www.revistavitti.com.br Edição 126 - Ano 11 Junho, 2016 Foto: Gilberto Freitas
lavia Alonso Ayala
Capa
Oscar Constantino
Gastronomia Cozinha francesa e seus encantos
Olimpíadas Judoca de Guaratinguetá garante vaga no Rio 2016 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA VENDA PROIBIDA Vale do Paraíba, Litoral Norte e Sul de Minas Junho, 2016
Entrevista
Ricardo Boechat
Um dos mais respeitados jornalistas do país falou sobre imprensa, política e o futuro do Brasil
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Junho, 2016
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Índice
Junho 2016 | Edição 126 | Ano 11
Ponto de Vista
Vamos defenestrar?...................................................... 20
Negócios
Mudanças para um Brasil melhor (2ª parte)................ 22
Gastronomia
Cozinha Francesa........................................................ 28
Saúde
A pele e o estresse....................................................... 34
Cidades Divulgação
População de S. J. dos Campos está envelhecendo..... 48
Ambiente Construído
Gestão sustentável das cidades brasileiras................ 50 Lançamento Som & Vídeo..................................... 56
Literatura
Entrevista
Ricardo Boechat.......................................................... XX
Carismático apresentador, comentarista ácido que transita bem entre TV e rádio. Este é Ricardo Boechat, jornalista da Band que esteve em Taubaté, onde ministrou palestra e bateu um longo papo sobre a imprensa nacional, política e contou um pouco de sua história.
Brasil, um país de poucos leitores............................... 58
Esporte
4º Desafio das 28 Praias.............................................. 68
Olimpíadas
Judoca de Guará garante vaga no Rio 2016.................70
Editorial
Compromisso com a excelência
A
tecnologia literalmente na palma das nossas mãos revolucionou a forma como consumimos a informação. Se até algumas décadas atrás era preciso esperar pelo jornal do dia seguinte, ou pelo telejornal das oito da noite, ou ligar o rádio e esperar pelas novidades, hoje a coisa toda ganhou uma instantaneidade alucinante. A internet, e o acesso individual, por celulares, tablets e dispositivos variados, nos deixa informados 24 horas por dia. Mas até onde é possível crer na qualidade e confiabilidade dessa informação? Essa foi uma das muitas questões abordadas pelo renomado jornalista Ricardo Boechat, que esteve em Taubaté no fim de maio, para uma con-
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corrida palestra promovida pelo Grupo Bandeirantes, e na qual nós, da Revista Vitti, tivemos a honra de estar presentes. Na entrevista deste mês, você confere uma reportagem especial com os melhores momentos da fala de Boechat, abordando temas como jornalismo na atualidade, política, liberdade de opinião e os rumos que o Brasil espera tomar num futuro breve. Quero aproveitar este espaço em que me dirijo aos amigos leitores e parceiros para agradecer pelo enorme e positivo retorno que tivemos da edição de maio, em que publicamos o Caderno Especial de Noivas e Festas. A empreitada foi um sucesso, e acreditamos que o trabalho bem feito rende frutos, e deixa registrada a confiança que o mercado editorial tem na marca Revista Vitti. Não deixe de conferir nesta edição de
junho as melhores colunas sociais, com eventos, festas, inaugurações e notícias de quem faz e acontece em nossa região. Matérias, artigos de opinião e muita informação completam mais esta edição preparada com muito afinco por nossa equipe. Boa leitura!
Marcela Vitti Diretora “Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Em ti me alegrarei e salvarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.” SALMO9:1-2
Junho, 2016
Diretora: Marcela Vitti Assistente: Isaura Silva Diagramação e Criação: Bruno Moura Jornalista Responsável: Ronaldo Casarin - MTB 52246 Revisão: Ronaldo Casarin Foto da Capa: Oscar Constantino (Foto: Gilberto Freitas) Repórter Fotográfico: Monicuee Alvez Colunistas: São José dos Campos: Gilberto Freitas e Mariana Junqueira - Caçapava: Anna Dennz Taubaté: Socorro Pinto e José Luiz (Luizinho) - Aparecida: Ligia Ballot - Guaratinguetá: Benê Carvalho. Colaboradores: ADILSON PELOGGIA, ADAILTON BATISTA, RAFAEL FERRO, FABIANA FERREIRA, JULIANA BUENO, ARCIONE VIAGI, CARLOS MARCONDES, FELIPE GUARNIERI, ÉRICO PAMPADO DI SANTIS E GERSON DE FREITAS. DIRETORA COMERCIAL: Marcela Vitti (12) 98122-3000 - marcela@revistavitti.com.br SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / TAUBATÉ / PINDA / UBATUBA: Isaura Silva (12) 98270-0019 - financeiro@revistavitti.com.br SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / TAUBATÉ / UBATUBA: Marcela Vitti (12) 98122-3000 - marcela@revistavitti.com.br GUARATINGUETÁ / APARECIDA / LORENA: Benê Carvalho (12) 98133-2984 / (12) 98270-0069 - benecarvalho@revistavitti.com.br SUL DE MINAS: Luigi Scianni (12) 9781-5623 - luigiscianni@gmail.com DISTRIBUIÇÃO: Rodrigo Melo Gratuita e dirigida às cidades de Taubaté, Quiririm, São José dos Campos, Caçapava, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Lorena, Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal, Tremembé, Cruzeiro, Ubatuba e Sul de Minas Impresso no parque gráfico da Resolução Gráfica Ltda. ATENDIMENTO AO CLIENTE: (12) 3632-3060 / (12) 98270-0018 - Rua dos Operários, 118 - Taubaté - SP Os artigos, matérias, opiniões e anúncios aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus idealizadores, e não refletem necessariamente a opinião da Revista Vitti. É proibida a reprodução total ou parcial da revista sem autorização da Revista Vitti.
Cartas “Ótima sacada de vocês em montar um especial sobre casamentos. Adorei as dicas, informações e detalhes nas matérias. Lindo demais, sem dúvida o matrimônio é um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher. Merece ser celebrado com estilo. Parabéns pela idéia.” Ludmila Kreiming, por e-mail
“Conheci a revista por acaso, num consultório e gostei muito. Fiquei encantada com a matéria sobre os destinos românticos para viajar! Amei e com certeza estou morrendo de vontade de conhecer os lugares indicados.” Joana Oliveira, via Facebook
“Lindas fotos, gostosa recordação da Feijoada da Revista Vitti e Jardim dos Pinhais, em Santo Antônio do Pinhal.” Ana Lucia Rodrigues, via Facebook
“Sou leitor da Vitti há anos e escrevo para registrar a qualidade das coberturas de corridas de aventura pela colunista Fabiana Ferreira. Lindas fotos, informações de atletas e divulgação de corridas futuras. Nós, que amamos as provas de aventura, montanha, etc, agradecemos. A matéria falando do Indomit e do KTR foram sensacionais. Abraços a todos da redação e parabéns pelo trabalho!” Ricardo Odaine, por e-mail
CAPA
Maio 2016
CORREIO VITTI
Fale conosco: opine, critique e dê sugestões. Escreva para: redacao@revistavitti.com.br Junho, 2016
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Nossa equipe
Equipe
ISAURA SILVA
BENÊ CARVALHO
RONALDO CASARIN
BRUNO MOURA
MONICUEE ALVEZ
RODRIGO MELO
Assistente e vendas
Diagramação e Criação
Vendas Guará
Fotógrafa
Editor
Distribuidor
Colunistas
SOCORRO PINTO Taubaté
Taubaté
GILBERTO FREITAS
ANNA DENNZ
FABIANA FERREIRA
LIGIA BALLOT
São José dos Campos
Esporte
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JOSÉ LUIZ
Caçapava
Aparecida
Junho, 2016
Junho, 2016
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Divulgação
Entrevista
Ricardo Boechat
P
Por Ronaldo Casarin
ara alguns, um ácido comentarista. Para outros, um dos mais confiáveis jornalistas em atividade da imprensa brasileira. Locutor eloquente e instigante, aos 63 anos ele segue uma rotina de trabalho puxada, fazendo comentários pela manhã na Rádio BandNews FM, de São Paulo, e à noite apresentando o Jornal da Band, na TV Bandeirantes. Nascido em Buenos Aires, na Argentina, mas criado em Niterói (RJ), ele é filho de Dalton Boechat (falecido em 1979), diplomata brasileiro e notório esquerdista, e de dona Mercedes, uma aguerrida portenha, hoje com 83 anos e ainda vivendo em Niterói. A família tinha ainda seis irmãos. Dos pais, herdou as qualidades da dialética e do tom firme no discurso, além da politização, que entrou em sua vida aos 14 anos. Era 1966, o Brasil acaba de ser varrido pelo golpe militar, e o jovem Boechat ingressava na militância do Partido Comunista Brasileiro (PCB). O jornalismo entrou em sua vida ain-
da na adolescência, quando começou a trabalhar no extinto jornal Diário de Notícias, aos 17 anos. À época, Boechat já tinha parado de estudar e trabalhava vendendo livros de porta em porta, ofício que era, então, exercido pelos pais. Depois de um ano e meio no Diário, Boechat se viu atuando ao lado do inventor do colunismo social carioca, Ibrahim Sued, com quem viria a trabalhar por 14 anos. Quando tinha 33 anos, foi trabalhar no jornal O Globo, onde foi colunista e atuou por mais de três décadas. Ainda no meio impresso, escreveu para o Estado de S.Paulo, Jornal do Brasil e O Dia. Na TV, fez sua imagem nacionalmente trabalhando na Rede Globo, e desde 2006 ocupa a posição de âncora do principal telejornal da TV Bandeirantes. No fim do mês de maio, o jornalista esteve em Taubaté como convidado de um evento comemorativo do Grupo Bandeirantes no Vale do Paraíba. Falando para uma seleta plateia de convidados, Boechat trouxe a palestra que tinha como tema “A imprensa e a imagem da crise política no Brasil”. No entanto, o bate papo abordou
diversos assuntos, como histórias pessoais, alguns causos e memórias dos mais de cinquenta anos de carreira. Confira os melhores momento da fala do jornalista.
“
Esta capacidade de construir uma notícia, que moldou a mística da profissão de jornalista, hoje é individual. O cidadão tem hoje o protagonismo na construção narrativa da história.
”
Boechat, o palestrante “Não dou palestras sobre temas específicos. Há outros profissionais muito melhores para isso, como Clovis Rossi ou Fernando Mitre para falar sobre política, por exemplo. Gosto de falar sobre imprensa, jornalismo, me sinto obrigado por dever de ofício a discorrer sobre isso.” continua >
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Polarização do debate político “Nos últimos tempos, muita gente tem questionado o papel da grande imprensa, e em especial de alguns jornalistas. Essa cobrança se deu por conta de um tom visceral que passou a dominar o debate no Brasil. Historicamente não tínhamos grande interesse em debates políticos. Nos referíamos aos nossos vizinhos argentinos, chilenos e uruguaios com certa ponta de inveja, dizendo que se fossemos politizados como eles, nossa realidade seria outra. As manifestações populares são algo recente no Brasil. Nos últimos cinco anos que tivemos os acontecimentos mais relevantes, e julgo os de junho de 2013 como os mais importantes. Isso fez com que a sociedade brasileira tomasse gosto pela discussão política, mas não sei se isso será algo perene, mas hoje todos se sentem instigados a debater política.” Radicalização no jornalismo “As posições se radicalizaram, entre amigos, colegas de trabalho e até familiares. Esse grau de histeria coletiva dominou o Brasil e na imprensa o processo também aconteceu. Se pegarmos o Paulo Henrique Amorim (TV Record) e analisarmos o trabalho dele sobre o impeachment, e pegarmos o trabalho do Reinaldo Azevedo (Veja), veremos que é um jornalismo de militância, sem tom pejorativo. Isso não se via desde antes do golpe de 1964. Depois da redemocratização, a imprensa brasileira entrou num período em que essa militância sumiu, pelo menos formalmente. Agora esse jornalismo voltou a ter força. A coisa tomou tamanho grau que jornais estrangeiros como Washington Post e El Pais, fizeram reportagens abordando esta polarização da imprensa, o que turva a capacidade de análise. Eles me entrevistaram para saber como era estar numa posição isenta, já que vez até me chamaram de ‘isentão de merda’. Não sei como uma pessoa pode ser isenta e ao mesmo tempo ser xingada (risos).”
