Foto: divulgação Band
Ano XIII nº 111 / Abril/ 2016 Diretor Responsável: Valdir Carleto
Zoeira sem limites Brasileiro é bem-humorado e não perde a chance de fazer uma boa piada, principalmente sobre a classe política, satirizada por muitos humoristas, como faz o comediante Gustavo Mendes (foto da capa). Mas até que ponto as brincadeiras são saudáveis? EU CURTO GUARULHOS Toda a efervescência comercial da Paulo Faccini, Salgado Filho e adjacências
GENTE Presidente da OAB Guarulhos e a atleta paralímpica Paola Klokler
DECORAÇÃO Almofadas estilosas conferem personalidade aos ambientes
Rafael Almeida
Banco de imagens
índice
10 entrevista
16 capa
Bom humor: Por que o brasileiro faz piada com tudo? Veja os prós e contras deste comportamento
64 mesa
Os 40 anos e toda tradição do Restaurante Saravá
60 beleza
Dicas para acertar na maquiagem para o trabalho
Rafael Almeida
Rafael Almeida
Banco de imagens
As expectativas de Alexandre de Sá Domingues à frente da OAB
52 perfil
A superação e o sonho paralímpico de Paola Klokler
56 eu quero
34 cidade
O requinte do comércio das avenidas Paulo Faccini, Salgado Filho e imediações
64 por aqui
Fique por dentro do que rola em Guarulhos
Divulgação
Rafael Almeida
Almofadas para decorar e massagear
TAMBÉM EM MEIO DIGITAL
editorial
Sobre leões e burros
Por Fábio Carleto
Vivemos um tempo muito esquisito. Temos feito muita confusão entre o que é comum e o que é normal. Comum e normal podem parecer a mesma coisa, mas não são. Tem sido comum sermos bombardeados por escândalos de corrupção. Mas não é normal. É normal que as pessoas respeitem as opiniões diversas das suas, mas não tem sido comum. O problema todo é que, de tanto coisas absurdas acontecerem, se tornarem comuns, passamos a tratá-las como normais. Não são. Quando começamos a misturar as duas coisas, a vida se desorganiza, as pessoas se perdem umas das outras, as relações se degradam e o que é importante se banaliza. Na fatídica votação do impeachment da presidente Dilma, aquele circo dos horrores, tantos absurdos foram vistos que fica difícil acreditar num futuro muito melhor se avizinhando. Ao declararem seus votos, contra ou a favor, os deputados fizeram as justificativas e homenagens mais esdrúxulas, sentindo-se donos de seus votos, deixando claro que não têm consciência de que estão lá para servir, não para se servirem. Foi um tal de “pela minha esposa, pelo meu filho, pelo meu sobrinho (que eu nem lembro o nome), sem contar que muitos deles fizeram uma festa, uma graça, que por alguns instantes faziam a gente pensar que era só mais um programa qualquer de TV para simples entretenimento. Por fim, dois parlamentares decidiram dar um jeito de atrair pra si os holofotes: Jair Bolsonaro e Jean Wyllys. O primeiro, achando que era mais dono do campinho do que os outros, fez uma mórbida homenagem a um torturador, que eu prefiro nem nomear pelos horrores que praticou. O segundo decidiu jogar bola (quero dizer, cuspe) para a torcida, numa demonstração de total desrespeito à Casa, que é do povo brasileiro, emprestada a eles para que façam algo que preste. Sinceramente, a atitude de Bolsonaro, embora tenha me chocado, não me decepcionou. É porque eu não espero que ele seja razoável. Já a de Jean, a quem eu respeitava apesar de quase sempre discordar, sim, foi uma decepção. Agora, o que espero sinceramente é que ambos tenham seus mandatos cassados por quebra de decoro. Seria bem didático para que o clubinho dos 500 caísse na real e segurasse mais seus instintos, porque é comum (mas nunca normal) que eles demonstrem seu pior por lá. Triste é reconhecer que aquele Congresso de qualidade tão lamentável é o reflexo do que somos como povo, sociedade. É uma fotografia, reduzida, dos nossos valores e condutas, já que eles são eleitos por nossas escolhas e omissões. Mais triste é perceber que tem gente que acredita que o poder emanado do Planalto pode nos ajudar a mudar como sociedade, quando na verdade é de nossa mudança que depende a melhora do nosso poder constituído. Vai demorar muito tempo, mas creio que a passos de tartaruga estamos a caminho da mudança, tão lenta e gradual que desespera, mas que está acontecendo. Já começamos a reclamar feito leões. Agora falta pararmos de votar feito burros. 6
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expediente Diretor Responsável: Valdir Carleto (MTb 16.674) valdir@revistaguarulhos.com.br Diretor Executivo: Fábio Roberto Carleto (MTb 40.906) fabio@revistaguarulhos.com.br Assistente de Edição Tamiris Monteiro Redação: Cris Marques, Jônatas Ferreira e Val Oliveira Revisão: Kelly Saito Fotografia: Rafael Almeida e Agência E! Comunicação Design Gráfico: Vinycius Covelli Comercial: Danielle Borges, Katia Alves, Maria José Gonzaga, Patrícia Matos, Rose Gedra comercial@revistaguarulhos.com.br Administrativo: Saiummy Takei e Viviane Sanson Distribuição Luiz Aparecido Monteiro Impressão e acabamento: Quatrocor Gráfica e Editora Tel: (11) 2422-6662
Tiragem: 8.000 exemplares
A RG - Revista Guarulhos é uma publicação da Carleto Editorial Ltda. opiniao@revistaguarulhos.com.br
35 anos de Jornalismo com Responsabilidade Social Av. João Bernardo Medeiros, 74, Bom Clima, Guarulhos. CNPJ: 10.741.369/0001-09 Tel.: (11) 2461-9310
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ENTREVISTA Fotos: Rafael Almeida
O novo presidente da Subseção Guarulhos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Alexandre de Sá Domingues, fala de seu trabalho como criminalista e das perspectivas para seu mandato à frente da entidade
“A OAB tem de ser protagonista” Por Valdir Carleto Fotos: Rafael Almeida
Onde nasceu? Em Guarulhos. Milita há quanto tempo na advocacia? Há 18 anos. Se seus ascendentes não eram do direito, o que o levou a escolher essa carreira? Foi uma circunstância familiar. Meu pai tem um comércio e na época sofreu uma fiscalização, o que me fez sentir, aos vinte e poucos anos,
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muito vulnerável, sem conhecer os direitos que tínhamos. Foi aí que escolhi qual faculdade fazer e no decorrer do curso eu me apaixonei pela advocacia, embora nem imaginasse que atuaria na área criminal. No último semestre, num júri simulado, fui picado pelo mosquito do direito penal. É muito comum os alunos se apaixonarem pelo criminal, mas ao se formarem acabam optando por outras áreas. Senti ali a oportunidade de me comunicar, de me realizar profissionalmente.
Sabe dizer em quantos júris atuou? Mais de 300 júris. Atua exclusivamente em Guarulhos e no penal? Eu e meu sócio temos escritório em São Paulo também. Atuo só no penal, aqui e no Fórum da Barra Funda, mas os dois escritórios atendem também nas outras áreas. Agora estou trabalhando também em uma área adjacente, que é com a lei anticorrupção, uma atuação preventiva.
ENTREVISTA
Por que resolveu candidatar-se à Presidência da OAB? Primeiro, pelo inconformismo com a ausência da OAB em questões que entendo importantes. E muito também pelo sentido de responsabilidade com meus alunos. Nos 15 anos em que leciono e nos dez anos nos quais tive um cursinho preparatório para o exame da OAB, fiz muitos relacionamentos e, nos contatos com alunos e ex-alunos, notei o quanto a importância do papel do advogado vem sendo reduzida, a imagem do advogado vem sendo sistematicamente corroída por piadas, casos que colocam a sociedade contra a figura do advogado, como alguém que tira vantagem. Embora a Constituição diz que o advogado é indispensável à administração da Justiça, gradativamente a classe vem perdendo sua importância e entendo ser importante resgatá-la. O advogado não é adversário da sociedade, ele é parceiro. Para isso, ele precisa ter prerrogativas fortes para lutar pelos direitos dos cidadãos. A Defensoria Pública, instalada há dez anos em São Paulo, é um órgão importante, necessário, mas ela tem invadido a área de atuação dos advogados. Enfraquecendo a advocacia, se está enfraquecendo a Democracia. A OAB é mantida por contribuições dos advogados, não depende do poder público.
É uma entidade que tem plenas condições de ser protagonista da sociedade civil. Como está a estrutura do Poder Judiciário? Nos últimos tempos, aumentou o acesso da população à Justiça, com os Juizados Especiais. Aumentou a demanda do Judiciário, mas sua estrutura não foi ampliada. Temos casos de processos que estão parados há dez anos, pessoas que estão cumprindo pena e estariam livres se os agravos interpostos tivessem sido julgados. A informatização não promove agilização? Até certo ponto. Podemos ingressar com uma petição eletronicamente, mas é preciso que um funcionário do Poder Judiciário faça a juntada ao processo. Quando o juiz toma uma decisão, não vem a informação direto para o advogado; depende de um procedimento interno para sair a publicação. Entendo que falta desburocratizar a Justiça, não basta informatizar.
