Revista Vitti, Novembro 2016 Edição n131

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Capa

Camila Guimarães, Dulce Schmidt e Sergio Guimarães, proprietários do Atelier Stylia

www.revistavitti.com.br Edição 131 - Ano 11 Novembro, 2016 Foto: Ronaldo Rizzutti

lavia Alonso Ayala

Caderno

Especial Gastronomia Regional Entrevista

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA VENDA PROIBIDA Vale do Paraíba, Litoral Norte e Sul de Minas Novembro, 2016

Dulce Schmidt Artista plástica fala do lançamento do Stylia Atelier Conceito e da arte do vidro

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Índice

Novembro 2016 | Edição 131 | Ano 11

Caderno Especial Gastronomia............................. 14 Ponto de Vista

Inclusão Social............................................................. 50

Economia

A polêmica PEC 241.............................................................52

Negócios

Dilema do desenvolvimento profissional...................... 54

Saúde Monicuee Alvez

Gordura no Preenchimento Facial............................... 74

Entrevista

Dulce Schmidt..............................................................10

Artista plástica fala de como a paixão pela arte do vidro ajudou a tornar realidade o sonho de ter seu próprio atelier, da realização de cursos com o objetivo de divulgar a arte de transformação do vidro e dos planos para o novo negócio.

Reflexão

Novembro, Saudades e Outras Emoções.................... 82

Ambiente construído

Entenda os Pagamentos por Serviços Ambientais...... 84 Lançamentos – Som & Video................................. 88

Carros

Manutenção de Pneus: Dicas e Cuidados................... 92

Direito

Crimes na Internet........................................................ 94

Editorial

A Surpreendente Gastronomia

S

empre que terminamos uma edição da Revista Vitti, mesmo antes dos exemplares saírem da gráfica, já estamos maquinando o próximo número. Um processo que envolve conversas, levantamento de temas, troca de ideias, notícias, fatos e histórias que podem figurar em nossas páginas. O processo não é simples, nem rápido, demanda algum tempo, mas sempre flui e resulta em um produto final que nos agrada. Melhor ainda quando depois de alguns dias começamos a receber o retorno positivo de nossos leitores, anunciantes e parceiros. Assim continua sendo, e nesta edição de novembro muito nos alegra entregar mais um número da Vitti, e mais uma vez destacando um tema delicioso: Gastronomia. Decidimos dedicar

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um bom número de páginas a este assunto pela incrível capacidade deste ramo se reinventar e superar cenários que, a princípio, podem parecer adversos. Basta atestar que ainda vivemos um momento de dificuldades na economia nacional, mas mesmo assim a gastronomia segue como um setor que faz sucesso e consegue até mesmo crescer. Em constante movimento, a enorme gama de peças que formam o grande quebra-cabeça gastronômico moderno do Brasil é uma fonte quase inesgotável de boas surpresas ao nosso paladar. Assim chegamos com nossa edição 131. Embalados e entusiasmados com tantos sabores, cheiros e cores que a boa cozinha brasileira e, em especial a valeparaibana, pode gerar. Uma pena nossas páginas não exalarem os aromas das delícias que estão nas páginas a seguir. Além do Caderno Especial, confira

também matérias e colunas sobre os mais variados assuntos, de saúde à economia, passando por esportes e carros, cultura e negócios, educação e arte. Nossos colunistas sociais registram os mais concorridos e badalados eventos sociais de toda a região. Você vai se surpreender. Boa leitura.

Marcela Vitti Diretora “Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Em ti me alegrarei e salvarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.” SALMO9:1-2

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Diretora: Marcela Vitti Assistente: Isaura Silva Diagramação e Criação: Bruno Moura Jornalista Responsável: Danielle Martins da Silva - MTB: 37796 Foto da Capa: Camila Guimarães, Dulce Schmidt e Sergio Guimarães (Foto: Ronaldo Rizzutti) Repórter Fotográfico: Monicuee Alvez Colunistas: São José dos Campos: Gilberto Freitas - Caçapava: Anna Dennz Taubaté: Socorro Pinto e José Luiz (Luizinho) - Aparecida: Ligia Ballot - Guaratinguetá: Benê Carvalho. Colaboradores: JULIANA BUENO, CARLOS MARCONDES, ADILSON PELOGGIA, LUIZ D’URSO, ÉRICO PAMPADO DI SANTIS, FABIANA FERREIRA, ARCIONE VIAGI, FELIPE GUARNIERI E RAFAEL FERRO. DIRETORA COMERCIAL: Marcela Vitti (12) 98122-3000 - marcela@revistavitti.com.br SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / TAUBATÉ / PINDA / UBATUBA: Isaura Silva (12) 98270-0019 - isaurasilva@revistavitti.com.br SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / TAUBATÉ / UBATUBA: Marcela Vitti (12) 98122-3000 - marcela@revistavitti.com.br GUARATINGUETÁ / APARECIDA / LORENA: Benê Carvalho (12) 98270-0069 - benecarvalho@revistavitti.com.br DISTRIBUIÇÃO: Rodrigo Melo Gratuita e dirigida às cidades de Taubaté, Quiririm, São José dos Campos, Caçapava, Pindamonhangaba, Tremembé, Guaratinguetá, Lorena, Cruzeiro, Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e Ubatuba Impresso no parque gráfico da Resolução Gráfica Ltda. ATENDIMENTO AO CLIENTE: (12) 3632-3060 / (12) 98270-0018 - Rua dos Operários, 118 - Taubaté - SP Os artigos, matérias, opiniões e anúncios aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus idealizadores, e não refletem necessariamente a opinião da Revista Vitti. Os conteúdos veiculados nos anúncios publicitários são de inteira responsabilidade dos anunciantes. É proibida a reprodução total ou parcial da revista sem autorização da Revista Vitti.

Cartas “Parabenizo a revista pela reportagem sobre o grande Mestre Paizinho, um herói da cultura popular e batalhador da tradição do Moçambique. Que nas próximas edições vocês possam dedicar sempre um espaço a essas pessoas que levam adiante bandeiras tão importantes.” Rebeca Delucchi, por e-mail

“A cada mês me surpreendo com a Revista Vitti, e positivamente. Uma publicação tão agradável, e de distribuição gratuita, com conteúdo, fotos lindas, eventos e temas interessantes. Cada edição é um show!” Nathália Gretta, , via Facebook

“Adorei este texto sobre o uso da ciclovia [“A Ciclovia não foi feita para ser usada”, p. 58, ed. 130, outubro2016], pois aborda um tema muito atual. É quase um absurdo ainda existirem motoristas que tratam as ciclovias e os próprios ciclistas como um obstáculo nas cidades. Já está mais do que na hora de modernizar e humanizar nossas ruas.” Alexandre D’Ávilla, via Facebook

CAPA

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“Mais uma vez um enorme arraso o especial de Arquitetos e Decoradores da Revista Vitti. Projetos lindos e profissionais de primeira. Parabéns.” Izyane Lemes, via Facebook

CORREIO VITTI

Fale conosco: opine, critique e dê sugestões. Escreva para: redacao@revistavitti.com.br Novembro, 2016

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Nossa equipe

Equipe

ISAURA SILVA

BENÊ CARVALHO

BRUNO MOURA

MONICUEE ALVEZ

Assistente e vendas

Diagramação e Criação

Vendas e Colunista Guará

RODRIGO MELO Distribuidor

Fotógrafa

Colunistas

SOCORRO PINTO Taubaté

ANDRÉ FLEMING

São José dos Campos

Taubaté

GILBERTO FREITAS

ANNA DENNZ

FABIANA FERREIRA

LIGIA BALLOT

São José dos Campos

Esporte

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JOSÉ LUIZ

Caçapava

Aparecida

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Entrevista local em Taubaté, e em alguns meses o prédio estava pronto. De lá para cá fomos trabalhando muito, equipando e preparando o espaço Stylia, que iniciou seu funcionamento em outubro oferecendo soluções customizadas para decoração e arquitetura, restauração, vitrais e também os cursos de técnicas de transformação do vidro. Vitti - Qual e o seu público-alvo para os cursos na Stylia? D.S. - Não há necessariamente um perfil específico de aluno. Podem ser pessoas que já tenham seu viés artístico desenvolvido e que busquem o aperfeiçoamento de sua técnica, ou que busquem uma nova atividade artística. O espaço Stylia está também aberto a pessoas que estejam buscando atividades lúdicas e mesmo arte-terapia.

F

Da Redação

ormada em Artes, Dulce foi professora por 15 anos até que os caminhos da vida a levaram para longe do Brasil. Sua relação com a arte do vidro começou em 2001, quando fez um curso de iniciação da técnica de “fusing” – onde funde-se camadas de vidro em altas temperaturas – no Peru. Nascia ali a paixão pela criação artística utilizando o vidro como matéria-prima. Em 2004, Dulce parte com sua família novamente para viver no exterior, e dessa vez o destino foi a Europa. No Velho Continente, se aprofundou nos estudos e aprimoramento das técnicas de manipulação do vidro para fins artísticos em renomadas escolas na França e Suíça, como o École du Louvre em Paris, Atelier du Verre da mestre vidreira na arte do sopro Martine Durand Gosellin em Saint Meloir des Ondes, e no Atelier Creative Glass, em Volktswil, com Erna Piechna, entre outros. Em 2015, Dulce voltou ao Brasil, e junto de seu marido Sérgio Guimarães e sua filha Camila, montou o atelier 10 | Vitti | revistavitti.com.br

Stylia – Arte em Vidro, localizado em Taubaté. Em entrevista à Revista Vitti, ela fala sobre como a paixão pela arte do vidro a levou a tornar realidade o sonho de ter seu próprio atelier, da realização de cursos com o objetivo de divulgar a arte de transformação do vidro e dos planos para o novo negócio. Vitti - O atelier Stylia chega com uma proposta bem interessante, e que não é tão comum de se encontrar, na região e no país. Como você desenvolveu essa ideia? Dulce Schmidt - A arte de transformação do vidro é milenar e muito difundida na Europa. No Brasil, ela chegou com os primeiros imigrantes, com desenvolvimento em algumas regiões como Minas Gerais e no Sul, mas é uma técnica que exige atualização e eventualmente investimentos, o que faz com que hoje sejam poucos os que dominem as técnicas. Depois de morar na Europa e me aprofundar no estudo dessas técnicas, surgiu a oportunidade de retornar ao Brasil com minha família. Há muitos anos eu cultivava o sonho de ter meu próprio atelier, e esse retorno foi o momento certo. Em 2015 escolhemos o

Vitti - Quais os tipos de vidro que serão disponibilizados para os cursos na Stylia? D.S. - Teremos à disposição para trabalhar vidro nacional de boa qualidade, que para ser colorido necessita uma pintura especial à base de óxidos. Trabalharemos também com vidro Murano, de fabricação Italiana e Americana, e teremos ainda para utilização no fusing um tipo de vidro importado dos EUA da Bulls Eye, um dos mais renomados fabricantes mundiais de vidro colorido na massa. Para os vitrais trabalharemos com vidros nacionais com texturas e cores variadas e vidro importado da Wissmach.

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Vitti - Quais as técnicas de trabalho artístico com o vidro que você vai ensinar aos alunos? D.S. - Estamos numa ampla instalação de 400m² onde é possível desenvolver as mais variadas técnicas de transformação do vidro. São várias modalidades, como a técnica com o maçarico, que é uma das mais antigas e com possibilidades que se limitam a habilidade de quem executa. A técnica consiste na transformação de varetas de vidro em pequenas peças, como contas para colares, pulseiras e brincos, puxadores para armários e gavetas, pequenos bonequinhos, esculturas rebuscadas ou o que a imaginação permitir. A chama do maçarico chega a uma temperatura de 1200°C, o que em si torna esta experiência fascinante. Trabalhamos com muita segurança, utilizando vestimenta adequada e seguindo todos os procedimentos para que não aconteçam acidentes. Vitti - Existe a técnica do “fusing”, que seria algo como fundir o vidro, certo? Ela será uma das técnicas ensinadas na Stylia? D.S. - Sim, essa técnica será ensinada e consiste em sobrepor várias camadas de vidro e fazê-las fundir, no estado sólido, dentro de um forno de alta temperatura. Após o aquecimento acima dos 800°C, as diferentes camadas de vidro formam uma placa homogênea composta por diferentes cores, formatos e texturas. É uma técnica que exige material e equipamentos adequados para que resulte num trabalho de qualidade, e nós ofereceremos tudo isso aqui. Outra modalidade é a milenar arte dos vitrais. É um trabalho

que tem larga tradição na Europa, e também no Brasil. Nós vamos difundir essa arte na região para contribuir para que esta tradição seja continuada. Vitti - Ainda sobre as modalidades que serão oferecidas na Stylia, fale um pouco sobre a Pâte de verre. D.S. - Podemos também chamar essa técnica de pasta de vidro ou glasscasting, e consiste em dominar a coloração na massa. A pasta de vidro é um material que contém bolhas e que quando recebe luz permite obter um aspecto encerado, opaco, semitransparente, translúcido ou áspero. O método consiste em misturar grânulos de vidro que são então colocados sobre um molde e que recebe por sua vez algum tipo de adesivo que vai ajudar na fixação da pasta de vidro que será aplicada sobre a superfície. Ensinaremos essa técnica em nossos cursos também. E finalizando, teremos ainda a técnica do jateamento, que consiste em alterar a superfície do vidro com um jato de alta pressão carregando material abrasivo. Este é um processo versátil muito procurado por arquitetos e decoradores.

Vitti - A Stylia já nasceu como uma empresa familiar, com você, seu marido e sua filha trabalhando juntos. Como é essa experiência de trabalhar em família? D.S. - Meu marido, Sérgio Guimarães, tem um papel muito importante na realização deste sonho. Ele é engenheiro e foi executivo de empresas internacionais por muitos anos, daí a responsabilidade por projetar a parte estrutural e funcional do atelier, atentando aos aspectos de segurança e adaptação do espaço. Ele tem um papel de direção operacional do atelier. Já nossa filha Camila está conosco cuidando da loja. Ela é designer, e além do trabalho na Styla, é qualificada como calígrafa e pratica arquitetura de papel produzindo obras e desenvolvendo cursos e serviços nestas áreas. Juntamente com suas atividades na Stylia ela tem uma parceria com nosso filha mais velha, Thais, na Sister Sister, uma empresa especializada em produtos de papelaria para festas. Nós somos a equipe, e a cada dia estamos construindo um relacionamento de trabalho que vem reforçar os laços familiares.

Vitti - Além da loja e dos cursos que serão ministrados no atelier, você pretende abrir o espaço da Stylia para a prestação de serviços. Como isso vai funcionar? D.S. - Temos uma estrutura bem profissional e completa, com maquinário, ferramentas, matéria prima, conhecimento e operamos num ambiente seguro e controlado. Com isso, queremos atender arquitetos e decoradores que cheguem até nós com seus projetos, então poderemos desenvolver e fabricar peças de decoração, lustres e vitrais. Fazemos também a restauração de peças em vidro. Vamos colocar nosso espaço à disposição de artistas e alunos que desejem desenvolver suas técnicas alugando nossas instalações e adquirir materiais que estarão à disposição sem a necessidade de um investimento em equipamento e espaço.

Vitti - O atelier já está funcionando com os cursos e a loja. Quais são os planos para o futuro e novos projetos da Stylia? D.S. - Além dos cursos e da loja queremos que a Stylia se torne um espaço para atividades artísticas, como exposições e workshops. No futuro, também quero aproveitar o espaço para poder oferecer alguma atividade de cunho social, atendendo jovens para ensinar as técnicas de transformação do vidro. Seja com um enfoque profissionalizante, ou simplesmente para oferecer a eles algo novo, que desperte uma paixão pela arte. Colocar o atelier para funcionar foi a realização de um sonho e tenho confiança de que podemos fazer a diferença como espaço de produção e divulgação da arte de transformação do vidro.

Fotos: Ronaldo Rizzutti

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Social Taubaté

Atelier Stylia

Fotos: Monicuee Alvez

Os proprietários Dulce Schmidt, Sergio Guimarães e Camila Guimarães do Atelier Stylia receberam os amigos e clientes no coquetel de inauguração que se deu no dia 25 de outubro, em Taubaté. Tanto a loja, como o espaço de arte e as instalações surpreenderam positivamente.