Fabiano Ribas/Studio Art
Todo cidadão é um repórter “Nos anos 50 e 60, o Repórter Esso tinha como bordão ser ‘a testemunha ocular da
Claudio Giordani, Diretor Geral Grupo Bandeirantes de Comunicação Vale do Paraíba e Ricardo Boechat
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história’. Hoje esse trunfo que a imprensa guardou ao longo do século para justificar sua mística e própria existência, acabou. Todo cidadão com um celular nas mãos pode gravar, fotografar, filmar, editar, legendar e, acima de tudo, difundir a informação. Sou contra esse ideal que o bordão do Repórter Esso passa, pois nesses tantos anos de jornalismo, nunca fui testemunha de nada. E a maioria dos meus colegas também não. O jornalista recebe os relatos das testemunhas oculares da história, formata e difunde. Esta capacidade de construir uma notícia, que moldou a mística da profissão de jornalista, hoje é individual. O cidadão tem hoje o protagonismo na construção narrativa da história.” É preciso se posicionar de forma clara “A tendência é que com a perda do protagonismo por parte dos veículos de comunicação e dos jornalistas no ato de dar a notícia, teremos que achar outras formas de fornecer conteúdo. Isso fará com que os veículos passem a se posicionar mais claramente, e isso não é um retrocesso. Em grandes democracias do mundo a imprensa se posiciona abertamente. Nos EUA, é clara a postura e a linha editorial de canais como FOX e CNN, por exemplo. Assim como outras redes são vistas como mais liberais ou conservadoras. Esse tipo de posição estava camuflada no Brasil.” Credibilidade da imprensa brasileira “Não acho que caiba o carimbo de ‘vendido’ na testa daqueles que falam ou escrevem o que nós não gostamos de ouvir. Pois teríamos que checar se os que falam o que nós gostamos de ouvir, estavam por acaso trabalhando de graça. Se o leitor hoje sentir que o que está lendo ou assistindo não passa confiança, ele tem a possibilidade fácil de, pela internet, buscar outra fonte, seja brasileira ou de outro país. Não é por falta de informação que um veículo vai te enganar.” O impeachment de Dilma Rousseff “O impeachment não expressa o que a sociedade brasileira pediu naquelas manifestações de 2013. Não era mudança de regime nem de governante, mas sim o fim do desrespeito secular do Estado para com o povo brasileiro, esse era o pedido geral.” Recuperação da economia “As medidas propostas pelo governo interino Temer já estavam sendo propostas pela gestão de Dilma Rousseff. Em 2015, o congresso nacional não fez absolutamen-
te nada, apenas fez política no sentido de negociar e conspirar. Em 2015, propostas como reforma da previdência, ajuste fiscal e aumento de impostos já estavam na pauta do governo petista. Portanto, não tem uma fórmula mágica. O receituário proposto pelo atual governo é o mesmo do anterior, e se tantos analistas convergem nos pontos centrais dessas soluções propostas pelos dois governos, é porque o caminho é esse. Em que tempo isso vai surtir efeito? Não será em curto prazo, e as coisas só devem clarear em 2018, quando as eleições serão muito positivas para o país, o sentimento geral será outro.” Empresas financiando políticos “Creio que a nova lei que determina o fim das doações de empresas para campanhas eleitorais será benéfica, vai nivelar as campanhas, deixando o processo eleitoral mais justo. Não há doações por ideologia ou simples apoio do programa proposto pelo candidato. As grandes empresas doam para dois ou até três candidatos, isso não é apoio, é investimento. Outro ponto que devemos levantar é, por que as campanhas são tão caras, essa coisa ‘hollywoodiana’? O político só tem essa forma de comunicação com seu público?” Liberdade de opinião “Uma redação de jornalismo deve ser um lugar dialético. Tudo o que se fala e o que se pensa é discutido permanentemente. Nos mais de 30 anos em que trabalhei no jornal O Globo, tive apenas dois problemas de censura por parte do Roberto Marinho. Em uma delas ele vetou mesmo e a redação se submeteu, na outra os filhos o fizeram mudar de ideia. O Grupo Bandeirantes às vezes se expressa em editoriais a respeito de assuntos como reforma agrária, reservas indígenas, direito a porte de armas e redução da maioridade penal, por exemplo, e em vários comentários que faço minhas opiniões conflitam com as posições da empresa, no entanto nunca tive nenhum cerceamento, a liberdade é total. Não se comenta o óbvio “Não confundam isso (os comentários feitos no Jornal da Band) com a ‘indignação de bancada’, que é quando o apresentador parece estar exprimindo uma opinião, mas na verdade ele está apenas reproduzindo obviedades, como quando após uma reportagem sobre um crime bárbaro, a apresentadora olha para a câmera e diz “que absurdo...”. Isso é obviedade, não é opinião.” Junho, 2016
Junho, 2016
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Fotos: Hikke de Almeida
Vitti Acontece
Emerson, paciente GACC e Rosemary Sanz
Emerson, Rosemary e Priscila
O Colinas Shopping e o Cassiano Restaurante promoveram o Jantar do Bem. Toda a renda será 100% revertida para o Hospital do GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer.
Vinicius, Edgard e Carol
Carol e Vinicius
Alberto Sodre , Silvano , Luís Alberto , Severino , Carol Vinicius Casamento de Carol Sodré e Vinicius Biondi no Tangaroa Hall, em Taubaté.
Gilberto Freitas
Agoravale
Maria Fernanda e Gabriela
Paulo, Laura e Eugênia
Carlos Marcelo, Lucia Manfredine, Maria Aparecida, José Saud, Marisa Amaral e Socorro Pinto Aconteceu o lançamento oficial da 8ª festa do Arroz 2016 em Tremembé, convidados importantes e toda imprensa marcaram presença no delicioso evento.
Giuliano, Mariana, Marcelo, Tomás, Barbara e Laura
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Casamento da Laura e Tomás em Passa Quatro, MG.
Roberto Couto com Gisele Barros no evento do Centervale Shopping - Minha Mãe Merece o Fábio Jr., em SJC.
Junho, 2016
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Vitti Acontece
Demo Canavezi comemorou 88 anos numa tarde de bençãos no dia 7 de maio, em Quiririm.
Clara, Gabi, Maria Fernanda, Ana Eulália e Cleide
Demo Canavezi e filhos Casamento de Camila Toscano e Marcelo Nogueira na Igreja Nossa Senhora do Brasil, em São Paulo.
Luiz Fernando, Gabi, Armando, Maria Fernanda, Ana Eulália e Cleide Casamento de Maria Fernanda e Armando. Aconteceu no 180º, em Ubatuba, no dia 14 de maio.
Marcelo Nogueira e Camila Toscano
Danilo, João, Andrea, Guilherme, Rafaella e Marcella Camila e Natalia Toscano
João França e Andrea brindando com suas filhas e genros no Copacabana Palace, RJ.
Thieli Soares e Luciano Naka Irani Ferreira, Luciano Naka e Laís de Araújo Casamento de Thieli Soares e Luciano Naka, aconteceu em maio na igreja Santa Terezinha, Taubaté. 14 | Vitti | revistavitti.com.br
Almir e Thieli Soares Junho, 2016
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Social São José dos Campos
Dia das Mães Breton
Fotos: Monicuee Alvez
Evento de Dia das Mães organizado pela Breton e pela Clínica de Medicina Integrada Dra. Ana Carolina Redondo com apoio da Virage Motors, Argenteria Jóias, F3 entretenimento, Portale Mármores, Zest Supermercados, Revista Vitti e Luminus Life Bebidas Funcionais. Durante a tarde os convidados se deliciaram com o buffet fit do Ateliê do Sabor.
Virage Motors presente no evento da Breton São José dos Campos
Monise Gouveia
Jiani Pinesso, Dra. Ana Carolina Redondo e Dra. Natalia Montecinos
Alexsandra Tressoldi e Dra. Ana Carolina Redondo
Gabriela Mascarenhas, Rejane Ursulino e Monise Gouveia
Palestra com Mylene Roder Costa
Beatriz Formigoni e Maria Fernanda Bastos
Ana Maria Marciano e família
Renata Porto e seu Ateliê do Sabor
Ana Claudia Sacilotti Corrêa, Ana Paula Constantino, Encarnação Constantino, Vivien Anselmo, Sonia Constantino e Rejane Ursulino 16 | Vitti | revistavitti.com.br
Susi Toledo e Lucas Toledo
Ana Cláudia Sacilotti Corrêa, Sonia Constantino, Dra. Ana Carolina Redondo, Fátima Pires Rutigliani, Encarnação Constantino e Susi Toledo Junho, 2016
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Social Taubaté
Feira de Noivas do Shibata
Fotos: Monicuee Alvez
O Shibata Casa & Presentes de Taubaté realizou no mês de abril o Fest Noivas! - Mais de 165 noivas compareceram ao evento que teve participação de Durval Rodrigues com suas modelos e a apresentação da bailarina Jéssica Botossi. Nos desfiles, destaque para os vestidos da Etóile Noivas, assinados pelo renomado estilista Ronaldo Ésper.
Vestidos desenhados pelo estilista Ronaldo Ésper
Desfile de vestidos encerrando a noite
Cecília Militão e André Leite os cantores da noite
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Ponto de vista
Vamos defenestrar?
