Revista Guarulhos - Edição 125

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Boas Festa s

Ano XVI nº 125 / Dezembro / 2017 Diretor Responsável: Valdir Carleto

Foto: Rafael Almeida

clickguarulhos.com.br

Áreas verdes

de Guarulhos

Lugares na cidade onde a natureza predomina

GENTE

Entrevista com os guarulhenses fundadores da Hamburgada do Bem e o perfil da Monja Coen

PASSARELA

Looks de Natal e Ano Novo para se inspirar e fazer bonito durante as celebrações de fim de ano

ESPECIAL

Trabalho de ressocialização com detentos da Penitenciária Adriano Marrey




Por: Valdir Carleto

editorial Comemorar, sim. Sem ufanismo, com consciência Antigamente, éramos um país com técnicos de futebol presentes em cada botequim, na fila do ônibus ou do banco e em cada roda de conversa. Se não bastasse, agora, na era das redes sociais, todos arvoram-se publicar como se fossem jornalistas, opinar sobre leis como se fossem juristas, ditar regras como se fossem legisladores ou, para maior dos pecados, discutir política como célebres donos da verdade. Viva a liberdade de expressão! Nunca o cidadão comum teve ao seu alcance megafones com tal amplitude: a democrática internet deu voz a todos. Isso é fantástico! Como pudemos viver tanto tempo sem uma ferramenta como essa para fazer ecoar o que pensamos? Como diria a piada que circulava no tempo em que o general Figueiredo era presidente, “defendo a liberdade acima de tudo e, se alguém for contra, eu prendo e arrebento!”. A liberdade de expressão há de ser defendida sempre. O problema não é a sagrada liberdade de opinar, mas a exacerbação, o radicalismo. Esteja na pauta uma questão local ou nacional, o que vê são posições extremistas. Basta ver o resultado das recentes pesquisas, que mostram o ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro liderando as intenções de voto. No âmbito municipal, a mesma coisa. Uns idolatram a gestão do prefeito Guti, acham que a cidade está um tapete, coberto com pétalas de flores, para não dizer que com filetes de ouro. E querem prender e arrebentar os que pensam diferente, não por acaso, aqueles que nada vêm de positivo no trabalho da atual administração, os quais, quando contrariados, partem para ataques pessoais, alguns impublicáveis. Guarulhos está completando 457 anos desde sua fundação. Entre erros e acertos da atual e das gestões anteriores, cresceu desordenadamente, sem planejamento. A malha viária ficou acanhada, obsoleta. As ro-

dovias que passam pela cidade dificultam a integração dos bairros. A Lei de Loteamentos encareceu os terrenos, tornando-os inacessíveis ao trabalhador de baixa renda. Isso, somado ao custo mais elevado da moradia em São Paulo, fez crescer de forma assustadora por aqui as invasões de áreas, que alguns preferem chamar de ocupações. Ademais, parcela significativa da população despeja lixo e detritos pelas vias públicas, estragando locais que poderiam ser cartões postais. Meio milhão de eleitores depositaram suas esperanças no jovem candidato a prefeito, que se personificara como o “anti-PT”, partido que ficara 16 anos no poder local e conquistara imensa rejeição. Formado o secretariado, somaram-se talentos e boa vontade com inexperiências e desconhecimentos, tudo isso temperado com boas doses de vaidades pessoais. Com poucos meses de governo, acabou a boa relação do prefeito com o vice, Alexandre Zeitune, cuja figura passou a ser mais incômoda do que a suposta oposição que a gestão poderia ter no Legislativo. A opinião pública é, por hábito, cáustica em relação à classe política. A esperança de muitos que acreditavam ter elegido um novo Messias se transformou em rápida decepção. Assim, a população quase não vê motivos para comemorar o aniversário da cidade, o que é um absurdo, porque Guarulhos é maior que todos eles juntos. Temos, sim, muito o que comemorar, independentemente de governos e partidos, e mesmo tendo tantas carências a lamentar. A cidade é feita por todos, é de todos e, portanto, cabe a cada um de nós transformá-la para melhor a cada dia. Ao apontarmos o indicador para um lado ou outro, temos três dedos a apontar para nós mesmos, como a perguntar o quê estamos fazendo para tornarmos Guarulhos a cidade dos nossos sonhos. 

expediente Diretor Responsável: Valdir Carleto (MTb 16.674) valdir@revistaguarulhos.com.br Diretor Executivo: Fábio Roberto Carleto (MTb 40.906) fabio@revistaguarulhos.com.br Editora: Tamiris Monteiro (MTb 65.496) Redação: Jônatas Ferreira Revisão: Paulo Manso Fotografia: Rafael Almeida Design Gráfico: Gabriel Nakashima e Williane Rebouças Comercial: Maria José Gonzaga e Patrícia Matos contatos@revistaguarulhos.com.br Administrativo: Viviane Sanson Distribuição: Luiz Aparecido Monteiro Impressão e acabamento: Grass Indústria Gráfica - Tel: (19) 3646-7070 Tiragem: 8.000 exemplares A RG - Revista Guarulhos é uma publicação da Carleto Editorial Eireli - ME redacao@carletoeditorial.com.br

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36 anos de Jornalismo com Responsabilidade Social Av. João Bernardo Medeiros, 74, Bom Clima, Guarulhos. CNPJ: 10.741.369/0001-09 Tel.: (11) 2461-9310



10 entrevista

26 capa

Áreas verdes em Guarulhos: uma lista com mais de 10 lugares com natureza espalhados pela cidade para o guarulhense visitar e se divertir

Divulgação

Rafael Almeida

Jovens mentores da “Hamburgada do Bem” contam como o projeto solidário nasceu e como tem crescido

Rafael Almeida

Rafael Almeida

Rafael Almeida

índice

76 passarela

58 perfil

Monja Coen autografa novo livro na cidade e conta sua trajetória espiritual no Zen Budismo

San Paolo: um lugar para saborear o que há de melhor em frutos do mar

Divulgação

Rafael Almeida

Looks de Natal e Ano Novo para fazer bonito nas comemorações

80 mesa

64 especial

Projeto de ressocialização com detentos da Penitenciária Adriano Marrey 6

86 por aqui

Fique por dentro do que rola na cidade



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ENTREVISTA

A Hamburgada faz o bem, sem olhar a quem Por: Valdir Carleto Fotos: Rafael Almeida

Três jovens guarulhenses não imaginavam que uma iniciativa despretensiosa pudesse crescer a ponto de chegar a outros estados e a gerar filhotes. Os gêmeos Erick e Tacio Watanabe (30 anos) e Thiago Salles, o Tico (29) contam um pouco da trajetória da Hamburgada do Bem. Na atual gestão municipal, Erick é subsecretário da Juventude. Como tudo começou? Erick - Nosso pai sempre nos acostumou a participar de ações sociais, na vila Tijuco e na Igreja Batista. Mas chegou a época de faculdade e outros compromissos e aí nos afastamos. Oito anos depois, em 2015, uma amiga da época, Adriana, esteve em um bairro numa atividade e um rapaz pediu que ela entrasse em contato com “os gêmeos japoneses”, porque o que fizemos tinha servido de inspiração para ele. E que no bairro os jovens não estavam recebendo bons exemplos. Falamos a respeito com o Thiago, com vontade fazer algo, mas de pronto não sabíamos o que fazer.

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Thiago também tinha engajamento social? Thiago - Sim, mas como voluntário do projeto Teto, que constrói moradias em mutirão. Como se decidiram pelo hambúrguer? Erick - A gente se reuniu na casa do amigo Guilherme para fazer hambúrguer artesanal. Brincando ali, surgiu a ideia de distribuir hambúrgueres a crianças carentes, pois muitas talvez nunca tivessem experimentado. Em setembro de 2015, fizemos uma reunião e decidimos postar no Facebook, procurando 15


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ENTREVISTA

voluntários. Porém, foram inscritos 140 voluntários; acabaram indo 70, mas mudamos o foco para a instituição Peregrinos, no Cabuçu, que atende crianças no contraturno da escola. Ampliamos para a comunidade e foram atendidas 86 crianças.

Peregrinos é a ONG do músico Roberto Diamanso? Tácio - Isso mesmo. E dinheiro para isso tudo? Erick - Nessa primeira, fizemos uma vaquinha, mas tinha a opção “zero” e acabamos bancando boa parte do bolso, por inexperiência. Dali em diante, decidimos fazer um evento por mês e criamos uma taxa para o voluntário se inscrever, de 32 reais, que dá direito a um café da manhã reforçado e almoço. Precisa estar bem alimentado, porque, se bobear, a gente nem tem tempo pra comer durante o evento. Tácio - Se não tiver a taxa, a pessoa se inscreve, mas não assume a obrigação de ir…

Thiago - Assim, o voluntário fica fazendo parte do projeto, se envolvendo mais, ajuda com o tempo, com ideias e o número de faltas é muito menor. É um café da manhã animal, de hotel!

A organização continua apenas nas mãos de vocês ou ampliou? Thiago - Ampliou bastante. Temos umas vinte pessoas só de organização, participam de reuniões semanais. Erick - E tem os coordenadores, que distribuem tarefas no dia. Thiago - Essas pessoas chegam lá sabendo que cuidarão de atividades específicas. Cada uma delas será líder de voluntários que podem estar chegando pela primeira vez. Muitos desses coordenadores estão conosco desde a primeira edição. Vocês oficializaram a ONG? Erick - Sim. É a Associação Hamburgada do Bem. Erick Watanabe

Além do que os voluntários pagam, vocês recebem doações, patrocínios? Thiago - A taxa dos voluntários paga uns 70% de cada programa. Temos patrocinadores como a Heinz do catchup e maionese, a Suns Faróis, Flash Global Logística e Supermercados Nagumo e há outros em negociação. Importante terem conseguido a Heinz, hein!? Erick - Até fizemos uma edição para filhos de funcionários do grupo deles lá no interior de Goiás. Tácio - Pessoal que trabalha na roça lá. Em quais locais vocês fazem os eventos? Erick - Geralmente, em escolas municipais, porque já tem a estrutura, as mães já confiam de levar os filhos na escola. Quantas edições do evento já foram feitas? Thiago - Foram 34 (até 21 de novembro, quando foi feita a entrevista). Todas em Guarulhos? Erick - Muitas em Guarulhos, mas em vários outros lugares também. Até em outros estados. Estivemos na Rocinha, no Rio, em Goiânia (GO), na arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS). Fomos em 200 pessoas daqui para o Rio para essa ação na Rocinha. Cada um pagando a locomoção, de ônibus, de van; teve gente que foi de avião para ajudar. Thiago - Em Ribeirão Preto, já fizemos três edições. Para o Rio Grande, fomos em 80 pessoas, cada um pagando a própria passagem de avião para ir lá trabalhar de graça.

