Revista TOPVIEW 192 - Curitibanos: Mão na Massa

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OUTUBRO 2016 • R$ 10,00 • #192

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ISSN 16775767

E D I T O R E S

EDITORIAL

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EXPEDIENTE

FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO Mario J. Gonzaga Petrelli PRESIDENTE DO GRUPO RIC PARANÁ Leonardo Petrelli Neto DIRETOR DE MERCADO Ronie Pires (TVs) e Gilson Bette (rádios, revistas e plataformas digitais) DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO André Luiz Ferreira

E D I T O R E S

PUBLISHER Cintia V. Peixoto cintiapeixoto@topview.com.br

O mundo das experiências V

ocê já se deu conta de que vivemos em um momento em que o processo de adquirir um item pode ser tão ou mais valorizado quanto o item em si? Veja o exemplo das marcas: elas buscam, cada vez mais, criar experiências e estabelecer conexões emocionais com seus clientes, fazendo com que a compra seja parte de um pacote que envolve um relacionamento muito maior. É esse mundo subjetivo – porém cada vez mais presente em nossa vida – o tema desta edição. Na reportagem Bem-vindo à era das experiências, dissecamos esse conceito. Ao longo da revista, mais experiências apresentadas: a de escolher obras do acervo do MON, de viajar pelo mundo, de provar sabores feitos à mão.

E para a capa desta edição, escolhemos cinco personalidades de Curitiba que conseguiram levar suas experiências à outra escala, fazendo delas seu meio de vida – e provando que o lifestyle atual vai muito além do trabalho convencional. Não perca a reportagem da jornalista Érika Busani.

Editora | luise@topview.com.br

DIRETORA DE ARTE Paula Azevedo • paula.azevedo@topview.com.br EDITORAS Juliana Reis • juliana.reis@topview.com.br Luise Takashina • luise@topview.com.br REDAÇÃO Greyci Casagrande • greyci@topview.com.br Yasmin Taketani • yasmin.taketani@topview.com.br DESIGNERS Angelica Maciel Buch • angelica@topview.com.br Diego Fernando Olejnik • diego@topview.com.br PROJETO GRÁFICO Paula Azevedo TRATAMENTO DE IMAGENS Igor Santos REVISÃO Márcia Campos COLUNISTAS Alice Ferraz, Ana Clara Garmendia, Nadyesda Almeida, Roberta Busato e Ruy Barrozo.

COLABORADORA Érika Busani DIRETORA COMERCIAL Cintia V. Peixoto PUBLICIDADE Anna Diemeier Gozlan, Lúcia Garcez e Regina Rocha • comercial@topview.com.br ASSINATURA waleska.oliveira@topview.com.br e logistica@topview.com.br Tel.: (41) 3088-5764 VIEW EDITORES Rua Amauri Lange Silvério, 450, Pilarzinho, Curitiba.

82.120-000 Tel.: (41) 3331-6100 www.topview.com.br IMPRESSÃO Maxi Gráfica Efetuando sua assinatura, seu nome será incluído na lista de clientes preferenciais da Editora, que poderá cedê-lo a empresas idôneas para fins de divulgação e promoção de produtos de seu interesse. Caso não queira fazer parte desta lista, escreva para a revista. As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da revista TOP VIEW Curitiba.

ÍNDICE

42 Ana Clara Garmendia A relação entre luxo e tempo

44 Alice Ferraz Viagens que são inesquecíveis

46 Ruy Barrozo Dicas de produtos e serviços para o bem-estar

52 Newsport

SEÇÕES 16 Agenda Cultural Exposições, shows e peças para outubro

A experiência de alugar uma embarcação de luxo, por Marcos Slaviero

ESPAÇOS 60 Em busca de novas formas

PERSONAGENS

As lições e considerações de Ruy Ohtake, em entrevista exclusiva

20 Viajantes de corpo e alma Cinco aventureiros que saíram de suas zonas de conforto para ganhar o mundo

ARREDORES

30 Bem-vindo à era das experiências

66 Conexão emocional

Empresas apostam na conexão emocional

Programas inesquecíveis para ficar na memória

ESTILOS 32 Extra! Extra!

24 produtos para repaginar seu lifestyle

58 Patronos das artes Curitibanos contam como é escolher obras para o acervo do MON

COLUNAS 38 Top 5 destinos Jayme Bernardo compartilha seus lugares preferidos no mundo

SABORES 78 Como vovó já fazia Resgatar técnicas antigas e artesanais é tendência na gastronomia

AGENDA CULTURAL

CURITIBA: CAPITAL DO CINEMA Entre os dias 20 e 28 de outubro, a capital do Paraná se transforma também na capital do cinema com a chegada do festival da Bienal Internacional de Curitiba (FICBIC 2016). Serão exibidos dezenas de curtas, longas e documentários inéditos que fazem um recorte significativo do cinema atual, divididos em seis mostras: Panorama do Cinema Mundial, Panorama do Cinema Brasileiro, Cinema em Retrospectiva, Universo Z, Circuitos e Circuito Universitário. As exibições serão concentradas nas salas do Espaço Itaú de Cinema, no Shopping Crystal; Cine Guarani, no Portão Cultural; Cinemateca de Curitiba e SESC Paço da Liberdade. Para a abertura, no dia 20, será exibido o inédito Fogo no Mar, documentário franco-italiano do diretor Gianfranco Rossi, vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim 2015. O FICBIC tem curadoria da doutora em audiovisual Denize Araujo e do jornalista e crítico de cinema Paulo Camargo. Algumas exibições são gratuitas, outras custam R$ 4.

FOTOS DIVULGAÇÃO

SHOPPING CRYSTAL (ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA) (41) 3883-3000. R. Comendador Araújo, 731, Batel.

CINEMATECA DE CURITIBA_(41) 3321-3252 R. Presidente Carlos Cavalcanti, 1.174, São Francisco.

SESC PAÇO DA LIBERDADE_(41) 3234-4200 Praça Generoso Marques, 189, Centro.

PORTÃO CULTURAL (CINE GUARANI)_(41) 3329-2801 Av. República Argentina, 3.432, Portão.

CULTURA PARA OS PEQUENOS

VIDA E OBRA DE NIEMEYER Até 30 de janeiro de 2017, a vida e a obra de Oscar Niemeyer podem ser vistas no museu que leva seu nome, o MON. A exposição traz os destaques da carreira dele com cenografias e plantas de suas principais obras, todas disponíveis em dez experiências interativas. Elas apresentam as fases da arquitetura de Niemeyer, os diferenciais de seu trabalho e sua visão humanista. Ingressos a partir de R$ 6.

MUSEU OSCAR NIEMEYER_(41) 3350-4400 R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico.

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Teatro, circo, música, dança e literatura. A primeira edição da mostra Espetacular reúne tudo isso em uma programação que promete agradar pais e filhos durante todo o mês das crianças. Idealizada pela Pró Cult, a mostra acontece no Teatro Eva Herz (Livraria Cultura, no Shopping Curitiba) e traz espetáculos de companhias reconhecidas pelo trabalho com o público infantil, divididos em três sessões diárias aos finais de semana (sábados, 11h, 15h30 e 18h; domingos, 14h, 15h30 e 18h). Ingressos a R$ 30 à venda na Livraria Cultura ou pelo Ingresso Rápido.

INGRESSO RÁPIDO_ingressorapido.com.br MOSTRA ESPETACULAR_(41) 4102-0304 mostraespetacular.com.br TEATRO EVA HERZ_Shopping Curitiba R. Brigadeiro Franco, 2.300, Centro.

AGENDA CULTURAL

NOVO DISCO A cantora paulistana Céu vem a Curitiba no dia 12 de novembro, quando apresenta seu mais recente álbum, Tropix, na Ópera de Arame. O trabalho recebeu duas indicações ao Grammy Latino nas categorias Melhor Álbum de Música Pop em português e Melhor Engenharia de Som e é o 4º disco da artista. Neste trabalho, as canções passeiam por diferentes experimentos sônicos como o trip hop dos anos 90, a discoteca do final dos anos 70 e o R&B dos anos 80. Ingressos a partir de R$ 30 pelo Disk Ingressos.

DISK INGRESSOS_(41) 3315-0808 diskingressos.com.br ÓPERA DE ARAME_(41) 3355-6072 R. João Gava, 970, Pilarzinho. ©1

40 ANOS DE MÚSICA BRASILEIRA

DISK INGRESSOS (41) 3315-0808 diskingressos.com.br TEATRO POSITIVO (41) 3317-3107 R. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300, Campo Comprido.

FOTOS LUIZ GARRIDO (1) E DIVULGAÇÃO

O cantor paraibano Zé Ramalho volta a Curitiba no dia 29 de outubro, quando sobe ao palco do Teatro Positivo para apresentar sua turnê 2016. No repertório, um passeio por hits que o consagraram nestes mais de 40 anos de carreira. O cantor chega acompanhado da Band Z, que é formada por Chico Guedes (contrabaixo), Zé Gomes (percussão), Vladimir Oliveira (teclados), Edu Constant (bateria) e Toti Cavalcanti (sopros).

Ingressos entre R$ 108 e R$ 488 pelo Disk Ingressos.

MIGUEL É DEUS EM CURITIBA A aclamada GOD – considerada a melhor comédia da Broadway em 2016 pela crítica internacional – chega pela primeira vez a Curitiba, em uma divertida versão brasileira, adaptada e estrelada por Miguel Falabella. Ao lado de seus arcanjos Gabriel e Miguel (interpretados por Magnon Bandarz e Elder Gattely), o “Todo-Poderoso” (Falabella) responde a algumas das questões mais profundas que têm atormentado a humanidade desde a Criação. Nos dias 15 e 16 de outubro, no Teatro Guaíra. Ingressos de R$ 35 a R$ 140 à venda pelo Disk Ingressos.

DISK INGRESSOS_(41) 3315-0808 diskingressos.com.br TEATRO GUAÍRA_(41) 3304-7900 R. XV de Novembro, 971, Centro.

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LIFESTYLE

Viajantes de corpo e alma Conheça as histórias de cinco pessoas que driblaram convenções sociais, a tão alegada falta de tempo e outras desculpas que costumamos inventar e foram em busca de experiências de vida transformadoras por Érika Busani fotos Nuno Papp

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ar a volta ao mundo, viver em um veleiro, disputar a maratona mais difícil, conhecer lugares inóspitos, levar seus filhos para explorar diferentes vivências e culturas... São muitos os sonhos que acalentamos na vida, mas apenas alguns têm a coragem de segui-los.

Nas próximas páginas você vai conhecer o Ike, a Fernanda, o Marcelo, o Guilherme e a Fabiane. Cinco pessoas que dedicam seu tempo – esse senhor tão severo, mas também tão injustiçado – a fazer o que realmente desejam.

Sem desculpas, sem deixar que a rotina se imponha.

E não, eles não são jovens mal saídos da puberdade sem responsabilidades.

Todos têm família, filhos, carreira, contas para pagar. Mas se permitiram viver experiências de acordo com seus próprios sonhos. Como disse o Marcelo, é preciso que o desejo seja autêntico: “As pessoas estão se perdendo, querendo fazer algo que seja legal para a ‘galera’”.

