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TR I LO G I A | R ECO L H I M E N TO
ISSN 16775767 ABRIL 2020 #235/ R$ 14,90
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WWW. TOP VIE W. COM . BR
RECOLHIMENTO
T R I LO G I A PA R T E 1
ABRIL 20 2 0 #2 35
E S P E C I A L Q UA R E N T E N A
IN COLLABORATION WITH
MARISOL PINTO
Unit 3800 • Info@rbacmiami.com
Curitiba: Rua Comendador Araújo, 672 • Tel.: 41 3111 2300 • Seg. a Sex. das 10h às 19h. Sáb. das 10h às 14h • Estacionamento no local • artefacto.com.br • @artefactooficialbrasil
ÍNDICE
Fashion Pele bem cuidada
Com a alta exposição a luzes artificiais, o cuidado deve ser redobrado – pág. 19
Hora de cuidar de si mesmo por Emannuelle Bertoldi – pág. 20
O cronograma capilar selfmade ideal
Uma vida em casa
por Marcos Bertoldi – pág. 32
Volta ao Mundo Literária por Paola Gulin – pág. 34
Isolamento em família
por Marilis Borcath – pág. 35
por Leo Guedes – pág. 22
Sorvete e gelato
A beleza e a arte de se reinventar
As diferenças entre as duas sobremesas - pág. 38
por Ana Claudia Michelin – pág. 23
Reencontro com a sua essência por George Luna – pág. 24
Dicas para se distrair na quarentena
por Duda Slaviero – pág. 25
Os reflexos do nosso tempo
Máscaras cirúrgicas se tornaram acessórios indispensáveis – pág. 26
A indústria da moda em tempos de pandemia por Andrea Gappmayer – pág. 30
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Estilo
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self poder A solidão conectada
A saúde da população mundial está em nossas mãos – pág. 40
Recalibração Interdimensional®
Um novo tratamento energético – pág. 46
Calma, é possível manter o equilíbrio!
A pandemia mudou nossas rotinas, mas podemos contornar os problemas – pág. 47
A luz que revela-se na solidariedade
por Luciana Almeida – pág. 48
Coronavírus em pacientes com câncer
Complicações respiratórias são a maior ameaça – pág. 49
O que você precisa saber sobre o coronavírus Especialista esclarece a nova pandemia – pág. 50
Empreendedorismo por necessidade por Bethânia Gilsoul – pág. 52
LIDE Paraná
Como a organização dá suporte aos empresários em meio à pandemia – pág. 54
Oportunidades disfarçadas por Beto Cesar – pág. 55
Vidas vs. Economia
por Marc Sousa – pág. 56
Retratos de uma nova APAJUFE por Sandra Comodaro – pág. 57
Previdência privada
Modelo de investimento é recomendado para todos os perfis – pág. 58
Social View Especial Colunistas – pág. 59 Social View Quarentenados – pág. 62 Pelos encantos de Veneza
Clube é recriado para lembrar passeio pela cidade dos canais – pág. 66
Social View por TOPVIEW – pág. 69 Papo Final com José Claudio Casali – pág. 70
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EXPEDIENTE
Fundador e Presidente Emérito MARIO J. GONZAGA PETRELLI Presidente do Grupo RIC LEONARDO PETRELLI Diretor Corporativo Administrativo & Financeiro ANDRÉ FERREIRA Diretor Corporativo de Tecnologia e Estratégia ANDRÉ FRONZA Diretor Corporativo de Produto, Conteúdo & Convergência MARCUS YABE Diretor Corporativo de Mercado & Soluções Integradas NEY BRAGA ALVES Head de Jornalismo & Conteúdo Multiplataforma IVETE AZZOLINI Head de Trade Marketing & Planejamento Comercial GISLAYNE MURARO Head Digital RIADIS DORNELLES Diretor Regional – Unidade Londrina CARLA HOFFMANN Diretor Regional – Unidade Maringá GUSTAVO GARCIA Diretor Regional – Unidade Oeste PEDRO LUIS ANDRADE Diretor de Mercado Curitiba GILSON BETTE Diretor de Mercado Nacional JOSÉ TRAVAGIN Diretor de Mercado de Rádios e Novos Negócios MARCELO REQUENA
Publisher MARCUS YABE Gerente de Conteúdo e Projetos Multiplataforma PATRICIA TRESSOLDI Coordenador de Produção RODRIGO SIGMURA Editora de Plataformas Digitais GABRIELLE COMANDULLI Repórter MARIA MIQUELETTO Produtor Sênior GABRIEL SORRENTINO Produtora Júnior THAÍS MOTA Designer Gráfico SUSAN VOLANSKI Estagiárias IZABELLY LIRA e EMILIA JURACH Colunistas ANDREA GAPPMAYER, FELIPE CASAS, GEORGE LUNA, LEO GUEDES, MARC SOUSA, MARCOS BERTOLDI, MARCOS SLAVIERO, NADYESDA ALMEIDA, PAOLA GULIN, ROBERTA BUSATO e WILSON DE ARAUJO BUENO Embaixadores ANA CLAUDIA MICHELIN, BETHÂNIA GILSOUL, BETO CESAR, DUDA SLAVIERO, EMMANUELLE BERTOLDI, LUCIANA ALMEIDA, MARILIS BORCATH e SANDRA COMODARO Revisão FILIPPO MANDARINO
Diretor de Mercado MARCELO REQUENA Gerente de Negócios & Relacionamento MARCELE POIANI Executivos de Negócios & Relacionamento LUBNA BRAYTIH, BRUNO COMINESE e PRISCILA OGASSAWARA Assistente Administrativo REGIANE SCHUPEL � Impressão TUICIAL TOPVIEW Rua Amauri Lange Silvério, 450, Pilarzinho, Curitiba. 82120-000. Tel.: (41) 3331-6100. topview.com.br. CNPJ: 07.066.992/0001-07��
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EXPEDIENTE
embaixadores e colunistas desta edição EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
EMBAIXADOR
EMBAIXADORA
Ana Claudia Michelin
Bethânia Gilsoul
Beto Cesar
Duda Slaviero
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
EMBAIXADORA
Emmanuelle Bertoldi
Luciana Almeida
Marilis Borcath
Sandra Comodaro
TENDÊNCIAS
Educadora, estudiosa de moda e frequentadora dos principais eventos em Curitiba e São Paulo, traz uma seleção de eventos, informações de moda e personalidades.
BELEZA
É médica e diretora técnica da clínica Toujours Santé. Interessada em beleza, escreve sobre as principais dúvidas e tendências do segmento.
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NEGÓCIOS
Empresária, advogada, MBA Executivo em Direito e Business Law e pós-graduada em Direito Administrativo. Foi membro da comissão da OAB e é especialista em startups e propriedade intelectual. Palestrante com notoriedade certificada pelo IBC.
BOAS AÇÕES
É engenheira civil e, desde 2016, está à frente do Projeto Luz, que fornece alimentos a pessoas em situação de rua de Curitiba.
MARKETING
O publicitário e sócio-diretor da OAK Marketing levanta temas comuns ao cotidiano de todos sob o ponto de vista do marketing.
BEM-RECEBER
É diretora do Grand Hotel Rayon e sócia da Clínica Karla Assed. Escreve sobre a arte de bem-receber.
OMG
A estudante de Direito escreve sobre moda, viagem, marcas, pets e família, sempre com um toque de novidade e um pouco de exagero.
MUNDO JURÍDICO
Advogada, sócia e diretora da Nelson Wilians & Advogados Associados. Escreve sobre o mundo jurídico de forma acessível.
“Faz muita diferença investir com quem é realmente especialista no assunto.”
A Allez Invest é uma boutique de soluções em investimentos, com especialistas que entendem o valor do seu capital e sonham junto com você! A assessoria de investimentos tem um atendimento personalizado com foco no perfil de investimento de cada cliente.
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EXPEDIENTE
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Andrea Gappmayer
Felipe Casas
George Rosa Luna
Leo Guedes
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Marc Sousa
Marcos Bertoldi
Marcos Slaviero
Nadyesda Almeida
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Paola Gulin
Roberta Busato
Wilson de Araujo Bueno
MODA
Designer por formação e stylist de profissão há mais de dez anos pela StylebyGapp.
POLÍTICA
Âncora da rádio Jovem Pan e repórter nacional da Record TV. Atualmente, o jornalista dedica-se à cobertura de assuntos ligados ao mundo da política.
PELO MUNDO
É viajante de carteirinha. Sócia e consultora da NomadRoots e fundadora do clube de leitura Volta ao Mundo Literária.
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SOCIAL VIEW
Um dos RPs em ascensão de Curitiba, traz os melhores eventos e personalidades do mês.
ARQUITETURA
Especializado em Arquitetura Paisagística, foi apontado, em 2010, como um dos cem arquitetos mais promissores do mundo pela Architectural Digest-USA.
SOCIAL VIEW
É designer de moda, pós-graduada em Gestão de Negócios, atuante no mercado como relações públicas e sócia idealizadora do 2GET SALE.
BEAUTY
Beauty artist, participa das principais semanas de moda do país, como a SPFW, e já fez editoriais para publicações como Vogue. Atualmente, faz parte do time de maquiadores do Boticário.
SOCIAL VIEW
É frequentador de longa data das mais prestigiadas rodas de Curitiba e de Santa Catarina. Traz sempre quem foi aos melhores eventos.
SOCIAL VIEW
Guarda a memória da sociedade paranaense. Seu olhar e sua projeção estão firmados no Paraná e em sua gente, que conhece como poucos.
CABELOS
Diretor técnico e hairstylist da Casa W, com décadas de experiência, escreve sobre cuidados e estética de cabelos mensalmente.
SOCIAL VIEW
Tem o DNA do colunismo social curitibano. Além dos eventos, ela agora se dedica ao hobby de receber com arte.
Descubra o lado premium da vida.
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VENDAS
INCORPORAÇÃO E CONSTRUÇÃO
Incorporação registrada sob a matrícula 72.277 da 5ª Circunscrição de Registro de Imóveis de Curitiba. CONSTRUTORA E INCORPORADORA
CRÔNICA EDITORIAL
por Patricia Tressoldi, Gerente de Conteúdo e Projetos Multiplataformas da TOPVIEW
O dia em que o sol mudou de cor
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ntes de domar a hiperinflação com o Plano Real, o Brasil passou por cinco tentativas frustradas de estabilização, com diferentes planos econômicos: Cruzado (1986), Bresser (1987), Verão (1989), Collor I (1990) e Collor II (1991). Como nasci em 1988, não pude vivenciar todas essas fases, mas tenho o relato dos meus pais sobre o sentimento deles diante de toda aquela instabilidade. Minha mãe sempre conta que, a cada fase, "o sol mudava de cor". Pois bem! No dia 12 de março deste ano, eu estava trabalhando e meu irmão – que trabalha no mercado financeiro, em São Paulo – me ligou e pediu pra que eu mantivesse nossos pais dentro de casa, pois já havia muitos casos de coronavírus no Brasil ainda não divulgados. Ele disse que, em questão de dias, isso viria a público e que o Brasil não seria mais o mesmo. Eu estava no estacionamento do Grupo RIC e lembro que, enquanto ele falava, eu olhava para o céu e foi então que "o sol mudou de cor". Estava claro que as nossas vidas seriam diferentes dali pra frente. Já no dia seguinte, toda a equipe da TOPVIEW foi para casa e, desde então, não vejo presencialmente meu time e os colegas de trabalho. Tivemos que mudar nossa rotina e aprender como nos comportar nesse
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novo modelo. Nos recolhemos… e assim seguimos: recolhidos. Além de aprender como trabalhar de uma forma diferente, nós, indivíduos que somos, tivemos que lidar com uma série de sentimentos. Medo de perder a saúde. Ansiedade pela falta de estabilidade econômica. Saudade do calor humano. Porém, todos foram dando um jeitinho de continuar a levantar da cama, dia após dia. Eu busquei minha força na fé em Deus, alguns se dedicaram à criatividade, à leitura, às artes. Outros colocaram o foco em exercícios, no preparo de receitas e até mesmo no humor. Fato é que o recolhimento traz a ressignificação e nós temos que entender que, mesmo em tempos difíceis, é possível, sim, construir coisas boas. É o que estamos fazendo por aqui! Esta edição da TOPVIEW é a primeira parte de uma trilogia que estamos produzindo. Nós entendemos que a publicação impressa é também um documento histórico da sociedade e é por esse motivo que vamos retratar em três edições o momento que estamos vivendo. Recolhimento. Superação. Evolução. Ao lado, você confere a obra da artista Barbera van den Tempel, Sobrevive Quem se Adapta, criada especialmente para esta edição da TOPVIEW.
Sobrevive Quem se Adapta Pintura em Aquarela 2020 | Curitiba | Paraná | Brasil "Mesmo recolhidas em suas casas, as pessoas conseguem se reinventar. É emocionante ver todos se comunicando através de suas janelas. Aplausos e músicas mundo afora com a intenção de incentivar e agradecer a todos os profissionais de saúde que, neste momento, estão fazendo de tudo para salvar tantas vidas." Barbera van den Tempel
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a seção de moda, beleza, cosméticos e joias
HOMEWEAR E HUMOR O perfil no Instagram Working From Home Fits (@wfhfits), criado no início do isolamento social por três jornalistas, duas delas dos Estados Unidos e uma do Reino Unido, tem como objetivo postar fotos dos "looks de ficar em casa" com legendas divertidas. A página aceita a participação do público: algumas fotos enviadas por seguidores são publicadas no feed do perfil. 18
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Fashion
FASHION | ESTÉTICA
Pele bem cuidada em tempos de quarentena
Devido à alta exposição da pele a luzes artif iciais, o cuidado deve ser redobrado por TVBC
Shutterstock
trazendo alterações à estética da pele, o médico reafirma a necessidade da quarentena: “Estamos em uma pandemia. Por isso, temos a obrigação de utilizar todos os meios indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar ao máximo a propagação da Covid-19. Devemos proteger nossa população e a ação do isolamento social, nesse momento, é crucial para a diminuição da cadeia de infecção”, lembra o especialista.
