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ISSN 16775767 JUNHO 2017 • R$ 10,00 • #200
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PRODUTOS PARA AQUECER A ESTAÇÃO
PARANÁ > SANTA CATARINA
DESTINO DE INVERNO CURUCACA, UMA VALIOSA DESCOBERTA PARA CURTIR O FRIO NA SERRA CATARINENSE
AS TENDÊNCIAS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA POR 3 ESCRITÓRIOS DE CURITIBA
MARINA BERTOLDI A ART ADVISOR É NOSSA NOVA COLUNISTA
EDITORIAL
EXPEDIENTE
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO Mario J. Gonzaga Petrelli PRESIDENTE DO GRUPO RIC PARANÁ Leonardo Petrelli Neto DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E MARKETING TRADE Carlos Manzoli DIRETOR DE MERCADO Gilson Bette (rádios, revistas e plataformas digitais) DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO André Luiz Ferreira GERENTE DE MARKETING Michelle Reffo
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FAREMOS UMA FOGUEIRA
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inverno chega com novos ares por aqui – e longe de ser gelado, como o inverno que tematiza esta edição. De novidade, temos a coluna Arte, que estreia com uma entrevista com a art advisor Marina Bertoldi. As grandes reportagens desta edição ficaram a cargo da jornalista Yasmin Taketani, que traz um perfil da curitibana companhia brasileira de teatro e as tendências sob o ponto de vista de três escritórios de arquitetura da cidade. E diretamente da Serra Catarinense, a editora Juliana Reis nos apresenta Curucaca – um charmoso destino de inverno. Inspirada no fogo da lareira que aqueceu as noites de Juliana, uso este símbolo – que representa calor, mas também a renovação – para dizer que este é o clima da TOPVIEW no momento. Estamos prestes de viver uma nova etapa, como você já vai perceber ao longo desta edição. Como diz a música junina: “Madeira sobre madeira, faremos uma fogueira”. Editora-chefe luise.takashina@topview.com.br
© MARCELO ALMEIDA
Eleita Veículo Impresso de 2016 pelo Pêmio Colunistas Paraná
EDITORA-CHEFE Luise Takashina • luise@topview.com.br DIRETORA DE CRIAÇÃO Paula Azevedo • paula.azevedo@topview.com.br EDITORA Juliana Reis • juliana.reis@topview.com.br CURADORAS DE CONTEÚDO Greyci Casagrande • greyci@topview.com.br Yasmin Taketani • yasmin.taketani@topview.com.br DESIGNER DE PRODUTO Diego Fernando Olejnik • diego@topview.com.br REVISÃO Márcia Campos COLUNISTAS Ana Clara Garmendia, Marina Bertoldi, Nadyesda Almeida, Roberta Busato, Ruy Barrozo e Sonia Potrich. NEGÓCIOS E RELACIONAMENTO Lúcia Garcez e Regina Rocha • comercial@topview.com.br Flávia Carneiro • flavia.carneiro@topview.com.br e logistica@topview.com.br Tel.: (41) 3088-5764 TOPVIEW Rua Amauri Lange Silvério, 450, Pilarzinho, Curitiba. 82.120-000 Tel.: (41) 3331-6100 www.topview.com.br IMPRESSÃO Maxigráfica Efetuando sua assinatura, seu nome será incluído na lista de clientes preferenciais da Editora, que poderá cedê-lo a empresas idôneas para fins de divulgação e promoção de produtos de seu interesse. Caso não queira fazer parte desta lista, escreva para a revista. As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da TOPVIEW.
EMPRESAS IRMÃS
ÍNDICE
COLUNAS 36 Ana Clara Garmendia As tendências que marcaram o Festival de Cannes
38 Coluna Ruy Barrozo Novidades na cidade e lançamentos do mês
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40 Coluna Arte A art advisor Marina Bertoldi estreia na TOPVIEW
44 Coluna Business Sonia Potrich e o mercado imobiliário de luxo
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ESTILOS 14 Wishlist Para quando o inverno chegar
28 Pontos de luz Looks de inverno aquecidos por cores fortes
ARREDORES 22 Invernar na Serra
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ESPAÇOS 49 Por uma arquitetura mais humana Três escritórios curitibanos de destaque falam sobre os rumos da área
PERSONAGENS 58 Lirismo como resistência A curitibana cia brasileira de teatro aprofunda sua arte como encontro entre pessoas
80 Não Vivo Sem Kellen Cotrin, da importadora Porto a Porto, e seus aplicativos – de vinho – essenciais
©3 ©1 PAULO CIBIN, ©2 ANTONIO BARROS, ©3 F/S E ©4 MARCELO SABIÁ
Nossa hospedagem num canto superaconchegante para estação em Santa Catarina
REDES SOCIAIS BLOGS NOTAS EVENTOS PROJETOS ESPECIAIS BRANDED CONTENT CONTEÚDO PATROCINADO SITE MULTIPLATAFORMA SERVIÇO INFORMAÇÃO SOLUÇÕES CUSTOMIZADAS SMARTPHONE AUDIÊNCIA MARCAS GUIAS PUBLICITÁRIOS COBERTURA AO VIVO PRÊMIOS WORKSHOPS POCKET SHOWS TRANSMISSÕES CLUBES DE PARCERIA FESTIVAIS SHOWS PALESTRAS BATE-PAPO CURADORIA MÍDIA PROGRAMÁTICA SÉRIES DE VÍDEO PODCASTS RÁDIO TV CANAL NO YOUTUBE INFLUENCIADORES AD NETWORK MÍDIA SEGMENTADA PERSONALIDADES MAILING APLICATIVOS LICENCIAMENTO DE MARCA E ATÉ REVISTA 12 TOPVIEW.COM.BR
ESPAÇOS
© HEBERT COELHO
CASAMENTOS
VEM AÍ O M A I O R C L U B E D E E S T I L O D E V I D A D O S U L D O PA Í S
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4 6 1. Body Butter Pêssego, da The Body Shop, R$ 65. thebodyshop.com.br 2. Poltrona Revolve, da Marili Decor. Preço sob consulta. marilidecor.com.br 3. Blazer, R$ 1.768, e calça, R$ 898, da Iódice. iodice.com.br 4. Batom M.A.C. Colour Rocker, R$ 74. maccosmetics. com.br 5. Saia de chamois, R$ 3.298, da Cruise. gallerist.com.br 6. Aromatizador red roses, R$ 63,99, da Amend. amend.com.br 14 TOPVIEW.COM.BR
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7. Guaspari Viognier, Vista do Bosque 2015, da Vinícola Guaspari, R$ 138. loja.vinicolaguaspari.com.br 8. Almofada Chamego, da Oppa, R$ 199,99. oppa.com.br 9. Echarpe Burberry, R$ 2.560. (41) 3342-5012, no Pátio Batel. 10. Almofadas, R$ 25,90, e tapete, R$ 249,90, da Riachuelo Casa. riachuelo.com.br/ moda-casa 11. Banqueta Kalup, da Ton Sur Ton, preço sob consulta. tonsurton.com.br
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12. Manta Brigite, da Villa Batel, R$ 278. villabatel.com 13. Jaqueta Polo Ralph Lauren, R$ 790. ralphlauren.com 14. Poncho, R$ 1.498, e macacão, R$ 1.998, da Lafort. (41) 3317-6180, no ParkShoppingBarigüi. 15. Óculos Max Mara, R$ 1.103. (41) 3323-2765, no Pátio Batel. 16. Jeep Compass, preço sob consulta. jeep.com.br/jeep-compass.html 17. Gim Hendrick's, preço sob consulta. Nas melhores adegas da cidade.
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18. Luva Cris Barros Mini, R$ 148. crisbarros.com.br/mini 19. Bufê de sopas da Empório Kaminski, em porções de 250 g (R$ 11,90), 13 sabores rotativos. emporiokaminski.com. br 20. Revestimento em painel fotográfico da Arredoc Import, à venda na Adornié Ambientes, mede 1,36 L x 3,00 A, R$ 2.890. adornie.com.br 21. Colete Hering Kids, R$ 119,99. heringkids.com. br 22. Mini Melissa Sugar Rain + Fabula, R$ 130. melissa.com.br Confira uma receita de sopa no site topview.com.br
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24 23 23. Casaco de matelassê da Farm, R$ 498. farmrio.com.br 24. Casaco Fedra, R$ 1.950. fedra. art.br 25. Casaco Fátima Scofield, R$ 1.200. fatimascofield.com.br 26. Roupa para pet da HiperZoo, R$ 61,20 (tamanhos de 2 a 5). hiperzoo.com.br 27. Sapato Masqué, R$ 889. masque.com.br
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EM BAIXA
28. Todas as Emoções deste Mundo, de Antonella Guimarães. Preço sugerido de R$ 44 nas livrarias. 29. Quinta temporada de House of Cards, no Netflix. 30. Casaco Catarina Mixed, R$ 990. (41) 3079-8005, no Pátio Batel. 31. Filme A Cabana, nos cinemas e nas locadoras da cidade. 32. Sapato Lacoste Explorateur, R$ 650. lacoste.com 33. Pochete Petite Jolie, R$ 79,90, petitejolie.com.br.