Então respire fundo, olhe para dentro e se pergunte: o que eu realmente quero? Mas antes, saiba um pouco mais sobre essas pessoas comuns, mas inspiradoras. E preste atenção nos versos inspiradores da cantora Cássia Eller: “Faça o que quiser fazer/É só você querer”.

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“Saber usar a parte nobre do tempo de vida com o que ĂŠ realizador ĂŠ autoconhecimento.â€?

Ike veste suÊter e camiseta Osklen, calça Zapälla e tênis VR.

DE MOCHILA PELO MUNDO Uma carreira sĂłlida como executivo, dois empregos, recĂŠm-casado e com um imenso desejo que vinha “desde sempreâ€?: fazer uma viagem de longo prazo, em que pudesse se aprofundar na cultura e estilo de vida dos locais visitados. Parecia impossĂ­vel, mas o jornalista Ike Weber, 49 anos, decidiu criar o momento.

NĂŁo sem antes planejar. “Eu nĂŁo podia fazer isso num Ă­mpeto de irresponsabilidade. Precisava de organização pessoal e financeiraâ€?, conta. Enquanto trabalhava no mercado formal, ia fazendo sua reserva para o sonho. Em 2007 negociou com a empresa um perĂ­odo de trĂŞs meses e foi para os Estados Unidos e CanadĂĄ. Mas queria mais.

Na volta, o pensamento era: “Se eu permanecer aqui, vou ficar nessa toada, o tempo vai passando e sempre vai ter um motivo para nĂŁo irâ€?. Mas ainda nĂŁo havia encontrado o momento. Em 2010 casou-se pela segunda vez, nĂŁo sem antes acordar o sonho com a futura esposa, a designer grĂĄfica Juliana Scheller, 38. Dois anos depois, aconteceu o que ele chama de “estaloâ€?. Ike partia rumo ao sul do Peru, onde começou a viagem de 11 meses pelas trĂŞs AmĂŠricas.

Foram 13 paĂ­ses visitados, sozinho, de mochila, sempre se deslocando por terra ou ĂĄgua. A alma de jornalista, no entanto, nĂŁo o abandonou. “Foi uma viagem cultural, pela vivĂŞncia, jornalĂ­stica, porque documentei tudo, e de aventura, pela caracterĂ­stica.â€?

Ike tambĂŠm juntou o empreendimento ao trabalho.

Durante a jornada, tinha trĂŞs tarefas profissionais. A primeira eram oficinas de aprendizagem com alunos do ensino mĂŠdio do Sesi. Os estudentes formavam equipes, escolhiam temas e debatiam pelo Skype e mĂ­dias sociais. Os outros trabalhos eram posts em seu blog trĂŞs vezes por semana e uma entrada ao vivo na rĂĄdio CBN quinzenal-

mente. O projeto chamou-se De Mochila pelas AmĂŠricas.

Na volta, nasceram trĂŞs produtos da expedição: palestras, exposição de fotos e o livro De Mochila pelas AmĂŠricas – +LVWyULDV 5HĂ H[}HV H ([SHULrQFLDV. “Depois da primeira expedição, passou a fazer parte da minha vidaâ€?, alegra-se. Dois anos depois, ele partiu para a segunda. Dessa vez, foram sete meses de mochila pela Ă sia.

Quando saiu pela primeira vez, Ike tinha 46 anos, o que chama de “filĂŠ-mignonâ€? da idade: nem tĂŁo guri para fazer algo irresponsĂĄvel, nem tĂŁo velho para enfrentar situaçþes como um acidente que sofreu de moto na Tailândia. “O melhor do nosso tempo de vida geralmente ĂŠ dedicado a trabalho e dinheiro. Quando vocĂŞ se liberta disso, que condição, disposição e saĂşde terĂĄ para aproveitar?â€?, questiona.

Para ele, o mais transformador foi o conjunto da obra. “Foi a ousadia de ter dado o primeiro passo para mudar de vida. Me transformei de executivo em empreendedor, ainda que de uma forma diferente. HĂĄ quatro anos consigo sobreviver do meu sonho. É mais sacrificado financeiramente, porĂŠm consigo realizar muito mais coisas. Lancei livros, fiz palestrasâ€?, empolga-se.

Para saber mais De Mochila pelas AmÊricas – Histórias, Reexþes e Experiências, editado pela Literal Link.

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eles perceberam que o brasileiro estava viajando mais e queria informações recheadas de experiência pessoal: cenário perfeito para transformar tudo o que gostavam em um meio de ganhar a vida. Por isso, Fernanda está sempre “na estrada” com as filhas Marina, 13, e Olivia, 7, e com o marido Fhabyo Matesick, 43, publicitário e jornalista.

“Viajar com crianças é completamente diferente, o ritmo é outro. É preciso negociar muito, abrir exceções, ouvir o que elas querem. Mas é muito rico: você vê o mundo pelos olhos dos seus filhos, volta a ter um olhar lúdico”, garante.

Em 2015, Fernanda e a família tiveram a experiência VIAJAR E GANHAR A VIDA “mais incrível do mundo”, como ela diz. Locaram um moLogo que se formou na faculdade de jornalismo, Fernanda Ávila, 41 anos, foi estudar cinema. Em Nova torhome e passaram 18 dias viajando pela Califórnia. Sem York. “Achei que era o que eu queria, mas descobri que o rota muito definida, sem necessidade de procurar hotel ou que queria mesmo era ir para Nova York”, ri. “Eu já tinha estar no local determinado pela reserva, podendo parar e viajado sozinha antes, mas foi nessa ocasião que acendeu seguir quando quisessem e vivendo a “aventura” de dormir na rua. “Foi a viagem mais espetacular do mundo!” uma luzinha: gosto de viajar.”

Passar por experiências diferentes, interagir com outras E nada melhor para garantir o sonho do que transformá-lo em profissão: hoje a jornalista é sócia de uma edito- culturas, decifrar o mundo, sair da zona de conforto, enra que, além de criar conteúdo customizado, publica guias tender os imprevistos... são inúmeras as chances de aprende viagem, ou seja, ela ainda ajuda os outros a viverem dizado proporcionadas. “Em uma viagem temos mais temexperiências interessantes – e a partir das próprias. Ela po e mais calma para perceber a oportunidade de educar.”

Mas a jornalista também precisa trabalhar nesses momesma é autora do guia 1RYD <RUN &RP &ULDQoDV, lançado mentos. “No fim do ano passado fomos para a Praia do em 2015, e escreve para o blog Viajo com Filhos.

A Pulp Edições foi criada com os amigos do ensino Rosa e lá estabeleci até horários de trabalho. As meninas fundamental Patricia Papp e Vicente Frare, que compar- acham chato, às vezes reclamam. Aí eu lembro que é o tilham das mesmas paixões: informação, tendências, tex- trabalho que proporciona as viagens. Prefiro que ele tome tos, fotos e, claro, viagens, no topo da lista. Em 2010, um tempo da viagem do que não viajar”, diz.

Para saber mais pulpedicoes.com e viajocomfilhos.com.br

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Fernanda usa regata pink Osklen, regata Cris Barros e calça Mixed.

“Viajar com as crianças é muito rico: você vê o mundo TIPSW SPLSW HSW WIYW ÁPLSW ¶

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coisa do seu sonho só faz sentido para você. É natural que os outros não levem a sério”, diz.

Mas ele levou. E muito. “Essa história toda tomou uma proporção muito grande na minha vida”, afirma. Marcelo encaixou os treinamentos no dia a dia de trabalho e família e não parou na Antártida: de lá para cá, participou de nada menos do que 13 desafios extremos. O último foi no deserto do Atacama, no Chile (Vulcano Marathon), o mais árido do mundo. O mais difícil foi na Amazônia (Jungle Marathon), cujo calor úmido maltrata muito os corredores.

E o mais inacreditável foi oWorld Marathon Challenge. São sete maratonas, em sete dias consecutivos – descansando apenas no avião –, nos sete continentes.Antártida, Chile (América VONTADE EXTREMA Desde criança, o empresário Marcelo Alves, 43 anos, do Sul), Miami (América do Norte), Madri (Europa), Dubai sonhava em conhecer não Paris ou Nova York, mas a (Ásia), Marrocos (África) e Sydney (Oceania). Foram apenas Antártida. O menino cresceu, construiu carreira, casou-se dez atletas. Marcelo foi o único brasileiro e primeiro sul-acom a consultora de imagem Julienne Bini, 40, tornou-se mericano a completar todas. Lembrando que uma maratona pai da Sophia, 10, mas sabe como é sonho de infância: fica tem 42,195 km.Vezes sete, são longos 295,365 km – quase a ali, guardadinho, pronto para voltar a qualquer momento. distância de Curitiba a Florianópolis.

Em seu livro ([WUHPRV, onde relata as experiências da A vida seguia e Marcelo, que sempre gostou de praticar esportes, andava meio parado pelas contingências que Antártida e do Polo Norte, o atleta refuta o rótulo de heela impõe. Até que decidiu que era hora de começar a cor- rói, facilmente imputado aos que se aventuram por granrer. Pegou gosto pela coisa e descobriu que existia uma des realizações. “Cria-se uma mística do super-homem e maratona lá, no lugar que tanto fantasiou, a Ice Marathon. não sei bem o quanto esta idealização encoraja ou desenPor que não unir sua vontade de testar e entender os pró- coraja alguém a fazer algo que foge muito aos padrões médios”, escreve. prios limites ao sonho de infância?

Após os feitos, Marcelo passou a ministrar palestras “Corridas extremas” é o nome que se dá a essas customizadas para empresas. Preparou-se para isso tammaratonas, disputadas em locais inóspitos, com condições das mais desfavoráveis. Marcelo passou dois anos treinando bém, participando inclusive de um curso de palhaços. e se preparando física, financeira e emocionalmente para o Hoje foca no próximo desafio, uma escalada. “Não sou um gelado desafio. A princípio, amigos e até mesmo a família corredor, sou um aventureiro”, define. O Aconcágua, na não acreditavam quando ele contava sobre o projeto. “Essa Argentina, é a empreitada.

Para saber mais marceloalves.esp.br e o livro Extremos, da Banquinho Publicações.

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Marcelo usa calça e jaqueta jeans Zapalla, polo VR e jaqueta e bota Northface.

“O seu sonho só faz sentido para você. É natural que os outros não levem a sério.”

LIFESTYLE “Parecia que eu estava viajando por um universo paralelo, um limbo diplomático.”

ESPÍRITO DE VIAJANTE O engenheiro florestal Guilherme Canever, 39 anos, já conheceu a Transnístria, Karakalpak e Nagorno-Karabakh, países dos quais a maioria de nós nunca sequer ouviu falar.

Guilherme é um viajante apaixonado e pode afirmar que o dom de explorador está em seu DNA. Literalmente.