Dulce e Sergio

Sergio, Pollyana e Dulce

Giorgia, Clarice, Mariella e Marilda

Cleide, Marcia e Sonia

Luana , Dulce e Murilo

Pedro, Mariana, Camila e Natalia

Bia, Rose, Alfredo Kobbaz e Dulce

Lena e Yara

Dulce e Judith

Ana Emília, Maria Lucia, Marisa, Alexandra, Marcela, Clarice e Nale

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especial

Gastronomia

Sabores de uma Região A identidade gastronômica brasileira passa pela pluralidade da cozinha do Vale do Paraíba

O

Da Redação*

ato da alimentação é um dos pilares sociais na história da humanidade. Por meio dela, são carregados elementos culturais que identificam diferentes povos e regiões. Hoje a cozinha brasileira é largamente influenciada por uma infinidade de agentes vindos de todos os lugares do mundo, mas as raízes da gastronomia nacional são bem fortes. Muitos chefs hoje renomados se dedicam a buscar ingredientes e receitas regionais, de forma a compor cardápios plenamente brasileiros. É aí que a vasta cozinha do Vale do Paraíba – e aqui incluiremos também Serra da Mantiqueira e Litoral Norte paulista - aparece com grande destaque na composição deste universo. A formação da culinária nacional recebeu muita influência dos habitantes valeparaibanos. Registros históricos contam que costumes da alimentação local foram levados por tropeiros e bandeirantes para outros cantos do Brasil. O Vale do Paraíba, devido a sua posição geográfica, tornou-se rota de passagem do ouro extraído das Minas Gerais, daí 16 | Vitti | revistavitti.com.br

a formação da Estrada Real ligando as cidades mineiras ao litoral brasileiro. Há evidencias de que a rica culinária de Minas Gerais é em grande parte influenciada pelos hábitos dos tropeiros e bandeirantes paulistas. Nos farnéis carregados por esses viajantes era comum encontrar feijão, farinha, carne-seca e sal, que constituem os elementos básicos da dieta original da cozinha paulista. O tutu de feijão é, sem dúvida, uma criação paulista inspirada nos hábitos indígenas. Os índios não cozinhavam nenhum alimento juntamente com outro, mas comiam a farinha com o feijão. Os bandeirantes levavam a combinação farinha e carne-seca em suas marchas e deixavam o feijão para as paradas, armando acampamento e esperando seu cozimento nas panelas de barro ou ferro. Podemos identificar elementos da base da culinária paulista em receitas tradicionais do Vale do Paraíba. O bolinho de milho e a quirera, o afogado, cuscuz, o arroz com suã, o tutu de feijão, as moquecas de Caçapava, pamonhas, paçocas e todas as variações de receitas com o pinhão. Mas nenhuma outra iguaria do Vale do Paraíba é tão típica

Fondue Brasileiro

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e curiosa como a farofa de içá. No início do verão, as formigas tanajuras deixam os formigueiros fazendo com que adultos e crianças saiam à cata dos insetos. Estima-se que essa tradição de origem indígena foi difundida com ajuda dos jesuítas. Quem se dispõe hoje em dia a fazer uma turnê, de ponta a ponta no Vale do Paraíba, ou subindo a Serra da Mantiqueira, bem como descendo a Serra do Mar até Ubatuba, encontrará não só essa enraizada base gastronômica, como também a mistura dessa tradição com pratos e ingredientes que somente de forma mais recente foram introduzidos à dieta brasileira. Desde os restaurantes caipiras, passando pelas re-

Ingredientes: 2,5 xícaras (chá) de queijo minas padrão ralado grosso (cerca de 200g) 2,5 xícaras (chá) de queijo gruyère ralado grosso (cerca de 200g) 1/2 xícara (chá) de vinho branco 1 dente de alho 2 colheres (sopa) de cachaça 1/2 colher (sopa) de amido de milho noz-moscada ralada na hora a gosto pão italiano para servir Preparo: Corte os pães em cubos médios de maneira que cada pedaço tenha miolo e casca - assim fica mais gostoso e mais fácil para espetar no garfo. Reserve. Descasque, corte ao meio e esfregue as metades de alho no interior (fundo e laterais) de uma panela pequena (se preferir, utilize uma panela própria para fondue). Numa tigela, misture os queijos ralados. Em outra tigela, coloque a cachaça, o amido de milho e misture bem com uma colher para dissolver. Reserve. Coloque o vinho branco na panela e leve ao fogo baixo para aquecer - coloque na menor boca do fogão. Assim que subirem as primeiras bolhas, junte aos poucos o queijo ralado, mexendo bem com um batedor de arame para derreter e formar um creme liso. Tempere com noz-moscada a gosto. Mantenha a panela em fogo baixo e acrescente a mistura de cachaça com amido de milho. Mexa bem por cerca de 1 minuto - o amido de milho deixa a fondue mais cremosa e evita que a gordura dos queijos se separem. Desligue o fogo e sirva imediatamente com os cubos de pão.

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ceitas de frutos do mar em Ubatuba, ou a alta gastronomia de base europeia que faz tanto sucesso em Campos do Jordão, falar de gastronomia valeparaibana é, acima de tudo, falar de variedade e mistura de sabores, estilos e aromas. A cozinha contemporânea brasileira chega para promover o encontro das tradições do país com elementos da cozinha de diversos lugares do mundo e proporcionar aos amantes da boa mesa experiências sensoriais que ajudam a contar a história das muitas regiões do Brasil. E o Vale do Paraíba contribuiu muito para a formação dessa identidade. Cada elemento da cozinha tradicio-

nal caipira leva um pouco da memória de muitos brasileiros, seja no bolo de fubá que a avó fazia e deixava a casa com aquele perfume inconfundível, seja no macarrão de domingo que reúne a família em volta da mesa. Reconhecer que há um universo de elementos que carregam uma rica cultura e utilizá-los nas receitas atuais, conhecendo suas origens, é uma maneira de valorizar sua preparação e a gastronomia brasileira. *Com informações do artigo “A contribuição do Vale do Paraíba para a identidade da gastronomia brasileira”, de Eduardo Magno

Moqueca Mista Ingredientes: - 1 kg de posta de peixe (preferencialmente peixes com sabor leve) - 1/2 kg de camarão - 3 colheres de sopa de azeite de dendê - 3 dentes de alho socados em pilão com um pouco de sal - 1 cebola média picada - 1 pimentão pequeno picado - 5 tomates maduros (bom para molho) sem pele e semente - 2 colheres de coentro picado - 1 folha de louro - 1 colher de salsa picada - 1 pimenta dedo-de-moça picada - Pimenta do Reino e Cominho para temperar - 250 ml de leite de coco - 6 cajus - 100g de castanha de caju inteiras - 3 colheres de azeite de oliva - Sal a gosto Preparo: Tempere as postas de peixe com limão, sal, pimenta do reino e cominho, reserve por duas horas antes do preparo do prato. Em uma caçarola ou panela de barro aquecida, doure o alho no azeite de dendê, acrescente a cebola e deixe murchar. Coloque o pimentão, o tomate picado e a folha de louro, refogue até o tomate desmanchar. Ponha as postas de peixe no refogado, acrescente o leite de coco, o sumo dos cajus (fure os cajus com um garfo e esprema-os entre os dedos, retirando o sumo, reserve o

bagaço dos cajus), a pimenta e corrija de sal. Corte o caju em rodelas e coloque no cozido, cozinhe por 10 minutos. Por último coloque os camarões, o coentro, a salsa, a castanha de caju (quebre parte da castanha em pedaços pequenos e deixe a outra parte pela metade), regue com azeite, verifique e corrija o sal após uns 5 minutos de cozimento. Sirva com arroz branco coloque na menor boca do fogão. Assim que subirem as primeiras bolhas, junte aos poucos o queijo ralado, mexendo bem com um batedor de arame para derreter e formar um creme liso. Tempere com noz-moscada a gosto. Mantenha a panela em fogo baixo e acrescente a mistura de cachaça com amido de milho. Mexa bem por cerca de 1 minuto - o amido de milho deixa a fondue mais cremosa e evita que a gordura dos queijos se separem. Desligue o fogo e sirva imediatamente com os cubos de pão.

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especial

Gastronomia

Mercado brasileiro de produtos orgânicos segue crescendo

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Da Redação

om cada vez mais gente preocupada em comer produtos naturais, livres de agrotóxicos, e fugindo dos alimentos transgênicos, a agricultura orgânica ganha cada vez mais mercado. Só em 2015, esse setor cresceu 25% em relação ao ano anterior. As taxas de crescimento registradas globalmente nos últimos no período são bem menores. Ficaram entre 5% e 11%, mostram dados da consultoria Organics Monitor. Ou seja, o mercado está crescendo em ritmo dobrado no Brasil, embora o país ainda represente menos de 1% da produção e do consumo. Os produtos de orgânicos custam, em média, 30% a mais se comparados com produtos convencionais, de acordo com afirmação de Jorge Ricardo de Almeida Gonçalves, da Coordenação de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo ele, a definição dos preços dos orgânicos depende especialmente do gerenciamento da unidade de produção, do canal de comercialização e da oferta e demanda dos produtos. “Normalmente, os valores dos orgânicos são mais elevados que os dos produtos convencionais por terem uma menor escala de produção, custos de conversão para adequação aos regulamentos e processos de reconhecimento de sua qualidade orgânica”, explica Jorge Ricardo, que avalia ainda que o produtor de orgânicos ainda carece de crédito diferenciado e de tecnologias e assistência

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técnica, além de infraestrutura e logística adequadas às características da produção e do mercado de orgânicos. Atualmente, há 11.084 produtores no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, gerenciado pelo Mapa. O banco de dados é liderado pelos estados do Rio Grande do Sul (1.554), São Paulo (1.438), Paraná (1.414) e Santa Catarina (999). A área de produção orgânica no Brasil abrange 950 mil hectares. Nela, são produzidas hortaliças, cana-de-açúcar, arroz, café, castanha-do-brasil, cacau, açaí, guaraná, palmito, mel, sucos, ovos e laticínios. O Brasil exporta para mais de 76 países. Os principais produtos exportados são açúcar, mel, oleaginosas, frutas e castanhas. O setor vem se estruturando, mas ainda representa um “nicho”, analisa Ming Liu, coordenador executivo do Organics Brasil, que mobiliza as empresas exportadoras. Em sua avaliação, o crescimento do mercado, impulsionado pelos consumidores que buscam alimentos sem agrotóxicos ou mais sustentáveis, vem sendo limitado por esse processo, que exige organização da cadeia produtiva e do sistema de certificação. Entre os alimentos que ampliaram o faturamento dos orgânicos em 2016 estão produtos lácteos e de origem animal, com maior valor agregado. Porém, mesmo o consumo global ainda é pequeno diante do faturamento geral do setor de alimentos, pontua. “O importante é saber que há um mercado e que ele vem crescendo, e a sua estruturação será determinada pela demanda, produção e disponibilidade dos produtos.”.

As projeções para 2016 reafirmam tendência de crescimento maior no Brasil. O mercado de orgânicos teria movimentado o equivalente a R$ 350 bilhões no mundo e R$ 2,5 bilhões no país (0,71%) – perto de US$ 80 bilhões e US$ 600 milhões, respectivamente. Se a previsão do Organics Brasil de crescimento entre 30% e 35% se concretizar, o faturamento brasileiro deve ultrapassar a marca de R$ 3 bilhões neste ano – um terço referente às exportações. O setor se expandiu rapidamente em países ricos e agora passa a ser visto como mecanismo de desenvolvimento em regiões onde prevalecem unidades produtivas pequenas, como o Brasil. O apelo se fortalece desde 2014, quando as Nações Unidas passaram a destacar as vantagens socieconômicas da agricultura familiar. Até 30% mais valorizados, os orgânicos teriam condições de elevar a renda dos produtores. Os saltos anuais têm ocorrido mesmo em épocas de crise. Em 2004, o setor movimentava US$ 29 bilhões, conforme a consultoria Organic Monitor. Dez anos depois, em 2013, o mercado foi estimado em US$ 72 bilhões, ou seja, duas vezes e meia maior.

Onde achar as Feiras de Orgânicos: Taubaté Onde: Praça Santa Terezinha, Centro Quando: terças e sextas-feiras, das 8h00 às 13h00 São José dos Campos Onde: Praça Sinésio Martins, no Jardim Esplanada. Quando: sábados, das 7h00 às 14h00 Pindamonhangaba Onde: Sindicato Rural, Rua Frederico Machado, 65 no Centro Quando: terças e quintas-feiras, das 7h00 às 12h00 Ubatuba Onde: Praça Nóbrega, Centro Quando: quartas-feiras, das 9h00 às 12h00 Santo Antônio do Pinhal Onde: Praça Boulevard Araucária Quando: Domingos, das 7h00 às 17h00

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especial

Gastronomia

Muito além das cores

Variedades de arroz vermelho e preto produzidos no Vale do Paraíba possuem 15% mais proteínas do que o arroz branco polido

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Da Redação

arroz branco é o preferido na grande maioria das cozinhas e mesas brasileiras. Quem produz esse arroz sabe que sempre vai ter mercado, é venda certa. Mas será que esta unanimidade não pode ser derrubada? Um produtor de Pindamonhangaba apostou em caminhos alternativos e se tornou um dos principais produtores de arroz preto e vermelho, variedades pouco comuns no Brasil, mas muito saborosas. Chicão Ruzene é da terceira geração de uma família de produtores de arroz, e depois de ver os negócios estagnarem com o arroz branco, decidiu há mais de 10 anos mudar as cores de sua plantação.

Com sementes fornecidas pelo Instituto Agronômico de Campinas, ele plantou arroz preto. Colheu 7 toneladas e replantou tudo. Hoje, a quantidade e variedade das colheitas aumentou. Arroz cateto, basmati e arbóreo são algumas das variedades produzidas em sua fazenda, mas as estrelas principais são o vermelho e o preto. Além de exóticos e integrais, eles são ricos em propriedades boas para a saúde. Segundo uma pesquisa da USP, esses dois tipos de arroz em geral tem 15% mais proteína do que o arroz branco polido, e duas vezes e meia mais fibra. Segundo Chicão Ruzene, o solo e o clima da região do Vale do Paraíba é muito propícia ao cultivo e experimentações no plantio do arroz. Segundo ele, os dias quentes e noites frescas propiciam

um sabor melhor aos grãos. Atualmente, o produtor está plantando em terras alagadas oito tipos diferentes de arroz. Parece muito, mas no mundo inteiro existem mais de 140 mil variedades. Com as pesquisas que acontecem todos os dias e o cruzamento das sementes esse número deve continuar crescendo.

Salada de Arroz Vermelho com Carne Seca Ingredientes: • 2 xícaras de arroz vermelho • 6 xícaras de água • Carne seca desfiada a gosto • ½ cebola • Palmito pupunha ralado a gosto • Castanha de caju a gosto • Sal, azeite e pimenta a gosto Modo de Preparo: Cozinhe o arroz. • Frite a carne seca. Refogue a cebola e depois acrescente a pupunha. Corte as castanhas ao meio, e misture tudo. Tempere com o sal, a pimenta e o azeite a gosto.

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especial

Gastronomia

Veganismo

Mais que dieta, uma escolha de vida

Vertente mais radical do vegetarianismo reúne alimentação restrita e postura de respeito aos animais

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Da Redação

busca incessante por uma dieta mais saudável e pelo emagrecimento faz com algumas pessoas se deparem com alternativas gastronômicas que podem causa curiosidade. Assim tem acontecido com o veganismo, vertente mais radical do vegetarianismo, que tem ganhado adeptos nas últimas décadas, especialmente pela popularização de dietas saudáveis. Em resumo, vegano é a pessoa que não come nenhum tipo de carne e nem qualquer produto que tenha origem animal, bem como não usa produtos que tenham matéria-prima animal. Ela também não se envolve com atividades que façam uso de exploração animal de qualquer tipo. Isso mostra que a história do veganismo está mais atrelada à luta contra a exploração animal – em suas diversas facetas – do que propriamente com uma alimentação saudável. Evidentemente a escolha por uma dieta sem carne e sem derivados de leite ou ovos, se bem ministrada, pode trazer benefícios ao corpo humano. Mas afi nal, ser vegano é uma escolha gastronômica ou política? Quando os ativistas vegetarianos Elsie Shrigley e Donald Watson usaram pela primeira vez a expressão "veganos" para descrever os vegetarianos que não consumiam derivados do leite, em novembro de 1944 na Inglaterra, a dieta e o estilo de vida definitivamente não eram socialmente aceitos. Muitos vegetarianos

se recusaram a associar-se a movimentos radicais como este. A dieta vegana veio tornar-se popular com movimentos contraculturais apenas da década de 1960 – em especial com os hippies - mas ainda com um ar de exclusividade. Nos anos 1980, o movimento ganhou novo fôlego de popularização nos EUA, especialmente por meio de uma parcela do público punk. A banda Minor Threat, de Washington D.C. disseminou a subcultura “Straight Edge” (em tradução livre, “caminho reto”) que defende a total abstinência a entorpecentes, como tabaco, álcool e qualquer droga ilícita. No embalo dessa postura radical, muitos Straight Edges se inclinaram ao veganismo. Mas vale lembrar que ser vegano não é necessariamente sinônimo de ser Straight Edge, e vice e versa. A culinária vegetariana era, até recentemente, sinônimo de tofu mole e fermento nutritivo. Entretanto, um interesse crescente na culinária étnica tem feito chefes de cozinha iniciantes perceberem que muitas culturas possuem deliciosos pratos vegetarianos feitos diretamente em suas cozinhas, e esta pluralização do menu vegano também foi primordial para a nova onda de popularização desta cultura. Comidas do Oriente Médio, como humus, tahina e falafel, ensopados e tagines da África do Norte, caril de vegetais da Índia e comidas rápidas da Ásia fazem os vegetarianos radicais apreciarem e compartilharem suas dietas à base de vegetais com amigos não vegetarianos.

