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NEGÓCIOS
INOVAÇÃO LOCAL
AS TENDÊNCIAS DE UM MERCADO QUE SE REINVENTOU COMPORTAMENTO
REFÚGIO
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40 ISSN 16775767 #240 / R$ 14,90
N EG Ó CI OS LO CA I S
OS HOBBIES REVISITADOS E REINVENTADOS DIANTE DO ISOLAMENTO
LUCI COLLIN: VALORIZANDO A ARTE POR MEIO DA ESCRITA
Eli Iwasa veste a marca curitibana Chaouiche.
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U M A R T I S TA E SUAS OBRAS A VALORIZAÇÃO DA MODA LOCAL EM UM EDITORIAL REPLETO DE TENDÊNCIAS E FORMAS
Foto: Marco Antonio
PATRICIA ANASTASSIADIS MOSTRA ARTEFACTO HADDOCK LOBO 2020
Curitiba: Rua Comendador Araújo, 672 • Tel.: 41 3111 2300 • Seg. a Sex. das 10h às 19h. Sáb. das 10h às 14h • Estacionamento no local • artefacto.com.br • @artefactooficialbrasil
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La nçamen t o E cov il le
Em c a d a d et a lh e, o Expe r ie n ce P lae n ge foi p ro jet a d o p a ra p roporcion ar as m e lh ore s ex p er i ên c i a s aos se u s m oradore s. Ma i s d o q u e i ss o, o e m pre e n dim e n to cr ia a mb i en t es o n d e o s própr ios m oradore s pode rão vi ver g ran de s m om e n tos.
ÍNDICE
Estilo
self
Resiliência é preciso
A solidez de uma história
Em movimento
Já ouviu falar em drug delivery?
Personalização e personalidade
Opção consciente
Fashion por George Luna – pág. 18
por Emmanuelle Bertoldi – pág. 19
O repicado está de volta por Leo Guedes – pág. 22
Um artista e sua obra
Editorial de moda – pág. 23
Conheça a nova coleção Tiffany T1 Novos designs exclusivos das joias da marca em ouro rosa e diamantes – pág. 38
por Ana Claudia Michelin – pág. 41
Novo embaixador de arquitetura da TOPVIEW irá destacar conteúdos atuais e a arte de viver bem – pág. 42
Brasilidade com primor
Uma opção de mesa posta cheia de originalidade e elegância – pág. 44
As cores e as dimensões
Profissional explica como as cores interferem no tamanho dos ambientes – pág. 45
Inquietação artística
por Marcos Bertoldi – pág. 46
Pelas pequenas revoluções
A curitibana que resiste à desvalorização da arte por meio da escrita – pág. 48
Novidade local para aguçar seu paladar por Felipe Casas – pág. 52
Valorização da economia e da saúde
por Marilis Borcath Faggiani – pág. 53
Curitiba: do verde ao vinho
por Elis Cabanilhas Glaser – pág. 54
O melhor? Ao seu lado!
por Luciana Almeida – pág. 55
Charuto nacional é sinônimo de qualidade por Stefan Deckert – pág. 56
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topview.com.br
por Adriano Tadeu Barbosa – pág. 58
por Carol Gusi – pág. 59
Liberdade encolhida
por Lígia Guerra – pág. 60
Conexão que propaga amor
Nova embaixadora da TOPVIEW trará os destaques dos Campos Gerais – pág. 62
Arte contempla escapismo na pandemia
As novas habilidades (re)descobertas pelas pessoas diante do isolamento social – pág. 64
O desafio da educação humana
Como o Colégio Medianeira se reinventou com a chegada da Covid-19 – pág. 67
A melhor versão de si mesmo
Laydir de la Torre trabalha com o método Invisalign desde 2010 – pág. 70
poder O poder do local
A sobrevivência dos negócios locais com o coronavírus – pág. 72
O paraíso é na outra esquina por Beto Cesar – pág. 84
Uma colher de empreendedorismo
Três mulheres que deixaram a insegurança de lado e decidiram empreender – pág. 86
A corte de Lula
por Marc Sousa – pág. 88
Mulher que inspira
por Sandra Comodaro – pág. 89
Paraná: lugar para se fazer negócios
Fomento aos produtos e serviços locais potencializa a economia interna – pág. 90
A dívida pública e o mercado financeiro O impacto do déficit do governo e as decisões de investidores – pág. 93
Inspiração na pandemia
por Marcos Slaviero – pág. 96
Novidades de moda a gastronomia por Roberta Busato – pág. 97
Pensamentos na quarentena
por Wilson de Araujo Bueno – pág. 98
Social View
por TOPVIEW – pág. 99
Social View Quarentenados – pág. 100 Papo Final
com Lucas Hahn – pág. 106
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EXPEDIENTE
Fundador e Presidente Emérito MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI (in memoriam) Presidente do Grupo RIC LEONARDO PETRELLI Diretor Corporativo Administrativo & Financeiro ANDRÉ FERREIRA Diretor Corporativo de Tecnologia e Estratégia ANDRÉ FRONZA Diretor Corporativo de Produto, Conteúdo & Convergência MARCUS YABE Diretor Corporativo de Mercado & Soluções Integradas NEY BRAGA ALVES Head de Jornalismo & Conteúdo Multiplataforma IVETE AZZOLINI Head de Trade Marketing & Planejamento Comercial GISLAYNE MURARO Head Digital RIADIS DORNELLES Diretora Regional – Unidade Londrina CARLA HOFFMANN Diretor Regional – Unidade Maringá GUSTAVO GARCIA Diretor Regional – Unidade Oeste PEDRO LUIS ANDRADE Diretor de Mercado Curitiba GILSON BETTE Diretor de Mercado Nacional JOSÉ TRAVAGIN Diretor de Mercado de Rádios e Novos Negócios MARCELO REQUENA
Publisher MARCUS YABE Gerente de Conteúdo e Projetos Multiplataforma PATRICIA TRESSOLDI Coordenador de Produção RODRIGO SIGMURA Repórter MARIA MIQUELETTO Produtor de Branded Content GABRIEL SORRENTINO Produtoras Digitais EMILIA JURACH e THAÍS MOTA Produtor Audiovisual MATHEUS BALBINO Designers Gráficas DANIELE PAIVA e ALINE KAVINSKI Estagiária IZABELLY LIRA Colunistas ELIS CABANILHAS, FELIPE CASAS, GEORGE LUNA, LEO GUEDES, MARC SOUSA, MARCOS BERTOLDI, MARCOS SLAVIERO, ROBERTA BUSATO, STEFAN DECKERT e WILSON DE ARAUJO BUENO Embaixadores ADRIANO TADEU BARBOSA, ANA CLAUDIA MICHELIN, ANE CALIXTO RUH, BETO CESAR, CAROL VOSGERAU GUSI, EDUARDO MOURÃO, EMMANUELLE BERTOLDI, JOÃO PROSPITER LÍGIA GUERRA, LUCIANA ALMEIDA, MARILIS BORCATH FAGGIANI e SANDRA COMODARO Revisão FILIPPO MANDARINO
Diretor de Mercado MARCELO REQUENA Gerente de Negócios & Relacionamento MARCELE POIANI Executivas de Negócios & Relacionamento LUBNA BRAYTIH e PRISCILA OGASSAWARA Assistente Administrativa REGIANE SCHUPEL ₢ Impressão CROMOS O EDITORIAL DE MODA PRODUZIDO PARA ESTA EDIÇÃO FOI FEITO DE ACORDO COM TODAS AS MEDIDAS DE SEGURANÇA NECESSÁRIAS DEVIDO À PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS. TOPVIEW Rua Amauri Lange Silvério, 450, Pilarzinho, Curitiba. 82120-000. Tel.: (41) 3331-6100. topview.com.br. CNPJ: 07.066.992/0001-07₢₢
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Móveis planejados milimetricamente do seu jeito, na sua medida. Mais possibilidades, cores e texturas para transformar seu ambiente.
Iguaçu
(41) 3053-7493 / 3053-6139
Jardim das Américas Kennedy Mercês
(41) 3527-2157
(41) 3345-0014 (41) 3324-3421
Ponta Grossa
(42) 3028-4730
@simonetto.oficial
EXPEDIENTE
embaixadores e colunistas desta edição EMBAIXADOR
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
EMBAIXADOR
Adriano Tadeu Barbosa
Ana Claudia Michelin
Ane Calixto Ruh
Beto Cesar
EMBAIXADORA
EMBAIXADOR
EMBAIXADORA
EMBAIXADOR
Carol Vosgerau Gusi
Eduardo Mourão
Emmanuelle Bertoldi
João Prospiter
É médica e diretora técnica da clínica Toujours Santé. Interessada em beleza, escreve sobre as principais dúvidas e tendências do segmento.
Empresário e criador de conteúdo, apresenta as nuances do lifestyle por meio de experiências com viagens, moda, gastronomia e cultura internacional.
LUXO
Profissional que busca movimentos no luxo para diferenciar pessoas no marketing pessoal. Por isso, sua carreira é pautada pela criação de conteúdos, palestras e consultorias no Brasil e no exterior.
SUSTENTABILIDADE
Formada em Direito e fundadora do @cvgambiental, plataforma que fornece consultoria ambiental e informações sobre sustentabilidade. Participa de projetos e empreendimentos na área de meio ambiente.
Educadora, estudiosa de moda e trendsetter, apresenta uma vasta gama de personalidades, serviços e produtos que se destacam no mercado.
ARQUITETURA
Arquiteto formado pela PUCPR, desenvolve projetos de arquitetura residencial, comercial e hoteleira com uma linguagem única, repletos de praticidade e funcionalidade sem deixar de lado a exclusividade e a sofisticação.
CAMPOS GERAIS
Influencer, fisioterapeuta e mãe de três meninos. Escreve sobre lifestyle, negócios, opções de compras, gastronomia e turismo nos Campos Gerais.
BELEZA
MARKETING
O publicitário e sócio-diretor da OAK Marketing levanta temas comuns ao cotidiano de todos sob o ponto de vista do marketing.
LIFESTYLE
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
Lígia Guerra
Luciana Almeida
Marilis Borcath Faggiani
Sandra Comodaro
COMPORTAMENTO
Uma mulher em constante (r)evolução. Escritora por paixão. Psicanalista. Palestrante. Comentarista de rádio e TV. Alguém que sabe que todos os territórios têm fronteiras, mas os seus sonhos, não.
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TENDÊNCIAS
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BOAS AÇÕES
É engenheira civil e, desde 2016, está à frente do Projeto Luz, que fornece alimentos a pessoas em situação de rua em Curitiba.
BEM-RECEBER
É diretora do Grand Hotel Rayon e sócia da Ipo Dermatologia. Escreve sobre a arte de bem-receber.
MUNDO JURÍDICO
Advogada, sócia e diretora da Nelson Wilians & Advogados Associados. Escreve sobre o mundo jurídico de forma acessível.
EXPEDIENTE
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Elis Cabanilhas Glaser
Felipe Casas
George Rosa Luna
Leo Guedes
VINOSOPHIE
É jornalista, sommelière e editora da Revista Vinícola, primeira publicação 100% digital sobre vinhos do Brasil.
Um dos RPs em ascensão de Curitiba, traz os melhores eventos e personalidades do mês.
BEAUTY
CABELOS
Beauty artist, participa das principais semanas de moda do país, como a SPFW, e já fez editoriais para publicações como Vogue. Atualmente, faz parte do time de maquiadores do Boticário.
Diretor técnico e hairstylist da Casa W, com décadas de experiência, escreve sobre cuidados e estética de cabelos mensalmente.
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Marc Sousa
Marcos Bertoldi
Marcos Slaviero
Roberta Busato
COLUNISTA
COLUNISTA
Stefan Deckert
Wilson de Araujo Bueno
POLÍTICA
Âncora da rádio Jovem Pan e repórter nacional da Record TV. Atualmente, o jornalista dedica-se à cobertura da operação Lava Jato e a outros assuntos ligados ao mundo da política.
CHARUTOS
É um amante da vida boêmia, da cultura charuteira, dos bons vinhos e cervejas, além de diretor da rede O Bodegueiro.
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SOCIAL VIEW
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ARQUITETURA
Especializado em Arquitetura Paisagística, foi apontado, em 2010, como um dos cem arquitetos mais promissores do mundo pela Architectural Digest-USA.
SOCIAL VIEW
Guarda a memória da sociedade paranaense. Seu olhar e sua projeção estão firmados no Paraná e em sua gente, que conhece como poucos.
SOCIAL VIEW
É frequentador de longa data das mais prestigiadas rodas de Curitiba e de Santa Catarina. Traz sempre quem foi aos melhores eventos.
SOCIAL VIEW
É designer de moda, pós-graduada em Gestão de Negócios, atuante no mercado como relações públicas e sócia idealizadora do 2GET SALE.
DESCUBRA QUE VIVER PODE SER AINDA MAIS ENCANTADOR
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CRÔNICA EDITORIAL
por Patricia Tressoldi, Gerente de Conteúdo e Projetos Multiplataformas da TOPVIEW
O motor da economia
N
asci em uma família de coma comunidade, gerando mais empregos merciantes. Edmundo, meu e ajudando o lugar a prosperar e a crescer. avô paterno, sempre foi um A pandemia do novo coronavírus fez com empreendedor nato. Não che- que a população entendesse na prática guei a conhecê-lo – pois ele se esse conceito, pois, com grande parte do foi muito jovem –, mas minha mãe sempre comércio fechado, os negócios locais foram conta sobre seu espírito cheio de inovação e os mais prejudicados e, consequentemente, coragem. Não poderia ser diferente: todos muitas pessoas perderam seus empregos e a os filhos de Edmundo se tornaram emcirculação de dinheiro diminuiu significatipreendedores e eu, a neta que ele não pôde vamente. conhecer, cresci atrás do balcão de uma loja. Os negócios locais também sofrem uma E foi ali, vivenciando o comércio de uma espécie de preconceito dos consumidores loja de tintas, que eu descoe são frequentemente esquebri, muito cedo, o poder e a cidos por motivos que não “Negócios locais são verdadeiros. Um exemplo importância de um negócio local. que crescem e disso é que muitos clientes Começar um negócio que o preço dos permanecem presumem dói e, apesar de toda a sua produtos de um negócio local coragem, o empreendedor onde nasceram será mais alto quando compatambém precisa lidar com rado a uma empresa nacional. dúvidas e fazer grandes apos- conseguem aju- Outra observação importante dar toda uma ci- é que muitas das vantagens de tas. E, quando falo de apostas, não me refiro somente ao dade a prosperar se comprar em empresas locais dinheiro. Os empreendedores são deixadas de lado por algumais e mais.” mas pessoas. O atendimento apostam toda a energia em produtos, colaboradores, ao cliente, a variedade de esmarcas e clientes. Além disso, são verdatoque e o suporte à comunidade são pontos deiros realizadores. Tiram as suas ideias do que fazem toda a diferença na experiência de papel e fazem acontecer. Levando todo esse compra, mas nem sempre são levadas a sério esforço em conta, é uma pena que as emna hora de se escolher uma marca. presas locais sejam, muitas vezes, subestimaE, por fim, temos que entender que os das, inclusive, no que se refere ao bem que negócios locais nascem pequenos, mas nem podem trazer para a comunidade. sempre permanecem pequenos. Negócios Um dos pontos mais significativos é que, locais que crescem e permanecem onde nasquando você escolhe ser cliente de uma emceram conseguem ajudar toda uma cidade presa local, por consequência você também a prosperar mais e mais. Esta é uma edição apoia a economia do lugar onde vive. Afinal, dedicada a meu avô Edmundo e a todos grande parte do dinheiro gerado em um os empreendedores, que são o verdadeiro negócio local continua circulando na mesmotor da economia.
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a seção de moda, beleza, cosméticos e joias
Zachary Kyra-Derksen | Unsplash
Fashion
M ODA I N C LU S I VA A empresária paranaense Maristela Szarnobay a marca Cygnus com o objetivo de incluir pessoas com deficiência na moda. A empreendedora começou a trabalhar nesse ramo enquanto cuidava da mãe, que tem os movimentos do corpo comprometidos por conta de uma doença autoimune. topview.com.br
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FASHION | BELEZA
Beauté por George Luna, colunista
Resiliência é preciso
O
coronavírus adquiriu proporções mundiais e o fato de termos de permanecer ilhados nos fez diminuir o foco. Passamos a apreciar as pequenas coisas, a valorizar tudo aquilo que está mais perto. Também passamos a olhar com outra lente para novas oportunidades. E, quando o mundo parou, buscamos empresas e profissionais locais como um meio de fortalecer os negócios e nós mesmos. Para os maquiadores, não foi diferente. Com os salões fechados e os eventos cancelados, conheço quem aproveitou para começar outra atividade bem diferente do make
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up. Há um colega, por exemplo, que arrasa no pudim e achou na receita uma nova fonte de renda que adoça a vida dos outros. Eu mesmo me forcei a sair do comodismo: com o que que aprendi nos cursos e na prática com o cabeleireiro Willian Mayer, pude voltar a criar protocolos de tratamento para os fios que há tempos planejava fazer. Ampliei meus conhecimentos, ganhei novas habilidades, descobri novas coisas para compartilhar nas redes sociais e, ainda, pude incrementar meu trabalho. Quando tudo voltar, estaremos mais resilientes, mais versáteis e melhores. E você, já se reinventou hoje?
