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wellness
O RETORNO À NATUREZA
UM MOVIMENTO QUE BUSCA CONEXÃO E PROXIMIDADE COM A ESSÊNCIA HUMANA
SELVA MODERNA
A UNIÃO DA ARQUITETURA COM A BIOFILIA EM CASAS VIVAS, CALMAS E BELAS
O DNA DE UMA CASA ECO-FRIENDLY COM DICAS DE COMO CONSTRUIR UMA VIDA SEM LIXO
576006 771677 9
ISSN 16775767 MARÇO #234/ R$ 14,90
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B I O FI L I A
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greenhouse
MARÇ O 2 0 20 #2 3 4
O VERDE I N VA D E O CONCRETO
A PERFEITA UNIÃO ENTRE A NATUREZA E A ARQUITETURA EM UM EDITORIAL MODERNO E SUSTENTÁVEL
Foto: Daniel Katz
IVAN WODZINSKY V I T R I N E A R T E FA C T O C U R I T I B A 2 0 2 0 Curitiba: Rua Comendador Araújo, 672 • Tel.: 41 3111 2300 • Seg. a Sex. das 10h às 19h. Sáb. das 10h às 14h • Estacionamento no local • artefacto.com.br • @artefactooficialbrasil
ÍNDICE
Estilo
self
O que há de novo em tecnologias consagradas?
A natureza no ambiente de trabalho
O agente transformador do Rio Atuba
Loiros com responsabilidade
Alô, mães e pais de plantas
O retorno à natureza
Os cosméticos que respeitam a natureza
A natureza traduzida para a arte
Fashion por Emannuelle Bertoldi – pág. 19
por Leo Guedes – pág. 20
por George Luna – pág. 21
Uma moda para se acreditar por Andrea Gappmayer – pág. 22
Green Carpet
Ecoera no holofote do tapete vermelho e na vida – pág. 24
O verde invade o concreto Editorial de moda – pág. 30
por Marilis Borcath – pág. 43
Listamos os principais cuidados para manter as plantas saudáveis – pág. 44
por Marcos Bertoldi - pág. 48
Welcome to the (urban) jungle A união da arquitetura com a biofilia - pág. 50
O DNA de uma casa eco-friendly Como construir uma vida sem lixo - pág. 66
O espelho do Rio Negro por Paola Gulin – pág. 70
A natureza que predomina por Duda Slaviero - pág. 71
Em meio à natureza
por Adriano Tadeu Barbosa - pág. 72
O turismo do vinho e a conexão com a natureza por Elis Cabanilhas Glaser - pág. 73
Desenvolvimento, tradição e respeito ao meio ambiente por Stefan Deckert - pág. 74
Kibô Japanese Lounge Bar Espaço é reinaugurado com nova proposta - pág. 75
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por Luciana Almeida – pág. 77
Um movimento que busca conexão e proximidade com a essência humana - pág. 78
Cirurgia plástica vs. obesidade por Sandro Beira - pág. 100
poder Deixe meu time ir surfar por Beto Cesar – pág. 103
Como aumentar seus lucros com a biofilia por Bethânia Gilsoul – pág. 104
Novos negócios na área da saúde
Wagner Noda está sempre atualizado e de olho na inovação – pág. 106
Investimentos verdes
O compromisso com o futuro do planeta por meio de investimentos – pág. 108
Sair às ruas é um atentado à democracia? por Marc Sousa – pág. 110
Governo e empresariado de mãos dadas por Sandra Comodaro – pág. 111
Social View por Marcos Slaviero - pág. 112 O Studio Gafas alia duas paixões: moda e óculos de sol por Ana Claudia Michelin – pág. 113
Eventos por Felipe Casas - pág. 114 Social View por Roberta Busato - pág. 116 Social View por Nadyesda Almeida - pág. 118 Social View Festa na Laje - pág. 120 Social View por TOPVIEW - pág. 124 Social View Le Club - pág. 126 Social View por Wilson de Araujo Bueno - pág. 128 Papo Final com Guilherme Raad - pág. 130
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EXPEDIENTE
Fundador e Presidente Emérito MARIO J. GONZAGA PETRELLI Presidente do Grupo RIC Paraná LEONARDO PETRELLI Diretor Corporativo Administrativo & Financeiro ANDRÉ FERREIRA Diretor Corporativo de Tecnologia e Estratégia ANDRÉ FRONZA Diretor Corporativo de Produto, Conteúdo & Convergência MARCUS YABE Diretor Corporativo de Mercado & Soluções Integradas NEY BRAGA ALVES Head de Jornalismo & Conteúdo Multiplataforma IVETE AZZOLINI Head de Trade Marketing & Planejamento Comercial GISLAYNE MURARO Head Digital RIADIS DORNELLES Diretor Regional – Unidade Londrina CARLA HOFFMANN Diretor Regional – Unidade Maringá GUSTAVO GARCIA Diretor Regional – Unidade Oeste PEDRO LUIS ANDRADE Diretor de Mercado Curitiba GILSON BETTE Diretor de Mercado Nacional JOSÉ TRAVAGIN Diretor de Mercado de Rádios e Novos Negócios MARCELO REQUENA
Publisher MARCUS YABE Gerente de Conteúdo e Produção Multiplataforma PATRICIA TRESSOLDI Editora de Plataformas Digitais GABRIELLE COMANDULLI Repórter MARIA MIQUELETTO Produtor Sênior GABRIEL SORRENTINO Produtora Júnior THAÍS MOTA Designer Gráfico SUSAN VOLANSKI Estagiários IZABELLY LIRA e EMILIA JURACH Colaboradores da Edição RODRIGO SIGMURA e THIAGO LEANDRO Colunistas ANDREA GAPPMAYER, ELIS CABANILHAS, FELIPE CASAS, GEORGE LUNA, LEO GUEDES, MARC SOUSA, MARCOS BERTOLDI, MARCOS SLAVIERO, NADYESDA ALMEIDA, PAOLA GULIN, ROBERTA BUSATO, SANDRO BEIRA, STEFAN DECKERT e WILSON DE ARAUJO BUENO Embaixadores ADRIANO TADEU BARBOSA, ANA CLAUDIA MICHELIN, BETHÂNIA GILSOUL, BETO CESAR, DUDA SLAVIERO, EMMANUELLE BERTOLDI, LUCIANA ALMEIDA, MARILIS BORCATH e SANDRA COMODARO Revisão FILIPPO MANDARINO
Diretor de Mercado MARCELO REQUENA Gerente de Negócios & Relacionamento MARCELE POIANI Executivos de Negócios & Relacionamento LUBNA BRAYTIH, BRUNO COMINESE e PRISCILA OGASSAWARA Assistente Administrativo REGIANE SCHUPEL � Impressão TUICIAL TOPVIEW Rua Amauri Lange Silvério, 450, Pilarzinho, Curitiba. 82120-000. Tel.: (41) 3331-6100. topview.com.br. CNPJ: 07.066.992/0001-07��
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Adriano Tadeu Barbosa
Ana Claudia Michelin
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Duda Slaviero
Emmanuelle Bertoldi
Luciana Almeida
Marilis Borcath
PÓS-LUXO
Profissional que busca movimentos no mercado de luxo para diferenciar pessoas no marketing pessoal. Por isso, sua carreira é pautada pela criação de conteúdos e por palestras e consultorias no Brasil e no exterior.
OMG
A estudante de Direito escreve sobre moda, viagem, marcas, pets e família, sempre com um toque de novidade e um pouco de exagero.
EMBAIXADORA
MUNDO JURÍDICO
Sandra Comodaro
Advogada, sócia e diretora da Nelson Wilians & Advogados Associados. Escreve sobre o mundo jurídico de forma acessível.
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EVENTOS
Educadora, estudiosa de moda e frequentadora dos principais eventos em Curitiba e São Paulo, traz uma seleção de eventos, informações de moda e personalidades.
BELEZA
É médica e diretora técnica da clínica Toujours Santé. Interessada em beleza, escreve sobre as principais dúvidas e tendências do segmento.
NEGÓCIOS
Empresária, advogada, MBA Executivo em Direito e Business Law e pós-graduada em Direito Administrativo. Foi membro da comissão da OAB e é especialista em startups e propriedade intelectual. Palestrante com notoriedade certificada pelo IBC.
BOAS AÇÕES
É engenheira civil e, desde 2016, participa do projeto Aquecendo Corações, que serve comida a pessoas em situação de rua em Curitiba.
MARKETING
O publicitário e sócio-diretor da OAK Marketing levanta temas comuns ao cotidiano de todos sob o ponto de vista do marketing.
BEM-RECEBER
É diretora do Grand Hotel Rayon e sócia da Clínica Karla Assed. Escreve sobre a arte de bem-receber.
Linha
EXPEDIENTE
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Andrea Gappmayer
Elis Cabanilhas Glaser
Felipe Casas
George Rosa Luna
Leo Guedes
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Marc Sousa
Marcos Bertoldi
Marcos Slaviero
Nadyesda Almeida
Paola Gulin
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
COLUNISTA
Roberta Busato
Sandro Beira
Stefan Deckert
Wilson de Araujo Bueno
MODA
Designer por formação e stylist de profissão há mais de dez anos pela StylebyGapp.
POLÍTICA
Âncora da rádio Jovem Pan e repórter nacional da Record TV. Atualmente, o jornalista dedica-se à cobertura da operação Lava Jato e a outros assuntos ligados ao mundo da política.
SOCIAL VIEW
É designer de moda, pós-graduada em Gestão de Negócios, atuante no mercado como relações públicas e sócia idealizadora do 2GET SALE.
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VINOSOPHIE
É jornalista, sommelière e editora da Revista Vinícola, primeira publicação 100% digital sobre vinhos do Brasil.
ARQUITETURA
Especializado em Arquitetura Paisagística, foi apontado, em 2010, como um dos cem arquitetos mais promissores do mundo pela Architectural Digest-USA.
CIRURGIA PLÁSTICA
É formado em Medicina pela PUCPR. Possui título de Especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica, outorgados pela USP, Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
SOCIAL VIEW
Um dos RPs em ascensão de Curitiba, traz os melhores eventos e personalidades do mês.
SOCIAL VIEW
É frequentador de longa data das mais prestigiadas rodas de Curitiba e de Santa Catarina. Traz sempre quem foi aos melhores eventos.
CHARUTOS
É um amante da vida boêmia, da cultura charuteira, dos bons vinhos e cervejas, além de diretor da rede O Bodegueiro.
BEAUTY
Beauty artist, participa das principais semanas de moda do país, como a SPFW, e já fez editoriais para publicações como Vogue. Atualmente, faz parte do time de maquiadores do Boticário.
SOCIAL VIEW
Tem o DNA do colunismo social curitibano. Além dos eventos, ela agora se dedica ao hobby de receber com arte.
SOCIAL VIEW
Guarda a memória da sociedade paranaense. Seu olhar e sua projeção estão firmados no Paraná e em sua gente, que conhece como poucos.
CABELOS
Diretor técnico e hairstylist da Casa W, com décadas de experiência, escreve sobre cuidados e estética de cabelos mensalmente.
PELO MUNDO
É viajante de carteirinha. Sócia e consultora da NomadRoots e fundadora do Clube de Leitura Volta ao Mundo Literária.
Imagens meramente ilustrativas. Registro de Incorporação R-1-108.485 no 6° Registro de imóveis de Curitiba, emitido em 12/11/2018.
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CRÔNICA EDITORIAL
por Patricia Tressoldi, Gerente de Conteúdo e Projetos Multiplataformas da TOPVIEW
Conecte-se todos os dias e sempre que puder
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"É quando o verde invade a nossa vida e nos transporta para a nossa verdadeira essência."
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lemanha, Munique. Era uma quarta-feira, maio de 2017, fim de tarde. Céu azul, o sol brilhava e a temperatura chegava a 30 graus. Adultos, crianças e idosos estavam em plenitude, aproveitando o luxo de estar em contato com a natureza. O rio – cheio de pedras brancas – transbordava uma água fresca e cristalina. O vento que soprava naquele dia balançava os galhos das árvores, apresentando o som das folhas. No chão, um tapete verde decorado com flores brancas, rosas e amarelas. Um momento simples, mas cheio de detalhes e muita energia. Eu pude vivenciar essa cena no Englischer Garten, parque que fica no coração da cidade de Munique. O “Jardim Inglês” é como um pulmão verde de mais de 400 hectares que constitui um dos maiores parques urbanos do mundo. E foi ali, na capital da Bavária, que pude materializar a biofilia – mesmo sem conhecer, na época, a existência desse termo. Aquelas pessoas estavam lá para recarregar as energias. Não era lazer de fim de semana. Era um ritual de conexão com a natureza. Em meio à selva de pedras que habitamos, ter a possibilidade de sair do trabalho e tomar um banho de rio com água cristalina, rodeado por árvores, plantas e ar puro, é
sinônimo de qualidade de vida. Alguma vez você sentiu uma conexão inexplicável com a natureza? Eu não estou falando do simples fato de contemplar ou cuidar do meio ambiente. Estou falando de uma conexão que nos faz entender que o nosso corpo está ligado à natureza por uma força inconsciente. É quando o verde invade a nossa vida e nos transporta para a nossa verdadeira essência. É quando percebemos que existe, sim, um vínculo que nunca perdemos com o meio natural. A base da teoria da biofilia afirma que a saúde humana e seu bem-estar tem uma necessidade de fundo biológico e, nesta edição da TOPVIEW, entrevistamos vários especialistas para entender como essa vontade se constrói e como a suprimimos, seja cuidando de plantinhas dentro de casa, projetando e construindo edificações que misturam o concreto com o verde, por meio da alimentação, da beleza e das roupas ou dos rituais de conexão com a natureza. Desejo que todas as pessoas possam – algum dia – encontrar o gatilho que transforme essa memória genética em um sentimento de paz e liberdade e que a rotina de conexão com a natureza deixe de ser um luxo e passe a ser só mais um fim de tarde depois do trabalho.
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a seção de moda, beleza, cosméticos e joias
A TENDÊNCIA CLEAN BEAUTY "Beleza limpa" é a aposta para 2030 do Global Beauty and Personal Care Trends, um estudo promovido pela Mintel. A possível tendência promete a busca de valores éticos e ecológicos por parte das empresas de cosméticos na produção dos produtos. A pesquisa cita ainda que, nos próximos dez anos, os consumidores da área de beleza vão tentar explorar melhor as relações entre natureza e ciência. 18
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Fashion
FASHION | BELEZA
Mundo da Beleza por Emmanuelle Bertoldi, embaixadora
O que há de novo em tecnologias consagradas? Conf ira como algumas tecnologias podem auxiliar em tratamentos estéticos
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osso primeiro de ouro – que também entregam a exemplo será a energia 3DEEP (nas 3 camadas), – radiofrequência, que permitiu a execução de tratamentos sempre prometeu de estrias, cicatrizes, rugas finas e tratamento de flacidanos solares. Vale lembrar que tal dez, gordura e celulite, devido à sua técnica é muito mais eficiente que o versatilidade, eficácia e segurança, microagulhamento clássico, porque, por gerar calor através dos tecidos e além do dano mecânico, possui o induzir novas fibras colágenas. dano térmico em toda a extensão Até então, tudo o que já sabedas agulhas. As ponteiras são TIPS mos e o que vemos descartáveis tanto quancrescendo nos últimos to os rolinhos devem anos são plataformas de “(...) o que ser. O interessante desse radiofrequências cada vemos cres- microagulhamento vez mais potentes, seja é a possibicendo nos tecnológico pelo aumento da enerlidade de drug delivery, gia entregue ao tecido últimos anos que associado podem cutâneo e subcutâneo, usados vitamina C e são platafor- ser seja pelas novas tecnoácido retinoico, depenlogias, que fazem com mas de radio- dendo da função deseque essa entrega não Pode ser utilizado freqüências jada. seja somente um calor para tratamento capilar aleatório, mas atinja de cada vez mais associado a fatores de forma mais eficaz as 3 potentes.” crescimento. camadas (tecnologia Existem, ainda, 3DEEP), epiderme, as radiofrequências derme e hipoderme, o que promove ablativas, que funcionam por meio resultados de forma mais rápida e de minúsculos eletrodos, causando visível. Além disso, nas novas plata- uma ablação (vaporização da pele) formas, surgiram muitas ponteiras de forma coagulativa, diferente do com novas aplicações. Nos novos CO2 que é mais agressivo e possui aparelhos com radiofrequência tridowtime (tempo de recuperação dimensional, as ponteiras corporais maior). tratam celulite, contorno, flacidez e Temos então um mundo novo gordura, com associação entre elas. para escolher dentro de uma O surgimento das radiofrequên- tecnologia consolidada. Cabe uma cias microagulhadas, em que se avaliação médica precisa para cada faz o procedimento com agulhas caso. topview.com.br
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FASHION | BELEZA
Cabelos por Leonardo Guedes W, colunista
Loiros com responsabilidade Conheça os protocolos de tratamento ideais para a restauração dos f ios loiros
“Caso o cabelo fique elástico ou quebradiço durante o teste de mechas, é sinal de que os fios estão muito fragilizados.” 20
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Igor Rand | Unsplash
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ntes da realização de qualquer procedimento químico nos cabelos é essencial estar com os fios saudáveis. Por isso, fazer primeiramente o teste de mechas chega a ser até mais importante do que a execução do reflexo, pois é preciso identificar a saúde da fibra dos fios. Assim, é possível saber quanto o cabelo irá clarear e ter certeza se o procedimento químico é viável. Caso o cabelo fique elástico ou quebradiço durante o teste de mechas, é sinal de que os fios estão muito fragilizados. Nesses casos, eu indico um protocolo de tratamento. Em 90% das vezes, o cabelo não passa no teste de mechas, devido ao excesso de química, como as descolorações, progressivas (proibidas) e alinhamentos. Nos outros casos , encontram-se o cloro, a alcalinidade do pH da água da piscina e a intoxicação de metais pesados, como alumínio e cobre, somados à utilização errada de ferramentas térmicas, como o secador, a chapinha e o babyliss. Para que a cliente não fique triste e possa futuramente realizar o procedimento tão esperado, nós preparamos um protocolo de tratamento pré-reflexo que possui a duração de 4 a 6 semanas, baseado em tratamentos específicos para restaurar e reestruturar o cabelo. Isso acontece por meio do diagnóstico do profissional, que indicará os tratamentos ideais para seus fios até que eles estejam aptos a receber o processo químico. Os tratamentos são feitos no salão com o apoio de equipamentos de tecnologia ideal e necessária para auxiliar em uma maior absorção dos nutrientes. Indico o uso do Climazon e/ou Micromist, encontrados nos melhores salões do país e do mundo. Além disso, os tratamentos que também indico são o Thermo Penetraitt, da Sebastian, Wella Fusion, da Wella, e Preenchimento Molecular, da SP.
PODER | SOCIAL VIEW
Beauté por George Luna, colunista
Os cosméticos que respeitam a natureza
Com os avanços tecnológicos, a indústria de cosméticos investe cada vez mais em produtos veganos
Ika Dam
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"(...) para ser vegano, um produto precisa respeitar a vida animal em toda a sua cadeia (...)"
os últimos anos, você certamente se deparou com um amigo ou familiar que abriu mão de um churrasco por não comer carne. Isso porque o vegetarianismo, que deixou de ser uma tendência e tornou-se um estilo de vida, tem um número crescente de adeptos no Brasil. Segundo dados de uma pesquisa Ibope, em 2018, 18% da população brasileira se declarou vegetariana, um aumento de 75% quando comparado ao ano de 2012. Os veganos, embora mais restritos, também ganham seu espaço. A diferença entre eles é que, no veganismo, não se consome nenhum produto de origem animal, não só na alimentação, mas em todas as esferas sociais. Para os adeptos dessas correntes, a redução ou a extinção de itens representa um respeito pelos seres vivos, pela sustentabilidade e pela própria saúde. De olho nesse potencial mercado e cada vez mais conscientes do seu papel na sociedade e no mundo, as marcas têm investido nesse nicho trazendo grandes avanços para a indústria, não só alimentícia, mas também de beleza e cosméticos. Isso porque, para ser vegano, um produto precisa respeitar a vida animal em toda a sua cadeia, ou seja, não basta apenas ter ingredientes vegetais ou sintéticos. É preciso que o processo produtivo e sobretudo os testes respeitem a vida dos animais. A pele 3D, desenvolvida em laboratório pelo Grupo Boticário, é uma das iniciativas que provam que é possível encontrar alternativas eficientes nessa jornada. Quem sai ganhando com essas evoluções? Os animais, o planeta, eu, você e a vida.