Para quem não é familiarizado com a cozinha vegana, fica difícil entender como preparar algo assado, ou como fazer um bolo ou biscoito sem leite, manteiga ou ovos? “Leite de soja, arroz ou amêndoa são bons substitutos para o leite comum. Sementes de linhaça, tofu cremoso, iogurte de soja, ovo vegetariano ou mesmo bananas podem substituir os ovos, enquanto a margarina sem sal ou o óleo de canola pode substituir a manteiga. O assado de um vegano também atrai pessoas com alergia a ovo ou intolerância à lactose”, explica a chef Carla Muñoz, que trabalha com cozinha vegana há mais de 13 anos. Mas afi nal, ser vegano é uma opção de dieta ou uma postura política? A resposta é: as duas coisas. Como já citado, o vegano não come alimentos de origem animal, carnes de todas as cores e tipos, ou que contenham qualquer resíduo: leites, queijos, salsichas, ovos, mel, banha, manteiga, etc. Não veste roupas ou sapatos feitos de animais: couro, seda, lã, etc. Evita o consumo de cosméticos e medicamentos testados em animais ou que contenham componentes animais na formulação: sabonetes feitos de glicerina animal, maquiagem contendo cera de abelha, xampu com tutano de boi, etc. Não apoia diversões contendo exploração animal, como rodeio, circo com animais, rinhas, etc. Profissionalmente não trabalha com exploração animal (vivo ou morto), como venda de animais em pet shop, lojas de continua >

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aquário ou gaiolas para passarinhos, venda de qualquer produto que contenha derivado animal (bolsas e sapatos de couro), restaurante que utilize animais ou seus resíduos corporais como comida, dentre outras atividades. A essência da pessoa vegana está em pensar antes nos animais em todas as escolhas, e faz isso unicamente em respeito a eles.

Divulgação

É fácil me tornar vegano?

João Gordo, músico promove o veganismo em seu programa no Youtube Para quem quer aderir à dieta vegana, pode levar algum tempo para se acostumar com as mudanças radicais que a exclusão da carne e seus derivados proporcionam. Este desafio vai fazer também com que você tenha

que explorar novos alimentos e combinações. Felizmente, hoje em dia há abundância de opções veganas prontas no mercado: várias marcas de leite vegetal fortificado, pratos prontos congelados ou enlatados, hambur-

gers, salsichas, linguiças, almôndegas, margarinas, queijos, patês, maioneses, sobremesas como chocolates, sorvetes, chantilis, creme de leite de soja, doce de leite, iogurtes, biscoitos, etc. Com as substituições adequadas, é possível preparar pratos saborosos, que vão agradar também seus familiares e amigos que não são nem vegetarianos. O músico e apresentador João Gordo, é um dos famosos que aderiram ao veganismo, e mantém um programa semanal na internet, o “Panelaço”, onde entrevista personalidades e recebe chefs especializados em cozinha vegana que preparam uma receita. “O começo é sempre difícil, o corpo estranha não comer carne, mas a dica que dou para os iniciantes é começar devagar. Vá substituindo e tirando a carne e seus derivados aos poucos. Com o tempo você estará totalmente livre”, relata João, que há 10 anos não come carne e há pelo menos três tenta seguir a dieta vegana.

Ovo-lacto-vegetariano: É o tipo de vegetariano que você mais encontra por aí. São pessoas que não comem nenhum tipo de carne, mas podem consumir leite, ovos e produtos derivados de animais. Lacto-vegetariano: Nenhum tipo de carne faz parte da alimentação e o único derivado de animal aceito na dieta é o leite e produtos fabricados a partir dele. Vegano: É o tipo de vegetariano mais difícil de seguir. Não comem nenhum tipo de carne e nem qualquer produto que tenha origem 24 | Vitti | revistavitti.com.br

animal. Porém, para os ‘vegans’, o consumo de produtos de origem animal não se baseia apenas na alimentação, mas segue também nos outros âmbitos da vida, como roupas, acessórios e produtos de beleza, nada que venha de animais ou seja testado neles é aceito. Crudivorismo: São os vegetarianos que além de não comer nada de origem animal, só comem alimentos crus. Frugivorismo: Apenas frutas. A dieta dos Frugívoros não permite nada de origem animal e se baseia apenas em frutas.

Divulgação

Os tipos de vegetarianos

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Este ano tem tudo para ser

SĂł depende de vocĂŞ.

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especial

Gastronomia

Leite de Búfala e seus Derivados Saiba os benefícios e como acertar na escolha dos melhores produtos

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Da Redação

á pelo menos 15 anos que a produção de laticínios derivados do leite de búfala tem ganhado espaço no mercado brasileiro. O leite de búfala pode ter até 59% mais cálcio que o leite de vaca. Seu valor é peculiar, ligeiramente adocicado e é muito mais branco quando comparado ao leite bovino, devido à ausência quase total do caroteno em sua gordura. É mais concentrado do que o leite bovino, apresentando, desse modo, menos água e mais matéria seca. Possui teores de proteínas, gorduras e minerais que superam consideravelmente os do leite da vaca. Entretanto, é no seu aproveitamento industrial que está, na prática, sua grande importância por proporcionar produtos lácteos de qualidade inimitável ao leite bovino como, por exemplo, mozarela e iogurte. 26 | Vitti | revistavitti.com.br

Sua comercialização no estado natural é bem restrito e em geral não faz parte da dieta do brasileiro, mas é possível encontrar uma boa variedade de laticínios produzidos com ele. O mais famoso é a Mozarela de Búfala. A diferença entre as mozarelas é basicamente o leite usado na produção, enquanto a mozarela normal usa o leite de vaca, a mozarela feita com o leite de búfala fica com um sabor mais suave e delicado. Apesar de ser mais “leve”, a mozarela de búfala tem bem mais proteína e cálcio do que sua correspondente bovina, além de conter o dobro de ômega 3. Também contém a importante vitamina A. Outra propriedade importante da mozarela de búfala está no fato de o teor de colesterol ser aproximadamente 33% menor que a mozarela feita com o leite de vaca, sendo, portanto uma boa opção para quem precisa adequar a dieta para reduzir o colesterol.

No entanto, o consumidor precisa ficar atento com um problema. Em determinadas épocas do ano ou regiões do país, acontece uma escassez de leite de búfala, o que abre as portas para uma série de produtos falsificados no mercado, que são constituídos em boa parte por leite de vaca. Além das fraudes, os consumidores muitas vezes cometem erros por si mesmos. Nem todo queijo com formato de bolinha é mozarela de búfala, por isso é preciso atenção ao rótulo do produto. Vão aqui algumas dicas para checar se a mozarela de búfala que você está escolhendo é de boa qualidade: - O queijo feito com leite de búfala é branco e brilhante. - A massa deve ter aroma de leite fresco, sabor suave e levemente adocicado. - A consistência do queijo é macia, mas firme, para que não despedace. Os falsificados costumam esfarelar. Novembro, 2016


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Pizza 1

Fotos: Monicuee Alvez

Dia das Crianรงas

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um ambiente acolhedor para encontrar amigos, desfrutar de boa gastronomia e realizar eventos memoráveis - Brunch, almoços, jantares customizados - Treinamentos, palestras, seminários - Reuniões de negócios - Coquetéis - Comemorações exclusivas - Aniversários, casamentos, bodas

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Monicuee Alvez

especial

Gastronomia

Chef Beto Guimarães Experiência e bom gosto a serviço de novos projetos sustentáveis

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ascido na cidade de Ponte Nova (MG), Humberto Guimarães, o Beto, chegou ao estado de São Paulo ainda na década de 1980, tentando ganhar a vida e em busca de construir uma família com Marcia Guimarães, mãe de seus filhos, e sua companheira em todos os momentos. Ela foi a pessoa que fez tudo para que o chef alcançasse os seus objetivos. Beto começou a caminhada em terras paulistas trabalhando em diversas ocupações, como caseiro de chácara, vendedor de lojas, motorista particular e vendedor de cachorro-quente. Sua vida começou a mudar de rumo quando conheceu Paulo Ferreira, em Campinas, então dono de uma cozinha industrial. Tornaram-se grandes amigos e ali Beto começou sua carreira na cozinha, que viria a alcançar conquistas que ele não imaginava na juventude. Hoje chefe de cozinha com passagens em restaurantes renomados, incluindo uma estada de cinco temporadas em Paris, na França, atuou ainda como gerente de hotel e consultor e atualmente é

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proprietário da Conveniência AmPm do Posto Ipiranga ao lado do Via Vale Garden Shopping, em Taubaté. Para o próximo ano, o chef está preparando na loja de conveniência uma pequena cozinha conjugada com o Deck, onde os clientes poderão ver Chef Beto preparar as deliciosas porções. “Outra novidade será o Happy Hour com música ao vivo no violão as sextas e sábados, e também um espaço kids para maior conforto das crianças e tranquilidade dos pais”, relata Beto. Além de colocar em prática toda a sua experiência e conhecimento de 25 anos ligados à gastronomia sustentável, Beto quer aproveitar este novo projeto na conveniência para implantar um plano de sustentabilidade em parceria com o Posto Estoril, que será um dos diferenciais da loja. Todo o conteúdo para saladas e as ervas para temperos serão produzidos por ele mesmo no espaço da loja. Outras ações de vanguarda na área da sustentabilidade serão a fabricação de sabão com as sobras de óleo de frituras, compostagem com resto de alimentos e a reciclagem de materiais.

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especial

Gastronomia

patrimônio do interior paulista

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Por Rafael Ferro

abus alimentares são consequências sociais muito comuns desde a existência do comer em conjunto. A mesa é o local mais propício para externar ideias e opiniões de um povo, só que em forma de comidas. Para muitos, comida é só aquilo que seu grupo identifica como tal. Por este motivo, comida é cultura, pois transmite as escolhas alimentares, disponibilidades e tratamentos agrários, técnicas de produção e inúmeros fatores que caracterizam a existência de cozinhas regionais ou locais. O comportamento associado aos tabus em uma sociedade é similar a qualquer outra ruptura de natureza moral ou ética, consequentemente, indivíduos que não se adequam a generalização da cozinha onde está inserido podem fatalmente serem considerados bárbaros ou até mesmo excluídos do círculo social. Felizmente já vivemos em uma sociedade com traços mais visíveis de flexibilidade ética, o que auxilia o desenvolvimento das cozinhas ao ponto em que as quebras dos paradigmas alimentares se tornem possíveis, como é o caso dos insetos como comida. Mais especificamente no Vale do Paraíba e outras regiões do interior paulista, a presença da

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famosa iguaria proveniente do mundo dos insetos, o Içá, onde se utiliza somente a parte anterior das rainhas formigas saúva, se torna um exemplo de como tabus alimentares deveriam ser quebrados: através de seu reconhecimento como patrimônio cultural. Segundo a FAO, agência para assuntos alimentares e agrários da ONU, a entomofagia pode ser considerada uma tendência para suprir fisiologicamente o número de habitantes do planeta Terra de maneira saudável, sustentável e barata. Insetos possuem um alto teor de proteína (cerca de 58%), são ricos em vitaminas, minerais, ferro e cálcio. Obviamente para o brasileiro esse assunto pode soar um pouco estranho, visto que poucas localidades do país fazem consumo de insetos para a sua dieta. Outros países já aderem essa tendência por questões econômicas ligadas ao setor agrário ou por apreço pelas iguarias como escorpiões, formigas, gafanhotos, larvas, centopeias, entre outros. Independentemente do valor nutritivo e relações com questões de cunho socioeconômico, o que nos importa aqui, como natos apreciadores de comida, é o resultado estético no prato. O Içá é um excelente ingrediente para utilização gastronômica

Foto: Blog Ocílio Ferraz

Içá

dado sua crocância e sabor único. Grandes chefs brasileiros já ousaram em incluir formigas em seus cardápios. E você? Vai encarar? Prometo que não se arrependerá!

Farofa de Içá

1 kg de farinha de mandioca 500g de formigas Içás (tanajura) 100g de banha (para fritar) 1 cebola grande em rodelas 3 dentes de alho picados Uma pitada de sal Modo de preparo Retire as perninhas, asas e cabeças da formiga, em seguida, deixe de molho em água e sal por cerca de meia hora. Escorra bem e reserve. Numa frigideira aqueça a banha e junte os Içás mexendo sempre para não queimar, quando estiverem começando a ficar torrados, acrescente o alho e a cebola refogue um pouco mais e depois adicione farinha de mandioca aos poucos mexendo sempre. Dica: outra forma de preparar é colocar em pequeno pilão (ou mixer), juntando-se farinha, resultando uma paçoca de Içás. Rafael Ferro é chef de cozinha e Professor de Gastronomia na Universidade do Vale do Paraíba. Contato: rafaelferro@univap.br Novembro, 2016


Da farinha Caputo aos queijos Roni, receitas Flour of Naples

elaboradas com dedicação e muito critério para valorizar o sabor em cada pedaço. Viva esta Experiência! Pizzas Especiais Raízes!

restauranteraízes restaurante.raízes

Av. Leovigildo Dias Vieira, 1.280 Frente ao mar no Itaguá Ubatuba SP (12) 3832 3377 Novembro, 2016

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especial

Chefs franceses assinam carta contra indústria dos agrotóxicos Michel e Sébastien Bras assinaram o manifesto

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Da Redação

compra da multinacional de biotecnologia Monsanto pela empresa química alemã Bayer num negócio de 66 bilhões de dólares conseguiu o impossível: unir chefs estrelados franceses em prol de uma causa comum. Diferenças gastronômicas foram postas de lado no movimento que, segundo eles, pretende alertar sobre a crescente venda e, consequente consumo de alimentos com agrotóxicos.

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Divulgação

Gastronomia

A carta aberta divulgada pelo site francês de gastronomia Atabula conta com assinaturas de diversos chefes renomados, como por exemplo, Michel e Sébastien Bras, pai e filho que comandam um restaurante no departamento de Aveyron várias vezes presente na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Todos eles denunciam o que chamam de “a invasão dos pesticidas em nossos pratos” em um negócio que representa uma ameaça para a diversidade de alimentos, para a saúde humana e para o meio ambiente.

A transação entre Bayer e Monsanto — chamada pelos chefs de um “casamento dos infernos” — foi anunciada em setembro em mais um episódio na concentração do mercado global de insumos agrícolas. As americanas Dow Chemical e DuPont se uniram em julho deste ano. A chinesa ChemChina deve concluir até 2017 a compra da suíça Syngenta. Foi nesse contexto que surgiu a carta aberta redigida pelo ex-editor do Guia Michelin e fundador do site Atabula, o francês Franck Pinay-Rabaroust. O jornalista lançou o manifesto em seu site e solicitou o apoio de todos os chefs e associações que se identificassem com a causa. “Os grandes chefs da cozinha francesa são figuras midiáticas e influenciadores de opinião. Eles podem e devem promover o debate político”, explica. A carta ganhou rapidamente o apoio de profissionais de restaurantes e, consequentemente, visibilidade nas mídias sociais. Para se ter ideia da repercussão, a carta aberta já foi assinada por mais de 20.000 pessoas ligadas aos negócios de alimentação, como restaurantes, bares e cafés do mundo todo.