VIEWS OF BRAND
a usar filtro solar, de preferência um produto que proteja também das luzes brancas.” Nesse período de isolamento, é mais provável que a pele de adultos e idosos sofra mais. O especialista explica que isso pode acontecer devido à maior sensibilização às luzes artificiais. “Esse tipo de luz pode estimular o aparecimento de hiperpigmentações, que consistem no escurecimento da pele por aumento da produção de melanina”, ressalta Eliseu, destacando que, com certeza, há uma exposição maior à luz do celular e também a outras luzes artificiais. Mais do que nunca, é preciso que todos mantenham a pele limpa, sem esquecer o uso de um hidratante compatível com o seu tipo de pele. “Muita hidratação e comidas saudáveis também são pontos que irão influenciar bastante na saúde da pele”, revela. Apesar dessa nova rotina acabar
ESTE CONTEÚDO É PRODUZIDO POR TVBC – TOPVIEW Branded Content. Trata-se de um conteúdo em formato editorial criado especialmente para o cliente. Esta notificação faz parte da nossa nova política de transparência com o leitor e o mercado anunciante.
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om a determinação do isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, a rotina de todos está completamente mudada. Funcionários trabalhando em home office, shows e eventos públicos adiados, baladas e restaurantes completamente fechados. Portanto, o hábito de cuidar da pele também pode ficar esquecido, o que traz alguns problemas para o maior órgão do corpo – além, claro, de todas as mudanças de rotina, que já interferem tanto na saúde física quanto mental. De acordo com Eliseu Portugal, médico que atua na área de comportamento alimentar, estética e fisiologia do envelhecimento, na verdade, não é provável que ocorram mudanças significativas na pele. Porém, ele alerta principalmente as pessoas com tendência a manchas e melasmas: “É muito importante que se continue
RECEITINHA CASEIRA
MÁSCARA FACIAL VEGANA Primeiro, lave o rosto com água morna. Em seguida, pegue uma colher de sopa de abacate e meio limão espremido e misture-os. Aplique no rosto e deixe agir por 15 minutos e, depois, enxágue com água morna.
Clínica Eliseu Portugal CRM-PR 10.754 Av. Silva Jardim, 3.636, Batel I Tel.: (41) 3019-9887 I 3029-1649 I 9 8818-7873 clinicaeliseuportugal.com.br I @clinicaeliseuportugal I /clinicaeliseuportugal topview.com.br
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FASHION | BELEZA
Mundo da Beleza por Emmanuelle Bertoldi, embaixadora
Hora de cuidar de si mesmo Conf ira dicas ef icazes para a sua pele estar hidratada e com ótima aparência
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m meio a essa pandemia, as pessoas ficam mais em casa, sejam afastadas dos afazeres diários ou em home office, todos devem ficar em quarentena, com isso acabou a desculpa de falta de tempo para cuidar de si mesmo. Cuidar de si mesmo envolve muitos aspectos, como uma alimentação saudável, alongamento, exercícios e rotinas de skincare cuidam de nosso organismo, mas é tempo de autoconhecimento e meditação para cuidarmos de nossa mente. Esse mês convidei minha amiga, a Dra. Adriana Schuchowsky, que é dermatologista, para, juntas, darmos dicas fáceis para aquelas pessoas que sempre tiveram preguiça com esses cuidados. Cuidado 1: HIGIENIZE A PELE Não vale dormir de make ou filtro solar do dia inteiro, que está impregnado no final do dia de sujidades como poeiras e ácaros. Escolha um produto específico para o rosto e nunca use sabonete corporal na face, porque a concentração de tensoativos
é muito maior e eles são geralmente mais fortes. Qualquer produto deve sempre obedecer o seu tipo de pele: para peles mais grossas ou oleosas, prefira os que possuam alfahidroxiácidos ou ácido salicílico, já para peles ressecadas o ideal é tipo “syndet” (agente limpante sem sabões por isso não resseca a pele). Após limpeza com sabonete muitas pessoas gostam do uso de tônicos, os que são a base de álcool devem ser usados com cuidado, de preferência em peles oleosas, para as secas evitar o álcool é fundamental, uma possibilidade interessante é o uso da água micelar no lugar do tônico (são pequenas partículas- micelas de óleo em água), ou até as águas termais que podem ou não ser enriquecidas com substâncias hidratantes. Muitos perguntaram se água micelar por ter óleo pode ser usada em peles oleosas, CLARO, é ótima como demaquilante, mas prefira sempre antes de lavar. Cuidado 2: HIDRATAR Se o uso de hidratantes não faz parte da sua rotina, é bom rever os conceitos, peles hidratadas são o primeiro passo para evitar as rugas, pode ser usado um produto específico para hidratações ou agentes hidratantes podem estar contidos nos cremes de sua rotina. Uma conversa com seu médico esclarecerá qual o produto ideal para cada pessoa. Vale lembrar que peles muito oleosas e brilhantes podem mesmo assim estar ressecadas, a prova disso são as dermatites seborreicas (irritação da pele oleosa que causa descamação na face). Cuidado 3: EVITE MANCHAS DURANTE O DIA Dois produtos são fundamentais nessa hora e formam uma "casadinha": VITAMINA C + FILTRO SOLAR. A vitamina C pura potencializa o efeito dos filtros solares por seu poder antioxidante. Esse poder impede a formação de novas manchas além de auxiliar no processo de rejuvenescimento cutâneo, porque age contra os radicais livres. O ideal de uso da vitamina C é durante o dia. Para otimizar os resultados, prefira sempre as puras, use marcas consagradas para que sejam estáveis, de preferência com textura em sérum, por serem mais leves para o dia. Confira na hora da compra, porque muitas marcas não possuem tecnologia para estabilizar a vitamina C pura que é o ácido ascórbico, e usam derivados mais estáveis mas menos potentes. O uso do filtro solar não dá para escapar, nem dentro de casa, porque estamos cercados de luz do tipo LED. No quesito filtro vale de tudo, hoje no mercado existem mil texturas das ultrafinas que a gente não percebe na pele até os de alta cobertura, podem ter cor ou não, podem ser controladores de oleosidade ou hidratantes, o que é importante é se adaptar a um e criar o hábito. Não esqueça de reaplicar!!! Cuidado 4: CREME DA NOITE Além da limpeza e da hidratação a noite é hora dos cremes com finalidades mais potentes, sejam
eles nutritivos, mais pesados, ácidos, clareadores ou com formulações tecnológicas. Esses são os passos básicos para os iniciantes em skincare. Para as que já possuem o hábito, vale investir em produtinhos para as áreas dos lábios e dos olhos. Além desses cuidados todos, existem alguns extras que podem ser feitos em casa e dão um glow a mais na pele, como esfoliação 1 vez por semana com o uso de uma máscara, por exemplo. Existem milhares no mercado, algumas com efeito clareador, outras tensoras, além das basiquinhas de argila para poros e oleosidade. Só pedimos muito cuidado com receitas caseiras de turbinar as máscaras ou mesmo fazer em casa com produtos naturais, podem ser perigosas, e as redes sociais amam receitinhas. Alguns exemplos do que não fazer, evite óleos cítricos como limão, bergamota ou laranja em produtos para a pele porque eles podem causar queimaduras graves, não tente macerar carvão de churrasqueira em casa e aplicar na pele, vai grudar o pigmento e você terá que arrancar a pele para tirar; o preferido dos que entendem pouco de química é o oleo de coco, ele é rico em ácido laurico, precursor do lauril sulfato de sódio- sabão que todo cabeleireiro pede para a gente evitar de usar, numa primeira vez pode até hidratar pela umectaria, mas o uso constante pode ressecar e até quebrar o cabelo. Aproveitem as dicas e estejam seguros para o futuro que nos espera.
“Cuidar de si mesmo envolve muitos aspectos, como uma alimentação saudável, alongamento, exercícios e rotinas de skincare cuidam de nosso organismo, mas é tempo de autoconhecimento e meditação para cuidarmos de nossa mente.”
Veja mais dicas importantes para o seu skincare no portal da TOPVIEW.
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FASHION | BELEZA
Cabelos por Leonardo Guedes W, colunista
"Cada pequena ação causa um dano em nossos cabelos e, para auxiliar no tratamento e nos cuidados, temos o cronograma capilar para ser aplicado em casa."
O cronograma capilar selfmade ideal
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ossos cabelos precisam de tratamentos e cuidados em casa, não apenas dentro do salão. Isso porque temos, em nosso dia a dia, um desgaste progressivo dos fios: danificamos com uso de secador, chapinha, babyliss, água muito quente, calor intenso do sol, cloro das piscinas, sal do mar e até mesmo amarrando muito forte. Cada pequena ação causa um dano em nossos cabelos e, para auxiliar no tratamento e nos cuidados, temos o cronograma capilar para ser aplicado em casa. É importante conseguir identificar as três principais necessidades de nossos cabelos, que são: hidratação, nutrição e reconstrução. Como sei qual é a necessidade dos meus fios? Temos três passos para identificar qual tipo de tratamento seu cabelo precisa. Se os seus fios estão sem brilho, ressecados e ásperos e esse aspecto é visual, ou seja, quando você passa as mãos no cabelo,
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não consegue sentir, mas enxerga esse efeito, devemos devolver água a eles. Por isso, a necessidade de fazer uma hidratação (linha Elements Wella). Caso estejam porosos, desalinhados e com bastante frizz, de forma que você consegue sentir no toque essa textura, precisamos de tratamentos para devolver nutrientes e lipídio (Nutri Enrich Wella). Por último, se os fios estiverem frágeis, quebradiços ou elásticos, é sinal de que precisam de reestruturação. Nesse caso, indico um cronograma capilar no qual combinamos reconstrução (linha Fusion Wella) com nutrição e hidratação. Eu indico sempre tratamentos específicos para os cabelos. Essas três linhas que indiquei são completas e trazem um resultado final incrível! Manter os tratamentos em casa, ter uma boa alimentação e prestar atenção nos cuidados durante o dia a dia são passos essenciais para termos fios bonitos e saudáveis.
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Chega de desculpas: aproveite a quarentena para cuidar dos f ios e mantê-los saudáveis
FASHION | TENDÊNCIAS
Tendências por Ana Claudia Michelin, embaixadora
A beleza e a arte de se reinventar A dermatologista Fabiana Mendes Nolla dá dicas valiosas para nos reinventarmos mesmo estando em casa
Lígia Lagos
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ivemos tempos de incerteza, medo e distância física. Mas, em meio a tudo isso, temos visto muitas atitudes de generosidade, amor e cuidado ao próximo. Na rotina profissional, não foi diferente. Vimos clínicas sendo fechadas e tratamentos adiados e trocamos nossos consultórios pelo home office. Mesmo com tanta coisa mudando ao mesmo tempo, uma coisa é fato: temos evoluído e melhorado a nossa forma de encarar o mundo e seus desafios. Sabemos que em algum momento tudo isso vai passar. O coronavírus vai embora e, disso tudo, ficarão as lições que aprendemos durante a quarentena. Entre elas, podemos citar a importância do autocuidado e do amor-próprio, mas não de maneira fugaz e superficial e, sim, como uma forma de nos mantermos bem com nós mesmos e de cuidar do que mais importa: nossa saúde e nosso bem-estar físico e emocional. Sendo assim, a dermatologia, mais do que nunca, pode e deve ser uma grande aliada nesse momento. Valorizando a beleza individual de cada um, buscamos, mesmo que de longe, inspirar cuidados e informar de forma cuidadosa, fazendo uso das
tecnologias para manter a autoestima de nossos pacientes lá em cima. Podemos dizer, ainda, que a dermatologia é a arte de ressaltar a beleza que já existe em cada pessoa. Por isso, retomamos os atendimentos na clínica no Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, mas seguindo rigorosamente todas as políticas de higiene e limpeza. Nosso trabalho só faz sentido se realizado com segurança, para preservar a saúde dos clientes e da equipe. É esse o nosso norte nesse momento delicado. Mesmo em casa, os cuidados com a pele podem ser terapêuticos durante essa temporada. Que tal fazer um “dia de beleza” com a sua filha? Ou, então, um “desafio de make” virtual com as amigas? Tudo isso, por mais simples que seja, pode elevar não só a autoestima como também o humor e a alegria das pessoas que amamos e que, nesse momento, estão distantes de nós. Além disso, vale ressaltar a importância do “solzinho” diário, para manter em dia a vitamina D e, de quebra, aproveitar para contemplar o céu e tudo aquilo que a natureza nos oferece diariamente e que, na maioria das vezes, com a correria dos dias “normais”, não tínhamos tempo para observar. Vale aproveitar, ainda, para olhar
para tudo aquilo e todos aqueles que estão próximos de nós e que muitas vezes não notamos. Que tal dar uma chance a um produto daquela marca nacional ou local que você sempre deixou para depois? Valorize marcas brasileiras. A pandemia da Covid-19 trouxe grandes impactos à economia do país e as empresas vão precisar de apoio para passar por esse momento e resistir no mercado. Opte por produtos e marcas daqui, da nossa terra. Mais do que nunca, é o momento de “darmos as mãos”, mesmo de longe, e avançar. Quanto a nós, continuamos aqui, com a certeza de que a pandemia do novo coronavírus vai passar. Sabemos que são tempos desafiadores, mas todo dia é uma nova oportunidade de nos reinventarmos enquanto indivíduos e profissionais. Os abraços e apertos de mãos deverão ser adiados, por ora, mas um sorriso não deixa a desejar quando o assunto é afeto e carinho. Que o nosso aconchego chegue a cada um de vocês que recebem esta mensagem, com o mais sincero desejo de dias melhores e mais felizes, bem pertinho daqueles que amamos. *com a colaboração de Patricia Marques.
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FA S H I O N | B E L E Z A
Beauté por George Luna, colunista
Reencontro com a sua essência
É hora de cuidar mais de nós mesmos e de quem mais amamos
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lhar para o passado e relembrar as vezes em que a humanidade foi atingida por doenças devastadoras é encontrar na história seus pontos de transformação. Desta vez, o que difere este momento particular que vivemos é que precisamos reaprender a parar. Quem sempre esteve acostumado a se maquiar no carro, participar de inúmeros eventos sociais, correr entre uma reunião e outra prendendo os cabelos e com tão poucos minutos para olhar para o espelho (ou para a alma) se viu confinado diante de um mundo que se apequenou, no tamanho das nossas telas de celular, da nossa casa e de uma pacata rotina (ou até mesmo da ausência dela). Nestes dias, nunca foi tão importante enxergar a si para poder também cuidar do outro. Por isso, aproveite cada segundo para se reconectar com a sua essência. Se vai fazer home office, aposte no make básico, sem “Nestes dias, deixar o rímel e o batom nude de fora. nunca foi tão Depois que o trabalho acabar, faça seu importante enhappy hour ser uma xergar a si para rotina de skincare relaxante, acompa- poder também nhado daquele filme cuidar do outro.” que você adora. O final de semana chegou e parece que todos os dias foram domingo? Coloque sua roupa favorita, invista em um make mais alegre e almoce com a família em grande estilo. Afinal, quando tudo isso passar (e vai passar), a gente vai descobrir que o que fica lindo em nós é estar ao lado de quem amamos, incluindo a nós mesmos.
