Revista Guarulhos - Edição 61

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REVISTA GUARULHOS

Ano X - nº 61 - Fevereiro 2012 - R$ 12,90 Diretor Responsável: Valdir Carleto

ILustração: Douglas Caetano

Vida em condomínio Segurança e conforto todos querem. Mas, para uma convivência sadia, é preciso respeitar regras e limites

gente

saúde

moda

Bispo Dom Joaquim e a dentista Tais Ota

Quando a mente faz o corpo sofrer

O que é “in” e “out” no mundo fashion




| MARÇO 2012 |

Anália Franco

Rua Eleonora Cintra 290 São Paulo (11) 3469-7033 vendas@florenseaf.com.br www.florense.com



índice

DIVULGAÇÃO

16 capa Condomínios: saiba quais são

os prós e contras da vida em comunidade

12 entrevista Dom Joaquim Justino Carreira

46 perfil Taís Ota

50 – Tecnologia – Compras online em segurança 56 – Moda – Up x Over 64 – Compras – Produtos para deixar a casa mais bonita 66 – Livros – Dicas para colocar a leitura em dia 72 – Nossos Filhos – Que crianças lindas! 74 – Crítica – Tecendo redes 78 – Gastronomia – Destaques da cozinha guarulhense 82 – Registrando – Aconteceu na cidade 98 – Lista 7 - Os melhores goleiros dos últimos 25 anos

90 veículos

Fiat Freemont: norte-americano com sotaque italiano

60 decoração

Como mudar a decoração do quarto conforme as crianças crescem

52 saúde

Somatização: quando o emocional interfere na saúde 6

68 turismo

Relato de viagem ao Uruguai sobre duas rodas



editorial por Fábio Carleto

Desonesto, eu? Não há quem se considere má pessoa. Pode procurar. O engraçado é que todo mundo acaba achando uma boa desculpa para cometer seus descalabros. O criminoso que assalta a velhinha acha que está fazendo distribuição de renda, tomando para si o que lhe é de direito. Todo mundo já disse ou escreveu isso antes, mas a gente tem que prestar muita atenção se entre nosso discurso e a prática cotidiana não há incorência(s). Não falta quem viva bradando contra a corrupção, mas que não resiste a uma propina, recebendo pelo que não deveria ou pagando para obter vantagem. Tudo isso pra dizer a você o seguinte: se escolheu viver em condomínio, não importa a motivação, pague sua taxa mensal em dia, sem reclamar. Sabe por que? Primeiro, porque você assumiu esse compromisso. Ponto. Simples assim. Mas, o mais importante, é porque é covardia com seus vizinhos, que são seus sócios no condomínio, não pagar sua parte. Afinal, você usufrui de todos

os serviços, como segurança, limpeza, áreas comuns... e não tem como ser punido individualmente com a descontinuidade desses serviços. Há quem se encoraje a dar o calote no condomínio porque a multa é pequena e as medidas que a administradora pode tomar são sempre muito morosas. Mais uma vez, covardia, porque é fácil bater em quem não consegue reagir. Todo mundo pode ter um momento ruim, passar por uma dificuldade financeira, ficar desempregado. Mas, eu penso que é bem menos grave atrasar a parcela do financiamento, por exemplo, porque o dinheiro vai fazer bem menos falta para o banco do que para o caixa do prédio. O mesmo raciocínio vale para o financiamento do carro, o cartão de crédito, o cheque especial. Morei num prédio onde a água fazia parte da cota condominial. Lá, quem atrasava ficava sem água em casa. E eu achava genial. A inadimplência caiu a quase zero quando a medida foi adotada, porque o sujeito

Cartas

expediente

É um prazer receber e ler as revistas da Carleto Editorial, pelo conteúdo que sempre interessa às famílias guarulhenses. Aproveito a oportunidade para enviar algumas colaborações, para que, se for possível, sejam publicadas, como essa mensagem, de autoria de Brigham Young: “Nenhum homem jamais governou, nem jamais governará criteriosamente nesta terra, para sua honra e para a glória de Deus, a menos que aprenda a governar e a controlar a si próprio. Antes de mais nada, um homem deve primeiro governar corretamente a si mesmo, antes de usar seu conhecimento para governar uma família, comunidade ou nação que esteja sob sua responsabilidade”.

Diretor responsável: Valdir Carleto (MTb 16674) Editor executivo: Fábio Carleto Editora assistente: Vivian Barbosa Redação: Amauri Eugênio Jr., Elís Lucas, Maitê Coelho, Tamiris Monteiro e Val Oliveira Revisão: Simone Carleto Diagramação: Douglas Caetano, Mariana Vasquez, Rogério Hanssen e Williane Rebouças Fotos: Márcio Monteiro e Rafael Almeida Comercial: Ana Guedes, Maria José Gonzaga, Juliana Lima, Patrícia Fiorim, Patrícia Matos e Thaís Tucci Administrativo: Laila Inhudes, Viviane Sanson e César Tenente (estagiário)

Ampélia Capellari Grotkowsky 8

que sempre atrasa é egoísta, mas não é bobo. É o mesmo camarada que reclama do trânsito nas estradas, mas adora andar pelo acostamento. Se o seu condomínio tem muita gente que acha que pagar condomínio é para os fracos, sugira em assembleia esse tipo de medida punitiva. Se você é aquele que atrasa, provavelmente não dá à taxa a devida importância. Talvez ache que está jogando dinheiro fora. Não está. Apenas paga pelas facilidades de que usufrui. Caso ache caro, mude para outro mais barato ou em casas fora de condomínios. É mais honesto do que fazer seus vizinhos carregarem você nas costas mês a mês. Se escolheu morar em um apartamento por ser mais barato que uma casa no mesmo bairro, deve considerar o valor do condomínio como parte da operação. Da próxima vez que receber seu boleto, lembre-se de que ele é parte da escolha que você fez e pague-o feliz por saber que mora bem e que cumpriu seu dever de bom vizinho e cidadão. 

A RG - Revista Guarulhos é uma publicação da Carleto Editorial Ltda. opiniao@revistaguarulhos.com.br - www.revistaguarulhos.com.br Redação e Comercial: Av. João Bernardo Medeiros, 74 - Bom Clima - Guarulhos/SP CEP 07197-010 - Telefone: (11) 2461-9310 Impressão: Editora Parma - Tel: (11) 2462-4000 Tiragem desta edição: 10 mil exemplares. Assinaturas: R$ 129,00 (12 edições)


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ALGUNS DIZEM QUE O ITA TEM O VESTIBULAR MAIS DIFÍCIL DO PAÍS. OUTROS DIZEM QUE DIFÍCIL MESMO É O DO IME. NA DÚVIDA, O LÉO PASSOU NOS DOIS, e ainda foi 1º lugar NAS 3 MELHORES UNIVERSIDADES DO PAÍS. Leonardo dos Anjos cunha, formando da turma 2011 do Colégio Mater Amabilis,

aprovado direto do 3º ano, sem cursinho, em engenharia eletrônica no ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica, e em engenharia no IME - Instituto Militar de Engenharia.

Ele também foi 1º LUGAR na POLI - USP, na UNICAMP, UNESP e UNIFEI, e 2º colocado em medicina na UNIFESP.

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entrevista Por Valdir Carleto

FOTOS: MÁRCIO MONTEIRO

Dom Joaquim, o novo bispo de Guarulhos Dom Joaquim Justino Carreira é o novo bispo diocesano de Guarulhos. Ele tomou posse no dia 22 de janeiro, em cerimônia realizada no ginásio poliesportivo Paschoal Thomeu, substituindo dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que se aposentou. É o terceiro bispo da cidade; o primeiro foi dom João Bergese, empossado em abril de 1981. Até 1980, Guarulhos fazia parte da Diocese de Mogi das Cruzes. Revista Guarulhos - Onde nasceu e quando veio para o Brasil? Dom Joaquim - Nasci no dia 24 de janeiro de 1950, em Santa Catarina da Serra, Leiria, Portugal, a 3 km de Fátima. Sou o quinto de sete filhos. Viemos todos juntos para o Brasil; desembarcamos em Santos no dia 21 de julho de 1960, indo diretamente para Jundiaí, onde nos estabelecemos, desde então. RG - Onde iniciou a vida religiosa? DJ - Minha família sempre foi religiosa, rezávamos o terço em família

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todos os dias. Íamos à missa todos os domingos, com os pais. Desde adolescente participava ativamente na Igreja como coroinha, membro da Comunidade de Jovens, Legião de Maria, dirigente de jovens e outras atividades; e assim foi nascendo o chamado de Deus e a decisão de ser padre. Entrei para o Seminário para fazer a Teologia quando tinha 23 anos. Fui ordenado padre com 27 anos, para o Clero da Diocese de Jundiaí, onde trabalhei durante 28 anos, de 1977 a 2005.

RG - Quais funções já exerceu? DJ - Como padre, exerci inúmeras funções na Igreja: vigário paroquial, administrador paroquial, pároco, reitor do Seminário Maior por 12 anos, vigário-geral da Diocese de Jundiaí por mais de 15 anos, coordenador de várias pastorais sociais, de evangelização e tudo o que foi necessário fazer em cada tempo. RG - Como vê sua nomeação para uma diocese importante como a de Guarulhos? DJ - Eu sempre vi o que eu tenho que fazer como uma missão à qual Deus


me chama. O protagonista principal da missão eclesial é Jesus Cristo, que deve ser ouvido, seguido, testemunhado e anunciado a todos. É Cristo que nos salva. Nós somos Seus colaboradores, para que as pessoas se encontrem pessoalmente com Ele, sintam-se amadas e possam amar aos outros como Ele nos ama. Portanto, vejo a minha nomeação como um chamado de Deus a anunciá-lo e testemunhá-lo aqui em Guarulhos. Fiquei contente em ser nomeado para aqui, estou perto de onde estava, a realidade à qual devo servir é semelhante à Região Santana, em que estive como bispo auxiliar por quase sete anos; e assim sendo, desejo fazer o máximo, em comunhão com os padres e todos os cristãos desta querida Diocese. RG - Como se sentiu ao ser recebido na cidade, pelo clero e pelos fiéis? DJ - Conheci o clero no dia de minha nomeação, dia 23 de novembro; foi um encontro fraterno e acolhedor. No dia da posse, 22 de janeiro, senti-me muito bem acolhido pelo clero, pelo povo e pelas autoridades de Guarulhos. Foi emocionante e inesquecível aquela celebração no Thomeuzão. Muitas pessoas amigas também acompanharam a posse pela Rede Vida e me telefonaram, escreveram e se alegraram comigo.

celebrações e principalmente pelo testemunho dos cristãos. Todos os batizados são discípulos e missionários de Jesus Cristo. Quanto mais as paróquias evangelizarem, estiverem presentes em todos os locais onde as pessoas residem, e ali cumprirem a sua missão de acolher e ir até às pessoas, mais pessoas se alegrarão por se encontrarem com a misericórdia de Deus manifestada em Jesus Cristo. Portanto, devemos assumir a nossa missão e fazer a nossa parte – padres, religiosos e fiéis leigos, individualmente e em conjunto, para cumprir essa missão. RG - Como vê a proliferação de emissoras de rádios e TVs católicas ou a transmissão de programas e missas pelas redes de TV comerciais?

DJ - As transmissões de missas, acontecimentos, trabalhos pastorais e outras manifestações da Igreja são positivas. É necessário possibilitar àqueles que estão em casa, se quiserem sintonizar tais acontecimentos, conhecer, envolver-se e participar se assim o desejarem. Acho positivo possibilitar às pessoas saber as coisas boas que acontecem no mundo. Meu desejo é que em Guarulhos possam iniciar uma “WebTV”para divulgar ao máximo os acontecimentos religiosos de nossa cidade, e assim aqueles que estão sempre ‘online’ poderão ter a chance de sintonizar boas notícias e serem ajudados pela fé. RG - Como vê o surgimento de padres “estrelas”, ou seja, enveredando pelo mundo artístico?

RG - o que a Igreja Católica de Guarulhos pode fazer, para fazer frente ao inequívoco crescimento das igrejas evangélicas? DJ - A missão da Igreja é evangelizar a todos. A Evangelização é uma proposta de Deus, que se faz às pessoas, por meio do anúncio do Evangelho, por meio da catequese, por meio das

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entrevista

DJ - Existe apenas uma Luz que salva: é Cristo, Luz do mundo. Um padre tem por missão anunciar e testemunhar Jesus Cristo, pois o que salva as pessoas é que elas se encontrem pessoalmente com a Misericórdia de Deus Pai, manifestada em Jesus Cristo. Se o padre se coloca no lugar de Cristo, não está certo. Se ele anuncia Jesus Cristo e é conhecido por isso, tudo bem. Muitos do povo confundem as coisas, fazendo dos padres que aparecem na televisão seus ídolos, como fazem com os artistas. Este é um risco que os envolvidos devem gerenciar e ser humildes o suficiente para não se deixarem envolver pelo “estrelismo” e continuamente colocarem Jesus Cristo como o centro de suas vidas pessoais, da mensagem e do testemunho que são chamados por Deus e pela Igreja a darem nos meios de comunicação. RG - Como vê a participação de leigos em atividades antes exclusivas dos padres? DJ - As atividades exclusivas dos padres só eles podem fazer; por isso são exclusivas. O que acontece é que os leigos estão começando a assumir as atividades dos leigos, dos batizados, pois o que caracteriza a Igreja de Jesus Cristo é que somos o Povo de Deus, onde Ele é a cabeça e nós os membros. Todo cristão deve evangelizar, deve 14

catequisar, deve ajudar a governar a Igreja. Portanto, quanto mais ativos forem os leigos nas paróquias, mais o padre deverá se dedicar às suas atividades específicas: presidir a Eucaristia, os sacramentos, as confissões, as unções dos enfermos; as homilias nas celebrações. As Pastorais devem ter como agentes os leigos. O padre é o ponto de união, de incentivo, de aprofundamento de todas as pastorais paroquiais, para que a Igreja seja una, santa e católica. O que poderá fazer em uma paróquia com inúmeros fiéis, se não houver a participação ativa e competente dos leigos? RG - A Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema “Fraternidade e Saúde Pública”. Comente-o, por favor. Está de acordo com a frase “A fé sem ações nada vale”? DJ - De fato, esse é o tema. E o lema é: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8). Jesus veio salvar o homem todo e todos os homens. É preciso ver a pessoa integralmente: corpo, intelecto e alma. A Evangelização tem três missões: santificar, ensinar e pastorear o povo de Deus. Portanto, uma paróquia deve cultivar a fé através da oração e das celebrações. Cultivar a esperança através do ensino, da catequese, da formação permanente. Cultivar a

vida das pessoas através das pastorais sociais que acolhem as pessoas nas suas necessidades e as socorrem e integram na comunidade para que, por sua vez, sejam acolhedores dos outros. A fé tem três passos: encontro pessoal com o amor de Cristo; vivência desse amor na própria família e vivência desse amor na comunidade paroquial e na sociedade, no trabalho e com todos. Se faltar uma dessas dimensões na vivência da fé, é uma fé incompleta e daí pode-se aplicar a frase “A fé sem ações nada vale”; pois quem tem fé em Jesus Cristo inevitavelmente passa a fazer as mesmas obras de Jesus Cristo, que passou fazendo o bem a todos, por amor. No verdadeiro sentido espiritual da vida e da fé, o sinal de que amo a Deus é que amo o próximo. RG - Seu antecessor, dom Luiz, notabilizou-se por uma polêmica contra a então candidata do PT à Presidência, em torno da prática do aborto, tema que ressurgiu agora no noticiário. Como analisa isso? DJ- A Igreja defende e eu defendo o direito à vida e entendo que devemos manifestar publicamente essa defesa, sem no entanto nos envolver diretamente nas questões eleitorais ou tecer opinião contra ou a favor de um ou outro partido.