Ele é neto de um dos maiores cientistas do Paraná – e do Brasil –, o geólogo João José Bigarella, ou simplesmente professor Bigarella. Ele costumava reunir a família para mostrar slides e contar histórias de suas expedições – seja pelo escaldante deserto do Saara ou pelo gelado Ártico. “Talvez daí tenha surgido meu interesse por terras distantes e minha paixão pela África”, associa.

O avô plantou a semente da aventura na família toda.

Guilherme conta que começou a viajar com os pais muito cedo. “Com poucos anos de vida já tinha ido de carro para Argentina e Uruguai. Não demorou muito para ir até o Chile e viajar bastante pelo Brasil, muitas vezes acampando”, conta.

Aos 16 anos enfrentou sua primeira grande viagem sozinho, um intercâmbio nos Estados Unidos.

Daí para frente foi ganhar o mundo. Inicialmente nas

férias. Nessas viagens, conheceu muitos jovens europeus e australianos que viajavam por longos períodos. “Foi uma surpresa ver que era possível, que durante vários meses eles gastavam pouco mais do que eu em um mês, já que tinham gastos menores com passagens aéreas.”

Em 2005, quando visitou Nepal e Tibete, tomou a decisão de fazer uma volta ao mundo. Convidou a então namorada – hoje esposa –, Bianca, que topou a aventura. Em 2009 eles partiram para ficar um ano fora. Voltaram quase três anos depois, graças também ao estilo de viagem econômico e ao trabalho como autônomos (ela é psicóloga).

Guilherme acha que para um viajante as experiências podem ser mais importantes do que as atrações turísticas do lugar. “Não me canso de dizer que o melhor das viagens não pode ser planejado, e acontece no caminho entre as principais atrações de um país.”

Tantas experiências renderam um blog e três livros.

No mais recente, 8PD 9LDJHP SHORV 3DtVHV TXH 1mR ([LVWHP, Guilherme relata suas passagens por nações que são independentes, mas têm reconhecimento internacional limitado (como as citadas no começo do texto). A ideia surgiu ao visitar a Somalilândia. “Ela me marcou muito, parecia que eu estava viajando por um universo paralelo, um limbo diplomático. Sem eu saber a semente do livro estava plantada”, conta.

A repercussão do livro surpreendeu. “Não imaginava que as pessoas se interessariam tanto pelo assunto. Fico feliz em ajudar a divulgar a história de lugares esquecidos como Abecásia, Transnístria e Nagorno-Karabakh.”

Há quase um ano, Guilherme e Bianca ganharam um novo companheiro de viagem, o Gabriel. Que já conhece a Letônia, a Estônia e a Finlândia. O professor Bigarella certamente está orgulhoso do bisneto.

Para saber mais saiporai.com e livros De Cape Town a Muscat: Uma Aventura pela África, De Istambul a Nova Délhi: Uma Aventura pela Rota da Seda e Uma Viagem pelos Países que Não Existem, da Pulp Edições.

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styling Andrea Gappmayer, assistente de styling Maria Beatriz Leal Roorba | YPSIMODA

parecem implorar por uma atitude mais “drástica”: um aumento abusivo do condomínio sem aviso prévio. O irmão precisando de mobília para a casa nova era mais um motivo. “Falei para ele buscar tudo, que estávamos indo morar no barco. Deletamos imediatamente a história do condomínio da nossa cabeça, ajudei meu irmão e fiz o que o Vagner esperava há um tempão. Foi um alívio e uma senAO SABOR DO VENTO sação maravilhosa”, relembra.

Otto tem apenas 7 anos, mas já viu baleias, nadou em Não que tenha sido fácil. “Precisamos nos desapegar de águas com milhares de metros de profundidade, conheceu muita coisa, deixar para trás os amigos e a família.” Para vulcões e testemunhou tubarões seguindo o barco em que completar, ela enjoa em alto-mar. Mas nenhum incômodo navegava. Experiências tão intensas e tamanho aprendiza- é maior do que o prazer de levar a vida exatamente como e do são possíveis porque o menino é filho do casal Fabiane onde eles querem, e ainda passar esses valores para o filho.

Isis Czerveny, 35, turismóloga, e Vagner Jacob, 52, enge- “A melhor parte de ter uma vida tão diferente com uma nheiro civil, que desde 2013 trocou a estável vida na terra criança é que somos pais 100% presentes e sabemos o mopela aventura de morar a bordo de um veleiro. “É uma feli- tivo de cada expressão feliz ou triste do Otto. Ele sabe que cidade mostrar lugares tão lindos para ele e poder oferecer o mundo não fala só português, e que podemos ter amigos essa experiência”, diz a mãe. em qualquer lugar, desde que você seja gentil e tenha um A princípio, o sonho era de Vagner, que passou 16 anos sorriso no rosto.” construindo o barco. “Eu abracei a ideia, pois sempre gosAs experiências desses pouco mais de três anos vêm tei do mar e do estilo de vida dos velejadores – que dão sendo transformadoras para a família. O desapego, dar valor às coisas simples, ao tempo e à essência das pessoas. valor a coisas como água potável e energia; fazer amigos Eles vão atrás de lugares com que sonham, estão acompa- por onde passam, mas precisar se despedir; enfrentar o nhados de quem eles querem e curtem cada coisa que os desconhecido, como uma tempestade no mar; e adaptar-se faz felizes naquele momento. Coisas que podem parecer às diferenças de cada lugar são algumas delas. “Qualquer simples, mas para nós têm muito valor, como uma bebida coisa que te tire da zona de conforto é transformadora, gelada num dia quente, uma comida fresca, um banho de- isso é um fato”, garante. morado e fazer as refeições em família”, enumera.

Perguntada sobre o futuro, Fabiane diz não ter a menor Antes da mudança, ela estava se adaptando para morar ideia. “Não adianta fazer um monte de planos que depois a a bordo: passava 15 dias em casa e 15 no barco. “Precisava vida vem e te surpreende de alguma forma. Continuamos sentir que estava pronta.” O momento da decisão teve um vivendo intensamente e desfrutando a companhia de quem empurrãozinho daquelas situações que nos aborrecem e realmente importa.”

FOTO ARQUIVO PESSOAL

“Qualquer coisa que te tire da zona de conforto é transformadora, isso é um fato.”

Fotos: Kelly Knevels

GastĂŁo Pereira Cordeiro Filho, Simone Nejm e Marcos Trentini

Vanessa Jamus e Jaime Tronco

Paula e Douglas Borcath

Priscilla Muller, Gisele Fuchs Abage, Lala Rudge e Mariela Muller

GastĂŁo Pereira Cordeiro Filho, Simone Nejm e Marcos Trentini

Priscilla Muller, Gisele Fuchs Abage, Lala Rudge e Mariela Muller

Eduardo MourĂŁo, Thais Pinto e Giovana Martins de Oliveira

Anna Carolina Nogueira e Ana Paula Turmina Figura

MERCADO DE LUXO

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ode não soar filosófico, mas viver também é ser bombardeado por uma infinidade de produtos e serviços a serem consumidos. Quantos bons restaurantes e hotéis há para se frequentar? Entre quantas marcas de carros, bolsas e eletrônicos é possível escolher? Nesse contexto, vender um produto ou oferecer um serviço não é mais o suficiente. “As pessoas se tornaram relativamente imunes a mensagens direcionadas a elas”, explicam Joseph Pine e James Gilmore no best-seller A Economia da Experiência, afirmando que hoje o produto é o chamariz e o serviço é o palco. E a estrela do espetáculo? “A maneira para alcançar seus consumidores é criar uma experiência com eles”, clamam os autores.

Grifes de moda que levam seus clientes para assistir a desfiles em Paris, marcas que promovem eventos únicos para grupos seletos (como um show intimista, uma degustação exclusiva) e mesmo lojas que fornecem atendimento especial (decoração do espaço, música, aroma, postura do atendente impecáveis) são exemplos de como as empresas estão se adaptando a essa economia. Segundo Adriano Tadeu Barbosa, supervisor do GBA Internacional de Mercado de Luxo em Paris, pelo ISAE/FGV de Curitiba, a tendência chegou à cidade há cerca de dois anos, substituindo nesse extrato a ostentação e o exagero por simplicidade e personalização. “Buscamos muito mais nos envolver do que ter”, resume Barbosa, ressaltando o valor do carinho e atenção ao cliente nessa economia. Como “uma carta redigida à mão, que o vendedor tem o cuidado de mandar agradecendo a visita e a compra – não uma mensagem de WhatsApp ou e-mail”, exemplifica, acrescentando que, ao retornar à loja, o vendedor pergunta como está o cachorro, a

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família, como foi a viagem (que ele acompanhou pelas redes sociais). “Ele trata você como alguém próximo”, explica o especialista em marketing pessoal.

Um caso lembrado por Joseph Pine é do Eataly, rede global cuja proposta é reunir alimentos italianos em um mesmo lugar, em que se pode comer, comprar e aprender. “Ela tornou suas lojas locais extraordinários”, justifica. “É definitivamente um lugar em que aqueles que entram têm uma experiência completa.” Já no mercado de turismo, para o qual esse tema é palavra-chave, a competição ocorre no nível de sofisticação e exclusividade.

Em setores como arquitetura, segundo Pine, o foco é cada vez menos a construção em si, e mais como criar um lugar onde as pessoas se sintam bem e queiram passar seu tempo.

Há diversas teorias sobre o que motivou a valorização da experiência na economia. Na esteira da saturação de produtos, serviços e da própria publicidade, autores como Bernd Schmitt, professor da Universidade de Columbia (EUA) que estuda a experiência de consumo, afirmam que o público quer mais, quer ser “estimulado, divertido, instruído e desafiado”. Além disso, pesquisas evidenciam a percepção de que experiências trazem mais felicidade do que aquisições materiais, às quais eventualmente acabamos por nos adaptar, conforme explicam Thomas Gilovich, Amit Kumar e Lily Jampol em artigo publicado no Journal of Consumer Psychology: “Experiências se perpetuam nas memórias que estimamos, nas histórias que contamos e na percepção de si que elas ajudam a construir”. Já diziam por aí: .

FOTOS ARQUIVO PESSOAL, PATRICIA AMANCIO (2), THEMIS SALEM (3) E DIVULGAÇÃO

EM RESPOSTA À SATURAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS, A ECONOMIA DA EXPERIÊNCIA APOSTA EM HISTÓRIAS, SENSAÇÕES E NA CONEXÃO EMOCIONAL PARA GANHAR OS CONSUMIDORES

Marcas em Curitiba que trabalham com esse conceito

A sóciaproprietária Paola Gulin em frente ao Gran Palace, em Bangkok.

Finlândia foi um dos destinos visitados por Maria Cristina Gulin, também sócia da Nomad.

NOMADROOTS

Esse é o tipo de empresa que cuida de tudo por você e para garantir uma viagem inesquecível. Eles produzem roteiros exclusivos e personalizados de acordo com o perfil do viajante, propondo viagens com intensas experiências de vida. As donas são exímias viajantes e, por isso, suas dicas são preciosas. No estilo “viajar sem sair do lugar”, promovem bate-papos, cursos e encontros sobre o assunto.