DESTINO DE FRIO
Invernar na Serra INVERNO É TEMPO DE DESACELERAR, TOMAR O FINAL DE SEMANA PARA SE EMBRULHAR NUM COBERTOR SEGURANDO UMA XÍCARA DE CAFÉ QUENTE NO SOFÁ MACIO OUVINDO O TREPIDAR DO FOGO. QUE TAL SE ACONCHEGAR NA SERRA CATARINENSE? NOSSA EDITORA DESCOBRIU UMA SURPRESA POR LÁ – E DÁ PARA CHEGAR POR TERRA OU PELO AR
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por Juliana Reis, da Serra Catarinense fotos Marcelo Sabiá
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hovia nas altas encostas da Serra Catarinense quando atravessamos a porta da casa principal do Hotel Curucaca. Nada mal – na verdade, o prenúncio de um final de semana bom, de ócio, sono e sossego. A recepção cálida não estava só no ambiente serrano do grande chalé, mas nas boas-vindas do recepcionista Eduardo e da proprietária, Silvana Krüger, que orquestra tudo com fala mansa e nos incentiva a tomar um café com bolo – para “aquecer o coração”, ela fala – antes de irmos para nossa cabana particular. A Serra Catarinense tem picos com altitudes que chegam a mais de 1,8 mil metros. É uma das regiões mais frias do Brasil, onde neva em quase todos os invernos – e se a neve não vem, o nevoeiro e a geada se encarregam de vestir a região com um manto gelado, digamos, bem conveniente. Até a chuva aqui é oportuna: pelo menos no Hotel Curucaca, o som dos pingos lá fora só torna ainda
mais delicioso o tempo dentro das cabanas quentinhas. Tais condições e cuidados vêm fazendo dessa serra uma possibilidade para passeios invernais de final de semana, mesmo saindo do Paraná. Se não for de carro, dá para chegar até de helicóptero ou aeronave de pequeno porte. A gastronomia serrana e campeira e as vinícolas-boutique de altitude que se multiplicam por essa montanhas – muitas abertas a visitas – fazem o convite ainda mais tentador. O Curucaca é uma das muitas hospedagens que surgiram na região, entre hotéis-fazenda e pousadas rurais. Nos limites do município de Bom Retiro – a 138 km de Florianópolis –, surgiu há alguns anos com sua casa principal, seguida pelas cabanas de telhado vivo mesclando-se ao cenário natural, e com uma proposta sustentável de respeito ao entorno. O ambiente rústico-chique do Curucaca é inspirado nas instalações das montanhas do Colorado (EUA), outro cobiçado destino de frio. Quando somos le-
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DESTINO DE FRIO
O ambiente rústico-chique da Curucaca é inspirado nas instalações das montanhas do Colorado (EUA), outro cobiçado destino de frio. Silvana Krüger, uma pedagoga joinvilense que adotou a Serra Catarinense como moradia após estudar Gestão Hoteleira e Gastronomia, buscou inspiração em destinos rurais e de montanha e coloca seu capricho pessoal em cada detalhe.
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vados à nossa cabana, só notamos as outras unidades à medida que nos aproximamos ou que observamos chaminés fumegando. É gente curtindo o aconchego montanhês já instalada em seus cantinhos. Todos os aposentos do Curucaca são equipados com lareira, frigobar, internet e televisão (com muitos canais para quem não dispensa um filminho em days off). Muitos têm banheira e a maioria tem varanda com vista para o vale, o lago ou os jardins – sempre com privacidade garantida. É aí que as diárias de R$ 300 a R$ 550 variam. O olhar cuidadoso de Silvana e de sua equipe garante que a lareira esteja sempre pronta e fácil de ser usada, e os pequenos detalhes e confortos, impecáveis. Muita madeira, arandelas e móveis feitos à mão asseguram rusticidade, mas também elegância à meia-luz. A sensação na minha cabana, a Tiriva, é a de um abraço caloroso. Minha cama (fofa na medida certa e adornada com um delicado dossel de ferro) e o banho quente com sais na banheira de frente para a varanda foram os mimos fundamentais para um final de semana dedicado ao recolhimento. Quando a noite caiu seguimos para a casa principal, onde os hóspedes desfrutam da lareira na sala de estar, do bar e das sopas e pinhões cozidos dispostos sobre uma bancada aquecida aguardando o jantar. O cuidado está até mesmo nas cumbucas já aquecidas e nos temperinhos da horta. O bar e a carta de vinhos exaltam exclusivamente os rótulos da Serra Catarinense, com opções de R$ 50 a R$ 180. As refeições seguem linhas italianas e internacionais privilegiando ingredientes orgânicos e produzidos na região. Truta defumada é uma das presenças mais constantes na cozinha do Curucaca, mas dessa vez fomos servidos com salada verde e risoto de alho-poró no vinho tinto com lascas de filé-mignon. A sobremesa foi sorvete de frutas vermelhas da região com crepe e calda de chocolate.
ço para meditação, além de piscina externa voltada para o vale e ofurô também externo. Recentemente, aproveitando a estrutura, Silvana tem aberto o Curucaca para receber grupos para retiros voltados a relaxamento e atividades terapêuticas. Casamentos e lua de mel também encontram acolhida por aqui. Curucaca é o nome de uma ave que adora fazer seu ninho no topo das Araucárias, árvores que reinam por essas montanhas. São elas que, junto com as vinícolas, identificam o cenário da região o ano todo. E quando o inverno vai embora, o destino não deixa de ser convidativo. As cores da natureza vão se modificando a cada estação, mas o ar fresco predomina. E o Curucaca acolhe o ano inteiro.
SERVIÇO HOTEL CURUCACA_Rodovia SC 430, km 8,
Bom Retiro (SC). Telefone (49) 99136-9186, WhatsApp (49) 99136-9184. curucaca.com.br COMO CHEGAR • Pela estrada até Florianópolis via BR-101 e depois para BR-282 direção Rancho Queimado e Lages.
SPA E BEM-ESTAR
Fica a 148 km de Florianópolis e a 431 km de Curitiba.
A manhã seguinte foi propícia para aproveitar a estrutura dedicada a atividades de bem-estar após o farto café da manhã. O lugar tem estrutura de spa para atendimentos terapêuticos, a exemplo das salas para atividades como ioga, massagem, cama com duchas vichy (tratamento de hidroterapia com aplicação de vários chuveiros atuando simultaneamente dos pés à cabeça para diferentes finalidades), ofurô, sauna seca, hidromassagem com vista e espa-
• Por ar, as coordenadas até a pista de pouso são 27° 51' 48,3" S / 049° 34' 42,5" W. (contatos (49) 99127-8734 ou pousonaserra@gmail.com para informações sobre as condições operacionais.) DIÁRIAS • R$ 300 a R$ 550 com café da manhã. • Jantar a R$ 80 por pessoa.
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DESTINO DE FRIO
Logo em frente ao Curucaca, surgiu uma nova vinícola-boutique. É a Thera. O nome é uma carinhosa homenagem a Therezinha Borges Freitas chamada assim pelo marido, Dilor Freitas, pioneiro na produção de vinhos finos em Santa Catarina. Quem comanda o empreendimento é um dos filhos deles, João Paulo, ao lado da esposa Linda e do filho Abner. Assinados pelo enólogo Átila Zavarize – com passagens pela Chandon, Villa Francioni e Quinta da Neve – os vinhos vêm com uma identidade única. Predominantes, os vinhedos estão voltados para variedades destinadas à elaboração de vinhos brancos e espumantes, tais como Sauvignon Blanc, Chardonnay, Pinot Noir, e também incluem Merlot, Cabernet Franc, Syrah, Malbec, Sangiovese, Montepulciano D'Abruzzo... O Sauvignon Blanc exprime as características únicas da terra e do clima das altas encostas da Serra Catarinense. Perfeito com frutos do mar, harmoniza com uma tendência gastronômica do momento: cozinha tailandesa e asiática. Já o Thera Rosé demonstra sutileza e elegância e não passa por barricas de carvalho para preservar a expressão da fruta. Os rosés e tintos serão produzidos em pequena escala e serão mais leves em relação ao que já é apresentado na vizinha São Joaquim. A propriedade deve abrir visitação nos próximos meses e prevê um wine bar para completar a experiência. VINÍCOLA THERA_Rodovia SC 430, km 8, Bom Retiro (SC),
contato@vinicolathera.com, vinicolathera.com.br
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NOVIDADE À PORTEIRA
MODA
PONTOS DE LUZ SEMPRE COM UMA COR FORTE QUE “AQUECE” O LOOK, TRICÔS, SOBREPOSIÇÕES, ESTAMPAS E MISTURAS DE MATERIAIS DÃO O TOM DAS PRODUÇÕES DESTE INVERNO
fotos Paulo Cibin styling e edição de moda Pati Sabatowitch modelo Marya Eduarda Loch (Ford Models SC) beleza Luciana Andrioni agradecimento Cave Colinas de Pedra
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Óculos, anel, brincos e pulseira Maria Dolores, macacão Cris Barros, blusa Fedra para Bazaar Fashion e casaco Mixed.
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Blusa Reinaldo Lourenรงo para Bazaar Fashion, cinto e saia MOB gola Mixed e anel Prata Fina.