C
Por Carlos Marcondes
erta feita utilizei, em uma determinada situação, a palavra "defenestrar” quando me referi à exclusão de um compromisso pré-agendado. Pronto, bastou para que brotassem variadas explicações sobre seu significado. Porém, a mais sugestiva foi a de Luís Fernando Veríssimo, que assim se expressou em sua crônica e a quem peço desculpas por ter de condensá-la, devido ao espaço de que disponho para aqui me expressar: “Certas palavras têm o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração. A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar deveria ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Galanteadores de calçada deveriam sussurrar ao ouvido de mulheres: “Defenestras?”. A resposta seria um tapa na cara. Mas… Ah, algumas defenestravam! Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “Defenestra-
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tion”. Ato de atirar alguém ou algo pela janela! Acabou a minha ignorância, mas não minha fascinação. Um ato como esse só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração? Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo... O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes. - É essa estranha vontade de jogar alguém ou algo pela janela, doutor… - Humm, O Impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela. Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada. Na lua-de-mel, numa suíte matrimonial no 17º andar: “-Querida… há uma coisa que preciso lhe dizer…”. “-Fala amor”. “-Sou um defenestrador”. E a noiva, na inocência, ca-
minha para a cama: “- Estou pronta pra experimentar tudo com você. Tudo!”... Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia: “- Fui defenestrado…” Alguém comenta: “- Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela.” Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar essa crônica. Se ela sair é porque resisti.”. Agora, todas as vezes que acompanho, enojado, o "modus operandi" dos falsos vestais, sinto uma vontade imensa de ver a todos "DEFENESTRADOS" da vida nacional. Carlos Marcondes é Jornalista e Advogado. Contato: cmcomunicacoes@gmail.com
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Negócios
A grande mudança para um Brasil melhor (parte 2)
N
Por Arcione Viagi
o texto anterior apresentei o problema, e algumas pessoas podem ter pensando no que se pode fazer para mudar essa situação. A solução não é fácil, mas nunca será diferente se ficarmos acomodados. Para a maioria dos leitores dessa revista, a realidade é cômoda porque vivem na situação favorável dentre os 10% de pessoas que têm renda superior aos R$ 2.000,00, usados no exemplo, porém, essa situação favorável tem um custo crescente que acaba consumindo toda nossa capacidade de viver bem. Primeiramente porque pagamos para viver em verdadeiras fortalezas, como medo de enfrentar nossos semelhantes menos abastados. Pagamos caros para viver em uma ilha de “vencedores” e sem grandes perspectivas futuras de uma situação melhor para nossos descendentes, que de uma hora para outra podem descer para o nível inferior (90%), que vive sem acesso a nenhum benefícios ou prazer da vida. Basta olhar em volta para ver amigos próximos que não conseguiram manter o padrão social de seus pais. Por isso, tenho algumas ideias ou sugestões que podem servir para a reflexão de cada um e quem sabe sejam úteis. Porém, nada melhora sem esforço e sem custo. A principal diferença brasileira é a política tributária que pune o sistema produtivo com as maiores taxas de impostos em relação aos países desenvolvidos, para 22 | Vitti | revistavitti.com.br
sustentar nem sempre gastos efetivamente direcionados ao bem comum. Tenho convicção de que os custos públicos no Brasil giram em torno de 100% a 200% acima do custo real. Nem sempre os envolvidos são beneficiários de um esquema de corrupção, mas acostumaram e divulgam que os preços para o serviço público é mais alto, porque devem compensar os atrasos de pagamento, projetos mal feitos, etc. Este é um paradigma que deve ser quebrado para que a tributação possa cair, no mínimo, pela metade. Outra mudança urgente, precisamos de um planejamento familiar real e mantido por pessoas que efetivamente desejam o bem comum, porque devemos controlar o crescimento das famílias menos favorecidas. Não é possível garantir o direito de escolha de qualquer um, que deseje ser amparado pelo Estado, de escolher quantos filhos deseja colocar no mundo. A sociedade não pode ser responsável pela decisão de pessoas que não tem renda suficiente para criar dignamente seus filhos de terem quantos quiserem. Pode parecer uma invasão de privacidade ou qualquer outro rótulo que queiram dar, porém, uma vez recebi uma lição em um cidadão em um país de primeiro mundo que disse exatamente o que reproduzo aqui. Em uma democracia existem regras que todos devem seguir e não é permitido para ninguém, tomar decisões individuais incompatíveis com sua situação também individual. Um bom indicador para todos saberem
que estamos evoluindo é onde os gastos públicos estão sendo aplicados. Enquanto forem em construção de novas escolas, creches, postos de saúde, delegacias, entre outros, é porque estamos ainda na fase de pagar o custo social de anos de abandono da coisa pública ou porque a população continua crescendo mais do que deveria. Nenhum país desenvolvido tem crescimento da população, tudo é feito para manter uma equilíbrio entre mortes e nascimentos. Precisamos enxugar o Estado. Na Itália, existe atualmente uma política de redução do tamanho da maquina pública, ou seja, há cinco anos que para cada 10 pessoas que se aposentam ou saem do serviço público, é aberta somente um vaga para contratação. Essa política será mantida até que os gastos públicos estejam adequados aos padrões estabelecidos pela União Europeia. Não é possível sustentar os gastos de um serviço público deficitário. Devemos exigir eficiência compatível com aquela praticada no setor privado. Quem não estiver disposto a isso deve ser eliminado dos postos fixos que hoje são o desejo de nove em cada dez pessoas. Já vivemos um momento de crítica à burocracia, porém, hoje o Estado é mais ineficiente e pior exemplo de “cabide de emprego” a serviço de interesses partidários de manutenção do poder. Não podemos aceitar essa realidade. Arcione Viagi é consultor empresarial. Contato: vitalconsultoria@gmail.com Junho, 2016
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Economia
Como influenciar a gestão de um fundo de R$ 3 bilhões (parte 2)
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Por Felipe Guarnieri
i vis pacem, para bellum (Se você quer a paz, prepare-se para a guerra), Publius Flavius Vegetius Renatus. No auditório na sede do banco Ourinvest, na Av. Paulista, o CEO do BTG Pactual tentava convencer os cerca de 60 quotistas do BCFund que a operação era vantajosa para todos os investidores. Foi uma reunião tensa. Calejado com anos de experiência no mercado financeiro, o controlador do banco tinha um discurso bastante sedutor, mas o time do lado dos quotistas estava bastante preparado, havia estudado a fundo os números e as informações disponíveis e, pergunta após pergunta, ficava cada vez mais claro que existia um enorme benefício; mas este benefício não estava do lados dos quotistas, e sim do banco. Ao fi nal, o resultado não poderia ter sido pior para o banco. Logo no dia seguinte o fundo experimentou a sua maior queda diária em bolsa, o que mostrava que quem participou da reunião decidiu iniciar uma pressão vendedora puxando o fundo para baixo. Na s e quênc i a , u m
pequeno comitê (do qual também participei) foi chamado ao banco para uma reunião mais detalhada sobre a operação, mas ainda assim mantínhamos nossa posição de que a operação trazia vantagens assimétricas para o banco e os quotistas. Era muito óbvio, para quem sabia fazer contas e juntar “A” com “B”. Alguns dias depois um investidor questionou a CVM (xerife do mercado) que prontamente solicitou ao gestor do fundo chamar uma assembleia de quotistas, mas com um detalhe fundamental, para a operação ser aprovada deveria haver concordância de 50% mais uma quota, ainda que com uma base concentrada em alguns fundos de pensão, isso era algo bastante difícil para um fundo com mais de 17.000 quotistas. O gestor trucou a CVM que ficou de dar uma resposta final, mas antes mesmo de seu pronunciamento, o fundo voluntariamente desistiu da operação e acenou com inúmeras ações de melhoria de governança, uma das quais a criação de um comitê de quotistas do qual fui convidado a fazer parte no ano passado e neste ano tive o mandato renovado por meio de eleição em assembleia, votado diretamente pelos quotistas, os verdadeiros donos do fundo. Ao longo do último ano, várias medidas que nasceram no comitê acabaram sendo adotadas pelo fundo. Uma delas – a política de investimentos e operações com partes relacionadas – acabou sendo adotada por todos os fundos da gestora demonstrando que uma das maiores apreensões dos investidores (a de que o comitê acabasse sendo algo “decorativo”) não existia. Que lições
podemos tirar disso? Acho que são várias, a primeira delas é que não podemos crer cegamente que o banco, um gestor ou os executivos de uma empresa estão 100% do tempo trabalhando para multiplicar nosso investimento cumprindo rigorosamente com seu dever fiduciário. Às vezes sim, às vezes não, eventualmente não estão, mas não porque querem fazer o mal, mas sim por ter uma visão diferente do investidor. Outras vezes sim, por haver um conflito entre o que é bom para si mesmo e o que é bom para o investidor. Na dúvida, não há outro jeito, temos sempre que acompanhar nossos investimentos, olhar no olho de quem está a frente e fazer contas. Até mesmo a poupança (considerada porto seguro) de vez em quando sofre. Em 1990 foi confiscada pelo presidente Collor e em 2011 teve seu rendimento diminuído (sob certas condições específicas) por Dilma. A segunda é que não importa o seu tamanho, se você acompanha o seu investimento, sabe fazer conta e tem um ponto verdadeiro que potencialmente pode impactar a gestão. O melhor a fazer é não ficar quieto, vá em frente e coloque suas ideias, seja para o seu sócio na empresa, seja para o gestor de um fundo bilionário de um grupo gigantesco. E por último a lição que fica é que se o outro lado for razoável, ele será o primeiro a querer resolver a questão, é isso que temos feito no comitê do fundo onde junto a outro minoritário e a grandes investidores como fundos de pensão, families offices, e gestores de fortuna, discutimos uma vez por mês quais são os melhores caminhos para o fundo, tanto nos assuntos de governança corporativa como sobre as melhores opções de investimento. Felipe Guarnieri é administrador de empresas, executivo financeiro e especialista em finanças. Contato: felipe.guarnieri@gmail.com
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Social Taubaté
65 anos Imobiliária Danelli Fotos: Arquivo pessoal
Felipe Danelli e Hodges Danelli proporcionaram uma agradável noite para funcionários e familiares em celebração aos 65 anos de história. O jantar aconteceu no Santa Figueira, em Tremembé.
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Gastronomia
Je suis cuisine
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Por Rafael Ferro
indiscutível presença da cozinha francesa através da História Moderna e Contemporânea nos leva às suas origens medievais, e à sua definição como a fusão de três elementos indispensáveis: a riqueza de ingredientes; a sabedoria na maneira de utilizá-los e o requinte nos mínimos detalhes. A cozinha francesa foi responsável pelo surgimento de inúmeras outras cozinhas que nela se espelharam e estão espalhadas pelo mundo. Através do tempo, a França adaptou-se às condições ambientais, sociais e científicas, e com este processo se acostumou com as mudanças originando cozinhas chamadas de haute cuisine e nouvelle cuisine. É importante destacar que os predicados da cozinha francesa são produtos da efervescência da sua história e da sua cultura. Há ainda a Geografia da França, oferecendo diversos tipos de clima e quatro fachadas marítimas. Possuiu também um império colonial rico em possibilidades agrícolas e fontes generosas de alimentos. Tudo isso estimula as trocas e influências inter-regionais e com o exte-
rior. De toda esta simbiose emerge uma possível identidade nacional francesa. Além de influenciar o mundo com sua paixão pela cozinha, a França também possui grandes influências de outras cozinhas. A descoberta da América e do caminho marítimo para as Índias, e a conquista espanhola da América Central trouxe novos alimentos para os europeus: tomate, pimentas, milho, batata, feijão verde, novas especiarias, temperos, peru e outros. Entretanto, a introdução destes novos alimentos na cozinha europeia e especialmente a francesa não foi algo de imediato. O uso destes alimentos manteve-se mais restrito até o século XVII, quando a nobreza e uma nova geração de cozinheiros demonstram claramente seus distanciamentos. A partir deste período, pode-se dizer que na França os gostos e as maneiras de comportamento à mesa (etiqueta) são renovados. Para compreender a cozinha francesa é preciso conhecer com que detalhes ela lida. As riquezas culinárias da Ile-de-France, com seus patês da cidade de Melum e os cogumelos e presuntos de Paris. Da Normandia, o leite, a manteiga, a nata, os peixes do mar, as aves, os queijos em grandes variedades, os ovos, as cidras e o Calvados.
Divulgação/Imagem meramente ilustrativa
Terrine de frango com bacon • 4 dentes de alho • 1 cebola em pedaços • 1 pão francês (30g) cortado em pedaços • 300g de peito de frango desossado • 250g de bacon em fatias finíssimas • 1 colher (sopa) de manteiga • Sal e pimenta-do-reino a gosto (utilize pouco sal) • ¼ xícara (chá) pimentão vermelho picado • 2 colheres (sopa) de suco de limão • 1 colher (sopa) de salsa picada • 1 xícara (chá) de creme de leite • 1 xícara de Ervas frescas (tomilho, orégano e/ou manjericão) 28 | Vitti | revistavitti.com.br
Da Bretanha, vêm os mariscos, crustáceos e outros tipos de peixes, sendo famosa também por seus legumes: ervilhas, repolhos, couve flor, alcachofras e cebolas. Da região da Champagne temos o Champagne, as trutas e as caldeiradas. Da Borgonha chegam os vinhos tintos mais famosos, como o Conti Romanée e também vinhos brancos, mais os legumes, a caça abundante, os peixes de rio, o gado de primeira qualidade, as frutas e a mostarda de Dijon. Uma coisa é certa: A França é apaixonada pela inovação das técnicas culinárias e da sensibilidade de sabores. Os franceses apreciam e buscam a autenticidade de sabores dos ingredientes e, normalmente, para nós brasileiros, podemos achar este gosto um pouco incomum e insosso, mas posso garantir que será uma excelente experiência. Vamos experimentar uma receita de Terrine? Este prato é muito típico, principalmente em Paris. É servido como entrada por possuir sabores leves e delicados, mas, ao mesmo tempo, complexos. Rafael Ferro é chef de cozinha e professor de Gastronomia na UNIVAP. Contato: rafacferro@gmail.com
Modo de Preparo: Pré-aqueça o forno em temperatura alta (200ºC). Passe pela máquina de moer ou pelo multiprocessador o alho, a cebola, o pão, o peito de frango. Reserve. Acrescente a salsa picada e o creme de leite. Misture sem processar. Em uma forma untada retangular de 12x25cm ou uma forma de bolo inglês disponha as fatias de bacon de maneira perpendicular à forma sem deixar buracos. Coloque o patê sobre a forma com bacon e leve para assar no forno pré-aquecido por aproximadamente 35-45 minutos ou até que, enfiando-se uma faca na massa, ela saia limpa e seca. Deixe esfriar, leve à geladeira, desenforme e decore a gosto. Junho, 2016
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Social Taubaté
Socorro in Foco
Doroty Soares, Rosana Soares e Simone Soares Rosana Soares esbanjou charme e beleza em mais uma super comemoração de seu aniversário ao lado de familiares na aconchegante Estação Quiririm. Felicidades!
