Revista TOPVIEW 196 - NY Radar

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FEVEREIRO 2017 • R$ 10,00 • #196

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ISSN 16775767

96

E D I T O R E S

Master

CHEF IVO NOSSO TURRÃO FAVORITO

NY

RADAR EDITORIAL DE MODA E OS MUST GO DA BIG APPLE

JAZZ EFERVESCE EM CURITIBA + GUIA CWB PARA COMER E BEBER (DO LADO DE) FORA










FOTO HEBERT COELHO

ÍNDICE

ARREDORES

COLUNAS

SABORES

30 Superdestinos do ano

34 Alice Ferraz

45 A volta do ouro verde

Os lugares mais badalados segundo nossos leitores

Os looks que mais se destacaram em NY

O resgate da história da erva-mate e seu potencial gastronômico

ESTILOS

Vá de preto para NYC

38 Baby, I’m from New York

Mustang no mercado de híbridos

O estilo descolado da nova-iorquina

45 Ruy Barrozo

52 Agora Vai

Lançamentos do mês

A batalha da nossa editora mudando de vida

PERSONAGENS

48 A cena de Jazz em Curitiba

14 Talento bruto

O diálogo entre artistas consagrados e a nova geração de músicos

Uma entrevista exclusiva com o masterchef Ivo Lopes

43 Ana Clara Garmendia 44 Newsport

24 Os must go da Big Apple Reunimos dicas de curitibanos que não saem de lá

18 Do lado de fora Novos bares e restaurantes adeptos da fórmula descontraída que é comer e beber ao ar livre em Curitiba

Na foto, modelo veste casaco Monzlapur, camisa de seda Equipment, cinto Topshop, bracelete Aaryah, calça & Others Stories e brincos H&M. Confira o editorial de moda na pág. 38.



EXPEDIENTE

FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO Mario J. Gonzaga Petrelli PRESIDENTE DO GRUPO RIC PARANÁ Leonardo Petrelli Neto DIRETOR DE MERCADO Ronie Pires (TVs) e Gilson Bette (rádios, revistas e plataformas digitais) DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO André Luiz Ferreira

E D I T O R E S

PUBLISHER Cintia V. Peixoto cintiapeixoto@topview.com.br DIRETORA DE ARTE Paula Azevedo • paula.azevedo@topview.com.br

EDITORIAL

AS FÉRIAS CONTINUAM

O

ano começou e a magia das férias de verão continua. Por isso, leitor, preparamos uma série de leituras deliciosas para curtir os dias ainda calmos antes que março traga 2017 pra valer. Uma delas vai além e é um guia de onde comer e beber ao ar livre em Curitiba – faça chuva ou sol, seja dia ou noite – elaborado pela repórter Greyci Casagrande. E Ivo Lopes, o “masterchef ” turrão adorado pelos curitibanos, concedeu a ela uma entrevista super divertida. Mais sabor ainda vem nas páginas escritas por Yasmin Taketani, que conversou com chefs e bartenders que andam exaltando a erva-mate, nossa planta nativa, em drinques e pratos incríveis. A mesma repórter aproveitou a vibe de descobertas e descortinou uma cena musical curitibana repleta de surpresas: a do jazz, reunindo artistas consagrados e uma nova geração de músicos. Nas páginas da revista eu conto como estou mudando de vida, após ganhar um empurrão da Cia Athletica e da Eat & Fit. Enquanto isso, nosso editorial de moda era clicado em Nova York, trazendo para as páginas da revista um clima de viagens e glamour que continua com as dicas de nossos mais antenados leitores pelos destinos que prometem em 2017. Aproveite!

Juliana Reis

Editora | juliana.reis@topview.com.br

EDITORAS Juliana Reis • juliana.reis@topview.com.br Luise Takashina • luise@topview.com.br REDAÇÃO Greyci Casagrande • greyci@topview.com.br Yasmin Taketani • yasmin.taketani@topview.com.br COLABORADORES Bruna Quartarolli DESIGNERS Angelica Maciel Buch • angelica@topview.com.br Diego Fernando Olejnik • diego@topview.com.br PROJETO GRÁFICO Paula Azevedo REVISÃO Márcia Campos COLUNISTAS Alice Ferraz, Ana Clara Garmendia, Nadyesda Almeida, Roberta Busato, Ruy Barrozo. DIRETORA COMERCIAL Cintia V. Peixoto PUBLICIDADE Lúcia Garcez e Regina Rocha • comercial@topview.com.br ASSINATURA waleska.oliveira@topview.com.br e logistica@topview.com.br Tel.: (41) 3088-5764 VIEW EDITORES Rua Amauri Lange Silvério, 450, Pilarzinho, Curitiba. 82.120-000 Tel.: (41) 3331-6100 www.topview.com.br IMPRESSÃO Maxigráfica Efetuando sua assinatura, seu nome será incluído na lista de clientes preferenciais da Editora, que poderá cedê-lo a empresas idôneas para fins de divulgação e promoção de produtos de seu interesse. Caso não queira fazer parte desta lista, escreva para a revista. As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da revista TOP VIEW Curitiba.



comida de men tira .”

IVO LOPES

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TALENTO BRUTO

N

ão foi fácil marcar a entrevista com o chef Ivo Lopes. Desde que participou da primeira edição do MasterChef Profissionais Brasil, programa exibido pela TV Band em 2016, ele tem uma agenda acirrada com diversos compromissos, reuniões e viagens. “Quantas perguntas são?”, quer saber. Tem pressa. No mesmo dia ainda daria uma aula no Espaço Gourmet e prestigiaria o irmão, Ivan Lopes, chef do Mukeka Cozinha Brasileira, no comando da cozinha do Slaviero Full Jazz Bar naquela ocasião. Ivo nos recebe com simplicidade e logo nos conta que outro dia, ao parar num posto de gasolina no Batel, ele – esse cara que nasceu no pequeno município de João Alfredo, lá no agreste pernambucano, em uma família de 12 irmãos – teve que fugir das dezenas de pessoas que gritavam seu nome pedindo fotos e autógrafos. “Tem dia que é uma loucura”, admite. Mas ele já se acostumou. Aos 40 anos, posa para as fotos com mais facilidade do que quando se deixou ser fotografado por nós em 2014, na edição especial de gastronomia, ao lado de outros chefs da cidade. Na época, ele liderava a cozinha do renomado La Varenne, do Pátio Batel, “o trabalho mais incrível que realizei até hoje”. Competência que o fez conquistar diversos prêmios, inclusive o título de chef do ano pela Revista Veja Comer & Beber 2014. No restaurante franco-italiano ele criou pratos famosos, premiados e até hoje adorados pelos curitibanos (1), como o jarret de vitela com risoto de açafrão ao molho rústico e taioba, o tortelli de coelho ao molho do assado com creme de burrata, e a incrível entrada que traz um único ravióli recheado com bacalhau Gadus morhua e gema de ovo caipira – de fazer salivar só pela lembrança. Não é de se espantar que, por onde passe, Ivo chame a atenção. Afinal, são mais de 25 anos de uma experiência adquirida de forma empírica, autodidata, com a cara e a coragem. Ousadia que também o levou ao programa de gastronomia mais popular do país. Com a exposição nacional, ganhou admiradores e também detratores. Mas não se arrepende. “Eu não entro nos lugares para ser mais um. Eu entro pra ser ‘O’ cara”, garante, seja na cozinha ou em um reality show.

Depois de participar da edição profissional do MasterChef Brasil, conquistar uma legião de fãs (e também de haters!) e assumir novos projetos em Curitiba, o chef Ivo Lopes deu uma pausa na disputada agenda e nos falou sobre esta nova fase – turbulenta, sim, mas bastante promissora

por Greyci Casagrande fotos Daniel Katz

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IVO LOPES

1

2

“Eu não entro nos lugares para ser mais um. Eu entro pra ser ‘O’ cara”. 3

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“TÁ VERMELHO, IVO?”

Quem assistiu ao MasterChef cansou de ouvir a frase acima. Repetida pelo chef e jurado Henrique Fogaça, se tornou um bordão a cada prova de pressão em que o pernambucano se mostrava nervoso. Entre os participantes, era o mais experiente. Logo na estreia, venceu a primeira prova com sua versão clássica e impecável de espaguete à carbonara. Passou ileso por inúmeros desafios; encarou seu ponto fraco, a sobremesa; liderou várias vezes (2); foi elogiado, criticado… E quando estava quase com os pés na semifinal, foi eliminado na disputa com Dário Costa, seu principal colega dentro do programa. Mas não se destacou apenas pela competência. Também se envolveu em algumas polêmicas por causa do temperamento impulsivo. Talvez o episódio mais famoso tenha sido quando, durante uma prova em que era líder, mandou a participante Dayse varrer o chão. Na mesma hora, a frase já se espalhava pelas redes sociais e o termo “Ivo machista” era título de inúmeras publicações. Na época, a própria Dayse – vencedora do programa, inclusive – declarou que não encarou a “ordem” como um preconceito, mas como uma explosão, uma atitude tomada no ímpeto. Em meio à polêmica, Ivo chegou a pedir publicamente desculpas à colega. O machista, na verdade, é uma pessoa muito simples. Talvez rude no jeito de ser e até meio bruto, mas nada preconceituoso. Fora da tevê, a polêmica toda parece um detalhe distante. Pai de Angélica, de 9 anos, fruto do seu relacionamento com Caroline Eiko Aracava, com quem vive há cerca de 10 anos (3), Ivo tem uma vida modesta, gosta de cozinhar para a filha, jantar com os amigos e andar de moto nas horas vagas. E mesmo tendo sido taxado de arrogante e presunçoso, não nega que participar do programa foi um baita aprendizado. “Tive a oportunidade de crescer e conhecer muita coisa nova, foi incrível.” Inclusive, não descarta voltar, quem sabe até como jurado. UM QUASE CURITIBANO

A relação do pernambucano com Curitiba começou quando Rodrigo Martins, atual chef executivo do Mukeka Cozinha Brasileira, o convidou a abrir o Terra Madre