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FASHION | MODA
Moda por Andrea Gappmayer, colunista
O amor e o cuidado pela natureza seguem uma macrotendência do mercado fashion, que caminha cada vez mais para uma cultura sustentável
"Ainda são poucas as marcas que pensam na natureza com tanta responsabilidade, mas, ainda assim, existem inúmeras com peças bem modernas e bacanas." 22
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A
s macrotendências apontam sempre o que vamos consumir e como consumir. E os macrotemas do momento são a volta às raízes, o recolhimento e a vivência extraespetacular da natureza. Vemos isso em muitos momentos da moda, como, por exemplo, nas cores e nos tecidos que são eleitos a cada coleção. Para este verão, as cores-tendência são: caqui, bege, terra, oliva, ferrugem e laranja. Todas cores relacionadas à terra, à lavoura e às fazendas. Já os tecidos são os naturais e de fibra mais pura, como, por exemplo, o linho e o algodão. Vale também ressaltar que os processos de produção desses tecidos estão cada vez mais artesanais, seguindo o contrafluxo da cadeia brutal e insana do fast fashion. Acredito que todo esse movimento seja o resultado das novas expressões de consumir e entender a moda, pensando também no todo do sistema e como isso vai influenciar o planeta. É exatamente por esse movimento que, nos dias de hoje, é impossível pensar a vida sem se falar de biofilia – termo muito antigo, mas pouco difundido na moda. Esse retorno às origens, ao natural e à vida mais "simples" nos faz questionar todas as nossas escolhas e como podemos de fato pensar mais no planeta e melhorar a nossa vida. A biofilia já está muito bem incorporada na arquitetura de varejo, na qual utilizam como ferramenta emocional o uso das plantas, para, assim, criar um ambiente mais propício para a compra. Existem diversos estudos que apontam que as pessoas compram 16% mais quando sentem que o local possui uma preocupação com o planeta. Mas como isso está se mostrando na imagem da moda? Há muitas marcas veganas que estão com propósitos amplos de amor à vida. Essas marcas focam nos processos de fabricação e ultrapassam os valores sustentáveis. Ainda são poucas as marcas que pensam na natureza com tanta responsabilidade, mas, ainda assim, existem inúmeras com peças bem modernas e bacanas. A questão é descobrir e se apaixonar! A paulistana unissex King 55 é um exemplo de marca que se preocupa com as questões sustentáveis. Também nascida em São Paulo, a Renata Abuzzo é a única marca brasileira que foi convidada para participar do Next Green Talent, da Vogue Itália. Outros exemplos são os óculos modernos da Zerezes e o crochê cool de Gustavo Silvestre. Muitas marcas no campo da beleza já estão aderindo ao mood vegano e acredito que cada vez mais marcas de moda irão partir para esse caminho também. Não por ser moda e, sim, por pensar em como criar um produto com design interessante sem deixar rastros nocivos ao mundo. Moda é comportamento. Ela reflete o que está dentro das pessoas. Estamos vivendo um momento em que ninguém mais quer apenas comprar peças incríveis, e sim, ter peças que falem com o que se acredita, tendo esse discurso muito bem alinhado. E claro que é possível ser cool, stylish e vestir peças que não agridam nosso ecossistema. Dá sim pra ter tudo na vida! Viva o amor!
Tú Bông
Uma moda para se acreditar
FASHION | MODA
Jane Fonda usou o Elie Saab pela primeira vez no Festival de Cannes, em 2014. Neste ano, o vestido foi reutilizado e o sobretudo, presente nos protestos da ativista, finalizou a produção
Ecoera no holofote do tapete vermelho e na vida
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premiação mais relevante do cinema norte-americano, o Oscar, pode não ter alcançado os números mais esperados neste ano. Aliás, a cerimônia bateu recorde de pior audiência dos últimos anos, com 23,6 milhões de espectadores, uma queda de 20,6% Celebridades levantaram a bandeira da em relação ao ano passado, de acorsustentabilidade em um dos eventos mais do com a revista Variety. Mas, se por um lado, esse número não superou importantes do cinema norte-americano as expectativas, por outro, ele acabou sendo um grande holofote para por Thaís Mota o movimento da moda sustentável – que mostrou, temporada após temporada, que veio para ficar. “Eu prefiro acreditar que não é uma tendência e que sustentabilidade veio para ficar, até porque hoje ela é uma questão de existência”, afirma Eloisa Artuso, diretora
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educacional do Fashion Revolution Brasil e estrategista da agência Un Moda Sustentável. Isso porque o impacto que a produção desenfreada gera no planeta já deixou há tempos de estar em níveis aceitáveis – inclusive no mundo da moda: hoje consome-se 400% mais roupas do que há 20 anos. O descarte têxtil desse segmento é ainda mais impactante, com mais de 92 milhões de toneladas de lixo, segundo o relatório do Pulse of Fashion Industry. O movimento da moda consciente ganha mais adeptos a cada dia e o red carpet do Oscar deste ano, que sempre traz novidades e coleções do momento, deve impulsionar ainda mais seguidores. Diversas celebridades levantaram a bandeira da sustentabilidade na premiação com looks 01. de menor impacto, atraindo,
pelo menos, a audiência de 23,6 milhões de olhares curiosos e reflexões para o presente-futuro fashion. Para Eloisa, que também é professora “Acreditamos de Design Sustenque o sistema tável no Istituto Europeo di Design da moda, tal (IED), “as celebridades que estão nos ho- como está hoje, lofotes influenciam superpoluente o comportamento e exploratório, de milhares de pessoas ao redor do precisa ser remundo. Essa pauta, generado.” nesse tipo de evento, acaba influenciando o comportamento não só do consumidor, mas das marcas que vestem essas pessoas e das marcas que querem ser como estas.”
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01. Joaquin Phoenix vestiu Stella McCartney. 02. Margot Robbie usou um vintage Chanel.
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FASHION | MODA 03.
03. Arianne Phillips de Moschino. 04. Saoirse Ronan vestiu Gucci. 05. Léa Seydoux usa Louis Vuitton. 06. Timothée Chalamet vestiu Prada.
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O “green carpet” foi muito bem representado: Joaquin Phoenix vestiu o mesmo smoking Stella McCartney durante toda a temporada de premiações, enquanto Margot Robbie vestiu um belíssimo vintage Chanel de 1994. Saoirse Ronan, por outro lado, vestiu um Gucci que ressignificou a peça usada por ela na premiação BAFTA, agora de silhueta dramática e com babados. Outros famosos, como Jane Fonda, Timothée Chalamet e Léa Seydoux, também apostaram no “verde” durante o Oscar. Por falar em ressignificação, os diretores criativos Yasmin Lapolli e Lucas Bettin, da Transmuta, uma marca fashion de upcycling curitibana, acreditam que uma iniciativa mais interessante do que as peças que foram criadas a partir de uma
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origem sustentável é a utilização de peças já disponíveis. “No mundo, a gente estima que existam roupas para a população se vestir durante os próximos 200 anos. A indústria da moda é a segunda que mais polui no mundo, então precisamos olhar para essas iniciativas, afim de que o planeta sofra cada vez menos e se regenere”, explicam. Além disso, para eles, o termo “moda sustentável” é passado. A moda da vez é regenerativa: “acreditamos que o sistema da moda, tal como está hoje, superpoluente e exploratório, precisa ser regenerado, não sustentável.” Para além do red carpet O tapete vermelho das premiações, sempre tão comerciais, recebem quase a mesma atenção e importância quanto as cerimônias por si só. Afinal, todos os olhos,
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sejam do mercado ou dos telespectadores que se rendem ao sonho do glamour, voltam-se aos looks fantasiosos. “Uma vez sensibilizados com o tema, muito mais do que vestirem-se de forma responsável para um grande evento, essas estrelas podem fazer escolhas mais conscientes e repensar o próprio guarda-roupas”, reitera Eloisa. Os diretores da Transmuta asseguram que essa ação eco-friendly não se resume ao red carpet, mas dele para a vida. Caso contrário, o propósito acaba se perdendo e virando o greenwashing, uma ferramenta para gerar mídia. “É muito complexo dizer que uma marca é sustentável hoje em dia, porque a produção de uma roupa engloba vários processos, pessoas e aspectos. Só uma matéria-prima de cunho res-
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ponsável não garante que uma roupa é sustentável. Tem que ver se os costureiros estão sendo bem remunerados, se a extração do material e os aviamentos são coerentes com o sistema... são muitas variáveis”, explicam Lucas e Yasmin. Por isso, os especialistas apontam “(...) sustentaa importância de bilidade veio conhecer as marcas que consumimos, para ficar, até buscar informações e pesquisar a transpa- porque hoje ela rência de cada uma, a é uma questão fim de que se consiga de existência.” fazer compras mais responsáveis e de menor impacto ambiental. Assim, é possível aliar moda ao consumo consciente. Essa atitude, para Elo Artuso, “é pela nossa própria sobrevivência.”
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O CONCRETO Estar em sintonia com a natureza faz parte da essência humana. É com a perfeita união entre o verde e a arquitetura que se cria uma oportunidade de o homem restabelecer o contato com a sua origem Modelos: Clarissa Caetano DM Atores e Modelos Agatha Lukasak Dakota Models Styling: An drea Gap p m ayer Assistente de Styling: Letícia B atsef Beauty: Ge orge Luna Fotos: N u n o Pap p Assistente de Fotografia: Mathe us Rhinow Tratamento de imagem: He lton Olive ira
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Lilรกs e alfaiataria repaginada. Agatha veste saia Outfit4You, blazer do acervo, camisa Reptilia, sapato Vizzano e joias Rodrigo Alarcรณn.
Nostalgia retrô e comprimentos midi. Clarissa usa vestido Reptilia, colete Mixed, joias Rodrigo Alarcón e sapato Vizzano. Agatha usa vestido Sandra Kanayama, quimono e saia Mixed, joias Rodrigo Alarcón e sapato Vizzano.
FASHION | MODA
Minimalismo luxuoso. Agatha veste top Transmuta, cropped e capa Reptilia, calรงa Rocio Canvas e joias Rodrigo Alarcรณn.
Peรงas maxi. Clarissa usa calรงa e camisa maxi Outfit4You, joias Rodrigo Alarcรณn e Casaco Reptilia.
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FASHION | MODA
Nostalgia retrô, malhas retrô e comprimento midi. Clarissa usa blusa, cardigan, calça e saia Mixed e joias Rodrigo Alarcón. Agatha usa blusa, saia e casaco Mixed, sapato Vizzano e joias Rodrigo Alarcón.
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FASHION | MODA
Sobreposição em camadas e peças maxi. Agatha veste saia e vestido Due Sorelle, camisa Minú, joias Rodrigo Alarcón e tênis Beira Rio.
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Sobreposição em camadas, caimento oversized. Agatha usa body Due Sorelle, calça, blusa e saia Rocio Canvas e joias Rodrigo Alarcón.
Acesse o QR Code e confira as marcas sustentáveis que apareceram neste editorial.
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ANTÔNIO RISKALA
RENATA MUELLER
MANUEL BAGGIO
O Anuário de 2020 está chegando.
MONICA PAJEWSKI
SUZANE SIMON
MARCOS BERTOLDI
PEDRO SILVEIRA
LUCIANA PATRÃO
MICHELE KRAUSPENHAR
TASSIANA FISCHER
DANIEL CASAGRANDE
LUIZ MAGANHOTO
SÉRGIO VALLIATTI
ANA CRISTINA AVILA
SAMARA BARBOSA
GUILHERME BELOTTO
CAMILLE SCOPEL
THIAGO TANAKA
ELEUTHERIO NETTO
BIANCA MORAES
RENAN MUTAO
ARY JACOBS
JORGE ELMOR
CAROLINA DANYLCZUK
LISA ZIMMERLIN
KARIN NEITZKE
OLGA BERGAMINI
CLAUDIA MACHADO
SABRINA BECKER
CAROLINE BOLLMANN
DANIELA BARRANCO OMAIRI
ELAINE ZANON
FLÁVIO SCHIAVON
TALITA NOGUEIRA
EDUARDO MOURÃO
Confira alguns dos arquitetos já confirmados para a próxima edição!
Estilo
T I M E O F F NA NAT U R E Z A Descansar e se reconectar com a natureza ao mesmo tempo: essa é a proposta do Wellness Sabbatical. Essa proposta de retiro é uma das tendências de 2020 do Global Wellness Summit e está sendo ofertada por diversos SPAs de luxo ao redor do mundo, como o Rancho La Puerta, localizado no México, e o Kamalaya, na Tailândia.
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Shutterstock
a seção de arquitetura, decoração, gastronomia, viagem e luxo
FASHION | BELEZA
Bem-receber por Marilis Borcath, embaixadora
Olena Sergienko | Unsplash
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ocê já deve ter reparado que um espaço cercado pela natureza promove conforto e relaxamento. A proximidade com elementos naturais, como o verde das plantas, é capaz de melhorar o bem-estar e a saúde emocional do ser humano. Por isso, cada vez mais profissionais da área de arquitetura estão incluindo a biofilia em seus projetos. O termo remete ao amor pela vida, pela natureza. O conceito busca reconectar as pessoas ao espaço natural, cada vez mais ausente em nosso dia a dia. Para integrar a natureza nos projetos arquitetônicos, é preciso incorporar as características do mundo natural aos espaços. Os benefícios da biofilia, principalmente nos ambientes de trabalho, já foram comprovados por diversos estudos ao redor do mundo. Nossa produtividade e nossa criatividade aumentam em locais que utilizam projetos biofílicos, que são capazes, ainda, de reduzir o estresse e até mesmo as crises de depressão. Depois de ler bastante sobre o assunto, resolvi aplicar os conceitos ao meu ambiente de trabalho, deixando-o com menos cara de "escritório", e posso afirmar que agora meu rendimento – e o de todos que passam por lá – é muito melhor. Se você também se preocupa com o seu bem-estar físico e mental – ou de seus colaboradores, se for o caso – aqui vão algumas dicas práticas para conectar a natureza ao seu espaço corporativo por meio da biofilia. 1. Deixe a luz natural entrar Que tal utilizar mais a iluminação que a natureza nos dá e menos luz artificial? Aproveite o sol ao máximo para iluminar o seu escritório. Priorize ambientes com grandes janelas que permitam a entrada dos raios solares. Caso você queira privacidade, já existem algumas películas que promovem a iluminação do ambiente sem deixar tudo à mostra. Avalie qual é a melhor opção para o seu caso. 2. Monte o seu jardim Use uma das áreas comuns para montar um lindo jardim. Não preci-
A natureza no ambiente de trabalho Conf ira 5 dicas para aumentar a criatividade e a produtividade conectando a natureza ao seu ambiente de trabalho
sa nem ser grande nem um ambiente externo. Basta planejar um espaço descontraído, confortável e verde. Se você não tem muito tempo livre, escolha plantas e flores que exigem poucas regas. Vale a pena investir em cadeiras, mesas ou bancos de madeira e até redes de balanço. Esses elementos fazem toda a diferença no projeto biofílico. 3. Utilize fontes de água Tem coisa mais agradável do que barulho de água? O som é incrivelmente relaxante, por isso, invista em fontes ou espelhos d'água. Além de promover o bem-estar, são excelen-
tes itens decorativos. 4. Invista em tecidos e materiais naturais Priorize tecidos mais leves, como o linho e o algodão, em vez de materiais sintéticos. Nos escritórios, invista sempre em móveis feitos com madeira rústica ou vime. 5. Aposte nas cores da natureza As cores e formas que existem na natureza são belíssimas. Utilize-as na decoração do seu espaço para proporcionar uma sensação de tranquilidade e bem-estar. Os tons de verde e amarelo, por exemplo, são ótimos para estimular a criatividade. topview.com.br
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SS E ET LF I L |OX |X A XR Q U I T E T U R A E D E C O R A Ç Ã O
Alô, mães e pais de plantas
Chega de matar até cacto. Listamos as plantas mais comuns em casa e os principais cuidados para mantêlas saudáveis – e vivas por Maria Isabel Miqueletto
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e você costuma navegar pelo Pinterest, já deve ter visto aquelas referências lindas de casas cheias de plantas. De todas as cores e tamanhos, elas dão um ar mais vivo à casa, além de deixarem o ambiente mais bonito, é claro. No entanto, a maior dificuldade para muitos está em mantê-las vivas e saudáveis. Patrícia Belz, proprietária da Borealis Plantas, que fica dentro do Botanique Café Bar Plantas, in-
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dica que os iniciantes comecem com plantas fáceis e, depois, gradativamente, migrem para as mais difíceis. “É importante comprar plantas aos poucos para ir acostumando e entendendo o cuidado de que elas precisam”, ressalta. “O segredo das plantas está em descobrir o lugar que atende às necessidades delas e não onde você quer colocá-las.” Por isso, conversamos com a Patrícia e ela elencou as plantas mais comuns em casa e como cuidar delas.
ESPADA-DE-SÃO-JORGE Nível de dificuldade: facílimo. Água: basta regar apenas uma vez por semana. Luz: pode ficar sob luz indireta, mas tolera um ambiente mais escuro. Espaço na casa: pode ficar em qualquer lugar da casa. “É bastante utilizada na entrada e no hall pela facilidade no cuidado e por ser uma planta que muitos acreditam que espanta mau olhado.”
SAMAMBAIA Nível de dificuldade: difícil. Água: é preciso regar diariamente. Luz: gosta de sombra e água fresca. Espaço na casa: não deve ficar em ambientes com vento e sol, senão as folhas queimam e caem. “Foi muito utilizada nos anos 80, caiu da moda e retornou há alguns anos.”
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ESTILO | ARQUITETURA E DECORAÇÃO
MARANTA Nível de dificuldade: médio. Água: é necessário regar três vezes por semana. Luz: como a samambaia, a planta tropical gosta de sombra. “O arquiteto e paisagista Burle Marx costumava utilizar essa planta em seus projetos. Ela caiu no gosto popular nos anos 1970 e faz sucesso entre os millenials.”
CACTO Nível de dificuldade: facílimo. Água: em vasos pequenos, é preciso regar a cada 10-15 dias; em vasos grandes de chão, a cada dois meses. Luz: o cacto precisa ficar em um ambiente com sol direto ou muita claridade – isso ajuda na floração da planta. “O cacto, sem dúvida, é uma das plantas mais fáceis para se ter em casa. O cacto grande, de chão, por conta da periodicidade da rega, é perfeito para quem viaja muito e procura uma planta fácil.”
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SUCULENTA Nível de dificuldade: fácil. Água: é preciso regar apenas quando a terra está seca (em torno de uma vez por semana). Luz: ela precisa de muita claridade. “A grande questão da suculenta é a claridade. Muitas pessoas colocam elas afastadas da janela, o que causa o estiolamento, que é o crescimento desordenado em busca de luz. Além disso, se você regar muito a suculenta, ela apodrece.”
FICUS LYRATA Nível de dificuldade: médio. Água: é necessário regar apenas quando a terra está seca (a cada 2-3 dias). Luz: ela precisa de um ambiente com muita claridade, ao lado de uma janela. Dica extra: uma vez por mês, regue com o adubo NPK-10-10-10. “A Ficus é a protagonista dos ambientes decorados do Pinterest. É a planta mais desejada dos últimos anos e a procura por ela é enorme.”
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Arquitetura por Kimi Nii, convidada de Marcos Bertoldi
A natureza traduzida para a arte Detalhe da instalação Nuvens e Ilhas, 2014.
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uando estou no meio da natureza, encontro uma forma, um detalhe que me chama a atenção. Fico contemplando o que me atraiu: às vezes, é a estrutura com sua lógica, as brácteas de uma bromélia com seu desenho geométrico, a sequência simétrica das helicônias ou a simplicidade do ritmo dos nós do bambu. Assim comecei a construir as esculturas da série Flora Cerâmica. Enquanto nadava de costas, quase meditando, olhando as nuvens que flutuavam com formas impermanentes, vi bichos de pelúcia mudando de forma. Naquele momento, veio a ideia de criar objetos-cumulus. Do avião, surpreendi-me com as nuvens de uma perspectiva diferente, uma concentração densa de formas de gomos finos. Essa visão se transformou em uma exposição com uma instalação de nuvens suspensas, para serem vistas tanto de baixo quanto de cima, de um mezanino. De um pequeno avião, as várias ilhotas de Paraty, que, do alto, parecem ainda intocadas pelo homem, compunham uma paisagem de uma beleza única e se
tornaram outra instalação, junto com um painel de nuvens. Procuro interpretar formas da natureza, porém, penso:"Quem sou eu para imitar a natureza? Ela já está lá e é perfeita." No entanto, eu me aproprio do que capto no momento, traduzo para o meu meio e estilizo com as mãos, de certa forma usando uma geometria orgânica, transformando em uma linguagem de cerâmica e usando o barro e a água, que dá maleabilidade. Em seguida, deixo evaporar para secar. Depois, entra a química das rochas moídas e dos metais, que darão a textura e o colorido da superfície. Na última fase do processo, o protagonista é o fogo e a sua interação com o ar. Ao abrir o forno, deleito-me com o resultado bem-sucedido ou a surpresa de algum (d)efeito que não esperava e penso na causa e procuro uma solução. Mas, às vezes, a deformação ou o vidrado que não atingiu a temperatura despertam em mim uma curiosidade e vejo uma singularidade, talvez o que os japoneses chamam de wabi sabi, a beleza da imperfeição. Sinto gratidão pela sorte de viver com esse trabalho, que tanto aprecio e faço com prazer.