capa Por Vivian Barbosa

Por que é bom viver em condomínio? O número de empreendimentos imobiliários cresce a cada dia nas grandes cidades. Em Guarulhos, basta olhar em volta para ver quantos novos prédios estão em construção. A vida em condomínios é mesmo uma tendência, já que muitos optam por este tipo de moradia a fim de ter mais segurança. Mas será que tudo são flores? A RG deste mês reúne reportagens que explicam quais os prós e contras que essa forma de morar oferece e busca sanar as principais dúvidas que futuros moradores podem ter em torno da parte administrativa, regras de convivência, segurança, obras e reformas e as tão necessárias ações de sustentabilidade. Para que tudo fique em ordem, é imprescindível que o condomínio seja bem administrado. Novos mora-

dores, e também os mais antigos, devem ter ciência do que é obrigação da administração, assim como dos proprietários. Saber quem é o síndico e quais as funções que devem desempenhadas por ele, saber mais sobre as taxas que podem ser cobradas e o que acontece em caso de inadimplência também é importante. A boa convivência depende, antes de qualquer coisa, do respeito que cada um deve ter pelo outro. Respeitar as regras impostas pelos condomínios é fundamental para não ter problemas em áreas de uso comum, tais como piscina, parque infantil, churrasqueira e afins. Além disso, cuidar para não atrapalhar vizinhos ajuda a viver em harmonia. A segurança é um dos maiores atrativos para novos moradores.

Mas, é importante destacar que, para não ter problemas, a compreensão e participação dos condôminos é fundamental. Assim como em obras e reformas dentro de apartamentos, o bom senso deve falar mais alto para saber que qualquer ato pode prejudicar os outros. Como não poderia deixar de ser, as ações de sustentabilidade devem estar presentes em qualquer lugar, principalmente em prédios, que podem oferecer coleta seletiva de lixo e de óleo, assim como valorizar a natureza com plantas e paisagismo nas áreas comuns. Ciente do que é certo e errado, a vida em condomínio pode trazer benefícios incríveis e até bons amigos. Tudo vai depender do respeito e bom senso de cada um.



capa Por Amauri Eugênio Jr.

Condomínio em ordem, harmonia garantida! A administração é uma das principais maneiras de assegurar uma convivência pacífica entre síndicos e condôminos

Assim como há necessidade de uma administração eficiente nas três esferas executivas – Município, Estado e União - , em um condomínio, que é como se fosse uma pequena cidade, a figura de um administrador é imprescindível. Também são necessárias normas que definam claramente os deveres e direitos dos condôminos, para que todos sejam respeitados,

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pois o direito de um termina onde começa o do outro. Só assim se pode garantir convivência harmoniosa. “O condomínio é de todos. As normas dizem respeito aos condôminos e devem ser compartilhadas com e entre eles”, destaca Juraci Baena Garcia, sócio-diretor da Villágua, empresa especializada em administração de condomínios, e diretor do Secovi-SP

(Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo), sobre o cotidiano em condomínios. Veja aspectos relativos a administração, atribuições do síndico, direitos e deveres de cada parte e como os moradores podem colaborar para tornar o condomínio um lugar pacífico, democrático e agradável para viver. 



capa O síndico O condomínio precisa de alguém responsável pela sua administração. Porém, o papel do síndico vai além. “O síndico tem de ser paciente com os demais condôminos, assim como respeitar diferenças de qualquer espécie e o desconhecimento sobre regras de condomínio por parte de novos moradores. Se para o administrador é difícil, imagine para quem não conhece as regras”, destaca Baena. “É o síndico quem contrata e dispensa funcionários, e quem tem a responsabilidade de manter a paz e a harmonia no condomínio, cuidar da manutenção do prédio e renovar o seguro todos os anos, por exemplo”, menciona o advogado Demóstenes Lopes Cordeiro, especializado em Direito Imobiliário. As atribuições do síndico, previstas no artigo 1.348 da lei 10406/02 do Código Civil, dizem respeito, além de tarefas relacionadas à manutenção do condomínio, à convocação de assembleiasde moradores, cobrança de taxas e prestações das contas aos condôminos. “A responsabilidade legal surgirá caso ele falhe nas suas atribuições e em seus deveres. Quando houver negligência ou falha, com potenciais prejuízos a terceiros, poderá sofrer ação de responsabilidade civil”, explica o assessor jurídico do Secovi-SP, João Paulo Rossi Paschoal. As assembleias convocadas pelo síndico podem ser ordinárias, realizadas uma vez por ano, tendo como função básica a prestação de contas, previsão orçamentária e eleições. Já as extraordinárias, passíveis de acontecer a qualquer momento, precisam ter focos específicos, como reajustes extras de taxas e urgentes aspectos que digam respeito ao condomínio;. Há casos em que esclarecimentos aos moradores são feitos periodicamente, como costumam agir Francisco Marinho e Antônio Carlos Camargo, respectivamente 20

Juraci Baena, sócio-diretor da Villágua e diretor do Secovi-SP

Francisco Marinho (esquerda) e Antônio Carlos Camargo (direita), síndico e sub-síndico do Condomínio Paraná

Condomínio Paraná, no Parque Cecap


Lazer é uma das vantagens de viver em condomínio

síndico e subsíndico do Condomínio Paraná, localizado no Parque Cecap. “Fazemos prestações de contas mensais, através de iniciativa da administração. Mas, a aprovação delas é feita uma vez por ano”, explicam. No caso de Marinho e de Camargo, à frente da administração do condomínio há sete anos, ambos são responsáveis pela gestão de 25 funcionários, entre os da manutenção da estrutura dos prédios e os da administração; a contabilidade está a cargo de uma administradora condominial. Nesse pe-

ríodo também foram feitas melhorias nas dependências do local. “Além das construções de parque infantil e de uma quadra, também é feita a coleta de óleo vegetal [“de cozinha”] e a separação do lixo reciclável do orgânico. É um sistema tímido ainda, mas estruturado”, relata o síndico. Além de estar apto à gestão do condomínio, o síndico também tem de ter “jogo de cintura” para lidar com os demais moradores. “É necessária a gestão de forma equilibrada, assim como procurar sempre o diálogo. Pelo

condomínio ser um local onde há inúmeras contradições sociais e por lidar com uma comunidade, o síndico acaba sendo sociólogo e assistente social, de certo modo”, ressalta o sócio-diretor da Villágua, Juraci Baena. Quanto ao pagamento pelo trabalho, o mais comum é a isenção da taxa condominial, mas o síndico pode ser remunerado para o exercício da atividade, sem vínculo empregatício. Outro aspecto que lhe diz respeito é a transferência de responsabilidades. De acordo com o artigo 1.348


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da lei 10406/02 do Código Civil, a assembleia poderá optar por outra pessoa para esse cargo ou designar outro indivíduo para assumir parcialmente suas funções. A exceção para a transferência de tarefas refere-se à convenção do condomínio. Se não houver nada nela que impeça a transferência de tarefas - parcial ou totalmente -, ela poderá ser feita com base no Código Civil, mas, caso haja algum tópico que o impeça, a convenção tem de ser respeitada. “No geral, os condomínios fazem comissões de moradores para determinados assuntos, que ajudam o síndico a encontrar as melhores soluções para o condomínio. Também, ao chamar mais pessoas para tomar decisões, o síndico aumenta o seu respaldo político”, destaca Baena.

Administradoras de condomínios

Quadra políesportiva e paisagismo no condomínio Paraná 22

Em virtude do número elevado de habitantes, as atividades a serem desempenhadas pelo síndico – e em muitos casos pelo subsíndico – são várias. Por isso, muitos condomínios recorrem às empresas administradoras, responsáveis pela parte organizacional. “Elas dão suporte ao síndico e dão continuidade ao seu trabalho. As administradoras são responsáveis pela assessoria na área burocrática do condomínio”, destaca Juraci Baena. “Na metrópole, é difícil ter tempo para conseguir dar conta de todas as atribuições. O síndico assume as atividades, mas o cargo, hoje, exige que se contrate prestador de serviços – normalmente, as administradoras de condomínios, e atua como o seu braço direito, em relação à folha de pagamento, à área de recursos humanos, e ao controle das obrigações fiscais, previdenciária e trabalhista. Cada um dosa a medida de transferência de tarefas”, explica o assessor jurídico do Secovi-SP, João Rossi Paschoal. 



capa Taxas condominiais

Demóstenes Cordeiro, advogado

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Os impostos visam à arrecadação de recursos para a manutenção de serviços básicos à população e à realização de melhorias. Da mesma forma, em um condomínio, as taxas cobradas dos moradores têm a finalidade de manter e conservar o que existe, pagar os funcionários de limpeza e vigilância e, eventualmente, fazer obras necessárias. Assim como o não pagamento de tributos, podem resultar em problemas judiciais. “Há, em média, de 15% a 20% de atrasos nos pagamentos. A cobrança é feita amigavelmente, por meio de cartas encaminhadas ao condômino. Mas, quando não há alternativas, o departamento jurídico é acionado “, relata o síndico do Condomínio Paraná, Francisco Marinho. Mas, para evitar consequências extremas, moradores e síndico visam ao estabelecimento de acordo amigável, na maioria dos casos. “Se o condômino não fizer acordo, o próprio apartamento será penhorado e leiloado, e ele deixa de ser proprietário ao perder o imóvel. O mais comum é haver o acordo, com negociação de outros bens”, ressalta o assessor jurídico do Secovi, João Paulo Rossi Paschoal. Outro caso polêmico é quando a conta de consumo de água é vinculada à taxa condominial. De acordo com o advogado Demóstenes Cordeiro, o condomínio pode interromper o fornecimento de água em caso de inadimplência, mesmo considerando o aspecto humanitário. “Porém, os tribunais entendem que a interrupção no fornecimento serve para não sobrecarregar os condôminos que pagam suas contas em dia”, completa. Em casos de venda do apartamento, a maioria dos cartórios de registro de imóveis exige a apresentação de comprovação da quitação das taxas do condomínio. “Caso não haja essa exigência e o comprador assume esse ônus. Como a dívida fica vinculada ao imóvel, quem o compra fica responsável por ela. Deve-se, portanto, estar atento quanto a irregularidades e pendências”, destaca Rossi Paschoal. Por fim, moradores dispostos a negociar os débitos devem procurar a administração - com o síndico, em especial -, para evitar problemas judiciais. “O síndico, por sua vez, deve estar aberto para o diálogo, evitando confronto com condôminos e procurando resolver as pendências amigavelmente. Assim, mantém-se o espírito da boa convivência e da harmonia entre todos”, finaliza Cordeiro. 



capa Por Tamiris Monteiro

A importância das regras para uma boa convivência Respeitar o limite do próximo é essencial para viver em harmonia dentro de um condomínio

Viver em condomínio pressupõe direitos e obrigações, como em qualquer sociedade. Sendo assim, é essencial que existam regras a serem cumpridas por todos, para que haja a manutenção do local e, principalmente, um convívio saudável entre os moradores. No geral, em cada lugar as normas estabelecidas no regulamento interno seguem um padrão, salvo exceção, algumas pequenas particularidades que, geralmente a administração define em conjunto com os condôminos. 26

Para o diretor da administradora de imóveis e condomínios Oliva & Canarim, Mário Canarim, morar em condomínio tem uma série de vantagens, como por exemplo, a segurança e as áreas de lazer próximas, para as crianças brincarem. Porém, é muito importante que o morador tenha a consciência de que é necessário adaptar-se ao convívio coletivo. “Em um condomínio, a pessoa desfruta de algumas vantagens as quais morando em casa ela não teria. Mas também, abre-se mão de muita coi-

sa. E para isso, é importante lembrar que o direito de um vai até onde prevalece o direito do outro”, declara. Não é preciso ser nenhum expert em legislação para saber o que se pode ou não fazer dentro do condomínio. Por isso, conhecer as regras e participar das assembleias é fundamental para que o morador saiba sobre os seus direitos e deveres. O mínimo que os condôminos devem fazer é inteirar-se sobre alguns temas trivias, como os relacionados a seguir.


Barulho

Considerado um dos principais motivos de atrito entre vizinhos, o quesito barulho costuma estar entre os campeões de reclamações. Cada condomínio determina seu horário nas cláusulas do regulamento interno, mas vale lembrar que existe a Lei do Silêncio (Lei nº 035/2006) que, em Guarulhos, determina silêncio absoluto das 22h até as 7h. Sons como o uso de ferramentas (furadeira, serra, martelo e outros) em obras, móveis sendo arrastados, volume alto da TV ou rádio, gritos de crianças, discussões entre casais e ruídos de salto alto, devem ser evitados nos períodos determinados para o silêncio. Caso não haja outra saída a não ser reclamar do vizinho barulhento, Mário diz que o primeiro passo a ser tomado é comunicar a portaria, para que o porteiro avise o causador. Mas ele alerta: “Geralmente, a pessoa nega que seja ela que esteja fazendo barulho. Nessa situação, o recomendado é fazer uma reclamação por escrito no livro de ocorrências que todo condomínio deve ter na portaria. É essencial escrever o horário, a data e observar o fato ocorrido e de preferência em qual cômodo. Diante da reclamação, se nada melhorar, o síndico deve deslocar um funcionário para acompanhar o barulho junto ao morador que fez a reclamação. Com isso, evita-se o ‘disse me disse’ entre vizinhos”, explica.