Ainda é importante construir o novo fórum? Apenas o prédio do fórum central é do Estado. Os demais são alugados e os aluguéis são pagos pela Prefeitura. A julgar pela situação atual, seria muito necessário. Porém, até que as verbas sejam definidas e liberadas e ocorra a construção, pode ser que a digitalização tenha avançado a ponto desse prédio central ser suficiente e até sobrar, pois serão necessários menos funcionários, não será preciso espaço para arquivo de processos e a demanda por atendimento pessoal também será reduzida, já que os advogados terão acesso a tudo de seus escritórios. Só se irá ao fórum para audiências. Qual sua opinião sobre as audiências por videoconferência? Sou contra porque nada substitui o contato pessoal. É direito do preso ter contato com quem o defende; o direito de audiência é complemento do direito de ampla defesa. Importante que o julgador esteja diante do réu. Costuma-se usar um termo do qual não gosto, em nenhuma profissão, que é dizer que se está enxugando gelo. Cada caso envolve pessoas e não é possível tratá-las como meros números. Na visão do leigo, todo o aparato que envolve o transporte de presos para serem levados ao fórum
para audiência seria dispensável... A alternativa está prevista em lei, só que não pegou: é que o juiz vá ao presídio ouvir o preso. Não teria de entrar no presídio; poderia haver um prédio ao lado onde fossem feitas as audiências. O que tem a dizer às famílias de vítimas de pessoas que cometeram delitos e que não entendem por que advogados aceitam defendê-las? A presunção de inocência no Brasil só existe no papel. Infelizmente, o advogado criminalista é malvisto porque é confundido com o réu. Crimes graves causam revolta coletiva, a velocidade da imprensa é muito maior do que a da Justiça e as pessoas não entendem que cada coisa tem seu tempo e que todo acusado tem direito a ampla defesa. E que se um advogado não o defender, outro o fará. Como advogado, não faço mágica, ajo dentro da lei, cumpro meu papel, da mesma forma que o promotor cumpre o dele, ao acusar, e o juiz o dele, ao julgar. Voltando a falar de OAB, esperava que a eleição fosse ser tão disputada? Até certo ponto, sim. Quando decidi candidatar-me sabia que tinha o meu público, pelos meus ex-alunos, pelos relacionamentos, pelos júris que fiz, tinha expectativa de fazer uma boa campanha. Mas essa campanha foi sui generis, porque é
normal a situação vir muito forte, por estar em evidência, contar com pessoas conhecidas. Porém, com o fato de eles terem se dividido, de certa forma facilitou minha eleição. Além do que formamos uma chapa com advogados muito valorosos e unidos. E isso fez toda diferença. Foi uma vitória coletiva. Durante a campanha, os ânimos estiveram acirrados. E agora, já há harmonia entre os que concorreram e os eleitos? Pela experiência desses primeiros três meses, está ótimo. Nomeei pessoas que apoiaram as outras chapas, por entender que o primeiro passo para que haja harmonia teria de partir de mim. É o que eu defendia na campanha: somos todos da advocacia e ela só sairá fortalecida se houver união da categoria. Respeito todos os adversários e acho natural haver excessos em momentos da campanha. Espero contar com eles, da mesma forma que já conto com a participação de advogados que os apoiaram. Diante de tantas prioridades, quais as que elegeu como imprescindíveis em seu mandato? Primeiro, que a OAB tenha atuação na sociedade. Nesse início, tivemos de montar as comissões, fazer algumas mudanças internas. Agora, vamos procurar as demais entidades, como as empresariais, profissionais, sindicatos, clubes de serviço, para
que estejamos juntos pugnando por eleições municipais neste ano. Quero que a OAB seja um apoio importante para esclarecimento dos partidos e candidatos e da sociedade civil. Que sejam promovidas palestras para conscientizar o eleitor. E que a OAB seja um canal de denúncia de irregularidades, para encaminhamento às autoridades. É um passo para melhorar o futuro. Com relação à advocacia, teremos nos próximos meses um congresso para buscar formas de incentivar a instalação de novos escritórios, padronizar procedimentos, coibir práticas que concorrem deslealmente com o trabalho do advogado. Mesmo com a possibilidade de determinados serviços poderem ser feitos em cartório, sem necessidade de ir à Justiça, defendemos que tenham o acompanhamento de um advogado, para evitar desencontros. Observo que, além das atividades inerentes à categoria, o presidente da OAB tem muitas funções administrativas, do cotidiano, as quais poderiam ser delegadas a uma espécie de gerente. Algo a se pensar, creio eu. Alguma informação importante a acrescentar? Afirmo que a população pode contar com uma OAB independente, mas não para fazer movimentos populistas, não endossaremos discursos reducionistas, de ter de ser contra ou a favor. Temos de agir com responsabilidade e equilíbrio.
Era uma vez... A jovem normalista Maria Cecília Faria Gouveia, inicia a sua saga de educadora com a fundação da Escolinha Jardim Encantado, origem da mais tradicional instituição da Educação em Guarulhos nos dias de hoje. A semente era boa e foi regada e cuidada com carinho. Da planta inicial surgiram novos brotos e, para além do curso de Educação Infantil surgiram o Berçário e o Colégio Augusto Ruschi, com cursos de Ensino Fundamental e Médio. Cinquenta anos de experiência na prestação de bons serviços e agora focados nos próximos cinquenta, com o mesmo propósito, empenho e amor para estimular a realização das excelências individuais que cada um traz em si. Provocar e revelar talentos que se traduzam em competências, futuros Homens e Mulheres plenos, amorosos e éticos de que o mundo tanto carece. Nossos sinceros agradecimentos a todos os alunos, ex-alunos, familiares e a todos os nossos colaboradores, funcionários ou não, partícipes dessa construção de amor e cidadania.
ESCOLA JARDIM ENCANTADO Unidade de Berçário e Educação Infantil (11) 2440-9755 | Alameda Yayá, 389 | Guarulhos
COLÉGIO AUGUSTO RUSCHI Unidade de Ensino Fundamental e Ensino Médio (11) 2453-3535 | Alameda Yayá, 976 | Guarulhos
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CAPA
Brasileiro ri até de si mesmo
Por Tamiris Monteiro Foto: banco de imagens
O brasileiro costuma ser um sujeito muito bem-humorado, tanto que, por conta desse perfil, o Brasil é conhecido por muitos turistas como um dos países mais hospitaleiros e acolhedores do globo. Por um lado, é ótimo ser divertido e alegre, mas, às vezes, a sensação que se tem é que existe falta de seriedade, bom-senso e até conhecimento para lidar com determinados assuntos. Um exemplo: há poucos dias, o País viveu um momento histórico na política, quando mais de 500 deputados reuniram-se, num domingo, para votar contra ou a favor do impeachment da presidente Dilma. A pauta em questão discutia o futuro de uma nação, mas durante a votação muitos parlamentares discursaram de maneira irônica, satirizando outros políticos e a própria população logo foi viralizando na internet inúmeros memes relacionados ao tema. Então, a pergunta é: até que ponto vale a brincadei16
ra, mesmo tratando-se de um assunto sério como esse? Justamente pensando nisso, a RG traz nas próximas páginas uma série de matérias que tentam explicar esse jeito brincalhão que o brasileiro usa para levar a vida. Para abrir o tema, sociólogo e psicólogo explicam, por meio de razões históricas e científicas, por que o brasileiro tem essa propensão ao humor e o quanto isso pode ser positivo ou negativo. Também não há como falar em humor sem falar de internet, já que a rede é um dos principais veículos para criar imagens ou textos sarcásticos e compartilhá-los. Além da rápida difusão de conteúdo, a internet ainda pode ser fonte de renda para quem sabe usar o humor para ganhar dinheiro. Para concluir, alguns depoimentos de leitores nos dão um norte em relação ao que a maioria pensa e sente sobre esse tipo de comportamento.
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CAPA
Graça na desgraça:
qual o motivo do bom humor tupiniquim? Por Val Oliveira
Fotos: Banco de imagens e reprodução
CAPA PQ AGIMOS
A sabedoria popular difunde que um sorriso é capaz de “ganhar” os corações mais duros e ajudar a melhorar situações adversas. O segmento de autoajuda ratifica a percepção de que o bom humor é fundamental para que boas energias fluam e tornem a vida mais leve. Assim como nas cenas de teatro, cinema e TV, a vida precisa de um respiro cômico para não esfacelar corpo e mente. Além disso, as piadas e sátiras podem 18
proporcionar reflexões sobre determinados problemas. Mas, como tudo na vida, será que o excesso não prejudica? De onde vem essa mania que muitos brasileiros têm de ver e fazer graça até nos momentos mais improváveis? Bom humor em excesso pode ser patológico? Existe algum fator histórico que justifique esse comportamento? Quais as explicações da psicologia e da sociologia para esse fenômeno?
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CAPA Segundo Tania Maria Justo de Almeida, psicóloga e supervisora do curso de psicologia da UNG – Universidade Guarulhos, existem variáveis que explicam tal característica e uma delas está relacionada à diversidade racial e cultural que compõe o perfil da população brasileira, que acabam sendo interiorizada à personalidade do indivíduo. “É sempre importante entender o contexto no qual o fenômeno está ocorrendo. Pode-se interpretar pelo aspecto da defesa psíquica, que é um recurso utilizado para minimizar e lidar com as dificuldades e contrariedades do ambiente, no âmbito coletivo e individual. [...] Bom humor, ironia e brincadeiras são meios que o indivíduo utiliza para lidar defensivamente com conflitos, com o objetivo de chamar a atenção para a situação”, explica. Perguntada se nascemos com a predisposição para humor ácido e em demasia, ou se é o ambiente que modula essa maneira de agir, respondeu: “Entendo que vivências anteriores, pessoais ou grupais, influenciam a repetição de tais fenômenos. Na realidade, as características de personalidade e os estímulos ambientais interferem no comportamento do indivíduo, refletindo em suas representações e papéis sociais”, comenta. Para a psicóloga, em toda relação interpessoal espera-se que haja equilíbrio e respeito entre as partes, e relacionar-se usando o bom humor é uma forma saudável de interação. Contudo, entende que há de se ter limites e que alguns tipos de brincadeiras e piadas se configuram como bullying. “A ação do bullying acarreta prejuízo emocional significativo, que por vezes torna-se irreversível. O bom humor dos brasileiros é reconhecido internacionalmente, porém a sua aceitação ou não estará sempre associada às culturas, vivências e interações entre os povos”, diz.
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José Rodrigues Dias, sociólogo e professor dos cursos de Comunicação Social, Direito, Recursos Humanos e logística da UNG – Universidade Guarulhos, comunga da mesma opinião que a psicóloga quando diz que se trata de uma questão cultural e que essa conduta funciona como “válvula de escape” quando as pessoas se sentem impotentes diante de um problema. Outro ponto que ele destaca que pode justificar esse comportamento é a falta de conhecimento. “A maioria dos cidadãos vive um conformismo e adequação a cada momento difícil da vida em sociedade. Então, em cada crise, seja ela econômica ou social, acaba fazendo piada até com o sofrimento dos outros. Pode ser uma maneira de fugir da realidade em que vive, ou também por não se ter a dimensão do episódio satirizado. Estudos sociológicos apontam que esse comportamento é mais frequente nas classes sociais mais baixas, economicamente falando, e que são, na maioria das vezes, grupos que têm menor grau de instrução e conhecimento”, explica. O profissional entende que outro fator que contribui para a proliferação de piadas até mesmo em momentos inoportunos é a falta de altruísmo e coletividade. “Reafirmo que a questão é cultural e enquanto o brasileiro não pensar na sociedade como um todo, isso não vai mudar”, declara. Para o sociólogo, o hábito que brasileiros têm de ironizar em piadas os colonizadores e patrícios portugueses, surgiu desde a época da colonização e pode-se dizer que essa mania foi herdada dos próprios portugueses. Além disso, ele diz que o “chumbo” é trocado. “Tenho amigos portugueses que dizem que em Portugal adoram fazer piadas de brasileiros. Mas, historicamente, os próprios portugueses contavam piadas sobre outros portugueses, com algumas adaptações, visando aproximar-se do povo brasileiro na época da colonização, e isso se propagou pelo Brasil inteiro e perdura até os dias de hoje”, conta. Para ele, o povo brasileiro é percebido internacionalmente como anfitrião hospitaleiro, alegre e de fácil convívio. Entretanto, o bom humor exagerado deixa uma “aura” negativa. “Muitos acreditam que somos um povo acomodado com as situações adversas que vivemos, como por exemplo, a violência, prostituição, fome e a criminalidade. Acreditam que ao invés de cobrarmos mudanças das instituições competentes, aceitamos tudo com tranquilidade. O brasileiro precisa amadurecer e entender que não é só de bom humor que vive uma sociedade”, conclui.