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Guarulhos, parabĂŠns pelos seus

457 ANOS! Temos orgulho de integrar esta cidade que se mantĂŠm em constante crescimento, colaborando para o desenvolvimento econĂ´mico e acreditando em todo o seu potencial.

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ENTREVISTA

Thiago Salles (Tico)

Qual é a atividade profissional de vocês? Thiago - Até há alguns meses, eu trabalhei por quatro anos na Truck Van. Mas a Hamburgada precisava contratar alguém e estava difícil achar uma pessoa com o perfil adequado, porque teria de ficar à disposição praticamente fulltime. Como eu gosto disso e vejo como uma missão, resolvi aceitar o desafio, mesmo ganhando muito menos. Tácio - Nós temos restaurante japonês delivery, o Sushi Lovers. Da família ou de vocês dois? Erick - De nós dois. E dá pra conciliar todas as tarefas? Erick - Organizando, dá. O restaurante tem uma boa equipe. E na Hamburgada, temos uma galera que abraça mesmo o projeto. Surgiram ações semelhantes, uns filhotes da Hamburgada? Erick - A gente até ajudou duas: a Hamburgada Feliz, da Fecap Social (faculdade), e a Sorriso de Batata, que já esteve na Globo e citaram a gente como inspiração. Nós também estivemos no programa “Estrelas”, da Angélica. Além dos alimentos, vocês agregaram outros serviços. Será sempre assim agora ou foi só uma vez? Erick - Essa foi a Hamburgada na Rua, que é uma variação que nós fizemos, incluindo corte de cabelo e banho para moradores de rua, em parceria com as ONGs Banho de Amor e o Barber Bus, um ônibus com quatro cadeiras de barbeiro, cabeleireiro. Foi embaixo do viaduto Cidade de Guarulhos. Thiago - Nosso sonho é ver todas as áreas carentes atendidas, não só crianças. Erick - O próximo braço será a Hamburgada no Hospital. Para começar, estamos fazendo um evento para arrecadar fundos para melhorar o Hospital da Criança de Guarulhos, que está com berços e cadeiras de acompanhantes muito ruins. A meta é faturar R$ 300 mil. O Madero doou todos os hambúrgueres para esse evento. Tácio - É bom deixar claro que, além do alimento, cada Hamburgada reúne outras atividades. Chega a ter quarenta: brincadeiras com personagens, formas

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lúdicas de ensinar. Vamos fazer no CEU Pimentas no dia 9 de dezembro, com quase cem atrações, como o Sorriso do Bem, que ensina a escovar os dentes de forma divertida, com dentistas voluntários; conseguimos doação de escovas, cremes dentais. Quando a revista sair, já terá acontecido. Prevemos 5 mil crianças e 3 mil voluntários. Erick - O pessoal da Globo achou engraçado o nosso Farol da Alimentação. Porque estamos entregando hambúrguer, mas ensinando que não é todo dia que se deve comer hambúrguer. Na brincadeira, tem um hambúrguer de borracha, que a criança tem de jogar no vermelho; no amarelo, deve jogar o que pode comer sempre, mas com atenção; e no verde, o que pode ser consumido todo dia, como os vegetais. A criança que acerta vai ganhando pontos, que ela troca numa lojinha, onde ela pode escolher o que prefere, diferente da maioria dos eventos, quando a pessoa carente ganha uma sacolinha sem direito de escolha. Thiago - Muitas crianças nem sabem o que são alguns alimentos, porque as famílias nunca tiveram a orientação de uma nutricionista. Lá ela fica sabendo que é preciso ter uma alimentação balanceada. 


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ENTREVISTA

Tácio Watanabe

Para participar, as crianças precisam fazer uma inscrição? Thiago - Sim. E no dia, tem de trazer, com a autorização do pai ou responsável, até para nosso controle. A criança recebe uma pulseirinha e quem a trouxe leva um canhoto para vir buscá-la depois. Só crianças participam das atividades? Erick - Geralmente, sim. A não ser em alguns casos, como na aldeia indígena do Jaraguá, onde todos participaram. Já fizemos duas vezes lá. Teve brincadeiras de criança que os índios adultos também quiseram fazer. Quais planos podem ser divulgados? Erick - Nosso sonho é implantar um local, onde as crianças fiquem no contraturno da escola, com atividades educacionais, culturais, esportivas e de lazer. Thiago - Seria como uma adoção das crianças. Seriam 25 por turno, 50 ao todo. Que elas iniciassem com 4 ou 5 anos de idade e fôssemos acompanhando até o fim da adolescência, para que quando saírem de lá estejam com a vida totalmente transformada, tendo aprendido inglês, informática… Que essas crianças saiam dali preparadas para transformar o mundo. Tácio - Temos milhares de voluntários cadastrados: 200 dentistas, médicos, professores de idiomas, de judô, de futebol, gente que quer fazer alguma coisa pelo próximo. Como fazer para ajudar a manter todo esse trabalho? Thiago - Criamos os Amigos da Hamburgada, uma forma de as pessoas contribuírem mensalmente, a partir de 5 reais. Ainda são muito poucos inscritos, mas achamos que vai ampliar, porque é um jeito de ajudar sem ser com o trabalho. Cada um doa o quanto puder. Quem preferir pode doar esporadicamente, por transferência bancária, boleto ou cartão de crédito. No site www.hamburgadadobem.com.br tem toda orientação. Vocês têm uma sede? Erick - Ainda não. Só um escritório para fazer reuniões que está sendo montado. Muita coisa fica na minha casa, mas não comporta mais. Se alguém quiser ceder um imóvel, será bemvindo, então… Thiago - Sem dúvida.

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Até agora, fim de novembro, quantas pessoas foram beneficiadas? Thiago - Tivemos já 6 mil voluntários e 18 mil pessoas atendidas. Algo que não perguntamos e seja importante dizer… Thiago - É preciso frisar a relação voluntário-criança. Ninguém sai dali como chegou. A criança se transforma e o voluntário também. Queremos que cada um seja um transformador da sociedade. A Hamburgada não é uma distribuição de hambúrguer, nem só brincadeiras. Receber carinho e atenção de uma pessoa que ela nem conhece gera nessa criança uma esperança. O voluntário sai dali com vontade de mudar o mundo, a começar pela própria casa. Nós achamos que isso tudo cria uma grande onda de transformação. Um voluntário nos disse em Ribeirão que, tendo estudado a vida toda, fazendo mestrado, nunca tinha se sentido tão útil, virando criança de novo por um dia. Erick - Quem sabe, muitos outros projetos nasçam a partir desse trabalho. O grande feito não é o dia, mas a mudança que isso faz em cada indivíduo. Recebemos mensagens de voluntários que estavam deprimidos e afirmam que ganharam um nova vida. 


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8 DE DEZEMBRO - DIA DA JUSTIÇA

Por: Valdir Carleto

Feliz a cidade que aniversaria no Dia da Justiça Não poderia haver mais feliz coincidência: Guarulhos comemora aniversário no Dia da Justiça. A razão da dupla comemoração é a mesma: a data é consagrada a Nossa Senhora da Conceição. Embora oficializado apenas em 1951, por meio do artigo 5º do Decreto de Lei nº 1.408, de 9 de agosto, o Dia da Justiça é celebrado desde 1940. É uma data importante não apenas para nós, operadores do Direito, mas para todos que buscam no cotidiano a prática da justiça, os que lutam para que a igualdade de direitos realmente prevaleça. Parabenizamos a todos os guarulhenses que constroem diariamente a pujança da cidade e, particularmente, aos que militam na área do Direito, pelo Dia da Justiça.

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8 DE DEZEMBRO - DIA DA JUSTIร A

A equipe da Carleto Editorial parabeniza os advogados e todos que militam pelas causas da Justiรงa



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CAPA Por: Tamiris Monteiro Foto: Rafael Almeida

Guarulhos e sua exuberante natureza Guarulhos não se destaca apenas por ser a segunda cidade mais populosa do Estado ou por abrigar o aeroporto mais movimentado da América Latina em número de passageiros transportados. O município também chama atenção quando o assunto são as áreas verdes espalhadas por sua extensão total de 318,67 km². O guarulhense pode até não perceber, mas, sim, por aqui existem muitos lugares em que a natureza é farta e abundante. Lugares, inclusive, que os moradores desconhecem, como o Morro Nhangussu (imagem que ilustra a capa), também conhecido como Morrão do Água Azul, justamente por encontrar-se no bairro Água Azul. Um lugar lindo, de fácil acesso e com visual de 360 graus para uma cadeia de serras. O Marundito Pico Pelado é outro desses lugares que provavelmente as pessoas nunca tenham ouvido falar. Para se ter ideia da importância do local, o “Pico Pelado”, pela importância que tem, foi tombado pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos para ser preservado como Sítio Geológico do Brasil e como Patrimônio Natural da Humanidade. 26

A título de curiosidade, o solo guarulhense encontra-se sob o domínio do Planalto Atlântico, onde estão presentes os seguintes tipos de relevos: várzeas, planícies aluviais, colinas, morros e serras. Sua área está inserida na Serra da Mantiqueira. Segundo especialistas, os ecossistemas da região proveem serviços de extrema importância para o equilíbrio da natureza, pois exercem função de corredor biológico para a rica biodiversidade da Cantareira. Os parques mais populares, como Bosque Maia e “Lago dos Patos”, também entraram para a lista de espaços verdes, assim como alguns outros que figuram como coadjuvantes, mas com beleza e infraestrutura capazes de receber visitantes, como o Parque Estadual Cantareira (Núcleo Cabuçu), o Horto Floestal, o Parque Júlio Fracalanza e o Parque JB Maciel. Enfim, as opções são inúmeras. Esperamos que depois de você, caro leitor, terminar de ler esta edição, não fique no marasmo ou sem opções de lazer, pois lugares para tirar uns minutinhos de descanso no meio da natureza não faltam. Aproveite! 