AG7

Durante dois meses, a incorporadora manteve um espaço no Pátio Batel chamado de Galeria AG7. Nele, ofereceu aos seus clientes experiências com design, gastronomia e arte. Uma das ações, por exemplo, foi a exposição de peças de mobiliário premiadas do arquiteto Jayme Bernardo.

SAN REMO

Por meio de seu empreendimento Palazzo Lumini, entregue em 2014, a construtora elevou o patamar de moradia de luxo em Curitiba. Um dos serviços é um chef 24 horas, ou seja, a qualquer momento, o morador pode pedir um prato do cardápio elaborado pelo chef Celso Freire.

Possui ainda o único heliponto residencial homologado da cidade.

LAGUNA

A construtora criou uma apresentação em 3D do LLUM, empreendimento lançado há cerca de um ano.

Com óculos de realidade virtual e uma maquete interativa, o futuro morador pode conhecer o residencial sem praticamente se movimentar. Um drone foi utilizado para contextualizar o prédio no panorama urbano. ©3

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WISHLIST especial tendências

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EXTRA! EXTRA!

Os 24 lançamentos da temporada para dar um up no seu lifestyle

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por Greyci Casagrande

5 6 1. Look Iódice, R$ 799 (blusa), R$ 598 (calça), R$ 363 (cinto) e R$ 688 (bolsa). No Pátio Batel: Av. do Batel, 1,868, (41) 3020-3400. 2. Tendertalk Lip Balm M.A.C, cor Side Dish, R$ 89. Nos shoppings Mueller e Pátio Batel. 3. Base líquida Shiseido Synchro Skin Lasting Liquid Foundation, disponível em seis cores, R$ 359 (30 ml). shiseido.com.br 4. Clutch floral PatBO, R$ 1.225. loja.patbo.com.br 5. Cahier Bag Prada, coleção Fall/Winter 2016, R$ 8.650. No Pátio Batel: Av. do Batel, 1,868, (41) 3020-3570. 6. Óculos Flat Vision, de Hickmann Eyewear, R$ 397. hickmanneyewear.com.br 32 TOPVIEW.COM.BR

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7. Relógio Yachting Timer II, Hugo Boss, R$ 1.790. Nas lojas Vivara. vivara.com.br 8. Protetor solar fácil Korres, SPF 30, R$ 59. Na Sephora do Pátio Batel: Av. Batel, 1.868, (41) 3020-3428. korresbr.com.br 9. Looks Cris Barros: R$ 692 (vestido/menina), R$ 372 (blusa/menino) e R$ 332 (bermuda/menino).

No ParkShoppingBarigüi: R. Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, (41) 3317-6744. 10. Bracelete Maria Dolores para Juliana Jabour, R$ 437. designmariadolores.com.br 11. Camiseta Better At Beach, Sergio K., R$ 169. sergiok.com.br 12. Oxford metalizado Santa Lolla, R$ 269,90. santalolla.com.br TOPVIEW.COM.BR 33

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16 18 13. Look Osklen, coleção Monbupurih, R$ 497 (camisa), R$ 497 (shorts) e R$ 1.297 (tênis).

No ParkShoppingBarigüi e Pátio Batel. osklen.com 14. Argolas Maracas, GIG Couture by LOOL, R$ 448.

No Gallerist. shop.gallerist.com.br 15. Vestido Mixed, coleção Alto Verão, R$ 1.189 (vestido) e R$ 958 (sandálias).

No Pátio Batel: Av. do Batel, 1.868, (41) 3079-8005. 16. Shorts Água Tucano, Sergio K., R$ 298. sergiok.com.br 17. Bermuda VR, R$ 369. Nos shoppings Crystal, ParkShoppingBarigüi e Pátio Batel. 18. Tênis Prada, modelo Jump, R$ 3.080. No Pátio Batel: Av. do Batel, 1,868, (41) 3020-3570.

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19. Look Zapälla, R$ 1.290 (blaiser), R$ 386 (camisa) e R$ 429 (calça). No Pátio Batel: Av. do Batel, 1.868, (41) 3020-3611.

20. Look Isolda, coleção Tupi-Guaraná, R$ 1.850 (camisa) e R$ 2.988 (saia). No Gallerist. shop.gallerist.com.br 21. Relógio Movado Bold Colorado, da Movado, R$ 1.290. Nas lojas Vivara. vivara.com.br 22. Camisa infantil Monnalisa, para bebês de seis meses, R$ 239. Na loja da marca: R. Buenos Aires, 57, Batel, (41) 3223-6539. 23. Serviço de personalização Hugo Boss. A bolsa BeSpoke (foto) pode ter couro, tamanho, metais e monogramas customizados na própria loja. No Pátio Batel: Av. do Batel, 1.868, (41) 3020-3430. 24. Scooter Dafra Fiddle III, com inspiração retrô, R$ 10.390. Disponível nas concessionárias Dafra.

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Jayme Bernardo O

arquiteto gosta de viajar e faz isso frequentemente atrás de novas experiências. Aqui, ele compartilha cinco lugares inesquecíveis que já visitou.

“Um hotel que me surpreendeu pela excepcional localização. Já foi um Palácio Imperial Otomano e está localizado em frente ao canal de Bósforo, com uma vista incrível para a parte oriental da cidade. O maior destaque fica para os jardins e a imensa piscina em frente ao palácio. No verão, as mesas ficam na área externa do hotel para o café da manhã e jantar, o que traz um charme todo especial para o momento. Um lugar para se viver intensamente cada minuto.”

FOTO FRAN CEDILLO

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Çiragan Palace Kempinski Hotel, Istambul, Turquia

2 Mr & Mrs Bund, Xangai, China “Um endereço incrível em frente ao rio Huangpu. Caminhando pela movimentada calçada de Zhongshan Street, no vai e vem de turistas, um imponente edifício com fachada neoclássica e poucos andares chama a atenção de quem passa; uma agitação fora do comum desvia os olhares de quem o observa. Verificando do que se tratava, entrei em um hall bastante simples e vi no elevador, uma indicação para um restaurante.

Foi uma descoberta fantástica, um premiado restaurante com culinária contemporânea francesa comandado pelo chef Paul Pairet. Música incrível, iluminação cênica e um serviço impecável, tudo num clima bem descontraído. Recomendo sempre.”

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FOTO DENNIS JARVIS

TOP 5 DESTINOS

TOP 5 DESTINOS

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Rijksmuseum, Amsterdã, Holanda “Unir duas superatrações de Amsterdã em poucos passos de distância. O Rijksmuseum passou por uma grande reforma que escondeu sua fachada por anos e suas principais galerias. A espera valeu muito a pena. Estive recentemente visitando este museu, que considero um dos mais importantes da Europa, e fiquei encantado com a reforma e os novos espaços expositivos. Após a visita, outra atração irresistível está a poucos passos dali, o Museu Van Gogh, que marca definitivamente a Holanda na minha agenda de viagens.”

FOTO PEDER KRISTENSEN

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Tickets, Barcelona, Catalunha “Com um êxito arrasador, Albert Adrià, irmão de Ferràn, abre um restaurante que vivencia uma real experiência da culinária regional. Por meio de um refinado cardápio de tapas, que segue um conceito já globalizado de unir gastronomia com filosofia, Tickets eleva a experiência gastronômica a uma dimensão cultural. Consegui uma reserva através do hotel na concorrida lista de espera. Logo, ao entrar, já percebe-se que o local tem uma atmosfera circense. O cardápio, muito bem elaborado, separa porções individuais e pratos para dividir. A temática do ticket ou 'ingresso' é recorrente em toda decoração.

Indico o endereço como um local perfeito para dividir a mesa com amigos.”

Mandarin Oriental, Milão, Itália “Tive uma experiência ímpar de hospedagem na primeira semana de abertura do badalado Mandarin Oriental, em solo italiano. Resultado de um meticuloso restauro de dois legítimos palazzos italianos, a poucos passos do Teatro Alla Scala, a famosa grife da hotelaria internacional apresenta sua mais recente pérola. Quartos assinados por grandes designers e uma decoração caprichada nas tonalidades escuras tornam o endereço ainda mais cativante. Spa e Wellness de tirar o fôlego.”

COLUNA MODA

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O luxo de ter tempo

uxo é uma das palavras que eu mais gosto de abordar. Sabe por quê? Simplesmente porque tem luxos que são a cara do mau gosto para alguns e o céu para outros. A lista do luxo é ampla e muda de casa para casa. Os meus? Bem poucos e sem valor de mercado. Meu maior luxo é o tempo para poder pensar em como aproveitar bem a minha vida. Com ele, eu me cuido. Faço o equilíbrio entre corpo e mente. Com ele, posso realizar melhor, comer melhor, dormir melhor. Amar melhor. Quem não tem tempo, não pode usufruir o luxo que é viver. Fora meu lado bicho-grilo, amo transitar por Paris e fazer fotos raras, como de Catherine Deneuve, linda e sorridente na primeira fila de um desfile de Jean-Paul Gaultier. Tenho o luxo de vê-la sempre e ir aos desfiles do grande estilista francês. Um luxo conquistado pelo meu trabalho. Não tem dinheiro que compre. O que mais? As roupas da Céline, Loewe, Stella McCartney, Rick Owens. Os cheiros do Tom Ford. Os croissants de padarias em Paris e os livros da Gallimard. Teria muito mais, mas no meu luxo tem sonhos, e eles mudam todas as noites quando eu me deito para me entregar aos braços de Morfeu.

mora em Paris e é uma das pioneiras no movimento street style no mundo. É autodidata em fotografia e já colaborou com Style.com, The Telegraph e Vogue.it.

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BELA DE SEMPRE Uma foto de Catherine Deneuve. Um clique que eu consegui fazer sem nenhum esforço, graças ao luxo de estar lá naquele lugar, ao ladinho dela.

O LOOK LUXO Nem mais, nem menos. A elegância de uma mistura perfeita entre o luxo, a simplicidade e o glamour. Sonhei.

FOTOS ANA CLARA GARMENDIA

Ana Clara Garmendia

COLUNA MODA

Enjoy it!

VIAGENS SÃO SEMPRE MOMENTOS QUE ENRIQUECEM NOSSO VIVER E FICAM ETERNIZADOS EM NOSSA MEMÓRIA! ESCOLHA O SEU PRÓXIMO DESTINO E APROVEITE AS MINHAS DICAS PARA EXPERIÊNCIAS ÚNICAS E ESPECIAIS.

O Baccarat Hotel é o perfect place em NY! Conhecido pelos lustres encantadores, o hotel traduz a sofisticação e o conceito dos cristais Baccarat.

O spa do Hotel Grand Hyatt, no Rio de Janeiro, aprovado pela influencer @helena_Lunardelli, é o must go para quem estiver na Cidade Maravilhosa.

FOTOS DIVULGAÇÃO

A ilha britânica de Anguilla, no Caribe, e seu Hotel Zemi Beach, meu lugar predileto no mundo. Destino imperdível!