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A internet
como potencializadora Por Cris Marques Fotos: Divulgação e reprodução
De acordo com um estudo da agência internacional We Are Social, publicado no ano passado, o Brasil figura como a terceira nação mais conectada do mundo, contabilizando cerca de nove horas on-line por dia, cinco delas via computador ou tablet e o restante no celular. E com um perfil comunicativo, estritamente criativo, bem-humorado, e até um pouco sem limites e tanto tempo assim logado, o brasileiro encontra na internet o palco perfeito para se manifestar com blogs pessoais, perfis nas redes sociais, canais de vídeos, espaço para comentários nos sites de grandes veículos, piadas e “textões”. Martha Gabriel, consultora e escritora na área de marketing digital e inovação, explica que a potencialização
Pedra (internacional) no sapato
Com características tão diferentes de outros países, o Brasil acaba incomodando ainda mais lá fora. E a profissional explica. “Em um contexto mundial, existem dois fatores que são interessantes. Um é cultural mesmo, nós somos mais abertos e gostamos de nos expor, de compartilhar, e o outro é parte da educação, do imediatismo que estamos vivendo. Diante de um acontecimento, as pessoas falam, publicam, implicam e reclamam sem entender ou pesquisar mais a fundo. E isso não é exclusivo da internet. O brasileiro é rápido em suas tiradas cômicas e externa com muita facilidade aquilo que vem à cabeça. E isso acaba sendo uma pedra no sapato dos outros”. 22
Meme X Viral
acontece por que a tecnologia permite e a cultura favorece. “A gente sempre teve esse perfil de gostar do humor, de propagar, de criar meme [termo usado na internet para descrever conteúdo de humor que se espalha; explicado mais detalhadamente no final da página]. Isso antes da internet, com a televisão e seus programas humorísticos ou mesmo características de pessoas públicas, celebridades, jornalistas ou repórteres, que rapidamente viram bordões e incorporam no que as pessoas falam. A diferença é que a rede amplifica isso. [...] Na época da copa, eu acompanhava pelo Twitter e não pela televisão e era incrível como, ainda durante o jogo, as pessoas já criavam as piadas com o que estava acontecendo”, exemplifica ela.
Ao contrário do que muita gente pensa, os memes existem muito antes do virtual e não dizem respeito apenas a coisas engraçadinhas da internet. A expressão foi vista pela primeira vez em 1976, na obra “O gene egoísta”, do biólogo Richard Dawkins. Assim como ele conseguiu decifrar a mecânica do gene, unidade mínima de propagação de informação hereditária, ele interpretou o meme como uma unidade mínima de propagação da cultura. “A gente só está aqui porque, lá atrás, alguém aprendeu a fazer fogo e isso foi copiado. Ele é uma estrutura de cópia, transmitida de pessoa a pessoa. Quem cria não tem o poder de decidir se vai viralizar ou não; quem determina isso é a cultura que precisa incorporar o conteúdo. O antigo ‘não é assim uma Brastemp’ ou ‘menos a Luiza que está no Canadá’ são exemplos de meme, porque, na realidade, não falam sobre a marca ou a garota que viajou e sim sobre a ideia que a expressão representa”, pontua Martha. Já o conteúdo viral é diferente, apesar de ter a mesma estratégia de ser abraçado pela cultura, ele não é copiado e sim compartilhado/propagado exatamente da forma que nasceu.
CAPA
Todo mundo adora o Tyler James Conhecido no País como o protagonista de “Todo mundo odeia o Chris”, que faz grande sucesso por aqui e passa até hoje na TV Record, o ator Tyler James Williams também sabe o quanto o humor tupiniquim não tem limites. Ele, que já deixou o Chris para trás com papéis em “Go On” e “The Walking Dead”, recebe, diariamente, em seu perfil no Instagram (@willtylerjames) centenas de comentários brasileiros utilizando bordões do antigo programa, como “pisante maneiro” e “Sua mãe sabe que você está andando com gente branca?”. Irritado com a situação, ele chegou a publicar uma imagem com dizeres em português, bem à la Google Tradutor, com concordância e palavras traduzidas erradas, pedindo para que os brasileiros parassem com isso. Sem sucesso e depois de refletir sobre o amor pelo personagem, ele ainda mandou um novo recado, por meio de um vídeo da youtuber brasileira Nubia Veturiano: “Ei, Brasil, eu amo vocês. Vocês são muito legais, mas, se você puderem, diminuam um pouco o spam na minha página”.
O Brasil no Facebook Se por um lado, Mark Zuckerberg, um dos fundadores da rede considerada a terceira “marca” mais influente entre os brasileiros, presencia, diariamente, o boom de sua empresa no País e lucra com isso, por outro, ele também sofre com a “zoeira”. Um dos casos mais marcantes envolvendo o empresário ocorreu no final de 2014, quando, sem nenhum motivo aparente, seu perfil foi bombardeado por uma enxurrada de comentários daqui, que o fizeram, inclusive, bloquear a funcionalidade em sua página. Na postagem que ele anunciava seu casamento com Priscila Chan em maio de 2012, por exemplo, foram mais de 187 mil manifestações, entre elas memes, imagens e emoticons.
No Grammy for you Se Tyler chegou a ameaçar dar um “block” nos usuários do País, a página do Grammy, maior prêmio da indústria musical mundial, no Facebook foi além e concretizou a ação no ano passado. Isso aconteceu, após Inês Brasil, que ficou famosa com a divulgação de seu vídeo de inscrição para o Big Brother Brasil 13, liderar a votação de um prêmio para artista-revelação.
Brincando com coisa séria
Dias após o brutal ataque do Estado Islâmico a Paris, fato que parou o mundo em novembro do ano passado, uma postagem no Twitter garantiu que o Brasil seria o próximo alvo. O que na época não teve muita repercussão, voltou agora à tona com a proximidade das Olimpíadas e a confirmação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) de que o perfil é mesmo de Maxime Hauchard, integrante do grupo terrorista. A situação, 24
que deveria causar apreensão, foi recebida com humor na internet e logo surgiram postagens e memes sobre o assunto, de tweets com a divulgação das coordenadas exatas da Câmara dos Deputados durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff até estratégias de defesa com a Carreta Furacão, Mc Melody, a “Metralhadora” da banda Vingadora e diversos artistas, incluindo Wesley Safadão, vestidos de super-heróis.
SAC (11) 2414-5000
CAPA
A política brasileira é uma
piada Por Jônatas Ferreira
Fotos: Reprodução da internet
A presidente Dilma Rousseff foi à igreja Assembleia de Deus do Brás, em São Paulo, no dia 8 de agosto de 2014, período em que desenvolvia a sua campanha política para tentar a reeleição. Com o microfone em mãos, mandou para os fiéis a marcante frase bíblica: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”. Pronto. Piadas não faltaram para a figura de Dilma viralizar na internet com montagens da presidente caracterizada em diversas religiões: a irmã Dilma (referência ao cristianismo), a mãe Dilma (referência ao candomblé) e por aí vai... Mas não precisamos ir muito longe: não faz muito tempo que a 24ª operação da Lava Jato foi deflagrada. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado coercitivamente para depor. Não demorou para que os jornais publicassem o depoimento do ex-presidente. Com rapidez, a internet foi tomada por brincadeiras com a situação e até uma música satírica Lula recebeu: “Não é nada meu”. Pouco tempo depois, Lula é empossado no cargo de ministro da Casa Civil e, com pouco menos de uma hora, um juiz suspendeu a posse do ex-presidente. No Facebook, o meme “Faltou só um dedinho para que Lula fosse ministro”, é lembrado até hoje. Podemos citar a carta enviada a Dilma, na qual o vice-presidente, Michel Temer, lamenta-se por ser um ‘vice decorativo’, e que virou um estouro vexatório nas redes sociais. Tem também a crise de água no Estado de São Paulo, quando Alckmin foi protagonista das brincadeiras: “Alckmin se anima com anúncio de água em Marte e já está a caminho”. Sem contar quando o governador, mesmo com as represas minguando, ganhou o prêmio de gestão hídrica – essa foi verdade, mas rendeu boas piadas, mais do que justificadas. 26
Graça na desgraça
Exemplos não faltam, sejam eles de assuntos sérios ou não; para citá-los, faltariam páginas. Mas, qual será o papel de todas essas piadas no pensamento do eleitor? O brasileiro deveria levar mais a sério e tentar evitar o exagero em acontecimentos tão importantes para a sociedade? Em se tratando do humor brasileiro, nada tem repercutido tanto quanto os assuntos que envolvem a nossa emaranhada política. Com o impulso das redes sociais, em especial, Facebook, Twitter, e aplicativos de mensagens como o WhatsApp, cada um pode dar asas a sua imaginação da forma que bem desejar. “O humor desponta nos momentos de crise e de grandes acontecimentos políticos, e quando temos alguma liderança expressiva, com gestos e atitudes incompatíveis com os cargos que ocupam. Some-se a isso a criatividade do brasileiro e a força das redes sociais, e temos um excelente meio ambiente para que o humor floresça”, comenta o cientista político Rubens Figueiredo.
CAPA
É para rir ou para chorar? Em meio a tantos casos excêntricos na política do Brasil, resta para o povo fazer o que melhor sabe: rir. No meio dos turbilhões de problemas que o brasileiro enfrenta, sempre sobra espaço para uma boa piada; afinal, quando se trata de humor, “não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta, mas quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta”. Veja alguns casos emblemáticos: A clássica: “Para mim, essa bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em homo sapiens, ou mulheres sapiens”, disse a presidente Dilma Rousseff logo após ‘saudar’ a mandioca. Pois bem, o discurso não demorou para viralizar na rede com as mais variadas montagens e brincadeiras. O deputado federal Paulo Maluf entende bem do humor brasileiro e diante da retirada de seu nome da lista de procurados da Interpol, não esperou os bem-humorados. Ele mesmo fez a graça: "Estou fora do mensalão, fora do petrolão, fora da Lava Jato, não estou no Panamá Papers e votei a favor do impeachment. Agora, saí da lista vermelha da Interpol. Só falta o Papa Francisco me canonizar''. A internet não o poupou. Com a iminência da aprovação do impeachment da
presidente Dilma na Câmara dos Deputados, o Brasil acompanhava em peso os discursos e votos dos parlamentares. Nas redes sociais, os engraçadinhos já votavam dando um toque de criatividade aos conhecidos discursos: pela família, amigos, direitos, vó, mãe, cachorro, papagaio... Se falarmos da gravação liberada pelo juiz Sérgio Moro em que Dilma e Lula conversam, vamos perceber de onde surgiu o ‘tchau, querida’, usada, inclusive, pelos deputados federais para se referirem ao impeachment da presidente. Com a citação de Deus em todas as falas, o site Sensacionalista não perdoou e nem o Divino escapou: “Após ser citado por todos os deputados pró-impeachment, Deus será investigado pelo Ministério Público”. Mas não demorou para chegar a resposta do todo poderoso: “Em nota, Deus esclarece que não se mete em política”.