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Blusa e vestido usado como saia Animale, casaco Cris Barros, colar e anel Silvia Dรถring e sapato Schutz para Marreh.
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MODA
Vestido LN Deluxe para Impelle, cappotto Sandra Kanayama e brincos e anĂŠis Prata Fina.
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Vestido Loft747 para Impelle, poncho Patrícia Motta para Bazaar Fashion, manta Trousseau, anéis (mão direita) Silvia Döring e anel (mão esquerda) Maria Dolores.
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Blusa Animale, colete Mixed, pantacourt MOB e YSL Berlin, meia Vestido anéis Silvia Falke Döring. e sandália Prada.
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assistente de fotografia Carlos Eduardo Oliveira | assistente de produção de moda Lizzie Renata
MODA
Blusa Mixed, saia Fátima Scofield para Bazaar Fashion, jóias Demetra Jewelry e bota acervo.
SERVIÇO: Animale animale.com.br, Bazaar Fashion (41) 3243-2605, Cave Colinas de Pedra cavecolinasdepedra.com.br, Cris Barros (41) 3317-6744 (ParkShoppingBarigüi), Demetra Jewelry facebook.com/Demetra-Jewelry, Impelle impelle.com.br, Marreh marreh. com.br, Maria Dolores designmariadolores.com.br, Mixed loja.mixed.com.br, MOB mobonline.com.br, Prata Fina pratafina.com.br, Sandra Kanayama sandrakanayama.com, Silvia Döring silviadoring.com.br e Trousseau_trousseau.com.br
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COLUNA MODA
ANA CLARA GARMENDIA mora em Paris e é uma das pioneiras no movimento street style no mundo. É autodidata em fotografia e já colaborou com Style.com, The Telegraph e Vogue.it.
BINOCHE FOREVER
A atriz francesa Juliete Binoche dá um show de beleza, elegância e maturidade em Cannes. Contrariando antigas convenções, ela mostra os poderosos braços e arrasa.
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aio foi o mês do tapete vermelho mais chique do ano: a comemoração da 70ª edição do Festival Internacional de Cannes. Um momento nobre de encontro entre moda (que aqui é considerada arte) e cinema. E também foi o mês em que a França elegeu o presidente mais jovem da sua história. Aos 39 anos, Emmanuel Macron começa a dirigir
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a França, destacando com ele a esposa, Brigitte, 64. A chegada de Brigitte ao posto e todos os looks desfilados nos tapetes vermelhos de Cannes é uma prova de que os tempos mudaram por aqui. Em Cannes, ao invés dos esquisitíssimos looks mostrados em outros eventos por atrizes e celebridades, viu-se um show de elegância, discrição e bom gosto. Eram mulheres de todas as ida-
des. Algumas delas bem jovens e quase nuas, como a supermodel Bella Hadid, que apareceu no baile da Amfar*, evento realizado em paralelo ao festival, vestindo um modelo de Ralph&Russo. A peça de alta-costura era toda bordada e brilhante, mas transparente como se fosse de cristal. O mais incrível nesse look de Bella? A elegância com que ela o portou. “Um sonho” , comenta o es-
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A regra do jogo mudou
NAOMI FENOMENAL
A top Naomi Campbell engrossa o time de mulheres que ultrapassam velhas regras impostas pela sociedade. Ela usa cabelos compridos e é madura e maravilhosa.
tilista Caio Gobbi no meu Instagram quando eu posto a foto. Sim. É um sonho realizado de expressão, comportamento, liberdade. A juventude de Bella Hadid interpreta a nudez como algo simples e libertador. Já as mulheres mais maduras, como Brigitte Macron, também arrasam ao mostrar o corpo de uma maneira bem natural. Ela tem aparecido em eventos oficiais (vestiu apenas Louis Vuitton, até agora) com modelos curtos, abusados até para o título que carrega e ousado para a idade que tem. Antigamente dizia-se que a partir de uma certa época de nossas vidas, não poderíamos mais mostrar os joelhos, deixar os cabelos compridos, usar certas peças de roupas. Só que tudo isso mudou. Acabou. As regras são outras. E hoje a elegância é quem passa à frente. Quem tem pose, avance algumas casas e faça seu gol, ponto, match! Quem não tem coragem, que fique presa ao mofo das regras ditadas por uma sociedade ultrapassada. Todas podem abusar do poder feminino do jeito que querem, com nudez ou sem ela. É só seguir o movimento. Ele já foi lançado.
SÓ DÁ ELA
Brigitte Macron anuncia uma nova era de elegância no mundo vestindo (em eventos oficiais) roupas de modelos clássicos, mas sempre curtas.
APARIÇÃO
Bella Hadid transcende com vestido transparente em Cannes 2017.
*Amfar (The Foundation for AIDS Research) realiza jantares em vários lugares do mundo para angariar fundos para suas pesquisas. ©1
COLUNA RUY BARROZO
COR PREFERIDA O cinza está tomando de assalto o mundo da moda e é a cor preferida dos consumidores de carros novos da Ford na Europa, ocupando o lugar que em 2016 pertencia ao branco. A Ford oferece hoje duas opções de cinza em sua linha no Brasil e soma um total de mais de 50 tons dessa cor lançadas no mundo desde a década de 90.
EXPERIÊNCIAS EXCLUSIVAS
MUNDO COLORIDO Os acessórios são grandes aliados na hora de trazer um toque de glamour à produção. Um exemplo disso são os óculos de sol, capazes de mudar o visual em segundos. Durante as últimas semanas de moda, uma tendência muito evidente foram os óculos com lentes coloridas. Além de nomes como Selena Gomez e Bella Hadid que já aderiram ao estilo, o colorido das lentes também teve presença marcada nos principais cliques de street style. Revival dos anos 70, o hit chama a atenção para uma cartela com inúmeras tonalidades que inspiram clima divertido, transportando essência vintage ao look.
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Localizado em uma das áreas mais cobiçadas de Quadrado, centro histórico de Trancoso (BA), o Uxua Casa Hotel & Spa possui sete pacotes de experiências que elevam a hospedagem a um nível único, com serviços de qualidade e atividades exclusivas. Entre eles, dois são apostas para 2017: Experiência Comunidade e Artesão Uxua e Experiência Única Uxua.
AGORA É MODA Depois de inúmeras parcerias no ramo da gastronomia, dois livros e dois restaurantes, Bela Gil se lança numa nova empreitada, desta vez na moda. Em parceria com a Cantão, a moça desenvolveu 20 peças com a marca carioca. Agora, acaba de estrear um programa no GNT – Vida +Bela – em que mostra sua rotina em casa. E para completar, ela também faz as vezes de modelo, sempre com seu sorriso largo e o característico batom vermelho.
ETERNO JEANS O clássico jeans nunca sai de moda, mas a cada temporada o tecido ganha um destaque diferente. Sempre em dia com o que está em alta, a Tufi Duek aposta no denim repaginado para o Inverno 2017. Conforto é a palavra-chave, além de modelagens modernas que favorecem o corpo das mulheres. Jaquetas, calças e casacos com lavagens diferentes e detalhes que fazem toda a diferença no look estão entre os destaques da marca.
PROFISSIONAL TARIMBADO O chef Guilherme De Rosso preparou um artigo especial sobre A experiência de uma estrela Michelin. Formado pelo curso de Chef de Cuisine – Restaurateur do Centro Europeu, ele se especializou no Italian Culinary Institute for Foreigners – ICIF, da Itália. Após alguns anos na Europa e experiências em restaurantes com estrelas do Guia Michelin, Guilherme retornou ao Brasil para comandar o boteco Simples Assim, em CWB. Hoje ele também é supervisor do curso de Beer Sommelier do Centro Europeu.
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COLUNA ARTE
Desvendando o mundo da arte
TOPVIEW: Você é uma art advisor, como trabalha? MARINA BERTOLDI: O convívio e entendimento com uma obra de arte nunca se dá por completo, aí reside a beleza do que eu faço. Trabalhamos para entender o que move nosso cliente e então apresentarmos na arte quem dialoga com ele. Os serviços são personalizados, vão desde a construção de coleções até o entendimento e a gestão de coleções existentes.
porque pressupõe que uma atitude unilateral possa transformar algo que na realidade depende em grande medida do espectador. O artista cria uma obra, eu mostro possíveis interpretações, contextualizo o trabalho, mas o entendimento verdadeiro só virá quando o indivíduo se questionar e internamente dialogar com o que vê e sente. Mas sim, trabalhamos para facilitar esse caminho. TV: Você também se preocupa em incentivar o trabalho
TV: Qual o perfil predominante do seu cliente?
de jovens artistas?
MB: Hoje, metade é composta por colecionadores e a outra
MB: Sim, além de mostrar jovens artistas representados por galerias para meus clientes, criei um projeto independente, que se chama Faísca. Visamos divulgar e viabilizar o início da carreira de artistas que consideramos excepcionais mas ainda não são formalmente representados. Muitas vezes leva alguns anos para que os artistas sejam representados, e esse momento inicial é muito importante. Por isso, acompanhamos seus ateliês, apresentamos críticos e curadores que possam se interessar, sugerimos residências artísticas, participações em exposições e prêmios e articulamos clientes potenciais.
metade está procurando começar uma coleção. Para nossos clientes colecionadores representamos o Collectrium, aplicativo da Christie’s e importante ferramenta para entendermos o que o colecionador já possui e a partir daí dar vida à sua coleção. Para os clientes que ainda não possuem coleções, trabalhamos para que as aquisições sejam também construção de conhecimento. TV: Qual a etapa que você considera a mais importante quando começa a trabalhar com um cliente? MB: O começo. Acreditamos que nosso trabalho é proces-
so, é construção. O meio e o final são importantes, mas às vezes não existem, o que era fim, pode ser só um recomeço.