FASHION | MODA
Oh my god por Duda Slaviero, embaixadora
Veja mais dicas incríveis do que fazer nessa quarentena no portal da TOPVIEW.
PARA O COR PO
4 dicas para se distrair na quarentena O tempo em casa vai passar mais rápido do que você imagina
E X E RC Í C I O
É muuuito mais fácil do que vocês imaginam manter uma rotina de exercícios, mesmo na quarentena. Aqui em casa, eu me preparei um pouco, mas você consegue treinar até com uma cadeira e garrafinhas de água. Dá para fazer yoga, funcional e de tudo um pouco. Eu não fico sem exercício, acostumei-me muito bem com essa rotina. PA R A D I S TR A I R
FILMES E S ÉRIES Existem muitos filmes que você pode maratonar. Faça uma pipoquinha e vá assistir a vários filmes ou séries! Tem Netflix, Amazon Prime Video, HBO GO, Apple TV! Minha dica de série é Gossip Girl, para quem nunca viu, e, para quem já viu, dá para rever! PA R A D I S TR AI R
COZINHA R COIS AS DIFEREN T E S PARA A M EN T E
Unsplash e Pexels
LER
Eu amo ler em e-reader, mas também gosto de ler livros físicos. Eu sou alucinada pelo meu Kindle e é completamente diferente de ler em tablet. Tem gente que odeia os e-readers. Então, compre livros online se você é desse tipo, porque, quando eles chegarem, você tem o que fazer por um bom tempo.
Cozinhar também é terapêutico. Eu amava preparar doces e havia mais de um ano que não fazia. Agora, tenho aproveitado esse tempo para inventar coisas para comer enquanto assistimos a um filme ou um tipo diferente de snack para comer enquanto jogamos! topview.com.br
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FASHION | MODA
As máscaras cirúrgicas se tornaram acessórios indispensáveis em vários países e já há quem diga que elas são o símbolo do nosso tempo por Maria Isabel Miqueletto
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m outros tempos, talvez apenas um ou dois meses atrás, uma matéria sobre máscaras cirúrgicas soaria completamente fora de contexto nesta revista. Hoje, ao andar pelo Centro de Curitiba (só em caso de necessidade, vale lembrar) ou navegar pelo Twitter ou Instagram, é inevitável se deparar com elas, de cores e tamanhos diferentes. Isso porque, após a pandemia do novo coronavírus, que tem alta taxa de contágio, o mundo recebeu a indicação de usá-las para tentar frear a disseminação, quando for necessário sair do isolamento social. Elas viraram até filtro no Instagram – inclusive com versão fancy, cheia de brilho e com ar fashionista. A simbologia das máscaras, hoje, foi revi-
Shutterstock e Ausair
Os reflexos do nosso tempo
sitada. Nada é o que é, por si só. O mesmo objeto pode ter uma representação diferente a cada época. A palavra "moda" deriva do latim modus, que significa "modo", "maneira" e "comportamento". Isso já diz muito sobre sua efemeridade e seu caráter mutável. É a junção entre o vestuário e o período vivido. As máscaras já representaram proteção contra doenças e poluição, protesto, responsabilidade social, racismo – e, agora, a pandemia da Covid-19. "As máscaras faciais cirúrgicas são o símbolo dos nossos tempos", defende a editora de moda do New York Times, Vanessa Friedman, em artigo para o jornal. Para ela, as máscaras são o maior símbolo do medo e da confusão que a população mundial está sentindo nesse momento histórico. Se antes, em suas origens no teatro e no Carnaval, a máscara era usada como uma forma de libertação, em que as pessoas podiam agir como quisessem por trás dela, hoje as pessoas vestem uma (a cirúrgica) que simboliza a perda de liberdade. "Antes, [a máscara] era uma ajuda para criar uma nova identidade. Hoje, também fala de identidade, mas mais no sentido de esconder. Quando a gente coloca uma máscara cirúrgica, a gente quer se esconder de alguma coisa até um pouco invisível – e dos outros, que são agentes dessa doença", analisa Gabriela Garcez Duarte, pro-
fessora de moda, design, coolhunting e gestão de tendências na PUCPR. Isso se contrapõe, também, à hiperexposição que vivemos nessa fase em que tudo é documentado nas redes sociais. "Nossa sociedade moderna está vivendo uma situação bem única, porque estávamos começando a mostrar nossos rostos para o mundo no Facebook – que, na tradução, cita o "rosto" (face, em inglês) – e no Instagram. Os rostos desconhecidos se tornaram vetores de moda [nas redes sociais]. Parece até uma contraposição a tanta exposição", percebe Gabriela. A moda depois da crise As consequências desse período ainda são incertas, mas especialistas apontam alguns possíveis caminhos. Para Gabriela, que também é mestre em moda, cultura e arte, a moda sempre acompanha as mudanças em nível técnico e social. "Pelo lado técnico, a indústria vai ter impactos enormes, porque o ciclo da moda é bastante centralizado na China, então haverá prejuízos financeiros e logísticos. No campo social, imagino que será um reforço da economia local, que é uma contraposição à economia chinesa e global. A economia local fortalece a nossa nação”, observa. A professora da Universidade Positivo e doutoranda na área de moda, Manita Menezes, acredita que a crise vai impactar a moda
A marca australiana AusAir lançou neste ano uma coleção de máscaras reutilizáveis, com filtros que duram até quatro semanas.
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FASHION | MODA
"Quando a gente coloca uma máscara cirúrgica, a gente quer se esconder de alguma coisa até um pouco invisível – e dos outros, que são agentes dessa doença."
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Outra matéria de 2013 da Dazed Digital discute como as máscaras cirúrgicas se tornaram um fashion statement na Ásia, com foco no Japão. Explica que o país foi construído com base em etiqueta social, o que leva as pessoas a entenderem que, quando estão doentes, devem fazer a coisa certa, ou seja, usar máscara. Por outro lado, há quem não queira usar maquiagem e use-a como forma de esconder o rosto e, o mais surpreendente, para esconder as emoções. Na cultura do país, a diferenciação do honne–tatemae é essencial: o contraste entre o que a pessoa está sentindo ou desejando de verdade (honne)
01. A Airinum é especialista na produção de máscaras faciais e dispõe de peças com colaboração de várias marcas de moda. 02. A Qiodan Yin Peng Sportswear apresentou máscaras antipoluição em 2014, durante a China Fashion Week daquele ano.
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mais pela questão comportamental do que estética. "Geralmente, depois de uma grande depressão, a moda volta mais exagerada. Depois do inverno, vem o verão e as cores bem vivas, por exemplo. Mas acredito que, dessa vez, não vai ser só isso. Acho que haverá uma mudança no consumo, na forma de consumir”, defende. "[Essa mudança] já estava em curso, mas acredito que agora vai se intensificar. Nos últimos 15 anos, começou um movimento contra o fast fashion, mas de um jeito tímido. Agora a curva vai ser mais intensa." Um movimento antigo O fenômeno não é novo. Uma matéria de 2003 da agência de notícias Reuters conta como as máscaras antivírus eram o novo furor da moda em Hong Kong, uma das duas regiões administrativas especiais da China. A "moda de rosto", como chamaram o movimento, surgiu em vários formatos, cores e estampas, ao mesmo tempo em que a população tentava se acalmar diante de um novo vírus recém-chegado à cidade. Tratava-se da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), também causada por um coronavírus. Na época, o surto de SARS, de 2002–2003, atingiu mais de oito mil pessoas e registrou 774 mortes no mundo. Os chineses deram um toque fashion à obrigatoriedade do uso de máscara, estampando-as com personagens de desenhos animados e gibis, como Hello Kitty e Ultraman. Isso é uma das possíveis explicações para o uso comum das máscaras até hoje nos países da Ásia Oriental, como China, Japão e Coreia do Sul. Especialistas relacionam o movimento, também, ao cuidado com a pele, já bem conhecido e seguido por muitas pessoas, mesmo no Ocidente. Com altos níveis de poluição nas metrópoles asiáticas, a máscara é uma maneira de se proteger.
No Japão, o uso das máscaras já era comum antes da Covid-19. Especialistas afirmam que esse hábito pode estar ligado a práticas de cuidados com a pele.
e o comportamento e as opiniões que deve expressar em público (tatemae). Com as máscaras, essas emoções podem ser escondidas. A difusão das máscaras cirúrgicas ao redor do mundo remonta à outra pandemia, a da gripe espanhola, em 1918, que matou cerca de 50 milhões de pessoas. Elas foram usadas oito anos antes por autoridades chinesas para impedir a propagação da peste pneumônica. As informações são do artigo History of Surgical Face Masks: The Myths, The Masks, and The Men and Women Behind Them, de John L. Spooner. Reflexo nas marcas A marca de moda Marine Serre trouxe símbolos que logo foram associados à Covid-19 em seu desfile na Paris Fashion Week no início deste ano, quando o vírus começava a alertar outros países além da China. Por mais que, nesse caso, tenha coincidido com esse momento do coronavírus, a estilista francesa já tinha desfilado máscaras faciais anteriormente. Na coleção outono/inverno do ano passado, colaborou com a marca francesa de filtros R-PUR para criar máscaras antipoluição. Ela
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descreve seu trabalho como "future wear". Outros designers já deram um ar descolado a apetrechos de sobrevivência em suas criações. A coleção Qiaodan Yin Peng Sportswear desfilou máscaras antipoluição na passarela da China Fashion Week, em 2014. Em janeiro deste ano, a cantora-sensação Billie Eilish chamou a atenção no tapete vermelho do Grammy, maior premiação da indústria fonográfica, ao vestir uma máscara transparente da Gucci. Na Nova Zelândia, a marca Meo colaborou com a designer Karen Walker para criar máscaras fashionistas, com belas estampas. Foi o que fez, também, a Aus Air, dando um ar minimalista ao acessório. A Airinum, empresa sueca especializada em máscaras faciais fundada em 2015, vende o que chama de "a próxima geração de acessórios para a saúde" – e dispõe de peças com colaboração de várias marcas de moda. As máscaras de uma das coleções, em parceria com a NEMEN, custam 99 dólares (aproximadamente 520 reais). Em uma matéria do jornal inglês The Guardian, a chamada para as máscaras fashion do momento resume o movimento: "tentando fazer algo horrível parecer atraente." Por aqui, percebemos aos poucos essa nova moda surgir – sem previsão para terminar. Leia o artigo completo da editora de moda do New York Times, Vanessa Friedman.
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03. A marca francesa Marine Serre desfilou máscaras em uma semana de moda no início deste ano. 04. A coleção de máscaras da Meo, em parceria com a Karen Walker, é composta por quatro diferentes estampas. As peças foram produzidas para garantir conforto.
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FASHION | MODA
Moda por Andrea Gappmayer, colunista
A indústria da moda em tempos de pandemia
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ivemos um momento único para todos. Com isso, tudo muda: prioridades, formas de pensar... ou deveria mudar. O que temos acompanhado são muitas marcas tomando iniciativas para ajudar a todos, da maneira que conseguem. O grupo LVMH parou suas fábricas de perfume da Dior para confeccionar álcool em gel e fez uma doação para o governo francês. Também fez uma doação de US$ 2,2 milhões para a Cruz Vermelha, na China. A Versace também fez uma doação generosa à instituição chinesa e a hospitais milaneses. A Prada cedeu duas unidades completas de equipamentos médicos para hospitais italianos, na tentativa de ajudar o país. Achei muito interessante vários textos que tenho lido sobre o assunto, muitos deles falando algo
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em que já acredito e que pratico ou nos forçando a ser assim. no meu dia a dia. Tudo precisa Importante que, com todas as ser genuíno e não uma ação de dificuldades que possam existir, marketing. as pessoas ajudam umas às outras. O mundo vive este caos em Temos visto muitas colaborações, todas as classes e ambientes, então inclusive com os próprios clieno ideal é repensar tes, como forma de suas escolhas e “O mundo vive trazer eles para mais formas de agir perto. Exemplo disso este caos em é a marca de beauty com as pessoas. Tanto elas como as todas as classes e Simple Organic, que marcas precisam de convida os clientes a fato ser relevantes, ambientes, então trazer novos clientes falar suas verdades o ideal é repen- para o online. Nesse e deixar que elas caso, ambos os lados toquem as pessoas, sar suas escolhas ganham desconto não apenas gerane formas de agir com a venda nova. do consumo como coisas podem com as pessoas.” Muitas também ajudando ser pensadas e execua refletir. O varejo tadas, o importante – seja online ou offline – precisa é fazer acontecer de forma real. E se reinventar e as crises, de certa você? O que tem feito para ajudar forma, acabam por chacoalhar todo o próximo? Fica a reflexão para o sistema, deixando-nos criativos todos nós!
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As ações de empatia que as marcas de luxo vêm desenvolvendo por conta do coronavírus
Estilo
a seção de arquitetura, decoração, gastronomia, viagem e luxo
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SAIBA MAIS
GASTRONOMIA POR DELIVERY O número de pedidos de entrega de comida, o delivery, subiu 37% em Curitiba desde o dia 22 de fevereiro deste ano, de acordo com dados da plataforma ControleNaMão, que faz a gestão de bares e restaurantes. A TOPVIEW preparou uma lista de restaurantes curitibanos que estão atendendo pelo sistema delivery durante o período de quarentena!
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ESTILO | ARQUITETURA E DECORAÇÃO
Arquitetura por Marcos Bertoldi
Uma vida em casa O home office não é uma prática recente, mas o conf inamento, sim
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têm se mostrado mais objetivas e igualmente eficazes. Nesse primeiro momento, a produção individual nos pareceu ampliada. O que virá de tudo isso não se sabe. “Fique em casa” é o novo mantra para que o nosso sistema de saúde não entre em colapso e o número de mortes seja minimizado. Ainda lembraremos por muito tempo dessa pandemia. O que vamos aprender – se é que aprenderemos algo, passado o susto – ainda é prematuro para se afirmar. Para alguns, tornaremo-nos menos materialistas, desperdiçaremos e poluiremos menos, seremos mais solidários e cuidaremos melhor de nossos entes queridos. A economia, finalmente, estará a serviço do homem – e não o contrário. Enfim, respeitaremos mais o planeta, a vida e o próximo. Assim espero. P.S.: mesmo com o escritório acessível, bastando descer duas rampas, continuo trabalhando na sala da minha casa, na qual tenho o nível necessário de introspecção e concentração.