Toda brincadeira tem o seu fundo de verdade
Rubens Figuereido
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Soa de bom tom entender que uma boa piada política tem a responsabilidade de, por detrás de todo o cenário de fotomontagens e frases cômicas, criar uma reflexão em seu público. Como as famosas charges, que refletem uma situação séria de forma cômica – como as do polêmico jornal francês Charlie Hebdo. Na época da Ditadura Militar, o semanário Pasquim fazia oposição à opressão de uma forma cômica e sarcástica. Hoje, o site Sensacionalista faz sátiras, mesmo mantendo certas gotas de verdades em suas matérias. Mas será que esse tipo de humor mexe com a mente do eleitor? “O humor e a sátira reforçam aquilo que um conjunto de pessoas acham, ninguém mudará de opinião sobre um assunto por causa de uma piada, mas muitas sobre um mesmo personagem o ridicularizam. É uma forma sutil de reforçar tendências e despertar questionamentos”, explica Figueiredo.
No mundo
O bom (ou mau) humor político não é exclusividade do Brasil. As sátiras com assuntos muito polêmicos e debatidos do planeta têm outros grandes canais de difusão: Nos Estados Unidos, por exemplo, há o “The Daily Show” e “Last Week Tonight”. Em Portugal, o “Gatos Fedorentos”. “O humor pode ser uma excelente arma para combater preconceitos e injustiças sociais”, frase de Jon Stewart, ex-apresentador do “The Daily Show”.
Positivo e negativo A ironia, o sarcasmo, a sátira, enfim, o humor como um todo existe para afugentar, pelo menos por alguns poucos momentos, os medos que não conseguimos encarar. Às vezes feito para dizer o que é sério, sem o peso da verdade. Às vezes, somente para ridicularizar. Não importa: brincar faz parte do ser humano. Num mundo onde o humor tornou-se saturado, muitas empresas usam das piadas políticas para denegrir a imagem de determinados candidatos. Pessoas adotam determinada brincadeira para respaldar conceitos próprios, discutem, brigam e, por fim, cortam laços. Notícias falsas soam como verdade se unidas à falta de apuração dos que tomam conhecimento da brincadeira. O resultado é um caos. Por exemplo: “Bancada gay lança projeto de lei para proibir casamento dos evangélicos”. Por algum tempo, essa ‘fake news’ surfou como verdade e foi reproduzida em blogs e portais evangélicos. Pense na confusão. O humor, seja na política ou em outros campos, pode influenciar na imagem das pessoas. No caso de Lula, é inegável que ele usou o lado cômico em seus discursos para dar a volta por cima em muitos momentos complexos. Dilma tenta fazer o mesmo, mas não dá muito certo.
“Uma das máximas do humor político é que não existe humor a favor. O humor sempre desconstrói, pois é uma forma de crítica, muitas vezes subliminar. Ao dizer que a presidenta é uma ‘presidanta’, o brasileiro reage de forma sarcástica a todas as bobagens que ela diz”, conclui Rubens Figueiredo. Mas, afinal, o limite do humor é o humor sem limite? De tanto o brasileiro acreditar que a política nas terras tupiniquins é uma piada, o povo elegeu Tiririca, o palhaço, para representar a sua insatisfação; afinal, pior que está não fica (pior é que ficou pior!). Essa pode ter sido a máxima da graça do brasileiro na política. Rimos para tentar esquecer um pouco como as coisas andam complicadas, mas não podemos esquecer que os políticos eleitos são reflexos de nossas próprias convicções e atitudes; ou seja, o povo que zomba é o mesmo que os coloca no poder e depois lamenta pelo que os seus representantes fazem ou deixam de fazer. A brincadeira sempre vai existir. O que não pode acontecer é o povo ser o grande bobo da corte na história. A política brasileira pode não ser tão ridicularizada quando a população passar a levar a sério a importância de seu voto, para construir uma Nação de verdade. É preciso pensar no bem-comum ao votar.
Criatividade.br
Esse senso de humor é como uma semente em terra fértil: é frutífera. Para criar uma boa piada, o brasileiro não poupa esforços, tampouco ideias. Tudo e todos são a inspiração. A voz, o cabelo, uma fala, um momento... BUM! Virou piada. Não há limites para essa vocação que, em sua grande parte, parece que todos nós temos.
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Humor com a notícia Por Cris Marques
Foto: reprodução
Quando o Sensacionalista (www.sensacionalista.com. br) surgiu, em 2009, a internet demorou a habituar-se com as notícias fictícias e totalmente isentas de verdade que ali eram veiculadas. Não raros eram os comentários e as manifestações exaltadas dos internautas dizendo que aquilo era absurdo e só podia ser uma mentira ou portais noticiosos que replicavam o fato como verdade. Sete anos depois, parece que a rede, ou pelo menos boa parte dela, entendeu seu viés cômico. “Presenciamos um fenômeno interessante: hoje as pessoas sabem que somos um site de humor e, quando acontece algo muito inusitado ou surreal no mundo, as pessoas dizem que parece coisa do Sensacionalista. Virou um bordão, uma referência”, afirma Nelito Fernandes, jornalista, roteirista e criador da iniciativa. Com mais três sócios, Martha Mendonça (jornalista e roteirista), Leonardo Lanna (roteirista) e Marcelo Zorzanelli (jornalista), e dois colaboradores, Bruno Machado (estudante) e Rod Pocket (designer), o veículo, inspirado no também satírico norte-americano “The Onion”, tem hoje 10 milhões de visitas por mês, mais de sete mil publicações e renda própria. “Ele nasceu como um hobby, uma brincadeira e permanece assim até hoje. Muito do nosso crescimento vem do jeito que a gente toca isso tudo, sem ficar comprometido com o lucro ou ter uma sede própria. A gente não tem horário para entrar, nem pra sair, não tem chefe e nem hierarquia. Acho que esse tipo de ambiente favorece a criação, você fica mais à vontade, fica mais livre”. Questionado sobre a rentabilidade das piadas criadas, Nelito é enfático. “Somos tão ‘mentirosos’ quanto uma novela, porque aquelas pessoas não existem, aquilo tudo é invenção. O que a gente faz é ficção em formato de notícia, que é nossa matéria prima. Atualmente, somos o único jornal do Brasil que está contratando. É engraçado e triste, ao mesmo tempo. Fui jornalista durante 20 anos, Martha e Zorza também são da área; então vivenciamos redação durante anos e o site tem muito daquele ambiente das brincadeiras que surgem nas reuniões de pauta, apuração e fechamento”. Para ele, o hábito do brasileiro transformar tudo em piada é uma atitude sábia. “Na dramaturgia, existe um recurso chamado respiro cômico. Então, depois de uma cena forte, uma situação muito pesada, é comum inserir uma engraçada pro espectador poder respirar. O humor tem essa função na sociedade, permitir um alívio quando a realidade não é muito favorável; é por isso que a gente faz tanta piada quando uma pessoa morre ou acontece uma tragédia. E ele também permite uma reflexão sobre o momento atual, o que artigos sérios, muitas vezes, não conseguem porque não surpreendem tanto”. 32
Como nasce uma “não notícia”
Assim como outros jornais, o Sensacionalista também tem reunião de pauta, só que ela acontece via WhatsApp. “É um grupo como tantos outros engraçadinhos que existem por aí, só que a gente externa isso em algum momento”. A equipe passa o dia todo acompanhando o que está acontecendo no mundo e no Brasil, incluindo o que está rolando nas redes sociais e comenta até chegar à piada. “Funciona como um teste também, afinal, só publicamos se pelo menos mais alguém ali rir. E isso enriquece, porque um comenta, outro melhora, pergunta, questiona se aquilo não está ofensivo até chegarmos na ideia final e aí, quem sugeriu escreve”, finaliza.
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O que as pessoas pensam sobre o humor brasileiro? Por Tamiris Monteiro
Fotos: reprodução e Facebook
Está certo que bom humor não faz mal a ninguém, mas, às vezes, a sensação que se tem é que o brasileiro passa um pouco dos limites. Mesmo diante de assuntos sérios, como o processo de impeachment da presidente Dilma e a possível ameaça de um ataque terrorista do grupo Estado Islâmico ao Brasil, os internautas não perdem tempo e logo enchem as redes sociais com memes e piadas que satirizam esses temas polêmicos. Mas, afinal, qual a opinião das pessoas em relação ao senso de humor brasileiro? Por meio de uma pesquisa Aline Camillo Acho que esses assuntos são sérios e devem ser tratados com seriedade, mas um pouco de humor não faz mal a ninguém. Cesar Augusto T. Filho Acho que o problema é o humor em excesso, a busca pela piada mais engraçada. Se saíssem memes como esses na mesma proporção que as pessoas abrissem páginas de notícias, teríamos um humor mais inteligente e pessoas mais conscientes da situação política atual.
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feita pelo Facebook, com a coleta de depoimentos, foi possível identificar que a maioria não enxerga as brincadeiras como um problema; contudo, muitas pessoas destacaram a importância do limite, de até onde podemos nos divertir com as piadas e em que momento é realmente necessário tratar o assunto com seriedade. Outra questão levantada foi o quanto é preciso estar atento às postagens mentirosas que circulam na internet, capazes de influenciar a opinião pública. A seguir, confira alguns dos depoimentos colhidos no Facebook com base nas imagens dos memes acima.
Maria Davi Silva Não curto! Ana Cristina Santos Acho uma vergonha esse tipo de post. Humor é legal? Opa! Só não me faça um post desses e, na sequência, outro post lamentando o desemprego. Vamos diferenciar humor de desgraça. Nadia Januario Ajuda! Quem não vai pelo amor e nem pela dor, lê pelo humor. Ou seja, de certa forma, se lê algo.
Douglas Caetano Por mais brasileiro que eu seja, infelizmente, tenho vergonha deste país. Admiro muito os outros países e não esse circo que foi feito na votação do processo do impeachment. Gente agradecendo pais, filhos, deuses, cuspindo, xingando, acusando... A realidade é essa: enquanto uns fazem piadas, outros ficam preocupados com o futuro de nossos filhos lá na frente. Neide Usignolo Acho falta de respeito. Não gosto.
Eliana Nascimento Os memes trabalham nosso inconsciente. Alguns me incomodam profundamente, pois tornam a discussão simplista. Não há tempo para reflexão e intervenção.