Alice Ferraz é fundadora do F*Hits, primeira network de blogs de moda do Brasil: www.fhits.com.br

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COLUNA RUY BARROZO

DOENÇAS COMUNS EM CÃEZINHOS NO VERÃO Na estação mais quente do ano, os donos acabam se divertindo um pouco mais com seus cães. Como muitas pessoas estão em período de recesso de final de ano ou de férias escolares, o número de passeios em parques, praças e até mesmo em outras cidades aumenta - assim FOTO GERSON LIMA

como os problemas de saúde dos pets. A médica veterinária Rhéa Cassuli Lima dos Santos alerta para os três os problemas mais comuns em cães quando estamos no verão: parvovirose, doenças transmitidas por carrapatos (como erliquiose) e leptospirose.

SALVEM OS ELEFANTES Como parte do compromisso com a sustentabilidade e como membro do U.S. Wildlife Trafficking Alliance, a Tiffany & Co. tem o orgulho de apoiar a campanha #notonmyplanet, da Elephant Crisis Fund. Trinta mil elefantes são mortos todos os anos por causa do marfim de suas presas. O objetivo da iniciativa é gerar conscientização sobre essa importante questão, garantindo que ela não seja esquecida.

VIC MEIRELLES ASSINA VITRINE DA HUEB A Joalheria Hueb, que tem seu primeiro endereço em São Paulo no shopping Cidade Jardim, e já conta com lojas em NY e Dubai, convidou o florista Vic Meirelles para assinar sua vitrine. O projeto, que tem como parceiro a Gona+Pana Studios, foi intitulado Flowers de hortênsias e prateleiras suspensas com joias da coleção Holiday, que foi desenvolvida especialmente para a ocasião, além das peças ícones da marca.

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FOTOS DIVULGAÇÃO

By Vic Meirelles e conta com uma parede revestida

COLUNA RUY BARROZO

ESPECIALISTA NO BRASIL A CarobHouse é uma indústria paranaense, pioneira no Brasil na fabricação de alimentos à base de alfarroba. Localizada em Campina Grande do Sul, a empresa inovou ao introduzir no mercado nacional a alfarroba, um fruto de origem mediterrânea, lançando uma linha de produtos com um sabor irresistível e diversos benefícios nutricionais.

PARA COLORIR A PRIMAVERA As cores mais claras, também conhecidas como candy colors, dominaram as passarelas nas últimas temporadas e vão continuar em alta nas próximas estações. A Raphaella Booz, marca de calçados e bolsas, apostou nas tonalidades suaves de rosa, azul e amarelo para deixar seus acessórios

FOTOS DIVULGAÇÃO

com a cara da primavera.

CABELOS DE VERÃO No verão, a água salgada, o excesso de luz solar e o cloro danificam os cabelos e os deixam opacos e ressecados. Para amenizar os danos causados durante esse período do ano, a Davines, marca italiana de tratamentos capilares, oferece o xampu Detoxifying, que elimina todas as toxinas e resíduos dos cabelos, deixando-os com vida novamente.

Elaborado com ingredientes naturais, como alcachofra, cardamomo, coentro e menta, o xampu é revitalizante.

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COLUNA NEWSPORT

Um iate para chamar de meu Desbravar seu próximo destino de férias a bordo de uma luxuosa embarcação é uma experiência superexclusiva. O blogueiro e relações públicas Marcos Slaviero testou o serviço e conta o resultado em primeira mão à Top View

FOTO SHUTTERSTOCK

FOTO DIVULGAÇÃO

por Marcos Slaviero editado por Newton Gomes Rocha Jr.

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ra minha primeira vez em Ibiza, a badalada ilha do Mediterrâneo, a 150 quilômetros de Valência, na Espanha, que é o destino preferido de famosos como Neymar, Ronaldo e Leonardo DiCaprio. Ao consultar quem já visitou o lugar, uma dica foi unânime: alugar um barco e passar o dia em Formentera, uma pequena e charmosa ilha – a trinta minutos ao sul de Ibiza.

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Conversei com um amigo que mora por lá e foi a melhor decisão. É importante ter boas referências das empresas. A legislação desse tipo de serviço, por exemplo, é bastante específica na Espanha. Não se pode colocar mais que 12 pessoas por barco – sendo 11 passageiros mais o capitão. Empresas sérias cumprem isso, outras não. Meu conselho: não arrisque.

Há várias opções de embarcações: pequenas, grandes, enormes... Estava em um grupo grande, de 14 pessoas, então optei por duas de 70 pés cada, a um custo de € 1.600 o barco. É importante saber que este preço inclui somente as toalhas, o marinheiro e a gasolina de ida e volta – no meu caso, do trajeto IbizaFormentera. Ou seja, se você quiser passear pela região deve acrescentar pelo menos € 100 a mais por hora. É possível comprar comida e bebida no barco mesmo ou levar de fora. A segunda opção é bacana porque você pode comprar o que gosta: vinhos e lanchinhos específicos, por exemplo. Seja qual for a opção, alugar uma embarcação não é só uma experiência luxuosa, mas uma vivência incrível e que vale a pena. É divertido e diferente. Seja tomando sol ou conhecendo lugares maravilhosos. Ou os dois! É o que vale, afinal, em uma viagem.

SERVIÇO Boats Ibiza_+34 663 745 520 e +34 697 383 036 A partir de € 445/dia. info@boatsibiza.com Ibiza Yacht Rental_+34 669 826 484 A partir de € 900/dia. info@ibiza-yacht-rental.com e ibiza-yacht-rental.com Yacht Charter Ibiza_+34 651 930 939 A partir de € 750/dia. info@charteralia.com

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FOTOS ARQUIVO PESSOAL

COLUNA NEWSPORT

CURADORES

PATRONO

das artes Os primeiros patronos do Museu Oscar Niemeyer contam como é a experiência de escolher obras para o acervo do museu – e como essa vivência é importante para fortalecer os laços com a instituição

Nas fotos, durante o evento dos patronos: Juliana Vosnika e Rosana Pollis. Renata e Cristiane Mocellin.

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FOTOS ADAILTON TURCZEN E DIVULGAÇÃO

SOU PATRONO O QUE É Fundo anual para aquisição de obras criado em novembro de 2015.

CONTRIBUIÇÃO ANUAL As cotas são de R$ 6 mil, R$ 9 mil ou R$ 27 mil.

QUEM PODE SE TORNAR PATRONO Todos podem participar (pessoa física ou jurídica).

CONTRAPARTIDA PARA OS PATRONOS Direito a um voto na escolha das obras a serem adquiridas, nome gravado nas dependências do MON, visitas guiadas exclusivas com curadores ou artistas, cartão VIP para entrada no museu, entre outros.

SELEÇÃO DAS OBRAS As obras a serem adquiridas são escolhidas pelos patronos em meio a uma seleção previamente elaborada pelo conselho cultural do museu, composto por especialistas em arte.

m uma noite de agosto, um grupo de convidados era instruído a trocar a entrada tradicional do Museu Oscar Niemeyer, que leva às salas expositivas, pelas docas do MON. Nesse espaço de bastidores, onde chegam obras para futuras mostras, os convidados foram surpreendidos por um quarteto de cordas.Tinha início aí o encontro dos primeiros patronos do museu.

O programa Sou Patrono surgiu em 2015, seguindo a tendência global entre museus de buscar “mecenas contemporâneos” para financiar desde atividades culturais à expansão de coleções – como a iniciativa do MON, pioneira no Paraná, de criar um fundo anual para a aquisição de obras. Após a recepção nas docas, os patronos passaram à sala de transição, espaço em que as peças são armazenadas antes da montagem de uma exposição, mas que dessa vez recebeu ambientação especial, concebida pelo party designer Marcos Soares. Foi ali, depois de experimentar o mesmo percurso que faz uma obra ao chegar ao MON, que os patronos elegeram as criações a serem adquiridas com o fundo – obras de Mira Schendel, Julio Le Parc e Regina Silveira.

“A experiência de opinar na escolha das obras do acervo foi muito interessante”, comenta a assessora jurídica Rosana Pollis.

“Além do aprendizado a respeito das obras, creio que o processo aumenta o sentimento de participação, de pertencimento.”

Fortalecer o vínculo com a sociedade é, de fato, um dos objetivos do programa, para além das aquisições. “Muito mais do que isso, eu vejo a importância de ter pessoas que gostam de arte e têm essa participação na sociedade mais presentes aqui”, avalia Juliana Vosnika, diretora-presidente do MON. “A gente poderia simplesmente fazer um evento de escolha [das obras], mas quisemos proporcionar uma experiência no Museu Oscar Niemeyer, uma vivência que talvez as pessoas nunca tivessem”, completa Juliana sobre o evento, que também contou com a presença do crítico e curador Agnaldo Faria para apresentar os artistas e trabalhos em questão.

Para a diretora da instituição, existe um interesse crescente do público em conhecer o “outro lado” – os bastidores de um museu, o processo por trás de um café especial... “Encanta muito ter esse plus, saber que vivenciou um momento único ou mais exclusivo, e que você vai poder contar um pouco dessa experiência”, afirma, celebrando ainda o poder multiplicador das vivências, repassadas a novos patronos ou visitantes. Mais próximos da instituição, os patronos também têm a oportunidade de contribuir para a sociedade como um todo. “Saber que por meio dessa iniciativa o MON contará com mais três obras maravilhosas é extremamente gratificante”, resume Cristiane Canet Mocellin, patrona e vice-presidente do Instituto TMO, de apoio ao transplante de medula óssea.

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FOTOS GERSON LIMA (1) E JUNIOR AMOJR

ARQUITETURA

Em busca de novas formas Em entrevista exclusiva, Ruy Ohtake, um dos maiores nomes da arquitetura brasileira, defende que sua profissão seja usada em prol da população e admite ser fã da mobilidade de Curitiba por Luise Takashina

Instituto Tomie Ohtake: o local que leva o nome da mãe de Ruy funciona como um espaço cultural.

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convite da Artefacto, Ruy Ohtake esteve em Curitiba para fazer uma palestra sobre arquitetura contemporânea, em evento que fez parte do Circuito Top View de Arquitetura e Design. Sua palestra e sua sessão de autógrafos foram tão concorridas que esta entrevista teve que acontecer no carro, já a caminho do aeroporto onde Ruy pegaria o voo de volta para São Paulo. O frenesi em torno deste senhor arquiteto – em plena forma perto dos 80 anos – é totalmente justificado. Autor de mais de 300 obras no Brasil e no mundo, entre elas o Hotel Unique, o Instituto Tomie Ohtake e a Embaixada do Brasil no Japão, Ruy deu várias lições em frases simples. Ele comentou, por exemplo, “que o mais difícil é fazer a forma” e que os arquitetos brasileiros “têm que enfrentar a coisa pelo desenho”, pois o país não tem a mesma tecnologia de construção de outros países, como Alemanha e Suíça. Em sua fala, o arquiteto deu grande destaque às suas obras sociais, como o Redondinho – projeto de moradia que deu nova cara ao bairro carente de Heliópolis, em São Paulo. Segundo ele, a arquitetura também tem a ver com dignidade, pois “qualidade é possível, não importa o tamanho do imóvel” e que é importante diminuir a diferença entre projetos de grandes recursos e os de pouco dinheiro. Na entrevista a seguir, Ruy enfatiza sua vontade de fazer projetos que sirvam à população.