Shari Sirotnak | Unsplash
Neste período conturbado de pandemia, adotar novas práticas e trabalhos pode ajudar a abrir os horizontes
FASHION | BELEZA
Mundo da Beleza por Emmanuelle Bertoldi, embaixadora
Já ouviu falar em drug delivery? A técnica é indicada para diversos tipos de tratamentos, como por exemplo: de manchas, rugas, queda de cabelo, rejuvenescimento, cicatrizes de acne e olheiras
Stone36 | Shutterstock
É
uma técnica que é usada para facilitar a entrada e penetração de ativos tanto no rosto como no corpo. Isso reduz o tempo necessário para o surgimento do início dos resultados, bem como o número de sessões necessárias para o tratamento em questão. A camada córnea é a camada que impermeabiliza a pele, e forma uma barreira limitante para essa penetração de ativos. Quando queremos que as moléculas terapêuticas sejam entregues nas camadas mais profundas, usamos uma técnica de microperfuração. Para vencer essa barreira, geralmente os ativos são usados de maneira concentrada. Todo equipamento que promova a perda da integridade
da pele pode agir como um drug delivery. A eficiência depende da profundidade de penetração e da formação de coagulação ou não ao redor do canal. Os métodos são os laser fracionados, microagulhamentos (associados a radiofrequência, mais efetivos, ou na forma de uma caneta elétrica com agulinhas, ou ainda por rolinhos cheio de agulhas). Quando usamos as canetas elétricas ou os rolinhos, conseguimos tratar cabelo com ativos associados a fatores de crescimento. Quando o assunto é poros, podem ser usados ácidos. Nos casos de clareamento, associamos ácido tranexâmico, vitamina C e outros clareadores. Quando pensamos em estrias, cicatrizes de acne, rejuvenescimento, tratamento de linhas de expressão
(rugas) e olheiras, os melhores resultados dos drug deliverys são os lasers fracionados e as radiofrequências microagulhadas, porque além de facilitar a permeação dos ativos, eles são potencializados, porque essas últimas técnicas têm o dano térmico, que potencializam e muito a formação do novo colágeno e seu remodelamento. O sucesso da técnica também depende muito de alguns segredinhos, como a aplicação nos primeiros 10 minutos após a abertura do pertuito. Caso contrário, já ocorreu a coagulação e o ativo não penetra. Além disso, a escolha dos ativos, o veículo em que ele é aplicado, a avaliação correta e a associação das técnicas feitas por escolhas personalizadas trazem os melhores resultados.
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Uma premiação renomada em um novo formato. Vem aí o Prêmio TOPVIEW Gastronomia 2020.
ESCANEIE O QR CODE ABAIXO E SAIBA MAIS.
FASHION | BELEZA
Cabelos por Leonardo Guedes W, colunista
A cantora Katy Perry na 59ª edição do GRAMMY Awards.
O repicado está de volta
O
repicado é um clássico que volta agora com muita força na versão atualizada 2.1. Por meio dessa técnica mais moderna, destacam-se as ondas mais soltas, os movimentos mais alongados e uma verticalidade muito grande que completa o look e deixa o visual mais empoderado. Além disso, trata-se de um corte superversátil que evidencia um visual mais despojado, romântico e sensual. Nesse estilo, gosto muito de uma frente em camadas com o degradê
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de 45°, que combina com todos os formatos de rosto. Para os mais ovais, redondos e quadrados, o repicado traz ainda mais destaque, afinando e alongando a forma do rosto, o que realça, assim, a beleza natural da mulher. A dica para quem gostou dessa tendência de corte é usar e abusar dos produtos que dão durabilidade, como o Mousse Natural Volume, da linha EIMI, da Wella. O look não desmancha tão fácil e traz a liberdade de poder pôr a mão no cabelo e mexer sem desfazer ou ficar com aspecto duro.
"Para os mais ovais, redondos e quadrados, o repicado traz ainda mais destaque, afinando e alongando a forma do rosto, o que realça, assim, a beleza natural da mulher."
Tinseltown | Shutterstock
Corte permite ressaltar rostos arredondados e quadrados de forma harmônica
FASHION | MODA
F A S H I OXNX X | M| O XD XA X
UM ARTISTA E SUA OBRA O poder de criação de um designer de moda não pode ser dimensionado, embora seja facilmente palpável. A força de seus desejos e pensamentos ganham forma a partir de horas de trabalho e dedicação, sob a influência de referências e sonhos. Assim, esses artistas locais movimentam não só a economia, mas também as tendências do mercado
Styling: Andrea Gappmayer Assistente de Styling: Letícia Batsef Fotos: Nuno Papp Assistente de Fotografia: Matheus Rhinow Beauty: George Luna Assistente de Beauty: Alisson Sarneiro Tratamento de imagens: Amais3D
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BRUNA BONFIM O abstrato traduz, de forma bastante poética, os sentimentos que estamos vivendo neste momento – e nunca foi tão aclamado. Coleção atemporal. Designer: Bruna Dacol Bomfim. Modelo: Eviete Dacol
NOVO LOUVRE Marca curitibana que conta com modelagem contemporânea. Sapatos, amarrações diversas, lenços repensados, Peças levemente estampas esculpidasem meias, segunda pele e vestido. Tudo isso em uma modelagem Vestido com super um supercaimento para todos os Chaouiche, bolsa corpos. Gallerist,Coleção sandáliaInverno/2020. Designer: K. Daher e Mariah joias Salomão Viana. Modelo: HStern. Gabriela Simões.
ROCIO CANVAS Neo-brand com proposta minimalista que possui calças, vestidos, sapatos e acessórios. Alfaiataria moderna em tons nada óbvios e cheia de amarrações nunca foi tão bem pensada como na Rocio. Coleção Verão/2021. Designer: Diego Malicheski. Modelo: Claudia Leal.
CHAOUICHE A era vitoriana está em voga nesse mix de babados brancos cheio de bossa e história. Coleção Verão/2021. Sapatos: Schultz e All Star. Joias: Duah. Designer: Rafael Chaouiche. Modelo: Eli Iwasa.
H-AL A moda é uma continuação da alma. Na forma de vestir, tudo tem significado e transparece por meio do sentir nestas peças únicas e autorais. Coleção atemporal. Designers: Thifany F. e Alexandre Linhares. Modelo: Juliano Machado.
OPEN STUDIO Estúdio aberto em 2012 que conta com peças masculinas especiais, como camisetas, bermudas, sapatos e acessórios. O homem de hoje já não é mais careta e sem graça, com couro, colete e animal print. Sim, homens modernos ousam com estampas e shapes. Coleção Verão/2021. Designer: Rodrigo Sasi. Modelo: Lucas Dariva.
FARRAPO Mood sustentável, com muita atitude. Peças em seda feitas com mix de estampas que se coordenam entre si ganham forma neste look punk revisitado. Coleção atemporal. Sapatos: Oficina da Gasp. Acessórios: Ciganita. Designer: Kamila Olstan. Modelo: Daiana Lopes.
Confira os bastidores deste editorial de moda no site da TOPVIEW.
FASHION | JOIAS
PROMOTOP Os conteúdos assim indicados são materiais publicitários em formato nativo. A responsabilidade sobre as informações é do escritor e não expressa necessariamente a opinião da TOPVIEW.
PROMOTOP
Conheça a nova coleção Tiffany T1 Os novos designs exclusivos em ouro rosa e diamantes são lançados neste mês
A
Tiffany & Co. lança o próximo capítulo do legado Tiffany T com a introdução da Tiffany T1. Essa nova evolução da coleção Tiffany T celebra o icônico símbolo ‘T’ – presente nos designs de joias da marca desde o início dos anos 1980. Com base no símbolo pioneiro de um ícone da casa, Tiffany T1 incita a crença em joias extraordinárias para usar todos os dias. Projetado pelo diretor artístico da Tiffany, Reed Krakoff, o Tiffany T1 será revelado com uma série de lançamentos globais, começando com uma edição com curadoria de nove modelos de ouro rosa 18k. Os modelos de ouro branco e amarelo 18k seguirão na primavera de 2020. Cinco dos nove designs são cravejados com 38
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radiantes diamantes Tiffany. Destinadas a serem usadas e se tornarem parte do estilo, essas joias finas modernas e fáceis criam uma imagem ousada, porém refinada. Projetado para mulheres com um ponto de vista, em qualquer fase da vida em que estejam, as joias Tiffany T1 são peças que as pessoas compram para si mesmas e usam como um símbolo de suas realizações. “Na Tiffany, acreditamos que o luxo deve ser fácil e irreverente”, disse Krakoff. “Ao projetar a Tiffany T1, queríamos honrar o legado do icônico símbolo 'T', mas também elevá-lo e modernizá-lo com diamantes lapidados em bordas chanfradas. Por meio dessas peças, transmitimos que as pedras preciosas não são apenas para ocasiões especiais – elas podem ser usadas todos os dias como uma celebração de si mesmo.” As joias Tiffany T1 combinam linhas limpas e formas gráficas com novas proporções elegantemente angulares e diamantes. Envolvendo o pulso, dedo ou pescoço, o símbolo 'T' forma um círculo ininterrupto que representa a força individual e a auto capacitação. Uma barra chanfrada inovadora com um fecho sutil é integrada perfeitamente no avesso. Tiffany T1 é lançado em setembro com pulseiras e anéis em ouro rosa 18k que estão disponíveis em tamanhos largos e estreitos, incluindo modelos com diamantes pavé configurados à mão em um padrão de favo de mel. Os modelos em ouro amarelo e branco 18k serão lançados na primavera de 2020. No Sul, a Tiffany & Co. está localizada no Pátio Batel, em Curitiba, no Paraná.
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Estilo
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a seção de arquitetura, decoração, gastronomia, viagem e luxo
MICROPADARIA EM CURITIBA Você já imaginou comprar pães e croissants em uma panificadora de 8 m²? A Prestinaria Petit, em Curitiba, localizada no bairro Juvevê, promove essa experiência. A micropadaria funciona com apenas um atendente e entrega exclusivamente no sistema takeaway.
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ESTILO | ARQUITETURA E DECORAÇÃO
Tendências por Priscila Fleischfresser, convidada de Ana Claudia Michelin, embaixadora
A solidez de uma história Com 30 anos de tradição e dezenas de projetos espalhados pelo mundo, a Michelangelo Mármores do Brasil apresenta peças exclusivas de alto nível
Ligia Lagos
A
Michelangelo é, desde 1990, sinônimo de mármores de qualidade. De suas jazidas, são extraídos mármores exclusivos de grande beleza e alta resistência. Há, na sua essência, o respeito pela natureza, pelas pessoas e a valorização do produto nacional. Os mármores da Michelangelo são todos brasileiros, extraídos no Paraná e beneficiados com mão de obra local, sendo uma empresa importante dentro da comunidade em que está inserida. Seus mármores estão presentes em todo o território nacional, em inúmeras residências e expressivas obras da arquitetura brasileira, como o Palácio do Alvorada, o Palácio do Planalto, o Palácio Iguaçu e a Pinacoteca de São Paulo. E, em Curitiba, no Pátio Batel e no Hotel Nomaa. Atualmente, fornece seus produtos ao incrível projeto Cidade Matarazzo, que valoriza a cultura brasileira e utiliza somente os melhores materiais nacionais. Ainda, atende ao mercado internacional em importantes projetos, como as lojas Gucci de Milão e Paris, que utilizam o seu exclusivo mármore vermelho Napoleon Bordeaux.
Em 2019, a Michelangelo lançou sua nova marca, que busca traduzir a sofisticação por meio da simplicidade, do “menos é mais”, conceitos importantes para os novos tempos. A brasilidade está presente na sua assinatura e no seu novo showroom também inaugurado em 2019, com móveis e objetos clássicos do design moderno nacional. O projeto foi concebido de forma intimista para acolheros visitantes e clientes em um ambiente que transmite beleza e cuidado. O espaço abriga uma exposição com peças de mármore exclusivas, assinadas por nomes como Philippe Starck, Ronald Sasson, Fetiche Design, Zanini de Zanine, Patricia Anastassiadis, Fernanda Marques, Giorgio Bonaguro e Gustavo Martini. Desde 2015, a empresa participa da EXPO Revestir, em São Paulo, na qual busca expressar sua vocação para o design e a arquitetura, com estandes conceituais projetados por grandes nomes da arquitetura brasileira. Em 2020, para comemorar os 30 anos da Michelangelo, o importante urbanista curitibano Jaime Lerner assinou o estande da empresa, lançando também suas peças da Jaime Lerner Design, em versões esculpidas em mármore.
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ESTILO | ARQUITETURA E DECORAÇÃO
Novo embaixador de arquitetura da TOPVIEW deseja destacar conteúdos atuais e valorizar a arte de viver bem por Redação
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Daniel Katz
Personalização e personalidade
De que forma você trabalha com tecnologia e sustentabilidade em seus projetos? Essa preocupação já vem de um bom tempo. Passamos a prever nos projetos cisternas que captam a água das chuvas (mesmo antes de ser obrigatório) e placas captadoras de luz solar, tudo com o objetivo de reaproveitar a água e otimizar a energia elétrica. Depois, vieram as lâmpadas de LED – de grande duração e baixo consumo –, eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos muito mais eficientes, com consumo reduzido de energia. Ainda, entra aí o fato de que praticamente tudo o que seja pertinente a uma residência pode ser automatizado, do jardim aos espaços internos. Qual leitura você faz sobre o momento da stabelecer projetos originais e personaarquitetura e da decoração em Curitiba? lizados com a experiência Um grande número de profissionais de mais de 30 anos na área passou a ter seu trabalho valorizada arquitetura e da deco“A relação de do, independentemente do setor de ração pode significar uma comprometi- atuação, por clientes mais exigentes e compreensão maior dos clientes e do no viver bem. A relação de mento e confian- interessados momento pelo qual o setor passa na comprometimento e confiança entre cidade em que se atua. Pensando nesse ça entre o profis- o profissional e o cliente impulsiocontexto, a TOPVIEW conversou com muito o desenvolvimento desse sional e o cliente nou seu novo embaixador de arquitetura mercado. para entender mais sobre seu estilo de impulsionou Quais são suas expectativas para a trabalho e as expectativas para a embaiembaixada da TOPVIEW? muito o desenxada de arquitetura. Leia o bate-papo: Trazer conteúdos atuais e ampliar a Você tem uma vasta experiênvolvimento desse conectividade dos leitores com projetos cia no mercado de arquitetura e e propostas. mercado.” decoração. Quais são as principais mudanças que destaca do início da sua carreira para cá? Considero como principal mudança ao longo dos anos a rapidez ao acesso de informações e produtos e o maior conhecimento sobre o trabalho de outros profissionais e dos fornecedores em geral. O cliente também ficou mais sensível a novas propostas e o mercado está mais sofisticado. Como você define seu estilo de trabalho? Meu trabalho está muito ligado à satisfação do cliente. E, para incentivar esse sentimento, utilizo a cor, a emoção e muita personalidade nos espaços que desenvolvo. Considero cada projeto uma nova experiência e procuro sempre criar espaços para serem desfrutados.
Nando Fischer e Eduardo Macarios
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ESTILO | GASTRONOMIA
Brasilidade com primor Opção de mesa posta cheia de originalidade e elegância destaca o conceito clean e sof isticado por Redação
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uma mesa clean ou, até mesmo, de um mix’n’match com jogos americanos, guardanapos e taças coloridas. Há, ainda, a montagem do lugar à mesa com sousplat, prato raso, prato de sobremesa e bowl. As xícaras de chá e café complementam a composição. Para a flower designer Manu Daher, essa pode ser uma boa opção de mesa posta para utilizar ornamentos vivos e naturais. “Para que a composição floral harmonizasse com as peças dispostas na mesa, busquei elementos tropicais não convencionais e desenhei um arranjo interessante, elegante e inusitado, como normalmente é o meu trabalho. A atmosfera monocromática do arranjo contrastando com as lindas louças Tania Bulhões trouxe uma sobriedade chique e surpreendente ao momento”, explica ela.