Gal Oppido, Marcus Vinicius de Arruda Camargo e Edouard Fraipont.
Flora Cerâmica, 2019.
Escultora e ceramista, Kimi Nii é capaz de transformar com mínimos recursos o banal em sublime. Essa transmutação, própria dos grandes artistas, coloca o trabalho de Kimi nos patamares mais elevados da produção artística nacional e internacional. Ao falar das coisas mais elementares de sua vivência, em especial aquelas ligadas à natureza, transita do local ao universal com tranquilidade e desenvoltura. Expressa-se por meio de um elegante e conciso repertório formal, pleno de experiências e significados. Desenvolve seu trabalho com grande coerência e convicção. Acompanho a artista desde os anos 1980 e tenho em acervo obras desses anos, perfeitamente contextualizadas e contemporâneas às suas peças mais recentes. Uma justa escolha para esta edição da revista, dedicada à biofilia. Boa leitura! Marcos Bertoldi
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Welcome to the (urban) jungle Os limites da natureza em espaços urbanos estão mais tênues. Com a aproximação cada vez maior do imóvel com a vegetação, muitas vezes um dentro do outro, as casas ganham vida, calma e beleza, algumas das características que as plantas trazem para os ambientes por Maria Isabel Miqueletto fotos Eduardo Macarios
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Os detalhes da casa podem ser vistos na pรกgina 60.
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Um refúgio na floresta
A natureza faz parte da rotina da família.
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o subir uma pequena calçada íngreme para acessar a casa no bairro Tingui, já se percebe como o imóvel está cercado pela floresta – mas é apenas ao avistá-la, “escondida” por um “cobertor” de árvores e plantas, que temos a dimensão de como a construção e o verde são indissociáveis. Foi a natureza que fez a maior parte do trabalho. O arquiteto que assina o projeto, Fernando Canalli, diz que quem desenhou a casa foi o Sol e o terreno. “Nossa interferência, como moradores, também foi a menor possível”, conta o publicitário Renato Cavalher, que mora na casa com sua esposa e seus filhos. “Além do telhado verde sobre a garagem e de duas pequenas áreas gramadas, deixamos crescer a mata nativa, o que integrou completamente a casa ao parque Tingui. Foi como trazer o parque para dentro de casa.” As paredes de vidro reforçam a sensação de que a mata está logo ali, ao lado dos cômodos. Isso facilitou a decoração, ele garante, já que o verde já deixa o espaço mais bonito naturalmente. Na parte superior, acima da garagem, há um telhado verde, uma varanda com churrasqueira e um estúdio de som,
01. O deck inferior é um dos espaços preferidos do casal. 02. O escritório tem vista para as árvores que cercam a casa.
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em que a família convida amigos para tocar durante as festas que promovem. A estrutura da casa é fluída, sem muitas paredes e com bastante espaço de convivência. “Gostamos de receber pessoas aqui e a casa ampla, sem paredes/divisórias, ajuda muito a fazer com que as pessoas fiquem bem à vontade e sempre em contato umas com as outras”, aponta a publicitária Daniela Capeletti, esposa de Cavalher. O terreno tem 1.000 m² e a casa 350 m², com vista para o Memorial Ucraniano. Aliás, um
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dos lugares preferidos do casal é o quintal, que conta com chão de pedra e ofurô embaixo das araucárias – com o toque especial de ter uma vista privilegiada para o monumento. O aspecto mais importante da casa, no entanto, é mais sutil: foi a readaptação da família a uma nova filosofia de vida. “Abrimos mão de qualquer item de luxo no acabamento, simplesmente não combinaria com a casa. Com isso, ela [a casa] me fez repensar o que, de fato, é importante para se morar bem: a simplicidade”, resume Cavalher.
03. Quarto do casal. “Muitas vezes, acordamos e fazemos uma foto, que dificilmente consegue refletir toda a beleza do amanhecer.” 04. Na varanda, bancos para apreciar o ambiente – sempre em contato com a natureza. 05. A fachada da casa é camuflada por uma “manta” de plantas.
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“Dormir e acordar todos os dias em meio à natureza traz leveza para o dia e me enche de esperança de que podemos conviver em harmonia, cuidar do lugar em que vivemos sem precisar de muitas mudanças e deixar que os animais e as árvores ocupem seu espaço também.”
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A casa da rampa
A parede verde foi feita por Felipe Reichmann.
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01. A casa abriga vários jardins, com diversas espécies de plantas. 02. O jardim, com plantas e flores, abriga a grande atração da casa, a rampa.
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or mais que tenha ficado conhecida por uma particularidade do projeto arquitetônico – a rampa –, quem consegue adentrar para além da fachada do imponente imóvel moderno é surpreendido pela diversidade de plantas e jardins. Se o segredo para o cultivo de plantas é a luz, no imóvel do bairro Campo Comprido, elas estão bem servidas. Há poucas paredes na casa e abundância de vidro. “Sempre desejamos que a nossa casa fosse "decorada" pela natureza. Dentro temos poucos objetos de decoração, justamente para deixar que a natureza ocupe todos os ambientes”, contam os moradores. 02.
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“Quando nos perguntam ‘onde vocês moram?’, respondemos: ‘no céu’.”
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A casa, para eles, é um ser vivo e, como tal, deve ser criada para ter propósito, simplicidade, beleza incomum, acolhimento, energia e transmitir sensação de bem-estar e aconchego. Foi tudo isso que o arquiteto Marcos Bertoldi, que assina o projeto, conseguiu executar na casa de 831 m² e no anexo de 295 m², que veio anos mais tarde. A felicidade do casal é ver que seu lar é uma extensão da forma como levam a vida: com
cor, luminosidade, transparência, personalidade e liberdade. Contudo, foi a intuição que guiou todo o processo, em especial na escolha de trazer os elementos naturais – plantas, pedras e água – para dentro de casa. No escritório, há uma parede de vidro com vista para uma parede de pedra cheia de plantas, na qual cai uma cascata. “Plantamos algumas [espécies], mas a maioria [das plantas] que está ali hoje veio natural-
mente, foram os pássaros que semearam”, aponta. O gramado na frente da casa, cercado por flores brancas, é o parque de dois cães da raça Pastor-belga, Otto e Gaia, que vivem com o casal e o filho. Os dois fazem home office, o que amplia o tempo em casa – uma felicidade imensa para ambos, já que afirmam, com convicção, que vivem “em um pedaço dos Jardins do Éden”. E complementam: “Para nós, nossa casa não é apenas uma casa e, sim, um santuário de amor, graça e felicidade.”
03. O quarto do casal tem dois jardins, de um lado com cactus, do outro com espada-de-são-jorge. 04. A parede verde decora o anexo da casa. 05. Na parte superior do anexo, há duas hortas e, no caminho até a casa, um jardim.
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XS E XT XI L | O X X| XA R Q U I T E T U R A E D E C O R A Ç Ã O
Abertura para o verde
Uma parede verde “acompanha” os visitantes à porta de entrada da casa.
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01. As diversas árvores e plantas são apreciadas como um quadro na sala principal. 02. Todos os banheiros foram pensados para aproximar a natureza da casa.
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o virar à esquerda na entrada de um condomínio no bairro Santa Felicidade, já se vê uma casa branca imponente de arquitetura contemporânea. Logo de cara, o que chama a atenção, em meio às plantas do jardim que cerca o imóvel, é uma escultura de madeira assinada pelo designer Hugo França, reconhecido por reaproveitar resíduos florestais para a produção de esculturas mobiliárias. Ao passar pelo corredor com paredes verdes e pelo deck, chegamos à sala, que não tem uma televisão, mas conta com um elemento ainda melhor para se assistir: um lindo
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“É impossível levantar de mau humor quando se abre a porta do quarto e já se tem um contato tão forte com o verde.”
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bosque. Com a fachada inteira de vidro, a natureza parece um quadro em movimento. É onde vivem a arquiteta Vivian Millarch, seu marido, o empresário Francisco Millarch, e suas duas filhas, de dois e quatro anos. A casa foi projetada pelo arquiteto Marcos Bertoldi, e foi sua sensibilidade em propor uma sala de pé-direito duplo aberta para o bosque, aumentando a sensação de espaço e a integração com o verde,
que conquistou o casal. “No dia a dia, percebemos que essa integração com a natureza ajuda a trazer harmonia para o lar”, conta Vivian. Outro ambiente especial para eles é o deck, que conta com uma piscina. “A água reflete as copas das árvores e também atrai pássaros de diversas espécies, que são bastante presentes no nosso cotidiano”, ressalta. No jardim dos fundos, contam com um banco de Hugo França, feito a partir de resíduos de jaquei-
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03. “A presença da água na piscina e no espelho d'água também é essencial. A água reflete as copas das árvores e atrai pássaros de diversas espécies.” 04. “O jardim vertical é bastante apreciado por nós e pelas visitas, que se surpreendem com o visual agradável de um ambiente que geralmente é mais confinado.” 05. No jardim dos fundos, um banco feito de resíduos de jaqueira, do artista Hugo França.
ra. “Elas deram um toque muito especial à casa, representando um pouco dos nossos valores por meio da biofilia.” O verde também está presente em todos os banheiros da casa. No lavabo, há um jardim vertical, muito apreciado pelas visitas. “Sentimos que a presença do verde na casa nos traz uma sensação de maior espaço, liberdade, respeito e integração com a natureza”, explica Vivian.
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INCORPORADORA: IVC SALDANHA MARINHO EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO LTDA. CNPJ 26.296.250/0001-04. CONSTRUTORA: IRTHA ENGENHARIA S/A CNPJ 05.459.880/0001-82. Imagens meramente ilustrativas. Móveis e objetos decorativos não fazem parte do contrato de compra e venda do imóvel. Os acabamentos serão entregues conforme memorial descritivo. Matrícula 39.542 da 6ª Circunscrição do Registro de Imóveis de Curitiba. Alvará n.º 363439/2019 Smolka Arquitetura. Impresso em março de 2020.
ENTREGA EM DEZEMBRO DE 2020
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4 S U Í T E S | 3 7 2 m 2 | 5 VAG A S | 1 P O R A N DA R
U M T E R RO I R PA RT I C U L A R N A B O RG O N H A . * MAIS QUE UM EMPREENDIMENTO DE ALTÍSSIMO PADRÃO, AO ADQUIRIR UMA UNIDADE DO VIGO VOCÊ TAMBÉM PASSA A TER O SEU PRÓPRIO TERROIR NA BORGONHA, UMA ÁREA COM CERTIFICADO DE PROPRIEDADE, QUE PODE SER TRANSFERIDA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO, COMO UMA HERANÇA ÚNICA E INIGUALÁVEL. *Válido para as unidades 301, 401, 601, 701 e 801.
RUA SALDANHA MARINHO, 1.850
VIGO1850.COM.BR
98422.9280
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O DNA de uma casa eco-friendly
O problema da gestão de resíduos é urgente, mas cada indivíduo pode contribuir sem nem sair de casa. A especialista Cristal Muniz dá dicas de como construir uma vida sem lixo, premissa dos seus projetos por
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ocê tem alguma ideia do quanto de lixo você produz em um dia? Ou em uma semana? Geralmente não – por mais que, com uma simples consulta à memória ou olhada na lixeira mais próxima, seja fácil deduzir que a quantia é alta. Foi a partir dessa observação e do incômodo com o descarte que Cristal Muniz criou seu projeto, que, no nome, já carrega um objetivo audacioso: Uma Vida Sem Lixo. Os números são alarmantes: o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, segundo dados do Banco Mundial. São produzidas cerca de 11,3 milhões de toneladas, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. Desse total, somente 145 mil toneladas (1,28%) são, de fato, recicladas, aponta a organização WWF. Ou seja, não é preciso apenas descartar da forma correta, mas repensar a própria produção de resíduos. Mas é possível zerar a produção de lixo? Cristal sugere começar com um passo de cada vez – ou melhor, um tipo de lixo por vez. “Escolha o lixo que você mais detesta produzir e procure saber como reduzi-lo ou eliminá-lo. Depois que este estiver tranquilo, passe para o próximo. Escolha uma coisa de cada vez: assim, é bem mais fácil de conseguir”, indica Cristal, que lançou um livro, com o mesmo nome do blog, apresentando todas as dicas para quem quer diminuir o impacto negativo na geração de resíduos. “A parte mais difícil é a questão comportamental, de mudar hábitos, que é o mais complexo de mudar em outros aspectos, como para iniciar uma nova dieta
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ou começar a fazer exercícios”, observa Cristal. “Mas você não pode se sentir derrotado quando não consegue, porque é preciso entender que a sociedade está organizada para gerar lixo e desperdício.” Para escolher o primeiro lixo que deixará de ser produzido – ou, pelo menos, reduzido – e ter uma casa mais “amiga” do meio ambiente, Cristal selecionou as dicas abaixo, organizadas por cômodos. PARA COMEÇAR A grande mudança, na verdade, é na mentalidade acerca do consumo e do descarte. Antes de mais nada, é preciso refletir sobre o que já está em casa. Depois, pensar na função de cada coisa. “A gente precisa cumprir funções específicas, não precisamos de produtos. Se eu preciso de um potinho para colocar escova de dentes no banheiro, por exemplo, não preciso comprar um novo produto. Às vezes, posso usar um pote de vidro que tinha outra função, mas que, agora, pode ser usado ali.” Buscar a forma correta de descartar cada item é essencial, e ter essa responsabilidade faz muita diferença, em especial com relação à reciclagem. Outro aspecto diz respeito às verdadeiras necessidades de cada um, que, muitas vezes, são exageradas por conta da lógica de consumo. “Tente simplificar e precisar de menos coisas. Sempre indico pensar: ‘isso vale meu tempo de tirar pó e limpar esse objeto? Vale a pena o espaço que ele ocupa?’ Somos acumuladores de várias coisas desnecessárias”, reflete. A natureza é outra grande inspiração nessa mudança de paradigma: tudo funciona de forma simples e funcional.
Unsplash, Shutterstock e Felipe Machado
Maria Isabel Miqueletto
NA COZ I N H A
TER U MA COMPOS TEIRA
Com uma composteira, você evita mandar os resíduos orgânicos para um aterro sanitário e eles vão ser transformados em adubo, evitando a transmissão de gás metano, o aparecimento de pragas e a produção de chorume tóxico. “Parece complicado, mas não é. Depois de colocar a composteira em casa, a manutenção é supersimples”, ressalta Cristal.
NA COZINHA
FA Z E R C O M P RA S A GRA NEL O aspecto principal da escolha de fazer compras a granel, para Cristal, está em criar consciência sobre a comida e, assim, evitar desperdício de alimentos. Nesse tipo de compra, é possível adquirir a quantidade exata que cada indivíduo vai utilizar sem que o alimento estrague. Além disso, há a diminuição do uso de plástico, em especial o que é utilizado por apenas alguns minutos e depois vai para o lixo.
NA COZ I NH A
P RODU Z I R O P RÓP RI O LI MPA DOR PA RA CA SA
“Essa dica me faz economizar muito dinheiro e melhora minha saúde, porque deixo de entrar em contato com ingredientes alérgicos e tóxicos, além de evitar várias embalagens”, diz Cristal sobre o sabão líquido natural que produz em casa. Ele substitui o detergente para lavar louça e o sabão em pó para lavar roupa e pode ser usado em qualquer outra limpeza. A receita é simples: bicarbonato de sódio, álcool e sabão de coco.”
Confira a receita completa no blog Uma Vida Sem Lixo.
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ESTILO | ARQUITETURA E DECORAÇÃO
NO BANH EI RO
REP ENSA R OS COSMÉTI COS A lógica é simplificar. “Muitas vezes, a gente tem muito mais do que realmente precisa e muitos produtos nem fazem muita diferença se usamos ou não. Nessa simplificação, reduzimos as embalagens e repensamos o consumo”, analisa. A dica é usar cada produto que você tiver em casa até acabar, de acordo com a data de validade. Depois, substituir apenas aqueles necessários, dando preferência aos que têm múltiplas funções. “Comprar produtos naturais é legal, mas se não repensamos o consumo, dá, basicamente, na mesma.” Cristal faz a própria pasta de dente e o próprio desodorante, e o xampu e o sabonete são artesanais.
N O BA N H E I RO
US AR LÂMINA DE BARBEAR REUTILIZÁVEL
NO BANH EI RO
U SA R ESCOVA DE DENTES DE BA MBU Outra substituição de plástico que precisará ser descartado e substituído várias vezes. Escolha uma escova de dentes com cabo de bambu, que é biodegradável e pode ser colocado na terra quando chegar ao fim da sua vida útil. 68
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Unsplash, Shutterstock e Felipe Machado
Em vez de comprar uma lâmina de barbear descartável, que precisará ser substituída de tempos em tempos, prefira uma reutilizável, daquelas que nossos avós costumavam usar.
NO QUARTO
SER MA I S CRI TERI OSO NA COMP RA DE ROU PA S Antes de comprar, faça uma avaliação das peças que ainda funcionam e daquelas que já não fazem sentido no armário – para ficar claro quais peças estão por lá e manter apenas as de que a pessoa gosta e usa. Ao comprar, faça a si mesmo algumas perguntas: "eu sei de onde esta peça vem?" "Quem fez esta peça?" "Em qual país foi feita?" "Qual a qualidade deste tecido?" "Este tecido solta microplástico?" Evite marcas que têm envolvimento com trabalho escravo e prefira fibras naturais, que têm menor impacto ambiental, pois não soltam micropartículas de plástico na lavagem. Entre elas, algodão ou algodão orgânico, liocel, linho e viscose. Fazer compras de segunda mão, em brechós, ou trocas entre amigos são outras opções. “A ideia é fazer a vida útil das roupas ser mais longa. Isso não significa que você não pode comprar mais, mas o importante é buscar pela qualidade, para garantir que essa peça vai ser usada por muito tempo”, indica.
N O Q UA RTO
CONS ERTAR ANTES DE DES CARTAR Se a peça estragou de alguma forma, a indicação é procurar uma costureira para avaliar se tem conserto ou se essa peça pode passar pelo processo de upcycling e ser transformada em outra roupa. Caso não seja possível, é o momento de avaliar se ela pode ter outro uso, como na função de pano de chão e afins. “Esses produtos têm uma reciclagem superdifícil, então o ideal é que a gente consiga resolver seu reuso antes do processo.”
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ESTILO | VIAGEM
Pelo Mundo por Paola Gulin, colunista
O espelho do Rio Negro Uma viagem pela Amazônia: mesmo país, outra forma de viver
Mergulho revigorante no Rio Negro.
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As águas escuras se tornam um espelho da paisagem
zônia: nosso meio de locomoção escolhido para percorrer o Parque Nacional do Jaú, na região do Rio Negro, foi um barco regional com suítes confortáveis na medida certa e uma tripulação local mais que atenciosa, que nos guiaria por tantas vivências e aprendizados memoráveis. Na primeira noite, a expedição dava a opção de dormir em um redário construído no meio da floresta. Na minha cabeça poética, já imaginei um silêncio absoluto, mas a floresta se mostrou mil vezes mais barulhenta do que muito ronco alheio – vento, macacos, pássaros e outros seres da natureza fazem uma festa durante a noite. Aos poucos, fui pegando o “jeito” de dormir na rede e, quando vi, estava acordando com um nascer do sol inesquecível para mostrar que a natureza sempre pode surpreender. Durantes estes dias de navegação, o amanhecer passou a ser o meu despertador e, a cada dia, um show aparecia pela janela do barco. A navegação pelo Rio Negro é um espetáculo à parte. Durante o dia, os vários tons de verde das árvores refletem nas águas escuras e, ao anoitecer, emocionava-me ao ver o reflexo das estrelas, da lua e das nuvens nesse espelho. Os rios são as estradas da Ama-
zônia, responsáveis por conectar as necessidades atuais das comunidades ribeirinhas aos centros urbanos. Na viagem, visitamos algumas delas, conversamos com os moradores, conhecemos mais de um estilo de vida que depende e usufrui basicamente dos recursos da natureza. Nosso guia soube se orientar naquela floresta densa com a precisão que nenhum Waze ou Google Maps conseguiria. Comi a verdadeira tapioca, o verdadeiro açaí, tucumã, costelinha de tambaqui e tantas outras comidas locais que eu nem sabia que existiam. Aprendi a fazer farinha e táticas de sobrevivência na floresta, abracei uma Samaúma gigante e conheci e valorizei mais o papel que cada pequeno ser tem na natureza. Esqueci aquele tal sinal do celular e aproveitei para valorizar ainda mais aqueles momentos especiais. Depois de 3 anos, ainda consigo me lembrar do vento puro batendo no rosto quando saímos para fazer um passeio de voadeira, do barulhinho das folhas no chão enquanto caminhávamos pela floresta, da força da queda da cachoeira nas minhas costas, da sensação boa das risadas que dávamos nos jantares, do ar puro das respirações profundas no topo do barco, do frescor revigorante dos mergulhos no Rio Negro.