TV: Como você vê a importância da educação em arte na
TV: Podemos dizer que o seu trabalho é também uma
MB: É fundamental. Não tem como pensar em cidada-
forma de trazer a arte mais perto das pessoas, ou seja,
nia, em convivência, se não formos críticos em relação ao que está a nossa volta. Arte é uma forma de pensar em si e no mundo.
deixá-la mais acessível? MB: Sim e não, “tornar acessível” é uma expressão difícil
@marinabertoldi_
formação do cidadão?
Projeto Faísca:
@projetofaisca_ marina.bertoldi@marinabertoldi.com
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faisca@marinabertoldi.com
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ESTREIA NA TOPVIEW A ART ADVISOR CURITIBANA MARINA BERTOLDI, QUE REPRESENTA O COLLECTRIUM, APLICATIVO DA CHRISTIE’S PARA GESTÃO DE COLEÇÕES DE ARTE. ELA TAMBÉM É IDEALIZADORA DO FAÍSCA, PROJETO PARA VIABILIZAR O INÍCIO DA CARREIRA DE JOVENS ARTISTAS. ESCREVERÁ AQUI BIMESTRALMENTE
COLUNA BUSINESS
O crescimento do mercado imobiliário de luxo
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iferenciais como localização, acabamento e metragem definem um imóvel de alto padrão. Atualmente, o mercado imobiliário de luxo vem se destacando na capital paranaense, dando lugar a empreendimentos milionários. Apartamentos e casas em condomínios fechados chegam a custar até R$ 20 milhões. Quando se fala em imóvel de alto padrão, não é apenas a metragem que vai determinar se ele é realmente um empreendimento de luxo, nem mesmo um imóvel de um milhão de reais pode ser considerado de alto padrão. Entretanto, se aliar localização, metragem e acabamento o imóvel torna-se diferenciado e vai atrair a atenção do cliente. Este segmento vem aumentando na capital paranaense e a tendência é de que, no mínimo, mantenha os patamares atuais na produção imobiliária. Muitas construtoras e incorporadoras estão direcionando seus lançamentos para o segmento de luxo e superluxo. Hoje, são 14 construtoras com 23 empreendimentos, alguns já entregues, outros em obras, além dos recém-lançados. Com a crescente valorização, os bairros mais nobres de Curitiba são os mais procurados para a cons-
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trução desses edifícios. Entre eles, destacam-se Batel, Ecoville, Champagnat e Cabral. Já em bairros como Santo Inácio, Tingui, Santa Felicidade, Campo Comprido, Alphaville e Pineville, os dois últimos localizados na região metropolitana de Curitiba, estão concentrados os condomínios luxuosos de casas. Segundo dados dos principais indicadores do mercado imobiliário no Paraná, o número de empreendimentos de alto padrão que estão em comercialização na capital é considerável e a procura pelos produtos diferenciados ganha força. Desde o ano passado, é possível notar uma recuperação da confiança dos investidores e compradores. O público que procura exclusividade dispõe de recursos, porém, espera o melhor momento para investir. Esses produtos diferenciados não estão somente nos plantões de vendas das construtoras. Hoje, os curitibanos têm à disposição imobiliárias especializadas nesse segmento que trabalham em parceria com as construtoras, além de disponibilizar ao cliente um leque de opções com imóveis exclusivos, sejam eles novos ou usados. O grande desafio nesse nicho é conseguir surpreender. O cliente busca exclusividade.
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SONIA POTRICH É JORNALISTA E ESPECIALISTA EM IMÓVEIS DE LUXO
ā3 %237
() 30,3 237 46Ñ<-137 ā3 %237 COM EXCLUSIVIDADE PARA A TOPVIEW, LEONARDO PETRELLI – PRESIDENTE EXECUTIVO DO GRUPO RIC – FALA SOBRE O ANIVERSÁRIO DE TRÊS DÉCADAS DA EMPRESA E VISLUMBRA QUAL CAMINHO A SER TRILHADO DAQUI PARA FRENTE por Luise Takashina foto Daniel Katz
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eventos, experiências sensoriais. Isso seria uma primeira etapa. Depois, em um segundo momento, conhecendo os mercados do Sul, expandiremos essa experiência para os nosso usuários de Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do
A
Rede Independência de Comunicação demorou mais de uma década para ser formada. O grupo começou com a aquisição de duas rádios, em Curitiba e Joinville, em 1975. A primeira concessão de TV se deu um ano depois, com a então TV Cultura de Chapecó. No Paraná, a entrada da família Petrelli no mercado televisivo aconteceu via Cornélio Procópio, por meio da TV Vanguarda. Foi em 1987, com a compra da TV Independência de Curitiba, que a RIC passou a existir de forma coordenada no Paraná e em Santa Catarina. Nascia, oficialmente, o Grupo que completa 30 anos em 2017. Hoje, a RIC é formada por rádio, televisão, sites, veículos impressos e até uma plataforma de música eletrônica. Como parte das comemorações, essa trajetória foi muito lembrada nos eventos e nas ações de marketing que celebraram a data. E foi nesse clima, um misto de nostalgia com a expectativa de como serão as próximas três décadas, que a TOPVIEW conversou com Leonardo.
Sul. O futuro da TOPVIEW é ser o clube de estilo de vida de alto padrão do sul do país. TV: Hoje os meios de comunicação disputam espaço com outras plataformas, como YouTube e Netflix. Elas podem ser consideradas concorrentes da RIC? LP: Essas são plataformas de entretenimento, de conteúdo sob demanda. O que acontece no mercado local, elas não têm como disponibilizar. O grande diferencial é que temos um relacionamento com o mercado local e com os nossos consumidores finais. TV: O Grupo RIC começou como uma rádio e é hoje dono da JovemPan. Por que essa plataforma ainda é tão perene? LP: O meio rádio sempre foi muito diminuído, menosprezado. Ele sempre seria substituído por tudo que vinha, como a televisão e a internet. E, no fim, é um veículo cada vez mais vivo porque ele tem o que o digital está trazendo para o consumo, que é a instantaneidade e a mobilidade. Para nós, é uma paixão.
TOPVIEW: O futuro da RIC é um regional digital?
TV: Resumidamente, quais são os desafios para os próximos
Leonardo Petrelli: A RIC vai continuar com o seu foco,
30 anos de RIC?
pois entende que a afinidade entre informação regional
LP: É permanecer relevante regionalmente. Vamos continuar
e o relacionamento com seu público é fundamental. Até
levando sempre a melhor informação, independentemente
agora, a RIC atuou nos modelos antigos de mídia, como
do formato.
televisão, rádio, revista, jornal. Com o mundo digital (focado
TV: Leonardo, o seu discurso é muito inspirador. E o que
principalmente nas plataformas RICMAIS e TOPVIEW),
inspira você a liderar o Grupo para o futuro?
passaríamos a expandir a experiência do nosso público:
LP: É realmente achar que eu faço a diferença, que de alguma
nossos consumidores vão poder se relacionar com a RIC
maneira eu contribuo com uma transformação social. É muito
a todo instante. Mais do que isso, podemos fazer com que
bom fazer parte da mudança na vida das pessoas e deixar
nós, que somos especialistas em Paraná e Santa Catarina,
um legado de desenvolvimento pessoal e até econômico.
passemos a ser uma referência nacional e internacional
E eu me empolgo de ter pessoas felizes na empresa, em
daquilo que nós mais conhecemos. No caso da TOPVIEW,
receber mensagens de estímulo, de otimismo. E tenho um
quando compramos a marca, em 2013, estávamos buscando
entusiasmo enorme pela marca TOPVIEW.
um relacionamento com um consumidor fiel, que estava acostumado a receber a revista em casa, uma experiência de qualidade. O nosso objetivo é que isso continue no mundo digital e haja uma expansão da entrega, via site, redes sociais,
Para conhecer melhor a história do Grupo RIC acesse topview.com.br/materia/ric-30-anos
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© LEONARDO FINOTTI
TENDÊNCIAS
POR UMA ARQUITETURA MAIS HUMANA por Yasmin Taketani fotos Ricardo Perini
© RICARDO PERINI
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TRÊS ESCRITÓRIOS QUE VÊM SE DESTACANDO – E EXPANDINDO PARA ALÉM DE CURITIBA – COMPARTILHAM SUA VISÃO DE ARQUITETURA E DESTACAM TRANSFORMAÇÕES NA ÁREA
TENDÊNCIAS Bernardo Richter, Pedro Amin e Fernando Caldeira de Lacerda, que venceram o Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano, na categoria Setor Privado, em 2016.