Molde em gesso feito por João Turin e dado de presente ao meu avô, Pinheiro Junior.
Romulo Fialdini
ou um privilegiado. Minha profissão me permitiu trabalhar em casa. Passei a vida em home office, a novidade é o confinamento. O trabalho criativo sempre foi mais uma atividade praticada por prazer e nunca menos do que isso, algo muito pouco afeito ao que comumente se entende por trabalho. Vivi grande parte da minha infância em casa e, ainda hoje, é o meu lugar de conforto, segurança e bem-estar. Lugar onde preservo as minhas principais memórias, referências e encontros. Quando comprei o meu primeiro laptop e passei a usá-lo para desenhar, dei-me conta de que meu escritório seria onde eu estivesse. Nos últimos anos de nossa antiga sede, na Rua Treze de Maio, as idas ao escritório foram diminuindo e se tornando dispendiosas e desnecessárias. No ano de 2008, mudei toda a equipe e a atividade profissional para casa, inicialmente de maneira improvisada, com um certo receio de que o escritório pudesse interferir na nossa rotina e privacidade. Rapidamente percebi que o tempo que eu economizava em deslocamentos, os custos e trabalhos de manutenção da antiga sede e a facilidade em ter o escritório próximo e acessível me recompensavam com sobras financeiras e, até mesmo, de tempo. Eventuais desvantagens de espaço e no recebimento de fornecedores ainda deveriam ser testadas. A última barreira seriam os próprios clientes, que poderiam reagir mal à iniciativa. Quando percebi que a situação não nos causaria nenhum embaraço – ao contrário, muitos têm grande interesse pela casa histórica em que vivemos –, iniciei reformas e adaptações no térreo/subsolo da residência, de modo a tornar os espaços mais agradáveis e salubres à nossa atividade. Portanto, em tempos de SARS-CoV-2, estamos razoavelmente preparados, mental e fisicamente. Nossa equipe desmobilizou-se gradualmente e, desde o dia 20 de março, todos já trabalham em seus respectivos domicílios. Reuniões entre nós, clientes e fornecedores são feitas por aplicativos e redes sociais e
ESTILO | VIAGEM
Pelo Mundo por Paola Gulin, colunista
Encontros literários de muitas trocas e aprendizados
Volta ao Mundo Literária Uma forma de viajar sem sair do lugar
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Amanda Lavorato
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á pouco mais de 4 anos, eu embarquei na o comunismo cubano desde as suas origens com viagem mais fantástica da minha vida. Nem a ficção que não é ficção do Leonardo Padura (O poderia imaginar que, mesmo sentada Homem que Amava os Cachorros), já me transportei no sofá da minha casa, a união de papel, até a abundância da antiga Pérsia ao turbilhão do Irã palavras impressas e arte seria capaz de me de hoje em dia com os quadrinhos da Marjane Satrapi transportar a tantos lugares, culturas e descobertas pelos (Persépolis). quatro cantos do mundo. Mesmo em isolamento, a viagem não para. Agora As páginas dos livros me levaram àquela Rússia estou percorrendo as ruas de Paris dos anos 1920 com gelada e escura do Dostoiévski (Crime e o Hemingway – inclusive sentindo água Castigo), à colorida e descontraída Cartagena boca com as descrições de todos estes “Nem poderia bistrôs franceses (Paris é Uma Festa)! na do Gabriel Garcia Márquez (Amor nos Tempos do Cólera), às ruas caóticas e cheias Tive sorte ao escolher desde o início imaginar que as melhores de história da Nápoles da Elena Ferrante (A companheiras de viagem, Amiga Genial). Eu pude reviver a magia da (...) [a] arte se- que compartilham dessa curiosidade, Índia com o realismo fantástico do Salman ria capaz de me das trocas, da busca por expandir nossa Rushdie (Os Filhos da Meia Noite), senti visão de mundo. Como nossa viagem é transportar a cultural, não poderíamos ficar sem um a delicadeza dos quimonos e o silêncio dos japoneses com a escrita sensível do Kawaba- tantos lugares, guia: nosso mediador de leitura – Franta (Kyoto), percorri os campos do interior Escorsim – nos transporta a todos culturas e des- cisco da Inglaterra – e, claro, suspirei com os esses destinos com muita sabedoria para olhares do Mr. Darcy – com a magnífica cobertas pelos percebermos as sutilezas e belezas dessa Jane Austen (Orgulho e Preconceito). quatro cantos viagem. Mesmo de tão longe, aproximei-me de Nossa bagagem é extensa, mas nunca do mundo.” em excesso. Quanto mais conhecemos, realidades que não faziam parte do meu mundo: conheci a história da Park Yeonmi, mais sabemos que há muito a aprender. uma refugiada da Coreia do Norte (Para Poder Viver), Não há nada melhor do que a certeza de que temos, sofri com uma família nigeriana mesmo com a força da literalmente, um mundo inteiro pela frente. Chimamanda (Hibisco Roxo) e passei a ter uma visão diferente sobre racismo nos Estados Unidos e no mundo *Desde 2015, a NomadRoots promove o clube de com a Harper Lee (O Sol é Para Todos). leitura Volta ao Mundo Literária, para quem quer Já fui e já voltei no tempo com as três gerações de viajar por meio da literatura. Para saber mais: uma família chinesa e todas as suas transformações Instagram | @voltaaomundoliteraria com a Jung Chang (Cisnes Selvagens), pude entender
ESTILO | RECEBER BEM
Bem-receber por Marilis Borcath, embaixadora
FI L M E S Confira 9 dicas de filmes descontraídos, sem nenhum conteúdo pesado, perfeitos para ver junto com os filhos, no portal da TOPVIEW.
Isolamento em família Para aproveitar o tempo com a sua família, separamos uma receita rápida de pão f ilão e uma lista com nove f ilmes superdivertidos
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nosso ritmo de vida é tão atribulado e cheio de compromissos que, muitas vezes, acaba sobrando pouco tempo para curtir momentos em família. O período de quarentena, devido à pandemia do novo coronavírus, é uma ótima oportunidade para fortalecer os vínculos familiares, já que, em casa, todos passam mais tempo juntos. Para isso, é essencial que os pais desenvolvam atividades juntos aos filhos. Nada melhor do que começar ou terminar o dia com um delicioso café na presença daqueles que amamos. A refeição une as pessoas, assim como bons momentos na cozinha. Então que tal preparar um pão fresquinho em família? Este pode ser um momento para cultivar energias e emoções positivas nessa fase conturbada que estamos vivendo. Pensando nisso, trago hoje a receita do pão filão do nosso chef pâtissier do Grand Hotel Rayon, para preparar um legítimo pão de hotel em casa e apreciar com seus filhos e familiares. Vamos lá?
Ingredientes: 1 kg de farinha de trigo 10 g de fermento seco 1 ovo 25 g de sal 600 ml de água Modo de preparo: 1. Misture todos os ingredientes em um recipiente de sua preferência. 2. Sove a massa por 5 minutos. 3. Deixe descansar por 5 minutos e enrole. 4. Polvilhe farinha e asse a 200 °C por 20 minutos ou até ficar com a superfície dourada. 5. Retire o pão e coloque sobre uma grade, para esfriar. Sirva após 30 minutos, quando estará na temperatura e textura ideais.
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ANTÔNIO RISKALA
RENATA MUELLER
MANUEL BAGGIO
O Anuário de 2020 está chegando.
MONICA PAJEWSKI
SUZANE SIMON
MARCOS BERTOLDI
PEDRO SILVEIRA
LUCIANA PATRÃO
MICHELE KRAUSPENHAR
TASSIANA FISCHER
DANIEL CASAGRANDE
LUIZ MAGANHOTO
SÉRGIO VALLIATTI
ANA CRISTINA AVILA
SAMARA BARBOSA
GUILHERME BELOTTO
CAMILLE SCOPEL
THIAGO TANAKA
ELEUTHERIO NETTO
BIANCA MORAES
RENAN MUTAO
ARY JACOBS
JORGE ELMOR
CAROLINA DANYLCZUK
LISA ZIMMERLIN
KARIN NEITZKE
OLGA BERGAMINI
CLAUDIA MACHADO
SABRINA BECKER
CAROLINE BOLLMANN
DANIELA BARRANCO OMAIRI
ELAINE ZANON
FLÁVIO SCHIAVON
TALITA NOGUEIRA
EDUARDO MOURÃO
Confira alguns dos arquitetos já confirmados para a próxima edição!
ESTILO | GASTRONOMIA
Sorvete e gelato: sobremesas diferentes Harlen Tessari Brandão, chef gelatiere e sócia da Freddo Gelateria, explica as diferenças entre as sobremesas por TVBC
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Delivery Atendendo às recomendações da Organização Mundial da Saúde, todas as lojas da Freddo Gelateria estão fechadas, mas seguem atendendo via WhatsApp. “O comércio online vem em uma espiral crescente no varejo em geral. Acompanhar esse movimento, além de ir ao encontro do cliente, é se preparar para adversidades como a que estamos enfrentando nesses tempos. Se não tivéssemos essa opção de venda, não teríamos como chegar ao nosso cliente”, conclui a empresária. FREDDO GELATERIA Tel.: (41) 9 9854-0136 | @FreddoGelateria freddogelateria.com.br | /FreddoGelateria
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ESTE CONTEÚDO É PRODUZIDO POR TVBC – TOPVIEW Branded Content. Trata-se de um conteúdo em formato editorial criado especialmente para o cliente. Esta notificação faz parte da nossa nova política de transparência com o leitor e o mercado anunciante.
VIEWS OF BRAND
or volta de 600 a.C., era comum misturar neve e gelo com ingredientes comestíveis, como leite, bebidas alcoólicas e frutas, para levar um pouco de frescor – e sabor – à estação mais quente do ano. De acordo com Harlen Tessari, chef gelatiere e sócia da Freddo Gelateria, foi dessas experiências que o sorvete surgiu. Contudo, a empresária revela: “O ‘ice cream’, ou sorvete, não é simplesmente uma tradução de gelato para o inglês ou português.” A chef gelatiere explica que uma das características mais marcantes do gelato é o uso de ingredientes da estação, respeitando a naturalidade e organicidade do processo. “A escala de produção permite mais flexibilidade na escolha de ingredientes caracterizantes. No sorvete, a produção é serial, de volume maior, e é um produto feito para durar mais tempo em exposição, tornando-se mais engessado em relação à escolha e ao uso de ingredientes”, elucida. Algo curioso sobre o processo de produção da sobremesa gelada é a injeção de ar: no equipamento em que se fabrica sorvete, é possível controlar a quantidade que será inserida – dose que pode superar em 100% seu volume. “Quanto mais ar, menos ingrediente se tem”, afi rma a empreendedora, explicando que, no equipamento em que se faz o gelato, o ar é naturalmente incorporado na hora da movimentação dos ingredientes dentro do tambor congelado. “No resultado, a quantidade oscila entre 20% a 30%”, complementa. Outro ponto importante a ser destacado é a temperatura: Harlen explica que uma temperatura fria mais amena permite que as papilas gustativas sintam melhor o sabor e a textura. “Dessa forma, ele é menos agradável e mais sensível ao palato”, explica. Por isso, enquanto o serviço ideal do gelato varia de -12ºC a -14ºC, a do sorvete se mantém entre -18ºC e -20ºC.
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a seção de saúde, f itness, comportamento, família e goodness Beautè por Thiago Straub, embaixador
Unsplash
VEJA MAIS DICAS FITNESS
QUARENTENA FITNESS Mesmo em tempos de isolamento social, é importante manter uma rotina de exercícios. Alguns aplicativos estão publicando dicas e rotinas de exercícios para quem quer continuar praticando durante a quarentena. Você encontra esse conteúdo, por exemplo, no Nike Training Club, no Desafio 30 Dias Fitness e no BTFIT. Esses três apps estão disponíveis para download em dispositivos que utilizam Google Play ou iOS. topview.com.br
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por Mari a Isabel Mi que letto
Pela primeira vez em um mundo tão globalizado, nossa circulação está restrita ao ambiente de casa. A pandemia da Covid-19 tornou urgente questões que andavam a passos lentos – e trará impactos ainda pouco conhecidos por especialistas. Uma coisa é certa: a discussão começa agora
A solidão conectada
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alvez em poucos momentos históricos tenhamos visto tão claramente a nossa vida estar sob nossa responsabilidade. Com a pandemia do novo coronavírus, nossa saúde – e a do restante da população – depende, grosso modo, da higienização das mãos e do isolamento social. São as decisões e os cuidados individuais que vão definir, em parte, os impactos do vírus na sociedade. Ficar em casa, hoje, é a maneira mais eficaz de prevenção da Covid-19, que, até o fechamento desta matéria, já infectou mais de 1,6 milhão de pessoas no mundo. A pandemia é comparada à da gripe espanhola, do século XX, que também utilizou medidas de isolamento para frear o avanço da doença. No entanto, os níveis de globalização atuais tornam a situação bastante diferente. Pela primeira vez na história recente, mais de um terço da população mundial – cerca de 2,8 bilhões de pessoas – está sob algum nível de restrição de circulação, apontou um balanço da Agência France Presse (AFP) nos últimos dias de março. Os efeitos emocionais, sociais e financeiros da quarentena se revelam aos poucos. "A gente não tem uma fórmula pronta de como enfrentar isso. São situações extremamente difíceis", reflete Claudia Lucia Menegatti, psicóloga, analista do comportamento e professora da PUCPR. Para ela, a primeira questão do isolamento é como a pessoa pode se manter conectada com o mundo de uma forma saudável. Reduzir o acesso às notícias é um dos pontos essenciais, já que o excesso de informações ruins pode ser bastante estressante. "Acho que é uma das questões mais importantes para que as pessoas consigam ter energia, disposição e o mínimo de paz mental para procurar outras alternativas de atividades nas suas próprias casas", resume. As pessoas com excesso de conexão às informações podem se sentir ansiosas, com medo exagerado de contágio da doença, extremamente tristes e desesperançosas. "Temos falado muito sobre a proteção às pessoas vulneráveis do ponto de vista físico, obviamente. Mas também precisamos prestar atenção e achar maneiras de proteger as pessoas que têm um histórico de problemas emocionais", pontua Menegatti. "Elas podem estar mais suscetíveis do que todos nós já estamos." No geral, essa situação pode causar sintomas como insônia, ansiedade intensa,
pensamentos repetitivos ou excesso de medo em relação ao contágio, além de sensações profundas de tristeza. Entra aí a importância de canais de acolhimento virtual. "Muitos voluntários estão se dispondo a fazer esse trabalho, de ouvir as pessoas, de se conectar com elas, para que possam falar de seus medos. Elas podem telefonar, trocar ideias, fazer atendimento online para que sintam que estão mais protegidas nessa situação", conta. A ideia é que ninguém tenha a sensação de que está sozinho, já que todos estão passando por momentos bem parecidos ao redor do país e do mundo. Um desses serviços – já bastante utilizado antes da pandemia – é o Centro de Valorização da Vida (CVV). O trabalho, realizado por voluntários treinados, é baseado na premissa de oferecer apoio emocional "Temos falado soa todo tipo de situação bre a proteção às e pessoa. O CVV conta com linhas de atendimen- pessoas vulneráveis to online (por e-mail e do ponto de vista chat) e por telefone 24 horas. "O papel do CVV físico, mas preé acolher o sentimento cisamos também da pessoa e facilitar seu desabafo. Tentamos criar prestar atenção e um ambiente em que ela confie no voluntário para proteger as pessoas compartilhar suas angús- com histórico de tias, dores e fragilidades da vida", conta Claudiane problemas emoAraújo, voluntária há oito anos e porta-voz do CVV. cionais." – Claudia É importante que esse Lucia Menegatti acolhimento seja praticado entre colegas, amigos e família também. "Agora é um momento de apoio mútuo das pessoas próximas", relembra Araújo. "É essencial que esse ombro amigo se espalhe, não tenha que ser um serviço externo apenas. Você poder se doar naquele momento para ouvir a pessoa, para poder dar esse auxílio."