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Bolinho de Bacalhau Unanimidade Nacional

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Da Redação

cozinha Portuguesa sofre bastante influência da gastronomia mediterrânea, que é baseada em azeite, pão e vinho. Tal fato é possível de ser percebido, também, ao se observar a variedade de peixes e frutos do mar que compõem seus pratos. À essa base mediterrânea são acrescidos legumes e hortaliças, e a sua concentração e preparo varia conforme a região de Portugal. A batata, juntamente com as favas, são os legumes mais utilizados na confecção pratos. Em algumas regiões destaca-se, ainda, o uso do feijão fradinho e do grão de bico. Além da influência mediterrânea é possível observar, também, na cozinha 36 | Vitti | revistavitti.com.br

portuguesa uma grande incidência de pratos a base de carnes de vísceras (principalmente as de porco). Aqui, destacam-se os presuntos e os enchidos. Dessa mistura toda, nasceu uma saborosa comida regada ao azeite e alho. Hoje, forneceremos a receita de uma das iguarias mais conhecidas da cozinha portuguesa: o famoso “bolinho de bacalhau”! Há mais de mil receitas de bolinho de bacalhau. Ele pode ser assado ou frito, com mais ou menos sal, com mais ou menos tempero, recheados ou não. Para os brasileiros substituímos o coentro pela salsinha. Nessa receita, fácil e barata, você vai poder fazer o bolinho em sua forma tradicional. Ela foi extraída do livro: Paladares Minhotos nas Receitas de D. Antonieta, Campo das Letras.

Ingredientes (para 10 pessoas) - 1 kg de bacalhau (salgado) - 1 kg de batatas, cozida e espremidas - 2 gemas - ovos - 1 cebola pequena - salsa e pimenta a gosto - sal a gosto Preparo Cozinhe o bacalhau, previamente limpo sem peles e espinhas. A seguir, coloque-o num recipiente com água, onde ele será triturado e desfiado. Lava-o bem para extrair um pouco de sal, esprema-o com firmeza e junte as batatas. Em seguida, adicione a cebola e a salsa - muito bem picadinhas -, um ovo inteiro (ou mais, se necessário para dar liga) e duas gemas. Amasse tudo muito bem (com as mãos), e em seguida tempere com sal e pimenta a gosto. Depois de temperado e de tudo muito bem amassado e fofinho, formam-se bolinhos usando duas colheres de sopa. Frite-os em óleo bem quente. Quer uma dica? Caso você faça a massa, mas não vá utilizá-la imediatamente, deixe para misturar os ovos apenas no momento em que for realizar a fritura. Novembro, 2016


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especial

Gastronomia

Dica

jogue água no coador de papel antes de colocar o pó de café

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Da Redação

ocê prefere um cafezinho expresso, preparado em cafeteira italiana, French Press ou passado na hora em um coador? Se a sua escolha for a última opção, e você optar pelo coador de papel, saiba que existem alguns truques na hora de coar o café com água quente. Toda vez que você for preparar um café usando o coador de papel, já deve ter

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percebido a recomendação dos fabricantes para fazer uma dobra por toda a extensão da “prega” do coador. Assim, dobrando essa parte lateral e inferior, você reforça “a costura artificial” do coador e ajusta o encaixe do filtro no suporte. Outra dica importante é despejar um pouco de água quente no coador antes de colocar o pó, para lavar o filtro. Filtros de papel comuns podem liberar algum tipo de resíduo ou alterar o gosto e aromas do café. Dessa forma, você evita qualquer tipo de

interferência e desfruta de uma bebida com o sabor e o aroma mais puro possível. E jamais coloque açúcar. Esse é um pecado que muita gente comete: adicionar o açúcar na água, ou até mesmo no pó dentro do coador durante o preparo do café. Além de perder completamente a originalidade dos sabores, o açúcar também ajuda a oxidar a bebida e altera suas características depois de algum tempo em contato com o café. Somente adoce o cafezinho, seja com açúcar ou adoçante, na hora de beber.

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Caju Bar e Restaurante

A verdadeira harmonia entre entre visão, audição, tato, olfato e paladar

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Estrada da Almada, 129 - Praia da Almada, Ubatuba/SP (12) 98122-0044 | www.bardocaju.com.br Caju Bar e Restaurante revistavitti.com.br | Vitti | 39


especial

Gastronomia

Biomassa de Banana Verde “

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Da Redação

es, nós temos bananas!”. Este é o título do livro da pesquisadora Heloísa de Freitas Valle, pioneira em documentar e difundir o uso da biomassa de Banana Verde na culinária brasileira. Foi este livro que inspirou a fábrica de conservas artesanais Essência do Vale, localizada em Cruzeiro (SP), a apostar no uso dessa matéria prima na produção de geleias. Helena Santos Muzzi, Diretora e Responsável Técnica da Essência do Vale, explica que de acordo com a tabela de composição química dos alimentos, a Biomassa de Banana Verde possui alto teor de amido resistente, que melhora a

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consistência da geleia, podendo ser considerado também um espessante natural. Atualmente, consumidores e profissionais de saúde, como nutricionistas, têm buscado produtos funcionais, e apostando nesse mercado, Helena explica que além das geleias a empresa também ampliou a produção para patês feitos à base de Biomassa de Banana Verde, sendo hoje a linha que mais cresce em vendas. “A Biomassa de Banana Verde é produzida com bananas cultivadas por pequenos produtores locais.”, relata Helena. A produção da biomassa consiste na preparação feita com bananas verdes cozidas e processadas, em pequenos lotes, sem adição de corantes, aromatizantes e conservantes químicos. A Biomassa de Banana Verde pode ser utilizada na culinária como um espessante natural para dar mais consistência nas receitas culinárias. Ela substitui boa parte das receitas que utilizam maionese, creme de leite, farinha de trigo, amido de milho e não altera ou interfere no sabor do prato. A biomassa também pode ser adicionada em sucos, pois não tem sabor residual.

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Sem tĂ­tulo-1 1

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Social Pindamonhangaba

BBQ Valle

Fotos: Monicuee Alvez / Miguel Boria

Aconteceu no dia 8 de outubro, no Sindicato Rural de Pindamonhangaba o BBQ Valle, maior festival de churrasco gourmet da região, organizado pelo Tiago Ribeiro. Grandes chefs e sommeliers, como Mario Portella, Luiz Fiori, Michelle Muratori, Marcos Canineo, Marta Sarraf e Tony Teichelke estiveram no tradicional evento que une culinária de altíssima qualidade, arte, cultura e história.

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Social Taubaté

6º Open de Tenis D´CASA Fotos: Divulgação

Aconteceu no Espaço Verde Vale torneio de tênis entre amigos.

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Direito

Você sabe o que realmente está pagando em sua conta de luz?

Dra.Graziella Zampieri graziellazampieri@adv.oabsp.org.br

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Por Graziella Zampieri

energia elétrica que utilizamos é considerada mercadoria para devidos fins. Assim sendo, para que a energia chegue até você, incide sobre a mesma nosso conhecido tributo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O pagamento do ICMS é repassado pelas concessionárias de energia aos consumidores. Até aí, não há nada de errado. Entretanto, é importante observarmos o modo que o tributo está sendo calculado em nossas contas de luz. No processo de distribuição, a concessionária que nos fornece a energia precisa contratar outra empresa que distribua ou transmita a energia, primeiramente. Deste serviço, surgem duas tarifas: Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUSD) e Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUST). O que vem ocorrendo é que, ao invés de arcar com esse custo, as concessionárias que nos fornecem energia têm repassado essas tarifas aos consumidores. Assim, as concessionárias do serviço público calculam o valor do tributo que é devido sobre o valor dessas taxas, que não

são devidas pelo consumidor. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), em sua resolução nº 456/2000, define que a TUST e a TUSD são "decorrentes tão somente da instalação e manutenção dos equipamentos de conexão, e não do efetivo consumo da energia elétrica". Sendo assim, estes encargos não podem ser cobrados dos consumidores. Isso porque a TUST e a TUSD são calculadas na medida dos gastos para conexão, transmissão e distribuição da energia. Já o ICMS, incide sobre o efetivo consumo, que se verifica através da saída da mercadoria (luz) e posterior entrada e consumo no estabelecimento do contratante. Neste sentido, e ainda com mais força, o Superior Tribunal de Justiça já se posicionou de forma pacífica, entendimento este que está de acordo com a Constituição Federal e com o Código Tributário Nacional. Ainda que existam legislações estaduais ou quaisquer outras disposições, o que prevalece é, de fato, o que está disposto na Constituição e no Código Tributário Nacional, assim como o entendimento do STJ. Além disso, não apenas os custos relativos à distribuição e transmissão da energia elétrica, mas também os valores

eventualmente cobrados do consumidor, separadamente, a título de encargos setoriais, perdas, ou qualquer outra natureza, uma vez que componham a base de cálculo do ICMS, também deverão ser afastados. Por fim, importante destacar que tanto o consumidor pessoa física quanto as empresas poderão exigir o ressarcimento, analisadas as peculiaridades de cada caso concreto. Diante de todas estas informações, o que podemos fazer a respeito? Verificar nossas contas de luz e reivindicar judicialmente o ressarcimento daquilo que foi pago indevidamente. O consumidor que tenha arcado com a tributação calculada em desacordo com este entendimento, poderá solicitar o ressarcimento do pagamento da quantia indevida nos últimos cinco anos. Importante que a análise de cada caso seja feita por um profissional qualificado. Consulte sempre o seu advogado. Graziella Rangel Credidio Zampieri é advogada pós-graduanda em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. É especializanda em Compliance e Controles Internos de Negócios pela Escola de Negócios Saint Paul.

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D

esde 1998 oferecendo um espaço familiar para almoços, jantares e festas em um cenário que combina a exuberância da natureza. Localicado em uma antiga fazenda de leite, transformada por Adriana e Joaquim Galvão em um restaurante típico regional brasileiro, com um saboroso toque caseiro em seu cardápio. Avenida Brasília, 2770 - Jararaca - Guaratinguetá, SP | 12 3132-2974 | www.restauranterecantodobosque.com

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Vitti Acontece

Luiz Cláudio Huka treina sua equipe taubateana rumo ao Ironman Rio de Janeiro.

Raíssa e Marcelo casaram-se no dia 29 de outubro na Fazenda Bela Vista, em Pinda.

Dra. Nathália Basagni e Graziela Dutra do Laboratório Oswaldo Cruz marcando presença no Baile dos Médicos 2016 - APM Taubaté, realizado no dia 21 de outubro, no Spazio Pubblico Eventi.

Lygia Prado em passeio pelo Grand Canyon em Las Vegas.

Amanda no lançamento do alto verão Arezzo 2017, no Taubaté Shopping.

Carmola, Debora, Lilian e Andrea na noite de halloween no Spazio Pubblico Eventi, em Taubaté.

O Restaurante Raízes em Ubatuba, recebeu a visita do tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet. Renato e Tereza em viagem romântica à Veneza, Itália.

Encontro de taubateanos: a artista plástica Isabelle Tuchband e Newton Lima, decorador de interiores, em São Paulo.

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Ponto de vista

Inclusão social

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Por Carlos Marcondes

inclusão social é o termo utilizado para designar toda e qualquer política de inserção de pessoas ou grupos excluídos na sociedade. Portanto, falar de inclusão social é remeter ao seu inverso, a exclusão social. E são excluídos da sociedade os que não gozam de benefícios e direitos básicos como: saúde, educação, emprego, renda, lazer, cultura... Falar sobre inclusão significa falar de democratizar os diferentes espaços para aqueles que não possuem acesso direto a eles. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos resume alguns dados que podemos considerar como exemplos de exclusão social: - 125 milhões de crianças no mundo não frequentam a escola, sendo dois terços delas mulheres.

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- Somente 1% das pessoas com deficiências físicas frequentam a escola em países subdesenvolvidos e emergentes. - 12 milhões de crianças morrem por problemas relacionados com a falta de recursos por ano. Vale lembrar que, por exemplo, se uma pessoa é de determinada etnia ou cor, ou se ela possui algum tipo de deficiência física, mental ou emocional, ela não é automaticamente uma pessoa socialmente excluída. No entanto, se a sociedade não oferece condições e faz com que qualquer uma dessas características torne-se um impeditivo à liberdade humana, então há um caso de exclusão social. Portanto, mais do que uma expressão, a exclusão social é, de certa forma, uma forma de violência ao ser ou à dignidade humana, pois impede que um indivíduo exerça a sua cidadania por razões eticamente não justificáveis. Mais do que um esforço do gover-

no em suas diferentes escalas, é preciso também uma maior ação social para a promoção de políticas de inclusão social. Isso envolve diversas áreas da sociedade, como a educação e a cultura, entre outros. Por isso, esforços coletivos e individuais que visem romper preconceitos e ações coercitivas são necessários para uma melhor vivência cotidiana. Portanto, nada mais oportuno do que instar os milhares de Prefeitos, que tomam posse em 1º de Janeiro de 2017, a inserirem a Inclusão Social em seus programas de governo. É ver, para crer...! Carlos Marcondes é jornalista e advogado. Contato: cmcomunicacoes@gmail.com

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Economia

Ajuste de contas PEC 241, quem deve pagar a conta?

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Por Felipe Guarnieri

eguindo uma sugestão, abordo aqui um tema polêmico e espinhoso baseado num artigo do El País com o interessante título “E se os mais ricos ajudassem a pagar o rombo nas contas públicas?”. Os jornais estão cheios de números e análises quantitativas, vou me ater apenas aos aspectos qualitativos desta discussão. Nos últimos cinco ou seis anos, o Brasil passou por um período de forte crescimento das despesas públicas. As receitas (impostos) acabaram não acompanhando esse aumento para suportar este crescimento. Olhando para municípios, estados e a própria União, em maior ou menos grau este estouro nas contas públicas tem sido verificado, um caso que chama bastante a atenção é o governo do estado do Rio de Janeiro que está sem dinheiro até mesmo para pagar funcionários. A grande verdade é que o governo dispões de apenas dois métodos para tirar dinheiro das pessoas e das empresas: o imposto (taxas sobre serviços como coleta lixo, por exemplo), ou a contribuição de melhoria (um valor cobrado uma única vez de quem se beneficiou por alguma melhoria feita pelo poder público, como por exemplo, uma obra de infraestrutura). O imposto pode ser cobrado e embasado em vários fatores, como o imóvel (IPTU), carro (IPVA), renda (imposto de renda), movimentação fi nanceira (a antiga CPMF) etc. O governo sempre tenta fazer um balanço entre o que é mais fácil 52 | Vitti | revistavitti.com.br

de se cobrar (exemplo, imóvel não foge do lugar) e o que é mais justo (cobrar sobre o valor adicionado, nem sempre fácil de se medir). Acontece que de vez em quando, algumas aberrações acontecem - como o caso da extinta CPMF. É muito fácil verificar todo o dinheiro transacionado no banco e arrancar um pedaço de cada vez, mas é um imposto injusto, que tira igualmente de todos independente dos motivos pelos quais está se transferindo dinheiro de um lugar para o outro. Aí temos uma questão crucial quando falamos de Brasil, nós temos muitos impostos, eles são confusos e mudam a todo momento, trazendo uma grande complexidade para quem quer andar na linha. O melhor seria simplificar toda a questão de taxas criando imposto apenas pelo valor adicionado em cada etapa produtiva, pois assim tem-se a certeza de que o tributo está incidindo sobre a riqueza gerada pela sociedade, e não sobre um patrimônio ou sobre algo que não está gerando valor. A PEC 241 é uma emenda constitucional que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior à exceção da saúde e educação que em condições específicas podem subir mais do que a inflação. Na prática ela limita o rombo que os governantes podem fazer, de uma forma similar no conceito do que a Lei de Responsabilidade Fiscal já havia feito. Como bem comentou Gustavo Franco recentemente no Estadão, até 1994 o Estado socializava os prejuízos através da inflação (que economicamente é um imposto, que recai sobretudo sobre os mais pobres), e a

partir de agora estaria socializando este prejuízo sobre a geração futura, as crianças que ainda não nasceram através da assunção de dívidas que serão pagas no futuro para pagar gastos do presente. Sobre as alternativas de taxação de herança, fortunas, dividendos etc que constam no artigo do El País, a questão não é apenas pontual para pagar o rombo, mas sim conceitual. Faz sentido tributar uma riqueza construída por alguém, sendo que para construí-la alguém já pagou imposto sobre ela? Caso isso fosse cobrado, este dinheiro estaria melhor na mão do governo que o utilizaria para cobrir o rombo, ou seria melhor utilizado pelo proprietário da riqueza que construiria uma nova fábrica, gerando mais empregos e consequentemente pagando mais impostos de forma sustentável no longo prazo? E se o rombo fosse pago? O imposto seria extinto? No fundo, o rombo deve ser controlado pelo governo (a PEC 241 é uma boa iniciativa) e nem pobres (através da inflação), ricos (através de novos impostos que não existem ainda) ou as crianças de hoje (através de dívidas a serem pagas lá na frente) deveriam pagar. Na prática e olhando os números é difícil que todas estas pontas não paguem a dívida, talvez em menor parte os ricos, já que isso afetaria também muito dos personagens decisórios dessa questão. Felipe Guarnieri é administrador de empresas, executivo financeiro e especialista em finanças. Contato: felipe.guarnieri@gmail.com Novembro, 2016