CAPA

Por: Tamiris Monteiro

Fazenda Off-Road 4x4 O lugar é bastante conhecido pela turma do Motocross e da corrida de montanha, por causa dos seus morros íngremes perfeitos para o treino das modalidades. Embora seja uma propriedade particular, o local fica aberto para o público e é mais um belíssimo ponto de belezas naturais e que proporciona uma vista bem ampla da cida28

Fotos: Felipe Jurcovich e Guarulhos Off Roaders

de. O local está muito próximo do supermercado Sonda da Vila Rio de Janeiro. Basta seguir pela avenida Benjamin Harris Hunnicutt, no sentido Cabuçu, e acessar a rua Brasilina Ignês Brancaleoni Trama. A rua parece um conglomerado de sítios e, logo na entrada, tem um bar onde a galera do Motocross se reúne aos fins de semana. 



CAPA

Zoológico Municipal O zoológico foi criado em 1981 e mantém cerca de 500 animais, de 100 diferentes espécies, priorizando a fauna nacional, com 91% de espécies nativas. O zoo participa de programas de conservação de espécies ameaçadas, realiza pesquisas científicas e atividades de educação para conservação. Os animais recebem cuidados constantes, tanto preventivos como curativos. A estrutura do zoo conta com 59 recintos de exposição, setor extra e quarentenário, que abrigam os animais residentes, os recém-chegados e em tratamento. Há no local clínica veterinária e área de manejo, com salas de atendimento, laboratório, sala de cirurgia, 30

Fotos: Márcio Lino e Sidnei Barros

área de internação e sala de necropsia, e também um setor de alimentação e biotério para produção de alimentos vivos. Para os amantes da fotografia, vale destacar que por ter uma área de mata e lagos, o lugar atrai muitas espécies de pássaros livres que podem ser observados e fotografados facilmente. A entrada para visitação não é cobrada. Não há lanchonete no local, mas há área de lazer com espaço para piquenique. Abre de terça a domingo, das 9h às 17h. Rua Dona Gloria Pagnoncelli, 344 Jardim Rosa de França | 2452-4558



CAPA

Centro de Educação Ambiental e Balneário Água Azul

Bairros da região vistos do alto do morro

Morro do Nhangussu É possível afirmar que o Morro do Nhangussu seja o cartão postal não oficial da cidade. Pouca gente conhece o lugar, que fica no bairro Água Azul. Considerado um mirante natural, o morro fica a 961 metros de altitude, fator que proporcio-

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Fotos: Rafael Almeida

na uma visão espetacular para quem se aventura a chegar até seu topo. O acesso até o Nhangussu é fácil, basta seguir de carro até a rua Monte Bianco e, de lá, partir a pé por aproximadamente 1 quilômetro em direção ao local. 



CAPA

Mirante do Continental Quem desce a rua Hane El Khouri, no Parque Continental II, perceberá que o lado direito tem uma das vistas mais amplas da cidade. Conhecido como “Mirante do Continental”, o local fica na frente da Churrascaria Mirante e, com frequência,

as pessoas param ali para observar o nascer ou o pôr do Sol. Há espaço para estacionar carros. Rua Hane El Khouri, altura do número 354, Parque Continental II

Mirante Pico Pelado O Marundito do Pico Pelado é um sítio que integra o Geoparque Ciclo do Ouro Guarulhos e tem elevado reconhecimento geológico para a cidade. Marundito é uma rocha metamórfica bastante rara no Brasil e sua gênese está associada à formação do ouro. Para quem não sabe, no passado Guarulhos teve um longo ciclo de exploração do minério. O Marundito do Pico Pelado está situado no bairro 34

Fotos: Rafael Almeida

Fotos: Divulgação

do Cabuçu e é acessível por meio de trilha. Para chegar ao local, é preciso pegar a estrada do Cabuçu. De acordo com a descrição do internauta Jorge Soto, o mais recomendado é estacionar ao lado da Igreja Bom Jesus da Cabeça e seguir por estrada de terra rumo à rua Hansheitelhohl. Na sequência, devese procurar pelo “Sítio do Banco – Jacutinga”. Desse ponto já é possível avistar o topo do Pico Pelado. 



CAPA

Horto Florestal Reserva Biológica Burle Marx Foto: Fabio Nunes

Inaugurado em 1977, o Horto Florestal de Guarulhos foi criado com a missão de fornecer mudas de árvores e forrações para as praças, parques e canteiros das avenidas da cidade. É o local de onde são extraídas as centenas de mudas de árvores e flores que se vê em Guarulhos. No local, também funciona uma mini-usina de compostagem (fabricação de adubo a partir de lixo orgânico), além de um Centro de Educação Ambiental.

Parque Adriana

O Horto ficou quatro anos fechado e reabriu em março deste ano. Durante os passeios ecológicos, as crianças conhecem o processo de crescimento de uma árvore. As visitas devem ser agendadas. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Estrada do Morro Grande, s/n° - Água Azul 2441-4696

Foto: Márcio Lino

No espaço há quadras de areia; espaço para capoeira, parquinhos, mesas e bancos, equipamentos de ginástica, pista para caminhada e área de mata. Há ainda a previsão de ampliação do parque

com a instalação de pista de skate, trilhas na mata e brinquedos. Rua João Gomes, s/nº - Jd. Adriana



CAPA

Parque Júlio Fracalanza Localizado na Vila Augusta, o espaço foi entregue à população revitalizado em 2012. Após a reforma, o parque recebeu novo paisagismo, uma estação para a prática de alongamento, biblioteca especializada em sustentabilidade e uma academia popular. Além disso, tem sanitários, parquinhos, feira de artesanato, mesas e bancos e mesas de pingue-pongue. No parque tam-

bém está instalada a Cidade Mirim Ayrton Senna, espaço voltado a educação e simulações de trânsito, para que as crianças aprendam a sinalização e educação ao volante ou como pedestres. Funciona diariamente, das 6h às 19h. Rua Joaquim Miranda, 471, Vila Augusta

Parque Chico Mendes Um pouco mais afastado da região central, o Parque Chico Mendes é uma das mais importantes áreas verdes da região dos Pimentas. O nome “Chico Mendes” é uma homenagem ao acreano Francisco Alves Mendes Filho, ativista político e ambientalista que lutou a favor dos seringueiros da Bacia Amazônica. Seu ativismo lhe trouxe reconhecimento internacional, ao mesmo tempo em que provocou a ira de poderosos fazendeiros da região. No espaço, 38

Fotos: Sidnei Barros e divulgação

Fotos: Márcio Lino e divulgação

os visitantes podem usufruir de quadra de esportes, campo de futebol, pista de skate, parquinho, mesas e bancos, quiosques, trilhas na mata e espaço para fabricação de adubo orgânico (compostagem). O parque também abriga um Centro de Educação Ambiental. Funciona diariamente, das 6h às 20h. Av. José Miguel Ackel, 1.100 - V. Isabel (região dos Pimentas) 2475-9861


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CAPA

Parque Bom Clima / JB Maciel Inaugurado em 2005, o Parque JB Maciel tem esse nome em homenagem ao repórter fotográfico Jorge Balsalobre Maciel, que assinava como JB Maciel e atuou por vários anos na imprensa guarulhense. O parque ocupa uma área de 33 mil metros² e conta com pista para caminhada, parque infantil, mesa de jogos, arena para pequenos eventos, mesas e bancos, pergolado, mirante, bebedou-

ro, equipamentos de ginástica e sanitários. Uma referência no parque é a palavra “Guarulhos” colocada no meio do gramado, que pode ser observada também do espaço aéreo. Funciona diariamente, das 6h às 20h. Av. Tiradentes, s/nº ou avenida João Bernardo Medeiros, ao lado da Prefeitura - Bom Clima

Parque Vilanova Artigas Localizado na região do Cecap, o parque foi entregue à população no ano de 2014. O local possui área total de 52,5 mil m², além de 3 mil árvores de diversas espécies, como pau-brasil e as frutíferas pitanga e uvaia. Na área existe pista de caminhada, lago, academia popular infantil e para a 3ª idade, mesas com banquetas, bancos de ma40

Fotos: Sidnei Barros e SH Drone

Fotos: Rafael Almeida

deira reutilizada, pequenas pracinhas de convívio e descanso, mini-quadra de areia, jardins com plantas ornamentais e ampla área gramada. Fica aberto diariamente. Entre a Rua Geraldo Alves Celestino e av. Odair Santaneli – Parque Cecap


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CAPA

Parque do Jardim City / Jardim Las Vegas Crianças brincando no parquinho, pessoas passeando com seus cachorros, amigos fazendo uma partida de futebol, senhoras e senhores se exercitando ao ar livre e a turma do skate mandando ver na pista. Essas são algumas cenas diárias de que quem passa pelo Parque do Jardim City/Las Vegas. Oferece ótima infraestrutura e tem opções de

Fotos: Rafael Almeida

lazer para todas as idades. O lugar também abriga a casa do primeiro Centro de Educação Ambiental de Guarulhos, que serviu de referência para a inauguração de outros quatro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Avenida Prefeito Rinaldo Poli, s/n° - Jd. City 2458-1666

Fotos: Rafael Almeida

Parque José Hettefleis (C asa do Atleta) Na década de 1990, o Parque Municipal José Hettefleis abrigava o alojamento de atletas da cidade e por lá moraram atletas olímpicos como o Sérginho do vôlei e Wilson David do atletismo. Quando foi desativada, a casa que abrigava os homens foi demolida; os prédios do alojamento feminino e o refeitório continuaram de pé, mas sem uso. Hoje o es-

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paço é uma opção de lazer com pista de caminhada, parquinho, pingue-pongue e aparelhos de ginástica. Moradores da região queixam-se do estado de abandono do local e pedem mais segurança. Funcionamento diariamente, das 7h às 19h. Rua Rosali, 2, Torres Tibagy



CAPA

Bosque Maia Considerado o pulmão da cidade, o Recanto Municipal da Árvore, popularmente conhecido como Bosque Maia, é uma reserva de Mata Atlântica dentro da cidade e é o maior parque urbano de Guarulhos, com mais de 3 quilômetros de pista para cooper e caminhada, trilhas na mata, quadras de esporte, campo de areia e praça de eventos. Com área aproximada de 170 mil metros quadrados, o espaço é tão importante para o município que fez com que fosse tombado como patrimônio público municipal pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Arquitetônico e Paisagístico de Guarulhos, no ano 2000. Para garantir a biodiversidade e acolher a flora resgatada das obras do trecho Norte do Rodoanel, em 2014, o Bosque Maia recebeu o Orquidário Público. No 44