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Estar próximo não é físico
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"Esse é um período de adaptações e mudanças forçadas. É o momento de termos empatia. Temos que fazer o melhor possível – que não é o perfeito, mas é o que está ao nosso alcance." – Isadora Tonet 42
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estilista Ronaldo Fraga captou um importante aspecto do isolamento em uma das centenas de lives que tomaram o Instagram desde que o vírus desembarcou no país. "Vivemos um isolamento físico, mas não social – agora estamos, mais do que nunca, conectados uns aos outros", apontou ele. Menegatti concorda. "A gente está aprendendo que podemos transmitir amor de muitos outros jeitos para além de beijos e abraços. Podemos transmitir amor por meio de uma palavra, uma videochamada, um cuidado com o outro. Só de dizer para o outro 'olha, lembrei de você hoje. Você está bem aí?'", analisa. O celular deixou de ocupar aquele lugar de alienação na mesa do jantar ou almoço para servir como uma ferramenta de encontro e conexão com quem não pode estar ali fisicamente. A estudante de jornalismo Maria Clara Braga e seu namorado, o captador de recursos Gabriel Lourenço de Lima, não imaginavam passar por outra fase separados fisicamente depois do relacionamento a distância que tiveram durante o intercâmbio dela. Mas, nessa pandemia, já estão há quase um mês sem se ver – cada um em quarentena na sua própria casa. A principal dificuldade do casal, além da saudade, é a falta de previsão para o término desse período. "Essa incerteza gera ainda mais saudade, mas precisamos ter forças, porque um dia vai acabar", afirma Gabriel. Eles tentam criar
novas dinâmicas para lidar com a distância. "Qualquer falta de contato é ruim, então precisamos tentar não nos distanciar emocionalmente no relacionamento", diz Maria Clara. "O que atrapalha, também, é que nem sempre compreendemos a pessoa em uma discussão [por mensagens], porque não conseguimos ter os dois pontos essenciais na comunicação de um casal: o tom e o toque." Esse contato virtual, para Menegatti, é a principal ferramenta para manter a mente saudável durante o isolamento. "Temos que nos ajudar a manter isso de um jeito positivo. É promover o encontro entre amigos via internet, a chamada de vídeo com o avô, envolver as pessoas nesse cuidado de um jeito amoroso", afirma. O estudante de engenharia mecânica João Artur Zampoli Sampaio está há quase um mês em isolamento, convivendo apenas com a irmã. Nos primeiros 15 dias, achou tranquila a experiência, mas depois começou a sentir certa estranheza. "É complicado pensar que não posso ver meus familiares, não posso ver minha avó", conta. Mas ele usa esse tempo extra para evoluir em atividades que tinha deixado de lado, como a leitura, o violão e o videogame. Para manter a "vida social", tem feito videoconferências com sua namorada e com amigos. Foi assim que surgiu a ideia de comemorar seu aniversário com todos eles – virtualmente. "Um dia antes notei que meu aniversário passaria em branco, aí decidi chamar meus amigos mais próximos para uma videoconferência. A gente se divertiu muito, jogamos... foi uma experiência que gostei bastante", afirma. "Precisamos ter o discernimento de entender que é um momento delicado e mundial. Todos estão passando por essa fase – mas precisamos tirar o melhor disso."
"Precisamos ter o discernimento de entender que é um momento delicado e mundial. Todos estão passando por essa fase – mas precisamos tirar o melhor disso." – João Artur Zampoli Sampaio Novas conexões Outras formas de conexão também surgiram. Diversos vídeos de pessoas cantando e tocando instrumentos de suas janelas e sacadas na Itália viralizaram nas redes sociais. Aqui no Brasil, artistas com alto-falantes cantam para seus vizinhos e até fazem aulas comunitárias de yoga. "Estar presente não é físico" foi outra frase que estampou posts no Instagram. Esse é, aliás, outro ambiente de socialização que ganhou impulso com a pandemia. "A gente tem necessidade de se conectar com o outro. Normalmente, isso acontece na esfera real e o digital é só um complemento. Nesse período, as redes acabam sendo a nossa única alternativa de conexão, porque perdemos a possibilidade de nos conectar com o outro na vida real. É uma estratégia de compensar o isolamento físico que estamos vivendo", observa Renan Colombo, jornalista, especialista em mídias digitais e professor da PUCPR. O que mais ganhou destaque foram as lives, que se multiplicaram com o isolamento. Para Renan, isso se deve ao fato de ser uma transmissão ao vivo que permite outro nível de conexão, um contato em tempo real, já que "é isso que as pessoas estão buscando, algo que esteja em um ritmo parecido com as conversas
na vida real." O especialista percebe, também, fases nessas redes. A primeira foi a de conscientização sobre a pandemia, com muitos conteúdos sobre os cuidados para não contrair a Covid-19. Depois, veio o movimento contrário, as pessoas ficaram saturadas desse tema e começaram a falar de outros assuntos. "Essa redução foi para manter a saúde mental diante dessa avalanche de conteúdos. É tudo muito rápido: a 'temperatura' das redes sociais mudam a cada dois ou três dias. Elas [redes sociais] são um fenômeno coletivo, por isso, vemos esses movimentos claramente", diz. Percepções sobre a solidão Silêncio. É o que se presencia em diversos dos mais conhecidos monumentos mundiais. A Terra parou. Isso foi sentido até por sismólogos. Em um artigo publicado na revista Nature, pesquisadores reportaram uma queda nos ruídos sísmicos – sons provocados pelas vibrações na crosta terrestre –, possivelmente pela diminuição das atividades humanas. O fenômeno foi observado no Royal Observatory da Bélgica, em Bruxelas. A Vogue Itália publicou, pela primeira vez em sua história, uma capa completamente branca. A razão foi contada em um texto emocionante do editor-chefe da revista, Emanuele Farneti, em que ele expõe como, frente a grandes acontecimentos, "ser passivo é consentir com o status quo". Escolheu o branco "não porque houvesse falta de imagens. (...) Mas porque branco significa muitas coisas ao mesmo tempo. O branco é, antes de tudo, respeito. O branco é o renascimento, a luz após a escuridão, a soma de todas as cores. O branco é a cor dos uniformes usados por quem coloca suas próprias vidas em risco para salvar a nossa. Representa espaço e tempo para pensar, bem como permanecer em silêncio", ele defende. Esse espaço em branco, que pode representar também a solidão e a ausência, é sentido de maneiras diferentes.
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S E L F | C O M P O R TA M E N TO
"Nesse período, as redes acabam sendo a nossa única alternativa de conexão, porque perdemos a possibilidade de nos conectar com o outro na vida real." – Renan Colombo A designer e professora Isadora Tonet completou seu primeiro mês em isolamento. Apesar desse período em casa, o que Isadora não sentiu foi o tempo de sobra. Aliás, viu seu trabalho triplicar nas primeiras semanas. "Foi caótico. Precisamos adaptar [na faculdade] o presencial para o virtual. Foi bem corrido para dar conta da faculdade e da empresa", conta. "Apesar disso, tenho dias e dias. Sou uma montanha-russa de sentimentos. Tem dias em que a solidão acaba ficando mais forte." Com seus clientes no Estúdio Lúmina, do qual é cofundadora, Isadora tem se colocado à disposição para ajudar, prestando consultorias gratuitas. "Temos recebido feedbacks bem legais. Esse é um período de adaptações e mudanças forçadas.
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É o momento de termos empatia. Temos que fazer o melhor possível – que não é o perfeito, mas é o que está ao nosso alcance", opina. A psicóloga Menegatti vê alguns sentimentos gerais. De um lado, as pessoas que lidam bem com a solidão ou estão isoladas em casa com a família demonstram um sentimento positivo, apesar das dificuldades, por ter esse tempo com quem gostam. De outro, a experiência ruim de quem não aprecia momentos solitários ou está em um ambiente familiar conflituoso. "Precisamos ter a consciência de que muitas pessoas vivem em espaços muito pequenos, em que não conseguem manter sua individualidade, o que também pode aumentar os conflitos", indica. "Muitos casais não estavam em casa por tanto tempo e agora estão em crise, pois estão juntos o tempo todo." O sociólogo francês Hamza Esmili analisa, em entrevista à BBC, que a desigualdade de classe também define as possibilidades das pessoas na pandemia. Ele observa que "o confinamento é um luxo que não chega às classes mais pobres, que precisam continuar trabalhando para sobreviver", além de ressaltar que as casas mais pobres não têm infraestrutura para isso: "Há também moradias que não são habitáveis, em que não é possível ficar ali o dia inteiro, porque o espaço não serve para isso." O isolamento massivo da população não se aplica a alguns trabalhadores, que continuam saindo de suas casas para manter o funcionamento de serviços básicos para a sociedade, como médicos, enfermeiros, entregadores, a indústria alimentícia e farmacêutica, entre outros.
DICAS DA PSICÓLOGA CLAUDIA LUCIA MENEGATTI
PARA LIDAR COM O ISOLAMENTO 1
Mantenha uma rotina
A especialista indica manter uma rotina com horário para acordar, para dormir e também para as refeições. "Eu diria para as pessoas fazerem o que puderem para tornar o isolamento mais agradável, dentro do que é possível de ser agradável." 2
Cuide da higiene do sono
O sono é importante para nossa saúde mental. Portanto, nesse momento de grandes desafios emocionais, é essencial mantê-lo em dia. "Nós que trabalhamos com saúde mental sabemos que a insônia é precursora de uma série de sofrimentos emocionais", explica Menegatti. 3
Marque um horário fixo para ver notícias
A OMS indica que as pessoas reduzam o acesso às notícias para evitar uma sobrecarga nesse período. A dica de Menegatti é marcar um horário para receber as atualizações sobre a pandemia. "É um risco, especialmente para as pessoas que estão sozinhas e não conseguem trabalhar de casa, passar a maior parte do dia conectadas às notícias – e isso é muito estressante." 4
Pense no hoje
"O que eu posso fazer hoje?", é o questionamento que a especialista indica em momentos de ansiedade. "Se a gente começa a olhar demais para o futuro, especialmente quando a pessoa está muito ansiosa, ela olha de um jeito catastrófico. Isso vai aumentar a angústia. Por isso, temos que cuidar de um dia de cada vez", acrescenta.
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ma cena emblemática emocionou o mundo. Em meio às milhares de mortes provocadas pelo coronavírus na Itália, o segundo país a ser afetado intensamente pela doença, o papa Francisco concedeu a Benção Urbi et Orbi diante da Basílica de São Pedro, no Vaticano, completamente vazia. A imensidão da igreja e da praça se tornou ainda mais poderosa sem ninguém. A benção foi realizada especialmente por causa da pandemia, já que, comumente, é realizada em apenas três ocasiões: no Natal, na Páscoa e quando ocorre a eleição de um novo papa. Francisco pediu, também, que o crucifixo de mais de 500 anos da igreja de San Marcello al Corso, símbolo sagrado do catolicismo, fosse transferido para a Praça de São Pedro. A peça é considerada milagrosa por ter sido usada pela igreja durante a grande peste de 1522, que assolou a Itália. "Nas circunstâncias em que estamos, em que somos visitados por uma situação de emergência que nos faz ver e viver certo sacrifício e sofrimento, somos visitados imediatamente por aquele desejo de compreensão do sentido disso. Isso é a espiritualidade, esse âmbito amplo que dá sentido à vida e responde às questões fundamentais", explica Marcio Luiz Fernandes, professor de teologia da PUCPR e da Faculdade Claretiana de Teologia e padre católico. Para muitas pessoas, a experiência da espiritualidade é uma fonte de força e resiliência para enfrentar situações que estão além de seu controle. "Não só na pandemia, mas em qualquer situação difícil, que ameaça a continuidade da existência, as pessoas recorrem a esse encontro
de sentido para aquilo, recorrem à espiritualidade para isso", ressalta Mary Ruth Esperandio, psicóloga, professora no programa de pós-graduação em teologia e bioética da PUCPR e pesquisadora de espiritualidade e saúde. Em meio ao caos, elas veem aflorar a compaixão – característica relacionada à espiritualidade – consigo e com o outro. "Nós temos que ser autocompassivos, no sentido de dizer 'eu vou aprender cada dia uma coisa, vou com calma'. Mas também exige uma compaixão para com os outros. Eu começo a ter que perceber que eu tenho que ser solidário nesse momento", analisa Fernandes. Esperandio vê nascer uma solidariedade entre pessoas que não era vista antes. "É sem precedentes nessa dimensão, nesse nível. Vemos muitos grupos se mobilizando para atender à necessidade das pessoas nesse cenário", percebe. Para a psicóloga, é importante frisar que a espiritualidade não é restrita a uma religião: "Algumas pessoas têm um contato muito profundo com a natureza, com o cosmos, por exemplo, ou com uma força superior que, não necessariamente, se expressa em uma religião, mas aquilo dá sentido pra ela."