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Negócios

Dilema do desenvolvimento profissional

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Por Arcione Viagi

texto da revista anterior teve repercussão e por isso decidimos dar um pouco mais de ênfase a ele. No Brasil ainda estamos vivendo as fases iniciais da consciência quanto à necessidade de investir na carreira. O mais normal é o aluno do ensino médio ser influenciado por todos para prestar vestibular em escola pública, que é gratuita e supostamente de melhor qualidade. Não há ainda a consciência de que futuro o profissional irá colher quando adquiri a formação escolhida. Na verdade, defendo que deveríamos aumentar o tempo do ensino médio para amadurecer melhor nossos estudantes para uma escolha mais consciente. Penso que mais um ou dois anos dedicados a estudar aquilo que hoje ficou obrigatório para os recém-formados, ou seja, hoje o MBA ou suas variantes. Essa tendência se deve ao fato de que nossas escolas não formam efetivamente o profissional para o mercado de trabalho porque mantém um estilo de ensino em que são dados conhecimentos básicos com pouca conexão com as exigências do mercado de trabalho e sem foco na obtenção de resultados. Devido a isso, ao tomar consciência da necessidade de gerar e gerir resultados, os novos profissionais correm atrás dessa formação, engrossando as fi leiras dos estudantes de pós-graduação em gestão. Por isso, acredito que essa visão de ne-

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gócios deveria ser oferecida já no colégio para que o estudante possa decidir com maior consciência onde pretende investir seu tempo e dinheiro em busca de uma formação superior. Ao entrarmos em uma universidade estamos investindo tempo e dinheiro na formação de produtos que, se forem aceitos pelo mercado, serão nossa fonte de rendimento durante nosso ciclo de vida profissional. Falei recentemente sobre a crise vivida pelos estudantes europeus com a falta de emprego e a entrada tardia no mercado de trabalho. Hoje daremos destaque à situação dos estudantes americanos. Nos Estados Unidos, a realidade é diferente. O jovem começa cedo a entender que a vida profissional é uma competição que irá vencer aquele que se destacar frente seus concorrentes. O estilo de criação dos americanos já “empurra” os fi lhos para o mercado. É normal desde cedo os jovens trabalharem meio período para custear suas próprias necessidades. Aqueles que desejarem ocupar uma posição de destaque no mercado como profissional graduado, sabem que seu desempenho escolar - como alternativa, o esportivo - pode ser o diferencial para conseguir uma boa vaga em uma universidade. Cada Estado tem suas regras relativas ao pagamento nas universidades e as bolsas disponíveis. Alguns Estados não oferecem bolsas, quem quiser estudar tem que pagar. Em um país onde a competição é a base para tudo, os bancos oferecem limites de crédito para os alunos universitários de

acordo com a expectativa de ganhos futuros desses estudantes, ou seja, quem conseguir entrar em uma universidade de alto padrão irá ter remuneração dentro de alguns limites conhecidos pelo mercado e por isso os estudantes podem optar por serem financiados pelos bancos em troca de uma eventual fidelidade no futuro como profissionais. Um endividamento com baixo custo, mas que deverá ser restituído no futuro. Esse modelo sempre foi utilizado e foi a alternativa para uma parte significativa de profissionais formados naquele país, porém, hoje estão sendo revistos alguns critérios porque é crescente os números de profissionais recém-formados que descobriram que suas dívidas são muito altas e de difícil solução. A consciência de que a universidade e o curso escolhido irão defi nir o padrão de vida futuro leva os estudantes a buscarem vagas nas universidades melhor ranqueadas e consequentemente as mais caras. De qualquer forma, na minha opinião esse modelo é mais democrático e justo que o modelo brasileiro, em que os estudantes com melhor condição financeira recebem melhor formação secundária e conquistam uma das vagas entre os 30% dos que conseguem ingressar em universidades públicas. Estes são custeados integralmente e sem nenhuma contrapartida, por todos, inclusive pelos 70% que só têm a opção de estudar em universidades privadas e pagas. Arcione Viagi é consultor empresarial. Contato: afviagi@gmail.com Novembro, 2016


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Social Taubaté

Socorro in Foco Maura Barcellos

Por Socorro Pinto helpkoka@hotmail.com No dia 29 de setembro aconteceu o coquetel do evento “Seu Momento Noiva”. Com o carinho, dedicação e a união dos parceiros, esse momento tornou inesquecível para todos, como todo casamento deveria ser. Muito sucesso para os organizadores!

Lorena, Karol Martins, Ellen Diniz, Brunna Diniz e Marina Diniz

Fernando Valério Ortiz e Jessica Tamara de Souza Orti

Foi realizado nos meses de setembro e outrubro a 2ª mostra “Maria Exemplo de Mãe”. O evento reuniu diversas obras sacras criada pela talentosa e queridíssima artista plástica Rose Danelli, que trouxe muita paz e espiritualidade ao Taubaté Shopping. Parabéns pelo belo trabalho.

A paróquia Sagrado Coração de Jesus foi o lugar escolhido pelos noivos Jessica e Fernando, como palco de seu enlace matrimonial. Logo após a linda cerimônia os noivos receberam os convidados para uma belíssima e animada festa, que com certeza ficará na memória e no coração de todos.

Rose Danelli

Grupo As Divas

Todos os aplausos para Monique e toda equipe da Simulassão que recebeu convidados e amigos com um delicioso coquetel de lançamento da nova coleção primavera/verão. Tudo estava maravilhoso, e para fechar a noite com chave de ouro tivemos um bate-papo descontraido sobre moda com a querida amiga Cris Bedendo.

Gilberto Victor Sempre atualizando seu rico currículo o Dr. Gilberto acabou de chegar de mais um congresso internacional de Medicina Estética e Anti-envelhecimento, realizado em Moscou, trazendo consigo novos conhecimentos e técnicas que estamos ansiosos para conhecer.

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Muita alegria e animação marcou o último encontro do grupo “As Divas” em comemoração às queridas aniversariantes do mês de setembro. Parabéns à Glória, Marlene, Norma, Arlete, Janaina e Rita. Felicidades para todas e que venham mais comemorações.

Cris Bedendo, Monique, Arlete, Ivete, Marcia e Maria Regina

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Marina Calรงados

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Social Taubaté

Flash

Por José Luiz de Almeida luizinho-cafe@hotmail.com facebook.com/luizinholanches Maravilhosa como sempre, Marina Ayello exibindo sua beleza e simpatia.

Renata Leite, Marcela Tupinambá e Nayara Claro celebrando a vida.

Queridíssima Luciana Lorenzão curtindo com amigos em um lindo final de tarde na gostosa cidade de Tremembé.

O pequeno Rayhan e sua mamãe Denise Murad. Corujíssima! Não é por menos. 60 | Vitti | revistavitti.com.br

O empresário da noite, Oswaldo Roman e sua musa Yasmin Gusmão, que em novembro completam um ano de namoro. Parabéns ao casal. Novembro, 2016


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Social Caçapava

Caleidoscópio

Valeu. O esforço somado à competência de Gabriel Bortolot, Beto Ferraz, Fábio Rodrigues, Fábio Andrade, Flaverton Egydio, Dirceu Santos e Pedro Santos - publicitários, jornalistas e fotógrafos - reconhecidos pelo excelente trabalho que desenvolvem no Grupo Image e por tais, foram laureados com dois troféus no Prêmio Comunicação "Como Le Gusta", premiação mór as ideias mais criativas sobre o aniversário de São José dos Campos.

Por Anna Dennz annadennz@hotmail.com

Yes - Todos juntos e muito bem misturados entre emoções & razões, em hotel na cidade de Atibaia durante o meeting para treinamento e capacitação - ST Liderança ministrado pelo diretor da MBM Business School, Flávio Garcia. Na foto, estamos com os colegas de imprensa: Guilherme Otani, Marilda Serrano, Mário Toledo, Benny Lima, Danny Lima, Maurício Guisard – Bárbara Vianna, André Fressant, Taís Furini, em honroso convite realizado pela Isso é Pauta, do apresentador Abel Freitas. Primavera - Musical no Vale, foi o espetáculo realizado em 15 de outubro, no Santuário Nacional de Aparecida, com a presença do grande tenor italiano Andrea Bocelli. Mas a emoção maior tomou conta do público quando em duo, o cantor Daniel e Bocelli entoaram " Ave Maria". Felicidade para todos , mas sorte para poucos que chegaram a ficar de perto como os ídolos, como foi o caso do jornalista da cidade de Cruzeiro, Manuel Felipe.

Parabéns para super gestora empresarial Patricia Sartori, que comemorou com as amigas Shirley Cembranelli, Roberta Freitas, Thaís Barnabé, Daniela Fernandes, Patricia Ferrari e Fernanda Mussi sua nova e feliz idade!

Nesta data querida.... ela sim, a poderosa RP da APACOS, Chris Bueno teve o inicio das comemorações de seu badalado aniversário em jantar no sofisticado Restaurante Cassiano em São José dos Campos e, na sequência na capital paulista, uma grande festa oferecida pela Revista Luxus. Com os amigos Ovadia Saadia, Alessandra Cunha, Marcelo Demeo e Silvia Neubem.... muitas felicidades e muitos anos de vida. Trinca - e de Diamante, é assim que podemos chamar Rodrigo Alk, Roberto Nogueira, Germinal Milla, profissionais do front que imprimem cada vez mais o sucesso ao espetacular Hotel& Golf Clube dos 500. No registro, a felicidade dos moços durante a posse do Prof Dr. Wellington de Oliveira, como diretor geral na UNIFATEA de Lorena, em 14 de outubro.

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10 ANOS TRANSFORMANDO MARCAS EM GRANDES EXPERIÊNCIAS

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Social São José dos Campos

Brime News

Por André Fleming andre@brime.com.br Felipe Mascarenhas na premiação dos Profissionais do Vale, realizado pela Arquitetura do Vale.

Marcelo de Moraes e Adeli Cesário no Evento de Lançamento do Jeep Compass da T-Line, em São José dos Campos.

Ricardo Sampaio na inauguração do Bar do Sampaio, em São José dos Campos.

Michelle Fernandes e Leticya Foresti no BBQ Valle, em Pindamonhangaba.

Guilherme Rachid no lançamento do projeto Spazio Club, em Taubaté.

Bruno Atílio no Spazio Club.

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Social São José dos Campos

Atitude News

Por Gilberto Freitas gilfreitasff@hotmail.com

André Fleming e Fabiano Hernandez na Spazio Club, em Taubaté, em evento da Brime.

Claudio Santos e Ivone Moares no aniversário de 10 anos da Cliv Produtora, em São José dos Campos.

Fauez Rachid com Thiaguinho em show no Estância Nativa Sertaneja, em Caçapava.

Fred, Felipe e Fabiano Ribeiro em noite de aniversário.

Nazira Madureira na sexta especial do Guten Bier, em São José dos Campos.

Renata Araújo do Blog "Preciso Ter" comemorando seu aniversário com estilo.

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Social Aparecida

Aparecida

Vitor Rodrigues

Por Ligia Ballot liballot@hotmail.com

O veterano diretor de novelas Del Rangel, esteve em Aparecida no dia 7 de outubro para a sessão de estréia de seu filme "A História de Nossa Senhora Aparecida", uma obra multimídia que será exibida permanentemente no Cine Padroeira, a nova atração para os devotos do Santuário Nacional.

Gustavo Marques

Iara Diniz

A fotógrafa Josiane Galdino flagrou a fadinha Larissa, menina dos olhos da mamãe Sonia e do papai Cristiano

Thiago Leon

Muita emoção no casamento de Flávia Gabriela e Tiago Freitas ao lado de seus filhos Julio Luciano, Maria Júlia e Marianne.

Momento único em que Andrea Bocelli na companhia de sua esposa e de Dom Damasceno rezou com a imagem de Nossa Senhora Aparecida nas mãos. 68 | Vitti | revistavitti.com.br

Fábio e Sílvia Braga com suas filhas Lívia e Maria Laura em uma noite muito especial para celebrar 10 anos de casados. Felicidade sempre! Novembro, 2016


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Social Guará

Studio 8mm

Guará em Pauta

Por Benê Carvalho benecarvalho@revistavitti.com.br Mariana Boueri Assis Figueiredo e Felipe Lamana trocaram alianças numa linda cerimônia religiosa na capela do 500 Hotel e Golf no dia 24 de setembro.

Benê, Natasha Marcondes César e Rogean Costa Studio 8mm

A animada festa do casamento foi no Recanto do Bosque em Guará e trouxe muita gente bonita para celebrar a união do casal!

Flavio Pirica, Gláucia e Edmundo Gláucia Okamoto comemorou mais um aniversário numa reunião com amigos próximos e parentes no dia 1º de outubro, em sua casa.

Wagner, Douglas, João, Benê e Rogean

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Wagner Almeida comemorou mais um aniversário numa animada festa no dia 08 de outubro.

Luiz Augusto Antunes e Sandra Yuki se casaram num cenário mais que perfeito na fazenda Santa Rosa do Sapé, em Cunha, no dia 1º de outubro. Novembro, 2016


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Social Taubaté

Good Times

Fotos: Luizinho

A Good Times de outubro mais uma vez não deixou por menos. O Butiquim Vila Santa bombou com chuva e tudo. Sucesso total! E no próximo dia 19 de novembro, Night Fever com a banda Dr. Buddy e Dj's Beto Pista Cheia e Marcelo Boto.

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empresa Nelisa Eventos vem realizando um trabalho de organização, assessoria e decoração em festas infantis, casamentos e comemorações especiais. As sócias Nelisa Castro e Pricila Estatuti, ambas com formação em Pedagogia e graduadas em gestão de pessoas e psicopedagogia, com experiências em suas áreas há 17 anos, resolveram se unir e abraçar o mundo da arte de celebrar! Há cinco anos, Nelisa iniciou na área depois de se formar no curso A Arte de Celebrar. “Quando terminei o curso, estava completamente contagiada e não parei mais. Foi então que resolvi conhecer mais sobre flores e decorações de eventos diferenciados”, relata. Na busca pela qualidade, Nelisa

teve um encontro com Andrea Saladini, sobre o tema decoração de casamentos - a produção de um sonho. Na busca em aprender mais sobre decoração floral, ela passou uma semana ao lado de Preston Bailey um dos mais renomados flower design do mundo. Recentemente Nelisa retornou de uma viagem de 30 dias pelo Japão, onde buscou conhecer o mundo dos casamentos orientais, em especial por meio dos cursos de Ikebana, a arte da composição floral. Por lá, Nelisa teve a oportunidade de ministrar um workshop de decoração de mesas natalinas para japonesas e estrangeiras que moram no Japão. “É curioso que lá não há o costume de celebrar o Natal com mesas decoradas, então o curso foi bem cativante para elas”, explica Nelisa. Com a experiência de ter atuado

Nelisa Castro Priscila Estatuti Assessoria, Assessoria, Treinamento e Decoração Coordenacão de Equipe e Cerimonial

no mercado de decoração na cidade de São Paulo, com o que se tem de melhor para a realização de eventos inesquecíveis, agora Nelisa Castro chega com energias renovadas, e ao lado da sócia Pricila Estatuti entram no mercado de de casamentos e eventos corporativos da região, oferecendo aos clientes o melhor que o mercado pode oferecer em novidades e tendências. “Nosso trabalho é cuidar de tudo, organizando, planejando e coordenando todos os detalhes para que seu sonho vire realidade. Nossa marca é levar para nossos clientes soluções criativas, elegância, sofisticação, compromisso, responsabilidade com exclusividade!”