Ristorante, há cerca de nove anos. “Não pensei duas vezes. Era solteiro, não tinha filhos, já tinha ouvido falar muito bem de Curitiba… Nunca tive problema em mudar de cidade”, conta quem já viveu em Belém, São Paulo e Rio de Janeiro. Para começar o negócio ele recrutou o irmão Ivan e o chef Paulino da Costa, que se tornou conhecido na cidade pelo trabalho junto na Trattoria do Victor. Depois do Terra Madre, Ivo voltou à São Paulo com a missão de tocar o Due Cuochi Cucina. Com a expertise adquirida, montou um novo cardápio para as filiais dos restaurantes Alessandro & Frederico – incluindo (veja só!) a de Curitiba, no Pátio Batel. E atua até hoje como consultor nestas casas. O trabalho no La Varenne veio depois e lhe rendeu muito prestígio. Melhor contemporâneo da cidade, a novidade gastronômica do ano, chef do ano, melhor entrada do ano… Ivo e suas criações foram um deleite para as publicações regionais e nacionais. Apesar de tantos laços com a cidade, não pensa em morar aqui. “Ainda quero estabelecer minha base em São Paulo”, admite aquele que se tornou fã da asinha de frango frita e do espaguete ao alho e óleo do Velho Madalosso. Ele é um amante da gastronomia tradicional, clássica e bem feita. E defensor também. “Uma coisa que aprendi com o chef Laurent (Suaudeau, francês radicado no Brasil, discípulo do famoso Paul Bocuse) é nunca mudar o que eu faço. Ele dizia que a minha comida tem alma, tem personalidade, é comida de verdade”, conta. Nas criações de Ivo, tudo é o que parece ser. Nada de desconstrução molecular. “As pessoas não querem comida de mentira. Elas podem até provar uma invenção, mas dificilmente voltam para comer isso”, garante. Para resgatar essa “comida de verdade”, está nos planos do chef abrir seu próprio restaurante – que deve ser uma mistura de La Varenne e Due Cuochi –, provavelmente em algum bairro da Zona Oeste de São Paulo. “Uma comida boa, criativa, com bons ingredientes, mas a um valor acessível”, adianta. Paralelo a isso, em Curitiba, assumiu os eventos do restaurante Mukeka – uma vez por mês ele trará um convidado para cozinhar ao lado de Ivan – e negocia um novo projeto com a casa de carnes Bull Prime. O MasterChef “turrão” quer alcançar todos os públicos, deselitizar a gastronomia, fazer comida boa para todos os bolsos.

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NOVOS LUGARES

O letreiro na entrada do Gards dá a dica do que encontrar por lá.

Há um novo movimento na gastronomia em Curitiba no qual o espaço tem tanto peso (ou mais) quanto a própria comida. Garçom não há, não pagar para entrar é regra e a lei é uma só: comer e beber ao ar livre, chova ou faça sol por Greyci Casagrande

N

em prato inusitado, nem drinque específico. Dessa vez o espaço é o atrativo. Em janeiro, a renomada chef carioca Roberta Sudbrack veio a público declarar o fim de seu restaurante dono de uma estrela Michelin. Ela quer a descontração de voltar às ruas e cozinhar para o público que ocupa as calçadas. Atentos a essa tendência, empresários da gastronomia de Curitiba criaram novos modelos de negócios – a exemplo do que já é feito no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Talvez o melhor exemplo que represente essa novidade seja a avenida Vicente Machado, que virou point para várias idades e gostos na medida em que ganhou novos bares e restaurantes adeptos da fórmula descontraída que é comer e beber, literalmente, do lado de fora. Para Jean Pierre Lobo, proprietário do JPL

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Burgers – um dos primeiros a chegar à Vicente, há 12 anos –, comer na rua foi resultado da lei que proíbe cigarros em ambientes fechados e da crise econômica, que impulsiona a adaptação dos negócios à nova realidade. “É mais democrático e os preços tendem a ser mais baixos”, explica. “É um tipo de negócio interessante desde que haja segurança para todos.” Para Daniel Mocellin, sócio-proprietário da Whatafuck Hamburgueria e do Roots Batata Frita & Cerveja, também na Vicente, a liberdade é o que fortalece esse movimento. A ideia é justamente quebrar os padrões gastronômicos, segundo Diogo Utrabo (sócio-proprietário do Tasca, estabelecimento no Shopping Hauer, outro spot de calçada na Coronel Dulcídio). “Uma comida diferenciada não precisa custar caro”, defende. “Boas harmonizações não acontecem só em ambientes refinados.”


AVENIDA VICENTE MACHADO

1

Das 19h e 0h, o trecho entre a

Desembargador Motta e a Coronel Dulcídio se transforma num dos pontos mais badalados da noite curitibana. Na multidão, quase todo mundo conhece os hambúrgueres caseiros de R$ 10 da Whatafuck, o cone de

©2

batatas fritas a R$ 7 do Roots Batata Frita & Cerveja, os chopes artesanais do JukeBar ou os sanduíches de linguiça do The Meatpack House. Aqui

©1

se escolhe o que quiser do cardápio de qualquer estabelecimentos, mas

2

com a possibilidade de ficar em algum ambiente. A maioria das pessoas escolhe a calçada mesmo.

MERCADOTECA Se a Vicente é uma amostra do

se dizer que a Mercadoteca alavancou

FOTOS DIVULGAÇÃO POUSADA ZÉ MARIA

FOTOS MARCELO KRELLING (1), ANDERSON KOCHINSKI (2), MELIESS FOTOGRAFIA (3) E DIVULGAÇÃO

movimento comer e beber na rua, podeum conceito que tem origem em

mercados municipais, reunindo produtos e serviços gourmet em um complexo de boxes. Restaurantes, bares, empório, peixaria, café, sorveteria ficam todos no mesmo charmoso e descolado lugar. Basta escolher o que comer e usufruir um dos muitos bancos ou mesas espalhados tanto do lado de dentro

©3

quanto do lado de fora. TOPVIEW.COM.BR 19


NOVOS LUGARES

3

GARDS ROOFTOP BAR Não exatamente na rua, mas também do lado de fora – e que lado! O Gards abriu há dois meses inspirado nos descolados rooftop bars de Nova York e da Europa. Fica no terraço do Pátio Batel. O foco são as bebidas: 15 rótulos de vinhos, seis torneiras e 12 tipos de chopes da paranaense Bastards (a partir de R$ 12) e mais de 30 opções de coquetéis (entre R$ 15 e R$ 30) assinados por Gustavo Smolinski (ex-James Bar e ex-Tiger Cocktails), que encabeça uma equipe de bartenders disposta a fazer, se você pedir, também o drinque que não estiver no cardápio. Para comer, porções de amendoim e batata chips da casa ou delícias do vizinho asiático WAO, que 250 pessoas sem chuva.

4

CA’DORE COMIDA DESCOMPLICADA São 30 contêineres coloridos em uma praça de alimentação a céu aberto oferecendo desde pizza, hambúrguer, crepe, café, chope, vinho, sobremesas e sanduíches até comida mexicana, coreana, polonesa, vegetariana, italiana, árabe e japonesa. É só escolher e se instalar em um dos muitos bancos e mesas com ombrelones ou na área coberta com lareira. Inaugurado em janeiro, entre a Avenida Erasto Gaertner e a Linha Verde, no Bacacheri, tem projeto arquitetônico descolado e descontraído, e valoriza uma região até então carente de boas opções gastronômicas. ©1

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FOTOS FERNANDO ZEQUINÃO (1) E DIVULGAÇÃO

traz os pedidos até o bar. Acomoda até


HAUER SHOPPING Numa esquina da Coronel Dulcídio, um pequeno centro comercial com duas ou três lojas de roupas e acessórios, uma chocolateria e uma loja de cervejas

5

especiais ascendeu a novo point no Batel em 2016. A isca foi a chegada de novos inquilinos: The Fish' n' Chips English Pub, a loja e wine bar Vino! e o bar de comidinhas mexicanas Chicano Pub Libre. O movimento atraiu a segunda unidade da Whatafuck Hamburgueria há poucas semanas, e logo atrás veio a descolada pastelaria Flango e o boteco português Tasca, que serve bolinho de bacalhau, linguiça portuguesa, tapas, sardinhas e pastel de Belém combinados a uma carta de vinhos selecionados e drinques inspirados nas regiões de Portugal. Tudo pode ser consumido na calçada.

GASTRONOMIA EM FEIRAS Atualmente, um vasto calendário de feiras gastronômicas – geralmente realizadas em praças de bairro – de rua disputa a atenção nos finais de semana. A Feira Alto Juvevê é uma das mais badaladas. Em 2017, a cidade recebe a primeira edição da Virada Gastronômica de Curitiba. O evento irá reunir chefs de cozinha consagrados, restaurantes locais, aulas de gastronomia e muita comida de rua. O Churrasco Curitiba é um que retoma neste ano. Com o sucesso da primeira edição, em agosto passado, vai mais uma vez trazer grande diversidade de carnes em formas e cortes. Ao mesmo tempo, as cervejarias da cidade têm movimentado a cena gastronômica local com eventos que envolvem seus rótulos e muitos food trucks. A Way Beer e a Bodebrown são dois bons exemplos.