Por Socorro Pinto helpkoka@hotmail.com
Maria Claudia, Norma, Lucia Claro,Thalin, Letynha, Marcia, Janaina, Mirian Bottura e Maria Helena Goffi Em momento de muita alegria a queridíssima Maria Helena recebeu as amigas do grupo As Divas, e comemorou o seu aniversário com um delicioso jantar cujo ponto, mas alto foi a solidariedade. Parabéns não só pelo aniversário mais pelo belo gesto.
Aurea Rodrigues, Diva Pedrosa, Roseli Pedrosa, Fernanda, Socorro, Jacqueline e Laine Anaia
Rose Danelli e Ivan Danelli A artista plástica Rose Danelli reuniu amigos, familiares e convidados para a abertura de sua tão sonhada Exposição “Maria Exemplo de Mãe”. O evento foi realizado no dia 2 de Maio no Taubaté Shopping numa noite de muita fé, alegria e a presença de muita gente importante! Continue sempre esse lindo trabalho!
O animadíssimo Grupo Amigas Solidárias se reuniu no Bar Via Francisco e fez no final de Abril a festa FLOWER POWER, um evento exclusivamente para mulheres, foi uma noite inesquecível e de muita alegria. Que venha a próxima!
Nicolas, Jacqueline Beneton, Nadine e Jose Alberto Baneton 30 | Vitti | revistavitti.com.br
Apollo e Adriana fecharam uma importantíssima parceria que promete cobrir e trazer as mais importantes informações de diversos eventos do nosso Vale e região, aguardem mais informações e muito sucesso aos dois!
Agoravale
A bela Nadine Beneton recebeu seu tão sonhado diploma de engenhara ao lado dos seus orgulhosos pais. Parabéns por mais essa conquista e muito sucesso!
Apollo de Carvalho e Adriana Melo Junho, 2016
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Social Taubaté
Flash
Por José Luiz de Almeida luizinho-cafe@hotmail.com facebook.com/luizinholanches
No Deck Music Bar, a casa mais charmosa da cidade. Com DJs Marcelo Boto, Beto Pista Cheia e Alex Andrade banda 1000 volts. Allan Tiago, Evandro Fernandes, Karla César, Guilherme Borges, Hevelin Oliveira e Tatiene Sumyoshi. Fábio Matsuno, Hevelin Oliveira e Evandro Fernandes
A querida Flávia Guedes comemorando 2.3.
Phelipe Sens Coelho e Agda Queiroz curtindo a noite joseense Os empresários Gil e sua esposa, Alessandra Ribeiro vem com novidades na praça Santa Terezinha, em Taubaté.
As lindas Karina, Lindalva e Renata, curtindo a noite em Capitão Mor, em Tremembé. 32 | Vitti | revistavitti.com.br
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Saúde
A Pele e o Estresse Por Dr. Érico Pampado Di Santis
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e acordo com um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde, o estresse atinge cerca de 90% da população mundial. É muito difícil encontrar uma pessoa que não tenha passado por um episódio de estresse ou uma pessoa que não viva estressada. O que muita gente não sabe é o que estresse pode provocar inúmeras doenças de pele também. Esta foi a chamada de uma entrevista que concedi à TV e Rádio Aparecida. E com muita satisfação trago hoje aos leitores da Revista Vitti alguns trechos deste interessante e prevalente assunto. Muitas doenças são relacionadas com o estresse. Junto com o trato gastrointestinal, a pele sofre mais do que todos os outros órgãos os diversos problemas do estresse. Talvez por serem órgãos de ação direta. Posso parar de comer, posso vomitar e posso arrancar meus cabelos ou me cutucar todo frente a um estresse. Não posso acelerar meu coração por minha vontade.
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Em relação à pele, existem compulsões diretas que se transformam ou que ditam as dermatoses. Tricotilomania, que é a compulsão por retirar pelos do corpo. Pode ser cabelos, sobrancelhas ou qualquer outro pelo. Onicofagia, a compulsão por comer as unhas. Dermatite artefata que são lesões provocadas na pele pelo próprio paciente sem que ele tenha ciência disso. Muitas vezes acredita ter algum bicho que leva a coceira e que precisa tirá-lo dali. Outras doenças estão associadas de maneira indireta como: psoríase, vitiligo, acne, caspa (dermatite seborreica) entre tantas outras. A melhor maneira de saber se a causa, seja ela direta ou indireta, está no estresse é procurar seu médico de confiança. No caso da pele, consulte seu dermatologista e descreva detalhadamente o caso para que ele possa raciocinar e chegar neste difícil diagnóstico, muitas vezes de exclusão. Com o diagnóstico fechado, tudo fica mais fácil. Inicia-se o tratamento dermatológico e se preciso
avaliações do psicólogo ou do psiquiatra dependendo de cada caso. Um exemplo que me foi solicitado para abordagem mais detalhada foi sobre a psoríase. Existe uma plena relação entre a psoríase e o estresse. A piora das lesões em momentos conturbados, o ressurgimento das placas vermelhas e escamosas quando a vida não está tão tranqüila é relato comum em nossos consultórios. E por último lembro-me da alopecia areata. É uma doença que cursa com a queda de cabelo geralmente em uma área que varia muito de tamanho, indo aquele do tamanho de uma moeda até uma “pelada” total. São exemplos de casos comuns do nosso dia a dia que precisamos muito da avaliação multiprofissional. A melhora desses pacientes é claramente mais importante quando estamos acompanhados dos colegas psiquiatras ou dos psicólogos. Dr. Érico Pampado Di Santis é médico Dermatologista. CRM: 96546/RQE: 21582 Junho, 2016
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Social Caçapava
Caleidoscópio
Por Anna Dennz annadennz@hotmail.com
Ladeado pelos amigos Willian Roggles e Flavia Serrano, o colunista José Luiz de Souza foi o anfitrião do "1º Almoço de Outono - Uma Viagem aos Sabores da Itália", em 14 de maio no restaurante Luciana Slow Food em Guaratinguetá.
Daniel e a diva Karina Rotband encarnam Marco Antônio e Cleópatra - simplesmente luxuosos com suas fantasias em aniversário badaladíssimo. Rodolfo Feijão, Guilherme Matarezi, Renato das Neves e os filhos Caio, Milena, mais Liu Barros e esta colunista durante tour pela Projesul - empresa top do mercado em vidros e esquadrias que fornecerá através do projeto "Padrinho Consciente" o material para obra de ampliação do pronto socorro da FUSAM.
Dengo - cheia de carinho pelo maridão Valério Junqueira, Meire Spina comemorou no dia 15 de maio seu aniversário a bordo da felicidade, brindando as maravilhas de seu viver.
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A mega empresária Luiza Trajano, após palestrar no teatro Colinas, foi, a convite do empresário Emerson Marieto, jantar no sofisticado Restaurante Cassiano, onde a jornalista Suzane Rodriguez é quem comanda as news com sua Cabana Work.
O Consultor Mario Domingues deixou a marca de seu conhecimento e competência ao ministrar palestras por ocasião da semana de treinamento de equipes do Hospital Público de Caçapava. Ao lado de sua musa Rosangela Martínez os dias passaram suaves. Junho, 2016
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Social São José dos Campos
Atitude News
Por Gilberto Freitas gilfreitasff@hotmail.com
Angela Weihrauch Lima, Carolina Mell e Karin Friese no lançamento do 4º CONGREVAP no Carpen Diem, em SJC.
Caio Franco e Felipe Ferraz na inauguração do Lyon Centro de Beleza, em São José dos Campos.
Cláudio Giordani e Sabrina Takahashi marcaram presença na Feijuca com Estilo & Arte do programa Tudo com Estilo.
Fábio Borges, Bruno e Thiago castilho na Noir no Tangaroa Hall, em Taubaté.
Felipe Thai com Oscar e Helemina Constantino no 2º Churrasco do Mr. Moo, em São José dos Campos.
Michelle Zanardo, Virgina Grassi e Lidiane Zampiere em mais uma Corrida Track e Field Run Series.
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Social São José dos Campos
Churrasco do Mr. Moo
Fotos: Gilberto Freitas
Aconteceu no dia 21 de maio a 2ª edição do Churrasco do Mr. Moo, em São José. O evento foi um sucesso absoluto.
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Social Aparecida
Aparecida Erasmo Ballot
Por Ligia Ballot liballot@hotmail.com Um casamento pra lá de especial. Felicidades ao casal Janaina Mendes e Eduardo Assis.
Claudio, Joice e Isabela Soares curtindo Manhattan, NY.
Priscila Rodrigues e Saulo Quirino oficialmente casados. Lindos, toda felicidade do mundo para vocês!
Mulherada linda e reunida no aniversário da gatíssima Geisa Nogueira! 40 | Vitti | revistavitti.com.br
Meninas lindas e prontas para a homenagem do Dia das Mães da escola Chagas Pereira, em Aparecida. Junho, 2016
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Social Guará
Guará em Pauta
Por Benê Carvalho benecarvalho@revistavitti.com.br Jackson Gracher
Com alguns anos de experiência no ramo, Carol Chagas, ao lado do marido Alberto Nobre, inaugurou sua loja de acessórios e semi-jóias no dia 2 de maio, bem no centro de Guaratinguetá.
Nesse ano de 2016 aconteceu o 22º Encontro de Artes e Talentos Dona Eta realizado entre as cidades de Guaratinguetá e São José dos Campos. Idealizado e cuidadosamente elaborado pelo filho Diógenes Antunes, o espetáculo da vez na cidade da homenageada, contou com a apresentação da banda do 5º BIL de Lorena sob a regência do maestro Tenente João Ribeiro, no dia 18 de maio, na catedral de Santo Antônio.
Manuk
Rogean, Rosemara, Rosilene, Gabriel, Edinho e Benê
No dia 7 de maio participei de uma dupla comemoração em Cruzeiro. Rosilene Costa e Eder Inácio oficializaram a união civil, onde tive a honra de apadrinhar o casal como testemunha. Comemorou-se também o primeiro aniversário do filho Gabriel.
Sandra Criscuolo Porto e Carlos Eduardo Lapa Pinto trocaram alianças numa cerimônia pra lá de emocionante e recheada de amor e sorrisos dos amigos e familiares do casal no dia 22 de abril em São Paulo.