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Atendemos em todo Vale e Região.

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Saúde

O uso da gordura como preenchimento facial Por Dr. Érico Pampado Di Santis

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stou escrevendo este artigo de Buenos Aires. Exatamente do aeroparque Jorge Newbery. Vim à capital da Argentina para ministrar algumas aulas no Congresso Ibero Latino Americano de Dermatologia, CILAD. Uma das aulas foi sobre rejuvenescimento facial. Falei sobre os preenchimentos faciais com uso de gordura. Vários colegas vieram conversar comigo depois da aula entusiasmados com a técnica. O uso da gordura autóloga não é na verdade uma novidade. Seu uso é antigo. E na medicina as técnicas vão e voltam. Utilizo dois tipos de preenchedores: gordura autóloga e ácido hialurônico. Existem outros tipos de preenchedores, como ácido polilático, metacrilato, hidroxiapatita de cálcio, dos quais não tenho experiência. Entre a gordura e o ácido hialurônico, não sei dizer qual é o melhor. Eles são diferentes e tem suas indicações. O ácido hialurônico é excelente para várias situações. Permite um contorno fino, tem baixa reação inf lamatória, é muito maleável e não gera endurecimento por formação de fibrose. A gordura é autóloga, ou seja, vem da própria pessoa. Excelente opção para pacientes com doenças autoimunológicas, como lúpus ou artrite reumatóide, justamente por ser do próprio corpo e não ter possibilidade de estimular o sistema imunológico, piorando assim as reações autoinflamatórias. Além disso, a gordura gera um aspecto muito natural no resultado final. “Mas quanto dura o preenchimento feito com gordura?”. Esta é a pergunta fei-

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ta por quase todos os pacientes que pretendem se submeter a este procedimento e também pelos colegas não habituados ao seu uso. Existem dois tipos de preenchimentos: defi nitivos e absorvíveis. Os definitivos eu particularmente não uso e não indico. Os absorvíveis ou não definitivos desaparecem com o tempo. A indústria conseguiu desenvolver preenchimentos com duração que vai de um a dois anos. Por serem produtos sintéticos, tem sua biodegradação conhecida. A gordura não, é um tecido biológico, sujeito as condições da área receptora para sua pega. Utilizamos várias técnicas para aumentar sua viabilidade, como aspiração sob baixa pressão, delicadeza na sua manipulação,

purificação por meio da limpeza da gordura, entre outras normas técnicas que ajudarão, além de sua viabilidade, na sua vida no novo sítio. Depende de nutrição para ser reimplantado em uma área diferente daquela em que veio. A experiência mostra que pode durar vários anos. Certos pacientes fazem um retratamento após três ou cinco anos. É um preenchimento do qual sou fã. Adoro preencher com a gordura por sua naturalidade, capacidade de reestruturação e presença de harmonia com o restante do rosto. Dr. Érico Pampado Di Santis é médico Dermatologista. CRM: 96546/RQE: 21582

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Odontologia

Alterações Faciais Quais são os tratamentos?

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s alterações faciais apresentam na sua maioria um fator genético como principal etiologia, e muitas dessas alterações já podem ser notadas ainda na infância e adolescência, por isso a importância das consultas iniciais. Outros fatores etiológicos estão relacionados a eventos traumáticos, hábitos ou patologias na região da face. Quando uma alteração de desenvolvimento facial não é tratada durante fase de crescimento, resulta em alterações maxilo faciais em pacientes adultos dentre as quais se destacam: o prognatismo (queixo grande), retrognatismo (queixo pequeno), excesso vertical maxilar (sorriso gengival), distúrbios da ATM entre outras alterações. As alterações maxilo faciais apresentam componentes estéticos e funcionas que causam grandes impactos sociais e psicológicos nos pacientes. Entre as consequências desta alteração podemos destacar a apneia e ronco (respiração inadequada durante o sono) que além de provocar noites mal dormidas, pode deformar o céu da boca e a língua, contribuir para obesidade e resultar em baixo rendimento escolar; dificuldade e dor para abrir a boca, estalos para abrir a boca, mastigação incorreta, que pode acarretar em doenças estomacais; dores musculares e dor de cabeça; desvio de postura, pois a posição incorreta da cabeça tem relação direta ao restante do corpo; alterações cardiorrespiratórias, comprometendo de maneira importante a qualidade de vida do indivíduo.

Nesses casos, há necessidade de realizar a cirurgia ortognática, procedimento cirúrgico que visa promover a correta relação entre a maxila e a mandíbula e suas bases ósseas, promovendo correta relação de mordida, melhora da respiração e promove a harmonia facial. Para casos de transtornos de ATM, atualmente dispomos de tratamentos clínicos eficientes e para casos mais avançados a cirurgia é realizada com técnicas minimamente invasivas e com materiais individualizados feitos sob medida e exclusivos para o paciente. (Os casos de alterações maxilo faciais são tratados corrigindo as relações das bases ósseas e resultam em harmonia dos contornos faciais). 76 | Vitti | revistavitti.com.br

Qual o principal motivo para os pacientes procurarem tratamento? Pacientes jovens, na maioria dos casos, buscam tratamento com queixa inicial de aspecto estético e dificuldade de mordida, já os pacientes adultos por razões de alterações respiratórias e dores, isso porque complicações decorrentes destas alterações vão se agravando com o passar dos anos. O plano de saúde cobre este tipo de cirurgia? Sim, as Cirurgias Bucomaxilofaciais tem cobertura pelos planos de saúde. Como é a cirurgia ortognática? A cirurgia ortognática é realizada por dentro da boca, a mudança visual é imediata, após a cirurgia, mesmo que ainda edemaciado (inchado) os contornos faciais fi -

cam mais harmoniosos, a relação da mordida já é corrigida e os pacientes com alterações respiratórias apresentam melhora. Como é o pós-operatório de cirurgia ortognática? O paciente vai apresentar discreto edema no rosto e lábios (inchaço facial), a dieta é liquida e/ou pastosa nos primeiros dias, são raros os casos de dor após a cirurgia, o que há é um desconforto para abrir a boca no primeiro dia. Como é a cirurgia de ATM? A cirurgia de ATM é realizada pela técnica minimamente invasiva, por meio de três pequenos acessos (em média 2mm) para entrada da ótica e dos instrumentos, com estes equipamentos conseguimos visualizar dentro da articulação e realizar o tratamento sem a necessidade de cortes maiores.

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Saúde

Especialistas pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Quando devo me preocupar com os olhos do meu filho?

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bebê nasce com o sistema visual muito imaturo, com visão de apenas vultos, não tendo capacidade ainda de seguir objetos à sua frente. Comumente pode apresentar desvios oculares sem que isso cause, necessariamente, problemas na visão. É neste momento que deve ser realizado seu primeiro exame ocular, que pode ser feito até mesmo pelo pediatra ainda na maternidade, que é o “Teste do Reflexo Vermelho” ou o “Teste do Olhinho”. Por este exame, pode-se perceber se há alguma doença, como uma catarata congênita ou mesmo alguns tipos de tumores intraoculares. A catarata congênita é responsável por 10% da cegueira infantil, considerada uma das doenças oculares mais comuns em crianças e quanto antes for detectada e tratada, menor o risco de perda da visão. O desenvolvimento da visão no bebê é muito acelerado no primeiro ano de vida, e aos 6 meses ele já é capaz de seguir objetos com os olhos e tentar pegá-los, diferenciar cores e manter os olhos alinhados. Neste momento deve ser realizada sua primeira consulta com oftalmologista. Esse desenvolvimento da visão se finaliza por volta 78 | Vitti | revistavitti.com.br

dos 7 anos e, se houver algum problema não corrigido nos olhos, ainda que seja “apenas” a necessidade de óculos, a visão poderá ficar definitivamente deficiente. Aproximadamente 500 mil crianças ficam cegas a cada ano no mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, em 2004, no Brasil, havia 32,4 mil crianças cegas e 130 mil com baixa visão, sendo que a maior parte dos casos (cerca de 74%) poderia ter sido evitada com prevenção e tratamentos adequados. Cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam algum distúrbio ocular de causas variadas, e além do mais, as ametropias (que são problemas visuais que melhoram com uso de óculos, como a miopia, hipermetropia e astigmatismo) são a segunda causa de cegueira tratável e evitável. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) sugere que um exame ocular completo seja realizado pelo oftalmologista a cada 6 meses durante os dois primeiros anos de vida e anualmente até 7-9 anos de idade. A saúde dos olhos de seu fi lho é sua responsabilidade, procure regularmente um oftalmologista.

Dr. Dalmo Pina Pinheiro CRM-SP: 104441 Dra. Lilian Inoue CRM-SP: 111795

Médica oftalmologista formada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Responsável pelo estágio de estrabismo da Universidade de Taubaté

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Bem estar

Cromoterapia Ayurveda

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Por Alessandra Gabriel

romoterapia ou Terapia da Cor deriva do Ayurveda, uma antiga forma de medicina praticada na Índia há milhares de anos. Ayurveda é baseado na ideia de que cada indivíduo contém em si os cinco elementos básicos do universo: terra, água, ar, fogo e éter (espaço). Estes elementos estão presentes em proporções específicas exclusivas para personalidade e constituição de um indivíduo. Quando estes elementos estão fora de equilíbrio por meio de maus hábitos ou forças externas geralmente os resultados são doenças. A Ayurveda utiliza as energias inerentes às cores do espectro para restaurar esse equilíbrio. A terapia utiliza as sete cores do arco-íris para promover o equilíbrio e cura na mente e no corpo. Esta forma de terapia também funciona em conjunto com hidroterapia (água) e Aromaterapia (perfume) para aumentar o efeito de cura. Ayurveda conecta cada cor com um dos Doshas. Dosha Vata orienta os elementos que controlam nosso sistema nervoso. Vata representa os elementos de ar e éter, portanto esse Dosha representa raciocínio rápido, conversa inteligente e de alta energia. Dosha Pitta controla tudo, desde os nossos órgãos internos para a nossa pele. Ele está ligado aos elementos do fogo e da água, o que significa que uma pessoa Pitta é mais propensa a ter uma persona80 | Vitti | revistavitti.com.br

lidade impetuosa e apaixonada. Dosha Kapha controla nossos fluidos corporais, de água para muco, está ligado aos elementos terra e água, pessoas deste tipo apresentam calma e solidez. As cores possuem muitos estados que podemos invocar a paz de espírito que conduz à iluminação, a ação que nos distrai e a inatividade que nos faz dócil. As cores: Azul, Vermelho e Amarelo estão ligadas a Vata, Pitta e Kapha, respectivamente. A cor Azul refere-se diretamente ao nosso sistema nervoso. Ela tem a capacidade para trazer calma e paciência e nos dá o estado de espírito necessário para superar os problemas, estresse e raiva causada por situações cotidianas. A cor Vermelha está ligada aos nossos órgãos e fluxo sanguíneo. Ela nos ajuda a permanecer ativo, permitindo-nos ter um coração mais forte e melhor fluxo de sangue. Isso nos motiva a ser mais confiante em nossas escolhas e ações. Ela também nos encoraja a tomar melhores decisões sobre a nossa saúde, a cor Amarela afeta todos os nossos fluidos corporais, ela desempenha um papel muito importante na forma de como nossos corpos funcionam. Amarelo harmoniza as excreções em nossos corpos. Equilibra os hormônios e nos permite sentir e enxergar melhor. Benefícios das cores segundo o Ayurveda Vermelho: Aumenta a temperatura do sangue e estimula a circulação. Vermelho

é usado para cuidar de pessoas com anemia, fadiga, paralisia e exaustão. Azul: Acalma. Azul é utilizado em casos de condições inf lamatórias, queimaduras e hematomas. Ela também ajuda com eczema, psoríase, erupções e feridas. Além disso, Azul ajuda a aliviar a tensão, estresse e problemas com o sistema imunitário. Acredita-se que alivia a insônia, ansiedade, hipertensão, enxaqueca e a irritação da pele. Amarelo: Usado para ajudar na digestão e função hepática. Amarelo tem propriedades descongestionantes e antibacterianas que atuam como agente de limpeza para o corpo. Tem sido usada para ajudar a aliviar o reumatismo e artrite. Verde: Cria equilíbrio e harmonia dentro do corpo. É especialmente bom para problemas de coração e de sangue. É usada para influenciar a estrutura da célula humana e músculos. Laranja: Dá vitalidade ao corpo e está associada aos rins, trato urinário, e dos órgãos reprodutivos. Violeta: Associado com os olhos, ouvidos, nariz e boca e é utilizada para acalmar o sistema nervoso. As cores podem desempenhar um papel importante na saúde de nossos Corpos Físicos e Emocionais. Muitas vezes você pode ter-se encontrado em um lugar onde a cor das paredes ou a mobília estava invocando certas emoções dentro de você. Às vezes você anda em uma casa e as cores criam uma sensação única de aconchego e calor e outras vezes um sentimento de distanciamento e aversão. Cada cor promove um determinado estado mental. A fim de mudar a sua vida e torná-la mais feliz e saudável, basta pintá-la com novas cores. Comece com o seu guarda-roupa ou sua casa. Você pode até escolher as cores dos alimentos que consome, se assim desejar. Uma coisa é certa, uma vez que você encontrar o equilíbrio em sua própria paleta, o bem-estar é inevitável. Conecte-se com as cores! Alessandra Cristina Gabriel Prazeres Terapeuta Ayurvédica - ABRA-RJ 399 SPA LUZ E VIDA Fone: 12 98811-8266 Tremembé - SP Novembro, 2016


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Reflexão

Novembro Saudades e Outras Emoções

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Por Juliana Bueno

ovembro é mesmo um mês difícil. O dia de Finados deixa este mês repleto de lembranças, saudades... tristezas. Acredito que todos os que já partiram estão vivendo em uma dimensão espiritual, sei que estão vivendo melhor, até mesmo mais felizes. E finalmente com paz na alma, paz nos pensamentos e uma vontade maior de compreender, aprender, perdoar. Enfim, evoluir! Mas a saudade destas pessoas queridas que já partiram, mesmo assim, dói. Talvez um pouco menos, pelo menos para mim, que tenho fé. Sei que um dia estarei ao lado deles, estes que foram antes, e me deixaram aqui, com meus problemas, tristezas e medos, e também com as alegrias e os sonhos. Que afinal, não podem deixar de existir Penso no meu irmão agora, que partiu ainda jovem, e fazem apenas dois meses... Foi uma morte rápida, praticamente sem dor. Bom para ele, acredito. Mas, para nós que ficamos foi tão rápido e triste demais. Tudo se tornou um grande sofrimento, desfazer as lembranças, resolver as pendencias, deixar a casa onde ele morava limpa e totalmente pintada. Conseguir um lugar para deixar o cachorro que era tão amado por ele. Lembrando aqui (aumentando mais minha tristeza) a ultima frase dele. Ele a disse para uma cuidadora e vizinha dele, que estava no quarto ao seu lado, al-

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gumas horas antes dele partir. “Será que o Beethoven está sentindo a minha falta?”. Lembrando que Beethoven era o tal cachorro, um vira-latas sensível, que vivia com ele e que ficou dias e dias na porta de sua casa esperando que a porta se abrisse. Sim, esta foi a última pergunta. Ela me deixou mais triste ainda. Porque eu não estava lá para responder, para lhe dizer em alto e bom som: “Sim, ele está sentindo a sua falta e nós todos também, muito mais do que ele. E sofreremos muito, se você for embora, por favor, fique mais um pouco, não se entregue pelo amor de Deus!”. Mas ele se entregou, acredito que sim. Acredito até mesmo que ele não tinha muita vontade de viver, embora demonstrasse sempre o contrário, com seu riso fácil, um contagiante bom humor e uma maneira pura e “desligada” de enfrentar a vida com todos os seus problemas. A vida aqui na Terra não foi fácil para ele. Doenças e mais doenças tornaram sua existência difícil e totalmente dependente dos familiares. Eu fiz o possível. Sim, poderia ter feito mais. Mas, como já sabemos, não podemos dar nem tampouco demonstrar algo que não estamos conseguindo vivenciar naquele momento. Os problemas existiam para todos, não apenas para ele que estava tão doente, sozinho, tão apegado ao Beethoven. Existiam para mim mesma, para minha família, marido e filhos. Mas, mesmo

assim, sempre encontramos forças, ou deveríamos encontrar para ajudar muito mais aqueles mais frágeis, que enfrentam uma situação pior do que a nossa. Por isso mesmo lhe peço perdão, meu querido irmão Guito - era o apelido dele. Acredito que estou sendo perdoada. Ele sabe o quanto eu o amava, e o quanto sempre tentei ajudá-lo em muitos outros momentos difíceis. Receba aqui então, o meu pedido de perdão. E todo o meu amor, que tantas vezes poderia ter demonstrado. Ainda que o céu estivesse cinzento e algumas tempestades se aproximassem. Eu poderia sim ter lhe dito, como faço agora, “que o amo muito, e que este amor em nenhum momento de sua vida aqui na Terra, deixou de existir”. Sei que ele compreende, como sempre fez, com seu sorriso fácil, seu olhar profundo repleto de amizade e desejo de ajudar. Fique em paz querido irmão. Reze muito por nós, ai aonde você está. Para que possamos evoluir de fato e, principalmente, aprender a amar. E ter assim o privilégio de reencontrá-lo um dia. Como você pode ver, novembro e o dia de Finados é difícil e doloroso para mim. Aceite o desabafo, e que possa sensibilizar cada um de nós. Juliana Bueno é escritora e jornalista. Contato: julianabuenorbio@terra.com.br Novembro, 2016