Animais

Mesmo que existam convenções que proíbam a criação de animais domésticos, essa é uma determinação que pode ser revertida. Pois, segundo a Lei nº 4591/64 artigo 544, qualquer animal que viva em um condomínio deve ser amparado. Isso, desde que, fique provado que o animal não prejudica o sossego, à salubridade e à segurança dos condôminos. Quando permitido, é comum adotar a regra de que o morador deve carregar o animal no colo até a saída do condomínio. E isso acontece, primeiramente, pela segurança e depois pela questão da higiene. “Carregá-lo no colo evita que o bichinho ataque algum morador e também evita que ele faça necessidades nas áreas comuns”. Em situações extremas como, por exemplo, cães e gatos muito barulhentos e odores desagradáveis, os vizinhos podem pedir a expulsão do animal. Mas, nesses casos, o problema deve ser levado para a assembleia, para ser decidido o destino do bicho. “É permitido aplicação de multa para o morador e se estabelece um prazo para que o condômino faça algum ‘tratamento’ que melhore o comportamento do animal. Se após o aviso e a multa nada mudar, se faz outra assembleia e os moradores podem exigir que o animal seja retirado do prédio. Se o morador não cumprir a ordem, o condomínio deve procurar os meios judiciais”, esclarece.

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capa Garagem

Vaga de garagem é outro tema bastante polêmico entre os condôminos, principalmente pela questão do aluguel. No Código Civil não consta nenhuma especificação de que o morador poderá alugar a vaga somente para moradores. Mas, geralmente, a convenção do condomínio é que determinará essa questão. “A tendência é de que não se permita alugar para pessoas que não morem no mesmo local. Porque é um indivíduo estranho que entrará no condomínio, então leva-se em consideração a questão da segurança”. E se o aluguel for acordado entre moradores, não é necessário que o valor seja argumentado com o síndico ou administradora. Porém, é importante que ambas as partes comuniquem a decisão, para que haja um controle interno. Também é recomendado que o locador faça um contrato de locação, determinando valor e prazo combinados. Outra questão que dependerá do regulamento interno é a do empréstimo temporário. “Se a convenção permitir e a vaga estiver disponível, o morador pode ceder a vaga temporariamente para um parente ou amigo, desde que more no local e avise com antecedência a portaria”, pontua.

Depósito de lixo

No regulamento interno deve constar o horário para a retirada e colocação do lixo e o local em que deve ser depositado. Em prédios que não têm a lixeira próxima, é ideal definir que um funcionário do condomínio retire o lixo ao menos duas vezes por semana. Outra condição importante é a forma de acondicionamento do lixo. Se o morador coloca os resíduos em qualquer saco plástico, existe o perigo da sacola rasgar, principalmente com objetos cortantes como vidro e alumínio que, inclusive, podem cortar as mãos da pessoa que faz a coleta. Caso isso aconteça, pode resultar em um processo contra o condomínio. Para que não haja dúvida, é necessário determinar no regulamento até mesmo esses detalhes que parecem banais, mas não são.

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capa

Áreas de uso comum

Os halls e os corredores são somente para a circulação; então, não é conveniente conversar, deixar que as crianças brinquem nesses locais e segurar a porta do elevador. Também não é recomendado que o condômino fique na portaria dialogando com o porteiro, pois essa atitude pode tirar a atenção do funcionário. Os condomínios que disponibilizarem playground, quadra, área de lazer, descanso e festas, devem determinar na convenção quesitos como a faixa etária para uso de cada local e o horário que é permitido fazer barulho. “Para essas questões, é imprescindível que as mães participem das assembleias, já que as áreas de lazer costumam envolver, crianças e adolescentes”, frisa. Apesar de todas as recomendações, quem mora em condomínio sabe bem que nem sempre as normas estabelecidas na convenção são seguidas à risca. Caso contrário, não existiriam tantas brigas e problemas cotidianos. De acordo com Mário Canarim, uma das principais características que uma pessoa deve colocar em prática ao ir morar em um condomínio é a paciência. “Considerando a vida agitada que as pessoas levam, muitos acabam sendo intolerantes em alguns momentos. Mas, quem mora em condomínio deve pensar duas vezes antes de falar ou tomar qualquer atitude por conta. Por isso, ser tolerante em certas situações que envolvam questões relacionadas às regras é essencial”, finaliza.  30



capa Por Val Oliveira

Cuidados básicos para deixar o condomínio mais protegido Que a violência é uma das preocupações mais fortes da população, sobretudo, nos grandes centros, não é nenhuma novidade. Manter seguro qualquer local que tenha trânsito de pessoas é tarefa árdua. Imagine então proteger um condomínio, onde vivem centenas de pessoas, com horários, hábitos e conduta totalmente diferentes uns dos outros e por onde, normalmente, circula uma quantidade razoável de visitantes esporádicos? Embora a segurança pública seja um dever do Estado, confiar apenas nesta fonte de segurança não é uma atitude muito sensata, uma vez que a criminalidade, a cada dia, descobre novas formas de burlar os cuidados que se tomam para preservar a integridade física e moral, bem como o patrimônio das pessoas. Assim, não basta cercar-se com todo tipo de aparato, contratar serviços particulares ou adquirir equipamentos de monitoramento e vigilância eletrônica, se não houver mudança comportamental e aceitação de que, além de um direito, a segurança é tarefa de todos. 32

Além de grades, cercas elétricas, câmeras e mais uma infinidade de recursos que o pulsante mercado tecnológico oferece, a colaboração e o respeito às regras do condomínio também são fundamentais para manter a tranquilidade. Às vezes, não querer abdicar de algum conforto ou regalia pode comprometer todo o planejamento de segurança para o local e colocar tudo e todos em risco. “Condôminos, síndicos, funcionários e empresas de segurança devem trabalhar em conjunto. Há procedimentos indispensáveis para o acesso de visitantes e prestadores de serviços nos imóveis. É preciso ter muito claro que alguns procedimentos, considerados chatos, fazem parte do processo”, diz Giovanni Cervieri, diretor da Única Service, empresa especializada em multiserviços, soluções e terceirização corporativa. A segurança e o conforto, em um primeiro momento, são contrários um ao outro. Com o passar do tempo, quando os moradores se acostumam com as regras e os


benefícios são percebidos, geralmente, a postura muda. “À medida que o conforto é notado, o desconforto em relação às medidas diminui. É só uma questão de hábito, de cultura mesmo”, diz Chen Gilad, diretor executivo do Grupo Haganá, empresa de segurança. A relação entre a equipe de segurança e os condôminos também merece atenção especial. Os seguranças devem tratar o morador com cordialidade e respeito. Muitas vezes, essa relação pode ser confundida. “Cordialidade não é intimidade”, ressalta Chen. “Não acho que deva ter amizade. Isso é um passo para que os procedimentos sejam relaxados. Acredito, porém, que as pessoas devam se conhecer. É bom para o condomínio saber quem está prestando serviço, assim como é importante o profissional de segurança conhecer alguns hábitos dos moradores”, completa Giovanni. Para colaborar com o processo, além dos cuidados básicos, confiar a segurança a uma boa equipe é fundamental. Além disso, o mercado oferece inúmeras opções em equipamentos como câmeras, interfones, rádios HT, equipamentos de ronda, liberação de porta com leitor digital ou código secreto, cabine blindada com monitoria e ligação com a polícia, checagem com fotos, entre outros. “A equipe deve ser bem qualificada e orientada. Mais que isso, precisa estar em constante reciclagem de FOTOS: MÁRCIO MONTEIRO/DIVULGAÇÃO

treinamentos e agir de forma integrada com o condomínio, seus funcionários e regras que, geralmente, são aprovadas em assembleia e representam a vontade da maioria”, declara Giovanni. Nesse sentido, o papel do síndico é de grande importância, uma vez que sua atuação deve facilitar e garantir que todos os mecanismos estejam à disposição da segurança do condomínio. Conforme a regra, ele deve trazer soluções, escutar as demandas dos moradores, discutir o assunto e buscar as melhores alternativas. “Após implantação, o síndico é o agente que assegura que o combinado ocorra. Em alguns casos, é preciso que o condomínio crie uma comissão de segurança, para envolver os moradores”, enfatiza Chen. Todo condomínio deve ter um local especialmente seguro, protegido e que tenha a presença constante de alguém. É nesta pequena “fortaleza” que devem ser instalados e acionados todos os alarmes de aviso ao condômino, na ocorrência de uma emergência. “A guarita é o melhor local para atender essa necessidade”, aponta Chen. Para ele, não respeitar o profissional e quebrar regras constantemente, dimensionar mal a equipe ou ferramentas são outros erros básicos. Contudo, lembra que o condômino é responsável por qualquer tipo de visitante ou prestador de serviço cujo acesso autorize. 


capa Por Val Oliveira

Dicas de segurança: As recomendações básicas de segurança dos entrevistados coincidem com as dicas da Polícia Militar. É claro que tudo pode ser adaptado à realidade do condomínio e sofrer ajustes a partir das necessidades ou adaptar-se conforme deliberação das assembleias.

Acesso de veículos Proiba a passagem de pedestres pela entrada de veículos. Em casos de necessidade, a liberação deve ser feita pela segurança mediante a confirmação do morador ou responsável. No caso do carro ter a película de escurecimento, recomenda-se abaixar o vidro ou acender as luzes internas do veículo.

Chaves Evite deixá-las na portaria ou sob a custódia de alguém que não faça 34

parte do círculo familiar. Caso haja a necessidade de deixar a chave com alguém, dê apenas a do cômodo específico.

Entrada do condômino Ao entrar e sair de casa observe a movimentação em torno do condomínio. Se avistar pessoas suspeitas ou movimentos estranhos, não entre. Dê a volta no quarteirão e ligue para a segurança. É importante que a entrada do condomínio seja iluminada e monitorada eletronicamente.

Entregas, visitantes e prestadores de serviços esporádicos -

As encomendas de pequeno porte, como remédios e comidas, por exemplo, devem ser recebidas na portaria pelo morador ou a quem este delegar. Sempre que possível, avise com

antecedência a chegada de visitantes ou prestadores de serviços.

Empregados domésticos Ao contratá-los, evite fazer a entrevista dentro de seu imóvel, caso ainda não tenha em mãos o atestado de antecedentes criminais, bem como as referências. Não esqueça de validar todas as informações. Quanto à equipe de segurança, busque empresas que mostrem certificados atualizados e programa de reciclagem dos funcionários.

Festas É recomendável enviar uma lista com o nome dos convidados aos responsáveis pela segurança do condomínio. Dessa forma, eles têm tempo para requisitar um funcionário de segurança extra e exclusivo para o evento. E, em qualquer situação, nunca permita a entrada de estranhos. 



capa Por Tamiris Monteiro

Obras, reformas e manutenções merecem atenção especial

“Tijolo por tijolo, num desenho lógico”, como diz Chico Buarque. Porém, com o cuidado de respeitar os limites de peso, para não comprometer a segurança do prédio e dos vizinhos.

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Depois do desabamento de três prédios e a morte de mais de 15 pessoas no centro do Rio de Janeiro, em 25 de janeiro deste ano, os assuntos relacionados a obras e reformas em prédios ficaram em evidência. Muito se ouviu falar sobre possíveis culpados e mudanças estruturais que, talvez, provocaram a queda do edifício. Mas, será que existe um único culpado ou fato isolado que resultou na tragédia? De acordo com o sócio-diretor da Villágua e diretor do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo), Juraci Baena Garcia, quaisquer construções, particularmente as verticais, estão sujeitas a ruir por causa de problemas estruturais ou por outros motivos. Contudo, para ele, para que catástrofes como essa não acontecessem contribuiriam primariamente as manutenções a curto prazo e o cumprimento das leis. “Temos legislação suficiente para evitar tragédias de todas as matrizes, como a exigência do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e os laudos técnicos”, afirma. Mas, infelizmente, nem todos os condomínios cumprem a legislação à risca. Sendo assim, acaba ficando a cargo da consciência dos moradores o que pode vir a ser prejudicial. De acordo com Juraci, qualquer obra, reforma e manutenção, em algum momento, é necessária, tanto na área privativa, quanto nas áreas externas. “Quando os reparos são internos, é primordial que o morador use o bom senso. Por exemplo, para colocar uma torneira ou trocar fiações não é necessário comunicar a ninguém. Mas quando as obras envolvem vazamentos, troca de pisos e alguns outros procedimentos mais invasivos, deve-se comunicar o zelador e o síndico”, explica.  37


capa

Comunicar a administração com antecedência é fundamental por três motivos. Primeiro, porque algumas modificações podem comprometer a estrutura. Às vezes, uma simples parede pode ser a sustentação do prédio e, se alterada, danifica a estrutura toda. Segundo, porque as obras podem gerar transtornos entre vizinhos por causa do barulho. Por último, o comunicado é uma forma do morador saber como agir se precisar descartar entulhos. Dentro do tema, também enquadra-se a questão do que pode ou não colocar nas fachadas. Tudo que fica do lado de fora e outras pessoas veem pode ser considerado fachada. Por isso, geralmente, existem regras

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descritas no regulamento interno sobre as mudanças que são permitidas do lado de fora. “Itens como telas de proteção, ar-condicionado, antena de TV costumam gerar brigas entre moradores e administração. Pois o que acontece é que as empresas que vendem seus produtos, muitas vezes, sabem que existe dificuldade na instalação dos objetos e mesmo assim asseguram ao morador que não existe problema nenhum em colocá-los na fachada”, pontua. Outra questão importante que Juraci frisa é a urgente mudança de comportamento dos condôminos diante da necessidade de obras que englobem todo o empreendimento. “O conjunto do prédio é tão ou mais

importante do que um único apartamento. Mas, o que observo nas assembleias que frequento é que o proprietário não se importa em gastar em reformas dentro da sua área privada, porém é comum se recusar a fazer um fundo de caixa para as obras nas áreas comuns”, ressalta. Os moradores devem ter a consciência de que as manutenções e vistorias são necessárias e isso implica em custos extras. E a administração deve ser responsável por procurar prestadoras de serviços com bom nome na praça. Porque mesmo diante da resistência dos condôminos, não é recomendável apresentar opções mais baratas e de qualidade discutível, somente para facilitar a aprovação. 