Bodas de Diamante do Simpático casal Sr. Gilberto e Sra. Aladir Moura Vale, exemplo de amor, companheirismo, fidelidade e dedicação à família, no dia 21 de maio. 42 | Vitti | revistavitti.com.br
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Pesquisa
Terapia usada em cães pode ser passo para cura de câncer de pele em humanos
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Por Aline Leal/A.B.
ma terapia desenvolvida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (Inct) em Nanobiotecnologia, que cura um tipo de câncer de pele em cães, pode ser grande passo para a descoberta da cura de alguns tipos de câncer humanos. Nos testes clínicos feitos em cachorros, a terapia fotodinâmica, que envolve uma emulsão com uso de nanotecnologia e a aplicação de um fotossensibilizador, tem curado os tumores malignos, dispensando quimioterapia, radioterapia e cirurgia, que muitas vezes são mutiladoras. “Nós conseguimos a cura do hemangiossarcoma cutâneo em sete cães que tiveram esse tratamento”, relatou a veterinária Martha Rocha, que desenvolve a técnica como trabalho de doutorado na Universidade de Brasília (UnB). A pesquisadora explica que a terapia consiste na aplicação de uma emulsão no tumor. A fórmula é ativada com o uso de um fotossensibilizador – no caso, uma luz vermelha que poduz radicais livres que matam as células cancerígenas. De acordo com o coordenador do Inct em Nanobiotecnologia e orientador do
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projeto, Ricardo Bentes, o tratamento já está sendo testado em câncer de pele humano. “Estamos ajustando o fluido que será usado em pessoas. [É] uma questão de acertar detalhes como a estabilidade do produto e em que quantidade penetra para darmos como concluído”, disse ele. Em humanos, o hemangiossarcoma é mais comum em órgãos internos, onde é difícil chegar com a luz. Porém, a técnica está sendo adaptada para a cura do carcinoma basocelular, comum em pele humana, e que atualmente pode ser curado principalmente com cirurgia, quimioterapia local e radioterapia. O próximo passo, segundo o pesquisador, será investir na adaptação deste tratamento para outros cânceres humanos – nos quais a luz possa alcançar – e patologias causadas por fungos e bactérias. O especialista explica que além de matar as células do tumor, este tratamento estimula a imunidade do organismo. “O que se busca em tratamento para câncer é a imunoterapia; é fazer com que o organismo reaja contra o câncer. Mas o que acontece quando você faz quimioterapia e radioterapia é o contrário: a imunidade cai. Nesse caso, se ficar alguma célula residual, o organismo está imunodeprimi-
do, e o tumor pode voltar com tudo e vir até mais agressivo. O que a gente percebe com a terapia fotodinâmica é que ela faz uma imunoestimulação”, acrescentou. Tecnologia O pesquisador explica que já existe uma primeira geração de fotossensibilizadores no mercado, mas diferentemente da nova tecnologia, a antiga exige a incidência de luz no tumor por mais tempo e também a permanência do paciente no escuro para evitar lesões. Outra desvantagem da primeira geração, segundo o especialista, é que ela usa um comprimento de onda baixa, o que por vezes impossibilita a morte das células malignas por completo. Ele salientou que “o comprimento da luz vermelha atinge profundidades maiores do tumor”. Segundo Bentes, a vantagem da nova terapia é que ela não tem efeitos colaterais, "no máximo um pouco de dor no momento da aplicação. O paciente não vai sentir enjoo, nem perder cabelo, e assim o paciente adere melhor ao tratamento. Além disso, o paciente faz o tratamento e meia hora depois vai para casa, não precisa ser internado”. O professor informou que busca parcerias com a indústria farmacêutica para viabilizar a oferta do produto no mercado. Junho, 2016
Social Guaratinguetá
Na medida que o seu
Corpo Merece No dia 10 de maio, a Clinica Mauro Frazili realizou um evento do lançamento oficial desse projeto de "Saúde Ideal".
Equipe multidisciplinar: Dra. Ítala Bazzarelli, Dra.Keila Bassaneli, Cassia Barbosa, Dr. Mauro Frazili e Dr. Milton Antunes
Dr. Mauro, Dra. Myrian e Silvio
Dalton e Dr. Mauro
Eliete, Benê e Rogean
Cassia, José Luiz e Solange
Rodrigo, Fernanda, Germinal, Débora e Milton
Solange Ricarte e Dra. Elisete
Helena, Rosana, Ana Paula, Ana Cristina e Edna
Paula e Dr. Caio
Carol, Carla, Sr. Hermindo e Carlos
Valnice, Keila e Ana Carolina
Benê, Keila, Poliana, Cassia, Elizabeth, Milton, Dr. Mauro e Mayra Junho, 2016
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Cidades
Número de idosos em São José vai superar o de jovens em 2030
Projeção é de que pessoas acima de 60 anos represente 20% da população
U
Da Redação
m levantamento feito pela Fundação Seade, como parte de um estudo feito pela Secretaria de Planejamento Urbano de São José dos Campos, apontou que a população da cidade até 2030 será cada vez mais idosa e menos jovem. Segundo as projeções da Fundação Seade no relatório “São José em Dados”, as pessoas acima de 60 anos, classificados como idosos, serão 20% da população da cidade daqui a 14 anos, o que representa cerca de 160 mil habitantes. Já o grupo etário de até 14 anos representará 17% ou 136 mil pessoas. A pesquisa é uma espécie de raio-x do município, que é atualizado a cada quatro anos, e que busca levantar informações, números e análises sobre a população, para guiar as políticas públicas da cidade. Para o secretário de Planejamento Urbano, Pedro Ribeiro Moreira Neto, esse perfil mais velho da população apontado pelo estudo vai mudar completamente a dinâmica da
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cidade. Por exemplo, será preciso focar em políticas públicas voltadas à mobilidade e à criação de novas centralidades, ou seja, instalar regiões centrais em vários bairros, de forma que o deslocamento das pessoas seja menor. “Temos que pensar seriamente em como as pessoas vão se locomover. Não vai dar mais para cruzar o município todas as vezes. Teremos que criar novas centralidades nos bairros”, disse. Outros dados importantes mostrados pelo relatório do Seade, é sobre o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade, que mede a qualidade de vida da população. O resultado foi que o índice varia de região para região, com localidades bem desenvolvidas e outras que sofrem com um indicador muito baixo. “O estudo levanta a média do IDHM, mas sabemos que há regiões com o índice muito baixo, e isso precisa ser trabalhado”, afirmou o secretário de Planejamento, Pedro Ribeiro Moreira Neto. Dividindo a cidade em 67 unidades de desenvolvimento humano, o estu-
do aponta que 16 delas têm IDHM entre 0,600 e 0,699, de “médio desenvolvimento humano”. Entram aí áreas na zona norte e a Favela do Banhado, por exemplo. Com IDHM entre 0,700 e 0,799, de “alto desenvolvimento”, o município conta com 21 locais, entre eles Campo dos Alemães, Putim e Santa Inês. Acima de 0,800, são 30 áreas, como Morumbi, Vila Industrial, Aquarius e Vila Ema. Os quatro bairros têm o maior IDHM da cidade, de 0,952. O caderno completo com a pesquisa realizada pela Fundação Seade está disponível para download no site da prefeitura de São José dos Campos, que irá distribuir exemplares impressos a faculdades, entidades de classes e centros de pesquisas. Com 132 páginas, a versão atualizada do material traz informações sobre a cidade, a divisão da população por região, índices econômicos, indicadores de saúde e educação, dados do sistema de transportes e patrimônios históricos, ambientais e centros esportivos e culturais.
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Ambiente Construído
Sustentabilidade
Gestão das Cidades no Brasil
O
Por Adilson Peloggia
mundo em que vivemos admite como ítens prioritários o consumo em quande escala de todos os produtos possíveis, de alimentos a equipamentos de alta tecnologia. Não temos a consciência da importância que a evolução requer cada vez mais de um planeta estável sob o ponto de vista dos recursos ambientais. Os graves problemas que adveem é o surgimento de grandes colápsos em todas as esferas da população. Surgiu então uma palavra que engloba essas ações, com o objetivo de garantir um equilíbrio, e que nas cidades esse termo é conhecido como ‘sustentabilidade’ ou ‘ecologia urbana’. O gerenciamento das cidades tem se caracterizado pelas suas dificuldades em enfrentar os problemas ambientais. Porquanto, são poucas as iniciativas para promover um gerenciamento integrado das atividades urbanas que aumente a qualidade de vida da população e preserve o equilíbrio dentro do ambiente construído. A dinâmica associada a uma crise na gestão pública apresenta como resultados uma explicitação das carências sociais e dos serviços públicos e uma dificuldade acentuada de gestão política/ administrativa. Isso tem provocado um crescente grau de deterioração do ambiente construído que se manifesta na degradação dos recursos hídricos e nas dificuldades para a garantia da qualidade de vida, associados ao saneamento. Diversas cidades brasileiras destacam um pessoal altamente técnico, tecnológicos, e bem formados academicamente, recursos humanos imprescindíveis para a realização de excelentes trabalhos nas Secretarias, destacando sua ação em torno de temas como poluição das águas e da poluição atmosférica, tratamento do esgoto, etc. A constituição de órgãos e agências públicas ligadas especialmente para a questão do ambiente construído e a formulação da política ambiental são recen50 | Vitti | revistavitti.com.br
tes no Brasil. Um ítem importante da ação pública para a área ambiental é a Constituição Federal de 1988, sendo atribuídas ações concorrentes entre as três esferas da federação: União, Estados e Municípios, como corresponsáveis pela garantia da qualidade do ambiente construído, e com isso dando condições maiores aos municípios para exercitarem políticas ambientais, que beneficiem a Nação. À aceleração da desigualdade somou-se a crise instalada pelo Estado, que tirou dos governos grande parte do seu poder de investimento em infraestrutura e serviços sociais. Como resultado, para uma parcela crescente da população a vida no ambiente construído também passou a ser sinônimo de desemprego, miséria, violência, favelas, congestionamentos degradação e poluição. As questões voltadas para urbanização são mais aceleradas nos países pobres: em média 5% ao ano, contra 0.6% nos países altamente desenvolvidos. Tendo em vista esses fatores, de 1995 a 2015, a população urbana nos países menos industrializados teve um crescimento de 52%, enquanto que nos desenvolvidos esse índice foi da ordem de 7%. Especificamente no caso brasileiro, destaca-se o fato de ter sofrido um dos mais rápidos processos de urbanização do mundo: de 46% em 1940, as cidades passaram a abrigar 80% da população brasileira em 1996 e deve chegar a 88% em 2025. A industrialização tornou os centros urbanos responsáveis por 90% de tudo o que é produzido no país, levando a uma concentração de pessoas em grandes metrópoles. A multiplicação das aglomerações no ambiente construído implica em mudanças também na sustentabilidade. Para trabalhar com problemas tais como:
lixo, resíduos sólidos, captação de água, segurança, transporte, poluição, deve-se pensar em novas formas de atuação dos gestores e a internalização da problemática ambiental no processo de formulação e implementação de diferentes políticas públicas, assim como a troca de experiências e informações entre os diferentes atores sociais é crucial neste processo. Portanto, a Faculdade Dehoniana de Taubaté está instalando um curso de Pós-Graduação na área do Ambiente Construído, com o objetivo de proporcionar o ingresso de profissionais com alto índice de conhecimento e pesquisa no mercado de trabalho, visando um significativo aumento das condições de Sustentabilidade Urbana. Prof. Dr. Adilson Peloggia é consultor ambiental. Contato: peloggia.adilson@gmail.com Junho, 2016
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Bem estar
Outono e Inverno Ayurveda
S
Por Alessandra Gabriel
omos uma extensão do Universo e todas as mudanças climáticas inf luenciam diretamente nosso corpo e humor. Mudamos quatro vezes ao ano de estação. E podemos observar que a cada mudança nos sentimos diferentes, às vezes incomodados ou acomodados com o calor ou frio, isso se dá por que somos seres únicos na natureza e com ela interagimos a todo o instante, nosso organismo responde individualmente às temperaturas do ambiente. Nessa e nas próximas edições daremos dicas de alimentação e automassagem para o equilíbrio dos Doshas em cada estação. Estamos no Outono, estação onde todos nós temos uma pré-disposição para o agravamento do dosha Vata (frio e seco) devido às mudanças na temperatura, visto que acabamos de sair de uma estação totalmente Pitta (quente/verão) e já nos preparando para o inverno. Na Ayurveda o oposto pacifica oposto e semelhante agrava semelhante. Nessa época do ano é comum sentirmos falta de concentração, peles e cabelos mais ressecados, insônia, aumento da ansiedade, prisão de ventre, dor de cabeça, resfriados devido a essas transições. Para minimizar esses sintomas recomendamos automassagem principalmente nas extremidades do corpo (antebraços, mãos, panturrilha e pés) com óleos de gergelim e rícino que são altamente nutritivos e quentes,
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ingestão de chás, sopas, alimentos cozidos, evitar alimentos crús, usar roupas escuras, pois elas mantêm a temperatura do corpo, e mesclar com cores quentes. Procurar tratamentos, massagens com óleos quentes, swedana (sauna Ayurvédica) pinda sweda (massagem praticada com trouxinhas de arroz, sal e ervas embebidas em óleo ou leite quente) banhos de ofurô. No inverno a terra se afasta do sol e tende a ficar mais úmida e fria, características do dosha kapha. Esta mesma influência pode ser observada no corpo humano: na estação kapha o metabolismo fica mais lento, o corpo esfria com rapidez provocando o aumento de características e desequilíbrios de natureza kapha no organismo como o aumento de peso e muco no corpo. Naturalmente buscamos no inverno alimentos mais quentes a reduzimos a ingestão de saladas cruas para contrabalancear as qualidades do clima. O Inverno pode ser Vata ou Kapha, dependendo do local onde a pessoa está. Normalmente em regiões litorâneas, o inverno é mais Kapha, pois é frio e úmido e, em regiões mais altas, como Campos de Jordão, na Serra da Mantiqueira, é mais frio e seco, tendo assim uma predominância Vata. Segundo essa tradição milenar o inverno é dividido em duas fases: Hemanta e Sisira. A primeira fase logo após o outono é chamada de hemanta. Neste período o dosha vata ainda é predominante e tende a intensificar estas características pela re-
dução acentuada da temperatura. Em hemanta é recomendado uma dieta que não agrave vata, mas que também prepare o corpo para a chegada dos atributos kapha. Então, neste ponto estamos vindo do outono cujo período recomenda-se o aumento dos sabores doce e ácido. Quando o frio começa a intensificar, reduz-se um pouco do sabor doce e acrescentamos um pouco dos sabores amargo e picante. Se o inicio do inverno for marcado por chuvas, deve-se aumentar também o sabor adstringente. No segundo período, chamado Sisira, as características lunares se acentuam e as características do inverno também. A estação agora é essencialmente Kapha: os elementos em abundância neste período são a água e a terra que trazem consigo os atributos frio, pesado, lento, pegajoso e escuro. Assim, o olhar sobre estas características devem ser levadas aos alimentos e rotina, a fim de ser evitados. De uma maneira geral a ayurveda recomenda uma dieta de inverno quente e com quantidade não excessiva. Deve-se aumentar a ingestão dos sabores picante, amargo e adstringente, moderar o sabor ácido e evitar/reduzir os sabores, doce e salgado. Alimentos frios pesados e de característica pegajosa (como queijos) também devem ser evitados. Alessandra Cristina Gabriel Prazeres Terapeuta Ayurvédica ABRA-RJ 399 SPA LUZ E VIDA Fone: 12 98811-8266 Tremembé - SP Junho, 2016
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Saúde
Dia Mundial SEM tabaco Organização Mundial da Saúde defende que embalagens de cigarro sejam padronizadas
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Por Paula Laboissière/A.B.