SERVIÇO FEIRA ALTO JUVEVÊ GASTRONOMIA: 11 e 12 de fevereiro e 4 e 5 de agosto, geralmente das 11h às 20h, na Praça Brigadeiro Mário Eppinghauss. FEIRA GASTRONOMIA NO PALÁCIO: 11 e 12 de março e 3 e 4 de junho, das 11h às 19h, na Praça Nossa Senhora de Salete. CHURRASCO CURITIBA: dias 8 e 9 de abril e 8 e 9 de julho, das 11h às 19h. VIRADA GASTRONÔMICA: entre os dias 18 e 21 de maio, das 12h às 0h. GROWLER DAY BODEBROWN: toda sexta, das 17h às 20h, e sábado das 9h às 13h, na rua Carlos de Laet, 1.015, Hauer. WAY BEER: eventos a confirmar. facebook.com/waybeer TOPVIEW.COM.BR 21




NEW YORK, NEW YORK

por Greyci Casagrande

Renato Almeida

FOTO VISUAL HUNT

OS MUST GO DA BIG APPLE

Central Park, Empire State, Estátua da Liberdade... Há paradas obrigatórias em Nova York. Mas queremos atualizar o roteiro. Então, não só produzimos nosso editorial de moda por lá, como reunimos dicas de curitibanos que, volta e meia, estão na cidade

MÉDICO

O IMPONENTE METROPOLITAN OPERA Desta quase segunda casa – pelas contas de Renato, foram mais de 40 visitas – , ele destaca a imponência do Metropolitan Opera, um dos estabelecimentos mais famosos do mundo. “Não existe lugar mais icônico, nenhuma casa de ópera no mundo produz temporada, de maio a novembro, são exibidas duas produções ao dia, sete vezes por semana, “todas com artistas de primeira grandeza, orquestra e coro fenomenais, cenários e figurinos deslumbrantes”, afirma. Quando estiver lá, repare nos dois grandes painéis de Marc Chagall que adornam o foyer, e o teto folheado a ouro no auditório, de onde sobem e descem inúmeros lustres Swarovski. METOPERA.ORG 24 TOPVIEW.COM.BR

FOTOS DIVULGAÇÃO

espetáculos como o MET”, garante. Durante a alta


Maria Thereza Polis MiriMachado (Zeza) Dani

EMPRESÁRIA QUE MORA HÁ 14 ANOS EM NOVA YORK PARTY PLANNER E BLOGGER

O NOVÍSSIMO LE COUCOU Aberto no Soho há alguns meses, o restaurante francês Le Coucou, do chef americano Daniel Rose, já esteve na revista New Yorker e no New York Post – com ressalvas bem positivas. Desde a inauguração, conquistou uma legião de fãs. Maria Thereza é uma delas. No Le Coucou, FOTO DIVULGAÇÃO OKURA

Rose coloca sua expertise de dono de dois restaurantes em Paris. O Le Coucou é sua estreia na América. Lá, ele consegue transformar alhoporó e alho frito em uma instigante entrada (1). Carne de coelho, lagosta, cordeiro e marisco estão entre as especialidades do chef. Serve café

1

da manhã, brunch, almoço e jantar. 2 FOTO CORRY ARNOLD

LECOUCOU.COM

OS ACHADOS NO BEACONS CLOSET Maria Thereza vive em NY com o

marido,

Helio

Ascari,

em

Williamsburg, no Brooklyn. A área tem vários brechós com curadoria premium criteriosa, mas o Beacons Closet, em Bushwick, é o preferido dela. Moderninho e com quatro unidades, foi fundado por amigas com a filosofia de ser um negócio FOTOS DIVULGAÇÃO

100% Brooklyn. Aparece em listas de melhores lugares para compras em NY. A loja de Bushwick tem peças femininas, masculinas e até produtos da própria Beacons (2). Há Marc Jacobs, Ralph Lauren, Balenciaga, Moschino, Prada, Alexander Wang, Kate Spade e Lanvin. Tudo a preços modestos. Eles também compram os seus desapegos. E o bacana é que abre de segunda a segunda. BEACONSCLOSET.COM TOPVIEW.COM.BR 25


FOTO JOE BUGLEWICZ / NY & COMPANY

NEW YORK, NEW YORK

Hebert Coelho

1 OAK, A BALADA DOS MILIONÁRIOS

FOTÓGRAFO

Em novembro, quando esteve na cidade para fotografar o editorial de moda da Top View deste mês (página 38), Hebert conheceu uma das mais badaladas boates nova-iorquinas, a 1 OAK – uma abreviatura de One Of a Kind (algo como “Tipo Único”). “É a balada preferida dos famosos e foi uma das melhores em que já estive”, comenta. É lugar de “celebs” como Kendall e Kylie Jenner, Jaden Smith e Kanye West. Lareira, treze banheiros privados, catering do Butter Restaurant e duas pistas de dança... Fica na 17th street, no coração do Chelsea. 1OAKNYC.COM

OS KARAOKÊS UNDERGROUND EM EAST VILLAGE Em poucas cidades do mundo você pode sair de uma boate 5 estrelas e se aventurar em karaokês divertidíssimos na mesma noite. Mas em NY você consegue. Foi o que fez Hebert. “Conheci alguns em East Village. Eu e minha turma rimos sem parar”, conta. Sing Sing, Planet Rose e Karaoke St. Marks são alguns deles. Com destaque para o Planet Rose, um lugar com atmosfera meio gótica meio futurista e sofás com estampas de animais. Mesmo os mais tímidos se sentirão bem por lá: sem palco, o Planet Rose permite que você cante do sofá, do bar, de onde estiver – os microfones não têm fio. Tudo bem descontraído, para não constranger ninguém. PLANETROSENYC.COM 26 TOPVIEW.COM.BR


Dani Machado PARTY PLANNER E BLOGGER

BRUNCH DO RESTAURANTE NoMaD Com supervisão do chef Daniel Humm – à frente do Eleven Madison Park, que tem as três cobiçadas estrelas Michelin –, o brunch no restaurante NoMaD, dentro do Hotel The NoMaD, é servido das 11h às 14h30, aos sábados e domingos. Dani passou o último réveillon em NY e, pela primeira vez, levou os filhos: Juju, de 11 anos, e Gui, de 8. O brunch foi a primeira refeição deles em 2017. “O local é superclássico,

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

com atendimento impecável e

O PARAÍSO DO CHOCOLATE COM CRIANÇAS

drinques deliciosos”, garante. “Das

Para agradar os pequenos, a dica de

Milk & Honey, uma combinação de

Dani é se jogar no mundo do chocolate

cookie amanteigado, sorvete de

do restaurante australiano Max

creme, caramelo com amendoim

Brenner – que não é só restaurante,

e mel. É famosa na casa”, conta.

mas também bar e loja – com tudo de

THENOMADHOTEL.COM

sobremesas imperdíveis, provei a

chocolate. Pizzas, crepes, waffles, bolo... A pizza de Smores, recheada com chocolate e coberta por marshmallow tostado, é a preferida dela. Sim, os destaques são os doces, mas a casa também tem cheeseburger, pratos com salmão, frango e mac and cheese. “São tão bons quanto os doces”, garante a blogger. Atenção para os milk-shakes servidos em um copo de cerâmica todo fofo, que traz a mensagem “drink me”, uma referência a Alice no País das Maravilhas. MAXBRENNER.COM

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NEW YORK, NEW YORK

5 ACHADOS GASTRONÔMICOS por Beatrice Takashina, proprietária do Bar Jacobina e

Diego Godoy, gerente de desenvolvimento de negócio

1

O BAGEL MAIS CROCANTE DA CIDADE O Tompkins Square Bagels sempre tem uma fila enorme, mas anda rápido. Esse movimento é a garantia

2

O VERDADEIRO CANNOLI A confeitaria Veniero’s (4) está na 5ª geração e serve cannolis no verdadeiro estilo italiano (5).

de que o bagel mais crocante

Como os doces possuem versões

da cidade (1) vai estar sempre

em miniatura, dá para provar mais

fresco. Compre um com queijo,

de um ou comer uma sobremesa

ovo e bacon e um café, e sente-se

fora de hora. Vá de cannoli de

no parque do outro lado da rua.

creme e a bomba de baunilha.

TOMPKINSSQUAREBAGELS.COM

4

ITALIANO

VENIEROSPASTRY.COM

O JAPA AMIGO DE ALEX ATALA Takahachi é um restaurante japonês low profile e pouco conhecido, do animado chef Jack, vietnamita e amigo do brasileiro Alex Atala. A dica é sentar no balcão e pedir missoshiro, frango teriyaki e tomar uma cerveja Asahi. TAKAHACHI.NET O “MERCADINHO” DOS FAMOSOS John Turturro, Woody Allen e Martin Scorsese são alguns dos clientes do supermercado 3

UMA PIZZARIA DESCOLADA NO BROOKLYN Não se engane pela fachada esquisita: Roberta’s (6) é a pizzaria mais descolada de NY. Um bar

Zabar's (2). Em NY é como um

dentro de uma tenda do exército

ponto turístico para quem adora

americano com mesas coletivas

comer e cozinhar. Aos amantes

vai fazer a sua espera por uma

de arte, um detalhe: Banksy fez

mesa no salão principal muito

compras por lá e deixou um

agradável. Já na mesa, prove a

estêncil escondido na parede

pizza Margherita, a mais pedida

externa. ZABARS.COM

deles. ROBERTASPIZZA.COM

PARA BEBER, ENQUANTO ESPERA Amor y Amargo (3) é uma espécie de bar com apenas um funcionário, que funciona como sala de espera para o restaurante Death & Co. É muito bem frequentado. Não deixe de provar o Negroni, que é famoso. AMORYAMARGONY.COM 28 TOPVIEW.COM.BR

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6



FÉRIAS

DESTINOS DO ANO Dicas dos lugares mais badalados em Trancoso e Caraíva (BA), Balneário Camboriú (SC) e Miami (EUA), segundo os trendsetters Maria Alice Petrelli, Thiago Straub, Manoella Taques, Marcus Contin, Auro Ottoni, Louise Alves, Fabbi Cunha e Jayme Bernardo por Bruna Quartarolli

©1

CARAÍVA (BA) MARIA ALICE PETRELLI — FASHION BUYER Onde se hospedar: “A pousada Caraíva Guest House (caraivapousadas.com) é com um café da manhã muito bom que é servido na varanda do seu quarto.” Para passear: “Vale muito a pena ir até Corumbau. Para chegar lá, tem que pegar um buggy e leva em torno de 40 minutos. A praia é maravilhosa.” Onde comer: “Na praia de Corumbau tem a Pousada Naiá (vilanaia.com.br) que serve drinques 30 TOPVIEW.COM.BR

e comidas ótimas.”