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Ambiente construído

Pagamentos por serviços prestados à natureza Mecanismo e soluções para proteger o meio ambiente sem causar prejuízos ao produtores rurais

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Por Adilson Peloggia

população economicamente ativa não está acostumada a pensar em pagar pelos serviços que a natureza nos presta. No entanto, para tentar diminuir a invisibilidade econômica do meio ambiente existem ferramentas, tais como o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Todos deveriam saber o valor e a importância da natureza e dos serviços que ela nos presta, mas ainda não damos o devido valor. Os serviços prestados por uma bacia hidrográfica são inúmeros, sendo que entre os serviços prestados há um que nos gera um grande benefício diretamente, a provisão de água para consumo. Contudo, a poluição e a degradação se manifestam. O incentivo dado à produção industrial ainda é extremamente maior que o incentivo à proteção dos recursos naturais, mas o Brasil começa a gerar um processo coercitivo para tentar encontrar um equilíbrio entre esses fatores. O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é, de acordo com alguns especialistas, um instrumento que tenta dar um estímulo à proteção dos serviços ecossistêmicos. A primeira aplicação do PSA em caráter nacional ocorreu com a lei 12.512/11, que instituiu o Bolsa Verde, que se trata de um programa que beneficia famílias de baixa renda com R$ 300 a cada três meses para que a manutenção da vegetação da propriedade seja encarada como um fator de responsabilidade social. Entre outros fatores relacionados, o programa 84 | Vitti | revistavitti.com.br

de PSA está um de grande importância para a vida no planeta, a cobrança pelo uso da água. Esse projeto de PSA não é considerado como um imposto e sim uma remuneração pelo uso de um bem público – o montante financeiro arrecadado é investido para manter e recuperar bacias hidrográficas que fornecem esse serviço. A legislação no Brasil ainda anda a passos minúsculos para uma instrução que garanta a eficiência do PSA. Ainda persistem projetos de lei a serem aprovados pelo Governo (PL 792/07 e 312/15). Essa legislação dispõe sobre recomendações na estipulação de políticas e de diretrizes, como a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. No tocante ao Código Florestal promove a ação de pagamento ou incentivos aos serviços ambientais que gerem: manutenção de Reservas Legais, regulação do clima, valorização cultural, sequestro de carbono, conservação da beleza natural, biodiversidade, serviços hídricos e do solo, porém ainda é pouco difundido e aplicado. Especialistas encaram o pagamento por serviços ambientais como uma forma eficiente de incentivar a preservação ambiental, uma vez que agrega atividades de preservação com geração de renda, principalmente no meio rural onde, geralmente, a manutenção de áreas preservadas é encarada como prejuízo pelos produtores que têm sua área produtiva diminuída pelas áreas de reserva legal e de preservação permanente. Neste momento, existe um projeto, que tem previsão de expansão para todo o Estado de São Paulo, para rea-

lização efetiva de pagamentos no valor de R$36.966,10 (Fonte: SEMA) por ano para 13 proprietários que respondem por uma área de 272,21 hectares preservados. Os recursos para o PSA, neste caso, vêm em parte de royalties do petróleo e gás natural (3% dos royalties) e de 100% da compensação ambiental de empreendimentos hidrelétricos que são repassados ao Estado. Os serviços ambientais efetuados pelas florestas incluem a melhoria da qualidade do ar (por meio da neutralização de gases causadores do efeito estufa, como o CO2), da água, do solo e a preservação da biodiversidade e dos recursos genéticos (usados na agricultura, na medicina, na indústria de cosméticos, etc.). A preservação das nossas florestas é um ativo fenomenal e pode ser transformado em numerário (dinheiro), porque o planeta Terra precisa disso e podemos fazer o sequestro de carbono, a partir de nossas florestas em pé, com a contribuição fantástica da ciência e tecnologia. Em consideração a essa situação, existem várias iniciativas, ações, projetos, bom senso e programas para a proteção, recuperação e uso sustentável inteligente da Mata Atlântica. É nesse contexto, que o pagamento por serviços ambientais apresenta-se como um instrumento evolutivo e promissor para que haja uma gestão ambiental acentuada. O bem-estar da sociedade depende significantemente dos serviços ambientais, entre muitos outros. Prof. Dr. Adilson Peloggia é Consultor Ambiental Contato: peloggia.adilson@gmail.com Novembro, 2016


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Aviação

Embraer

Empresa tem aumento de 38% nas entregas de jatos comerciais mas enfrenta dificuldades no mercado

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Da Redação

Embraer entregou 29 jatos para o mercado de aviação comercial ao longo do terceiro trimestre de 2016, 38% a mais que no mesmo período de 2015. A companhia entregou 12 jatos executivos de grande porte, 33% a mais que o mesmo período do ano passado. No entanto, o número de entregas totais para o mercado de aviação executiva caiu cerca de 17% em relação ao mesmo terceiro trimestre de 2015. Em 30 de setembro, a carteira de pedidos firmes a entregar totalizava USD 21,4 bilhões.

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O principal destaque do trimestre foi a venda de até 10 aeronaves E190-E2 para a indonésia Kalstar Aviation, durante o Farnborough Airshow. O contrato inclui cinco pedidos fi rmes e cinco opções de compra. As entregas estão programadas para começar em 2020. Posteriormente, outros cinco direitos de compra foram adicionados a este contrato. Durante o evento a Embraer também anunciou uma Carta de Intenções com a israelense Arkia para até 10 jatos E195-E2. O contrato tem um valor total estimado de USD 650 milhões. Ainda no trimestre a Embraer anun-

ciou a encomenda de até cinco aeronaves E190 para a Colorful Guizhou Airlines, da China. O contrato tem valor estimado de USD 249 milhões, a preço de lista, caso todos os direitos de compra sejam exercidos. Os dois aviões serão entregues em 2017. Na Aviação Executiva, o destaque foi o anúncio do pedido firme da chinesa Colorful Yunnan junto à Embraer para dois jatos Phenom 300. As aeronaves serão usadas em diversas missões como resgate aeromédico e ajuda humanitária. Ambos os aviões estão programados para serem entregues no final do ano.

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Lançamentos

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Som

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m dezembro de 1970, Elvis Presley, novamente no auge, cismou que queria conhecer o então presidente norte-americano Richard Nixon. Embebido pela fama, viciado em remédios para dormir e para se manter acordado, vivendo isolado em sua mansão e transparecendo esquisitices que culminariam em sua morte prematura sete anos mais tarde, ele já se tornara uma caricatura, apesar da majestade. Elvis tornou-se estranhamente um obcecado pelo combate ao tráfico e

Vídeo Da Redação

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consumo de drogas, e tinha fé de que o governo americano queria e precisava de sua ajuda. O Rei do Rock desejava uma credencial de agente do FBI e concluiu que o governante poderia conseguir para ele a honraria. Dirigido por Liza Johnson, Elvis & Nixon recria com bom humor todas as bizarras maquinações de bastidores que motivaram este fato real. O featurette Louco, mas Verdadeiro usa fontes oficiais para detalhar o que realmente aconteceu entre eles no Salão Oval da Casa Branca.

Labirinto - A Magia do Tempo Sony - Blu-Ray

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ançado há 30 anos, Labirinto – A Magia do Tempo não foi um sucesso arrebatador na época, mas acabou se transformando em uma peça cultuada, especialmente no Brasil – e se tornou obrigatório depois da morte de David Bowie, ocorrida no último mês de janeiro. Para muita gente, a introdução à arte de Bowie ocorreu quando ele encarnou Jareth, o Rei dos Duendes (ou The Goblin King). Paralelamente, “As The World Falls Down”, uma das cinco canções que Bowie gravou para a trilha do longa, foi bem nas rádios. Na história, a adolescente Sarah (Jennifer

Connelly) é obrigada a tomar conta do irmãozinho e, em um momento de raiva, deseja se livrar dele. Jareth então aparece e leva o garoto embora. Sarah, morrendo de arrependimento, tem de adentrar um misterioso labirinto e efetuar o resgate antes da meia-noite ou então o irmão dela também vai se transformar em um duende. O filme dirigido por Jim Henson (criador de Vila Sésamo e Os Muppets) é cheio de reviravoltas, criaturas fantásticas e, como aponta o subtítulo, muita magia. O caprichado Blu-ray tem diversos extras. É um mergulho indispensável no universo dos Goblins.

Camisa de Vênus - Dançando na Lua Radar Records - CD

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iretamente da Bahia, o Camisa de Vênus tem seu espaço reservado na história do rock nacional, com seu som basicamente punk, cru, que faz uso de cinismo e niilismo para tratar das coisas da vida. Depois do auge, na década de 1980, a banda se separou e retornou inúmeras vezes. Enquanto isso, o cantor Marcelo Nova tocava a carreira solo. Agora sem os guitarristas Karl Hummel e Gustavo Mullem, o Camisa tem na formação músicos que já acompanhavam Nova: Drake, filho do cantor (guitarra solo), Leandro Dalle (guitarra base) e Célio 88 | Vitti | revistavitti.com.br

Glouster (bateria). O resultado é um disco maduro, tanto no som quanto na temática. O rock segue básico, e a temática passeia por relacionamentos fracassados e frustrações sexuais, paranoia, desilusão com o futuro e crítica a políticos. Mas nem só de obscuridade negativa vive Dançando na Lua. Para os fãs da face cínica e bem humorada, o rockabilly “Estrondo do Silêncio” serve como um elixir. Ironizando temas bíblicos, é o tipo de canção que mostra como o Camisa nunca se enquadrou em nenhum padrão pré-estabelecido do pop brasileiro. Novembro, 2016


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Livros

DicaS De Leitura

Meninos em Fúria

Marcelo Rubens Paiva e Clemente Nascimento Alfaguara/Objetiva - 248 páginas

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arço de 1983. Diante de uma plateia atônita, Clemente e sua banda, os Inocentes, começam a tocar acordes rápidos. Ariel, o vocalista, cai do palco e segue cantando com o microfone desligado. Clemente, no baixo, toma os vocais. Caos e confusão, um show que se tornaria um marco do rock brasileiro. Em 1982, Marcelo Rubens Paiva havia acabado de sofrer o acidente que o colocara numa cadeira de rodas. Conhece Clemente e as bandas punks e começa a escrever seu livro, ‘Feliz ano velho’. Um livro vibrante — que se lê como um romance, mas onde tudo é estritamente real — que fala não só do movimento punk e da sublevação da periferia, mas também da abertura política brasileira, da fúria e do desencanto dos anos 1980. Os dois se juntaram para escrever em ‘Meninos em Fúria’ uma biografia de Clemente, história esta que acaba se misturando com o surgimento e crescimento da música punk no Brasil. Um livro necessário, contando como Clemente, um pensador da periferia paulistana, se tornou um trovador do rock. 90 | Vitti | revistavitti.com.br

Por Ronaldo Casarin

Rita Lee – Uma Autobiografia Rita Lee Globo Livros 296 páginas

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o primeiro disco voador ao último porre, Rita é consistente. Corajosa. Sem culpa nenhuma. Tanto que, ao ler o livro, várias vezes temos a sensação de estar diante de uma biografia não autorizada, tamanha a honestidade nas histórias. A infância e os primeiros passos na vida artística, sua prisão em 1976, o encontro de almas com Roberto de Carvalho, o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos clássicos, os tropeços e as glórias. Está tudo lá, contado por ela própria. E você pode ter certeza de que esta é a obra mais pessoal que ela poderia entregar de presente para seu público. Rita cuidou de todos os detalhes, escreveu, escolheu as fotos e criou as legendas - e até decidiu a ordem das imagens, fez a capa, pensou na contracapa e em todos os detalhes. Sua essência está nessas páginas. Rita Lee tenta ser o mais honesta possível nesta autobiografia e consegue passar ao leitor uma sinceridade que cultivou ao longo dos anos, e que por vezes até a prejudicou e gerou polêmicas em demasia.

Cosa Nostra no Brasil Leandro Demori Companhia das Letras 224 páginas

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áfia. Adjetivo que tornou-se símbolo de negócios escusos e criminosos nos quatro cantos do planeta, e é um sinônimo da Itália – mesmo que os italianos não gostem disso. Se nos dias de hoje a máfia italiana não parece contar com o mesmo tipo de poder que a tornou lendária em filmes e livros, durante praticamente todo o século XX essa entidade misteriosa comandou um império do crime. Um dos principais nomes da ascensão da máfia moderna foi também um dos homens que a derrubou. Tommaso Buscetta foi o delator mais infame da Cosa Nostra, condenando centenas de mafiosos à prisão. Preso duas vezes no Brasil e torturado pela ditadura militar, Buscetta foi também um dos responsáveis por incluir o Brasil na rota internacional do crime. Nesta reportagem explosiva de Leandro Demori, narrada em ritmo de thriller, documentos até agora inéditos revelam um dos capítulos mais tenebrosos da máfia e da história recente do Brasil. Ótimo trabalho jornalístico, recheado de documentos e dados históricos. Novembro, 2016


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Carros

Manutenção de Pneus Dicas e Cuidados

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Da Redação

azer a manutenção dos pneus do seu carro é tão importante quanto se atentar à parte mecânica. A primeira coisa que o proprietário deve ficar atento é com a calibragem dos pneus. Para que o comportamento do carro não seja afetado, é muito importante que os pneus estejam com os níveis de pressão adequados. Vale lembrar que pneus com pressão baixa faz com que seu carro consuma mais combustível. Por isso, o ideal é a cada 15 dias os motoristas calibrem os pneus do veículo com a pressão indicada no manual do proprietário.

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Outro cuidado é com o alinhamento dos pneus. O desalinhamento pode comprometer em até 50% da vida útil do pneu, além de afetar os sistemas de direção e suspensão. Cada vez que for realizar a revisão no carro, o indicado que se faça o alinhamento dos pneus. Outra dica importante é fazer o rodízio. Os pneus localizados na área de tração acabam se desgastando mais rápido que os outros. Para que os pneus se desgastem uniformemente, é preciso realizar o rodízio, isso estende a vida útil e também evita que o carro escape nas curvas ou frenagens. O estepe também merece atenção especial. Nunca se sabe quando será preciso usá-lo, por

isso é importante que ele esteja em perfeitas condições de uso sempre. Para que isso aconteça é preciso calibrar o estepe a cada 15 dias. Por fim, o motorista também precisa ficar atento ao momento certo para fazer a troca dos pneus. Muitas pessoas deixam para trocar os pneus apenas quando eles estão “carecas”, porém, o indicado é que esta troca seja feita bem antes, seguindo os indicadores de desgaste dos pneus. Eles podem ser localizados por meio de triângulos ou pela sigla TWI nas laterais. Ao olhar para os sulcos do pneu na direção indicada, o motorista poderá enxergar pequenas lombadas. Se estas marcações aparecerem, já está na hora de trocá-los.