o último dia 31 de maio, foi lembrado o Dia Mundial sem Tabaco, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) defendeu a adoção por países-membros de embalagens padronizadas de cigarro e correlatos. A ideia é que todas as embalagens desse tipo de produto passem a ser iguais, seguindo um padrão definido e que determine forma, tamanho, modo de abertura, cor e fonte, mantendo-se apenas o nome da marca. Ainda de acordo com a proposta, as embalagens padronizadas de cigarro e derivados do tabaco não devem conter logotipos, cores e imagens específicas, design característico ou textos promocionais. Seriam mantidas, no país, apenas as advertências sanitárias que tratam dos malefícios provocados pelo tabagismo – atualmente exigidas no Brasil pelo Ministério da Saúde – e o selo da Receita Federal. Em nota, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) definiu as embalagens de cigarro como um grande instrumento de publicidade utilizado pela indústria,
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que investe em seu aprimoramento visual, formato e localização estratégica em pontos de venda. “Lançadas em edições limitadas, com brindes, em diferentes formatos, as embalagens de produtos de tabaco estão cada vez mais sedutoras”, destacou o órgão. No Brasil, tramitam no Congresso Nacional três projetos de lei que tentam instituir embalagens padronizadas de produtos derivados do tabaco. O Projeto de Lei nº 103/2014 propõe que as embalagens não contenham dizeres, cores e demais elementos gráficos além da marca e da logomarca, em letras de cor preta sobre fundo branco, e de advertência sobre os malefícios do tabagismo, acompanhada de imagens que ilustrem o sentido da mensagem. Já o Projeto de Lei Suplementar nº 769/2015 veda a propaganda de cigarros ou qualquer outro produto fumígeno e o uso de aditivos que confiram sabor e aroma a esses produtos, além de estabelecer padrão gráfico único das embalagens. O texto também transforma em infração de trânsito o ato de fumar em veículos quando houver passageiros menores de 18 anos. O terceiro e último projeto, o PL 1744/ 2015, dispõe sobre a embalagem de pro-
dutos fumígenos derivados ou não do tabaco comercializado no país. O Dia Mundial sem Tabaco foi criado pela Organização Mundial da Saúde em 1987 como um alerta sobre doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Dados da própria entidade se referem a uma epidemia global do tabaco que mata quase 6 milhões de pessoas todos os anos. Dessas, mais de 600 mil são fumantes passivos (pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes). Dados da entidade revelam que o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, respondendo por 63% dos óbitos relacionados a doenças crônicas não transmissíveis, 85% das mortes por doença pulmonar crônica, 30% das mortes por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago e outros), 25% das óbitos por doença coronariana e 25% das mortes por doenças cerebrovasculares. A previsão do órgão é que, se nada for feito, o mundo passe a registrar mais de 8 milhões de mortes por ano a partir de 2030, sendo que mais de 80% delas devem atingir pessoas que vivem em países de baixa e média renda. Junho, 2016
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Lançamentos
&
Som
Vídeo
Por Ronaldo Casarin
Coleção Tim Burton DVD - Universal
T
im Burton é aclamado pelo visual extravagante de seus fi lmes, além da narrativa fora dos padrões que dá a eles. Esta caixa de DVDs traz oito dos principais longas do cineasta. Em Os Fantasmas Se Divertem (1988), que em breve ganhará uma sequência, Michael Keaton é Betelgeuse ou Beetlejuice, o exorcista mais esquisito do planeta. Batman (1989) e Batman – O Retorno (1992), com Keaton no papel principal, resgataram o Homem-Morcego com força depois de anos de menosprezo. Homenagem ao universo
B do cinema dos anos 1950, Marte Ataca! (1996) tem um elenco de primeiro escalão (Jack Nicholson, Sarah Jessica Parker, Matthew Broderick) passeando por um roteiro sádico e delirante. Johnny Depp convence como o icônico Willy Wonka em uma versão não musical de A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005). Diferente deste, mas também estrelado por Depp, Sweeney Todd O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007) manteve o formato musicado em uma competente versão, honrando a obra original de 1979
de Stephen Sondheim. Já na animação A Noiva Cadáver (2005) e em Sombras da Noite (2012, mais uma vez ao lado de Depp) Burton exercita sua visão peculiar sobre o universo do horror.
Charles Bradley – Changes CD - Daptone
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os 67 anos de idade, o americano Charles Bradley chega ao seu terceiro álbum de estúdio com um trabalho honesto. O já veterano soulman que imitava James Brown antes de ser descoberto – de forma relativamente já tardia – traz neste novo disco um compilado de canções sobre dor, motivação e perseverança. A base sonora segue a mesma receita de sucesso dos dois álbuns anteriores: traz réplicas bem construídas de soul clássico dos anos 1960 e do funk
da década de 1970. A já muito divulgada cover de “Changes”, balada de 1972 do Black Sabbath, é irrepreensível e o ataque de metais de “Change for the World” é inspirador. O único problema de Changes parece expor é que Charles Bradley parece estar navegando por mares usando um mapa traçado por outras pessoas. Seria interessante um próximo disco com coprodução do próprio artista, colocando assim na prática sua vasta experiência de imersão no soul.
Black Sabbath
DVD - Versátil
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lack Sabbath (1963), o filme que dá nome a esta caixa com dois DVDs e que junta produções dirigidas por Mario Bava, se tornou lendário por ter batizado em 1969 a banda de Ozzy Osbourne e Tony Iommi, considerada uma das seminais bandas do heavy metal. Na verdade, Black Sabbath é uma versão remontada de Três Máscaras do Terror, que Bava havia realizado originalmente na Itália. Para 56 | Vitti | revistavitti.com.br
atingir os mercados dos Estados Unidos e da Inglaterra, o longa ganhou uma nova trilha sonora e diálogos em inglês. Aqui estão disponibilizadas as duas versões. Os Vampiros (1956) e Os Horrores do Castelo de Nuremberg (1972) são as outras produções presentes no lançamento, e os extras incluem uma rara entrevista com o cineasta. Para fãs de cinema de terror, filmes B, e raridades do cinema europeu, prato cheio. Junho, 2016
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Literatura
Brasil, um país de poucos leitores Pesquisa nacional aponta que 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro
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Da Redação
umentou ligeiramente o número de leitores no Brasil. Se em 2011 eles representavam 50% da população, em 2015 eles são 56%. Mas ainda é pouco. O índice de leitura, apesar de ligeira melhora, indica que o brasileiro lê apenas 4,96 livros por ano. A média anterior era de 4 livros lidos por ano. Os dados foram revelados no último mês, e integram a quarta edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. Realizada pelo Ibope por encomenda do Instituto Pró-Livro, entidade mantida pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), a pesquisa ouviu 5.012 pessoas, alfabetizadas ou não, mesma amostra da pesquisa passada. Isso representa, segundo o Ibope, 93% da população brasileira. Para a pesquisa, é leitor quem leu, inteiro ou em partes, pelo menos um livro nos últimos três meses. Já o não leitor é aquele que declarou não ter lido nenhum livro nos últimos três meses, mesmo que tenha lido nos últimos 12 meses. 58 | Vitti | revistavitti.com.br
A Bíblia é o livro mais lido, em qualquer nível de escolaridade. O livro religioso, aliás, aparece em todas as listas: últimos livros lidos, livros mais marcantes. 74% da população não comprou nenhum livro nos últimos três meses. Entre os que compraram livros em geral por vontade própria, 16% preferiram o impresso e 1% o e-book (versão digital). Um dado alarmante: 30% dos entrevistados nunca comprou um livro. Para 67% da população, não houve uma pessoa que incentivasse a leitura em sua trajetória, mas dos 33% que tiveram alguma influência, a mãe, ou representante do sexo feminino, foi a principal responsável (11%), seguida pelo professor (7%). As mulheres continuam lendo mais: 59% são leitoras. Entre os homens, 52% são leitores. Aumentou o número de leitores na faixa etária entre 18 e 24 anos – de 53% em 2011 para 67% em 2015. Entre as principais motivações para ler um livro, entre os que se consideram leitores, estão gosto (25%), atualização cultural ou atualização (19%), distração (15%), motivos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%), atualização profissional ou exigência do trabalho (7%), não sabe ou não respondeu (5%), ou-
tros (1%). Adolescentes entre 11 e 13 anos são os que mais leem por gosto (42%), seguidos por crianças de 5 a 10 anos (40%). Lê-se mais em casa (81%), depois na sala de aula (25%), biblioteca (19%), trabalho (15%), transporte (11%), consultório e salão de beleza (8%) e em outros lugares menos expressivos. Aos não leitores, foi perguntado quais foram as razões para eles não terem lido nenhum livro inteiro ou em partes nos três meses anteriores à pesquisa. As respostas: falta de tempo (32%), não gosta de ler (28%), não tem paciência para ler (13%), prefere outras atividades (10%), dificuldades para ler (9%), sente-se muito cansado para ler (4%), não há bibliotecas por perto (2%), acha o preço de livro caro (2%), tem dinheiro para comprar (2%), não tem local onde comprar onde mora (1%), não tem um lugar apropriado para ler (1%), não tem acesso permanente à internet (1%), não sabe ler (20%), não sabe/não respondeu (1%). Outro dado preocupante: a pesquisa perguntou a professores qual tinha sido o último livro que leram e 50% respondeu nenhum e 22%, a Bíblia. Quando justamente quem deveria ser exemplo de consumidor de livros demonstra esta realidade, algo realmente está errado. Junho, 2016
Livros
DicaS De Leitura
Brizola
Trajano Ribeiro e Clóvis Brigagão Ed. Paz e Terra
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is um livro que mostra para as novas gerações o lugar de Leonel Brizola na política brasileira. Revivendo grandes momentos da história de Brizola, é possível entender o quanto foi fundamental a sua dedicação ao Brasil. Autor de pérolas como “estou pensando em criar um vergonhódromo para políticos sem vergonha” ou “Sou como uma planta no deserto, basta uma única gota de orvalho para me alimentar”, Brizola foi o único político que conseguiu se eleger governador em dois estados: Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Resistiu à ditadura militar e teve uma imprescindível participação no processo de redemocratização do país. Seus companheiros de luta, Clóvis Brigagão e Trajano Ribeiro agora revisitam seus baús repletos de memórias para contar fatos curiosos da vida política do gaúcho. São pontos de vista daqueles que acompanharam de perto cada detalhe do retorno de Brizola ao Brasil e estiveram juntos na trajetória daquele que até hoje permanece no inconsciente coletivo de muitos brasileiros como um verdadeiro mito. Junho, 2016
Por Ronaldo Casarin
Eichmann em Jerusalém Hannah Arendt Companhia das Letras
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m 1960, sequestrado num subúrbio de Buenos Aires por um comando israelense, Adolf Eichmann é levado para Jerusalém, para o que deveria ser o maior julgamento de um carrasco nazista depois do tribunal de Nuremberg. Mas, durante o processo, em vez do monstro sanguinário que todos esperavam ver, surge um funcionário medíocre, um arrivista incapaz de refletir sobre seus atos ou de fugir aos clichês burocráticos. É justamente aí que o olhar lúcido de Hannah Arendt descobre a “banalidade do mal”, ameaça maior às sociedades democráticas. Numa mescla brilhante de jornalismo político e reflexão filosófica, Arendt investiga questões sempre atuais, como a capacidade do Estado de transformar o exercício da violência homicida em mero cumprimento de metas e organogramas. Um livro que mostra um lado estranho e bem comum do ser humano, onde mesmo a barbárie é encarada apenas como algo trivial e burocrático. Em tempos onde o ódio racial, de classe e pensamento só cresce no Brasil, a leitura desta obra pode trazer algumas luzes sobre o tema.