Fotos: Márcio Lino e SH Drone

local, os visitantes podem ver cerca de 300 espécies de orquídeas que variam entre nativas, híbridas e exóticas. O orquidário possui área de aproximadamente 890 m². Por contar com quadras, pista de skate e pista de corrida, o parque é reduto para os apaixonados por esporte. Todos os dias centenas de pessoas vão até o local para praticar algum tipo de atividade. Na parte de fora, carrinhos de cachorro-quente, churrasco, água de coco, churros, entre outros, também são bastante procurados pela população que transita por ali. Funciona diariamente, das 6h às 22h. Avenida Paulo Faccini, s/n° ou avenida Papa João XXIII, Jardim Maia


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CAPA

Lago de Vila Galvão (Lago dos Patos)

Fotos: Márcio Lino e SH Drone

Assim como o Bosque Maia, o Lago dos Patos é outro ponto da cidade bastante conhecido pelos guarulhenses. Embora a natureza local não seja tão vasta, a área é uma ótima opção para quem gosta de fazer caminhadas e corridas. Para as famílias, além da opção de aproveitar o espaço para brincar e andar de bicicleta, ainda é possível fazer um passeio de pedalinho pelo lago. Há também parque infantil, mesas e bancos e o Centro de Exposições de Arte Prof. José Ismael. Ao redor de todo o lago se concentram carros e ambulantes que vendem alimentos, como cachorro-quente, água de coco, açaí, pastel, churros etc. Ao lado, está o estádio Cícero Miranda. Rua Francisco Vasconcelos, s/n° - V. Galvão

Dica de leitura Alguns dos lugares citados nesta matéria e muitos outros, inclusive alguns que não estão relacionados aos espaços verdes da cidade, podem ser encontrados no guia de bolso “100 lugares para conhecer em Guarulhos”. Elaborado pelo professor e turismólogo Danilo Duarte Ramalho, diretor executivo do GRU Convention, o objetivo do guia é fazer com que o guarulhense conheça mais a cidade em que vive. O guia tem 164 páginas e é dividido por categorias: arquitetura, artistas e coletivos de arte, compras, espaços culturais, esporte e recreação, eventos, experiências, gastronomia e áreas verdes. O guia é vendido a R$ 35 nas principais bancas e livrarias de Guarulhos. Pode ser solicitado também pela fanpage oficial “/GRU100lugares”. 

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COLÔNIA DE FÉRIAS

Sindiquímicos

CLUBE DE CAMPO

Neste ano, a nossa tarefa foi árdua, pois fomos convocados a lutar. E estamos fazendo a nossa parte lutando pela qualidade de vida da família química. Os governantes precisam ter mais união para entregar o que prometeram para a população. Parabéns Guarulhos pelos 457 anos. Temos muito orgulho de fazer parte dessa grande e acolhedora cidade. Sindiquímicos Guarulhos

SEDE

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Sede: Rua Francisco de Paula Santana, 123 - Macedo - Guarulhos/SP


CAPA

Por: Valdir Carleto (texto e fotos)

Ouro, escravos e um patrimônio a ser preservado No feriado de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, participei, com mais de 50 pessoas, de uma visita guiada ao trecho de Guarulhos conhecido como ciclo do ouro, no qual se insere também a lendária casa da Candinha, situada em uma fazenda onde teria havido mão de obra escrava. A atividade foi promovida pela Subsecretaria da Igualdade Racial, que faz parte da Secretaria Municipal de Assuntos Difusos, comandada pelo vereador licenciado Lamé Smeili. Os participantes foram levados em dois ônibus. O subsecretário Anderson da Silva Guimarães disse que há evidências de relação entre a mineração aurífera e a mão de obra escrava, mas enfatizou que os negros eram escravizados não pelo aspecto da força física, como é hábito lhes atribuir, mas pelas técnicas que dominavam para a extração mineral. Na primeira parada, no bairro da Capelinha, proximidades da fábrica da Ambev (Skol), na região de Bonsucesso, os participantes conheceram o ribeirão das Lavras, às margens do qual era feito o garimpo de ouro pelo sistema de lavagem. Os professores Elton Soares de Oliveira e Daniel Carlos de Campos ensinaram que, em 1589, mais de cem anos antes de bandeirantes encontrarem ouro em Minas Gerais, o desbravador português Afonso Sardinha deu início ao ciclo do ouro em Guarulhos. Ele descobriu minas na Serra de Jaguamimbaba, atual serra do Itaberaba, que fica no território guarulhense. Depois, já no início do século 17, foram encontradas outras minas, próximas ao principal rio 48

de Guarulhos, o Baquirivu-Guaçu. A cidade teve pelo menos seis garimpos: bairro das Lavras, Catas Velhas, Campo dos Ouros, Bananal, Tanque Grande e Lavras Velhas do Geraldo – nome dado em referência ao bandeirante que o explorou. Elton disse que a extração do ouro foi responsável pelo primeiro movimento de expansão urbana da cidade, mas que, no final do século 17, a atividade entrou em declínio por conta da descoberta de metais preciosos em Minas Gerais. Foram mostradas estruturas remanescentes de antigos garimpos, como dutos de pedra para canalizar a água. O acesso para esses locais é difícil e algumas estruturas estão em áreas particulares. Os professores explicaram o processo para garimpar o ouro e como era aplicada a experiência dos indígenas para levar o valioso metal até o porto de Santos. 



CAPA Parede em taipa de pilão

Oratório, com as portas abertas

Casa da Candinha, patrimônio cultural e arquitetônico Na sequência, todos foram para a fazenda Bananal, conhecer a casa da Candinha. Segundo a AAPAH (Associação de Apoio ao Patrimônio Artístico e Histórico), é um dos poucos remanescentes da arquitetura colonial na região metropolitana de São Paulo. Foi construída entre os anos de 1800 e 1850, com grossas paredes em taipa de pilão e taipa de mão. Cogita-se que ali tenham vivido escravos. A casa está em ruínas. Tanto a estrutura quanto as guarnições de madeira estão infestadas por cupins. O oratório, que ocupa boa parte da parede de um dos cômodos está razoavelmente bem conservado. Só não está ainda mais deteriorada porque há alguns anos se recorreu a um artifício que causou polêmica na época: para proteger a casa das intempéries, foi construído um teto sobre estrutura metálica, após a área ser desapropriada pela Prefeitura. Elton e Daniel falaram separadamente a pequenos grupos, que puderam percorrer os ambientes internos da casa. Segundo eles, a cogitação mais viável é que os escravos que atendiam a família na moradia habitavam o porão, o qual também foi visitado. O escuro e úmido ambiente serve de morada a inúmeros morcegos. A casa da Candinha ainda não está aberta a visi-

tação. Aguarda-se a possibilidade de um projeto cultural enquadrado na Lei Rouanet para a obtenção de recursos que custeiem a recuperação do imóvel, mantendo suas características arquitetônicas.

Cidade pode ter um Geoparque Está sendo estudada a criação do Geoparque Ciclo do Ouro no Município de Guarulhos. Um Geoparque é uma área reconhecida pela Unesco por ter patrimônios geológicos, arqueológicos, culturais, ambientais e históricos de grande relevância. Com uma área total de 16.900 hectares, o projeto abrange integralmente os bairros do Cabuçu de Cima, Tanque Grande, Capelinha, Água Azul, Mato das Cobras e Morro Grande e, parcialmente, os bairros do Cabuçu, Invernada, Bananal, Fortaleza, São João, das Lavras, Bonsucesso e Sadokim. O projeto já foi encaminhado para o Serviço 50

Geológico Brasileiro que o incluiu na proposta brasileira, aguardando o envio à Unesco para ser analisado e oficializado como um Geoparque. Apesar disso, o Geoparque Ciclo do Ouro já foi reconhecido por decreto municipal. “Isso significa que o poder executivo do município reconheceu a relevância do projeto, mas isso não resultou em verbas ou ações na área. Neste ano, vamos tentar fazer com que ele seja reconhecido na Câmara Municipal de Guarulhos e vire lei, o que significaria mais respaldo e credibilidade”, afirma Campos. 



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LITERATURA

Guarulhos, uma terra de grandes escritores O Espaço Novo Mundo, localizado na Livraria Nobel, no Jardim Maia, estava lotado na noite chuvosa do dia 4 de novembro. Nos rostos dos presentes, ansiedade embolada em um misto de expectativa e alegria. Os convidados aguardavam o resultado do Prêmio Guarulhos de Literatura (PGL), honraria inédita na cidade, que laureou obras de escritores guarulhenses até então desconhecidas pela própria população local. O evento começou em maio por iniciativa do também escritor Auriel Filho, de 47 anos. Com cinco obras publicadas, o autor percebeu a falta de uma premiação que pudesse mostrar que a cidade de Guarulhos é uma casa com grandes escritores e tem capacidade para tornar-se um polo literário. Segundo Auriel, foram 53 livros inscritos, os quais passaram pelo crivo de um júri composto por 20 jurados técnicos (escritores e críticos literários) e 20 leitores escolhidos por meio de uma curadoria promovida na internet. Surpresa foram os diversos bairros que guardam os autores da cidade. De centro a periferia, não há um lugar que não tenha um escritor escondido. “Se inscreveram autores que moram no Pimentas, São João, Inocoop, Cocaia, Centro, Vila Rio de Janeiro etc. O prêmio trouxe à tona uma literatura que estava sendo feita, mas que não tinha visibilidade na cidade”, comenta. As categorias e seus respectivos prêmios foram: 54

Por: Jônatas Ferreira

Fotos: arquivo pessoal e divulgação

Escritor Revelação, R$ 1 mil; Escritor do Ano, R$ 1,5 mil; Livro do Ano, R$ 2 mil e Livro de Poesia, R$ 1,5 mil. Os livros inscritos no Prêmio foram doados para a Cristolândia, que desenvolve ações sociais com dependentes químicos e menores infratores, entre outras ações humanitárias. Para o idealizador, uma característica importante do PGL foi a de não fazer distinção em relação aos gêneros literários. Foram inscritos desde romance até livro acadêmico. Segundo revelado à Revista Guarulhos, uma segunda edição do evento já está sendo programada para 2018, com a inclusão de novas categorias, como Matéria Jornalística e Jovem Escritor. “O prêmio atingiu e ultrapassou as minhas expectativas. O que desejo é que a literatura da nossa cidade ganhe voos mais altos”, pontua. Essa primeira edição custou cerca de R$ 18 mil, oriundos da iniciativa privada. “Procurei no início apoio público, mas devido ao momento delicado pelo qual Guarulhos passava, resolvi fazer o trabalho sozinho”. Auriel agradeceu o apoio incondicional de Vera Novo, do Espaço Novo Mundo, bem como dos patrocinadores que fizeram o evento acontecer: Colégio Marconi e Cantinho da Alegria, Sky City Turismo, Livraria Nobel, Centro Britânico, JK Seguros, Adolfo Noronha, Golden Fest Buffet e do Restaurante La Pergolleta.