"Nas circunstâncias em que estamos, somos visitados imediatamente por aquele desejo de compreensão do sentido disso." – Marcio Luiz Fernandes
Esta matéria é a primeira parte de uma trilogia que analisa os impactos da pandemia da Covid-19 a partir de três perspectivas: o recolhimento, a superação e a evolução.
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Calma, é possível manter o equilíbrio!
A pandemia mudou nossas rotinas, mas, com algumas adaptações, é possível contornar os problemas por Gabriel Sorrentino
temos que nos colocar no lugar delas. As crianças são muito espertas, aprendem rápido e sentem as mudanças”, argumenta a médica. Nesse momento, é possível que os pequenos desenvolvam processos de ansiedade, inquietude, tristeza e, até mesmo, sofrimento. Por isso, é muito importante observar de perto o comportamento deles. “Uma analogia que pode ser feita com a situação vivida pelas crianças é a perspectiva de como os idosos lidam com as restrições impostas pela pandemia. Além de verificar históricos de saúde e comorbidades, uma grande preocupação é com possíveis quadros de depressão, tão comuns nessa faixa etária”, enfatiza Joana. “Pessoas mais velhas tendem a ser mais arraigadas a uma rotina e, quando isso é tirado delas, pode causar uma grande confusão psicológica”, completa, frisando que, por isso, é muito importante observar os sinais passados pelos idosos. Outra preocupação que atinge todas as faixas etárias é a alteração física e metabólica decorrente das restrições trazidas pelo isolamento social. Para a médica, tudo está interligado em nosso corpo e mente e, quando a cabeça não está bem, o restante do corpo também não funciona. “Essa situação gera ansiedade e, a partir disso, a pessoa pode acabar comendo mais do que o necessário, ocasionando um aumento de peso, insatisfação e tristeza. É um ciclo vicioso”, fi naliza Joana. Por isso, a orientação principal é: fique bem e cuide de seu corpo com o mesmo cuidado que dedica à sua mente. Leia, brinque com as crianças, procure cursos online, mantenha a calma e tenha paciência. Tudo vai voltar ao normal. topview.com.br
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pandemia do novo coronavírus nos colocou diante de situações que jamais imaginaríamos: casais jovens tendo de dispensar babás e dividir a rotina do trabalho com as trocas de fraldas, sem ajuda. Pais ficando separados dos fi lhos devido à complexidade do ofício, como os profissionais de saúde. E quase todos adaptados ao home office. De acordo com a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, houve um aumento de 70% no uso do serviço de banda larga fi xa entre a primeira e a segunda quinzena de março deste ano. O que é inevitável, afi nal, mais pessoas estão em casa e dependendo desses serviços para se manter na ativa. Vivendo na pele a situação, a médica Joana Iarocrinski, que atua na área de medicina preventiva, acredita que o desafio para se manter saudável nesse momento é mais psicológico do que físico. “São outros hábitos que nos estão sendo impostos pelo isolamento. Como o trabalho em home office, que exige muita disciplina, já que as pessoas, geralmente, não estão acostumadas com isso. De repente, elas se veem dentro de casa, enfrentando uma rotina diferente, com fi lhos e tarefas do lar exigindo atenção ao redor, o que gera confusão em relação às rotinas de trabalho”, explica. Para os pais que podem ficar perto dos fi lhos, mas seguindo as recomendações de isolamento social, uma preocupação é com as formas de entretê-los, principalmente em espaços pequenos de apartamentos. Além das brincadeiras, também é preciso estar atento à saúde mental deles, que, repentinamente, foram tirados da escola, do convívio com os amigos e das brincadeiras, tão comuns à idade. “Podemos achar que elas não sofrem e não percebem o que está acontecendo, mas
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Boas Ações por Marco Roberti, convidado de Luciana Almeida
A luz que se revela na solidariedade
Projeto fotodocumental em preto e branco revela mais que a plasticidade de uma fotograf ia, mas a expressão do amor ao próximo
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Maco Roberti
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onheci o Projeto Luz por acaso, pelo InstaEu sinto que as pessoas precisam conhecer, saber gram de uma amiga. Encontrar Luciana Al- que existem iniciativas como essa e gente disposta a se meida, idealizadora da iniciativa, me deixou doar em prol de outras que sequer conhecem. Quem intrigado: quem é essa mulher com o amor passa pela Praça Tiradentes, no Centro de Curitiba, ao próximo estampado no olhar? Isso me e vê a distribuição de refeições, pode pensar que motivou a conhecer o projeto e a integrá-lo como volun- isso não é muita coisa, mas desconhece o que há por tário. Com o passar dos meses, senti que trás. Aliás, é muito mais que entrea minha missão, além de voluntário, era “Eu sinto que as gar marmitas. Por isso, surge essa retomar minha vocação, ou seja, fotograproposta fotográfica, de trazer à tona pessoas precisam o projeto, de mostrar que, além do far e documentar essa ação. A minha ligação com a fotografia conhecer, saber material, existe um sorriso, um abravem desde a adolescência. Atuei nos acolhedor, uma palavra amiga, que existem ini- ço Estados Unidos, em Washington D.C., um incentivo e uma voz de esperança por quase 10 anos. São, ao todo, 30 anos ciativas como essa para quem não tem nada além de macomo fotógrafo. Um projeto bonito, infortúnios, doenças e vícios. e gente disposta a zelas, nobre, iluminado e que desperta em Por fim, tal como na fotografia, meu instinto humanista de fotografar se doar em prol de em que a matéria-prima é a luz, estas os detalhes, as expressões, sintetizar em revelam mais do que os outras que sequer imagens frações de segundos a emoção indesolhos podem ver. Quem sabe, nessas conhecem.” critível de estar ali e ser testemunha da fotos, você reconheça a luz que emadedicação desses voluntários. Escolho na do amor incondicional, aquela o smartphone como ferramenta, pois possibilita uma que vem do outro, a que me tocou. Quem sabe não espécie de intimidade com os fotografados. Menos seja a luz de Deus a luz do Projeto Luz. invasivo, proporciona mais proximidade com as pessoas e me permite estar dentro, participando da ação. TesteMarco Roberti é fotojornalista e tatuador e munhar o trabalho realizado no Projeto Luz, o empenho trabalhou por mais de 25 anos no mercado editorial dessas pessoas e a empatia expressada pelo ato de aliviar as angústias das pessoas em condição de rua – sem julgar brasileiro e internacional. Essas fotografias são parte integrante de um Long Term Project fotodocumental ou esperar algo em troca – virou uma missão, quase sobre o Projeto Luz, iniciado em 2020. uma necessidade.
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Coronavírus em pacientes com câncer
Complicações respiratórias derivadas da COVID-19 são a maior ameaça
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indivíduos com câncer foi maior quando comparada às pessoas sem câncer (63 anos versus 48 anos) e apenas 4 haviam feito quimioterapia ou cirurgia nos últimos 30 dias. “Ainda não temos dados consistentes que indiquem que indivíduos curados de câncer têm maior risco de apresentar a forma grave do que a população geral. Contudo, os cuidados e as medidas preventivas devem ser rigorosos para todos”, destaca a oncologista clínica. Quanto aos indivíduos em tratamento, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e as diretrizes internacionais recomendam que os tratamentos oncológicos que trazem benefício ao paciente não sejam adiados, e os cuidados em relação ao isolamento e à higiene devem ser redobrados. Para Thais, “é extremamente importante que os pacientes busquem locais seguros para realizar o tratamento e que evitem levar acompanhantes às sessões de quimioterapia ou consultas, devido ao risco de o acompanhante ser um portador assintomático que pode disseminar o vírus para outros pacientes e para a equipe. Eventualmente, seu médico poderá sugerir o adiamento de consultas e exames ou até modificar o seu tratamento para medicações orais, quando possível, a fi m de promover o seu isolamento social”.
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rápida disseminação do coronavírus (COVID-19) e a sua alta letalidade têm trazido dúvidas e angústia a muitos pacientes com câncer e também àqueles que já completaram seu tratamento e estão apenas em acompanhamento. Alguns estudos mostram que a frequência de pacientes com câncer e coronavírus varia de 0,9% a 1% e que esses pacientes têm o mesmo risco de contrair o vírus que a população em geral. Entretanto, o indivíduo com câncer possui uma propensão maior a adquirir a forma grave da doença, ou seja, complicações respiratórias. De acordo com a oncologista clínica Thais de Almeida, do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP), “os pacientes com maior risco de evoluir para a forma grave são aqueles que estão em uso de quimioterapias que comprometem o sistema imunológico e aqueles com neoplasias hematológicas, como leucemia, linfoma e mieloma múltiplo. Indivíduos transplantados também possuem risco de apresentar a forma grave da doença, bem como idosos, diabéticos e aqueles com pressão alta ou problemas cardíacos”. Um estudo publicado na Lancet Oncology, revista científica de grande impacto, observou um número maior de indivíduos com histórico de câncer na população acometida por COVID-19, quando comparada à população chinesa (18 casos de câncer em 1.590 indivíduos acometidos pela COVID-19). Entretanto, a média de idade nos
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O que você precisa saber sobre o coronavírus
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Especialista esclarece a nova pandemia
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novo coronavírus (COVID-19) está dando o que falar nos últimos meses: mais que um problema de saúde pública mundial, está impactando de forma marcante o mercado econômico e o trânsito de pessoas ao redor do mundo. Entretanto, o vírus não é uma ameaça completamente desconhecida, já que foi responsável por duas epidemias historicamente conhecidas, a SARS (do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome), em 2002, e a MERS (Middle East Respiratory Syndrome), em 2012. Ainda assim, estamos conhecendo o comportamento deste novo sorotipo do vírus, por isso, muitas informações e conhecimentos são adquiridos conforme o curso da doença. A pandemia, assim reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi descoberta em dezembro
de 2019, após o registro de casos em Wuhan, na China. A grande facilidade de contágio e transmissão da doença foi responsável pela disseminação do vírus pelos países da Europa e, consecutivamente, para outras dezenas de países até chegar ao Brasil, no início do mês de março. Em momentos de angústia como esse, é importante se atentar aos órgãos responsáveis em busca de informações oficiais, como a OMS, que tem preconizado orientar formas de prevenção e controle da doença. Por isso, é de suma importância a chamada “etiqueta respiratória”: o uso de álcool em gel para higiene das mãos antes de tocar o rosto, evitar tossir ou espirrar nas mãos, protegendo com lenços ou direcionando para o antebraço, e usar máscaras caso apresente algum sintoma respiratório. A máscara orientada para uso da população geral é a máscara comum,
que protege contra o contato com gotículas respiratórias. Já a máscara N95 está reservada a profissionais de saúde que atendem doentes mais graves, que possam gerar aerossóis. Para pessoas que viajaram para áreas com casos de COVID-19 (China e Europa, principalmente) e apresentam sintomas respiratórios, é recomendado o atendimento médico imediato, sem reservas, além de isolamento domiciliar até a melhora dos sintomas. Apesar de várias linhas de estudo estarem em andamento, ainda não existem vacinas que protejam contra a infecção nem antivirais completamente validados para tratamento dos casos atuais. O tratamento, mesmo de casos mais leves, deve ser acompanhado por uma equipe médica. Nicole Luize Bremer, Infectologia CRM/PR 35725
HOSPITAL SÃO LUCAS CURITIBA I PARANÁ
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poder
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a seção dos bastidores econômicos e políticos, além do social view
Q UA R E N T E N A B E N É F I C A PA R A A E C O N O M I A A aplicação de medidas de contenção durante a pandemia da Covid-19 deve gerar uma recessão mais intensa em curto prazo, aponta o estudo A Macroeconomia das Epidemias, publicado neste ano pelo Bureau Internacional de Pesquisas Econômicas dos Estados Unidos. A pesquisa indica que as ações de isolamento salvam mais vidas e isso permite uma recuperação econômica mais fácil em longo prazo. topview.com.br
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PODER | NEGÓCIOS
Negócios por Bethânia Gilsoul, embaixadora
É preciso atentar para que as estruturas hierárquicas empresariais sejam flexíveis e não sufoquem o potencial empreendedor dos seus colaboradores.
Empreendedorismo por necessidade
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mpreender é trazer para a sociedade uma solução para uma lacuna, inovando e criando alternativas de negócios com sucesso. É sinônimo de realizar, executar, tentar; é saber identificar as oportunidades e com criatividade transformá-las em organização lucrativa. Vivemos hoje a oportunidade de mudar conscientemente.
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A “quarentena” e uma possível recessão a caminho, trouxeram cenários econômicos difíceis que atingiram especialmente o trabalhador autônomo. Com a diminuição da renda familiar e o desemprego surgiram dificuldades reais em conseguir sustento para sobreviver, essa realidade tem obrigado muitas pessoas a empreender, é o que chamamos de empreendedorismo por necessidade.
Shutterstock e Unsplash
“Enquanto uns choram, outros vendem lenços”
O INTRAEMPREENDEDORISMO POR NECESSIDADE Além do empreendedorismo por necessidade como a única solução, também tenho observado o surgimento do “intraempreendedorismo por necessidade” (termo meu), por exemplo, restaurantes que sempre foram avessos a utilização de aplicativos de entrega ou próprio delivery, moldando seus negócios para esse modelo. O intraempreendedorismo é indispensável para empresas já estabelecidas que ao alcançar determinado nível de estabilidade a tendência das empresas é ver reduzidas seu potencial empreendedor. Hoje diploma não é o que basta para alcançar sucesso no mercado de trabalho. A pro-atividade, capacidade de inovação e o perfil empreendedor aplicado em prol da empresa é o que se destaca. INOVAÇÃO DIGITAL PARA SUPERAR A CRISE Transformação digital é a chave. A crise favorece os negócios digitais e isso dever ser foco tanto das micros e pequenas empresas como das grandes empresas, encarando o momento como uma oportunidade única e quem ainda não está no e-commerce ou no mercado digital deve apostar fortemente nisso. Fazer lives no Instagram, por exemplo, é uma forma interessante de aproximar o público à sua marca.