capa Por Val Oliveira

Sustentabilidade Pequenas atitudes reduzem gastos com condomínio e ajudam a preservar o meio ambiente

Coleta seletiva no Portal Guarulhos: o alvo principal são as crianças

A vida agitada pouco contribui para que os seres humanos adotem um modo de vida saudável, com práticas sustentáveis, para si e para o planeta. A busca por comodidade e qualidade de vida leva as pessoas, cada vez mais, a optar por viver em condomínios. E não há como fugir. O tema sustentabilidade é latente e requer de administradores, síndicos e moradores mais que posicionamento, exige atitude. As ações para este fim devem partir do princípio que ser sustentável é “atender as necessidades do presente, sem comprometer as possibilidades das futuras gerações atenderem as suas próprias necessidades”. Ou seja, é preciso viver sem destruir, crescer respeitando as limitações do ambiente no qual se está inserido. 40

A princípio, ser ecologicamente correto pode gerar algumas despesas e entraves, visto que, no Brasil, o assunto não é totalmente aceito culturalmente. Talvez por isso, os administradores de condomínios ouvidos por esta reportagem afirmam que é muito difícil tornar um condomínio totalmente sustentável se ele já não for preparado fisicamente para isso. Daí a importância dos novos empreendimentos serem projetados com a preocupação ecológica contemplada no desenvolvimento do projeto arquitetônico. “É complicado mudar hábitos e costumes, praticamente dentro da casa do indivíduo. As pessoas estão preocupadas com as contas no fim do mês. Qualquer coisa que represente mais despesas, dificilmente recebe apoio”, diz Geraldo Ber-

nardes, diretor de sustentabilidade da vice-presidência de administração imobiliária e condomínios do Secovi/SP. É bom saber que a Lei Estadual nº 12.520 obriga prédios com mais de 50 apartamentos a realizar a coleta seletiva de lixo. Entretanto, impor essa condição não é a melhor saída. É preciso conhecer para preservar. Nesse sentido, segundo Bernardes, o primeiro passo é a conscientização, com a inclusão do tema na pauta das reuniões e assembleias e que as decisões tomadas cheguem ao conhecimento de 100% dos moradores e funcionários. O passo seguinte é estabelecer um cronograma com o plano de ações e a divulgação mensal dos resultados, por meio de uma comissão que realize reuniões periódicas.


Condomínio Vale dos Pássaros: boas-vindas FOTOS: MÁRCIO MONTEIRO

Mas, existem outras tantas medidas que podem ser adotadas, aos poucos, sem que pese no bolso de cada um e, depois de algum tempo, o investimento volte em forma de benefícios, reduzindo as despesas do condomínio. É o caso do IPTU Verde, Lei Municipal nº 6.793, de 28 de dezembro de 2010, que lança mão de incentivos fiscais para premiar atitudes ecologicamente corretas em imóveis, garantindo descontos no IPTU. Para obter o benefício, vale o plantio de árvores, captação da água da chuva, reúso de água, aquecimento hidráulico e iluminação com energia solar, construções com material sustentável, utilização de energia passiva e de energia eólica, instalação de telhados verdes e separação de resíduos sólidos. Cada item pode render descon-

tos que variam de 2% a 5%, podendo chegar a 20% do imposto devido. Há também a possibilidade da renda conseguida com a venda de lixo reciclável ser usada para complementar o salário dos funcionários e a da coleta de óleo de cozinha ser revertida em produtos de limpeza para o condomínio. Segundo Rodrigo Barea, coordenador da Ecoficina – ONG que atua visando à conscientização e disseminação do conceito e modo de vida sustentável -, entre as ações desenvolvidas está a coleta de óleo de cozinha, em diversos pontos, com a adesão de 18 condomínios da cidade. Todos os meses são arrecadados cerca de seis mil litros de óleo. A Ecoficina encaminha esse material para a indústria, que o transforma em matéria-prima para a fabricação de biodiesel, rejunte para

vidro, lubrificantes, tintas, sabão, entre outros. Essa fonte de renda é usada para a manutenção do projeto social da ONG e desenvolver ações de educação ambiental por toda a cidade. Para que a Ecoficina colete o óleo residual em seu prédio é bem simples. Basta que o representante legal do condomínio entre em contato e solicite a instalação de uma bombona e assine um termo de compromisso. A instalação desse PEV – Posto de Entrega Voluntária - não gera nenhum custo para o condomínio e o óleo coletado pode ser revertido em produtos de limpeza. Além da bombona para armazenamento do óleo, a Ecoficina fornece banners para identificação e divulgação do PEV, promove uma palestra de implantação e faz coletas periódicas.  41


capa Medidas que podem ser adotadas para tornar o condomínio sustentável:

• Implantar processo de coleta seletiva de lixo;

• Implantar coleta de óleo de cozinha usado;

• Instalar luzes com sensores de presença nas áreas comuns,

• Substituir lâmpadas

incandescentes por fluorescentes compactas;

• Varrer a calçada e pátio em vez de lavá-los;

• Reusar água, captar e aproveitar água de chuva;

• Instalar medidores individuais

de água, gás e energia elétrica nos apartamentos e áreas comuns;

• Instalar placas de energia solar

para aquecer a água de chuveiros e da piscina;

• Substituir as torneiras por

modelos com sensores ou temporizadores e controle de vazão;

• Substituir válvulas de descarga por caixa acoplada,

• Trocar churrasqueira por uma à

base de gás natural, que não libera fuligem;

• Reservar espaço para uma área

verde ou construir jardins e terraços para aumentar a área permeável e tornar o local mais fresco;

• Criar pomar ou horta comunitária; • Construir telhado verde – conceito

que emprega o paisagismo na cobertura de casas e prédios. Em vez de usar telhas, há o plantio em cima das lajes;

• Usar tinta à base de água.

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Residencial Alta Vista


Veja como alguns condomínios estão trabalhando em favor do meio ambiente Residencial Phenix 1

Individualização do uso da água A instalação de hidrômetros individuais foi a solução encontrada no Residencial Phenix 1 para disciplinar o uso de água. Com isso, a economia chegou a 30%. “É comprovado por pesquisas que quando há a individualização, há redução significativa no consumo”, diz o síndico Getúlio dos Santos Vieira, explicando que, para o ser humano, em geral, cuidar do individual é mais fácil do que preservar o coletivo.

Residencial Alta Vista – Paisagismo Dedicar uma parte dos recursos e da área comum a um projeto paisagístico diferenciando pode deixar o condomínio mais belo, fresco e colocá-lo em condições de desconto no IPTU Verde. No Residencial Alta Vista, empreendimento de alto padrão, no centro da cidade, com 224 apartamentos, a preocupação com a área verde é uma realidade. Tanto que 3% do valor do condomínio serve para investimento e manutenção de projetos verdes. “Temos projeto paisagístico diferenciado: há árvores na calçada, diversas espécies verdes por todo o condomínio e estamos ampliando o número de árvores plantadas. É um atenuante em favor da qualidade de vida e podemos servir de exemplo”, diz o advogado Laércio Sandes de Oliveira, síndico do condomínio.

Vale dos Pássaros – Reciclagem de resíduos sólidos

No condomínio Vale dos Pássaros, no Jardim Testai, a coleta seletiva é uma realidade e exemplo de sucesso. Os quase 1.600 moradores de casas e apartamentos produzem, mensalmente, cerca de uma tonelada de lixo reciclável. Além de coletores separadores instalados em pontos estratégicos dentro do empreendimento, dispõe de uma área de 12 x 25 m para manuseio e armazenagem do material. Os recursos arrecadados com a venda dos resíduos transformam-se em 14º salário para os funcionários que colaboram no processo. Segundo a síndica Maria Aparecida dos Santos, o trabalho de conscientização, sobretudo com as crianças, é uma ferramenta que deve ser constantemente usada, uma vez que nem todas as pessoas são sensíveis aos problemas ambientais. O Vale dos Pássaros conta também com ampla área de lazer, com 4 mil metros quadrados, adornados por muitas plantas e árvores frutíferas como amora, romã, jabuticaba, acerola e mexerica. A síndica diz também que já está se movimentando no sentido de criar condições para o reúso de água. 


capa

Portal de Guarulhos – Diversas ações O condomínio Portal de Guarulhos tem 190 unidades e é habitado por aproximadamente, 700 pessoas. Segundo Alberto Figueiredo, gerente condominial e de relacionamento com clientes da A.M. Figueiredo Condomínios Ltda, entre as ações sustentáveis realizadas pelo empreendimento estão a coleta seletiva de lixo, coleta de óleo de cozinha, reutilização de águas pluviais para o jardim, quadro de comando de energia, sensores fotocromáticos para acendimento automático das luzes, circulares mensais para conscientização dos moradores sobre como reciclar o lixo, não desperdiçar água, gás e luz com regulagem de sensores e boias dos apartamentos. Em média são coletados 400 litros de óleo de cozinha por mês e o lixo produzido é 100% selecionado, em parceria com catadores autônomos que ficam com o valor conseguido com a venda. “Também iniciamos o trabalho com

as crianças e adolescentes, disponibilizando cestos de coleta seletiva com temas infantis e próximos aos parques e quadra de esportes, para que eles levem para seus pais e apartamentos a rotina de reciclagem, como uma atividade saudável”, revela. No Portal Guarulhos há também sistema de captação de água da chuva e a pintura foi feita para não reter calor e ajudar a amenizar o efeito estufa. O diretor diz ainda que, se houvesse um sistema público eficiente de coleta de resíduos recicláveis, certamente a adesão de moradores de condomínios e da população como um todo seria maior e daria subsídios para promover o assunto e conquistar novos adeptos. Alberto também defende o uso de papel reciclado e tinta para impressão com menor teor possível de resíduos químicos, na esfera administrativa do condomínio. “Se encararmos

a utilização de papel reciclado como uma conduta definitiva, estaremos não somente contribuindo contra o desmatamento, como também com a redução do efeito estufa, pois para alvejar o papel são usados produtos químicos que, muitas vezes, são descartados indiscriminadamente, poluindo nossos rios”, finaliza. Lembre-se: mudar hábitos e comportamentos requer uma boa dose de paciência e persistência. Todas as pessoas - funcionários, administradores e moradores - são partes importantes do processo e precisam estar engajados. A troca de informações e conhecimentos entre todos é fundamental e, portanto, todas as sugestões devem ser ouvidas. Com planejamento e trabalho em conjunto é possível deixar o condomínio sustentável, de forma prática, viável e socialmente justa. E isso ainda resultar em economia.

44 Bombona de óleo de cozinha - Portal Guarulhos



perfil Por Elís Lucas FOTOS: MÁRCIO MONTEIRO

Taís Ota fala sobre seu amor pela profissão Filha de dentista, ela escolheu cuidar do sorriso das crianças

Taís Ota foi uma daquelas crianças que cresceu vendo o pai, Antonio Alexandre Araújo, trabalhando no consultório e, ao contrário de muitas outras que, normalmente, temiam o barulho do tal motorzinho do dentista, encantou-se pela profissão. Formou-se em Odontologia, em 2000, pela Unicid, e especializou-se em Odontopediatria. Por mais es46

tranho que pareça, a escolha de trabalhar com os pequeninos foi justamente por achar mais tranquilo lidar com eles do que com adultos. “Muitas vezes, o pai é que é o problema. Depois que a criança perde o medo, não há problema algum”, afirma Taís, que dirige, há quase 12 anos, a clínica Sorria Sempre, especializada em crianças, em Guarulhos.

Com quase 30 anos de existência, a clínica, que, antes era de seu pai, oferece tratamentos como endodontia, implante, periodontia e também atende adultos. “Os pais que sofreram com dor de dente, já que antigamente tudo era motivo para arrancá-lo, são os que mais cuidam da higiene bucal, deles e de seus filhos”, explica Taís.



perfil

Como o foco da clínica são as crianças, a sala de brinquedos é um dos diferenciais. Já para os adultos, a cadeira massageadora é um bom atrativo para relaxar na hora da já provável tensão. Além disso, os pais podem acompanhar o filho durante a consulta, o que pode ser bom para ambos. Para Taís, ser dentista exige mais do que apenas uma formação. “É preciso ter paciência e até um pouco de psicologia”, explica. E, olha que isto não abrange somente os pequeninos pacientes. “Às vezes, o adulto, ou até mesmo o pai da criança, chega ao consultório e quer desabafar

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algo que lhe ocorreu. Então, é comum ter de ouvi-lo para depois iniciar o atendimento”, diz a dentista. A rotina de Taís é bem agitada e se estende do consultório, onde, mesmo com uma equipe composta por mais sete dentistas, atende cerca de 25 pacientes por dia, até os afazeres com Ivy, sua única filha. Além disso, ainda toca o projeto Sorria Sempre de prevenção nas escolas, que idealizou em 2004. “Nossa equipe vai até as escolas cadastradas, duas vezes por ano, como o Colégio Julio Mesquita e o Autêntico, e faz uma consulta ge-

ral com as crianças autorizadas pelos pais. Aplicamos flúor e damos a orientação. A criança também ganha um kit com escova, desenhos e passatempo e deste modo esperamos desenvolver um trabalho de prevenção e de incentivo para que a criança vá ao dentista”, explica a doutora. Taís ressalta que muitas pessoas ainda temem visitar o dentista e reforça que é muito mais inteligente lidar com a prevenção do que com o tratamento. Mas, de uma forma ou de outra, o que a especialista deixa claro é que aplica muito amor no que faz e é feliz na profissão que abraçou. 