m um momento no qual reunir-se com a família para fazer as refeições em vez de ir a um restaurante tornou-se comum, muitas pessoas pesquisam referências interessantes de mesas postas. No entanto, essa busca por inspirações elegantes e funcionais pode parecer um desafio em meio a tantas opções. No caso da coleção Coqueiro, da marca Tania Bulhões, a proposta é exaltar a beleza da natureza brasileira de forma moderna. A seleção de porcelana utiliza a técnica “à crayon” aplicada ao desenho da louça. Dessa maneira, é possível fazer uma releitura a combinação de preto e branco clássico por meio de
“A atmosfera monocromática do arranjo contrastando com as lindas louças Tania Bulhões trouxe uma sobriedade chique e surpreendente (...)” Divulgação
– Manu Daher
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ESTILO | ARQUITETURA E DECORAÇÃO
As cores e as dimensões Prof issional da Tintas Verginia explica como as cores interferem no tamanho dos ambientes
sensação de aconchego sem perder a neutralidade das paredes. Mundo afora, ao pintar paredes de casas e empresas, muitas pessoas evitam cores escuras para fugir da sensação de redução dos cômodos. Para Bathke, a palavra-chave é proporção. “É preciso que tenhamos sempre em mente as proporções de cores que vamos usar e criemos paletas que sejam complementares, de forma que consigamos usar a elegância de tons fortes sem perder a clareza e a abertura dos tons pastéis”, conta o especialista. Se o objetivo é criar a sensação de aconchego, é recomendado que se utilize mais cores intensas com detalhes em off-white. Além do mais, Rodrigo afirma que o contrário também é válido: “Para ampliar, é recomendado que uma proporção maior de cores claras com detalhes vibrantes seja utilizada.” Portanto, Rodrigo Bathke sugere: “Seja criativo e explore paletas com mais de uma ou duas cores. Isso trará mais possibilidades de sensações e ajudará a dimensionar o ambiente de forma criativa sem se restringir ao monocromático”. Tintas Verginia Rua Gen. Mário Tourinho, 1.769, Campina do Siqueira, Curitiba/PR Tel.: (41) 3166-3322 | @tintas.verginia tintasverginia.com.br
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Nastuh Abootalebi
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á quem diga que vestir roupas pretas, emagrece. Seguindo a mesma lógica, portanto, trajes brancos podem expandir a silhueta. Inclusive, o mesmo acontece com os ambientes: de acordo com as cores utilizadas nas paredes – e até mesmo no mobiliário –, os locais oferecem inúmeras interpretações de tamanho e dimensão. É o que afirma Rodrigo Bathke, responsável pelo marketing da Tintas Verginia. “É muito interessante notar que o uso de cores mais intensas traz uma sensação de aconchego, porque, para a nossa percepção, o ambiente fica mais enxuto, próximo e acolhedor. Porém, se não queremos usar a mesma cor no ambiente inteiro, vale o uso da cor mais intensa na parte inferior da parede e uma cor clara na parte de cima. Isso fará com que as paredes se alarguem”, explica o profissional. Quando o objetivo é destacar uma parede, o procedimento ideal é colorir apenas a de escolha ou também ao contrário: basta pintar todo o ambiente e deixá-la em branco. O profissional destaca: “Isso acontece porque nossos olhos sempre se direcionam para a cor que diverge no ambiente.” Outra forma de mudar a dimensão do ambiente – que, inclusive, está sendo bastante usada por arquitetos e profissionais de decoração – é colorir o teto e manter as paredes em um tom neutro, o que também traz
VIEWS OF BRAND
por Gabriel Sorrentino
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ESTILO | ARQUITETURA E DECORAÇÃO
por Glauco Menta, convidado de Marcos Bertoldi, colunista
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Glauco Menta é graduado em Artes Cênicas pela PUCPR, tem especialização em História da Arte no Século XX pela EMPAB e mestrado em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti. Artista plástico inúmeras vezes premiado e presente em importantes coleções, leciona, atualmente, na Unicuritiba. Na sua obra atual, formas ameboides de extração modernista são também jorro e gozo, multicoloridas e sujeitas à gravidade. O fundo cartesiano é o contraponto racionalista. Campos de cor e
linhas são leiautados como plantas baixas e reforçam as conexões construtivistas e multidisciplinares. Nas esculturas, formas fálicas e orgânicas prevalecem em um cardápio de cores em que o vermelho e o azul-turquesa se sobressaem. Um trabalho de exuberante brasilidade que atualiza o Movimento Antropofágico de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Boa fruição! Marcos Bertoldi
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Gilson Camargo e Alessandra Okasaki
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Inquietação artística
01. Acrílica sobre tela, díptico, 240 x 70 cm. 2020. 02. Escultura de parede, Série Amebas, 2019. 03. Escultura de mesa, Série Amebas, 2018. 04. Acrílica sobre tela, 120 x 80 cm. 2020.
Quando comecei uma pesquisa mais profunda pelas brasilidades, vi que a arte, o design e a arquitetura brasileira tinham um diálogo muito forte com outras culturas. Primeiro, a portuguesa, claro. Depois, outras. Eu não poderia fugir disso, nem que quisesse. Por isso, meus passeios pelo período colonial, pelo período monárquico-imperial, pelo modernismo e concretismo. Daí a presença de Carmens, Tarsilas, formas ameboides, cor. E, sim, há um inegável lado crítico, que, por vezes, passa despercebido. Contudo, creio que justamente isso também faça parte de uma ironia brasileira que é típica da brasilidade. De uns dez anos para cá, eu migrei para o tridimensional. O ateliê passou a dividir os trabalhos entre a bidimensão e a tridimensão, mas mantendo o diálogo com os trabalhos passados. As esculturas ganharam as cores das telas e as formas em dois espaços se inflaram, formando peças de chão, de parede, de outras superfícies. Eu gosto dessa convivência (nem sempre pacífica) dos suportes: a tinta levada às telas até a exaustão e as surpresas que se tem quando abro o forno. Para mim, a riqueza da cultura brasileira é tão difícil de abarcar que eu nunca considero um fim definitivo para meus trabalhos. Eles são uma corrente em contínuo movimento.
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ara mim, a arte não é terapia, não é artesanato – que admiro muito e coleciono com o mesmo fervor, sabendo que são coisas vizinhas e que conversam entre si muito amigavelmente –, não é passatempo, não é diversão. Dito isso, agora os dados positivos: arte é pesquisa, é suor, é uma base (um suporte, no sentido mais profissional), é um discurso, é uma maneira de enxergar o mundo e as pessoas. É entendimento do que somos e de onde viemos. E é justamente por isso que meu trabalho mergulha profundamente na arte, na arquitetura e no design brasileiros.
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ESTILO | LIVROS
A escritora curitibana, autora de mais de 20 títulos, resiste diante da desvalorização da arte com a sua principal arma: a escrita por Maria Isabel Miqueletto
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Susan Yin | Unsplash
Pelas pequenas revoluções
oi uma nova paixão que tirou a poeta, contista e professora universitária aposentada Luci Collin do mundo da música: a literatura. A pequena Luci, aos quatro anos, espionava as aulas que sua mãe lecionava em casa. Encantava-se com a maneira como os sons se formavam – mas fazia tudo escondido da mãe, já que aquele ato era destinado apenas aos mais velhos. “Eu acordava cedíssimo, pegava livros enormes no escritório do meu pai e começava a ler”, relembra, saudosa. Deixou a mãe estupefata no dia em que perguntou o significado de uma palavra que tinha lido em uma obra de Jorge Amado. “O livro sempre foi meu passaporte para essa coisa misteriosa.” Hoje, ocupa a cadeira número 32 da Academia Paranaense de Letras. Pouco tempo depois, Luci aprendeu, também, a ler notas musicais. Anos de prática resultaram em uma graduação em percussão e piano, diversos concertos e até uma participação na Orquestra Sinfônica do Paraná. “Minha relação com a poesia ocorre totalmente a partir de uma noção de que não há uma separação possível entre música e poesia. O poema é uma entidade sonora”, reflete. Em sua sala, uma grande edição da Divina Comédia, de Dante, divide espaço com um piano adquirido no ano passado.
Querer Falar é um de seus livros de poesia, lançado em 2016. O título sintetiza bem a relação de Luci com a literatura. Tem tanto a falar que já acumula mais de 20 títulos. Entre eles, A Palavra Algo, Prêmio Jabuti de melhor livro de poesia em 2017. Lançou o primeiro, do mesmo gênero, aos 17 anos. “Quando você compra um livro, está fazendo um pacto: eu aceito que eu vá sofrer uma intervenção”, analisa. O leitor, que aceitou esse compromisso, é parte essencial da obra de Luci: “Eu e meu leitor vamos juntos. Quero comover, ou seja, mover com o outro.” Por mais que transite entre gêneros diferentes, em especial a poesia e o conto, a escritora sempre sabe o alvo de seus impulsos literários. Nunca aconteceu de um conto se transformar em um poema – ou vice-versa. Antes de mais nada, Luci sabe o fim de suas histórias – escreve de trás para frente. “O poema é mais um jorro”, compara. Luci trabalha, ainda, como tradutora. Já deu vida em língua portuguesa a livros de autores como Gertrude Stein, E. E. Cummings, Gary Snyder e Jerome Rothenberg. Diante da realidade dura da arte no país, em especial quanto à literatura, Luci não perde o otimismo. Vê a importância de constatar a situação – que não é das melhores –, mas sem se abater e, sim, agir imediatamente. No caso do escritor, escrever. “Não podemos ficar no chororô de ‘não temos e não teremos’. Temos que pensar: ‘não temos e vamos construir esse espaço em que possamos existir com mais vigor’.” Uma conquista recente é a inclusão de uma de suas obras na lista do vestibular da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL). “Além de ser emocionante, é um avanço, porque é uma literatura que provoca uma reação diferente.” No bate-papo a seguir, a curitibana debate as funções do escritor e do livro, a relação da sociedade brasileira com a arte e o cenário literário no país. Confira: Por que escrever? Escrever está no hall das atividades humanas que considero mais essenciais, porque está ligada à expressão. A gente fala “escrever”, mas penso: “por que se comunicar?” A gente se comunica pela escrita, mas, em algum momento em que não estávamos articulados em função da escrita, da publicação e da leitura, também nos comunicamos. Escrever é, hoje, a maneira como a gente se vincula à expressão pela palavra, que sempre existiu. É tão vital quanto a respiração humana. A literatura possibilita uma expressão essencial de verdades, de elementos da nossa própria percepção e comunicação que são vitais. Não existe essa possibilidade de pensar essencialidades que não tratam da nossa própria humanidade, que não redimensionam a nossa própria humanidade. E coloco outra questão. A gente pensa que a
escrita, dentro desse caos que se apresenta, é inútil. As pessoas fazendo coisas práticas e você vai fazer, como o Paulo Leminski chamou, o “inutensílio”. É exatamente aí que precisamos estar e produzir. A gente questionar o valor da escrita, dessa percepção especial, mostra não a fragilidade e a desimportância da própria escrita, mas, sim, a doença da sociedade e a corrupção dos nossos valores sociais, emocionais, espirituais, psíquicos, filosóficos. É justamente o declínio de todos esses valores que faz com que a literatura possa parecer inútil. É só por isso. A literatura sempre esteve muito bem e é forte por si. Ela é digna, consistente e sólida. Então, por que escrever? Porque a literatura trata do que é real para o homem, do que é verdadeiro, belo e importante. Ela, como outras linguagens artísticas, ajuda-nos a fazer uma re-dimensão. Nós nos olhamos, descobrimos coisas, mas – mais do que isso –, nós olhamos o outro. Nós estamos com o outro. E é essa a função máxima: colocarmo-nos perante nossa própria existência. O livro é uma obra de arte como as outras? Temos dificuldade em olhar o livro como uma obra de arte, mas ele é. Estou falando da função estética. A estética é a parte da filosofia que estuda o impacto da arte nas pessoas. Ele não tem nenhum tipo de obrigação para além de sua função estética, que é de estimular leituras, revelar possibilidades. O livro é, sobretudo, essa abertura maior para o âmbito estético, uma sensibilização para a possibilidade de apreensão estética da nossa natureza. Então, o livro é uma experiência reveladora. É um investimento, no sentido de promover revoluções, colocar-se em situações de reflexão, mudança, questionamento, de se emocionar. Quando você compra um livro, está fazendo um pacto: eu aceito que eu vá sofrer uma intervenção. O livro é esse veículo, abre-lhe essa possibilidade de se comover. Você é muito ligada à música. Isso influencia suas criações literárias? Totalmente. Na verdade, não são coisas separadas. Minha relação com a poesia ocorre totalmente a partir de uma noção de que não há uma separação possível entre música e poesia. O poema é uma entidade sonora. Ele é uma maneira de falar certas coisas em uma linguagem que trabalha nesse nível metafórico, simbólico, mas também sonoro. Na nossa relação com a poesia, especialmente no Brasil, amputou-se o elemento principal da poesia, que é a sonoridade. Via de regra, a gente não abre o livro de poesia para fazer justiça à condição de um poema – lemos o poema de forma silenciosa. Claro que tem o âmbito da leitura subjetiva, momento solitário de apreensão, mas, para além disso, a poesia existe dentro de um outro set de referência – e somos injustos. É preciso ler o poema em voz alta, ler com outras pessoas, que seja uma atividade de libertar
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ESTILO | LIVROS
o homem em mim esculpe (lentamente) cicatrizes a mulher em mim refaz (ponto por ponto) a estrada a estátua (olho por olho) refaz em mim a mulher o homem em mim fabula (solenemente) cigarras Trecho de uma poesia da obra Rosa que Está. Confira o vídeo em que Luci Collin lê suas poesias no site da TOPVIEW.
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o poema. Do contrário, todo esse jogo, essa escolha vocabular, essa escolha rítmica, métrica e melódica, fica totalmente comprometida – ela não acontece quando se faz uma leitura silenciosa. Na ficção, nós somos maus leitores. A gente quer ler pelo que de ação tem ali, só o enredo. Queremos saber quem fez o que e acabou. Raramente voltamos para reler certos elementos de sonoridade que estão na página. Ir para além da trama e saborear o livro. Falo que somos injustos com a literatura porque nos dedicamos de forma diferente a uma arte como a música. Todos nós temos uma banda, cantor ou orquestra favorita. Quando gostamos de uma música deles, voltamos centenas de vezes para ouvi-la novamente. Passamos anos de nossa vida voltando àquelas músicas. E toda vez que voltamos a ela é diferente. Essa relação é revitalizada. Por que não fazemos isso com livros? Porque só estamos buscando uma história. Se passamos pelo poema e ele não nos dá tudo o que esperávamos, a gente não volta, é descartado. Às vezes, há um trabalho com a linguagem, há sutilezas, requinte – e isso demanda um leitor atento. Mais que isso, um leitor que estabeleça esse pacto de querer extrair tudo de maneira amorosa. A leitura é um processo lento. É como saborear uma coisa.
Para quem você escreve? Eu preciso de um leitor que tope fazer este acordo comigo: “Nossa, eu li três vezes aquela página para entender.” Era exatamente isso, era para ler. Eu preciso de um leitor diferente. Se você for procurar nos meus livros uma boa história corrida linearmente, não vai encontrar. Eu gosto de outra instância. Não estou dizendo que tem tipo de literatura boa ou ruim, estou falando de experiência de leitura. Eu preciso de leitores que encarem a literatura de outro modo, como essa instância de jogo, de pacto, lenta. Que tenha essa disponibilidade de investir nessa sutileza é um outro processo. A minha literatura, por não ser feita em cima do enredo somente, requer um certo tempo para engrenar. Quando falo de pacto, falo do leitor que quer compor a obra comigo. Não tenho essa pretensão de que estou revelando coisas, eu dependo totalmente do meu leitor. E é para esse leitor que está a fim do jogo que eu escrevo. A literatura é incrível porque se apresenta de diversas maneiras. Uma vez, o Dalton Trevisan queria me passar uma mensagem e falou com um amigo em comum para não me ofender. Ele disse: “pergunta pra Luci por que ela escreve de uma forma tão difícil.” Eu falei: “fala para o Dalton que eu escrevo assim porque é só assim que eu sei escrever.”
Eve Ramos e Larissa Grabowski
“[Literatura] é um investimento, no sentido de promover revoluções, colocar-se em situações de reflexão, mudança, questionamento, de se emocionar.”
É assim a minha expressão. Hoje eu sei para quem escrevo, sei quem vai aceitar e assumir essa proposta. Lido muito bem com o fato de que nem todo mundo vai gostar – acho isso ótimo. Eu nunca sacrifiquei minha voz. Sabia que seria difícil porque as pessoas esperam a história linear – começo, meio e fim –, mas meus livros não são assim. Contudo, ter perseverado me dá muita alegria (risos). A [escritora portuguesa] Matilde Campilho fala muito disso, ela diz que o livro só está finalizado quando chega às mãos do leitor… veja, isso coloca o escritor em uma posição muito mais humilde. De escancarar que o texto não vai existir sem a presença desse outro olhar. Essa postura [de desconsiderar o trabalho do leitor] já é vencida na literatura. Quais são as peculiaridades de ser escritora no Brasil? Não é só ser escritora. O problema está na cultura, na nossa formação histórica, que nos afasta de nossas essencialidades. A gente acha desimportante se expressar artisticamente. Temos uma elite econômica que não é cultural, então há uma discrepância. Por isso, não temos familiaridade com a expressão artística. Então, achamos que é só para uma elite – mas é o contrário. Tem uma história engraçada com a Hilda Hilst: pedem para ela um conselho para quem quer ser escritor no Brasil, ela sugere que a pessoa mude-se de país e escreva em outro idioma (risos). Escrever no Brasil passa por essas implicações sociais, econômicas, políticas, da configuração do nosso país. Sempre foi assim. A própria função do poeta e do escritor quase inexiste em nossa sociedade. É muito recente, por exemplo, que a gente tenha uma escola de escrita criativa [a Esc., de Julie Fank]. É a sociedade que estabelece essa figura [o escritor], essa necessidade. Infelizmente, aqui não temos a cultura de valorizar o trabalho do artista, porque consumimos pouca arte. Em muitos aspectos, ainda não entendemos quais são os benefícios dessa relação com o artístico. Isso é um sinal da nossa doença, do vazio, da superficialidade. Nossa sociedade, hoje, prescinde da figura do artista. O Brasil sempre foi muito imitativo,
de querer receber um aval e ter uma chancela externa do que era produzido. Temos uma reverência a outras culturas que acaba obscurecendo nossa produção. Por outro lado, se formos otimistas – e eu sou muito –, acho que as condições que temos aqui acabam sendo estimulantes. A literatura brasileira sempre foi muito boa e agora está melhor do que nunca, não fica devendo nada a ninguém, mas é [feita] a duríssimas penas. Os livros do vestibular da UFPR contemplam os principais estilos e épocas da literatura brasileira? A lista, em si, é sintomática. Não tem como criticar as escolhas, elas passam por um nível [de análise] mais profundo. Tem uma grande complexidade, mexe com a própria educação do nosso país, em como os adolescentes recebem a literatura. O nosso convívio com a literatura é bem precário. A literatura em sala de aula é apresentada ainda de maneira pouco atraente. E, por isso, parece ainda muito distante, desnecessária e chata. É afastado da realidade dos adolescentes. Eles vão receber isso goela abaixo porque vai cair no vestibular. A grande maioria vai conhecer a literatura por tabela, vai ler apenas os resumos dos livros. É um massacre. Essa lista acaba sendo uma coisa muito fria. A invisibilidade da literatura no cotidiano das pessoas faz com que a gente conviva com essa ruptura intensa. O que interessa saber é qual é o real acesso dos estudantes a esses autores. Será que a leitura vai dar as respostas em profundidade? Ou o estudante vai decorar em blocos? O que a taxação especial de livros proposta recentemente pelo Ministro da Economia Paulo Guedes representa, no seu ponto de vista? Essa medida, lastimável, vai contra todas as tentativas de promover a leitura no país! Devemos considerar que o acesso à leitura deve ser um direito dos cidadãos desde a infância. Assim, deveriam ser criadas, indiscriminadamente, mais e mais ações para se estimular a leitura e a aquisição de livros. É patético, para não dizer desesperador, ainda termos que lembrar qual é a importância e o impacto da leitura na formação de um indivíduo, de
seu poder crítico, de sua capacidade de entender o mundo e interagir reflexivamente com ele. Se queremos capacitar as pessoas para que possam se desenvolver em relação às suas percepções de mundo – seja no âmbito técnico, acadêmico, cultural, filosófico ou humanístico, enfim –, precisamos criar cada vez mais aparatos de difusão do livro. Seria injusta uma taxação sobre artigos considerados pelo Sr. Ministro “artigos para a elite” e igualmente injusta a justificativa de que o Governo doaria livros às pessoas pobres. Que triste despautério isso tudo; espero que não se concretize essa grave taxação. Em abril de 2020, o levantamento Painel do Varejo de Livros no Brasil já mostrava uma perda de 47% no faturamento do mercado livreiro em relação ao mesmo mês de 2019. O que a taxação pode causar no mercado editorial, que já está fragilizado? O mercado editorial envolve artistas, editoras, livrarias, gráficas – muita gente. Essa taxação teria sérias consequências, pois ameaçaria a sobrevivência de um mercado que, aliás, já está, há tempos, em crise e, em alguns casos específicos, estertorando mesmo. A produção de livros se dá pela colaboração entre autores, editores, livreiros, tradutores, capistas, diagramadores, revisores, designers, ilustradores, enfim, todo um contingente de profissionais do setor editorial. Acompanhamos, nos últimos três ou quatro anos de crise econômica, o enfraquecimento e até a falência de grandes redes de venda de livros (Cultura, Saraiva, entre outras), de livrarias de fora que haviam se estabelecido aqui no Brasil (FNAC) e de pequenas e médias livrarias que foram condenadas ao desaparecimento. Também a sensível retração das editoras é assustadora. Se não for prioritário ampliar as medidas que protegem a circulação dos livros, todo esse conjunto de produtores de arte, cultura e conhecimento estará cada vez mais fadado à drástica diminuição. Precisamos defender o preço justo dos livros, para que todos os segmentos que envolvem a cadeia de circulação deles possam se sustentar dignamente e para que todos possam se tornar ou se manter leitores. topview.com.br
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ESTILO | GASTRONOMIA
por Felipe Casas, colunista
CHEERS!