LITERATURA

#Livro do Ano

#Escritor Revelação

“O informante, uma história sem heróis”, do delegado de polícia Alexandre Gargano Cavalheiro, atualmente no 9º DP de Guarulhos, no Taboão, levou o prêmio de livro do ano. O autor baseou-se nas experiências vividas nos 28 anos de carreira, dos quais, 10 foram no Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). A história é de um rapaz da periferia que acaba por conhecer a cocaína, enquanto trabalha na boca do lixo, capital de São Paulo. A obra também mostra como chefes do tráfico tentam abocanhar a melhor fatia de um mercado sombrio e sórdido, tendo como cenário de fundo a cidade de São Paulo.

Um conjunto de reportagens-perfis, que relatam histórias de mulheres marcadas por dramas sociais, raciais e morais. Em “Mulheres Extraordinárias”, a jornalista Karla Maria traz à tona personagens achadas em lugares distantes e sem importância para o mundo. Com visão jornalística e sensibilidade feminina, a autora mostra relatos de lutas, superações, denúncias de maus-tratos, preconceitos e desespero. O trabalho é resultado de 15 anos de profissão, percorrendo os rincões do país, tendo olhar voltado para aquilo que a TV não viu, não cobriu. A obra conta com ilustrações de Rebeca Souza Venturini.

#Escritor do Ano

#Livro de Poesia

César Magalhães tem oito obras: “Passagem” (1985, poemas e crônicas), “Contrastes” (1987, poemas), “Canto bélico” (1994, poemas), “Bolha de sabão” (1998, infantil), “Ciclo da Lua” (1999, poemas), “Três acordes” (2003, infantil), “Folhas Soltas Poesia Incidental” (2006, poesia), “Verso em voz” (2013, antologia sonora) e “Dicionírico: prosa, poesia & riso (de A a Z)”, este último que levou o autor para a categoria Escritor do Ano. Organizado em forma de dicionário, César arrisca -se em diversos gêneros: contos, sketches teatrais e poemas, comentando sobre arte, política, filosofia, religião, vida cotidiana e a própria literatura. 56

Em “Instruções para lavar a alma”, segundo livro da poetisa e escritora Clara Baccarin, a autora traz 130 páginas de experiências e aprendizados adquiridos durante seus dois anos de idas e vindas à Hungria. São abordados temas como a criação poética, o amor, a agonia dilacerante da solidão e a “leveza” existencial. Clara é do interior de São Paulo, formada em Letras pela UNESP (Araraquara), universidade na qual também recebeu o título de Mestre em Estudos Literários (2008). Depois foi conhecer o mundo. Morou na Austrália, Chile e Hungria.



PERFIL

Monja Coen

Do despertar à vida monástica Por: Tamiris Monteiro | Fotos: Divulgação

Em 29 de outubro, a monja Coen esteve na Livraria da Vila, do Parque Shopping Maia, para o lançamento do seu 7º livro: “O Sofrimento é opcional - Como o Zen Budismo pode ajudar a lidar com a depressão”. Nascida em São Paulo, em 1947, Cláudia Dias Baptista de Souza, hoje popularmente conhecida como monja Coen, é uma mulher de muitas histórias para contar. Quem a vê sempre tranquila e compartilhando mensagens de reflexão em seus vídeos na internet, nem imagina que ela casou-se aos 14 anos, foi mãe aos 17, trabalhou como jornalista, foi roadie de David Bowie e Alice Cooper, foi presa ao vender ácido no estrangeiro e até tentou suicídio antes de encontrar seu caminho no Zen Budismo e entender que queria entregar-se à vida monástica.

A virada

Coen é jornalista e, aos 19 anos, trabalhava no Jornal da Tarde, vespertino que circulava na Capital. “Eu entrevistava muitas pessoas. Estava em contato direto com pessoas de classes diferentes, necessidades diferentes e isso era muito impac58

Na ocasião, Coen conversou com a repórter que voz escreve e, além de falar sobre a obra lançada, contou passagens da sua vida antes de tornar-se monja e sobre sua jornada espiritual dentro do budismo.

tante para mim. Daí começaram a surgir os questionamentos: O que estou fazendo? Para que serve a vida? Será que posso fazer alguma coisa para mudar tantas diferenças? Os questionamentos foram surgindo e uma das matérias que fiz era sobre sociedades alternativas”, conta ela. Depois de uma temporada em Londres para perfeiçoar o inglês, ela retornou ao Brasil, deixou o jornalismo de lado para dar aulas do idioma e aproximou-se dos primos que eram integrantes da banda Os Mutantes. “Sempre ia assistir as apresentações da banda. Estava divorciada e, num desses shows, encontrei um norte-americano com o qual me casei. Fui morar na Flórida com ele e enrolei muitos cabos nos palcos de rock and roll. Foi uma época muito interessante”, relembra. Ainda nos Estados Unidos, na Califórnia, Coen dava início

aos primeiros passos dentro da filosofia budista. “Na Califórnia tinham grupos que reciclavam e reaproveitavam materiais para fazer plantações sustentáveis. Isso há 50 anos. Foi nesse período que comecei a me interessar pelo Zen e fui procurar um lugar em que eu pudesse evoluir. Quando comecei a fazer práticas meditativas de forma sistemática, no Zen Center of Los Angeles, pensei: bom, é isso aqui. Descobri o que quero da minha vida. Pedi ao meu professor para ser monja e ele respondeu: ‘você vem de uma família católica, não sabe o que é o budismo, como você vai ser monja?’. Rebati: eu aprendo! Durante três anos larguei tudo o que eu fazia, fui morar na comunidade e fui aprendendo. Em 14 de janeiro fui ordenada monja e, em outubro, pedi para ir para o Japão, num mosteiro feminino. Lá fiquei por 12 anos”, conta.


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PERFIL

Experiência na Federação das Seitas Budistas do Brasil Em 1997, tornou-se a primeira mulher e primeira pessoa de origem não japonesa a assumir a Presidência da Federação das Seitas Budistas do Brasil, por um ano. “Quando retornei ao Brasil, depois da temporada no mosteiro feminino, fui trabalhar no Centro da Colônia Japonesa, que fica no bairro da Liberdade. O monge que era o responsável por lá estava indo embora e não tinha quem assumisse. A

minha ideia era fazer um centro de prática para brasileiros. Mas esse templo me chamou e pediu que eu os ajudasse. Conversei com meu professor no Japão e ele disse que era para eu assumir, ainda que interinamente. No ano seguinte, a Federação se reuniu e decidiu que eu seria a presidenta. Porque meu superior veio ao Brasil e disse que eu era a responsável. Com a chegada de outro monge, deixei o cargo”.

Livro: “O Sofrimento é opcional” Para Coen, não existe ninguém que, ao longo da vida, não tenha passado por alguma experiência de depressão, em algum nível. “Eu mesma já atravessei vários momentos difíceis. E nem sempre soube que o que sentia e fazia era devido a um estado de depressão. Incomoda, perturba, dói. Mas sofrer é opcional”, ressalta. A escolha do tema, conta a monja, aconteceu depois de um pedido. “O tema surgiu por causa da Ana Landi, que tinha feito um livro com o Heródoto Barbeiro, chamado “Budismo”. Para ilustrar, fotografaram várias imagens dentro do meu templo. Quando fui ao lançamento do livro deles, Ana me perguntou: monja, a senhora não quer escrever um livro para nós? Eu falei: Pode ser, vamos pensar. Ela me perguntou se eu não queria escrever sobre depressão. Fui pesquisar melhor, li muitos livros sobre depressão, falei com a minha filha que é psicóloga, com um aluno do Rio Grande do Sul que é psiquiatra e aí 60

percebi que era algo muito maior do que aquilo que eu imaginava. Entendi que é uma doença, grave, séria, mas que pode ser tratada. No meio disso, também entendi que o Zen Budista pode ser usado como um dos elementos nesse processo de cura”, explica. De acordo com Coen, o Zen Budismo ensina a atravessar o oceano do nascimento, da doença, da velhice e da morte “no tranquilo barco da sabedoria perfeita”. Em cinco capítulos, a autora escreve sobre Buda e a de-

pressão, sobre “as quatro nobres verdades”, sobre como superar a depressão, sobre os oito aprendizados de uma grande pessoa e dá sugestões “Zen para viver bem”. A monja conta também como vivenciou a doença. “Quando me pediram para escrever pensei que fosse uma tarefa fácil. Entretanto, pouco conhecia sobre a depressão e tive de me debruçar sobre livros e escrever algo que pudesse ajudar todas as pessoas que procuram um caminho de libertação”, diz.


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PERFIL

A internet e a proximidade com as pessoas Coen tornou-se bastante popular principalmente por causa dos seus vídeos na internet. A monja mostra toda sua desenvoltura como líder espiritual e jornalista em vídeos postados no canal do Youtube chamado Mova. “O canal começou de forma despretensiosa. Minha neta é casada com um dos sócios do Mova e, quando estava grávida, decidiu que teria o bebê por parto humanizado. Ela escolheu o templo para o nascimento da criança, porque o banheiro de lá é um pouco maior, tem banheira e ela queria que o bebê nascesse na água.

Depois, ela e o esposo ficaram um mês morando comigo. E, durante esse mês, ele descia para assistir minhas palestras e perguntou se podia gravar e colocar no Youtube. Eu disse que podia. Os vídeos começaram a ter muitas visualizações e, de repente, o que eu falava e ensinava há 20 anos começou a ter uma grande visibilidade. Os internautas começaram a me parar na rua para agradecer. E eu fico feliz, porque é gostoso saber que os ensinamentos de Buda, que eu transmito com muito amor, têm ajudado as pessoas”.