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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Por Elís Lucas

Compras.com Saiba como consumir em lojas virtuais com segurança Com apenas o preenchimento de alguns dados e um click aqui e outro ali é possível economizar não só a sola do sapato, mas também até algum dinheiro através das compras realizadas pela internet. Estas e outras vantagens são oferecidas pelas lojas virtuais que, só em 2010, cresceram 40% no Brasil, o que representou o faturamento de cerca de 14,8 bilhões. Entre os gigantes da internet estão os sites de compra Submarino, Americanas e a varejista Ponto Frio e, mais recentemente, a Magazine Luiza. O levantamento feito pelo Estado, ainda na primeira quinzena de fevereiro, revelou que produtos idênticos vendidos em lojas físicas 50

chegam a custar cerca de 25% mais caro do que os vendidos em lojas virtuais. Por exemplo: enquanto uma geladeira frost free duplex, 352 litros, custava R$1.999 na loja física da empresa, no site da mesma, o valor caia para R$1.583, 01. Uma diferença de R$415,99. Por isso, assim como em uma compra comum é importante que na compra online seja feita uma pesquisa de valores. Além disto, especialistas alertam que as preocupações não devem parar por aí. Exemplo: mesmo os preços sendo mais baixos pela internet, duvide de promoções exageradas. Entre no site desejado manualmente. Não siga links de ofertas por e-mail e se a loja for nova, des-

confie ainda mais. Se possível, entre em contato através de outro meio para obter informações do produto antes de comprá-lo. Consultar o registro e a Receita Federal também é uma boa alternativa para assegurá-lo da existência da loja. Já que através do site do registro.br é possível adquirir o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e utilizar esta informação no site da Receita Federal, que concederá a data de registro, situação cadastral e endereço. Caso nunca tenha comprado em determinada loja virtual, não arrisque comprar um produto de alto valor e o melhor é optar pelo pagamento em boleto. O Código de Defesa do Consumidor também alerta para o seguinte:


• Confira todas as informações pos-

síveis sobre o produto ou serviço ofertado, principalmente características, preços, valores de fretes, despesas adicionais, prazo de entrega e condições de pagamento. Certifique-se que o produto seja acompanhado do manual de instruções em português e avalie se o custo total vale à pena, mesmo diante da comodidade da contratação à distância. • Verifique se a mercadoria tem nota fiscal; se oferece condições de garantia contratual adicionais e sob quais condições. Além de verificar se há assistência técnica nacional acessível e autorizada para o exercício da garantia. • Em casos de sites estrangeiros, verifique também as taxas de importação e se o fornecedor possui representante no Brasil, para que possa contar

com a assistência técnica no País. • Vá em busca de opiniões de terceiros sobre o site ou o produto. Acesse sites de fabricantes, avaliadores independentes e leve em consideração, até mesmo, opiniões de outros consumidores. Solicitar a demonstração do produto como forma de conhecê-lo melhor também pode ser uma boa alternativa. • É fundamental estar atento à política de trocas e aos procedimentos que devem ser adotados em caso de problemas futuros. • Ao confirmar a compra ou contratação, imprima e guarde todos os documentos, se possível de forma eletrônica. Eles atestam e comprovam todo o processo da compra e serão de extrema importância caso precise confirmar algo relativo ao pedido. 

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saúde

FOTO: RAFAEL ALMEIDA

Por Maitê Coelho

Dores físicas que vêm da alma Promoções emocionais não tratados podem fazer o corpo sofrer Crises alérgicas, dores de cabeça, azias, dores nas costas, palpitações, tonturas, vômitos e diarreias são problemas físicos ou emocionais? Muitas enfermidades que acreditamos terem causas puramente físicas são, na verdade, causadas por problemas nas emoções. Os transtornos de somatização são mais comuns do que se pode imaginar. Somatizar é “trazer” problemas da mente para o físico. O psicanalista Eraldo Sabará Leite Teixeira explica que o transtorno de somatização é o aparecimento de doenças e sintomas físicos, causados por fatores psíquicos. Nenhum órgão do 52

corpo está imune a este problema, que pode se manifestar sob forma de alergia e outros tipos de doenças, como azia, má digestão e até mesmo úlcera - males que são “respostas” às situações emocionais. “Quando são mais fortes e persistentes, as doenças psicossomáticas podem assumir a forma de colite acentuada, tornando-se uma úlcera na parede do intestino, por exemplo. Em todos os casos, os sintomas são reais e os pacientes não entendem a existência de uma doença sem causa física que dificulta tanto o tratamento”, esclarece. Esses sintomas podem ser diag-

nosticados como transtornos de somatização apenas quando descartarem-se todas as causas orgânicas primeiro e as queixas trouxerem problemas para o relacionamento social ou ocupacional da pessoa. Mas, por que as pessoas somatizam tantos problemas? A causa está em sentimentos não expressados ou expressados de maneira inadequada e que, se não tratados devidamente, geram estado de tensão emocional, que evolui para o transtorno em questão. “Compreende-se que os fracassos sentimentais, isolamento afetivo, inquietações e insucessos profissionais que constituem tantos outros 


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saúde traumatismos psicológicos são responsáveis por moléstias orgânicas. Todas as pessoas respondem corporalmente às emoções, cada uma à sua maneira. Os que apresentam as reações psicossomáticas e endócrinas mais perturbadoras são, justamente, aqueles que exteriorizam exageradamente seus sentimentos”, continua o psicanalista. “É normal a pessoa não saber que seus sintomas vêm de causas emocionais, o que a faz pensar apenas na manifestação orgânica. As queixas são constantes pelo paciente e não há uma causa aparente. No caso da enxaqueca, por exemplo, os exames laboratoriais não detectam nenhuma anomalia, mas as dores são lancinantes”, relata. As dores de cabeça intensas têm muito a ver com pensamentos perturbadores e com sentimentos negativos. “Elas podem ser atribuídas à autocrítica exagerada, falta de autoestima e a não resolução de emoções como ansiedade, raiva e tristeza”, completa. Outra queixa muito comum são as crises alérgicas. Geralmente, quem viveu traumas ou situações de conflito intenso desenvolvem quadros com este problema. “Ela é a intolerância a uma circunstância extremamente determinada e traumática. A rinite e a sinusite apontam aborrecimento extremo com uma pessoa próxima, e isso significa que seu ego está profundamente irritado com alguma pessoa que lhe causou ou causa grande desconforto”, diz Sabará. A cura desses males acontece quando o paciente procura tratamento emocional e físico. Os sintomas corpóreos são reais e necessitam de exames e de acompanhamento médico. Já as causas emocionais, se tratadas com terapia, podem regredir e desaparecer. Não é à toa que o poeta romano Juvenal disse em uma de suas sátiras que a mente sã reflete em um corpo são. O equilíbrio entre pensamento e corpo é a melhor forma de manter-se saudável.  Serviço:

Eraldo Sabará Leite Teixeira - psicanalista

eraldosabara@yahoo.com.br 54


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moda FOTOS: DIVULGAÇÃO

Por Vivian Barbosa

UpXOver A moda muda constantemente. Coisas que ontem estavam no auge, na vitrine das grandes marcas ou nas páginas de grandes revistas do segmento, hoje devem ser esquecidas no fundo da gaveta. Assim como, muitas vezes, as coisas esquecidas anos atrás vol-

tam como novidade e estouram de tanto sucesso. Para não errar nas roupas, acessórios, sapatos e maquiagem, com a ajuda da consultora de moda Silvia Figueiredo, a RG explica o que é up e o que já é over. Confira e cuide para não fazer feio por aí.

Há quem diga que o brilho foi feito para ser usado a noite. Mas, Silvia explica que, com moderação, ele dá um up no visual do dia a dia. “Paetês transparentes escamados sobre um tecido estampado ou peças neutras com detalhes em brilho ficam perfeitas. Combinadas com um jeans neutro ficam melhor ainda”, sugere.

O color blocking foi a maior tendência do Verão 2012. Mas, muita gente acha que misturar bloco de cores em roupas, maquiagem e acessórios vai ser up para sempre. Silvia garante que não é bem assim: “neste caso, a regra é usar as cores mais fortes com bom senso. Quando for optar por uma jaqueta colorida, combine-as com tons mais claros. Assim, o look ficará moderno sem exageros. Além disso, é preciso lembrar que as peças devem estar em harmonia para ter um visual sempre up. Sapatos coloridos, por exemplo, podem continuar up. Para isso, é preciso combiná-los com uma roupa neutra. Color blocking na maquiagem só no carnaval, porque é over demais”. 56


Maquiagem é um assunto que agrada a maior parte das mulheres. Batom vermelho é super up, desde que seja combinado com pouca maquiagem nos olhos. Caso contrário, fica pesado e over demais. Os batons cor de boca são up quando combinados com make mais pesado na área dos olhos. Afinal, um rosto muito pálido é tão over quanto um muito maquiado.

O jeans é maior curinga do guarda-roupa de qualquer pessoa. Ele continua sendo uma tendência up. A novidade é usar acessórios do mesmo tecido. Além das tradicionais calças, casaquetos, jaquetas e vestidos também ganham a versão jeans e deixam qualquer visual up. “Jeans é jeans. Use e abuse!”

Os laços têm sido vistos com frequência nas últimas coleções. Mas, será que eles dão um up ou são over demais para compor um look? Silvia afirma que quando usados em excesso, os laços poder ser até bregas. “O laço fica over quando é usado com aspecto infantil. Quando é apenas um pequeno detalhe, bem discreto, apenas para dar um charme à peça, pode cair bem. Do contrário, é over, sim!”

O Verão trouxe algumas novidades no quesito unhas. Esmalte de cores diferentes na mesma mão, assim como cores mais fortes e as famosas nail arts – arte na unha - foram vistas nos últimos meses entre páginas de revistas e sites de referência para mulheres. Mas, a consultora afirma que, neste caso, menos é mais. “Já vi algumas coisas diferentes para unhas, porém interessantes. Mas, a mulher que optar por isso deve ter o desenho ou a cor combinada com seu estilo. O importante é tomar cuidado com o que fizer, porque pode, sim, ser uma tendência over”.

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moda Por Vivian Barbosa

O Inverno sempre traz novidades diferentes para as vitrines mais famosas. Quem gosta de seguir a moda até na unha, deve saber que usar esmaltes escuros e metalizados é up nos dias mais frios. Silvia explica que eles combinam com as peças mais pesadas como o couro e o jeans escuro. Então, abuse!

Os biquínis chamados de asa delta ainda são usados para deixar aquela famosa marquinha. Mas, para quem ainda tem alguma dúvida, é uma peça completamente over, assim como a marca deixada pelo Sol na pele de quem o utiliza. “Aquela marca de biquíni acaba com qualquer produção”.

Mesmo no finalzinho do Verão é bom lembrar que as bolsas de praia também merecem atenção. Afinal, com as temperaturas cada vez mais malucas, nunca se sabe quando vai dar para pegar uma praia ou piscina. Para ficar com o look completamente up, Silvia indica as famosas sacolas ecologicamente corretas para serem usadas no lugar das de plástico, que são comumente vista nas areias. “As ecobags estão na moda, tem estampas descontraídas e combinam com o calor. Já as de plástico são grudentas, passam a impressão de que derretem no Sol e não devem ser usadas como acessórios”, diz.

Apesar de ser uma cor quente e que veio forte como tendência deste Verão, o laranja deve continuar na moda Outono-Inverno. A diferença é que deve ser usada com cautela, buscando sempre montar o look baseado na paleta de tons terrosos, desde os mais claros até o “laranjão”. Assim, o visual fica up e completamente dentro da moda.

O maiô conhecido como engana mamãe é uma peça duvidosa. Muitos a consideram como elegante, quando combinado com roupas e acessórios mais sóbrios. Mas, a consultora de moda afirma que não se pode defini-lo nem como maiô, nem como biquíni. “É over, né? Essa tendência já faz parte do passado”, indica.



FOTOS: DIVULGAÇÃO

decoração Por Vivian Barbosa

Quando é hora de mudar? A decoração do quarto das crianças deve acompanhar cada fase da vida Decorar um ambiente pode parecer tarefa fácil para muita gente. Mas, quando os pais descobrem-se grávidos, muitas dúvidas surgem, inclusive sobre qual é a melhor maneira de montar o cantinho exclusivo do bebê. O primeiro passo é escolher itens que combinem com o estilo da família, mas que também possibilitem mudanças práticas, já que a decoração deve acompanhar o crescimento dos filhos. Para os primeiros meses de vida, o quarto deve oferecer tranquilidade ao bebê. Afinal, nesta fase, este será o local da casa em que ele passará mais tempo. Além de silencioso, o cômodo deve ter cores e objetos que transmitam tal sensação, a fim de evitar que a criança fique agitada. Quem explica é a arquiteta Rebeca Souza. “As cores devem ser relaxantes, em tons pastéis, como azul, lilás ou verde”, declara. A ideia é aproveitar o estilo do quarto até o terceiro ou quarto ano da criança. As mudanças devem ser pequenas, apenas para adaptá-lo à nova fase do pequeno. O berço dá lugar à cama; a poltrona dará espaço para o local das brincadeiras, com uma mesa ou um baú. A próxima mudança deve acontecer na fase dos 7 aos 11 anos. As cores podem se tornar um pouco mais fortes para tirar a cara de “quarto de bebê” do ambiente. “O local deve ter espaço para socialização da criança com amigos. Beli60

Para as paredes Uma das coisas que mais causam dúvidas quanto à decoração dos quartos dos filhos é a cor certa para a parede. A primeira fase é a menos complicada, já que a maioria sabe que tons pastéis combinam melhor com os primeiros meses do bebê. Mas, e depois? Como é possível adaptar o ambiente às novas fases? A primeira infância pede cores e estampas mais fortes nas paredes dos quartos. Rebeca afirma que, entre os 3 e 7 anos, as crianças estão ligadas em desenhos animados, por isso, alguns personagens podem decorar o local. “Além dos personagens preferidos de cada um, indico co-


che ou bicama são bem-vindos para acomodar visitas. Deve haver um espaço para equipamentos como computador, som e jogos”, sugere. Ela ainda diz que o local dedicado às brincadeiras agora deverá ser dividido por uma mesa de estudos com espaço para livros e material escolar. A puberdade, a partir dos 10 anos, é a fase em que a criança tem mais dificuldade em deixar o quarto arrumado. Para que isso não se torne um problema, Rebeca indica o uso de organizadores como gavetas, prateleiras, caixas e cabides para manter o máximo de coisas no lugar. Até aqui, as mudanças foram pequenas e nenhuma grande reforma precisou ser feita. Mas, a dica da arquiteta é marcar a transição da infância para a adolescência com uma transformação maior no ambiente. Assim, o filho poderá opinar sobre o que acha melhor ou não e o quarto poderá ser aproveitado por mais alguns anos, sem mudanças drásticas. “É hora de ter um quarto que mostre mais da personalidade do filho, com mais espaço para estudos, livros e equipamentos. As cores tornam-se mais ‘adultas’. Muitas vezes, colegas visitam o local e até dormem por lá. Por isso, a ideia da bicama continua sendo válida. Os armários devem ser maiores, assim como os móveis, que deverão acompanhar o crescimento dos pequenos jovens. Havendo hobbies ou algum esporte, um espaço para guardar as coisas relacionadas a eles deve ser reservado”, completa. Alguns objetos decorativos são neutros e, por isso, acompanham todas as mudanças no quarto dos filhos. Entre eles, a arquiteta destaca os nichos de gesso para colocar livros, revistas e outros enfeites, cortinas em tons clássicos, mural de fotos ou porta-retratos em cores claras e almofadas e tapetes neutros.