NOVIDADE LOCAL PARA AGUÇAR SEU PALADAR O Bothanical Gin é um produto artesanal, produzido em Curitiba, em pequenos lotes e destilado cinco vezes. A base de zimbro, cardamomo, cravo, canela, gengibre e noz-moscada traz seu aroma marcante se contrapondo a um sabor suave, resultando em uma experiência única. Convidei a chef de cozinha Laura Mocellin e o bartender do Ponto Gin, Vinicius Kodama, para testar essa experiência a de provar um produto local harmonizando drinks e gastronomia.
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01. Drinks Tom Collins (Bothanical Gin, suco de limão-taiti, xarope de açúcar e água com gás Ouro Fino) & London Mule (Bothanical Gin, limão-cravo, xarope de gengibre e Ginger Ale). 02. Harmonização com gim: pescada amarela com crosta de castanha-do-Pará e creme de abóbora. 03. Camarão-rosa com guacamole e chips de batata-doce. 04. Vinicius Kodama e Laura Mocellin.
Saiba mais no site da TOPVIEW.
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Julia Döhler e Matheus Santos | Empresa PontoWene
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ESTILO | GASTRONOMIA
Bem-receber por Marilis Borcath Faggiani, embaixadora
Valorização da economia e da saúde
Consumir produtos locais fortalece o empreendedorismo local e ajuda na manutenção de hábitos saudáveis
Petereleven | Shutterstock
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ntramos em uma nova fase, em que muitas res locais, além de valorizarmos, também, produtos da coisas mudaram. Entre elas, a forma de conregião, como chocolates, sabonetes, flores, entre outros, sumir e produzir. Hoje, mais incentivando e divulgando o consumo do do que nunca, priorizamos a é daqui. "A grande vanta- queAcredito qualidade de vida e a sustenque incentivar a produção tabilidade. E é aí que entra a importância gem da economia regional e o hábito de consumir alimentos do consumo e da divulgação de produtos local é a garantia de locais é o primeiro passo para introduzir locais. essa cultura em qualquer estabelecimento. O conceito de economia local consiste alimentos frescos e Investir nessa economia traz vantagens em consumir apenas alimentos e produtanto para os consumidores quanto para de qualidade, restos produzidos em sua região. Falando os empreendedores, movimentando o peitando os ciclos mercado e gerando benefícios para toda a dos alimentos, quanto menor o tempo de transporte e distribuição para consunaturais de cresci- comunidade, que vão além da garantia de mo, maior é a quantidade de nutrientes. um produto de qualidade. A grande vantagem da economia local mento e a produção Um bom exemplo é que a demanda por é a garantia de alimentos frescos e de artesanal com todo esse tipo de produto valoriza os produtoqualidade, respeitando os ciclos naturais res locais, contribuindo para a geração de o cuidado." de crescimento e a produção artesanal empregos e novas oportunidades. E você, com todo o cuidado. já parou para pensar sobre o assunto? No Grand Hotel Rayon, priorizamos os fornecedoComo você tem valorizado a economia local?
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ESTILO | BEBIDAS
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Curitiba: do verde ao vinho Vinícolas localizadas na Região Metropolitana de Curitiba oferecem experiências sof isticadas e imersivas sem perder o charme
de Curitiba), oferece uma experiência enogastronômica com direito a participar da colheita, na época da vindima, e, ainda, degustar os diversos rótulos da vinícola em um piquenique entre as vinhas. Outra opção para quem busca uma experiência em meio à natureza é a Vinícola Araucária, em São José dos Pinhais, no pé da exuberante Serra do Mar, em que é possível conhecer as belezas da região serrana e aprender sobre todo o processo de elaboração do vinho, com direito a um passeio guiado. Outra sugestão de programa imperdível é se deixar levar pela atmosfera nostálgica da Cave Colinas de Pedra, em Piraquara. O local possui um túnel ferroviário que data de 1883 e foi transformado em uma belíssima cave para envelhecimento de espumantes. As condições climáticas de armazenamento nesse túnel são as mesmas encontradas em uma cave de Champagne, o que propicia o ambiente perfeito para as borbulhas descansarem e adquirirem a complexidade necessária. É possível ver de perto todo esse processo de maturação por meio de um passeio inesquecível pelo túnel, utilizando uma plataforma elétrica que desliza por 154 metros, quando, por fim, os visitantes são convidados a degustar os espumantes da casa. A Cave Colinas de Pedra também conta com um espaço gastronômico, a Estação Roça Nova. Trata-se de uma antiga estação de trem restaurada que abriga restaurante e loja. Para quem procura exclusividade e sofisticação na seleção de vinhos, a dica é a adega do Restaurante Durski, reconhecida internacionalmente pela primorosa seleção dos seus vinhos. Recentemente, foi premiada pela quarta vez com o prêmio de excelência pela prestigiada publicação norte-americana especializada em vinhos Wine Spectator. São mais de 2.500 rótulos e mais de 100 safras de 26 países, sendo a safra mais antiga de 1780. De uma ponta a outra, da terra à taça, as opções de entretenimento para os fãs de vinhos são diversas em nossa bela Curitiba.
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uritiba sempre foi reconhecida mundo afora pelas suas belezas naturais e seus parques exuberantes. Considerada a cidade mais verde do Brasil e da América Latina, a eterna capital modelo agora vem conquistando respeito em outra área: o turismo do vinho. Seja para passear por belos vinhedos nos arredores da cidade ou conhecer as belezas de uma cave subterrânea que oferece a mesma condição de guarda de espumantes que uma cave em Champagne, na França, a capital paranaense abriga também uma das mais respeitadas adegas do mundo. São inúmeras atrações para os amantes dos vinhos. Não é preciso ir muito longe do centro da cidade para passear por belos vinhedos. A Vinícola Legado, em Bateias, Campo Largo (na Região Metropolitana
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1. Cave Colinas de Pedra. 2. Restaurante Durski.
Divulgação e Gerson Lima
Vinosophie por Elis Cabanilhas Glaser, colunista
ESTILO | GASTRONOMIA
por Gabriela Vilar de Carvalho, convidada de Luciana Almeida, embaixadora
O melhor? Ao seu lado! Conhecimento e técnica são importantes aliados na busca por produtos e serviços locais de qualidade
Adam Śmigielski | Unsplash
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ncentivar o que está próximo da nossa comunidade, estar presente e valorizar produtos e negócios locais é uma tendência em crescimento – e ficou ainda mais evidente nos últimos meses. Pode parecer novidade, mas isso não é algo novo – e podemos facilmente identificar a origem, que vem dos nossos antepassados. Em meu trabalho com a gastronomia, estou em uma busca constante por conhecer a cultura regional e nossas origens e tradições. Algo que me move é a cultura indígena, tão importante para nossa base. Os índios sempre entenderam a importância de focar as riquezas que estão ao nosso alcance. Isso estimula uma produção de maior qualidade, movimenta a economia e garante que seja possível depender
menos do que vem de fora. Essas transformações em nosso entorno plantam uma semente para transformações em horizontes maiores. Um exemplo é o terroir – termo francês utilizado para o cultivo de vinhos e que não tem uma tradução equivalente em outras idiomas. Denota a relação do solo com o microclima no qual está inserido, que gera um produto com o melhor que esse terreno pode produzir. Essa ação acontece também no Paraná, com a produção de cítricos (as famosas poncãs), na região de Cerro Azul, e com a criação do porco Moura, raça que se adaptou muito bem ao nosso estado, com alimentação natural proveniente do pinhão das araucárias e de jabuticabas. Esses são alguns exemplos pelos quais, ao identificar os pontos fortes de um
terreno, região ou negócio, é possível gerar produtos e serviços ainda mais especiais. Como idealizadora do Quintana Gastronomia, entendemos que nossas ações e escolhas refletem em transformações e geram mudanças importantes. Desde o início, há 12 anos, temos a proposta de valorizar o que é local – e isso vem acompanhado de grandes desafios. A dúvida e a dificuldade sempre existem, mas são logo eliminadas por um objetivo maior. Quando vemos o retorno positivo e os estímulos dos nossos amigos e parceiros, conseguimos reconhecer que esse é, com certeza, o caminho certo para o empreendedorismo – e para garantir, no futuro, um mundo melhor.
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ESTILO | GASTRONOMIA
Charutos por Stefan Deckert, colunista
Charuto nacional é sinônimo de qualidade! A produção brasileira não deixa a desejar quando se fala em tradição e qualidade
que fazemos aqui. Além do sabor, o preço é um atrativo e a falsificação quase inexistente contribui para a disseminação dos nacionais. Mais localmente ainda, falando de Curitiba – minha cidade – o mercado do tabaco é consistente e as casas estão sempre investindo em novidades. Assim como em outras regiões do Brasil, o público charuteiro curitibano ainda tem um apreço maior pelo charuto cubano. Mas, aos poucos, a situação está mudando. Podemos ver que as tabacarias curitibanas têm aumentado sua variedade de charutos nacionais e “off Cuba”, por conta de seu custo-benefício. Em Curitiba, são mais de 20 tabacarias ou espaços em que o charuto pode ser apreciado, com diversos perfis de espaço. Já o público cresce continuamente, principalmente o feminino.
CHARUTOS DO MÊS
BRASIL
Monte Pascoal Divinos Suave-média. R$ 65.
BRASIL
Charuto Bucanero’s Special Selection Nº 50 Robusto Suave. R$ 35.
BRASIL
Charuto Don Porfírio Robusto Capa Clara Suave. R$ 25.
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Paulo de Abreu | Shutterstock
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fama e a qualidade dos charutos cubanos são inquestionáveis. Mas os “off Cuba” – aqueles que não são produzidos na ilha – são cada vez mais respeitados e conquistam os paladares mais requintados. O Brasil produz charutos de excelente qualidade e com preços, em sua maioria, mais acessíveis do que os internacionais. O Recôncavo Baiano tem um dos melhores tabacos do mundo. Fábricas como a Menendez Amerino, a Leite & Alves e a Dannemann atuam na região fazendo história desde o início do século XX. Na minha opinião, produzem puros verdadeiramente saborosos e com uma qualidade que não deve nada à do mercado internacional. Os charutos produzidos nacionalmente são consumidos, em grande parte, no Brasil mesmo. O mercado é amplo e os brasileiros gostam do
self
a seção de saúde, f itness, comportamento, família e goodness
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CONHEÇA O PROJETO.
TECH GIRLS O projeto social paranaense Tech Girls tem como objetivo levar conhecimento sobre tecnologia para donas de casa de áreas de vulnerabilidade social para que elas possam empreender e retornar ao mercado de trabalho. A iniciativa conta com a ajuda de voluntárias para compartilhar conhecimento digital com as alunas. topview.com.br
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S E L F | C O M P O R TA M E N TO S
Luxo por Adriano Tadeu Barbosa, embaixador
Em movimento Novo projeto da TOPVIEW permite acesso a conteúdos aprofundados sobre temas transformados pela pandemia
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Faça parte do projeto e tenha acesso a conteúdos exclusivos escaneando o QR Code.
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SIS3 IMÓVEIS Al. Doutor Carlos de Carvalho, 1.763 Tel.: (41) 3093-6959 | @sis3imoveis sis3imoveis.com
Fabi Coppeti | Divulgação
stamos em uma nova era. O século XXI, para que realmente tivesse início e fosse vivido, foi marcado por uma pandemia. O que se faz é viver o hoje muito mais intensamente do que planejar o amanhã. Prever o futuro é impossível. Muitos pensadores contemporâneos nos falam isso, mas MOVIMENTOS já são sentidos e aceleram nosso olhar para as mudanças na economia, arquitetura, moda, estilos de vida, artes, serviços e hábitos em meio à tecnologia, que tem nos feito tanta companhia em uma sociedade transformada. Novos significados tomam corpo, consciências criam alma e se materializam em ações de proteção ao espaço, ao ambiente e às outras pessoas, tornando nossa visão ainda mais humana. O incerto nunca foi tão certo e, por isso, MOVIMENTAR-se é preciso. Conversas, leituras, visões. Debates, imagens, opiniões. Tudo em um novo momento. Em MOVIMENTO. Consolidando o que, há anos, faço muito bem – conectar pessoas e pensamentos e compartilhar movimentos – no mais reconhecido veículo multiplataforma do sul do país, no segmento premium – a TOPVIEW –, lidero, a partir de agora, uma série de oportunidades para vivermos um novo mundo. Mensalmente, serão várias possibilidades de evoluirmos juntos. Por isso, convidamo-los a fazer parte das diversas formas que abriremos na construção desse nosso novo contato, em MOVIMENTO. Uma comunidade gratuita para chamar de nossa.
S E L F | S U S T E N TA B I L I D A D E
por Carol Gusi, embaixadora
Opção consciente A cadeia tradicional de transporte e manipulação de alimentos reforça hábitos nem sempre saudáveis e aliados do meio ambiente
Shutterstock
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ma grande preocupação ambiental é a demasiada emissão de gases do efeito estufa, os famosos GEE, que resultam no aquecimento global. No entanto, qual é a ligação deles com a escolha dos alimentos que consumimos? As food miles (ou "milhas alimentares", em tradução livre) representam a distância entre o local onde o alimento é cultivado e o local onde é consumido. No Brasil, segundo um relatório do SEEG e do Observatório do Clima, o transporte foi a principal fonte de emissões de GEE no setor de energia em 2018, constituindo 49% do total. Sozinhos, os caminhões lançaram 82,6 milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera naquele ano (mais do que todas as termelétricas em operação no Brasil). Porém, não somente as rodovias respondem pelo impacto no meio ambiente. Se considerarmos dados mundiais, a maioria dos alimentos é transportada por meio do mar (quase 60%) e, a minoria, pelo ar (0,16%). O deslocamento gera outros impactos negativos, como o desperdício de alimentos, considerando que muitos perdem qualidade durante o trajeto, tornando-se impróprios para consumo. E mais: são utilizadas mais embalagens plásticas para proteger a carga, au-
mentando a geração de resíduos. O resfriamento "(...) a escolha de utilizado é outro vilão, produtos locais é pois aumenta muito o a melhor estraconsumo de energia. Como o transporte tégia. Se levarde mercadorias é algo inevitável, muitas inicia- mos em conta tivas tentam minimizar todas as vantaos reflexos. O Programa de Logística Verde Brasil gens (...), perce(PLVB) surgiu com o bemos que vai objetivo de melhorar a além de evitar a eficiência logística e do transporte de cargas no poluição (....)" Brasil, diminuindo a emissão de GEE. Contudo, ainda assim, a escolha de produtos locais é a melhor estratégia. Se levarmos em conta todas as vantagens de optar por um alimento produzido localmente (sempre que possível, é claro), percebemos que vai além de evitar a poluição, pois, também, estamos valorizando o produtor e a região e economizando recursos que seriam gastos apenas para enviar o alimento a outro lugar.