Helenice Maria Laboissiere Adoro os memes. Não dá pra sofrer o tempo todo; por isso compartilho e até me divirto com eles. O assunto é muito sério, mas fazer piada sobre isso, a meu ver, não prejudica em nada; ao contrário, é brincadeira que faz pensar. Não compartilho quando é de mau gosto ou muito desrespeitoso. Marta Martins O humor faz parte da cultura brasileira, mas tratando-se deste momento seríssimo que o País está passando, esse humor passa a ser esculhambação. Magda Berberich Faz parte da nossa cultura latina a leveza de tratar certos assuntos com humor, pois isso tira tanto o peso da desilusão como o peso da culpa, porque se um país democrático, com eleições livres, descobre que só tem políticos desonestos e fanfarrões, é porque estamos fazendo alguma coisa de errado com o nosso poder de voto. Maria José Ianibelli O que os brasileiros sabem fazer muito bem é exatamente o humor.
Toninha Silva Acho que isso é cultural. Eu me lembro das marchinhas de carnaval antigas totalmente com temas políticos da ocasião. Não sei se em outros países agem assim, mas já vi charges brincando com autoridades de muitos países. Quanto a minha opinião, o ideal é o bom senso, evitar brincadeira com a fé alheia seria bom, mas, na política, o humor, se bem dosado, é bem-vindo. Josias Pimenta O humor tem limite? Sim. Se ele não fere o espaço alheio e não é de cunho preconceituoso, não há mal algum em brincar, mesmo com um assunto tão sério. Os problemas que vivemos por si sós já nos deixam tensos. Vivemos num país que, lamentavelmente, virou a grande piada; então, se eles que estão lá em cima brincam tanto com o povo, por que nós não podemos de toda essa lama tirar algumas risadas? Bom humor sempre. Luiz Mendroni Gerardi Se for pra fazer humor, tem que ser algo inteligente. Mas pior que humor sem graça são as postagens mentirosas que circulam com o intuito de ludibriar e confundir as pessoas. Carlos Alberto Beto Não vejo problema nessas brincadeiras: fazem parte dos brasileiros e não deve ser mudado.
Nilza Maza A tragicomédia nossa de cada dia. Se não for muito agressivo ou de mau gosto, até curto. O brasileiro, geralmente, tem senso de humor. Viviane Sanson A chacota política sempre existiu, com Chico Anysio, Casseta & Planeta, Juca Chaves e cartunistas; todos deixaram sua marca. Antes acontecia através de jornais e TV, muitas vezes um pouco mais escondida e disfarçada devido à censura. Hoje, com a expansão e facilidade das redes sociais e a liberdade de expressão, isso se tornou comum, todos podem se sentir um pouco humoristas. A piada e o sarcasmo fazem parte de nossa cultura; são uma crítica à nossa sociedade. Mauricio Del Manto Eu acho bom. Normalmente, os movimentos de esquerda trazem um mimimi que torna a notícia pesada, os movimentos de direita é que criam esses memes e contam, às vezes, até sua própria desgraça de forma engraçada. As piadas, além de serem mais leves, atingem melhor o inconsciente das pessoas, fazem a pessoa prestar atenção em algo que nunca prestou antes; é provavelmente um dos motivos da ascensão da direita e da queda da presidente.
EU CURTO GUARULHOS
Paulo Faccini, Salgado Filho e imediações: Guarulhos passa por aqui e curte de tudo
Por Cris Marques, Tamiris Monteiro, Val Oliveira e Valdir Carleto Fotos: Rafael Almeida e divulgação
De início, a avenida Paulo Faccini era apenas uma via de passagem, ligando a área central a diversos bairros. Gradativamente, o comércio foi se desenvolvendo, estabelecimentos ganharam projeção, bancos abriram agências e toda a região das proximidades do Jardim Maia transformou-se em objeto de desejo. Como o metro quadrado de terreno e das áreas construídas tornou-se muito caro, naturalmente, o comércio foi crescendo nas vias adjacentes. A avenida Salgado Filho, tanto no trecho mais próximo do Centro quanto no que é sequência da Paulo Faccini, passou a ter seus pontos bastante valorizados. Da mesma forma, ruas situadas entre as duas ave36
nidas, como a Josephina Mandotti e a Brás Cubas, são atualmente vias totalmente comerciais, o mesmo acontecendo com o eixo gastronômico que se formou nas ruas Tapajós e Marajó, ponto de encontro já tradicional, mas que não para de renovar-se e modernizar-se. Além dos restaurantes, padarias e cafés, que aguçam os paladares do público guarulhense, a região é rica em lojas de roupas, calçados, móveis, decoração, acabamento, livraria, papelarias, farmácias, bancos, escritórios... Ufa! Tem de tudo nesse centro comercial. Não por acaso, o precursor de todo esse glamour e movimento é o Bosque Maia, certamente o local mais frequentado da cidade.
EU CURTO GUARULHOS
Por Cris Marques
Fotos: Rafael Almeida
O gostinho português do Ora pois, pois! Com um clima intimista e decoração diferenciada, o Ora pois, pois! chama a atenção de quem passa pela Josephina Mandotti, uma das mais nobres ruas da cidade de Guarulhos. E não é pra menos. No restaurante, com quase cinco anos na cidade, decoração portuguesa, cardápio lusitano, saudosismo, qualidade e sabor ganham destaque. Carolina, sócia da casa ao lado do marido, conta que, apesar do bacalhau ser o carro-chefe, o menu de pratos à la carte vai muito além, com diferentes sobremesas, incluindo o tradicional pastel de Belém (natas) e cerca de 30 pratos salgados que são sucesso na culinária portuguesa, como o arroz de polvo, a lula assada, recheada e à dorê, a feijoada à Trasmontana, o filé mignon acompanhado de molho à base de creme de leite, o arroz de pato, a sardinha assada, a bifana de porco e o espaguete com alheira. “Hoje, temos 140 lugares para servir nossos clientes. Na hora do almoço, oferecemos ementas que incluem prato principal, suco de laranja, salada e sobremesa por um preço
acessível, além de pratos executivos. Na hora do jantar, disponibilizamos receitas mais elaboradas e uma carta de vinhos portugueses com mais de 50 rótulos”, conta ela, que ressalta também as reservas para confraternizações, casamentos, batizados, aniversários, reuniões empresariais e também datas comemorativas, como Dia das Mães, Namorados, Pais e outras ocasiões especiais. O espaço – que funciona de terça a quinta das 11h30 às 15h (almoço) e das 18h30 às 23h (jantar); sexta e sábado, das 11h30 à 0h; domingo, das 11h30 às 17h –, ainda tem mais um atrativo: suas Noites de Fado. Mensalmente, normalmente no último sábado do mês, a tradição da música portuguesa toma conta do espaço com a apresentação de fadistas de renome, que fazem o público dançar e cantar com muita alegria. Ora pois, pois! Restaurante Português Rua Josephina Mandotti, 196, Jardim Maia Tel.: 2408-1210
EU CURTO GUARULHOS
Adega 33, o frisson Quem frequenta a rua Tapajós, principal ponto de concentração de casas noturnas da cidade, sabe que o Adega 33 firmou-se como um dos bares mais procurados da região. De portas abertas há quase 10 meses, não é à toa que o lugar já é queridinho dos guarulhenses; afinal, além de gente bonita e música boa, o gastrobar esbanja estilo com um visual moderno e requintado, sendo o cenário ideal para uma happy hour, comemorações ou para curtir a noite com os amigos.
De acordo com Ronaldo Luiz Viela, um dos sócios, o Adega 33 nasceu do desejo de fazer com que o guarulhense não precise sair de sua cidade para ter acesso a um bom bar, bons drinks e boa comida. “Cumprimos nossa missão, tanto que hoje recebemos várias pessoas de diversas localidades de São Paulo. Essas pessoas vêm para Guarulhos e tornam-se clientes assíduos. Mas esse resultado só foi possível por termos uma administração focada e profissional. Aqui no Adega quem cuida do bar gosta do bar, quem trabalha nele também. A boa aceitação provém do nosso esforço contínuo pela satisfação do cliente, a quem procuramos agradar sempre, seja pela música, comida ou bebida. Além disso, a casa tem uma energia contagiante”, avalia Ronaldo. O lugar tem programação musical especial todos os dias, com apresentações ao vivo e estilos diferenciados, sempre buscando trazer para a cidade nomes de sucesso. “Quanto ao gênero, procuramos ser ecléticos e oferecer ao cliente opções diferentes que atendam aos mais variados gostos”, explica Ronaldo. O Adega 33 abre de terça a sexta, das 17h até o último cliente; sábado, das 12h até o último cliente; domingo, das 16h até o último cliente. 38
da noite guarulhense Gastronomia
Além dos drinques, o Adega 33 oferece uma gastronomia bastante elaborada. Destaque para a “Feijoada 33”, para os pratos filé ao molho Malbec e filé com gorgonzola e champanhe, e para a parrilha mista, composta por picanha, linguiça toscana, costela bovina, cupim e tulipas de frango, tudo acompanhado de salada de batata, paçoca de carne-seca, pão de alho, arroz Adega e vinagrete.
Arquitetura e decoração, uma história à parte
A arquitetura e a decoração da casa merecem menção, pois o Adega 33 foi planejado com base em um projeto ousado, pensado para que o cliente sinta-se à vontade em qualquer situação. De acordo com o arquiteto Otavio de Sanctis, responsável pela obra, o bar foi concebido para que todos vejam e sejam vistos. A ideia é que qualquer pessoa em qualquer ponto do bar consiga participar de tudo o que acontece dentro do ambiente e também na rua. “Quem olha para dentro enxerga um jardim e quem olha para fora vê a praça logo à frente do bar. Tentamos proporcionar um clima ligeiramente industrial com o uso de materiais próprios, como tijolinhos ingleses à vista e estrutura de cobertura metálica, com iluminação natural por sheds no meio do salão. A iluminação geral é diferente: lâmpadas de Natal amarradas à estrutura metálica do telhado. Como nosso clima permite, mesmo dentro do bar, uma estrutura retrátil abre deixando quase todo o ambiente como se fosse uma grande varanda. Queremos que o cliente que entra no bar possa dividir conosco o clima de festa. Esperamos que ele consiga se divertir desde o momento que entra até a hora que sai”, analisa Otavio.
Adega 33 Rua Tapajós, 120, Jardim Barbosa 3428-6294 www.adega33.com lfacebook /Adega33
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EU CURTO GUARULHOS
O “Finotrato” que sua casa merece Dar uma repaginada no lar é muito bom, mas nem sempre temos tempo de cuidar de todos os detalhes como gostaríamos. Pensando justamente nisso, a designer de interiores Elaine Alião abriu, em 2013, a loja Finotrato, empresa que oferece produtos e serviços voltados para a decoração. “Enxerguei a necessidade de abrir a loja por conta de atender uma grande demanda de clientes particulares; com esse crescimento, foi inevitável a expansão. Hoje, além de poder contratar meu serviço como designer, o cliente pode nos encontrar em um ponto fixo, onde disponibilizamos diversas opções de itens decorativos, como poltronas, almofadas, vasos e tantos outros”, avalia Elaine.