FOTOS CARLA DE CARVALHO (1), NATASHA BORTOLIN (2) E DIVULGAÇÃO

mega-aconchegante. Eles contam ©2


FOTOS RODRIGO SOLDON (3), KELLY KNEVELS (4), KRAW PENAS (5),

DANIEL KATZ (6), DIEGO PISANTE (7), EVELYN MÜLLER (8) E DIVULGAÇÃO

TRANCOSO (BA)

©3

©7

©4

©5

THIAGO STRAUB —

AURO OTTONI — HAIR STYLIST

MAKE UP ARTIST

Para comer: “Indico

A melhor paisagem: “A clássica

o restaurante da Pousada

igreja São João Batista,

El Gordo (elgordotrancoso.com.

localizada no Quadrado, que ao

br). A comida é ótima e eu amei

nascer do sol ganha um contorno

a salada de lagosta que eles

dourado e com o mar de fundo.

servem. Além disso, conta com

É um verdadeiro espetáculo.”

um espaço ao ar livre em volta

MANOELLA TAQUES —

da piscina que é demais.”

EMPRESÁRIA E ADVOGADA A melhor sobremesa:

Para ver arte: “Eu gostei de

“A cocada de forno da pousada

visitar a galeria de arte de Paris

Estrela D'Água (estreladagua.

James (james-paris.com). Eles

com.br) é imbatível.”

vendem obras de arte e móveis

MARCUS CONTIN — ©6

DIRETOR DA MCOMM

autênticos e antigos de designers brasileiros. É demais ir lá.”

Para se divertir: “Indico

LOUISE ALVES —

o Beach Club Casa Clube

DESIGNER DE MODA

(casaclubetrancoso.com.br),

Onde se hospedar: “Indico

da empresária Paola Vigorito,

a Pousada Capim Santo

muito conhecida pelo bar Tostex.

(capimsanto.com.br). O café

O lugar tem uma ótima vibe.

da manhã é fantástico e os

Fui lá todos os dias.”

chalés são bem aconchegantes.” ©8

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©10

©11

BALNEÁRIO CAMBORIÚ (SC)

MIAMI (EUA)

FABBI CUNHA — JORNALISTA

JAYME BERNARDO — ARQUITETO

E BLOGUEIRA DE MODA

Onde se hospedar: “Alan Faena levou o

Para passear: “Um dos meus

seu chic argentino para Miami e inovou

programas favoritos com as

com o Faena Miami Beach (faena.com/

crianças é ir caminhando até o

miami-beach). O restaurante de carnes

Molhe da Barra Sul (Av. Atlântica,

do chef Francis Mallmann e o mamute

Centro). Lá a vista é linda.”

dourado de Damien Hirst completam o glam do hotel.”

Para praticar exercícios: “Gosto de sair da Barra Sul e ir até o

Para ver arte: “Indico o Perez Art

Morro do Careca (morrodocareca.

Museum (pamm.org), por sua

org). É simplesmente inexplicável!

arquitetura e acervo contemporâneo

A vista é linda, o morro tem um

de obras que representam uma nova

astral maravilhoso.”

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dimensão na criação da arte.”

Para comer: “O Bistrô do

Onde comer: “A gastronomia e décor do

Felissimo Exclusive Hotel

novíssimo Kyu Asian Fusion (kyumiami.

(felissimoexclusivehotel.com.br/

com) chama a atenção pelo seu

bistro-felissimo) tem um prato

ambiente intimista, público descolado

de polvo que é dos deuses.

e sua localização perfeita no bairro de

O ambiente é ideal para um

Wynwood, verdadeiro reduto de artistas

programa a dois.”

com suas ruas repletas de grafites.”

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FOTOS RICARDO MELIJA (9), KELLY KNEVELS (10), DANIEL KATZ (11) , CLAUS W. (12) E DIVULGAÇÃO

FÉRIAS



COLUNA MODA

A produção monocromática urbana ganha toque de brilho graças ao tecido zibeline no conjunto de @caroltognon com Oxford nude da marca Desejo @lojapaulatorres. Perfeito para andar em NY.

Combo de tendências na produção de @silviabraz: sobreposição em vestido e t-shirt branca + mocassim metalizado @lojapaulatorres + cintura marcada. Opção ideal para caminhar pela cidade!

NY Radar

FOTOS JOÃO VIEGAS

NOVA YORK É A CIDADE QUE INAUGURA O MÊS FASHION DAS SEMANAS DE MODA INTERNACIONAIS. COM A PROXIMIDADE DE MAIS UMA EDIÇÃO, ESCOLHI TRAZER O MEU LOOK E AS PRODUÇÕES DO FHITS TEAM QUE MAIS SE DESTACARAM DURANTE NOSSA ÚLTIMA PASSAGEM PELA BIG APPLE.

Look confortável e sofisticado, na minha produção em t-shirt Rosa Quartz by @carolbassibrand + calça pantacourt de tricô cropped azul @lafortbrasil + colar e braceletes Akrisofficial. Equilíbrio fashion na medida certa!

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Produção que une estilo chic e essência fun no look total @aliceandolivia por @camilacoelho, em minidress e sandália dourada Desejo @lojapaulatorres. Ultrafeminino!

Alice Ferraz é fundadora do F*Hits, primeira network de blogs de moda do Brasil: www.fhits.com.br



Fotos: Naideron Jr.



MODA

Óculos Céline, moletom Acne Studios, saia Apparis e bolsa Loeffler Randall.

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BABY, I’M FROM NEW YORK DIRETO DO SOHO, O MAIS CHARMOSO DOS BAIRROS DA CONCRETE JUNGLE ONDE OS SONHOS SE REALIZAM, O ESTILO DESCOLADO DA NOVA-IORQUINA – QUE SABE COMO NINGUÉM MESCLAR A PERSONALIDADE DO VINTAGE ÀS ÚLTIMAS TRENDS DAS GRANDES MARCAS

fotos Hebert Coelho modelo Fernanda Kinder (Marcelo Nixon MGMT) styling Renata Zandonadi make Tiffany Saxby (com produtos Nars Cosmetics at Factory Downtown) hair Luis Guillermo (com Oribe Hair Products) produção executiva Karina Ximenes

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MODA

Jaqueta de veludo Topshop, camisa H&M, calça & Other Stories, sapatos Isa Tapia, choker Cuixú Studios, anel Eddie Borgo, bracelete Aaryah e bolsa Kalamarie Handbags.

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Casaco acervo pessoal, colete de couro Zana Bayne, camisa de seda Equipment, camisavestido de algodão Acne Studios, bolsa Kalamarie Handbags, botas Sam Edelman e boné de lã COS.

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MODA

MacacĂŁo Layana Aguilar, camisa Valentino, bracelete Aaryah e botas Zara.

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COLUNA MODA

E

ssa pauta sobre Nova York ativou minhas lembranças remotas. Lá pelos idos de 2000, quando os Milleniums desembarcaram na moda, um amigo estava de mudança para lá. Sem saber o que levar na mala, me pede um help : “Aninha, o que eu levo na mudança? Não sei como faço minha triagem de roupas”. Fui categórica : “Leve apenas roupas pretas”. Depois de um tempo ele me agradeceu a dica, pois chegando numa cidade cheia de compromissos sociais e tendo que conviver com pessoas do meio da moda e das artes, ele viu que o preto era o que mais lhe fazia passar desapercebido dentro da nova cultura a ser desvendada. E é isso. Quando comecei a frequentar NY , ainda na década de 90, eu saquei que a maneira de equilibrar minha mala e meus looks lá era fazer como eles : andar sempre de preto. Depois, claro, você coloca uma cor no cabelo, nas unhas, na

PRETO TOTAL, mas não sem um estilo bem formatado. #ALLYOUNEEDISBLACK #BLACKISBEAUTIFUL #BATOMPRETO #UNHASPRETAS #CABELOSMUITOCLAROS

maquiagem e até pode ousar um óculos bem radical, espalhafatoso. Mas o certo é que NYC pede uma elegância, uma discrição que, acredito, só o preto te dá. Se está frio então...nem se fala. A sobreposição de pretos ajuda dia e noite. Você pode usar uma peça em diferentes momentos. Pode colocar tudo junto e se aquecer, sem parecer que está ali apenas de passagem. Destaque para algumas peças pretas que você pode adquirir ou levar numa viagem para NYC: uma saia longa reta com franjas, uma jaqueta bomber ou aviador de cetim, uma calça preta, uma bota, um par de tênis preto (exagere nele e leve espaço na mala para comprar os acessórios da moda lá). Um bom acessório fácil de incorporar é a meia arrastão para dar um toque sexy, femme fatale. Minha dica ? Uma batida de perna pelas ruas e você descobre o que as nova-iorquinas estão usando e já aproveita e entra no clima da moda delas. Beijos!

Ana Clara Garmendia mora em Paris e é uma das pioneiras no movimento street style no mundo. É autodidata em fotografia e já colaborou com Style.com, The Telegraph e Vogue.it.

FOTO ANA CLARA GARMENDIA

VÁ DE PRETO PARA NYC !


COLUNA NEWSPORT

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D

(1) A versão híbrida do Mustang vai ter a mesma potência da versão V8. (2) Veículo mais vendido nos Estados Unidos, a F-150 também ganha sua versão híbrida.