Top View: Como podemos definir a arquitetura contemporânea?

Ruy Ohtake: Eu me preocupo que a arquitetura contemporâ-

nea, entre outras coisas, tenha essa direção de ir cada vez mais para a cidade, à população em geral.

TV: Essa preocupação sempre existiu ou veio ao longo da carreira?

RO: Eu já tinha essa preocupação desde a época do ginásio,

principalmente da faculdade, mas de qualquer forma isso foi amadurecendo ao conhecer vários tipos de pessoas, principalmente as das comunidades mais carentes. Eu acredito convictamente que a arquitetura pode ajudar a construir uma cidade melhor, uma sociedade mais justa.

TV: E em termos de urbanismo, qual é o maior desafio? Estamos em uma cidade famosa por isso.

RO: Isso aconteceu porque o Jaime Lerner conseguiu propor

itens importantes de urbanismo quando a cidade tinha ainda 400 mil habitantes. Foram tão boas essas proposições que elas continuam ajudando Curitiba a ser contemporânea de uma TOPVIEW.COM.BR 61

Hotel Unique, em São Paulo: o projeto de Ruy tornou os quartos que ficam na beirada os mais valorizados pelos hóspedes.

Aquário do Pantanal, em Campo Grande: o mais recente projeto do arquiteto deve inaugurar no começo de 2017.

FOTOS RONIT BHATTACHARJEE E DIVULGAÇÃO

ARQUITETURA

forma bem correta, com perto de dois milhões de habitantes.

TV: E este seria o maior desafio em termos de urbanismo, prever necessidades?

RO: Sim, as propostas de urbanismo precisam estar à frente das

realizações.

TV: E isso pode ser feito mesmo nos grandes centros?

RO: Sempre é preciso pensar e formular estratégias para que isso pos-

sa ser realizado. Em Londres, por exemplo, que é uma cidade grande, a parte sul do rio Tâmisa foi totalmente reurbanizada por uma iniciativa governamental. Passou a ser um lugar muito bonito, de convivência muito generosa. E por ocasião dos Jogos Olímpicos, realizado há cinco anos, o governo construiu estádios a 20 km da cidade. O poder público sai na frente da ocupação da cidade, que é o melhor caminho.

TV: Quais são os lugares de Curitiba que você mais admira?

RO: Eu gosto muito de Curitiba. Gosto muito do contemporaníssimo

Olho (MON), da Ópera de Arame, da Pedreira Paulo Leminski, e todo o projeto de mobilidade – que foi criado quando essa palavra ainda nem existia. O que o Jaime Lerner criou há 40 anos – os circuito de ônibus e os tubos – foi um avanço muito grande para a época e ainda hoje é muito moderno.

TV: Depois de cerca de 300 projetos realizados, entre hotéis, prédios, museus, tem alguma coisa que você ainda tenha vontade de desenhar?

Redondinho, em São Paulo: várias reuniões com os futuros moradores fizeram Ruy entender as necessidades da comunidade. Uma delas era um pedido de que o prédio não tivesse corredores longos.

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RO: Mais 300 coisas (risos). Quero fazer áreas que promovam a convergência da população e áreas culturais. A gente não pode somente escolher, mas todo projeto que for bom para a população e para a cidade a gente deve fazer.

Piso Masterpiso Multiestruturado Elegance Cumaru, R$ 221,80 (9,5 x 82 x 305 - 1.220mm). Na foto, o piso aparece em projeto do escritório Valliatti & Tomasi Patrão. masterpiso.com.br

Coluna curva, da Accord Iluminação, disponível na SPOT Lighting.

R$ 2.080. spotlighting.arq.br

Persiana Shadow, da Cosi Home.

De R$ 370 a R$ 655 o metro quadrado, de acordo com o tecido e o acabamento.cosihome.com.br

Porta-papel de parede, de Renata McCartney, R$ 150. renatamccartneyhome.com.br FOTO ALESSANDRA HONÓRIO

FOTO RAPHAEL BRIEST

NOTAS ESPAÇOS

GUIA PARA A VIDA

CONEXÃO

Experiências daquelas que deixam marcas afetivas na memória para inspirar suas próximas aventuras por Redação Top View

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EMOCIONAL

FOTO NOSHE / ANDREAS GEHRKE

Visitar uma galeria de arte em um ex-bunker nazista Berlim está experimentando atualmente um boom artístico como aquele visto pela última vez na década de 1920 – quando a cidade exerceu uma grande atração sobre os artistas no período entre guerras. Depois da queda do Muro de Berlim, a cidade está se tornando um centro de arte contemporânea e mergulhar nesse mundo é uma experiência histórica. Esse clima está levando colecionadores particulares a trazer peças a público e um dos mais famosos deles é o magnata das comunicações Christian Boros: ele abriu sua galeria em um bunker da Segunda Guerra Mundial. São 3 mil m² e 80 salas com obras de 1900 até Sammlung Boros Bunker agora. O telhado do bunker é hoje a residência de Boros. Reinhardtstrasse, 20, Berlin-Mitte. www.sammlungboros.de Para visitar é preciso reservar (€12).

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GUIA PARA A VIDA

Comer no novo queridinho de Miami O chef argentino Francis Mallman comanda as grelhas – feitas sob medida no Texas – do Los Fuegos, novo restaurante de Miami Beach, que fica dentro do Hotel Faena. É ele o responsável por perfumar a casa com aromas de carnes, legumes e até frutos do mar. No cardápio, tem a tradicional parrilla, massas e, claro, as famosas empanadas dos hermanos.

Los Fuegos 3.201 Collins Avenue, Miami Beach. www.faena.com/miami-beach/restaurants-and-bars/los-fuegos-veranda/

Hoje, o edifício do Hotel Sokos é um mais vistosos no centro de Tallin, capital da Estônia. Mas quando seu nome era outro, Viru, imperava nessa torre uma atmosfera de terror alimentada por um andar que não existia oficialmente, o 24º. Dentro dele funcionava um escritório da KGB, a polícia secreta soviética. Foi assim de 1972 até 1991, quando a URSS finalmente se desmantelou. Até então, o Hotel Viru era o único autorizado a receber hóspedes de nações capitalistas. E como essa gente precisava ser monitorada pela ditadura comunista, os espiões ficavam no “andar-fantasma”. Até hoje, o elevador não para lá. Quando os soviéticos se retiraram do país não houve tempo para levar nada. Por isso, o escritório permanence original e pode ser visitado sob reserva (viru.reservation@sok.fi; €10) e com acompanhamento.

Sokos Hotel_www.sokoshotels.fi 68 TOPVIEW.COM.BR

FOTO JUAN FERNANDO AYORA E ROBERTO BASSI

Visitar um centro de espionagem

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Mergulhar com tubarões brancos

White Shark Project_www.whitesharkprojects.co.za

Vivenciar uma cozinha multicultural A ideia de que cidades são organismos vivos talvez valha como verdade absoluta no caso da capital alemã, Berlim. Desde a queda do Muro, ela é uma experiência diferente a cada ano. Muitas tendências nascem e morrem aqui. A Top View experimentou uma delas jantando no restaurante meio cozinha de casa, meio ateliê culinário da brasileira neta de berlinenses Sabine Hueck. Os berlinenses já conhecem a proposta, mas a experiência de abrir as portas do lugar apenas para servir jantares temáticos e para grupos – que cozinharão juntos – costuma ser totalmente nova para, especialmente, brasileiros. A sorridente Sabine convida a entrar no Atelier Culinário e incentiva a participação no preparo das receitas ao redor da enorme mesa de madeira. Daí em diante é bate-papo de avental, drinques, experiências com temperos, aperitivos...

Até a hora de ir à mesa e curtir a refeição preparada a várias mãos.

Sabine é o reflexo de uma Berlim descolada e escancarada para o resto do planeta e para as propostas que dele vierem. Sua cozinha tem elementos brasileiros (na mesa, no prato e no ambiente) e ingredientes do mundo todo, coisa que aprendeu com os avós, que chegaram ao Brasil fugindo no nazismo. Em casa, eles faziam receitas alemãs com ingredientes brasileiros e hoje, 30 anos após Sabine se mudar para a Alemanha, não há mais fronteiras em sua mesa. Autora de vários livros de culinária, ela recebe gente de todos os perfis, incluindo políticos, e acaba ela mesmo sendo, com suas muitas histórias, uma das atrações.

Atelier Culinário Sabine Hueck_ Kyffhäuserstraße, 21 www.sabinehueck.de

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FOTOS CARINA ADAM E DIVULGAÇÃO

Uma pessoa, um tubarão branco, uma gaiola separando os dois. Não, não é uma cena do famoso filme do Steven Spielberg, Jaws (Tubarão). Esse é uma possibilidade real e a pessoa na gaiola pode ser você. O institito White Shark Project, sediado a duas horas da Cidade do Cabo (África do Sul) em Gansbaai, trabalha para a pesquisa e conservação desses animais e oferece mergulho em uma gaiola para até cinco pessoas que queiram ficar face a face com o mítico monstro branco dos mares. Depois da primeira barbatana deslizando no horizonte, a gaiola é baixada na água e experiência, que conta com equipe professional, dura 20 minutos. A partir de 1.700 rands, o que dá cerca de R$ 400.

www.spacovagun.com.br

GUIA PARA A VIDA

Hospedar-se como um rei Do aeroporto de Porto Alegre, o chofer dirige serra acima até Gramado e atravessa os portões e bosques de um condomínio particular. Das boas-vindas até a hora de dormir, o hóspede será mimado com chás, chocolates, frutas, sorrisos e recadinhos escritos à mão por uma equipe usando fraque e luvas. Mordomos, chefs, sommeliers, chofers, concierges, camareiras, massagistas e garçons farão questão de se apresentar pessoalmente – também farão questão de conhecer suas preferências. Nas 11 suítes, decoradas por mármores, arandelas de cristal e lençóis 600 fios, as surpresas variam. Em uma delas, a cama de ferro com dossel remete à era medieval, enquanto uma baywindow contempla o lago lá fora. Na adega gourmet, uma joia engarrafada: o célebre conhaque Louis XIII. Saint Andrews_ (54) 3295-7700 Rua das Flores, 171, Vale do Bosque, Gramado, saintandrews.com.br

Comer em um restaurante estrelado

Tête à Tête_(11) 3796-0090 R. Doutor Melo Alves, 216, Cerqueira César.

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FOTOS DIVULGAÇÃO

Apenas quem não provou uma refeição dos chefs Gabriel Matteuzzi e Guilherme Vinha se surpreendeu com a estrela Michelin que a dupla recebeu neste ano. Ambos passaram pela cozinha do D.O.M. e por reconhecidos restaurantes na Europa antes de formarem seu estilo inovador, que usa elementos da nouvelle cuisine francesa bem como os tipicamente brasileiros. Dê preferência ao menu degustação com harmonização (inclui vinhos, claro, mas também cervejas, cachaças, saquês...), que é acompanhado pela contagiante expressão de felicidade de Matteuzzi ao ver os clientes satisfeitos.