Paola Gulin
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encontro das águas escuras do Rio Negro com as águas barrentas do Rio Solimões pode ser visto lá de cima, da janelinha do avião. De cada lado, já me emocionei ao ver a imensidão verde que dá uma ideia dessa região de superlativos: a Amazônia é a maior floresta tropical do planeta e ocupa a maior parte do território brasileiro. Saímos de Manaus e, depois de um trajeto de 2h30, chegamos a Novo Airão, o último município acessível de carro. Ali onde restavam os últimos pontinhos de sinal de celular, bateu aquele desespero de responder às pendências de e-mail, mandar mil WhatsApps, fazer um último post e me despedir da família, pois os próximos dias seriam totalmente off-line. Chegou a hora de embarcar em uma experiência genuína na Ama-
ESTILO | MODA
Oh my god por Duda Slaviero, embaixadora
A natureza que predomina
A V IETNÃ
natureza é o bem mais precioso que temos hoje. O mundo está em constante mudança, está ficando mais quente e, além disso, o efeito do aquecimento global está cada vez mais forte. Logo, perderemos muitas coisas que temos se não cuidarmos. Fiz uma seleção de lugares fascinantes onde a natureza predomina. Vale a pena conhecer enquanto podemos para nos conectar com a natureza e nos desconectar do resto!
SO N D O O N G Son Doong é a maior caverna do mundo e continua a crescer. Descoberta em 1991, até hoje se descobre mais partes dela. Aqueles que a conhecem, descrevem sua paisagem como surreal, uma obra da natureza com paisagens sobrenaturais. Esse paraíso subterrâneo fica no Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang. Seu acesso não é fácil, sendo que a única entrada é por meio de rapel, descendo 80 metros de altura. Mas todos os perrengues valem a pena quando você entra na área protegida, que parece um mundo à parte da Terra.
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LAGO MORAINE O Lago Moraine é um dos lagos mais lindos do mundo. Está localizado no parque nacional Banff, em Alberta. É patrimônio da humanidade, e a cor da sua água é azul-cristalina. Ele é formado pelo descongelamento das geleiras das montanhas.
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ILHA DE S KYE Uma das maiores ilhas da Escócia, fica no noroeste das Terras Altas e possui poucos habitantes. Marcada por colinas cobertas por um verde que parece de veludo, montanhas cujos picos atravessam as nuvens, lagos e rios. Sem muitos grandes centros urbanos, a maior cidade é Portree, com 2.500 moradores, ou seja, a natureza é predominante ali! Seus visuais são incríveis, de tirar o fôlego. Para ter acesso a todas essas paisagens, você tem que fazer bastante trilha, então vá preparado. Com cachoeiras, castelo e montanhas, é considerada uma ilha mágica.
Confira a lista completa no portal da TOPVIEW.
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ESTILO | PÓS-LUXO
Pós-luxo por Adriano Tadeu Barbosa, embaixador
Em meio à natureza Com serviços diferenciados e qualidade de interação, conheça o hotel que vai além da hospedagem e da conexão com a natureza
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Fabiana Copetti | Adriano veste Hugo Boss por @capoanipy
oi-se o tempo em que somente oferecer conforto e produtos de qualidade destacava a hotelaria pelo mundo. Hoje, com o consumidor cada vez mais milenizado, os serviços diferenciados e as memórias criadas é que trazem o destaque. Nesse setor, por meio de sites como o TripAdvisor, é possível antecipar praticamente tudo a respeito de um hotel antes de se hospedar. Então, o que cria a diferença entre um estabelecimento e outro é exatamente a qualidade de interação, mirando
surpresas e emoções que o staff faz o hóspede sentir, levando o conceito além da hospedagem. Minha experiência no Gran Meliá Iguazú, em Puerto Iguazú/AR, exatamente no meio do Parque Nacional das Cataratas e único com vista para a Garganta do Diabo, foi incrível, desde o primeiro impacto, causado pelo cumprimento dos funcionários com a mão no peito, até a recepção no Red Level — serviço exclusivo criado no conceito high top experience. O Gran Meliá Iguazú surpreende com seus 183 quartos e suítes totalmente equipados, sendo 47,84% deles com amplos terraços e vista para as Cataratas. Como destaque, há uma incrível piscina de 50 x 15 metros com borda infinita, um centro de bem-estar com academia 24 horas, sala de ioga, spa Yasí e funcionários que estão na propriedade há mais de 20 anos. A gastronomia tem assinatura de culinária autoral e está em um processo de transformar seu menu em 80% vegetariano, seguindo as tendências mundiais de alimentação e saúde. Para isso, os funcionários estão desenvolvendo a comunidade local e indígena para fornecer e fabricar canudinhos feitos de folhas de mamão e "materiais biodegradaveis", além de reciclar todo e qualquer vidro produzido pelos hotéis da região, com apoio do governo local. Um caso e tanto de escolha e defesa para as próximas férias e dias off, não concorda?
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ESTILO | BEBIDAS
Vinosophie por Elis Cabanilhas Glaser, colunista
O turismo do vinho e a conexão com a natureza O turismo do vinho é uma opção para os amantes da natureza e de cenários pitorescos
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iajar é uma oportunidade única para viver experiências inesquecíveis, desbravar novos lugares e conhecer novas culturas. E, para os amantes do vinho, a prática do enoturismo, de poder se perder entre vinhedos coloridos, trabalhar na colheita da uva, ter um contato direto com os produtores, degustando na origem alguns de seus vinhos favoritos, moldam novas maneiras de viajar e se aventurar pela natureza. Seja próximo a grandes centros, no meio do interior de países longínquos, em grandes vínicolas ou em bodegas boutiques, a dois ou com amigos, essa imersão no universo do vinho vem se revelando um programa imperdível para os amantes da natureza. Confira algumas dicas imperdíveis e prepare-se para se deleitar com destinos de enoturismo encantadores mundo afora. DESTINOS TRADICIONAIS E OBRIGATÓRIOS Alguns destinos já são considerados paradas obrigatórias para os fãs de vinhos. Entre castelos, vinhedos e chateaux, estão as clássicas regiões de Bordeaux, Borgonha e Vale do Loire, na França, sem esquecer a única e elegantíssima Champagne.
Na Itália, o Piemonte e a inebriante Toscana, com suas paisagens de tirar o fôlego. As antigas bodegas da Rioja, na Espanha, e as grandiosas vinícolas do Napa Valley, nos Estados Unidos, podem facilmente ser incorporadas a qualquer roteiro. Aqui no Novo Mundo, uma passada em Mendoza, na Argentina, ou pelos vales do Chile, também deixam boas recordações e lindas experiências. Ou, ainda, uma passagem pelos vinhedos da Austrália e Nova Zelândia, que também rendem lindos passeios e histórias pelas suas paisagens pitorescas. PARADAS EXÓTICAS E INIMAGINÁVEIS No entanto, nos últimos anos, novas ou regiões produtoras menos conhecidas vêm redesenhando o mapa do vinho e colocando cenários exóticos no vasto universo do enoturismo. Se você já se apaixonou pelos destinos clássicos, imagina conhecer vinhedos nesses lugares, no mínimo, inusitados. Geórgia Quando falo de Geórgia, não é o estado dos EUA: refiro-me ao país entre a Europa e a Ásia, uma das regiões vinícolas mais antigas do mundo. Os arqueólogos encontraram evidências de produção de vinho a partir de 6.000 a.C., o que lhe rendeu uma posição na lista
RUA FERNANDO SIMAS, 340
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de Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco. Kakheti é a mais famosa região vinícola do país, com destaque para a cidade de Sighnaghi. Lá, os vinhos são fermentados em jarras de barro, resultando em um vinho um tanto diferente do habitual vinho ocidental. Índia Já pensou em fazer enoturismo na Índia? Dificilmente pensamos na Ásia como um destino vinícola, mas a Índia está começando a contar a sua história para os amantes do vinho, especialmente na região de Nashik, não muito distante de Mumbai. É lá, entre os templos esculpidos nas montanhas e planícies exóticas, que as variedades de Zinfandel e Sauvignon Blanc vêm se destacando. Mianmar Com apenas duas propriedades vinícolas, ambas localizadas perto do Lago Inle, próximas das montanhas Shan, que Mianmar está escrevendo sua história para o mundo do vinho. Canadá Próxima da cosmopolita Vancouver, está a região dos vinhos de Okanagan, lugar perfeito para fazer um passeio de bicicleta pelos vinhedos. Na cidade de Gold Rush, é possível conhecer uma vinícola degustando vinhos com uma vista incrível das colinas.
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JAN TAR DE TE RÇA À SÁ BA DO. A L MO ÇO DE SEX TA À DO MI N G O. topview.com.br
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ESTILO | GASTRONOMIA
Charutos por Stefan Deckert, colunista
CHARUTOS DO MÊS
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Desenvolvimento, tradição e respeito ao meio ambiente
Nas plantações de tabaco é possível perceber como a natureza é fator determinante para se produzir um bom charuto
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Partagas P2
Forte, Long Filler. R$ 100.
CUBA
Montecristo No. 2
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s charutos e a natureza são indissociáveis. Afinal, o produto é feito a partir de folhas de tabaco e os charutos premium são, inclusive, feitos à mão e sequer têm adição de produtos químicos. Para você ter uma ideia, o tabaco é hoje a principal planta não alimentícia cultivada no mundo. As folhas do tabaco possuem um tom verde-claro e crescem próximas ao chão e suas flores são verde-amareladas ou rosadas, variando conforme a espécie ou o solo. Em 2019, tive a chance de conhecer o berço da produção de tabaco no Brasil, o Recôncavo Baiano, região localizada em torno da Baía de Todos os Santos, uma reentrância no litoral da Bahia que inclui até a Região Metropolitana de Salvador. É no Recôncavo Baiano que estão as principais plantações de tabaco do Brasil e do mundo, um lugar repleto de história e com paisagens de tirar o fôlego. Foi nesse local, a partir do século XIX, que surgiu a indústria brasileira de charutos. A região foi a responsável, ainda, pela profissionalização, pela geração de renda e pelo desenvolvimento da economia de cidades como Cachoeira, Castro Alves, Cruz das Almas, São Gonçalo dos Campos,
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Sapeaçu, entre outras, cidades que compõem a chamada "Mata Fina", expressão que designa onde é produzido o melhor fumo para charutos do Brasil. Ano passado, como escrevi em colunas anteriores, tive a oportunidade de participar do Festival Origens, um dos grandes festivais de charuto do mundo, que acontece anualmente nas cidades de Cachoeira e São Félix, no Recôncavo Baiano. Lá, pude visitar plantações de tabaco e ver de perto como a natureza age. A fazenda da Dannemann, por exemplo, tem mais de mil hectares de plantação e nunca mais de 25% do solo é plantado ao mesmo tempo. A alternância é essencial para a boa qualidade do tabaco, assim como a irrigação do solo. As mudas são plantadas manualmente e técnicas tradicionais de agricultura, como o gado para lavrar a terra, são utilizadas. É uma experiência única visitar uma plantação de tabaco e ver de perto como passado e futuro caminham juntos. A lição que fica é que é possível unir desenvolvimento e tradição, sempre com respeito ao meio ambiente. E você, já visitou uma plantação de tabaco? Compartilhe comigo a sua experiência.
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Média-forte, Long Filler. R$ 120.
ESTILO | GASTRONOMIA O Kibô fica no lobby do Bourbon Curitiba Convention Hotel
Fachada interna do Kibô Japanese Lounge Bar
Kibô Japanese Lounge Bar é reinaugurado com nova proposta
por
Divulgação
TVBC
A presença da DJ residente Luíza Bernardi contribui para a atmosfera de descontração, perfeita para ver e ser visto, reunir amigos ou conhecer novas pessoas. Antonio Vezozzo, neto do fundador da Rede Bourbon e fi lho do presidente da Rede, Alceu Vezozzo Filho, está à frente do novo projeto. “Eu sentia falta de um lugar diferente em Curitiba, onde as pessoas se sentissem à vontade, com gastronomia, drinks e música de qualidade. Por isso, resolvemos reformular esse espaço, que já foi um dos pontos de encontro mais concorridos da cidade. O ambiente é envolvente e promete causar desejo em públicos de todas as idades. Além disso, abre-se um espaço para que os próprios curitibanos frequentem o hotel”, afi rma o jovem empresário. O funcionamento do Kibô Japanese Lounge Bar é de segunda a quinta-feira, das 18h às 23h; sexta-feira, das 18h às 2h; e sábado, das 19h às 2h. O novo espaço também tem uma entrada independente do hotel, facilitando o acesso dos clientes que não são hóspedes. Nas quintas e sextas, o lounge conta com a DJ residente, valorizando a experiência do público.
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xperimente o inesperado: esse é o conceito que deu início ao novo projeto do Kibô Japanese Lounge Bar, localizado no lobby do Bourbon Curitiba Convention Hotel. O japanese bar foi reinaugurado em sistema soft open em dezembro de 2019 e está aberto oficialmente para o público desde o dia 13 de março de 2020. O espaço traz uma atmosfera moderna e elegante que convida seus visitantes a desfrutar de novas experiências. Diversão, gastronomia e diferentes sensações defi nem o ambiente, que foi reformulado para ser o novo ponto de encontro da capital paranaense. Os destaques ficam por conta da gastronomia oriental contemporânea. Os pratos são elaborados com ingredientes frescos e inesperados, desde vieiras trufadas até acabamentos com ouro em pó. A carta de drinks, elaborada a quatro mãos pelo head bartender local, Marcelo Prantoni, vencedor do concurso de melhor caipiroska do Brasil, e pelo artista de coquetéis Romero Brito, fi nalista do World Class, maior campeonato de coquetelaria do mundo, instiga o desejo pelo novo e explora sabores inimagináveis, estimulando experiências únicas. Para fechar com chave de ouro, a música também fará parte da experiência.
PROMOTOP Os conteúdos assim indicados são materiais publicitários em formato nativo. A responsabilidade sobre as informações é do escritor e não expressa necessariamente a opinião da TOPVIEW.
Localizado no Bourbon Curitiba Convention Hotel, o espaço tem o objetivo de oferecer experiências únicas
KIBÔ JAPANESE LOUNGE BAR R. Cândido Lopes, 102, Centro, Curitiba | PR Tel.: (41) 99215-2779 @kibo.loungebar
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a seção de saúde, f itness, comportamento, família e goodness
EDUCAÇÃO NA FLORESTA Crianças que têm contato com a natureza são mais altruístas e apresentam mais preocupação com o meio ambiente, aponta um estudo realizado neste ano na Universidade de Sonora, no México. Pensando nisso, a escola estadunidense Waldorf criou o método Forest Kindergarten, "jardim de infância na floresta", que proporciona uma educação com atividades ao ar livre e em áreas verdes. Saiba mais sobre: bit.ly/EscolaWaldorf. 76
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Literatura por Julie Fank, colunista
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Boas Ações por Luciana Almeida, embaixadora
O agente transformador do Rio Atuba Diego Saldanha já retirou 5 toneladas de lixo do rio com o projeto Ecobarreira
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xiste uma grande diferença entre as pessoas que questionam e aquelas que efetivamente se manifestam para mudar uma situação. Diego Saldanha, de 33 anos, é um dos cidadãos que se preocupam com o meio ambiente e que, voluntariamente, propôs-se a transformar o poluído Rio Atuba. Apaixonado pela natureza desde criança, o vendedor de frutas tem um grande apreço pelo rio que corre próximo ao lar: as águas, ainda limpas, marcaram a sua infância. “Eu aprendi a nadar nele e percebi que ele estava morrendo aos poucos, precisava de ajuda”, relata. Por isso, em 2012, a paixão de Diego foi além e ele se fez ativista ambiental nas horas vagas. Essa atitude começou quando ele se inseriu ativamente na escola do filho, desenvolvendo atividades em prol da natureza. A indignação e a tristeza ao ver o Rio Atuba cada dia mais sujo despertou no ativista uma grande ideia: a criação da Ecobarreira. “Falei para meus filhos: ‘o pai vai construir uma barreira ecológica e vai tentar trazer uma vida melhor para o rio’. Eles apoiaram a ideia”, explica Diego. E assim o fez, em uma ação totalmente voluntária, em 2017. Inicialmente utilizando garrafas pet e uma rede, o vendedor de frutas criou uma barreira que impede a passagem do lixo pelo Rio Atuba. O sucesso do protótipo resultou na criação de um modelo mais resistente, agora feito com galões de 25 litros e redes mais sólidas. O desfecho dessa história é a retirada de cerca de 5 toneladas de resíduos do rio, de 2017 a 2020. Na peneira dos lixos, os mais diversos achados: carcaça de máquina de lavar, televisão antiga, fogão, embalagens de spray e capacetes, entre outros objetos que, definitivamente, não deveriam estar ali. Tudo o que Diego retira do rio é separado e destinado aos lugares corretos – ele inclusive criou um “Museu do
Lixo”, no qual exibe os itens retirados do rio. Uma ação brilhante como essa ganharia ainda mais força com o apoio da Prefeitura de Colombo e do Governo do Estado, entretanto, mesmo conhecendo a Ecobarreira, nenhum deles procurou Diego para apoiar o projeto. “Eu fico muito triste em “(...) o pai ver que a grande maioria das pessoas não está nem aí para o meio vai consambiente. Mas, de outro lado, fico feliz com o pessoal que está empe- truir uma nhado em mudar essa realidade. Eu barreira acho que estou fazendo parte dessa ecológica e mudança com as minhas iniciativas”, desabafa o vendedor. vai tentar Finalizando nossa conversa, ele trazer uma deixa uma reflexão importante e necessária: “Os rios são de todos vida melhor nós, por isso, cada um deve fazer para o rio.” a sua parte, como separar o lixo corretamente, não jogar óleo de cozinha na pia, parar de reclamar dos políticos e agir mais. Cada um faz um pouquinho e, assim, chegaremos lá.
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O retorno à natureza
Ela nunca saiu, de fato, de nós, mas alguns elementos nos dividiram em dois extremos: o ser humano de um lado e as outras formas de vida de outro. Agora presenciamos um movimento que busca mais conexão e proximidade com a natureza – e, consequentemente, com a própria essência humana por Maria Isabel Miqueletto
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eche os olhos e imagine uma floresta cheia de árvores diferentes, um riacho passando no meio da mata e o canto dos pássaros junto ao fluxo de uma cachoeira. Qual é a sensação que essa cena te traz? Comumente as respostas são relacionadas à tranquilidade. Mas, numa vida em sociedade cada vez mais veloz e urbana, nem sempre existe tempo – ou atenção – para viver esse tipo de momento. É nesse contexto, depois de anos de urbanização crescente e afastamento da terra, que nasce um movimento de retorno à ela. “Há essa volta dos valores humanísticos, relacionados a padrões naturalísticos. Isso é cíclico, há momentos da história em que os homens abandonam a natureza e depois voltam a ter relação – agora estamos em uma fase de revalorização”, observa Letícia Hardt, arquiteta, urbanista e especialista em arquitetura da paisagem. Esse movimento da busca por uma reconexão com a natureza é percebido em diversas manifestações. Seja em trazer plantas para dentro de casa, ter ações sustentáveis ou até buscar meios espirituais para se aproximar da terra. “Temos essa recolocação do homem diante dos recursos naturais, que vai para um universo muito grande, em ter um respeito e entendimento maior. O homem também é um animal, faz parte da natureza”, analisa Hardt, que também é
doutora em engenharia florestal na área de conservação da natureza. É a biofilia sendo reincorporada na vida cotidiana – até mesmo longe da floresta. O termo significa, ao pé da letra, “amor à vida” e foi proposto pelo filósofo alemão Erich Fromm no final dos anos 1960, época em que os impactos ambientais começaram a ser marcantes. Mas foi o biólogo estadunidense Edward Osborne Wilson que o popularizou, ao lançar a obra Biophilia (1984). Para ele, os seres humanos têm uma ligação emocional inata com outros organismos vivos e com a natureza. Em sua teoria, essa ligação está em nossos genes e se tornou hereditária. A teoria de Wilson é contestada por muitos, mas a proximidade do ser humano com a natureza, não. A evolução da nossa espécie, por exemplo, desde os primeiros habitantes, que viveram há cerca de 2,4 a 1,5 milhões de anos, está relacionada à biogeografia dos ambientes em que cresceram. A natureza sempre teve grande influência, e, mesmo em espaços urbanos, continua presente, mas de outras formas. “Tanto a arquitetura quanto a paisagem, por exemplo, são sempre feitas sob recursos naturais. Luz solar, ar, água da chuva, a casa está assentada sobre a terra… A cidade, a princípio, já tem uma conexão com a natureza, quer se queira ou não”, exemplifica Hardt.