NOVIDADES ELÉTRICAS A montadora norte-americana Ford começa 2017 prometendo investir US$ 4,5 bilhões no mercado de híbridos. E o clássico Mustang é uma das apostas editado por Newton Gomes Rocha Jr. 44 TOPVIEW.COM.BR

e olho em um mercado que tem tudo para crescer por ter o apelo da sustentabilidade, a Ford planeja lançar, nos próximos cinco anos, 13 veículos elétricos em todo mundo (vale lembrar que a marca já tem o modelo Fusion Hybrid, disponível no Brasil). Os carros elétricos emitem menos poluentes e costumam ser mais caros do que os carros tradicionais. Mas, em longo prazo, o menor gasto de energia e o baixo nível de emissão de poluentes estão fazendo com que marcas como Porsche, Mercedes-Benz, BMW e Toyota já tenham seus modelos com essa tecnologia. Os planos da Ford são audaciosos. A marca vai investir US$ 700 milhões somente em sua fábrica no Michigan, Estados Unidos, para produzir veículos autônomos e elétricos de alta tecnologia. Até 2020 serão US$ 4,5 bilhões nesse mercado. Há lançamentos específicos para cada um dos mercados. O Mustang, por exemplo, deve ser lançado apenas na América do Norte e em 2020. Já a picape F-150 será vendida na América do Norte e também no Oriente Médio. Uma SUV totalmente nova, com pelo menos 480 quilômetros de autonomia, chega em três anos à América do Norte, Europa e Ásia. É esperar para ver.

FOTOS DIVULGAÇÃO FORD

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CONHEÇA A GALÍCIA Costuma-se dizer que cada um escolhe o seu

FOTO WALTER ROCHA

COLUNA RUY BARROZO

destino. Isso pode ser verdade na Galícia, Espanha, uma região tão incrível que permite, no mesmo lugar, que cada um encontre um destino feito sob a sua medida. Gosta de arte e de cultura? Ou você é daqueles que preferem viver uma aventura na natureza? Talvez escolha descansar em um balneário e sair para saborear o melhor marisco do mundo. Lá tem tudo isso. Cidades lindas, pujantes e cheias de história. E há também rios e praias exuberantes que fazem desse cantinho

ÂNCORA DA CNN COM CASA EM TRANCOSO Acostumado a cobrir conflitos em zonas de crise

FOTOS DIVULGAÇÃO

do mundo um lugar único. Fonte: Ibero Brasil

PERFUME DE MULHER

internacionais, o jornalista americano Anderson Cooper,

Para complementar o sucesso da linha de

âncora do canal CNN, parece ter encontrado seu refúgio

fragrâncias Musk, a The Body Shop® lança a ousada e sensual

para descanso no mundo: Trancoso, na Bahia. Sua primeira

Black Musk®, com aroma gourmand oriental irresistível.

visita ao vilarejo aconteceu há alguns anos, quando ficou

Destinado a mulheres intensas, chega ao Brasil acompanhado

hospedado no UXUA Casa Hotel & Spa, um conglomerado de

de uma coleção de produtos de higiene corporal com a

11 casas cinco estrelas que celebram o estilo rústico tradicional

mesma nota, para um cuidado completo.

do sul da Bahia. Criado por Wilbert Das, designer e amigo de Cooper, o hotel inspirou o projeto de sua casa de veraneio – também assinado por Das. TOPVIEW.COM.BR 45


ERVA-MATE Novo prato do chef Giuliano Hahn, que aderiu à erva-mate: magret com purê de batata-doce e salmão, glacê de pato, ervamate tostada e bergamota.

A VOLTA DO OURO VERDE Um século depois de sua época de ouro, chefs e bartenders resgatam a história da erva-mate e começam a explorar o potencial gastronômico da planta nativa do Paraná

E

por Yasmin Taketani

m abril de 2016, três bares e seis drinques depois, os jurados do World Class, principal campeonato de bartenders no Brasil, foram surpreendidos por um último coquetel, à base de erva-mate e uísque. A criação de Rogério Coelho Barroso parecia se encaixar na valorização de ingredientes locais, então em voga na gastronomia curitibana. Se revelou, porém, um projeto muito mais ambicioso: o Tapii’Tea, bar cuja carta de coquetéis tem no mate um elemento onipresente. O inusitado da erva poderia se perder na monotonia do ingrediente repetido, mas Rabbit, como é conhecido, prova justamente a riqueza do “ouro verde”: o chá pode vir maturado em barril de madeiras brasileiras e adoçado com licor de pinhão, servido com espumante rosé e perfumado com mimosa, marcado por especiarias e combinado com pisco ou

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aguardente... Além da possibilidade de combinações, trata-se de um ingrediente rico por si só (pense no café especial), com características que mudam segundo as condições climáticas, o terreno onde é cultivado, o beneficiamento, a espécie, sem falar em tempo e temperatura de infusão. Porém, ao mesmo tempo em que se mostra encantado, Rabbit não esconde a indignação quanto a sua linha de pesquisa ser exceção, até mesmo considerada “inovadora”, num estado em que a erva-mate tem importância histórica, econômica e cultural, e que é o maior produtor no Brasil, responsável por mais de 50% das 935 mil toneladas produzidas, segundo o IBGE, em 2015. “Você fala em chai, na hora a pessoa se lembra da Índia e que já tomou. Mas ela não sabe por que não bebe chá mate, não sabe nada sobre ele”, pondera. “A gente tem o melhor chá do mundo,


FOTOS DIVULGAÇÃO

Outra novidade no Armazém Santo Antonio: camarões-rosa com pera cozida em infusão de erva-mate tostada, fava de baunilha e toque de cachaça de pera.

só que não sabe disso.” Rabbit fez uma prova-cega com a reportagem, e o resultado foi mesmo surpreendente. Em comparação ao chá preto, é uma bebida mais macia e adocicada (propriedades que se perdem no chá de “saquinho”), e cujo sabor, cor e aroma possuem uma nuance impressionante, variando até segundo a cidade proveniente. O nome da empreitada (uma fusão de “Tapii’ti”, que significa coelho em tupi, e “tea”, chá) dá pista para os objetivos do bartender, neto de indígenas que está resgatando e valorizando suas origens – e pretende fazer o mesmo com o mate, erva considerada sagrada para seus antepassados e consumida por eles desde que se há registro. Já em 2015 Rabbit havia criado três drinques com o elemento, mas se frustrou com a reação (ou falta de) do público. “As pessoas não achavam muito interessante”, lembra. “Mas eu levava à mesa como cortesia, e o garçom voltava pedindo mais. Eu percebi que quando bebiam, as pessoas gostavam: não havia nada errado, faltava experimentar.” Giuliano Hahn, do Armazém Santo Antonio, restaurante que dá um toque contemporâneo à culinária local e onde o bartender instalou seu Tapii’Tea, aderiu recentemente à planta, sobretudo em molhos e finalizações. “É algo inusitado, ninguém usa erva-mate”, observa o chef. “Mas é um ingrediente riquíssimo. Você faz um milhão de coisas com a batata – a mesma coisa com a erva-mate”, garante, destacando sua propriedade de conferir aroma, sabor e cor. O ingrediente também foi estrela de todo um menu elaborado pelo coletivo Slow Food Coré Etuba, em 2016. “O interessante é que não existe regra definida”, comenta Gladson Rafael, chef e membro do coletivo. Como tempero para o

Coquetel do Tapii’Tea com mate: o Kagiji é feito com aguardente e infusão de cascas de frutas cítricas, hibisco e rosa mosqueta.

azeite, vinagrete para o carpaccio, sabor na carne maturada ou massa artesanal, ele ensina que as opções são várias. Volta, então, a questão: por que essas iniciativas são exceções? “Acho que a gente se acostumou tanto com o uso como chá e chimarrão que não pensa como ingrediente na gastronomia”, arrisca a chef Rosane Radecki, que ainda não utiliza o ingrediente no seu Girassol, com argumentos semelhantes aos de outros cozinheiros consultados pela Top View. Para Rosane, algumas dificuldades na sua adoção são trabalhá-la de forma que não domine totalmente o prato, já que a erva é bastante marcante, e o tempo necessário para testar receitas, visto que não há muitos modelos. E enquanto o fator cultural é fundamental para a manutenção do hábito de consumir chimarrão, sobretudo no Rio Grande do Sul, ao mesmo tempo, contribui para limitar os usos da erva-mate. Essa é a teoria de Ives Goulart, técnico da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura) que estuda sua produção. “É uma barreira para o consumo da erva fora do sul do Brasil”, comenta, chamando a atenção para o volume da colheita no país: 90% são destinados à cuia e, do restante, cerca de 80% vão para a produção de chá. “Sobra uma fatia muito pequena para ser usada de outras formas, e isso é uma situação histórica”, explica Ives, em referência aos diversos outros usos que a matéria-prima pode ter: cosméticos, energéticos e outras bebidas, produtos de limpeza e fármacos, devido à composição nutricional e propriedades benéficas ao organismo. Nesse momento, inclusive, do outro lado do mundo, alguém deve estar bebendo Latin Biorythms, versão da Coca-Cola para o chá mate que invadiu o Japão. TOPVIEW.COM.BR 47


JAZZ CURITIBA

FOTO ALESSANDRO REIS

Saul Trumpet, um dos nomes que ajudaram a formar a cena em Curitiba, nota mudanças na sonoridade das novas gerações. Ele segue se apresentando e é enfático: "Se parar de tocar, eu fico doente".