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Pensando com você por Lígia Guerra, embaixadora
Liberdade encolhida No mundo do superlativo, os pequenos gestos e momentos são os que devemos valorizar verdadeiramente
lhe para as suas mãos… como elas são? O As distrações do mundo e a busca incessante por que tocam? Como acariciam? O que conssegurança e garantias em todos os níveis da vida acabam troem? Para quem acenaram? Por quem nos desabituando de enxergar o pequeno. vibraram? Quantas lágrimas secaram? Aparentemente, a vida só tem valor no superlativo! É Quantos afagos dedicaram? preciso correr, faturar, aparecer, ter seguidoQuantas bocas tocaram? Quantos sonhos “Desconfio res, ser admirado… e, para alguns, invejado. construíram? Quantos cartões escreveram? Em um mundo sem holofotes, não há valor. que a feli- TER e SER entraram em combustão. ConAs mãos estão ali, disponíveis para a maioria de nós, mas simplesmente nos acostumamos cidade seja tudo, será que fomos criados para suportar com elas. Sequer as observamos, valorizamos. toda essa luz de “sucesso” ininterrupto? Em Dizem que, sem transformar atitudes em discreta, que um mundo em que sempre temos que nos hábitos, não criamos disciplina. É verdade. agigantar o tempo todo, como fica a beleza ela goste E quando o hábito nos cega? Automatiza? pequeno, a conexão com o que é simples, daqueles que do Robotiza? Rouba o riso? Banaliza a vida? o riso espontâneo que não flertou com a câQuando desaprendemos a enxergar? Agrade- saibam reco- mera? O hábito de ser, sem ter que mostrar, cer? Reconhecer? espaço onde? Relaxa quando? nhecer a be- encontra Quando o casamento abre espaço para a Pense nos seus momentos mais felizes, indiferença? Quando o filho enxerga os pais leza das pró- intensos e únicos, aqueles que fizeram o como um caixa eletrônico? Quando os pais coração vibrar de um modo incomum. prias mãos seu não valorizam a singularidade dos filhos e só Onde eles aconteceram? Volte no tempo… nos pequenos relembre uma paixão, um beijo, uma tarde exigem que eles sejam sua imagem e semelhança? Quando o trabalho se torna apenas gestos liber- de amor, o tempero da avó, o abraço do avô, um meio de ganhar dinheiro? Quando os a família reunida, um bom conselho que tos de cada mudou o seu destino, uma oportunidade dias simplesmente se repetem? O hábito também engessa. Cega. Disciplina em excesinesperada. Será que a maioria desses modia.” so corrói o afeto. mentos não aconteceu na sua intimidade? Estamos enfrentando um dos maiores Em momentos que foram só seus ou talvez desafios da humanidade: a pandemia. Como psicanade pouquíssimos que o amam genuinamente? lista, tenho percebido que a maior reclamação tem sido Desconfio que a felicidade é discreta, que ela gosta a perda de liberdade. Contudo, quando mergulho nas daqueles que sabem reconhecer a beleza das próprias emoções humanas, a maioria das pessoas está percebenmãos nos pequenos gestos libertos de cada dia. do que já estava sem liberdade em vários aspectos e há muito tempo. 60
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Pexels
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Acesse o Instagram de Lígia Guerra.
A FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE É UMA DAS MAIS IMPORTANTES INSTITUIÇÕES DEDICADA EXCLUSIVAMENTE AO ENSINO DA SAÚDE. A excelência da unidade educacional do Complexo Pequeno Príncipeé confirmada pelo Ministério da Educação por meio do Índice Geral de Cursos (IGC), que avalia a qualidade de instituições de Ensino Superior com base em uma análise conjunta de seus cursos. Numa escala que vai até 5, a FPP alcançou nota 4 na avaliação de 2017.
GRADUAÇÃO Medicina Biomedicina Farmácia Enfermagem Psicologia
CONCEITO MEC* 4 4 4 5 4
RESIDÊNCIA ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO DOUTORADO
fpp.edu.br * Enfermagem: Portaria de Renovação de Reconhecimento nº 822 de 30 de dezembro de 2014. Conceito 5 • Biomedicina: Portaria de Renovação de Reconhecimento de Curso nº 135 de 01 de março de 2018 Conceito 4 • Farmácia: Portaria de Renovação de Reconhecimento de Curso nº 135 de 01 de março de 2018 Conceito 4 • Psicologia: Portaria de Renovação de Reconhecimento n. 270 de 3 de abril de 2017. Conceito 4 • Medicina: Portaria de Reconhecimento nº159 de 03 de junho de 2020. Conceito 4 • Geral: Portaria de Recredenciamento nº 1221 de 2 de setembro de 2017 Visita in loco 19-23/02/2017 Conceito 4
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Conexão que propaga amor por Redação
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Ricardo Oliveira
Com formação na área da saúde, a nova embaixadora da TOPVIEW irá mostrar mais sobre os Campos Gerais do Paraná
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onta-grossense, formada formação, vem a facilidade em me comuniem Fisioterapia, mãe de três car. É uma delícia produzir conteúdos e dimeninos e digital influencer. vidir, principalmente, um pouco da minha A rotina e a trajetória de Ane rotina saudável, que sigo há anos. Sendo Calixto, nova embaixadora mãe, mulher e esposa, sei quais assuntos da TOPVIEW, são guiadas pelo amor à sua nós, mulheres, temos interesse em ouvir. origem e sua história. Confira a entrevista: Então, de certa forma, dou voz às mulheres Ser mãe de 3 filhos lhe proporcionou modernas. Com meu lifestyle, demonstro quais alegrias? como se organizar e dar conta do recado. Desde muito nova, queria ter minha carSeu perfil no Instagram tem um púreira acadêmica e trabalhar, mas sabia que blico qualificado. Como é a comunicação a hora dos filhos chegaria e, não sei como – diária com ele? Quais são as principais mesmo sendo perfeccionista –, não idealidúvidas e os temas abordados? zei esse momento. Venho de uma família A comunicação diária no Instagram é pequena e, como gosto de casa cheia, sabia extremamente emocionante! Ali, tenho a que queria três filhos. Primeira gestação: oportunidade de dividir meus pensamengêmeos! Desafio enorme para uma mãe de tos e escutar o que as pessoas mais querem primeira viagem, descobertas saber nas mídias sociais. Amo infinitas dia a dia. Quando moda, mercado de luxo, artes, decidimos ter mais um filho, “Minha forma- atividade física, tendências, a maternidade foi o paraíso. ção profissio- política e temas que nos façam Ter sido mãe de dois logo e ter atitudes melhores. nal é na área da refletir de primeira me deu uma Minha mensagem sempre é: boa experiência. As alegrias saúde. (...) É uma espalhe amor em palavras. foram (e são) constantes, que você mais aprende delícia produ- noOconvívio principalmente partilhando online? zir conteúdos e as conquistas e toda uma Aprendo a entender cada vida nós cinco. palavra, tento entender dividir, princi- gesto, Quais são as preocupacomo as pessoas se expressam, palmente, um para aprender a respeitar as ções que a maternidade lhe trouxe? opiniões. Recebo tanto pouco da minha diversas A preocupação maior é carinho que cada vez mais me rotina saudá- motivo a mostrar as maravilhas ensinar a enfrentar a vida com coragem, serenidade, vel, que sigo há da vida. educação e tranquilidade. Quais características você anos.” As gerações vão mudando e mais rejeita? temos que ter a mente aberta Falta de educação. Às vezes, para acompanhar e motivar os filhos da me- falta a gentileza de respeitar o lugar do lhor forma possível. Quanto às preocupaoutro e isso é algo que acaba me irritando ções do mundo, tenho a convicção de que, profundamente, mas eu respiro fundo e se eu lhes ensinar a serem independentes, sigo em frente. eles vão enfrentar qualquer coisa. Quais são as expectativas para a emVocê produz conteúdos voltados à baixada da TOPVIEW? saúde e ao bem-estar. Em um mundo tão Estou muito animada! As ideias estão conectado e repleto de informações, qual a mil! Será um projeto maravilhoso poder é o maior desafio em criar conteúdo de mostrar toda a região dos Campos Gerais e qualidade? nossa gente prestativa, amorosa e trabalhaMinha formação profissional é na área da dora. Além disso, as belezas naturais e toda saúde. Durante 10 anos, atuei como profes- a estrutura industrial e do agronegócio que sora no ensino superior. Então, da minha temos.
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Arte contempla escapismo na pandemia Revisitar e aprender novas habilidades têm sido um refúgio para muitas pessoas durante a quarentena por Thaís Mota
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Acervo pessoal
rte existe para que a realidade não nos destrua”, disse o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, em tempos remotos. A essência presente nessa frase é a mais singela e atual representação de uma sociedade que vem recorrendo ao escapismo durante a pandemia do coronavírus. O isolamento social imposto pela doença impactou diretamente o mercado mundial de entretenimento. Enquanto cinemas, teatros, museus e casas noturnas recolheram-se – como medida de prevenção à disseminação do vírus –, os serviços de streaming deram um salto em audiência. O estudo Streaming in the Time of Coronavirus, realizado pela plataforma americana de monitoramento de streaming, Conviva, mostrou que esse serviço cresceu mais de 20% no início da quarentena, em março. Além disso, a
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Netflix atingiu uma marca histórica na valorização de suas ações durante o mês de abril, que, segundo pesquisas, chegaram ao valor de US$ 439. Se, neste momento, você está se entretendo com filmes, séries, músicas ou, até mesmo, maquiagem ou livros, foi porque um artista por trás disso tudo possibilitou esse contato. “A arte sempre foi um reflexo dos momentos pelos quais passamos enquanto sociedade. Então é muito bacana ver outros artistas e outras pessoas se expressando e trazendo uma nova visão para esse sentimenfaz com o que a gente não pense to, que é coletivo”, conta a publitanto em coisas externas. É libertacitária Julia Nobrega, de 21 anos. dor aflorar toda a criatividade que Para ela, a quarentena está sendo temos: vira um vício”, ressalta. um período de reconexão com uma De acordo com a psicóloga clípaixão que carrega desde pequena: nica Lorraine Rosa, a arte e a saúde a pintura com tinta a óleo, que, demental estão totalmente ligadas e pois de anos esquecida pela correria aquela é, inclusive, utilizada como do dia a dia, ressurgiu para ocupar instrumento dentro da psicologia. o ócio. “Com certeza está sendo um “[A arte] é uma das formas que escape enorme. Às vezes, eu termino encontramos de compreender o de trabalhar às 18h, começo a pintar indivíduo. É possível que, por meio e não paro. Quando percebo, já é dela, o sujeito consiga ter um outro meia-noite e eu não tomei banho olhar sobre diversas situações que nem jantei e ainda estou pintando, experienciou na vida, ressignificanporque, realmente, é um momento do e expandindo sua consciência.” de imersão em que Segundo Lorraine, eu foco só naquilo, em “A arte sempre foi aventurar-se expresso meus senuma nova atividade timentos e é uma oca- um reflexo dos possibilita que o insião muito gostosa fique atento momentos pelos divíduo de conexão comigo àquela atividade mesma”, afirma. quais passamos artística ou gastroQuem comparo que pode como sociedade. nômica, tilha da mesma trazer momentos de Então é muito opinião é a funciosatisfação e alívio, nária pública Leila o foco da bacana ver outros tirando Coelho, que, no auge ansiedade e do estresartistas e outras se que a pandemia dos seus 53 anos e motivada pela filha pessoas se ex- possa estar causando, de 20 anos, permitiupor ser um período pressando (...)” de muitas incertezas -se aprender do zero uma nova habilidade e adaptações. “Quanmanual. “O bordado é terapêutico, do o sujeito se dispõe a vivenciar porque precisa de atenção, cuidado esse processo de modo terapêutico, e concentração. Pensar no ‘aqui’ e é uma forma de conexão consigo, de ‘agora’ quando se está bordando ou externalizar sua subjetividade, suas fazendo qualquer atividade manual emoções, então, pode trazer, inclu-
sive, uma nova forma de visualizar o momento atual que estamos vivendo.” O publicitário e “aprendiz de empreendedor”, como se denomina Bruno Chaves, de 24 anos, descobriu, com o amor pela cozinha, que poderia rentabilizar um produto que, inicialmente, era uma experimentação com ingredientes que tinha na geladeira – e acabou sendo um sucesso: a geleia. “Desde a primeira geleia que experimentei vender no condomínio, quem prova pede mais. O tempo foi passando e estávamos vendendo cerca de 50 potes por semana, dentro e fora do condomínio. Foi quando decidimos transformar esse hobby em algo mais profissional”, explica. Bruno vê essa nova atividade não somente como um escape, mas como uma grande facilitadora da sensação de progresso e evolução que, para ele, está sendo muito importante. “Ainda estamos ajustando os últimos detalhes, mas espero que, em breve, os amantes da geleia possam comprá-las direto do Instagram ou em padarias próximas de suas casas”, finaliza.
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SELF | EDUCAÇÃO
O desafio da educação humana Como o Colégio Medianeira, um dos mais tradicionais de Curitiba, reinventou-se durante a pandemia, sem perder a valorização do indivíduo
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por Rodrigo Sigmura
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humanidade é formada por consequências. São reflexos de ações que, de alguma maneira, formam-se por conta de um contexto vivido e, mais do que isso, sobrevivido. Recorrendo às aulas de história, conseguimos entender por que palavras que poderiam nem existir naquele momento se tornam aliadas após as dificuldades. A Revolução Industrial, por exemplo, entre 1760 e 1840, mudou as relações de trabalho. A Guerra Fria redefiniu as relações mundiais e o período de imigração europeia interferiu diretamente aqui, nas cidades brasileiras. Contudo, o grande ponto de tudo isso é que, mesmo que talvez as tais palavras não fossem tão propagadas, estavam presentes: resiliência, legado, reinvenção, transformação. Isso o lembra do momento pelo qual a sociedade está
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passando? Se encararmos o agora pelo seu lado mais otimista, é possível perceber que o ser humano ficou atento ao que importa verdadeiramente e, ao mesmo tempo, reflexivo a respeito do futuro. Esse é o posicionamento de um dos colégios mais tradicionais do país, com preceitos religiosos e ciente do seu papel no mundo: o Colégio Medianeira. Não há dúvidas de que a área da educação é uma das mais afetadas com o atual cenário de pandemia. Não apenas em relação à grade curricular, mas, principalmente, quanto ao impacto nas crianças e adolescentes, que não estão mais em salas de aula físicas. Por isso, o Colégio criou uma força-tarefa do bem, com o intuito de levar ao aluno não somente uma transposição da sala de aula para o módulo virtual como, também, a total experiência de ensino-aprendizagem. “Fizemos um novo desenho curricular, com todo o cuidado, aproveitando e mergulhando nestes ambientes virtuais. Foi um desafio, mas conseguimos em duas semanas nos organizarmos bem nas plataformas digitais. “Nós criamos um comitê para traçar linhas de ação, revimos nossa proposta curricular, mergulhamos nas plataformas digitais e mantivemos a comunicação com as famílias e a comunidade educativa”, elenca o Diretor-geral da instituição, Padre Nereu Fank. Segundo ele, o reflexo do isolamento social foi sentido, mas foi justamente ele que impulsionou novas mudanças na instituição. “Tivemos grandes dúvidas. Fomos desafiados a buscar novos horizontes. A pandemia traz o cuidado com o outro, com a saúde emocional, a importância do trabalho em equipe e a adaptação aos ambientes virtuais”, ressalta. E, como a Covid-19 ainda não saiu do nosso dia a dia, ainda é tempo de respeito e, principalmente, entendimento de como a humanidade lidará com o pós-pandemia. Resiliência, legado, reinvenção e transformação também estarão diretamente ligados a esse período da História. Para o Padre Nereu, não se pode considerar 2020 um ano perdido, portanto. “Não concordamos com essa ideia. É um ano de desafios – claro que não podemos desconsiderar a crise –, mas fomos desafiados a nos reinventarmos. Nesse sentido, está sendo muito rico. São novas experiências em família, experiências pessoais. Esperamos que nos tornemos pessoas melhores”, pontua. Fank destaca que os estudantes que se formam na instituição de ensino já saem com algumas características, como autonomia, responsabilidade e senso crítico. “Nós formamos lideranças com excelência na sociedade. Visamos formar cidadãos
Divulgação
SELF | EDUCAÇÃO
comprometidos e conscientes por meio de um conhecimento crítico e situado em uma visão unitária do ser humano”, explica. Tradição Entender esse momento com leveza e consciência só é possível por conta da história que compõe o Colégio Medianeira, que integra a Rede Jesuíta de Educação e a Companhia de Jesus. “Em 1548, a Companhia fundou o primeiro colégio na cidade de Messina, na Itália. No Brasil, a instituição chegou em 1549, trazendo duas frentes de apostolado junto aos povos indígenas. Aqui, somos organizados em rede, uma única província Jesuíta. São 17 unidades que compõem a educação básica”, explica o Padre Nereu. No Paraná, o Colégio Medianeira representa a única instituição educacional da Rede, localizado em Curitiba. E desde a sua fundação, em 1957, o ser humano é colocado em primeiro lugar. “Faz parte do nosso projeto curricular trabalhar a pessoa como um todo, em uma visão humanitária e não somente cognitiva, que também é importante, claro, mas vamos além. A educação Jesuíta visa formar os alunos nas virtudes e letras. A aprendizagem se dá na perspectiva do desenvolvimento pleno do sujeito, e isso é simplesmente cuidar do ser humano”, conta o padre jesuíta.
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ESTE CONTEÚDO É PRODUZIDO POR TVBC – TOPVIEW Branded Content. Trata-se de um conteúdo em formato editorial criado especialmente para o cliente. Esta notificação faz parte da nossa nova política de transparência com o leitor e o mercado anunciante.