A Finotrato também trabalha com cortinas, persianas, papéis de parede, tapetes e móveis sob medida. Como principal diferencial, Elaine destaca o a forma de atender o cliente. “Nossa equipe é focada em atendimento personalizado, tanto dentro da loja como na casa do cliente. Dentro dessa filosofia de trabalho, orientamos o cliente sobre o que é tendência no universo decor e qual projeto se adapta melhor ao espaço que deseja mudar. Esse, sem dúvida, é nosso maior diferencial, pois o cliente sente-se amparado pelo profissional”, pontua Elaine. Finotrato Decor Avenida Salgado Filho, 1.841, Jardim Santa Mena Tel.: 2937-6788 / Finotrato decor
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Nonnetto Ristorante repaginado
Inaugurado em 2002 para reunir os amigos de forma aconchegante e com deliciosos pratos da culinária italiana, além de receitas da gastronomia europeia e sulamericana, o restaurante, localizado em uma das regiões mais nobres de Guarulhos, passou por uma reforma e acaba de reabrir suas portas. “O espaço ficou maravilhoso. Depois de 14 anos, toda casa tem que melhorar para acompanhar seu público e foi o que fizemos, com um toque mais elegante e a colaboração de nossa amiga e designer Adriana Cortes”, afirma a proprietária Rosita Gonçalves “Pinhal”, que faz questão de ressaltar que a mudança foi só no visual; além da administração da família Pinhal, os chefs e o menu continuam os mesmos. O espaço, que funciona de terça a domingo das 12h às 15h30 e das 18h à 0h, oferece pratos executivos (para o almoço) e um extenso menu à la carte com entradas, como carpaccio, casquinha de siri, saladas, sopas e porções, incluindo lulas no estilo provençal ou à dorê, risotos, massas frescas feitas no próprio restaurante, carnes, aves e peixes. Sem contar as pizzas (para o jantar), sobremesas, drinks, sucos, coquetéis, aguardentes, carta de vinhos especiais e a opção de pedido delivery. “Nossa comida é muito elogiada pela tradição e pelo primor e carinho no preparo. Durante o almoço nos dias da semana, o público é composto por executivos e empresários que querem comer bem, mas necessitam de agilidade. Nos demais horários, o clima é totalmente aconchegante e familiar”. Como uma boa casa de origem italiana, além do destaque para os diversos preparos de massas, entre eles o nhoque da Vó Kita, outras receitas também são sucesso absoluto entre os clientes, como a perna de cabrito, servida na frente do cliente, com a carne desmanchando e acompanhada de brócolis, batata sauté e arroz, a paella de frutos do mar (foto) e o Limonnetto (foto), sobremesa feita com sorvete Häagen-Dazs de limão, leite condensado e licor Limoncello.
Por Cris Marques
Fotos: Divulgação e Rafael Almeida
Nonnetto Ristorante e Pizzeria Rua Josephina Mandotti, 421, Jd. Maia Tel.: 2440-7775 / 2440-0676 www.nonnetto.com.br l www.facebook.com/nonnettoristorante www.instagram.com/nonnettoristorante
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Zana Guimarães e seu amor pela moda De portas abertas há cinco anos, a loja de roupas e acessórios Zana Guimarães firmou-se como uma das principais boutiques da cidade. O estabelecimento, que atende um público variado de mulheres e oferece às clientes roupas de marcas exclusivas, nasceu do sonho e determinação da empresária Zana Guimarães que, antes de tocar o negócio, chegou a trabalhar como sacoleira. “Desde muito nova, trabalho com costura e peguei gosto por roupas, moda e tecidos. Tendo essa vontade, ao longo dos anos alimentei o sonho de ter a minha própria marca. Antes desse sonho virar realidade, gerenciei por sete anos uma loja no Bom Retiro e quando tomei a decisão de tocar meu próprio negócio, iniciei de forma simples, como sacoleira. Nesse período, já tinha muitas clientes, pois as pessoas gostavam do meu bom gosto e das minhas sugestões de looks. Foram dois
anos assim, até que surgiu a oportunidade de abrir a primeira loja”, conta Zana. Hoje, localizada na Salgado Filho, uma das avenidas mais movimentadas de Guarulhos, a loja Zana Guimarães conta com um espaço amplo de 200 metros quadrados e estacionamento na porta. Além da estrutura como principal diferencial, Zana também aponta o atendimento. “Quem vem à loja sente-se muito à vontade. Aqui servimos alguns mimos e faço muita questão de atender minhas clientes pessoalmente, apesar de ter uma equipe muito competente. Também gosto de organizar coquetéis, geralmente, com temas específicos ou na troca de coleção”, pontua. Zana Guimarães Boutique Avenida Salgado Filho, 1.641, Jardim Maia Tel.: 3428-1847 / 99530-7932 / Zana Guimarães Boutique @Zana Guimarães Boutique zgboutique
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Inglês também é coisa de criança
A criançada é o público-alvo da escola de inglês Red Balloon, em funcionamento há 45 anos e presente em Guarulhos desde 2014. E a escolha não foi por acaso. “Fizemos um estudo na região e percebemos que havia grande público potencial, mas ainda carente de produtos e serviços de alta qualidade. A rua Josephina Mandotti vem se revitalizando com o passar do tempo e se posicionando como uma rua repleta de serviços e produtos de qualidade para atender a demanda da região, além de conectar duas das principais avenidas da cidade: Salgado Filho e Paulo Faccini”, comenta Rita Rosa, coordenadora pedagógica da escola. Ela destaca também que aprender outro idioma traz muitos benefícios, principalmente quando se é criança. “Aprender outro idioma propicia ganhos cognitivos incríveis.” Pesquisas feitas pela Universidade de Harvard confirmam que estudar línguas aumenta as habilidades de pensamento crítico e de resolver problemas, além da versatilidade, criatividade e flexibilidade da mente. “Além do inglês ser essencial em nossas vidas, seja profissional, pessoal ou social, ele pode abrir muitas portas e um mundo de oportunidades” diz, afirmando também que a escola realiza intercâmbios por meio de parcerias.
Por Amauri Eugênio Jr. e Val Oliveira Fotos: Rafael Almeida/Divulgação
Por etapas
Metodologia e aprendizado A metodologia de ensino da Red Ballon acompanha o desenvolvimento das crianças para o aprendizado acontecer de modo divertido, de forma que as aulas pareçam brincadeira. Contudo, o processo em si é feito com seriedade e o idioma é inserido de modo gradual no dia a dia dos alunos. “Garantimos a motivação e o aprendizado, envolvendo os alunos em histórias, artes, músicas, vídeos, atividades e jogos no computador e na internet, tudo com muita diversão. Quando menos se espera, eles já estão se comunicando em inglês e terminam o curso compreendendo, falando, lendo e escrevendo fluentemente”, destaca Rita. Vale dizer que as aulas têm duração de duas horas, o que totaliza quatro horas semanais. Além disso, a escola tem 90% de aprovação em exames internacionais da Universidade de Cambridge (Inglaterra).
A metodologia da Red Balloon contém a divisão de alunos por três faixas etárias*: • Kids (3 a 6 anos): estágio inicial para assimilação do idioma, cuja dinâmica de ensino acontece de modo divertido, para desenvolver a compreensão e produção oral – fala – por meio de histórias, vídeos e música; • Junior (7 a 10 anos): início do desenvolvimento da leitura e escrita por meio de ensino gradativo, de acordo com o desenvolvimento cognitivo da criança; • Teen (11 aos 15-16 anos): etapa final de ensino, em que os alunos são treinados para provas orais e escritas. Como estão no fim do curso, eles estão aptos a prestar o exame para obtenção do Certificate of Advanced English (CAE), da Universidade de Cambridge. *Fonte: Red Balloon
Rua Josephina Mandotti, 318, Jardim Maia. Tel.: 4372-0023 / 4372-0024.