ARQUEA
Q
uem passou pelo Largo da Ordem ou pelo Parque Barigüi em abril deste ano pode ter se surpreendido: da fonte no Centro Histórico saía uma “cabeça” de mergulhador, enquanto no lago do Barigüi passeavam alguns jacarés de plástico. Essa foi uma ação da Arquea, junto a estudantes de arquitetura, para “alterar a percepção de prédios, ruas e monumentos” que cruzamos todos os dias, mas que passam despercebidos, por meio de inserções urbanas. A brincadeira ilustra uma faceta dos arquitetos Bernardo Richter, Fernando Caldeira de Lacerda e Pedro Amin, que se uniram em 2008 e em 2016 acumularam cinco prêmios e tiveram um projeto selecionado como uma das 100 obras de arquitetura mais importantes do Brasil pelo site especializado Archdaily. Para o trio, a experiência das cidades pode ser mais humana, e com soluções simples (como uma fachada ativa ou mobiliário urbano), desde que bem conceituadas. “A arquitetura mexe muito com a autoestima”, explica Pedro. “[É possível] criar uma arquitetura em que a pessoa se sinta valorizada, se sinta parte da cidade e se sinta bem ali.” A crise econômica e a busca por modos de vida mais sustentáveis também influenciam essa “nova arquitetura”, 50 TOPVIEW.COM.BR
pedindo mais equilíbrio. “É fazer o melhor que dá com o que se tem de tecnologia, tempo e a questão financeira do cliente”, resume Pedro, expondo a preferência por simplicidade e durabilidade. Esta, no entanto, não é só relacionada a materiais, mas ao conceito a partir do qual o espaço é projetado, seguindo sua demanda e contexto. “A gente não tenta ter uma cara, nossos projetos são todos variados”, observa Fernando. “Inclusive isso é para que a gente tenha muito mais flexibilidade de ideias.” O trio observa que há mais interesse das incorporadoras por esses conceitos em períodos de enfraquecimento do mercado. “O arquiteto, nesses momentos, é mais valorizado porque traz ideias”, explica Fernando, ele mesmo responsável por um edifício que o grupo descreve como “gentil com a cidade” e que se destaca entre os outros na rua: não há muro, mas integração com a calçada e com as pessoas – uma continuidade entre espaço privado e público. “São pequenos gestos”, define Bernardo sobre como melhorar a experiência das cidades e sobre o papel social do arquiteto: “Às vezes uma pessoa cuida de um canteiro, o Bocca Lupo [restaurante cujo projeto é assinado por eles] tem um banco [na rua] em que qualquer um pode sentar.”
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O trio de arquitetos desenvolve projetos que vão de residências e edifícios habitacionais a estudos urbanísticos: (1) Renovar o olhar sobre a cidade por meio de uma pequena inserção. (2) Na focacceria Bocca Lupo, um banco na calçada fica à disposição de qualquer pessoa, num pequeno gesto de gentileza com a cidade. (3) Na Casa Vila, finalista de dois prêmios de arquitetura, a sala de jantar atua como lugar de encontro com vedação transparente, um híbrido entre espaço interno e externo. (4) O projeto, que ficou em segundo lugar no concurso para a Sede IAB/DF + CAU/BR, é marcado pela leveza e pelo espaço aberto em continuidade do espaço público. (5) A relação de continuidade entre os dois espaços também é importante no Edifício 1232, em Curitiba, e se desenha por um térreo livre.
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TENDÊNCIAS “O debate e o questionamento contínuo sobre a maneira como vivemos no ambiente urbano“ é um aspecto marcante no trabalho de Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa e Emerson Vidigal, junto a Martin Goic.
ESTÚDIO
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hamou a atenção recentemente ao vencer o concurso da nova estação brasileira na Antártica, cuja construção tem orçamento previsto em mais de U$S 100 milhões. Mas também é ponto importante para o estúdio projetos como o de Água Branca (SP), pelos quais mostra que é possível fazer habitação de interesse social (são 1,4 mil moradias) com qualidade e com a mesma verba disponível, segundo Fabio Henrique Faria, Eron Costin, Emerson Vidigal, João Gabriel Rosa e Martin Goic, todos formados pela Universidade Federal do Paraná e sócios desde 2011. Uso inteligente do espaço, cuidado estético, acesso a transporte e áreas de lazer, fachadas ativas e áreas comuns que não são mera passagem, mas locais de convívio, são alguns dos diferenciais em Água Branca. Os últimos prêmios Pritzker, o principal em arquitetura, destacaram a habitação de interesse social ao escolher o chileno Alejandro Aravena, e o trabalho discreto mas consistente do trio espanhol RCR, que pensa projetos particulares com fins coletivos, em conexão com a paisagem e os costumes locais. “Estão surgindo escritórios originados de um conjunto de arquitetos, uma equipe que tem um pensamento conjunto, em que cada um tem uma ideia e a compartilha”, 52 TOPVIEW.COM.BR
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observa Eron sobre o movimento oposto aos starchitects. Para os sócios, a arquitetura não busca mais uma assinatura, mas atender a demanda de cada projeto, com traços simples e atemporais – eles acreditam que venceram o concurso da estação pelo pragmatismo e simplicidade na solução, levando em conta condições climáticas e dificuldade de acesso. Inicia-se, então, uma revisão da percepção do arquiteto como “supérfluo e supercaro”: “É aquele que vai trazer qualidade às pessoas e isso não necessariamente encarece, ao contrário”, argumenta Fabio. Segundo ele, também começa a mudar o movimento de se fechar em condomínios. “Hoje a gente vive algo que é um pouco mais voltado ao coletivo”, observa Faria, destacando a importância de “espaços caminháveis, mais agradáveis à convivência e ao trânsito do pedestre”, bem como as fachadas ativas – prédios mistos com comércio ao nível da rua, gerando movimentação e mais segurança – e a ocupação do espaço público – com todos os seus conflitos. “Ninguém nos educou para isso, mas é parte desse exercício de ser cidadão, de se politizar no sentido de usar a cidade”, avalia Emerson sobre a vitalidade do espaço público e o potencial de utilização da cidade.
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1 (1) Projeto vencedor do concurso internacional para a reconstrução da estação brasileira na Antártida: simplicidade e praticidade se destacaram em meio a projetos com ares de ficção científica. (2) Este centro de ensino infantil se propõe a ser um lugar de liberdade para se desfrutar a infância, o máximo possível, ao ar livre. (3) A proposta para ensino fundamental opta por mais transparência e abertura – inclusive para múltiplos usos e para toda a comunidade.
4 (4) O projeto vencedor do concurso nacional para o centro cultural de Cabo Frio (RJ) valoriza a vista do entorno, dialoga com a paisagem natural e confere flexibilidade nos tipos de uso dos espaços. (5) O projeto de unidades habitacionais coletivas em Sobradinho (DF) – segundo lugar no concurso público – visou diferentes tipologias de apartamentos para atender a diferentes perfis de família. (6) Outra UHC nos arredores de Brasília, em que os apartamentos orbitam ao redor de um pátio central voltado às relações humanas entre moradores e seus vizinhos.
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TENDÊNCIAS O diálogo com diferentes áreas de conhecimento – literatura, filosofia, artes visuais – abre novos caminhos para a arquitetura de Pedro Duschenes e Gustavo Utrabo.
ALEPH ZERO
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s projetos de Pedro Duschenes e Gustavo Utrabo tampouco têm uma unidade estética ou um estilo identificável. “O que vem por trás do projeto não é uma relação estética”, comenta Pedro. “A gente quer trabalhar o conceito.” Foi assim num projeto de moradia no interior de Tocantins, um convite de Marcelo Rosenbaum: a dupla integrou as crianças a quem o espaço era destinado ao processo de criação, numa colaboração para entender suas necessidades, seus desejos e sua escala. E enquanto técnicas contemporâneas estão presentes, o projeto não briga com o entorno, antes respeita e dialoga, inclusive incorporando técnicas construtivas da região e referências indígenas. O processo proporciona um caminho para a dupla, em meio a um contexto de excesso de informações, imagens e referências. “Há uma grande pulverização de maneiras de encarar a arquitetura, e não mais uma grande maneira dominante, em que se podia dizer que aquilo era o certo e o outro era errado ou oposto”, avalia Pedro, somando ao contexto atual o trabalho colaborativo e permeável a outras áreas de conhecimento. “As coisas não estão mais claras: se pode ou não pode, se isso é de uma ou outra área.”
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Artes visuais, filosofia e literatura têm influenciado o Aleph Zero (referência à obra do escritor argentino Jorge Luis Borges) mais do que a própria arquitetura. “Abriu mais um caminho de interpretação”, explica Gustavo sobre essa relação. Recentemente, a dupla convidou um artista para desenhar uma casa que estava projetando, do jeito que a imaginava. Mais do que uma guia, a criação artística funcionou como provocação para os arquitetos saírem do lugar comum e refletirem sobre o próprio trabalho, fugindo da rigidez que percebem que sua área pode ter. “O trabalho da arquitetura é semelhante à prática artística no sentido de interpretação da sociedade, do local (...) mas tem uma função”, compara Pedro sobre o processo de materialização de ideias, em que a visão de mundo da dupla, por consequência, se coloca. E é um trabalho que pode, como numa instalação artística, criar atmosferas – um interesse da dupla, reunida em 2012 e que acaba de migrar o escritório para São Paulo (SP). “Ainda mais em espaço público”, detalha Gustavo sobre o potencial da arquitetura. “Isso aumenta o repertório da pessoa e sua relação com o lugar.”