res mais enérgicas para os meninos, como o amarelo-alaranjado. Para as meninas, as variações de rosa são sempre perfeitas”, diz. Na fase que vai até os 15 anos, a arquiteta sugere que as paredes das meninas sejam enfeitadas com fotos gigantes. “Adesivar as paredes com fotos é perfeito, porque a maioria das meninas é vaidosa. Tons mais fortes do rosa, como o pink, são a bola da vez”, completa. Espelhos maiores também podem ser usados como enfeites para o quarto das bonecas. Os meninos agora querem ser homens o quanto antes. Sendo assim, detalhes em preto em almofadas, colchas e edredons ajudam a dar o ar de maturidade que eles tanto procuram. 61


INFORME PUBLICITÁRIO

Discurso petista naufraga com privatização dos aeroportos Prática corrente no mundo globalizado a privatização é um instrumento utilizado para manter a competitividade e modernização das empresas. Esse processo, além da melhoria da qualidade dos serviços prestados, possibilita enfrentar o inchaço da máquina estatal, responsável por consumir a maior parte do orçamento da União e/ou Estados. Nas eleições presidenciais de 2002, 2006 e 2010, nós do PSDB, fomos massacrados pelos candidatos petistas, Lula e Dilma, que nos acusavam de neoliberais inimigos do povo. Sob a bandeira da moralidade nos acusavam de vender para a iniciativa privada empresas nacionais de renome. O tempo passou, o PT virou go-

verno e o que era ferozmente combatido pela sigla e aliados está sendo colocado em prática. Concessão, como enfatizam os petistas, ou privatização seguem as mesmas diretrizes. Nas duas, o patrimônio, antes gerido apenas pelo Estado, é repassado às empresas privadas. Mudaram o nome, é verdade, mas a prática é a mesma. Os 24,5 bilhões conseguidos com a privatização dos aeroportos de Campinas, Guarulhos e Brasília demonstram o amadurecimento político petista. Após muita crítica infundada, reconheceram, tardiamente, a necessidade de um sistema híbrido de administração no País. No entanto, a decisão fez naufragar o discurso ideológico, que por

Para mais informações, reclamações ou sugestões fale com seu vereador Escritório: Rua Iruá, 315, Vila Barros / Condomínio Espírito Santo, Bloco 14, Cecap Tels: 2088-1202 / 7394-0919 Email: geraldocelestino@camaraguarulhos.sp.gov.br imprensacelestino@gmail.com / gacelestino@bol.com.br

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anos estampou a suposta bandeira da moralidade petista. O atual governo deveria reconhecer que os ataques proferidos contra o PSDB nos últimos anos não passaram de oportunismo político. Acredito que isso não irá acontecer,mas espero que a atitude dos atuais governantes sirva, ao menos, para desmistificar os demônios privatistas.

Geraldo Celestino – vereador (PSDB)


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compras Maitê Coelho FOTOS: MÁRCIO MONTEIRO E RAFAEL ALMEIDA

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Casa bonita Os detalhes podem fazer toda a diferença para deixar o ambiente confortável e ainda mais bonito.

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Mundo das

Letras Um dia Romance. Autor: David Nicholls Editora: Intrinseca

Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram na festa de formatura, em 1988, e se apaixonaram. Os anos se passam, e os dois levam vidas isoladas e diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento especial que os arrebatou, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho.

GUARU PEL

Os heróis da revolução

Administração Autor: Scott Gerber Editora: Évora

Muitos de nós fomos educados, preparados e influenciados para arrumar um emprego e trabalhar em uma empresa ou em várias. Mas, o autor, a partir de sua experiência como fundador de vários negócios, mostra ao leitor como criar uma empresa e geri-la para superar as dificuldades típicas da fase inicial, fazendo-a crescer ao longo do tempo.

O X da questão

Engenharia e tecnologia Autor: Steven Levy Editora: Évora

Biografia. Autor: Eike Batista Editora: Sextante

Dercy de cabo a rabo

Por que os homens preferem as divas

Este livro conta as façanhas daqueles que fizeram a revolução da computação. Uma história fascinante, iniciada nos primeiros laboratórios de computação, passando pela invenção dos computadores pessoais e pelo surgimento dos games até a era das mídias sociais, com Mark Zuckerberg como protagonista.

Biografia Autor: Maria Adelaide Amaral Editora: Globo

Dercy à sua moda: franca, escrachada, irônica e vital. Foram 101 anos vividos com intensidade, sendo a maioria deles nos palcos do teatro e nas telas de TV de todo o país. Dramas fortes, comédias pessoais, casamentos desfeitos, uma filha, bisnetosmarcaram sua trajetória. E o teatro, sempre como sua fonte de energia.

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Nunca procure emprego! – Dispense o chefe e crie o seu negócio sem ir à falência

Eike Batista é um ícone do sucesso no mundo dos negócios. O “x” presente no nome de cada uma de suas empresas simboliza multiplicação de riqueza, ousadia, criatividade e capacidade de execução. Neste livro, o empresário narra com sinceridade ímpar suas aventuras de desbravador, desde os maiores sucessos até as experiências que não deram certo e os erros cometidos no curso de projetos vitoriosos.

Autoajuda Autor: Miss Piggy Editora: Leya Brasil

Após anos vivendo o mundo das celebridades, Piggy adquiriu sabedoria suficiente para mostrar às mulheres o que há de errado com o mundo e, principalmente, com os homens. No livro, ela compartilha esse conhecimento oferecendo aos seus fãs conselhos sobre amor, moda, carreira, atitude e outros segredos que só as divas conhecem.


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turismo Por Marcos Alves Martins FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Abraçando o Uruguay ou de como o Rio Grande e o Uruguay estão dentro de mim

Apaixonado por motocicletas, o agrimensor Marcos Alves Martins reuniu no livro “O outro lado da cordilheira” a aventura que fez, junto com o amigo Tony Fantasma, por vários países do Mercosul. A cada nova viagem que faz, vai escrevendo um relato. Os trechos deste especial para a RG foram extraídos de texto no qual ele conta um pouco de recente viagem ao Uruguai. A íntegra, que deve ser a introdução de um próximo livro, pode ser lida no www.j.mp/motouruguay

Os ventos eram tão fortes que as águas nos atingiam de lado e não de cima, entrando entre a base do capacete e a gola da jaqueta. Em dado momento até vi o velho Noé e sua arca zoológica parados no acostamento e nos acenando, mas logramos êxito em prosseguir até Joinville (SC), onde ancoramos para reabastecimento. E chegamos em São José (SC) inteiros e bem molhados. Baixamos a adrenalina com umas cervejas que regaram bons tira-gostos. Tiramos depois o mofo rançoso da viagem aquática e falamos (muito) mal dos ausentes. Jantamos e celebramos a vida, o encontro, os amigos queridos, nossas viagens, nossos amores e minha tristeza. Depois, rapidamente para a cama. Ainda me doía muito o desamor, e como me dói, andava e ainda ando tristonho, mas eu acreditava que essa viagem pudesse ser qual um divisor de águas em minha vida. O importante era que eu estava bem na medida do 68

possível, estava na companhia de amigos porretas e sabia e sei que a estrada é meu caminho e minha eterna busca de mim mesmo. Além disso, ir ao Uruguay sempre me faz muito bem, e aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para voltar inteiro... Assim, continuamos a trilhar nossa rota preestabelecida mais animados que China em dia de pagamento da peonada da obra. Em Osório paramos apenas o tempo necessário e suficiente para reabastecimento, mijadinhas, reposição de líquido, um cigarro do Formigão, e ato contínuo entramos triunfalmente na bela e sempre majestosa Free Way, uma das melhores estradas por onde já tive a ventura de passar. Ao avistar ao longe os imensos cataventos do Complexo da Usina Eólica da C.E.E.E. em Osório, divaguei alegoricamente vendo-os como se fossem moinhos de vento futuristas, e pilotando minha moto eu era um im-


provável Don Quixote pós-moderno a cavalgar seu Rocinante de aço e a lutar inutilmente em defesa da minha utópica felicidade que, a enganar, nunca me vem verdadeiramente. E ao meu lado, Formigão era um doublé de Sancho Pança. E daí me invadiu uma p* tristeza quase que palpável, mas prossegui sem me abalar. Para desacelerarmos, conversamos muuuuuito, falamos de dores e de amores molhando o verbo com cervejas (muitas) e cuba-libre, ao sabor de petiscos vários. Foi quase que um tsunami alcoólico. Aliás, é bom que se registre que este nosso início de 1º Abraçando o Uruguay estava se tornando um festival da cachaça, uma orgia hepática sem final. Mas que gente que bebe! Eu não fazia a menor idéia do que sentiria e que reação eu teria ao voltar a Pelotas depois dos recentes acontecimentos pessoais meus. Os quilômetros foram passando por debaixo de nossas motos, e uma incerteza e uma angústia

foram se acercando de mim, meu coração passou a pulsar forte e desordenadamente aos sobressaltos numa frequência incerta. Sentimentos e lembranças invadiram meu peito e me tomaram todo. Ao tempo em que acelerava a moto, minha respiração se tornava algo ofegante e me passou pela mente agora confusa e turva, o sonho improvável de reencontrar a Nanda em alguma esquina da cidade. Meu Deus, que falta dilacerante ela me faz! Lembrei-me de uma frase do Caderno H do Mário Quintana, grande literato gaúcho, que diz que uma vida não basta ser apenas vivida, também precisa ser sonhada. E o que me restava agora era sonhar... Então fui escrever um pouco, pois além da estrada, minha pena a desenhar frases, a chorar versos desencontrados e desconexos revelam minhas múltiplas feridas e cicatrizes interiores, e inutilmente tentam purgar minhas tristezas, mágoas e dores, e transformam em texto os muitos espinhos da minha árida solidão.  69


turismo

E sem que eu me desse conta, Pelotas anoiteceu, e com o frescor da noite me revisitaram doces lembranças de uma amarga realidade, e em cada estrela que cintilava no céu do Sul eu via o brilho dos olhos dela, a Nanda. E em meu entorpecimento quase insano quisera ser o elfo que mora nas flores para, sabedor dos segredos afetivos da alma humana, penetrar fundo no coração da Nanda e com delicadeza, cuidado, carinho e ternura depositar ali o pólen do meu amor. Tenho uma profunda relação de amor e, agora, de tristeza, com essa cidade. Além de ter nela muitos amigos sinceros, em Pelotas vivi a plenitude do amor e agora vivia a angústia, o desassossego, a tristeza e a solidão da perda. Na noite fria e linda fiquei ainda cismando na sacada do quarto do hotel. A noite estava tão fria quanto as recentes atitudes da Nanda para comigo, e novamente as estrelas cintilavam no firmamento como seus lindos olhos, que 70

olhavam para um lugar qualquer me ignorando totalmente. Que sensação estranha e difícil de controlar senti ao deixar Pelotas. Uma enxurrada de sentimentos e de sensações desconexos. Mas levei comigo e ainda trago no peito uma esperança desesperançada, como que uma tentativa inútil de não me afundar de vez, de tentar me manter na tona. Ao passarmos pelo entroncamento para Morro Redondo (RS) e depois Piratini (RS), a 1ª capital da República Rio-grandense, as recentes e doces lembranças se avivaram dentro de mim e ficou difícil prosseguir, muito difícil. Mas, mesmo assim, acelerei firme. Ao pararmos para reabastecimento e desaguadas em Candiota (RS), meu peito entrou novamente em alvoroço e um total desassossego se assomou. Até senti de novo o gosto da sopa da Amália na casa do Lasareno ao pé do fogão de lenha, e lembrei-me muito bem de como eu estava feliz.


Daí não teve mais jeito, e chorei mesmo dentro do capacete. Acordamos bem cedo no dia 2 de dezembro, sexta-feira, pois a concentração para a largada oficial do 1º Abraçando o Uruguay rumo a Montevideo, seria às 7:30 h na Praça Internacional, na fronteira entre o Brasil e o Uruguay. Apesar de frio, o dia surgiu primoroso, lindo, mais aberto que comporta de hidrelétrica na época das cheias. E a Mamãe Natureza pendurou um sol espetacular no lado do Nascente. Durante todo o trajeto até Montevideo, a cada entroncamento de cidade ou pueblo, a polícia uruguaya esteve posicionada ao longo da ruta com a finalidade de nos dar segurança e de nos facilitar a passagem. Efetivamente, a polícia uruguaya merece cumprimentos e aplausos, pois agiram da forma que todo cidadão almeja que a polícia de seu país se comporte no trato com seus patrícios e com os estrangeiros. Já nas cercanias de Montevideo, fomos recepcio-

nados por integrantes de la Hermandad Sin Fronteras, que estavam há tempo nos aguardando, e de forma muito carinhosa nos comboiaram até o Cerro, onde fomos cumprimentados condignamente, e de forma afetuosa e emocionante. O Cerro é o monte que originou o nome Montevideo. Ele é o sexto monte a Oeste que os navegadores avistam quando adentram o Estuário do Rio da Prata. Na época das Grandes Navegações, os cartógrafos das esquadras identificavam o Cerro como Monte VI (seis em algarismos romanos) de O (oeste), daí o nome Monte VI de O. Motociclismo é, também, cultura! Iniciamos o passeio por toda Montevideo, que foi de fazer pulsar mais forte o coração, num dia majestoso, e numa cidade linda e acolhedora. Quando nos encontramos com amigos motociclistas inventamos um mundo melhor.  71


nossos filhos

Existe no mundo alguém

Kaue Nakamura Sugawra

Eduarda Nunes Folchi de Amorim

Guilherme Moreira L. S. Barbosa

Rafaela Oliveira (1 ano e 5 meses)

Manuelle Dortes Folchi de Amorim

Eduarda Cristina Souza (7 anos)

(1 ano e 10 meses) Filho de Fábio e Paula

(4 meses) Filho de Vitor e Patrícia

(3 semanas) Filha de Ricardo e Gabrielle 72

(6 anos) Filha de Ricardo e Marina

Filha de Carlos Augusto e Joelma

Filha de Ivanildo e Sirley

Maria Clara M. Lima Della Torre

(1 ano e 10 meses) Filha de Bruno e Viviane

Maycon Cauã Ribeiro Forte ( 6 anos ) Filho de Fernando e Ilma

Gabriel Vitória Moreira A. Lima (9 anos)

Filho de Vasco e Jane


mais bonito que os filhos da gente?