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Direito

Cibercrime Perigo na Internet

Por Luiz Augusto Filizzola D’Urso

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Internet apresenta infinitos recursos para facilitar nosso dia a dia, trabalho e comunicação. Com seu crescimento e desenvolvimento, ficamos cada vez mais conectados. Hoje, em um estudo realizado pelo Facebook, já são mais de 3,2 bilhões de usuários da rede mundial de computadores no mundo. No Brasil, já temos mais de 90 milhões de usuários ativos na rede. Em 2016, o acesso móvel (por celulares, tablets e outros) já ultrapassou o acesso à Internet por meio de computadores. O tempo de permanência on-line também aumenta a cada dia. Inclusive, atualmente, os usuários já passam mais tempo conectados à rede do que assistindo televisão ou utilizando qualquer outro meio de comunicação. Com a ampliação do universo virtual e a transferência de quase tudo para a rede, devido à informatização, os criminosos também são atraídos para este ambiente, o que resulta numa migração dos crimes para a Internet. Tal fato ocorre, pois os delinquentes notaram um novo mundo – no qual são realizadas as movimentações bancárias on-line, as compras virtuais, a comunicação digital, o trabalho à distância, dentre outras coisas –, para o cometimento de delitos virtuais. Criou-se uma denominação para es94 | Vitti | revistavitti.com.br

ses delitos cometidos na Internet, os “Cibercrimes”, que também popularmente são chamados de: crimes on-line, crimes de alta tecnologia, crimes digitais, entre outras denominações. Esta modalidade de crime conta com um atrativo gigantesco, pois o local para realização é virtual, ou seja, não depende da presença física do agente, nem do contato com a vítima, o que gera uma segurança aos cibercriminosos, que não necessitam da utilização de qualquer tipo de violência ou ameaça física, característica chave deste tipo de delito. Além disso, no Cibercrime existe a dificuldade de se fazer prova e investigar a origem do delito, a materialidade e a autoria, isso porque é necessário localizar a origem da conexão, apreender os dispositivos suspeitos, periciar o material apreendido e, só após tudo isso, identificar de qual dispositivo foi praticado o crime, e assim concluir quem é o responsável pelo ato ilícito. A falta de conhecimento técnico dos usuários também é motivo da migração dos crimes para o ambiente virtual, pois o crescimento rápido e a quase obrigatoriedade da utilização da rede fazem com que, muitas vezes, os internautas utilizem a Internet sem preparo nenhum, o que os torna alvos fáceis. A variedade desses delitos é quase ilimitada, por exemplo: clonagem de cartões de crédito, crimes contra a honra

(difamação, calúnia e injúria), sequestro de dados e arquivos confidenciais, pedofi lia, furto de dados de acesso (phishing), dentre outros. Na “Central de Denúncia On-line de Crimes Cibernéticos”, em 8 anos, de 2006 a 2013, foram recebidas mais de 3,4 milhões de denúncias anônimas, que supostamente são páginas nas quais ocorre a prática de crimes. Sendo que os crimes cibernéticos custam anualmente cerca de US$ 445 bilhões à economia global. Muitas vezes a Internet é apenas uma fonte acessória para o cometimento de crimes, como no caso verídico no qual ocorreu o sequestro de uma jovem de 19 anos, e após o término deste sequestro, seus nove sequestradores informaram que escolhiam suas vítimas através da Internet, onde verificavam seus padrões sociais e suas rotinas, fazendo uma análise das fotos e informações postadas. Conclui-se que hoje a Internet é um ambiente perigoso, necessitando, portanto, de atenção redobrada em sua utilização, para não sermos vítimas de Cibercrimes, e também para não nos tornarmos vítimas da nossa própria exposição virtual. Luiz Augusto Filizzola D’Urso - Advogado Criminalista, Auditor do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paulista de Futebol (FPF), Pós-Graduado com Especialização em Garantias Constitucionais e Direitos Fundamentais no Direito Penal e Processual Penal pela Universidade de Castilla-La Mancha (Espanha), Pós-Graduando em Processo Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal), Membro do Comitê de Estudos sobre Criminal Compliance da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo, Membro da Comissão Especial de Direito Digital e Compliance da OAB/ SP, Membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e integra o escritório de advocacia D’Urso e Borges Advogados Associados. Novembro, 2016


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Mundo animal

Calor Para Cachorro Chegada do Verão exige cuidados especiais com o seu Pet

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Da Redação

chegada do verão exige cuidados com os animais de casa, que também sofrem com as temperaturas altas da estação. Se os dias quentes são convidativos a passeios ao ar livre, viagens e brincadeiras na água, o bem-estar do seu bichinho requer atenção redobrada dos donos. Uma das recomendações mais básicas dos veterinários é o horário da ida ao parque, que deve ser sempre em temperaturas mais amenas. O sol forte castiga o cão, que pode sofrer fadiga, desidratação e até queimadura nos coxins, aquelas almofadinhas das patas. Durante o programa, é importante fazer pausas para hidratação e descanso na sombra. Os animais precisam receber no mínimo 60 ml de água por quilo de peso corporal por dia. Ou seja, um animal de 5 kg deve ingerir 300 ml de água por dia, limpa e fresca. Para não depender dos bebedouros no local,

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uma solução prática é levar na bolsa um bebedor que seja acoplado à garrafa pet. Cães de focinho curto, como pugs e buldogues, são raças que têm, por natureza, maior dificuldade na transpiração e, portanto, sofrem mais com o calor. Seja cauteloso e fique atento ao ritmo da corrida. Em vez de pedalar e puxar seu cão pela coleira, prefira andar ao lado dele, evitando forçar demais o ritmo da atividade. É normal que, em dias quentes, o animal perca o apetite e passe a comer menos. A recomendação, então, é diminuir a quantidade de ração; uma sugestão é escolher um horário do dia mais fresco para a oferta da comida. E, se o animal manifestar que está com fome, mas rejeitar a ração, desconfie: a ração industrializada pode sofrer alterações no calor e rancificar. Se o animal ingere esse alimento, ele pode ter diarreias e vômitos. Um dos maiores riscos para o animal de casa na estação mais quente do ano é o

passeio de carro com o dono. Infelizmente, é comum a pessoa dar uma paradinha para ir ao banco e deixar o cachorro dentro do carro, fechado, sem ventilação. Isso é altamente perigoso. A hipertermia, aumento da temperatura corporal, pode levar a desmaio. A sensação térmica para o cão é a de uma sauna. Em pouco tempo, há uma queda na pressão, ele pode desmaiar e até sofrer uma parada cardíaca. Para quem tem piscina em casa, o verão pede brincadeiras refrescantes. O alerta nesse caso é em relação à ingestão da água da piscina, que é carregada de cloro e outras substâncias químicas prejudiciais à saúde do seu pet. O cão é atraído pelo movimento da água. As ondulações na superfície da piscina tornam a água mais convidativa. Mas ela pode causar transtornos gastrointestinais. Uma dica para driblar a curiosidade do pet, ensina a veterinária, é distraí-lo com outras fontes de água corrente, como de torneira e mangueira.

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Esporte

Luz, Câmera, Esporte e Ação

Por Fabiana Ferreira fabycanoagem@hotmail.com www.luzcameraesporteacao.blogspot.com

KOPA The King Of Paddle

veio para ficar

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ol, calor e esporte a remo marcaram a primeira edição do Kopa – The king Of Paddle, na Praia da Tabatinga, em Caraguatatuba. O evento reuniu no mês de outubro mais de 200 atletas de cinco modalidades: Canoa Havaiana (solo e em equipe), Stand Up Paddle, Paddleboard, Surfiski e Canoa Caiçara. Dividido em dois dias, os atletas fizeram uma verdadeira festa do esporte aquático no litoral paulista. Para eles, o mar estava favorável com várias condições na raia como mar mexido, vento lateral, a favor e contra. “Gosto bastante dessa situação, porque torna a prova mais dinâmica. Foi uma festa muito bonita, com atletas de alto nível”, relata a atleta baiana e campeã no Stand Up Paddle Bárbara Brasil. A organização do KOPA – The King Of Paddle é da Índice Marketing Esportivo, empresa que trouxe para o mar a expertise que a empresa já tem nas corridas de montanha. “Tivemos um excelente retorno dos atletas e convidados, a idéia é fazer duas edições do KOPA por ano”, afirma Gustavo Nogueira, idealizador da prova. Quer saber mais sobre o evento? Acesse: www.facebook.com/kopabrasil 100 | Vitti | revistavitti.com.br

Fotos: Alexandre Janotti

Aproveite que o verão está chegando e pratique esportes a remo. Aloha! Novembro, 2016


Divulgação

Circuito das Serras é excelente opção para quem corre na montanha curso molhado e cheio de lama. A próxima etapa acontece dia 20 de novembro no distrito de Paranapiacaba, em Santo André (SP). Quer correr o Circuito das Serras? Acesse: www.adventurecamp.com.br Bons treinos. Para o alto e avante!

Tião Moreira

Divulgação

cada atleta de acordo com a sua preparação. A Etapa Serra do Japi, em Cajamar (SP), foi um sucesso com mais de 800 atletas de diversas regiões. Eles se reuniram num belo dia, onde até o sol resolveu aparecer depois de muita chuva, o que só fez aumentar o desafio deixando o per-

Tião Moreira

P

ara os amantes das corridas de montanha, o Circuito das Serras é uma excelente opção para quem está iniciando ou para quem já está no trail run. Com quatro etapas no ano, o circuito oferece três opções de percursos, com 6, 12 e 21 quilômetros, com dificuldades variadas para

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Esporte

Olho no lance do clube) e Walter Celso Teixeira Pinto. O novo Presidente já colaborou com o departamento de futebol do clube em várias oportunidades, quando assumiu o comando do departamento médico profissional, inclusive participando do título de 2003 e acesso em 2009. O novo presidente afirmou que o foco principal será na montagem de uma equipe forte para a disputa do Campeonato Paulista da Série A2, que terá inicio no começo do ano de 2017.

Dr. Waldir Attili Junior

Divulgação

Goleiro Maik se transfere para o Handebol do Qatar

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m dos principais jogadores do Taubaté Handebol nos últimos anos se despediu da equipe e já está do outro lado do mundo. O goleiro Maik, que esteve também na Olimpíada do Rio de Janeiro, se transferiu para o Al Ryyan, do Qatar. A proposta do time qatariano para o goleiro brasileiro de 36 anos veio logo depois da disputa do último Super Globe,

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Ciclista de São José termina em 7º em competição na China

brasileiro Alex Correia Diniz “Meio Quilo”, da Funvic Soul Cycles & Carrefour, terminou em sétimo lugar na classificação geral do Tour de Hainan. A competição do calendário asiático, classe 2HC, reuniu equipes World Tour, Pro Continental e Continental, e foi disputada em nove etapas, sendo a última realizada no dia 30 de outubro. Para chegar ao resultado histórico para a equipe brasileira no pelotão 2HC, Alex Diniz fez uma grande atuação, principalmente na sexta etapa, quando foi

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em Doha, quando o Taubaté Handebol terminou com a 7ª posição. O jogador já está no Qatar onde está integrado ao novo clube. Pelo Taubaté Handebol, Maik jogou de 2013 a 2016. Foram quatro títulos Pan-Americanos de Clubes (2013, 2014, 2015 e 2016); duas Ligas Nacionais (2013 e 2014) e um Campeonato Paulista (2015).

Fernando Noronha/Portal R3

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m uma eleição com chapa única, o E.C. Taubaté elegeu por aclamação no dia 31 de outubro seu novo presidente e diretoria executiva. O médico Dr. Waldir Attili Junior será o mandatário do clube para a próxima gestão, que começou no dia 1º de novembro e vai até 2019. A montagem da chapa teve participação fundamental do Presidente do Conselho Deliberativo, Otávio Alves Correa Filho, que além de Attilli para presidente conseguiu reunir nomes para a diretoria, que terá como vices Eduardo Cursino, Gilsinho (ex-atleta

Moacir dos Santos

E.C. Taubaté elege seu novo presidente

disputada a primeira etapa de montanha desta 11ª edição do Tour. O ciclista, contando com o trabalho de seus companheiros, terminou no seleto grupo da frente e subiu na pontuação geral. Depois disso, ainda precisou enfrentar mais uma dura etapa de montanha, no oitavo dia, onde contou novamente com a ajuda dos seus companheiros para se manter no top 10 da competição. A vitória na geral ficou com o cazaque Alexey Lutsenko, da Astana.

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Social Campos do Jordão

Encontro da Família Simi Fotos: Arquivo Pessoal

Jomar e Maria Eugênia receberam em sua casa a família Simi para uma confraternização.

Família Simi

Família

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Lucas, Maria Eugênia e Damiam

Ana Lucia, Marta, Liane e Maria Eugênia

Jomar e Rubens

Dr Ricardo Simi , Demian , Ruthi e José Carlos Simi

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Música

Prêmio Nobel a Bob Dylan é grande precedente, dizem especialistas

Da Redação Com informações da Agência Brasil

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escolha de Bob Dylan como vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2016 pela Academia Sueca surpreendeu o mundo no mês passado. O cantor foi premiado por “ter criado novas formas de expressão poéticas no quadro da grande tradição da música americana”. Conhecido por ser um artista reservado, o norte-americano ainda não se manifestou sobre a conquista do prêmio. “Claro que não foi a poesia. É por compor música, é contar histórias, é o ruído elétrico, é um trovador explorando as invenções das novas mídias do seu tempo [amplificadores, microfones, estúdios de gravação, rádio] para o desempenho literário a forma como os dramaturgos ou roteiristas fizeram uma vez. Ele não ganhou por Crônicas [autobiografia escrita por Dylan], a melhor memória do rock & roll de todos os tempos. Ele não ganhou por Tarântula, seu famoso e indecifrável romance. Ele não ganhou por seus versos líricos, que permanecem cheio de erros que ele nunca se preocupou em corrigir”, disse o articulista americano Rob Sheffield. “Ele ganhou por inventar maneiras de fazer canções que não existiam antes”. Para o crítico musical e apresentador da Rádio Nacional, Tárik de Souza, o prêmio Nobel de Literatura concedido a Dylan é “um precedente incrível”. “Ele realmente deu uma consistência ao rock, que não tinha antes. Os Beatles e os Rolling Stones foram se inspirar nele porque realmente foi a partir dele que o rock ganhou um peso de arte, de cultura realmente. Essa premiação vem realmente coroar isso, vem mostrar que o Bob Dylan fez uma diferença brutal quando ele começou a imprimir o seu estilo. As 104 | Vitti | revistavitti.com.br

suas letras questionadoras, bastante profundas, uma radiografia da sociedade americana”, disse. Tárik avalia que a premiação de Bob Dylan não deve ser seguida por outros cantores da atualidade. “Bob Dylan é um caso à parte, não foi apenas um aspecto intelectual. Ele é um cara que vem da confluência da geração Beat americana, geração de poetas e ele transformou isso em uma coisa popular, de alto consumo, uma coisa de massa realmente. O sucesso dele foi estrondoso, ele realmente traduziu para o grande público as questões mais profundas através da sua poética. Ele é um artista muito singular, difícil dar um outro prêmio para outra pessoa na Arte Pop como Bob Dylan”. Diversas celebridades comentaram o mais novo Nobel de Literatura nas redes sociais. O presidente norte-americano Barack Obama parabenizou Bob Dylan em sua conta no Twitter. "Parabéns a um dos meus poetas favoritos", disse. O escritor britânico Salman Rushdie também usou a rede para comemorar a notícia, "Dylan é o brilhante herdeiro da tradição dos bardos. Grande escolha". O cantor brasileiro Gilberto Gil também se manifestou: "Adoro as músicas dele. Bem merecido esse prêmio". Bob Dylan é o nome artístico de Robert Allen Zimmerman, nascido no estado de Minnesota, em 24 de maio de 1941 - compositor, cantor, pintor, ator e escritor norte-americano. Aos 10 anos Dylan escreveu seus primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock, imitando Little Richard e Buddy Holly. Em 1959, ao entrar para a Universidade de Minnesota voltou-se para a folk music. Em 2004, foi eleito pela revista Rolling Stone o sétimo maior cantor de todos os tempos e, pela mesma revista, o

segundo melhor artista da música de todos os tempos, ficando atrás somente dos Beatles. Uma de suas principais canções, Like a Rolling Stones, foi escolhida como uma das melhores de todos os tempos. No Brasil, Dylan tem publicado os livros Crônicas - Volume 1 (Planeta), lançado em 2005 e Tarantula (1971), de 1986. Em 2012, Dylan foi condecorado com a Medalha da Liberdade pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama. Com o Nobel de Literatura, tornou-se o primeiro e único artista na história a ganhar também o Oscar, Grammy e o Globo de Ouro. Novembro, 2016


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