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(1,2,3) O projeto de moradia infantil em Canuanã (PI), que já incluía escola para os filhos de trabalhadores locais, contou com a cocriação de 100 das 800 crianças. O novo espaço visa ser percebido como mais do que uma escola, fortalecendo a noção de pertencimento, construindo um lar. (4) A-tra-vés, instalado temporariamente no vãolivre do Museu Oscar Niemeyer, provocou o público quanto à ocupação do espaço. (5) Os recortes, transparências e sequências de espaços cobertos
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e descobertos desta casa em Caiobá embaralham a distinção entre interno e externo. (6) A cobertura do Mercado Público de Florianópolis se propõe a ser mais um elemento nessa narrativa de 160 anos – dialogando com uma história que inclui demolições, renovações, mudanças, quase sem tocar o edifício antigo. (7) As casas Cubo, localizadas em Curitiba (PR), apresentam soluções e detalhes criativos para a habitação em série.
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PROMOTOP
MÓVEIS COM A TRADIÇÃO TODESCHINI Fotos: NenadRadovanovic
“Escolhemos a marca pelo comprometimento de sua equipe e pela excelência na execução dos projetos”, explica Ana Cristina Avila, arquiteta responsável por este projeto
Uma casa moderna e harmônica A arquiteta Ana Cristina Avila prezou por alguns itens nesta linda obra: harmonia familiar, aconchego diário para confraternizações e funcionalidade do layout. Para receber bem a família e os amigos, nada como um projeto personalizado e rico em detalhes que atendam às necessidades dos clientes. Isso é essencial para ter a casa bem organizada e funcionando fantasticamente. Trabalhando com sustentabilidade para este moderno projeto, a arquiteta precisou fazer uma boa escolha dos materiais e fornecedores. Com a rica cadeia de valor de seus produtos e parceiros, escolheu acabamentos que respeitam o meio ambiente e conseguiu realizar o sonho de seus clientes. A busca do aconchego, da praticidade com charme e elegância e da segurança para as crianças foi mais um dos pedidos dos clientes. Para isso, usou os painéis em MDF frisados, inovou com o revestimento da escada, e escolheu uma paleta de cores terrosas com toques de amarelo e laranja, resultando numa atmosfera feliz e equilibrada.
O deck iluminado faz a união das salas, com destaque para a escada revestida com excelência pela Todeschini. Inovar com personalidade é o que a arquiteta buscou neste espaço.
O toque de felicidade reina neste ambiente pela harmonia do mobiliário sob medida e da paleta sutil do cinza e do dourado.
A cabeceira em camurça chumbo até o forro deixou a suntuosidade ÃãØ Ø ÃÊ Â « Ãã ʃ Ø Ą ã« Õ ¼ Ü ÕÊØã Ü ÊØØ Ø Â ÜÕ ¼¨Êʈ
Para realizar o desejo do dono da casa, a churrasqueira recebeu painéis com espelhos e cobertura retrátil em vidro.
Especialista em cores, a arquiteta prezou pela leveza do branco e a espiritualidade do azul no banheiro do casal.
Todeschini Juvevê | 41 3262-8194 R. Augustro Stresser, 371 Curitiba
Ana Cristina Avila Arquiteta e Especialista em Cores www.avila.arq.br | 41 9-9911-9028
Foto: Caroline Kwasnicki
Para deixar a dona da casa realizada, a arquiteta projetou uma sapateira especial ao lado do rack da TV.
Todeschini Batel | 41 3252 1238 Alameda Dr. Carlos de Carvalho 1686 Curitiba www.todeschinisa.com.br
TEATRO
Lirismo como 2
UM DOS MAIS POTENTES GRUPOS DO PAÍS, A CURITIBANA COMPANHIA BRASILEIRA DE TEATRO PREPARA UMA PEÇA A PARTIR DA NEGRITUDE BRASILEIRA E APROFUNDA SUA ARTE COMO ENCONTRO ENTRE PESSOAS, MAIS DO QUE ENCENAÇÃO por Yasmin Taketani
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©1 ©3 MARCELO ALMEIDA, ©2 ARNALDO BELOTTO
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RESISTÊNCIA 3
À
s dez horas de uma noite de maio, o elenco de Krum inverteu a movimentação de ocupação da plateia, como se estivesse se retroassistindo em pleno espetáculo, para fixar-se no palco do Guairinha. O bate-papo sobre a peça da companhia brasileira de teatro começou com o depoimento de três mulheres portadoras de deficiência visual sobre a experiência do espetáculo com audiodescrição; uma amazonense de Lábrea enfatizou a importância do acesso à cultura com conhecimento de causa. Contudo, o que mais se ouviu foram relatos impactados sobre a experiência daquela noite. “Eu só estou sentindo”, foi o que uma moça conseguiu expressar.
É difícil explicar por onde as obras do grupo curitibano nos pegam. Suas peças não têm temas, seus atores não representam e seu próximo projeto talvez nem seja “teatro”. Antes da negação, contudo, é a abertura que caracteriza a companhia, fundada em 2000 pelo diretor e dramaturgo Marcio Abreu e que conquistou os principais prêmios do meio. “Sempre tem uma preocupação de rever códigos já estabelecidos”, observa Grace Passô, atriz e dramaturga que está no segundo projeto com a companhia, sobre sua linguagem. “Tem uma forma muito original de criá-las (...) e o modo como trabalha é muito aprofundado – em relação ao autor, aos temas que o texto levanta.”
1. Cena de Krum, espetáculo que a companhia apresentou em maio em Curitiba: os personagens se assistem, como se estivessem entrando e saindo de uma ficção. 2. A atriz Renata Sorrah, colaboradora da companhia há cinco anos, começa um terceiro projeto com o grupo. 3. Entre casamentos e enterros de Krum, está em jogo a vida possível de pessoas comuns frente a um mundo desmoronando.
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TEATRO
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COMPANHIA BRASILEIRA DE TEATRO
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• Fundada em 2000, em Curitiba, onde ainda está sediada – trata-se de uma provocação ao que a cidade tem de conservadora e a ideia de República de Curitiba: "Chamar uma cidade de república é o ato mais antirrepublicano que pode existir", critica Marcio Abreu.
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"Isso é afirmação da maior ignorância histórica." • Conquistou os principais prêmios de teatro do país – Shell, APCA, Bravo!, Gralha Azul, etc. – em diversas categorias: atuação, iluminação, cenário, direção, melhor espetáculo • Destaca-se pela pesquisa teatral e pela encenação de textos de teatro 60 TOPVIEW.COM.BR
contemporâneo no Brasil
4 e 6. Em PROJETO bRASIL, não pretenderam uma peça sobre o país, mas uma resposta de um grupo de artistas que se deixou afetar pelo Brasil. 5. O diretor e dramaturgo Marcio Abreu foi eleito personalidade de 2012 no teatro pelo júri da Folha de S. Paulo, por ter iniciado “um dos mais sólidos e belos trabalhos de grupo em território nacional”.