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EU CURTO GUARULHOS
Guarulhos se encontra na Maria Cereja A Maria Cereja é o maior fenômeno da gastronomia de Guarulhos. No mesmo lugar, os clientes encontram o melhor em padaria, restaurante, doceria, loja de conveniência, lanchonete e pizzaria. Além de tudo isso, os guarulhenses também se encontram na Maria Cereja, uma máquina movimentada por mais de 100 funcionários, que produzem o que se serve na casa e atendem aos cerca de 2 mil visitantes que passam por lá todos os dias. No cardápio, são centenas (literalmente) de opções, cujos maiores sucessos são, entre os lanches, o Miró, feito com filé mignon, cebola frita, tomate, molho barbecue, provolone e rúcula; o Goya, também de filé mignon, muçarela de búfala, requeijão, alface e tomate; e o Picasso, feito com carpaccio, molho de alcaparras, parmesão, rúcula e mostarda. Quanto aos pratos, os preferidos do cardápio são o Timóteo Penteado, com pica-
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nha grelhada, arroz e salada, com opção de fritas, purê ou legumes; e o Paulo Faccini, que tem a mesma composição, mas com salmão no lugar da carne. As fotos no cardápio digital, em tablets, facilitam a escolha pelos clientes e isso agiliza o atendimento dos garçons. A Maria Cereja também é muito forte em encomendas para festas e eventos. Os carros-chefe são os lanches de metro, salgadinhos e docinhos, sem falar nos tradicionalíssimos bolos da casa. Tanto podem ser retirados no balcão como entregues no local desejado. Esse serviço pode ser consultado pelo telefone ou pelo e-mail específico, o encomendas@mariacereja.com.br. Há nada menos de 60 vagas nos dois estacionamentos gratuitos. Maria Cereja Avenida Paulo Faccini, 1.287, Centro Tel.: 2443-2202
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atendimento. Além do tradicional yakissoba, são destaques o frango xadrez, carne com moyashi, carne com legumes, frango com legumes e rolinho Primavera. Agora tambémEU serveCURTO pastéis e lanches. Av. Paulo Faccini, 365, Centro GUARULHOS Tels. 2440-7366 / 2440-7601
Ótica Fábrica Stella Maris Concell - solução eme tecnologia
A rede óticas e fábrica Stella qualquer afirma. O clienAtuando na área de manutenção, condosdeequipamentos de sua empresa. “Sãoorçamento”, mais Maris, que há 48 anos cresce com te tem direito a ajuste, conserto e maserto e venda de acessórios para celulares e de 20 anos de experiência e 150 mil equipaGuarulhos, sendo conhecida como nutenção dos óculos ali adquiridos, informática em geral desde 1999, a Concell mentos reparados”, diz Marcos. Pioneira na “A ótica da família guarulhense”, tem sem custo, exceto aos sábados. nasceu do sonho de seu proprietário, Marcos cidade, a Concell trabalha com funcionários uma no andar Com matriz de Oliveira. Ao chegar a Guarulhos, vindo dalojaqualifi cadostérreo e estádonohipermesmo endereço des- no Itapegica e quatro mercado Extra do Jardim Maia. fi liais, a Ótica zona Norte de São Paulo, já com vasta expe- de a sua inauguração. Funciona de segunda aStella tem ofertas para Seu diretor, Leonardo Zacharias, o Dia das14h. Mães. Na compra de ócuriência no ramo, recebeu um telefonema de sexta, das 9h às 18h; sábado, das 9h às informa que a Stella Maris é especialos de grau, o cliente ganha um par de um diretor da então Ericsson do Brasil, que Concell Assistência Técnica - Celulares e Informática lizada em óculos de grau, com armaóculos de Sol. estava interessada na instalação de um ponAv. Paulo Faccini, 408, Centro. ções das melhores marcas/ 2937-8543 e oferece /os Tel.: 2409-2770 WhatsApp 96125-2971 Jardim Maia: Av. Salgado Filho, 1301, lojas 1 e 2 to em Guarulhos para reparos e manutenção www.concellcelulares.com.br menores preços da cidade: “Cobrimos (dentro do Extra) – tel. 2229-0691
A tradição do Empório Grife da Carne O Empório Grife da Carne tem tradição de mais de 40 anos em Guarulhos e destaca-se pela venda de carnes nobres, especialmente a picanha e o contrafilé, que ao lado do carré de cordeiro são os carros-chefe da casa. Além de aves, suínos e bovinos com cortes diferenciados, há produtos importados de mercearia, como temperos, molhos, azeites, vinhos e enlatados em geral. No início de maio, o Empório passará a atender em novo
endereço, na mesma avenida e calçada, apenas alguns metros antes de onde hoje está localizado. As novas e amplas instalações, além de serem mais bonitas e confortáveis, permitirão oferta de uma gama maior de produtos, mas com a mesma qualidade e atendimento de sempre. Empório Grife da Carne Novo endereço: av. Paulo Faccini, 776 - Centro Tel.: 2468-0445
Xamei Comida Chinesa Há 12 anos no mesmo local, a Xamei Comida Chinesa atende tanto em seu salão, como delivery. Seu proprietário, Nildo Farias, atribui a numerosa e fiel clientela ao fato da casa ser uma das pioneiras na cidade em comida oriental, ao esmero no preparo dos pratos e à cortesia no atendimento. Além do tradicional yakissoba, são destaques o frango xadrez, carne com moyashi, carne com legumes, frango com legumes e rolinho Primavera. Agora também serve pastéis e lanches. Av. Paulo Faccini, 365, Centro Tels. 2440-7366 / 2440-7601
Ótica e Fábrica Stella Maris
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A rede de óticas e fábrica Stella Maris, que há 48 anos cresce com Guarulhos, sendo conhecida como “A ótica da família guarulhense”, tem uma loja no andar térreo do hipermercado Extra do Jardim Maia. Seu diretor, Leonardo Zacharias, informa que a Stella Maris é especializada em óculos de grau, com armações das melhores marcas e oferece os menores preços da cidade: “Cobrimos
qualquer orçamento”, afirma. O cliente tem direito a ajuste, conserto e manutenção dos óculos ali adquiridos, sem custo, exceto aos sábados. Com matriz no Itapegica e quatro filiais, a Ótica Stella tem ofertas para o Dia das Mães. Na compra de óculos de grau, o cliente ganha um par de óculos de Sol. Jardim Maia: Av. Salgado Filho, 1301, lojas 1 e 2 (dentro do Extra) – tel. 2229-0691
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PERFIL
Atleta paralímpica Paola Klokler conta sua história de superação no esporte Por Tamiris Monteiro Fotos: Rafael Almeida e arquivo pessoal
De acordo com dados do IBGE, 6,2% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Todos os dias essas pessoas enfrentam inúmeras dificuldades para conseguir viver dignamente em um país que oferece pouquíssima – em alguns Estados nenhuma – estrutura para suas necessidades. Não foi diferente para Paola Klokler, que nasceu com má-formação congênita no membro inferior esquerdo e, desde muito nova, teve que enfrentar, além das dificuldades, o despreparo da família em lidar com sua suposta limitação.
“Sou de uma família de ascendência alemã e na época do meu nascimento eram muito rígidos e conservadores; meus avós não conseguiam aceitar o fato de ter uma neta com deficiência, para eles não era normal. Para ajudar, meu pai biológico decidiu sumir quando eu tinha alguns meses de vida. Minha mãe e eu morávamos com meus avós e, apesar de me amarem muito, todos tinham muita dificuldade em visualizar um futuro para mim. Isso é até compreensível, porque a deficiência não faz parte da vida da maioria das pessoas e elas simplesmente não sabem lidar com a situação”, conta. Apesar de todas as contrariedades que a vida lhe impôs, nada disso foi barreira para Paola, que enxergou nos esportes um caminho para a inclusão e autonomia. “Minha deficiência nunca foi empecilho para absolutamente nada, tanto que, aos sete anos, pedi para um médico na AACD que ele me indicasse algum esporte. Escolhi a natação e um mês depois já nadava os quatro estilos com perfeição e agilidade. Com essa rápida evolução, fui parar na equipe competitiva da AACD, tornando-me campeã brasileira, 52
paulista e regional. Na natação, foram três anos de muitas conquistas e vitórias. Até que aos dez anos descobri o grande amor da minha vida, o basquete em cadeira de rodas”, relembra. Por ser uma criança hiperativa, Paola sentiu-se mais familiarizada com o basquete e foi ao ingressar no esporte que a jovem pôde traçar novos caminhos e ter sua vida mudada. “O basquete é um esporte coletivo e eu era criança, queria brincar e correr. Normalmente, eram coisas que não dava pra fazer na escola e eu desejava muito fazer essas atividades. Quando entrei na natação, foi para buscar essa liberdade: fazer as mesmas coisas que as outras crianças faziam. Só que a natação não me proporcionou isso, porque acabei já entrando numa parte competitiva e, sendo criança, não queria nadar sozinha três, quatro horas por dia. Aí o basquete apareceu. A ADD (Associação Desportiva para Deficientes) tinha uma equipe, a primeira equipe infantil do Brasil, onde eram só crianças. No começo, não era bem o basquete em si, eram crianças em cadeiras de rodas adaptadas, brincando com uma bola e só isso”, afirma.
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PERFIL
Patrocínio
O que era apenas uma brincadeira de criança tornou-se coisa séria e, hoje, aos 25 anos, Paola é atleta profissional e uma das principais integrantes da Seleção Feminina de Basquete em Cadeira de Rodas. Pronta para disputar sua segunda paraolimpíada, a jogadora revela, com otimismo, que a seleção tem boas chances de ficar entre as cinco primeiras colocadas. “O Canadá é o campeão mundial, porém, no último amistoso que fizemos, o Brasil ganhou. Temos vários adversários fortes, como Estados Unidos, Alemanha e Holanda, e nossas cadeiras não são do mesmo nível das cadeiras dessas equipes; por isso temos que ser realistas; contudo, esse amistoso mostrou que nada é impossível. O que posso dizer com certeza é que já somos vistas com outros olhos. Em maio vamos para os Estados Unidos, porque fomos convidadas a participar de um quadrangular. Anos atrás isso não aconteceria, porque a equipe brasileira era vista como coitadinha”, pontua.
Moda e inclusão
Além de atleta, Paola atua como modelo e já participou de eventos como a São Paulo Fashion Week e constantemente é convidada para feiras e eventos. “Aceitei os trabalhos como modelo, justamente, para bancar o basquete. Faço esses eventos e campanhas publicitárias para ter uma renda a mais, para suprir o que o esporte não me dá”. Felizmente, a vida de modelo/esportista já tem lhe rendido alguns frutos: na última semana de abril, Paola fez uma viagem para Nova Iorque para divulgar a marca de cadeiras de rodas Jumper; a empresa firmou patrocínio de cinco anos com a atleta e será responsável por suprir a necessidade dos materiais relacionados à cadeira de rodas. 54
Sem dúvida alguma, a história da Paola é pura superação, mas nem tudo são flores na vida da jovem quando o assunto é basquete. Assim como muitos atletas, a jogadora sofre com a falta de patrocínio e já passou - e ainda passa - por muitas dificuldades para manter-se como atleta profissional. “A falta de apoio não é somente no basquete ou na paraolimpíada. A distribuição de verba para o esporte olímpico é muito maior que para o paraolímpico, sendo que o esporte paraolímpico é muito mais caro que o convencional. Tudo que recebo do esporte devolvo para o esporte. Vou dar um exemplo simples: para um atleta sem deficiência jogar basquete, ele precisa de, no mínimo, um tênis bom. Para que eu possa jogar basquete, preciso de uma cadeira de pelo menos R$ 8 mil e de rodas que custam cerca de R$ 3 mil e precisam ser trocadas anualmente, ou seja, só o investimento que tenho em material é dez vezes maior do que no basquete tradicional. Minha maior dificuldade é realmente me manter no esporte, porque hoje um atleta não se mantém só de esporte, ele precisa ter um trabalho ou alguém que possa ajudar. Não há possibilidade de viver do dinheiro que o esporte traz”, ressalta.
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EU QUERO
Almofadas:
Por Val Oliveira Fotos: Divulgação
bonitas, fofinhas e funcionais Elas são fabricadas em muitos e diferentes estilos, cores, formas e medidas. Além de decorar e permitir um toque de personalidade ao ambiente, elas podem servir como massageadoras e ponto de apoio e descanso. Vamos viajar pelo mundo das almofadas?