01. Fotos de mais de 2.300 estudantes e educadores foram posicionadas na capela do Colégio Medianeira para a transmissão das missas e momentos de reflexão. Na foto, o Padre Jesuíta Agnaldo Duarte. 02. e 03. O Colégio Nossa Senhora Medianeira foi fundado em 1957 pelo Padre Oswaldo Gomes. A formação de líderes é o foco do Medianeira, por meio de uma aprendizagem humanista e atual.
Veja mais sobre o Colégio Medianeira também no YouTube.
Linha Verde - Av. José Richa, 10.546, Prado Velho - Curitiba Tel.: (41) 3218-8000 | @colegiomedianeiractba www.colegiomedianeira.g12.br
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SELF | SAÚDE
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para corrigir dentes separados: os chamados diastemas. Atualmente, é possível tratar praticamente todos os tipos de problemas com o Invisalign, atingindo um nível alto de satisfação dos usuários”, explica Laydir de la Torre, ortodontista expert no assunto que trabalha com o método criado nos Estados Unidos desde 2010. “Sabe aquela massinha comumente usada para modelar a arcada? Nesse caso, por exemplo, ela não existe. Fazemos esse molde com saneamento intraoral, por meio do scanner Itero. Ele permite a criação de uma imagem 3D e de um modelo virtual dos dentes. Com isso, dá para mostrar no ato para o paciente o que está errado no sorriso, o que vamos corrigir e como será o resultado final”, explica o profissional. A partir disso, a estratégia é programada e os alinhadores são, então, confeccionados. Laydir revela que é preciso usar mais de um aparelho: as trocas acontecem a cada semana, enquanto as idas às consultas, no entanto, são a cada dois a três meses, dependendo do caso e da cooperação do paciente com o uso do aparelho. “Como há essa troca frequente, temos resultados mais ágeis e eficientes. Além disso, já dá para ter uma ideia desde o início sobre qual será o tempo total de tratamento, algo que não era possível com os aparelhos antigos. Não ter essa previsão sempre é uma queixa entre os pacientes de outras técnicas”, pontua o especialista, concluindo: “Costumo dizer que o Invisalign é uma arte digital. Proporciona uma facilidade de trabalhar de maneira programada sem tirar o lado artístico da profissão, que é transformar o sorriso e a vida de alguém de maneira especial.”
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Desde 2010, o ortodontista Laydir de la Torre trabalha com o método Invisalign – criado nos Estados Unidos
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oje, o mercado disponibiliza inúmeros tratamentos para deixar o sorriso perfeito. Entre essas inovações, o aparelho Invisalign, alternativa estética para metais e bráquetes para crianças, adolescentes e adultos, destaca-se por combinar tecnologia e praticidade. Além disso, o método funciona tanto em casos de alinhamentos simples como em complexos. Feito de material transparente, o que o torna praticamente invisível, ele é um aparelho ortodôntico removível – ou seja, nada de fios e metais! – e tem indicações múltiplas. “O aparelho pode ser usado, por exemplo,
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Delatorre Odontologia Av. Rep. Argentina, 210 – Sala 906 Água Verde, Curitiba/PR delatorre.odo.br | @laydirdelatorre Tel.: (41) 3015-7460 | (41) 9 9696-0323
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a seção dos bastidores econômicos e políticos, além do social view
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SAIBA MAIS.
COMPRE LOCAL Com o objetivo de aproximar pequenos negócios de clientes durante a pandemia, a fintech Stone, especializada em pagamentos financeiros, criou a plataforma Compre Local. O projeto mostra ao cliente, por meio de um aplicativo, estabelecimentos que estão fazendo delivery. 30 mil empresas fazem parte da iniciativa em todo o Brasil e 2.101 encontram-se no Paraná. topview.com.br
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O poder do local Em meio à crise, floresce a consciência de que a sobrevivência dos negócios locais depende das escolhas individuais de cada um Por Maria Isabel Miqueletto
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empresária Ticiana Martinez, fundadora da Ôda Design Club, celebra o momento de prosperidade que sua marca e a comunidade criativa curitibana vive agora. Pode soar estranho falar em bonança diante da maior crise do século – entretanto, para Ticiana, isso se deve por conta do movimento de fortalecimento do mercado local. “A maior preocupação era se existia demanda e percebeu-se que, sim, as pessoas estão encontrando formas de fomentar o mercado. Caiu a ficha para essa percepção do sutil. Agora, o que era uma conversa bonita virou uma atitude, um comportamento. Foi de uma ação de guerra para uma rede de apoio”, reflete. O que Ticiana percebeu em seu negócio também foi observado por especialistas. O Guia de Tendências 2020-21 – Sociedade e Consumo em Tempos de Pandemia, produzido pelo Sebrae, aponta a consciência local como uma microtendência forte. “A pandemia trouxe um nível diferenciado de consciência aos consumidores. Muitas pessoas estão priorizando comprar localmente, especialmente nos bairros e nas cidades”, afirma João Luis Moura, consultor de inovação do Sebrae. O relatório aponta que, por perceber a própria instabilidade financeira e a dos colegas e familiares, as pessoas estão mais propensas a compreender a necessidade de apoiar esses negócios. No entanto, o movimento faz parte de uma macrotendência mais antiga, a atenção das pessoas para a preferência por produtos locais e pequenos negócios. Ainda em 2018, a WSGN, referência global em tendências de consumo, previa o crescimento do comércio doméstico e a valorização do artesão. “A pandemia é uma lente de aumento e uma espécie de catalisadora de movimentos que já existiam. Ela deixou muito mais claro o quanto os negócios locais precisam de nós”, analisa Iza Dezon, especialista topview.com.br
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em tendências e sócia-fundadora da Dezon Consultoria Estratégica. A tendência carrega, também, outros comportamentos, como a preocupação com a redução do impacto ecológico do consumo. Para Iza, o mais importante nesse cenário é o senso de comunidade e pertencimento. “Vemos a importância de entender que nós somos parte ativa de uma coisa muito maior do que a gente. Se não investimos no que é nosso, quem vai investir?”, reflete. O locavorismo foi o precursor desse pensamento. Há cerca de seis anos, percebeu-se um movimento de volta ao local pelo viés da alimentação. “A Time Magazine publicou uma matéria com o chef René Redzepi, do Noma, a primeira pessoa a introduzir a alta gastronomia local. Era o locavorismo. Veio, também, do luxo, do movimento slow, na Itália, que se tornou mais abrangente no mundo”, ressalta Iza. “Antes, passamos muitos anos mistificados com a noção de globalização, de que o mundo podia ficar pequeno e tudo podia chegar a todos os lugares.”
A empreendedora Geovana Conti, fundadora da Youngers, levou esse movimento para as comunidades curitibanas. Criou o Vale Quarentena, um projeto sem fins lucrativos que conecta quem está vulnerável nesse período a pequenos negócios, como padarias, mercearias e mercados dos bairros. “Em vez de nos movimentarmos para doar cestas básicas, preferimos fazer uma doação mais inteligente. Quem sou eu para dizer que tal pessoa vai comer determinados alimentos? Preciso dar autonomia para que ela vá ao mercado e escolha o que ela precisa na casa dela”, defende Geovana. A população usa os vales, que variam entre R$ 25 e R$ 100, para consumir dos pequenos empreendimentos. Os resultados já estão aparecendo. Segundo Geovana, mais de 25 funcionários desses estabelecimentos tiveram seus empregos preservados. “Mantivemos um movimento de clientes suficiente para que o mercadinho pague as contas. Durante os primeiros três meses, o projeto alcançou mais de 1,3 mil pessoas e foram mais de
Amanda Lavorato
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3,5 toneladas de produtos comprados nos mercadinhos”, conta. O próprio trabalho da Youngers está dando frutos. A partir das ações sociais para geração de renda, mais de 20 negócios nasceram na Vila Torres durante a pandemia. No último ano, foram mais de 50. “Mais de R$ 60 mil circularam na comunidade”, aponta. Sobrevivência da diversidade Desde o começo da pandemia no Brasil, em março, 716 mil empresas fecharam as portas. Apesar de ser uma crise complexa para todos os negócios, os pequenos foram os mais impactados. Das 522,6 mil empresas que afirmaram terem encerrado as atividades por conta da pandemia, 99,2% eram de pequeno porte, com até 49 empregados. Ou seja, quatro em cada dez fecharam por conta da crise sanitária. Apoiar comércios locais tornou-se uma questão de sobrevivência para esse ecossistema. “É isso que ficou
mais latente. Ao começar a se despir dos excessos de uma sociedade zumbi, começamos a olhar para as coisas com outros olhos – e entender. Você tem duas opções: sustentar uma grande cadeia de supermercados que não precisa de você ou focar nos negócios do seu bairro, os quais você pode construir e que realmente precisam de você. Não precisa parar de comprar do grande, mas olhar os negócios com outros olhos e fazer outras escolhas”, defende Iza. Para João, essa é justamente a grande oportunidade em meio à crise. “Um ponto interessante é o aumento da sensibilidade do consumidor, de valorizar coisas que ele não valorizava antes. Vemos o marketing espontâneo, de pessoas tentando ajudar esses negócios – é a empatia, um laço emocional entre as duas partes. É um processo que não estáva-
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Fachada do Cosmos G/astrobar
mos tão habituados a ver antes”, compara. Os frutos da empatia Desde que precisou fechar as portas do Cosmos G/astrobar, em março, a publicitária Jana Santos, sócia-criadora do estabelecimento, começou a compartilhar, nas redes sociais, as dificuldades que estava enfrentando. A partir disso, percebeu que as pessoas passaram a comprar, também, porque acreditavam no propósito da empresa. “Esse trabalho de fortalecer os parceiros locais ajuda as pessoas. É gastar o dinheiro, que está curto, em negócios que ela acredita. Acredito que precisamos mostrar nossos valores e propósitos [do negócio] para que elas comprem porque aquilo representa uma virtude, um cuidado – não é só uma comida”, resume. O bar Yada Yada Yada é outro estabelecimento curitibano que participa do movimento Fechados pela Vida, do qual o Cosmos igualmente faz parte. Ou seja, tam-
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bém permanece sem atendimento presencial desde março, com o intuito de diminuir a disseminação da Covid-19. Tentaram o delivery, mas não funcionou para manter as contas. Então, decidiram pedir a colaboração dos clientes – e criaram uma vaquinha online. “Fiquei surpresa. Não achei que ia arrecadar o valor (R$ 6 mil) tão rápido. Muita gente fez campanha para nos ajudar. Temos clientes que vinham todos os dias, isso foi bem legal. Teve pessoas que pediram a doação na nossa vaquinha como presente de aniversário”, conta Alyssa Lerie de Lima Aquino, idealizadora do bar. Fomentar a economia de Curitiba é um dos pilares do Ebanx, fintech global com sede na capital paranaense. “Estarmos no Vale do Guadalupe, no qual estão todas as startups, faz parte da nossa intenção de valorizar e revitalizar essa região. O Ebanx é sobre dar acesso, criar pontes entre a nossa empresa e a comunidade ao nosso redor. A gente precisa das pessoas e do comércio local. É um fluxo constante”, conta Nayana Rogal, gerente de marketing e head de cultura e comunidade do Ebanx. A empresa tornou-se, recentemente, o primeiro unicórnio do sul do país, ou seja, uma startup avaliada em um bilhão de dólares. Outra prática cultural da fintech é estar com as portas abertas
para a comunidade. Como parte dessa crença, criaram projetos para ajudar os pequenos negócios. Um deles é o Ebanx Beep, serviço gratuito que transforma negócios de diversas áreas em e-commerce. “Pegamos um produto que já tínhamos dentro de casa e, logo no começo da quarentena, mudamos o foco dele. Pensamos em como poderíamos ajudar a comunidade, que estava precisando nesse momento. Então, acomodamos a venda de produtos físicos, serviços e vouchers”, resume. Com a plataforma, os próprios empresários podem criar uma loja online, de forma simples e rápida. No final de março, eram mais de 1,2 mil lojas registradas. Em junho, já havia mais de 11 mil. “Hoje, as empresas faturam, por meio do Beep, entre 15% e 25% em relação ao faturamento original. Expectativas e análises internas do Beep mostram que é possível chegar a 40%, 50% do faturamento. Um dos motivos é que, estando no mundo online, o vendedor consegue chegar a novos clientes”, analisa Nayara. Durante esse período, surgiram outras iniciativas no mesmo sentido, como a Compre Local, plataforma digital da Stone. O projeto tem como missão auxiliar o consumidor a localizar e comprar em pequenos estabelecimentos do bairro. No primeiro mês de
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funcionamento, já atingiu a marca de 30 mil estabelecimentos cadastrados. Redes de colaboração Em 2016, Daiana Lopes e quatro amigos decidiram criar um espaço compartilhado, uma casa aberta que outras pessoas pudessem utilizar caso precisassem de um lugar para realizar um projeto e ter um escritório ou um ateliê. Assim surgiu a Casa 102, em Curitiba. Criaram, também, uma loja colaborativa, que hoje reúne 40 marcas locais. “[Nosso objetivo é] conectar pessoas com propósitos e necessidades comuns e incentivá-las. Ao invés de competir, trabalhamos juntos. Um negócio ou um profissional ajudando o outro, gerando inputs para os seus projetos e produtos”, conta a cofundadora da Casa 102. No negócio, buscam promover, também, o consumo consciente, trazendo reflexões sobre sustentabilidade e consumo local. “Esses pequenos negócios movimentam a economia. É uma empresa de uma pessoa que sustenta uma família, que demanda serviços de outros MEIs, outros prestadores de serviço. Quando compramos do pequeno, a gente propicia o movimento de uma cadeia econômica e apoia o nosso próprio desenvolvimento”, opina. “Sem falar de todas
as questões ambientais envolvidas nesse processo, todo o desperdício de recurso de energia que a gente tem, acessando bens e matérias que vêm de muito longe.” A Coletiza é outro projeto que reúne negócios locais em um mesmo ambiente. “É a soma de diversos negócios que se potencializam: um dá suporte ao outro e vamos juntos. Independentemente de estarmos em segmentos diferentes, a nossa essência é a mesma: procuramos fomentar os produtores locais”, conta Patrícia Backes, criadora da Coletiza. A nova iniciativa – que ainda será lançada – é um espaço itinerante que dá oportunidade a outras marcas. “Há muitos criativos que criam, mas não têm habilidade de comercializar aquilo. O objetivo é potencializar as marcas e os projetos que foram afetados pela crise da Covid e precisam se recolocar. Nosso objetivo é ampará-los e motivá-los novamente”, explica.
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Próxima parada: digital
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s domingos da artesã Adriana Metzger mudaram radicalmente a partir do início de março. Figura carimbada na Feira do Largo da Ordem há oito anos, viu seu faturamento despencar do dia para a noite com a pandemia. Já não tinha mais como expor e vender seus produtos. Foi quando decidiu que precisava migrar seu negócio para uma plataforma a qual milhares de brasileiros estavam rumando: a internet. “Percebi que não adiantaria me desesperar, então arregacei as mangas e fui em busca de conhecimento digital. Comecei a explorar outros canais de divulgação e vendas, como o Instagram. Com videoaulas, aprendi a usar as ferramentas necessárias para melhorar a apresentação e a divulgação dos meus produtos. Também busquei aprimorar conhecimentos sobre fotografia, engajamento de público, entre outros”, conta a artesã. “A transformação digital trouxe números de crescimento mais altos em quatro meses do que nos últimos dez anos”, observa Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Inovação. Diante desse cenário, é importante criar ferramentas para que todos consigam ter acesso a esse novo ambiente e, assim, diminuir a desigualdade digital. “Temos que pensar em duas vertentes: a primeira é a tecnológica e a segunda, de comportamento. Se a pessoa tem acesso à tecnologia, mas não tem o mindset de como lidar com isso, é tão difícil quanto não ter acesso. Precisamos pensar nessa disparidade digital”, defende. Neste ano, 13% da população brasileira comprou por meio da internet pela primeira vez, enquanto 24% estão fazendo mais compras online. Os números são da publicação da Infobase Interativa, que compila dados da Nielsen, Comscore, Global Web Index, Kantar e MindMiners. Outro levantamento, da empresa Neotrust/Compre&Confie, mostrou que o e-commerce teve um faturamento de R$ 33 bilhões no segundo trimestre de 2020. Isso representa uma alta de 104% em relação ao mesmo período do ano anterior. Especialistas acreditam que essa tendência vai continuar no pós-pandemia. Para auxiliar nesse processo de migração para o digital, o Vale do Pinhão, da Prefeitura de Curitiba, promove treinamentos, cursos e capacitações todas as semanas para a população. A partir desses esforços, nasceu a feira-
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dolargo.curitiba.pr.gov.br, ambiente virtual da tradicional feira de domingo. “Tivemos que ensinar a eles desde o processo de tirar uma foto. Nesse ponto, entra a questão cultural: não adianta só a tecnologia, temos que pegar pela mão e ajudar no básico. Os resultados foram muito legais, temos pessoas que estão vendendo mais do que antes”, analisa Cris. Ao perceber como conhecimentos na área de marketing, vendas e liderança poderiam ajudar os empresários, o Ebanx, em parceria com a Endeavor e o Sebrae/PR, lançou o Ebanx F5, uma série de cursos online gratuitos com profissionais de referência no setor. Os cursos incluem vários módulos em vídeo que discutem conceitos como desenvolvimento de negócios, comunicação e marketing, liderança, atendimento ao consumidor e vendas. O projeto Bluehook, da escola de criatividade Redhook, vai além e ofe-
rece consultoria gratuita às pequenas empresas. Por meio de hackathons, profissionais de comunicação, design, digital, marketing, mídia, performance e outras áreas correlatas se reúnem para pensar em soluções para os negócios. “O que é inovador no projeto é ouvir as pessoas, entender de verdade o cenário delas e trazer uma solução que cabe dentro do orçamento”, analisa Celinha Camargos, diretora de marketing da Redhook School. “E é um projeto educativo. Os grupos são mistos e, quando uma pessoa traz uma ideia, todos estão aprendendo também. É uma forma de aprendizado nova, totalmente prática e que, no final do dia, você [percebe que] fez uma coisa real, achou uma solução para um desafio real. Estamos promovendo educação de forma inovadora.”