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Aprender sobre com a natureza Edward O. Wilson, que popularizou o termo “biofilia”, defende que a nova economia não será baseada em computadores, mas na utilização de informações obtidas das variadas espécies que povoam o planeta. Essa é, na verdade, a premissa básica da biomimética, área da ciência que estuda as estruturas biológicas da natureza para utilizar esse conhecimento em estratégias e soluções de diferentes setores. A partir dessa perspectiva, deixamos de aprender apenas sobre a natureza e passamos a aprender com ela. “O processo industrial nos afastou desse movimento, mas sempre foi muito natural aprender com a natureza. Quando nos colocamos num patamar de superioridade em relação a outras formas de vida, a gente se desconecta e para de entender que existe muita sabedoria na natureza e que ela faz coisas sofisticadas para sobreviver”, constata Alessandra Araújo, bióloga, professora e especialista em biomimética. “Não vamos para a natureza só para obter matéria-prima para indústrias, essa é uma visão mecanicista. A biomimética vai obter conhecimento e não coisas.” A biomimética estuda a essência da natureza e inova por meio do biomimetical thinking, um primo da metodologia design thinking. “Ao invés de fazer um processo empático com as pessoas, fazemos um processo bioempático, consultamos a natureza para ver como ela resolve os problemas. Isso ajuda muito o ser humano a se tornar mais criativo e afiar mais a sua intuição”, conta Araújo. Esse conhecimento pode ser aplicado em todas as áreas, de tecnologias digitais a formas de captação de água, entre tantas outras. Isso sustenta, também, o mercado da chamada bioinovação e bioeconomia, que pensa em soluções sustentáveis e inovadoras utilizando recursos biológicos renováveis. Alessandra percebe a chegada de uma “biorevolução”, em que todos precisarão rever a maneira como produzem. “É uma tendência sem fim. Considerando o custo ambiental, não faz mais sentido. A própria evolução dos processos leva ao uso mais inteligente, de um olhar sistêmico, não mercadológico, das matérias”, afirma.
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“A nova economia não será baseada em computadores, mas na utilização de informações obtidas das variadas espécies que povoam o planeta”
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01 e 02. A Furf está trabalhando em um projeto com uso do Micélio, parte de um fungo, que está sendo testado pela Nasa para construir casas em Marte.
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Antonio Wolff, Ricarno Perini e Dibulgação
Coleção Outono. “Quando conseguimos unir a criatividade humana com a inteligência da natureza, criamos uma coisa épica.
“Quando a gente se aproxima dela [da natureza], de certa forma estamos nos aproximando da nossa própria essência. Por isso faz muito sentido a gente ficar cercado disso, porque ficamos mais perto de quem a gente é”
É essa a maior fonte de inspiração e conhecimento dos designers Maurício Noronha e Rodrigo Brenner, da premiada Furf Design Studio. “Quanto mais a gente descobre a natureza, mais vemos que ela é inteligentíssima, muito mais inteligente que nós, só que a gente é criativo. Então quando conseguimos unir a criatividade humana com a inteligência da natureza, criamos uma coisa épica. Uma coisa realmente humana, que traz o melhor da humanidade”, resume Rodrigo. A Furf já tem um “ecossistema” de produtos que estão ligados com a natureza. O último deles é a Coleção Raízes, que traz para dentro de casa árvores simbólicas montadas com cordas e chapas. Parte do lucro da coleção será destinada ao plantio de mudas de árvores nativas. A coleção Outono também coloca a natureza para mais perto: foi a primeira feita com biotecido de folha. O ensinamento mais recente que aprenderam nas “salas de aula” da natureza foi a respeito do micélio, que é parte de um fungo e está sendo testado pela Nasa como material para construir casas em Marte. “Quando se fala em trazer a natureza para mais perto, paramos para pensar que a gente é a natureza. Então, quando a gente se aproxima dela, de certa forma estamos nos aproximando da nossa própria essência. Por isso faz muito sentido a gente ficar cercado disso, porque ficamos mais perto de quem a gente é”, reflete Maurício. topview.com.br
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A (in)sustentável leveza do ser
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ão tem como falar sobre natureza sem tratar do cuidado que temos (ou não) com ela. Entra aí um termo que não podemos, igualmente, fugir: a sustentabilidade. Cuidar da natureza – e, consequentemente, da vida da nossa espécie e de todas as que conhecemos – passa pela quebra do status quo, que ainda mantém, em geral, um modus operandi de extração dos recursos naturais a qualquer custo. A exploração da natureza aumentou drasticamente durante a Revolução Industrial. A natureza já era vista como aquilo que nos serve, que está disponível para saciar nossas necessidades. Mas com a ascensão do capitalismo, o ser humano passou a ter uma maior capacidade técnica e científica para explorar os recursos naturais, como hoje. “A diferença é que hoje o ser humano é muito poderoso, temos um potencial de destruição absurdo. A natureza não nos aguenta mais”, analisa Anor Sganzerla, professor de Filosofia da PUCPR e do mestrado em bioética. Essa é, também, a visão ocidental dominante a respeito da natureza, presente até nos relatos bíblicos. Segundo essa tradição, os seres humanos herdaram um domínio sobre as outras formas de vida, ou seja, são os únicos moralmente importantes e elas não têm um valor por si só. Quem aponta isso é o filósofo australiano Peter Singer, um dos grandes pensadores a respeito do tema, em seu livro Ética Prática.
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“Mesmo se não quisermos mudar nossa lógica de consumo e produção, seremos formados nos próximos anos a rever tudo isso. É fato que esse modelo de hoje não vai conseguir se sustentar por muito tempo.”
A bioética surge com a proposta de suscitar reflexões e mudanças na forma como a sociedade e os cidadãos se relacionam com a natureza. “Sempre nos achamos no direito de usufruir de tudo que tem na natureza, mas dentro dessa bioética global nasce uma outra perspectiva”, explica Sganzerla. “A bioética é algo que incomoda, pois acaba sendo algo que se opõe a este modelo em que nós humanos passamos a dominar a natureza, opõe-se a essa exploração da natureza sem limites.” O conceito de bioética é recente e passou por várias mudanças ao longo dos anos, explica Sganzerla. Mas a concepção mais atual, chamada de bioética global, consiste no reconhecimento de que a saúde humana depende da saúde da natureza, cultural e social. Para o antropólogo Henrique Ressel, o que vemos é um salto de paradigma na maneira como encaramos a natureza. A cosmovisão predominante coloca o homem como o centro do universo, como um ser que está acima e fora da natureza. Mas, cada vez mais, a ciência e as espiritualida-
des (como temazcal, meditação, yoga, entre outras) estão mostrando que o homem é a natureza e está lado a lado com tudo, num círculo. “A humanidade está chegando num novo estágio de consciência para escolher como viver. Isso é uma troca de era. Foi-se a época do conhecimento, que agora está a disposição, e entramos numa era de sabedoria, para saber como usar o conhecimento. É um movimento da própria humanidade na Terra, e mais que isso, da própria Terra, ela em si está passando por transformações nítidas”, defende. Ressel também compartilha cerimônias nativas, yoga e meditação e fez sua dissertação de mestrado sobre as espiritualidades na atualidade. Em suas pesquisas, viu como nosso entendimento de mundo é estranho aos nativos americanos, por exemplo. “Eles não chamam a Terra de 'recursos naturais', eles chamam de Pachamama. Para eles, é uma família. Esse é o entendimento de vida na Terra, de que tudo está interconectado, de que os rios são irmãos e toda a cadeia de vida funciona com interdependência”, conta.
DICAS
PARA REFLETIR Três livros para refletir sobre bioética e nossa relação com a natureza, segundo Anor Sganzerla.
HANZ JONAS
“O PRIN CÍPIO RESPON SABILIDADE: EN SAIO DE UMA ÉTICA PARA A CIVILIZAÇÃO TECN OLÓGICA”
“O livro trata da necessidade de criar uma nova ética diante da sociedade tecnológica, que tem coisas boas, mas também destrói a natureza.”
ANOR SGANZERLA, PATRICIA MARIA FORTE RAULI E VALQUÍRIA EITA RENK
“BIOÉTICA AMBIEN TAL”
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“O livro foi organizado por mim [Anor] e colegas. Trata da nossa relação com a natureza, com a água, o sol, o solo, o meio ambiente.”
PETER SINGER
“ÉTICA PRÁTICA”
“O autor é uma das maiores referências no tema. O livro fala da relação dos humanos com a natureza e os animais.”
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“A ideia do homem tentando salvar o planeta Terra é um equívoco. Estamos falando de proteger a sustentabilidade da nossa espécie, a Terra vai continuar se adaptando.” A discussão se torna cada vez mais urgente quanto maior o nível de adensamento das construções nas cidades e das mudanças climáticas. Singer trata da chamada “ecologia profunda”, uma alternativa ao pensamento ecológico superficial, no qual o esforço de preservar a natureza é realizado para que o ser humano continue a usufruir de seus prazeres. Já na ecologia profunda, há um valor intrínseco na biosfera por si só, independentemente do que ela pode oferecer aos humanos. Propõe-se uma igualdade biocêntrica, em que todas as coisas têm o mesmo direito de viver e fazem parte de um todo, com todos os organismos e entidades integrados e tendo o mesmo valor. Os direitos da Pachamama Há sociedades e até Estados que encaram a natureza de outra maneira. É o caso da nova constituição do Equador de 2008. A principal mudança que ela traz é o conceito dos direitos da natureza: a partir de então, Pachamama (termo indígena que significa Mãe Terra), passa a ser tratada como um organismo vivo e, portanto, digno de tutela constitucional. Ou seja, passa a ser compreendida como sujeito de direito. Em suma, ela deixa de ser vista como “algo” e passa a ser vista como “alguém”. Na Constituição brasileira, ela é vista como um bem coletivo e quem é o sujeito do direito são as pessoas, que devem ter acesso a um meio ambiente saudável. Já na equatoriana, a própria natureza é a titular do direito. “Por mais que o índio seja visto como museu, algo do passado, a visão dele, na verdade, é a visão do futuro. É a preocupação com as próximas gerações
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O movimento Salve a Ilha do Mel surgiu em defesa da ilha, que fica no litoral paranaense, diante da possibilidade da criação da chamada Faixa de Infraestrutura, que prevê a construção de um complexo industrial portuário na região. A campanha, que envolveu centenas de pessoas, critica a ação, entre outras razões, pela necessidade de derrubada de área preservada de Mata Atlântica e por condenar os patrimônios natural e cultural do litoral do estado.
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e um entendimento dos ciclos da floresta. E nós estamos voltando para essa origem, para essa ancestralidade.” O pesquisador Sganzerla vê um grande avanço com relação aos animais e ao meio ambiente nos últimos anos e acredita que outros países farão o mesmo movimento realizado no Equador. “O desafio é grande porque precisamos de um novo paradigma, precisamos mudar o núcleo, que ainda compreende o direito de exploração humana sobre a natureza.” Inclui nessa lista o Brasil, que tem visto “as políticas nesse sentido só pioraram nos últimos tempos.” É preciso, então, transformar a maneira como pensamos em nosso uso do que a natureza tem. Sganzerla sugere parar de pensar essa relação a partir de uma perspectiva de abundância e começar a pensá-la de uma perspectiva de escassez. “Entende-se que historicamente a água seria abundante e sempre existia, por isso temos dificuldade de entender que ela pode acabar. Precisamos pensar em uma nova bioética a partir da escassez dos recursos naturais”, defende. “É fato que esse modelo de hoje não vai conseguir se sustentar por muito tempo. A ideia de que os recursos naturais são ilimitados é equivocada.” Outro caminho importante para essa ideia atingir o mainstream é a educação. Para Ressel, estamos ensinando a história errada. “O conhecimento que nos é colocado é de conquista e colonização do pensamento humano. A volta para a natureza é [um movimento de] descolonizar o pensamento, é ouvir a natureza. É o que qualquer espiritualidade está buscando também, ir além de si.”
“Sempre pensamos o ser humano separado e independente da natureza, o esforço é para pensar ele como parte da natureza.” topview.com.br
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Natureza: uma volta para casa “As pessoas buscam mais a experiência do sagrado do que ouvir alguém falar de algo que não tem proximidade. Entram aí as rodas de ayahuasca, temazcal, yoga... elas fazem parte de um mercado de atividades que buscam o wellness”
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m uma manhã de sol, algumas pessoas se reúnem para uma cerimônia de conexão com Pachamama, a Mãe Terra. Enquanto uma fogueira esquenta as pedras que serão usadas, os participantes se encaminham para dentro da tenda onde será celebrada. Depois de todos entrarem, os condutores convidam as pedras, que são posicionadas no centro do círculo, depois entram as ervas e, por fim, a água. Então a pequena porta se fecha e o vapor que vem da água em contato com as pedras quentes preenchem o espaço junto com as vozes entoando cantos ameríndios. A cerimônia representa a experiência do ventre da Pachamama, a origem de tudo. O temazcal, conhecido também como tenda sagrada, é um ritual de purificação do corpo e simboliza a possibilidade de um renascimento para si mesmo, um resgate da própria natureza humana. “É considerada uma cerimônia de origem, porque todos temos uma gestação e um nascimento – e tem
essa mãe em comum, que é a vida na Terra e a natureza, que oferece tudo o que precisamos para viver”, explica Henrique Ressel, que, além de antropólogo e professor, é condutor de temazcais. Há registros da realização dessas cerimônias há pelo menos 10 mil anos e era muito praticada pelos ameríndios, como os astecas, toltecas e maias. Durante a colonização, chegou a ser proibida, já que não condizia com a crença dos europeus. Mas continuou sendo realizada entre diferentes povos, todos baseados na mesma premissa de se ouvir e se conectar com a natureza. Com a fundação das primeiras igrejas nativa americanas, o ritual começa a se espalhar entre os não indígenas, chegando até o Brasil. O wellness indo além de estar na floresta, mas, também, em ter uma conexão espiritual com ela. “O temazcal hoje faz parte de um grupo de práticas que estão num contexto amplo de resgate da natureza
original e humana, a linguagem mais ampla de nova espiritualidade”, pontua Henrique. “Em termos de estudos sociais, vemos que hoje as pessoas buscam mais a experiência do sagrado do que ouvir alguém falar de algo que não tem proximidade. Entram aí as rodas de ayahuasca, temazcal, yoga... elas fazem parte de um mercado de atividades que buscam o wellness. É o bem estar visto como algo global, não apenas físico, mas mental e espiritual.” O ser humano muda a partir da necessidade, alega Henrique, e é justamente ela que impulsiona esse movimento de busca por conexão e entendimento do indivíduo no cosmos. “Nessa aceleração dos nossos tempos, perdemos a ‘medicina da natureza’ e tudo está cada vez mais artificial”, opina. No Japão, cientistas indicam um “banho de floresta” como medicina preventiva e as matas como locais de tratamento. O médico imunologista e diretor da Sociedade Japone-
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Henrique Ressel e Shutterstock
01. O temazcal tem origem ameríndia, mas hoje é difundido entre pessoas sem ascendência indígena que anseiam uma experiência mais profunda com a natureza. 02. Henrique tem uma tenda para temazcal em seu quintal, em uma área urbana de Curitiba.
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sa de Medicina Florestal, Qing Li, é um dos estudiosos e defensores da técnica shinrin-yoku. Ele investiga os efeitos da natureza para lidar com o estresse. Outro estudo, desta vez da China, realizado em 2017, na Universidade de Hong Kong, apontou que crianças muito jovens mostravam sinais de problemas de saúde mental. Uma das razões, acreditam os especialistas, diz respeito ao estilo de vida: eles estariam com “déficit de natureza”. O estudo conduzido pelo pesquisador Tanja Sobko foi publicado na revista PLOS ONE. A cura que vem da terra A ayahuasca é outra “medicina da floresta” que tem recebido atenção no universo ritualístico das terapias alternativas. O chá, preparado e consumido como parte de rituais xamânicos, é feito a partir do cozimento de duas plantas da Floresta Amazônica: o cipó jagube ou mariri e as folhas da rainha ou chacrona. A bebida, de origem indígena, é muito procurada por conta de suas propriedades terapêuticas – e chegou a conquistar adeptos em Hollywood e no Vale do Silício. Entre eles, Lindsay Lohan, Sting e Paul Simon. Muitos que têm a experiência contam como o chá possibilitou a superação de traumas nunca vencidos de outras maneiras. A tradição, que era mantida entre povos indígenas, expandiu-se entre os não indígenas, que formaram outras doutrinas, como o Santo Daime, o Centro Espírita e Culto de Orações Casa de Jesus Fonte de Luz, as Barquinhas e a União do Vegetal. O chá tem efeito enteógeno, altera a consciência de quem o ingere.
“As pessoas buscam mais a experiência do sagrado do que ouvir alguém falar de algo que não tem proximidade. Entram aí as rodas de ayahuasca, temazcal, yoga... elas fazem parte de um mercado de atividades que buscam o wellness”
03. A experiência dentro da tenda é dividida em quatro etapas, marcadas pela abertura da porta ao final de cada uma.
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Augusto de Lavigne e Henrique Ressel
No Brasil, a ayahuasca é regulada e legalizada apenas para rituais religiosos, desde 2004. Ela é reconhecida juridicamente pela resolução número 5 do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD). O xamã Rudá Iandé começou a estudar espiritualidade aos 19 anos. Passou por tantas religiões que chegou a se perder no caminho – até se encontrar no xamanismo. Depois de muitos anos na floresta trabalhando com o lado tradicional da prática espiritual, hoje ele desenvolve ferramentas para lidar com o mundo moderno. “O estilo de vida que nós criamos está nos escravizando. O ser humano está cada vez mais focado em trabalho, desenvolver carreira, alcançar sucesso, realizar metas. É um caminho que não traz muita realização para a alma, exaure muito”, pontua. O objetivo do xamã é tirar as pessoas desse estado de “hipnose” para que se aproximem da própria essência. Em suas práticas, entre outras medicinas, utiliza o famoso
chá. “O ayahuasca é uma medicina incrível, de uma tecnologia maravilhosa, porque te mostra o que você é em contraste com como você está. Te ajuda a sair desse estado de hipnose e experimentar um aspecto mais profundo e essencial do teu ser, te reconecta com a vida em si”, destaca. Desde a década de 1990, o chá tem digo usado no tratamento da dependência e existem diversos estudos científicos acerca do tema e de usos terapêuticos da bebida. Brasil e Espanha conduzem estudos notáveis com a ayahuasca. Por outro lado, há preocupação com a matéria-prima. A reportagem “Os millennials e o comércio da espiritualidade estão destruindo a ayahuasca”, publicada pela VICE, aponta que a alta demanda local e internacional do chá colocou o cipó em risco de extinção e a triplicar seu preço. As contestações A série The Goop Lab, lançada este ano pela Netflix, trata da eficácia de terapias alternativas para doenças físicas e mentais. Antes mesmo
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“Não é a espiritualidade em si que está em jogo. O autoconhecimento se tornou um mercado como tudo que existe hoje, porque esse é o sistema vigente e não se sobrevive sem se jogar esse jogo.” 90
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de sua estreia, houve pedidos de cancelamento e muita discussão nas redes sociais pela trama discutir afirmações e procedimentos não comprovados cientificamente. Simon Stevens, diretor-executivo do serviço público de saúde britânico chegou a acusar a produção de disseminar “mitos” e “desinformação”, representando um “risco considerável à saúde” dos espectadores. A Netflix argumento que há um aviso no seriado A ciência, de fato, não valida todas as práticas e rituais. Para Rudá, a máxima do “penso, logo existo”, que é seguida pela medicina, é limitada. “Nós temos uma medicina que é fantástica, mas ela se limita dentro de um espectro. Nas estruturas da nossa ciência nós condicionamos perceber e estudar o mundo somente a partir do nosso intelecto. Mas o intelecto é só um dos nossos elementos de cognição. Nós temos inteligência emocional, inteligência corporal, inteligência instintiva, infelizmente isso não é validado”, contrapõe. Ele ainda acrescenta que vê o xamanismo também como ciência, mas que abre espaço para outras nuances, como a intuição. “O xamanismo não é uma ciência para ser estudada a partir do intelecto. O xamã vai desenvolver outros sentidos e níveis de percepção e cognição”, argumenta. Um novo mercado Uma pesquisa divulgada no ano passado mostra que o mercado do melhoramento pessoal movimenta quase US$ 10 bilhões anualmente nos Estados Unidos. A estimativa é que o número ultrapasse os US$ 13 bilhões até 2022. Os dados são da Market Research. Essa é uma das críticas aos movimentos espirituais que cobram por seus serviços. Eles estariam criando um comércio da espiritualidade. O xamã vê nesse pensamento uma herança espírita de que qualquer coisa espiritual deve ser de graça. Mas, ao estarem inseridos em um sistema capitalista, quem oferece seu tempo nisso também precisa de dinheiro para sobreviver. “Para uma pessoa desenvolver um trabalho sério, que possa auxiliar no caminho da cons-
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ciência e ter um impacto positivo sobre outro ser, vai precisar de recursos para se desenvolver, estudar e viver sua vida”, analisa. “Não é a espiritualidade em si que está em jogo. O autoconhecimento se tornou um mercado como tudo que existe hoje, porque esse é o sistema vigente e não se sobrevive sem se jogar esse jogo.” Mas não nega a existência de pessoas que tiram proveito da espiritualidade unicamente em benefício próprio. “Existem os xamãs verdadeiros e os charlatões.