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Almofada Nerderia Cat Glass - R$ 32,90
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Almofada Zolly - Sarja 100% algodão com botão central e enchimento em fibra siliconizada 100% poliéster. R$ 55,92
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1 Almofada Lara Bicicleta - Sarja de algodão com acabamento em vivo e zíper e enchimento com fibra siliconizada 100% poliéster. R$ 79,92
Almofada Digital Fractals – R$ 29,99
Almofada Ouro III - Sarja 100% algodão. Zíper invisível. R$ 44,95
Kit almofada Ozeki três peças – Com zíper e enchimento em fibra siliconizada. R$ 229,25
Kit duas almofadas impressão digital arabescos com listras preto e dourado - R$ 29,99 2
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Almofada Star Wars Darth Vader – R$ 69,90
Almofada Rolo Azul Mar II. R$ 109,90
Almofada massageadora para pés corujinha – R$ 189,90
Almofada Mania Dino – R$ 99,90
1 – www.oppa.com.br 2 – www.mobly.com.br 3 – www.loja.imaginarium.com.br Almofada massageadora speaker headphone – R$ 139,90
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EU QUERO
Almofada todo dia osso verde – R$ 57,90
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Almofada para namorado – perfeitos – R$ 42,90 4
Almofada de pescoço almofofa filhote cachorro – R$ 59,90 4 Almofada de pescoço almofofa porco – R$ 79,90
Almofada disquete – R$ 49,00
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Kit almofada + máscara homem aranha – R$ 66,00 Almofada Teddy Bear – R$ 69,00
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Almofada veludo retangular com cristais – R$ 99,00 6
Almofada símbolo – R$ 149,00 6
Almofada Pétalas – R$ 229,00
4 – www.uatt.com.br 5 – www.designnmaniaa.com.br 6 – www.mercidecor.com Almofada Flower – R$ 165,00
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ESPELHO MEU
Maquiagem ideal no ambiente de trabalho Por Tamiris Monteiro Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
Daisy Souza
Maquiar-se faz parte da rotina diária de muitas mulheres, tanto que, de acordo com uma pesquisa feita pela Specialist Make-up Services, clínica de estética britânica, uma mulher que se maquia cerca de três horas semanais, gasta, em média, um ano e três meses de sua vida nesse processo. Com essa constatação, nota-se que o público feminino realmente leva a sério maquiagem. Mas, será que toda vez elas acertam na make? 60
Para cada ocasião, a mulher precisa investir em uma maquiagem certa, tanto que as composições são diferentes para o dia a dia, trabalho e festas. Pensando no ambiente de trabalho, que é o lugar no qual boa parte das mulheres passa horas por dia, Daisy Souza, docente da área de beleza e estética do Senac Guarulhos, esclarece algumas dúvidas e dá um passo a passo de quais são as melhores opções e maneiras mais práticas para uma maquiagem sem erros.
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ESPELHO MEU
Fica a dica O que jamais usar? Para uma maquiagem de trabalho, é recomendado evitar tons vibrantes, brilho e muito colorido, seja na sombra, blush ou batom. “O objetivo da maquiagem para o trabalho é corrigir as imperfeições, realçar a beleza natural e apresentar uma aparência saudável. Uma boa opção são sombras marrom e nude”, diz a profissional.
Prepare a pele
Antes da maquiagem, é preciso investir tempo cuidando do rosto; afinal, uma pele bem cuidada faz a diferença. “O primeiro passo é aplicar o filtro solar. Além dos tradicionais, existem protetores tonalizados que podem até substituir a base. É importante lembrar que o protetor solar deve ser usado todos os dias, frios ou quentes, pois até a luz do computador pode manchar a pele”, explica Daisy.
Rosto
Após o filtro solar, aplique o corretivo nas manchas e olheiras. “Um pouco ignorado, o blush é um produto essencial para qualquer make feminina: além de corar, o blush realça as qualidades faciais e pode até afinar o rosto”, ensina.
Olhos
“O contorno dos olhos pode ser feito com delineador ou lápis de olhos. É possível utilizar sombra, mas prefira cores claras e sombreie com um tom mais forte os cantos dos olhos – esse detalhe proporciona elegância. Para finalizar, o rímel pode ser aplicado, deixando o olhar marcante”, pontua Daisy.
Boca
A cor do batom pode ser explorada se for equilibrada com a maquiagem dos olhos: “Se as pálpebras estiverem bem maquiadas, aposte em um batom nude. Se estiverem mais suaves, um batom colorido dará um charme na maquiagem corporativa, sem chamar atenção de maneira negativa”, completa. Segundo Daisy, os batons cintilantes não são indicados para o dia: “Prefira os batons matte, que trazem um aspecto fosco aos lábios. Se você pretende comprar um novo batom, aposte nas cores da moda, como nude e marsala”, finaliza. 62
Batom vermelho pode? Batom vermelho pode ser usado, desde que a opção não seja para um vermelho muito intenso e sim mais queimado. O vermelho combina com todas as estações do ano e, normalmente, fica bom para todas as mulheres. Como manter a maquiagem impecável? Os retoques durante o dia devem ocorrer conforme a necessidade. Normalmente, é necessário um retoque no rosto todo com um pó compacto facial: ele serve para retirar o excesso de brilho, causado pela oleosidade da pele. O batom deve ser aplicado sempre que sair. Em geral, não há necessidade de retocar sombra, rímel ou lápis no contorno dos olhos. Como fazer para a maquiagem durar mais tempo? Para a maquiagem durar mais tempo, é necessário preparar a pele (limpar, hidratar e utilizar protetor solar) e aplicar um prime (produto que ajuda a controlar a oleosidade da pele e fixa melhor a maquiagem). Na região dos olhos, é preciso aplicar primeiro o corretivo, na sequência o fixador de sombra, como se fosse um prime específico para a região dos olhos, e, finalmente, a sombra. Quanto ao rímel, o ideal é aplicar uma vez, esperar secar e aplicar novamente. Assim, ele dura o dia todo. O batom pode durar mais tempo se for utilizado um lápis no contorno dos lábios do mesmo tom que o batom; inclusive, pode ser aplicado em todo o lábio antes do batom.
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MESA
Restaurante Saravá e seus 40 anos de tradição
Fundado em 1976, o restaurante Saravá, que começou como Guaru Saravá, nasceu pela paixão de um grupo de amigos pela gastronomia, amigos estes que tinham atividades profissionais bem distintas. Com uma recepção calorosa pelo público guarulhense, o chef Paulinho era um destaque à parte atendendo ao gosto de cada cliente; era só pedir e ele fazia o prato. O sócio Paulo Porfirio de Lima Junior, seu filho, conta que, com o passar dos anos, a casa foi se adaptando aos diferentes paladares e movimentos gastronômicos, sempre com a preocupação de manter em suas raízes a culinária baiana e sua tradição, tanto que o espaço continua sendo praticamente o mesmo desde sua fundação, passando apenas por algumas alterações na fachada, pintura e climatização. Muito bem frequentado, o restaurante oferece self-service à vontade, variado cardápio à la carte, bebidas quentes e frias e uma ampla carta de sobremesas, além de dois grandes diferenciais: a feijoada, com ingredientes à escolha do cliente, uma das mais aclamadas da cidade, e os pratos flambados, exclusividade trazida pelo mestre Lopes no início da década de 80 e que são preparados na frente do cliente, o que agrada ainda mais a visão e o paladar. “No dia a dia, sempre servimos deliciosas opções com sabor caseiro, festival de massas, saladas e sobremesa, com exceção de quarta 64
Por Cris Marques Fotos: Rafael Almeida
e sábado, quando temos a feijoada, feita da mesma maneira desde a época do Paulinho e que hoje é de responsabilidade do chef Drailton Viana, com um preparo especial que começa ainda na véspera, retirando o sal das carnes, e continua no dia com o cozimento do feijão preto e a inclusão de nossos clássicos temperos. No menu, temos ainda peixes, massas, carnes e pizzas (no jantar)”, conta Paulo, que divide a direção com a irmã, Paula, e a mãe, dona Maria. O estabelecimento, que atende durante a semana principalmente empresários, funcionários públicos e de empresas privadas, aos finais de semana tem como público fiel as famílias guarulhenses. Funciona de segunda a sexta, das 11h30 às 15h, sábados e domingos, das 11h30 às 16h, e nas sextas e sábados, das 18h às 23h. Com estacionamento com manobrista, espaço infantil, música ambiente e, em datas especiais, música ao vivo, o Saravá ainda oferece pacotes promocionais para as mulheres, com feijoada self-service por R$ 26,90 toda quarta-feira. Restaurante Saravá Avenida Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, 1.298, vila Antonieta/vila Augusta Tel.: 3437-1151 / 2422-6722 www.restaurantesarava.com.br Facebook: Restaurante Saravá
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POR AQUI
Por Jônatas Ferreira Fotos: Rafael Almeida e divulgação
Tapajós ganha nova casa Inaugurado no dia 24 de março, o Marechal Choperia & Butiquim é a nova opção para quem deseja curtir com os amigos um barzinho com música ao vivo todos os dias, embalados pelos chopes Heineken ou Amstel. Localizado na rua Tapajós, 227, a casa aposta nas carnes de cortes especiais, como picanha australiana, argentina ou uruguaia, e bife de chorizo e ancho; além dos tradicionais pasteizinhos, bolinhos e variadas porções que o estabelecimento oferece. Abre de terça a domingo, das 16h até o último cliente. Mais informações: 4372-6988.
Professor de Guarulhos
recebe prêmio por livro
O professor Fábio Monteiro, coordenador do Colégio Parthenon, recebeu da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil o selo “Altamente Recomendável FNLIJ 2016” na Categoria Jovem, pelo livro “Cartas a povos distantes”, que tem ilustrações de André Neves. O livro concorrerá ao Prêmio FNLIJ 2016. A lista dos vencedores será divulgada pelo site da instituição (www.fnlij.org. br) em maio. 66
Vitórias da Acqua Sport Patrocinadora dos esportistas Fabrício Huelson Gomes e Diogo Santos, a academia Acqua Sport comemora as medalhas de ouro que os atletas da casa conquistaram. O triatleta Fabrício Huelson, de 15 anos, venceu o desafio GPExtreme, em São Carlos, no Parque Eco Esportivo Damha, no dia 5 de março, na categoria de 15 a 19 anos. “A prova foi difícil, repleta de subidas íngremes e descidas perigosas. Estou muito feliz por ter completado a prova bem e mais ainda por ter conquistado o primeiro lugar”, disse o guarulhense que venceu a modalidade ‘Endurance’ (1 km de natação, 100 km de bike e 10 km de corrida). Não contente, Huelson, que mora no Jardim Presidente Dutra e é filho de atletas, subiu no pódio na primeira posição no dia 3 de abril, na modalidade ‘Sprint’ (750 m de natação, 20 km de bike e 5 km de corrida). No dia 24 de abril, disputou mais uma competição de triátlon, dessa vez na Base Aérea de Guarulhos, e adivinhe? Mais um ouro! Já o lutador de jiu-jitsu Diogo Santos, de 29 anos, levou a medalha de ouro no campeonato Sul-Americano pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE), que aconteceu no Ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera, no dia 9 de abril. A categoria foi a pesadíssimo (a partir de 100,5 quilos), na faixa azul. Diogo, que treina há quatro anos e se prepara desde janeiro para participar da competição, enfrentou duas difíceis lutas: ganhou a primeira por vantagem e a segunda por pontos. “Sinto-me muito bem, pois é fruto de um trabalho árduo. Treino todos os dias da semana para sempre estar preparado. Agradeço à minha equipe, Conde Team, ao meu treinador, Michel Baggio, e a todos os patrocinadores e torcida”. No fim do mês de abril, Diogo disputa o Campeonato Brasileiro de jiu-jitsu.
FALAR, CONVERSAR, BRINCAR, SE ENCANTAR, EXPLORAR, APRENDER, CUIDAR DE SI E DO OUTRO.
Educação Infantil: tempo de intensas e permanentes aprendizagens para a criança!