PROJETO bRASIL é exemplar desse entendimento de teatro. Até a estreia, em 2015, Marcio Abreu, Nadja Naira e Giovana Soar passaram por um período de pesquisa e leituras sobre o país (obras do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, do sociólogo Sérgio Buarque de Holanda e do romancista Milton Hatoum ainda ocupam uma grande estante na sede no Largo da Ordem), de viagem e vivência das cinco regiões (fosse em experiências tipicamente turísticas até encontros marcantes com pessoas ao acaso), de palestras com especialistas e diálogos, e então de criação coletiva (já com o ator Rodrigo Bolzan e o músico Felipe Storino para completar o elenco) na sala de ensaio onde focaram assuntos e fizeram exercícios a partir de provocações e tópicos propostos pelo diretor. “Todos os dias eu e o Rodrigo apresentávamos 40, 50 minutos – era uma peça por dia”, lembra a atriz Giovana Soar sobre o processo que levou, ao todo, dois anos. “E disso, acho que cinco por cento está no final.” Tudo isso, no entanto, foi fundamental e está, de alguma forma, no trabalho. bRASIL partiu do zero, sem roteiro, formato ou objetivo prévios. Texto e dramaturgia foram elaborados simultaneamente, nos ensaios. A ideia, afinal, não era falar sobre o Brasil – mas se deixar afetar por ele: “(...) em vez de retrato do país, é uma resposta”, analisa a crítica Luciana Eastwood Romagnolli na edição em livro de bRASIL. Trata-se daquilo que ficou impresso dessa experiência para os integrantes e como devolvê-lo num gesto artístico. A resposta da companhia é formulada em 16 “atos” que não constituem uma história linear nem têm personagens, não pretendem explicar ou ilustrar questões sobre o país. Antes, reverberam no plano intelectual, estético, sensível por formas múltiplas: músicas (Aquarela do Brasil ganha outro sentido enquanto Giovana tenta falar mas só consegue cair), discursos de personalidades políticas, falas fragmentadas, etc. Trata-se de um material performativo que não pode ser ensaiado – acontece naquele momento. “A gente está ali com as pessoas [na plateia], tocando violão, tomando uma cachaça e daí alguma coisa começa, alguém toma a palavra”, comenta a atriz e tradutora sobre o momento inicial do espetáculo, quando o público entra no teatro, toma seu assento e compartilha “a emoção do momento” com os atores – que pode ser veiculada por beijos, como na estreia em Curitiba: na bochecha, intenso, um selinho ou uma recusa, dependendo do
espectador. Isso, como se ensaia? “Existe uma complexidade aí que nenhuma psicologia dá conta. É um outro ator, que trabalha com a sua presença naquele lugar, naquele momento”, completa Giovana sobre esse encontro e os desafios de atuação na companhia, que não se utiliza subtexto ou psicologização do personagem. Ela lembra o diretor Roberto Alvim, para quem há mais no ser humano do que psicologia, filosofia ou ciência podem explicar. Como em Krum, em que os personagens se retroassistem, não se trata de o ator se identificar, antes “transitar sobre aquela ideia, fazer acreditar que sou aquilo, mas também me olhar de fora ao mesmo tempo”, afirma Marcio Abreu. Em contrapartida, o espectador não só assiste, mas é parte do acontecimento: estão todos juntos, no mesmo lugar, no mesmo barco, como diz Giovana: “A gente não trabalha com a ideia de representação, mas de apresentar de novo. Toda noite eu pego esse material e lido com ele novamente no momento presente. (...) Agora, se não for isso, vai ser o quê? A gente vai fazer de conta?” ATUALIZAÇÃO DA HUMANIDADE
Em minúsculas e fora do eixo Rio-São Paulo, a companhia brasileira de teatro ficou conhecida pelo trabalho de pesquisa dramatúrgica; pela porosidade de intercâmbios artísticos com países como França e Alemanha e colaboração de artistas de diferentes partes do Brasil – Luis Melo foi um deles, Ranieri Gonzáles e Rodrigo Bolzan são parceiros constantes, a carioca Renata Sorrah começa uma terceira parceria e a mineira Grace Passô uma segunda, como atriz e dramaturga junto a Marcio; por montar autores de teatro contemporâneos relevantes e inéditos e encarar texto, atuação, iluminação, cenário e música como elementos igualmente importantes – a forma é fundamental para gerar possibilidades de leituras e percepções, acompanhando um mundo que não é binário. Sem recusar o teatro “tradicional”, se opõe, sim, à reprodução de padrões culturais, colocando duas perguntas que permeiam sua trajetória: Como o teatro? E para quem? A origem desses questionamentos se confunde com as da companhia. “Fazer teatro sempre significou pensá-lo como possibilidade, como forma de diálogo, como percepção do mundo”, avalia Marcio Abreu. Com fala doce e sotaque carioca de quem chegou a Curitiba na adolescência, ele, que “deu início a um dos mais sólidos e belos trabalhos de grupo em
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7. Suíte 1 marca a circulação da companhia entre outros públicos: no interior de São Paulo, onde a estrutura dramática radical foi muito bem recebida. 8. A mineira Grace Passô, elogiada pela crítica teatral, vai dividir a dramaturgia de PRETO com Abreu, além de atuar na peça. 9. Vida (2010), um mergulho na vida e na obra de Paulo Leminski, foi a primeira dramaturgia que a companhia construiu do zero e de forma coletiva.
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“ESPERO QUE A COMPANHIA BRASILEIRA DE TEATRO SAIBA O QUANTO ME SINTO MAIS LIVRE E RESISTENTE TRABALHANDO COM ELES.” Renata Sorrah
território nacional” segundo o júri da Folha de S. Paulo, que o elegeu personalidade do ano no teatro em 2012, acredita na arte como “elemento de atualização da humanidade, de resgate de percepções sensíveis do mundo e do outro”. Um marco para a companhia foi a apresentação de Suíte 1, cuja estrutura de dramaturgia é novamente radical, no interior de São Paulo. O público que esperavam encontrar suscitou a preocupação de se as pessoas iriam se relacionar com a obra. Ao contrário. “Foi onde a peça começou a acontecer para a gente de verdade, onde as pessoas repetiam frases, escreviam para a gente, viam e reviam a peça”, recorda o diretor sobre o próprio preconceito. O mesmo com PROJETO bRASIL, numa apresentação gratuita no Teatro Amazonas, onde se reuniram pessoas de diferentes idades e classes sociais, e leram em uníssono um discurso do ex-presidente do Uruguai José Mujica. “Muitas daquelas pessoas provavelmente têm outras ideologias, mas acho que o teatro, a arte tem a capacidade de escavar túneis que criam conexões entre visões de mundo tão distintas, que aqui, na vida social, muitas vezes são barreiras intransponíveis”, avalia Abreu. Uma barreira que enfrentam atualmente é um desdobramento de bRASIL. PRETO começa como sua matriz: do zero. O elenco (que inclui Renata Sorrah e Grace Passô) acaba de fazer uma residência artística na Alemanha para investigar questões da negritude brasileira, incluindo racismo e empoderamento, em referências teóricas, experiências compartilhadas, discussões e muita escuta. “Eu me deparo com a minha impossibilidade o tempo inteiro, ingenuidades, de ver outra camada que está por baixo do meu pensamento e que me impede de ver outra coisa”, ilustra Giovana Soar sobre a relevância e o desafio do projeto. Mas PRETO não é uma peça sobre o racismo. “Parte de questões relacionadas à negritude brasileira e ela é tão infinita quanto o próprio Brasil”, explica Grace Passô, mineira que vai dividir o texto com Abreu, sem conseguir passar mais informações concretas. “Isso é, não tenho dúvida, um espelho do que são os processos da companhia brasileira.”
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TEATRO
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ACONTECEU
Cris Daros e Daniel Katz.
Jo Goslar, Carla Kiss e Beto Richa.
Beto Richa, Debora Mattos, Karla Petrelli, Mariana Paula Souza e Fabricio de Macedo.
Carla Kiss, Giovana Giaccio, Ana Lucia Giaccio e Ilse Lambach.
Aron Degtial, Giovana Oliveira e Adriana Abage. Carla Kiss, Pedro Torres e Ilse Lambach.
NOVAS VITRINES Quatro novas vitrines, assinadas pelos arquitetas Cris Daros, Carla Kiss, Jaqueline Zeni e Mariana Paula Souza, foram lançadas no dia 18 de maio na Artefacto Curitiba. O evento encerra as comemorações de 40 anos da marca. © RODRIGO RAMIREZ
Marcia Muradas, Cris Daros, Doris Chemin e João Chemin.
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ACONTECEU
Beth Egas, Eduardo Calcagnotto, Márcia Zanoni Calcagnotto e Flavio Pazetti.
Nelson Calcagnotto, Henrique Steyer, Caroline Andrusko e Eduardo Calcagnotto.
ESPAÇO PREMIUM Sob o comando dos empresários Eduardo Calcagnotto e Nelson Calcagnotto, a Florense inaugurou seu novo showroom no Batel. O novo espaço reforça o posicionamento de alto padrão da marca. © GERSON LIMA E RAQUEL LIMA
Doriane Wagner, Mariana Paula Souza e Leandra Calcagnotto.
Guido Garcia, Celso Freire, Nelson Calcagnotto e Alexandre Garcia.
Henrique Steyer e Claudia Machado.
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João Carlos Perussolo, Mateus Corradi, Henrique Steyer e Nelson Calcagnotto.
ACONTECEU ACONTECEU
Carolina Bonetti, Guto Indio da Costa e Carla Grüdtner. Guto Indio da Costa e sua cadeira Duna.
Bianca Lombardi, Michele Krauspenhar, Carla Grüdtner e Flávia Bonet.
Melissa Dallegrave e Carla Grüdtner.
DESIGN EM FOCO A Inove Galeria recebeu o designer Guto Indio da Costa para um bate-papo com profissionais de arquitetura e decoração. Na ocasião, a marca também lançou a nova vitrine e outros ambientes da loja assinados pela arquiteta Carla Grüdtner. © GERSON LIMA
Yvone Miyamura e Eviete Dacol.
Rosa Dalledone, Karen Camilotti e Eviete Dacol.
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ACONTECEU
Marcos Soares, Juliana Vosnika, Lala Rudge e Luciana Marsicano.
Marcos Soares e Luciana Marsicano.
DUAS DÉCADAS Marcos Soares comemorou seus 20 anos de atuação no mercado de eventos, festas e design de interiores com um almoço para 250 convidados no MON. O evento foi marcado ainda pelo lançamento da coleção HardWear, da Tiffany&Co., e por uma visita à exposição dos Irmãos Campana.
Simone Dzierwa Rosset e Marcos Soares.
© KRAW PENAS
Auro Ottoni, Luciane Lima, Marcos Soares e Isabela Lima.
Suely Brofman, Louise Alves, Heloisa Mello, Vanessa de Souza Camargo e Thaize Martinez.
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Eloisa Castro Goetze, Marcos Soares e Paulo Fernando Billes Goetze.
ACONTECEU ACONTECEU
Liana e Luiz Lopes.
