Carat Restaurant & Lounge, na capital paulista. As boas novas vieram de Pierfrancesco Carino, vice-presidente de Vendas Internacionais, e Tommaso Fumelli, gerente regional Américas. Até julho, a ITA Airways oferecia cinco voos semanais. O aumento da demanda favoreceu a mudança. Tem mais: graças ao acordo de codeshare com a Azul - Linhas Aéreas Brasileiras, a ITA Airways está proporcionando aos passageiros a oportunidade de chegar a oito destinos dentro do Brasil, conectando via São Paulo. Uma comodidade a mais. Para voar entre Roma e São Paulo, a ITA Airways escolheu seu avião principal, o novo A350900, da Airbus, com 334 assentos, incluindo 33 poltronas full-flat na Business Class e 39 poltronas na Comfort Economy. TP

Novíssimo

O contemporâneo Umiltà 36 é a grande novidade da hotelaria romana Mais novo 5 estrelas de Roma, o Umiltà acaba de abrir as portas. O seu nome vem da sua localização: Via Dell'Umiltà, 36. Porém , as instalações não são nada humildes. Tem acomodações em estilo contemporâneo, além do do restaurante EL Porteño que trará os melhores cortes argentinos. O novo hotel romano é parte do Shedir Collection, grupo do qual também fazem parte o Capri Tiberio Palace (na ilha de Capri) e o Hotel Vilòn Roma. TP umilta36.com

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artigo

O que o judoca ensina ao executivo Por Mauricio Cataneo

“S

Mauricio Cataneo é vice-presidente da Unisys Latin America

omente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade.” Jigoro Kano – criador do judô. Sou judoca. Já se vão 42 anos desde que adentrei no dojô (nome correto do lugar onde se pratica o judô) pela primeira vez, aos 8 anos. Desde muito cedo, portanto, fui ensinado pelos meus professores que objetivos são alcançados se forem perseguidos com foco, disciplina, dedicação, persistência, perseverança e, sobretudo, humildade. Há um ditado que diz que um faixa preta é um faixa branca que não desistiu. Apesar de haver conquistado a minha (faixa preta) aos 17 anos, ainda me considero um aprendiz, ainda sou aquele faixa branca que não desistiu, que continua a sua busca por evolução, conhecimento e, claro, resultados. Treinei muito, competi muito, ganhei muitas lutas, e perdi tantas outras, mas o que fica é o aprendizado, o espírito e o caráter forjados na resiliência e na vontade de vencer. Mas o que isso tem a ver com minha carreira? Resposta: tudo!!! Esses ensinamentos que aprendi com meus mestres traduzem-se no que chamamos no mundo corporativo de soft skills. Para mim, cada dia no trabalho é como um dia de treino: preciso sair dele melhor do que entrei, aprendendo coisas novas e corrigindo erros anteriores. Cada reunião ou cada apresentação é como uma competição: preciso dar o meu melhor e sair vitorioso. No mundo corporativo, a vitória significa uma estratégia bem definida, uma decisão tomada corretamente, uma ação que resulta no sucesso coletivo de nossa empresa, clientes e colaboradores. O sucesso na empresa, assim como no esporte, depende, além de suas próprias dedicação e vontade de vencer, das pessoas que te acompanham nessa jornada. Ninguém treina sozinho, ninguém cresce sozinho, ninguém vence sozinho. O seu “eu” só terá sucesso ao juntar-se com um outro “eu”, formando um “nós”. O esporte e a empresa têm muitas similaridades: um campeão só é campeão porque treinou e competiu com outras pessoas. Uma empresa só é uma empresa se for formada por pessoas com habilidades diferentes, porém com objetivos comuns. No esporte a vitória é representada por uma medalha. Na empresa, por clientes felizes e satisfeitos. Treinem duro, estudem duro, trabalhem duro, concentrem-se no seu objetivo e lembrem-se: somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade. TP © Marcos mesquita

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