Henrique Ressel
Um verdadeiro xamã não vai te curar, ele vai te mostrar a sua própria força e as suas próprias ferramentas para que você encontre sua saúde e o seu equilíbrio, essa é a diferença”, compara. A jornada xamânica com Rudá nos Lençóis Maranhenses custa R$12.000. O xamã descreve a experiência como “um retorno ao ritmo natural da vida e um mergulho na alma da natureza, um retiro para silenciarmos o nosso ser e realinharmos nosso pulsar com a sabedoria natural da Mãe Terra”.
04. O temazcal celebra também dois elementos sagrados: o fogo e a água
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Cidades biofílicas e a natureza em contexto urbano
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s obras arquitetônicas e grandes cidades tem provocado impactos nos recursos naturais, o que deteriorou a conexão com a natureza. A partir disso, a biofilia surge como uma tendência na arquitetura e no urbanismo para retomar essa relação. Não trata-se, porém, apenas de sustentabilidade, mas de uma visão holística, que leva em conta a saúde e bem estar. É o que defende Ormy Hütner Júnior, arquiteto e urbanista sócio da Tellus Arquitetura Sustentável. “Procuramos com a arquitetura e paisagismo promover a reconexão das pessoas com a terra, com o planeta, com Gaia, no sentido sistêmico dessa relação. A arquitetura ecológica foca no indivíduo e sua relação com o entorno, sempre vai trazer elementos bióticos (como as plantas) para propiciar essa reconexão”, resume. As cidades biofílicas trazem a natureza para perto e, com isso, utilizam-se de seus diversos benefícios. “Estamos falando de usar os telhados e paredes verdes, ter hortas urbanas, aumentar a arborização, abrir os rios que hoje estão canalizados. São formas de criar uma infraestrutura muito mais saudável, que vai tornar as cidades mais resilientes”, defende Ormy. O arquiteta ainda exemplifica com as enchentes, que poderiam ser evitadas com investimento em áreas verdes.
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01 e 02. Os telhados verdes são soluções biofílicas para minimizar enchentes, diminuir ilhas de calor e aumentar o conforto sonoro.
Chris Barbalis | Unsplash
Do ponto de vista da edificação, há um melhor desempenho térmico ao optar por telhados e paredes verdes, deixando as temperaturas mais amenas tanto no verão quanto no inverno. Além disso, elas servem como biofiltro, pois são capazes de absorver os poluentes do ar, inclusive os cancerígenos. As plantas podem também promover conforto acústico, além de serem produtivas, como as hortas verticais. Elas ainda diminuem as zonas de calor nas cidades e aumentam a qualidade do ar, principalmente onde há grande número de automóveis. As cores também influenciam. Ao usar vegetações de cores quentes em lugares frios pode dar a sensação de mais calor. “O verde, na teoria das cores, promove repouso, relaxamento, as pessoas se tranquilizam. Colocado estrategicamente em determinados ambientes pode ajudá-las a ter mais tranquilidade mental. A presença das plantas é bem conveniente”, ressalta Letícia Hardt, arquiteta e doutora em engenharia florestal. Se o ambiente quer gerar estímulo, pode optar então pelo uso de plantas com flores de outras cores. Trazer a vida de volta “As pessoas querem morar e trabalhar em ambientes que são favoráveis à vida. A biofilia traz de volta esses elementos verdes para um resgate da biodiversidade dentro do contexto urbano. Quando trago elementos vivos, estou trazendo vida de volta. Com
“As pessoas querem morar e trabalhar em ambientes que são favoráveis à vida. A biofilia traz de volta esses elementos verdes para um resgate da biodiversidade dentro do contexto urbano. Quando trago elementos vivos, estou trazendo vida de volta.”
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der a questão do saneamento básico. Ainda assim, é um cenário que está mudando, os profissionais estão percebendo a necessidade de mudar esse paradigma”, observa. Há, também, uma questão psicológica no convívio com as plantas, aponta Letícia. “Tem pessoas que conversam com as plantas, elas se sentem conectadas com outro ser vivo, assim como conversam com seus pets, que também não entendem as palavras”, analisa. “A ideia é maximizar a sensação de bem estar em relação a outros seres vivos.”
Para a edição 2019 da mostra “Arquitetura para Curitiba”, a Tellus Arquitetura Sustentável propôs soluções biofílicas para resgatar e revitalizar a área do Centro Cívico, no trecho entre o Passeio Público e o Bosque do Papa. A proposta inclui um parque, que se estende ao longo da Avenida Cândido de Abreu, representado pelo chamado Corredor Verde, e o resgate do rio Belém. São utilizadas soluções como wetlands, jardins de chuva, telhados e paredes verdes, além de arborização urbana para recuperar e aproximar novamente o rio à população de Curitiba, com espaços de convivência e opções mais saudáveis de mobilidade, resgatando a biodiversidade original.
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Tellus Arquitetura Sustentável e Nadine Primeau | Unsplash
isso, começo a restaurar um ecossistema que foi perdido”, resume Ormy. Há outros benefícios intangíveis nessa relação. O arquiteto aponta que ambientes públicos com paisagismo e muito verde reduzem a criminalidade e os níveis de estresse dos cidadãos. Cingapura é um dos maiores exemplos mundiais no planejamento voltado à biofilia. “Algumas cidades do mundo estão sendo pioneiras em investir nessa biofilia. É ver a biofilia é uma política pública. Hoje [em Cingapura] eles estão colhendo resultados do que investiram décadas atrás, é como se o mundo estivesse atrasado”, frisa. Para ele, a solução é os gestores públicos entenderem a importância do tema e criarem ferramentas de incentivo. “A gente ainda não consegue criar o IPTU verde, por questões burocráticas. O Brasil ainda está muito atrás, não consegue nem aten-
Da terra para o prato
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alimentação também entra na onda do wellness. Há um número expressivo de pessoas que estão repensando seus hábitos alimentares, pois já notaram o impacto além da cozinha e do próprio corpo – e até mesmo com relação à saúde e o que cada tipo de alimento traz ao organismo de fato. O clean eating, ou, em português, a alimentação limpa, tem como premissa básica consumir comidas in natura, inteiras e não processadas. “Comer de forma mais limpa gira em torno da manutenção de uma dieta balanceada e personalizada que inclui comida não processada. As comidas in natura te deixam satisfeito e também te dão energia, enquanto que as calorias vazias – como as encontradas nos alimentos ultraprocessados – dão uma carga de energia imediata mas logo levam a uma queda de energia, que vem seguida de fome”, resume Renata Braga, que é health coach em nutrição integrativa. Além de ganhos na saúde, como prevenção de doenças crônicas, pele mais limpa, aumento de energia, perda de peso, sono melhor e unhas e cabelos mais fortes, a principal transformação que o clean eating provoca diz respeito ao estilo de vida. “Mais do que simplesmente seguir uma dieta, essas pessoas fazem escolhas de estilo de vida mais sustentáveis e melhor para elas quando escolhem comer de forma mais limpa”, aponta Renata. “Elas querem viver de forma melhor seu dia hoje, mas também ter uma expectativa de vida melhor, sem doenças que estão relacionadas ao estilo de vida.” Outros regimes alimentares, como o veganismo, tentam ajudar o planeta ao reduzir a exploração de recursos. Por mais que não seja o foco principal, que reside na ética animal, há na diminuição das carnes, em especial vermelhas, um aspecto sustentável também. “É natural que quando a pessoa procura comer de forma mais limpa, venha junto tudo isso: , cuidado animal, veganismo, aí ela vai escolher qual linha ela acredita”, analisa Renata. “Pensar na procedência dos alimentos é uma consciência geral sobre tudo isso, também sobre o impacto social da alimentação.” Não existe uma dieta restrita para aderir ao movimento da alimentação limpa, mas Renata pontua algumas dicas para reduzir a exposição a produtos químicos, hormônios e ingredientes muito processados.
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Limitar a quantidade de carboidrato refinado Para comer mais limpo, o ideal é tirar, ou ao menos diminuir, a quantidade de comida branca, aquelas feitas com açúcar e farinha de trigo. Esse grupo reúne a maior parte das sobremesas que contém açúcar branco e grãos refinados, como arroz branco, além das comidas que têm farinha branca, como massas, salgados, pães, bolachas e bolos. Equilibrar o prato Todas as refeições devem ter proteína, carboidrato e gordura. Isso pode ajudar a manter um bom nível de açúcar no sangue e evitar desejos fortes por alimentos específicos. Entre os alimentos ricos em proteína, estão carnes, peixe, ovos, tofu e leguminosas, como feijão e lentilha. As gorduras boas incluem abacate, azeite extravirgem, castanhas e sementes. E os bons carboidratos, grãos integrais, vegetais verdes, como brócolis, aspargos e batata doce, e leguminosas. Priorizar a qualidade ao invés de quantidade O clean eating enfatiza qualidade ao invés de quantidade, posto que nem todas as calorias são iguais. Ao fazer a escolha por alimentos inteiros, é mais fácil manter o consumo de calorias em um nível apropriado para o corpo, e o resultado é uma manutenção de peso saudável. “É fácil comer um pacote inteiro de salgadinho, mas comer cinco laranjas de uma vez só é, na verdade, bem difícil. Vê a diferença?”, questiona.
Kevin Mccutcheon e Sharon Pittaway | Unsplash
“A maneira como você faz uma coisa é a maneira que você faz tudo. É isso com a saúde também, se você busca isso [alimentação limpa], é mais fácil você se relacionar com outras formas de autocuidado. Elas estão interligadas”
Comer alimentos in natura e inteiros A health coach indica escolher alimentos inteiros, aqueles que vêm diretamente da natureza e não precisam de embalagem, e in natura, em que são obtidos diretamente de plantas e animais e não sofreram qualquer alteração após deixarem a natureza. Mas leva em consideração, também, que esse é o mundo ideal – mas em um mundo possível, diante da vida urbana com excesso de atividades e falta de tempo, é possível optar, então, pelos minimamente processados. “A gente tem que aproveitar a parte boa que a indústria alimentícia tem a oferecer. São alimentos in natura que, antes da nossa compra no mercado, foram submetidos a alterações mínimas”, observa. Entre os minimamente processados estão grãos secos, raízes e tubérculos lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e molho de tomate. Neles não há acréscimo de sal, açúcar, gorduras hidrogenadas e outros aditivos químicos. Cozinhar em casa “Quando você cozinha é praticamente garantida uma refeição mais nutritiva”, ressalta Renata. Isso porque comidas preparadas em restaurantes frequentemente levam mais sal quando comparadas às comidas que o indivíduo prepara em casa. Em um restaurante também é difícil saber a qualidade dos ingredientes usados. Para quem é marinheiro de primeira viagem na cozinha, a dica é começar com o simples e, aos poucos, experimentar novos pratos.
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Smoothie energético Smoothie energético 1 limão 2 folhas de couve (batidas com suco de 1 limão e 50 ml de água) 1 caqui 1 banana média ou a mesma quantia de abacate 50 g beterraba cozida (uma beterraba pequena ou meia grande) 1 colher de sopa de aveia 1 colher de chá de linhaça 250 ml leite vegetal de sua escolha Modo de preparo: Bater todos os ingredientes e consumir imediatamente.
Para preparar em casa Conversamos com a chef Gabriela Carvalho, do Quintana Gastronomia, que compartilhou três receitas de smoothies deliciosos para dar o pontapé inicial em uma dieta clean eating. “São preparos de rápido resultado, excelente absorção e ótima nutrição”, resume. A chef indica que os batidos não substituam todas as refeições. Os ingredientes podem (e devem!) variar de acordo com a estação, qualquer item pode ser incluído ou substituído por outro orgânico disponível. Bom apetite!
Smoothie da falta de tempo para uma refeição ¼ de xícara de folhas de espinafre branqueados 1 xícara de feijão branco cozido, sem tempero (ou outra leguminosa cozida, sem tempero e com caldo) 1 banana 1 batata doce cozida ou assada (inhame ou batata) 1 colher de chá de chia 2 colheres de sopa de aveia 1 colher de sopa amendoim (ou pasta de amendoim) 200 ml de água ou água de coco Modo de preparo Bater todos os ingredientes e consumir imediatamente. Smoothie para reforço imunológico 1 colher de chá de gengibre picado 1 colher de chá de cúrcuma em pó 2 folhas de couve ou espinafre orgânicos 1 maçã orgânica com casca 1 limão (bater folhas com limão e maçã e coar) ½ xícara de frutas vermelhas (morango, mirtilo ou amora) 1 abacate 1 colher de sopa de mel de abelha de origem 1 xícara de água de coco ou outro líquido de sua escolha Modo de preparo: Bater todos os ingredientes e consumir imediatamente.
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A mulher se torna mãe “Muitas mudanças ocorrem no seu corpo desde o momento da concepção e isso cobrará uma ação, tanto f ísica quanto emocional” por TVBC
DICAS
GRAVIDEZ Durante:
Consumir água Ter acompanhamento obstétrico Ter companhamento nutricional Controlar o peso Hidratar a pele
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diárias do período gestacional, sem contar o que acontece depois do ápice, mais conhecido como parto. Questões como controle de peso, alimentação, boa hidratação e, ainda, um plano de atividades podem fazer a diferença nas formas corporais do pós-parto. De acordo com o Dr. Eliseu, é depois que chega o bebê que será possível ver o reflexo do que aconteceu durante todos os meses da gestação. “Depois do parto, o organismo leva pelo menos 40 dias para se recuperar dos efeitos da gestação. A mulher fica debilitada, devido ao próprio parto e à privação de sono, por conta dos cuidados com o bebê. Há, ainda, o próprio aleitamento, que literalmente suga. Por tudo isso, é imprescindível manter a alimentação balanceada e variada e começar com atividades físicas aos poucos e sob orientação.” Com o auxílio do Dr. Eliseu Portugal, buscamos dicas para que esse período, em momento algum, seja de preocupação e o foco, quase que exclusivo, recaia na saúde do bebê. Para isso, é importante lembrar que é necessário estar preparada, de maneira leve, mas essencial.
Pós:
Consumir água Ter uma alimentação balanceada Começar com atividades físicas: caminhadas, RPG e atividades físicas; Fazer drenagem linfática (ajuda a reduzir a retenção de líquido no corpo e diminui os inchaços típicos da gravidez, auxiliando, assim, na redução da celulite).
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naquele momento, sozinha em um banheiro, em casa ou onde a ansiedade permitir, com um teste de farmácia na mão, que nasce uma mãe. A confirmação por exames ratifica o que já se sabe: tudo vai mudar a partir de agora. Mas, dessa vez, exclusivamente nesse contexto, vamos tratar o “tudo” sem falar dos desafios de estar com um bebê: hoje a conversa é especificamente com a mulher. Aqui, o assunto não é a maternidade, mas, sim, a mulher que se tornou mãe. Sim, hormônios e corpo fazem parte do pacote que eleva o patamar de mulher para mulher e mãe. Estar preparada antes, durante e depois fará a diferença. “Muitas mudanças ocorrem no seu corpo desde o momento da concepção e isso cobrará uma ação, tanto física quanto emocional. A forma para manter-se ativa durante todo o processo de gravidez é importante para garantir uma gestação tranquila e até um parto mais preparado”, relata o médico Eliseu Portugal, que atua na área de comportamento alimentar, estética e fisiologia do envelhecimento. Mais do que a preocupação com o corpo pós-gestação, há a necessidade de lidar com as mudanças
Desde os primeiros dias de pós-gestação, tenha em mente a importância de hidratantes para firmar a pele, com D pantenol, vitamina E, óleos vegetais e silícios orgânicos. Após a fase de amamentação podemos entrar com tratamentos para as estrias e a flacidez, tais como peeling, carboxiterapia, laser Lavieen, radiofrequência ULTRAFORME III, estimulação russa e plataforma vibratória, aliados à nutrição e as reposições vitamínicas.
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SELF | SAÚDE
Cirurgia Plástica por Sandro Beira, colunista
Escultura de Fernando Botero na praça de Santo Domingo, em Cartagena das Índias.
Cirurgia plástica vs. obesidade
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adolescente volta a sorrir e os seus pais respiram mais tranquilos agora que o sobrepeso foi superado com alimentação saudável e bons hábitos alcançados com a prática de exercícios físicos associados ao esporte, afinal, vencer o campeonato de tênis foi o ápice do trabalho de um treinador comprometido e do envolvimento de toda a família. Foram alguns anos de muita dedicação para controlar essa forte tendência, que já trouxe várias complicações de saúde para diversos membros da família. A obesidade é uma doença crônica e como tal a sua prevenção deve ser iniciada logo na infância, em que os hábitos familiares e a hereditariedade se manifestam na alteração de peso e na forma do corpo. A tendência ao isolamento e a pressão sofrida pelo bullying perpetuam um círculo vicioso de baixa autoestima e compulsão alimentar. O resultado é a transformação dessa situação, a obesidade, em um problema grave de saúde pública a nível mundial. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), existem atualmente cerca de 700 milhões de obesos e a projeção a nível mundial para 2025 será de 2,3 bilhões de adultos com sobrepeso. Estudos apontam que, no Brasil, 52% da população tem excesso de peso, 20% são obesos e aproximadamente 4% são considerados portadores de obesidade severa. Esse universo de pessoas apresenta associações com as chamadas doenças metabólicas, que incluem diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia. Por se tratar de uma situação de saúde complexa, múltiplos tratamentos são empregados nos casos de obesidade severa, incluindo procedimentos endoscópicos que 100
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limitam a capacidade gástrica e as cirurgias bariátricas, que reduzem o tamanho do estômago ou desviam o trânsito do alimento. A cirurgia plástica trata o contorno corporal e facial e, por consequência, é a especialidade médica habilitada para auxiliar na melhora estética e funcional por meio de tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos. A técnica de resfriamento seletivo das células de gordura chamado coolsculpting pode ser considerada no tratamento de áreas de acúmulo de gordura após a perda de peso em pessoas de diversas faixas etárias, tanto para homens quanto para mulheres. A lipoaspiração, procedimento cirúrgico de indicação e execução exclusivas do cirurgião plástico, tem por objetivo reduzir o número de células de gordura nas regiões indicadas, promovendo uma melhora da qualidade do contorno corporal. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica possui normas de respeito e segurança ao paciente, que são levadas em consideração na realização desse ato médico, o qual possui um risco potencial ao paciente quando executado fora dos critérios amplamente estudados pela ciência médica. Os pacientes que sofreram grandes perdas ponderais ou até mesmo que obtiveram essas perdas após a realização de cirurgias bariátricas poderão se beneficiar de cirurgias no contorno corporal, que incluem a abdominoplastia, mamoplastia e outras técnicas, conforme a avaliação individual. A cirurgia plástica pode ser utilizada para atingir uma melhora da autoimagem e da autoestima de todos aqueles que passam por uma transformação facial e corporal no curso do tratamento da obesidade.