Templo Em São Paulo, mais precisamente na rua Desembargador Paulo Passaláqua, no Pacaembu, Coen mantém o templo TenzuiZenji. Mesmo endereço onde passou a infância e a juventude. Por lá, a monja tem a companhia diária dos alunos e de seus vários cachorros. “O templo é uma escola e um lugar de prática. Temos aulas de meditação para iniciantes, aos sábados às 18h e domingos às 11h. Também tem palestras uma vez por mês e cursos de introdução ao Zen Budismo”.  62



ESPECIAL

Por: Jônatas Ferreira | Fotos: Rafael Almeida

Presos mostram que é possível recomeçar Quando chegamos à Penitenciária II Desembargador Adriano Marrey, na Várzea do Palácio, às margens da Dutra, na manhã fria de 7 de novembro, por volta das 9h30, um clima de tensão e tristeza recepcionou a equipe da Revista Guarulhos. A fila para visita não era tão grande, mas a angústia dos que nela aguardavam podia ser notada e até sentida de longe. Os visitantes traziam sacolas e mais sacolas. Em sua grande maioria, com alimentos e produtos de higiene em potes transparentes que passariam por revista. Do lado de fora, presos faziam o serviço de limpeza. Mesmo com autorização judicial e prévio aviso de pauta à direção da unidade prisional, não foi dada moleza à Reportagem. Passamos por revista, tanto dos equipamentos que carregávamos quanto a corporal. Na primeira vez em que passei pelo detector de metais, ele apitou. Tive de voltar e colocar o cinto na esteira do raio-x. Apesar de estar ciente dos processos para entrada e de ser recebido pelo agente penitenciário que conduziria a equipe, a rigidez contribuiu para aumentar a inquietação. A penitenciária foi construída em 1998 e suas paredes revelam esse tempo. A unidade prisional tem capacidade para 1.268 presos, no entanto, o número de reclusos é de 1.628, conforme dados divulgados pela própria Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), no dia 9 de novembro, dia em que foi feita a consulta.

Por questões de segurança, não pudemos fotografar algumas áreas da penitenciária, mas, a sensação é literalmente de estar atrás das grades, até para nós, visitantes. Por exemplo, mesmo estando com um agente penitenciário, devemos esperar o segurança que cuida de determinada área abrir o portão para, então, entrar. Ao ter acesso ao anexo que leva para o corredor do Núcleo de Educação, um som chamou a atenção. De longe, era possível ouvir os murmúrios, que não demoraram a se transformar numa bela canção norte-americana muito conhecida: “Amazing Grace”. Entoada pelos presos no primeiro ensaio de uma nova série de canções que o coral da penitenciária apresentaria, o misto de vozes masculinas trouxe uma sensação diferente daquela sentida na entrada da unidade prisional. O grupo de cantores faz parte de um projeto de ressocialização promovido pelos próprios funcionários da casa. Além do coral, há grupo de teatro e de dança, sarau, acústico e oficina de crochê – este último desenvolvido pelo conceituado artesão e estilista pernambucano Gustavo Silvestre, que já tem um desfile a ser apresentado na Pinacoteca de São Paulo com os trabalhos feitos pelos presos. Para conversar com a RG, quatro detentos foram escolhidos pela coordenação dos trabalhos. Ailton Celio Zancheta, de 47 anos, recluso há quase dois



ESPECIAL

anos e que participa das oficinas de acústico, teatro e coral há um ano e cinco meses. Zancheta se sente à vontade com a música. Ele, compositor, conta que tocava e cantava na igreja, e quase teve seu projeto apoiado por cantores famosos da música gospel. “O crime trouxe desvalorização do meu ser, dos meus dons. Foi dissabor. Eu consegui enxergar nas oficinas uma luz no fim do túnel. Eu sei que eu tenho valores, e se eles forem potencializados, vou mostrar que é possível mudar. Quando eu estiver lá fora eu quero poder ajudar as pessoas a deixarem o crime, assim como eu fui ajudado”, conta emocionado. Para Zancheta, estar envolvido com a arte mostrou vida na morte. “A arte trouxe a reflexão se vale mesmo a pena estar aqui”. Sua pena é de seis anos. Apesar de ficarem ansiosos, os presos que participam dos projetos de ressocialização não têm uma programação exata de quando “descerão” para os trabalhos. Quando estão nas salas da ala do núcleo de educação, ficam cerca de duas horas e ali aproveitam o máximo que podem. Isso pode acontecer duas vezes ao dia ou nenhuma. Tudo vai depender de todo um contexto que envolve as rotinas diárias da penitenciária e outras oficinas que também são desenvolvidas por universidades, ONG’s, instituições de ensino e religiosas. Segundo eles, quando os trabalhos estão próximos de serem apresentados, os ensaios tornam-se mais intensos. Outro que participa dos trabalhos é Marcos Ricardo da Silva, de 40 anos. Foi condenado a dez anos e está na penitenciária há três. Desde então participa dos grupos de ressocialização. Envolvido com grupo de acústico, tem o violão como seu grande aliado. Com o instrumento, além de tocar na cela, também ajuda nas terapias de presos com problemas psiquiátricos por meio das melodias. Durante o tempo em que permaneci na sala com os reclusos, Marcos dedilhou o violão sem ninguém pedir. Sua música serviu como pano de fundo para a conversa. “É terapia para a alma”, disse, enquanto tocava. Atila Douglas da Silva, de 36 anos, foi condenado a nove anos. Está na cadeia há um ano e quatro meses e começou a participar dos projetos pouco tempo depois de entrar na penitenciária. Para ele, estar no teatro, no coral e sarau representa uma terapia, uma fuga das conversas e do ambiente pesado no raio – local onde ficam as celas.

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O quarto integrante do grupo que conversou com a RG foi Gabriel Martins Mendes, de 26 anos. Há três anos e três meses na prisão, descobriu os projetos de ressocialização há 2 anos e 11 meses. Martins já participou dos grupos de dança, alcoólicos anônimos e o teatro, paixão descoberta pelos responsáveis do projeto. “Eu participo para poder mostrar minha boa conduta, mostrar que estou me reerguendo. Quero sair daqui com alguma coisa que eu possa usar lá fora, que é o teatro. Eu nunca fiz e nunca tive vontade de fazer teatro, mas me descobriram e eu me sinto realizado”, comentou Gabriel, que recentemente também começou no crochê. Durante a conversa, Gabriel relatou situações em que sofreu bullying por causa de encenações no teatro, ocasiões onde ele interpretou mulheres. O momento foi oportuno para o agente penitenciário de segurança Igor Rocha, de 58 anos, responsável pelos projetos e quem nos acompanhou durante a visita, trocar uma ideia com o preso e mostrar que o fato dele não ter se incomodado com as chacotas e ter continuado atuando, mostra que ele é um verdadeiro artista e está no caminho certo para a mudança. Rocha também trouxe reflexões para os presos em outros momentos da entrevista. Desde o princípio, a pauta tratou dos projetos que são desenvolvidos para reinserção dos presos à sociedade. Portanto, não perguntei, em nenhum momento, sobre os motivos que os levaram até ali.


Parabéns, Guarulhos!

Desejamos contínuo crescimento e conquistas para a cidade e sua população. 8 de dezembro – Aniversário de Guarulhos


ESPECIAL

A arte traz liberdade Desenvolver essas oficinas nos corredores de uma unidade prisional não é tarefa tão simples. Conversamos com o agente Igor Rocha. Ele foi o responsável por implementar os trabalhos internos que têm a arte como princípio para a ressocialização. “Ninguém acreditava em nós. Eu tive que ralar muito para conseguir colocar esse projeto em prática. Ainda bem que encontrei pessoas que me apoiaram. Antes de começar uma ação como essa, a população penitenciária precisa aceitar. A sociedade, os funcionários e a direção também precisam aceitar. É bem complicado. Por exemplo, muitos reclusos não participam por estarem perto de funcionários. Os presos criaram uma imagem dos colaboradores como sendo integrantes da polícia”, explica. O primeiro projeto foi o de teatro. O grupo “Do Lado de Cá” foi criado há sete anos. E, desde então, trabalha com temas que trazem reflexões aos sentenciados, dando a eles uma forma nova de se pensar e uma oportunidade de mudança, além de humanizá -los e prepará-los para uma nova vida do lado de fora. Assim como aconteceu com Rocha. “Eu trabalho há 20 anos como agente penitenciário. Já passei por diversas unidades e até diretor eu fui. Ser agente traz mudança na sua vida, querendo ou não. Você não tem a mesma liberdade que outro cidadão tem de ir num bar tomar a cerveja com os amigos, por exemplo. Não é uma questão muito simples. A gente vê muita coisa ruim. Vi rebeliões, mortes, violência. Somado a outras situações da vida acabei entrando em depressão e estava prestes a largar tudo”. 68

Foi em 2003, conta Rocha, que ele encontrou-se com o teatro por meio do conceituado teatrólogo Augusto Boal, morto em 2009, que o fez ver que existem vidas piores do que a dele. “Ele disse para mim: ‘pare de se vitimizar. Eu vou provar pra você que existe perrengue pior que o teu’. Foi então que ele me mostrou crianças da África em pele e osso por causa da fome”, conta Rocha. A partir de então, parou de tomar remédios e frequentar psicólogos e passou a dedicar-se a esse hooby, além de também dar aulas de valorização para agentes penitenciários. Quando Rocha apresentou o projeto, ele se baseou na linha do que propõe o seu mestre teatrólogo. A ideia principal é humanizar os presos. Todas as letras, peças e ideais desenvolvidos não vêm do nada. Existe todo um conceito, uma lição a ser ensinada para os reclusos que participam e que assistem às encenações. Como a canção Amazing Grace, que tem sua relação histórica com escravos. Vale ressaltar que todos os agentes promovem os trabalhos de forma voluntária. Também sendo uma forma de cumprir a Lei de Execução Penal, que tem por objetivo a reinserção da pessoa que transgrediu a lei e que necessita ser reinserida na sociedade, depois de cumprir a pena determinada pela Justiça. “Na hora da seleção, não levo em conta o crime. Entendo que se ele está ali é porque ele já foi julgado e já está pagando pelo que fez. Nas oficinas, somos todos iguais. A ideia é prepará-los para o mundo lá fora. É claro que, se alguém der qualquer tipo de problema, está fora. O interessante é que hoje os reclusos querem que a coisa aconteça. Eles não deixam ninguém atrapalhar.