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A NOVA CENA DO JAZZ Com tradição no gênero, Curitiba amplia espaço para esse estilo musical e vivencia um profícuo diálogo entre artistas consagrados e uma nova geração de músicos por Yasmin Taketani

S

ete shows, de bandas diferentes e em locais distintos, em sete dias. Essa é uma média do que Curitiba oferece em termos de jazz, esse que segundo o crítico Roberto Muggiati “não é apenas um estilo musical”, mas “uma forma de encarar o mundo”. Existem ao menos seis casas com apresentações regulares (veja o box ao final da matéria), festivais (do Vinho e Jazz, Projeto Jazz e Outras Notas no Sesc Paço da Liberdade, Nhundiaquara, Ilha do Mel e Curitiba Jazz Festival), uma dezena de bandas e outras dúzias de lobos solitários. Por aqui passaram músicos do calibre de Raul de Souza, Airto Moreira e Waltel Branco, e se formaram gerações de jazzistas habilidosos – linhagem que data dos anos 1920 e promete se sustentar. Entre altos e baixos, o gênero soou por Curitiba desde cedo. É o que mostra a pesquisadora e jazzista Marilia Giller, que se debruçou sobre acervos locais para contar essa história. “As fases do jazz em Curitiba seguem uma trajetória paralela ao mundo”, explica a pianista, cujo avô integrou, já nos anos 1930, a Tupynamba Jazz Band. A capital paranaense presenciou o som dançante da década de 1920, passando pelas big bands, a efervescência nos anos 1950 junto ao boom econômico do café e o fusion nos 1980, quando se acentuou o interesse por composições próprias. Foi nessa época que surgiu o Saul Trumpet Bar, um dos que fizeram história e onde músicos de fora se reuniam após os shows. Se antigamente seu bar era considerado moderno, Saul Trumpet, na ativa desde os 13 anos, observa que hoje seu som ficou “tradicional” e não desperta tanto o interesse dos novos nomes. Não que isso desmotive o trompetista de 73 anos: “Se tiver que

tocar de muletas, em cadeira de rodas, eu vou tocar”, desafia. Hoje, há espaço para tudo, do jazz cigano ao bebop, passando pelo jazz Brasil, hot jazz, fusion... Segundo o pianista e empresário Jeff Sabbag, nos últimos anos houve uma proliferação de bares e outros espaços com abertura para o gênero – um ciclo: “Houve interesse do público e dos músicos, que agora têm onde tocar”, conta o sócio do Dizzy Café Concerto, que segundo ele chega a atrair até três mil pessoas por mês com seu enfoque no gênero. Sabbag também credita esse aumento ao espaço deixado por uma cena pop não tão expressiva e ao perfil “altamente técnico” do jazz, que teria instigado artistas de outras áreas, como o rock. “Curitiba tem uma cena bem forte, talvez mais do que São Paulo, inclusive em qualidade de músicos”, complementa Valdemir Krause Junior, idealizador do Curitiba Jazz Festival e proprietário do Bar do Fogo e do Curitiba Backpackers Hostel, ambos com shows semanais do estilo. Jota, como é conhecido, destaca a atuação dos novos artistas, que tocam frequentemente em espaços públicos, na divulgação e até popularização do ritmo. Sua primeira edição do festival, em 2016, porém, privilegiou a geração “old school”, que ele considera excelente, porém sem o devido reconhecimento. “Os melhores cachês são os mesmos de 35, 40 anos atrás”, compara o saxofonista Paulinho Branco, criticando a noção ainda corrente de que jazz é “chique” (e mera música de fundo). Com uma carreira de 45 anos, inclusive nos Estados Unidos e na Suíça, Paulinho é uma das figuras mais ativas (e o budista mais elétrico) e envolvidas diretamen-

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JAZZ CURITIBA ©2

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te com a formação da “nova geração”, seja em aulas ou no palco. Trata-se, nas palavras de Sabbag, de um “descobridor de músicos” – a começar pelos próprios filhos de Paulinho, de um casamento prévio com Marilia Giller, Ian e Allan. Com o pai, os dois formam a banda Sotak; com a mãe, o Jazz Maia; e, em dupla, o Plata o Plomo. Allan, baixista de 26 anos e 18 de carreira, e Ian, possivelmente o único still drummer da cidade, com 32 anos e 20 de carreira, são colocados entre os melhores da nova cena, inclusive por aproximar o jazz de outros ritmos, como a música indiana, o hip-hop e o reggae, abertura que se repete nos espaços onde se apresentam: em uma Virada Cultural ou em bares, em teatros ou em cima de uma Kombi estacionada na Vicente Machado. O pai, afinal, já dizia que o verdadeiro jazzista é o que toca de tudo, para todos: “Desde em churrascaria de beira de estrada a funeral”. SOM DA LIBERDADE “Isso aqui não existia na rua”, disse Luiz Fernando Leal, o Cacau, após uma apresentação no Bar do Fogo, com a plateia ocupando a Rua São Francisco. “O público de jazz

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era mais contemplativo, ficava dentro dos bares. E hoje é outra linguagem, mais groovy, mais pop, não tão romântica”, ponderou o percussionista formado no Saul Trumpet Bar, vestindo confortavelmente um agasalho esportivo, boné, tênis e a idade – naquela noite ele comemorava 57 anos. Como outros dessa geração, Cacau podia passar por um senhor qualquer, ou mesmo ser visto como deslocado naquele contexto. Quando começam a tocar, no entanto, esses músicos reivindicam uma potência jovial e são a fiel expressão daquilo que apreciam no estilo: liberdade, resistência e independência. “Jazz é a música acontecendo na hora, é a liberdade de expressão e a expressão do sentimento”, havia dito Ronald Kubis em referência às origens do gênero, na opressão dos escravos, horas antes de tocar com o aniversariante e o “tutor” Paulinho Branco. Há, no entanto, regras, um repertório que todo jazzista conhece, experiência e convivência musical para dar sentido a toda essa liberdade. Allan Giller Branco usa o futebol como metáfora: “Você sabe que o campo tem X metros de comprimento, uma bola e dois gols. Aí, é muito instintivo e previsível pegar a mudança”. É o que faz com

FOTOS MARCEL FAVERY (1) E ALESSANDRO REIS (2 E 3)

Destaque da nova geração, os irmãos Allan e Ian Giller Branco acrescentam ao jazz elementos de outros gêneros, como reggae. José Boldrini, de outra geração, vive o jazz como religião e se apresenta no Dizzy Café Concerto. Em outra noite, é a vez do Bernardo Manita Trio tocar no bar que tem no jazz sua especialidade.


que um solo aconteça no momento certo, com que uma alteração no meio da música seja acompanhada por todo o grupo, com que músicos que não tocam juntos há anos se entendam mesmo sem ensaiar. Nos velhos tempos, porém, essa “telepatia” era orgânica, recorda José Boldrini, que viveu o jazz como religião. Ele, que se mantém fiel ao baixo acústico, critica a falta de conhecimento da história do gênero por parte da cena atual, que se reflete no entendimento e na música produzida. “O sentido do jazz se esvaziou um pouco”, lamenta Boldrini, que toca com os olhos fechados, como se estivesse cantarolando uma canção de amor antiga. Ao mesmo tempo, porém, o baixista reconhece as possibilidades que o momento atual proporciona. “Todos bebem da mesma fonte”, resume Kubis, destacando que a experiência é individual, mas o exercício do gênero, coletivo. “O que você vai fazer com aquilo é que é o grande barato do jazz.” E é a explicação por que Cacau estava tocando para uma plateia de desconhecidos ao invés de comemorar o aniversário: ele estava em casa, em família, fazendo o que mais gosta.

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ONDE OUVIR O PENSADOR BAR_ (41) 3154-0011 R. Visconde do Rio Branco, 766, Mercês. Às segundas-feiras a partir das 19h30, Saul Trumpet e banda. Programação rotativa nos demais dias. Couvert: R$ 7 e R$ 10 (sábado). CURITIBA BACKPACKERS HOSTEL_(41) 3308-8723 R. Nilo Peçanha, 243, São Francisco. Toda sexta-feira, discotecagem a partir das 18h e banda a partir das 19h30. Entrada livre. FULL JAZZ BAR_(41) 3312-7030 R. Silveira Peixoto, 1.297, Batel (Slaviero Hotel). Sexta-feira e sábado, a partir das 21h. Entrada livre. BRISA CAFÉ CASUAL FOOD_(41) 3072-6597 R. Inácio Lustosa, 308, São Francisco. Todo sábado, a partir das 20h. Entrada franca. BAR DO FOGO_(41) 3148-0058 R. São Francisco, 148, Centro. Toda quinta-feira, a partir das 19h. Entrada franca. DIZZY CAFÉ CONCERTO_ (41) 3527-5060 R. Treze de Maio, 894, Centro. De terça-feira a sábado, a partir das 20h. Couvert: R$ 15 (terça a quinta-feira) e R$ 20 (sexta-feira e sábado).

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NOVA ATITUDE

Não sou blogueira fitness, só uma pessoa normal, editora da Top View, tentando provar que todos podem mudar para melhor. O desafio #AgoraVai começou na Cia Athletica e se tornou uma empreitada sobre ser possível mudar de vida Começar no escuro quase me fez desistir, mas olha o incentivo!

Minha vida

“Não que ser gordinha me deixe infeliz , mas a percepção de que meus fracassos impactavam meu Na manhã do dia 25/11, saí de casa para o tra- corpo físico era um sinal de descontrole na vida.”

balho já meio cansada. Depois da última olhada no espelho, eu finalmente admitia que estava farta de mim. Fracassos amorosos, estresse e inseguranças ao longo dos anos haviam derrubado minha autoestima. Num ciclo vicioso, perdi o entusiasmo por cuidar de mim, passei a comer só o que estivesse disponível e não desse trabalho (normalmente junkie food), e parei de fazer exercícios por falta de energia: chegava a 18 quilos acima da última vez que me lembro de ter sido muito feliz.

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Procurei culpados, falhei nas minhas relações pessoais e começava a ficar insegura para compromissos profissionais. Em meu trabalho passar amor próprio e autoconfiança é fundamental – afinal, sou formadora de opinião. Em frente ao computador, tentei demonstrar autoconfiança para a equipe e me perguntei como havia chegado até aquele ponto de precisar fazer esforço para me sentir bem comigo mesma. Até que...plim!. Fada madrinha no século 21 faz contato por e-mail.

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

O início.


/ DESAź O Minha fada moderna vinha com uma proposta e nenhuma mágica: começar já no dia seguinte uma guerra contra o sentimento de fracasso. Ia acontecer na unidade curitibana da Cia Athletica, uma das maiores e mais equipadas redes de academias do Brasil – aqui entre nós, um sonho de consumo para muita gente. Seu nome era #AgoraVai, e meus companheiros de luta seriam pessoas que, como eu, estavam insatisfeitas com o peso. Seríamos instigados a malhar por um mês para eliminar peso e aproveitar o verão sem neuras. Divididos em grupos, competiríamos por um troféu entregue à turma que mais emagrecesse. Mas não nos limitaríamos à academia. Nossas armas tinham que incluir reeducação alimentar (muitos, como eu, procurariam uma nutricionista) e cabeça boa. Porque a guerra, mais tarde percebi, não seria contra os grupos, mas contra nós mesmos. Eu disse sim!