5 dicas para aproveitar o máximo as tecnologias e prosperar na crise 1. Mantenha calma: Enxergue oportunidade na histeria, se organize direcionando o foco para o lugar certo. 2. Vídeo é rei: Invista no audiovisual, vídeos profissionaiss e fotos de alta qualidade fortalecendo a presença da sua marca no mercado. A qualidade e chances de fechar vendas são proporcionais. Vídeos no YouTube, Facebook, Instagram encantam o cliente. 3. Atendimento rápido online: É a maneira encontrada de continuar atendendo, dê consultorias, ofereça cursos, etc. 4. Delivery e pagamento online facilitados: A variedade de formas de pagamento online é muito importante, Paypal, MercadoPago, PagSeguro é muito importante, rapidez e facilidade de entrega. 5. Não esqueça do Pós-venda: Ser digital não significa esquecer o tratamento pessoal com seu cliente, e checar sua satisfação. É o que fará o diferencial do seu negócio.
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EM PARCERIA COM
Como o LIDE Paraná dá suporte aos empresários neste momento? Organização optou por oferecer conteúdos digitais e fortalecer o relacionamento com os f iliados durante a pandemia por Heloisa Garrett
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orientar tomadas de decisão. Não temos todas as respostas, mas estamos trabalhando para construir saídas possíveis e nos fortalecermos como comunidade empresarial nesse difícil momento que vivemos. Colocamos toda a estrutura do LIDE à disposição dos empresários paranaenses. Vamos nos fortalecer para nos recuperarmos rapidamente! Não sairemos desse período iguais, sairemos melhores. Heloisa Garrett – Presidente do LIDE Paraná.
Acesse o site do LIDE Paraná
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s últimos dias mostraram que não temos controle sobre absolutamente nada. A quarentena mudou nossa rotina e o ritmo do mercado e nos fez repensar. Acredito que esse período pode nos fazer rever valores e processos e certamente vamos sair fortalecidos, e entendendo que, mais do que nunca, é preciso somar. As entidades empresariais têm esse propósito. A cooperação no empreendedorismo é inevitável. E, como dizia Winston Churchill, "Nunca desperdice uma crise". O LIDE Paraná, sobretudo nesse momento, está trabalhando a favor do empresário paranaense. Aceleramos nosso processo de transformação digital. Passamos a oferecer diariamente eventos online ricos em conteúdo, com autoridades, especialistas e grandes empresários, em que construímos juntos os caminhos possíveis para superar esse momento de adversidade. Colocamo-nos a serviço do empresário, usando nossa capilaridade global por meio de 21 unidades nacionais e 15 unidades internacionais, para estreitar o relacionamento entre nossos filiados – e novos negócios surgem. Rodadas de negócio virtuais estão trazendo soluções para as empresas. Abrimos um canal de mentoria para fortalecer, também, pequenos e médios negócios, porque ser solidário e ajudar o próximo, nesse momento, é fundamental para que muitos negócios não morram. E, falando em solidariedade, também estamos atuando para fazer o bem, efetivamente, para as famílias que estão marginalizadas. Informação de credibilidade nunca foi tão importante nesta enxurrada de fake news a que estamos expostos pelas redes sociais. Por isso, nosso time de especialistas oferece boletins diários com informações jurídicas e medidas econômicas para
PODER | NEGÓCIOS
Marketing por Beto Cesar, embaixador
Oportunidades disfarçadas Ideias simples que podem tornar a crise um período lucrativo para o seu negócio
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foi isso que precisou. “Foi isso que precisou para pararmos, esvaziarmos as ruas, deixar o ar do céu respirar. Foi isso que precisou para repensarmos tantas viagens de negócios que poderiam ser calls. Foi isso que precisou para inventarmos, jogarmos, cozinharmos com o que temos. Foi isso que precisou para nos tornarmos realmente humanos, talvez, pela primeira vez.”
O texto acima é da escritora americana Tamara Natt e reflete bem como o marketing pode beber dessa fonte inesgotável que se chama criatividade e que jorra ainda mais em períodos de mudança e escassez de recursos, como este que vivemos. Falando exclusivamente sobre o momento pelo olhar do marketing, as pessoas tendem a observar o mundo sob duas perspectivas distintas. A primeira é pelo ponto de vista individual: como podemos repensar nossas ações para a geração de benefícios próprios? A segunda é pelo ponto de vista social: como podemos ajudar o próximo a partir de nossas ideias? A boa notícia é que existem oportunidades disfarçadas na convergência de ambas as perspectivas. A seguir, algumas ideias: Troque dinheiro por dados. A moeda do futuro não será nem o dólar, nem o bitcoin, mas, sim, o volume de conhecimento que você terá sobre o seu consumidor e a capacidade de converter esse conhecimento em ofertas adequadas para ele. Aproveite o momento de solidariedade para começar a colher dados de seus clientes por meio de campanhas altruístas. Ajude, mas seja ajudado também. Tome aqui um pequeno exemplo: promova uma campanha online com a assinatura de seu produto/ serviço e informe que o montante captado será doado para a recuperação do comércio local. Para isso, peça em troca uma única coisa: dados. Você não lucrará diretamente com a ação, mas será proprietário de dados do seu cliente e poderá usar isso como artifício para uma cobrança recorrente no futuro. Cobrança recorrente, será, por sinal, outra palavra-chave, daqui para frente. Digo isso por um motivo muito simples: nós somos preguiçosos e esquecemos, mês após mês, de cancelar a tempo o serviço que contratamos no impulso. O crescimento das plataformas de streaming é uma prova disso. Adapte o seu negócio para isso. Digitalize ele. A quarentena nos provou que o mundo analógico não existe mais, é a teoria darwinista, de adaptação das espécies, em ação. Lembra da moeda do conhecimento, mencionada acima? Pois bem: use o seu conhecimento. Leia, leia e leia mais um pouco se puder. Mas, depois disso, reflita três vezes antes de repassar o que leu. Nós nos acostumamos a brincar de telefone sem fio, sem lembrar que, lá no colégio, quando brincávamos disso, a mensagem final chegava sempre errada. Veja as atitudes praticadas pelas marcas, mas reflita se aquilo é pertinente para o seu negócio. Não é por que todo mundo começou a envasar álcool gel que você precisa também. Conselho, na realidade, só se dá a quem lhe pede e fui muito pretensioso neste texto ao compartilhar alguns. Melhor eu voltar para a leitura do dia e refletir mais um pouco até o texto da próxima edição. Até breve.
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PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
Política por Marc Sousa, colunista
Vidas vs. Economia
O problema da saúde não pode ser separado do da economia. É preciso dinheiro circulando para conseguirmos cuidar dos doentes
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ntes de mais nada, é importante deixar claro que temos que atender às orientações do Ministério da Saúde e, por enquanto, ficar em casa. Entretanto, isso não impede que a discussão sobre a forma de como estamos tratando a situação avance. Pesquisadores já mostram que é preciso sair da ideia unânime de que lockdown horizontal é o único caminho. Estudos das universidades de Yale e Stanford, por exemplo, sugerem formas de manter a letalidade do coronavírus baixa e isso pode abrir caminho para uma redução gradual das quarentenas. É importante entender que a saúde pública é financiada com impostos. Se as empresas quebrarem e as pessoas ficarem desempregadas, não vai ter arrecadação de impostos – e aí sim o sistema de saúde vai entrar em colapso. Não se trata de escolher entre vidas ou dinheiro. A economia precisa de pessoas para existir e as pessoas precisam de uma economia funcionando para viver em sociedade.
FR AS E D O M Ê S
"Se fecharmos ou restringirmos os deslocamentos, o que acontecerá com estas pessoas que têm que trabalhar todos os dias?" Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, levantando a preocupação com os impactos econômicos das quarentenas.
PRONUNC IAME NT O IM PRONU NC IÁVE L Foi lamentável a forma como o presidente Jair Bolsonaro se dirigiu à nação no caso do coronavírus. Apesar da essência do discurso trazer importantes preocupações sobre a economia, ele errou no tom. Desautorizou seus próprios ministros, provocou desafetos e fez piada com coisa séria. 56
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P RE FEITOS E VEREADORES GANHAM AUMEN TO EM MEIO À CRISE Enquanto o mundo busca soluções para combater o coronavírus, as Câmaras de Maringá e Guaíra concederam aumentos aos prefeitos, secretários e vereadores. Os reajustes são de cerca de 5%. É de embrulhar o estômago.
SÓ A IN ICIATIVA PRIVADA VAI PAGAR A CON TA? Até agora, apenas os empreendedores estão quebrando e os trabalhadores de carteira assinada estão sob risco de desemprego. Tirando os profissionais da saúde e segurança, boa parte dos funcionários públicos apenas foi para casa com as garantias da estabilidade.
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PARA ACOMPANHAR
PODER | SOCIAL VIEW
Jurídico por Sandra Comodaro, embaixadora
Retratos de uma nova APAJUFE O atual presidente, André Wasilewski Duszczak, debate questões do Poder Judiciário
Patricia Klemtz
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ara esta edição especial e histórica da TOPVIEW, conversei com André Wasilewski Duszczak, atual presidente da APAJUFE (Associação Paranaense de Juízes Federais). Magistrado desde 2007, o juiz escolheu a profissão por conta da admiração que tinha pelo trabalho e pela correção na atuação dos magistrados federais. Confira essa superentrevista. Como se deu sua trajetória profissional até a presidência da APAJUFE? Me formei em Direito na Faculdade de Direito de Curitiba e advoguei por alguns anos até ser aprovado em concurso para Procurador da Fazenda Nacional, na qual atuei até ser aprovado como Juiz Federal no estado de São Paulo. Após me mover para o Paraná, passei a atuar na APAJUFE. Fiquei alguns anos na direção da Escola da Magistratura Federal do Paraná – ESMAFE/PR e, agora, tenho a honra de ser presidente da Associação. Sou mestre pela PUCPR e doutorando pela UFPR. Qual é o papel da APAJUFE: defender interesses dos associados ou lutar pelos direitos da sociedade? Como uma associação de juízes federais, é defender o interesse de seus associados e buscar a implementação de condições necessárias para que possa ser prestada a melhor jurisdição possível à população. Como estão as demandas do Poder Judiciário? Atualmente, há uma saturação de processos em trâmite na Justiça Federal? O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou, no ano passado, o relatório Justiça em Números, que demonstra que a primeira instância da Justiça Federal da 4ª Região (que abrange os estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul) teve 99,5% de casos novos, ou seja, uma altíssimo número de processos entra a cada ano. Recentemente, a Justiça Federal da 4ª Região passou por uma reformulação de competências, estabelecendo uma regionalização para tentar
equalizar o número de processos que cada magistrado possui, de acordo com a matéria e o território. Atualmente, há diversos processos suspensos/ sobrestados aguardando decisão dos tribunais superiores. Como é possível resolver essa letargia? É difícil dizer o motivo pelo qual essas ações demoram a ser julgadas, mas a verdade é que os tribunais superiores também estão assoberbados. Talvez fosse necessária uma limitação de competência, permitindo que o STF se tornasse um verdadeiro tribunal constitucional e não uma quarta instância, como acontece hoje. Com o sistema Eproc, os processos encontram-se automatizados de maneira eficiente? Extremamente eficiente. O Eproc é o sistema eletrônico de tramitação processual criado pela Tribunal Regional Federal da 4ª Região e que hoje é, sem dúvida, o melhor sistema eletrônico existente no Brasil. Sendo um sistema próprio, ele é constantemente aprimorado e pode ser cedido, gratuitamente, a outros tribunais. Há algum projeto de criação de novos tribunais regionais federais objetivando uma prestação jurisdicional mais adequada? A necessidade de criação de novos tribunais fez com que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovasse a criação de um Tribunal Regional Federal em Minas Gerais. Agora, iremos buscar a criação de um Tribunal Regional Federal também no Paraná, que dela necessita, tribunal por ser a quarta maior economia do Brasil. topview.com.br
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PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
Planos para o casamento? Inclua a previdência privada! O modelo de investimento já foi motivo de trauma e hoje é recomendado para todos os perf is
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azer planos com a pessoa que amamos aquece nossos corações, não é mesmo? Seja uma viagem tão desejada ou a qualidade do futuro dos filhos, planejar é importante, faz você criar metas e, ao alcançá-las, traz o prazer da felicidade em conquistar seus sonhos. Por isso, a previdência privada é uma ferramenta essencial na vida do casal. Muito além da segurança para a aposentadoria, esse investimento proporciona vantagens fiscais em curto e longo prazo, além de ser uma opção de acúmulo de patrimônio para investidores com perfil mais conservador. Por muito tempo, a previdência privada foi um trauma para investidores, por conta da falta de informações ou por ser uma aplicação errada em relação aos planos. Hoje, esse ativo deve fazer parte de todas as carteiras de investimentos, seja do perfil conservador ou do mais agressivo. No ano passado, a previdência privada acumulou R$ 126,4 bilhões em aportes, segundo a Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi), e teve um aumento de 40,4%, em relação a 2018, na captação líquida – total da receita deduzida dos valores resgatados. Ou seja, cada vez mais pessoas estão investindo nesse ativo como uma forma de segurança para o futuro.
Entre os principais motivos para se aplicar em previdência privada, estão as deduções fiscais em curto e longo prazo. Para quem tem pressa em liquidez, investidores que utilizam o formulário completo para a declaração do Imposto de Renda, existe a possibilidade de abatimento fiscal das aplicações no plano PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou, após dez anos, ter a dedução de apenas 10% de imposto com a tributação regressiva. Essa opção de investimento também está livre do "come-cotas". Outra vantagem muito procurada pelos investidores é a facilidade na sucessão patrimonial, em que a indicação e o percentual para cada beneficiário são de livre escolha, desde que respeitada a herança legítima. Além disso, o patrimônio é transferido sem burocracia para os herdeiros, e, em alguns casos, sem incidência de imposto de transferência de riqueza (ITCMD). Como essa transação não passa por inventário, ela pode ser realizada sem custos advocatícios. São muitos os motivos para que a previdência privada seja a escolha ideal para o seu sonho ou para os planos da sua família, desde que escolhida de acordo com as suas metas. Para ajudá-lo nessa escolha, conte com a Allez Invest.