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Qual o papel da cirurgia plástica no tratamento da obesidade?
poder
a seção dos bastidores econômicos e políticos, além do social view
N AT U R E Z A B R A S I L E I R A E M D U B A I O pavilhão Brasil, na feira World Expo Dubai 2020, que é realizada nos Emirados Árabes a cada cinco anos, vai receber um investimento de 25 milhões de dólares. O projeto do espaço, assinado pelo arquiteto brasileiro José Paulo Gouvêa, tem como inspiração as águas do Rio Negro e a natureza da Região Norte do país. Projeções, sons, aromas e variações de temperatura vão proporcionar aos visitantes uma experiência de imersão na natureza brasileira. 102
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PODER | NEGÓCIOS
Marketing por Beto Cesar, embaixador
Deixe meu time ir surfar O estudo sobre o comportamento humano é uma tendência do marketing que busca fazer a economia girar
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marketing vive de observar e tirar proveito de ondas de comportamento e consumo. Passada a onda tecnológica que nos deixou ultraconectados, com iPhones, iMacs e AirPods, demos conta que exageramos no mergulho tecnológico e nos afastamos de nossa essência. O resultado disso foi que o pêndulo balançou para o outro lado e voltamos a valorizar a biofilia, nossa necessidade de estar em contato com a natureza e com o que vem dela. Chegar até aqui foi um processo de aprendizado a duras penas. Nunca havíamos visto tanta gente com doenças mentais, como depressão, e alimentares, como obesidade. A toxicidade de ter se afastado do que é real e natural nos foi escancarada com um grande susto. Foi aí que estudar nossa relação com o corpo e a mente deixou de ser um tabu e virou tendência. O marketing percebeu isso e ressignificou esses comportamentos com palavras como
wellness e mindfulness. Para materializar o que é wellness e mindfullness um mercado inteiro de opções foi criado (ei, o marketing é sobre produtos e serviços que fazem a economia girar, não se esqueçam). Diariamente, nascem produtos focados nesse tema — e acreditem: assim vai ser assim por um longo período. De óleos essenciais extraídos de folhas a feiras de alimentos orgânicos ou viagens de experiências, como cozinhar em um vilarejo de Bali em sua lua de mel, existe um crescente apetite da população para esse tipo de consumo. Cabe agora o questionamento do que você pode fazer na sua empresa para aproveitar essa onda, direta ou indiretamente. Se conselho for de alguma valia, o meu seria conectar o seu produto ou serviço aos nossos 5 sentidos. A natureza é generosa em nos proporcionar essa conexão. Ao irmos à praia, por exemplo, sentimos a textura da areia, o cheiro do mar, o sabor da água salgada, o som das ondas batendo nas pedras e o visual do horizonte no qual o mar encontra o céu. Essa combinação nos preenche por ser real, completa e integrada, bem como produtos e empresas deveriam ser. Se não for para criar um produto ou serviço ligado à biofilia, adapte o seu escritório ou empresa a esse desejo. Crie áreas verdes de descompressão, aposte na aromaterapia com óleos essenciais, prepare um chá de folhas (além do café), ensine e pratique a meditação e, claro, de tempos em tempos, leve teu time para a natureza. Ainda temos muito o que aprender com ela. 03.
01.
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01. O hábito de fazer compras em feiras de orgânicos gera conexão entre o ser humano e a natureza. 02. Viagens e experiências são produtos totalmente ligados à biofilia.
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03. Esse blend da Moncloa é a fórmula da felicidade em forma de chá.
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PODER | NEGÓCIOS
Negócios por Bethânia Gilsoul, embaixadora
Como aumentar seus lucros com a biofilia
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ocê sabe o que é biofilia? Biofilia é um termo que significa “amor pela vida”. É a necessidade que sentimos de estar em contato, interagir e nos relacionar com a natureza. Estudos comprovam que, quando se une o ambiente de negócios com à natureza, existe um aumento da lucratividade. Isso se deve ao bem-estar que a biofilia propicia ao ser humano, baixando o nível de estresse e a pressão sanguínea e aumentando a criatividade. Além do aumento da produtividade em ambientes corporativos, a biofilia pode ser mais rentável também no varejo. Isso ocorre porque a lucratividade está muito relacionada à experiência do cliente. Particularmente, considero a experiência do cliente um ponto mais poderoso do que qualquer marketing sobre o produto. E vai muito além de estratégias de relacionamento entre o seu negócio e os consumidores. 104
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É importantíssimo atentar-se para todos os pontos de interação e identificação do consumidor com seu produto e serviço. A biofilia vem sendo usada para gerar essa experiência positiva no cliente e aumentar a receita. É algo inerente ao ser humano o contato mais próximo com a natureza. E essa interação atinge tanto o aspecto físico quanto o emocional. A compra é emocional e está ligada à experiência do cliente. Portanto, criar ambientes sentimentalmente positivos faz com que os lucros aumentem. Dessa forma, existe aí não somente o ato da compra, mas uma entrega de felicidade. Veja cinco dicas para não errar na hora de utilizar a biofilia no ambiente comercial: 1. Faça um planejamento a longo prazo. Estabeleça um orçamento anual, com estratégia e eficiência, sobretudo nas datas comemorativas, como Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, entre outras. 2. Saiba as soluções de plantas
que o mercado oferece. Uma consultoria especializada pode indicar as melhores soluções de acordo com as necessidades do cliente. 3. Não utilize plantas com alto grau de manutenção. Acertar nas plantas aplicadas significa reduzir o custo de manutenção, uma vez que o nível de interferência externa acaba sendo menor. Imagine colocar uma planta que necessite de luz natural em um ambiente fechado. É importante uma boa escolha para não pesar no orçamento. 4. Contrate uma empresa especializada em paisagismo. Um bom projeto é extremamente necessário e vai muito além de comprar plantas. É preciso pensar o paisagismo como um todo. 5. Contrate um paisagista ou arquiteto à disposição. É compreensível que ter esse profissional no quadro de funcionários seja um custo adicional, mas, por outro lado, essa consultoria sempre disponível pode ser um fator de sucesso para o paisagismo comercial.
Kurt Schlosser, NBBG.
A interação com ambientes naturais pode aumentar a receita e a produtividade de uma empresa
A união entre ambientes de negócios e a natureza é sinônimo de produtividade e até mesmo de lucratividade.
MINHAS DICAS
DO MÊS
FILME
WALT AN TES DO MICKEY
O filme conta a história de Walter Elias Disney antes do sucesso. Conheça a difícil trajetória do empreendedor até conseguir criar seu primeiro grande sucesso: o Mickey Mouse. Acesse o QR Code para assistir ao trailer do filme.
LIVRO
ZAPPOS: EN TREGAN DO FELICIDADE
O que dizer de uma empresa em que o chefe paga dois mil dólares para os candidatos desistirem do treinamento se não estiverem satisfeitos? E, ainda, em que o mesmo chefe resolve pendengas de clientes? Conheça a Zappos, uma empresa online que vende sapatos e entrega felicidade.
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EM PARCERIA COM
Novos negócios na área da saúde
Apesar de já ser um dos empresários mais renomados do setor de manipulação de cosméticos, Wagner Noda está sempre se atualizando e de olho na inovação por TVBC
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agner Noda é farmacêutico, administrador, empresário e proprietário e diretor das farmácias Apparenza e Pura Essência. Wagner também é palestrante e mentor do Projeto Jovem Empresário, atendendo startups do Condor Connect e do Laboratório de Inovação em Inteligência Empreendedora, o Labiie, utilizando toda a sua expertise na área da saúde para fomentar novos negócios através da sua rede de relacionamentos. Formou-se em Farmácia pela Universidade Federal do Paraná (2004) e foi trabalhar com seus pais, ambos farmacêuticos, na farmácia da família especializada em dispensação, denominada Farmácia 29 de Março. No entanto, Wagner sempre teve um perfil empreendedor e, ainda na faculdade de Farmácia, em sua apurada visão para os negócios, já sabia que era necessário um pouco mais para gerir uma farmácia, de forma que concluiu sua segunda graduação, desta vez em Administração, pela FAE Bussiness School (2005). Sua capacidade e visão para os negócios o conduziram naturalmente pelo universo empreendedor e surgiu a oportunidade de investir em um negócio de manipulação, do qual ainda em 2005, Wagner se tornou proprietário. Trata-se da Farmácia Marina. Sempre buscando a excelência em qualidade e inovação, Wagner deixou sua criatividade trabalhar. Nesse período, ele fez diversos cursos na área, buscando aperfeiçoamento profissional constantemente. Logo o crescimento profissional também começou a gerar resultados para o negócio e, ainda em 2005, devido ao exponencial aumento do número de clientes, o empreendimento precisou passar por uma reestruturação geral. Mudou de endereço, adquiriu novas rotinas e novos fluxos e foi criada a Farmácia Pura Essência, com uma estrutura adequada aos novos padrões de vigilância e com recursos modernos e avançados. Sempre atento às novas tendências de mercado, Wagner procurou implementar os processos mais inovadores em seu negócio. Observando uma necessidade de mercado, a farmácia começou a se inserir no setor dermatológico, criando bases com toques exclusivos e diferenciados e utilizando o que havia de mais moderno em ativos dermatológicos e embalagens práticas e sofisticadas. Com sucesso em suas frentes até aquele momento, Wagner arriscou em outro setor, abrindo, em 2007, uma filial voltada exclusivamente a formulações homeopáticas, localizada na região do Batel, que contava com um laboratório de última geração em homeopatia e florais.
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Muito ativo e sempre procurando novos desafios e oportunidades, Wagner tornou-se proprietário da farmácia Apparenza, uma farmácia de manipulação cosmética e farmacêutica fundada em 1990. Esse novo desafio exigiu que Wagner se profissionalizasse ainda mais. E, dos resultados da sua qualificação e do seu perfil empreendedor, Wagner construiu com a Apparenza um dos mais modernos laboratórios do país, atendendo a todos os rigorosos processos de controle de qualidade e utilizando matérias-primas de procedência qualificada, garantidas e avalizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. O Laboratório de Manipulações Cosméticas e Farmacêuticas continua suas atividades, investindo em tecnologia, em capacitação humana e na qualidade e procedência dos princípios ativos das substâncias que compõem os medicamentos. Além disso, principalmente fundamentado na ética, desenvolve um padrão de manipulação e atendimento que permitiu conquistar a preferência dos clientes, a confiança da classe médica e o respeito da sociedade. Uma das características mais marcantes de Wagner, além de sua excelência empreendedora, é o seu compromisso com a ética e a cidadania. Wagner, além de manter em suas empresas uma política e uma prática de responsabilidade ambiental, também é solidário às causas sociais, apoiando o Amigo da Criança, o Hospital Evangélico de Curitiba e o Instituto AMA. Querendo que outros empreendedores também possam gerar condições de emprego e renda, Wagner já disponibilizou o espaço dos seus laboratórios para incubar startups mentoradas, financiando trabalhos para desenvolvimento do MVP (Minimun Viable Product) e validando com a sua rede de contatos de médicos parceiros da farmácia, além de trabalhar em conjunto no desenvolvimento de produtos inovadores e exclusivos. Hoje, Wagner Noda é um dos empresários mais renomados do setor de manipulação de cosméticos, sempre requisitado pelos melhores especialistas da área para prestar os seus serviços de manipulação, bem como oferecer o seu know-how por meio da promoção de cursos, eventos e palestras. Conectado e empreendedor de novos negócios, utiliza com inteligência as suas conexões, gerando sempre novas oportunidades, tanto para ele quanto para os seus parceiros, em um trabalho colaborativo. E com Wagner é assim mesmo: pode esperar mais novidade por aí em 2020.
PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
O compromisso com o futuro do planeta por meio dos investimentos verdes
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ivemos em um momento em que o mundo respira a palavra "sustentabilidade", com consumidores que procuram cada vez mais empresas que possuam políticas alinhadas às necessidades do planeta. Além de ser uma tendência que valoriza a imagem institucional do empreendimento, também gera retorno para os investidores. No mercado financeiro, é possível aplicar seus recursos em ações de instituições verdes, também denominadas Investimentos Socialmente Responsáveis (SRI). Assim, temos acesso a empresas que pensam no futuro sustentável e geram valor para o acionista em longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. A procura por investimentos verdes vem crescendo nos últimos anos. Nos Estados Unidos, essa atividade no mercado financeiro já acontece desde a década de 80 e vem se fortalecendo ao longo dos anos. De acordo com um relatório de 2018 da US SIF Foundation — Fórum de Investimentos Sustentáveis
e Responsáveis —, US$ 12 trilhões foram investidos nos EUA seguindo os princípios SRI. Outra pesquisa da instituição citada mostra que, no início de 2018, os investimentos sustentáveis nos principais mercados (Europa, EUA, Japão, Canadá e Nova Zelândia) atingiram US$ 30,7 trilhões em ativos. No Brasil, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) surgiu em 2005 e foi pioneiro na América Latina. Ele busca criar um ambiente de investimento compatível com as demandas do desenvolvimento sustentável da sociedade, além de estimular a responsabilidade ética das corporações. A BM&FBovespa é responsável pelo cálculo e pela gestão técnica do índice no país e avalia anualmente as empresas para compor a seleção de ações sustentáveis. Entre os critérios avaliados para essa seleção, estão: o relacionamento com empregados, fornecedores e a comunidade, governança corporativa e o impacto ambiental de suas atividades. Além das ações na Bolsa de Valores, o mercado financeiro conta com os Títulos Verdes, ou
Green Bonds, que são títulos de dívida usados para captar recursos com o propósito de implantar ou financiar projetos capazes de trazer benefícios ao meio ambiente ou contribuir para amenizar os efeitos das mudanças climáticas. No entanto, vale lembrar: quando o investidor opta por uma carteira de ativos com empresas verdes, não significa que ele não está pensando no retorno financeiro. Pelo contrário: ao aplicar seu capital no mercado financeiro, a intenção, também, é alcançar a rentabilidade, elegendo as empresas sustentáveis como preferência. Seja por comprometimento pessoal ou por acreditar que essas empresas possuem mais chances de permanecerem produtivas pelas próximas décadas e que sofrerão menos passivos judiciais com ações ambientais, trabalhistas e sociais, os investimentos verdes ajudam a cobrar das iniciativas privadas políticas que colaborem para o futuro sustentável do planeta. Se você precisa de mais informações sobre investimentos verdes, entre em contato com os agentes de investimentos da Allez Invest.
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PODER | POLÍTICA E ECONOMIA
Política por Marc Sousa, colunista
Sair às ruas é um atentado à democracia?
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resposta para o título desta coluna é, obviamente, não. Mas, na amência que domina parte da discussão política, o óbvio precisa ser dito e repetido. Um vídeo compartilhado em um grupo de WhatsApp bastou para que boa parte do establishment se sentisse ameaçado. Mas, afinal, o que diz o vídeo? A mensagem de um minuto e meio – disponível a todos na internet – não faz ataque a nenhuma instituição. Não fala em fechar o Congresso ou colocar tanques nas ruas. Faz duras críticas à corrupção, toma lá, dá cá, chantagens. Aí está o problema: aquela história da carapuça que serve. Eles mesmos se entregaram. Ora, um parlamento que exige R$ 30 bilhões do dinheiro público para votar pautas importantes está fazendo o quê, se não chantagem explícita? Se o Congresso tem problemas, o povo deve exercer o direito democrático de tomar as ruas. O vídeo defende apenas a essência da democracia.
FR AS E D O M Ê S
“Nós não podemos aceitar estes caras chantagearem a gente o tempo todo.” General Augusto Heleno, Ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, sobre a relação do Governo com o Congresso
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CURITIB A NA GUE RRA TECNOLÓ GIC A
E STATAL PARA CUIDAR DE PEDÁGIOS
PRECISAMOS FALAR SOBRE DOEN ÇAS RARAS
A capital paranaense pode sediar um Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro. Os estudos de implantação já estão adiantados e o local escolhido foi o Forte do Pinheirinho, que já abriga o Comando Militar da Região Sul.
Essa é a proposta do deputado estadual Romanelli (PSB). Ele quer criar uma empresa de economia mista controlada pelo Estado, pois, assim, o lucro do pedágio ficaria aqui. As novas concessões das rodovias paranaenses vão ocorrer ao longo do ano.
Está saindo do forno o novo livro da advogada Rosângela Wolff Moro. Doenças Raras: Consultar, Envolver e Atender traz um panorama completo sobre o tema no Brasil e cutuca o poder público e iniciativa privada a dar mais atenção ao assunto.
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Rafaela Biazi, Jorge Woll | DER, André Januzzi | Casa Hunter
PARA ACOMPANHAR
PODER |
JURÍDICO
Jurídico por Sandra Comodaro, embaixadora
Governo e empresariado de mãos dadas
Guto Silva, chefe da Casa Civil do Paraná, mostra a relação cuidadosa que o Governo tem construído com os empresários
Patricia Klemtz
A
trajetória do secretário-chefe da Casa Civil do Paraná, Luiz Augusto Silva, não vem das tradições políticas familiares. Pelo contrário, sem nenhum estadista na linhagem, Guto começou a carreira de forma despretensiosa e, hoje, é exemplo de líder nato. Confira a entrevista que realizei para esta edição. Quais são os projetos de lei em andamento no Paraná? Eu divido a agenda legislativa em dois momentos. No ano passado, nós nos preocupamos em colocar ações prioritárias nos fundamentos do Governo. Fizemos a maior reforma administrativa do Brasil (de 28 para 15 secretarias), aprovamos o fim da Licença-prêmio, a Reforma da Previdência, tudo para que o estado tenha liquidez. Isso demonstra seriedade e compromisso com o caixa em médio e longo prazo. Neste ano, a agenda política acompanha a agenda legislativa: são ajustes pontuais de leis que vão mobilizar determinada área. Eu destacaria o videomonitoramento das grandes obras, com possibilidade de acompanhamento online e a criação de uma delegacia para evitar maus-tratos aos animais. Será um ano marcado pela eficiência das políticas públicas. Houve incentivos fiscais concedidos no ano passado? A nossa meta para os quatro anos era captar 40 bilhões em investimento privado. Isso foi trabalhado com o Paulo Rabello, ex-presidente do BNDES. Ele estruturou uma consultoria no início do ano passado e nós estamos perseguindo alguns indicadores. Fechamos 2019 com 23 bilhões, então fizemos metade em um ano. O Paraná passou a ser o destino número um de empresas internacionais, de acordo com a Apex Brasil, além de ser o destino que mais recebeu investimentos internacionais. Existe um olhar do Governo para que as empresas do interior do estado consigam suportar
a crise do coronavírus? O setor da agroindústria tem uma realidade diferenciada na tributação e o estado tem uma linha muito forte para estimular a diversificação da nossa matriz econômica, seja na proteína animal ou em outra atividade do agronegócio. O nosso objetivo é dar esse estímulo para que um estado que produz tanto não fique sempre refém de manobras comerciais, barreiras tarifárias ou de qualquer subepidemia. Qual é o tempo médio para a abertura de empresas no Paraná hoje? Duas horas, no máximo um dia. Começamos 2019 com 2,5 mil processos acumulados. Então, criamos o programa Descomplica, que tem o objetivo de simplificar a vida de quem quer produzir. Tudo “O Paraná isso permite gerar mais emprego e demonstra que o Estado está organi- passou a ser o zado e amigável ao empresário. destino número Como você pretende manter um de empreo estado do Paraná competitivo frente aos demais? Nós vamos sas internaciotrabalhar sob demanda de forma cusnais, de acordo tomizada. É uma pena que, muitas vezes, a guerra fiscal prejudique o com a Apex estado em determinados segmentos. Brasil (...)” Enquanto a Reforma Tributária não vem, nós não podemos prejudicar as empresas que estão aqui. Precisamos permanecer atrativos, com infraestrutura e condições tributárias, para que as empresas possam se instalar aqui. Cada empresa é uma realidade. Estudamos com cuidado ações complementares às que temos para manter o Paraná competitivo e atrair investimentos privados.
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por Marcos Slaviero, colunista
AGITO E D IVERSÃO
CARNAVAL EM FLORIPA
O Carnaval da Posh foi de festas animadas até o sol nascer. A balada recebeu gente do Brasil inteiro em Jurerê Internacional e contou com grandes DJs.
Luiza Lelis.
Lucaz Hollanda.
DJ Louie Vega.
Luisa Marques e Maria Laura.
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Mari e Edo Krause.
Luísa Bristot.
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Sandra Bronzina.
Naila Garcia.