Fama e Anonimato Gay Talese Companhia das Letras
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melhor coisa que aprendi foi quando comecei, aos vinte e um anos de idade. Ainda hoje acredito - aos oitenta. O dono do jornal me disse: "Tente ser mais do que justo com aqueles de quem você realmente discorda". É uma regra maravilhosa - não basta ser justo. É preciso ser mais do que justo com aqueles de quem a gente pode discordar - seja política, social ou etnicamente. Já o pior do jornalismo é quando o jornal se torna conveniente ao governo", disse Gay Talese, um dos ícones do jornalismo mundial, em entrevista ao brasileiro Geneton Moraes Neto, quando perguntado sobre o que de melhor e o que de pior havia aprendido sobre o jornalismo em sua extensa carreira. Nas reportagens reunidas nesta antologia, o consagrado repórter americano que ajudou o 'Novo jornalismo' retrata o universo urbano de Nova York. Publicado no Brasil em 1973 com o título 'Aos Olhos da Multidão', o livro se tornou referência entre jornalistas e escritores. A edição inclui duas reportagens inéditas. revistavitti.com.br | Vitti | 59
Reflexão
Uma solidão diferente...
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Por Juliana Bueno
stou num café, em um shopping de São Paulo. É cedo ainda, mas as mesas estão cheias. Na maioria delas, as pessoas estão sozinhas. Sozinhas com seus pensamentos, planos e sonhos. Enfrentando da melhor maneira possível (sem conf litos?) estes momentos de solidão. O celular é o companheiro... não pode faltar. O meu mesmo, está na mesa ao lado do café que acabei de tomar. Já me conformei. Talvez seja melhor aceitar a “companhia do celular” do que revoltar-se, desenvolver conflitos e magoas, diante da solidão. É claro que estar sozinho, num determinado momento do dia, não significa que vivemos sozinhos, tampouco que a solidão nos aflige e que gostaríamos de resolvê-la. Lembro-me então neste momento de um determinado aprendizado na escola mística-filosófica, a Ordem Ro-
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sacruz (AMORC). Nele passamos a entender e a buscar uma “solidão iluminada”. Ainda que em breves momentos, quando a sua solidão existe, ela se reveste de uma certa aura, uma luz especial de harmonia e paz? Eu pergunto. Se for assim, é realmente bom, faz bem para a alma e para o coração estes momentos mais íntimos em que nos “deliciamos” com a nossa própria companhia. Isso nos traz serenidade, reflexões mais profundas e benéficas, e nenhum pensamento sequer negativo ou destrutivo. Se não for assim, algo precisa ser feito. Precisa ser transformado no seu mundo interior, seus pensamentos, atitudes e reações. Autoconfiança, autoconhecimento e autoestima são fundamentais para sentir-se bem, sentir-se feliz na única companhia de que dispõe no momento. Você com você mesmo! Talvez seja o momento ideal para descobrir uma nova luz, um novo caminho. Aonde você for, com quantas pessoas estiver ao seu redor, ou sem nenhuma
delas, seu coração poderá estar pleno de alegrias e sonhos, esperanças e metas. A chamada “solidão iluminada” poderá trazer então uma luz ainda maior, uma autêntica harmonia. São paisagens do mundo interior que realmente se fortalecem e se iluminam nestes momentos. Não é fácil, eu sei. Vamos hoje mesmo tentar entender melhor, e buscar dia após dia por esta meta pessoal. Ao concretizá-la todas as fases de sua existência na Terra (no “mês dos namorados”, por exemplo), poderão se tornar diferentes. Muito mais tranquilas e suaves. E você, se quiser, poderá comprovar isto. Feliz, próspera e abençoada “solidão iluminada” para todos nós, hoje, e sempre. Juliana Bueno é jornalista e escritora, especializada em temas espiritualistas e comportamentais. É autora dos livros “Dores Ocultas” e “Passageiros da Nave Terra” (Besouro Box). Junho, 2016
Artes
Artista Plástica de Ubatuba expôs no Salão de Artes da América Latina
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Da Redação
artista plástica Mônica Moraes, de Ubatuba, participou pela terceira vez do Salão de Outono da América Latina. Em sua quarta edição, a mostra aconteceu na Galeria Marta Traba, que fica dentro do Memorial da América Latina, em São Paulo. O Salão de Outono da América Latina traz a chancela do Salão
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de Outono de Paris, com mais de cem anos de existência. Este ano, Mônica Moraes faz uma homenagem a Ubatuba, retratando o piso do calçadão no Centro da cidade, acompanhado de guarda-chuvas coloridos, marca registrada da artista. A calçada, em que peixes e pássaros se completam, no melhor estilo do pintor americano Escher M.C., foi batizada de “UBACHUVA”. São oito telas de 20 x 25 cm, que colocadas
lado a lado registram a beleza da calçada. O Salão das Artes deste ano avaliou 446 inscrições, procedentes de 25 países. Foram selecionadas 172 obras, de 119 artistas de 12 países diferentes, entre pinturas, fotografias, esculturas, instalações, performances, vídeos, livros de artistas e artes gráficas em geral. Em Ubatuba, as obras de Mônica Moraes estão expostas temporariamente na Villa Guarani, na Rua Guarani, nº 653.
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Meio ambiente
Venda de Áreas Públicas no Vale do Paraíba Além do impacto ambiental, espaços em Jacareí e Pindamonhangaba podem deixar de abrigar instituições de ensino vitais para a região
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Por Gerson de Freitas
m recente divulgação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em veículos de mídia, chegou ao conhecimento da população o Projeto de Lei nº 328 de 2016, no qual se defende a venda de áreas públicas no Estado de São Paulo, entre as quais são citadas algumas na Região do Vale do Paraíba, com a justificativa de equilibrar finanças governamentais. Considerando-se o aspecto socioambiental, a venda de áreas como a Fazenda Cônego José Bento em Jacareí, na qual se encontram a Escola Técnica Estadual ETEC (Escola Agrícola “Cônego José Bento”) e a Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo – FATEC, é de assombroso retrocesso. No caso de Pindamonhangaba, a área a ser vendida está relacionada à Fazenda da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – Polo Regional da APTA (Haras Paulista), cuja perda também trará profunda mancha à história ambiental e à memória do município e de toda a região. As referidas áreas são “ilhas verdes” em meio ao avanço das áreas urbanas, propiciando diversos benefícios ambientais, como atenuação climática nas áreas urbanas, diminuição de poeiras e de poluição sonora, benefício estético e har-
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monia paisagística, infiltração de águas e diminuição do potencial de alagamentos, além de serem refúgio para diversas espécies de animais que buscam abrigo nas áreas de matas remanescentes. Resguardam ainda nascentes, corpos hídricos, depurando-os, o que, considerando-se o contexto de escassez hídrica, protege a qualidade e a disponibilidade dos recursos hídricos, trazendo melhorias à qualidade de vida da população valeparaibana. Mata-se o Rio Paraíba aos poucos, ora pela transposição, ora pelo avanço sobre seus afluentes e áreas de recarga hídrica (várzeas, por exemplo). As Fazendas contribuem também para melhorar a pontuação dos municípios no Programa Município Verde-Azul e possuem potencial para a formação de corredores ecológicos. Nas referidas Fazendas estão instaladas instituições de Ensino e Pesquisa que desempenham papel de extrema relevância, formando cidadãos conscientes e profissionais capacitados para atuar junto à população, aos setores públicos e instituições privadas, a partir de cursos, desenvolvimento de pesquisas, ações de extensão e transferência de tecnologia. Estudantes da Região e de outras partes do país desenvolvem pesquisas de ponta nessas Fazendas, utilizando, por exemplo, drones, encontrando peixes ameaçados e levando conhecimen-
to às comunidades. Cumprem, portanto, importante função social e consistem em patrimônio público de toda a região. Além disso, são áreas que ajudam a contar a história de Jacareí e de Pindamonhangaba, respectivamente, contribuindo para a manutenção da memória e da identidade de milhares de pessoas. Difícil encontrar moradores de Jacareí e de Pindamonhangaba que não tenham bonitas histórias (e fotos!) sobre as belas Fazendas. Vendidas, esvair-se-ão em pouco tempo ao darem lugar para estacionamentos, supermercados, prédios, lojas e concreto. Vendê-las é ir na contramão de concepções internacionalmente reconhecidas de democratização dos espaços públicos nas cidades, com maior participação na forma da governança participativa e cidadã. O potencial para a cultura, para as questões ambientais, para o lazer e para a melhoria da qualidade de vida dará lugar à inércia do poder de compra. Prof. MSc. Gerson de Freitas Junior é Geógrafo e atualmente é professor da FATEC Jacareí, da UNITAU e da UNOPAR. Perícia Judicial (CONPEJ – 02001684). É Doutorando em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento pela Universidade Aberta de Portugal. Contato: gerson.freitas.junior@gmail.com
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Aviação
Aeroporto de São José dos Campos encerra voos comerciais
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Da Redação
a manhã do último dia 1º de junho, a TAM Linhas Aéreas fez seu último voo entre o aeroporto de São José dos Campos e o de Brasília. A partir desta data, a empresa deixou de operar na cidade, após oito meses de atividade. Com isso, o único aeroporto do Vale do Paraíba perdeu seu único voo comercial disponível até então. Segundo a TAM, o fim da linha SJC-Brasília, se deu para "enfrentar os desafios do cenário atual no país", dando a entender questões econômicas para
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tal medida. “A companhia revisou o seu guidance para 2016, projetando para este ano uma redução de 10% a 12% na sua oferta doméstica total de voos no mercado brasileiro”, informou a companhia em nota. Por hora, a TAM não sinaliza se este ou outros voos poderão ser retomados a partir do aeroporto joseense, e limitou-se a informar, também em nota, que “segue atenta às necessidades dos clientes para iniciar, ampliar ou adequar suas operações”. A Infraero, que administra o aeroporto de São José dos Campos se pronunciou sobre o caso dizendo que a “inclusão, al-
teração e cancelamento de voos é uma decisão estratégica das empresas aéreas. A Infraero, apesar da suspensão anunciada pela TAM, vai recorrer ao mercado em busca de novos parceiros”, completou. Com capacidade para 2,7 milhões de passageiros ao ano, o aeroporto de São José só receberá voos executivos. Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São José lamentou a interrupção do voo da TAM e disse que continuará trabalhando em parceria com a Infraero para atrair outras empresas interessadas em operar em São José dos Campos.