Nada nem ninguém seria inimigo: academia, degustações e happy hour com as amigas são minha vida, sim.

Em campo

Entrei na Cia Athletica com a missão de contar a trajetória de mulher comum cujo trabalho é experimentar a vida e contá-la – o que que inclui viagens, degustações, vida social necessária com comes e bebes, altos e baixos financeiros e de humor... E sem me transformar em outra Juliana, nada de ser blogueira fitness –

Prato do bistrô da Cia

Athletica.

essas meninas que divulgam trajetórias de gordinhas a musas de coxas e abdomes exemplares. Não, eu não sou uma dessas. Eu tomo (muito) sorvete quando fico chateada. E gosto. A rotina de treinos cardio, neuromusculares e com relaxamento teria folga aos domingos. Para tanto, seria preciso estar na Cia Athletica das 7h às 9h30 a tempo de ir trabalhar. E eu pensei que isso me faria infeliz. No 8º dia quase desisti quando abri os olhos e a vista pela janela ainda era só escuridão. A “fada madrinha” me incentivou pelo WhatsApp perto das 6h da manhã. Era o instrutor Dudu e o grupo de participantes do #AgoraVai. Numa academia se faz amizades e “aliados” sem julgamentos. Uma aula de spinning embalada por música num sábado pela manhã vira uma festa. Musculação, flying cords (cordas para realizar exercícios funcionais em suspensão, utilizando o peso do próprio corpo), class hiit (treinamento intervalado de alta intensidade e curta duração), ioga, alongamento, corrida e lutas... Eu começava a deixar na

Cia Atlhetica não só calorias, mas também mi nhas derrotas.Tudo isso foi moldando uma...

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NOVA ATITUDE ...menina superpoderosa

vam sendo enfrentados e meu peso... dimi nuindo. Dei adeus a 2,5 quilos na 1ª semana. No dia em que um dos professores me instigou a subir em uma esteira da running class (corrida monitorada) alegando que eu poderia caminhar enquanto não tivesse o condicionamento para correr, a mudança se instalou de verdade. Correr, pra mim, uma gordinha, era sonho inatingível... A importância do trabalho dos instrutores ficou marcada pra mim aqui: do nosso lado, a cada aula de corrida embalada por música, iam nos ajudando a aprimorar a técnica e o condicionamento cardiovascular. Meu humor melhorava, eu dormia melhor, sorria mais. Minhas pernas ficaram firmes. Foram -se 4 quilos um mês depois.

De um lado o gnocchi fit de batata-doce, do outro o compromisso profissional de degustar polenta.

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Boxe e muay thay na Cia. Athletica.

Dra. Mel e as mulheres francesas Fada madrinha que se preze tem ajudantes. Melissa Santos, a entusiasmada nutricionista que atende na Cia Athletica, me recebeu com uma recomendação:“não há duas julianas aqui – você

vai reaprender a se alimentar respeitando quem você já é”. Dra. Mel me ensinou a importância

da mastigação para ativar nossa saciedade e não comer demais. E preparou uma dieta sem sofrimento onde tudo era permitido, porém nas horas corretas. O café preto, meu vício, teve seu lugar na manhã, adoçado com açúcar de coco e óleo de coco (para ajudar meu metabolismo e minha performance na academia). Ela também me ajudou a encontrar tanto o amor próprio quanto o ferro perdidos (sim, tantos anos de alimentação pobre desregularam meu corpo). Dela veio a lembrança da relação de paz das francesas com a comida, descrita no livro Mulheres Francesas Não Engordam. Elas comem sem culpa, de maneira completa, saudável e diversificada – e poucas engordam. O “paradoxo francês” intriga pesquisadores da área médica que já constataram que para as francesas a refeição é um momento de prazer e confraternização, ao contrário de brasileiras e americanas, por exemplo, que associam a comida a culpa. Bingo! Não dá pra mudar de vida se você incluir culpa nela.

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Tinha boxe e muay thay no programa. Não passei da porta na primeira tentativa, intimidada. Na segunda, entrei na sala do ringue usando uma “máscara” confiante. O instrutor me ensinou golpes básicos e, após derreter no aquecimento, batizei o saco de pancadas com um nome qualquer representando todos os meus medos e frustrações ao longo da vida. Os golpes e chutes me transformaram em uma das Meninas Superpoderosas – aquelas três garotinhas cuja missão é lutar contra vilões e monstros grotescos para salvar o mundo antes da hora de dormir. Meus monstros esta -


O coach

A (des)organização pessoal bateu quando descobri que para manter uma alimentação saudável (mesmo que sem grandes segredos) é preciso logística de compra de ingredientes e preparo. Porque a vida de uma pessoa que pretende mudar e não é blogueira fitness é assim: você compra todos os mantimentos que sua nutricionista indica e aí se prepara porque você precisa levá-los para casa, porcioná-los em lanches que vão para o trabalho, os que vão para a academia, o café da manhã e as refeições. O #AgoraVai deixava de ser só a ida à academia. Só aí já não me sobrava mais tempo pra nada. Meu dia precisava de 25 horas. E eu quis desistir. Eu precisava de mais anjos até adquirir as rédeas da vida. Eduardo Almeida é um curitibano que ajuda pessoas a encontrarem seu propósito de vida e me ajudou a, mais que estruturar meu tempo, organizar meus sentimentos e ações. Uma vez por semana ele me colocava para lutar para, com golpes bem pensados, entender como direcionar as questões desafiantes da vida sem me desesperar. Quando aprendi a dar jabs, diretos, ganchos e cruzados e a me esquivar dos golpes do adversário respirando conscientemente, percebi que a ansiedade é uma resposta automática e pouco eficiente ao estímulo que a vida nos impõe. E compreendi que se continuasse agindo sem consciência, meu resultado no #AgoraVai seria um grande mico! Se você reage com ansiedade, o alvo pode ainda nem estar lá e você soca o nada. Trocar a ansiedade pela percepção me ajudou a perceber meu cenário de vida, planejar o movimento e agir. Ou seja, nada mais de engolir potes de sorvete descontroladamente.

Eduardo Almeida, o mestre me ensinando a direcionar a raiva e a tábua dos meus medos que eu quebrei com apenas um golpe.

Em casa, o lembrete do instrutor para fazer exercícios quando falto à academia. No Natal, a tradição familiar é que eu faça 70 rabanadas! Fiz e comi algumas. No trabalho, minha lancheira organizada entra em cena com chás. E na viagem, caminhada para não parar.

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NOVA ATITUDE

Eat & Fit, a empresa que fornece minha alimentação entregando minhas refeições prescritas pela nutricionista no trabalho.

Diego Bergamini e Melissa Marucco me encontraram no Instagram da revista num feriado fazendo o improvável esforço em uma aula de spinning. Eles são proprietários da Eat & Fit, empresa especializada em produzir e entregar dietas personalizadas prescritas pelo médico ou nutricionista. As refeições frescas e porcionadas passaram a chegar por um mês acondicionadas em embalagens próprias para micro-ondas e banho-maria. E acabou aquilo de se escravizar na cozinha. Dois meses depois eu estaria sete quilos mais magra.

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Comida prontinha

Os guerreiros do #AgoraVai.

444 quilos e 30 dias

Ao final de 30 dias, 172 participantes haviam eliminado 444 quilos. Eu estava entre eles. A competição começou com 10.648

quilos reunidos e terminou com 10.205 quilos. Eu terminava com 4 quilos a menos e várias peças do guarda-roupa recuperadas. Mais um mês e aqui estou – 7 quilos mais magra. E me amando. Agora, viagens e degustações continuam no meu plano de vida. Assim como a cervejinha no fim do dia com as amigas. Acordar cedinho para me exercitar virou rotina feliz. Sim, há dificuldades, e quase todos os dias. Mas minha autoestima e felicidade atraíram até - quem sabe - um novo amor, e mais disposição no trabalho. Ainda faltam mais 8 quilos para atingir minha meta. O #AgoraVai continua para mim. Só pra mostrar que todo mundo pode ser melhor e mais feliz.

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7 quilos a menos em 60 dias #AgoraContiua...


UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E PRONTO ATENDIMENTO 24 HORAS. UM COMPROMISSO DO HOSPITAL SÃO LUCAS COM A VIDA!


ACONTECEU

O empresário João Carlos Perussolo; o diretor executivo da TECNISA, Enzo Biagio Riccetti; e o diretor de negócios da TECNISA, João Auada Jr.

Rose Schumacher e sua filha Milena.

THE FIVE ESTÁ PRONTO

Silvia Lucena Schussel, analista de negócios da TECNISA, e o artista plástico Eduardo Bragança.

José Ernesto Marino Neto, presidente da BSH International, e o diretor de negócios da TECNISA, João Auada Jr.

A TECNISA promoveu a entrega do megaempreendimento The Five, implantado na rua Nunes Machado, em Curitiba, dia 31/01. O The Five traz para o Brasil o conceito pioneiro multiuso e terá a presença da renomada rede hoteleira espanhola NH, que tem mais de 400 hotéis pelo mundo. FOTOS GERSON LIMA

Marco Aurélio, Emerson Gouveia e Diego Augusto, representantes da rede hoteleira espanhola NH

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Cristiano Viana, superintendente de vendas da TECNISA, e Marcio Tadeu, diretor nacional de vendas da TECNISA.


ACONTECEU

Pedro Corrêa de Oliveira (diretor da Porto a Porto), Adriano Lago (superintendente do Erasto Gaertner), Junior Durski, Dra. Carla Martins (coordenadora geral do hospital), Leandro Lorca (diretor de marketing do Madero).

EM PROL DA SOLIDARIEDADE O Madero, em parceria com o Hospital Erasto Gaertner, promoveu no dia 31 de janeiro um jantar beneficente para a pintura externa do Hospital. O evento, realizado no Madero Batel Curitiba, contou com cardápio especial assinado pelo chef Junior Durski e arrecadou R$ 116.700.