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por Renan Hamilko, sócio da Allez Invest
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Agora o evento é na sua casa! Colunistas relatam como a rotina e o mercado mudaram diante do contexto de pandemia vivido pela maioria da população
COLU NI S TA S O CI A L
FELIPE CASAS
Por todas as atividades estarem suspensas, aguardando remarcações, os clubs, bares e casas noturnas buscam criar diversas campanhas para engajar seu público, salvar seu staff e contribuir para o faturamento da empresa. O impacto no mercado do entretenimento é muito expressivo e as perdas ainda são incalculáveis. No Brasil, destaco duas iniciativas interessantes. Em São Paulo (SP), o Trabuca Bar manteve o foco em entreter os consumidores por meio de gifts cards promocionais, pelos quais o cliente compra o consumo antecipado com 50% do valor. No caso do Club Vibe, de Curitiba (PR), a aposta foi em dar suporte à cena eletrônica local, aos DJs e às labels da casa com uma campanha nomeada #VibeLocals. A casa vende entradas e diversos benefícios aos clientes por meio do site Abacashi. Nos Estados Unidos, ressalto outros dois cases. O Escondido NYC, para dar suporte aos empregados locais,
realizou uma campanha de doação na qual criou um link em que o consumidor pode doar a quantia que quiser para o staff. E o Le Bain, também na cidade mais populosa dos EUA, fez uma campanha de flashback com os clientes e lançou playlists no SoundCloud, pela qual eles podem escutar todos os artistas que passaram no club.
Confira o que clubs da Itália e da Inglaterra fizeram diante da pandemia
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SOCIAL VIEW | PERSONALIDADES
COLU NI S TA S O CI A L
MARCOS SLAVIERO
Quando o assunto do isolamento social começou, eu não tive dúvidas do que ia fazer. Vim para a fazenda, mesmo lugar em que fiquei isolado durante a pandemia do H1N1, em 2009. Vim preparado para ficar aqui até tudo isso passar! Quem me conhece e me segue sabe que sou uma pessoa ligada nos 220V e que preciso de espaço. Preciso me movimentar! Confesso que amo rotina e, para mim, não é fácil sair dela. Sou viciado em academia, bootcamp, yoga, dança... e, graças a Deus, estou conseguindo fazer quase tudo pela tela do meu celular. Foi a forma que encontrei de não parar tudo o que amo fazer, de não prejudicar os prestadores de serviço e continuar com os profissionais que já me acompanham há um tempo.
Com mais tempo livre, consigo fazer outras atividades que faziam parte da minha infância e adolescência aqui na fazenda: mergulho na lagoa, cavalgadas, trilhas, ficar horas só deitado na grama ouvindo os papagaios que aparecem diariamente. Também consigo passar mais tempo com meu sobrinho Enrico e acompanhar de perto uma fase incrível dele: a da alfabetização! Tenho traçado novas metas para mim e para o @on.thelist, minha empresa ao lado da minha sócia, Maria Amin. Certamente esse é um tempo que temos que usar para nos reinventar, o que não é novidade, principalmente para nós, que trabalhamos com mídias sociais. Optei por transmitir amor e compartilhar coisas boas! Vai ficar tudo bem!
COLU NI S TA S O CI A L
ROBERTA BUSATO
Não é fácil mudar planos, não é fácil adiar compromissos e, muito menos, os eventos. Mas, neste momento, é necessário. O mundo parou e pede para desacelerarmos. O que tenho feito? Ajudado! Além de tentar manter minha rotina de exercícios físicos, meu foco está sendo em divulgar o maior número de empresas e serviços que consigo. A crise está aí e pegou a todos de surpresa. Também criamos uma “vaquinha solidária”, por meio da qual angariamos recursos e doações para pessoas em vulnerabilidade social Fazer o bem ainda é o melhor passatempo! A melhor parte é que estamos dando valor a coisas simples: um sol no rosto, uma brisa, estar com a família e os bate-papos por vídeo. Engraçado, né?! Não sabe-
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mos o que fazer com tanto tempo. Estou rezando para que tudo passe logo, que a economia volte a crescer e que a gente tire boas lições disso tudo! Vamos em frente!!!
“A melhor parte é que estamos dando valor a coisas simples: um sol no rosto, uma brisa, estar com a família e os bate-papos por vídeo.”
COLU NI S TA S O CI A L
WILSON DE ARAUJO BUENO
Em casa, em tempo de quarentena, ficam afastados eventos, festas, viagens... isolamento que traduz um bem maior, que é o controle do avanço da Covid-19. Nesse compasso do lar, da família, a reaproximação, o convívio, elevam-se os elos, enriquecendo a confraternização. Com a tecnologia, meios como janela para o mundo, o labor pode se manter aceso, não interrompendo rotinas sociais. Entretenimentos, como museus – os mais destacados –, estão oferecendo visitas virtuais, programadas para o período de isolamento. Como mensagem de fé cristã, que professo e deixo no final do texto, creio que abalos divinais trazem despertar e novo olhares, com esperança, tendo à frente o Senhor do universo.
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra” – 2 Crônicas 7:14.
“(...) abalos divinais trazem despertar e novos olhares, com esperança, tendo à frente o Senhor do universo.”
COLU NI S TA S O CI A L
NADYESDA ALMEIDA
Neste período de isolamento social, não pude deixar de pensar um dia sequer em qual é o ensinamento disso tudo. No meu entendimento, são muitos! É impressionante como a natureza respondeu: a camada de ozônio diminuiu, os rios estão mais limpos, tem até golfinho passeando por Veneza. Quando imaginávamos ver isso? Quando a maioria de nós teve como prioridade o benefício dos mais velhos? Agora, estamos todos pensando nos nossos idosos. Quando pensamos em consumir, pensamos somente no essencial. E por que não usufruirmos do nosso tempo somente com o núcleo familiar? Pois é. Isso é só para começar no todo que podemos pensar! Eu, particularmente, adoro minha
casa, tenho prazer em cuidar dela, fazer com que seja o refúgio da minha família! Então, em nenhum momento me senti presa. Eu me senti abrigada em meu lar. Sinto, sim, aflição. Principalmente quando penso em quem não tem um lar ou em quem tem a saúde fragilizada! Também sinto isso quando tenho saudades da minha irmã, do meu irmão e dos nossos amigos! Mas, nesse momento, reforço minha força e minha fé para seguirmos em frente! Tenho tantas lembranças boas para alimentar meu coração! Rezo para que, quando isso tudo terminar, sejamos mais fortes, mais unidos e estejamos mais perto de Deus e sensíveis ao mundo, como um todo: “...o que não nos mata, nos fortalece...”
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por TOPVIEW EM CASA
QUARENTENADOS Não é por estarmos todos em casa que os momentos especiais não precisam ser registrados. Neste período de isolamento social, veja como alguns leitores da TOPVIEW estão lidando com a situação. E você? Como está a sua quarentena? Poste uma foto com sua família ou durante seu passatempo – livros, filmes, CDs ou até mesmo suas panelas! – e use a hashtag #JuntosNaQuarentenaTOPVIEW!
Tieme Sugisawa.
Barbera van den Tempel.
Wilson e Sonia Elias.
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Marlene Silva no jardim de sua casa com as filhas Antonella e Manuella.
Dra. Joana Iarocrinski com seu marido, Tiago Ceresoli, e seus filhos, João Pedro e Cecilia.
Duda, Fabio, Karol Schubert, Mateus e Maju.
Ana Claudia Michelin.
Eva Perotta.
Chrystyan Kishida.
Amanda Capellani.
Euclides, Scheyla, Vitรณria e Pedro Ciruelos.
Camila Amaral.
Carina Mazutti com as filhas, Angelina e Valentina.
Thay Milani com as filhas, Giu e Lala.
Leandro, Ana Paula e Catarina Lorca.
Wendi Caetano.
Leonardo Guedes e Mehjji Moana.
Camila Podolak.
Michelle Jamur.
Melody e Marcos Choinski. topview.com.br
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Imagens meramente ilustrativas. Registro de Incorporação R-2-81.926 emitido em 14/11/2018.
Escolha entre apreciar a aconchegante vista da serra do mar ou observar o deslumbrante campo de golfe do Graciosa Country Club.
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A festa foi um Baile de Máscaras veneziano, inspirado pela cidade das gôndulas.
Cassiana Kaled, Daniel Kreutzer, Laura Holanda, Verussa Camargo, Katiana Giarolla, Sylvia Schuster, Juslaine Guttierrez, Rosmey Carvalho.
FESTAS
PELOS ENCANTOS DE VENEZA
A decoração produzida por Zauri Junior contou com rosas vermelhas compondo os arranjos.
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Zauri Junior e Katiana Giarola.
Os 250 convidados imergiram na vivência de Veneza.
Giuliano Hahn e Cleide Saboia.
Divulgação,
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Após uma viagem a Veneza, Katiana Giarola decidiu que sua próxima festa de aniversário seria um baile de máscaras. Aceitando o desafio, o produtor e decorador Zauri Junior recriou o espaço para que, no dia 13 de março, a anfitriã recebesse seus 250 convidados no Clube Concórdia, em um passeio pela elegante cidade dos canais. Com buffet de Cesar Monteiro e Giuliano Hahn, do Armazém Santo Antônio, os pontos altos da festa foram um túnel com projeções que remetiam às gôndolas venezianas, as rosas vermelhas que compunham os arranjos, os manequins suspensos em gaiolas em cima do bar e também a apresentação de Stephanie Lii, cover da cantora britânica Adele. Depois, os convidados foram embalados pelo DJ Nizzo Gomide e pela cantora Angela Soul. Confira algumas fotos dessa festa maravilhosa!
Glaucia Tagliari, Elenaides Nunes, Samantha Nichele, Helimara Zimny, Caroline Bernardi, Ana Luiza Ribeiro Bard.
FamĂlia da aniversariante.
Paula Schiefferdecker, Bruno Amaral, Samanta Nicheli, Katiana Giarola e Rodrigo Gomes.
Karina Fegeder e Katiana Giarola.
Nizo Gomide com sua esposa e Katiana Giarola (ao centro).
Samia Wahab, Joana Mendes, Verussa Carmargo, Zauri Junior e Katiana Giarola.
Zauri Junior, Rosangela Moro, Katiana Giarola e Michele Jamur. topview.com.br
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SOCIAL VIEW | PERSONALIDADES
por TOPVIEW
EVENTOS
PRÉ-QUARENTENA
INAUGURAÇÃO | Galeria de arte do Torriton Taunay Rodrigo Morais (da Solo), Felipe Scandelari, André Baía e Alessandro Lelo, diretor de marketing do Torriton.
Renan Mutao, o arquiteto Ary Polis, Eliseu Portugal e Eleutério Netto.
Antes do período de isolamento social, alguns eventos importantes aconteceram em nossa cidade. A seguir, confira algumas fotos das principais comemorações de março em Curitiba!
INAUGURAÇÃO | Centro Mundial de Ancoramento da Nova Energia Equipe Kryon | Rodrigo Bordin.
Neila Maria Bordin, Rodrigo Bordin e Felipe Saia.
Nilton Russo e Divulgação
Rodrigo Bordin e Neila Maria Bordin.
LANÇAMENTO | GT Building: Maison Alto da Glória Antonella Thá Thomé e João Alfredo Thomé.
Geninho Thomé.
SOLENIDADE | Evento em prol do Instituto TMO Sonia Moritz Perussolo (presidente do Instituto TMO), Ara Vartanian e Bettina Muradás. topview.com.br
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PODER | PAPO FINAL
José Claudio Casali Oncogeneticista e professor de Medicina da Universidade Positivo, José tem estudado a fundo, durante a quarentena, as novas mutações da Covid-19 e as pesquisas que mostram como, exatamente, o vírus se tornou mais contagioso. Em entrevista à TOPVIEW, ele conta como está a adaptação à nova rotina em casa e aconselha aqueles que não estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus: “mostrem seu amor pelo mundo mantendo o distanciamento” por
Uma lembrança da infância? Morei em Brasília até os 12 anos. Lembro muito da liberdade de andar de bicicleta pela capital sozinho, sem correr nenhum risco nas ruas. Quem o inspira atualmente? O médico Bill Kaelin, americano ganhador do prêmio Nobel de Medicina no ano passado. Ele descobriu como controlar o crescimento de tumores ao inibir a formação dos vasos sanguíneos que levam oxigênio e nutrientes até eles. Sua pesquisa teve impacto mundial no tratamento do câncer. Ele salvou muito mais gente como pesquisador do que como médico. Uma curiosidade sobre você? Sou chocólatra. Mudei muito minha dieta para ser mais saudável, mas não abro mão de um tablete de chocolate por dia. Por que o senhor decidiu se tornar médico? Nunca pensei em ser outra coisa: a vida toda, desde que me lembro, dizia que seria médico. Não passei no meu primeiro vestibular – tinha 15 anos – e precisei estudar muito para conquistar meus objetivos. Descreva “ser professor” em uma frase. Um dom e uma arte – aprendo muito mais quando ensino. 70
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Atitude mais admirável que testemunhou recentemente? Médicos da linha de frente contra o coronavírus que mantiveram-se afastados de suas próprias famílias para protegê-los. Como o senhor está lidando mentalmente com a pandemia? Procuro me adaptar ao novo estilo em casa, aproveitando para escrever projetos de pesquisa em oncogenética e em tecnologias em saúde, bem aplicáveis para o momento atual, em que todos os médicos estão fazendo atendimentos remotos por celular e videoconferência. Como médico, que conselho o senhor daria para as pessoas que não estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus? Sintam-se responsáveis pelas vidas dos próximos e mostrem seu amor pelo mundo mantendo o distanciamento. E para as que estão na linha de frente? Que Deus os proteja e os guie para salvar vidas. Último presente que se deu? Uma viagem para um congresso internacional em San Diego, na Califórnia. Eu viajaria em breve,
porém, o congresso foi cancelado. Preciso me dar um novo presente, mas não penso em nenhuma viagem até a pandemia terminar. Se o dia tivesse 27 horas, como usaria essas três horas extras? Usaria todo o tempo extra para lazer. Se pudesse, visitaria muitos amigos e parentes. Algo inusitado que recomenda que todos façam uma vez na vida? Sempre acordo e agradeço pelo meu dia que vai começar. Sentir gratidão traz felicidade interior – e esse é o maior antídoto contra doenças. Uma mudança importante na sua personalidade no último ano? Comecei a trabalhar semanalmente em São Paulo, mas decidi continuar morando e lecionando em Curitiba. A minha qualidade de vida nessa cidade é incomparável à de qualquer outro lugar que eu já tenha conhecido ou vivido. Também estou me tornando menos ansioso. Tenho menos pressa. E, se não fosse você, quem gostaria de ser? Gostaria de ser um índio vivendo no meio da Floresta Amazônica, aprendendo tudo sobre a natureza e preservando as florestas e os rios.
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Redação
FOTO: EDU MORAES / RECORD TV *HORÁRIO DE BRASÍLIA
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D E S E G U N DA A S E X TA , ÀS 21H30*.
A TRAJETÓRIA DO HOMEM QUE MUDOU A H U M A N I DA D E
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