Camily Vit贸ria Alves da Silva

(6 anos) Filha de Cleberson e Andrelina

Rafael Rodrigues (5 anos) Filho de Jos茅 e Maria

Kimberly Vit贸ria Ribeiro (5 meses) Filha de Lavinred e Gleyci

Gabriel Pereira Souza

(6 anos) Filho de Ivanildo e Sirley

Lucas Magalhaes de Sousa

(5 meses) Filho de Gezid茅zio e Paula

Fernanda Savini B. de Souza (1 ano e

Gabriella Vitoria Moreira A. Lima

Kristopher Ferri (2 anos) Filho de Kristian e Viviane.

Lucas Alves Brum (5 anos) Filho de Klaus e Luciana

2 meses) Filha de Carlos e Amanda

(6 anos) Filha de Vasco e Jane

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crítica

BANCO DE IMAGENS

Por Simone Carleto

Tecendo redes Ficar sem acesso às redes sociais, por opção, no Carnaval, aconteceu naturalmente. Em São Luiz do Paraitinga, a pequena cidade que preserva o interesse pelas marchinhas e responsável por grande parte da manutenção e divulgação da cultura popular tradicional paulista, pessoas apaixonadas por esta forma de se divertir lotaram as ruas atrás dos blocos carnavalescos e também as praças e espaços de eventos onde ocorreram apresentações das bandas locais. Simplesmente maravilhoso. O lugar é muito especial, mas qualquer cidade poderia ou deveria cultivar mais as manifestações deste tipo e locais. Não pode ser verdade que “o povo gosta disso e daquilo; então por isso fazemos esse tipo de show”. No mínimo, para falar pelo povo, tem que ter alguma legitimidade. E outra, para escolher, tem que conhecer. Não dá para fazer opção se opções não existem. É aí que vejo um problema para a massificação: o círculo vicioso que se cria ao deixar de fomentar a criatividade e de valorizar a produção local. É necessário botá-la em circulação para a apreciação pública, ao invés de desqualificar a priori, com o argumento de que tal artista ou grupo não tem público. Os irmãos Cristiano e Ricardo de Sá, de Guarulhos, organizam a ida da Turma do Catchup, que criaram há sete anos, para o carnaval de São Luiz, onde se tornaram populares. Entre as brincadeiras da turma, uma bisnaga de catchup dispara um canudinho vermelho que dá a impressão de ser catchup saindo da embalagem, causando um pequeno susto. Essa comunidade de foliões junta-se a outra maior e a única regra é divertir-se. Por esse motivo, a boa convivência tem base no bom senso e na colaboração 74

TURMA DO CATCHUP 2012

das pessoas, em que umas são responsáveis pelas outras. Esse também é o clima geral na cidade. Uma boa disposição dos moradores, comerciantes, artistas e das pessoas em geral, com o objetivo de que tudo ande bem e feliz. Frequento a cidade desde 1998, apresentada a ela pelo professor Alberto Ikeda, etnomusicólogo e especialista em Cultura Popular que leciona no Instituto de Artes da Unesp, em São Paulo, e tinha por hábito levar seus alunos à Festa do Divino, também muito tradicional em São Luiz, mas seu charme no Carnaval é indescritível. Uma emoção que só vendo mesmo. Ver o povo todo, numa espécie de encenação durante o cortejo do Bloco Bico do Corvo, quando todos deitam na rua como mortos, numa alusão ao estado a que se chega depois de pular tantos dias, e, em seguida, levantam pulando alegremente, é contagiante e quase impossível não participar. Estabelecer convivência saudável, penso, se trata disso. Priorizar o que realmente importa, em detrimento das questões menores. Relevar sempre que possível, considerar o outro, sua característica, sua cultura. Valorizar é dar espaço e oportunidade para que tudo floresça. É assim na vida em comunidade, é assim no Carnaval. Os estragos feitos pelas chuvas em São Luiz do Paraitinga em 2010 não foram determinantes para apagar seu brilho. Pelo contrário, sua cultura imaterial torna-se mais viva a cada dia e parece que isso é o mais significativo. Durante o ano são diversos eventos que valorizam de fato a cultura brasileira. Vale muito prestigiar, porque é assim que a cultura se faz, na dinâmica de seu cultivo cotidiano. 



beleza Por Vivian Barbosa

Livre-se dos pelos Não é tão fácil estar sempre em dia com a beleza. Afinal, cuidar da pele, cabelos, corpo, saúde e do bem-estar envolve muitos detalhes. A depilação é um dos itens indispensáveis para manter o corpo bonito, mas é um procedimento dolorido e incômodo. Para quem quer se livrar de vez dos pelos sem sofrer frequentemente, a clínica D´Pil, em Guarulhos, oferece o serviço de fotodepilação, um tratamento mais rápido, indolor e mais acessível. A técnica usada neste procedimento é chamada luz intensa pulsada (IPL), um método de depilação progressiva que atua diretamente na raiz dos pelos. Trata-se de uma técnica menos invasiva, pois os feixes de luz agem diretamente nos pelos de acordo com a necessidade da região tratada. Qualquer pessoa pode fazer o procedimento. Lana de Oliveira, gerente da unidade da avenida Tiradentes, em Guarulhos, explica que antes de iniciar o tratamento é feita uma avaliação para obter informações detalhadas do paciente. As restrições são apenas para grávidas ou alguns outros casos que são verificados no momento da avalição. A quantidade de sessões varia entre oito e dez (para a barba o número é maior), que duram, em média, de 15 a 30 minutos. Áreas maiores geralmente levam mais tempo. O intervalo entre uma sessão e outra deve ser, impreterivelmente, de 30 dias. Depois de todo o procedimento, a técnica pede manutenção uma vez por ano ou a cada oito meses – depende da quantidade de pelos de cada pessoa. “A manutenção é necessária porque o pelo faz parte de um ciclo que sempre se renova, mas se tudo for feito corretamente, os novos pelos demorarão muito a crescer”, completa.

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No dia em que a sessão for realizada, o paciente deve tomar alguns cuidados para garantir bons resultados. Lana explica que evitar a exposição solar é imprescindível. “Usar um protetor com fator de proteção de no mínimo 30, principalmente se o procedimento for no rosto, e não fazer nenhuma atividade que aumente o calor do corpo (sauna, academia, corridas ou até banho quente) são cuidados essenciais.” Além de eliminar com eficiência os pelos, a luz pulsada também é um método eficaz para tratar acne, foliculite, rejuvenescimento e até manchas da pele. “Na própria máquina temos os procedimentos necessários para cuidar desses casos e que também são muito eficientes”, explica Lana. O tratamento de fotorrejuvenescimento estimula a produção de colágeno, deixando a pele com aspecto mais jovem. Para a acne, a fototerapia ajuda a tratar as lesões de pigmentação e melhora a aparência da pele. Mas, neste caso, o tratamento só pode ser feito com encaminhamento de um médico. Os tratamentos oferecidos pela D´Pil podem ser feitos tanto em mulheres quanto em homens e as sessões custam R$ 55 por área. A avaliação é gratuita.  D´Pil Avenida Tiradentes, 922, Centro, Guarulhos. 11 2087-0362


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Gastronomia FOTOS: MÁRCIO MONTEIRO, RAFAEL ALMEIDA E DIVULGAÇÃO

Choupana A casa trabalha com o sistema self-service, mas atende também à la carte. São 25 tipos de saladas, dez pratos quentes e doze variedades de carne assada. Ampla carta de vinhos. Cartões: todos. Funciona de domingo à quinta, das 11h30 à 0h45; sexta e sábado das 11h30 às 2h. Estacionamento com manobrista e segurança. Rua Silvio Barbosa, 21, Centro 2440-0545 / 2440-3430

Água Doce Cachaçaria Assim como a Rússia é conhecida pela vodka, o México pela tequila e a Irlanda é igualmente famosa por causa da cerveja Guinness, o Brasil é lembrado mundialmente, entre outras criações nacionais, pela aguardente de cana - popularmente conhecida como cachaça. Em Guarulhos, um dos lugares pioneiros na atribuição de ares mais imponentes à cachaça foi a Água Doce, franquia com quase cem unidades espalhadas pelo Estado de São Paulo e em vários pontos do território nacional. Além da cachaça, a unidade guarulhense oferece porções clássicas de bares, como polenta, fritas, bolinho de carne de sol; pratos executivos e o escondidinho com bacalhau. Destaque também para os clubes da cerveja e do whisky. Cartões: Visa e Mastercard. Funciona às terças, quartas e quintas, das 18h até a meia-noite; às sextas das 17h30 à 1h, e aos sábados das 19h à 1h Rua Tapajós, 222, Jardim Barbosa 11 2408-5659

Dona Delícia Pastelaria A casa oferece pastéis de 30 cm, assim como o Kids, em tamanho reduzido. Destaque para o Super Gula, montado pelo cliente. Também há mais de 40 sabores de sorvetes. Cartões: todos. Funciona às terças, das 15h às 22h; às quartas, quintas e domingos, das 12h30 às 22h; sextas e sábados, das 12h30 às 23h30. Avenida Avelino Alves Machado, 675, Jardim Pinhal. 2441-3767

Mojitos Chopp e Espeto A casa oferece, entre outros produtos, 50 tipos de espetinhos tradicionais, salgados e torres de chopp de 3,5 litros. Também há música ao vivo, karaokê, wi-fi e área para fumantes. Cartões: Visa e Mastercard. Funciona de terça a quinta, das 18h à 0h; sexta, das 18h às 4h; sábado, das 15h às 4h e domingo, das 16h à 0h. Estacionamento. Avenida Doutor Timóteo Penteado, 849, Centro. 2463-3856.

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Casa Portuguesa Para quem deseja provar delícias da culinária lusitana, destaque para o Cozido à Portuguesa, feito com pé de porco, linguiça portuguesa, carne, costelinha, frango, legumes cozidos e arroz. Na carta, vinhos portugueses, nacionais e chilenos. Cartões: todos. Funciona de terça a sábado, das 11 às 22h. Domingo, das 11h às 18h. Estacionamento. Rua Marcelino Petito, 31, Picanço. 2452-3344

Panificadora Meskita Filial da famosa padaria Marengo, do Tatuapé, serve pães, bolos, doces, salgados, lanches, cafés e o pão de metro. Além do rodízio de pizzas, sopas são destaques, entre elas a de três queijos e a de macarrão com queijo, feita com macarrão Ave-Maria, caldo de feijão, calabresa e bacon. Cartões: todos. Atende salão, balcão e delivery. De segunda a sexta, das 5h30 a 0h; e aos sábados, domingos e feriados, a partir das 6h. Estacionamento na porta. Avenida Otávio Braga de Mesquita, 1607, Vila Flórida. 2402-9218.

Schoppen O restaurante, especializado em culinária germânica, proporciona aos seus frequentadores clima que remete à terra tedesca. Alguns dos destaques são o Eisbein, prato feito com joelho de porco grelhado cozido com chucrute e batata; e o Filet Schoppen, preparado com filé à milanesa, recheado com lombo de porco ao molho madeira, champignon e aspargo, acompanhados por arroz. Outro ponto forte da casa é a carta de cervejas importadas, pioneira nesse segmento na cidade. Cartões: Visa, Rede Shop e Mastercard. Funcionamento: segunda a sábado, das 17h a 0h. Som, TV. Rua Rafael Balzani, 64, Centro. 2447-2505

Subway – Ipiranga Gas Station A tradicional franquia, adepta da filosofia do “faça você mesmo”, permite que o cliente escolha o tipo de pão (de 15 ou de 30 cm), assim como o recheio principal e demais acompanhamentos do sanduíche, em sistema semelhante ao self-service, embora servido por atendentes. Também há combos, nos quais uma bebida e um pacote de batatinhas ou cookies acompanham o lanche. Funciona 24 horas, exceto aos domingos (17h às 23h). Cartões: todos. Acesso para deficientes. Ar condicionado. Rua Barão de Mauá, 92, loja 3, dentro do Posto Ipiranga, ao lado da praça Quarto Centenário. 2229-1131.

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Gastronomia Hiatari Sushi Bar Ponto Ka Em Guarulhos, um dos locais que tem na preparação da costela bovina uma de suas especialidades é o Ponto Ka, casa tradicional por estas bandas, aberta em 2002. A costela leva entre seis e sete horas para ser preparada, ao ser “enrolada” em papel celofane com sal grosso, e é servida em porções aos clientes da casa. De acordo com Nélio Ongaratto, proprietário do estabelecimento, alguns dos principais fatores que tornaram o local ponto de referência nesse segmento, assim como na preparação de costela assada, são o estilo, algo entre rústico e praiano, o atendimento e os serviços oferecidos aos clientes. “O perfil do público é diversificado ao abranger diversas faixas etárias, desde jovens até famílias. Logo, trata-se de ambiente familiar”, finaliza o proprietário do Ponto Ka. Nélio faz parte da família gaúcha que criou o sistema rodízio no Brasil.

O restaurante oferece pratos da cozinha japonesa. Serve em sistema de rodízio ou à la carte. Cartões: todos (exceto Hipercard). Funciona de segunda a domingo, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Estacionamento pago, com manobrista. Avenida Salgado Filho, 1.548, Parque Maia. 2229-6430

Cartões: American Express, Diners, Ticket Refeição, Vale Refeição, Sodexo, Visa e Visa Vale.Funciona diariamente das 11h até o último cliente. Ambiente com aquecedor e climatizador. Estacionamento com manobrista Avenida Paulo Faccini, 1.375, Jardim Maia. 2440-8778/ 2461-3001

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Gelateria Espaço Gourmet

Búffalo Beer

Inicialmente, tinha no fantástico sorvete italiano seu carro chefe. A pedido dos clientes, foi abrindo o leque, ampliando o cardápio, e passou a oferecer rodízio de panquecas, pizzas e sopas à noite. No almoço, vários pratos executivos à la carte. Funciona de segunda a quinta-feira, das 9h à 1h; sexta-feira, sábado e domingo, das 9h às 2h.

A choperia oferece 22 tipos de espetinhos, variadas porções e o grande destaque: a picanha no réchaud. A casa une variedade no cardápio com a agradável programação musical. Cartões: todos (exceto American e Hipercard). Funciona de segunda a quinta, das 16h à 0h; sexta e sábado, das 16h à 1h. Música ao vivo de quinta a domingo.