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ESPECIAL

Tornou-se parte deles”, relata Igor, que também diz que quando as vagas para as oficinas são anunciadas, há mais de 150 pessoas interessadas. Questionado se há presos que participam das oficinas apenas por interesse nos benefícios que elas trazem, como redução de pena, Igor diz que sim, mas não ficam por muito tempo. “A diferença é que além de eu ter uma conversa bem franca com eles, no primeiro dia de aula eu digo: hoje vamos dançar balé”, a provocação, segundo Rocha, é para quebrar estigmas. “Eles vão mostrar para os outros que eles quebraram os preconceitos antes”. O grande sonho de Rocha é transformar todos os projetos em políticas públicas. “A arte liberta. A arte cria críticos. E alguns grupos não gostam de pessoas críticas”, comenta. Igor quer que a Prefeitura de Guarulhos contribua também com o desenvolvimento das oficinas, como por exemplo, cedendo arte-educadores. Quem também está mergulhado nos trabalhos é o agente e coordenador do projeto Coral & Acústico, Mário Jorge Antunes, de 58 anos, que se dedica ao serviço voluntário há cinco anos, dos oitos que trabalha como agente. Ele começou quando viu, em uma de suas andanças nos corredores da penitenciária, um preso que cantava reggae. “Ele sabia cantar, mas não tinha noção de arranjo, tempo musical. Organizei mais um pessoal que sabia tocar e então comecei. A princípio foi apenas acústico, o coral é mais recente”, conta Antunes. Segundo Antunes, leva cerca de seis meses entre seleção, ensaio e apresentação, até que as vozes e instrumentos estejam afinados. “É possível ver a mudança da água para o vinho. Você percebe na postura, na fala. Até mesmo o olhar é diferente, mais brando, menos carregado”. O Marrey também conta com aulas de educação básica, cursos profissionalizantes ministrados por parceiros e outros projetos de iniciativa externa, como o Recomeçar, do Gerando Falcões, que visa fazer a reintegração do egresso no mercado por meio de parcerias com empresas brasileiras, gerando oportunidade de trabalho e renda. Segundo Igor Rocha, são indicados para lá egressos que passaram pelas oficinas. “O reeducando precisa passar por um processo de humanização. Não se transforma pessoas em seis meses”, finaliza.

Repercussão “Quase sempre há razões profundas que levam uma pessoa a errar. Por isso é sempre importante não julgar”, comentou o tenor italiano Andrea Bocelli, quando visitou a Penitenciária II Desembargador Adriano Marrey, oportunidade em que ouviu e cantou ao lado do coral, formado por cerca de 30 presos. Na ocasião, o coral apresentou a clássica “Con Te Partirò”. A cena foi repercutida pelos grandes veículos do País e pode ser encontrada facilmente na internet.

Sugestão de leitura O médico Drauzio Varella faz serviços voluntários desde 1989 em penitenciárias do Brasil. Seus trabalhos na extinta Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, renderam as obras “Estação Carandiru” (1999) e “Carcereiros” (2014), esta última adaptada para uma minissérie homônima pela Rede Globo. Em 2017, Drauzio encerra sua trilogia literária sobre o sistema carcerário brasileiro com “Prisioneiras”. Todas as obras foram lançadas pela Companhia das Letras. 


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Por: Tamiris Monteiro | Fotos: Divulgação

Padrão enfermagem

PUBLIEDITORIAL

uma mão amiga para a sua necessidade Escolher um enfermeiro ou cuidador para amparar um ente querido não é tarefa fácil. Afinal, geralmente, quando este tipo de serviço é procurado, significa que a família está passando por um momento de fragilidade. Pensando justamente em auxiliar as pessoas – e até as empresas – que procuram por um profissional qualificado para este tipo de trabalho, é que Renata Lima e Gabriel Ramos trouxeram para Guarulhos a Padrão Enfermagem, marca presente no Brasil há 11 anos e, na cidade, há um ano e meio. A Padrão Enfermagem é uma empresa especializada na intermediação da contratação de profissionais da enfermagem e cuidadores de pessoas, sendo a maior rede de franquias do Brasil no segmento. Todos os profissionais intermediados são preparados e habilitados para atender com segurança e qualidade clientes de qualquer faixa etária e nível de complexidade, em ambiente domiciliar, hospitalar ou empresarial. “Normalmente a pessoa que precisa de cuidados, fica à mercê de profissionais sem qualificação, e é por isso que vemos tantos absurdos e maus tratos praticados em especial contra os idosos. Nosso propósito é baseado na empatia de fazer pelo cliente aquilo que gostaríamos que fizessem por nós. Somente agenciamos profissionais certificados, proporcionando segurança ao cliente, que terá acesso a toda documentação deste profissional. Quando não há afinidade entre cliente e prestador de serviços, realizamos a substituição quantas vezes forem necessárias” explica Renata. Outro ponto positivo nos serviços da Padrão Enfermagem é o custo-benefício e a flexibilidade no contra74

to de plantões e procedimentos. “Nós flexibilizamos o negócio de acordo com a necessidade do cliente, a partir de 6 horas até 24 horas diárias, de um até sete dias na semana. Muitos clientes nos contatam para dar uma assistência durante um período apenas, num pós operatório ou numa semana em que a pessoa que cuida do paciente estará ausente. É um suporte com o qual a família pode contar sempre que necessário e por um valor super acessível”, pontua Renata. Além da oferta de profissionais, a empresa também oferece cursos de cuidadores, tanto para pessoas que queiram ingressar neste mercado de trabalho como para familiares, para aprender a cuidar melhor de seu ente querido. Já no caso de profissionais da enfermagem que queiram se cadastrar no banco de dados da empresa, é preciso ser formado e estar com seu cadastro ativo no Conselho Regional de Enfermagem.

Tels: (11)2788-0225 / (11) 99698-1718 - 24hs Av. São Bento, 1698 - Vl. Galvão Guarulhos - SP

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PASSARELA

Festeje com estilo Greicy’s Boutique por Karen Massutani

“Gostamos de looks com propostas mais sofisticadas. Temos muitos vestidos longos. Os dourados e off-white sempre ficam bem chiques. Para que não haja erro, sugiro os dourados em lurex, que fica um pouco mais despojado no look. Os fluídos de seda também ficam bacanas. As peças que têm hot pants por baixo também combinam muito com o Réveillon do Brasil, pois têm uma proposta jovem e com cara de praia. Quem tem certeza que passará o Ano Novo na praia e deseja um pouco mais de conforto, eu sempre recomendo um shorts jeans - que não tem erro - e uma blusa bacana, como uma bata bordada de lese, renda ou gripper. Nesta temporada temos muitos bodies também. Eles podem ser usados com shorts, pantacourts e saias longas. Pensando em Natal, com certeza as peças do tipo pantacourt vão continuar com tudo. Sejam elas nas calças ou macacões. Saias e vestidos midi seguem como tendência.”

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As festas de Natal e Ano Novo estão chegando e já está oficialmente aberta a temporada de caça aos looks que serão usados durante as celebrações. O ponto positivo dessa busca é que a moda brasileira é bastante democrática é há combinações para todos os gostos e bolsos. Nesta edição, a Revista Guarulhos traz algumas sugestões de lojas da cidade, além de depoimentos de quem está por dentro do cenário da moda. Confira!

Por: Tamiris Monteiro Fotos: banco de imagens e divulgação

Micca Figueiredo

por Milene Figueiredo

“A escolha do macacão preto é porque, hoje, muitas festas de Natal não têm mais acontecido em casa. As celebrações natalinas foram para os hotéis, restaurantes e salões, e o macacão é um modelo confortável. Ao mesmo tempo, a peça é diferenciada e causa impacto, pois tem transparência, que está muito em alta. Já o look branco é uma com posição pela qual sou apaixonada, que pode ser usado desde uma festa mais elegante até um agito na praia. Basta mudar o calçado. Para ir a um Réveillon na praia, por exemplo, é só colocar um sapato mais baixo. Para uma festa fechada, um salto fica perfeito. É um conjunto muito versátil, o cropped pode ser usado com jeans, a saia com uma camisa e, dependendo do acessório que você vai colocar, pode ir a todo tipo de festa. Mas, na loja temos um pouco de tudo, desde um look mais básico, como um jeans e um tricô leve até vestidos longos, como saias e bodies que estão sendo muito usados para compor diversos tipos de combinações. Trabalho com marcas como Carol Bassi, Skazi, Andrea Bogosian, Leticia Manzan, AMAPO, Strass, CIA da Moda, Valisere e 1+1 (infantil), entre outras.”

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PASSARELA

JMali

por Helaine Leandro “Acompanhando a situação financeira em que o Brasil se encontra, notamos que nossos clientes procuram peças modernas, de boa qualidade e que podem ser usadas em outras ocasiões, não apenas nas festas comemorativas de fim de ano. Por isso apostamos nas cores mais procuradas como branco, vermelho e amarelo, mas em modelagens diferenciadas, com pouco brilho. No entanto, em tecidos mais nobres como renda e crepe de seda. Para o masculino, o estilo relax com aquele toque sofisticado e moderno das camisetas, camisas e bermudas.” 

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MESA

Peixaria San Paolo

traz o que há de melhor das cozinhas mediterrânea e brasileira

De portas abertas desde setembro, a Peixaria San Paolo reúne o melhor do que existe em peixes e frutos do mar em um ambiente moderno e acolhedor, capaz de deixar à vontade desde famílias e casais apaixonados até grupos de amigos que buscam curtir um bom happy hour. Com um toque mediterrâneo na decoração, os proprietários do restaurante buscaram inspiração nos restaurantes italianos. No cardápio há opções à lá carte individuais - com preços que variam entre R$ 40 e R$ 80 -, com destaque para os pratos com lagosta, camarão VG, ceviche e polvo. Para acompanhar os pratos, as cartas de vinhos e drinks trazem bebidas selecionadas cuidadosamente para as melhores harmonizações. O restaurante oferece ainda menu infantil, com opções de carne, frango e peixe. Além do menu individual, o San Paolo também trabalha com a opção de almoço em sistema de rodízio: por um preço fixo, o cliente pode saborear os mais variados peixes e frutos do mar em diferentes preparos e criações exclusivas da casa. Eventualmente também acontecem os festivais, como o “Festival de Peixes”, com buffet à vontade que engloba moqueca, salmão grelhado, bacalhoada, atum grelhado, lula à dorê e filé de San Peter, entre outros. Há pouco tempo o restaurante passou a fazer happy hour para os clientes que desejam tomar uma boa cervejinha acompanhada de petiscos feitos a partir de frutos do mar. O lugar funciona de terça a domingo e o almoço começa a ser servido às 12h. O buffet e pratos à lá carte são servidos até às 16h. Funcionam aos feriados e as reservas podem ser feita por telefone.  80

Por: Tamiris Monteiro Fotos: divulgação

Rua dos Cubas, 139, Centro | 11 2229-5556 Horário de funcionamento: Terça a sábado, das 12h às 23h, Domingos e feriados, das 12h às 19h



ATENDIMENTO MÉDICO DE ALTO NÍVEL Centro de Trauma do Hospital Nipo-Brasileiro tem equipe multidisciplinar especializada em casos graves de urgência