EXPERIÊNCIA ÚNICA A Construtora e Incorporadora Laguna apresentou no dia 11 de maio o tecnológico estande interativo do LLUM, empreendimento em construção. No estande, que fica no Pátio Batel, é possível conhecer virtualmente o projeto. Detalhe do estande localizado no piso L1, em frente ao Pobre Juan, no Pátio Batel.
© GERSON LIMA
Faissal Assad Araad e Rosi Malczewski.
Fabio Siqueira Giamundo.
Faissal Assad Araad e Irit Czerny.
Thais Pinto e Dirce Keppen.
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ACONTECEU ACONTECEU
Karla Petrelli autografa seu CD.
Leonardo e Karla Petrelli.
Karla Petrelli com os filhos Eduardo Petrelli e Mario Petrelli Neto. Nadia Cançado, Karla Petrelli e Simone Yared.
SHOW BENEFICENTE A cantora Karla Petrelli realizou no dia 17 de maio no Full Jazz Slaviero o show de lançamento de seu segundo álbum, Múltiplo. O valor arrecadado com a venda do CD foi revertido para o Instituto TMO, que apoia centros de transplante de medula óssea. © ALE MAYA
Vania Dalmaz, Karla Petrelli e Katia Campos.
Maria Valéria Buffara, Ligia Slavieiro, Karla Petrelli e Simone Porate.
Ana Zulmira, Karla Petrelli e Renato Krause.
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ACONTECEU ACONTECEU
Equipe TOPVIEW.
Michelle Reffo.
NOITE PREMIADA A TOPVIEW, a gerente de marketing do Grupo RIC Paraná, Michelle Reffo, e a Jovem Pan foram alguns dos premiados na edição de 2016 do Prêmio Colunistas Paraná. Os troféus foram entregues no dia 22 de maio, no Hard Rock Cafe. © DAIO HOFMANN
Leonardo Petrelli e Valquiria Melnik.
Monica Gelbecke, Gilson Bette e Michelle Reffo.
Equipe Jovem Pan.
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1. Cintia Kyt e Sandra Bakker na abertura da Camicado do Pátio Batel. 2. Hiroaki Kotera, Sergio Constantino, Shinichi Kuwabara, Leonardo Quadros e Adilson Molero em evento da Panasonic e Performance.
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7 5. Jane Rocha, Fernanda Distefano, Marcel de Macedo Teixeira, Maria Eugênia Karpinski, Luciana Baggio e Alessandra Fernandes Xavier no novo showroom da Maison Corbusier. 6. Juan Moraes em noite do pijama no Intercity Curitiba. 74 TOPVIEW.COM.BR
3. Na apresentação do selo Green Building do Residencial Ícaro, Mateus Forte, Jéssica Custódio, Agatha de Carvalho e Felipe Faria. 4. Renata Sorrah e Douglas Meneses, da Rede Mabu Hotéis & Resorts.
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7. Na inauguração da IMG Galeria de Arte, Igor Gomes, Marilene Ropelato, Raquel Lima e Luiz de Souza. 8. Jayme Bernardo e Luiz Claudio Began no Espaço Baccarat do arquiteto, na Casa Cor São Paulo.
©1 RICARDO OLIVEIRA, ©2 DIVULGAÇÃO, ©3 DIVULGAÇÃO, ©4 GILSON CAMARGO, ©5 GERSON LIMA, ©6 DIVULGAÇÃO, ©7 GERSON LIMA, ©8 RODRIGO ZORZI
ACONTECEU ACONTECEU NOTAS
COLUNA ROBERTA BUSATO
Carolina Nacli e Paula Joaquim Fahd.
Claudia Celli Hamatti e Maria do Rocio Celli.
2GET SALE 12a EDIÇÃO Um pouquinho de quem passou pelo melhor evento de moda e compras da cidade! © PATRICIA KLEMTZ
Ana Turmina e Marcos Slaviero.
Luana Aragão.
Carolina Malucelli.
Chaiane Aichinger.
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COLUNA NADYESDA ALMEIDA 1
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1. Ana Maria Petruzziello Kohane celebrou seu aniversário com duas festas no restaurante La Scuderia: um almoço para as amigas e um jantar para a família e casais amigos. Aqui, alguns momentos das comemorações: Clicie Volpi Pedroso, Suzana Slaviero, a aniversariante, Marzia Lorenzetti, Rita Mourão, Betinha Mourão, Fabíola Ferraz e Simone Slaviero. ©DIVULGAÇÃO 2. Martha Schulman, Ana Maria e Guita Soifer. ©DIVULGAÇÃO 3. Norma Camargo, Maria Olímpia Macedo, Flávia Assis, Vera Pimentel, Selma Moreira Malucelli, a aniversariante e Maria Cecilia de Leão Rosenmann. ©DIVULGAÇÃO 4. Claudia Simões de Assis, Ana Maria e Jandira Khoury. ©DIVULGAÇÃO 5. Clarita Naigeboren, Elizabeth Maia, Ana Maria, Judy Nunes, Rosa Carvalho, Eliane Petraglia e Lilyan Vargas. ©DIVULGAÇÃO
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6. DEDICAÇÃO À SAÚDE FEMININA ©DIVULGAÇÃO A médica Maria Apparecida Cavalini Ferreira comanda com muito carinho e competência o Centro Diagnóstico Mulher, dedicado à saúde da mulher, que celebra neste mês dez anos de atividades. A unidade integra o Centro Diagnóstico Água Verde, inaugurado em 1996 pelo médico radiologista Ricardo Ferreira. 7. HOMENAGEM ©GERSON LIMA O empresário Fabrício de Macedo foi homenageado pela
arquiteta Mariana Paula Souza na vitrine que assina para a Artefacto. Na foto, Fabrício e Débora de Macedo, Mariana Paula Souza e o casal Andrea e Omar El-Omeiri. 8. PATRONOS DO MON ©NAIDERON JR. Gisele Fuchs, Humberto Campana, Priscilla Müller e Mariela Müller no jantar no MON Café oferecido aos patronos do museu, em comemoração à abertura da inédita exposição Irmãos Campana.
COLUNA BUSINESS NÃO VIVO SEM
1. VIVINO É considerada a maior comunidade de vinho e é fundamental para qualquer apreciador da bebida. Excelente também para leigos que querem se informar sobre um rótulo antes de levar para casa. Mas vale lembrar que são percepções pessoais (de não especialistas), que não devem ser vistas como verdades absolutas, em especial quanto ao preço. 2. WINE DICTIONARY O mundo dos vinhos é repleto de termos, em diversos idiomas. Este aplicativo, em inglês, apresenta um resumo de expressões, técnicas, nomes de uvas e regiões do mundo, de A a Z. 3. WINE MAPS Disponível apenas para IOS, traz uma referência visual das regiões vinícolas de 19 países do mundo. Uma ótima ferramenta para quem gosta de estudar acompanhando o mapa. Mas saiba que não é uma enciclopédia, é basicamente visual. 4. WINE ENTHUSIAST TASTING GUIDE Já este aqui é uma verdadeira enciclopédia e não só de vinhos, mas também de cervejas e spirits. É dos mesmos editores da revista americana Wine Enthusiast e de forma simples e bonita traz informações que vão muito além da pontuação de vinhos, com resenhas e artigos. Também o conteúdo da revista é liberado, todo mês, gratuitamente. 5. VINI FERA É o aplicativo brasileiro da sommelière Alexandra Corvo. As informações são bem organizadas, incluindo local de compra. Apesar de o foco das lojas ser São Paulo, tem muitos supermercados listados, do Brasil inteiro. Ajuda muito quando você precisa fazer uma harmonização com vinhos ou quando quer uma dica de determinado país.
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© DIVULGAÇÃO
KELLEN COTRIN É SOMMELIÈRE DE CERVEJA E ATUALMENTE FAZ CURSO DE SOMMELIER DE VINHO, ALÉM DE TRABALHAR NO MARKETING DA IMPORTADORA PORTO A PORTO. AQUI ELA CONTA QUAIS SÃO OS APLICATIVOS SOBRE VINHO QUE NÃO PODEM FALTAR EM SEU SMARTPHONE.
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NAVEGAR Ã&#x2030; PRECISO
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Uma página em branco sigɷɔεȦȉ ʟȲʦʜɔʟʁे ɔɴू ɷʂʦ ȬȲȦɔȬɔɴʁʦ ʟȲʦʜɔʟȉʟ ɷȲʦʰȉ ȲȬɔȩȡʁ ɷʺɴȲʟʁ ࢿࢽࢽे * ʟȲʦʜɔʟȉʟ ʦɔɆɷɔεȦȉ २ʜȉʟȉ ȉ ɆȲɷʰȲ३ ʰȲʟ ʹɴ ʰȲɴʜʁ ȬȲȬɔȦȉȬʁ ȉ ʜȲɷʦȉʟू ɴȉʰʹʰȉʟू Ȧʟɔȉʟू ɔɴȉɆɔɷȉʟू ʜɫȉɷȲɣȉʟ Ȳ ȉʰȳ ɴȲʦɴʁ ʦʁɷɏȉʟे
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Respirar novos ares. ƭŀÖķȲ como ùġƤĀľȲ “você nunca respira o mesmo ar”. Até a edição 201.