FOTO ARNAUD GUFFON

SENSORY EXPERIENCE

Clicquology: a arte de fazer drinques com Veuve Clicquot.

Veuve Clicquot Rich Rosé A VERSÃO ROSÉ DO CHAMPAGNE CRIADO EXCLUSIVAMENTE PARA O PREPARO DE DRINQUES É UM CONVITE A NOVAS E DIVERTIDAS SENSAÇÕES

E

m um piquenique no parque, uma festa entre amigos nos rofftops urbanos ou no mar, durante o dia ou à noite. O lançamento da Veuve Clicquot, Rich Rosé, surge para acompanhar suas melhores experiências. É versátil e pode ser adaptado a diferentes sabores.

A novidade tem uma dose mais elevada de doçura e sabor, com cerca de 60 gramas de açúcar por litro, 45% de Pinot Noir, 40% de Meunier e 15% de Chardonnay. Com a orientação de alguns dos melhores mixologistas do mercado, os enólogos da marca sugerem três coquetéis com 74 TOPVIEW.COM.BR

o champagne para o próximo verão.

Para uma experiência frutada, a dica é juntar a bebida gelada a pedaços de abacaxi e limão. A mistura promete enaltecer naturalmente as notas de frutas vermelhas que o champagne possui. Para um drinque mais refrescante, acrescente gengibre ao Clicquot Rich Rosé. E na versão elegante, ele deve ser incorporado ao chá de sua preferência.

Serviço: a garrafa custa R$ 490 e pode ser encontrada pelo SAC da LVMH, (11) 3062-8388.

GASTRONOMIA

Como vovó já fazia

Resgate de técnicas antigas e do fazer artesanal vira tendência na gastronomia, trazendo consigo o prazer de “pôr a mão na massa” e a reconquista do sabor por Érika Busani fotos Guilherme Pupo

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A

frase escrita na lousa estrategicamente posicionada na entrada da padaria dá o tom: “Acabou porque é fresco”. Nem adianta insistir ou espernear, já que o pão ali – e em outros estabelecimentos semelhantes que estão abrindo pela cidade – leva, no mínimo, 24 horas para ficar pronto.

O pão de fermentação natural é um dos representantes de um movimento crescente no mundo e que anda se firmando em Curitiba (oba!): a gastronomia artesanal. Técnicas e saberes antigos, que vinham sendo passados de geração em geração ao longo da história da alimentação, mas se perderam principalmente nas duas últimas, estão sendo recuperados em nome de fatores significativos como saúde e sabor, além do simples prazer de fazer.

“Passamos por um processo de industrialização e agora estamos voltando e retomando as rédeas da nossa alimentação.

Queremos cada vez mais ter o controle do que comemos, saber a procedência do ingrediente, ter uma relação verdadeira com ele”, afirma o jornalista gastronômico Rafael Tonon, editor do blog What the Fork. Rafael, assim como a maioria dos entrevistados desta matéria, guarda na memória a imagem de sua avó na cozinha.

Quem compartilha dessa lembrança sabe o quanto de sabor perdemos quando começamos a abrir muitas latas e embalagens. Daí o crescimento do interesse por cursos e programas de culinária, por fazer em casa. Ou comprar de quem faz.

A tendência artesanal pode ser vista na gastronomia como um todo. Grandes chefs investem cada vez mais no “feito aqui”. Em Nova York, a chef britânica April Bloomfield resolveu fazer tudo o que vai dentro do hambúrguer na cozinha do Salvation Burger – atualmente fechado após um incêndio. O restaurante fazia o pão, o queijo e tinha até um pequeno açougue para processar a carne. “É o extremo do artesanal, aplicado num produto que a gente tinha como verdade que era algo industrial – o hambúrguer”, observa Tonon.

O Açougue Central, novo estabelecimento do badalado chef Alex Atala, em São Paulo, vai na mesma linha. Como o nome diz, há um açougue – separado da cozinha por uma parede de vidro – dentro do restaurante. A Casa do Porco Bar, também em São Paulo, é outra que foi concebida na vibe do artesanal. O chef Jefferson Rueda passou um ano viajando pelo país para achar os fornecedores ideais do porco que serve em seu açougue-bar, do focinho ao rabo.

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GASTRONOMIA

Oscar e Claudine da La Panoteca Slow Bakery e seus pães deliciosos.

MOVIMENTO Quem não se lembra de que a febre da cerveja artesanal começou há poucos anos aqui em Curitiba com pessoas que resolveram fazer a bebida em casa? A moda se transformou em um movimento mais sério e fez da cidade uma referência no assunto.

“Todo mundo achou que podia fazer cerveja em casa. Alguns gostaram e continuaram, outros acharam uma furada, mas aí já tinham treinado o paladar”, descreve Luiz Mileck, idealizador do Coletivo Alimentar, misto de café, bar, lanchonete e espaço de cursos e vivências gastronômicas.

Para ele, é assim que se dá – e se amplia – o movimento: mesmo os que desistem, por inúmeros fatores, são tocados pela riqueza gustativa proporcionada pelos produtos de qualidade que saem das mãos do artesão – sejam cervejas, hambúrgueres ou pães. E voltar para 80 TOPVIEW.COM.BR

o produto industrializado e sem graça torna-se quase impossível.

“O que as cervejas artesanais fizeram em Curitiba há três ou quatro anos, hoje está acontecendo com o pão. Não são movimentos isolados, é um movimento de fazer artesanal”, diz Mileck. Um dos incentivadores dessa onda de pães de fermentação natural é o professor de Administração de Empresas da UTFPR Rene Seifert Junior. Há oito anos, incomodado com o pão, digamos, sem personalidade que vem no saquinho, ele começou a fazer pão em casa. E para mostrar que a empreitada é muito mais simples do que parece, gravou o vídeo O Pão Mais Fácil do Mundo, que conta com mais de 535 mil visualizações no canal Pão da Casa, no YouTube. Caso você assista e não se convença, tente O Pão Mais fácil do Mundo com Oliver, vídeo em que o filho de Rene, então com 4 anos, faz o dito, com uma dose extra de fofura.

GASTRONOMIA

Oscar sempre fez pães em casa: “No fazer artesanal você se apropria do trabalho, faz começo, meio e fim”.

Entre o pão e a poesia Se você ainda não experimentou um pão de fermentação natural ou lenta, precisa fazer isso agora. Eles são feitos apenas com farinha, água e sal e o processo demora de dois a três dias. São macios por dentro, com cascas crocantes e muito saborosos. Nas padarias comuns, um pão leva de duas a três horas para ficar pronto. Para que isso seja possível, são adicionados ingredientes químicos. “O que dá sabor ao pão é a fermentação. E isso só se consegue com tempo”, afirma Oscar Luzardo, proprietário, ao lado da esposa Claudine Botelho, da La Panoteca Slow Bakery. É ele quem coloca, literalmente, a mão na massa para servir os 11 a 16 tipos de pães feitos de trigo, milho, centeio e cevada, sempre integrais, em fermentações que levam de 24 a 72 horas.

A cada três meses, todos os pães são trocados por novas receitas. Os saudosos podem encomendar os pães que saíram do cardápio. “Faz parte da ideia do artesanal proporcionar inovação, o processo permite a criatividade. Nosso objetivo é servir pães mais saborosos e com maior qualidade nutricional”, diz Oscar. A média de preços é de R$ 24 o quilo.

LA PANOTECA SLOW BAKERY_(41) 3339-8405 Rua Gastão Câmara, 384, Bigorrilho. lapanoteca.com.br

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OUTRAS PADARIAS DE FERMENTAÇÃO NATURAL: MAÇÃ – PADARIA ARTESANAL BRASILEIRA Pães de fermentação natural feitos com farinha orgânica paranaense.

Rua Fernando Amaro, 802, Alto da XV. facebook.com/organicamaca FÁBRIKA PÃES & CAFÉ (41) 3042-7971 Pães de fermentação lenta feitos com farinhas locais.

Rua Schiller, 1305, Alto da XV. fabrikapaes.com.br PAPEL MANTEIGA (41) 9662-6729 Pães de farinha orgânica em grão moído na hora.

Rua Comendador Macedo, 233, Centro (Coletivo Alimentar).

GASTRONOMIA

Veja no topview.com.br onde há cursos de gastronomia artesanal.

Marcelo na câmara de cura: processo natural de conservação.

Airton e Marcelo: duas gerações recuperando as formas tradicionais de produção de embutidos e curados.

PARA COMPRAR OU CONSUMIR LINGUIÇA ARTESANAL CHARCUTARIA CURITIBANA_(41) 3402-4295 Linguiças premium produzidas com receitas artesanais, com carne de pernil. facebook.com/charcutariacuritibana BOTECO LA GRAPPA_(41) 3016-4534 A proposta é servir o que eles chamam de “sanduíche de porta de estádio”: costela, pernil e linguiça, tudo com qualidade e o mais artesanal possível. A linguiça é feita no restaurante.

Alameda Dom Pedro II, 390, Batel. facebook.com/BotecoLaGrappa

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Porco bem tratado Natural do Rio Grande do Sul, o engenheiro agrônomo Airton Luiz Empinotti sentia falta dos embutidos que consumia em sua infância, preparados pelos vizinhos. Há 18 anos, quando se aposentou, aproveitou a chance: resgatou as receitas e começou a produzir embutidos, curados, salames e salsichas artesanais “sem os caminhos encurtados pela indústria de forma química”, conforme Marcelo, filho de seu Airton. Nascia a Salumeria Monte Bello.

Encravada na Serra da Graciosa, a pequena indústria baseada na agricultura familiar produz embutidos alemães e italianos com receitas e métodos de produção históricos.

Salsichas, salames, produtos curados e defumados são feitos de forma artesanal, 100% com carne suína de produtores selecionados. São animais criados soltos, com boa alimentação e controle homeopático.

Todo o processamento da carne é feito lá, onde ela passa pela cura ou defumação, que são processos naturais de conservação. Um presunto cru — ou Culatello — demora, no mínimo, 10 meses para ficar pronto e pode ultrapassar um ano. A Monte Bello também faz produtos mais rápidos como linguiças e salsichas, mas nada sai da fábrica em menos de três dias.

Hoje eles atendem restaurantes e revendem em diversas lojas, padarias e mercados de Curitiba.

SALUMERIA MONTE BELLO_(41) 3107-1030 salumeriamontebello.com

ACONTECEU

S.C.A. CURITIBA Fernando Kersting, Syonara Thomé, Mauricio Melara, Cintia Peixoto e Marcos Bertoldi.

Neusa Malucelli e Rosana Simões.

FOTOS GERSON LIMA

Angela Russi, Fernando Kersting e Luciana Malucelli.

Danielle Bragagnolo Cardoso, Olga Bergamini, Fernando Kersting e Karin Neitzke.

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Luize Andreazza Bussi, Rogerio Maia e Claudia Pereira.