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Cosmos G/astrobar – drinks em lata
Inovar para sobreviver
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epois de fechar a operação presencial do Cosmos G/astrobar, a primeira ideia de Jana foi transformar o negócio em delivery. Contudo, não demorou para perceber que não bastava migrar seu cardápio para o online. “É difícil saírem, nos aplicativos, os pratos que temos, que são muito autorais e experimentais, porque não há um garçom para explicar como é feito, tirar as dúvidas… ali, as pessoas estão condicionadas a comprar o que elas já conhecem”, reflete a sócia-criadora do bar. No mês seguinte, o faturamento caiu 90%. Decidiram parar tudo e repensar qual era o melhor caminho a ser seguido. Só retomaram a operação dois meses depois, com um novo cardápio, pensado especificamente para o delivery, e lançaram uma linha
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de drinks em lata. “Saímos do faturamento de 10% para 60%. Com bastante empenho, estamos conseguindo empatar as contas”, relata. As ações renderam: ganharam, também, o incentivo de US$ 1 mil do fundo Recovery Fund, criado pela organização 50 Best, que promove a mais conceituada premiação global do setor, para apoiar negócios no mundo todo. Em momentos sem precedentes como esse, cresce a necessidade de fazer adaptações e desenvolver novas soluções. A inovação e suas metodologias são grandes aliadas nesse processo. “Quem hoje abre os olhos para a inovação vai entrar muito mais preparado no pós-pandemia. Já vamos ter aprendido a aprender, expandido nosso cérebro”, defende Geovana Conti, fundadora da Youngers, um negócio que tem os lucros revertidos em ações sociais para geração de renda.
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Cosmos G/astrobar – menu do novo delivery
Cosmos G/astrobar – produtos novos
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O cenário é complexo, em especial com a oficialização de que a economia brasileira entrou em recessão técnica. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve uma queda histórica de 9,7% no segundo trimestre do ano, em comparação com o primeiro, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, Geovana reforça que, se um mercado está fechando, outro abre. O “pulo do gato” está em descobrir quais são os novos.
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Um deles era o de inteligência emocional, o mais buscado e mais vendido da escola. Decidiram liberá-lo de forma gratuita, já que todos estavam vivendo um estresse psicológico muito grande. Em duas semanas, o curso passou de 500 mil participantes, em 80 países. “Nossa bandeira é fazer a diferença na vida das pessoas por meio do conhecimento – e sabíamos que aquele era o momento de fazer essa diferença”, afirma Hendel. O planejamento rendeu uma colocação no ranking das 10 marcas mais lembradas pelos brasileiros durante a pandemia da Covid-19, realizado pelo Instituto Croma Insight em parceria com a Toluna. ■
Erik Mclean e You X Ventures | Unsplashe e Shutterstock
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Foi o que fez a Escola Conquer, em 72 horas, após o início da pandemia no Brasil. Em três anos e meio, todos os cursos eram presenciais e a escola contava com 25 mil alunos. Com o isolamento social, passaram todos para o formato online. Em seis meses, os alunos já passavam de um milhão. “Conseguimos manter eles no online e proporcionar uma experiência bacana. A taxa de cancelamento foi de menos de 1%. A virada de chave foi criar dez cursos gravados, para gerar receita”, conta Hendel Favarin, cofundador da Conquer.
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Marketing por Beto Cesar, embaixador
O paraíso é na outra esquina Descobrir outros lugares em meio à pandemia nos permitiu encontrar, também, possíveis novos lares
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Matheus Betat | Unsplash
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ova York morreu e a Faria Lima esvaziou. Personagens assim ganharam vida ao redor de todo o Foi todo mundo trabalhar em casa. No Brasil nos últimos meses, impulsionados pela decolagem entanto, já que é para fazer home office, imobiliária no interior. Lugares de campo como a Fasem ter que passar o cartão na catraca do zenda Boa Vista e a Quinta da Baronesa, em São Paulo, prédio, ninguém precisa mais morar no enxergaram um aumento de 300% nos aluguéis. East Side ou no Itaim, não é mesmo? Aqui no Sul, as casas de veraneio – antes vazias – na E foi assim que os altos aluguéis nessas Praia do Rosa ou em Ibiraquera (ambas regiões foram trocados por um tempo na em Santa Catarina), estão todas com suas " Tomamos, janelas abertas e seus fogões à lenha acesos. casa da chácara ou da praia. Com o Wi-Fi funcionando, está tudo bem, tudo zen. enfim, coragem de viajar e de enfim, a cora- Tomamos, Não demora muito para se acostumar à viver, ainda que por um tempo, onde nos nova rotina. Dá para surfar antes da primei- gem de viajar e agrada e não mais onde precisamos. ra reunião no Zoom e ainda ter tempo de de viver, ainda O Brasil é grande e é um país de estrapassar um café. das. Juscelino Kubitscheck pensou assim que por um lá na década de 1960, justamente para que A vida no novo endereço, aos poucos, apresenta-nos a comunidade local, aquele tempo, onde pudéssemos nos espalhar. Por que é que povo que antes achávamos pacato e que, o contrário? Agora, temos a chance nos agrada e fizemos hoje, ensina-nos sobre escolhas e simplide chamar lugares paradisíacos no Brasil de cidade. É ali, convivendo no centrinho da não mais onde “casa” e, aí sim, valorizar os produtores lovila, que a gente conhece cada personagem pelo simples fato de que eles são parte precisamos." cais, e suas histórias. Tem o Seu Álvaro, que saiu genuína de nossa comunidade. lá de Porto Alegre para cultivar mel em O consumo ganha uma lógica equilibraGaropaba. Mais à frente, tem a mercearia do Seu Zé. Na da de oferta e demanda local. Tudo fresco de verdade, mesma prateleira em que dá para achar pasta de dente sem precisar de embalagem da Whole Foods ou etiqueta Colgate, há, também, cachaça Jamel. Quem chega cedo da Mundo Verde. e dá sorte encontra os maços de rúcula do Otávio e a Voltando à mercearia do Seu Zé, se caminhar mais dúzia de ovos caipiras da Maria – que, até hoje, nunca vi 500 metros e virar a quadra, dá na praia. O paraíso, igual no Angeloni. afinal, é ou não é na outra esquina?
Casamento B-2 324 332
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Uma colher de empreendedorismo Conheça três mulheres que quebraram as barreiras da insegurança e abriram seus próprios negócios no ramo gastronômico por
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mais recente pesquisa que busca entender a atividade empreendedora no mundo*, lançada em março de 2020, mostra um dos maiores motivos que levam mulheres a abrirem os próprios negócios: fazer a diferença no planeta. Em um período tão atípico como o de uma pandemia, diante de tantas dificuldades em diversos aspectos da vida, esse modo de pensar mostra que o empreendedorismo feminino, apesar de ainda estar em lento crescimento, pode ser visto como uma luz no fim do túnel. Nathália Batista Siqueira, de 24 anos, é bacharel em Direito, mãe e, agora, empreendedora. Como ela mesma diz, “espalha momentos felizes e saborosos” por meio de tábuas de frios no estilo grazing. “Tudo começou quando me apaixonei por queijos. Minha família se reinventou nessa área e eu acabei criando meu próprio projeto-piloto. Com os queijos produzidos no negócio da família, monto 01. as carinhosamente chamadas tabs”. Com um hobby que virou job, Nathália conta que busca colocar boa parte de seu carinho em cada produto. “Tenho participado, mesmo que indiretamente, dos mais diversos ciclos que norteiam as pessoas: vida, amor, saudade e gratidão”, compartilha a mestre queijeira. *Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor’s (GEM), março de 2020.
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Já a estudante de Fisioterapia Jhenniffer Almeida, decidiu se aventurar no universo da panificação e da confeitaria em julho de 2020. Esse projeto foi importante, pois uniu toda a família. “Eu não estava aguentando não fazer nada nesta quarentena, principalmente por conta da ansiedade. Então conversei com meus pais e, já que gosto muito de cozinhar, comecei a fazer pães e bolos. Nisso, toda a família começou a ajudar: minha avó emprestou seu cilindro e algumas fôrmas de pão e meus pais ajudam sempre na hora das compras de produtos, nas entregas e na mão de obra mesmo”. Com a famosa divulgação boca a boca, Jhenniffer conquistou clientes fiéis e, hoje em dia, vende seus produtos em estabelecimentos comerciais de Telêmaco Borba, no interior do Paraná, e nas cidades vizinhas. “Depois da pandemia, eu pretendo continuar a fazer os produtos por amor mesmo. Fico muito feliz com os feedbacks que recebo. Gostaria, também, de incluir mais coisas no cardápio e conseguir vender em ainda mais estabelecimentos”, conta. Em meio à crise, muitas pessoas enxergam oportunidades. Esse foi o caso de Jéssica Rocco, de 29 anos, que é formada em Engenharia Civil e, com o seu marido, abriu uma padaria artesanal com foco em viennoiserie – uma combinação de técnicas de confeitaria e panificação – no bairro Centro Cívico, em Curitiba (PR). “Vimos, na crise, uma oportunidade.
Shutterstock e Agência Hario
Emilia Jurach
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Acervo Pessoal | Nathália Batista Siqueira, Agência Hario e Jonatas Abner
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“Temos muitas mulheres jovens que são referência e, na pandemia, apenas reforçaram a sua força e capacidade.” – Jéssica Rocco
01. e 04. Formada em Engenharia Civil, Jéssica Rocco viu na crise a oportunidade de abrir uma padaria focada em viennoiserie, técnica francesa utilizada na confecção de pães artesanais. 02. Nathália Batista Siqueira criou seu projeto-piloto a partir dos negócios da família. 03. Tábua de frios no estilo grazing, produzida pela mestre queijeira Nathália Batista Siqueira.
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Os riscos são muitos, mas existe a chance de êxito para um trabalho honesto e bem executado. A pandemia nos levou por caminhos que não imaginávamos, mas fomos nos adaptando a cada engrenada da Covid”, diz a empreendedora. No início, ela conta que diversas dificuldades apareceram, como o treinamento da equipe e a fidelização dos clientes. No entanto, a maior delas foi no âmbito pessoal: logo após a abertura do local, nasceu o seu segundo filho. “Essa, com certeza, foi a maior mudança [desde a inauguração]. Mas, com muito cuidado e carinho, tudo está crescendo em conjunto e harmonia.” Jéssica compartilha, ainda, que um dos seus sonhos é virar confeiteira. “Para uma engenheira civil sem experiência na área da gastronomia, é um grande desafio, mas tenho como inspiração a chef Roberta Sudbrack”, revela. Dados do estudo Women in The Boardroom — Uma Perspectiva Global mostram que o número de mulheres que ocupam cargos administrativos cresceu 1,9% desde 2017. No Brasil, 34% dos negócios
são administrados por elas, segundo o último Relatório Especial de Empreendedorismo Feminino no Brasil, do Sebrae, lançado em 2019. Para a economista Suelen Glinski, chefe do Departamento de Trabalho e Estímulo à Geração de Renda do Estado do Paraná, agora é o momento ideal para quem quer administrar o seu próprio negócio. “Hoje, vemos mais mulheres em postos de liderança, pois, na minha opinião, elas têm mais sensibilidade para negociar. Para quem quer ter outra profissão ou atividade, principalmente as jovens, essa é uma oportunidade para se reinventar ou se especializar em outra área.” O preconceito existe em diversas áreas, mas, analisando grandes mulheres, as limitações não as impediram de chegar aonde almejavam, segundo a empreendedora Jéssica Rocco. “Temos muitas mulheres jovens que são referência e, na pandemia, apenas reforçaram a sua força e capacidade. É difícil, é desafiador, mas, com muita luta, nós chegamos aonde quisermos!”, finaliza.
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PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
Política por Marc Sousa, colunista
A corte de Lula Condenado duas vezes por saquear os cofres públicos, o ex-presidente deveria voltar para a cadeia, mas o Supremo Tribunal Federal parece trabalhar para que ele volte à presidência
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Lula age como um maestro operando para que o STF o atenda mais uma vez. De cinco ministros da famigerada Segunda Turma, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski estão afinados com o petista. Já Edson Fachin e Cármen Lúcia jogam do lado da lei. O quinto elemento, Celso de Mello, está em licença médica, logo, teremos um empate. Aí vem a grande jogada petista. No placar de 2x2, será aplicado o chamado “in dubio pro reo”, que dá vitória a Lula. O Judiciário se curvará a um homem milionário e poderoso. Pelo jeito, só as urnas poderão livrar o país do mal petista. FR AS E D O M Ê S
"Com o empate de 2x2 no STF, fica anulada minha sentença que condenou um doleiro no caso Banestado – um marco do combate ao crime." Sérgio Moro, lamentando a anulação de uma das sentenças do caso Banestado.
Marcello Casal Jr | Agência Brasil
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e, no passado, o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de ser “acovardado” agora, o petista assiste de camarote a uma série de decisões da suprema corte que podem desaguar na concessão de um passe livre para que possa voltar a disputar da presidência. A trama ardilosa está em curso há meses na Segunda Turma do STF e é tocada sem qualquer discrição. Em agosto do ano passado, uma sentença contra o ex-presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, acusado de pedir R$ 17 milhões em propinas, foi anulada. Recentemente, veio o segundo ato. Desenterraram o caso Banestado, julgado por Sérgio Moro, e anularam uma sentença contra o doleiro paranaense Paulo Roberto Krug, acusado de ajudar a desviar mais de U$ 30 bilhões. Nos dois casos, alegaram que Moro teria sido parcial porque ouviu delatores do esquema depois dos réus. As decisões são absurdas e desautorizam o sistema judiciário, que tinha confirmado as sentenças em todas as instâncias que pelas quais tinham passado. Coincidentemente, Lula se encaixa na mesmíssima situação e deve ter o caso julgado em breve. Não há dúvidas de que Lula montou um grupo para saquear os cofres públicos. Foram devolvidos R$ 4 bilhões – e, convenhamos, ninguém devolve o que não roubou. Existem confissões, delações e provas robustas. Por tudo isso, foi condenado duas vezes por corrupção e lavagem de dinheiro em dois processos diferentes: triplex do Guarujá e sítio de Atibaia. É ficha suja e impedido de se candidatar. Aliás, se não fosse a ajuda do STF em acabar com a prisão em segunda instância, ele estaria duplamente preso.
PODER | PERSONALIDADES
Mundo Jurídico por Sandra Comodaro, embaixadora
Mulher que inspira A Procuradora-Geral do Estado do Paraná, Leticia Ferreira da Silva, apresenta os desaf ios na gestão do órgão
Patricia Klemtz
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ara esta edição, a convidada da minha coluna inspira muitas mulheres à ascensão no mundo dos negócios: a Dra. Leticia Ferreira da Silva, Procuradora-Geral do Estado do Paraná. Confira o bate-papo enriquecedor que tivemos: Qual é o papel da PGE? A advocacia pública está prevista no artigo 132 da Constituição Federal como função permanente e essencial à justiça, tendo como missão a representação judicial e extrajudicial do estado do Paraná e a prestação de consultoria e assessoramento jurídico para o Poder Executivo.
Quais são as ações mais importantes em que a PGE está envolvida no momento? Estamos muito envolvidos nas questões ligadas direta e indiretamente ao enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus, sejam ações judiciais ou de consultoria jurídica, bem como estamos trabalhando com algumas pastas em diversos projetos voltados à retomada do estado no pós-pandemia. Poderia destacar algumas práticas positivas na Procuradoria Geral do Paraná? Estamos implementando novas práticas e/ou dando continuidade e aprimorando outras já existentes, tais como: o estabelecimento de medidas de redução de litigiosidade, especialmente nos Juizados Especiais da Fazenda Pública e na área de saúde; a expansão da consultoria jurídica na Administração Indireta; o aperfeiçoamento dos sistemas de cobrança judicial e extrajudicial da dívida ativa; a atuação no juízo de conciliação em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado para a redução do estoque de precatórios; a elaboração do segundo plano estratégico da PGE, de acordo com o disposto no Plano Plurianual (PPA); e a instituição da gestão dos processos internos. Na sua avaliação, o país está mais atento ao controle interno nos órgãos públicos? Acredito que sim. No estado do Paraná, a PGE atua diretamente no controle da legalidade e constitucionalidade dos atos da administração pública e a CGE atua no controle interno dos órgãos públicos, inclusive sendo responsável pela implementação do Programa de Integridade e Compliance no Estado. Não há dúvida de que o papel do controle interno é fundamental para melhorar a boa governança da administração pública, além de preservar o respeito e o cumprimento às normas. Qual é a sua visão do Brasil pós-pandemia? Acredito que o Brasil terá (já está tendo) impactos nas áreas econômica, social, cultural e política. É possível que sejam implementados ajustes fiscais, reformas e programas governamentais. Infelizmente, o Brasil deve registrar uma alta taxa de desemprego, além de um aumento das recuperações judiciais e falências, especialmente em segmentos que sofrerão por mais tempo os efeitos da pandemia em razão das suas atividades. A retomada da economia e a empregabilidade serão um dos grandes desafios a serem enfrentados.
Confira a entrevista na íntegra no site da TOPVIEW.