Avenida Paulo Faccini, 1.919, Jardim Maia. 2229-6362

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registrando FOTOS: DIVULGAÇÃO

Lançamento do livro Memórias de uma vida O escritor Clóvis Domingues, pertencente à Academia Guarulhense de Letras, lançou em 10 de fevereiro, na Biblioteca Municipal Monteiro Lobato, o livro Memórias de uma vida: sete décadas do nono filho vividas com fé, esperança e amor. O acadêmico faz uma viagem, passando por acontecimentos familiares, religiosos, comunitários e profissionais nos bairros da Ponte Grande, Cumbica, Gopoúva e Bom Clima, e por fases da vida: da infância à idade adulta. Durante o evento houve apresentações litero-musicais.

Tenista guarulhense conquista mais um título

Finnet e Prefeitura promovem ação sustentável

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MÁRCIO MONTEIRO

A Finnet, empresa de soluções tecnológicas para a otimização do fluxo de informações financeiras, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Guarulhos, promoveu uma ação ecológica na avenida Francisco Xavier Correia - Inocoop. A atividade incluiu o plantio de 50 mudas de diversas espécies de árvores em pontos estratégicos da cidade, palestra sobre a importância da arborização na vida da população e distribuição de sacolas ecológicas. Participaram do evento colaboradores e parceiros do PIV (Programa Ilhas Verdes da Prefeitura de Guarulhos). A ação faz parte do projeto Sou Eco que atua na área de sustentabilidade.

Caio da Rocha Martins e Athila de Macedo, de Rondônia, venceram o 2° Circuito Brasiliense de Tênis na modalidade duplas. No jogo final, Caio e Athila enfrentaram Pedro Wagner, de Brasília, e Matheus Fellipe, do Mato Grosso.


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CVC organiza viagem a Jerusalém Um grupo de 25 guarulhenses visitou a Terra Santa em janeiro deste ano para conhecer os principais lugares por onde Jesus passou. O pacote foi comprado na CVC do Poli Shopping, que está organizando novos grupos para agosto de 2012 e janeiro de 2013. Telefone: 2468-0321.

Hotel Recanto da Cachoeira é ponto de encontro de guarulhenses Pelo sexto ano consecutivo, um grupo de amigos guarulhenses, organizado por Fábio Ogrísio, elegeu o Hotel Recanto da Cachoeira, em Socorro, como o lugar ideal para passar o um fim de semana. Desde 2006, caravanas de aproximadamente 150 pessoas vão ao complexo, atraídas por sua excelente estrutura de lazer, acomodações e a qualidade dos serviços e atendimento. Outro ponto forte do Recanto da Cachoeira é a o regime de pensão completa, muito elogiado pelos hóspedes, assim como a variedade e sabor dos alimentos servidos. Mas, o grande charme é mesmo a cachoeira que dá nome ao hotel: comer, dormir ou fazer qualquer coisa ao som de suas águas é a marca registrada do lugar.

The Kids Club e Jardim Encantado fazem parceria Os alunos do período integral do Colégio Jardim Encantado terão aulas de inglês ministradas pela escola de idiomas The Kids Club, que seguirá a mesma metodologia usada em sua sede. “Os pais logo perceberão o desenvolvimento dos seus filhos e a satisfação deles em estudar com um método moderno e inovador”, diz o diretor pedagógico da The Kids Club Guarulhos, Marcelo D’Elia. Mais informações na sede na avenida Torres Tibagy, 846. Telefone: 2937-1110.

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registrando

Parque Cecap é campeão do Carnaval 2012

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O Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Parque Cecap foi o campeão das Escolas de Samba do Grupo Especial com 172,5 pontos e samba-enredo “Só a educação transforma o cidadão: Ung, 40 anos cumprindo essa missão”. O resultado foi anunciado na quarta-feira (22), em evento que reuniu mais de 500 pessoas no Pátio de Eventos do Adamastor Centro, pela Secretaria de Cultura da Prefeitura de Guarulhos e Liga Independente das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Guarulhos (Liesg), organizadoras do Carnaval na cidade.

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Guarulhenses participaram de evento que relembrou a Semana de Arte Moderna Para comemorar os 90 anos da Semana de Arte Moderna, um dos maiores movimentos artísticos já realizados no Brasil, a produtora cultural Usina dos Atos promoveu, no dia 11 de fevereiro, o evento “7 dias em 1 – A Inspiração de 1922 com os talentos de 2012”, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O evento contou com a participação de quatro guarulhenses: as artistas plásticas Juliana Araujo e Aline Fonseca e os músicos Sérgio Siverly e Elís Lucas, repórter da Weekend. Além das intervenções musicais e plásticas, houve a exposição das obras do artista plástico André Primo, apresentações do grupo de artes cênicas Recrutas da Arte e sarau aberto ao público. De acordo com os coordenadores da Usina, Caio César e Juliana Benette, outros eventos como este farão parte da programação anual, pois a intenção da produtora é reforçar a importância da arte e da cultura para o desenvolvimento do ser humano e da sociedade. FOTOS: DIVULGAÇÃO

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veículos

Fotos: Jorge Rodrigues Jorge / Carta Z

Por Igor Macário / Auto Press

Questão de etiqueta Fiat Freemont Emotion tem qualidades, mas é prejudicada por preço próximo demais da versão topo

A Fiat apostou alto ao lançar o Freemont no Brasil. O modelo aproveita toda a arquitetura do conhecido Dodge Journey, assim como o motor, que também tem origem norte-americana. Se não foi um grande sucesso de vendas e conseguiu vender 2.247 unidades apenas no segundo semestre de 2011, exatos seis carros a mais que o Dodge emplacou no ano inteiro. E, até a primeira quinzena de fevereiro de 2012, mais de 800 Freemont já ganharam as ruas. O que indica uma tendência de vendas crescentes. Desses, apenas 30% correspondem pela versão mais barata, a Emotion, que custa R$ 82.740. A menor procura pela versão mais simples se deve à pequena diferença de preço entre esta e a topo de linha Precision. São R$ 4.820 de diferença a favor da mais barata, mas que perdeu diversos equipamentos. É difícil visualizar alguma vantagem em custo/benefício quando o desaparecimento de itens como airbags laterais e de cortina, banco do motorista com ajustes elétricos, sensor de estacionamento, rodas de 17 polegadas, barras no teto e a terceira fileira de bancos resultam em uma 90

economia abaixo de R$ 5 mil. Com o que restou, o modelo até que não é mal equipado, vem de série com toda a parafernália eletrônica que garante o bem-estar a bordo e ainda mantém o bom nível de conforto do Freemont Precision. Mas, na faixa acima dos R$ 80 mil, é inegável a desvantagem do Emotion. Externamente, apenas as rodas menores, de 16 polegadas, indicam que se trata do modelo mais barato. O jeitão imponente e familiar se manteve. O Freemont é praticamente idêntico ao Journey já conhecido no Brasil, e faz os emblemas da marca italiana até destoarem do ar norte-americano do carro. A frente alta se impõe no trânsito e o perfil lembra o de uma station grande, num conceito semelhante – mas já aprimorado – à primeira geração do Subaru Forester. A traseira recebeu apenas mudanças nas lanternas, além do nome do carro estampado logo abaixo do vidro. Ele é radicalmente diferente de tudo o que a marca italiana vende e já vendeu no País. E é um claro fruto da incorporação da Chrysler ao grupo Fiat. 


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veículos

Ficha técnica Fiat Freemont Emotion 2.4 16V Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 2.360 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e duplo comando no cabeçote e duplo comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio automático de quatro marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 172 cv a 6 mil rpm. Aceleração 0-100 km/h: 12,3 segundos. Velocidade máxima: 190 km/h Torque máximo: 22,5 kgfm a 4.500 rpm. Diâmetro e curso: 88 mm X 97 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com rodas independentes, braços oscilantes, molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo Multilink, com barra estabilizadora e molas helicoidais. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 225/65 R16. Freios: Discos ventilados na frente e discos sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e sete lugares. Com 4,88 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,75 m de altura e 2,89 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais de série na versão. Peso: 1.755 kg com 625 kg de carga útil. Capacidade do porta-malas: 580 litros, 2.301 com a segunda fileira de bancos rebatida. Tanque de combustível: 77,6 litros. Produção: Toluca, México. Lançamento mundial: 2011. Lançamento no Brasil: 2011. Itens de série: ar-condicionado de três zonas, ABS, EBD, BAS, airbags dianteiros, laterais e de janela, banco do motorista com regulagem elétrica, sistema keyless, controle de estabilidade e de tração, direção hidráulica, faróis de neblina, rádio/CD/ MP3/USB/AUX/Bluetooth com tela sensível ao toque, cruise control. Preço: R$ 82.470.

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O Freemont Emotion é equipado com o mesmo quatro cilindros da versão topo de 2.4 litros, 172 cv a altas 6 mil rpm e 22,4 kgfm a 4.500 rotações. O propulsor é o também mesmo utilizado no antigo Chrysler PT Cruiser, mas passou por algumas evoluções para entregar mais potência e força através de um câmbio automático de quatro marchas. Segundo a Fiat, o conjunto é capaz de levar o modelo de zero a 100 km/h em 12,3 segundos, 0,3 segundo mais rápido que a versão topo, graças à pequena redução de peso de 54 kg em relação à versão mais equipada em função da retirada de equipamentos. Por dentro, nenhuma mudança em relação ao modelo de sete lugares, a não ser a óbvia falta da última fileira de bancos. O interior é idêntico ao do Dodge, assim como a dotação de equipamentos. Mesmo sendo o mais barato, o Freemont Emotion vem bem equipado de série, com acabamento em couro, airbags frontais, controle de estabilidade e sistema de som com tela sensível ao toque de 4,3 polegadas. O único opcional são as barras para cargas no teto, de série na versão Precision. 


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Divã italiano O visual do Freemont já o torna um carro familiar logo à primeira vista. A semelhança com o “clonado” Dodge Journey – que empresta toda a arquitetura – o faz passar quase despercebido nas ruas e apenas um segundo olhar indica que se trata do maior Fiat já lançado. O jeitão imponente e americanizado se manteve na mudança de emblemas, assim como o ar familiar que as grandes dimensões lhe conferem. Mas, mesmo grande, ao volante o Freemont Emotion não passa a impressão de ser um utilitário esportivo e sim um automóvel. É emblemático que a Fiat apresente o modelo como um SUV e a Dodge se refira ao Journey como um crossover. Ainda bem, já que as melhores qualidades do modelo estão longe da lama. O modelo brinda os ocupantes com muito conforto a bordo, silêncio e materiais de boa qualidade, ainda que o desenho interno não lembre em nada nenhum Fiat em produção. Os comandos são todos bem localizados, ainda que a operação da única alavanca que concentra o comando das setas, farol alto e limpadores de para-brisa seja algo confuso, e tarefas simples – como esguichar água no vidro – sejam dificultadas. O freio de estacionamento, acionado por um anacrônico pedal, também poderia ser elétrico, e agregar mais tecnologia ao modelo. Por enquanto as

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duas versões, Emotion e Precision, vêm com o mesmo sistema de som, com tela sensível ao toque de 4,3 polegadas, mas futuramente a topo de linha passará a contar com um equipamento mais sofisticado, com navegador por GPS e câmera de ré, enquanto a Emotion permanece com o básico. O motor 2.4 14V de 172 cv é outro que contribui para a “calmaria” a bordo do modelo. Mesmo que tenha força para empurrar os quase 1.800 kg do Freemont, ele parece fraco. Os 22,4 kgfm de torque aparecem só nas 4.500 rpm e o câmbio de apenas quatro marchas não ajuda muito na hora de acelerar. O resultado é um consumo acima do esperado, já que o propulsor parece sempre se esforçar mais do que o necessário. Na estrada, a situação não melhora e o Fiat gigante sofre para manter o ritmo em trechos de serra. Ao menos, quando a rodovia é plana, as marchas longas se traduzem em baixas rotações em velocidades de cruzeiro e silêncio a bordo. Mas, mesmo assim, o Freemont tem um bom conjunto. O carro agrada na maior parte das situações e oferece boa dose de conforto para os ocupantes. Pena que a versão Emotion tenha como maior inimigo a própria Precision, que oferece um pacote ainda mais completo por pouco menos de R$ 5 mil extras. 


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Como dar uma notícia: A história de Chapeuzinho Vermelho na imprensa JORNAL NACIONAL (William Bonner): ‘Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...’. (Fátima Bernardes):’... mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia’.

G MAGAZINE (Ensaio fotográfico com lenhador) Lenhador mostra o machado.

REVISTA VEJA Lula sabia das intenções do lobo.

REVISTA ISTO É Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

PLAYBOY (Ensaio fotográfico no mês seguinte) Veja o que só o lobo viu.

REVISTA CARAS (Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte) Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa.

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SUPER INTERESSANTE Lobo mau! Mito ou verdade?

PROGRAMA DA HEBE (Hebe Camargo): ... que gracinha gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?’

O ESTADO DE S. PAULO Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.

JORNAL SUPER NOTÍCIAS Lobo mastiga as tripas da chapeuzinho e lenhador destrói tripas do lobo para retirar a garota (foto ao lado da barriga do lobo com as tripas pra fora).

REVISTA NOVA Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.

BRASIL URGENTE (Datena): ‘... onde é que a gente vai parar? Cadê as autoridades? Cadê as autoridades? ! A menina ia para a casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.’

DISCOVERY CHANNEL Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver

AGORA Sangue e tragédia na casa da vovó.

ZERO HORA Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.

O GLOBO Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra salvar menor de idade carente. REVISTA CLÁUDIA Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

FOLHA DE S. PAULO Legenda da foto: ‘Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador’. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.


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lista7 Pesquisa: Val Oliveira

Difícil conseguir unanimidade quando o assunto é futebol. Em todo caso, a Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) divulgou uma lista, com mais de cem nomes, dos melhores goleiros do futebol mundial entre 1987 e 2011. O brasileiro melhor posicionado é Cláudio André Taffarel, que aparece em décimo lugar. Confira a lista com os sete primeiros colocados:

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Iker Casillas (Espanha)

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Peter Schmeichel (Dinamarca)

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Petr Cech (República Checa)

7

FONTE: IFFHS - A LISTA COMPLETA PODE SER VISUALIZADA NESTE LINK: HTTP://WWW.IFFHS.DE/?388D85FF8B00388F05F4CBC0385FDCDC3BFCDC0AEC70AEEDB88419

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Gianluigi Buffon (Itália)

Edwin van der Sar (Holanda)

Oliver Kahn (Alemanha)

José Luis Chilavert (Paraguai)

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Os sete melhores goleiros dos últimos 25 anos


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