Ana Paula Lorca, Leandro Lorca, Junior Durski e Kethlen Durski.

FOTOS RODRIGO FONSECA

Junior Durski, Paulo Bonet, Nadyesda Almeida e Kethlen Durski.

Equipe do Hospital Erasto Gaertner e Junior Durski

Chef Junior Durski. TOPVIEW.COM.BR 59


ACONTECEU 1

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NOTAS 1. O party designer Marcos Soares e o DJ Denis Ricca aproveitaram as férias na África do Sul. Na foto, a dupla está no exclusivo hotel 5 Delaire Graff. (Foto Divulgação) 2. Os diretores da Construtora Greenwood Syonara Thomé e Maurício Beira da Silva receberam o arquiteto Sérgio Valliatti Jr. (à esquerda) para um café da manhã. (Foto Divulgação) 3. Clemilda Thomé recebeu convidados no seu apartamento de Jurerê Internacional em torno da diretora da Tiffany&Co., Luciana Marsicano. Na foto, a sobrinha de Clemilda, Ana Karina de Paula Allen, Luciana Marsicano e Clemilda Thomé. (Foto Paulo Sefton) 4. A Construtora San Remo lançou o Gastronomia Palazzo Lumini, um serviço que se verticaliza para cada um dos apartamentos do luxuoso edifício residencial localizado no Ecoville. Na foto, o chef Celso Freire é ladeado pelos diretores da San Remo, Aline Perussolo Soares e João Carlos Perussolo. 6 (Foto Divulgação)

5. A arquiteta Fernanda Cassou assinou o projeto do apartamento decorado do Mandala, empreendimento residencial da AG7. Na foto, o Alfredo Gulin Neto, diretor da AG7 e Fernanda Cassou. (Foto Eduardo Macarios) 5. O Shopping Mueller recebeu o Mueller Local Beer Festival, que promoveu a apreciação de mais de 20 cervejas artesanais de Curitiba. Na foto, o coordenador de marketing do Shopping Mueller, Ciro Gonçalves, a designer, Cynthia Karas, o organizador do evento, Mauricio Marques, a gerente de marketing do mall, Michelle Cirqueira e o também organizador, Vinícius França. (Foto Kelly Knevels) 60 TOPVIEW.COM.BR


FOTO DINO BACCIOTTI

COLUNA NADYESDA ALMEIDA

EM BUSCA DE SEU SONHO AOS 22 ANOS, A CANTORA CURITIBANA JENNI MOSELLO CONQUISTOU O BRASIL AO PARTICIPAR DE UM REALITY DE MÚSICA, COM SUA VOZ PODEROSA, ESTILO ÚNICO E MUITA PERSONALIDADE Como foi participar do reality show X Factor Brasil?

JM: Sempre gostei de expor minha personalidade pela minha

Jenni Mosello: Incrível! Aprendi muito e ganhei mais confiança.

imagem. Quando era criança, imitava as divas do jazz vestindo

Ter a oportunidade de fazer o que mais amo e com toda

as camisolas da minha mãe e usando seu batom vermelho.

aquela produção só fez crescer meu desejo por uma carreira

Hoje sou um reflexo dessa influência e sinto como se fosse uma

consolidada nos grandes palcos do mundo.

unicórnia colorida saída de um filme de Quentin Tarantino.

Depois de sua participação, o que mudou na sua vida?

Um show que não esquecerá...

JM: Mudou muito... Começando pela minha agenda, que está

JM: Do artista Yuki, no bar (Le) Poisson Rouge, em Nova York.

cada dia mais cheia.

Um mix de jazz com hip hop num bar escondido. Mudou minha

Você morou dez anos em Roma. Isto influenciou na sua

vida!

carreira?

Música para você é...

JM: Com certeza! Mas a minha maior influência foram os meus

JM: Vida, amor, tudo!

pais, que me apresentaram o jazz, o blues, o rock, a MPB e o pop.

Qual a música da sua vida...

Quais suas influências musicais?

JM: Hoje é Run to the Hills, do Iron Maiden: uma garota correndo

JM: O jazz e o blues. Em grande parte da infância tive Ella

atrás dos seus sonhos.

Fitzgerald, Frank Sinatra e Ray Charles como trilha sonora.

Uma inspiração pessoal e profissional...

O que deixou de fazer por causa da fama?

JM: Minha mãe. Ela é corajosa, determinada e apaixonada pelo

JM: Dormir (risos). Brincadeira! Tenho trabalhado bastante

que faz.

para alcançar meus objetivos, mas ainda não posso chamar

Um show inesquecível que participou...

isso de fama. É só o começo.

JM: Queen Symphonic Tribute, minha primeira grande

Você tem estilo próprio, com seu figurino e maquiagem.

apresentação como cantora profissional.

Como isto foi acontecendo? TOPVIEW.COM.BR 61


COLUNA NADYESDA ALMEIDA 1

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EM FLORIPA (FOTOS ANGELO SANTOS, CASSIANO DE SOUZA E DANIEL OLIVEIRA)

1. A Posh Club, casa noturna mais badalada de Florianópolis, recebeu em janeiro o famoso DJ francês Jack.E., residente do clube Le Caves Du Roy, juntamente com os DJs curitibanos Edo Almeida & Ro Trombini e Edo Krause & Pedro Freitas. Na foto: Edoardo Almeida e Ro Trombini.

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2. Henrique Almeida Filho e Cândida Almeida. 3. Juliane Cruz e Ítalo Trombini. 4. Laura Simões de Assis. 5. Maria Malucelli do Amaral. 6. Nicole Bonetti, Eduarda Guth e Edoarda Trombini.


COLUNA NADYESDA ALMEIDA 7

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7. Rodrigo Richa. 8. Rubens Neto e Victoria Slaviero. 9. Paulo Antônio Abrão e Bruna Garcia.

l e s ã o p o r

r e p e t i t i v o

p n e u m o n i a

E S Ã O

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H I P E R T I R E O I D I S M O

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d e e s p f i r r a a t t u ó r r a i s A s

O S T E O P O R O S E

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C Â N C E R D E M A M A

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H I P O T I R E O I D I S M O

l e m a s c i r c u l a t ó r i o s

V A S C U L A R C E R E B R A L

Proteger sua saúde o ano todo é a melhor escolha. Conte conosco.

Diretor Técnico Médico: Dr. Ricardo Ferreira | CRM-PR: 13114


COLUNA ROBERTA BUSATO

2GET SALE E MICHAEL KORS Os dois últimos eventos do ano que passou!

Juan Moraes, Luiza Lessa, Camila Neves e Laura Kubrusly.

Adriana e Mariana Pedroso.

Priscila Zorzenão e Sabrina Dalmolin.

Silvia Döring.

Maria Flavia Rondon Lima e Luisa Paiva.

Paula Delara Bau e Andressa Malucelli. FOTOS CAROLINA PESSOA, VALTERCI SANTOS, NAIDERON JR. E KOBIYAMA

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COLUNA

Eu não vivo sem... CHEGOU A HORA DE A EQUIPE TOP VIEW DIZER O QUE É ESSENCIAL EM SUA VIDA

1. Regina 2. Angelica

3. Waleska

5. Bruna 4. Paula

FOTOS DIVULGAÇÃO E ANTFARM FOTOGRAFIA (3) | IMAGENS MERAMENTE ILUSTRATIVAS

6. Greyci 4. Paula Azevedo, diretora de arte – Lipbalm 1. Regina Rocha, comercial – Óculos de sol “ É um vício, mesmo em dias cinzas e chuvosos eu tenho que usar, é como se fosse uma extensão minha. Por mim, usaria até para trabalhar.”

2. Angelica Buch, designer – Tablet wacom

“É um vício, sempre passo antes de sair de casa. Gosto de testar os vários sabores – e ainda hidrata os lábios.”

5. Bruna Quartarolli, repórter – Agenda “Nela consigo organizar meus compromissos e as atividades que devo realizar ao longo do dia.”

“Ele substitui o mouse. Com ele, posso desenhar 6. Greyci Casagrande, e tratar fotos com mais facilidade sem ter dores.” repórter – Batom vermelho “Adoro batom, é prático para carregar 3. Waleska Morelli, logística – Relógio na bolsa e faz muita diferença no visual. “Uso desde criança, é um acessório necessário. Tenho várias cores, do nude ao roxo quase Tenho três modelos, só tiro para dormir.” preto. Mas vermelho é vermelho.” TOPVIEW.COM.BR 65


COLUNA

Eu não vivo sem... CHEGOU A HORA DE A EQUIPE TOP VIEW DIZER O QUE É ESSENCIAL EM SUA VIDA

7.Yasmin

8. Cintia

9. Lúcia 12. Juliana 11. Flávia

7. Yasmin Taketani, repórter – Uma vista

13. Diego

“Olhar para fora de si, para a cidade e o céu, é um respiro.”

11. Flávia Carneiro, administrativo –

9. Lúcia Garcez, comercial – Café com leite

12. Juliana Reis, editora – Viajar

Protetor solar 8. Cintia Peixoto, publisher – Chave da Tiffany “Passo no rosto e nas mãos todos os dias, pelo menos duas vezes. Sou a louca do “Ganhei do meu marido e representa protetor, tenho seis tubos na minha gaveta.” a importância da minha família.”

“Tomo toda manhã, o dia só começa depois de beber uma xícara.”

“É meu oxigênio e uma lição de desapego em todos os sentidos.”

10. Luise Takashina, editora – Kindle

13. Diego Olejnik, designer –

“Leve para ler e prático para carregar em viagens. O modelo que eu tenho, o Fire, ainda dispensa abajur. Achei que não ia acostumar, mas adorei!” 66 TOPVIEW.COM.BR

Corrida de rua “É um exercício que libera endorfina, que é a química do prazer.”

FOTOS DIVULGAÇÃO E JANNYSTOCKVPHOTO (9) | IMAGENS MERAMENTE ILUSTRATIVAS

10. Luise




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