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PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
EM PARCERIA COM
Vista aérea de Curitiba.
Paraná: lugar para se fazer negócios por
PROMOTOP Os conteúdos assim indicados são materiais publicitários em formato nativo. A responsabilidade sobre as informações é do escritor e não expressa necessariamente a opinião da TOPVIEW.
Heloisa Garrett
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s paranaenses sempre tiveram orgulho e senso de pertencimento ao verem os produtos de seu estado ganhando força ou quando sabiam que a região era pioneira em alguma iniciativa. Nos últimos meses, vimos esse sentimento ainda mais aflorado com o incentivo ao consumo local sendo impulsionado por várias frentes. No LIDE Paraná, nós iniciamos um movimento de valorização da produção paranaense: o Made in Paraná. Por meio dele, buscamos promover e valorizar histórias de empreendedorismo e iniciativas que projetam o nome do estado. Somos considerados referência de excelência em várias frentes, seja no agronegócio, na prestação de serviços ou no segmento industrial. Se é do Paraná, tem procedência, tem selo de qualidade. Durante a pandemia que vivemos, vimos uma série de iniciativas de fomento ao comércio local para manter a economia dos bairros e das cidades. No entanto, esse movimento de locavorismo (prática de incentivar os empreendimentos locais) deve ser estendido, também, 90
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Acesse o site do LIDE Paraná.
para a união entre fornecedores da indústria e prestadores de serviço, de forma a incentivar a economia interna do estado como um todo. O LIDE Paraná, além de incentivar o desenvolvimento de negócios locais, também abre portas para novas oportunidades, estreitando relacionamentos e valorizando o que é nosso e pode se tornar negócio em qualquer parte do Brasil e do mundo. O Paraná sempre foi celeiro, mas é a hora de torná-lo um polo: de inovação, de conectividade e de liderança. Temos vários setores produtivos de destaque em cada uma das 10 mesorregiões do estado, que impulsionam a economia em todos os municípios e fortalecem a base para o desenvolvimento de outras áreas de grande interesse. Somos o segundo estado mais competitivo do Brasil, segundo a The Economist Intelligence Unit, e, assim, um celeiro para boas oportunidades e negócios. Vamos, juntos, fortalecer a economia do nosso estado! Heloisa Garrett – Presidente do LIDE Paraná.
Brunno Covello | SMCS
PROMOTOP
Fomento aos negócios, fornecedores e serviços locais, valoriza a marca do estado e potencializa nossa economia interna
Surpreenda-se A Carmela Carmelina é contemporânea, criativa e sempre atenta às novidades e tendências. As peças que formam o mix de produtos são selecionadas detalhadamente, com consultoria em imagem e estilo, que favorece os biotipos e estilos de todas as mulheres. Aqui você encontra as melhores marcas da moda nacional Morena Rosa, Moikana, Maria Valentina, Gatabakana, Lado Avesso, Flor de Lis, Sly Wear e muito mais. Atendimento de forma única, personalizada e com exclusividade. Ambiente amplo e agradável.
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PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
Raphael Ribeiro | BCB
A dívida pública e o mercado financeiro Há alguns fatores relevantes que precisam ser considerados para tratar do impacto do déf icit do governo nas decisões dos investidores: saiba quais são eles por Mônica de Moraes Campos, sócia da Allez Invest
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PROMOTOP PROMOTOP Os conteúdos assim indicados são materiais publicitários em formato nativo. A responsabilidade sobre as informações é do escritor e não expressa necessariamente a opinião da TOPVIEW.
os últimos meses, assistiu-se ao aumento da conta do Governo Federal com programas sociais e de apoio para minimizar a crise causada pelo coronavírus. No entanto, como o crescimento da dívida está afetando o mercado financeiro? O primeiro fator a ser analisado é a relação com a Selic, uma vez que boa parte da dívida pública é corrigida por essa taxa. Em 2019, o país fechou o ano com a menor dívida da história, R$ 4,249 trilhões. A redução constante observada na taxa básica de juros desde meados de 2016 foi um fator importante para esse impacto no serviço da dívida pública brasileira, que gerou uma economia de quase R$ 69 bilhões só no ano de 2019. Essa economia ainda deve ser observada nos próximos anos, com a expectativa de reduzir aproximadamente R$ 120 bilhões no ano de 2020, a maior redução, seguidos de R$ 109 bilhões e R$ 119 bilhões, respectivamente. O raciocínio é simples: uma taxa mais baixa gera um custo menor. Isso pode causar efeitos positivos em curto prazo com a redução de risco de calote do país, indicador acompanhado atentamente pelas agências de ratings. Por outro lado, devemos considerar os recentes programas de estímulos creditícios para tentar amenizar os efeitos da crise do coronavírus, medidas que aumentaram o nível de endividamento. Para se ter uma ideia do gasto público com a pandemia, dados divulgados internacionalmente mostram que países ao redor do mundo desembolsaram 20% do Produto Interno Bruto (PIB) global para gastos com a pandemia durante seis meses. Por fim, quando se fala em dívida pública, é costumeiro questionarem sua relação com o dólar, já que parte dela é composta por dívida externa. Mesmo com a alta cotação da moeda, observamos pouco impacto na dívida do Brasil, visto que menos de 5% do montante total é de dívida externa. Posto isso, é possível afirmar que dificilmente emissores com qualidade de crédito igual ao nível Brasil apresentem defaults em curto e médio prazo. Quando observamos o histórico das notas atribuídas pelas agências de rating para o risco-país, notamos que nenhum rebaixamento ocorreu de forma inesperada ou não foi justificados por uma piora na qualidade gradual, permitindo, assim, que os investidores tomem decisões mais seguras.
Allez Invest R. Heitor Stockler de França, 396, Sl. 2.106, Ed. Neo Business – Centro Cívico I Tel.: (41) 3514-5890 allez.com.br I @allez_invest I /allezinvest I @allez-invest
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PODER | SOCIAL VIEW
por Marcos Slaviero, colunista
Inspiração na pandemia
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árcia Almeida e Tássia Tkatsch encontraram inspiração durante o período de isolamento para lançar um novo negócio. Mais tempo em casa com Enrico – neto da Márcia e filho da Tássia – exigiu ainda mais criatividade de ambas para entretê-lo. E foi em meio a deliciosos momentos, nos quais contavam histórias para o pequeno, que surgiu a Mint Homewear. “O Enrico ama histórias na cama! Sempre que eu postava ele vestindo diferentes pijamas, as pessoas comentavam sobre eles. Eram peças que eu trazia de viagem. Então, pensei que era exatamente o que eu gostaria de vender, uma coisa de que todo mundo precisa e que não custa caro”, explica Márcia. Tássia já havia trabalhado em uma loja de produtos infantis e gosta de confecção e desenvolvimento de produtos. Topou na hora embarcar na ideia da sogra! Em uma semana, colocaram o projeto em prática. Por enquanto, tudo é fabricado em Curitiba, com matéria-prima 100% nacional selecionada pelo conforto, qualidade e sustentabilidade. O nome – Mint – traduz o frescor, a calma e a tranquilidade de dormir com os anjos. Por ora, os pijamas e roupões serão vendidos no site da marca, mas logo estarão em lojas físicas selecionadas. A venda por atacado também está nos planos das empresárias – para muito em breve. Muito legal ver gente empreendendo com criatividade nestes tempos em que precisamos testemunhar iniciativas como essa para buscar ânimo e inspiração!
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Leo Almeida
Momentos em família inspiram empresárias em novo negócio
Acesse o site da TOPVIEW e saiba como comprar.
PODER | SOCIAL VIEW
por Roberta Busato, colunista
NOVIDAD ES
DE MODA A GASTRONOMIA
Os eventos ainda estão em pausa, mas as novidades não param de chegar! Confira algumas delas na coluna deste mês, que conta com temas atuais e relevantes.
Lyah Acessórios traz a marca Caleidoscópio para Curitiba. Na foto, Consuelo Blocker com um colar exclusivo da marca.
Guilherme Zarpellon segura um dos mil pingentes ponto de luz entregues a mulheres profissionais de saúde do Complexo Hospitalar do Trabalhador de Curitiba no Dia Nacional da Saúde.
À frente da Metrosul Chevrolet e agora com mais uma loja modelo no Bom Retiro, Guilherme Ferreira Soares com a esposa, Michelle, seu pai, Georges Abou Nabhan, e a cunhada, Caroline.
Roberta Busato, Patricia Klemtz e Divulgação
Angela Soul se reinventou nesta quarentena com vários novos projetos. Um deles é com a A.Yoshii Engenharia.
A publicitária e designer de moda Andressa Soares está à frente da marca autoral curitibana Conigli Design.
A empresária e personal trainer Renatinha de Lima em uma de suas aulas online do desafio Gata Sarada, que foi um sucesso e agora vem com uma versão de 4 meses: a Operação Gata Sarada.
O casal de empreendedores Thalassa e Kaue Drabik comemorando o sucesso do restaurante All Natural, especializado em comidas saudáveis.
Gabriel Morente e Fernanda Chiminello, sócios da Casa Navagio, com o lançamento de seu novo vinho, Pinot Noir 18.
O destaque de empreendedora do mês vai para Maria Augusta Ribas, da We Art, empresa curitibana especializada em produtos personalizados que já conquistou todo o país.
Renata Sartori, à frente da marca R. Sartori Brand, está cheia de novidades para este ano. Uma delas é a participação no 2GET SALE Shopping, a nova plataforma online do melhor evento de moda e compras da cidade!
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PODER | PERSONALIDADES
por Wilson de Araujo Bueno, colunista
Pensamentos na quarentena
Maria Angela Tassi Operante, talentosa e sensível, Maria Angela Tassi expressa com desenvoltura o qualificado perfil da curitibana. De natural liderança, que a conduziu à presidência da Associação de Mulheres de Negócios de Curitiba, em aplaudida gestão, o amor pelas artes a projetou ao mundo plástico, resultando em mostras que marcaram seu currículo em coleções europeias, no Japão e na África.
Maria Cristina e Joaquim Miró O presidente do Clube Curitibano, Joaquim Miró, já começou a pensar nos preparativos para o baile de aniversário do clube, com previsão para acontecer no final de março de 2021. O Salão Azul será transformado na Ópera de Paris e o jantar será servido ao som orquestrado do Fantasma da Ópera. Na foto, ele com Maria Cristina.
Denise Barbara Com todas atenções que o momento exige, a Dra. Denise Barbara vem, progressivamente, empregando os avanços estéticos aprimorados em sua jornada profissional. Cursos online e dedicação maior à família e aos elos fraternais deram um novo colorido ao seu dia a dia, com uma agenda que já prevê a participação em um congresso de dermatologia nos Estados Unidos em 2021.
Rodolfo Doubek Filho Para o arquiteto Rodolfo Doubek Filho, o isolamento oficial destes últimos 150 dias nos ofereceu a oportunidade de parar e, com mais serenidade, meditar sobre o timing e sobre o feeling que dedicávamos às horas e aos dias do nosso viver. Certamente, ocorrerão mudanças, sejam elas grandes, pequenas, temporárias ou definitivas.
Reflexao
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“O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.”
“Não tentes ser bem-sucedido, tenta antes ser um homem de valor.”
– Salmo 121:2
– Albert Einstein
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por TOPVIEW
DEBU TANT E
FESTA DRIVE-IN
AWB Produções
A festa de 15 anos da curitibana Julia Lima – inicialmente marcada para o dia 18 de abril – foi comemorada em uma festa drive-in comandada pela cerimonialista Sara Bez. Com todo o requinte, sofisticação e glamour, o charmoso Haras Fortaleza foi o palco dessa importante celebração. Julia pôde festejar como uma princesa, com direito a carro de luxo, passarela, chuva de pétalas de rosas e valsa com o avô, o padrasto e o príncipe em uma pista iluminada ao fundo com LED.
O tema da festa foi “Viagem”.
Julia Lima (ao centro) com o padrasto, Fernando Bilhan, a mãe, Simone Lima e os avós, Irene e Antonio Ferreira de Lima.
A valsa com o avô Antonio Ferreira de Lima.
A aniversariante chegou em um Ford Mustang 1965, cor azul-baby.
A debutante foi surpreendida por uma grande celebração ao lado de seus amigos e familiares, com direito a homenagens das amigas, robô de LED e massagem nos pés.
Uma opção de festa segura foi criada para marcar uma das datas mais importantes na vida de uma menina.
A festa no modelo drive-in foi pensada para que pudesse proporcionar toda a magia e atratividade necessárias.
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por TOPVIEW
QUARENTENADOS
E CELEBRANDO
Barbera Van Del Tempel instalando sua obra de arte para um cliente de São Paulo.
Leonardo Petrelli comemorando 60 anos ao ar livre. Mário Petrelli, Eduardo Petrelli, Stephanie Garcia, Kitty e Jackson Pires, Gilson e Simone Yared, Leonardo e Karla Petrelli.
Guta Grocoski comemorando 17 anos.
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Eva Perota.
Eduardo Mourão.
Lis Faiad com seu assessor Reginaldo Souza. Vieram de Joinville para receber novos exemplares da TOPVIEW pelas mãos de Marcele Poiani e Ana Claudia Michelin.
Ana Claudia Michelin comemorando mais um ano feliz.
Luciana Costa inaugurando sua nova academia, que faz parte da Clinifisio.
Acervo pessoal, Ligia Lagos e Patricia Klemtz
A pandemia continua a modificar a rotina de todos. Contudo, datas especiais merecem – e precisam – ser celebradas. Confira alguns cliques especiais dessas comemorações, que se adaptaram a uma nova realidade.
Emmanuelle Bertoldi comemorando o aniversário com os filhos, Toni e Guta.
Karol Schubert, Luciana Almeida, Emmanuele Bertoldi, Ana Alice Mancini, Marcele Poiani e Simone Grocoski.
Ana Melo no lançamento da coleção de verão da Caos, com a proprietária e diretora da marca, Francis Fadel. Em breve, na Gappy.
Eduardo Mourão brinca o sucesso de Leandro Lorca, dois anos à frente da SCA.
Cecília Hayashi inaugurará, em breve, sua escola internacional, a Red House.
Carol Gusi e sua mãe, Rosana Vosgerau.
Aline e André Coutinho com o filho, Augusto. Ana Paula e Leandro Lorca e seus filhos, Catharina e Frederico.
Tieme Sugisawa conferindo as novidades do Studio Gaffas.
Mariana Choinski festejou 15 anos com a família em casa.
Fabiana Nolla comemorando aniversário em casa com seu filho, Bernardo, e seu cachorro, Charlie.
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LEARN TO KNOW, LEARN TO DO, LEARN TO BE.
PODER | PAPO FINAL
Lucas Hahn Lucas Hahn é formado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com MBA em Marketing e Mestrado em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná. É consultor do Sebrae desde 2006 e possui mais de dez anos de atuação na gestão de projetos empresariais, na gestão técnica e financeira de projetos de desenvolvimento econômico e em projetos de educação profissional para os mais variados segmentos. Atualmente, é Coordenador Estadual de Mercado, Comércio e Franquias do Sebrae/PR e Head da Comunidade Sebrae Varejo
Uma lembrança da infância? Meu primeiro dia de aula. Saí para ir ao banheiro e voltei para a sala errada, fiquei perdido e não queira mais voltar para a escola (risos). Uma curiosidade sobre você? Tenho certa obsessão por organização. Tudo tem lugar na minha casa. Se mexerem, tenho que me controlar para não falar algo. Como você definiria a economia local curitibana atualmente? Curitiba é uma cidade pujante, a quarta maior economia do Brasil. Muitos de seus bairros são do tamanho de cidades e ela possui vários centros comerciais e bairros independentes. Além disso, é uma cidade inovadora, que puxa o desenvolvimento. Estou certo de que a economia voltará a patamares normais logo. Atitude mais admirável que testemunhou recentemente? Pode ser uma não admirável (risos)? Presencialmente, não vejo tantas atitudes admiráveis, vejo pes-
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soas com pouca paciência. Estamos em um momento de estresse alto. Mas estamos vendo muitas, desde pequenas atitudes de ajuda momentânea até grandes ações de empresas no auxílio desse momento complexo. Último presente que se deu? Uma tarde no sebo perto de casa, sem tempo para sair e sem livro específico para comprar. Acabei comprando três, os quais não comecei a ler ainda. Se o dia tivesse 27 horas, como usaria essas três horas extras? Fazer mais atividades físicas, assistir a um pouco mais de séries de que gosto, ler mais e dormir mais. Defina sua profissão em uma frase. Virtuosa na maior parte do tempo, frenética em alguns instantes. Algo inusitado que recomenda que todos façam uma vez na vida? Viajar para um país desconhecido sozinho. É uma experiência que te conecta com você. Foi uma das pou-
cas ações que eu fiz que realmente me desafiou. Uma mudança importante na sua personalidade no último ano? Dar importância a pequenas ações, como sentar em uma mesa e ter um prato cheio enquanto milhares não têm o que comer. Se não fosse você, quem gostaria de ser? Não gostaria de ser outra pessoa. Qual é a primeira coisa que você gostaria de fazer no pós-pandemia? Passar uma tarde bem agradável com meus pais em uma confeitaria cheia de quitutes sem preocupação nenhuma. Como você descreveria para uma pessoa do futuro o período que estamos vivendo hoje? Não queira saber, é melhor para sua sanidade mental. Quem o inspira atualmente? Meu pai: forte, calmo, racional, honesto e feliz.
Divulgação Sebrae/PR
por Redação
BREVE LANÇAMENTO
O Pinah é o primeiro e único residencial do Brasil em processo de certificação WELL, que tem como objetivo promover a saúde e o bem-estar no ambiente construído.
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