FORMIGHIERI Doriane Wagner, José Augusto Formighieri, Carla Kiss, Thassiana e Fabio Valerio.

Ao longo do mês de setembro, cinco ações marcaram o lançamento da edição de arquitetura e design da Top View.

A primeira aconteceu na S.C.A. Curitiba e contou com uma palestra sobre tendências do mercado imobiliário, ministrada por Henrique Penteado Teixeira, gerente comercial da Cyrela. Na Formighieri, o uso sustentável da madeira foi abordado por Jair Luiz Chavarski e Fabio Valerio, da Indusparquet. Na Artefacto, Ruy Ohtake foi a grande atração, ao falar sobre arquitetura contemporânea.

O lançamento da nova coleção de Jader Almeida marcou o evento da Ton Sur Ton, prestigiado por Claudio Frank, diretor industrial da SOLLOS. Já no Studio Casa teve lançamento da nova coleção de Eduardo Mourão, workshop com Saly Gignon e jazz.

Denise Bernacki Alves Pereira e Olga Bergamini.

Thassiana Formighieri, José Augusto Formighieri e Fernanda Distéfano.

José Augusto Formighieri, Nayara Rupollo, Fabio Valerio e Jair Luiz Chavarski.

Clarice Volpi, Juliana Cesar e Rafael Valente.

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ACONTECEU

Ivângela Curra, Claudia Pereira e Angela Chinasso.

ARTEFACTO Cintia Peixoto, Ruy Ohtake e Ingrid Moskalewski.

Luiz Maganhoto, Ruy Ohtake e Daniel Casagrande.

Cláudia Horta e Edison Vello.

Syonara Thomé, Margit Soares, Dayane Castelli e Cristiane Daros.

STUDIO CASA FOTOS VALTERCI SANTOS

Denise Calixto, Daniela Frare e Marilis Faggiani.

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Eduardo Mourão, Cristiane Nogueira e Ramon Nogueira.

TON SUR TON Andrea Benthien, Bianca Lombardi, Alessandra Gandolfi, Sonia Elias, Jane Rocha e Ana Cláudia Ramos.

Rosa Dalledone, Clarice Volpi e Olga Bergamini.

Daniele Viesser Valente, Samara Barbosa, Silmara Pimpão, Sumara Bottazzari, Suely Ruon e Priscila Ruon.

Angela Russi, Claudio Frank e Yvone Miyamura.

Marcia Malucelli e Eduardo Mourão.

Priscila Viana, Guilherme Bez, Denise Leal Ribas e Carolina Leal Ribas.

Flávia Bonet e Saly Gignon.

Silvia Schussel e Zilda Fraletti.

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ACONTECEU

Leonardo Petrelli, Carlos Deiró e Jaime Lerner.

Nadiesda Romanó, Claudio Loureiro, Cristiana Romanó, Leonardo Petrelli e Ana Claudia Franco de Castro.

NOITE DE PRÉ-ESTREIA

Cristiana Romanó e Nicolau Maeder Romanó com Cintia Peixoto.

Um grupo seleto de convidados prestigiou a pré-estreia do documentário Jaime Lerner: uma história de sonhos, realizada em 14 de setembro, no Cinépolis do Pátio Batel. O filme tem direção de Carlos Deiró e distribuição da Pandora Filmes. Apresentada pela HEADS, Cyrela e BMW, a pré-estreia foi promovida pelo Grupo RIC PR. FOTOS ALEX DIAS E ROMULO BITTENCOURT

Simone Yared, Cintia Peixoto, Angela Pimenta, Jaime Lerner, Renata McCartney, Carlos Deiró e Anna Diemeier Gozlan.

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Leonilda Romanó, Salomão Soifer e Mariane Caponi.

Renato Ribas e Salomão Soifer.

ACONTECEU

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NOTAS 1. Prestigiando o seminário do LIDE Paraná, no Castelo do Batel, Fabrício de Macedo e João Carlos Perussolo. (Foto Paola Zadra) 2. Durante o evento Homem Experience, realizado pelo Pátio Batel: Mariane Caponi, Simone Soifer e Carolina Nacli. (Foto Ricardo Mais Brasil) 3. Andrea El Omeiri, Silvia Fernandes, Dani Caldeira e Marcia Almeida no Golden Deal, evento exclusivo da Cyrela na Simões de Assis Galeria de Arte. (Foto Celso Pilati) 4. A blogueira Bruna Unzueta (centro) visitou a My Gloss durante o F*Hits Fashion Day. Na foto, com Adriana Turin Mori e Patricia Rozetti. (Foto Naideron Jr.) 5. No grand opening da joalheria Pandora, no Pátio Batel, Karina Kulig, Graziella Falotico e Cristiane Mocellin. (Foto Enio Salgado) 6. Dr. Otto Huasckar Muchinski Saucedo inaugurou seu consultório de cirurgia plástica no Hospital São Lucas. Na foto, Saucedo e Dr. Francisco Polanski Cordeiro, diretor clínico do hospital. (Foto Divulgação)

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COLUNA ROBERTA BUSATO

NOVIDADES DE SETEMBRO Lançamentos e comemorações marcaram o mês que passou

Flávia Kubrusly, Marcos Soares e Paula Trombini na comemoração do Bridal Month na Tiffany&Co.

Maria Francisca Fumagalli recebeu as amigas em casa para comemorar seu aniversário.

Coquetel de lançamento do novo site da arquiteta Renata Zappellini, no Nomaa Hotel.

Cristiano e Tatiana Reichmann com os filhos Ernesto e Germano, que comemoraram os aniversários com uma superfesta.

Elza Carneiro no concerto realizado em prol do Hospital Pequeno Príncipe, em São Paulo.

Bruna Unzueta na My Gloss, durante o F*Hits Fashion Day, no ParkShoppingBarigüi.

FOTOS CAROLINA PESSOA, VALTERCI SANTOS, NAIDERON JR. E KOBIYAMA

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TALENTOSA DIGITAL INFLUENCER

FOTO DIVULGAÇÃO

COLUNA NADYESDA ALMEIDA

EM 2011, A LONDRINENSE LUISA ACCORSI CRIOU UM BLOG. ELE DEU TÃO CERTO QUE O HOBBY VIROU UM NEGÓCIO. HOJE, O SITE QUE LEVA SEU NOME É SUCESSO EM TODO PAÍS Qual blogueira foi uma referência para você?

Você gosta de prestigiar a moda paranaense?

LA: Eu sempre quis fazer um blog não focado só em moda,

LA: Sim, acho a moda paranaense incrível! A Lafort, de Curitiba,

mas em lifestyle. Por isso, um dos blogs que mais me inspirou

é uma das minhas marcas preferidas.

foi o Cupcakes and Cashemere.

Qual seu lugar favorito no mundo e qual ainda deseja

Quais os diferenciais para ter sucesso hoje num país com

conhecer?

inúmeras aspirantes a blogueiras?

LA: A Ásia, principalmente o Sudeste Asiático. Lá tem uma

LA: Acho que você tem que se diferenciar de alguma

espiritualidade difícil de explicar que me conquistou. E eu

maneira! Seja por fotos incríveis, conteúdo engraçado, uma

quero conhecer o Sri Lanka.

personalidade cativante.

Um lugar em Curitiba...

O que você adora consumir no mundo da moda?

LA: Amo o Pátio Batel, que tem cinema, lojas e restaurantes incríveis!

LA: Eu amo tudo! Roupas, sapatos, bolsas, acessórios...

O que é luxo para você?

O que é tendência para você?

LA: Viajar muito.

LA: É aquele inconsciente coletivo, algo que você deseja e nem

Três itens indispensáveis no seu guarda-roupa. E na sua

sabe o motivo!

bolsa.

Aonde você quer chegar?

LA: Calça jeans, t-shirt branca básica e uma bolsa incrível. Na bolsa eu

LA: Quero conquistar cada vez mais gente que gosta e valoriza

sou desapegada, às vezes saio só com celular e carteira!

meu trabalho, além de focar nas minhas viagens e passar

Um sonho de consumo?

cultura para quem me segue.

LA: Viajar o mundo inteiro.

E em quem se inspira?

Você tem planos de lançar uma marca própria ou uma

LA: Na Jessica Stein, do Tuula Vintage, pois ela tem um

coleção para alguma marca?

lifestyle dos sonhos – vive explorando os lugares mais incríveis

LA: Marca própria não, mas adoro lançar coleções assinadas

do mundo!

por mim e tenho novos planos neste sentido sim!

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COLUNA NADYESDA ALMEIDA 1

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DOCE IDADE 1. Foi um sucesso a nova edição do Sweet Fifteen Bazaar Fashion, evento que comemora os 15 anos das filhas de clientes da loja, e que agora também já são clientes. As fotos, com produção de Andrea El Omeiri e clicadas por David Peixoto, ficaram lindas: Sofia Calixto, filha de Denise Sica Dias Calixto e Clemenceau Calixto.

2. Vitória Gaudêncio de Almeida, filha de Danusa 96 TOPVIEW.COM.BR

Gaudêncio Almeida e Juliano Almeida.

3. Eduarda Farah, filha de Antônio Carlos Buffara Farah e Claudia Farah.

4. Giorgia Mugiatti Abagge, filha de Sabrina Mugiatti e Alexandre Abagge.

5. Gabriella Bonetto Almeida, filha de Cristiane Maria Bonetto Almeida e César Beltrão de Almeida.

6. Giulia Borcath Regazzo, filha de Marilis Borcath e Marco Aurélio Regazzo.

COLUNA NADYESDA ALMEIDA 7

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7. Ana Tereza Caron Pereira, filha de Luiz Fernando Casagrande Pereira e Ana Luísa Pernetta Caron.

8. Maria Augusta Fleischfresser Kovalhuk, filha de Homero Kovalhuk e Simone Fleischfresser Kovalhuk.

COLUNA

Eu não vivo sem...

TODO MÊS UMA PERSONALIDADE DA CIDADE CONTA AQUI O QUE É ESSENCIAL EM SUA VIDA

Silvania Ceccatto A decoradora e designer de interiores é proprietária da Vermelho Mobiliário e da ArqArt, uma galeria de arte e escritório de arquitetura e interiores.

1. Caneca de café: com muita espuma de leite. É o meu estimulante para iniciar qualquer jornada. É como colo

2. Alprazolam 5 mg: porque, afinal, ninguém é de ferro!

5. Informação: com o intuito de melhor compreender, aprender e apreender um grau de conhecimento indispensável para uma vida social e profissional ampliada

3. Vermelho: da

em perspectivas.

Vermelho Mobiliário e da ArqArt Galeria.

Representa minha cor, minha grife, minha art/poesia.

Ofício de dedicação e

4. Areia, mar e sol: combustível vital

prazer constantes.

que revigora mente, corpo e alma. A Praia do Rosa (em Santa Catarina) é o meu melhor refúgio.

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FOTOS DIVULGAÇÃO, NICOLA IANNUZZI (4) E DAVID FRANKLIN (5)

de mãe. É aconchego. É memória.