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Mercado
A comunicação durante crises
Zelar pela boa reputação de uma empresa durante períodos de turbulência depende de um trabalho planejado e bem articulado
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Por Fernando Antunes
á uma história verídica de um empresário brasileiro que enfrentava uma grande crise com seus clientes e disse que “a comunicação não era importante, pois no fim das contas tudo seria decidido na Justiça”. Como a empresa em questão era de um setor monopolista, ele não deixava de ter razão. Pensando de maneira pragmática, mesmo que a reputação da empresa fosse afetada, os clientes continuariam cativos, salvo algumas exceções. Porém, até em setores competitivos, muitas empresas acreditam que consumidores se esquecem das notícias ruins ou que, mesmo afetados, levarão em conta outras vantagens, como preços mais baixos, em suas decisões de compra. O argumento da defesa da reputação, muito usado por especialistas em comunicação, é totalmente frágil, pois se engana quem imagina que o cliente continuará optando por determinado produto, sem qualquer pensamento negativo, durante e após uma crise. 64 | Vitti | revistavitti.com.br
O gerenciamento de uma crise de comunicação deve ter sempre em vista zelar pela boa reputação da empresa. Os modelos eficazes deste ramo precisam atuar sobre a percepção dos consumidores, não só porque é deles que depende a sobrevivência da empresa, mas porque são eles que, pelas mídias sociais e pela Imprensa, influenciarão o rumo da crise. O trabalho de Comunicação durante momentos de crise é dividido em duas partes: preparação e reação. Pode parecer algo estranho, mas se preparar para a crise, ou seja, procurar pêlo em ovo, como diz o ditado popular, é algo extremamente importante e faz parte do Controle Administrativo de uma organização. Mensurar as ameaças e os pontos negativos é uma forma de prever onde há possibilidade de algo ruim ocorrer. Ao prever essas etapas, é preciso reagir imediatamente, mesmo que a crise ainda não seja algo presente. Quando reagimos a esses pontos da etapa de preparação, nos habilitamos a lidar com a crise quando ela ocorrer ou mesmo evitá-la. Há situações em que não há como prever, como acidentes aéreos, por exemplo. Po-
rém, há um planejamento elaborado para quando ocorre algum acidente. Todas as áreas da empresa devem saber como reagir e são diretamente subordinados ao Gabinete de Crise, formado por profissionais de várias áreas, inclusive de Comunicação, que são os responsáveis por definir a estratégia de crise. Seja em casos extremos - como a queda de um avião -, ou em algo mais previsível, como a queda de receita de uma empresa, o gerenciamento desta crise deve ser algo planejado e muito bem organizado, dirigido e controlado. Situações como essas podem acabar com a reputação de uma organização ou então mostrar competência para lidar com dificuldades e manter a credibilidade inalterada. Infelizmente, algumas empresas ainda pensam que cortar a Comunicação para diminuir despesas é uma saída para equilibrar o orçamento. Ai quando se deparam com a falta de cliente, lembram que ninguém sabe o que você vende se o público não for avisado. Fernando Ivo Antunes é consultor de marketing. Junho, 2016
Cinema
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Francis Ford Coppola publicará caderno de anotações que mantinha durante O Poderoso Chefão
Da Redação
caderno de anotações que o cineasta Francis Ford Coppola manteve enquanto fazia O Poderoso Chefão vai virar um
Junho, 2016
livro de 720 páginas. A publicação, nos Estados Unidos, está prevista para ser lançada em 15 de novembro deste ano, custando US$ 50. Uma edição limitada de cópias assinadas estará disponível por US$ 250. The Godfather Notebook detalhará o processo criativo de Coppola e vai trazer as ideias e anotações pessoais que o diretor fez nas margens do texto original de Mario Puzo quando estava adaptando a obra para a telona. O livro ainda contará com fotos inéditas e uma nova introdução assinada por Coppola. O cineasta comunicou o lançamento do material à imprensa no último mês, e
disse: “Esse caderno era minha referência particular para o filme. Estou muito animado de, depois de tantos anos, compartilhar isso com quem estiver interessado. É essencial para entender o que foi preciso para levar o livro de Puzo para as telas.”. O Poderoso Chefão saiu em 1971 e gerou duas continuações (em 1974 e 1990), sendo uma das maiores referências do cinema mundial e cultuado pelo público e por críticos especializados. O longa estabeleceu Coppola como um dos maiores diretores de Hollywood e rendeu a ele um prêmio Oscar de Melhor Roteiro Adaptado (compartilhado com Puzo).
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Tecnologia
A Síndrome das Notificações Móveis
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Por Adailton Batista
erá que o excesso de informações que recebemos por diversos meios de comunicação móvel, durante as seis, oito, ou mais horas de trabalho, além daquelas que chegam no período descanso, tem deixado nossa mente cansada e confusa? No curso que a vida segue, podemos ser surpreendidos por uma nova síndrome, a das “notificações móveis”. Antes de entrar especificamente na reflexão que o título propõe, quero retomar o significado das palavras: síndrome e notificações, conforme está no dicionário. Síndrome: palavra de origem grega, "syndromé", cujo significado é "reunião", termo bastante utilizado em Medicina e Psicologia para caracterizar o conjunto de sinais e sintomas que definem uma determinada patologia ou condição. Já a palavra notificação penso que, mais do que saber a definição, é uma realidade contida em quase tudo que fazemos. A palavra significa a ação e o efeito de notificar - verbo que deriva do latim "notificare" comunicar formalmente uma resolução ou
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dar uma notícia com um certo propósito. Não quero tomar posição com acusação, preconceito, ou opinião contrária ao uso da tecnologia. Mas abrir espaço para alguns questionamentos: de que modo temos vivido e quais influências a notificação móvel - marca das novas tecnologias - tem gerado em nossa vida? Quantas notificações recebemos por dia? Seja no celular, em outros dispositivos móveis ou no computador de mesa? O que conseguimos ler, assimilar, refletir e responder no decorrer das 24 horas? É o e-mail que chega na sua caixa de entrada, o whatsapp do grupo que não para de apitar, o twitter daquele jornalista ou personalidade que você segue, a reunião que vai começar, a foto do namorado(a) que foi publicada no facebook, o aviso do aplicativo para tomar água, remédio. Enfim, durante todo tempo que nosso dispositivo móvel está ligado, se não tivermos desabilitado o recurso nas configurações das ferramentas e aplicações, a cada minuto chegará uma notificação sobre algo. Segundo estudiosos, uma edição de domingo de grandes jornais, contém mais
informação do que uma pessoa do século XVII recebia ao longo de toda a sua vida. Na própria internet encontramos pesquisas científicas que afirmam que o excesso de informação pode causar exaustão do Sistema Nervoso Central do cérebro. Sempre escrevo artigos a partir de alguma experiência que vivo ou de realidades que observo. Portanto, não me excluo de nada que abordei. Deixo aqui algumas dicas que tenho adotado para não perder o foco. Primeiro: pergunte a si mesmo o que é essencial. Depois, na parte prática, desabilite as notificações dos grupos (whatsapp, telegram, entre outras redes sociais). Lembre-se: se alguém deseja falar com você no horário de trabalho, tentará outros meios, como fazer uma ligação. Segundo: não perca a paciência e a sua paz porque esta ou aquela pessoa não respondeu de imediato a sua mensagem. Precisamos ser protagonistas no uso da tecnologia e da informação e, jamais, escravos. Nós é que precisamos ditar as regras! Adailton Batista é missionário da Comunidade Canção Nova Junho, 2016
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Esporte
Luz, Câmera, Esporte e Ação
Por Fabiana Ferreira fabycanoagem@hotmail.com www.luzcameraesporteacao.blogspot.com
ºdas 28 praias o 4Desafi U ma maratona de emoções e visuais incríveis. Da praia da Tabatinga à praia Dura fora 28 praias e 42 quilômetros de paisagens e subidas de perder o fôlego. A prova reuniu cerca de 1.800 atletas divididos em várias categorias: 42 km entre solos, duplas, trios, quartetos e quintetos e a grande novidade da etapa, 21km solo, masculino e feminino. Mais do que uma maratona, um encontro de atletas apaixonados por praia e trail run. Fique por dentro da segunda etapa de 2016 que acontece em setembro: www.desafio28praias.com.br Fotos: Fabiana Ferreira
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Junho, 2016
Paulo Barbosa
O mar e as belas praias
de Ubatuba como cenário do
Circuito Extreme
A
Paulo Barbosa
cidade de Ubatuba recebeu pelo 4º ano consecutivo o Circuito Extreme – uma prova para os amantes do trail run que reúne belezas naturais e muitos desafios. Da praia do Prumirim à praia da Almada, foram três opções de percurso: 8 Km solo (largada Ubatumurim) e 21 Km solo e revezamento. Os atletas se surpreenderam e se divertiram muito com as travessias de rio que deixaram a prova ainda mais desafiadora. Para Carlos Eduardo Ribeiro, o Caco, diretor da prova, “este evento tem um gosto a mais, um carinho especial, por reativar a trilha Puruba – Justas, antiga trilha do Telégrafo, utilizada antes da Rodovia Rio-Santos”, explicou. Surpreenda-se com os desafios e beleza do Circuito Extreme. Próxima Etapa em São Luiz do Paraitinga, em 24 de julho. Aventure-se! www.circuitoextreme.com
Junho, 2016
Fotos: Fabiana Ferreira
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Esporte
O Vale do Paraíba no Rio 2016
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Por Ronaldo Casarin
uem são e o que buscam os atletas valeparaibanos que estarão em ação nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. A Revista Vitti entra no clima de aquecimento para o maior evento esportivo do planeta, e destaca mês a mês, até o início dos Jogos, em agosto, os atletas nascidos no Vale do Paraíba que defenderão o Brasil na primeira Olimpíada realizada na América do Sul.
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Alex Pombo Modalidade: Judô Idade: 27 anos Cidade: Guaratinguetá
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convocação final da seleção brasileira que representará o Brasil no Rio de Janeiro foi cercada de incertezas e indefinições. A principio, a Confederação Brasileira de Judô iria levar em conta como critério de escolha o melhor atleta ranqueado em cada categoria. O Brasil como país sede, teve direito a um atleta, no masculino e no feminino, em cada categoria. Alex Pombo compete na categoria dos Leves (até 73 Kg), e vai para sua primeira participação em Olimpíada. Nascido em Guaratinguetá, e criado em São José dos Campos, onde começou no Judô, hoje ele compete pelo Minas Tênis Clube. Entre suas muitas conquistas, destaque para o tricampeonato sul-americano, o bronze no Mundial Militar e o vice-campeonato Mundial por equipes. No Rio de Janeiro, Pombo afirma que tem condições de chegar ao título, mas sabe que enfrentará adversários de alto nível, e o caminho para uma medalha não será fácil. O Judô será disputado de 6 a 12 de agosto, na Arena Carioca 2, no complexo do Parque Olímpico da Tijuca. Alex Pombo competirá no dia 8 de agosto.
Junho, 2016
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Jacareí São José dos Campos Caçapava Taubaté Tremembé Pinda Aparecida Guaratinguetá Lorena Cruzeiro Santo Antonio do Pinhal Campos do Jordão Passa Quatro Ubatuba Junho, 2016