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Eventos por Ana Claudia Michelin, embaixadora
O Studio Gafas alia duas paixões: moda e óculos de sol
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e o primeiro par de óculos, com lentes escuras e armações pesadas e desconfortáveis, surgiu da necessidade de aprimorar a visão, hoje, com estruturas leves e nos mais diversos formatos, eles com certeza já fazem parte de outro propósito: o da identidade individual. Muitas pessoas têm aquele acessório marcante que é “a sua cara”, seja ele um lenço estampado, um brinco ornamental ou até mesmo o formato gatinho do óculos para aquelas que adoram um visual retrô. Cada pequena parte que compõe um look carrega um pouquinho daquilo que somos. Marcela Almeida, a criadora do Studio Gafas, tem carinho pelo acessório que, logo, tornou-se sua marca registrada: os óculos de sol. Desde pequena, foi alucinada pelo mundo da moda e, quando adolescente, esse amor começou a ser dire01. O Studio Gafas foi inaugurado em 2016 e fica no bairro Batel. 02. Entrevista com Marcela sobre moda, negócios e tendências. 03. Marcela Almeida escolhe pessoalmente tudo o que oferece no Studio Gafas.
cionado aos seus acessórios preferidos. Ao escolher sua graduação, não houve nenhuma surpresa: design de moda era sua vocação. Assim, aos 24 anos, inaugurou sua sonhada multibrand em 2016, localizada no bairro Batel, e, desde então, realiza uma curadoria incrível de modelos de marcas internacionais e também de marcas independentes inéditas para o público curitibano. Além disso, desde 2018, devido à procura e aos pedidos dos clientes, oferece também modelos de grau na loja. Marcela faz questão de escolher tudo o que está na loja, desde cada modelo exposto até as peças de decoração. Essa dedicação pelo que faz se estende ao atendimento de cada pessoa que visita o Studio Gafas. É assim que o objetivo de trazer autoestima e satisfação para o rosto de cada cliente ao encontrar o par perfeito se cumpre.
“Os óculos são nosso cartão de visita, são um acessório que expressa e declara nossa personalidade.” 01.
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PODER | SOCIAL VIEW
por Felipe Casas, colunista
A RQ U I TE TU R A
O NOVO OPEN LOUNGE BY BEEFEATER 24 DO +55!
Drinks by Beefeater 24.
Lívia Bertoldi, Amanda Jacobovicz, Luiza Ling e Maria Eduarda Fontana.
Marcela Padilha.
Felipe Casas, Alice Prado e Vitória Pontes.
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Milena Tkatsch.
Marcella Campos e Luiza Odebrecht.
Projeto de Paulo Freitas.
Jenny França
Paola Herrera.
O novo ambiente do +55 recebeu assinatura de marca do gin Beefeater 24 e convidados para o coquetel de lançamento. O projeto foi assinado pelo sócio e arquiteto da casa, Paulo Freitas.
SELF | SAÚDE
O que você precisa saber sobre o coronavírus e a MERS (Middle East Respiratory Syndrome) em 2012. Ainda assim, estamos conhecendo o comportamento deste novo sorotipo do vírus, por isso muitas informações e conhecimentos são adquiridos conforme o curso da doença. A nova pandemia, assim reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi descoberta em dezembro de 2019, após o registro de casos em Wuhan, na China. A grande facilidade no contágio e na transmissão da doença foi responsável pela disseminação do vírus para os países da Europa e, consecutivamente, outras dezenas de países até chegar ao Brasil, no início do mês de março. Em momentos de angústia como este, é importante se atentar aos órgãos responsáveis por informações oficiais, como a OMS, que tem preconizado orientar formas de prevenção e controle da doença. Por isso, é de suma importância a chamada etiqueta respiratória: o uso de álcool em gel para higiene das mãos antes de tocar o rosto, evitar tossir ou espirrar nas mãos, protegendo com lenços ou direcionando
para o antebraço, e usar máscaras caso apresente algum sintoma respiratório. A máscara orientada para uso da população geral é a máscara comum, que protege contra contato com gotículas respiratórias. A máscara N95 está reservada para profissionais de saúde que atendem doentes mais graves, que possam gerar aerossóis. Para pessoas que viajaram para áreas com casos de COVID-19 (China e Europa, principalmente) e apresentam sintomas respiratórios, é recomendado atendimento médico imediato, sem reservas, além de isolamento domiciliar até melhora dos sintomas. Apesar de várias linhas de estudo estarem em andamento, ainda não existem vacinas que protejam contra a infecção, nem antivirais completamente validados para tratamento dos casos atuais. O tratamento, mesmo de casos mais leves, deve ser acompanhado por equipe médica.
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novo coronavirus (COVID-19) está dando o que falar nos últimos meses: mais que um problema de saúde pública mundial, impactou de forma marcante o mercado econômico e o trânsito de pessoas ao redor do mundo. Segundo fontes oficiais, o número de infectados até este último domingo (08 de março), chegou a mais de 100.000 pessoas, com mais de 3.500 óbitos relacionados à doença. A China, país originário deste novo tipo de coronavírus, desponta com mais de 80% destes casos, acompanhada da Coreia do Sul, Austrália, França e outros países da Europa. O novo coronavírus (COVID-19) está dando o que falar nos últimos meses: mais que um problema de saúde pública mundial, está impactando de forma marcante o mercado econômico e o trânsito de pessoas ao redor do mundo. Entretanto, o vírus não é uma ameaça completamente desconhecida, já que foi responsável por duas epidemias historicamente conhecidas, a SARS (do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome) em 2002
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Especialista esclarece a nova pandemia
PODER | SOCIAL VIEW
por Roberta Busato, colunista
AGI TO
CARNAVAL, CASAMENTOS E LANÇAMENTOS
Janaína Michelato e Saulo Furlan no Baile do Copa, no Rio de Janeiro.
Lançamento do novo AUDI Q3 na Audi Center Alto da XV. Roger, Corinna e Carolina Pedroso recepcionaram convidados para um coquetel.
Cecilia Cavalcanti e Daniel Silva se casaram nas Filipinas com uma cerimônia íntima.
Curitibanas na África do Sul: pre-wedding Amanda Garbers e Bernardo Grein.
Bernardo e Luana Cury Boni na África.
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Leticia Athayde e Otávio Von der Osten também estavam presentes na cerimônia na África.
Curitibanos e catarinenses invadiram o Carnaval de Salvador 2020.
Bernardo Grein e Amanda Garbers também disseram "sim" fora do país. O casal comemorou as bodas na África.
Carolina Nacli e Antoine Abouhamad no casamento de Amanda e Bernardo na África.
Enrico e Thay Milani com as filhas, Giulia e Laura, que foram damas de honra no casamento na África.
Mana Gollo e Roberta Busato
O último mês foi supermovimentado e também marcado por muitos momentos dentro e fora do Brasil. Confira!
SOCIAL VIEW | PERSONALIDADES
MULHERES
WORKSHOP DE MAQUIAGEM
A Todeschini ofereceu um workshop de maquiagem para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Várias convidadas participaram da aula, ministrada pela maquiadora profissional Andreia Zocaratto, e aprenderam a fazer uma make versátil, que pode ser usada tanto de dia quanto de noite.
Valter e Andreia Zocaratto.
Luciana Olesko, Suely Ruon, Andrea Benthien, Ana Cris Ávila, Andreia Zocaratto, Valter Zocaratto, Renata Fraidg, Juliana Marques e Maria Fernanda Porisso
Ana Cris Ávila, Andrea Benthien, Renata Fraidg, Juliana Marques e Andreia Zocaratto.
Andreia Zocaratto.
Renata Fraidg e Suely Ruon.
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Luciana Olesko, Suely Ruon e Maria Fernanda Porisso.
Luciana Olesko e Maria Fernanda Porisso.
Andrea Benthien e Juliana Marques. topview.com.br
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PODER | SOCIAL VIEW
por Nadyesda Almeida, colunista
L ANÇAM ENTO
JOIE DE VIVRE A coleção de inverno da Mixed celebra a alegria de viver. O lançamento movimentou a loja da marca no Pátio Batel. O anfitrião, Aron Degtiar, além de mostrar todas as peças maravilhosas da coleção, também ofereceu um belíssimo coquetel para clientes e amigas.
Barbera van der Tempel e Rosi Malczewski.
Norma Camargo e Tina Gabriel.
Tieme Sugizawa.
Ana Paula Lemos.
Dani Caron.
Lucélia Viale e Esther Casagrande.
Luciana Martins de Oliveira.
Naideron Jr. | Ryco
Beth Choueri.
Virginia Almeida.
Auro Ottoni, Ana Claudia Michellin e Aron Degtiar.
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Cris Fontoura.
Adriana Lorenzon.
Aron Degtiar, Mariana Oliveira Tawil e Zorah Dalcanale.
• Avalia com eficácia a massa corporal; • Mede a densidade dos músculos, gordura, ossos e água do corpo inteiro. • Auxilia médicos e outros profissionais da saúde na aferição de sua boa forma. • Realizado em todas as idades, sem restrições.
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SOCIAL VIEW | PERSONALIDADES
por TOPVIEW LANÇAMENTO
FESTA NA LAJE
Auro e Aron posam com os carros da OPENPOINT Volvo Cars.
Luciana Almeida, Aron Degtiar e Hallison Almeida.
Aron Degtiar, Tina Gabriel, Denise Remor e Jandira Khury.
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Emmanuelle Bertoldi e Fernando Silva.
Os apresentadores Auro Ottoni, Gabrielle Comandulli e Aron Degtiar.
Duda Slaviero, Wendi Caetano, Aron Degtiar, Auro Ottoni, Ana Claudia Michelin, Bethânia Gilsoul e Karol Schubert.
Ligia Lagos e Ryco
No mês de março, a TOPVIEW realizou o lançamento da websérie Se Juntos Já Causam, com Auro e Aron. Intitulado Festa na Laje, o evento foi produzido por Tina Gabriel e aconteceu no Queen Victoria, da Construtora San Remo. A festa, que foi embalada pelo DJ Nizo Gomide, teve o patrocínio da OPENPOINT Volvo e também contou com os parceiros Freddo Gelateria, Ornare, Jo Malone, Casa França e Vox Festas.
Lolita e Ricardo Amaral.
Aline e JoĂŁo Carlos Perussolo.
Aron Degtiar, Marilis Borcath, Sandro Faggiani e Auro Ottoni.
Karla e Mario Petrelli.
Aron Degtiar e Marcus Yabe.
Carlos Nogueira e Margit Soares.
Ana Lemos e Aron Degtiar.
Aron Degtiar e Priscila Fleischfresser. topview.com.br
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SOCIAL VIEW | PERSONALIDADES
por TOPVIEW
Mariana Oliveira e Danuza Hauer.
Juliana Dalcanalle, Aron Degtiar, Aline Perussolo, Dani Leão e Isabella Dalcanale.
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Rodrigo e Mariana Gaião.
Auro Ottoni, Patricia Tressoldi, Karla Petrelli, Aron Degtiar e Mario Petrelli.
Bethânia Gilsoul, Patricia Bigolin, Ana Claudia Michelin, Michelle Jamur e Amanda Capellani.
Ligia Lagos e Ryco
Eva Perotta e Tiami Sugisawa.
Vinicius Alves, Nizo Gomide e Guilherme Beat.
Marcelo e Juliana Vosnika.
Paulo Figura e Ana Turmina.
Renata Martinez, Fer Couto e Tayse Martinez.
Marcele Poiani e Barbera van den Tempel.
Claudia MagalhĂŁes, Aline Perussolo e Luciana Bazan.
FĂĄtima, Caroline e Cris Castellon.
Cayo Nilsen e Adriano Tadeu Barbosa. topview.com.br
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MÊS DA MULHER
ARTEFACTO REALIZA EVENTO ESPECIAL
Convidadas reunidas no evento Mulheres Autênticas na Artefacto.
Dra. Joana Iarocrinski, Andressa Gulin, Talita Nogueira e Heloisa Albertotti.
Carla Góes, Teresa Cardoso e Heloisa Garrett no primeiro mentoring de 2020 do LIDE.
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Ana Cristina Avila, Ingrid Moskalewski, Dra. Joana Iarocrinski e Karen Mueller.
Ney Braga assumiu a presidência da ADVB-PR.
Heloisa Garrett, Nathalie Hoffamann, Carla Góes, Wendy Caetano, Davielli Machado, Rafaela Lupion e Deborah Delatorreado.
Divulgação, Rubens Nemitz
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Artefacto Curitiba realizou um evento especial. Confira quem participou e também tudo que rolou no último mês em Curitiba.
Arquitetas Kathlen Ribas Durski e Anna Loyola no lançamento da nova vitrine da Artefacto.
Ingrid Moskalewski, gerente da Artefacto Curitiba, recebeu o empresário Guido Garcia no lançamento da nova vitrine Beach e Country.
Marcia Almeida no almoço promovido pela Stil Haus.
O casal Rodrigo e Mariana Gaião, da Stil Haus.
Frederico Loss e Mônica de Moraes Campos, novos sócios da Allez Invest.
Leandro Rosa, arquiteto e gerente da NPK SP, e os diretores da empresa, Debora Merhy e Eduar Merhy Neto.
O Núcleo Paranaense de Decoração reuniu convidados no Cinépolis do Pátio Batel para um café da manhã. No evento, foram apresentadas as estratégias e atividades previstas para 2020 e também foi lançado o Programa NúcleoGO.
Conselho do Núcleo Paranaense de Decoração: Wilson Elias, proprietário da Ton Sur Ton, Leandro Lorca, proprietário da SCA, Eviete Dacol, proprietária da InoveDesign e Eduardo Calcagnotto, proprietário da Florense Carlos de Carvalho. topview.com.br
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LE CLUB
CLUBE DE BENEFÍCIOS DA TOPVIEW É LANÇADO NO MERCADO A TOPVIEW apresentou o mais novo produto da casa: o Le Club, um clube de estilo de vida multiplataforma que faz jus à marca! O lançamento aconteceu no NH Curitiba The Five e teve a presença de grandes parceiros, clientes e imprensa.
Marcus Yabe apresentando o Le Club.
Dra. Bettina Sanson.
O evento foi prestigiado por parceiros, clientes e imprensa.
Marcus Yabe e Ana Claudia Michelin.
Jonas Natanael e Michel Willian
Claudio Stringari, Renata Malucelli, Lorena Nogaroli e Patricia Tressoldi.
Acesse o QR Code e confira tudo sobre o Le Club.
Marcela Carvalho e Amanda Kaseker.
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Andresa Roberta.
Fernando Schwertner.
LANÇAMENTO 24% de proteínas. Muito mais energia. Proteção para as articulações e proteção imunológica. Auxilia na queima da gordura. Não possui corantes.
nutridanialimentosoficial
PODER | SOCIAL VIEW
por Wilson de Araujo Bueno, colunista
Gente que acrescenta Sensibilidade, criatividade e bom gosto traçam o perfil da designer de interiores Fabianne Brandalise em seus projetos. Diretora da ABD – Associação Brasileira de Designers, divide-se entre os escritórios de Curitiba e São Paulo. Ela é casada com o conceituado oftalmologista e professor da Universidade Federal de São Paulo, Rubens Belfort Mattos Junior, que, desde 2019, é presidente da Academia Nacional de Medicina.
Com ampla formação em piano, Lucia Schiffer Durães vem, há anos, perscrutando o mundo do gênio lírico alemão Richard Wagner, trabalho que resultou em diversas publicações. Já pronto, tem novidades à bibliografia desse compositor clássico, que em breve lança. Trata-se da obra Guia do Ouvinte – Tristão e Isolda.
Sempre presente em Curitiba, que o encanta como cidade, pelos amigos, os antiquários, que o fascinam, o jornalista goiano Jota Mape, recentemente, foi o centro de almoço, no Rio, no address da heráldica e elegante Nininha Nabuco Magalhães Lins, neta do abolicionista Joaquim Nabuco. Na foto, Cristiana Nabuco Magalhães Lins Renault, Jota Mape, a anfitriã e Mariza Mirza.
Dínamo de sensibilidade, que estimulou a expansão da arte contemporânea em Curitiba, com sua galeria, no Design Center Batel, Zilda Beltrão Fraletti comemora 35 anos na área. Neta de um prefeito de Curitiba, é pioneira com seus consórcios, estimulantes à aquisição, e, igualmente, elogiada pela programação da galeria, com palestras ministradas periodicamente por mestres das artes.
“Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.” 1 Pedro 3:11 128
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“O amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte.” Antoine de Saint-Exupéry
Divulgação
Reflexao
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AGENDA
EVENTOS DO LIDE PARANÁ
O primeiro mentoring do LIDE Mulher aconteceu no Lady Lord do Ecoville e contou com a presença da dermatologista Carla Góes. Ela falou sobre sororidade, foco e resiliência para as convidadas. Na foto, Carla está com a presidente do LIDE Paraná, Heloisa Garrett.
Rubens Nemitz
Comemorando o Dia da Mulher o palestrante convidado foi Flávio Tavares, um dos maiores nomes em tendências de comportamento do Brasil e fundador do Welcome Tomorrow. Na foto, Manu Mourão, Silvia Barcik, Flávio Tavares, Heloisa Garrett, Evelyn Machado e Mira Graçano.
As filiadas do LIDE Mulher e os filiados do LIDE Futuro participaram do W The Future, no qual puderam conhecer a operação da TROC, o maior brechó online do Brasil. Na foto Luanna Toniolo e Heloisa Garrett.
O Engenheiro Ricardo Cansian abriu as portas da RAC Engenharia para os filiados do LIDE Futuro conhecerem a empresa, que é referência em sustentabilidade e governança. Na foto, os sócios Eduardo Gabilan, Heloisa Garrett, Karina Simioni, Ricardo Cansian e Leon Le Senechal.
No primeiro mentoring do Lide Futuro em 2020, os filiados puderam conhecer a trajetória do empresário Beto Madalosso e os desafios de empreender na gastronomia.
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O LIDE Paraná promoveu uma série de eventos no último mês. Confira os destaques.
O primeiro Business Dinner realizado pelo LIDE Paraná foi um encontro intimista de filiados no Restaurante Badida, no qual foi discutido o tema Gestão Eficiente de Caixa pela expert da XP, Vivian Sesto, que esteve em Curitiba a convite da Valore Investimentos.
PODER | PAPO FINAL
Gabriel Raad Cofundador e diretor geral da Construtora Laguna desde 2000, Gabriel é graduado em Ciências Econômicas pela FAE e tem MBA em Gestão pela Estação Business School. Ele é membro da Young President Organization desde 2018 e participou de uma imersão no Vale do Silício pela Starte em 2019, com foco em Construtechs. Aqui, conhecemos mais sobre a personalidade de Gabriel: a importância de sua família e suas aspirações por
Uma lembrança da infância? Viajar com meu pai para comprar maçãs para a La Violetera. Íamos a Santa Catarina e à Argentina. Adorava que ele me levava junto, pois, como ele trabalhava bastante, era uma forma de estarmos mais próximos. Quem o inspira atualmente? Faissal Raad, meu pai, especialmente pela sua visão de negócios e honestidade. Me inspiro em outros líderes mundiais, como Steve Jobs e Walt Disney, por conta da obstinação pelo olhar dos clientes e da busca da perfeição em suas criações. Uma curiosidade sobre você? Sou daltônico, herança do meu avô materno. Claro que atrapalha um pouco, mas aprendi a me divertir com isso. Atitude mais admirável que testemunhou recentemente? A união das pessoas mundo afora no combate ao COVID-19 [coronavírus]. É bonito ver o mundo se mobilizar por uma causa que é de 130
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todos, ainda que seja algo muito triste. Restaurante favorito? Madero Prime, aquele primeiro, lá do Largo da Ordem. Destino de viagem: o último e o próximo? Estive em Miami a uns dias atrás com a minha esposa. Viagens agora só depois que a crise do COVID-19 passar. Um projeto de construção que o inspira? Edifício One Thousand Museum, da arquiteta (já falecida) Zaha Hadid, em Miami Downtown. São linhas muito inspiradoras. Construção sustentável em uma palavra? Imprescindível. Último presente que se deu? Esta viagem [que faz enquanto responde a essas perguntas] só com a minha esposa aos Estados Unidos. Está caro viajar, mas aproveitamos bastante. Se o dia tivesse 27 horas, como
usaria essas três horas extras? Uma hora a mais com a família, uma a mais lendo e uma a mais dormindo (risos). Esse é o plano, mas o risco seria trabalhar mais umas três horas (risos). O que você está fazendo para cuidar da saúde? Tenho procurado me alimentar de forma mais saudável, pilates e exercícios. Algo inusitado que recomenda que todos façam uma vez na vida? Navegar, seja em um cruzeiro, seja em um barco a vela ou a motor. Mas navegar observando o oceano por horas. É uma das coisas de que gosto muito. Uma mudança importante na sua personalidade no último ano? Tenho sido mais questionador. E, se não fosse você, quem gostaria de ser? Uma criança novamente. Sonho de consumo? Um ano de férias, navegando o mundo com a minha família.
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