Foto: Denis Fonseca

Nipo-Brasileiro, Masahiko Akamine – atuante na área de trauma há 35 anos no Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas – conta que a unidade do hospital estabelece protocolos e treina periodicamente a equipe para qualquer situação. “Todo corpo assistencial da área recebe treinamento intenso voltado para esses atendimentos mais complexos. Desta forma, o Hospital Nipo-Brasileiro proporciona um melhor serviço para a população, apresentando e desenvolvendo um trabalho do mais alto nível para a cidade”, conclui.

publieditorial

O HOSPITAL NIPO-BRASILEIRO, mantido pela Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo (Enkyo), tem no seu pronto-socorro um dos maiores volumes de atendimento da capital paulista. Localizado entre a Marginal Tietê e as rodovias Fernão Dias, Dutra e Ayrton Senna, oferece às regiões Norte e Leste pronto atendimento de alta complexidade, 24 horas por dia. Seu Centro de Trauma recebe casos graves de acidentes de trânsito, quedas, queimaduras, afogamentos, choques elétricos, entre outros, e conta com uma equipe médica e assistencial multidisciplinar, com formação específica em trauma e experiência no Hospital das Clínicas (HC-FMUSP), além de uma estrutura especializada, totalmente integrada pelas unidades de angiografia, diagnósticos de imagem, UTI e centro cirúrgico do hospital. “O trauma causa a morte precoce de jovens, mas a agilidade e a experiência da equipe são determinantes para melhores resultados do atendimento e sobrevida do paciente. Há poucas unidades de referência em nossa região e esta iniciativa do hospital é importante para mudar este cenário”, resume Pedro Henrique Ferreira Alves, gerente médico do Centro de Trauma do Hospital Nipo-Brasileiro e cirurgião geral e do trauma do HC. O coordenador médico do Centro de Trauma do Hospital



PUBLIEDITORIAL

AECG promove mais uma edição do Novembro Azul com informações para a saúde do homem Aconteceu na sexta-feira, 24/11, na sede da Associação das Empresas Contábeis de Guarulhos mais uma edição do Novembro Azul, promovido em conjunto com o SESCON-SP Regional Guarulhos, com apoio do Conselho da Mulher Empreendedora (CME) da ACE. Repetindo o sucesso do Outubro Rosa, realizado no mês anterior, o evento teve grande adesão do público masculino, em sua maioria empresários e colaboradores dos escritórios associados. Este ano, além das informações sobre prevenção ao Câncer de Próstata, foram abordados outros assuntos igualmente importantes para a saúde do homem. A fisioterapeuta Eliana Nascimento, da Clínica Athali e Hospital Albert Einstein, palestrou sobre o tema “Desvendando o Câncer de Próstata e a Fisioterapia no Tratamento do Câncer”, e o Dr. Nabil Ghorayeb, cardiologista, diretor do Instituto Dante Pazzanese, especialista em Medicina Esportiva, falou sobre o tema “Ninguém Morre de Véspera” – abordando cuidados com a saúde, atividades físicas, e principalmente cuidados com o coração. Após as palestras, houve o “Talk Show“ com a par-

ticipação da fisioterapeuta Eliana, do Dr. Nabil, e dos contadores Wanderley Moreno Quinteiro e José Carlos Cavalcante, que compartilharam suas experiências no tratamento de Câncer de Próstata e de problemas cardíacos, respectivamente. Após os depoimentos, o público pôde participar fazendo perguntas e esclarecendo suas dúvidas. O presidente da AECG, Umberto Baccelli, destacou a importância de se realizar eventos desta natureza e parabenizou a todos que participaram. “Mais uma vez, a nossa entidade cumpriu o objetivo, realizando este evento para promover a saúde e disseminar a informação. Agradeço em nome da AECG e parabenizo a todos que compareceram e ajudaram na realização deste evento, à Diretora do Sescon Regional Guarulhos, Silvana Araújo; e em especial à Dra. Eliana e ao Dr. Nabil, pelas brilhantes palestras”. O evento contou ainda com a participação da Droga Raia, oferecendo aferição de pressão arterial e medição de glicemia, além da entrega de kits de higiene. Ao final, houve sorteio de brindes e vouchers pela Clínica Makoto e de exemplares do livro “Ninguém morre de véspera”, do Dr. Nabil Ghorayeb. 


Alunos do Parthenon foram à Ìndia

Devido ao desempenho obtido na edição brasileira da Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras 2017, o Programa de Olimpíadas da Rede POC, organizador oficial da Olimpíada no Brasil, selecionou alunos do ensino médio do Colégio Parthenon para integrar, no fim de outubro, a delegação brasileira da 4thInternational Youth Convention on Commerce & Economics, em Lucknow, Índia. A IYCCE é a mais importante competição internacional para estudantes da educação básica voltada para a economia, o empreendedorismo, a gestão de negócios e o marketing. Foram estes os alunos selecionados: Guilherme Candicella Calassi, Brenda Gonçalves Belíssimo e Laura Dias Nogueira, do terceiro ano; Bruno Gonçalves Belíssimo, Claudinei Jacobucci Junior e Enzo Araújo Tassini, do primeiro ano.

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Por: Jônatas Ferreira | Fotos: divulgação e arquivo pessoal

Tryp Guarulhos conquista Selo de Qualidade Nobile Localizado dentro do Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos, o hotel TRYP by Wyndham São Paulo Guarulhos Airport, destinado a passageiros com voos internacionais com conexões longas que queiram um lugar confortável para descansar, recebeu o Selo de Qualidade Nobile. A certificação atende aos padrões internacionais no ramo da hospitalidade e analisa desde as áreas administrativas à avaliação dos usuários em sites de opinião. A homenagem contou com a presença de Emiria Bertino, diretora de Qualidade de Processos, que entregou a honraria nas mãos da gerente geral Cícera Aparecida Silva e toda a equipe de funcionários.

Aché inaugura laboratório de nanotecnologia O Aché Laboratórios, em parceria com a suíça Ferring Pharmaceuticals, inaugurou no dia 29/11 o Nile - Nanotechnology Innovation Laboratory Enterprise, destinado a pesquisa e desenvolvimento de novas plataformas tecnológicas, baseadas em nanotecnologia, para aplicação em novos medicamentos, cosméticos e na área de alimentação. O investimento foi de R$ 7 milhões. O evento foi apresentado pela jornalista Ana Paula Padrão e contou com altos dirigentes das duas empresas.

Sicredi abre agência em Guarulhos A rua Felício Marcondes recebeu, no número 240, uma agência da Cooperativa de Crédito Sicredi Vanguarda, que atua nos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. A unidade conta com dois andares e área útil de 554 m2, caixas eletrônicos e espaços para contato com os gerentes; o atendimento de empresas será feito no segundo pavimento. O evento de inauguração contou com a presença do presidente da cooperativa, Luiz Hoflinger, de dirigentes e membros dos Conselhos de Administração e Fiscal, além de representantes de entidades empresariais da cidade, empreendedores e profissionais liberais, recepcionados pelo gerente da nova agência, Luciano Guerra.  86



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Veronezi premiado No dia 30/11, o professor Antonio Veronezi recebeu o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo. A solenidade ocorreu no plenário Juscelino Kubitschek, da Assembleia Legislativa. Segundo o deputado Fernando Capez, autor da propositura, esta é a maior honraria que alguém pode receber no Estado. Veronezi fundou a Universidade Guarulhos e atualmente dirige a Universidade Santo Amaro. Em 31/10, Veronezi havia recebido da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados o prêmio Darcy Ribeiro de Educação.

Sri Prem Baba em Guarulhos No dia 29 de novembro, o líder humanitário Sri Prem Baba discursou no teatro Adamastor sobre 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU). Prem Baba afirmou ter passado parte de sua infância e adolescência em Guarulhos, cidade que afirma ter visto uma semente de transformação.

Poder Empreendedor O último evento Poder Empreendedor do ano de 2017 contou com o auditório do Colégio Carbonell lotado por um público ávido para compartilhar ouvir as histórias inspiradoras de empresários que obtiveram sucesso em seus negócios: Celso Higaki, um dos proprietários da Quiver, que conta com 10 lojas multimarcas e 24 anos de existência; Julio Ganiko, que está à frente do Spa Urbano, em franca expansão, e Andreia Tiemi Taba, sócia e CEO da Creative Display. Antes e depois das palestras, os participantes trocam experiências, conhecem novas empresas e intensificam relacionamentos comerciais.  88



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Viva o artista A artista plástica, pianista e professora de artes Jandilisa Grassano promoveu no dia 18 de novembro o evento “Viva o Artista”, no Espaço Novo Mundo (livraria Nobel do Jardim Maia). Além de apresentações musicais e declamação de poemas, Jandilisa, que está comemorando 30 anos em Guarulhos e 20 anos do projeto “Democratizando a Arte”, prestou homenagem com troféus a pessoas ligadas à cultura da cidade ou que tenham contribuído de alguma forma com suas atividades. Foram homenageados o poeta e agitador cultural Nelson Ribeiro, o cordelista Bosco Maciel, o poeta Ibrahim Khouri, o escritor, poeta e jornalista Castelo Hanssen, a artista plástica e professora de artes Lisete Metran, a decoradora Teresa Cristina Jerônimo, o escultor e poeta Osvaldo Alves, o maestro Celso Franchini, o jornalista Valdir Carleto e Irene Grigoletto, que foi sua aluna quando lecionava na Vila Mariana, em São Paulo.

Reis Office lança cápsulas e locação de máquinas de café

Sincomércio promove seminário O Sincomércio, Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Guarulhos, realizou o 1º Simpósio do Comércio Varejista de Guarulhos no dia 28/11. O evento ocorreu no buffet Europa, reunindo diversas lideranças e entidades empresariais. Foram seis palestras, com experientes profissionais. Gratuito, contou com mais de 200 convidados e foi encerrado com um jantar, além da promessa da 2ª Edição para novembro de 2018. 

A guarulhense Reis Office, conhecida pelo outsourcing de impressoras, lança-se em um novo modelo de negócio: locação de máquinas e venda de cápsulas de café da marca Reis de Minas. A família Reis cultiva café em fazenda própria em Minas Gerais há 20 anos. Segundo Rafael Reis, da segunda geração da empresa, o café Reis Minas “é de perfil único, nobre, maduro e tem o selo de qualidade Certifica Minas, concedido por órgãos governamentais daquele Estado. Os planos de locação das máquinas variam de 12 a 24 meses. 90


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